compras na administração pública
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Manual de compras na administração pública.TRANSCRIPT
Sumário
COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..................................................................................... 2
O MARCO LEGAL DE COMPRAS PÚBLICAS NO BRASIL .................................................................. 2
PLANEJAMENTO NAS COMPRAS PÚBLICAS .................................................................................. 3
OBJETIVO DO PLANEJAMENTO ..................................................................................................... 4
PLANEJAMENTO DE COMPRAS .................................................................................................... 4
DEFINIÇÕES E CONTEXTO .............................................................................................................. 5
GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................... 7
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ............................................................................. 7
ATOS ADMINISTRATIVOS .............................................................................................................. 9
MODOS DE GESTÃO E EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES ................................................................... 10
VISÃO GLOBAL DO PROCESSO DE COMPRAS .............................................................................. 10
COMPRA ..................................................................................................................................... 12
SERVIÇOS ..................................................................................................................................... 12
OBRAS .......................................................................................................................................... 13
PROJETO BÁSICO E TERMO DE REFERÊNCIA ............................................................................... 13
PROCESSO LICITATÓRIO .............................................................................................................. 18
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO .............................................................................. 23
PREGÃO ....................................................................................................................................... 31
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇO ............................................................................................... 33
EDITAL ........................................................................................................................................ 36
CONTRATO .................................................................................................................................. 44
PATRIMÔMIO, ALMOXARIFADO E SUPRIMENTO DE ESTOQUE .................................................. 50
MATERIAL DE CONSUMO ............................................................................................................ 50
CONCEITO DE UM ALMOXARIFADO ........................................................................................... 57
MODELO DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO ....................................................................... 61
FORMAÇÃO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO ...................................................................................... 66
INVENTÁRIO PATRIMONIAL ........................................................................................................ 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 78
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COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A ampliação do atendimento ao cidadão e a melhoria da qualidade
dos serviços ofertados devem ser objetivos primordiais da Administração Pública
e, para concretizá-los, é essencial a qualidade e produtividade do gasto. Assim,
cada vez mais os gestores têm empreendidas nas compras tem destaque o
Planejamento de Compras, que promove a identificação de demandas para cada
exercício, o mapeamento dos processos críticos e prioritários e a sua respectiva
distribuição ao longo do exercício, imprimindo eficiência ao atendimento por bens
e serviços para a realização de políticas públicas.
Em uma gestão buscado o desenvolvimento de políticas, processos e
ferramentas que promovam o uso dos recursos públicos com máxima eficiência.
No âmbito das reformas pública que zela pelos resultados e que busca gerir seus
recursos de forma eficiente deve ser incansável a procura por procedimentos
que dotem a Administração Pública de meios mais efetivos para o planejamento,
a execução e o controle de suas despesas com aquisições e contratações.
Nesse contexto, a iniciativa do planejamento de compras, deve existir
com o objetivo de atender a demanda por uma ferramenta de gestão capaz de
promover a melhor utilização dos recursos públicos, no tocante a aquisições e
contratações públicas.
O MARCO LEGAL DE COMPRAS PÚBLICAS NO BRASIL
A Constituição Federal do Brasil de 1988 determina, no capítulo em
que disciplina a Administração Pública, em seu art. 37, inciso XXI, a utilização
obrigatória da licitação nos processos de aquisições e contratações públicas. A
licitação antecederá obrigatoriamente, salvo as exceções expressamente
previstas em lei, os contratos administrativos para a aquisição de bens e
contratação de serviços e obras, firmados pela Administração.
O artigo 37, inciso XXI, da Constituição Federal, foi regulamentado
pela Lei nº 8.666, 21 de junho de 19931, que institui normas para licitações e
contratos da administração pública.
A licitação é definida por Hely Lopes Meirelles como o:
[...] procedimento administrativo mediante o qual a Administração
Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse.
Visa a propiciar iguais oportunidades aos que desejam contratar com o Poder
Público, dentro dos padrões previamente estabelecidos pela Administração, e
atua como fator de eficiência e de moralidade nos negócios administrativos. É o
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meio técnico-legal de verificação das melhores condições para a execução de
obras e serviços, compra de materiais, e alienação de bens públicos. (2005, p.
19 e 20)
A partir dessa definição, conclui-se que a licitação tem uma dupla
finalidade: “obtenção do contrato mais vantajoso e resguardo do direito de
possíveis contratados” (MEIRELLES, 2005, p.269).
Assim, o procedimento licitatório pretende propiciar a contratação da
melhor proposta, dentre aquelas possíveis, devendo atuar enquanto fator
propulsor da eficiência nos respectivos procedimentos.
Todavia, a lei brasileira de licitações vem sofrendo críticas por seu
excesso de formalismo e de uniformidade de procedimentos, que implicam em
uma demora excessiva para a realização de qualquer procedimento licitatório.
Marçal Justen Filho discorreu acerca do formalismo na Lei de
Licitações:
Afirma-se, então, que a Lei nº 8666/93
consagrou o princípio do formalismo, sem margem de escolha
para o aplicador. E se sustenta que os malefícios do
formalismo são compensados pela eliminação dos riscos de
protecionismo indevido, desvios éticos, etc. Enfim, o preço a
pagar pela probidade seria a rigidez da disciplina legislativa.
Essa visão padece de um defeito antigo, consistente em
identificar moralidade e ortodoxia. Com todo o respeito, a
experiência histórica já evidenciou que tal identificação é
inadequada.
PLANEJAMENTO NAS COMPRAS PÚBLICAS
O planejamento de compras é mais uma iniciativa focada em
qualidade do gasto, que objetiva mapear as demandas e os processos de
compras a serem realizados ao longo de um exercício financeiro em cada
instituição, com vistas a melhor qualificar o trabalho dos setores de compras. O
planejamento de compras se relaciona também ao tema de gestão orçamentária
dos recursos, havendo grande sinergia entre esses processos.
"O planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às
implicações futuras de decisões presentes" -PETER DRUCKER.
“O planejamento determina antecipadamente quais são os objetivos
a serem atingidos e o que deve ser feito para alcançá-los da melhor maneira
possível” -IDALBERTO CHIAVENATO.
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Planejamento de compras é o processo de determinar objetivos
relacionados a aquisições, mediante a definição, estudo e coordenação dos
meios e recursos para atingi-los
OBJETIVO DO PLANEJAMENTO
Conferir previsibilidade à demanda de aquisições e contratos em
cada instituição;
Mapear e distribuir os processos de compras e esforço do setor de
compras ao longo do exercício financeiro;
Possibilitar o mapeamento e priorização de processos críticos
dentro da realidade de cada instituição; e,
Imprimir eficiência ao atendimento das demandas dos setores
finalísticos.
Para atingir tais objetivos se fez necessária a instituição de um modelo
matricial de planejamento de compras, com ações transversais, que abrangem
quase a integralidade dos setores da instituição, uma vez que é ator relevante
do modelo todo e qualquer setor que possua demanda por bens e serviços. Ele
deverá informar, no início do planejamento, toda a sua demanda por bens e
serviços projetada para o exercício, conforme crédito aprovado para as
atividades na Lei Orçamentária Anual, especificando as dotações orçamentárias
que consignam créditos para as suas demandas. Deverá ainda informar quando
precisará que os bens ou serviços estejam disponíveis.
Eleger o momento em que a disponibilidade dos bens ou serviços se
faz necessária. Essa é uma das chaves para a melhoria da comunicação entre
os setores finalísticos e de compras. Isso porque essa definição perpassa por
duas informações essenciais para um planejamento de compras adequado: a) o
alinhamento de expectativas entre os setores, já que o setor de compras saberá
antecipadamente quais demandas deverá atender e em qual tempo; e, b) a
configuração do elemento temporal que auxiliará na formatação do cronograma
de trabalho do setor de compras.
PLANEJAMENTO DE COMPRAS
Variáveis a serem consideradas
Clientes (unidades demandantes)
• Aspectos legais e técnicos (especificação);
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• Consumo regular, específico ou eventual;
• Programação de compras e cronograma de entrega;
• Meios, ferramentas e regras.
Aquisições
• Mercado (fontes de fornecimento, informações técnicas, regras
próprias, tempo e distância;
• Legislação (leis 8.666/93 e 10.520/02, decretos 28.086/06,
28.087/06, 28.089/06 e 28.397/06);
• Decisões do TCM, TCU, PGE etc;
• Regras internas (portarias, instruções normativas).
Estoque
• Unidade de fornecimento x unidade de consumo;
• Marca, prazo de validade;
• Imobilização, espaço, controles;
• Atendimento, logística.
Elementos estratégicos
Flexibilidade das estruturas e capacitação de pessoal
A gestão do conjunto do processo tem tido cada vez mais o foco de
atuação visando aumento de produtividade e controle da qualidade.
A facilidade e rapidez de acesso às informações técnicas e às novas
tecnologias coloca a capacitação de pessoal como elemento estratégico para
instruir as decisões e aumentar a eficiência do trabalho.
O conhecimento generalista e a criatividade passaram a ser
valorizados como parceiros importantes do conhecimento especializado, uma
vez que os gestores ao assumirem suas respectivas pastas no órgão público se
deparam em sua maioria com uma limitação técnica de seus funcionários.
DEFINIÇÕES E CONTEXTO
Lei Federal nº 8.666/93, art. 15:
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As compras, sempre que possível, deverão:
I - Atender ao princípio da padronização, que imponha
compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas,
quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia
oferecidas;
II - Ser processadas através de sistema de registro de preços;. §7º
Nas compras deverão ser observadas, ainda:
I - A especificação completa do bem a ser adquirido sem
indicação de marca;
II - A definição das unidades e das quantidades a serem
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, cuja
estimativa será obtida, sempre que possível, mediante
adequadas técnicas quantitativas de estimação;
III - As condições de guarda e armazenamento que não permitam a
deterioração do material.
No estudo dos atuais procedimentos administrativos de compras e
contratações não se pode perder de vista que nos encontramos em um momento
de rápidas mudanças.
É preciso considerar:
O movimento de globalização da economia e da cultura, que
sofrer oscilações constantes e diárias, interferindo nas relações
de custo, disponibilidade, dentro outros;
A revolução informacional em curso, onde o acesso as
informações e aos parâmetros definidos pelos órgãos
fiscalizadores evoluem e se moldam com frequência as
mudanças informacionais;
A crescente tendência de fortalecimento de políticas que
visem a transparência pública, gerando a demanda de
alteração de normais e procedimento por parte da
administração pública.
Proposta para o funcionamento dos setores de compras
Para que sejam implantadas novas políticas que visem a melhora na execução
dos processos de aquisição de bens ou serviços na administração Pública,
devem ser considerados :
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A Manutenção dos princípios da licitação, por meio de políticas
de capacitação e atualização de norma e procedimentos;
Adoção de procedimentos administrativos próprios (definidos
em manuais internos) em substituição aos procedimentos
legais;
Controle dos procedimentos, definidos como ferramenta de
gestão
GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração é o instrumental de que dispõe o município para pôr
em prática as opções políticas do Governo.
A Administração não pratica atos do governo; pratica atos
administrativos, com maior ou menor autonomia funcional.
O Governo e a Administração atuam por intermédio de suas entidades
(pessoas jurídicas), de seus órgãos (centros de decisão) e de seus agentes
(pessoas físicas investidas em cargos e funções).
Do ponto de vista formal:
Governo é o conjunto de Poderes e órgãos constitucionais;
Administração é o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos
do governo.
Do ponto de vista material:
Governo é o complexo de funções básicas; Administração é o
conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral.
Do ponto de vista operacional:
Governo é a condução política dos negócios públicos; Administração
é desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do
poder público ou por ele assumidos em benefício da coletividade
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
A Organização da Administração deve se dar por meio da
estruturação das secretarias e órgãos que irão desempenhar as funções no
município.
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Entidade é pessoa jurídica, pública ou privada; órgão é elemento
despersonalizado incumbido da realização das atividades da entidade a que
pertence, através de seus agentes.
Entidades estatais: são pessoas jurídicas de Direito Público que
integram a estrutura constitucional do Estado e tem poderes políticos e
administrativos (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
Entidades autárquicas: são pessoas jurídicas de Direito Público, de
natureza meramente administrativas, criadas por lei específica para realização
de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade estatal que as
criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei instituidora e nos
termos de seu regulamento, sem subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao
controle finalístico de sua administração e da conduta de seus dirigentes.
Entidades fundacionais: são pessoas jurídicas de Direito Público
assemelhadas às autarquias.
Entidades paraestatais: são pessoas jurídicas de Direito Privado
cuja criação é autorizada por lei específica para a realização de obras, serviços
ou atividades de interesse coletivo (Empresas públicas, sociedades de economia
mista, serviços sociais autônomos - SESI, SESC, SENAI, e outros). São
entidades autônomas administrativa e financeiramente, têm patrimônio próprio e
operam em regime da iniciativa particular, na forma de seus estatutos, sendo
vinculadas (não subordinadas) a determinado órgão da entidade estatal a que
pertencem.
Órgãos públicos: são centros de competência instituídos para o
desempenho de funções estatais, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a
que pertencem. Os órgãos não têm personalidade jurídica nem vontade própria,
mas na área de suas atribuições e nos limites de sua competência expressam a
vontade da entidade a que pertencem e a vinculam por seus atos, manifestados
através de seus agentes (pessoas físicas).
Agentes públicos: são todas as pessoas incumbidas, definitiva ou
transitoriamente, do exercício de alguma função estatal. A regra é a atribuição
de funções múltiplas e genéricas ao órgão, as quais são repartidas
especificamente entre os cargos, ou individualmente entre os agentes de função
sem cargo.
Cargos: são os lugares criados no órgão para serem providos por
agentes que exerceram suas funções na forma legal. O cargo e função
pertencem ao município. O cargo é lotado no órgão e o agente é investido na
função.
Funções: são os encargos atribuídos ao órgão, cargos e agentes.
Toda função é atribuída e delimitada por normal legal. Essa atribuição e
delimitação funcional configuram a competência do órgão, do cargo e do agente
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Competência: Competência administrativa é o poder atribuído ao
agente da Administração para o desempenho específico de suas funções. A
competência resulta de lei e por ela é limitada. É intransferível e improrrogável
pela vontade do interessado. Pode ser delegada e avocada, desde que o
permitam as normas reguladoras da Administração
ATOS ADMINISTRATIVOS
Ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim adquirir,
resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.
Atos bilaterais constituem contratos administrativos.
Requisitos para a formação do Ato Administrativo:
Competência - Todo ato emanado de agente incompetente, ou
realizado além do limite de que dispõe a autoridade incumbida de sua prática é
inválido.
Finalidade - Não é admitido ato administrativo sem finalidade pública
ou desviado de sua finalidade específica. A finalidade do ato administrativo é
aquela que a lei indica explícita ou implicitamente. A alteração da finalidade
expressa na norma legal ou implícita no ordenamento da Administração
caracteriza desvio de poder e pode dar ensejo à invalidação do ato.
Forma - Todo ato administrativo é, em princípio, formal. Para que a
vontade da Administração se expresse com validade é necessário a observância
de procedimentos especiais e forma legal. A forma é o revestimento material do
ato; o procedimento é o conjunto de operações exigidas para sua perfeição.
Motivo - É a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza
a realização do ato administrativo. O motivo pode vir expresso em lei ou ser
deixado a critério do administrador.
Objetivo - São as coisas, atividades ou pessoas das quais tratam
especificamente os atos administrativos. O objeto identifica-se com o conteúdo
do ato.
Procedimento Administrativo
É a sucessão ordenada de operações que propiciam a formação de
um ato final objetivado pela Administração. Ele é constituído de atos
intermediários, preparatórios e autônomos, mas sempre interligados, que se
conjugam para dar conteúdo e forma ao ato principal.
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Contratos Administrativos
É o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma
com particular ou com outra entidade administrativa para consecução de
objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria
Administração.
Aspectos Gerais da Gestão das Atividades
As contratações pela Administração Pública podem ser tratadas em
dois grandes níveis:
- Modo de execução da sua atividade;
- Aquisições de materiais de consumo, bens, obras e serviços
necessários à execução das suas atividades;
MODOS DE GESTÃO E EXECUÇÃO DAS ATIVIDADES
Execução direta: A Administração executa suas funções com seus
próprios meios, ainda que seja necessário adquiri-los no mercado
Contratação da prestação do serviço: A Administração transfere
para terceiros a execução da atividade-fim, mantendo sob seu comando a
exploração econômica da atividade, se for o caso. O contratado é remunerado
pela Administração de acordo com as condições pactuadas no contrato
Delegação (Concessão ou Permissão): A Administração transfere
para terceiros a execução e a exploração econômica da atividade-fim. O
contrato é remunerado pelo consumidor do serviço de acordo com as condições
regulamentadas pela Administração
VISÃO GLOBAL DO PROCESSO DE COMPRAS E CONTRATAÇÃO
Requisitos do Processo de Compras e Contratação
Justificar a decisão de comprar ou contratar (projeto básico ou
termo de referência);
Abertura de processo administrativo (art. 38 da Lei nº 8.666);
Obedecer aos princípios constitucionais (art. 37 da
Constituição);
Obedecer aos procedimentos da lei de licitações (Lei nº
8.666/93 atualizada pela Lei nº 8.883/94 e Lei no. 9.648/88.);
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Obedecer aos procedimentos da execução orçamentária, do
controle da execução orçamentária e da contabilidade (Lei nº
4.320, arts. 58 a 70; 75 a 106);
Princípios Constitucionais
A Execução de procedimento licitatório que vise a aquisição de bens
ou serviços em todos os órgãos da Administração Pública deve ser estruturada
nos princípios constitucionais.
I. DA LEGALIDADE
A atuação do gestor público e a realização da licitação devem ser
processadas na forma da Lei, sem nenhuma interferência pessoal da autoridade.
II. DA IMPESSOALIDADE
O interesse público está acima dos interesses pessoais.
Será dispensado a todos os interessados tratamento igual,
independente se a empresa é pequena, média ou grande.
III. DA MORALIDADE
A licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios
morais, de acordo com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o
município é custeado pelo cidadão que paga seus impostos para receber em
troca os serviços públicos.
IV. DA IGUALDADE
Previsto no art. 37, XXI da Constituição onde proíbe a discriminação
entre os participantes do processo.
O gestor não pode incluir cláusulas que restrinjam ou frustrem o
caráter competitivo, favorecendo uns em detrimento de outros, que acabam por
beneficiar, mesmo que involuntário, determinados participantes.
V. DA PUBLICIDADE
Transparência do processo licitatório em todas as suas fases.
VI. DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA
O gestor deve ser Honesto em cumprir todos os deveres que lhes são
atribuídos por força da legislação.
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COMPRA
Compra é toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de
uma só vez ou parceladamente.
Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu
objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento, sob pena
de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa.
A compra sempre se realiza por intermédio de um contrato bilateral,
com direito e obrigações e com pagamento de preço, como contra prestação da
transferência do domínio do bem.
De acordo com o Art. 14, é necessária a caracterização do objeto da
compra, adotando sempre que possível, as vantagens do setor privado, o
princípio da padronização e o sistema de registro de preços. (Art. 6º -III, 14 – 15
Lei 8.666/93 – Lei Complementar nº 101/2000 – Arts. 15 a 17 – Decreto nº
3.931/2001)
SERVIÇOS
Na forma do Art. 6º - II – Serviço é toda atividade destinada a obter
determinada utilidade de interesse para a administração, tais como: conserto,
demolição, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos
técnico-profissionais.
O que caracteriza o serviço e o distingue da obra, é a predominância
da atividade sobre o material empregado.
Para licitar, é preciso definir os serviços técnicos profissionais
generalizados ou especializados e os serviços comuns.
a) SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS: Exigem habilitação
legal para sua execução, desde o registro do Profissional/Firma/Entidade
Administrativa competente, até o diploma de curso superior devidamente
reconhecido.
Os Serviços Técnicos Profissionais podem ser generalizados ou
especializados.
b) SERVIÇOS COMUNS: não exigem habilitação especial, podem ser
realizados por qualquer empresa pessoa, não são privativos de nenhuma
profissão (art. 6º - III - 7º - 8º - 9º – 13º § 1º a 3º)
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OBRAS
É toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação,
realizada por execução direta ou indireta, ou seja, executada diretamente pelos
funcionários da Administração, ou indiretamente, por seus contratados.
- CONSTRUÇÃO: é a execução de um projeto de engenharia, criando
algo novo.
- REFORMA: é uma obra onde vai melhorar aquela construção, sem
aumento de área.
- AMPLIAÇÃO: é uma obra que aumenta a área ou a capacidade de
construção. (Art. 6º - I – 7º, 8º, 9º)
Principais etapas do Processo de Compras e Contratação
PROJETO BÁSICO E TERMO DE REFERÊNCIA
Projeto Básico
É o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de
precisão adequado, para caracterizar material, obra ou serviços, objetos da
licitação, elaborado com base nas indicações de estudos técnicos preliminares
que assegurem a viabilidade técnica e possibilite a avaliação do custo da obra e
a definição dos métodos e prazos de execução quando for o caso.
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Termo de Referência
Definição precisa, suficiente e clara, vedadas especificações que, por
excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a competição ou
a realização do fornecimento do material ou serviço, contendo elementos
capazes de propiciar a avaliação do custo pela administração, considerando
preços praticados no mercado e prazo de execução do contrato para aquisição
dos mesmos.
Termo de Referência X Projeto Básico
Os dois instrumentos servem para nortear a Administração Pública
por meio dos parâmetros exigidos pelos mesmo que serão discutidos abaixo,
para orientar quando a aquisição de bens ou serviços, devendo cada um ser
usado conforme a modalidade que lhe couber.
Função Legal:
A função legal do projeto básico ou termo de referência é, por um lado,
justificar a motivação da decisão da administração pública de realizar a aquisição
de determinado bem, obra ou serviço e, por outro lado, fornecer informações
suficientes para a clara compreensão do objeto, permitindo à administração e
aos licitantes a avaliação dos custos e a definição dos métodos e prazos de
execução do serviço.
Função Administrativa:
O projeto básico ou termo de referência são peças importantes para
orientar a realização de todos os procedimentos administrativos do processo de
compras e contratação.
Um projeto ou termo bem redigido facilita: o enquadramento legal do
processo de compra; a elaboração do edital e do contrato; o julgamento das
propostas; e o recebimento do bem ou serviço.
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Evita, por outro lado, perda de tempo devidos a constantes pedidos
de esclarecimentos e minimiza desentendimentos entre os responsáveis pela
execução das atividades envolvidas no processo.
Principais Informações do Projeto Básico / Termo de Referência
O termo de referência/ projeto básico são peças imprescindíveis de
todo e qualquer modalidade licitatória, quer seja na sua forma presencial ou
eletrônica.
O Termo de Referência e o projeto básico são documentos que
deverão conter elementos capazes de propiciar a avaliação do custo pela
administração, diante de:
- Orçamento detalhado, considerando os preços praticados no
mercado;
- A definição dos métodos;
- A estratégia de suprimento; e
- O prazo de execução do contrato.
Para cumprir suas funções legais e administrativas, o termo de
referência deverá apresentar, conforme o caso, os seguintes elementos:
- Necessidade;
- Definição do objeto;
- Justificativa;
- Especificação do objeto;
- Responsabilidade das partes;
- Estimativa de custos (pesquisa de mercado);
- Condições de recebimento;
- Critérios de escolha da proposta;
- Definição unitária e justificativa;
- Prazo de execução;
- Procedimentos de gerenciamento e fiscalização
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“[...] nenhum projeto básico poderá ser elaborado sem o perfeito
domínio pela administração dos fatos pertinentes, das necessidades
enfrentadas, das soluções disponíveis e da identificação da solução mais
satisfatória.”
Marçal Justen Filho
No Estado de Goiás o Tribunal de Contas dos Municípios, por meio
da Instrução Normativa 015/12 estabelece alguns critérios e parâmetros
necessários para aquisição de alguns bens, matérias e serviços que visam
garantir um maior controle e qualidade nas aquisições.
A Instrução acima descrita segue em anexo neste material.
Definição do objeto
A descrição do objeto deverá decorrer da definição do problema.
Devendo ser a solução apta a resolver o problema (principal e acessórios).
Critérios para definição do objeto:
a) Adequação à necessidade;
b) Economicidade; e
c) Ampliação da competição, salvo se não for tecnicamente
possível.
Sendo indispensável encontrar a medida exata entre estas três
condições.
Justificativa
A justificativa é o momento adequado para esclarecer que a descrição
é a necessária para o atendimento da necessidade da administração pública. Se
a definição do objeto traz restrições – ela deve ser justificada.
Especificação do objeto
Especificação das quantidades e das características técnicas do
objeto, sem restringir a uma única marca ou fornecedor, e esclarecendo se há
necessidade de obtenção de amostras e/ou a realização de testes. Havendo a
necessidade de padronização ou a de restrição a uma marca ou fornecedor, esta
deve ser bem justificada
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Responsabilidade das partes
No termo de referência deverão estar as responsabilidades das partes
específicas do objeto, que não integram normalmente o regime jurídico dos
contratos administrativos, que somente poderão ser exigidas se previamente
determinadas.
Estimativa de custos (pesquisa de mercado)
A pesquisa de preço é muito importante para as contratações
públicas, pois com base nela será possível:
a. Estimar o orçamento que deverá ser despendido nessa
contratação;
b. Determinar o preço máximo que a administração pagará por essa
contratação, conforme artigo 40, inciso X, da Lei nº 8.666/93;
c. Viabilizar o atendimento das exigências quanto à publicidade –
caso seja um pregão;
d. Subsidiar a análise e o julgamento das propostas.
“Empreenda, quando da realização de contratações, pesquisa de
preços no mercado, com a juntada de orçamentos capazes de subsidiar a fixação
de um parâmetro de preço aceitável ou a justificativa, de maneira fundamentada,
da impossibilidade de fazê-lo. Acórdão 1100/2008 Plenário”
PONTOS CRÍTICOS
No decorrer da elaboração do termo de referência ou projeto básico
podem existir situações que comprometerão a execução do procedimento
licitatório por ferir algum direito legal, vide abaixo algumas situações que
chamamos de pontos críticos a serem analisados.
Vistoria
“A exigência de vistoria que onere de forma desnecessária a
participação de interessados em procedimento licitatório caracteriza restrição ao
caráter competitivo da licitação, de que trata o art. 3º da Lei no 8.666/1993,
ensejando, por isso, a nulidade do procedimento. Acórdão 874/2007 Segunda
Câmara (Sumário)”
Amostra
- Objetivo;
- Fundamental que conste no instrumento convocatório;
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- Momento da exigência;
- Licitante vencedor;
- Despesas às expensas do licitante, em regra.
Adote em editais critérios objetivos, detalhadamente especificados,
para avaliação de amostras cuja apresentação entender necessária. Somente
as exija do licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar no certame.
PROCESSO LICITATÓRIO
Para que haja a existência de procedimento licitatório é necessário a
existência de pressupostos lógicos, jurídicos e fáticos.
Pressuposto Lógico
“Existência de pluralidade de objetos e de uma pluralidade de
ofertantes.”
“São licitáveis unicamente objetos que possam ser fornecidos por
mais de uma pessoa, uma vez que a licitação supõe disputa, concorrência, ao
menos potencial, entre ofertantes.”
Situação oposta: objeto singular e/ou ofertante único ou exclusivo
Pressuposto Jurídico
“Em face do caso concreto, a licitação possa se constituir em meio
apto, ao menos em tese, para a Administração acudir ao interesse público.”
Pressuposto Fático
“Existência de interessados em disputá-la.”
LICITAÇÕES E CONTRATOS
A Lei nº 8.666, de 21.06.93, regulamenta o Art. 37, Inciso XXI, da
Constituição Federal, instituiu normas para Licitações e Contratos
Administrativos, pertinentes a Obras, Serviços, Compras, Alienações e Locações
no âmbito dos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Todas as contratações com terceiros, serão necessariamente
precedidas de Licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei (Art. 2º -
8.666/93).
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O que é Licitação?
É um procedimento que visa garantir a observância do Princípio
Constitucional da Isonomia e a Selecionar a Proposta mais vantajosa pra a
Administração; ou seja, a que melhor atenda de maneira objetiva o interesse do
serviço.
A Administração Pública com o objetivo de dar maior transparência
aos processos licitatórios, buscando a racionalização dos seus procedimentos
bem como a redução de custos em função do aumento da competitividade, criou
outras formas de comprar e uma outra modalidade de licitação diferente das
modalidades da Lei n°8.666/93 (Concorrência, Tomada de Preços, Convite,
Concurso Leilão e as Dispensas e Inexigibilidades), sendo necessária a
elaboração de Ato Convocatório para as modalidades de Licitação.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO
Os princípios que regulamentam um procedimento licitatório, como já
visto anteriormente são: LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE,
IGUALDADE e PUBLICIDADE.
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO (CPL) / COMISSÃO
ESPECIAL DE LICITAÇÃO (CEL) / PREGOEIRO
Para as contratações na Administração Pública, de acordo com a
modalidade de licitação escolhida deverá ser designada uma CPL ou uma CEL
ou Designar o Pregoeiro e a sua Equipe de Apoio.
Na forma do art. 6° - XVI da Lei n°8.666, in verbis:
“ art.6°. Para os fins desta lei, considera-se:
..............................................................................................................
......
XVI – Comissão: Comissão, permanente ou especial, criada pela
Administração, com a função de receber, examinar e julgar todos os documentos
e procedimentos relativos às licitações e ao cadastramento de licitantes.”
O art.51 da mesma Lei, estabelece que a CPL ou CEL, deve ser
composta de, no mínimo 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da
Administração, responsáveis pela licitação.
Os membros das Comissões de Licitação responderão solidariamente
por todos os atos praticados pela Comissão, salvo se posição individual
20
divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na
reunião em que tiver sido tomada a decisão.
A investidura dos membros das Comissões Permanentes não
excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros
para a mesma comissão no período subsequente.
Os membros da Comissão de Licitação não poderão ter nenhuma
participação direta ou indireta, ou seja, a existência de qualquer vínculo de
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor
do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços,
fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes
necessários ( Lei n° 8.6666/93 art.9° § 3°).
Já na modalidade de Pregão a licitação será conduzida por um
Pregoeiro e sua Equipe de Apoio.
MODALIDADE DE LICITAÇÃO – LEI Nº 8.666/93
Na forma do Art. 22, são modalidades de Licitação:
- Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso e Leilão.
Também são previstos a Dispensa de Licitação (art. 17, § 2º, § 4º,
art. 24 - inciso I a XXIV) e a Inexigibilidade quando houver inviabilidade de
competição (Art. 25 – Inciso I a III).
a) CONCORRÊNCIA: É a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir
os requisitos mínimos de qualificação exigidos no Edital.
A Concorrência é obrigatória para compra ou alienação de imóveis,
para concessão de direito real de uso e em Licitações Internacionais,
independentemente do valor do objeto e PODE SER TAMBÉM UTILIZADA NO
LUGAR DE QUALQUER OUTRA MODALIDADE LICITATÓRIA, A CRITÉRIO
DA ADMINISTRAÇÃO (art. 22 - § 1º).
b) TOMADA DE PREÇOS: É a modalidade de licitação entre
interessados cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas,
observada a necessária qualificação (art. 22 - § 2º).
c) CONVITE: É a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número
mínimo de 03 (três) ou ainda aos demais cadastrados na especialidade que
21
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas
da apresentação das propostas.
Nos casos em que couber Convite, a Administração poderá utilizar a
TOMADA DE PREÇOS.
Conforme entendimento do TCU, quando não tiver no mínimo 03 (três)
propostas em condições de contratar com a Administração, deve-se repetir o
convite. Após essa repetição, caso não compareçam as 03 (três) empresas, a
Administração poderá contratar com aquela que atenda as exigências do Edital,
devidamente justificado, mesmo sendo facultado pela Lei.
Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos
convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos,
03 (três), essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no
processo, sob pena de repetição do convite.
A abertura dos envelopes de propostas de preços e de habilitação
deve ser feita em ato público no dia, hora e local designados no Edital. O
julgamento é realizado por Comissão ou por Servidor designado pela Autoridade
Competente. (art. 22 – § 3º - 51 § 1º).
d) CONCURSO: É uma modalidade de natureza especial, bem,
diferente das demais.
É a modalidade de Licitação entre quaisquer interessados para
escolha de Trabalho Técnico, Científico ou Artístico, mediante a instituição de
Prêmios ou Remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes do
Edital publicado na Imprensa Oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta
e cinco) dias.
Dispensa as formalidades específicas da Concorrência. O
regulamento do Concurso é que indicará a qualificação dos participantes,
estabelecerá as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho, fixando as
condições de sua realização, bem como os prêmios a serem concedidos, será
designada a Comissão Julgadora definindo sobre os critérios e julgamento.
Encerra-se o Concurso, com a classificação dos trabalhos e o
pagamento dos prêmios (art. 22 - § 4º).
e) LEILÃO: É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados,
para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos
legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis
prevista no Art. 19 (bens imóveis cuja aquisição seja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento, devendo ser avaliados, para que conste o
preço mínimo no Edital; adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de
22
Concorrência ou Leilão) a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor
da avaliação.
Não é necessária nessa modalidade, a habilitação prévia dos
licitantes, como exigida para as demais modalidades, tendo em vista que a venda
é feita à vista ou curto prazo (art. 22 - § 5º - Art. 53 - § 1º, 2º).
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual
estabelecido no Edital, não inferior a 5% (cinco por cento) e, após a assinatura
da ata lavrada no local, imediatamente entregues ao arrematante, o qual se
obrigará ao pagamento do restante no prazo estipulado no Edital, sob pena de
perder em favor da Administração o valor já recolhido.
TABELA DE COMPRAS
Valores Limites - Licitações e Contratos Lei Nº 9.648 , de 27.05.98
23
FORMALIZAÇÃO – DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
A Lei nº 8.666/93, em seus arts. 24 e 25, disciplina os casos de
DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO.
A regra, é o procedimento licitatório; sendo a dispensa e a
inexigibilidade, exceções. Ressalta-se que a dispensa é diferente da
inexigibilidade. Mesmo a Administração podendo enquadrar uma contratação
como dispensa, deve-se levar em conta, sempre, a relação custo-benefício
entre Licitar ou Dispensar.
Já na Inexigibilidade não há a possibilidade de licitar, pela
inviabilidade de competição.
Os casos de dispensa estão previstos no art. 24 da Lei 8.666/93.
Art. 24. É dispensável a licitação:
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 5% (cinco por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que
não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda de obras e
serviços da mesma natureza que possam ser realizados simultânea ou
sucessivamente;
I - para obras e serviços de engenharia de valor até cinco por cento
do limite previsto na alínea a do inciso I do artigo anterior, desde que não se
refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços
da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e
concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por
cento) do limite previsto na alínea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que
não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e
serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas
conjunta e concomitantemente; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
II - para outros serviços e compras de valor até 5% (cinco por cento)
do limite previsto na alínea a, do inciso II do artigo anterior, e para alienações,
nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um
mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de
uma só vez;
II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento)
do limite previsto na alínea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienações,
nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um
mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de
uma só vez; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
24
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando
caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo
ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e
outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao
atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras
e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta)
dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta,
justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração,
mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para
regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços
manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem
incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que,
observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será
admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao
constante do registro de preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48)
VIII - quando a operação envolver exclusivamente pessoas jurídicas
de direito público interno, exceto se houver empresas privadas ou de economia
mista que possam prestar ou fornecer os mesmos bens ou serviços, hipótese em
que ficarão sujeitas à licitação;
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno,
de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a
Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com
o praticado no mercado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança
nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República,
ouvido o Conselho de Defesa Nacional; (Regulamento)
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao serviço público,
cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha,
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação
prévia;
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das
finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e
localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com
o valor de mercado, segundo avaliação prévia;(Redação dada pela Lei nº 8.883,
de 1994)
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou
fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a
25
ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente
corrigido;
XII - nas compras eventuais de gêneros alimentícios perecíveis, em
centro de abastecimento ou similar, realizadas diretamente com base no preço
do dia;
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros
perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios
correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia; (Redação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIII - na contratação de instituição nacional sem fins lucrativos,
incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do
desenvolvimento institucional, científico ou tecnológico, desde que a pretensa
contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional;
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou
estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou
de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins
lucrativos;(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIV - para a aquisição de bens ou serviços por intermédio de
organização internacional, desde que o Brasil seja membro e nos termos de
acordo específico, quando as condições ofertadas forem manifestadamente
vantajosas para o Poder Público;
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo
internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as
condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos
históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às
finalidades do órgão ou entidade.
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários
padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como
para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público
interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados
para esse fim específico;(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional
ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período
de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando
tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia;
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
26
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o
abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus
meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos,
aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de
movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos
prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações
e desde que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea "a" do inciso II do
art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com
exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver
necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio
logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão
instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física,
sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da
Admininistração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-
de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no
mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa
científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou
outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse
fim específico. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente
à pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela
Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas
pelo CNPq para esse fim específico; (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)
XXII - na contratação do fornecimento ou suprimento de energia
elétrica com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas
da legislação específica ; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia
elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado,
segundo as normas da legislação específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998)
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de
economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou
alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço
contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº
9.648, de 1998)
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com
as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de
governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei
nº 9.648, de 1998)
27
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica
- ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o
licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. (Incluído
pela Lei nº 10.973, de 2004)
XXVI - na celebração de contrato de programa com ente da
Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de
serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de
consórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído pela Lei nº 11.107,
de 2005)
XXVII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente
designada pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização
de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema
de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos
compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Redação
dada pela Lei nº 11.445, de 2007).
XXVIII - (Vide Medida Provisória nº 352, de 2007)
XXVIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou
prestados no País, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade
tecnológica e defesa nacional, mediante parecer de comissão especialmente
designada pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de
2007).
XXIX - na aquisição de bens e contratação de serviços para atender
aos contingentes militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em
operações de paz no exterior, necessariamente justificadas quanto ao preço e à
escolha do fornecedor ou executante e ratificadas pelo Comandante da Força.
(Incluído pela Lei nº 11.783, de 2008).
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou
privada, com ou sem fins lucrativos, para a prestação de serviços de assistência
técnica e extensão rural no âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica
e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, instituído por lei
federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de 2.010) Vigência
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos
arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os
princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Medida
Provisória nº 495, de 2010)
28
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos
arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os
princípios gerais de contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de
2010)
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de
produtos estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei
no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção
nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as
etapas de absorção tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos,
para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à
água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias
rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água.
(Incluído pela Medida Provisória nº 619, de 2013) (Vide Decreto nº
8.038, de 2013)
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos,
para a implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à
água para consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias
rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela
Lei nº 12.873, de 2013)
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II deste
artigo, serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados
por sociedade de economia mista e empresa pública, bem assim por autarquia
e fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas. (Incluído
pela Lei nº 9.648, de 1998)
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput
deste artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços
contratados por consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa
pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências
Executivas. (Redação dada pela Lei nº 11.107, de 2005)
§ 1o Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo
serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por
consórcios públicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por
autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como Agências Executivas.
(Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
§ 2o O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a
administração pública estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se
aplica aos órgãos ou entidades que produzem produtos estratégicos para o SUS,
no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, conforme elencados em
ato da direção nacional do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
29
Os casos de inexigibilidade de licitação estão disciplinados no art. 25
da Lei 8.666/93.
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de
competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só
possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial
exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de
exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades
equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13
desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória
especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e
divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela
crítica especializada ou pela opinião pública.
§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou
empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de
desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização,
aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas
atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o
mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa,
se comprovado superfaturamento, respondem solidariamente pelo dano
causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente
público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.
Além da inviabilidade de competição, a legislação faz referência a três
situações:
I – Exclusividade de Fornecimento
Refere-se a aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só
possam ser fornecidos por produtor ou vendedor exclusivo, vedada a preferência
de marca.
A comprovação de exclusividade, no caso de fornecimento, deve ser
feita através de Atestado fornecido pelo Órgão de Registro de Comércio do Local
em que se realizará a licitação ou a obra ou o serviço, pelo SINDICATO,
FEDERAÇÃO OU CONFEDERAÇÃO PATRONAL, OU PELAS ENTIDADES
EQUIVALENTES (Dec. Nº 30/91 – art 2º - § 1º).
30
II – Serviços Técnicos Profissionais Especializados
A licitação, só é inexigível para contratação de serviços técnicos
profissionais especializados enumerados no artigo 13 da Lei, se a
Administração demonstrar a inviabilidade de competição, em virtude dos
serviços possuírem natureza singular e serem prestados por empresa ou
profissional com notória especialização.
“Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa
cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho
anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento,
equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades,
permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais
adequado à plena satisfação do objeto do contrato.”
III – Para Contratação de Profissional de Qualquer Setor Artístico,
diretamente ou através de empresário desde que consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública.
Com exceção da dispensa de licitação por valor, todos os demais
casos de dispensa e inexigibilidade deverão ser formalizados pelos órgãos que
a processam.
O Gestor Público que autorizar a contratação com base na Dispensa,
na Inexigibilidade de Licitação ou no Parcelamento da execução de obras ou
serviços comunicará à autoridade superior no prazo de 3 (três) dias. A
comunicação deverá estar devidamente justificada no processo, onde se
caracterizará a situação emergencial ou calamitosa, quando for o caso, as
razões de escolha do fornecedor ou executante e a justificativa do preço (art. 26
e Parágrafo único).
A Autoridade Superior tem prazo de 5 (cinco) dias para ratificar a
decisão e mandar publicar na Imprensa Oficial, quando só então poderá ser
lavrado o contrato ou expedido o documento equivalente.
As minutas dos atos de Inexigibilidade e os de Dispensa de Licitação,
bem como de ratificação destes devem ser encaminhados ao órgão jurídico para
apreciação (Lei 8.666/93, art. 38, inciso VI e Lei Complementar nº 73, de
10.02.93).
31
PREGÃO
O pregão tem como objetivo dar maior transparência e agilidade as
compras do governo, minimizando os custos da Administração Pública bem
como os dos fornecedores.
Foi instituído pela Lei n° 10.520, de 17/07/2002 – DOU 18/07/2002,
que instituiu no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, nova
modalidade de licitação, denominada Pregão. Regulamento - Decreto nº 3.555,
de 08/08/2000 - DOU - 09/08/2000, alterado pelos decretos no 3.693, de
20/12/2000, publicado no DOU de 20/12/2000 e no 3.784, de 06/04/2001,
publicado no DOU de 09/04/2001.
O Decreto n. 5.450, de 31.05.2005 – DOU 01.06.2005,
REGULAMENTOU PREGÃO ELETRÔNICO, comunicação pela Internet,
destinado à aquisição de bens e serviços comuns no âmbito da União.
Poderá também, ser aplicada no que couber, a lei n° 8.666, de
21/06/93, que trata das Licitações e Contratos, na forma prevista no art. 9°
da Lei 10.520/2002.
"Art. 9° - Aplicam-se subsidiariamente, para a modalidade de
Pregão, as normas da lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993".
O QUE É O PREGÃO?
Modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns no
âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, qualquer que seja o
valor estimado da contratação em que a disputa pelo fornecimento é feita por
meio de PROPOSTAS e LANCES em Sessão Pública, e poderá ser realizado
também por meio da utilização de recursos de tecnologia da informação,
regulamentados pelo Decreto no 5.450 de 31/05/2005 – DOU 01/06/2005 –
PREGÃO ELETRÔNICO/ COMUNICAÇÃO PELA INTERNET.
BENS E SERVIÇOS COMUNS – PREGÃO
Bens e serviços comuns são aqueles cujos padrões de desempenho
e qualidades possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de
especificações usuais no mercado.
Entende-se que a classificação de Bens e Serviços Comuns,
constante do anexo II do Decreto n° 3.555/2000 é exemplificativa, uma vez que
32
a própria classificação da despesa pública, consta de itens não contemplados
nessa relação e que se enquadram na definição de Bens e Serviços Comuns,
previsto no §2° do art. 3° do referido decreto; e ainda, o parágrafo único do art.
1º da Lei 10.520, de 17.07.2002, não condicionou a aquisição dos Bens e
Serviços Comuns, somente aqueles do anexo II, haja visto que, sempre surgirão
no mercado novos objetos e serviços.
O Decreto n° 5.450/2005, não trouxe nenhuma relação anexa de
bens.
NÃO SE APLICA A LICITAÇÃO NA MODALIDADE DE PREGÃO
COM BASE NO DECRETO N°3.555/2000 E DECRETO N°5.450/2005:
1) Contratações de obras de engenharia;
2) Locações imobiliárias;
3) Alienações em geral;
Verifica-se que na forma do art. 6° do referido Decreto, excluiu-se os
serviços de engenharia.
DESIGNAÇÃO DO PREGOEIRO/EQUIPE DE APOIO NA FORMA
DO DECRETO Nº 3.555/2000
Com essa nova modalidade de licitação, foi criada a figura do
PREGOEIRO que será o responsável pelos trabalhos do Pregão e a sua Equipe
de Apoio em substituição as Comissões Permanente e Especial de Licitação –
CPL e CEL, na forma prevista na lei no 8.666, de 21/06/93.
SOMENTE PODERÁ ATUAR COMO PREGOEIRO O SERVIDOR
QUE TENHA REALIZADO CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA PARA EXERCER A
ATRIBUIÇÃO (PARÁGRAFO ÚNICO – ART. 7O – DECRETO NO 3.555/2000).
A Autoridade Competente deve designar dentre os servidores do
Órgão ou da Entidade promotora da Licitação, o Pregoeiro e os componentes da
Equipe de Apoio.
A Equipe de Apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da Administração, preferencialmente,
pertencente ao quadro permanente do Órgão ou da Entidade promotora do
Pregão, para prestar assistência ao Pregoeiro.
33
É aconselhável a participação na Equipe de Apoio, de servidores da
área administrativa, do responsável pela especificação dos produtos ou serviços
a serem licitados sendo, o conhecimento especializado do objeto da licitação,
necessário para o exame de aceitabilidade das propostas, tendo em vista às
especificações do edital.
No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de Pregoeiro e de
Membro da Equipe de Apoio poderão ser desempenhadas por militares (Lei
10.520/2002, art. 3º § 2º).
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS - SRP
Dentre as alterações e criações de normas e procedimentos do
processo das compras governamentais, tem-se exigido do gestor público uma
melhor aplicação dos escassos recursos públicos; e dentre essas mudanças,
vamos tratar do SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS, que é uma forma
moderna de comprar na Administração Pública, garantindo uma considerável
economia processual, tendo como uma das vantagens, a de que a existência de
preços registrados não obriga a Administração a firmar as contratações que
deles poderão advir, facultando-se a realização de licitação específica para a
aquisição pretendida, sendo assegurado ao beneficiário do registro a preferência
de fornecimento em igualdade de condições.
Outra vantagem, é o uso da especialização de um órgão gerenciador,
enquanto outros órgãos interessados podem aderir como órgão participante,
praticando uma compra solidária, com economia de escala, devido à soma das
demandas, e com a redução dos processos de compra, sendo permitida
também, a participação daqueles órgãos que não fizeram parte do processo
licitatório, mas, nesse caso, a empresa não é obrigada a aceitar aquele pedido,
é facultativo.
SITUAÇÕES/ APLICAÇÃO DO SRP
Poderá será adotado, preferencialmente, o SRP nas seguintes
hipóteses:
I - Quando, pelas características do bem ou serviço, houver
necessidade de contratações frequentes;
II - Quando for mais conveniente a aquisição de bens com previsão
de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à
Administração para o desempenho de suas atribuições;
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III - Quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de
serviços para atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a
programas de governo; e
IV - Quando pela natureza do objeto não for possível definir
previamente o quantitativo a ser demandado pela Administração.
Poderá ser realizado registro de preços para contratação de bens e
serviços de informática, obedecida a legislação vigente, desde que devidamente
justificada e caracterizada a vantagem econômica.
OBJETIVOS DO SRP
• Reduzir o número de licitações.
• Contribuir para a agilização no processo de contratações.
• Contribuir para um melhor gerenciamento de controle de estoque.
• Possibilitar a criação do almoxarifado virtual, e
• Otimizar a execução orçamentária e proporcionar a redução dos
custos de contratação.
CARACTERÍSTICAS DO SRP
• Procedimento licitatório mediante concorrência ou pregão, do tipo
menor preço ou técnica e preço.
• Assinatura de uma Ata de Registro de Preços (equivalente a um
“termo-compromisso”), não de um Contrato.
• A contratação pode ser feita quando do surgimento da
necessidade.
• Não obrigatoriedade de aquisição da totalidade dos bens/serviços
licitados.
• Prazo de vigência da Ata de Registro de Preços limitada a um ano.
• Procedimento padronizado.
VANTAGENS
• Disponibilização de orçamento apenas quando do empenho da
aquisição/contratação.
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• Otimização dos estoques e da contratação de serviços, com
conseqüente redução de custos.
• Redução do número de licitações.
• Otimização do poder de compra de bens e serviços.
• Amplia a desburocratização e o uso do poder de compra,
possibilitando a obtenção de menores preços nas contratações da
Administração Pública.
ALGUMAS DEFINIÇÕES - SRP
Sistema de Registro de Preços – SRP - conjunto de procedimentos
para registro formal de preços relativos à prestação de serviços, aquisição de
bens, para contratações futuras;
Ata de Registro de Preços - documento vinculativo, obrigacional,
com característica de compromisso para futura contratação, onde se registram
os preços, fornecedores, órgãos participantes e condições a serem praticadas,
conforme as disposições contidas no instrumento convocatório e propostas
apresentadas;
Órgão Gerenciador – órgão ou entidade da Administração Pública
responsável pela condução do conjunto de procedimentos do certame para
registro de preços e gerenciamento da Ata de Registro de Preços dele
decorrente.
Órgão Participante – órgão ou entidade que participa dos
procedimentos iniciais do SRP e integra a Ata de Registro de Preços.
PARTICIPANTES EXTRAORDINÁRIOS
A Ata de Registro de Preços, durante sua vigência, poderá ser
utilizada por qualquer órgão ou entidade da Administração que não tenha
participado do certame licitatório, mediante prévia consulta ao órgão
gerenciador, desde que devidamente comprovada a vantagem.
Os órgãos e entidades que não participaram do registro de
preços, quando desejarem fazer uso da Ata de Registro de Preços, deverão
manifestar seu interesse junto ao órgão gerenciador da Ata, para que este
indique os possíveis fornecedores e respectivos preços a serem praticados,
obedecida a ordem de classificação.
36
Caberá ao fornecedor beneficiário da Ata de Registro de Preços,
observadas as condições nela estabelecidas, optar pela aceitação ou não do
fornecimento, independentemente dos quantitativos registrados em Ata, desde
que este fornecimento não prejudique as obrigações anteriormente assumidas.
As aquisições ou contratações adicionais mencionadas não poderão
exceder, por órgãos ou entidade, a cem por cento dos quantitativos registrados
na Ata de Registro de Preços.
EDITAL
O edital é o instrumento de divulgação do processo licitatório, ele é
considerado a Lei interna da licitação, porque vincula a Administração e os
participantes às suas cláusulas, não se pode exigir nada que não esteja previsto
no edital.
É considerado nulo o edital omisso ou errôneo em pontos essenciais,
ou que contenha condições discriminatórias ou preferenciais, que afastem
determinados interessados e favoreçam outros.
Na forma do art. 38, Parágrafo único, as minutas de Editais de
Licitação, bem como as dos Contratos, Acordos, Convênios ou Ajustes devem
ser previamente examinadas e aprovadas por Assessoria Jurídica da
Administração.
Qualquer cidadão pode impugnar o Edital viciado ou defeituoso
administrativamente até 05 dias úteis e pelo licitante até 02 dias úteis antes da
data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a
Administração julgar e responder à impugnação em até 3 dias úteis, podendo
também, qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica representar
junto ao Tribunal de Contas ou aos Órgãos do Sistema de Controle Interno
Contra irregularidades (art. 41 - § 1 º a 4º, 113 - § 1º, 2º - Lei nº 8.666/93).
Itens que devem constar no edital
Prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada do
instrumento, para execução do contrato e para a entrega do
objeto da licitação;
Sanções;
Local para aquisição ou exame do projeto básico;
37
Disponibilidade de projeto executivo;
Condições para participação na licitação;
Critério para julgamento;
Locais, horários e meios de acesso para consultas;
Condições equivalentes de pagamento entre empresas
brasileiras e estrangeiras;
Critério de aceitabilidade dos preços unitários e global
Critérios de reajuste;
Limites para pagamento de instalações e mobilização de
recursos físicos;
Condições de pagamento;
Instruções e normas para os recursos;
Condições de recebimentos do objeto da licitação.
ANEXOS DO EDITAL
Como é difícil dispor de um texto constando todas as
informações/exigências, a Lei n.º 8.666/93 art. 40, § 2º prevê a inclusão de
anexos ao edital, que passam a fazer parte integrante do mesmo quais sejam:
I – O projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes
desenhos, especificações e outros complementos;
II - Orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços
unitários;
III – A minuta do contrato a ser firmado entre a administração e o
licitante vencedor;
IV – As especificações complementares e as normas de execução
pertinentes à licitação.
HABILITAÇÃO JURÍDICA
Tem como objeto verificar se o interessado tem os pressupostos
jurídicos necessários à validade da contratação, os documentos são os previstos
no art. 28 da Lei 8.666/93.
I – cédula de identidade;
II – registro comercial, no caso de empresa individual;
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III – ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente
registrado, em se tratando de sociedades comerciais, e, no caso de sociedades
por ações, acompanhado de documentos de eleição de seus administradores;
IV – inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis,
acompanhada de prova de diretoria em exercício;
V – decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade
estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para
funcionamento expedido pelo órgão competente, quando a atividade assim o
exigir.
REGULARIDADE FISCAL
Comprovação do participante que está quite com as obrigações
fiscais nas áreas federal, estadual, Distrito Federal e Municipal.
Art. 29 da Lei 8.666/99.
I – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);
II – Prova de inscrição no Cadastro de Contribuintes Estadual ou
Municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante pertinente ao seu
ramo de atividades e compatível com o objeto contratual;
III – Prova de regularidade para com Fazenda Federal, Estadual e
Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente na forma lei;
IV – Prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei.
a) A prova de inscrição no CNPJ/CPF ou na Fazenda
Estadual/Municipal, prevista nos incisos I e II do art. 29, será feita:
1.1 Nas Tomadas de Preços, mediante apresentação obrigatória do
CRC.
1.2 Nas concorrências, mediante apresentação facultativa do CRC ou
dos documentos relativos aos citados incisos.
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b) A regularidade com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal, bem
como a regularidade com a Seguridade Social, previstas nos incisos III e IV do
art. 29, deverão ser comprovados mediante apresentação das respectivas
certidões, tanto nas
Concorrências quanto nas Tomadas de Preços, independentemente
da apresentação de CRC.
c) A regularidade com a Fazenda Federal deve contemplar tanto a
Dívida Ativa da União quanto os Tributos Administrados pela SRF.
d) Nos convites, devem ser apresentadas as certidões do INSS e
FGTS.
QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
Condições de desempenho do participante na área profissional
pertinente ao objeto da licitação.
Art. 30 da Lei 8.666/93.
I – registro ou inscrição na entidade profissional competente;
II – comprovação de aptidão para desempenho de atividade
pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto
de licitação, e indicação das instalações e do aparelhamento e do pessoal
técnico adequados e disponíveis para a realização do objeto de licitação, bem
como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que se
responsabilizará pelos trabalhos;
III – comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as
informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto
da licitação.
IV – prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial,
quando for o caso.
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Limitadas às hipóteses previstas nos incisos do art. 30, as exigências
de qualificação técnica devem ser inseridas no edital de acordo com as
características e peculiaridades do objeto: compras, fornecimento, obras ou
serviços.
Nas compras para entrega imediata, as exigências podem ser
reduzidas ou até dispensadas, conforme o caso.
O inciso III do art. 30, em termos práticos, refere-se ao Termo de
Vistoria.
As exigências relativas à qualificação técnica, procedendo-se à
sistematização do rol previsto pela lei, resumem-se nos aspectos básicos,
seguintes:
- Registro ou inscrição na entidade profissional competente;
- Aptidão para desempenho – Certidões/Atestados, fornecidos por
pessoa jurídica de direito público ou privado, vedada a limitações de tempo ou
de época ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não previstas na
Lei que inibam a participação na Licitação.;
- Recursos humanos e materiais;
- Capacitação técnico-profissional;
- Metodologia de execução;
- Atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o
caso;
- Recebimento dos documentos e informações pertinentes.
QUALIFICAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA
O objetivo é verificar se o licitante tem condições para realizar
despesas necessárias à execução do objeto na forma do edital.
Art. 31 da lei 8.666/93.
I – Balanço Patrimonial e demonstrações contábeis do último
exercício social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a
boa situação financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes
ou balanços provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais quando
encerrado há mais de 3 (três) meses da data de apresentação da proposta.
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II – Certidão Negativa de Falência ou Concordata expedida pelo
distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no
domicílio da pessoa física.;
III – garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no “caput”
e § 1º do art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do
objeto da contratação.
1. A análise de balanço patrimonial e demonstrações contáveis deve
ser feita por meio de índices contábeis previamente definidos no edital.
2. A exigência de certidão negativa de falência ou concordata, embora
não seja obrigatória, proporciona maior segurança à Administração.
3. Análise dos balanços, bem como a comprovação de capital social
ou de patrimônio líquido, deve ser efetivada com o assessoramento de
contadores habilitados.
Para a Qualificação Econômico-Financeira, o Edital pode exigir
basicamente três condições:
Apresentar balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último
exercício social;
Certidão negativa de distribuição de pedido de falência ou concordata
(pessoa jurídicas), ou de pedido de execução patrimonial (pessoas físicas);
Garantia, nas mesmas modalidades das contratuais, vedada a
indicação da modalidade pela Administração, cabendo o licitante escolher
(caução em dinheiro ou títulos de dívida pública, seguro-garantia, fiança bancária
– art. 56).
São vedados quaisquer procedimentos pelos ordenadores de
despesas que viabilizem a execução de despesas sem comprovada e suficiente
disponibilidade de dotação orçamentária.
PROCEDIMENTO E JULGAMENTO DA LICITAÇÃO
A Licitação é uma sucessão ordenada de atos, pelo qual a
Administração seleciona a proposta mais vantajosa.
O art. 38, determina que o procedimento da licitação será iniciado com
a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e
numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto
e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
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I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
II - comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art.
21 desta Lei, ou da entrega do convite;
III - ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro
administrativo ou oficial, ou do responsável pelo convite;
IV - original das propostas e dos documentos que as instruírem;
V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora; VI -
pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa
ou inexigibilidade;
VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e
respectivas manifestações e decisões;
IX - despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for
o caso, fundamentado circunstanciadamente;
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
XI - outros comprovantes de publicações;
XII - demais documentos relativos à licitação;
A licitação será processada e julgada observando os seguintes
procedimentos: (art. 43)
a) abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à
habilitação dos concorrentes, e sua apreciação.
A documentação, é o conjunto de comprovantes referentes a:
Habilitação Jurídica Qualificação Técnica e Econômico-Financeira, Regularidade
Fiscal e o Cumprimento do disposto no Inciso XXXIII do art. 7º da CF (Trabalho
do Menor).
Essa documentação deve ser apresentada em envelope fechado e
rubricado até o prazo máximo estabelecido no Edital para o seu recebimento.
A abertura dos envelopes de documentação é feita em ato público, no
dia, hora e local indicados, devendo a Comissão de Licitação e os Licitantes
presentes rubricarem os Envelopes das Propostas e os Documentos.
b) Devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados,
contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso (5 dias
úteis – art. 109 - § 1º) ou após sua denegação.
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c) Abertura dos Envelopes contendo as Propostas dos concorrentes
habilitados, desde que transcorrido o prazo (5 dias úteis) sem interposição de
recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos
recursos interpostos.
As propostas são as ofertas feitas pelos licitantes para execução da
licitação, indicando o modo de realização e o preço, na forma prevista no edital,
para serem recebidas e julgadas. Após o momento em que se torna conhecida
a proposta pela Administração, o licitante é obrigado a mantê-la até que se expire
o seu prazo de validade, no máximo até 60 dias, se outro prazo menor não for
determinado no edital (art. 64 - § 3º).
As propostas deverão ser apresentadas em envelope fechado e
rubricado pelo licitante, separado do envelope de documentação.
Os envelopes das propostas dos habilitados serão abertos em ato
público e, rubricado todos os documentos pela Comissão de Licitação e todos
os licitantes presentes (art. 43, § 2º)
Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes e abertas as
propostas, não cabe desclassifica-los, por motivo relacionado com a habilitação,
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos após o julgamento,
não cabe também, após a fase de habilitação, desistência de proposta, salvo por
motivo justo, também de corrente de fato superveniente e aceito pela Comissão.
Verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do
Edital, observando os preços praticados no mercado, ou com os constantes do
Sistema de incompatíveis. Todos os documentos e propostas serão rubricados
pelos licitantes presentes e pela comissão.
Julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios
de avaliação constantes do Edital, e sendo exequíveis. É facultada a Comissão
ou Autoridade Superior, em qualquer fase da licitação, a promoção de Diligência
destinada a esclarecer ou a complementar à instrução do processo. Não se
considerará qualquer oferta de vantagem não prevista no Edital.
Adjudicação – Após a classificação da Empresa, adjudica-se o objeto
da licitação ao vencedor. É o ato que dá o direito do licitante contratar com a
Administração. A adjudicação produz os seus efeitos jurídicos desde o momento
em que for homologada pela autoridade competente.
Homologação – É o ato pelo qual a autoridade competente confirma
a classificação das propostas e a Adjudicação do Objeto da licitação ao
proponente vencedor, publicando-se o resultado.
Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas
forem desclassificadas, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 8
(oito) dias úteis, sendo para Convite, 3 (três) dias úteis para apresentação de
nova documentação ou de outras propostas escoimadas das causas referidas.
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CONTRATOS
Contrato é todo acordo de vontades, firmado livremente pelas partes,
para criar obrigações e direitos recíprocos, (Hely Lopes Meireles).
É um negócio jurídico, bilateral e comutativo, em que as partes se
obrigam a prestações mútuas e equivalentes de encargos e vantagens.
CONTRATO ADMINISTRATIVO
Contrato Administrativo é o ajuste, cuja formalização deve observar
os requisitos previstos na Lei, em que a Administração Pública, agindo nessa
qualidade, firma com particular ou com outra entidade administrativa, para a
consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela
própria Administração.
Os Contratos Administrativos regulam-se pelas sua cláusulas e pelos
preceitos de Direito Público, aplicando-lhes, supletivamente, os princípios da
teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado (art. 54).
Os contratos devem estabelecer:
- Direitos;
- Obrigações;
- Responsabilidades das partes.
O que diferencia o Contrato Administrativo do Contrato Privado, é a
exigência de licitar, sendo dispensável nos casos previstos em Lei e a
participação da Administração com supremacia de poder para determinar as
cláusulas do contrato, dando a faculdade para a Administração impor as
chamadas Cláusulas Exorbitantes, explícitas ou implícitas em todo Contrato
Administrativo, onde irão conferir poderes exorbitantes à Administração,
contratante em face do particular contratado.
É perfeitamente válida no Contrato Administrativo, desde que prevista
em lei, ou dos princípios que regem a atividade administrativa, porque visa a
estabelecer uma prerrogativa em favor de uma das partes para o perfeito
atendimento do interesse público, que se sobrepõe sempre aos interesses
particulares.
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CLÁUSULAS EXORBITANTES
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por
esta lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às
finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I
do art. 79 desta lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do
ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens
móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como
na hipótese de rescisão do contrato administrativo.
OBRIGATORIEDADE DE FIRMAR CONTRATO
É Obrigado a Administração firmar Contratos nos casos de
Concorrência ,Tomada de Preços, Dispensas e Inexigibilidades cujos preços
estejam compreendidos nos limites destas duas Modalidades de Licitação.
Nos demais casos, é Facultativo a Administração substituir o contrato
por outros instrumentos, citados abaixo, devendo, aplicar no que couber o art.
55 (Cláusulas necessárias).
1. Carta Contrato
2. Nota de Empenho da Despesa
3. Autorização de Compra
4. Ordem de Execução de Serviço.
Compra com entrega imediata e integral:
Nesse caso, essas compras que não vão resultar em obrigações
futuras, inclusive assistência técnica, é dispensável o Contrato e facultada a
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substituição pelos outros instrumentos citados, ficando a critério da
Administração, independentemente de seu valor.
Todo contrato deve mencionar:
a) O nome das partes e os de seus representantes.
b) A finalidade
c) O ato que autorizou a sua lavratura
d) O Número do processo licitatório, Dispensa/Inexigibilidade
e) Sujeição às normas da Lei nº 8.666/93 e demais legislações
correlatas.
f) Sujeição as cláusulas do Contrato
DURAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
A duração dos contratos, ficará adstrita a vigência dos respectivos
créditos orçamentários; significa que terão vigência dentro do exercício
financeiro (de 01.01 a 31.12), em que são celebrados, obedecendo ao Princípio
da Anualidade a que é submetido o Orçamento Público (CF art. 165 – III - § 5º
- Lei nº 4.320/64 – art 2º)
É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
O Art. 57, permite a vigência dos contratos fora do exercício
financeiro, nos casos mencionados, devendo ser aditados ou apostilados e
publicados na forma prevista na Lei.
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas
estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados
se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,
que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a Administração, limitada a sessenta meses;
(Redação dada pela Lei nº 9.648, de 27 Mai 98)
III - (vetado)
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de
informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até
48(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
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PRORROGAÇÃO DE CONTRATO APÓS 5 ANOS
De acordo com o § 4º do art. 57 da lei nº 8.666/93, em caráter
excepecional, devidamente justificado e mediante da autorização superior, o
prazo de 60 meses para os serviços executados de forma contínua poderá ser
prorrogado por até 12 meses.
Mas, para isso, a Administração deve comprovar que não foi por falta
de planejamento ou desídia Administrativa.
Observa-se a importância do acompanhamento do contrato para que
a Administração não venha ser responsabilizada.
FISCALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
A Administração deve agir de forma preventiva, trazendo benefícios e
economicidade a mesma.
A forma de fiscalizar os contratos está prevista no art. 67, da Lei nº
8.666/93 e IN do TCM GO.
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e
fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado,
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações
pertinentes a essa atribuição.
Parágrafo 1º. O representante da Administração anotará em registro
próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos
observados.
Parágrafo 2º. As decisões e providências que ultrapassarem a
competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
A Designação desse representante da Administração chamado de
Gestor ou Fiscal do Contrato, deverá recair sobre uma pessoa que tenha
conhecimento técnico sobre o assunto, uma vez que o mesmo deverá ter uma
ação pró-ativa, subsidiando a Autoridade Competente dos fatos que estão
ocorrendo e que poderão ocorrer.
A Administração não deve indicar o Gestor do Contrato,
simplesmente para cumprir as formalidades da Lei, pois, essa atividade só trará
prejuízos para a mesma, uma vez que a Empresa poderá descumprir as
cláusulas contratuais. Exemplo: Designar um Gestor de Contrato, cujo objeto
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seja a manutenção de microcomputador, que não seja da área de informática ou
que não tenha alguma compreensão da área que fiscaliza.
Recebimento do Objeto do Contrato
Quando se trata do recebimento do objeto do contrato, deve-se
recebe-lo de forma provisória a fim de aprovar a primeira entrega e
posteriormente atestar o recebimento definitivo, podendo seu recebimento ser
dispensado em alguns casos, conforme art. 74 da lei 8.666/93.
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e
fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes
em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela
autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado
pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que
comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado
o disposto no art. 69 desta Lei;
II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da
conformidade do material com a especificação;
b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade do
material e consequente aceitação.
§ 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de grande vulto, o
recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado e, nos demais,
mediante recibo.
§ 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço,
nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos
limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
§ 3o O prazo a que se refere a alínea b do inciso I deste artigo não
poderá ser superior a 90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais,
devidamente justificados e previstos no edital.
§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que
se refere este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou
procedida dentro dos prazos fixados, reputar-se-ão como realizados,
desde que comunicados à Administração nos 15 (quinze) dias
anteriores à exaustão dos mesmos.
49
Recebimento provisório: efetuado em caráter experimental, dentro
de um período determinado, para verificação da perfeição do projeto do contrato.
Transcorrido o prazo do recebimento provisório sem impugnação da
Administração, entende-se o objeto do contrato recebido definitivamente.
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos
seguintes casos:
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada;
II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea
a, desta Lei, desde que não se componham de aparelhos,
equipamentos e instalações sujeitos à verificação de funcionamento
e produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito
mediante recibo.
Recebimento definitivo: quando é feito o recebimento em caráter
permanente, considerando o ajuste regularmente executado pelo contratado
Efetuado o recebimento definitivo, a Administração não pode mais
impugnar a execução, continuar retendo as garantias contratuais ou aplicar
multas retroativamente ao contrato.
ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS: ADITAMENTO/ APOSTILAMENTO
Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e
autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os
encargos do contrato, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o
equilíbrio econômico-financeiro inicial (art. 65 – Parágrafo 6º).
Parágrafo 8º. A variação do valor contratual para fazer face ao
reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações
ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até
o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo
ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.
50
PATRIMÔNIO / ALMOXARIFADO E SUPRIMENTO DE ESTOQUE
Após a aquisição de um material ou produto a administração deve
proceder com a gestão do mesmo, porém deve haver tratamento distinto para
aqueles que são considerados materiais de consumo e aqueles que são
considerados patrimoniais.
Dentre os bens patrimoniais destacam-se os materiais de consumo
de trato diferenciado, porquanto o suprimento das diversas unidades
organizacionais resulta da descentralização de recursos orçamentário financeiro
às projeções estaduais para a compra local desse bens.
A classificação do material obedece às normas e diretrizes
orçamentárias estabelecidas pelo Poder Executivo.
MATERIAL DE CONSUMO
Denomina-se material de consumo aquele consumível pelo uso, o que
constitui parte intrínseca de um imóvel, o que destina a substituir peça
sobressalente ou acessório de material permanente, o artigo ou matéria-prima
que destina à aplicação / transformação, utilização ou emprego imediato, e que,
quando utilizado, perde suas características individuais e isoladas, o emprego
padronizado, assim entendido o modelo elaborado para uso exclusivo do serviço
público ou para atender finalidade específica de cada órgão.
Classificação do material de consumo para fins de armazenamento
e distribuição
Material estocável: aquele adquirido para ficar armazenado por um
determinado período de tempo, a ser distribuído quando requisitado pelos
usuários, ou em remessas preestabelecidas
Material não estocável: que se destina a atender a demanda
específica de determinada(s) unidade(s), ou aquele que, por suas
características, não deva ser mantido no Almoxarifado
Proposta de Planejamento para o bom funcionamento do setor
de almoxarifado: A requisição de material de consumo deve contemplar
suficiente para atender ao período de até 30(trinta) dias, evitando-se estocagem
em quantidades excessivas.
Todo servidor deve ser orientado acerca das medidas de segurança,
racionalidade e economicidade na utilização dos materiais de consumo.
Cabe ao encarregado do Almoxarifado proceder, sistematicamente, à
verificação do estoque, compatibilizando-o com os lançamentos contábeis.
51
Planejamento de Consumo
Planejamento de consumo é a estimativa de gasto de material de
consumo, para fins de previsão orçamentária, controle do estoque e geração de
informação para aquisição, tais como: definição das unidades e das quantidades
a adquirir em função do consumo e utilização prováveis.
O planejamento de consumo é realizado à época da elaboração do
orçamento anual e de suas respectivas reformulações, de acordo com os prazos
divulgados pela autoridade competente.
O planejamento de consumo de materiais utilizáveis deve ser
elaborado com base nas informações obtidas juntos às unidades, órgão e
secretarias ligada à Administração Pública.
A previsão de gastos de material de consumo deve considerar:
- Metas estabelecidas para o período;
- Limites orçamentários;
- Estatísticas de consumo;
- Características das unidades (quantitativo de pessoal,
atribuições, etc.).
Com base na previsão de consumo e no limite de recursos
disponíveis, será autorizado a aquisição de material para suprimento dos
setores.
Pedido de Compra
O pedido de compra de material de consumo para reposição de
estoque e/ou para atendimento das necessidades específicas de cada unidade
será feito pelo pela unidade administrativa correspondente.
As solicitações de compra de material de consumo deverão ser feitas
no formulário padronizado Pedido de Compra/Contratação de Serviços
desenvolvido pelo setor de Compras a fim de facilitar a execução das
solicitações, onde figurem claramente, além da quantidade, expressa em
unidade de medida específica (resma, dúzia, rolo, metro etc.), as especificações
que determinem com exatidão e a qualidade dos bens a adquirir.
O pedido de compra deve conter:
- Indicação sucinta e clara do material a ser adquirido, sem indicação
de marca;
- Definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas, em
função do consumo e utilização prováveis, cuja estimativa deve ser obtida,
sempre que possível, mediante adequadas técnicas de estimação quantitativa;
52
- Previsão do prazo de entrega dos materiais;
- Estimativa da despesa (preços unitário e total);
- Outras indicações específicas ou peculiares, necessárias à instrução
do processo de compra.
A descrição do material para o pedido de compra deverá ser elaborada através
dos métodos:
Descritivo – que identifica com clareza o item através da
enumeração de suas características físicas, de acabamento e de desempenho,
possibilitando sua perfeita identificação para boa orientação do processo
licitatório e deverá ser utilizado com absoluta prioridade, sempre que possível;
Referencial – que identifica indiretamente o item, através do nome
do material aliado ao seu símbolo ou número de referência estabelecido pelo
fabricante, não caracterizando, contudo, preferência de marca.
Quando for exigível maior detalhamento técnico de determinado item
devem ser juntados ao pedido de compra modelos, amostras, prospectos, etc.
Toda solicitação de aquisição deverá ser processada após verificação
de disponibilidade, no Almoxarifado, do material solicitado, similar ou de
sucedâneo que atenda às necessidades do solicitante.
O material de uso ou esporádico ou específico, necessário à
execução de trabalhos não rotineiros, deve ser solicitados com antecedência,
salvo em casos excepcionais, a fim de que se possa proceder com a aquisição
do mesmo sem danos ou prejuízos.
Do Recebimento e Aceitação
Recebimento é o ato pelo qual o material encomendado é entregue à
unidade no local previamente designado, não implicando aceitação. Transfere a
responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor para o
órgão recebedor. Ocorre nos Almoxarifados, salvo quando se tratar de material
que não possa ou não deva ser ali estocado ou recebido.
O recebimento, rotineiramente, decorrerá de: compra, doação,
permuta ou transferência.
São considerados documentos hábeis para recebimento de material:
- Nota Fiscal;
- Termo de Doação ou declaração exarada no processo relativo à
permuta;
- Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência.
53
Desses documentos constarão, obrigatoriamente, a descrição do
material, quantidade, unidade de medida e preços (unitário e total).
Uma vez efetuada a aceitação, encaminhar-se à o documento fiscal,
devidamente atestado, ao setor de protocolo para o devido pagamento.
O material recebido definitivamente será incorporado ao estoque do
Almoxarifado, mediante preenchimento concomitante da Guia de Entrega de
Material e da Ficha da Prateleira, padronizadas.
Nenhum material poderá ser distribuído sem que tenha sido registrado
nos formulários aludidos no item precedente.
O recebimento de material de valor superior ao limite estabelecido
para licitação na modalidade Convite será confiado a uma Comissão de no
mínimo 3 (três) membros, nos termos da Lei nº 8.666/93, em seu Art. 15 §8º.
Armazenagem
Armazenagem compreende a guarda, localização, segurança e
preservação do material adquirido, a fim de suprir adequadamente as
necessidades operacionais das unidades.
Para a correta armazenagem dos materiais adquiridos pela unidade
deverão ser observados os critérios a seguir:
- Os materiais devem ser resguardados contra o furto ou roubo, e
protegido contra a ação dos perigos mecânicos e das ameaças climáticas, bem
como de animais daninhos;
- Os materiais estocados há mais tempo devem ser fornecidos em
primeiro lugar (primeiro a entrar, primeiro a sair), com a finalidade de evitar o
envelhecimento de estoque;
- Os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar fácil
inspeção e rápido inventário;
- Os materiais não devem ser estocados em contato direto com o piso.
É preciso utilizar corretamente os acessórios de estocagem para os proteger;
- Os materiais objeto de grande movimentação devem ser estocados
em local de fácil acesso e próximo às áreas de expedição, e os demais deve ser
estocados na parte mais afastada dessas áreas;
- A arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso às saídas
de emergência, aos extintores de incêndio ou à circulação de pessoal
especializado em combate a sinistros (Corpo de Bombeiros, brigada de incêndio,
etc.);
54
- Os materiais de mesma classe devem ser concentrados em locais
adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e o inventário;
- Os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas
partes inferiores das estantes e porta-estrados, eliminando-se os riscos de
acidentes ou avarias, e facilitando a movimentação;
- Os materiais devem ser conservados nas embalagens originais,
somente abertas quando houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por
ocasião da utilização;
- A arrumação dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada
para o lado de acesso ao local de armazenamento a face da embalagem (ou
etiqueta), contendo a marcação do item para a fácil e rápida leitura da
identificação e das demais informações registradas;
- Quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a
segurança e altura das pilhas, de modo a não afetar sua qualidade efeito da
pressão decorrente, bem como para permitir o adequado arejamento (distância
de 70 cm aproximadamente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes).
É obrigatória a fixação de placa contendo a advertência “ É PROIBIDO
FUMAR “, de forma visível, no local destinado a armazenagem de material.
O local destinado a armazenamento deve ser arejado, protegido
contra umidade ou outras ocorrências climáticas e dotado de equipamentos
contra incêndio.
Os equipamentos de combate contra incêndio, nesses locais, devem
ser vistoriados periodicamente.
A disposição das prateleiras na área do Almoxarifado deve ser
estabelecida em função dos seguintes aspectos:
- Facilidade de acesso do pessoal lotado na Unidade;
- Adequada circulação de ar.
Da requisição e Distribuição
A requisição do material de consumo deve ser feita somente por
servidor previamente credenciado.
O fornecimento será feito mediante requisição formulada em modelo
específico Requisição de Material de Consumo, padronizado.
O titular de cada unidade credenciará servidores para prover o
suprimento e controlar a utilização do material de consumo. Somente a esses
servidores cabe efetuar as requisições.
55
O servidor credenciado para requisição do material de consumo será
responsável pelo recebimento, conferência, controle e guarda, que fará em local
seguro, preferencialmente em armário com fechadura.
A requisição de material de consumo é feita mensalmente,
diretamente ao Almoxarifado a partir de períodos e critérios estabelecidos pelo
Setor de Almoxarifado de acordo com suas necessidades.
A requisição de material de consumo do mês de dezembro, deve ser
emitida até o 5º dia útil, salvo em casos excepcionais devidamente justificados
e aprovados pelo Setor de Compras ou unidade equivalente, de forma a
proporcionar ao Almoxarifado condições de realização do Inventário Final.
O fornecimento será feito mediante requisição formulada em modelo
específico Requisição de Material de Consumo, padronizado.
O formulário deve ser apresentado ao Almoxarifado em 3 (três) vias
de igual teor, destinadas:
1ª via - Ao Almoxarifado: para controle e baixa do material
distribuído;
2ª via – À unidade requisitante: acompanha o material para
conferência e controle do recebimento;
3ª via – Ao Almoxarifado: para controle provisório do material
requisitado, em trânsito, conjuntamente à 1ª e 2ª vias.
Controle de Estoque
Consideram-se controle de estoque todos os registros de entrada,
armazenamento e saída de materiais de modo a permitir o acesso aos dados
num menor tempo possível entre a ocorrência do fato e o registro, e, ainda, o
controle de itens para fins de ressuprimento.
1. O controle de estoque requer metodologia e grau de controle
próprios para cada item sendo efetivo através do Sistema de Controle de
Almoxarifado.
2. O controle de estoque implica:
- Manter atualizado os instrumentos de registros de
entrada e saídas dos itens;
- Promover consistência e verificações periódicas entre
os registros efetuados e a consequente existência física
do material na quantidade registrada;
56
- Identificar materiais obsoletos, inativos ou com perda
das características originais;
- Verificar os limites mínimos de cada item, para fins de
ressuprimento;
- Verificar se as unidades estão requisitando itens que ,
de fato, tenham relação com suas atividades típicas.
3. O controle de estoque dos sistemas disponíveis no Almoxarifado é
feito com base nas informações geradas no Sistemas de Controle do
Almoxarifado, a partir dos seguintes registros:
Tempo de Aquisição Programado – é o período compreendido
estimado entre a data de emissão do período de compra e o efetivo recebimento;
Tempo de Aquisição de Emergência – é o pedido estimado de
aquisição de determinado item, cujo estoque já tenha atingido o nível mínimo
admitido;
Intervalo de aquisição – é o período compreendido entre duas
aquisições normais e sucessivas;
Consumo Médio – é a medida de consumo de cada item num
determinado período pelo. Corresponde à divisão do total fornecido no período
pelo intervalo de tempo correspondente;
Estoque mínimo de Segurança – é o quantitativo mínimo de
cada item exigível para que se mantenha a disponibilidade de material até o
ressuprimento;
Estoque Máximo – é a maior quantidade admissível de material
num estoque para consumo em determinado período, considerando-se a área
de armazenagem, a disponibilidade financeira, perecimento, obsoletismo até o
ressuprimento;
Ponto de Pedido – é o nível de estoque que, ao ser atingido,
determina a imediata emissão de pedido de compra;
Quantidade a Suprir – é o número de unidades a adquirir, para
recompor estoque máximo.
Com base do estoque, a chefia do Almoxarifado elabora o Relatório
Mensal de Movimentação de Almoxarifado contendo o valor dos saldos das
contas do mês anterior, o valor dos movimentos de entrada e saída de material
no mês e o atualizado no dia dos movimentos de entrada e saída de material no
dia do fechamento, que representa o valor do material em estoque naquela data.
57
CONCEITO DE UM ALMOXARIFADO
Unidade administrativa que tem por finalidade suprir de material, na
quantidade certa, no momento certo e na qualidade certa, pelo menor custo
possível, todas as demais unidades dos órgãos ou entidade para que possam
cumprir sua missão.
Curiosidade:
A origem da palavra almoxarifado teve origem na Península Ibérica
(765 a 1031), quando ocorreu a invasão árabe. O vocábulo al-xarif designava a
pessoa de confiança do Sultão, responsável pela guarda dos bens do seu
senhor.
Gestão do Almoxarifado
Para uma boa gestão do almoxarifado, o gestor deve munir-se de
adequadas técnicas de quantificação e previsão a fim de fornecer material, de
forma contínua, para que não haja solução de continuidade no processo
produtivo. E, para isso, é necessário conhecer as características dos materiais
sob sua responsabilidade. A classificação dos materiais possibilita esse
conhecimento.
Classificação de Materiais de Almoxarifado
“A classificação é o processo de aglutinação de materiais por
características semelhantes. Grande parte do sucesso no gerenciamento de
estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da
empresa.”. Alguns tipos de classificação são os citados abaixo:
Por tipo de demanda:
a) materiais de estoque
“São materiais que devem existir em estoque e para os quais são
determinados critérios e parâmetros de ressuprimento automático,
com base na demanda prevista” [...]
Exemplos:
a. 30.07 – Gênero de alimentação;
b. 30.09 – Material farmacológico;
c. 30.16 – Material de expediente;
d. 30.17 – Material de processamento de dados;
e. 30.21 – Material de copa e cozinha;
f. 30.22 – Material de limpeza e produtos de higienização.
58
b) materiais não de estoque
“São materiais de demanda imprevisível para os quais não são
definidos parâmetros para o ressuprimento automático.” Sua
aquisição somente pode ser efetuada por solicitação direta do
usuário.
Exemplos
a. 30.52 – Equipamentos e material permanente
b. 30.XX – Material de expediente personalizado
c) materiais críticos
São materiais de reposição específica de um equipamento, de
demanda imprevisível. A decisão de estocar ou não tem por base a
análise do risco que a produção corre, caso esses materiais não
estejam disponíveis quando necessário.
Exemplo:
30.28 – Material de proteção e segurança.
Codificação de materiais
“Consiste em ordenar os materiais da empresa segundo um plano
metódico e sistemático.”
Define uma catalogação de todos os materiais componentes do
estoque da entidade. Agrupa os materiais segundo sua forma, dimensão, peso,
tipo, uso, etc., buscando correta especificação.
Formação do código do material:
Grupo – define o elemento de despesa a que pertence o material.
30.00 – Material de Consumo;
31.00 – Material para Premiações;
32.00 – Material Distribuição Gratuita.
Família (subgrupo) – é a família a que pertence o material
(Portaria nº 49/08).
30.01 – Combustíveis e lubrificantes automotivos;
30.07 – Gênero de alimentação;
59
30.16 – Material de expediente.
Código - é a especificação do material (modelo, tamanho, cor, etc.)
30.16.XXXX – o número do item é fornecido pelo sistema de almoxarifado,
quando do cadastro do material.
Exemplos
1. Material 30.16.0053.
30. Material de Consumo (grupo).
30.16.0000 - Material de expediente (família).
30.16.0053 - Caneta esferográfica azul (código).
2. Material 31.01.0001
31. Material para Premiações Culturais, Desportivas, etc. (grupo).
31.01.0000 – Premiações Culturais (família).
31.01.xxxx – Medalha de Ouro (código).
3. Material 32.04.0001(Grupo)
32. Material de Distribuição Gratuita (grupo).
32.04.0000 – Material Educacional e Cultural (família).
32.04.xxxx - Livro Didático. (código).
ATRIBUIÇÕES DO GERENTE DE CONTRATO
Fiscal - Servidor designado com a formação de acompanhar e
fiscalizar a execução de contrato firmado, de forma a permitir o cumprimento das
cláusulas e condições nele pactuadas.
Objeto de Contrato - Corresponde aos serviços ou fornecimentos
contratados pelo órgão de acordo com as condições estabelecidas no processo
que lhe deu origem.
Registro - Livro individualizado por instrumento contratual onde serão
registradas todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato.
60
Serviços Contínuos - São aqueles que, por natureza não podem
sofrer descontinuidade, sob pena de acarretar prejuízos ao bom andamento das
atividades da Administração.
Vigência Contratual - É o período compreendido entre inicial e final
estipuladas no contrato.
Contratante - Órgão ou entidade signatária do instrumento contratual.
Contrato - Pessoa física ou jurídica de contrato com a Administração
Pública.
Preposto - Pessoa física que dirige ou representa um serviço ou
negócio por Delegação de competência.
Manter cópia do termo e de seus eventuais aditivos, juntamente com
outros documentos que possam dirimir dúvidas originais dom cumprimento das
obrigações.
Anotar, em livro próprio, as ocorrências relacionadas com a execução
do contrato, informado à autoridade competente aquelas que dependem de
decisão, com vistas à regularização de faltas ou observados.
Controlar o emprego de materiais durante execução dos serviços
principalmente quanto à quantidade e à qualidade deste, rejeitando os que
estiverem em descordo com o estabelecido instrumento de contrato ou na
proposta da contratada.
Manter durante a vigência do contrato entendimentos, por escrito,
com a contratada através de seu preposto, adotando medidas necessárias ao
cumprimento das obrigações contratuais, salvo aquelas que por sua natureza e
gravidade devam ser comunicadas diretamente ao representante legal da
contratada.
Manter atualizado o controle dos empregos da contratada, no caso de
prestação de serviços contínuos, exigindo que se apresentem ao local de
trabalho devidamente uniformizado e portando o crachá de identificação,
solicitando, por escrito, a substituição daqueles comprometam a perfeita
execução dos serviços, ou que apresentem comportamento em desacordo com
as normas organizacionais vigentes.
Realizar constante reavaliação do objeto contratado, propondo
medidas para redução dos gastos, bem como aquelas que visem a melhor
racionalização dos serviços, inclusive quanto à necessidade de sua manutenção.
Manter permanente vigilância sobre as obrigações da Contatada,
prevista no termo contratual e no edital que deu origem à contratação, bem como
quanto às demais disposições da Lei nº 8.666/93 que disciplinam a matéria.
61
Manter entendimento com os chefes das áreas de apoio
administrativo quando o objeto do contrato for a manutenção preventiva e
corretiva em equipamentos distribuídos pelas diversas unidades desta
Instituição, com vistas ao controle de:
- Peças substituídas, com identificação do equipamento, para
fins de garantia;
- Periodicidade da manutenção;
- Inclusões e exclusões de equipamentos, atentando para a
limitação estabelecida no parágrafo primeiro, do Art. 65, da Lei nº
8.666/93.
Verificar no ato da apresentação se a Nota Fiscal está dentro do prazo
de validade e se os serviços ou produtos entregues guardam conformidade com
o estabelecido no contrato. Caso esteja vencida, deve ser imediatamente
devolvida à empresa emitente para que providencie o pedido de autorização de
impressão de documento fiscal ou prorrogação da data limite para emissão.
Elaborar relatório relatando as irregularidades observadas quanto ao
descumprimento do contrato, aditando outras que julgar oportunas, cuja cópia
deverá acompanhar a fartura correspondente.
Atestar os serviços, as obras ou fornecimento conferindo os dados
descritivos das notas fiscais/fatura e verificando sua compatibilidade com os
serviços e obras efetivamente executados e os materiais entregues.
Elaborar, quando formalmente solicitado pela contratada, Atestado de
Capacidade Técnica, subtendendo para a aprovação e assinatura do Ordenador
de Despesa.
MODELO DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO
É o “ambiente de controle” onde as atividades são desenvolvidas.
Envolve o ambiente físico, tecnologia, expertise, recursos humanos, financeiros
a fim de atingir uma missão.
“Suprir as unidades administrativas de bens materiais necessários e
indispensáveis para que elas realizem seus objetivos, controlando e protegendo
os bens públicos e patrocinando seu uso racional”.
Diretrizes da Gestão Patrimonial
62
Qualquer servidor público será responsável pelo dano que causar,
ou para o qual concorrer, a qualquer bem público, que esteja ou não
sob sua guarda.
É vedado o uso particular de qualquer bem público, salvo o uso
autorizado por lei.
Todo documento que se referir a qualquer bem público, deve,
obrigatoriamente, mencionar o número do seu registro patrimonial.
É vedado o reaproveitamento de um número de registro patrimonial
dado a um bem, ainda que o mesmo tenha sido baixado do acervo
patrimonial.
É vedada a movimentação ou o deslocamento de qualquer bem
patrimonial desacompanhado da documentação legal.
Em caso de reparo de bens, o número de registro patrimonial deve
ser mantido, anotando-se, quando necessário, as alterações
verificadas, para fins de pronta identificação do bem.
Os bens patrimoniais que ingressarem nos órgãos ou entidades
públicas por empréstimo ou cessão, serão cadastrados, terão controle
especial, mas não receberão registro patrimonial.
Os bens adquiridos com recursos de convênios ou contrato que,
contiverem período de carência, serão cadastrados, terão controle
especial, mas só receberão o registro patrimonial quando encerrado
o prazo.
63
Classificação Orçamentária da Despesa
Material é a designação genérica de equipamentos, componentes, acessórios,
sobressalentes, matéria-prima, etc.
Para fins de classificação da despesa orçamentária, os materiais são assim
classificados:
a) Material de consumo e;
b) Material permanente.
Material Permanente x Material de Consumo
Entende-se como material de consumo e material permanente:
a) Material de Consumo, aquele que, em razão de seu uso corrente e
da definição da Lei nº 4.320/64, perde normalmente sua identidade
física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos;
b) Material Permanente, aquele que, em razão de seu uso corrente,
não perde a sua identidade física, e/ou tem uma durabilidade superior
a dois anos.
Além disso, na classificação da despesa com aquisição de material
devem ser adotados alguns parâmetros que, tomados em conjunto, distinguem
o material permanente do material de consumo.
Material Permanente
a) Peças não Incorporáveis a Imóveis
Despesas com materiais empregados em imóveis e que possam ser
removidos ou recuperados, tais como: biombos, cortinas, divisórias removíveis,
estrados, persianas, tapetes e afins, deve ser classificada observando os
critérios acima expostos (Durabilidade, Fragilidade, Perecibilidade,
Incorporabilidade, Transformabilidade e Finalidade). Não precisam ser
tombados.
Nota: No caso de despesas realizadas
em imóveis alugados, o ente deverá registrar como
material permanente e proceder à baixa quando
entregar o imóvel, se os mesmos encontrarem-se
deteriorados, sem condições de uso.
64
b) Uma melhoria
Uma melhoria pode envolver uma substituição de partes do bem ou
ser resultante de uma reforma significativa. Como regra, aumenta o valor contábil
do bem se o custo das novas peças for maior que o valor líquido contábil das
peças substituídas.
Uma melhoria ocorre quando o gasto atribuído ao um bem tem como
conseqüência:
1) O aumento de vida útil do bem do Ativo;
2) O incremento em sua capacidade produtiva ou
3) A diminuição do custo operacional.
Exemplo:
Aquisição de placa de memória para substituição em um computador
com maior capacidade que a existente e a classificação da despesa com
aquisição de uma leitora de CD para ser instalada num Computador sem
Unidade Leitora de CD.
c) Classificação de despesa com aquisição de Material
Bibliográfico
Os livros e demais materiais bibliográficos apresentam características
de material permanente. (durabilidade superior a 2 anos, não é quebradiço, não
é perecível, não é incorporável a outro bem, não se destina a transformação).
Porém, o artigo 18 da lei 10.753/2003, considera os livros adquiridos para
bibliotecas públicas como material de consumo.
d) Classificação de despesa com remodelação, restauração,
manutenção e outros, quando ocorrer aumento da vida útil.
Quando o serviço se destina a manter o bem em condições normais
de operação, não resultando em aumento relevante da vida útil do bem, a
despesa orçamentária é corrente.
Caso as melhorias decorrentes do serviço resultem em aumento
significativo da vida útil do bem, a despesa orçamentária é de capital, devendo
o valor do gasto ser incorporado ao ativo.
65
MATERIAL INSERVÍVEL
Ocioso: Quando, embora em perfeitas condições de uso, não estiver
sendo aproveitado.
Recuperável: Quando sua recuperação for possível de orçar 50% do
seu valor de mercado.
Antieconômico: Quando sua manutenção for onerosa, ou seu
rendimento precário, em virtude de uso prolongado, desgaste prematuro ou
obsoletismo
Irrecuperável: Quando não mais puder ser utilizado para o fim a que
se destina devido à perda de suas características ou em razão da inviabilidade
econômica de sua recuperação.
BENS
Bens são valores materiais ou imateriais que possam figurar numa
relação jurídica, na condição de objeto.
Classificação dos bens: NCCB- Lei 10.406/02:
“São públicos os bens do domínio nacional,
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a
que pertencerem.”
Bens Patrimoniais objeto deste estudo
Bens duráveis - móveis, eletrodomésticos, veículos.
Bens móveis - aqueles que podem ser deslocados, por força própria
ou alheia, sem perder sua forma.
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Bens imóveis - aqueles que não podem ser deslocados ou aqueles
que para serem deslocados perdem sua forma.
Bens semoventes - são constituídos por animais domésticos.
BENS PÚBLICOS
São os pertencentes a entes estatais, para que sirvam de meios ao
atendimento imediato ou mediato do interesse público.
Bens públicos de uso comum do povo: São todos aqueles
destinados ao uso do povo sem nenhuma restrição a não ser a da boa conduta,
nos termos da lei, ou dos costumes, principalmente quanto à moral público e ao
respeito mútuo. Exemplo: praias, ruas, praças, etc.
Bens públicos de uso especial: São todos os bens móveis e imóveis
destinados a instalações físicas publicas para escritórios, repartições públicas,
escolas, delegacias de polícias, presídios, palácios de governo, escolas
públicas, bem como os bens móveis utilizados na realização dos serviços
públicos (veículos oficiais, materiais de permanentes, navio de guerra, etc).
Bens públicos dominiais ou dominicais: São todos aqueles que
não se enquadrarem nas duas primeiras categorias. Sem qualquer destinação
pública, constituem riqueza material e patrimonial do Estado, podendo ser
alienados ou afetados ao uso comum ou ao uso especial.
Exemplo: Terras devoluta (não estão ocupadas ou habitadas),
terrenos de marinha, bens móveis que se tornaram inservíveis.
FORMAÇÃO DE PATRIMÔNIO PÚBLICO
Patrimônio Público - “ É conjunto de bens, valores, créditos e
obrigações de conteúdo econômico e avaliável em moeda que a Fazenda
Pública possui e utiliza na consecução dos seus objetivos”, com a finalidade de
servir de meios ao atendimento imediato ou mediato do interesse público.
A formação do patrimônio público se dá principalmente por:
COMPRA - aquisição remunerada;
DOAÇÃO - transferência de propriedade do bem (gratuita ou
onerosa);
CESSÃO/EMPRÉSTIMOS - transferência de posse e troca de
responsabilidade;
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CONSTRUÇÃO - obra realizada;
DESAPROPRIAÇÃO – aquisição compulsória de terceiros,
para atender a interesse público devidamente fundamentado,
mediante justa indenização;
PERMUTA - troca recíproca de posse e propriedade.
Os bens ao ingressarem no patrimônio deverão estar acompanhados
dos seguintes documentos:
Nota fiscal, Fatura e Nota Fiscal/Fatura – compra;
Termo de cessão – empréstimo;
Termo de doação/permuta;
Guia de remessa de material (retorno de setores);
Nota de transferência – de um órgão para outro, em caráter
definitivo.
Valoração dos Bens Públicos
Bens Móveis e Imóveis
- Valor de aquisição ou pelo custo de produção ou construção.
Bens de Almoxarifado
- Pelo preço médio ponderado das compras.
Depreciação dos Bens Públicos
Os bens públicos não se submetem ao processo de depreciação
sistemática (perda de valor pelo uso com a devida compensação nos registros
contábeis)
Como todos os bens sofrem desgastes pelo uso, e como o objetivo de
se manter informações condizentes com a realidade, deveria a administração
pública adotar, a depreciação de seus valores conforme métodos estabelecidos
pela Receita Federal.
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Para se cumprir o princípio constitucional da eficiência, é necessário
conhecer os custos das atividades e, portanto, a depreciação do patrimônio
como sua reavaliação são valores que devem ser conhecidos.
Existem vários métodos de cálculos de depreciação, porém, o mais
utilizado é o Método Linear ou de quotas constantes, abaixo descrito:
Método Linear ou de quotas constantes – é o método que distribui o
custo do bem em função exclusiva do tempo de acordo com a seguinte fórmula
de cálculo:
Quota Anual de Depreciação = Custo do Bem – Valor Residual -----------------------------------------------
Nº de períodos de vida útil “A eficiência da administração pública - a necessidade de reduzir
custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário - torna-se então, essencial. A reforma do Estado passa a ser orientada, predominantemente, pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos...”
Fonte: QPAP/2000(Programa de Qualidade no Serviço Público).
Custos: Custos dos Investimentos (depreciação+ custo de oportunidade) + Custeio. Eficiência: Serviço prestado/custos (indicador comparativo com a iniciativa privada). Qualidade: atender as seguintes dimensões da qualidade: a qualidade intrínseca; o custo; o tempo do atendimento; o moral (servidores e clientes) e a segurança (produto/serviço confiável).
Reavaliação dos Bens Públicos O § 3º do art. 106 da Lei 4320/64, faculta a reavaliação a critério da
administração, consignando que “ poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.”
Visando à manutenção de informações realistas, tanto do ponto de
vista administrativo quanto contábil, a atualização dos valores dos bens deveria ser uma prática na Administração Pública; nos moldes dos critérios utilizados por empresas privadas, conforme métodos estabelecidos pela Receita Federal.
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Competência para Reavaliar Bens Móveis e Imóveis
Indica-se que a avaliação dos bens deverá ser feita por 3 (três)
servidores ou por empresa especializada, nomeados por meio de decreto.
Os avaliadores ou a empresa avaliadora deverão apresentar laudo
fundamentado, com a indicação dos critérios de avaliação e dos elementos de
comparação adotados e instruídos com os documentos relativos aos bens
avaliados, e estarão presentes à assembleia que conhecer o laudo, a fim de
prestarem as informações que lhes forem solicitadas.
a) Fatores que influenciam a reavaliação:
a) Estado de conservação do bem – (EC);
b) Período de vida útil futura do bem, em anos (PVU);
c) Período de utilização do bem, em anos (PUB).
b) Fórmula para achar o Fator de Reavaliação (FR)
FR = (4EC + 6PVU – 3PUB) --------------------------------------------
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c) Valor do bem reavaliado (VBR) VBR= Valor do bem novo x Fator de Reavaliação
Planilha de Pontuação do Método
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Algumas recomendações: 1. Reavaliação de veículos Utilizar publicações especializadas e Planilha de Vistoria e Avaliação Técnica de Veículos. 2. Reavaliação de Obras de Arte e Materiais Bibliográficos Contar com assessoramento de artista plástico e biblioteconomista. 3. Reavaliação dos demais bens Utilizar a legislação do Imposto de Renda. Controle dos Bens Públicos O controle dos bens públicos pode ser conceituado como um conjunto
de ações sistemáticas, planejadas, de forma a evitar que os bens públicos sejam: a) dilapidados; b) extraviados; c) empregados em funções fora de sua destinação. Esse controle está determinado na Constituição Federal, nas
constituições estaduais, nas leis orgânicas dos municípios, nas leis e decretos que disciplinam o assunto: Lei 4320/64 e Lei 8666/93.
Tipos de Controles Controle Interno - é o conjunto de ações exercido no âmbito do órgão público. Controle Externo - exercido pelas Assembléia Legislativa ou pelas Câmaras Municipais, com o auxílio dos Tribunais de Contas. Registro Patrimonial ou Tombamento Consiste na atribuição de um número de registro patrimonial,
seqüencial a critério da organização. Esse número acompanhará o bem por toda sua vida útil, até sua baixa, sendo mencionado em todos os documentos que se referirem ao bem.
Identificação patrimonial É o processo de fixação do número de registro patrimonial no respectivo bem. Atenção:
Bens provenientes de empréstimos ou cessão, não receberão
registro patrimonial;
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Adquiridos por convênio ou contratos, com carência, não
receberão registro, até o fim da carência;
O bem que der entrada para substituir bem extraviado, receberá
novo registro patrimonial. O bem extraviado será baixado.
Cadastro patrimonial
A Lei 4320/64
Art. 94 - Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter
permanente, com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização
de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.
Art. 95 - A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e
imóveis.
O cadastro visa:
a) – identificação do bem;
b) – inclusão no ativo imobilizado;
c) – distribuição;
d) – localização;
e) – guarda e conservação;
f) – manutenção periódica.
Elementos essenciais à perfeita identificação:
a) – N.º do registro patrimonial;
b) - Descrição do material;
c) – Fornecedor;
d) - Data da aquisição;
e) – N.º Nota Fiscal;
f) – Valor;
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g) – Localização.
Observação
Os bens devem ser cadastrados antes de sua utilização;
Os bens móveis receberão n.ºs sequenciais, a critério de cada
organização;
As plaquetas deverão ser afixadas em lugar visível e seguro;
Os bens imóveis terão o número do registro patrimonial igual ao do
seu registro em cartório.
Movimentação dos bens patrimoniais
Guarda provisória:
Tempo necessário aos registros.
Guarda permanente para o uso:
A responsabilidade pela guarda, segurança e conservação é do
destinatário do bem.
Termo de Responsabilidade
É um documento de controle necessário para efetivar a transferência
da responsabilidade pela guarda de um bem de uma unidade para outra.
Deve conter:
a) - Unidade de localização do bem;
b) - Nº de registro patrimonial;
c) - Descrição, estado físico, valor;
d) - As competentes assinaturas.
Termo de Responsabilidade nas diversas movimentações:
Na distribuição;
Na transferência entre unidades;
No recolhimento do bem ao Setor de Patrimônio;
Na substituição por outro bem e;
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Na redistribuição.
Diretrizes da Movimentação e Guarda dos Bens
1. Nenhum bem móvel permanente deve ser distribuído ou
redistribuído sem prévia comunicação ao setor de patrimônio que se encarregará
da emissão do termo de responsabilidade.
2. Deve ser responsabilizado por omissão o servidor que não
comunicar a alteração na lotação de um bem móvel sob sua guarda.
3. Os responsáveis pelos bens patrimoniais deverão observar o
seguinte:
Comunicar ao setor responsável pela gestão patrimonial
qualquer ocorrência: extravio, danos, extravio de plaquetas,
necessidade de reparos e manutenção.
A saída dos bens sob sua responsabilidade, mesmo que
temporária, deverá ser de acordo com as normas de segurança
patrimonial, quando serão efetivados os registros pertinentes
(nº do patrimônio, descrição do bem e localização de destino).
Os bens que perderem a serventia deverão ser encaminhados
ao Setor de Patrimônio para triagem. Aqueles que ainda se
encontrarem em condições de uso serão redistribuídos para
outras unidades que deles necessitem.
4. O Setor de Patrimônio deve manter controle sistemático de
autorização para a saída de bens do órgão, para facilitar o controle e o
acompanhamento dos serviços de reparação e ou manutenção a serem
executados.
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Baixa de bens patrimoniais
Motivo da baixa patrimonial:
a) - Inutilização por uso;
b) - Inutilização por acidente;
c) - Extravio;
d) – Desuso (obsoletismo);
e) – Alienação;
f) - Contaminação;
A baixa de um bem patrimonial, por qualquer motivo, só ocorrerá após
a conclusão final do processo correspondente ao caso.
Os bens móveis, considerados inservíveis, serão relacionados pelo
Controle Patrimonial e submetidos à aprovação da autoridade competente,
providenciando-se a baixa patrimonial.
Ocorrendo pedido de baixa em virtude de extravio ou acidente, este
só pode ser concedido, após conclusão do processo de sindicância ou inquérito
instaurado pela autoridade competente, com vista a apuração de
responsabilidade com ressarcimento em dinheiro, reposição do bem ou a
penalidade prevista na norma interna.
Alienação
Operação que transfere o direito de propriedade do material para
terceiros, após sua desafetação do interesse público.
Motivos:
Doação;
Permuta;
Venda a órgão público;
Venda a terceiros.
Alienação dos bens públicos se fará com autorização do Legislativo:
Lei especial ou através de lei orçamentária.
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A legislação local ou a Lei Orgânica dos Municípios definirá quais os
bens dependem de autorização legislativa especial e quais os que a lei
orçamentária autorizará.
Alienação de bens imóveis
Existência de interesse público fundamentado;
Autorização legislativa (administração direta, autarquias e
fundações);
Avaliação prévia;
Licitação na modalidade concorrência, ou leilão quando se
tratar de bens havidos por decisão judicial (lei 8666/93, art. 19,
inciso III).
Alienação de bens móveis
Autorização da LOA
Existência de interesse público fundamentado;
Avaliação prévia;
Licitação;
INVERNTÁRIO PATRIMONIAL
Processo de contagem física da existência dos bens para posterior
confronto com os registros dos bens no patrimônio e com os registros contábeis.
A Lei 4320/64, artigos 94, 95 e 96, determina:
a) Registros analíticos (Setor de Patrimônio);
b) Registros sintéticos (Setor Contábil);
c) Realização de inventário.
“O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base
o inventário de cada unidade administrativa e os elementos da escrituração
contábil.”
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Comissão de inventário
A comissão deve ser constituída, no mínimo, de 03 servidores,
conhecedores da área de patrimônio, dos quais um, obrigatoriamente,
pertencerá ao setor de patrimônio do próprio órgão.
Atribuições:
Conferir os bens patrimoniais existentes, à vista dos dados
cadastrais;
Promover o exame físico dos bens quanto à especificação,
quantidade, estado de conservação e valor;
Completar, retificar, avaliar e regularizar o registro e as
especificações e proceder a qualquer outra anotação
relacionada aos bens patrimoniais, sempre que preciso; e
Apresentar, quando necessário, relatório circunstanciado dos
fatos apurados nos levantamentos realizados.
Auditoria dos bens patrimoniais
Auditoria “é um exame analítico de determinada operação, com o
objetivo de atestar sua validade” ou para verificar se os procedimentos estão de
acordo com as recomendações das normas e da boa técnica.
Tipos de auditoria:
Auditoria Interna
Executada por agentes da própria organização.
Auditoria Externa
Executada por agentes externas à organização.
Técnicas de auditoria:
Procedimentos adequados para se verificar a veracidade da operação
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Programa de auditoria ordinária Objeto: Bens Patrimoniais Permanentes. Objetivo geral “Verificar se as atividades de recebimento, cadastramento, registro,
movimentação e controle dos bens móveis permanentes estão sendo desenvolvidas de acordo com a legislação pertinente e práticas recomendadas.”
Objetivos específicos:
Levantar dados contábeis, informados pelos jurisdicionados
para subsidiar análises posteriores;
Verificar a existência de instrumentos normativos capazes de
assegurar a salvaguarda dos materiais, bem como promover a
eficiência operacional;
Apurar se há controle efetivo sobre os bens da administração
pública em poder de terceiros;
Verificar se os bens de terceiros em poder da administração
pública estão sendo controlados e utilizados na forma dos
documentos de cessão;
Verificar se os materiais incorporados no período e os
existentes foram processados em conformidade com as
normas vigentes;
Verificar se a realização dos inventários vem se processado de
acordo com a legislação vigente e a boa técnica;
Verificar se as baixas foram devidamente autorizadas, após o
devido processo instruído e fundamentado.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei 8666/93: Licitações e Contratos Administrativos. São Paulo: NDJ, 1999. BRASIL. Decreto nº 99.658, de 30 de outubro de 1990. BRASIL. Portaria Conjunta nº 448, da Secretaria do Tesouro Nacional, de 13 de setembro de 2002. BRASIL. Portaria Conjunta nº 3, de 15 de outubro de 2008. Secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria do Orçamento Federal. BRASIL. Lei 10.520, de 17 de Julho de 2002. BRASIL. Lei Complementar nº 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal. BRASIL. Lei nº 10.406/02 – Código Civil Brasileiro. ESPÍRITO SANTO. Minuta do Manual de Auditoria do TCEES. Dez/2003. FARIAS, Edimur Ferreira de. Curso de direito administrativo positivo. 4. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2001. p 387-406. GOIÁS. Tribunal de Conta dos Municípios. Instrução Normativa 015/12. Dispõe sobre procedimentos para a formalização e apresentação, ao Tribunal de Contas dos Municípios, dos atos de pessoal - concursos, admissões, aposentadorias e pensões, das licitações e contratos, dos relatórios da LRF, dos instrumentos de planejamento governamental - PPA, LDO e LOA, das contas de gestão – balancetes - de 2013 e seguintes e das contas de governo - balanço geral - de 2012 e subsequentes, e dá outras providências. KOHAMA, Hélio. Balanços Públicos: teoria e práticas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MACHADO Jr., José Teixeira; REIS, Heraldo da Costa. A Lei 4320 Comentada. Rio de janeiro: IBAM, 1999. MATO GROSSO. Tribunal de Conta do Estado. Resolução nº 1.120/05, 21 de dezembro de 2005. Dispõe sobre a criação, a implementação e a manutenção de Sistemas de Controle Interno nos Poderes Executivo e Legislativo municipais, e dá outras providências.