cÂmara de santo tirso apoia com 480 mil euros a...

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entre MARGENS DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO BIMENSÁRIO | 13 SETEMBRO 2012 | N.º 481 Todos os dias ao seu dispôr com simpatia e profissionalismo CÂMARA DE SANTO TIRSO APOIA COM 480 MIL EUROS A REFORMULAÇÃO DO CAMPO BERNARDINO GOMES Desportivo das Aves avança com remodelação total do velho campo de jogos DESTAQUE / PÁGINAS 4 E 5 NOVO NÓ DE ACESSO À A3 SÓ EM 2020 CASTRO FERNANDES ARGUMENTOU E REIVINDICOU MAS A REFORMULAÇÃO DO NÓ DA A3, EM SANTO TIRSO, NÃO VAI ARRANCAR PARA JÁ. 2020 É A DATA EM QUE O INSTITUTO DAS INFRAESTRU- TURAS RODOVIÁRIAS PREVÊ ACONSELHÁVEL UMA INTERVENÇÃO Memórias da têxtil e da Fábrica do Rio Vizela em exposição internacional Ana Maria Antunes e Isabel Guimarães integram Exposição Internacional de Arte Têxtil, promovida no âmbito de Guimarães, Capital Europeia da Cultura. Na imagem, “Endless Loop”, escultura de Ana Maria Antunes. Página 2 Pré-escolar reflete falta de incentivos à natalidade ESCOLAS COMO A DE CENSE, EM VILA DAS AVES E A DE LAMELAS PODEM NÃO RESISTIR À FALTA DE ALUNOS. PÁGINA 12 E 13 José Pedro Miranda escreve sobre Eurico de Melo HOMENAGEM // PÁGINAS 8 E 9

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Page 1: CÂMARA DE SANTO TIRSO APOIA COM 480 MIL EUROS A ...jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/09/entre_margens… · Internacional de Arte Têxtil, promovida no âmbito de Guimarães,

entreMARGENSDIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

BIMENSÁRIO | 13 SETEMBRO 2012 | N.º 481

Todos os dias ao seu dispôr comsimpatia e profissionalismo

CÂMARA DE SANTO TIRSO APOIA COM 480 MIL EUROS AREFORMULAÇÃO DO CAMPO BERNARDINO GOMES

Desportivo das Aves avançacom remodelação total

do velho campo de jogos

DESTAQUE / PÁGINAS 4 E 5

NOVO NÓ DEACESSO ÀA3 SÓ EM 2020CASTRO FERNANDES ARGUMENTOU E REIVINDICOU MAS AREFORMULAÇÃO DO NÓ DA A3, EM SANTO TIRSO, NÃO VAI ARRANCARPARA JÁ. 2020 É A DATA EM QUE O INSTITUTO DAS INFRAESTRU-TURAS RODOVIÁRIAS PREVÊ ACONSELHÁVEL UMA INTERVENÇÃO

Memórias da têxtil eda Fábrica do RioVizela em exposiçãointernacionalAna Maria Antunes e IsabelGuimarães integram ExposiçãoInternacional de Arte Têxtil,promovida no âmbito deGuimarães, Capital Europeiada Cultura.

Na imagem, “EndlessLoop”, escultura de Ana MariaAntunes. Página 2

Pré-escolar refletefalta de incentivos

à natalidadeESCOLAS COMO A DE CENSE, EM VILA DAS

AVES E A DE LAMELAS PODEM NÃO RESISTIRÀ FALTA DE ALUNOS. PÁGINA 12 E 13

José Pedro Mirandaescreve sobreEurico de MeloHOMENAGEM // PÁGINAS 8 E 9

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FIM DE SEMANA

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADOS RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaprimeira saída de setembro foi o nosso estimado assinante José Rui Ferreira

Leal, residente no Largo da Tojela, Blº A, 4º esquerdo, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Raízestradicionaiscom muitairreverência|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Os álbuns da Banda do Casaco sãodifíceis de encontrar e atingem valo-res elevados. O primeiro do grupo,gravado em outubro de 1974, é mui-to procurado por colecionadores,tendo um LP passado de 500 euros

em março de 2009. Existe uma edi-ção em CD que, felizmente, tem umpreço de mercado acessível. Nela po-demos apreciar, num tamanho bemmais reduzido, o trabalho gráfico dacapa e, no interior, as letras das mú-sicas, com trava línguas, aliterações ejogos de palavras com crítica socialóbvia (25 de Abril estava ainda de-masiado próximo).

Os rótulos na música são, muitasvezes, estranhos e complexos. Quan-do se aplicam de uma forma descui-dada é um autêntico pesadelo. Ima-gino um grande apreciador do estiloprogressivo ou psicadélico ficar en-cantado com o título do negócio doeBay e depois encontrar algo mais

quívoca: vozes alternadas (7 em 9músicos usam o microfone) para tex-tos com sarcasmo; enérgicos violinose quentes violoncelos e contrabaixos;sussurros (em “Na Boca do Inferno”)a fazer lembrar Adolfo Luxúria Cani-bal (na altura tinha só 15 anos); ins-trumentos pouco usuais e uma diver-tida guimbarda (em “Lavados Lava-dos Sim”); composições divididas empartes distintas mas sempre ligadascom originais ideias; enfim, a lista serámais extensa, como é evidente.

Este disco é indispensável paraquem pretende conhecer o passadona música nacional e será bem aco-lhido para os que estão saturadoscom a homogeneidade de estilos. |||||

ligado ao folk, no fundo, um traba-lho baseado nas raízes tradicionaisportuguesas com algum experimen-talismo e vanguardismo. A irreverên-cia está presente de uma forma ine-

Dentro de portas - “Dos Benefícios dum Vendido no Reino dos Bonifácios”

- Um livro é feito de signos que falamde outros signos, os quais por sua vezfalam das coisas. Sem um olho que oleia, um livro é portador de signos quenão produzem conceitos, e portanto émudo. Esta biblioteca nasceu talvezpara salvar os livros que contém, masagora vive para os sepultar. Por issotornou-se fonte de impiedade.

Século XIV. Numa abadia bene-ditina ocorrem uma série de mor-tes trágicas. Guilherme de Basker-ville, um arguto monge francisca-no, tenta resolver os mistérios etragédias com o seu raciocínio re-gido pela lógica. Todos os factosremetem para a Biblioteca da Aba-dia, um lugar secreto e inacessí-vel que esconde, no seu ventre,um livro proibido.

A narrativa esboça, em porme-nor, o apogeu das perseguiçõesda Inquisição, a repressão das sei-tas hostis ao Papa, o temor a Deus,as questões teológicas, a pobrezado povo, a vida dos mosteiros e,simultaneamente reflete, atravésdo pensamento de Guilherme deBaskerville, a dicotomia entre aracionalidade e a fé.

Umberto Eco, neste seu pri-meiro romance, conjuga, eximia-mente, a contextualização histó-rica com a multiplicidade de his-tórias pessoais das personagens.Misto de romance histórico e po-licial, “O nome da Rosa” é umdaqueles livros que nunca maisse esquecem.

Contudo, a sua densidade re-vela-se exigente para quem estáhabituado a leituras menos “labi-rínticas”. Um livro obrigatório. |||||

POR: BELANITA ABREU

‘O Nome da Rosa’Umberto Eco. Difel

EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIAEPIFANIAS NO RIO VIZELAVila das Aves, Centro Cultural. Até 21 deSetembro. Horário: seg. a sexta 9h00-13h00 / 14h00-17h00.Morada: Rua S.toHonorato, 220. 4795-114 Vila das Aves.

Exposição dos trabalhos finais dosparticipantes do primeiro workshopde fotografia, orientado por JorgeSilva, numa inicativa da associaçãoVontade Singular, de Vila das Aves.

CINEMA: COSMOPOLISFamalicão, Casa das Artes. Quinta-feira,dia 13, às 21h30. Bilhetes a 4 euros(para não associados do cineclube deJoane. M/16. Morada: Av. Dr.Carlos Bacelar. 4760-103 Famalicão.

Realizado por David Cronenberg,a partir de um romance de Don De-Lillo, “Cosmopolis” conta com pro-dução de Paulo Branco e interpre-tação do ator Robert Pattinson àfrente de um elenco que inclui PaulGiamatti, Juliette Binoche, MathieuAmalric e Samantha Morton. EricPacker (Robert Pattinson) é um jo-vem multimilionário nova-iorquino.O filme segue o seu percurso du-rante 24 horas consecutivas, embusca de algo que o salve do té-dio absoluto em que vive.

HOMENAGEM AO PINTOR,MESTRE MOISÉS OLIVEIRAFamalicão, Casa Museu Soledade

Malvar. Sexta-feira, dia 14, às 21h30.Morada: Av. 25 de Abril, 104. 4760-101VFamalicão. Telefone 252318091.

A Associação de Professores “NovoRumo”, sediada no Centro Comer-cial Galiza, em Vila Nova de Fama-licão, através do seu grupo musi-cal participa num concerto de ho-menagem ao conhecido e presti-giado pintor, Mestre Moisés Olivei-ra. Para além da atuação do grupode professores “Novo Rumo”, estaatividade contará também com ainauguração da exposição de pin-tura e artes decorativas do referi-do pintor, intitulada “Iluminuras” man-tendo-se esta exposição patente aopúblico até dia 12 de outubro.

ENCONTROS NA EIRA DO POVORebordões, Casa da Eira (espaço-oficinado artesão Delfim Manuel). Sábado,dia 15. Morada: Rua do Loureiro, nº 8,4795-211 Rebordões. Santo Tirso.

Iniciativa organizada pelo grupo osAmigos da Eira com o intuito dedivulgar e preservar as nossas raízes.Este I Encontro vai debruçar-se so-bre o ciclo do pão – “o pão de cadadia”. O programa inclui a realiza-ção de uma desfolhada, com can-tares tradicionais; de um convívioà mesa; e de uma conversa comduas gerações de moleiros e umaantiga padeira. Para mais informa-ções contactar os números: 962555 276 / 938 932 942. ||||

Agora no circuito de cineclube, oportunidade paraver “Cosmopolis”, o mais recente filme de DavidCronenberg com Robert Pattinson (na imagem).Esta quinta-feira, na Casa das Artes de Famalicão.

Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - Vizela

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SEXTA, DIA 14 SÁBADO, DIA 15Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 30º / min. 18º

Céu limpo. Vento fraco.Máx. 32º / min. 16º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 29º / min. 15º

DOMINGO, DIA 16

Nada assenta melhor ao corpoque o crescimento do espírito(provérbio chinês)

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Até 14 de outubro, na GuimarãesCapital da Cultura, diferentes inicia-tivas, e em particular exposições, dãocorpo à Contextile 2012; uma trienalde arte têxtil que aposta nos “criati-vos” para com eles se devolver o pesoe a importância que o setor teve (tem)na região. “Com a reestruturação dosetor têxtil industrial nas últimas dé-cadas, que lhe retirou o prestígio deoutrora, cabe ao setor das artes contri-buir para a criação de uma nova ima-gem do têxtil”, refere a organização.

A Exposição Internacional, inau-gurada no dia 1 de setembro, na Casada Memória, é disso exemplo: maisde 80 obras de 52 artistas nacio-nais e internacionais “mostram o cru-zamento de novas linguagens estéti-cas e plasticidades”, tendo o “têxtil co-mo elemento principal”. A exposição,

GUIMARÃES 2012 // CONTEXTILE – TRIENAL DEARTE TÊXTIL CONTEMPORÂNEA

Memórias datêxtil e daFábricado Rio Vizelaem exposiçãointernacionalOBRAS DE ANA MARIA ANTUNES E ISABEL GUIMARÃESINTEGRAM EXPOSIÇÃO INTERNACIONAL, PROMOVIDA NOÂMBITO DE GUIMARÃES, CAPITAL DA CULTURA. A MOSTRAESTÁ PATENTE AO PÚBLICO, NA RECÉM-INAUGURADA CASADA MEMÓRIA. A INICIATIVA É ORGANIZADA EMCOLABORAÇÃO COM O COLETIVO IDEIAS EMERGENTES

de caráter competitivo, resulta de umconcurso internacional, ao qual seapresentaram mais de duas centenasde artistas.

Dos selecionados, natural desta-que para Ana Maria Antunes e Isa-bel Guimarães. A primeira, natural daAustrália, há muito que reflete sobreas questões da têxtil, ou não residis-se e trabalhasse atualmente a artistaem Vila das Aves. Já o percurso deIsabel Guimarães, até por razões fa-miliares, confunde-se com a têxtil, eem particular a Fábrica de Fiação eTecidos do Rio Vizela. Ambas se apre-sentam na Contextil 2012 com doistrabalhos.

Ana Maria Antunes dá, nesta ex-posição, continuidade ao trabalhoapresentado no início deste ano noCentro Cultural de Vila das Aves. Ese o seu trabalho é concebido, emboa parte, com recurso a tecidos pro-

subtil, na escultura que Ana MariaAntunes apresenta no âmbito daContextil 2012: “Endless Loop”, obrarealizada com o recurso a cones delinhas, forrados com tecidos da re-gião, e “enrolhados” com cortiça.

Com formação em design têxtil e,mais recentemente, em escultura, Isa-bel Guimarães será das poucas ar-tistas presentes na Contextile 2012que não recorre aos materiais maisevidentes e reconhecíveis do setor –talvez porque, admite a própria, tra-balhe “com tecidos todos os dias” -na conceção das suas obras. Contu-do, a leitura do seu trabalho, faz-sealicerçada na memória do têxtil e emparticular da Fábrica de Fiação e Teci-dos do Rio Vizela. “PresentiausentiaI” (imagem em baixo), por exemplo,agrupa (“tece” talvez seja até o termomais apropriado) várias placas metá-licas encontradas nos escombros daempresa, nas quais consta o nome eo número mecanográfico dos seustrabalhadores. Segundo Isabel Gui-marães, estas serviam como “carim-bo” através das quais se marcavam “asfolhas de férias ou de salários” dosoperários. “O que eu fiz foi reunirtodas as placas dos trabalhadores quepassaram pela Rio Vizela e formar umtodo”, referiu ao Entre Margens, cor-porizando assim o seu interesse pela“memoria social”, neste caso, de to-das as pessoas que passaram pelaempresa de Vila das Aves. O traba-lho agora em exposição em Guima-rães, integra um conjunto de obraslevadas a cabo no âmbito do cursode Belas Artes, que a artista concluiuno ano passado. Desta série, IsabelGuimarães revela ainda na Contextile2012, “Presentiausentia V”; rolos defilme perfurados para teares mecani-zados, moldados segundo os movi-mentos de trabalhadores e que, emtempos, eram apenas operantes. |||||

duzidos ou estampados na região,através deles se dá corpo aquilo aque a própria organização constata,ou seja, que o “têxtil é um universovasto e complexo de interligações deáreas como a agrícola, a industrial ea criativa”. Como se de um “patch-work” se tratasse, a obra “Videira doVale do Ave” (imagem de cima), su-blinha não apenas a importância dotêxtil para uma região que raramenteterá feito da agricultura um meio deprojeção económica, mas que nuncaesqueceu essa ligação à terra, fazen-do dela uma meio complementar desubsistência. A “vinha” – que aindahoje se mantém bem presente napaisagem – encontra-se igualmentereferenciada, ainda que de forma mais

CONTEXTILE 2012 - EXPOSIÇÃO INTERNACIONALGuimarães, Casa da Memória. Horário: de segunda adomingo, das 10h00 às 20h00. Entrada livre.Morada: avenida Conde Margaride, n.º 490-502.

ISABEL GUIMARÃES

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DESTAQUE

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A obra, referiu Castro Fernandes meioa brincar, “vai pôr os cabelos brancosà direção do Aves”. E a coisa não se-rá para menos, até porque em causaestá um investimento de 780 mil eur-os. Não na remodelação do estádio,mas do velhinho campo de jogos, oBernardino Gomes, que serve, essen-cialmente, as camadas jovens.

Para tal, foi celebrado a 16 de agos-to um contrato programa entre a Câ-mara Municipal de Santo Tirso e oClube Desportivo das Aves. Nele se

DESPORTIVO DAS AVES // CAMPO BERNARDINO GOMES

Desportivo das Aves avançacom remodelação totaldo velho campo de jogosA CÂMARA DE SANTO TIRSO VAI APOIAR COM 480 MIL EUROS AS OBRAS DE REMODELAÇÃO DO VELHO CAMPO DE JOGOSDO AVES, CUJO INVESTIMENTO GLOBAL É DE 780 MIL EUROS. O CLUBE ESPERA AVANÇAR COM A EMPREITADAATÉ AO FINAL DESTE MÊS DE SETEMBRO. PARA ARMANDO SILVA, ESTE É UM MOMENTO HISTÓRICO PARA O CLUBE

define o apoio camarário de 480 mileuros para a instalação de dois cam-pos de futebol de relva sintética (umpara futebol de 11 e outro para fute-bol de 5), e para a construção denovos balneários.

Para o presidente do Aves, Arman-do Silva, a construção deste comple-xo desportivo vai traduzir-se num mo-mento “histórico” para o clube, conse-guindo-se, desta forma, dar-se me-lhores condições aos atletas de for-mação. Neves, antigo jogador do Avese agora diretor do departamento dascamadas jovens, concorda com Ar-

mando Silva. “Transformar o campovelho num complexo relvado, pensoque será histórico. É, seguramente,uma mais valia para o futuro do clu-be, que passa forçosamente pela for-mação”. Em causa estão cerca de 250jovens atletas que passam a usufruirde melhores condições para a práti-ca de futebol. “No dia em que estecomplexo desportivo estiver a funci-onar, não terão 200 ou 250 a trei-nar, vão ter é de restringir o acessoporque a procura será muito maior”,afirmou por sua vez Castro Fernandes.

Na apresentação das obras dereformulação do Campo BernardinoGomes, o presidente da Câmara deSanto Tirso sublinhou o trabalho dasdireções do Aves e a valorização quetem sido feita do património do clu-be, pelo que, adiantou o autarca “me-recem completamente esta ‘loucura’”.A Câmara Municipal entra com os járeferidos 480 mil euros; verba quemuitos poderão considerar excessi-va, segundo deu conta o próprio au-tarca, mas que no seu entender sejustificam tendo em conta as cente-nas de jovens que delas vão benefi-ciar, constituindo uma mais valia im-portante para o clube que deixa deter “de andar a pagar campos forapara realizar os treinos”. Para alémdisso, há a firme convicção de queas capacidades do Campo Bernardi-no Gomes se esgotaram. “Sei perfei-tamente da importância que o cam-po teve para o clube. Alias, foi aí queo Aves foi campeão nacional e subiuà primeira divisão, em 1985. Mas oBernardino Gomes atingiu o limite”.

E, para além disso, sabe-se o quevai ser feito, daí a assinatura do con-trato-programa. Este, diz o autarca, àsemelhança de tantos outros contra-tos-programa assinados com os clu-bes do município são “claros e trans-parentes e todos eles são públicos,são divulgados na comunicação so-cial e está bem à vista de todos oque tem sido feito. O dinheiro nãose esfumou”, estranhando por isso oautarca de Santo Tirso que, mesmoassim, haja “pessoas que levantemdeterminados problemas. Parece queandam a tentar descobrir mosquitosna Indonésia”.

O PROJETOAs obras, a levar a cabo nos próximosmeses, vão mudar por completo a ‘face’do Campo Bernardino Gomes. Oatual campo de jogos, segundo deuconta Sérgio Gonçalves, antigo joga-dor do Aves e autor do projeto, “tem100 por 51 metros, logo não tem asdimensões mínimas necessárias para

OS PORMENORES DA OBRA FORAMAPRESENTADOS PELO ENGENHEIROSÉRGIO GONÇALVES (ANTIGOJOGADOR DO AVES) NA PRESENÇA DECASTRO FERNANDES, ARMANDOSILVA E NEVES, EX-JOGADOR DOAVES E AGORA DIRETOR DASCAMADAS JOVENS DO CLUBE

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a prática desportiva, principalmentenos campeonatos principais”. Para tal,continuou o mesmo responsável, “oclube adquiriu uma faixa do terrenoa sul (com 1500 metros quadrados)que permite aumentar à largura docampo e assim ter as dimensões re-gulamentares que são de 100 por 64metros”. Porém, o dono do terrenonão vendeu a totalidade da faixa oque levou a mais alterações: “o cam-po vai deslocar-se no sentido poen-te, até ao limite da propriedade, e osbalneários tem de passar para o ladooposto, a nascente”.

A empreitada agora anunciadaobriga à demolição dos edifícios exis-tentes e é isso que está atualmenteem curso, sendo objetivo do clubeiniciar, o quanto antes, com as obras,propriamente ditas. Estas vão tradu-zir-se: no movimento de terras para aimplantação dos terrenos de jogos edrenagem de águas pluviais; na exe-cução de um sistema de rega; da apli-cação de uma base de estabilizaçãoe relva sintética; na deslocação dos

postes de iluminação; na execuçãodos balneários (que incluirá uma zonade reuniões, posto médico e umaárea técnica); no revestimento e arran-jo dos muros exteriores; e na coloca-ção de uma rede de vedação, comseis metros de altura, em toda a exten-são do complexo, de modo a evitarque se partam as janelas das habita-ções existentes na zona.

O objetivo, segundo ArmandoSilva é o de que as obras comecemdentro de duas semanas e pelas con-tas do clube em 3/4 meses ficamprontas. “Seguramente durante estemês de setembro se iniciam as obras,para ver se as acabamos o mais rápidopossível, para minimizar os constran-gimentos”. Os constrangimentos de quefala o presidente do desportivo dasAves advêm sobretudo dos camposexteriores a que o clube teve de recor-rer para prosseguir com os treinos dasCamadas Jovens, nomeadamente aMonte Córdova, ao campo do Mouri-nhense, em S. Tomé de Negrelos, eao recém-inaugurado sintético do

Complexo Habitacional de Ringe.Para além disso, o Aves tem ainda

em mãos a difícil tarefa de conseguira verba que, a somar ao apoio cama-rário, tornará possível a reformulaçãodo Bernardino Gomes. “Todos diastrabalhamos nesse processo”, garantiuo presidente do clube, adiantando apossibilidade de se criar uma comissãoque possa apoiar o Aves na angaria-ção de “mais fundos”. Garantido oapoio da Câmara Municipal, o clubetem agora que se virar para a socie-dade civil, segundo afirmou, por suavez, Castro Fernandes, até porque,sublinhou o autarca “este complexonão vai ficar só ao dispor do Aves. Éum campo aberto à comunidade”.

ZONA DESPORTIVAAs obras agora apresentadas signifi-cam o abandono do projeto de cria-ção de uma zona desportiva nos ter-renos adjacentes ao Centro de ApoioAntónio Martins Ribeiro, em temposapresentada pelo clube. É pelo me-nos essa a convicção de Armando

Silva. “Eu acho que sim. É impossível,neste momento, avançar com uma zo-na desportiva”. Em causa estaria uminvestimento de 2/3 milhões deeuros “completamente inviável nestaaltura”, concorda o presidente doAves que, inclusive, não vê necessi-dade na construção dessa zona des-portiva uma vez reformulado o Cam-po Bernardino Gomes que, diz o mes-mo responsável, beneficia de grandecentralidade. ||||||

“Transformar o campovelho num complexorelvado, penso queserá histórico. É,seguramente, umamais valia para ofuturo do clube, quepassa forçosamentepela formação”.

É impossível neste mo-mento avançar comuma zona desportiva.E penso que [depois dereformulado o Bernar-dino Gomes] nãohaverá necessidade.ARMANDO SILVA, PRESIDENTE DOCLUBE DESPORTIVO DAS AVES

NEVES, DIRETOR DAS CAMADAS JOVENSDO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES

“No dia em que este complexodesportivo estiver a funcionar,vão ter de restringir o acesso porque a procura será muito maior”CASTRO FERNANDES, PRESIDENTE DACÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

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OPINIAO~Editorial paraum fim de verão

O verão que muito rapidamente caminhapara o seu desfecho traz-nos sempre devolta às rotinas de um quotidiano indivi-dual e social que é o que é e que não admi-te fugas nem ilusões se bem que as fériasda grande maioria dos portugueses (se-gundo as estatísticas que vimos publicadassó um de quatro portugueses terá saídodo seu ambiente natural) não terão esca-pado ao garrote que a precariedade e acrise nos vêm impondo. E, prestes a cum-prir-se o definitivo trimestre de um hor-ribilis ano económico pelo que nele hou-ve de restrições e de apertos, cá estamosmais uma vez confrontados com o duro erigoroso exame das entidades externasque vieram mais uma vez examinar “o bomaluno”, ou, dito de outro modo, o doenteem convalescença a necessitar e a reclamarmedidas que o aliviem do sufoco. E nemvale a pena dar demasiado crédito a pro-clamações “de fé” de quem, tendo que exer-cer a medicina que lhe impõem, aindadeixa a porta aberta a sugestões de vagairracionalidade para devotos votantes deque estaremos passando o cabo das tor-mentas e que o próximo ano será já o daboa esperança. É mais que certo que osdados sobre este ano estão lançados e,mesmo sem mais sacrifícios por conta deum orçamento suplementar, o encareci-mento gradual dos combustíveis já é sufi-cientemente gravoso para nos infernizara vida. Como bem dizia Adriano Moreiraque os nossos políticos tenham em contanas linhas diretrizes que vão começar adefinir e a avaliar para o Orçamento dopróximo ano, o limiar de desgaste e desaturação dos cidadãos face aos impostosque o Estado lhes está a cobrar, sendocerto que nada de bom e de novo está nohorizonte mais próximo.

Desta atalaia que é a redação de um órgãoda imprensa sedeado em Vila das Aves mascom amplitude reconhecidamente regio-nalista, cumpre-me saudar e manifestarapreço nesta altura por todos quantos, sen-do naturais destas terras, se deslocaram

||||| OPINIÃO: LUDOLUDOLUDOLUDOLUDOVINAVINAVINAVINAVINA SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

Para quem não sabe, agosto é ooitavo mês do ano e tem trintae um dias! E, é assim chamado,como podem facilmente verifi-car numa breve pesquisa na in-ternet, por imposição do impe-rador César Augusto, curiosa-mente o imperador que duran-te mais tempo governou Roma.Esta imposição adveio do factode César Augusto não quererser inferior a Júlio César, por si-nal seu pai adotivo, que tinhasido honrado com o nome domês de julho que também tinhae tem 31 dias.

E, com tantos dias no mêsde agosto, muitos foram osacontecimentos e as notícias “dopaís e do mundo” que foram co-existindo com os dias de sol ealguns de chuva, da praia, docampo e outros locais de lazerescolhidos para o privilegiadomês das férias.

Do mundo, fomos horroriza-dos com cenas reais, vinda daÁfrica do Sul, que mais pareci-am saídas de um qualquer filme,assim, ao estilo do Rambo ou doSylvester Stallone onde suposta-mente os bons combatem os maus,só que desta feita, o facto, nãoestava assim tão bem definido.É muita pena dizê-lo, mas no paísdos Zulus, acho que infelizmen-te assenta muito bem a máxima“ontem, hoje e amanhã”…

Por cá deu polémica a inicia-tiva de uma cadeia de supermer-cados de limitar o uso do car-tão multibanco ou de crédito nascompras no valor igual ou infe-rior a vinte euros. Desta ques-tão o que importa realmente sa-lientar, no meu humilde enten-der, é que Portugal está muito “àfrente”! Senão vejamos: é o se-gundo país da Europa que maisutiliza os cartões multibanco e,por outro lado, é também Portu-gal o país onde as taxas de ser-viço cobradas, pela SIBS, socie-dade que gere a rede multibanco,são as mais altas! E isto levandoem conta, e veja lá bem, que aSIBS não tem concorrentes! Será

O meu queridomês de agosto

para fora como migrantes ou mesmo emi-grantes buscando outro conforto para sie para os seus por via da prestação de ser-viços porventura melhor remunerados masque aqui regressam pelo menos uma vezpor ano para retemperar o afeto e conso-lidar laços familiares e solidariedades deinfância. Desde sempre que nos habitua-mos a sentir este movimento estival, já nãoserá aquela “vaga” de décadas transatas,mas ainda assim é significativo que conti-nuem a trazer-nos o arejamento de outrasparagens e terras abençoadas onde pelomenos a crise não é tão aguda. O afluxode capitais também não será o mesmo deoutras épocas porque os vínculos que es-tes nossos compatriotas estabelecem comos países de acolhimento são de maior emelhor integração quase os consideran-do como novas pátrias . Ainda assim a suapresença entre nós é como uma bênção,um estímulo e do ponto de vista económi-co é apreciável o que aportam ao comér-cio e ao turismo locais e regionais. Recen-temente ouvi um proprietário de um res-taurante da zona dizer com satisfação quenestes meses de verão a sua clientela au-mentou consideravelmente e o movimen-to foi bem superior ao do ano transato;razões, duas, naturalmente este fluxo de(e)migrantes e os muitos residentes quenão podendo ir de férias dispersaram umpouco das suas poupanças no comércio eturismo locais e regionais. Isto num setorde consumo a braços com um acréscimode IVA proibitivo e que muitos conside-ram desastroso, apesar de tudo é recon-fortante! Pois quanto aos que estão au-sentes é estimulante ouvi-los dizer que,contra ventos e marés, o país não dorme eque não faltam iniciativas e empreendi-mentos, locais aprazíveis, recantos urba-nos e rurais, paisagens naturais oureconstruídas, sítios com história e semela para atrairmos forasteiros de todosos azimutes e surpreendê-los. São eles osprimeiros também a encarecerem, valori-zarem e manifestarem o seu muito apreçopela qualidade e originalidade do pro-duto que quinzenalmente lhes fazemoschegar fazendo-os acompanhar o progres-so e o desenvolvimentos das suas terras emitigando-lhes as saudades. A redação agra-dece-lhes por serem sempre tão solícitosem pagarem a sua assinatura e renovaremdesta forma o seu vínculo à terra e à regiãoque ainda é a forma mais vivencial de sesentirem unidos ao país. |||||||||||||||||||||||||

4 de setembro de 2012

Luís Américo FernandesO DIRETOR

que ainda há ingénuos queacreditam que a economia avan-ça “como bola colorida entre asmãos de uma criança”?

Outra controvérsia cá da re-pública, e que ainda muito irádar que falar, é a concessão daRTP1 a privados e o encerramen-to da Dois. Este assunto fez-merefletir que “ainda sou do tem-po” da televisão a preto e bran-co e que só tínhamos a RTP1 ea RTP2! E era uma vergonha,não funcionava 24 horas pordia! Agora temos televisão a todaa hora, de dia e de noite, e umnúmero extravagante de canais,o mal de agora é que é precisopagá-los!

Este assunto da RTP, leva-mea pensar que os nossos ilustresgovernantes cheios de licencia-turas, pós-graduações, doutora-mentos, MBAs e outros títulos,cada um mais notável do que ooutro, ainda não descobriram o“verdadeiro ouro”. Ora vejamos,se querem tanto concessionar aRTP a privados e até lhes dãouma quantidade incrível de mi-lhões de euros será que não eramelhor concessionar também,por um período de tempo, tipo10 ou 20 anos, o país? Assim,não tinham chatices, não eramvaiados e no final o resultadoaté poderia ser excelente! Hajacriatividade ministerial!

Na última “semaninha” deagosto chegaram a este “retân-gulo à beira mar plantado” osHomens de Negro. Quem? Osda Troika! Ah, esses! Esses, tipoagente funerário que visita odoente para programar o fune-ral? Exatamente. Mas, no entre-tanto, mantêm-se ocupados evão dando apoio aos familiarese amigos e murmurando que vaicorrer tudo bem, e que estão pre-parados para todos os cenários.Caso algum não esteja previstoo país e os seus humildíssimosrepresentantes arranjarão umasolução adequada até porque“não há tão mau tempo que otempo não alivie o seu tormento”.

Ah, “pronto, pronto”! Masdeixemo-nos destas reflexõesprofundíssimas e aproveitemoseste “mundo maravilhoso” e o“querido mês de agosto” e es-queçamos as agruras da socie-dade atual. E, para que tal acon-teça, nada melhor do que apro-veitar o “made in” Portugal: umaboa esplanada, uma cerveja fres-quinha e um pires de tremoços.

Parece que, num estudo re-cente, a cerveja deixou de fazer“barriga” e pasme-se “até faz bemà saúde” e o tremoço, esse tal,que foi outrora o “manjar dasfamílias mais abastadas”, é agoraconhecido como o marisco dospobres. Vá-se lá saber porquê?

No entanto, segundo os dou-tores nutricionistas o “tremo-cinho” é um alimento excelente“ao nível do funcionamento in-testinal, do controlo glicémico eda diminuição do colesterol”.Ah, pois é, por isso vamos láaproveitar a esplanada e osacompanhamentos…

Bem e para finalizar, a estatrilogia à qual o Estado cobra,com toda a certeza, os respetivosimpostos, juntamos o sol. Sim, onosso, o Sol Português! Esse queainda não paga imposto e que,Graças a Deus, o nosso ministro,o Álvaro Santos Pereira, não selembrou, ainda, de embalar emcaixinhas e internacionalizar!

E assim, se passou, o meuquerido mês de agosto… |||||

Este assunto da RTP,leva-me a pensar queos nossos ilustresgovernantes cheiosde licenciaturas,pós-graduações,doutoramentos, MBAse outros títulos, aindanão descobriramo ‘verdadeiro ouro’.

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Vamos a ver...

José Pacheco

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Num setembro de alguns anos atrás,escrevi: Crê, Alice, que até mesmo os maisdóceis pássaros possuem o dom da indig-nação (…) Nesse já quase esquecido se-tembro, os pássaros que acreditavam se-rem detentores de um poder discricionáriosobre outros pássaros, ignoravam o que,muito tempo antes, tinha escrito um rouxi-nol de nome Aleixo: “quem prende a águaque corre é por si próprio enganado; o ribei-rinho não morre, vai correr por outro lado”.

No passado, o esforço de construirum agrupamento com escolas de S.Tomé custou muito caro à Ponte. Te-remos memória curta? Não é difícil,agora, imaginar os efeitos de médioprazo que a Ponte irá sofrer no inevi-tável choque com uma organizaçãocompletamente diferente e uma comu-nidade hostil ao projeto. Ainda quehaja dois projetos, haverá dois tiposde gestão, que são inconciliáveis, agin-do dentro de uma escola designadade EBI de Negrelos, que foi roubadaà Escola da Ponte, e cujos espaçosforam concebidos por engenheirosignorantes do que sejam os requisitosde uma pedagogia contemporânea.

O argumento da partilha de ins-talações é um argumento burro. Deque instalações estaremos a falar? Deum prédio faraónico, que servirá ne-cessidades de um modelo de escolaobsoleto, que não corresponde àsnecessidades do projeto Fazer a Pon-te? De partilha de espaços num climade boa vizinhança, só porque é pre-ciso encher uma escola com alunos?

Num depósito de alunos (comosão as escolas ditas “normais”), comoserá possível fazer conviver sistemasde ensino centralizados com projetosdotados de autonomia? Como serápossível concretizar um projeto abertoao mundo em espaços físicos fecha-dos? Como será possível conciliarestruturas curriculares rígidas com odesenvolvimento de currículos subjeti-vos? Como será possível assegurar aconvivência de processos hierarqui-zados, centralizados e automatizadosde decisão, com uma gestão verda-deiramente democrática? Como fa-zer conviver uma organização anco-

Estar de férias não é o mesmo quepassar ou fazer férias. Há quem te-nha férias apenas porque a lei obri-ga, está de férias. Existem aquelesque aproveitam esse tempo, passamférias. E, depois, aqueles que defi-nem e organizam o tempo de des-canso do trabalho, fazem férias.

Um pouco como, muitas vezes,se confunde, e outras vezes se usapara confundir, a utilização dos ter-mos ‘diferente’ e ‘bom’. É muito co-mum nos dias que correm dizer oudescrever algo como sendo ‘diferen-te’, e este ser interpretado como sen-do ‘bom’, mas isso não é necessari-amente verdade, que o diga quemjá se viu perante um cavalo descon-trolado, é uma experiencia ‘diferen-te’, não necessariamente, ‘boa’.

Sobre ‘mau’ penso não existir dú-vidas, quando é mau é mau. Paramim a grande dúvida reside mesmoé em tentar perceber se ‘Mau’ é me-lhor ou pior que ‘Indiferente’?

Escrevo esta crónica pouco tem-po depois de ler, na íntegra, a decla-

Diferente / Indiferente /Bom / Mau

ração que o nosso primeiro-ministrofez antes do jogo Portugal-Luxembur-go. Li e reli o discurso e fiquei preo-cupado com o meu sentimento re-lativamente ao conteúdo.

Poderia ter achado o discurso ‘Di-ferente’, mas não, contem os mesmosverbos e adjetivos e, claro, os mes-mos heróis e os vilões de sempre.Poderia ter achado ‘Bom’, mas tam-bém não, contém os mesmos rodei-os, as mesmas omissões, até as habi-tuais incertezas. Poderia ter achado‘Mau’, mas também não, estava escri-to sem erros de gramática, com umbom ritmo, com início, meio e fim. Restaportanto a ‘Indiferença’. É um poucocomo quando se houve música “pim-ba” disfarçada de música popular por-tuguesa num qualquer arraial de ve-rão. Se estivermos num estado umpouco ausente da realidade, a mú-sica passa e nem se dá conta.

Por falar em música, quem diria,mas neste momento a que me vemà cabeça começa assim: “Podes levar oque pertence a ti - Vais-te embora, Podeslevar o que pertence a mim - Vai-te embo-ra, Leva contigo o que te apetecer - Vai-teembora, Mas deixa a minha razão de vi-ver” Não conhecem? É porque o pri-meiro verso é uma espécie de decla-ração antes de um jogo de futebol,o que conta é o que vem a seguir, orefrão: “Podes ficar com as jóias, o carroe a casa - Mas não fiques com ele. E até as

contas do banco e a casa de campo…”Ah, agora sim, já tudo despertou,até aposto que cantaram um segun-do “mas não ficas com ele”, mesmo semeu o ter escrito.

Voltando às férias. Tenham esta-do, passado ou feito férias no nossoconcelho este verão, e, recorrendo aosadje-tivos do titulo desta crónica, o queacharam do: Parque Infantil da Raba-da, Festival ST Culterra, Feira do Ar-tesanato, Concurso de Melão, NovoAmieiro Galego, Ciclo de Jazz do Ccva,Festas S. Bento ou Festas de S. João?

Digam-me. As coisas ‘Boas’ de-vem ser repetidas e melhoradas? As‘Más’ serão de eliminar por comple-to? Os ‘diferentes’, bem, esses só pre-cisam de uma avaliação concreta: seforam ‘diferentes’ e ‘Bons’, estão resol-vidos, se foram ‘diferentes’ e ‘Maus’,resolvidos estão. Restam os ‘indife-rentes’? Esses são chatos. São cha-tos porque ficam, porque custam eli-minar, mesmo que não mereçam serrepetidos. São chatos porque teimamem pairar como alternativa ao nada,o que é muito mau. E se é muito‘Mau’, com certeza podemos afirmarque a ‘Indiferença’ é pior que ‘Mau’.

Este verão em vez de ser picadopor uma abelha, fui mordido por umcavalo. Talvez porque, insisto, numaexperiência que pode vir a ser ‘má’em prol de uma à qual ficarei ‘indi-ferente’. É crónico...Eu sei! |||||

rada em turmas e anos de escolari-dade com um modelo organizado se-gundo uma lógica de projeto e deequipa? Como harmonizar um ensi-no transmissivo com uma metodolo-gia de trabalho de projeto? Como ar-ticular uma racionalidade técnica eburocrática com uma lógica de res-ponsabilidade coletiva e participativa?Alguém saberá responder?

Como coabitar com uma conceçãode sociedade absolutamente opostaà da Escola da Ponte? De que modose fará o acolhimento dos muitos vi-sitantes da escola da Ponte, numa es-cola que perdeu esse nome? Será su-bordinado a pedidos de autorização,tempos de espera na portaria? Comoexplicar a pesquisadores e especia-listas em educação essa “sublocação”?

Quem nos garante que, a médioprazo, o contrato de autonomia nãoseja renunciado pelo ministério e aautonomia da Ponte não se extinga?A julgar pelo passado recente, nema Câmara, nem o Ministério têm agi-do com seriedade, mas com astúcia.Portanto, não se deverá acreditar nasfalas mansas dos seus dirigentes.

Como gerir, no quotidiano de umedifício inadequado ao projeto Fazera Ponte, diferenças tão acentuadas?Com cada qual no seu canto do edifí-cio? A não ser que o projeto Fazer aPonte fosse descaraterizado (o quesignificaria o seu fim), não tardariamos conflitos. E, se o projeto se manti-vesse fiel aos seus princípios e práti-cas, o inevitável choque de culturasacabaria por fazer “expulsar os inqui-linos” do prédio que pertence a umamaioria-agrupamento de escolas, cujasede está na Vila das Aves… A mino-ria seria, logicamente, descaraterizada,ou extinta.

O êxodo da Ponte para São Toménão terá regresso: será o caminho parauma morte anunciada. |||||

Setembronegro, ou tempode clarificação?

Fernando Torres

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HOMENAGEMUm Homem da terra e umHomem com memória

Pediu-me o prestigiado Jornal EntreMargens para escrever umas palavrassobre o Engenheiro Eurico de Melo.Confesso, desde já, que, por se tratarde tão fantástica personalidade, nãoé fácil fazê-lo em tão poucas linhas.

É um Tirsense de corpo e alma(sim, presente do indicativo e não pre-térito perfeito, porque para nós vive-rá sempre), que sempre agiu e pensoucom a inteligência e astúcia de umgrande Tirsense. Homem de interven-ção e conselhos sábios (pessoalmenteagradecer-lhe-ei eternamente).

Nasceu na vila de Santo Tirso, nosidos de 28 de setembro de 1925.Cresceu em Santo Tirso. Licenciou-se em Engenharia Química Industri-al, na FEUP (aonde curiosamente oseu neto Luís Melo Almeida Santostambém veio a consagrar a sua vidaacadémica), e deteve um percursoprofissional invejável.

Na política, logo após a revolu-ção de abril de 1974, enveredou poruma carreira política ímpar, exercen-do cargos como o de GovernadorCivil de Braga (1975-76 anos muito

difíceis de enfrentar) e cargos Minis-teriais em vários governos da Nação(VI, X e XI Governos), sendo de des-tacar o cargo de Vice-Primeiro Minis-tro entre 1985 e 1990.

Foi também deputado Europeu, lí-der parlamentar na Assembleia Mu-nicipal de Santo Tirso, agraciado cominúmeras condecorações em Portu-gal e no estrangeiro.

Destaco a distinção recebida emjaneiro de 2010, com a atribuiçãopela Junta da Medalha de Honra daFreguesia de Santo Tirso, natural, justoe merecido reconhecimento públicoda sua terra, no fundo o reconheci-mento de um Tirsense de referência,que muito dignificou Santo Tirso, quecontribuiu e contribui para o engran-decimento desta nossa terra. O En-genheiro Eurico de Melo envolveu-se e empenhou-se nos mais varia-dos projetos de desenvolvimento re-alizados na sua Freguesia e no seuConcelho, nas áreas económica, cul-tural, social e institucional, sendo me-recedor incontestado do nosso mui-to apreço, consideração e gratidão.

Permito-me relatar e lembrar, a tí-tulo de curiosidade, uma históriapassada em 1989. Era eu dirigenteconcelhio da JSD que organizou umFórum Autárquico, no Salão Nobredos Paços do Concelho de SantoTirso. Num dos módulos do Fórumforam intervenientes os Eng.º EuricoMelo, o Dr. Fernando Ribeiro da Silva(então Governador Civil de Braga) e

o Professor Vieira de Carvalho (Presi-dente da Câmara Municipal da Maia),membros integrantes do famoso ‘Gru-po da Sueca’. Na altura, o Eng.º Euricode Melo, que era Ministro do Gover-no de Portugal, não deu a certezaque pudesse participar. Contudo, dis-se-me para transmitir aos outros doisconvidados (eu não os conhecia pes-soalmente) que ele já tinha aceite etinha garantido a sua presença. Co-mo consequência, os elementos aconvidar para o Fórum aceitaram de

José Pedro Morêda Miranda*

EURICO DE MELO (1925-2012)

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 14,50 EUROS / EUROPA - 26,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 29,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: RUA DOS CORREIOS - ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS

ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO

(C.P.N.º 4354), CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO.

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL

RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL,

REGINA LIMA, ALBERTO GOUVEIA, VITOR MARTINS, SILVIA MENDES, JORGE COELHO.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA |

TEL.: 253 303 170 FAX.: 253 609 465

ENTRE MARGENS - Nº 481 - 13 DE SETEMBRO DE 2012

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Drª Filipa CarneiroMédica do serviço de Oncologia do IPO do Porto.

CONTACTO: 934 451 063

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Tratamento de dor e complicações de quimioterapia/radioterapia.

Cuidados continuados/paliativos.

Urgências gerais.

imediato integrar o painel de interve-nientes. Questão resolvida. E em boahora. Recordo-me perfeitamente quepassamos todos uma tarde em apren-dizagem altamente profícua.

PERSONALIDADE ÚNICA COMUMA CARREIRA DE VIDACHEIA E SUPER PREENCHIDAHomem também conhecido como oVice-Rei do Norte, pois foi sempre tam-bém reconhecido pela sua invulgarcapacidade intelectual e senhor deuma cultura humanista e política aci-ma da média, em que sempre escu-tou e deu excelentes conselhos, sem-pre com uma discrição tremenda. Foiuma das poucas vozes que no últi-mo quarto do século passado fezouvir o nosso Norte, seja cultural,industrial e/ou financeiramente nocentrão macrocéfalo (ou será acéfalo?)que constitui o poder central repre-sentado por Lisboa.

Santo Tirso esteve sempre consigo,constituiu família e estreitou laços deamizade, onde excelentes momentospassou (nomeadamente nas suasculturas hortícolas/vinícolas em S.Miguel do Couto), bem como sócioproeminente do Club Thyrsense.

O património que nos deixa éimenso e incomensurável. Saibamosaproveitar a sua sabedoria e sapiên-cia na melhor aceção das palavras.

O Engenheiro Eurico de Melosentiu e viveu sempre, mas sempre,com Santo Tirso no Coração. |||||| *****MILIMILIMILIMILIMILI-----TTTTTANTEANTEANTEANTEANTE DODODODODO PSDPSDPSDPSDPSD EEEEE PRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTEPRESIDENTE DDDDDAAAAA JUNTJUNTJUNTJUNTJUNTAAAAA

DEDEDEDEDE FREGUESIAFREGUESIAFREGUESIAFREGUESIAFREGUESIA DEDEDEDEDE SSSSSANTANTANTANTANTOOOOO TIRSOTIRSOTIRSOTIRSOTIRSO

“Eurico de Melo sempreagiu e pensou com ainteligência e astúcia deum grande Tirsense.Homem de intervenção econselhos sábios (pesso-almente agradecer-lhe-eieternamente)”.

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O líder histórico do PSD, natural deSanto Tirso (1925), faleceu na ma-drugada de 1 de agosto, aos 86 anos,na Casa de Saúde da Boavista, noPorto, devido a complicações asso-ciadas à diabetes. Retirado da vidapolítica há já algum tempo, o ‘vice-reido Norte’, como era conhecido, ocu-pou alguns dos mais importantes car-gos políticos portugueses: foi porduas vezes ministro da Adminis-tração Interna, uma das quais no go-verno liderado por Francisco Sá Car-neiro; e vice-primeiro-ministro e mi-nistro da Defesa do XI governo, li-derado por Cavaco Silva. Para alémdisso, Eurico de Melo, licenciado emEngenharia Química, exerceu fun-ções como deputado no ParlamentoEuropeu, na Assembleia da Repú-blica, foi também Governador Civilde Braga e membro da AssembleiaMunicipal de Santo Tirso.

Uma das últimas aparições públi-cas de Eurico de Melo fez-se em Viladas Aves, no dia 12 de janeiro de2008 no âmbito da abertura dasjornadas de reflexão promovidaspela JSD de Santo Tirso batizadas, pre-cisamente, com o nome do antigodirigente político até porque, afirmouna ocasião Carlos Pacheco “não é qual-quer jota que tem uma figura comoEurico de Melo no seu concelho”.

Embora já fisicamente debilitado,Eurico de Melo mobilizou o debatecom uma intervenção critica face aodesenvolvimento do município, nãopoupando o seu próprio partido, edefendeu alterações na constituição.Eurico de Melo, até começou por sereferir à fundação do partido noinício dos anos 60, mas depressa

direcionou a sua atenção para omunicípio e para aquela que consi-derou ter sido a “grande asneira”cometida nos últimos temos, a divi-são do concelho.

“A separação da Trofa, de quetodos os partidos são responsáveis,a começar pelo PSD, levou a que San-to Tirso ficasse com a sua atividadeeconómica reduzida ao têxtil”. Semrevelar grandes esperanças para osetor, Eurico de Melo acima de tudomostrou-se preocupado com a faltade estratégia no sentido do desen-volvimento económico do concelho.

“Onde estão os projetos, os es-tudos, as ações para sustentar e de-senvolver a economia do concelhode Santo Tirso?”, questionou o fun-dador do PPD/PSD. No entender deEurico de Melo, Santo Tirso tem con-dições para ter três fortes pólos dedesenvolvimento, nomeadamente nasede do concelho, em Vila das Avese S. Martinho do Campo mas, lamen-tou, não ser isso o que se vê. Euricode Melo foi mais longe ao referir-seao espaço onde outrora a colossalempresa do Rio Vizela deu empregoa milhares de pessoas. “É precisoreanimar, reestruturar, fazer daqueleespaço um foco de desenvolvimen-to industrial nesta terra”.

Ainda em Vila das Aves, Euricode Melo, assumiu-se como um “com-batente ativo” a favor da regionali-zação e defendeu “uma nova consti-tuição, muito mais presidencialista emenos parlamentar”.

Aquando da sua morte, no ínicode agosto, multiplicaram-se as rea-ções. “Foi um cidadão livre que ama-va o seu país. Portugal deve-lhe muitoe ficou mais pobre com a perda dasua lucidez serena”, lamentou o pre-

sidente da República, que se referiuainda a Eurico de Melo como uma“personalidade do Norte” que nun-ca esqueceu as sua raízes. Por suavez, o primeiro-ministro, Pedro Pas-sos Coelho, considerou Eurico deMelo uma “figura marcante da vidapolítica portuguesa e do PSD”, sali-entando o seu “longo percurso de-dicado à causa pública, à consoli-dação das instituições democráticase ao desenvolvimento económico esocial de Portugal”.

A Câmara Municipal de Santo Tir-so reagiu também à morte do Euricode Melo lamentando a perda de “umilustre tirsense cujo desempenho cí-vico e político sempre encheu de or-gulho os seus conterrâneos por tersabido colocar o interesse do mu-nicípio de Santo Tirso em primei-ro lugar. A sua disponibilidade paralutar pela defesa da sua terra, dasua região e do seu país sempre foipermanente”. A autarquia recordouna ocasião que, de forma a legar àposteridade o exemplo de vida deEurico de Melo deliberou em 1989atribuir-lhe a Medalha de Honra eOuro do Concelho.

Na sua página pessoal de face-book, o líder do PSD de Santo TirsoAlírio Canceles referiu-se a Euricode Melo “como uma das principaispersonalidades do PSD e de Portu-gal” sublinhando a sua dedicação“à causa pública”. “Fê-lo sempre emprol dos superiores interesses dePortugal”, sublinhou Canceles quedisse ainda que “Santo Tirso tem pa-ra com o Engº Eurico de Melo umadívida de gratidão que é impagável”.

E foi também através do facebookque Carlos Valente, presidente daJunta de Vila das Aves recordou Eu-rico do Melo como o grande respon-sável pela sua entrada na vida políti-ca: “Corria o ano de 2001 quandorecebi tão ilustre visita em minha casaa convidar-me para ser candidato àJunta de Freguesia de Vila das Aves”,revelou o autarca. |||||

EURICO DE MELO NUMA DAS SUAS ÚLTIMAS INTERVENÇÕES PÚBLICAS, EM VILADAS AVES, NO ÂMBITO DAS JORNADAS PROMOVIDAS PELA JSD, EM 2008

A divisão do concelho foiuma ‘grande asneira’

Eurico de Melo “notabili-zou-se enquanto gover-nante, tendo ocupadocom empenho e total de-dicação distintas pastasda maior responsabili-dade”

Eurico de Melo “nunca sedeixou ofuscar pelo bri-lho da sua inteligência,pelas suas invulgarescapacidades intelectuaise humanas e pelo seuextraordinário dinamis-mo.”ANÍBAL CAVACO SILVA, PRESIDENTEDA REPÚBLICA

PEDRO PASSOS COELHO, PRIMEIRO-MINISTRO

“Corria o ano de 2001quando recebi tão ilustrevisita em minha casa aconvidar-me para sercandidato à Junta de Fre-guesia de Vila das Aves”

CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DAJUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

“Santo Tirso tem paracom o Engº Eurico deMelo uma dívida de gra-tidão que é impagável”ALÍRIO CANCELES, PRESIDENTEDA COMISSÃO POLÍTICA CONCELHIA DOPSD DE SANTO TIRSO

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O presidente da Câmara de SantoTirso, Castro Fernandes, não garan-te que as obras comecem este ano –até pode ser que isso aconteça – masestá convicto que no próximo anofica pronta a ligação de Paradela aCense. Na semana passada, a autar-quia tirsense, através do seu gabi-nete de imprensa, deu conta que, euma vez “garantido o financiamen-to”, que a empreitada está “já a con-curso”, decorrendo a recolha de pro-postas até ao final deste mês de se-

Ligação de Paradela a Censefica pronta no próximo ano

VILA DAS AVES // REDE VIÁRIA

A EMPREITADA VAI CUSTAR 700 MIL EUROS E É POSSÍVEL QUE AS OBRASCOMECEM AINDA ESTE ANO. EMPREITADA ESTÁ A CONCURSO.

tembro. Em causa está um investi-mento que ronda os 700 mil eurosnaquela que constitui a segunda faseda “construção da avenida” que iráligar aqueles dois lugares da fregue-sia, e que há muito a população deCense reivindica. Verba à qual se jun-ta aos 280 mil euros investidos naprimeira fase. A obra, sublinha a au-tarquia, “revela-se como uma dasmais importantes para a melhoria darede rodoviária da freguesia e, con-sequentemente, para o concelho”.

Os trabalhos a realizar nesta se-gunda fase permitirão, deste modo“a ligação entre Paradela e Cense,tornando-se de grande utilidadepara a generalidade dos moradoresde Vila das Aves, mas especialmen-te para os que residam em Paradelae Cense. Além disso, a obra tam-bém irá consolidar a densificação darede rodoviária, promovendo amelhoria da mobilidade e das aces-sibilidades, num contexto global dedinamização da política de transpor-tes do concelho”.

Recorde-se que em julho último,na sua deslocação a Vila das Avespara a inauguração das obras derequalificação da Rua do BombeiroVoluntário, Castro Fernandes afirmouque esta era uma obra que teria de“executar de qualquer das formas”,adiantando também na altura queestavam ultrapassados os “problemasburocráticos” com a Refer (Rede Fer-roviária Nacional). “Há entidadesneste país que primam por arranjarproblemas burocráticos inacreditá-veis que nos impedem de realizareste tipo de obras. Só para passaralguns tubos por baixo da linha docaminho de ferro, nem imaginam omartírio por que passamos para con-seguir essa autorização por parte daRefer”. Desbloqueado o processo, apavimentação da ligação de Paradelaa Cense está agora a concurso pú-blico. “É uma obra muito grande quevai custar muito dinheiro, mas é umcompromisso”.

Os trabalhos a realizar no âmbi-to da empreitada, resumem-se à ins-talação das infraestruturas básicas:drenagem de águas residuais e plu-viais, distribuição pública de água,distribuição de gás, distribuição deeletricidade e iluminação pública. Aculminar os trabalhos, a pavimenta-ção da via, em que serão formaliza-dos espaços segregados para auto-móveis e peões, e que se comple-mentarão com adequado sistema desinalização e segurança. ||||||

Cartas ao diretor

É assim no Centrode Saúdede Negrelos...Quem deixou de ter médico de famí-lia há oito, nove, dez anos… tem passa-do por grandes dificuldades para con-seguir uma consulta. Resta-nos o “re-forço”. As consultas de reforço têm si-do sempre difíceis de se conseguir aolongo dos anos… Quantas vezes noslevantamos de madrugada, doentes…para termos acesso a um médico e nemsempre somos atendidos nesse dia.

Como se essa dificuldade não bas-tasse, há ainda o mau funcionamen-to dos serviços de atendimento aosdoentes… Refiro-me ao tempo que osobrigam a esperar na sala de espera“sem arredar pé…” para garantir umlugar para as vagas. Os doentes doreforço já sofrem demasiado por sesentirem sem apoio de médico defamíla e ainda têm que vencer maisessa… injustiça? desumanidade?

É assim no Centro de Saúde deNegrelos: - Quando um doente doreforço procura uma vaga para umaconsulta, toma a sua vez e é obriga-do a esperar que chegue o próximodoente, pois só assim ficará garanti-da (?) a sus vez. E se o próximo do-ente demorar uma hora, duas oumais…? Por que submetem um do-ente a esse sacrifício?

Seria tão fácil e menos doentio paraum doente se houvesse um poucomais de respeito e humanidade. Bas-taria que a funcionária tomasse o no-me de cada pessoa - identificada - quedesejasse uma consulta para vagas.Desse modo a pessoa em causa pode-ria ir para casa, se o desejasse, e vol-tar pela hora aproximada da consulta,sem passar pelo sacrifício de esperartempo indeterminado... Deixo este tex-to à análise dos meus leitores. ||||||ARMIARMIARMIARMIARMINDONDONDONDONDO SSSSSAMPAMPAMPAMPAMPAIOAIOAIOAIOAIO MMMMMARTINARTINARTINARTINARTINSSSSS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

“[A ligação Paradelaa Cense] é uma obramuito grande quevai custar muitodinheiro, mas éum compromisso”.CASTRO FERNANDES,PRESIDENTE DA C. M. SANTO TIRSO

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Novo Nó de acesso à A3 só em 2020

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As pretensões da Câmara de SantoTirso já são, há muito, conhecidas.Castro Fernandes sempre defendeua reformulação do nó de acesso àA3 e a criação de uma passagemdesnivelada onde existe, atulamente,a rotunda. Em 2010, o Jornal de Notí-cias avançava que “a solução não estáincluída no projeto da Brisa” e o au-tarca adiantava que o problema já ti-nha sido colocado e de que obtivera“boa recetividade” por parte da Estra-das de Portugal. “Dois anos depois ecom as obras de alargamento da A3em fase de conclusão, o problemapersiste e a câmara continua a alertarpara a necessidade de obras no nó.

A autarquia lamenta “o impasse”criado pela falta de remodelação des-ta infraestrutura e assume que possa“colocar em risco ou inviabilizar a con-cretização de investimentos em cur-so”. Castro Fernandes vai mais longeao afirmar que “a eliminação dasobras naquele nó da autoestradaacarreta graves consequências, bemcomo enormes prejuízos ao desen-

CASTRO FERNANDES ARGUMENTOU E REIVINDICOU MAS A REFORMULAÇÃO DO NÓ DA A3, EM SANTO TIRSO, NÃO VAI ARRANCAR PARA JÁ. 2020É A DATA EM QUE O INSTITUTO DAS INFRAESTRUTURAS RODOVIÁRIAS PREVÊ ACONSELHÁVEL UMA INTERVENÇÃO.

sidente chega mesmo a apelar “aobom senso dos governantes para exi-girem que a concessionária cumprao contratualizado”.

Ao Entre Margens o InIR explicouque a rotunda atual tem capacidadepara garantir “um nível de serviço atécerca do ano 2020, data em que seprevê aconselhável uma intervenção,que a verificarem-se os pressupostosconsiderados apenas será tornará im-perativa em 2025” e garantiu que“não existindo alterações que modi-fiquem significativamente o tráfego nolocal, não se nos afigura necessáriaa execução do desnivelamento ime-diato da rotunda”.

O Instituto adianta mesmo que“face à ocupação dos terrenos envol-ventes, atual e futura, cuja responsabi-lidade de licenciamento recai na Câ-mara Municipal de Santo Tirso, pode-rá mesmo aquela não ser a melhorsolução a implementar” mas certificaque “está a diligenciar junto da con-cessionária o estudo imediato de ou-tras soluções que permitam, no futu-ro, garantir e viabilizar a melhoria dacirculação naquela zona, tentando as-

sim antever e evitar outras ocupaçõesmarginais que condicionem aindamais, uma intervenção no local”.

No mesmo comunicado, a Câma-ra Municipal diz ter tomado conhe-cimento de que está em reformulaçãoo projeto de remodelação do Nó daPortagem de Santo Tirso e espera que“o mesmo integre as pretensões re-petidamente expressas de desnivela-mento da inserção na rede viárianacional- Estrada Nacional 104 (San-to Tirso-Trofa)”.

Em 2010, o Jornal de Notíciasvoltava a referir-se a Santo Tirso epublicava que a empreitada incluía aconstrução de uma nova praça deportagem com mais cabinas. Hoje,não há sinais da nova praça e Cas-tro Fernandes mostra-se preocupadocom a construção de uma passagemde peões sobre a atual estrutura. Opresidente da Câmara Municipal temeque a passagem possa “perpetuar aportagem naquele local” o que, asse-gura, “vai contra o projeto que haviasido apresentado à autarquia e que,apesar de tudo, resolveria, pelo menosem parte, a grave questão dos aciden-

tes muito frequentes naquela zona”.Relativamente à passagem, o InIR

limitou-se a afirmar que “serve o pro-pósito de minimizar o risco de atro-pelamento no atravessamento dasvias da praça de portagem nomea-damente da via verde por parte dosfuncionários da Brisa”.

As obras de alargamento da A3(Maia/ Santo Tirso) representam uminvestimento de 42 milhões de euros(segundo informação da Brisa) edeverão estar concluídas no final dopresente mês de setembro. |||||

volvimento do município, além de queo afunilamento da autoestrada nachegada a Santo Tirso pode provo-car uma zona de insegurança e ris-cos acrescidos de acidentes”.

Em comunicado, a Câmara garanteque tem efetuado todas as diligênci-as junto das entidades competentes,nomeadamente do InIR - Instituto dasInfraestruturas Rodoviárias, “com vis-ta à concretização do nó inicialmen-te previsto nesta empreitada” mas as-segura que “não foi prestada nenhu-ma informação quanto à data de iní-cio das obras de remodelação do nóda portagem de Santo Tirso”. O Pre-

SANTO TIRSO // OBRAS DE ALARGAMENTO DA A3

A rotunda atual temcapacidade para ga-rantir “um nível deserviço até cerca doano 2020, data em quese prevê aconselháveluma intervenção”INIR - INSTITUTO DASINFRAESTRUTURAS RODOVIÁRIAS

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVESNO DIA 22 DE SETEMBROA Assembleia de Freguesia de Vila das Aves reúne em sessão ordináriano próximo dia 22 de setembro, a partir das 15h00 no Salão Nobreda junta local. Apenas um ponto da ordem de trabalhos: “informações doExecutivo sobre a atividade e a situação da Junta de Freguesia”.

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ATUALIDADE

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No inicio do mês de setembro, oMinistro da Educação, Nuno Crato,dava conta da “redução da popula-ção escolar, em cerca de 200 mil alu-nos nos últimos anos (cerca de 14 porcento)”. A verdade é que o númerode jovens até aos 14 anos têm vin-do a diminuir gradualmente no nos-so país e se, em 1981, representava1/4 da população, em 2011, os cen-sos indicavam que esse número ti-nha descido para os 15 por cento.

Santo Tirso não fugiu à regra naci-onal e a juntar aos cerca de 1000 ha-bitantes que perdeu entre 2001 e

EDUCAÇÃO // NÚMERO DE ALUNOS INSCRITOSNO PRÉ-ESCOLAR TEM DIMINUÍDO

Pré-escolarreflete falta deincentivosà natalidadeSOMOS MAIS DE 10 MILHÕES E 500 MIL, TEMOS MAISSAÚDE, VIVEMOS MAIS ANOS MAS NASCEM CADA VEZ MENOSCRIANÇAS. ESTE É O RETRATO DE UM PORTUGALENVELHECIDO, COM MENOS 200 MIL ALUNOS NAPOPULAÇÃO ESCOLAR E COM UMA POPULAÇÃO ATIVA QUESE REVELA INCAPAZ DE SUPORTAR OS CUSTOS DOENVELHECIMENTO.

2011, tem também registado um de-créscimo no número de crianças.

Hoje, o Agrupamento de S. Marti-nho do Campo tem 189 crianças ins-critas no ensino pré-escolar, 69 de-las têm 5 anos e, no ano letivo de2013/2014, são elas que irão ingres-sar no primeiro ano do primeiro ci-clo. Este ano há 108 alunos do pri-meiro ano espalhados pelas escolasdo agrupamento, e se é verdade quenem todas as crianças frequentam opré-escolar, também é verdade que adiferença entre o número de inscri-tos em 2012 no primeiro ano e osque se irão matricular em 2013 podeser de menos 30 alunos.

O diretor do agrupamento, JoséQueijo Barbosa, explica que a dimi-nuição tem vindo a ser gradual, es-pecialmente desde há cerca de seisanos, mas garante que “foi mais no-tório no ano passado e neste ano”.Ainda assim, o diretor é otimista eacredita que “pelo número de alu-nos, achamos que estabilizou”.

No agrupamento de S. Martinhodo Campo as situações mais preocu-pantes vivem-se na escola da Rechã,em S. Mamede de Negrelos, e na es-cola de Paradela, em Vilarinho. Poroutro lado, é também em Vilarinho queestá uma das escolas com mais crian-ças. A da Lage é, juntamente com o

Bom Nome e com um total de 25alunos cada, já a Escola de Censesurge em último, com 14 alunos. Aotodo são 164 crianças com três, qua-tro e cinco anos. Uma média de cer-ca de 54 alunos por ano que con-trasta com os 87, de 6 anos, inscritosno primeiro ano, no agrupamento.

A EBI de S. Tomé de Negrelos e aEscola Básica de Bom Nome têm, tam-bém, um número satisfatório de alu-nos inscritos no primeiro ano. A pri-meira tem 32 e a segunda soma 43.Números em nada semelhantes aos9 alunos da Escola de Quintão eaos 3 da Escola de Cense.

Rui Sousa comanda os destinosdo agrupamento e, também ele, temnotado uma diminuição do númerode alunos. “Nos últimos 10, 15 anostem vindo realmente a diminuir”, as-segura, explicando que “onde se temnotado mais é em Cense, nas res-tantes escolas o número é mais oumenos constante”.

“O que tem acontecido ao longodos anos é visível, os números estãoaí”, afirma a vereadora da Educaçãoe vice-presidente da Câmara, AnaMaria Ferreira. “Nestes últimos anostem-se notado um decréscimo nonúmero de crianças e nós percebe-mos isso pelo encerramento de es-colas que foram acontecendo ao lon-

Centro Escolar da Costa, onde nãose sente a diminuição do número dealunos de forma tão acentuada.

No agrupamento do Ave a situa-ção não é muito diferente e mesmohavendo uma quantidade conside-rável de crianças no pré-escolar, osnúmeros não são animadores quan-do se analisa o primeiro ano do pri-meiro ciclo. O jardim de infância dasFontainhas e a EBI de S. Tomé de Ne-grelos têm, cada uma, 50 criançasno pré-escolar. A Escola Básica deQuintão surge empatada com a do

“Sabemos que a média defilhos que os casais têmestá a diminuir” e “háalguns que emigram e,portanto, temos que estaratentos a esta realidade”.

A falta de alunos podepôr em risco escolascomo a de Cense, emVila das Aves, e a deLamelas admite avereadora da educa-ção. “A Escola de Censeagora só tem umaturma com os trêsníveis”, refere a títulode exemplo

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go do tempo”, afirma a autarca.Mas a falta de alunos pode pôr

em risco mais escolas? A vereadoraacredita que “talvez a escola de Censeou a Escola de Lamelas”. “A Escolade Cense agora só tem uma turmacom os três níveis [1º, 2º e 3º ano],a Escola de Lamelas também tem vin-te e poucos alunos, mas não sabe-mos o número de alunos do próxi-mo ano”, diz.

Apesar de considerar que a dimi-nuição do número de crianças “nun-ca é boa”, garante que “acaba por sertratada da melhor forma possível”. Dáorigem a “soluções muito boas” por-que assegura melhores condiçõesaos alunos existentes. Queijo Barbo-sa também consegue ver a parte po-sitiva desencadeada pela falta de alu-nos: “em termos organizativos melho-ra muito, alivia muitos espaços esco-lares, quer físicos, quer de tempo”.

Ana Maria Ferreira lembra que estefenómeno é comum um pouco portodo o país. “Nós sabemos que amédia de filhos que os casais têmestá a diminuir nos últimos anos enão é só no concelho de Santo Tirso,sabemos também que há alguns queemigram e, portanto, temos que estaratentos a esta realidade”. A culpaparece ser da “estrutura económicae social que afeta o nosso país mastambém muitos países da Europa”,lembra Queijo Barbosa. A vice-presi-dente defende que “o próprio paístem que estar atento e tentar incenti-var a natalidade”. A Câmara Munici-pal, assegura a vereadora, dá as me-lhores condições para todos os alu-nos que existem neste momento. “Da-mos o máximo que podemos, comprolongamentos de horário, com es-cola a tempo inteiro, com cantinas,com boas instalações, mais não po-demos fazer”, adianta.

Para já, o baixo número de crian-ças ainda não atingiu um nível extre-mo mas Rui Sousa acredita que “nãopode diminuir muito mais, porque aíera muito complexo”. |||||

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Depois de, há dois anos, o então,bispo auxiliar de Lisboa, Carlos Aze-vedo ter sido a figura escolhida e de,no ano passado, o jornalista da RTPHélder Silva, ter feito as honras daCasa, a Vice presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso e tambémvereadora da educação, Ana Maria

‘Para mim a escolaé a comunidadeeducativa’NA MANHÃ DA ÚLTIMA SEGUNDA FEIRA, NA ESCOLA EBI DES. MARTINHO DO CAMPO A PALAVRA DE ORDEM FOIRELAÇÕES. A VICE-PRESIDENTE DA CÂMARA, ANA MARIAFERREIRA, FOI A CONVIDADA DE HONRA DO QUINTOCOLÓQUIO COMUNICARE ET EDUCARE E, PERANTE UMAPLATEIA ATENTA, EXPLICOU A COMPLEXIDADE DA RELAÇÃOENTRE A AUTARQUIA E A ESCOLA.

O regresso às aulas no con-celho de Santo Tirso vai ter oapoio da Câmara Municipalque, por um lado deliberouatribuir 180 mil euros paracomparticipar refeições a alu-nos carenciados e, por outro,aprovou a atribuição de cer-ca de 38 mil euros para li-vros e material escolar.

A autarquia irá, assim, en-caminhar um subsídio men-sal para cada uma das enti-dades que gerem os refeitó-rios escolares. A medida en-tra em vigor este ano letivo eirá diminuir o custo das re-feições dos alunos do primei-ro ciclo do ensino básico pro-venientes de agregados fami-liares carenciados. Adquirirlivros e material escolar vaitambém ser, agora, mais fácil.Os cinco agrupamentos deescolas do concelho irão be-neficiar de um subsídio parao efeito que pretende, maisuma vez, ajudar famílias commais dificuldades financeiras.

EDUCAÇÃO // COLÓQUIO COMUNICARE ET EDUCARE

Ferreira, foi a senhora que se seguiu.“O objetivo de todos nós é sem-

pre o sucesso dos alunos”, começoua vereadora que, desde logo, apre-sentou a relação entre a autarquia ea escola como “complexa”. “Há mui-tas relações diretas e indiretas”, con-tinuou, “mas para mim a escola é acomunidade educativa”. Ana MariaFerreira salientou a importância de

alargar a “escola” a todos os elemen-tos desde alunos e professores àsassociações de pais, juntas de fregue-sia e até mesmo associações e subli-nhou que o facto de as autarquiasserem órgãos políticos pode criar “ru-ído”. Por isso, a vice-presidente defen-de que “a parte política na relaçãocom a escola não pode existir por-que os alunos não têm cor política”.

Compromisso e partilha são doisdos pontos essenciais para que a re-lação entre ambas as partes funcio-ne e Ana Maria Ferreira garante que“nenhum de nós consegue trabalharsozinho”. A autarca defende que o“sucesso da relação tem a ver com aproximidade” e atesta que “o factode haver os mesmos intervenientesao longo dos anos tem algumas van-tagens”, porque “mudando os inter-venientes, as relações são diferentes”.

Ainda assim, a vice presidente lem-bra que há fatores que condicionamas relações. “Há restrições porquenenhuma das partes tem 100 porcento de liberdade”.

O diretor do agrupamento, JoséQueijo Barbosa, salientou, também,que “a boa relação com a Câmara, asjuntas de freguesia, as associaçõesde pais e locais são importantes paraprojetar a escola na comunidade lo-cal” e aproveitou a ocasião para fa-zer um balanço dos últimos anos àfrente do agrupamento.

Numa cerimónia que ficou tam-bém marcada pela entrega de prémiosde mérito escolar, Ana Maria Ferreiradisse não concordar com a possibili-dade das escolas deixarem de de-pender do Ministério da Educaçãopara passarem a estar sobre a alçadadas câmaras municipais e defendeua necessidade de haver uma “linhapedagógica comum”.

“A relação que a Câmara Munici-pal de Santo Tirso tem com as esco-las é uma relação boa e acho que seesta relação existisse noutros muni-cípios e noutras áreas estaríamosmuito melhor”, concluiu. |||||

A Associação de Pais e En-carregados de Educação daEscola Secundária de D. Di-nis está a promover a iniciati-va “Partilha de livros usadose de material escolar”. O obje-tivo é o de fazer com que to-dos aquelas que têm livrosusados e material escolar osofereça a quem deles neces-sita. Para tal, basta aceder à pla-taforma online no sítio dareferida associação, em www.ht tps ://s i tes .google.com/a/ddinis.net/apee/, registar-se ede seguida fazer a sua entre-ga de material na portaria daescola. |||||

Troca de materialescolar naEscola D. Dinis

Câmara de SantoTirso ajuda noregresso às aulas

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ATUALIDADE

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Em 2007, Castro Fernandes inaugu-rava aquilo que, o então presidenteda junta de Vilarinho, Tarcísio Silva,denominava de “a obra do século”.“O melhor cemitério de Santo Tirso”era inaugurado com pompa e circuns-tancia mas Tarcísio Silva reclamava que“para que a obra do século tenhaoutra dimensão” faltava construir acapela mortuária.

No passado sábado, a “obra do sé-culo” atingiu “outra dimensão” e Cas-tro Fernandes voltou a Vilarinho parainaugurar a nova capela mortuária,

O ‘melhor cemitériode Santo Tirso’ tem,agora, ‘uma boa capela’

desta feita, ao lado do novo presi-dente da junta, Jorge Faria.

Começou com cerca de uma horade atraso mas os vários vilarinhensesque se juntaram em frente à novacapela não desistiram até a cerimóniater acabado. Enquanto esperavam, àsombra, comentavam tudo o que ha-via de novo. “É uma boa capela”, dizi-am uns enquanto, outros, mais à fren-te, sublinhavam que “não pode ficaraberta todos os dias por causa dovandalismo”.

“Não há projetos perfeitos”, diziao pároco Felisberto Capela, “mas jáestive lá dentro e é confortável e aco-

lhedor”. O pároco benzeu a capela eaproveitou a ocasião para agradecero apoio dado à paróquia e lembrarque “falta empedrar o adro da igreja”.

O presidente da Junta, Jorge Faria,sublinhava tratar-se de “um dia es-pecial para Vilarinho” e explicava que“a inauguração da capela mortuáriaé a concretização de mais um anseiodo povo”.

Castro Fernandes, que se fez acom-panhar pela vice presidente Ana Ma-ria Ferreira e pelo vereador José CarlosFerreira, garantiu que “sempre houvea preocupação de não haver um gran-de distanciamento a vilarinho”, afir-mou que “as pessoas de vilarinhopodem ter a certeza que nós temospreocupação com a freguesia” e dei-xou uma garantia: “até ao fim do anoa obra da rede de água irá arrancar”.

A nova capela tem, no primeiropiso, duas salas de vigília, com duasentradas independentes, sanitários deapoio e, no piso inferior, uma zona dedepósito para materiais da junta defreguesia. Lá dentro, ainda se senteo cheiro a obra recem acabada e atinta na parede ainda é muito bran-ca. “Está jeitosinha”, ouvia-se umasenhora dizer enquanto, já perto daporta, um senhor dizia, sorridente,“está mais bem arranjada que a mi-nha sala”. A única questão que colo-caram foi mesmo o facto de “não terum altarzinho”.

Castro Fernandes sublinhou queos 104 mil euros investidos foramdinheiro “muito bem gasto” mas sali-entou que “ainda há muita coisa afazer”. “Eu não tenho problema ne-nhum em ser acusado de investir nasfreguesias”, afirmou o autarca, acres-centando que Santo Tirso tem 24 fre-guesias e 140 km22222 e que não preten-de “assimetrias para o concelho”.

O cemitério de Vilarinho, inaugu-rado em 2007, é da autoria doarquiteto Jorge Rodrigues, tem maisde 400 sepulturas, 800 gavetões deossários e conta agora com umanovíssima capela mortuária. |||||

Os apoios recentemente aprova-dos pela Câmara Municipal têmos mais variados beneficiários. Agrande fatia do bolo está desti-nada a obras tidas como prioritá-rias para as freguesias. Ao todosão 127 mil euros que irão serutilizados para pavimentar e dre-nar águas residuais na Rua daFonte dos Anelhos, na Reguenga,e na Travessa do Couto em S. To-mé de Negrelos. Mas estas nãosão as únicas freguesias destina-das a usufruir de subsídios.

Para Monte Córdova está pre-vista a beneficiação de diversosarruamentos; para Rebordões, aTravessa de S. João poderá agoraser alargada e pavimentada en-quanto que para Areias está pre-vista a drenagem da travessa deJosé da Silva. Castro Fernandesdiz que autarquia sempre centroua sua atenção na melhoria e naconservação da rede viária mu-nicipal.. Mas os 127 mil eurosnão foram exclusivamente desti-nados a este efeito.

Na freguesia de S. Mamedede Negrelos, as paróquias irãopoder usar o subsídio para a re-construção do muro de suporteda casa paroquial e, em S. Mar-tinho do Campo, poderá ser usa-do para a requalificação do pavi-mento do salão paroquial. Tam-bém o Jardim de Infância de Arei-as recebeu um subsídio para aconstrução de “arrumos”.

As diversas associações domunicípio são outros beneficiáriosde subsídios camarários. A autar-quia deliberou a atribuição desubsídios anuais a 22 associa-ções constituídas, na sua maio-ria, por ranchos folclóricos. Osubsídio é de 11 mil euros. |||||

Subsídioscamarários

VILARINHO // INAUGURAÇÃO DA CAPELA MORTUÁRIA

“A inauguração da capelamortuária é a concreti-zação de mais um anseiodo povo”.JORGE FARIA, PRESIDENTE DAJUNTA DE FREGUESIA DE VILARINHO

“Eu não tenho proble-ma nenhum emser acusado de inves-tir nas freguesias”CASTRO FERNANDES,PRESIDENTE DA C.M. DE SANTO TIRSO

PARABÉNS | 11-08-2012Completou, no pasado dia 8 de agosto, 70anos de vida o senhor José Augusto Oli-veira.

Neto, filha, genro e esposa, desejam-lhemuitos parabéns e muitos anos de vidacheios de saúde e de felicidade.

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A intenção do governo foi tornadapublica no inicio do mês de agostoe a resposta da Câmara Tirsense nãose fez esperar. O presidente da Câ-mara e também presidente da funda-ção, Castro Fernandes, considerou aavaliação “insuficiente e errada” emostrou-se disposto “a ir para os tri-bunais” para impedir o fim da estru-tura. À Agência Lusa, Castro Fernan-des disse tratarem-se de “‘sound bites’da administração que quer arranjarbodes expiatórios para os seus pró-prios erros” e desafiou o governo aestar atento aos verdadeiros proble-mas financeiros em Portugal, “não vábuscar problemas às fundações”,acrescentou.

O presidente admitiu pedir esclare-cimentos a Associação Nacional deMunicípios e disse não ter “qualquerproblema em recorrer aos tribunaiscontra o Estado, que é aliás um di-reito que assiste em qualquer país li-

FOI CRIADA EM 2006 MAS ESTÁ, AGORA, EM RISCO DE DESAPARECER. A FUNDAÇÃO DE SANTO THYRSO É UMA DAS PROPOSTAS PELO GOVERNO PARAENCERRAR. CASTRO FERNANDES CONSIDERA A AVALIAÇÃO “INSUFICIENTE E ERRADA”, O PSD LOCAL RECLAMA TRANSPARÊNCIA NA SUA GESTÃO

vre – o de contestar más decisões doEstado. Por isso eu irei nem que sejaao Tribunal Constitucional”, conti-nuou Castro Fernandes em declara-ções à mesma fonte.

Por esta altura, a autarquia já en-viou à Secretaria de Estado da Ad-ministração Pública uma contestaçãoda análise tida em conta na Avalia-ção das Fundações e entre os errosapontados está o facto de a Funda-ção de Santo Thyrso não depender,diz o autarca, de financiamento pú-blico. Castro Fernandes consideraainda “a extinção ineficaz em relaçãoà Fundação e aos fundadores parti-culares, pois são partes interessadasque não foram ouvidas”. Se as con-testações fossem aceites a pontuaçãoda fundação ficaria acima dos 50 porcento exigidos para a sua manuten-ção e o presidente não poupa críticasaos governantes: “até parece que ar-ranjaram um modelo para nós ficar-

mos abaixo e assim sermos extintos”.“O governo está a atacar a autono-mia do poder local”, atirou o autarca.

A Fundação de Santo Thyrso éde natureza público privada e o capi-tal social é dividido entre a Câmarade Santo e as empresas Facal-Enge-nharia de Fachadas, Lda e a Efimóveis– Imobiliária, S.A, sediada em Marcode Canavezes.

PSD DIZ QUE HÁ“FALTA DE TRANSPARÊNCIA”As críticas do PSD local à Fundaçãocomeçam, desde logo, pelas empre-sas que a integram. O partido diz “nãoentender os motivos que afastaramoutras empresas, nomeadamente deSanto Tirso, de participaram no capi-tal social da Fundação” e questionaa exclusão da Associação Comerciale Industrial de Santo Tirso, “já que asua criação está subjacente à candi-datura a fundos comunitários para a

criação de uma Incubadora de Em-presas de Base Tecnológica instala-da nas antigas instalações da Fábricade Santo Thyrso”.

Os laranjas dizem discordar dosestatutos da fundação, nomeada-mente no que se refere à sua gestãoque “ficou totalmente concentrada napessoa do presidente da Câmara”.Castro Fernandes, lembra o partido,“acumula a Presidência da Fundaçãocom a Presidência do Conselho Exe-cutivo e ainda a presidência do Con-selho de Fundadores, e de acordocom os estatutos, é quem nomeia opresidente do Conselho Fiscal”.

Os vereadores do PSD têm, tam-bém, algumas “dúvidas legítimas” so-bre alguns negócios entre a autarquiae a Fundação, sendo que alguns delesremontam ao ano 2010. Em comu-nicado o PSD diz ter questionado amaioria socialista, a 14 de julho des-se ano, sobre um contrato de ajuste

direto estabelecido entre as duas en-tidades, no valor de 50 mil euros. Opartido diz ter apresentado, a 5 demaio seguinte, em reunião de Câ-mara, um requerimento “onde se so-licitava que o senhor presidente daCâmara esclarecesse o objeto do con-trato por ajuste direto no valor de50 mil euros em que consta comoadjudicatária a Fundação de SantoThyrso. Requerimento que ficou semresposta”. O caso alastrou-se até 24de junho do mesmo ano quando oPSD voltou a insistir no assunto. OPSD assegura que o presidente refe-riu que a Fundação “prestava rele-vantes serviços à Câmara Municipal”.“No entanto não disse quais!”, “nempara que serviram os 50.000 euros!”

O PSD afirma estar “perante umcaso de falta de transparência na ges-tão da coisa pública” e acusa a Câma-ra de “promiscuidade” nas relaçõescom a Fundação de Santo Thyrso. |||||

Câmara contra encerramento de Fundaçãoque PSD diz ser pouco transparente

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ATUALIDADE

Contrato Programa de Desenvolvimento Desportivocelebrado com o Clube Desportivo das Aves

ENG.º ANTÓNIO ALBERTO DE CASTRO FERNANDES, PRESIDENTEDA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO:

Torna público, para efeitos do disposto nos artigos 14º e 27.º do Decreto-Lein.º 273/2009 de 1 de outubro e artigo 91º da Lei nº 169/99 de 18 de setembro,que, foi celebrado entre o Município de Santo Tirso e o Clube Desportivo dasAves, no dia 16 de agosto do corrente ano, o Contrato Programa de Desenvol-vimento Desportivo, o qual tem por objeto a caracterização e o regime decomparticipação, a prestar pelo referido Município, na concretização do pro-jeto de Remodelação do Campo Bernardino Gomes, que a seguir se enuncia:

- Fornecimento e instalação de relva sintética para futebol de 11;

- Fornecimento e instalação de relva sintética para futebol de 5;

- Construção de novos balneários.

Mais se publicita que o montante da comparticipação do Município de SantoTirso para a prossecução do referido projeto é de 480.000,00 • (quatrocentose oitenta mil euros).

Publicita-se ainda que o contrato programa e respetivo anexo I encontram-sedisponíveis, na íntegra, para consulta, no Edital n.º 98 de 22 de agosto de2012, afixado no edifício dos Paços do Concelho, bem como na página eletrónicacom o endereço www.cm-stirso.pt.

Santo Tirso, 24 de agosto de 2012

O Presidente,

Castro Fernandes

EDITAL

Os jovens do Centro de Acolhimen-to Temporário Casa do Sol da Asso-ciação de Solidariedade e Ação So-cial de Santo Tirso (Asas), com oapoio e colaboração de alguns anti-gos residentes do Centro de Acolhi-mento Temporário Raízes, também daAsas, elaboraram um projeto quedenominaram de “Espaços”, candida-tando-se, desta forma ao prémio“Joãozinho Retribui”, iniciativa doHospital de S. João.

O projeto “Espaços” pretende con-cretizar-se através da construção deuma horta pedagógica para utiliza-ção da Casa do Sol, sediada em Viladas Aves, da aquisição de equipa-mento para uma biblioteca e ludote-

Casa do Sol premiadaem iniciativapromovida peloHospital S. João

GANHE UM ALMOÇOPARA 2 PESSOAS

NO RESTAURANTE:

Torne-se assinantedeste jornal e

Estrelado Monte

“JOÃOZINHO RETRIBUI” PREMEIA PROJETO “ESPAÇOS”DO CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO CASA DO SOLDA ASAS, SEDIADO EM VILA DAS AVES.

ca para a mesma casa de acolhimen-to e, ainda, apoiar uma iniciativa deangariação de fundos para a Asas.

“Foi muito interessante podermosparticipar nesta iniciativa. Foi uma ex-periência que nos fez trocar ideias epensar de que forma podemos me-lhorar a nossa casa e as nossas vi-das”, referem os jovens da Casa doSol que sublinharam o apoio “fun-damental para a o sucesso deste pro-jeto” que tiveram da parte dos anti-gos residentes do CAT Raízes.

A candidatura esteve em votaçãona internet, tendo o projeto desen-volvido pela Casa do Sol, alcançadoo prémio de 1250 euros para a suaconcretização. |||||

178 mil euros é o valor que pode che-gar ao concelho se a candidatura aoprograma “European Creative Districts”for aprovada. O Programa pretendeapoiar duas regiões piloto indicadorasdo potencial das Indústrias Criativasno rejuvenescimento de regiões e se-tores industriais tradicionais e SantoTirso candidatou-se, em conjunto com

S. João da Madeira e Paredes. A can-didatura dá pelo nome de “designort– From a desing to a creativity drienNorte region Strategy”, e já recebeuuma avaliação favorável da direçãogeral da Enterprise and Industry, daComissão Europeia, tendo, por isso,passado à fase seguinte. O projetoprevê a concretização de workshops,

sessões de formação, residências des-tinadas a profissionais criativos, entreoutros, e, a ser aprovada, terá a du-ração de 30 meses. A candidaturaconta ainda com um parceiro inter-nacional, “The Border, Midland andWestern”, Assembleia Regional parao Investimento da Irlanda, experientena atração de investimento. |||||

Santo Tirso candidata-se a programaeuropeu sobre regiões criativas

pub.

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Cristiano Machado - Comércio de Tintas, Lda.Rua 25 de Abril, nº 3374795-023 Vila das AvesTel/Fax: 252 941 105TLM: 919 696 844Email: [email protected] www.cinaves.com

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|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Em agosto de 2011, a AdministraçãoCentral do Sistema de Saúde anun-ciou a suspensão “com caráter obri-gatório para todas as instituições eserviços integrados no Serviço Naci-onal de saúde, os reembolsos diretosaos utentes relativos às prestações desaúde”

Em causa estavam casos como aaquisição de próteses, óculos, arma-ções e incluía também tratamentos ter-mais. Um ano depois, as consequên-cias da medida já são notórias e esti-ma-se que o número de pessoas querecorre às termas por problemas desaúde tenha diminuído 10 por cento.

Santo Tirso não fugiu à regra eAdosindo Ferreira, diretor executivodas Termas das Caldas da Saúde as-segura que “a suspensão das compar-ticipações, que se presume seja tem-porária, concorre para a redução determalistas” mas garante que “não sepode dissociar esta descida da pro-

SANTO TIRSO // TERMAS DAS CALDAS DA SAÚDE

Corte da comparticipaçãodo Estado nos tratamentostermais ‘é mau paraa saúde e para a economia’NUMA ALTURA EM QUE SE ESTIMA QUE A PROCURA DE TRATAMENTOS TERMAIS TENHADESCIDO 10 POR CENTO EM PORTUGAL DESDE QUE, HÁ UM ANO, FOI ANUNCIADO OCORTE DAS COMPARTICIPAÇÕES, ADOSINDO FERREIRA, DIRETOR EXECUTIVODAS TERMAS DAS CALDAS DA SAÚDE, EM SANTO TIRSO, EXPLICA O IMPACTO DA MEDIDA.

cura, do contexto atual que se vivena economia, e particularmente nasfamílias”. Adosindo Ferreira explicaque “há quem deixe de fazer termaspor essa razão, mas o problema é maiore já se fazia sentir antes mesmo dasuspensão das comparticipações”.

Segundo dados do Turismo dePortugal, em 2011, o termalismo clás-sico teve 57 mil clientes, menos 10por cento que 2010. Já o termalismo

de bem-estar e lazer contou com 41mil utentes, mais 11 mil clientes doque no ano anterior, o que significaum aumento de 36 por cento.

“Em rigor, não é verdade que ve-nha menos gente às termas”, adiantaAdosindo Ferreira. “O fenómeno aque se assiste traz às termas uma novavaga de clientes, mais novos, commotivações diferentes, à procura deum produto diferente e que se tra-duz normalmente numa estada me-nos prolongada”.

O responsável considera a medi-da do ministério da Educação “muitoerrada” e acredita que “é o resultadoda ausência de uma política de pro-moção da saúde”. “Os decisores po-líticos na hora de fazer cortes, optampelo elo mais fraco, por aqueles quemenos capacidade têm para reclamare daí cortes cegos e irracionais para,aparentemente, se pouparem algumas,poucas, centenas de milhar de euros”.

Adosindo Ferreira vai mais longee sublinha que “o resultado vai sernegativo”. “É mau para a saúde, é maupara a economia”, explica o respon-sável que lembra que nunca esteveem causa a mais-valia dos benefíciosdos tratamentos termais e que a alter-nativa aos tratamentos termais custamuito mais ao Estado que o apoio“mirrado e tardio” que dava a algunsmilhares de termalistas portugueses.“Vamos importar mais medicamentos,vamos faltar ao trabalho e à escola,quando podíamos estar a ocupar maistrabalho e produção nacional com efei-tos secundários benéficos para todos”.

Em Portugal são 37 as unidadestermais existentes que, agora, se veemobrigadas a criar novas formas deatrair termalistas. Nas Termas das Cal-das da Saúde, as medidas que têmvindo a ser tomadas “passam pelaredução de margens e sacrifício dareceita”. “Na prática, estamos a fazerdescontos que muitas vezes são su-periores ao valor da comparticipaçãoque antigamente se recebia”, concluiAdosindo Ferreira. ||||||

“Estamos a fazer descon-tos que muitas vezes sãosuperiores ao valor dacomparticipação queantigamente se recebia”

ADOSINDO FERREIRA, DIRETORDAS TERMAS DAS CALDAS DA SAÚDE

Funerária das AvesAlves da Costa

Telef. 252 941 467Telem. 914 880 299Telem. 916 018 195

Serviço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanenteServiço permanente

A Câmara de Santo Tirso e a Uni-dade de Saúde Pública Santo Tirso/Trofa vai proceder, na próximasemana à apresentação do PlanoLocal de Saúde. A sessão estámarcada para as 16h30 do dia20 de setembro e terá lugar noauditório da Biblioteca Municipal.

Em comunicado de imprensa,a autarquia sublinha a importân-cia deste plano, pois o mesmo as-sume-se como um importante ins-trumento orientador de todosquanto, na sociedade civil, cola-boram para alcançar um melhorresultados nesta área.

“A saúde de toda a comuni-dade depende não só do bem-estar físico de cada indivíduo, masadvém sobretudo do benefício deque resulta a melhor articulaçãopossível das entidades que inter-vêm na comunidade de Santo Tir-so”. E, prossegue a mesma fonte,“numa altura em que constrangi-mentos económicos ditam a per-da de certos benefícios sociais comimplicações diretas na saúde detoda a comunidade” importa quese trabalhe cada vez mais em“conjunto” e em articulação.

A Unidade de Saúde Públicade Santo Tirso tem como missãocontribuir para a melhoria do es-tado de saúde da sua populaçãoe nesse sentido, em parceria comdiversas entidades da comunida-de tirsense, propõe um docu-mento orientador que define osobjetivos de saúde até 2016, aserem trabalhados por todos. |||||

SantoTirso definePlano Local deSaúde até 2016

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CULTURA

Revista Suiça destacaobras da Tomaz Pelayo||||| TEXTO: JORJORJORJORJORGEGEGEGEGE COELHOCOELHOCOELHOCOELHOCOELHO

Muito próximo das 22 horas do pas-sado dia 7 de setembro, André Ma-tos (guitarra), Colin Stranahan (bate-ria) e Demian Cabaud (contrabaixo)apresentaram o projeto Lagarto. O au-ditório do Centro Cultural de Vila dasAves estava com cerca de metade dalotação preenchida, sendo que nempelo facto de o evento ser de entradalivre mais pessoas se fizeram deslocarpara assistir a este concerto no âmbi-to do V Ciclo de Jazz de Santo Tirso.

É certo que este é um estilo musi-cal algo difícil de se gostar muitodevido a uma linguagem própria que

CONCERTOS // CICLO DE JAZZ DE SANTO TIRSO

‘Lagarto’internacional emVila das Aves

se assume de certa forma complexaaos ouvidos de um público mais ha-bituado a generalidades e a massifica-ção até nem será muito convenienteou desejada, no entanto, começa anão haver desculpas para que alguémreclame pela falta de eventos. Para seconhecer, compreender e talvez gos-tar é preciso ver e/ou ouvir. Não ésegredo nenhum.

No palco e quase durante 90 mi-nutos, um português, um norte-ame-ricano e um argentino, conseguiramfazer esquecer o que de mau em Portu-gal nos foi “oferecido” nas horas ante-riores ao concerto. Na ainda televi-são do Estado (RTP) e nas outras, o

atual Primeiro-Ministro tinha apresen-tado mais medidas contra a genera-lidade dos portugueses e a SeleçãoNacional brindou o povo com maisuma exibição medíocre. Parafrasean-do…”que se lixem…”.

Os Lagarto tocaram temas como“Skylight”, “Volta”, “Claire”, “Cavalos Sel-vagens” e “Small is Beautiful”, fazen-do-nos transportar para paisagens eambiências tão diversas que no fun-do foram o garante de uma atuaçãoque não defraudou as expectativas.São realmente bons músicos e domi-nam muito bem cada um dos seusinstrumentos. Se por momentos ascomposições nos transportavam parauma espécie de “prado verdejante”onde reina a calma e até um certoromantismo, noutros a complexida-de musical parecia uma teia de equa-ções e fórmulas matemáticas. Muitoagradável.

Este projeto musical é um bomexemplo daquilo que deverá ser aglobalização cultural ou o multicultu-ralismo na sua essência. André Ma-tos, o português, toca guitarra desdeos 9 anos e vive em Nova Iorquedesde 2008. Colin Stranahan, o ame-ricano do trio, nasceu em Denver evive no país de Obama. DemianCabaud, o argentino, nasceu emBuenos Aires e reside em Portugaldesde 2004. Na música falam todosa mesma língua. Jazz! |||||

A Escola do Porto é o grande des-taque da edição de julho/agostoda revista suíça de arquitetura “Werk,Bauen+Wohnen”, publicada pelaAssociação dos Arquitetos Suíços.Álvaro Siza Vieira e Eduardo SoutoMoura, ambos distinguidos com oprémio Pritzker, são as figuras dedestaque deste número especial de-dicado à Escola do Porto que inclui,entre outros textos, um artigo assi-nado por Anne Wermeille Mendon-ça sobre o projeto de três escolas daÁrea Metropolitana do Porto, doisdos quais levados a cabo no âmbitodo programa do anterior governode modernização do Parque Escolar.É o caso das obras de reabilitaçãoda Escola Tomaz Pelayo, em SantoTirso, cujo projeto de arquitetura foientregue a uma equipa de arquitetosliderada por José Gigante.

Wermeille Mendonça classificade “pragmática e inteligente” a op-ção de Gigante na conjugação dosedifícios existentes com os novoscorpos edificados e sublinha “o sinalde abertura à comunidade” propor-cionado pelo novo e “generoso”hall de entrada da escola, construí-

CONCERTO DO TRIO INTERNACIONAL DOGUITARRISTA ANDRÉ MATOS, REALIZADO NO CENTROCULTURAL DE VILA DAS AVES, NO DIA 7 DE SETEMBRO

ARQUITETURA

do ao nível da rua, contrariamenteaos edifícios antigos, construídos aum nível superior e mais recuadosda via pública.

Recorde-se que as obras da Es-cola Secundária Tomaz Pelayo fo-ram inauguradas a 25 de abril de2011 pelo então primeiro-ministroJosé Sócrates. Na requalificação dareferida escola foram investidos 15milhões de euros.

Natural da cidade invicta JoséGigante (1952), concluiu o cursode Arquitectura pela Escola Superi-or de Belas-Artes do Porto em 1981,iniciando depois a atividade docen-te, primeiro na ESBAP e a partir de1984 da Faculdade de Arquitectu-ra dó Porto, até 1998, na disciplinade Ciências da Construção.

A escola primária de Padrão daLégua, em Matosinhos e a Secundá-ria Garcia da Orta, no Porto, são asduas outras escolas destacadas notextos de Wermeille Mendonça,arquiteta suíça que se instalou noPorto nos anos 90, depois do está-gio feito no gabinete de SoutoMoura. Mais informação em:

www.werkbauenundwohnen.ch/

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Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Num dos primeiros “pedaços” do es-petáculo mais recente do grupo deteatro amador, Os Quatro Ventos (emcoprodução com a Miguel Carvalho-produções), estreado a 18 de agos-to, dois atores da companhia de San-to Tirso dão corpo a um dos “crimesexemplares” de Max Aub; o do bar-beiro a quem as borbulhas dos cli-entes o incomodam de morte, literal-mente. “Reconheço que aquelas es-pinhazitas nada tinham de especial. Masincomodam-me, põem-me nervoso, revol-vem-me o sangue. Fiz a primeira passa-gem, sem problemas; na segunda sangrouum pouco. Não sei o que então me deu,mas acho que foi uma coisa natural, au-mentei a ferida e depois, não pude resistir e,de um golpe, decepei-lhe a cabeça.”

No espetáculo do grupo de SantoTirso a degolação não se concretiza

TEATRO // GRUPO DE TEATRO AMADOR DE SANTOTIRSO, OS QUATRO VENTOS

Teatro ‘aospedaços’ e emresposta à criseO “TRAÇOS DE NÓS CAFFÉ” ACOLHEU EM MEADOS DEAGOSTO A APRESENTAÇÃO DE “AOS PEDAÇOS”, NOVOESPETÁCULO DO GRUPO DE TEATRO AMADOR DE SANTOTIRSO, OS QUATRO VENTOS. UM ESPETÁCULO QUE SE VAIFAZENDO A CADA APRESENTAÇÃO, NUM TEATRO QUE TEIMAEM NÃO BAIXAR OS BRAÇOS PERANTE A CRISE E TODAS ASAMEAÇAS QUE ESTA PRECONIZA

porque o “pedaço” de teatro terminano momento da ameaça (imagem emcima). Porém, os atores não saem decena. O espetáculo prossegue comoutro “pedaço de teatro”, e eles alipermanecem, imobilizados, como quea perpetuar essa ameaça que é, nofundo, a ameaça que estes temposde crise representam na vida de cadaum de nós. Ou, dito de outra forma,a terrível incerteza do que se segue.

No teatro - seja ele profissional ouamador – essa incerteza contaminaos discursos e os modos de fazer dosque teimam em não cruzar os bra-ços. O conceito de “low cost” tam-bém já chegou às artes de palco; é opróprio Miguel Carvalho que o convo-ca na conversa que o Entre Margensmanteve com o diretor do grupo e aencenadora Sara Costa.

A ideia para este espetáculo par-tiu da própria companhia, que quis

envolver todos os seus atores nesteprojeto. A logística fez o resto: traba-lhar pedaços de texto em tempos ecom atores diferentes, e que, maistarde, reunidos, formassem um todo.Surge, desta forma, a necessidade dese encontrar um “tema para cada umdos espetáculos”, segundo deu con-ta Sara Costa. “Anjos e Demónios” foio mote encontrado para o primeirodos espetáculos, muito “por culpa” deJosé Eduardo Agualusa e o seu conto

“O Quarto Anjo”. Depois, continuaSara Costa, “procurámos outros tex-tos que pudessem encaixar nestaideia de anjos e demónios, não tan-to pelas personagens em si, mas pelaquestão do bem e do mal que estános anjos mas, sobretudo, nas pes-soas. Estes criminosos do Max Aubsão pessoas perfeitamente normais”.

Para além de Max Aub foram ain-da convocados Javier Tomeo, BertoldBrecht, José Maria Vieira Mendes e,entre outros, Gil Vicente. “Gil Vicenteé inevitável. O “Auto da Barca doInferno” é uma referência do teatroportuguês e adequa-se ao tema” dizSara Costa. Um texto comprometidocom o seu e – sabe-se cada vez me-lhor que assim é – de todos os tem-pos. E este é um espetáculo que sequer, precisamente, implicado com oseu tempo. “Temos que chamar a aten-ção para o que está acontecer”, diz aencenadora. A este propósito, “CenaCaganita” de Viera Mendes, em lin-guagem suficientemente explicita paraos tempos que correm, é elucidativoquanto baste.

E porque este é um espetáculodeste tempo de crise, “aos pedaços”é “low-cost” nos seus dispositivos -“sem o glamour dos grandes cenári-os, luzes ou figurinos vistosos” - enos locais onde se apresenta – o daestreia, no Traços de Nós-Caffé, emSanto Tirso – e que tão pouco esperapelo público. “É nosso objetivo ir tercom o público e não o contrário.Queremo-nos encontrar com as pes-soas nos cafés, nos restaurantes, naspraças publicas”, diz Miguel Carvalho.

Neste teatro “aos pedaços”, quemais não é do que um “work in pro-gress” são de esperar novidades emtodas as suas apresentações. A pró-xima está marcada para 20 de outu-bro, na freguesia de Rebordões, nasede da Tuna Musical, às 21h30. En-quanto isso, o grupo vai preparandoa peça “As Aventuras de João SemMedo”, com estreia prevista parameados de novembro. |||||

RICHARD ZIMLER EM VILA DAS AVESO escritor norte-americano, Richard Zimler é o convidado da sessão de 29 de setembro doprojeto de História e Memória Local. “A voz dos silenciados: porque escrevo romanceshistóricos”, é o tema da intervenção do autor de “O último Cabalista de Lisboa”. A sessãorealiza-se no Centro Cultural de Vila das Aves, a partir das 10h30. Entrada livre.

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VALE DO AVE

Feira Afonsinade voltaa Guimarães

Sofia Escobar em outubro

No centro histórico da cidade recri-am-se costumes, relembra-se histó-rias, recupera-se gastronomia. Os lar-gos Cónego José Maria Gomes,Martins Sarmento, da Oliveira, a Pra-ça de Santiago, a rua Conde D. Hen-rique e a zona envolvente do caste-lo serão o centro das atenções edas recriações históricas.

“Afonso Cavaleiro” é o nome doprimeiro evento de contextualizaçãoa levar a cabo já amanhã (14), pe-las 21h30, junto à estátua de D.Afonso Henriques. “A chegada deD. Afonso Henriques vindo deZamora” acontece no sábado, àmesma hora, no Largo da Oliveira.O último momento acontecerá às21 horas de domingo, no Castelode Guimarães e dá pelo nome de“A Caminho de S. Mamede”.

Com aconteceu no ano passado,os diferentes espaços têm também,temas diferentes. Desde o Arraial àZona de Iguarias, de Mercadores,passando pelo Jardim dos Infantes,pelo Quelho das Desgraças, pelaZona de Artífices ou pela doçaria noconvento, motivos não faltam parase deixar levar pela atmosfera medi-eval. O público tem ainda acesso avárias oficinas que irão partilhar sa-beres e artes ancestrais. As atividadespodem ser feitas mediante inscriçãoprévia, no posto de turismo. |||||

É JÁ ESTE FIM DE SEMANA QUE A FEIRA AFONSINA VOLTA ATRAZER O MELHOR DE D. AFONSO HENRIQUES AGUIMARÃES. A SEGUNDA EDIÇÃO DA FEIRA AFONSINA ÉUMA AUTÊNTICA VIAGEM AO TEMPO DAS CONQUISTAS DOPRIMEIRO REI DE PORTUGAL

A programação da Capital Europeiada Cultura entrou, agora, no “Tem-po para Renascer” e vai contar coma presença de Sofia Escobar, acom-panhada pela Fundação OrquestraEstúdio, já no dia 7 de outubro, noCentro Cultural Vila Flor. Antes dis-so, no dia 6, a vimaranense sobeao palco do pavilhão multiusos ao

Armindo Costa ficaaté ao fimdo mandatoArmindo Costa, presidente da Câ-mara de Vila Nova de Famalicão, “iráser presidente de todos os famalicen-ses até ao último dia do seu manda-to”. Palavras do próprio, num jantarde confraternização com os presiden-tes de junta durante a Feira de Arte-sanato e Gastronomia de Famalicão.O presidente acaba assim com a es-peculação que se vinha alastrando,ao rejeitar a hipótese de abandonara presidência do município antes daspróximas eleições autárquicas. O edilestá a cumprir o seu terceiro e últimomandato e assegura que irá cumpriro compromisso que assumiu com os

FAMALICÃO // CÂMARA MUNICIPAL

famalicenses “até à tomada de possedo futuro Presidente da Câmara”.Armindo Costa garante que se tratade algo “sério e alienável” e, comotal, irá continuar com “a dedicação eresponsabilidade de sempre”.

O presidente está à frente da au-tarquia desde 2002 e nas três últi-mas eleições assegurou sempre a mai-oria para a coligação PSD-CDS/PP. Em2009 conseguiu a maior votação desempre e elegeu sete vereadores. “Aseriedade e o rigor é o melhor exem-plo que posso deixar aquele que osfamalicenses vierem a escolher comomeu sucessor”, diz Armindo Costa. |||||

Piscinas mais baratasAbrem já este sábado os Complexosde Piscinas de Ribeirão, Oliveira S.Mateus e Joane, em Famalicão. Esteano as piscinas iniciam a atividademais cedo do que o habitual e inclu-

em um desconto de 10 por centono valor base das tarifas que osutentes têm que pagar. Para mais in-formações pode contactar asrespetivas secretarias das piscinas. |||||

lado de José Carreras. Em confe-rência de imprensa, o presidente daFundação cidade de Guimarães,João Serra fez um balanço dos últi-mos meses de CEC e salientou quetodos os objetivos têm sido cumpri-dos até aqui. O último trimestre deprogramação traz ainda um debatesobre políticas culturais, o espetáculo

dos Fura del Baus - que, no dia 22deste mês, marca o início do novociclo de programação, - mais umaedição do Guimarães Jazz e muitocinema, música e teatro à mistura.No dia 21 de dezembro, os Fura delBaus atuam mais uma vez na cida-de berço no espetáculo que marcao encerramento da CEC 2012. |||||

GUIMARAES // CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2012

GUIMARÃES

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´́́́́INQUERITO A cuidar de si todo o ano!caldasdasaude.pt | 252 861763

O Inquérito do Entre Margens tem o patrocínio de:

‘Faria um abaixo-assinadopara as pessoascolaborarem mais noseventos da freguesia’

JOSÉ MARIA PINHEIRO, ASS. S. MIGUEL ARCANJO

“Gostava de ver no CentroCultural de Vila das Aves maisfestas e saraus com asassociações da nossa vila.”

Por estes dias José Maria Monteiroandará na ribalta, em Vila das Aves,ou não fosse ele o presidente da As-sociação de S. Miguel Arcanjo quelevará a cabo este mês as festas emhonra do padroeiro da freguesia (verpágina xx), numa altura em que aassociação completa 90 anos de exis-tência; é, de resto, a mais antiga dascoletividades locais.

José Maria Pinheiro Monteiro énatural de Vila das Aves, mais con-cretamente do lugar de Cense, ondenasceu em 1934. Estudou na antigaEscola da Tojela, onde fez a dita ins-trução primária, ingressando depoisno mercado laboral. Trabalhou comopedreiro na Fundição Carvalho & Ir-mãos, em S. Pedro Bairro (Famalicão)e, pouco depois na casa de AugustoFreamunde, também na freguesia deBairro, onde fazia esteios. Continuoudepois a exercer a profissão de pe-dreiro na chamada Fábrica Grandede Delães, passando, três anos maistarde, para o regime da casa, mas comoserralheiro. O atual presidente daAssociação de S. Miguel Arcanjo cum-priu o serviço militar no Açores, re-gressando depois à fábrica de Delães,mas não por muito tempo pois emi-gra para França em 1964 e por lá fi-cou até 1981. Em França trabalhoucomo mecânico de máquinas agríco-las, durante quatro anos, e outrostantos como soldador. Depois, até aoseu regresso, trabalhou numa empresade construção civil, conquistado aí achamada Alta Classificação Profissio-nal, sobretudo pela polivalência de-monstrada no exercício das suas fun-ções. Regressado a Portugal, trabalhapor mais dez anos, como responsá-

INQUÉRITO A JOSÉ MARIA MONTEIRO PINHEIRO, PRESIDENTEDA ASSOCIAÇÃO DE S. MIGUEL ARCANJO, DE VILA DAS AVES. AASSOCIAÇÃO FAZ ESTE ANO 90 ANOS DE ATIVIDADE, MAS O SEUPRESIENTE TEM POUCAS ESPERANÇAS DE QUE CHEGUE AOS CEM

vel de serralharia da empresa IrmãosSampaio, em Bairro.

Enquanto dirigente associativo, asua experiência começou por se fa-zer no período em que esteve emi-grado em França e, nos últimos anos– desde 1998, para ser mais preciso– como presidente da Associação deS. Miguel Arcanjo de Vila das Aves.

“Santo Tirso conVida”… ou nem porisso?Sim.

De que gastos já abdicou neste perí-odo de crise?Dos gastos em passeios e saídas vul-gares.

A quem oferecia uns óculos?Ao primeiro-ministro, Pedro PassosCoelho.

Do que sente falta em Vila das Aves eno concelho?Falta de bom senso.

Quantas vezes já fez trocadilhos como nome “Parque da Rabada”?Nenhuma. O nome está apropriadoao local.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que……havia mais respeito entre as pessoas.

O padroeiro de Vila das Aves aindamobiliza muita gente?Sim, alguma. Mas muito pouca emrelação ao que seria esperado.

Eu faria um abaixo-assinado para…Para as pessoas da vila colaboraremmais nos eventos da freguesia.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Penso que o assunto se vai resolvero mais rápido possível, pois faz faltaaos cidadãos um pouco de entrete-nimento.

Que nomes lhe ocorre para sucede-rem a Castro Fernandes e a CarlosValente?A Castro Fernandes, a engenheiraAna Maria Ferreira. A Carlos Valen-te, alguém que esteja à sua altura.

O que é mais difícil: pedir dinheiropara as Festas em Honra de S. Miguelou encontrar um novo presidentepara a associação?Pedir para as Festas de S. Miguel. Mas,de qualquer das formas, depois deconcluído este mandato, terá de ha-ver alguém que me substitua.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Festas e saraus com as associaçõesda nossa vila.

Quase a completar 90 anos, tem es-peranças de que a Associação de S.Miguel Arcanjo chegue aos 100?Não, a não ser que se altere o pen-samento e a colaboração dos asso-ciados e da população em geral.

Já fez alguma quadra a S. Miguel?Não.

A quem entregava uma medalha demérito?Ao Ex.mo Sr. Luís Ferreira Pinto, ad-ministrador da Casfil, pela sua gene-rosidade e compreensão. |||||

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DESPORTO

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

O jogo teve duas partes distintas, naprimeira, o Freamunde foi mais fortee poderia ter marcado ao passo quena segunda o domínio foi avenseaté ao momento em que o árbitrodecidiu assumir protagonismo numjogo sem traços de violência, mas queresultou em quatro expulsões de jo-gadores de campo (dois para cadalado) e ainda do técnico dos capõesNuno Sousa.

O Aves até entrou bem na partidafazendo dois remates embora semperigo, no entanto o Freamunde pe-garia no jogo criando perigo juntoda área avense. Aos 21 minutos, Lio

II LIGA // ÁRBITRO FOI PROTAGONISTA, MAS AVES FALHOU PENALTY

Nulo com Freamundee cinco expulsõesO AVES ACERTOU O CALENDÁRIO NO PASSADO SÁBADO, EMPATANDO A ZERO NA RECEÇÃOAO FREAMUNDE EM JOGO DA TERCEIRA JORNADA. O ÁRBITRO RUI SILVA FOIPROTAGONISTA AO FAZER CINCO EXPULSÕES, NUM JOGO MARCADO TAMBÉM PELADEFESA DE TÓ FIGUEIRA NA GRANDE PENALIDADE COBRADA POR DALLY. O AVES ÉAGORA SÉTIMO COM 9 NOVE PONTOS, A TRÊS DA LIDERANÇA.

AVES, 0 - FREAMUNDE, 0AVES: MARAFONA, GROSSO (DALLY, 62’), ROMEU, TITO,

RABIOLA, LEANDRO, ROMARIC (JOÃO PAULO, 41’), VASCO

MATOS, MAMADU, ELVINS E RENATO SANTOS (VASCO

ROCHA, 75). FREAMUNDE: TÓ FIGUEIRA, PINTO (BATIS-

TA, 19’), BABO, BOCK, TICO, PEDRÓ, ZÉ ALBERTO (LA-

RANJEIRO, 45’), DIOGO (CRISTOPHE, 78’), LUIS PEDRO,

BRANDÃO E LIO. ÁRBITRO: RUI SILVA (VILA REAL). CAR-

TÕES AMARELOS: ROMEU (37’), BRANDÃO (57’ E 83’),

LUIS PEDRO (58’), PEDRÓ (63’), LIO (65’ E 90+1’), TICO

(76’), DALLY (81’ E 84’). CARTÕES VERMELHOS: RABIO-

LA (73’), BRANDÃO (83’), DALLY (84’), LIO (90+1’),

NUNO SOUSA -TREINADOR FREAMUNDE (90+1’).

desmarca Tico do lado esquerdo, quecruza para Babo que remata forte masao lado. Logo a seguir (24’), grandejogada individual do veterano Bock,que se libertou de vários defesas aven-ses e já com Marafona pela frenterematou às malhas laterais da baliza.O Freamunde voltaria a criar perigonum livre direto (31’), com Tico a re-matar forte e colocado mas comMarafona a defender para canto.

No segundo tempo, o dominio foicompleto da equipa do Aves. Aos 55’Romeu ganha a bola a meio campo,passa para Renato Santos que emcontra ataque serve Grosso já den-tro da área que remata cruzado masao lado do poste esquerdo. Logo aseguir (59’), após um livre Tito lançaVasco Matos que apanha a defensi-va adversária em contra pé e quandopoderia rematar prefere servir RenatoSantos que chega tarde à emenda.

A partir do minuto 73 tudo sealterou. Rabiola num lance pouco cla-ro, mas onde a única explicação terásido por suposta agressão, depois éBrandão que é expulso ao colocarmão na bola na área avense. Dallychamado a converter, permite a de-fesa de Tó Figueira e é expulso logono minuto seguinte. Já nos descon-tos seria a vez de Lio e do técnico doFreamunde verem o cartão vermelho.

No final da partida o técnico doscapões realçou a primeira parte dasegunda equipa, reconhecendo queo Aves foi melhor após o intervalo.A certa altura “alguém tentou estra-gar o espetáculo”. Referindo-se cla-ramente a Rui Silva, atirou que “ele éque devia estar aqui (conferência deimprensa) a justificar-se”.

Já José Vilaça reconheceu que oAves “perdeu dois pontos” e instadoa pronunciar-se sobre as expulsõesapenas disse que não se apercebeu

José Vilaça, diz que a vitória a acon-tecer seria para a sua equipa.

O Aves venceu, este domingo, forade portas, o FC Porto, por 2-1, emjogo da quarta jornada da 2.ª Liga,tendo agora sete pontos, mais qua-tro do que o seu adversário.

Antes, o Desportivo das Aves foiconquistar a sua primeira vitória forade casa, no Porto B. Os dragões mar-caram primeiro, mas Grosso empa-tou ainda na primeira parte. Na se-gunda, rabiola virou o resultado numgolo polémico, por suposto fora-de-jogo do atacante avense.

Na primeira deslocação fora decasa, o Aves garantiu um empate auma bola, com o golo avense a serconseguido mesmo ao cair do pano,pela cabeça de Djibril, na sequênciade um canto.

No jogo de estreia, a equipa ven-ceu, no seu reduto, o Trofense por2-0, com os golos a serem marca-dos por Vasco Matos (4’) e por JoãoPaulo (85’). |||||

de nada na expulsão de Rabiola, masdá o benefício da dúvida ao árbitro.Sem Rabiola e Dally para o próximojogo, José Vilaça espera que Djibrillrecupere, lembrando que o plantemtem 27 jogadores e há outras solu-ções. O próximo jogo é domingo, emcasa, frente ao Estarreja para a Taçade Portugal.

O INÍCIO DO CAMPEONATONa receção ao Santa Clara, o Avesfez um dos mais fracos jogos da pre-sente temporada, terminando com umempate a zero bolas. A equipa da casaesteve amorfa sobretudo na primeiraparte, mas foi sempre quem mais pro-curou a vitória. No segundo tempo,o Aves criou mais oportunidades,mas no final do jogo, quer o Aves,quer o Santa Clara, poderiam ter mar-cado pois as duas equipas consegui-ram colocar a bola nos ferros da ba-liza adversária. No final do jogo, ostécnicos lamentaram a hora do jogo,feito debaixo de calor intenso, mas

No jogo com o Freamunde(foto em baixo), odesportivo das Avesdominou na segundaparte, até ao momento emque o árbitro decidiuassumir protagonismo

AO LADO, FOTO DO ENCONTROENTRE O DESPORTIVO DAS AVES EO SANTA CLARA

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O Aves vai receber o Estarreja nasegunda eliminatória da Taça dePortugal que integra já equipas daII Liga. O jogo realiza-se no pró-ximo domingo, dia 16 de setem-bro, em Vila das Aves, pelas 15horas. O Estarreja milita na III Di-visão, série C, e na jornada inau-gural da temporada perdeu por1-2 na visita ao Avanca. |||||

TAÇA DA LIGA

Paços deFerreiraé o adversárioO sorteio da segunda fase da Taçada Liga colocou frente a frente oAves e o Paços de Ferreira, depoisde na primeira fase da prova, oAves ter conseguido o apuramento.

Na primeira fase, o Aves ven-ceu o Trofense em casa por 5-0,venceu também o segundo jogocom o Tondela, por 3-0, garantin-do o apuramento, perdendo noderradeiro jogo frente ao Santa Cla-ra, nos Açores, por 3-1.

Agora, surge o desafio do pri-modivisionário Paços de Ferreira,significando o regresso do técni-co Paulo Fonseca, de Nuno Cam-pos, Tiago Valente e Filipe Anun-ciação à Vila das Aves, jogandodesta vez na condição de visitan-te. A primeira mão disputa-se nodia 26 de setembro e a segundano dia 31 de outubro.

Ficam apurados para a fase se-guinte, que conta já com os oitoprimeiros classificados da Liga de2011/12 - FC Porto, Benfica, Spor-ting de Braga, Sporting, Marítimo,Vitória de Guimarães, Nacionale Olhanense - os oito clubes ven-cedores das eliminatórias. |||||

TAÇA PORTUGAL

Aves recebe Estarreja

O Campeonato Nacional da II Divisão de Futsal arranca no próximo dia 13 deOutubro com o Aves a estrear-se em casa, recebendo o CS São João, equipaque na época passada terminou em 5º lugar da série B da II divisão. Najornada seguinte, os avenses deslocam-se à Póvoa de Varzim para jogar coma equipa local e a terceria jornada, o Aves recebe o CRECOR.

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A época desportiva de 1962/63 é oobjecto desta rubrica. A seu tempose verá porquê. A partir da leiturados jornais locais, preferencialmen-te do “Jornal das Aves”, procurare-mos recordar acontecimentos e re-tratar ambientes e personagens danossa história desportiva. Muitosprotagonistas e participantes dosacontecimentos relatados na im-prensa ainda estão presentes, por-que 50 anos não é há tanto tempoassim, e eles poderão relembrar econfirmar o que se descreve.

AGOSTO E SETEMBRO DE 19621 A electrificação do campo foi o ob-jectivo de uma comissão que parecedisposta a desistir, quando já tinharealizado uma soma razoável.

A equipa de ciclismo do clube par-ticipou em diversos circuitos (Aldoar,Lousada, Gondomar e outros). No8º Circuito das Aves (Populares), re-alizada no final de Agosto, a nossaequipa esteve em destaque: Manuelde Oliveira foi o primeiro (ex-aequocom um atleta do FCP), César Luís oquinto, José Correia o sexto, Noé Ri-beiro o sétimo e Noé Azevedo o oi-tavo. Um elemento da secção de ci-clismo (Manuel Ferreira Certo) parti-cipou como estafeta na Volta a Portu-gal em bicicleta.

Os columbófilos da S .C. das Avesencerraram a época com o concursode Valença do Minho.

No 2º Circuito de Motorizadasda Vila das Aves predominaram asSachs e as Kreidler. Os condutoresda nossa terra tiveram actuação des-tacada: o Armando M. Russo (Pare-

Há 50 anos foi assim...O DESPORTO NA VILA DAS AVES, LIDO NA IMPRENSA LOCAL

des) obteve o quarto lugar na cate-goria Sport e o Floriano Moreira osegundo em Especial.

Em Santo Tirso, o 1º Rallye de Do-nas Elviras levou uma multidão ao Par-que a ver os bólidos, atrapalhando agincana dos velhos carros. O primei-ro prémio foi para um Lancia de 1928.

Os pescadores desportivos do “Pic-Nic à beira rio” repetiram o seu con-curso de pesca seguido de leilão afavor dos pobres que já vinham rea-lizando há cerca de dez anos. A pou-ca água não permitiu pesca abundan-te (7 kgs de peixe) e o vencedor foiManuel da Silva, seguido de Álvarode Sousa e de Serafim de F. Gouveia.

2 O verão foi animado pelo Torneio

Popular de Futebol que o Fontainhasganhou, em despique, na fase final,com o F.C. de Delães, que foi segun-do, o Bairro e a Florentina.

Relativamente à equipa de honrado desportivo, a pré-época, como sediz agora, foi agitada pela eventualrevisão da suspensão de um ano aoMiranda, aplicada pela direcção ces-sante e notícia da provável saída doZé Pereira para o Salgueiros (constan-do que o Vitória, o Tirsense e o Boa-vista também estavam interessados nojogador) e do Costa para o Vizela.Foi contratado como treinador-joga-dor o Dieste, que pelo primeiro trei-no demonstrou categoria e isenção,porque tanto manda parar as jogadasdos titulares como dos reservistas.

Loureiro, entrevistado pelo Jornaldas Aves, lembrou que já levava 17anos de atleta do clube e nove de ca-pitão, revelou estar com excelente dis-posição e garantiu que “se todos qui-sermos, voltamos esta época à primei-ra divisão”. Trata-se da primeira divi-são regional, não façam confusões.

O cronista desportivo do Jornal dasAves, Luís Freitas de seu nome, dei-xou clara a sua visão do momento:“Onde está o verdadeiro amor à ca-misola que se veste? Confessamossinceramente que temos saudadesdaquela idolatria à camisola rubro-branca do Desportivo das Aves queera apanágio dum Albano, dum Gen-til, dum Toninho, dum Ventura, dumZeca, dum Álvaro, dum Bernardino,dum Pereira Lopes e de outros tantosdaquela geração. Agora, ou se jogapara se ser ídolo ou apenas com osolhos nos prémios de jogos. E isso émuito pouco.” Quem quer comentar,cinquenta anos depois? ||||| Escrito deacordo com a antiga ortografia

Futsal: Aves começa com o São João

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DESPORTO

Bernardino Alves foi eleito presi-dente da Associação de Atletis-mo do Porto, depois uma durabatalha eleitoral, travada com LuísBorges. O tirsense BernardinoAlves venceu com 34 votos, con-tra os 24 conseguidos pela listaadversária, entre um universo de59 votantes. Apenas uma coletivi-dade não votou e registou-se umvoto em granco. A tomada deposse decorreu a 31 de julho,no Anfiteatro da Casa do Des-porto, no Porto, tendo para o efei-to, contado com a presença doPresidente da Federação Portugue-

ATLETISMO

Associação do Portoliderada por Tirsense

A atleta tirsense Sara Moreira con-seguiu melhorar a sua melhormarca na prova dos dez mil me-tros dos Jogos Olímpicos de Lon-dres, terminando no 14º lugar.

Face às diversas “batalhas” tra-vadas neste ciclo olímpico, SaraMoreira terá saído da pista doEstádio Olímpico com a ideia demissão cumprida, num ano emque terá provado que terá pelo

Sara Moreira bate recordepessoal nas olimpiadas

O piloto tirsense Armindo Araújo foiafastado da competição do Mundialde Ralis (WRC) pela equipa italianaonde estava integrado, a MotorsportItália, que coloca em competição osdois Mini JCW WRC do WRC TeamMini Portugal. O piloto foi supreen-dido pelo afastamento quando se pre-parava para disputar o rali da Ale-manha, em meados de Agosto.

Em comunicado, denunciou osmétodos da equipa italiana, a partirdo Rali do México, terceira prova docalendário, quando “começou a ten-tativa decamuflagem dos problemasmecânicos e a clara ideia que ape-nas os pilotos ArmindoAraújo e PauloNobre eram responsáveis pelos fatosocorridos durante as provas”. O mal-estar agravou-se depois de ter sidoconvocado para testes, em Itália, parapreparar a estreia, no asfalto, da ver-são 01b do Mini JCW WRC, masArmindo nem se sentou ao volante,durante os três dias que lá esteve.

A equipa tentou mesmo que o pi-loto assinasse um documento a auto-rizar a utilização da licença despor-tiva do WRC Team Mini Portugal, pro-priedade da empresa ArmindoAraújo Lda, com um outro piloto atéao final do ano, alegando uma su-posta doença de Armindo. No diaseguinte a esta tentativa foi afastadoda equipa. O caso foi agora entre-gue aos seus advogados, tendo sidofeita também uma exposição destesacontecimentos na FIA. O piloto ga-rante ainda que “todos os patrocina-dores, já informados de todos estesacontecimentos, revêem-se na minhatomada de posição”. ||||||

RALIS

menos um coração muito forte,não só pela resistência nas corri-das, como na resistências às ad-versidades. Do caso de dopinginvoluntário, à lesão que veio emmá altura, a portuguesa conse-guiu preparar a época de Verãopor forma a angariar uma meda-lha no Europeu e agora conse-guindo um recorde pessoal nos10 mil metros. |||||

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O Tirsense estreou-se no campeo-nato com um empate a duas bolasno terreno do Mirandela. O empateacaba por ser um mau resultado, umavez que a divisão de pontos só acon-teceu no período de descontos, poisaté lá o Tirsense estava na frente domarcador.

O jogo evidenciou o início deépoca com as equipas a demonstra-rem ainda necessidade de assimila-ção dos processos técnicos e táticosque os treinadores pretendem ver emambas as equipas. Mesmo assim, oTirsense foi a equipa que entrou maisesclarecida, chegando ao golo à pas-sagem do primeiro quarto de hora,por intermédio de Pedro Soares.

Os pupilos de Vitor Maçãs acusa-ram o golo e demoraram a reagir masconseguiram restabelecer a igualda-de ainda no primeiro tempo atravésde Leandro.

No reatamento, o mesmo Leandro

Tirsense deixafugir vitóriaao cair do pano

II DIVISÃO // EMPATE DO MIRANDELAACONTECEU NOS DESCONTOS

poderia ter colocado a equipa da ca-sa na frente do marcador, mas rema-tou ao lado. O desafio foi decorren-do a ritmo lento e só animou com osegundo golo do Tirsense e de AndréSoares (70’). Apesar da vontade mani-festada pelos locais, o desafio cami-nhava para o seu desfecho e quandoparecia que a equipa de Santo Tirsoiria garantir os três pontos, em que jáquatro minutos depois dos 90, numajogada de insistência do Mirandela,Alphonse remata para golo, definin-do o empate e o resultado final.

Na próxima jornada e na estreiaem casa, o Tirsense recebe o Limianos,jogo agendado para dia 23 de Se-tembro.

TAÇA: TIRSENSE PASSAE VAI A CHAVESO Tirsense venceu a primeira elimi-natória da Taça de Portugal, no desa-fio que opôs a equipa jesuíta ao Se-simbra. A goleada por 5-1 é esclare-cedora da supremacia da equipatirsense. Os golos da formação dacasa foram marcados por Tiba (quebisou), Pedro Maurício, Rui Luís eAndré Soares.

Entretanto, o sorteio da segundaeliminatória já ditou um desafio bemmais complicado e com um adversáriodo seu campeonato e com ambiçõessimilares aos jesuítas, o Chaves. O jo-go realiza-se no próximo domingo. |||||

MIRANDELA, 2 – TIRSENSE, 2MIRANDELA: PEDRO FERNANDES, FILIPE, RONDINELE,

CORUNHA (PEDRO BORGES, 57’), DANILO (CALIFA, 70’),

ALPHONSE, RUI LOPES, ADRIANO, BILA, NANI (INZAGHI,

56’) E LEANDRO. TIRSENSE: PEDRO SOARES, TINHA

LENHO, ANDRÉ SOARES, ANDRÉ PINTO, TIBA, RAFINHA

(VITOR HUGO, 58’), EDUARDO, QUEIRÓS, FABINHO

(RICARDO FERNANDES, 75’), VILAÇA E MAURICIO. GO-

LOS: ANDRÉ SOARES (15’ E 70’), LEANDRO (41’) E

ALPHONSE (90+4’). ÁRBITRO: CARLOS DIAS (PORTO)

CARTÕES AMARELOS: BILA (17’), CORUNHA (36’) E

EDUARDO (45’)

sa de Atletismo, Fernando Mota.Bernardino Alves espera que

a sua eleição possa “contribuir,com a ajuda de todos, para inici-ar um novo ciclo, um ciclo de mu-dança, que projete a AAP e os seusclubes para um patamar de maiorcredibilidade e de maior reconhe-cimento do Atletismo e da asso-ciação”. “Queremos melhorar osresultados desportivos, aumentarclaramente o número de atletasfilia-dos, o número de atletas eclubes participantes nas provas depista, melhorar o apoio aos clu-bes”, afirmou. |||||

Armindopostofora do WRC

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter maisinformações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em quea oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

OFERTAS DE EMPREGO

Caminhada noturnano Vale do Leçaé já este sábado

A vigésima primeira caminhada noAlto do Leça já tem data e horamarcada. É já este sábado, dia 15, apartir das 20h30 que arranca maisuma edição. A concentração será fei-ta em frente à Camara Municipal, se-guindo depois para Água Longa. Às21 horas está previsto o encontro emfrente à Igreja de Água Longa, ondetambém terminará o percurso. A ini-ciativa é da Câmara Municipal e dos

Trampolins de Santo Tirso e a cami-nhada inclui um percurso circular dedificuldade média, com uma duraçãode cerca de três horas e meia. A or-ganização recomenda o uso de rou-pa prática, quente, o uso de botas demontanha ou sapatilhas de sola gros-sa, um bastão ou bengala, comida,uma lanterna para iluminar o percur-so e uma máquina fotográfica pararegistar todos os momentos. |||||

Na última edição do Entre Margens, demos-lhe a conhecer a história do Carlitos. Por lapso, onúmero da Junta de freguesia de Vila das Aves foi publicado incorretamente. Assim sendo, eporque o Carlitos ainda precisa de ajuda para conseguir uma cadeira de transporte e um assen-to moldado adequados ao seu tamanho, pode fazê-lo através da mãe do Carlitos, Bárbara Costa( 919 515 009) ou da Junta de Freguesia de Vila das Aves (252 941 313).

A HISTÓRIA DO CARLITOS

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DIVERSOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Senhora da Hora - Matosinhos, com 65anos de idade, falecido no IPO do Porto no dia 4 deSetembro de 2012. O funeral realizou-se no dia 5 deSetembro, na Capela Mortuária da Vila de Lordelo,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar nocemitério local. Sua família, renova os sinceros agradeci-mentos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Armindo Cláudio Conceição Ferreira

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SAO TOMÉ DENEGRELOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente queri-da, natural de Lordelo, com 76 anos de idade, faleci-da na sua residência no dia 5 de Agosto de 2012. Ofuneral realizou-se no dia 6 de Agosto, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroqui-al, indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Isilda da Silva Vaz

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 84 anos de idade, faleci-do na sua residência no dia 23 de Agosto de 2012. Ofuneral realizou-se no dia 25 de Agosto, na IgrejaParoquial da Vila de S. Tomé de Negrelos, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. dia.

António Ferreira Gomes

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SÃO TOMÉ DENEGRELOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente queri-do, natural de Lordelo, com 55 anos de idade, faleci-do no Hospital de Guimarães no dia 6 de Setembro de2012. O funeral realizou-se no dia 8 de Setembro, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimen-tos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

António Abílio Amorim de Castro

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO

LORDELO AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Polvoreira - Guimarães, com 85 anos deidade, falecida no Hospital de S. Tirso no dia 22 deAgosto de 2012. O funeral realizou-se no dia 23 , naCapela Mortuária da Vila de S. Martinho do Campo,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar nocemitério local. Sua família, renova os sinceros agrade-cimentos pela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Maria Helena da Costa

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

SÃO MARTINHOCAMPO

MISSA DO 30º DIAMISSA DO 30º DIAMISSA DO 30º DIAMISSA DO 30º DIAMISSA DO 30º DIAA família agradece a todas as pessoas das suas relaçõese amizade que assistiram à Missa do 30º dia do seuente querido, que foi celebrada pelo seu eterno descan-so, no sábado 4 de Agosto de 2012, pelas 17 horas, naIgreja Paroquial da Vila de Lordelo. Desde já agrade-Desde já agrade-Desde já agrade-Desde já agrade-Desde já agrade-ce a todos quantos se dignem assistir ao piedoso ato.ce a todos quantos se dignem assistir ao piedoso ato.ce a todos quantos se dignem assistir ao piedoso ato.ce a todos quantos se dignem assistir ao piedoso ato.ce a todos quantos se dignem assistir ao piedoso ato.

Armindo Alves Ribeiro

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lousada (S. Margarida), com 76 anos deidade, falecido no dia 2 de Setembro de 2012. O fune-ral realizou-se no dia 4 de Setembro, na CapelaMortuária da Vila das Aves, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela par-ticipação no funeral e missa de 7º. dia.

Joaquim Mendes Faria

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

MISSA DO 7º DIAMISSA DO 7º DIAMISSA DO 7º DIAMISSA DO 7º DIAMISSA DO 7º DIAA família agradece a todas as pessoas das suas rela-ções e amizade que assistiram à Missa do 7º Dia doseu ente querido, que foi celebrada pelo seu eternodescanso, no Sábado 4 de Agosto de 2012, pelas 17:00horas, na Igreja Paroquial da Vila de Lordelo. DesdeDesdeDesdeDesdeDesdejá agradece a todos quantos se dignem assistir aojá agradece a todos quantos se dignem assistir aojá agradece a todos quantos se dignem assistir aojá agradece a todos quantos se dignem assistir aojá agradece a todos quantos se dignem assistir aopiedoso ato.piedoso ato.piedoso ato.piedoso ato.piedoso ato.

Alfredo Martins da Silva

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 61 anos de idade, fale-cido no dia 3 de Agosto de 2012. O funeral realizou-se no dia 7 de Agosto, na Capela Mortuária da Viladas Aves, para a Igreja Paroquial, indo de seguida asepultar no cemitério local. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no fune-ral e missa de 7º. dia.

Manuel Jorge Azevedo Costa Cunha

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

Nome: ......................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................Código Postal: ........................ / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ...................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

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AGRADECIMENTO

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HORÓSCOPO ZODIACOSEGUNDA QUINZENA DE SETEMBROCARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: O Dependurado,que significa Sacrifício. Amor: Nãoseja demasiado possessivo e contro-la-dor pois essa atitude poderá con-duzi-lo a alguns problemas. Saúde:Relaxe o corpo e a mente. Faça exer-cícios respiratórios. Dinheiro: eviteacumular demasiadas responsabili-dades. Números da Sorte: 1, 3, 24,29, 33, 36. Pensamento positivo:Vivo o presente com confiança!

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 9 de Ouros, quesignifica Prudência. Amor: procureser mais coerente nas suas ideias esentimentos! Saúde: procure termais horas de sono. Dinheiro: have-rá um aumento nos seus rendimen-tos. Números da Sorte: 7, 11, 18, 25,47, 48. Pensamento positivo: Eu te-nho pensamentos positivos e a Luzinvade a minha vida!

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: 8 de Copas, quesignifica Concretização. Amor: Nãotenha medo de assumir compromis-sos. Acredite que é possível concili-ar amor e liberdade. Saúde: contro-le o stress e a fadiga. Dinheiro: esta-bilidade assegurada devido à sua ca-pacidade de poupança. Números daSorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33. Pensamen-to positivo: procuro ser compreen-sivo com todas as pessoas que merodeiam.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 4 de Paus, que sig-nifica Ocasião Inesperada. Amor:Controle os ciúmes e evite que amonotonia se instale na sua relaçãoafetiva. Saúde: Espere uma fase re-gular. Dinheiro: Poderão surgir no-vos projetos que lhe trarão pers-petivas mais risonhas. Números daSorte: 9, 11, 25, 27, 39, 47. Pensa-mento positivo: O Amor invade omeu coração.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: 10 de Ouros, quesignifica Prosperidade. Amor: Esta-rá mais suscetível e exigente paracom a pessoa amada. Seja mais tole-rante e compreensivo com as todosos que o rodeiam. Saúde: A sua vita-lidade estará em alta. Dinheiro:Aproveite as oportunidades, masnão crie falsas expectativas. Núme-ros da Sorte: 10, 20, 36, 39, 44, 47.Pensamento positivo: Eu sei queposso mudar a minha vida.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Rainha de Espa-das, que significa Melancolia. Amor:procure manter o equilíbrio emoci-onal. Saúde: Evite o stress e o nervo-sismo pois poderá prejudicar a suasaúde. Dinheiro: Seja prudente re-lativamente a possíveis investimen-tos. Números da Sorte: 7, 18, 19, 26,38, 44. Pensamento positivo: souotimista, espero que me aconteça omelhor!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: o Eremita, que sig-nifica Procura. Amor: tente promo-ver o entendimento com os que orodeiam. Saúde: mantenha o equilí-brio emocional. Dinheiro: joguepelo seguro e não invista em negó-cios duvidosos. Números da Sorte: 1,8, 42, 46, 47, 49. Pensamento positi-vo: eu tenho força mesmo nos mo-mentos mais difíceis!

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: a Torre, que sig-nifica Convicções Erradas. Amor:modere algum comportamentointempestivo. Saúde: Vigie o apare-lho digestivo. Faça uma dieta. Di-nheiro: pare com despesas desne-cessárias e não planeadas. Númerosda Sorte: 4, 9, 11, 22, 34, 39. Pensa-mento positivo: eu acredito que to-dos os desgostos são passageiros, etodos os problemas têm solução.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 5 de Espadas, quesignifica Avareza. Amor: não deixe amonotonia tomar conta da sua rela-ção. Saúde: bem-estar físico e men-tal assegurado nesta fase. Dinheiro:continue a trabalhar e alcançará osobjetivos. Números da Sorte: 1, 2, 8,16, 22, 39. Pensamento positivo: oAmor enche de alegria o meu coração!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: Rei de Copas, quesignifica Poder de Concretização.Amor: o reencontro com um velhoamigo irá proporcionar-lhe momen-tos de bem-estar. Saúde: Enveredepor um estilo de vida mais saudável.Dinheiro: Use de contenção nos gas-tos para não ser surpreendido de-sagradavelmente. Números da Sor-te: 7, 13, 17, 29, 34, 36. Pensamentopositivo: vivo de acordo com a mi-nha consciência.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: Ás de Espadas, quesignifica Sucesso. Amor: Poderá sen-tir a necessidade de se isolar e depensar na sua vida. Aproveite esteperíodo de reflexão para tomar asdecisões que precisa para mudar orumo da sua vida. Saúde: Não se dei-xe dominar pelo cansaço. Dinheiro:as suas novas ideias poderão trazer-lhe benefícios, mas aja com prudên-cia. Números da Sorte: 7, 11, 19, 24,25, 33. Pensamento positivo: O meuúnico Juiz é Deus.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 10 de Copas, quesignifica Felicidade. Amor: pensecom calma qual será a melhor atitu-de a tomar para resolver as situa-ções amorosas. Saúde: pede cuida-dos especiais. Dinheiro: boa alturapara se lançar em empreendimentos.Números da Sorte: 5, 25, 33, 49, 51,64. Pensamento positivo: esforço-mepor dar o meu melhor todos os dias.

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

Hoje vou referir-me ao Amieiro, sim,como aquele que nasce junto às águassulfurosas na margem direita do Rio Avee por isso o apelidaram de “Galego”.

Quando visitei o Novo Amieiro Gale-go refleti na nossa mais que provável“costela Celta” e por isso penso que nãohaverá avense que não se reveja nesteespaço em que, foi providenciada umaajuda à natureza local. Para o feito umbem haja e que muitas outras árvores seplantem! Sugiro que todas as protegidaspelos celtas tenham lá um exemplar.

Era crença dos Celtas que as árvoresinfluenciavam as pessoas, principalmen-te no repouso e no renascer vegetativo.Excepto por quatro delas, atribuídas aosSolstícios de Verão e Inverno eEquinócios de Primavera e Outono.

Segundo este horoscopo, cada pes-soa será tutelada por uma árvore con-forme o seu dia e mês de nascimento,obtendo dela a sua proteção e caracte-rísticas.

AMIEIRO (04/06 a 13/06 | 02/12 a 11/12)

PERSONALIDADE: o objetivo de vidadas pessoas nascidas nestas datasé torná-la o mais agradável possí-vel. Gostam do conforto e muitasvezes roçam o egoísmo para con-segui-lo. Dão demasiadas voltas àscoisas e não se fiam em ninguém,dando a sensação de serem pesso-as frias e calculistas. A estética e obom gosto são dois padrões nasua vida: horroriza-os a falta decuidado e geralmente dão muitaatenção ao seu aspeto exterior.

SAÚDE: têm um grande sentido deresponsabilidade e carregam comtudo às costas, sendo exatamenteeste o seu ponto mais vulnerável.Devem cuidar da coluna vertebralse não querem que esta se conver-ta num pesadelo. Devem aliás, terbastante cuidade porque um dosseus pontos fracos é precisamentea estrutura óssea.

HORÓSCOPO CELTADOS CELTAS E SUAS 21 ÁRVORES PROTETORAS

AMOR: não sabem muito bem oque procuram e em quem. Será me-lhor decidirem-se, já que são maisamados do que amam e se analisa-rem um pouco as suas relaçõesdescobrirão que têm mais do queimaginam.

OLIVEIRA (29/09)(29/09)(29/09)(29/09)(29/09)

A Oliveira referencia o Equinóciodo Outono, e as características, sãoapenas para os nascidos a 29 deSetembro.

PERSONALIDADE: a timidez e aintroversão são as duas caracte-rísticas principais que marcam ocarácter dos nascidos sob a influ-ência do equinócio outonal. Odei-am a violência e a agressividade.De sentimentos puros, procuramnão ferir ninguém com as suas de-cisões porque antes de as tomaravaliam seriamente os prós e oscontras; efetivamente, os juízosque emitem costumam ser equita-tivos. A justiça é um dos valoresque mais estimam e procuram in-cansavelmente o equilíbrio.

Saúde: os males reumáticos são oseu pior inimigo, há que evitar ofrio. O sol e o calor são os seusmelhores aliados para se mante-rem em forma.

Amor: a dúvida estará sempre pre-sente nas suas relações, no entan-to, os nascidos neste dia nunca de-monstram os ciúmes, embora os te-nham, pois o carácter tolerante fá-los respeitar a liberdade do seupar, uma faceta que se torna deci-siva nas suas relações amorosas.

NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES DESTE JORNAL IREMOS

MOSTRAR A PUBLICAÇÃO REFERENTE ÀS CA-RACTERÍSTICAS DAS PESSOAS PROTEGIDAS PE-LAS RESTANTES 15 ÁRVORES DO HORÓSCOPO

CELTA. ||||| OLGA CARVALHO

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A FECHAR

Nem a celebração dos 90 anos daAssociação de S. Miguel Arcanjoparecem facilitar a sempre complica-da tarefa de recolha de fundos, nes-te caso para as festividades em hon-ra do padroeiro da freguesia, que serealizam de 27 a 30 de setembro.

José Maria Pinheiro, presidente daassociação (ver inquérito, na página21 desta edição) resume o assuntonestes termos: “já tivemos ofertas decontos que agora são de euros”. Ou,melhor ainda: “de facto é muito di-nheiro, mas não é dinheiro nenhum”.Os tempos de crise obrigam as pesso-as a fazer mais contas na hora de con-tribuírem para as festividades, o pro-blema é que estas não custam menos.

Ainda assim, e com mais ou me-nos dinheiro, não é por isso que S.Miguel deixará de ser homenagea-do. As festividades começam no dia27, resumindo-se os dois primeirosdias de festejos às confissões (naIgreja Matriz e no Lar Familiar da Tran-

Associação deS. Miguel Arcanjo:há 90 anosa homenagearo padroeirode Vila da AvesFESTIVIDADES EM HONRA DO PADROEIRO DE VILA DASAVES REALIZAM-SE DE 27 A 30 DE SETEMBRO

quilidade) à Missa na Igreja Matriz,pelas 19 horas de sexta-feira, dia 28e, uma hora e meia depois, à abertu-ra do Sagrado Lausperene.

Para sábado, dia 29, destaque paraa entrada do Grupo de Zés P’reirasque irão percorrer, a partir das 8 horasda manhã, algumas das ruas da fre-guesia, e também para o missa sole-ne, marcada para as 19 horas, canta-da pelo Grupo Coral de Vila dasAves. O Habitual Sarau Cultural, porsua vez, tem início às 21 horas e nelese dará a conhecer os vencedoresde mais um concurso de quadras po-pulares a S. Miguel. Musicalmente, ainiciativa conta com a atuação doGrupo Coral da Associação de Re-formados de Vila das Aves e do Gru-po de Acordeonistas do Vale do Ave.

No domingo, dia 30, missa naIgreja Matriz, cantada pelo GrupoCoral e Infantil, às 11h15 e, à tarde,a Grandiosa Procissão com diversosandores. Esta terá o seguinte itinerá-

HISTORIAL COM 90 ANOSA Associação de S. Miguel Arcanjofoi fundada a 15 de novembro 1922pelo pároco António José da SilvaGonçalves e foi aprovada a 23 dedezembro do mesmo ano pelo arce-bispo primaz de Braga, D. ManuelVieira de Matos. Atualmente, a coleti-vidade tem o estatuto de AssociaçãoPrivada de Fiéis, reconhecida e lou-vada pela Autoridade Eclesiástica queé o Bispo Diocesano.

Esta associação teve como primei-ro presidente Luís Gonzaga Mendesde Carvalho, no período compreen-dido entre 1922 e 1968. Desde en-tão começaram a realizar-se eleiçõesbienais, que elegeram diversos presi-dentes. Desde 1998, que a associa-ção é presidida por José Maria Pi-nheiro Monteiro. A associação é com-posta por um diretor espiritual - o pá-roco da freguesia -, por um presiden-te, um secretário, um tesoureiro e trêsconsultores. Esta tem como finalida-de imitar S. Miguel na sua luta valoro-sa pela causa de Deus, no seu aperfei-çoamento cultural, espiritual e moral.

De notar, porém, que os elemen-tos da associação são exclusivamen-te do sexo masculino que contribu-em com uma quota mensal que sedestina a despesas e encargos da as-sociação e afins beneficentes. Atual-mente são 392 os seus associados.

A associação realiza todos os anos:a comunhão pascal com uma roma-gem ao cemitério; visitas pelo Natal ePáscoa aos doentes e instituições; eas festividades em honra do Padro-eiro. Para além disso, realiza aindaum passeio anual com os seus asso-ciados e familiares, e tem, desde háuns anos a esta parte, mantida vida atradição de malhar o centeio. É dissoexemplo a Malha de Centeio levadaa cabo a 11 de agosto último (verimagem), na quinta de Alberto Oli-veira Fernandes, no lugar de Luvazimque contou com a participação detrinta pessoas, entre as quais o casei-ro José da Silva Pereira. ||||||

rio: Igreja, Largo da Tojela, Rua D. EvaMachado Guimarães, Rua João Ben-to Padilha, Rua da Visitação, Rua deS. Miguel e, novamente, Igreja.

No final da procissão, a habitualanimação musical a cargo, este ano,da Banda da Sociedade FilarmónicaVizelense e da Banda Marcial deMurça. As festas de S Miguel Arcan-jo terminam com uma “grandiosa ses-são de fogo de artifício. Fogo estepara o qual, nos último anos, a asso-ciação tem garantido o apoio porparte de um emigrante. Este ano nãofoi exceção, contando a mais antigacoletividade da freguesia com 1500euros para o efeito.