santo tirso hoje

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRECTOR: VítorCarneiro PUB PESCA NO RIO AVE SEM FISCALIZAÇÃO CASTRO FERNANDES VISITA VILARINHO p.6 p.8 MUSEU MUNICIPAL APRESENTA “OS PASSOS DE SANTO TIRSO” p.3 Carlos Saldanha candidato à junta de Rebordões pelo PSD Café com HOT PINK ABUSE MESOTERAPIA Santo tirso HOJE marcou consulta com a Dr.ª Fernanda Neves para ficar a conhecer este tratamento p.11 p.10 p.5

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Edição 1 - 29 Abril 2009

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Page 1: santo tirso hoje

29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRECTOR: VítorCarneiro

PUB

PESCA NORIO AVE SEM FISCALIZAÇÃO

CASTRO FERNANDES VISITA VILARINHO

p.6p.8

MUSEU MUNICIPAL APRESENTA“OS PASSOS DE SANTO TIRSO”

p.3

Carlos Saldanhacandidato à junta de Rebordões pelo PSD

Café com

HOT PINK ABUSE

MESOTERAPIASanto tirso HOJE marcou consulta com a Dr.ª Fernanda Neves para ficar a conhecer este tratamento

p.11

p.10

p.5

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA2

Editorial

Quando questionado se há ou não uma real quebra de qualidade na liberdade de imprensa, em Portugal, de 2007 para 2008, o presidente do Observatório da Imprensa, disse que “de facto as condições pioraram de um ano para o outro” e “que a percepção dos jornalistas portugueses é que a liberdade de imprensa ficou e está muito condicionada. Desde o dia 25 de Abril de 1974 e para bem de todos nós, a Liberdade de expressão, a Liberdade de opinião e a Liberdade de escolha, são desde essa data algumas das virtudes de quem pode e quer dizer aquilo que pensa sobre tudo que o rodeia.Mas, ainda hoje, muitos não dizem aquilo que pensam e outros não pensam naquilo que dizem. Até por isso, a imprensa tem um papel educativo, pedagógico mesmo.Os verdadeiros democratas devem sempre estar ao lado das populações e não contra elas, devem sempre seguir os seus ver-dadeiros ideais, combater sempre

a pobreza, ter em conta os dese-quilíbrios sociais, defendendo os mais necessitados e oprimidos.Um verdadeiro democrata não deve ser arrogante, tendencio-so, prepotente, audacioso, nem querer calar os outros só porque estes não têm a sua opinião. Quem assim for, até pode aguen-tar-se no poder algum tempo, muito tempo, tempo demais, mas um dia irá acordar e quando olhar para o seu lado só se irá ver a ele próprio e alguns que agem e pensam como ele, ou seja, quase ninguém.Depois de Abril, e sempre que se cumpre mais um ano, como se poderá admitir querer calar quem só diz aquilo que vem da alma do povo, de um povo que muitas vezes não consegue fazer ouvir a sua voz? Que democracia é esta? Que democracia é esta em que alguns não gostam de ouvir as verdades que vêm das popu-lações que só os incomodam?Afinal que políticos e democra-tas andamos a eleger, que já não sabem o que é o 25 de Abril e o que significam as palavras

Liberdade e Democracia? Já diz o ditado popular “Dos fracos não reza a História...”, esperamos mesmo assim que ainda haja pessoas fortes de espírito e que aceitem livremente a opinião dos outros, que aceitem expressar a sua opinião, em órgãos de comu-nicação livres, independentes, porque se assim for não serão certamente “velhos” nos lugares que ocupam ...O jornal SANTO TIRSO HOJE quer ser um jornal voltado para o futuro. Daí ser tão importante a colaboração de todos, sem excepção, no presente, que, como alguns dizem, é uma dádiva !! Colaborações corajosas, sem temores, partilhando com os leitores a informação do que existe ou aconteceu, as opiniões de quem pensa publicamente, as imagens que valerão mais que mil palavras.É no presente, HOJE, que todos somos poucos para construir SANTO TIRSO! Em democracia, pela democracia, contra qualquer pequena ou grande tirania.

NÚMEROS ÚTEIS

FARMÁCIAS

Farmácia Caldas da SaúdeAreias252862730

Farmácia PopularSão Martinho do Campo252843260

Farmácia FerreiraSão Tomé de Negrelos252941166

Farmácia SalutarSanto Tirso252852247

Farmácia FariaSanto Tirso252830150

Farmácia CoutinhoAves252941290

Farmácia MonteiroAgrela229681227

Farmácia Silva E DamiãoVilarinho252841479

Farmácia NevesMonte Córdova252898600

Farmácia Leite CoelhoLamelas229681027

Farmácia Santa CristinaSanta Cristina Couto252858849

Farmácia de RebordõesRebordões252833065

Farmácia de RorizRoriz252881850

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO252 830 400

CENTRO DE EMPREGO252 858 080

BOMBEIROS

Santo Tirso (vermelhos)252 858 548

Tirsenses (amarelos)252 830 500

Vila das aves252 820 700

GNR

Vila das Aves 252 873 276

Santo Tirso252 808 250

PSP

Santo Tirso252 851 635

POLÍCIA MUNICIPAL252 860 345

PROTECÇÃO CIVIL808 201 056

HOSPITAL DE SANTO TIRSO252 830 700

CENTROS DE SAÚDE

Vila das Aves252 870 700

Monte Córdova252 898 197

Negrelos252 870 040

São Martinho do Campo252841128

CRUZ VERMELHA252 851 680

TIRAGEM

5000 exemplares

PROPRIEDADE

EDITIRSOPublicidade, Marketing e Comunicação, Lda Rua de Cedofeita, Ed. São Domingos, Loja 34795-460 São Martinho do Campo NIPC : 508 901 014Registada na CRC de Santo Tirson.º 314/2009Capital Social: € 5 000,00tel. 252 843 524fax 252 843 [email protected]

DIRECTOR

VítorCarneiro

REDACÇÃO

RafaelGomes

COLABORADORES Vitor LemosVera Silva (CDU)José Pedro Miranda (PSD)Abílio LimaAmadeu GonçalvesAntónio AzevedoMiguel MartinsAndreia CostaJosé Carlos Sousa

PUBLICIDADE

[email protected]

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO

TiagoMartins | JorgeMatos

IMPRESSÃO

GRÁFICA DO DIÁRIO DO MINHO, LDARua Cidade do Porto - Parque Industrial GrundigLote 5 Fracção A4700-087 Braga

LIMPARJANELAS

EMBRULHARSARDINHASOFERECER

A UMAMIGOFAZER

UMCHAPÉU

...NÃO DEITE FORA ESTE

JORNAL

REUTILIZE @[email protected]

Expressão, opinião e escolha - em liberdade!!

COLABORADORESQueremos que este jornal seja um espaço de participação e intervenção cívica. Queremos ter noticias da sua freguesia; Queremos saber o que pensa. Aqui, os cidadãos terão voz e por isso contamos com a sua participação, através de carta ou e-mail.

[email protected]

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Actualidade

Decorreu, na passada sexta-feira 17 de Abril, a apresentação pública da monografia “Os Passos de Santo Tirso”, da autoria de Francisco Carvalho Correia. O evento, agendado para as 21 horas no Museu Abade Pedrosa, resultou de uma iniciativa conjunta entre a Câmara Municipal e a Confraria do Senhor dos Passos. No livro, editado pela própria Confraria, é facultado um registo documental acerca da história desta instituição tirsense. Como explicou Fernando Monteiro, juiz da confraria: “a ideia da elabo-ração deste livro surgiu da neces-sidade que sentimos em prestar

homenagem a todos aqueles que honraram esta organização e que foram muitos ao longo de mais de quatro séculos. Este livro irá comprometer-nos e às futuras direcções da Confraria em continuar a fazer mais e melhor em prol de Santo Tirso”. Fernando Monteiro também relembrou que a história da Confraria “está carregada de dedicação de muitos tirsenses, pessoas que levaram para o estrangeiro, no-meadamente Brasil e África, a fé em Nosso Senhor dos Passos, fé essa que demonstraram com ofertas valiosíssimas e que con-servámos no nosso espólio tal

como opas em ouro, uma coroa de diamante e prata ou ainda aquela capelinha que existe nos Carvalhais e que foi oferecida por um irmão nosso, emigrante em África”. Na cerimónia de apresen-tação, o Presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes ressalvou a importância da obra, adiantando que “tudo o que se publica sobre Santo Tirso, sus-tentado numa base histórica e científica boa, como é o caso de toda a produção feita pelo Padre Carvalho Correia, têm claramente o apoio da Câmara Municipal”. O presidente camarário destacou, ainda, uma obra anteriormente

editada de Francisco Carvalho Correia sobre a história benediti-na no concelho, fruto de uma tese de doutoramento que demorou 20 anos a escrever: ”É talvez o melhor volume jamais produzido em Santo Tirso sobre a história do concelho”. Por sua vez, o autor Francisco Carvalho Correia afirmou-se motivado pelo “amor à terra e ao seu património” que, em sua opinião, merece ser estudado: “Nós temos motivos artísticos de muito valor, desde a antiguidade, da época romana e pré-romana, e que passam pelo Mosteiro de São Bento e a sua história ao longo dos séculos”. O autor apontou

igualmente, a título de exemplo, os casos dos Mosteiros de Roriz e Vilarinho assim como a Capela da Palmeira que “possui catorze esculturas de bronze em tamanho quase natural”. “Tudo isto constitui um valor que o povo deve saber apreciar melhor porque senão o património desagrega-se e desa-parece”, referiu.O livro “Os Passos de Santo Tirso” pode ser adquirido junto dos membros da Confraria do Senhor dos Passos.

Museu Municipal apresenta “Os Passos de Santo Tirso”

Respondendo a um convite da Confraria do Senhor dos Passos, Francisco Carvalho Correia, padre e autor da monografia, apresentou o resultado de um intenso trabalho de investigação e documentação sobre a história secular dos Passos de Santo Tirso.

Como surgiu este projecto?SC – Isto partiu de um convite feito pela câmara, convite esse, inserido no evento “Pano pra mangas”. O “A poesia está na rua” repercute-se em vários eventos, inclusive o dia de 24 horas de poesia. Este ano, escolheram dois espaços, a Fábrica do Teles e a cadeia velha. Na altura eu fui convidada uma vez que o tema era o têxtil. Achei que não devia fazer um desfile tradicional porque se calhar não dava para transpor tanto a ideia de poesia. É importante dizer que optamos por escolher, apenas, pessoas de santo Tirso, tanto que a banda é de Santo Tirso, o DJ é de santo Tirso assim como nós, as designers, somos de Santo Tirso. Tentamos criar algo um bocado diferente e compilamos música, moda e teatro. O nosso desfile fugia muito

à tradição e os performers tinham um papel teatral. IC – Na altura, houve um convite formulado pela Soraia à mim e à Sofia no sentido de participar-mos nesse evento. As palavras de ordem seriam poesia e moda. Eu sugeri uma banda tirsense, os Godot. A música deles influencia-se muito pelo teatro, poesia e cinema, por isso achamos que seria extremamente interessante pegarmos em três músicas que, posteriormente, decidimos ilustrar e através dessas músicas montar três cenários diferentes.

O Texturas é hoje recordado como um sucesso. Falem-nos, um pouco, sobre o espectáculo.SC- Ao princípio não tínhamos grandes expectativas porque o horário era um pouco ingrato, era das sete às oito da tarde sendo que

o evento demorava 45 minutos. No entanto correu muito bem. O espaço ficou lotado. No final, toda a gente nos deu os parabéns e acharam que realmente foi um evento diferente. Lembro-me que alguém me disse que nunca tinha visto nada do género em Santo Tirso. O saldo foi francamente positivo, tudo correu muito bem apesar de termos tido poucos ensaios. Na verdade, tivemos, apenas, um ensaio geral (risos). No fim do espectáculo o marido da Sofia, Rui Torrinha (DJ) fez lá uma brincadeira – pusemos os manequins a dançar e as pessoas do público vieram dançar também. Aquilo acabou em festa.IC – Montámos plataformas onde estavam os elementos das bandas e o DJ. Tínhamos também um performer de percussão. Depois havia três cenários onde não se desfilava, fazia-se uma pequena performance.ST - Um destes cenários era um ambiente exterior, a fazer lembrar um jardim. O outro era um ambiente boémio onde existia uma mesa, cadeiras, garrafas de vinho, onde as pessoas bebiam e jogavam, uns sentados no chão, outros abrindo garrafas de champanhe, estavam ali numa espécie de diversão. Depois havia ainda um ambiente mais romântico onde aparecia uma performer a quem chamávamos a noiva… era tudo muito teatral. Claro que tentávamos coordenar o

ambiente com a música. A música era o suporte ou a banda sonora, digamos assim, até os próprios músicos estavam vestidos por nós. Tudo fazia parte do espe-ctáculo.

As vossas criações eram originais?ST - Ao princípio, pensávamos fazer a maior parte das roupas mas como o convite surgiu em cima da hora, não foi possível. Comprámos algumas roupas de segunda mão e fizemos apli-cações, construímos o look e o styling. Por exemplo, chegáva-mos a pintar, fizemos um vestido revestido de flores ou então acessórios com penas… foi uma produção de moda como se faz numa revista: vai-se a vários criadores e faz-se uma compi-lação. Neste caso, criamos um look relacionado com o ambiente e a música.

Como procederam à fusão entre poesia e moda?SC - Criámos alguns detalhes dentro da própria colecção, fizemos umas quantas t-shirts com nomes de poetas até porque a poesia é, um bocado, o que a gente quiser. É claro que procura-mos uma harmonia propícia – dissemos logo que queríamos uma poesia alegre, romântica e positiva. A fusão deu-se, por si só, porque a música era muito poética, para não falar do cenário, da luz.

Recordo-me de dois momentos: quando a Laura, uma performer de artes circenses executou um espectáculo de fogo e quando a Catarina fez uma dança tribal. Além disso, a banda declamava e cantava. Os Godot são uma banda que recorrem a letras, por exemplo, de Mário Cesariny enquanto acompanhados dos sons da guitarra, bateria, órgão e até acordeão. IC – Gostava de acrescentar que um dos membros dos Godot, o Luisão, acabou por se revelar uma grande fonte de inspiração para nós a nível de coordenação de roupas e styling porque, de facto, ele tem um trabalho audio-visual muito bom. Haverá uma segunda edição?SC - Para o ano, “a poesia está na rua” terá outro tema, por isso, não sei.

E quanto ao futuro? Algum projecto?SC - O último convite que recebemos foi dos Hot Pink Abuse para fazermos o guarda-roupa deles porque eles acharam interessante o que fizemos com o guarda-roupa dos Godot. Também temos um projecto que envolve reciclagem e roupa mas não quero adiantar nada sobre isso. É um projecto que está numa fase embrionária.

Seis perguntas às criadoras do Texturas

O Texturas decorreu a 20 de Março na carpintaria da emblemática Fábrica do Teles. Mais de que um simples espectáculo de moda, este evento subordinado à poética do têxtil, procurou aliar moda e poesia, fusionando sons, dança e teatro. Soraia Costa (SC), Sofia Torrinha (ST) e Inês Cardoso (IC), criadoras e produtoras do espectáculo receberam-nos no Bar Mali, em Santo Tirso. Saiba como tudo aconteceu pelas pa-lavras destas originais modistas.

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Actualidade

Corria o ano de 1968 quando Rotary International (RI) aprovou o Rotaract como programa oficial da organização, resultante de ini-ciativas esporádicas de clubes rotários que visavam a formação e ocupação de jovens das suas comunidades, muitas vezes fa-miliares de rotários ou jovens universitários. A 13 de Março de 1968, é reconhecido oficial-mente o primeiro Rotaract Club mundial, o Rotaract Club de Charlotte, na Carolina do Norte, Estados Unidos da América, sendo essa data festejada hoje a nível mundial. Nesse mesmo ano surgiram em Portugal os dois primeiros clubes nacionais, Lisboa-Norte e Matosinhos. O Rotaract, enquanto projecto de RI, procura a formação de es-tudantes e jovens profissionais, com idades entre os 18 e os 30 anos, que partilham com o resto do movimento rotário os ideais de Servir e da Paz e Compreensão Mundial. O objectivo fundamental do Rotaract (presente em cerca de 160 países, com mais de 7650 clubes) é permitir aos jovens que o integram o desenvolvimento da ética e de competências de liderança, para que se tornem líderes profissionais de excelên-cia. O serviço à comunidade e a promoção do companheirismo

(o lema dos clubes é “Serviço através do Companheirismo”) estão também sempre presentes nas actividades e reuniões.Os clubes rotaractistas imple-mentam em todo o mundo uma grande diversidade de actividades e projectos, atendendo à estru-turação da organização em redor de quatro áreas de actuação, as chamadas “avenidas”: avenida de serviços à comunidade (em que se integram os projectos desen-volvidos nas comunidades locais); avenida de serviços internacion-ais (que privilegia os projectos transnacionais, nomeadamente através de parcerias com clubes, numa lógica de globalização da qual RI foi precursor aquando da sua criação, em 1905); avenida de serviços profissionais (que pretende o desenvolvimento de competências nas áreas das diferentes profissões); avenida de serviços internos (cuja fi-nalidade é a promoção do com-panheirismo entre os membros dos clubes e o regular funciona-mento do mesmo). No seio de Rotaract não existe qualquer discriminação política, religiosa, ideológica, racial ou de qualquer outra espécie, sendo este um dos pontos de honra de todo o movimento: a aceitação e até a procura da integração de pessoas

de todos os credos, raças e ideo-logias, cujo único critério para aceitação é exclusivamente o desempenho de uma actividade profissional e a partilha dos ideais de serviço e companheirismo.O Rotaract Club de Santo Tirso foi reactivado há cerca de 6 anos, tendo sido criado pela primeira vez na década de 80. Nesse período de tempo, foram inúmeros e diversificados os projectos desenvolvidos nas mais variadas áreas, tendo igual-mente eleito dois Representantes Distritais do Distrito Rotário 1970 (que engloba todo o norte e centro do país, traçando uma linha hori-zontal desde Penamacor até Marinha Grande) – António José Leitão (ano rotário 1989-90), e Ângela Barros (2009-10). O Representante Distrital em exercício é o responsável por congregar e dinamizar os clubes do distrito (existem actualmente cerca de 25 clubes no Distrito 1970), reportando ao Governador de Distrito e às estruturas de RI.Dos tempos idos do clube, na década de 80, ainda hoje são célebres os rally-paper, bem como uma passagem de modelos no restaurante S. Rosendo. Nos últimos 6 anos do clube, acom-panhando a mudança dos tempos, os projectos têm assumido outras vertentes, destacando-se: provas de perícia automóvel; Peditório da Liga Portuguesa Contra o Cancro; confecção e entrega de cabazes de Natal (projecto iniciado pelo Interact Club de Santo Tirso, pre-sentemente organizado pelos dois clubes abrangendo cerca de

200 pessoas nas 24 freguesias do concelho, por quem são distribuí-das cerca de 2 toneladas de bens alimentares); entrega de cadeiras de rodas; apoio a instituições da comunidade (como a ASAS); recolhas de sangue (em conjunto com o Instituto Português do Sangue); Feiras de Saúde com rastreios gratuitos; realização de eventos culturais, entre outros. Reconhecendo os jovens que integram o clube os privilégios da sua localização sócio-geográ-ficos, procuram, para além de suprir as necessidades tirsenses, estabelecer parcerias com clubes e outras entidades, apoiando populações menos privilegiadas. Desde 2006 o clube apadrinha orgulhosamente a Florence, uma menina queniana do Centro Maji-Mazuri, contribuindo para os seus estudos e cuidados de saúde; em 2009 foi realizada uma venda de livros cuja totalidade das vendas

contribuíram para o programa Polio Plus, de RI, para a erradi-cação mundial da poliomielite. São também mantidos contactos internacionais com diferentes clubes: o projecto mais recente pretende a compra de redes mos-quiteiras para recém-nascidos moçambicanos, para protecção da malária. Para além destas ac-tividades, existem momentos de companheirismo, traduzidos em 5 eventos distritais, onde os clubes de todo o distrito (ou país) se reúnem para partilha de experiên-cias e consolidação de laços. São dias de puro prazer de onde se sai revigorado na vontade de servir e de “dar de si antes de pensar em si”, lema basilar do movimento.

Ângela BarrosPast-Presidente Rotaract Club de Santo Tirso

Em Santo Tirso existem actualmente quatro clubes da família rotária internacional: o Rotary Club de Santo Tirso, já no seu trigésimo nono ano de existência, e os clubes por ele patrocina-dos, o Interact Clube de Santo Tirso, o Rotaract Club de Santo Tirso, e mais recentemente, o Rotary Kids Club de Santo Tirso, com membros entre os 8 e os 14 anos de idade (onde o Rotaract Club desempenha um papel preponderante acompanhando as reuniões e actividades).

O Rotaract Club de Santo Tirso reúne semanalmente aos Sábados, às 17h, na sede do Rotary Club de Santo Tirso, na torre 2 do Mercado Municipal. Todos são bem-vindos a comparecer às reuniões, ou a procurar informações sobre o clube e actividades em www.rotaractsantotirso.net. Informações sobre o movimento encontram-se em www.rotary.pt e www.rotary.org.

Quem diria que a Associação “AB92 - União Desportiva e Cultural de Santo Tirso” recuperasse tão depressa e de forma tão briosa como o fez? Face à degradação das instalações e de-pois de um conflito entre a direcção e a Câmara Municipal, com ditos e desditos na imprensa local, com acusações mútuas, com a primeira a acusar a segunda e vice-versa, poucos eram aqueles que acredita-vam na recuperação das instalações e de uma associação de matriz desportiva que envolve com mais de três dezenas de jov-ens.Com as instalações completamente degra-dadas, com a água da chuva a entrar pela cobertura e paredes, com portas e janelas partidas, a área devassada e todo o espaço envolvente coberto de mato, agravado com a condição daquele espaço ser privado (pertencente à Associação), e com o con-flito instalada entre a autarquia e o presi-

dente da Associação, poucos acreditariam na sua recuperação tendo em conta as características pessoais dos presidentes em questão e à falta de meios financeiros para a realização das obras que teriam de ser apoiadas, sabendo que por si só a Associação não tinha meios financeiros para o fazer.

Com mediação do presidente da junta de Santa Cristina do Couto, foi restabelecida a “paz” e as negociações entre a Câmara

Municipal e a direcção da Associação retomadas, que culminou com a visita de Castro Fernandes que se fez acompanhar dos respectivos técnicos municipais, àquelas insta-lações.Com o apoio da Câmara, as obras arrancaram, transformando aquilo que já estava a ser um antro de toxi-codependentes, num local de en-contro, de lazer e de desporto.Alem da recuperação de edifício, agora com um snack/bar de apoio, e a remodelação de todo os bal-neários, o campo será revestido com relva sintética que dará aquele recinto outra qualidade e será menos perigoso para os utilizadores, nomeadamente para os jovens, que lá disputam os torneios con-celhios.Com a oferta deste equipamento despor-tivo que serve os jovens deste concelho,

ou quem dele quiser usufruir, pena é que não seja contemplado com umas banca-das (que até o próprio terreno “pede”) para que os pais, familiares, amigos e toda a as-sistência se sintam mais confortáveis e não só, a obra ficaria efectivamente concluída.

Vítor Lemos

Renascer das cinzas

“Com o apoio da Câmara, as obras arrancaram, transformando aquilo que já estava a ser um antro de toxicodependentes, num local de encontro, de lazer e de desporto.”

ROTARACT CLUBE DE SANTO TIRSODesde 2003 a Servir através do Companheirismo

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Autárquicas 2009

Santo Tirso HOJE: Depois de ter integrado movimentos independ-entes, como explica esta candidatura pelo PSD?

Carlos Saldanha: Com naturalidade, foi de facto com muito gosto e sem qualquer hesitação, que aceitei o convite que me foi dirigido pelo Presidente da Comissão Politica do PSD e pelo Drº João Abreu, para liderar uma equipa concorrer nas próximas eleições à Junta da Vila de Rebordões. Quero fazer parte de um projecto colectivo de mudança que a candidatura do Drº João Abreu à Câmara Municipal de Santo Tirso protagoniza, faço-o principalmente por Rebordões, mas entendo que a mudança tem de ser mais abrangente.

STSH: Conta já com alguns anos na Assembleia de Freguesia, afinal o que o move?

CS: A Vila onde eu nasci, e que está no meu coração, e os Rebordoenses. São estes anos de presença constante na Assembleia de Freguesia, e o conheci-mento profundo dos problemas da minha terra e das suas gentes, que continuam a motivar-me. Rebordões é o espelho do esquecimento e da estagnação.Em tantos anos de poder socialista na Junta e na Câmara Municipal, a Vila de Rebordões, que é uma das maiores freguesias do concelho, continua na cauda do desenvolvimento. Está na hora de mudar, quero ver

os Rebordoenses mais atentos aos problemas da sua freguesia, mais activos, mais interventivos, e principal-mente, com maior capacidade de reivin-dicação. Quero que os Rebordoenses sintam o pulsar da sua terra e que tenham consciência das suas poten-cialidades.

STSH: Mas sente que as populações se têm alheado dos problemas da sua comunidade?

CS: Em certa medida, tenho sentido algum receio das populações em inter-virem na vida politica e na vida asso-ciativa, fruto de algum desânimo, e de alguma cultura de conformismo e de res-ignação que se instalou das populações de Santo Tirso, e por consequência, também em Rebordões.

STSH: Quais são no imediato os seus propósitos?

CS: Com a devida oportunidade, ap-resentarei em primeira-mão aos Rebordoenses as linhas mestras do programa eleitoral que já está na minha mesa de trabalho. No entanto, pretendo que Rebordões saia da penumbra em que está mergulhado e volte a afirmar-se como um pólo de desenvolvimento, porque tem condições e potencialidades para perseguir esse objectivo. É preciso acabar com a lógica da mendicidade, ou como diz o povo “do chapéu na mão”. É necessária mais ousadia. É preciso fazer cumprir a lei das finanças locais. É preciso exigir aquilo a que temos direito, de acordo com a dimensão da Freguesia, quer em população, quer em quilómetros quadrados.Quero também imprimir uma nova dinâmica à Assembleia de Freguesia, dignificando-a, e fazendo dela o centro do debate dos problemas da terra. Quero imprimir rigor à gestão da junta, utili-zando com critério, os recursos postos á sua disposição, e ter em atenção as verdadeiras prioridades da freguesia e dos Rebordoenses. Quero cumprir os planos de actividade, que devem ser documentos estratégicos e ponto de orientação da actividade da Junta, e por isso, devem ser produzi-dos com realismo.

Perfil do candidatoCarlos Manuel Fernandes Saldanha, 56 anos de idade, natural e residente em Rebordões. Inscrito na Direcção Geral de Contribuições e Impostos como Técnico Oficial de Contas.

No seu curriculum profissional consta entre outras, a chefia do departamento geral da EDP, tendo posteriormente passado para o sector de contabilidade.

A nível associativo, foi dirigente da Sociedade Recreativa Rebordoense, Associação da Tuna Musical de Rebordões e Presidente da Assembleia-Geral da Associação Recreativa de Rebordões.

A nível politico, desde 1997 que vem exercendo funções como membro da Assembleia de Freguesia de Rebordões.

Carlos Saldanhacandidato à junta de Rebordões

O PSD iniciou formalmente a pré-campanha para as eleições Autárquicas que terão lugar em Outubro de 2009.Depois de colocação de 12 out-doors, com mensagens fortes e incisivas sobre a governação socialista na Câmara Municipal ao longo dos últimos 27 anos, o PSD, apresentou no dia 18 (sábado), pelas 18 horas na sede concelhia, o candidato à Junta de Freguesia de Rebordões. Carlos Manuel Fernandes Saldanha é a escolha do PSD para liderar a lista a esta Freguesia, que é uma das maiores do concelho.Para o líder do PSD Alirio Canceles, o PSD não poderia fazer melhor escolha, já que Carlos Saldanha é um homem da terra, sobejamente conhecido pelas inegáveis qualidades técni-cas e humanos, e com uma vasta experiência politica e de serviço público invulgar. Depois de vários

anos sem apresentar lista própria na Freguesia de Rebordões, onde em 2005 o PSD obteve o pior re-sultado para a Câmara Municipal, a opção por Carlos Saldanha que corporiza um projecto gan-hador e ambicioso, constitui um facto histórico. Aliás, foram estes factores que estiveram na origem da escolha da freguesia de Rebordões para o lançamento público da primeira candidatura à Juntas de Freguesia. O PSD tem a certeza que com Carlos Saldanha na Presidência da Junta da Vila de Rebordões, esta encetara um processo de afirmação, que jus-tifica, merece e vai de encontro á sua história. Esta candidatura constitui uma pedrada no charco e marcará uma viragem na forma e no estilo de fazer politica neste Freguesia. Já João Abreu, candidato à Câmara Municipal, referiu que estava muito satisfeito por ter

o Carlos Saldanha na nossa missão de mudança, por ter o Carlos Saldanha como candi-dato do PSD, por ter um homem que revelou uma excepcional postura de dedicação, humil-dade, vontade e aceitou fazer parte de um combate importantís-simo, para bem da sua terra, Rebordões, e do concelho de Santo Tirso. Tem percurso profis-sional, experiência de gestão, historial associativo, participação política activa e uma total dis-ponibilidade para a causa pública. Para João Abreu, Rebordões e Santo Tirso precisam de homens e mulheres de compromisso. Não precisam de homens e mulheres que se pretendem esconder atrás da capa da independência, sendo mais dependentes que todos os outros. O Carlos Saldanha é um homem independente, porque é um homem de compromisso as-sumido com o que pensa e o que

quer. E é um homem livre de pressões, de bastidores e de jogos de conveniên-cia para estar ao serviço do poder actual. Qualquer que ele seja. “Conheço-o e posso dizer isso sem qualquer risco”. Carlos Saldanha é um homem de afectos, que sabe ser discreto e actuar em equipa, acho que o PSD tem em Rebordões um grande candidato, um futuro Presidente da Junta. E tem em Rebordões alguém que con-tribuirá para o grande desafio da mudança de paradigma na gestão da Câmara Municipal e das 24 Juntas de Freguesia do nosso concelho. João Abreu terminou a sua intervenção dirigindo-se a

PSD EM PRÉ-CAMPANHA PARA AS AUTARQUICAS

Carlos Saldanha “.. pode contar comigo, com o PSD e com as re-stantes candidaturas locais para traçar em Rebordões um caminho de vitória. Rebordões merece. Rebordões merece-o!”

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Freguesias

Presidente da Câmara visitou obras de requalificação em curso ou já concluídas. 2,5 Milhões de euros investidos em habitações sociais, no novo cemitério, no polidesportivo e nas Escolas 1, 2, 3.

Castro Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, efectuou, no sábado 18 de Abril, uma visita à freguesia de Vilarinho. Recebido por Tarcisio Silva, presidente da Junta de Freguesia e por José Ferreira da Costa, presidente da Assembleia de Freguesia, o autarca municipal iniciou a sua visita de trabalho no edifício-sede da Junta, edifício renovado ao longo dos últimos seis anos através de um subsí-dio camarário de 44 500 euros. Acompanhado por Ana Maria Ferreira, vereadora, e por técni-cos dos departamentos de obras municipais, de planeamento e habitação e da divisão de acção social, Castro Fernandes enalte-ceu os investimentos aplicados na zona envolvente, congratu-lando Tarcisio Silva pela coop-eração demonstrada pela Junta: “o Presidente da Junta sabe valorizar o diálogo e, por isso, é mais fácil chegar às soluções

para os problemas locais”. Por sua vez, Tarcisio Silva considerou que, pela qualidade das obras e equipamentos construídos na freguesia, “Vilarinho caminha na direcção certa e continua rumo ao futuro”. Entre as obras referi-das por Castro Fernandes, repre-sentando um investimento global de 2,5 milhões de euros, encon-tram-se o alargamento e requali-ficação do Cemitério, avaliado em 608 mil euros e o polidesportivo (obras iniciadas em 2003), actual-mente em fase final de construção e que acarretou um custo de 187 mil euros, assim como os arranjos exteriores nas Escolas da Presa (61 mil euros). Além disso, foi igualmente investido 1,5 milhões de euros na criação de um con-junto habitacional de cariz social. “Com o programa municipal da rede de alojamento, acho que foi dado um grande salto qualitativo porque se conseguiu resolver o problema de 24 famílias que não

tinham outra forma de ficarem alo-jadas”, declarou o Presidente da Câmara. Por outro lado, Castro Fernandes realçou o esforço desenvolvido com o pároco da freguesia no intento de solucionar alguns problemas decorridos nas salas de catequese, na residên-cia paroquial e na Igreja de São Miguel. Castro Fernandes men-cionou, igualmente, a aprovação pelo Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES) da construção de um nova creche, ao cargo do Centro Social e Paroquial de Vilarinho. De seguida, foi, ainda, abordado pelo autarca, o inicio marcado para breve da segunda fase da construção de um sistema de drenagem de esgotos que to-talizará uma extensão de 25 km, num investimento de cerca de dois milhões de euros: “É uma obra que tem demorado mais do que se pensava mas temos exer-cido uma grande pressão junto da

Indaqua para que esta inicie com rapidez a obra de ligação domés-tica”. Quanto ao abastecimento da água, foi dado como concluída uma conduta adutora com 9 km e três reservatórios com capacidade de 2600 m3 para servir Vilarinho e São Mamede de Negrelos. No decurso da visita, foram tam-bém inspeccionadas varias locali-dades de Vilarinho onde decorrem ou já foram concluídas obras de requalificação. Como explicou Tarcisio Silva: “esta visita de tra-balho não vai ser feita de trabalho mas sim de obras”. O roteiro de visita das obras incluía a Travessa do Lage, onde figurará o futuro

centro de escuteiros, a Rua da Lamela (construção de passeios e sistemas de drenagem), a Capela Mortuária, a Rua das Insuas (ter-raplanagens), a Capela de Nº Sra. Das Dores (requalificação sub-sidiada em 29 mil euros), a Rua Carvalhos do Monte, a Rua da Escola (alargamento de estradas, construção de passeios e arranjos exteriores), a Rua da Moura (pavi-mentação subsidiada em 10041 euros) e a Zona Desportiva de Vilarinho (187 133 euros) cujos fu-turos arranjos urbanísticos estão avaliados em 56700 euros.

Castro Fernandes visita Vilarinho

VILARINHO

Aquando da visita de Castro Fernandes à zona desportiva de Vilarinho, Manuel da Cunha, residente na área envolvente, protagonizou um acontecimen-

to pouco usual. Revoltado, o Vilarinhense irrompeu protestan-do contra a comitiva municipal, reivindicando por condições básicas. Questionado sobre os motivos do seu descontenta-mento, Manuel da Cunha é per-emptório: “Povo que trabalha não come pão de ninguém… sou residente do loteamento municipal e quando comprei o terreno aqui em 1992, já estavam prontas as guias para fazer saneamentos e os passeios. Hoje, 19 anos depois, ainda não estão prontos. O Presidente prometeu-me, hoje mesmo, que as obras iriam ser feitas mas a promessa não vêm de hoje, já vem pelo menos de há dez anos atrás”.Enquanto protestava, Manuel da Cunha perguntou à comitiva municipal se lhe era permitido construir, por iniciativa própria um passeio à porta de casa: “eles recusaram porque senão

eu fazia-o. Tenho vergonha de que, vinte anos depois, ainda nem sequer temos passeios… Aqui é a sala de visita de Vilarinho, é aqui que vêm mais gente de fora”. Sobre este assunto, Emília Lobo, residente na mesma rua desde 1996, aponta o incómodo que as ervas e a terra poeirenta que constituem o passeio lhe causam: “era preciso eles passarem aqui amiúde para limpar e rapar as ervas porque isto toca-nos a nós. Acho que isto está uma valente porcaria, estamos aqui esqueci-dos”. Além da requalificação da via pública, os moradores do Loteamento Municipal clamam igualmente por uma intervenção na área envolvente. “Fez-se, aí, um ringue que têm 25 anos de atraso, é um ringue que já não se usa neste tempo mas para enganar meninos é isto que eles fazem. Isto não interessa a nossa

juventude. Há dez anos atrás, a Câmara recusou-se a instalar uma piscina e um ringue quase oferecido em Vilarinho”, referiu Manuel da Cunha.Por outro lado, a falta de equi-pamentos e serviços de necessi-dades básicas são, segundo o vi-larinhense, o flagelo da freguesia: “No que toca à distribuição de água, ainda não morremos à sede porque vai chovendo. Temos aqui um rio perto mas se essa água não serve para eles também não serve para nós… os sinais de trânsito que havia já caíram de podres, que eu saiba só há dois sinais de trânsito na freguesia… também não temos nenhuma caixa multibanco se bem que quanto a isso, nem a câmara tem culpa, aqui só não falta é desem-prego”. Por esses motivos, Manuel da Cunha recorda ainda que, há quatro anos atrás, uma parte

considerável da população de Vilarinho ponderou a mudança de concelho, tendo sido organi-zado um abaixo-assinado: “a população reivindicou a mudança de concelho para Vizela porque não está satisfeita com a Câmara Municipal de Santo Tirso – somos o cu do concelho – se pudésse-mos o sol não chegava à Câmara de Santo Tirso. Somos contra aqueles que dirigem porque deviam olhar mais para nós e não para o umbigo deles”.Além disto “estamos cansados de ouvir o Sr. Presidente da Câmara falar sempre nas mesmas obras quando passa por Vilarinho”.

Populares revoltados contra a Câmara Municipal

Residentes do Loteamento Municipal clamam por mais atenção. Falta de condições básicas e suspensão constante da requalificação da área são os motivos do descontentamento.

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Freguesias

No período Antes da Ordem do Dia, um membro da lista JPSM demonstra, de forma convincente, o seu desagrado face à rua do Património, nomeadamente o seu estado de conservação relativa-mente à sua recepção das águas pluviais.Disse, também, que há outras ruas na freguesia que foram in-tervencionadas mais cedo do que deviam, no seu entender, pois a rua em questão está no estado mencionado há cerca de 30 anos.A Junta responde que está de acordo, mas a sua politica tem objectivos definidos. Ou seja, está à espera que o saneamento seja feito na dita rua para assim a remodelar. De outra forma, seria gastar dinheiro mal gasto. Outras ruas foram intervencionadas por entender que estavam em pior estado, em particular, a falta de pavimento, o que não é o caso da rua do Património.No período da Ordem do Dia, dis-cutiram-se os seguintes pontos: Informação do Presidente da Junta. Diz que a rua da Paz está em execução; a travessa da Paz está concluída; a travessa de Curros está em concurso, assim como a rua da Padaria. A rua de Curros está em estudo por causa do problema das águas pluviais.Outras informações foram dadas. A colocação de sinalização in-formativa, e diversos eventos culturais e programas ocupacion-ais que tiveram lugar.Por fim, a Junta anuncia que concorreu a um subsídio para a construção, no Largo de S. Rosendo, de uma mini - biblio-teca.Nos restantes pontos discutiu-se o Inventário de 2008, uma proposta de Documentos de Prestação de Contas de 2008, uma proposta de revisão do PPI e

a apreciação de uma proposta de Regulamentação de Concessão de Jazigos em altura.Todas elas foram aprovadas por maioria.No espaço aberto à intervenção do público, um membro afecto à CDU propõe algo inédito, não só respeitante à freguesia, mas também a nível nacional. Ou seja, quis, com a sua intervenção, alertar as consciências de que existem procedimentos que não são os mais correctos.Referia-se, concretamente, à poupança de electricidade, energia importada em larga escala que muito contribui para o desequilíbrio da balança comercial do país. Ora, um ou outro local da freguesia que tem a sua própria iluminação, o Largo de S. Rosendo, por exemplo, deveria reduzir esta a partir de horas tardias da noite, à excepção de épocas festivas do ano, pois o dito recinto faz face com uma boa iluminação da Estrada Nacional 319.E isto multiplicado por mais de 4000 mil freguesias comporta-das pelo país que terão, certa-mente, exemplos destes. Em suma, o próprio Estado deveria dar o exemplo, em vez das suas mais ilustres personalidades, o Primeiro-Ministro e o Presidente da República, apelarem, apenas, por alturas do Natal e Ano Novo, a que o povo poupe energia.A Junta concorda plenamente com esta posição, mas diz nada poder fazer relativamente à ilu-minação em causa, visto que a mesma está ligada à rede pública.

José Carlos Sousa

Assembleia de Freguesiade 20 de Abril de 2009

SÃO MIGUEL DO COUTO

Foram inauguradas, no pas-sado domingo 19 de Abril, as obras de ampliação do Cemitério de Sequeiró. A cerimónia de in-auguração foi protagonizada, após a missa dominical, pelo Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Castro Fernandes

e por Augusto Oliveira Moutinho, Presidente da Junta de Freguesia de Sequeiró. O páro-co da freguesia, Reverendo José Carlos, tomou igual-mente parte da ce-

rimónia, benzendo o cemitério novo depois de descerrada a lápide. No discurso que apresen-tou, Augusto Oliveira Moutinho manifestou o seu contentamento pela “grandeza” da obra que, sublinhou, “há anos atrás, pen-savam ser um sonho que nunca mais se iria realizar”. Por outro lado, Castro Fernandes salientou que a remodelação do cemitério “ultrapassa o âmbito autárquico e político e por isso a câmara e a junta uniram-se num esforço comum, o esforço de servir, com equipamentos, a população”. “O respeito que nós temos por estes

locais é muito e é dentro deste es-pírito que espero que tenhamos respeitado as tradições da Igreja Católica e que tenhamos honrado os nossos antepassados, aqui sepultados” considerou, ainda, o autarca.Recorda-se que as obras de re-modelação do cemitério, projecta-das por Nuno Pinto, arquitecto da Câmara Municipal, envolveram um custo de 95 000 euros.Esta obra vai de encontro aos an-seios da freguesia de Sequeiro e marca de forma significativa o mandato do Presidente Augusto Moutinho

SEQUEIRÔ

Ampliação do Cemitério de Sequeiró inaugurada

Esta obra vai de encontro aos anseios da freguesia de Sequeiro e marca de forma significativa o mandato do Presidente Augusto Moutinho

VILA DAS AVES

Em comunicado a que teve acesso o santo tirso hoje, os Socialistas acusam o deputado Rui Miguel de ter dirigido insultos na Assembleia de Freguesia que se realizou no dia 18 de Abril para aprovar as contas respeitantes à gestão de 2008.No comunicado, os socialista apontam o dedo ao deputado Rui Miguel, aquém exigiram um pedidos formal de desculpas. Helena Miguel, sentiu-se insulta-da pelas palavras do deputado e resolveu abandonar a Assembleia de Freguesia, atitude em que foi acompanhada pelo seus pares, segundo o comunicado do PS, por questões de solidariedade politica. Tendo a deputado Helena Miguel optado por se sentar no lugar reservado ao público, quando os restantes elementos abandonaram o salão nobre. O comunicado em causa, não concretiza quais os eventuais in-sultos perpetrados pelo jovem Rui Miguel, que justifique este posição radical e inédita dos deputados do PS.O deputado do PSD Rui Miguel, em declarações ao santo tirso hoje, repudia as declarações do PS que considera que falseiam

a verdade dos factos, que foram testemunhados por dezenas de Avenses. Para Rui Miguel, a dep-utado Helena Miguel não conseg-uiu disfarçar a sua natural e usual irritação, quando os seus pares votaram favoravelmente uma proposta no sentido de envolver os deputados dos dois partidos numa carta a enviar ao Senhor Presidente da Câmara, a propósi-to do pagamento do prometido a aprovado subsidio referente à Quinta do Pinheiros. A deputada Helena Miguel contrariou os seus camaradas e votou contra, o que causou um enorme embaraço ao PS, justificando que esta proposta era ilegal. Ora, ao fazer estas afir-mações Helena Miguel, por um lado, mostrou que não conhece as leis e o regimento da AF, o que é grave para uma deputada com responsabilidades politicas, e por outro, embaraçou o seus cama-radas, porque objectivamente os acusou de terem cometido uma ilegalidade. A referida proposta foi aprovada por maioria com os votos do PSD e dois votos (dos 3 presentes) do PS. Na declaração de voto, o deputado Rui Miguel dirigiu-se à deputado Helena Miguel aquém acusou de ignorar

a Lei, tomando ela esta afir-mação como um insulto, o que obviamente causou muita per-plexidade aos presentes. Para Rui Miguel, a deputada Helena Miguel mostrou claramente que não está na Assembleia de Freguesia para defender os interesses de Vila das Aves e dos Avenses. Para Rui Miguel, sempre que as coisas não correm de feição ao PS, estes inventam estas mano-bras de diversão, para bran-quear a sua incapacidade. Os Avenses já estão habituados. O PS deveria no seu comuni-cado explicar se a proposta do PPSD votada favoravelmente pelos dois deputados do seu partido é ou não legal, assim ficaria a saber-se, quem neste processo diz a verdade e per-ceber quem é afinal a depu-tado Helena Miguel.Também no comunicado o PS não esclarece, e isso era ped-agogicamente importante, que a deputado do Helena Miguel ignora as leis em vigor, o regi-mento e as mais elementares regras éticas, ao pretender usar da palavra no período reservado ao público. Mas não, o PS foi cometido de uma crise de amnésia e limi-tou-se a fazer acusações sem concretizar nem especificar.

DEPUTADOS DO PS ABANDONAM ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA8

ConcelhoLEI DA PESCA NAS ÁGUAS INTERIORES

Lei n.º 7/2008, de 15 de Fevereiro

Lei da pesca nas águas interiores

A Assembleia da República decreta,

nos termos da alínea c) do artigo

161.º da Constituição, o seguinte

CAPÍTULO VI

Responsabilidade criminal, contra-

ordenacional e civil

Artigo 31.º

Contra-ordenações

1 — Constituem contra-ordenação as

seguintes infracções:

a) A detenção ou a pesca e não

devolução imediata à água de

espécimes de espécies aquícolas

cuja captura não esteja autorizada,

é punida com coima de valor mínimo

de € 5000 e máximo de € 50 000, no

caso de pessoa singular, e de valor

mínimo de € 10 000 e máximo de €

70 000, no caso de pessoa colectiva;

b) A pesca fora do período designado

por jornada de pesca ou fora dos re-

spectivos períodos de pesca é punida

com coima de valor mínimo de €

5000 e máximo de € 50 000, no caso

de pessoa singular, e de valor mínimo

de € 10 000 e máximo de € 70 000,

no caso de pessoa colectiva;

c) A utilização de quaisquer meios

ou processos de pesca que não se

destinem a capturar o peixe pela

boca, ressalvando a prática da pesca

profissional em conformidade com o

disposto na presente lei e sua regu-

lamentação, é punida com coima de

valor mínimo de € 5000 e máximo

de € 50 000, no caso de pessoa

singular, e de valor mínimo de € 10

000 e máximo de € 70 000, no caso

de pessoa colectiva;

d) A transferência de espécies

aquícolas para repovoamento das

águas interiores, fora das condições

previstas no artigo 15.º, é punida com

coima de valor mínimo de € 5000

e máximo de € 50 000, no caso de

pessoa singular, e de valor mínimo de

€ 10 000 e máximo de € 70 000, no

caso de pessoa colectiva; (…)

CAPÍTULO VII

Fiscalização da pesca e receitas do

Estado

Artigo 36.º

Fiscalização da pesca

Sem prejuízo das competências das

demais entidades, a fiscalização do

cumprimento das disposições da

presente lei e legislação comple-

mentar incumbe à Guarda Nacional

Republicana. (…)

A pesca desportiva no Rio Ave carece de fiscalização. Segundo depoimentos recolhidos por este jornal, o Rio Ave têm sido alvo de sucessivas transgressões às normas de conservação dos recursos aquícolas. Para o descontentamento dos pes-cadores de Santo Tirso, a retenção e o transporte de peixes vivos cuja captura não é autori-zada, acontecem diariamente nas margens do Ave. Francisco Alves, pescador despor-tivo e residente em Santo Tirso, afirma-se indignado e preocupa-do com o aparente desinteresse das autoridades: “toda a gente sabe que alguns pescadores vêm aqui capturar peixes para leva-los para outras zonas. Outros matam e levem o peixe embora quando este é impróprio para consumo. As autoridades têm conhecimen-to desta situação mas sempre que lá vou dizem-me para tirar a matrícula ao carro, para fazer isto ou aquilo, mas tal coisa, para mim, não serve de base”. O pescador tentou igualmente obter apoio dos serviços municipais: “

tentei resolver o problema junto do vereador da Câmara Municipal de Santo Tirso mas aconsel-haram-me a participar o caso às autoridades. Já é óbvio que, quanto a isso, a GNR, a PSP ou a Guarda-florestal nada fazem”. Recorda-se que a maioria das espécies de peixe, existentes no Rio Ave, está protegida, durante o período de desova, pela legis-lação em vigor. Em causa, está a renovação sustentável dos es-pecímenes aquícolas. O simples uso de mangas ou redes durante a época de desova, por exemplo, pode acarretar a exposição das ovas a predadores naturais. “O que muitos não sabem é que por cada peixe morto ou retido durante este período, podemos estar a matar entre quatro a cinco mil peixes que é a perspectiva de desova. Sem protecção, vai-se tirando cada vez mais os peixes que deviam dar criação até que o rio passa a não ter nada”, explicou, ainda, Francisco Alves. Na opinião do mesmo, “pescar não é sinónimo de matar”.

PESCA NORIO AVE SEM

FISCALIZAÇÃO

Pescador de competição, Francisco Alves alerta para o possível fiasco do próximo campeonato nacional de pesca desportiva que decorrerá nas margens do Ave, no dia 6 de Setembro: “Vai ser muito difícil criar aqui as condições para a pesca desportiva porque, por essa altura, começa a diminuir o caudal. O nível da água baixa à volta de um metro e meio, dois metros. Desde o açude junto da ponte do rio até a determinado ponto da fábrica do Malhado, ficamos sem água suficiente para pescar. A única solução é reparar o açude junto da antiga fábrica do Teles”.Este amante da pesca desportiva demonstra também alguma perplexi-dade perante a gestão municipal do rio: “Não entendo porque estão com tanto trabalho a limpar as margens do rio por causa do campeonato quando as condições básicas para a realização desse evento não estão criadas. Estão a desperdiçar dinheiro numa coisa que não terá aprovei-tamento”.

CAMPEONATO NACIONAL EM RISCO?

Este é o tema de discussão em todos os cantos e esquinas nos locais onde houve obras de “repavimentação” de arruamentos em mau estado.Inicialmente começaram por dizer que não era sem tempo. No final, depois de concluído o trabalho, começaram a contestar por não estarem satisfeitos com a repavi-mentação realizada.As reacções foram as normais de uma população que paga im-postos, dado que a informação recebida era que as ruas iam ser efectivamente repavimentadas.

Em vez da pavimentação ou repavimentação anunciada, a Câmara Municipal resolveu aplicar lamas asfálticas sobre pavimen-tos degradados, nomeadamente em algumas ruas no Foral e em todas as ruas do loteamento do Juncal. Nessas ruas, foi aplicado um microaglomerado a frio ou "Slurry Seal", conhecida também por “Lama asfáltica” sem qualquer característica de enchimento ou regularização. Como se sabe, as características fundamentais deste material, são a impermea-bilização e selagem de fissuras

em pavimentos não muito deformados, ou para tratamento prévio de pavimentos fis-surados, tendo vista o retardamento da propagação das fissu-ras para posterior apli-cação de uma camada de desgaste. A vantagem desta operação cos-mética, é de ser de aplicação rápida e muito barato, eficiente quando aplicado conveniente-mente mas, de eficácia reduzida e de curta durabilidade quando se altera as suas técnicas de apli-cação.Pelo que me apercebi, parece que alguém quis transmitir algo que

A Câmara está a levar a efeito a “repavimentação” de várias ruas no concelho

não correspondeu à verdade.Para o caso pouco importa quem, e com que objectivos, mas ao fazê-lo conseguiu provocar uma reacção negativa que poderia ser evitada se tudo fosse devida-mente explicado.

Vítor Lemos

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...

Quanto aos Jornais, aqui apre-senta-se uma relação cronológ-ica desde 1882 a 1954. São eles:

* O Jornal de Santo Thyrso (1882), fundado por José Bento Correia, passou por três estabelecimen-tos diferentes bem como por três direcções diferentes durante a sua existência;

* Aurora Thyrsense (1892), semanário, político, noticioso, literário e científico. Publicaram-se nove números, impressos na Tipografia Minerva – Famalicão, sendo o lucro da venda destinado a estabelecimentos de beneficên-cia;

* Semana Tirsense (1898), semanário noticioso, fundado por Adriano de Sousa Trepa;

* Lucta Operária (1910), semanário defensor das classes operárias, comércio e industria, impresso na Tipografia Minerva – Famalicão, sendo o n.º 7 o último da colecção da Biblioteca do Porto;

* O Democrata (1912), impresso pela Tipografia Minerva – Famalicão, passou, em 1913, para a Tipografia Gráfica – Porto, sendo o último número da colecção da Biblioteca Municipal do Porto o 7º do terceiro ano (1914);

* O Peto (1912), quinzenário hu-morístico. De entre os vários dirigentes, foi com José Cardoso de Miranda que se publicou um número, sem indicação de data, no Carnaval de 1923;

* O Gaio (1913), quinzenário neutral, literário, humorístico e noticioso, passou pela Tipografia

do Jornal de Santo Thyrso, pela Tipografia Minerva – Famalicão, pela Imprensa Comercial – Porto e pela Tipografia Central – Santo Tirso, sendo que o último número da colecção da Biblioteca Pública Municipal do Porto é o 100 (1917);

* O Rebate (1913), órgão Republicano local, impresso pela Tipografia Minerva – Famalicão desde o 1º número. A partir do nº 22 passou para a Tipografia da Semana Tirsense, terminando a publicação em 1916 com o nº 28 do terceiro ano;

* O Povo (1917), órgão do Partido Republicano Português, impresso pela Tipografia Tirsense, passando à Tipografia Minerva – Famalicão a partir do 5º número do mesmo ano, sendo o último número existente na Biblioteca do Porto o nº 30;

* O Espião (1920), quinzenário humorístico, 3º e último número impresso no mesmo ano pela Tipografia de A Ideia – Fafe;

* O Progresso da Trofa (1920), quinzenário noticioso, humorístico e literário, deu continuação a O Espião (referido acima). Terminou com o nº 24 em 1921, impresso pela Tipografia de A Ideia – Fafe;

* Boletim Paroquial (1920), fundado pelo Padre Silva Gonçalves, sem mais informação sobre esta publicação;

* O Dever (1921), quinzenário defensor do Partido Republicano Português, impresso pela Tipografia Central – Santo Tirso, sendo que o último número da colecção da Biblioteca Nacional do Porto é o nº 7;

* Eco de Negrelos (1921), semanário regionalista que publicou o 1º número na Tipografia Tirsense e publicou o nº 17 do 2º ano quando passou a chamar-se Ecos do Ave;

* O Agricultor (1921), órgão da Escola Móvel Agrícola Souza Cruz, sendo o 9º o último da colecção da Biblioteca Municipal do Porto;

* Ecos do Ave (1922), passou pela Tipografia da Acção Católica – Braga, pela Tipografia Peninsular – Figueira da Foz, pela Tipografia Minho Gráfica – Braga, sendo o nº 36 o último que se encontra na colecção da Biblioteca Municipal do Porto;

* O Trofense (1927), quinzenário independente, passou pela Tipografia de Albérico Silva – Fafe e pela Tipografia Minerva – Famalicão. Suspendeu a pub-licação com este título no nº 8, passando a intitular-se Ecos da Trofa, sendo que desta nova série foram publicadas 6 números. Regressou em 1928 O Trofense e o nº 194 é o último da colecção da Biblioteca do Porto.

Alexandre Lima Carneiro nasceu em Areias, concelho de Santo Tirso, a 2 de Junho de 1898. Em 1922, terminou o curso superior de Medicina no Porto. Nesta cidade, foi docente na Faculdade de Ciências, depois de concluída a sua tese de doutoramento, com a classificação de 18 valores. Os seus numerosos trabalhos, em especial sobre as águas termais das Caldas

da Saúde (de que foi director), foram reconhecidos e a sua voz escutada em muitos congressos, no país e no estrangeiro. Foi secretário das comissões portugue-sas na defesa de trabalhos na área da Etnografia e da Hidrologia, por exemplo em Liége, na Bélgica, ou em Copenhaga, na Dinamarca. Foi presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, entre 1951 e 1959.

Esboço biográfico sobre o autor

Imprensa Periódica Tirsense (1882 – 1954)Resumo da obra (linhas mestras)

CARNEIRO, ALEXANDRE LIMA (1955).IMPRENSA PERIÓDICA TIRSENSE(1882 – 1954).

Autor: CARNEIRO, Alexandre LimaAno de elaboração: 1954Ano de publicação/impressão: 1955Título completo da obra: Imprensa Periódica Tirsense (1882 – 1954)Tema PRINCIPAL: História do JornalismoLocal de edição: PortoEditora (ou tipografia, caso não exista editora): Porto (Separata de O Concelho de Santo Tirso – Boletim Cultural – Vol. III – N.º 4)Número de páginas: 11

Cota na Biblioteca Nacional e noutras bibliotecas públicasCota da Biblioteca Pública Municipal do Porto: I3-5-28-P.1 (11)Cota da Biblioteca Nacional: B. 3152 V.

Esta obra é uma resenha histórica e cronológica dos jornais e revistas publicados no concelho de Santo Tirso desde 1882 até 1954.

Relativamente às revistas, esta obra apresenta uma relação cronológica das publicações desde 1886 a 1954, e são elas:

* Álbum do Minho (1886), que se dedicava à arte e literatura e publicou apenas três números;

* O Ave (1912), também ligada à arte e literatura e publicou um único número;

* Mensageiro de S. Bento (1931) passou por várias tipogra-fias, entre as quais a Pax, de Braga, e a Portuense, dirigida nos três primeiros anos pelos 2º e 3º Priores Conventuais de Singeverga;

* Brotéria – Série Científica (1932), dedicada exclusivamente à publicação de trabalhos de in-vestigação, publicava, em 1955, o seu XXIII volume, dirigido pelo Padre Afonso Luisier e impresso na tipografia Minerva (Famalicão);

* O Nosso Colégio (1936), passou por vários directores (na sua maioria líderes religiosos), bem como por várias tipografias (Porto, Barcelos, Famalicão);

* Liturgia (1947), durou cinco anos, sempre com a mesma direcção e tipografia (Porto Médico, do Porto);

* O Concelho de Santo Tirso – Boletim Cultural (1951), direcção entregue ao Presidente da Câmara de Santo Tirso (Alexandre Lima Carneiro, autor desta obra);

* Ora & Labora (1954), destinava as suas páginas a assuntos exclusivamente litúrgicos, era composta e impressa pela Tipografia Minerva (Famalicão).

Por fim, esta obra nomeia também as publicações únicas da imprensa de Santo Tirso:

* Bombeiros Voluntários de Santo Tirso (1934), comemorativo das festas de inauguração da nova sede;

* Estrela das Aves (1953), composto e impresso na Escola Tipográfica das Oficinas de S. José, Guimarães;

* Desportivo das Aves (1953), 1º boletim informativo Aves sobre as comemorações de 7 a 12 de Novembro de 1953.

Alexandre Lima Carneiro

Não perca a próxima edição do Santo Tirso HOJE e conheça as personalidades que marcaram a História deste concelho.

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Café com...HOT PINK ABUSE

Foi na pizzaria Markoneli, em Vila das Aves, que o Santo Tirso Hoje tomou café com Vítor Moreira (VM) e Geraldo Eanes (GE), membros dos Hot Pink Abuse. Esta banda de pop elec-trónico agitou recentemente o panorama musical tirsense com a estreia do seu primeiro álbum “Nowadays”. Numa conversa algo informal, estes dois músicos das Aves deixaram-nos com uma certeza – a necessidade de criar corre-lhes no sangue.

VM- Antes dos Hot Pink Abuse, eu e o Geraldo tocámos juntos, durante dez anos, noutro projecto, numa banda chamada Haus En Factor que era aqui de Vila das Aves. Quando a banda acabou, passamos um ou dois anos a pensar no que poderíamos fazer a nível individual, cada um na linha que pretendia seguir. Entretanto os outros elementos da banda afastaram-se da música mas eu e o Geraldo resolvemos juntarmo-nos para iniciar um novo projecto entro da pop electrónica. Começamos a compor músicas e chegou uma altura em que necessitávamos de alguém para cantar. Através de amigos e conhecidos acabamos por conhecer a Miss Tish. Enviámos-lhe duas músicas por e-mail. Ela gravou essas músicas e, enviou-as de volta com a voz dela, nos gostá-mos, marcámos um encontro para nos conhecermos melhor e, pronto, agora estamos juntos.

Como tudo começou

VM- Electrónica é um género mas depois há vários estilos. Cada artista tem o seu género de fazer música e tentar alcançar a sua própria singularidade. Tentamos fazer uma música que quem ouça associa logo à Hot Pink Abuse. Não queremos colar-nos a outra coisa. Procuramos uma identi-dade musical.GE- Estes termos e designações nada têm a ver com o facto de uma música ser comercial ou al-ternativa. A nossa música, antes de se encaixar nalguma desig-nação, é feita para toda a gente. E se a isso se chama comercial, então que o seja. É esse o nosso ponto de partida.VM- associa-se muito a música electrónica à música de dança mas sempre é assim. Nós temos algumas músicas que são dançáveis mas o que fazemos não é música de dança. Tentamos dar uma vertente mais orgânica, ou seja, associa-se a música elec-trónica a algo mais frio, impes-

soal e plástico mas nós tentamos inverter isso com a parte pop. Ao nível das letras, falamos do dia-a-dia e sobre a questão das re-lações humanasGE- É tudo muito ficcional e fan-tasioso. Partimos do princípio que as pessoas não querem que lhe expliquemos nada. Já basta os telejornais e a imensidão de gente que quer explicar tudo. Nós não queremos um papel moralista. É escusado. O que é preciso, é algo agradável e aí entra o song writing ficcional, fantasioso ou até realis-ta. São letras que expõem várias visões do mundo. VM- É preciso dizer que as letras para esse trabalho foram escritas pela Miss Tish excepto uma que foi elaborada por nós os dois.GE- Sim, eu e o Vitor somos in-strumentistas. Tratamos os dois da programação. Depois também faço baixo eléctrico, baixo fretless e, caso seja necessário, contra-baixo. O Vitor toca teclado, sin-tetizadores e piano.

Pop electrónica

VM- Ainda estamos a criar público, vamos recebendo feedback através da internet, mais con-cretamente do nosso myspace. As pessoas enviam-nos e-mails, ouvem a música na rádio e depois entram em contacto connosco a dizer que assim que nos ouviram, quiseram saber mais sobre nós,

alguns até ficam surpreendidos por sermos portugueses. Isso dá-nos força. GE- Neste sentido, o Rui Torrinha que trabalha na RUM (Rádio Universitária do Minho), em Braga, teve a amabilidade de fazer rolar o disco na rádio. Passamos, também, na Rádio Universitária

de Coimbra, na Rádio da Lousã, no Império Lusitano, no Culto do Império e na Antena 3…VM- Em televisão já fizemos o Porto Canal e o MVM, dois canais por cabo. Além disso, o nosso videoclip está na fase final. Brevemente irá passar na tele-visão, espero eu.

VM- É um trabalho honesto, feito com muitas horas de trabalho porque só assim se consegue alcançar uma qualidade substancial. Felizmente possuímos os meios técnicos e criativos que nos possibilitaram produzir este trabalho de raiz. Claro que tivemos a colaboração, na parte da mistura, o Carlos Lima, na guitarra, o Bruno Fer. Estamos profundamente sat-isfeitos com o desempenho de Miss Tish. Tivemos a felicidade de a encontrar e ela fez um trabalho notável. As músicas estavam criadas e ela teve de escrever e cantar sobre aquilo que já estava feito. Ela conseguiu-o na perfeição.

VM- Começamos a tocar em Setembro de 2008. O primeiro con-certo aconteceu no ST Culterra. Foi muito importante porque era a primeira vez que ouvímos a nossa música num PA, num sistema de som de palco. Marcou a nossa estreia, como banda, ao vivo. Também foi o primeiro concerto da Miss Tish e o primeiro con-certo nunca se esquece. Além disso, esse concerto foi o ponto de partida para um acordo de edição com a Banzé. O Zé Costa já tinha sido nosso agente com os Haus En Factor, é uma pessoa aqui do distrito que está dentro do panorama, por isso era a opção óbvia. Já o concerto de apre-sentação do álbum decorreu no

Centro Cultural de Vila das Aves. O pessoal apareceu em força, o espaço ficou praticamente lotado e tudo correu muito bem. Em termos qualitativos, conseguimos cumprir as nossas expectativas. GE- Desde Setembro, já demos à volta de 20 concertos. Normalmente somos convidados por sectores culturais e camarári-os, por associativismos regionais, por produtoras independentes que organizem festivais, por bares… temos feito igualmente as Fnacs por motivos promocion-ais. De resto, estivemos, há dias, na Semana Académica de Beja, amanhã (23 de Abril) vamos a Loulé para a Semana Académica do Algarve…

Os concertos

Criar público

“Nowadays”

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Café com...

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O que é a Mesoterapia?A Mesoterapia é uma técnica terapêutica que consiste na apli-cação de produtos ou medicamen-tos através de múltiplas picadas superficiais (a nível da pele), com vista ao tratamento de patologias de foro reumatismal, ortopédico e desportivo, bem como no campo da dermoestética. Tratando-se de uma técnica in-vasiva (utilização de agulhas) deve ser praticada única e exclu-sivamente por médicos; quando praticada por outros, incorrem em ilegalidades punidas por lei e rep-resenta um risco para a saúde.

Quem deve procurar este trata-mento?Tem havido uma crescente procura deste tipo de tratamentos por parte de clientes para redução de volume corporal e gordura lo-calizada e especialmente no trata-mento da celulite. A celulite resulta de uma insu-ficiência microcirculatória no tecido adiposo superficial e tem como consequência uma má oxi-genação dos tecidos, o que as-sociado a fenómenos fibrosos, origina a inestética pela “casca de laranja”. O efeito mecânico das picadas e a

aplicação de produtos lipolíticos, redutores e drenantes, possibilita o fenómeno de lipólise (destruição da gordura) e uma diminuição de volume nas zonas tratadas. O sucesso destes tratamentos depende naturalmente da técnica e dos produtos aplicados, sendo de igual importância a correcção de hábitos alimentares, exercício físico e massagem/drenagem te-cidular.Estas aplicações podem ser efec-tuadas a nível facial para bio-revitalização (rejuvenescimento), nutrindo a pele a partir de dentro, restaurando-lhe a estrutura do tecido conjuntivo, diminuindo as rugas e recuperando luminosi-dade e firmeza.A electroforoporação (mesotera-pia sem agulhas) é uma alterna-tiva recente para aplicação dos produtos directamente na pele, nos casos de aplicação facial e de sensibilidade à técnica clássica com agulhas. Porquê recorrer à mesoterapia?As principais vantagens desta técnica terapêutica são o trata-mento de patologias dolorosas sem necessidade de recurso ao uso de medicação sistémica, permitindo um tratamento locali-

zado das patologias, sem efeitos laterais relevantes. Na área da dermoestética permite o ema-grecimento e a lipoescultura sem recurso a medicações ou cirurgia, e sem afectar a actividade diária. A Mesoterapia é uma técnica terapêutica recente, hoje praticada por

mais de 20 mil médicos em toda a Europa e nos Estados Unidos. Em Santo Tirso, já é possível recorrer a este tratamento inovador sob o cuidado da Dr.ª Fernanda Neves (FN), médica especialista, devida-mente qualificada e autorizada a exercer Mesoterapia. Para saber mais, o Santo Tirso Hoje marcou consulta e nada ficou por explicar.

Mesoterapia em Santo Tirso

Fernanda NevesCédula profissional nº 30924Médica especialista em Medicina do TrabalhoMembro da Associação Portuguesa de MesoterapiaContactos: (252) 830340 ou (252) 330860

Consultório

PUBQuanto ao futuro…

GE- Quero continuar a trabalhar com o Vítor porque me identifico com a mecânica dele. Gosto particularmente da forma como ele escuta e entende a música. Aprecio essa construção musical, quer na articu-lação, quer na harmonia. VM- Para nós, fazer música é uma necessidade. Com mais ou menos intensidade, desde que nos conhecemos que fazemos música. Neste últimos anos, estivemos virados para a composição porque é uma ne-cessidade a que não podemos ficar alheios. Está-nos no sangue, criar, explorar novas sonoridades, novos equipamentos. O que pretendemos, é dar continuidade a isso.GE- Se eventualmente, um dia, pudéssemos viver do nosso trabal-ho musical, seria perfeito. Caso isso não aconteça, continuaremos a produzir na mesma.

Próximo álbum VM- estamos a trabalhar nele, de forma global, e já temos músicas novas. Algumas delas serão apresentadas ao público antes da edição do próximo disco. Começaremos a inclui-las nos espectáculos ao vivo. Quanto ao disco, será um trabalho que não é monótono, com músicas diferentes umas das outras mas dotadas de um fio condutor. Haverá uma sonoridade em comum mas nenhuma será parecida com a outra.

PARA OBTER INFORMAÇÕES ACERCA DOS

HOT PINK ABUSE, CONSULTE:

www.myspace.com/hotpinkabusewww.youtube.com/hotpinkabusewww.myspace.com/banzept

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25 de Abril

A Câmara Municipal de Santo Tirso homenageou, durante a manhã de 25 de Abril, 13 individualidades e 11 instituições tirsenses com a atribuição de medalhas de honra e mérito. A cerimónia decorreu em sessão solene, no salão nobre dos Paços do Concelho, no âmbito da comemoração dos 35 anos da revolução dos cravos. Enquanto discur-sava, o Presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes, apelou aos valores de Abril, referindo-se ao medalhados como testemunhos a seguir. “Com as medalhas de mérito e honra estamos a destacar, num acto público de reconhecimento, a vida de eleição de ilustres conterrâ-neos e instituições que, em diversas áreas, marcam a história da nossa comunidade”, explicitou o edil.

13 Individualidades e 11 Instituições HOMENAGEADOSEMSESSÃO SOLENE

No decurso da sessão, foram homenageados as seguintes individualidades e instituições:

Associação Recreativa de Negrelos

Futebol Clube Caldas

Diogo Domingues Barbosa da Frada

Bruno Tiago Fernandes Andrade

Ana Rita Pinto Monteiro

Albino Daniel Almeida Magalhães

Ana Luís Carneiro Martins

Agrupamento de Escuteiros 399 S. Tiago de Rebordões

Agrupamento de Escuteiros 93 de S.Tomé Negrelos

Associação Comercial e Industrial de Santo Tirso

Agrupamento de Escuteiros de Vila das Aves

Sociedade Recreativa Rebordoense Associação Recreativa de Rebordões

Casa do Povo Rio Vizela

Fraternidade de Nuno ÁlvaresVila das Aves

Reverendo Padre Damião Olindo das Neves Basto

Dr. José Augusto Guerra

Prof. Maria Isabel Morêda de Miranda

Prof. José Luís Castro Gonçalves

MEDALHA DE MÉRITO MUNICIPAL

Prof. Doutor Manuel Hargreaves (a título póstumo)

Dr. António Júlia Pinheiro L. Cardoso Correia Miranda

Prof. Doutor José Ribeiro Ferreira

MEDALHA DE HONRA DO CONCELHO

MEDALHA DE MÉRITO DESPORTIVO

Escola de Música deS. Martinho do Campo

Luís Martins da Silva

MEDALHA DE MÉRITO CULTURAL

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MEDICINA DENTÁRIA . OTORRINOLARINGOLOGIA . PODOLOGIA

Rua José Narciso Martins da Costa, 753 - 1º Esq.4795-474 S. Martinho do Campo

tel. 252 843 940fax 252 843 941

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35 anos de liberdade

FERNANDA NEVES, 47 ANOS, MÉDICA

“O 25 de Abril marcou-me pela mudança em termos sociais, eu era muito jovem e não tinha a noção política do que se estava a passar. Notei algumas diferenças na minha vida porque se verificaram al-terações no colégio onde eu andava e devido à situação que se estava a criar, algumas amigas tiveram que sair do país. De resto, tinha a con-sciência de que era o fim de uma ditadura de muitos anos e que se estava a implantar uma democracia.”

VOZ DO POVOa propósito do 25 de abril

DANIEL VÍTOR, 20 ANOS, ESTUDANTE

“Para mim, o 25 de Abril foi a revolução que conferiu a cada pessoa o direito à opinião. Acima de tudo, foi a conquista da liberdade.”

CARLOS ANDRADE, 44 ANOS, TÉCNICO DE DECORAÇÃO

“No 25 de Abril, tinha 14 anos, por isso a revolução passou-me ao lado. Hoje às tantas era preciso, o 25 de Abril.”

MARIA GONÇALVES, 76 ANOS, APOSENTADA

“O 25 de Abril foi a melhor coisa que podia acontecer porque para a nossa classe, a classe dos pobres, acabou aquela distinção… Agora as crianças já estudem, vão para o liceu, para a universidade. Dantes só iam os filhos dos ricos.”

MAGDA PINHA, 17 ANOS, ESTUDANTE / SOFIA RIBEIRO, 18 ANOS, ESTUDANTE

“Foi a revolução que nos levou a liberdade de expressão, a conhecer o mundo. Ajudou a nossa mentalidade retrógrada a evoluir e permitiu que as pessoas tivessem liberdade de expressão, de opinião, igualdade e direitos. Se não houvesse revolução, não éramos o que somos hoje. Ainda bem que houve o 25 de Abril.”

JOSÉ ALMEIDA, 47 ANOS, DESEMPREGADO

“Para mim, é liberdade. Foi boa, na altura, mas agora há liberdade em excesso e isso diz tudo.”

MARIA PALHARES, 61 ANOS, APOSENTADA

“Acho que o 25 de Abril foi necessário. No entanto es-tragou-se muita coisa com excesso de liberdade. O povo não estava preparado, julgavam que a liberdade é poder fazer tudo… eu vivi-o intensamente, morava no Porto e assisti ao desmoronamento da PIDE, à libertação dos prisioneiros. Também comemorei o 1º de Maio mas mais tarde fiquei desilu-dida porque não se aproveitou a conquista que se tinha feito.”

AUGUSTO CARVALHELHO, 55 ANOS, MONTADOR DE CORTINAS

“É a liberdade que não tínhamos. Eu tinha 20 anos e sofri cada um destes 20 anos na pele. Depois surgiu o 25 de Abril e foi a melhor coisa que podia ter acontecido. Passei a reserva territorial e nem sequer cheguei a ir ao ultramar... hoje há muita falta de respeito mas a liberdade têm de incluir respeito e educação senão caminhamos para a anarquia.”

LÚCIA SOARES, 45 ANOS, DESEMPREGADA

“Penso que é um feito que deve ser comemorado até porque foi uma libertação embora eu acho que nós passamos de 8 para 80. Agora as pessoas abusam mais da liberdade do próximo. Devíamos ter ficado no meio-termo. Há muita falta de humani-zação.”

SÉRGIO SÃ, 22 ANOS, OPERÁRIO FABRIL

“Foi importante porque acabou com a ditadura e agora somos livres mas muita gente já não dá valor ao 25 de Abril. Aconteceu há 35 anos e por isso muita gente não sabe o que realmente significa. Para muitos, é só mais um feriado.”

ÁLVARO DE OLIVEIRA, 73 ANOS, APOSENTADO

“Para mim que sou do tempo da ditadura, foi um momento histórico embora, agora a ju-ventude não conheça a re-alidade de antigamente e até pensam que aquilo não seria nada. Quando aconteceu, esta-va aqui, em Santo Tirso, e toda a gente começou a sair para a rua, a atirar móveis, a fazer fogueiras e a queimar tudo. Se íamos para qualquer lado, não havia segurança porque a poli-cia tinha medo e toda a gente fazia o que queria. Valeu a pena porque isto melhorou muito só que os políticos não souberam dar continuidade à herança que receberam. Hoje não sei se não estamos a voltar ao mesmo. Eles estão a controlar tudo… os poderes são muito controladores. “

FM- Estava na escola de fuzilei-ros e quando soube que decor-ria um golpe de estado, eu nem sabia do que se tratava… tínha-mos a partida para Moçambique marcada para duas semanas depois. Lembro-me que enquanto estávamos a formar na parada, ouviu-se uma voz a ordenar: “Haja o que houver, não há tiros”. O nosso destacamento deslocou-se num autocarro e ao passar pela ponte Salazar, hoje conhecida como ponte 25 de Abril, recebe-mos ordens para guardar as armas debaixo do assento. Ninguém sabia para onde íamos. Uma vez chegados ao destino, fomos man-dados directamente para a Rua António Maria Cardoso, para o quartel da PIDE mas eles não se queriam render. Tivemos que per-manecer lá a noite toda. Enquanto estivemos lá, eles abriram fogo e mataram um estudante de 17, 18 anos. Finalmente eles acabaram por se render.

DM- Era Polícia Militar. Fui acor-dado pelas 4h30 da manhã. Tínhamos sido chamados porque havia problemas. O próprio Comandante não nos informava e ninguém se declarava. Pegámos nas armas e recebemos ordens para seguir e tomar posição sem saber bem para onde. Quando chegamos perto da praça de Espanha, fui informado que aquilo estava ocupado por outras forças e que dali para a frente não se passava. Regressamos para trás e ouvi alguém dizer que um coman-dante deu ordem de fogo. Naquele momento tive receio. De seguida, disseram que essa ordem não fora cumprida e que as armas se viraram ao contrário, ou seja, a fragata que estava a apontar para o Terreiro do Paço, ameaçando os soldados, quando recebeu a ordem de disparo, apontou para o lado contrário. Depois, a gente regressou ao Cais de Sodré. Aquilo estava cheio

de pessoas e militares. Éramos obrigados a seguir as indicações. Seguimos para a Rua do Alecrim até que três autocarros da marinha passaram por nós. Num destes autocarros estava o meu irmão.

FM- Eu vi o meu irmão do lado de fora. DM- Se as coisas corressem mal, podíamos ter de andar aos tiros um com o outro.

FM- E sem saber de nada. No dia 25 de Abril a gente regressou ao quartel sem saber, praticamente, o que tinha ocorrido. Depois, até ao 25 de Novembro de 75, houve sempre o medo de regres-sar ao antigamente. Aquilo foi tão confuso. Os próprios cidadãos estavam melhor informados do que nós.

Há 35 anos, em pleno 25 de Abril, dois irmãos campenses, Fernando (FM) e David Martins (DM) participaram, directamente, na Revolução dos Cravos. Convidados pelo Santo Tirso Hoje, estes dois ex-soldados recordaram os meandros da desdita de Abril de 74 que, segundo contam, por pouco não acalentou um combate entre irmãos.

“Se as coisas corressem mal, podíamos ter de andar aos tiros um com o outro.”

David Martins

“Haja o que houver, NÃO HÁ TIROS…”

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Desporto O Pavilhão Municipal de Santo

Tirso acolheu, no passado fim-de-semana (25 e 26 de Abril) o Campeonato Nacional da primeira divisão de ginástica rítmica. Ao longo da competição, estiveram presentes 56 ginastas proven-ientes de 21 clubes do continente e regiões autónomas, nos es-calões de esperanças, juvenis, juniores e seniores. Ana Vasconcelos, atleta júnior da Sociedade Filarmónica União Artística Predense (SFUAP), ar-recadou quatro surpreendentes medalhas de ouro nos aparelhos de corda, arco, bola e massa. No final da competição, a atleta re-cordou a preparação intensa que esta modalidade exige: “a gente treina, para este campeonato, durante todo o ano. É preciso muito esforço, muito espírito de sacrifício e principalmente, é preciso querer”. Questionada sobre o seu percurso gímnico, Ana Vasconcelos assumiu-se decidida: “espero chegar aos jogos olímpicos, como toda a gente”. Por sua vez, em representação do Ginásio Clube de Santo Tirso, Vanessa Roriz, campeã re-gional, foi consa-grada com o terceiro lugar no aparelho de arco. “O grande objectivo passa por ser campeã nacional, é uma tarefa muito difícil mas vai-se tentando. Hoje só fiquei em terceiro lugar e já foi bom”, considerou a mesma.Nesta competição, o Ginásio Clube de Santo Tirso fez-se rep-resentar por três ginastas, sendo que todas se qualificaram para as finais. Manuel Reis, director da ginástica rítmica do Ginásio Clube, afirmava-se satisfeito com o desempenho das atletas tirsenses: “foi muito bom atenden-do a que estivemos a disputar um campeonato nacional, onde

só competem os melhores entre os melhores… Gostaríamos que tivesse sido mais proveitoso mas estamos muito orgulhosos dos nossos atletas, fizeram o seu melhor e portaram-se muito bem”. Quanto à Taça portuguesa de Ginástica Rítmica, próxima com-petição nacional da modalidade,

Manuel Reis revela que o Ginásio Clube já iniciou a preparação: “trabalhando muito, vamos ver se conseguimos alguma coisa… estamos a preparar isso com muito carinho e entusiasmo”. A Federação de Ginástica de Portugal, entidade organizadora do evento, atribuiu o campeonato nacional a Santo Tirso pela per-formance demonstrada na re-alização de eventos anteriores, assim como pela necessidade de divulgar esta modalidade por todo o território nacional. Sobre este assunto, o Presidente do Ginásio Clube, Fernando Moreira, demon-

strava-se agradecido: “Gostaria de agradecer à Federação Portuguesa de Ginástica por ter-nos atribuído a prova rainha da modalidade, à autarquia que tudo fez para que a prova se realizasse aqui e também agradecer aos treinadores e atletas do clube que foram inexcedíveis no esforço e dedicação a que se submeteram, tendo em conta as condições em que trabalham e as classificações que tiraram”. O presidente do Ginásio Clube lamentou, por isso, a ausência de “instalações própri-as condignas para as atletas trein-arem”. Para Fernando Moreira, Santo Tirso possui condições para assumir um papel prepon-derante na ginástica portuguesa: “Esta infra-estrutura (Pavilhão Municipal), este equipamento, a nave tirsense é, efectivamente, espectacular para a realização de provas gímnicas… Tivemos o ano passado o Campeonato Nacional da segunda divisão, tivemos já a Taça AGN e a Tacinha AGN bem como provas regionais. Foram seis eventos realizados, num ano, nessa modalidade e desde já fazemos votos para que o Sr. Presidente da Federação Portuguesa de Ginástica, Prof. Boa de Jesus, nos conceda para o ano, a realização da Taça de Portugal”.

Campeonato nacional de ginástica rítmica em Santo Tirso56 Ginastas disputaram, no Pavilhão Municipal, o título de Campeã Nacional. Ana Vasconcelos, atleta júnior da SFUAP, conquistou quatro medalhas de ouro. Tirsense Vanessa Roriz agraciada com o tercei-ro lugar no aparelho de arco.

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Desporto

Após tres jornadas con-secutivas sem vencer em casa finalmente conseg-uimos quebrar a mala-pata que ultimamente nos vinha causando dissab-ores em casa vencendo a dificil equipa Cave 94 que vendeu bem cara a derrota.

Numa primeira parte onde o equilibrio foi a nota dom-inante, pertenceram-nos ainda assim as melhores oportunidades para in-augurar-mos o marcador mas até términus mesma o nulo não foi desfeito. Com o aproximar fase decisiva do campeonato a pressão começa a ser maior e com isso a clar-ividência por vezes é menor do que aquela que evidenciavamos, talvez uma das explicações para o falahnço algumas opor-tunidades desperdiçadas.

Intervalo 0-0 e sabendo que provavelmente o nulo só seria desfeito num erro qualquer das equipas at-endendo a que na maior parte das vezes na pri-meira parte as defesas superiorizavam-se ao ataque.

No entanto foi uma segunda parte completa-mente diferente primeira principalmente a partir da altura que a A.R. Negrelos se colocou em vantagem num remate de meia distância. A partir do 1-0 o jogo passou a ser de parada e resposta com o Cave 94 a igualar o marcador num remate que Pedro não conseg-uiu deter. Ritmo acelera-do e rapidamente a A.R Negrelos fez dois golos que aparentemente tran-quilizavam a equipa, mas naqueles 2/3 minutos

finais houve algum descontrolo aproveitando o Cave 94 para falhar um penalty e reduzir o mar-cador para 3-2 embora a A.R. Negrelos pudesse ter marcado mais golos fruto de algumas tran-sições que surpreendiam a subida equipa Cave 94.

Vitória justa contra um valoroso adversário numa jornada em que ganha-mos pontos aos nossos adversários directos.

Boa arbitragem.

Excelente moldura humana presente que certamente não deu por mal empregue o tempo passado pavilhão.

Comentários:Rui Fernandes.

A.R. NEGRELOS DERROTOU CAVE 94

Sábado, Abril 25, 2009A.R Negrelos - 3Cave 94 - 2

PAVILHÃOEscola Secundária D. Afonso Henriques

DATA/HORADia 24 de Abril de 2009 pelas 22h10m

PISOEm excelente estado

ESPECTADORESCerca de 80.

CINCO INICIALPedro, Zé Manel, Pitico, Tiago Antunes e Buita

SUPLENTES UTILIZADOSHelder Pereira, Tiago Cunha, João, Carlos e Edgar

SUPLENTE N/UTILIZADOCristiano

CASTIGADOPardeijo

GOLOSPitico, Edgar e Carlos

MELHOR EM CAMPOCarlos

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ERRATA:O Tirsense integra a 2ª Divisão Série A.O São Martinho integraa a 1ª Divisão Série 2 da AF Porto.Ao contrário do que foi referido na anterior edição, pelo qual apresentamos as nossas desculpas.

COLABORADORES

Precisam-se colaboradores para a área de desporto

Tel. 252 843 [email protected]

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA16

Poder TriPartido

A CDU fez no passado sábado, 25 de Abril, um jantar comemorativo da Revolução de Abril e aprovei-tou para apresentar a sua cabeça de lista à Assembleia Municipal deixando para nova oportunidade a apresentação do candidato à Câmara.Vera Silva, actual representante

da CDU na Assembleia Municipal e indigitadapara encabeçar a lista dos candi-datos às próximas eleições disse”:

“Entendemos que não haveria melhor data, que esta, para ini-ciarmos o trabalho de campo com vista a um bom resultado nas próximas Eleições Autárquicas. Estamos num ano em que o nosso trabalho será duro e difícil, mas bem feito honrará o daqueles que levaram à vitória que hoje comemoramos.Por força da confiança que em nós depositaram e que só aceitamos por sentido de responsabili-dade pois o momento não nos é favorável queremos deixar aqui uma mensagem de esperança e confiança no êxito da Eleição para a Assembleia Municipal.O nosso trabalho marca a diferença nas Assembleias com a apresentação de propostas, sempre concretas, muitas vezes ignoradas pela própria Mesa que

nem à discussão as apresenta.Fizemos visitas às fregue-sias, tomamos conhecimento dos problemas, apresentamos propostas de solução mas, meus amigos, sem a vossa colaboração o trabalho não tem sucesso. Morre ali sem que ninguém o conheça. E porquê?Nós queremos melhorar as condições de vida das pessoas, eles querem o poder. Eles têm a comunicação social, as inaugurações, os passeios demagógicos a velhinhos e os Boletins Municipais para os en-grandecer e esconder o que deviam fazer e não fazem.Quando assumimos a represen-tação da CDU na Assembleia Municipal foi grande a surpresa ao verificar o péssimo funcionamento daquele Órgão onde pouco se produz e até insultos se verificam. Não desistimos e daqui afirmamos que temos hoje mais força para combater este estado de coisas que naquele momento. Sentimos

que a razão está do nosso lado. Sem demagogia, sem compadrio, sem má administração, temos a certeza que com os mesmos recursos se pode fazer muito mais por este Concelho.Neste ano de grandes dificul-dades, com o maior desemprego desde o 25 de Abril, as pessoas questionam-se sobre o porquê da situação e o que será o futuro. Dêmos as respostas de maneira simples para que as entendam.Isto acontece porque a riqueza está na mão de meia dúzia e estes escolhem para governar os seus agentes sem escrúpulos!Isto acontece porque a evolução da ciência e tecnologia substituiu a mão-de-obra e o resultado da substituição das máquinas pelas pessoas reverte a favor de um e não de todos!Isto acontece porque as máquinas que deveriam melhorar as condições de vida das pessoas ao tornarem as tarefas menos duras estão a provocar-lhe a fome

e miséria!Isto acontece porque as pessoas não têm estado atentas enquanto eles mentem afirmando que o mundo é assim. O mundo pode e tem de ser diferente!Cada comunista aqui presente procure trazer novos militantes. Cada amigo aqui presente leve esta mensagem e traga novos amigos. Nós não temos televisão, rádio ou jornais. A mensagem só chegará às pessoas se nós lha levarmos em mão. Temos de ser nós a fazer este trabalho. Mostremos aos nossos famil-iares, vizinhos, companheiros de trabalho ou de desemprego que juntos temos força e venceremos.Todos vamos aumentar a nossa representação na Assembleia Municipal, na Câmara Municipal, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.”

Vera SilvaDeputada da CDUna Assembleia Municipal

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Até à hora do fecho da edição não foi recebido o texto do Partido Socialista( )

Este espaço é destinado aos partidos com representação na Assembleia Municipal

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Poder TriPartido

Meus caros leitores, há um predicado bem português, o “ Ouvi dizer”.O “Ouvi dizer”, não constata a fonte, não fundamenta, não re-sponsabiliza, mas faz-se ouvir, qual fonte inflamada de noticia mais importante, verdadeira para a vida de todos nós.Adiante, coloca-se rumor nas nossas ruas, praças, cafés...Ora como o tempo corre não basta sermos más-línguas, temos que agir, proagir e reagir.Temos que ser positivos, devolver eficácia e eficiência para a nossa auto estima, acreditar no valor e na força do trabalho.Sabemos que a crise é real, é ver-dadeira, que nos atinge a todos sem excepção, embora recon-heçamos que quem detém estabi-lidade profissional detém hoje em

dia mais rendimento disponível em relação ao ano transacto.Mas na nossa terra, na nossa região o fantasma da falta de emprego e do desemprego tem tido um crescimento exponencial, sendo que a pobreza tendencial-mente sobe e subirá, para além da pobreza patenteada, que está perante os nossos olhos, não podemos esquecer a pobreza en-vergonhada, aquela que não se mostra.Questionamos: quantas unidades fabris abriram nos últimos 5 anos no nosso concelho? Quantos postos de trabalho foram criados? Quantas lojas de comércio foram criadas? Quantas empresas têm vivido e sobrevivido? Desafio-vos a dar uma volta pelo nosso Concelho e verificar a força que ainda vai restando a muitos com-erciantes, a vários empresários, que em condições tão ténues de trabalho (ou nenhumas), de uma forma incrível ainda vão lutando, ainda vão vivendo. A todos os trabalhadores, sem excepção, lutem sempre pelo trabalho, pela produção, pelo vosso bem-estar.Como é óbvio e racional não pode competir ao poder público (qual mãe galinha providen-cial) empregar e controlar toda a mão-de-obra deste ou doutro qualquer concelho. No entanto, já compete a este poder público, legitimado pelo voto do nosso povo, criar condições pragmáti-cas de atracção de riqueza para o nosso Concelho, nomeadamente melhores acessibilidades nos e aos parques industriais, com-

petência de ordem fiscal (redução IRS, IMI, IMT…), obtenção de licenças de vária ordem (ex. de construção, utilização, indus-triais…), e acima de tudo celeri-dade e objectividade na análise de projectos de investimento, ter a capacidade, criatividade e imaginação de legitimar inves-timentos directos para o nosso Concelho. Pergunto-vos caros leitores: noutros Concelhos os re-sultados são e foram visíveis. Em relação ao nosso o que se passa

ou passou? Temos que deter a inteligência e o conhecimento necessários que todos somos poucos para ganharmos e acredi-tarmos que este assunto diz-nos a todos, sem excepção, respeito. E acreditarmos que também é positivo vir um call center para Santo Tirso (que não sabemos quantos tirsenses empregará?!), que não reportará mão-de-obra qualificada, mas é emprego, é trabalho. Ainda bem que o governo, juntamente com a PT compensou Santo Tirso pelos muitos serviços perdidos ao longo destes últimos anos, e da perda de importância gradual que este Concelho sofreu nestes últimos (já não sei quantos) anos. Não resolverá, mas atenuará. A medida foi uma causa/conse-

quência pontual (vinda da PT), pois medidas conjugadas de acção não foram tomadas com as forças vivas do nosso concelho. O poder público do nosso Concelho não pode ser visto como um con-trolador de coisa nenhuma, mas quanto muito um primus inter pares, que resolva de facto.Esta para mim é a grande lição a retirar da Liberdade que o 25 de Abril nos proporcionou: sabermos respeitar a nossa liberdade, o nosso inconformismo, a nossa

irreverência, res-peitando o outro, sabendo que também há quem pense, quem raciocine, quem detenha con-hecimento, quem

tenha vontade de trabalhar, quem tenha vontade de executar, quem sempre possa acreditar que a nossa terra tem pessoas de força e valor.Por falar em 25 de Abril, propuse-mos na Assembleia Municipal, em Fevereiro último, a realiza-ção de uma Sessão Solene de comemoração de Abril, acto de conferência de dignidade desta data. Espanto nosso: a maioria socialista chumbou literalmente esta proposta, embora os outros partidos políticos com repre-sentação parlamentar tivessem votado a favor.

Enfim, já nem Abril!! A ver vamos…

José Pedro MirandaDeputado do PSDna Assembleia Municipal

COLABORADORESprecisam-se: queremos que este jornal seja um espaço de participação e intervenção cívica. Queremos ter noticias da sua freguesia; Queremos saber o que pensa; Aqui, os cidadãos terão voz e por isso contamos coma sua participação, através de carta ou e-mail.

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“A selecção saiu.Quem o vê, e quem o viu!” _anónimo

Este é o seu espaço...Seja repórter por um diaConhece situações que podem ser retratadas no “Oho na Câmara”?Envie as suas fotos, acompanhadas de um pequeno texto com o local e a descrição, para

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“Ora como o tempo corre não basta sermos más-lín-guas, temos que agir, proagir e reagir.”

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA18

O Jornal de SantoThyrso, antes do Verão passado, anunciando a candidatura independente do Sr. José Graça, registou que o candidato, depois do Verão, anun-ciaria o seu projecto. O Jornal de Santo Thyrso, depois do Verão passado, ouvindo, de novo, o Sr. José Graça, registou que o candidato, ao contrário do que tinha prometido, não anunciou o seu projecto. O Jornal de Santo Thyrso, na apresentação da candidatura do Sr. José Graça, registou que o candidato, saltando de candidatura, e já não de uma candidatura independente, mas como candidato emprestado ao CDS, “Colocando-se à disposição dos jornalistas para as questões que lhe quisessem colocar, remeteu para outra oportunidade a apresentação das linhas orien-tadoras da sua candidatura”. Não sem, no entanto, ter exposto dois entendimentos distantes do en-tendimento natural do eleitorado. “Revelou…”sou independente de todos os partidos, o que vai fazer com que o CDS-PP tenha um excelente resultado nestas autár-quicas”.“E, depois: Estou bem nos partidos com que me identifico e não me incomoda nada estar, agora, como independente, num executivo PSD e candidatar-me á Câmara, também como independ-ente, nas listas do CDS-PP.”

Registe-se que o Sr. José Graça teve o cuidado de declarar que não se “incomoda nada” com a açorda política que é a sua can-didatura, querendo mostrar a noção, que tem, de que, ao dizer que não se “incomoda nada”, sabe bem que incomoda ver uma pessoa, que era respeitável, vir fazer um trabalho de trolha na política do concelho, e que vai merecer uma atenção especial de todos aqueles que entendem que Santo Tirso é um “case study”, por ser, na génese do concelho, negativo, senão trágico, tanto disparate por trás de tanto desejo de poder, para nada de bom para o concelho.Ora, em primeiro lugar, o Sr. José Graça não é o candidato do CDS-PP. Porque o CDS não tem candidato!O Sr. José Graça é o candidato do Jornal de Santo Thyrso.É independente de todos os partidos, está bem com os partidos (plural!!!), com que se identifica, e não se identifica só com um, assim como um adepto do Sporting, na mesma lógica, poderia, ser ao mesmo tempo sócio do Porto ou mesmo do Benfica…O Sr. José Graça não é independ-ente de coisa nenhuma, é assim como assim, um desejoso da união nacional. São saudades!Em segundo lugar, não poderia, nunca, ser candidato independ-ente nas listas do PSD a uma Câmara.

A uma simples Junta de freguesia até pode ser, como emprestado, que foi, porque a importância do lugar é o que se sabe. Mas o PSD, ou o PS, como qualquer partido maior, com vocação de poder, o que não é o caso do CDS-PP, nunca poderiam apresentar um independente como cabeça de lista a uma Câmara, sob pena de demonstrarem, com isso, falta de quadros.O CDS é um caso exemplar, no concelho. Tem independentes que são militantes, tem candidatos à Câmara, que atingem pouco mais de 500 votos, como nas últimas eleições; tem presidentes, que no concelho não valem mais de 500 votos e que não encontran-do candidatos dentro do partido, inventam, agora, um candidato, que julga ir buscar votos a todos os partidos, direita, esquerda, centros, e amigos da arterioscle-rose, cuidando, com isso, que soma, quando subtrai, porque o eleitorado pune, em democ-racia, quem se julga acima dos partidos ou até mesmo a rainha de Inglaterra.O Sr. José Graça é, sim, o candidato do Jornal de Santo Thyrso, apadrinhado e protegido por este jornal, que não permite artigos que o questionem, não informa da diversidade de pensa-mento, jornal que se transformou em espécie de partido de tipógra-fos, e não num exemplo de isenção e de respeito pela liberdade de expressão, e pela defesa dos in-

teresses do concelho.O Sr. José Graça, cujo pen-samento político se resume a um pendor de salamaleque, de exterior delicado, foi eleito presi-dente da Junta de freguesia de Santo Tirso, por duas vezes, com os votos de quem aprecia um atestado de residência passado no momento. Mas desiludiu como dirigente capaz de dar outra imagem da Cidade de Santo Tirso, com problemas que nunca soube resolver. Esgotando dois mandatos, sem obra que desse novo impulso à Cidade, con-venceu-se de que ser presidente de Câmara é o mesmo que ser presidente de Junta de freguesia, ginasta ou dirigente de ginásio. E é o candidato do despeito e da vingança, sentimento que se dispensa a quem sonha ser dirigente de alguma coisa, e que não anuncia nada de bom para um povo a desejar que o tratem como gente, enquanto é tempo. Falta-lhe actualidade, falta-lhe perspectiva, falta-lhe futuro.O Sr. José Graça, como presi-dente de Junta de freguesia é um equívoco, uma aparência sem realidade.Como presidente de Câmara seria uma realidade sem aparência e sem eficácia. Falta-lhe formação política, falta-lhe leitura, falta-lhe a noção dos limites. Falta-lhe, também, a noção de que não é bonito andar a servir-se dos Partidos, ontem do PSD, agora do CDS, para fazer o culto da

vaidade e do vazio, na ilusão de que os tirsenses não percebam que não tem projecto, porque não tem formação política, adequada ao lugar para que se propõe.Se, por absurdo, fosse eleito, ao primeiro dia, sentava-se na cadeira do poder e, espantado e confuso com tanta glória, pálido e tremendo, perguntaria: - “e que faço, agora?!”, sendo que lhe deveriam responder que fosse para as ruas cumprimen-tar toda a gente, que o concelho come salamaleques, como antes da revolução francesa o povo faminto, nas palavras de Maria Antonieta, deveria ter comido “cr-oissants.” Depois, foi o que se viu! Mas o Sr. José Graça não vê bem, além da sua vaidade!Ser presidente de Câmara, cada dia é muito mais do que dar lanche aos reformados ou metadona aos toxicodependentes.Um presidente de Câmara, nos tempos que correm, tem de ter a cultura de várias especiali-dades, ter a noção do saber e da modernidade, e tem de ter a energia mental e física que o Sr. José Graça não demonstrou ter nos dois mandatos, em que a Cidade não teve uma só realiza-ção notável, que saísse da sede da Junta de freguesia. O Sr. José Graça é um equívoco!

Fernando Pires de Lima

O EQUÍVOCO

No artigo anterior fiz uma introdução à de-

mocracia, aos poderes que ela consagra e à falta de idoneidade de alguns “democratas” que a andam denegrir.Como estamos a falar de um “cheque em branco”, podia iniciar este artigo com um provérbio popular antiquíssimo, sobeja-mente conhecido por todos, que parece não querer cair em desuso no nosso país: “a ocasião faz o ladrão”.É com o acto eleitoral que legiti-mamos aquele que irá manusear o “cheque em branco”. Todavia, o eleito não passa de um simples desconhecido que um dia, com o rosto estampado num pedaço de papel, percorreu o conselho e/ou o país de lés a lés, como sendo a pessoa escolhida no “clube” com

melhor perfil para o manusear.Este é o procedimento normal em democracia. É a campanha eleitoral.Por inerência do acto eleitoral, estamos a abrir as portas a alguns “democratas” que, apoiados por “clubistas” fanáticos, vivem á custa de um poder que a democracia lhes consagra e com ele tentam obstruir a transparência controlan-do tudo e todos, incluindo os meios de comunicação, e com o apoio dos que o elegeram no “clube” impedem que se legisle regras específicas, como aconteceu rela-tivamente ao combate à fraude e corrupção, para poderem entrar pelos chamados “métodos de-mocráticos”, num mundo putre-facto.A corrupção em Portugal foi, é, e, enquanto não se seleccionar os nossos decisores, continuará

a ser um fenómeno duradouro, sem fim à vista e sem qualquer punição.Já há muitos anos que este é tema em toda a imprensa nacional e in-ternacional, sendo considerada como um dos maiores flagelos da sociedade portuguesa.Os casos vindos a público demon-stram-nos. Os exemplos são tantos e com alguns a serem de-nunciados na forma mais clara por toda a imprensa nacional e inter-nacional, que não deixa margem para dúvida do envolvimento de alguns deles nessas acções.Com discrições tão precisas, a resolução não parece ser complexa nem difícil, e usando os métodos normais ou tradicion-ais se chegaria aos elementos de prova sem qualquer dificuldade. Mas, infelizmente, estes casos não podem ser tratados pelos

métodos normais nem tradicion-ais, pois assim facilmente seriam resolvidos. Como não são para se resolver têm que passar por “complexos sistemas” e “técnicas sofisticados” que demoram tempos indeterminados até à sua pre-scrição. Enquanto isso, a fraude e a corrupção vai-se avolumando, deixando de ser actos esporádi-cos, para serem actos normais a entrar na banalidade, com o número de casos a aumentar de forma vertiginosamente, com pre-dominância nos últimos anos. Ela está tão enraizada na sociedade portuguesa, que parece tratar-se de uma obrigato-riedade, ou então de um sistema instituída para alguns políticos deste país.A corrupção em Portugal não é novidade para ninguém, nem tão pouco para os nossos políticos.

Este é o mesmo tema que em tempos o euro deputado do Partido Socialista, Eng.º João Cravinho alertou, e apresentou propostas para que se legislassem medidas urgentes para a combater mas, contrariamente ao esperado, as propostas por ele apresenta-das foram rejeitadas pelos seus próprios parceiros partidários. É com este tipo de procedimento que os nossos políticos demon-straram que de facto, por mais pragmáticos que eles sejam, são mesmo desconhecidos, o que nos leva a questionar a quem devemos entregar o “cheque”. Por isso, vamos entregar o “cheque” a quem provar merecê-lo.

Vítor Lemos

Livre ArbítrioOs artigos que se seguem são da inteira responsabilidade dos seus autores

Eleições ou cheque em branco. Quem o merece?“O Flagelo social”

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Livre Arbítrio

A Censura assombrou, até ao 25 de Abril de 74, toda a produção cultural portuguesa, assim como a Imprensa nacional. A Constituição do Estado Novo, em 1933, marca o início duma era de «trevas» na imprensa portuguesa, ao impor limites à liberdade, nomeada-mente ao instituir a censura, cujos tentáculos se estendiam desde a produção cultural (música, liter-atura, teatro) até aos jornais na-cionais. No que toca há imprensa nacional, o «polvo» exerceu com bastante vigor a força dos seus tentáculos inquisitivos e contro-ladores. Instituída por força do Decreto de Lei nº22 469, de 11.4.1933, a Censura, assim como todos os mecanismos para controlo do povo, viu o caminho aberto para a sua institualização na própria Constituição Portuguesa. Embora a lei máxima da Nação incluísse um elenco das ‘liberdades’ e ‘direi-tos’ do cidadão português, incluía, logo no artigo seguinte, a possibi-lidade de limitar essas liberdades e direitos, ao prever sua suspen-são, por Leis Especiais (art. 8, nº2 e 4º), sempre que o Governo achasse necessário. Descrita por Salazar, Ministro das Finanças à data, como essencial para a defesa duma informação credível e como garante da não deturpação de «factos, por ig-norância ou por má fé, para fun-damentar ataques injustificados à obra dum Governo, com pre-juízo pelos interesses do País», a censura foi, sem dúvida, uma das armas do Poder para tentar con-trolar a massa popular, moldando o seu espírito através da impren-sa. Para melhor compreender a visão de Salazar da censura, e da sua aplicação, deve-se ter em conta a visão de ‘liberdade’ que o govern-ante português tinha. Para o min-istro das finanças, e mais tarde Presidente do Conselho (cargo com maior influência na gov-ernação portuguesa do Estado Novo), a liberdade era um ‘poder’ a ser controlado e subjugado há autoridade. Esta subjugação de valores ao Poder era justificada com o abuso de liberdade ocor-rido no Portugal pré-sazalarista, advindo daí a necessidade de es-tabelecer ordem no País. Salazar não entendia a liberdade como um valor capaz de ser aferido pelos textos da imprensa, mas sim pelos costumes do povo. Pelo contrário, uma imprensa dema-siado livre podia levar á formação duma opinião pública assente em valores contrários à justiça, à moral, à boa ordem e ao ‘bem comum’. A censura assumia assim o papel de garante do esforço governativo no ‘bem comum’ da

Nação, ao «vigiar, supervisio-nar e repor a verdade em toda e qualquer notícia de ‘carácter sub-versivo’».Num gesto de hipocrisia, disfarça-da de paternalismo e abertura, Oliveira Salazar chegou a conf-essar que reconhecia falhas nos órgãos de censura, entendendo por isso a frustração de alguns jornalistas, chegando a afirmar que também ele já fora alvo de censura e que chegou mesmo a ter pensamentos revolucionários. A Imprensa tinha, para Salazar, um papel desprezível, servindo unicamente como veículo de prop-aganda dos feitos do governo, e para «acalmação dos espíritos». Através da Imprensa, o governo pretendia moldar e educar a opinião pública de forma a ga-rantir que esta lhe fosse favorável, ou no mínimo, não o contestasse.Este texto não escaparia ao olhar de uma mente esbugal-hada, munida de lápis azul, que não hesitaria em cortar tudo aquilo que entendesse que ia contra os cânones estabelecidos pelo governo. Ou seja, o texto começaria, não aqui, mas no parágrafo que se segue.O Portugal dos anos do Estado Novo era um país de brandos cos-tumes, tradições religiosas, onde o crime, a injustiça, acidentes, manifestações ou qualquer tipo de descontentamento não existia. O povo vivia sereno, sorridente com a situação nacional e empen-hado na prosperidade da Nação. As províncias ultramarinas eram locais de turismo, onde prolifer-ava uma economia favorável há metrópole, Lisboa, e a convivên-cia entre colonizador e coloniza-dos era saudável e calma, sem distúrbios de maior. MENTIRA. Mas este seria um discurso apro-vado pela censura e escrito dentro dos moldes que o governo dese-java impor na Imprensa nacional. Em 1933 é criado o Secretariado da Propaganda Nacional, mais tarde Secretariado Nacional de Informação (SNI), com o dever, esclarecido por Salazar, de «não deixar que a opinião pública visse o Mundo da janela do seu quarto». Definido pelo govern-ante como um «instrumento de Governo, bem diferente que ser considerado um instrumento do Governo», o SNI tinha por objec-tivos silenciar todos aqueles que discordavam da política salazar-ista e calar a oposição ao regime. Dirigido por António Ferro, acér-rimo apoiante de Salazar, e admi-rador dos regimes fascistas que emergiam na cena política euro-peia, o SNI geria, através de su-perior sanção da lei, os destinos de todos os órgãos de comuni-cação existentes em Portugal,

O traço do lápis azul fazia-se sentir sempre que determina-dos assuntos eram abordados. Assuntos como crimes, suicídios, julgamentos, e o Ultramar, eram alvo de vigilância privilegiada. O ‘Índex’ de palavras e nomes proibidos era extenso, incluindo expressões como ‘crises univer-sitárias’, ‘1º de Maio’, ‘opressão’, ‘vermelho’ (é aqui explicada a menção ao Benfica como o clube dos encarnados e não dos ver-melhos, pois essa seria uma peri-gosa alusão ao perigo bolchevista e comunista vindo da Rússia) ou nomes como o de Indira Ghandi, Marx ou Lenine. Segundo os artigos da altura, em Portugal acontecia o estranho fenómeno de pessoas caírem de pontes, tal e qual uma maça cai da macieira, sempre trágicos aci-dentes, nunca notórios suicídios. Dos julgamentos conheciam-se as penas, mas nunca o motivo por trás da pena, a menos que fosse por ‘actos subversivos’. Menções a assuntos religiosos eram bastante cuidadas, pois Salazar não queria criar celeumas com a Santa Fé, embora a censura tivesse feito sentir o seu traço sobre declarações do Papá Paulo VI, nas quais o sumo pontífice de-fendia que o direito à informação era universal e inviolável. Apenas o desporto parecia ser alheio ao olho sensível da Comissão de Censura, sendo considerada a secção «pulmão do jornal», já que era a única onde os jornalis-tas podiam respirar um pouco, al-iviado que era o nó da gravata da Comissão. No que toca ao panorama interna-cional, a censura era branda com os crimes, catástrofes, revoluções (desde que não fossem de es-querda…), males que afectavam apenas e só os desprotegidos países além fronteiras. O cerco apenas apertou com o início da Guerra Civil Espanhola, já que Salazar era adepto confesso de Franco. Com a II Guerra Mundial, e a vitória dos Aliados (Inglaterra, França e mais tarde Rússia) contra as forças do Eixo (Alemanha, Japão e numa pri-

meira fase a Itália de Mossulini), Salazar viu-se ‘forçado’ a expand-ir o seu apertado sentido de liber-dade e a permitir eleições ‘livres’ em Portugal. Assim, em 1958, o regime vesse a braços com um escândalo eleitoral, depois do candidato da oposição, o General Humberto Delgado, conhecido como o General sem medo, ter sido assassinado, que juntamente com o início da guerra no Ultramar (1961), com as sucessivas crises académicas em Coimbra (princi-palmente a ‘Crise de 69’), abalar-am os fortes alicerces do regime. Mas, quais os objectivos da censura? Acima de tudo, impedir que fosse do conhecimento público todo e qualquer facto que mostrasse as meias rotas do regime. Para isso, era necessário impedir a investigação jornalísti-ca, aprisionar a livre circulação de ideias, persuadir o jornal a elogiar os feitos dos governos, esquecen-do-se dos ‘defeitos’. A lei permitia que fosse imposto ao jornal a pub-licação de factos relatados pela Comissão, assim como permitia a total proibição de mencionar certos acontecimentos ou factos.No entanto, e como o verdadeiro jornalista é mais do que um «pé de microfone», com o tempo fo-ram-se aperfeiçoando métodos de fazer passar a mensagem ‘entrelinhas’, fosse através de subterfúgios da linguagem fosse pela publicação de notícias ‘à contrario’, nas quais era feito um desmentido duma qualquer de-claração que nunca fora proferida, mas que continha a mensagem que o jornalista queria passar. Não obstante a criação deste jor-nalismo ‘encriptado’, eram muitas as vezes em que o redactor se sentia frustrado e amargurado. Era geral o sentimento que levava a uma auto-censura. Ou seja, o jornalista quando escrevia a sua peça pensava se aquilo que estava a escrever iria ou não ser aprovado pela Comissão, quando achava que não, ele próprio mudava o texto ou abandonava a peça. Adriano Correia de Oliveira cantava haver «sempre uma

candeia, mesmo na noite mais triste, há sempre alguém que resiste», e estes ‘alguens’ resist-entes acabaram com a noite que se havia abatido sobre Portugal com o Estado Novo. A aurora foi na madrugada de 25 de Abril de 1974, na Primavera chegou a ‘primavera’, a palavra que sig-nificava revolução na linguagem código criada na imprensa. Com o sol da democracia chegou a liberdade de Imprensa, instituída pela Constituição da Republica Portuguesa de 1976.Hoje, ano de 2009, era de todas as liberdades, a Imprensa encon-tra-se numa teia, cuja aranha são os interesses económicos, políti-cos, que continuam a definir a linha editorial de muitos órgãos de informação. O lápis do Portugal pós- 25 de Abril não é mais azul. Tornou-se um lápis invisível, clandestino. De uma forma mais velada, é certo, a liberdade de imprensa continua um mito. Os órgãos de comunicação privados vêem sobre si a espada do ‘lucro’, sem o qual não sobrevivem. Optam então, não raras as vezes, por publicar aquilo que é rentável, que vende, descurando a quali-dade informativa e o rigor. Mas se nos órgãos privados o factor económico é orientado para o lucro, nos órgãos públicos o factor económico orienta-se pelo finan-ciamento, já que este está de-pendente do Governo, em grande parte. Num mundo ideal a censura não existiria. Ou teria Salazar razão quando afirmava ser necessário controlar a informação dada ás massas, de forma a evitar certos males? O mundo não é um sítio ideal, tal como não era a de-mocracia para Churchil. Mas é o sítio que temos, e a democra-cia, mesmo com todos os seus vícios, continua a ser o melhor sistema. Como «não há machado que corte a raiz ao pensamento», mesmo existindo censura, ainda que hoje o lápis seja invisível, cabe aos jornalistas manter acesa a «candeia» da liberdade.

Joana Carneiro

A CENSURA QUE ABRIL NÃO MATOU A acção do ‘lápis azul’ nos tempos de Salazar e do lápis invisível do pós-25 de Abril

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Opinião Pública

Habituei-me a ler a apreciar as suas crónicas, que se-manalmente eram publicadas no jornal de Santo Thyrso. Além da qualidade da escrita, V. Exª revelava e revela um conhecimento profundo do concelho e principal-mente da nossa cidade. Quem lia as suas crónica ficava com a certeza da pertinência das suas reflexões e das sugestões, que na maior parte dos casos justificavam o meu acordo. As suas crónicas emprestavam ao jornal de Santo Thyrso uma inegável mais-valia e contribuam para o debate de ideias, que entretanto foi esmorecendo. Sendo o Drº Pedro Fonseca da cidade de Santo Tirso, é com algum espanto que o vejo a escrever no jornal entremargens. A crónica que publicou na edição de 8 de Abril com o título “Época de Saldos” e que me chegou ao conhecimento, prova a coragem e a lucidez na análise do processo em torno da candidatura do meu amigo José Graça. Não é no entanto, isso que suscita esta minha carta. Outros como eu, não percebem esta “troca” do jornal de Santo Thyrso pelo entremargens, e por isso gostariam de saber quais os motivos que estiveram na origem desta decisão, se é que eles podem ser tornados públicos, está claro! Bem-haja.

José Carvalho Vieira

Carta Abertaao Senhor Drº Pedro Fonseca Começo por vos convidar a

fazer uma caminhada num tapete rolante onde o tempo pára. Aí podemos observar e não simples-mente ver o que passa por nós tão fugazmente.Passo a passo a viagem começa, a velocidade aumenta, o batimento cardíaco acelera…a caminhada dá lugar à corrida e é nesta fase que cada um começa a conhecer os seus próprios limites.Cansados?! Podem então suspender o exercício. O que sentiram?Eu senti que isso são os dias de hoje! Dias em que não se sai do sítio; dias em que se caminha sempre na mesma direcção; dias em que não se vêm outros cenários, diferentes perspectivas, novos caminhos; dias em que não há coragem para ultrapassar a acomodação. A imagem de um tapete rolante não podia ser mais exemplificativa, pois por mais que andemos ou corremos sentimo-

nos satisfeitos ficando sempre no mesmo.Será que a caminhada não seria bem mais enriquecedora se a fizessem pelo próprio pé? Passando e absorvendo difer-entes cenários? A postura deveria ser essa…Estamos num tempo em que a evolução e a globaliza-ção são uma realidade à vista e não adianta fecharmos os olhos e tentarmos passar despercebidos. Temos sim de saber adaptar-nos à realidade, o que para muitas pessoas não é tarefa fácil, mas é como refere a Coca-Cola, “Primeiro estranhasse e depois entranhasse”.Imaginem apenas como era a educação à alguns anos atrás; imaginem quantas variedades de iogurtes tinham à algum tempo atrás; E Hoje? Imaginem-se sem telemóvel ou internet? Imaginem-se sem cultura? Ainda se lembram dos escudos e dos centavos? E que tal foi a

adaptação? Não custou nada pois não? Até aderiram e muitas vezes agradecem. E porque não fazer isto para todas as vertentes da nossa vida? Devemos sempre acompanhar a evolução e adaptar-nos às novas realidades, apostar na criatividade e no sentido em-preendedor. É importante mudar para inovar e é isso que marca toda a diferença. Parar é morrer!Mas, se até hoje ainda alguém não conseguiu mudar e vive na esperança que tudo será como antes, não vale a pena acreditar que o tempo volta atrás. O caminho é para a frente, para os lados e para todas as direcções possíveis. A evolução e a mudança estarão sempre lá, não adianta fugir ou tentar esconder.Hoje o risco é não arriscar!

Andreia Costa(Estudante 2º Ano Licenciatura Gestão de Marketing)

Hoje…sim hoje!

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Em 1987 um coleccionador Tirsense foi convidado a expor as suas colecções na Mostra Freamunde 87, aceitou o convite para a Expo onde o publico podia dar a sua opinião sobre a colecção que mais gostou e nela podia votar, qual meu espanto a colecção de notas e moedas que eu tinha há já longa data foi a mais votada e ficou no 1º lugar dessa Mostra. Para mim foi e é um prazer esse prémio e a partir desse ano isso foi motivo para em Santo Tirso também se fazer

exposições do género. A primeira foi no Foral por altura da inaugu-ração da nova igreja, estiveram presentes varias entidades na inauguração a mostra esteve treze dias a público e no final uma pergunta surgiu é para se continuar ou se fica por aqui, todos foram unânimes é para se continuar Santo Tirso em colec-cionismo colectivo nada tem é hora de ter e assim nasceu o primeiro Grupo de coleccionismo colectivo em Santo Tirso com o nome de "COLECCIONAR É

CULTURA " grupo que muito tem feito pelo hobby coleccionista.Mais tarde em 1991 se criou a feira do coleccionismo junto à Câmara, sempre no 2º Sábado do mês o seu responsável e fundador é Luís Araujo um coleccionador de longa data na sua terra natal. Pena é que a nossa terra não seja reconhecida por " Capital dos Pasteis jesuítas"

M. Luis Araujo(enviado por e-mail)

"Coleccionar é cultura "

MAIS UM OUTDOOR DO PSD VANDALIZADO

Em apenas um mês, já é o segundo outdoor do PSD vandali-zado, depois da estrutura colo-cada na rotunda Lorosae, agora,

foi a vez da colocada na rotunda da A3.

O método, já nosso conhecido, é sempre o mesmo. Alguns energú-menos de forma cobarde e na calada da noite, aproveitando a densidade das chuvas, encontra-ram a oportunidade para vandali-zarem e destruírem o outdoor, só porque se sentiam incomodados com a mensagem nele colocado.

A esses energúmenos e co-bardes, o PSD desafia para virem a público contraditar a mensagem, em vez de destruir o outdoor, contraditem, este e todos os que por aí estão espal-

hados, contraditem! exerçam o direito ao contraditório. Utilizem os muitos instrumentos ao vosso dispor. Saiam da penumbra!

Percebemos o quando é difícil contraditar a verdade. Todos sabem, que quer a Maternidade, quer a Urgência Médico-Cirurgica, além de outras valências do nosso hospital, foram para Famalicão, com óbvios prejuí-zos para as populações do nosso concelho! Lamentamos. Não são boas noticias, mas é tão somente a verdade, com que alguns têm dificuldade em conviver.

Quando estamos prestes a

comemorar os 35º aniversário do 25 de Abril de 1974, que encerra uma das páginas mais importantes da nossa história recente. Quanto se comemora a restauração da liberdade, e principalmente, da liberdade de expressão. Quando, e apesar de jovem, a nossa de-mocracia dá sinais de maturidade, eis que algumas pessoas em Santo Tirso, teimam em manter vivas as atitudes de intolerância e de autoritarismo. Para esses, que têm dificuldades em “digerir” espaços de comunicação que se limitam a retratar a verdade, e que ainda guardam alguns resquícios do tempo do fascismo, podem ter a certeza, que não nos deixare-

mos amordaçar nem tão pouco intimidar.

À fúria daqueles que não supor-tam a liberdade de expressão, nomeadamente quando os instru-mentos utilizados por terceiros escapam ao seu controle, respon-deremos com o nosso repúdio, com coragem e determinação.

Santo Tirso, 20 de Abril de 2009

A CPC do PSD de Santo Tirso

COMUNICADO DA CPC DO PSD DE SANTO TIRSOPUB

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29 DE ABRIL DE 2009 | ANO 0 N.º 1 | QUINZENÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 21

Arte & Lazer

Todos os dias somos bom-bardeados por c o n s t a n t e s ameaças à segurança dos nossos PCS, incluindo com-

putadores que nem sequer estão ligados em rede ou à Internet. Existem alguns procedimentos que podemos efectuar, para que o receio de riscos ao usar o nosso PC , seja menor.Uma das ameaças mais recentes é o Phishing. O Phishing não é nada mais que uma tentativa de “pesca” de credenciais dos utilizadores por indivíduos mal intencionados que tentam fazer passar-se por

entidades idóneas, normalmente bancos, e como se sabe, os bancos nunca enviam emails a perguntar por credenciais! Normalmente, estas mensagens fazem apelos e evidenciam perigos que não existem. Estes apelos não se devem ser levados em conta. Os criminosos usam essa táctica, porque a comu-nicação entre o nosso PC e o servidor do Banco é codificada de tal forma, que é praticamente im-possível de quebrar, logo, a forma mais simples é obrigar o utilizador a voluntariamente revelar as suas credencias.Existem outras técnicas, como por exemplo a Engenharia Social, em que o utilizador usando cre-denciais como por exemplo, o

nome da sua mãe, o criminoso sabendo o seu historial pode rapi-damente chegar à password. O outro método é existindo um vírus no nosso PC.Hoje praticamente não existe desculpa, para não se instalar um antivírus no PC. Existem al-ternativas grátis para utilizadores domésticos e para empresas (uso comercial). Para utilizadores domésticos, as mais completas são sem dúvida o AVAST e o AVG, bem como outros softwares que podem ser consultados aqui (os grátis têm a designação: Freeware)ht tp: / /www.f i leh ippo.com/software/antivirus/Para empresas a versão mais completa é o Cómodo antivírus,

podendo o mesmo ser obtido na seguinte página: http://personalfirewall.comodo.com/download_firewall.htmlNo caso do Cómodo recomendo apenas a instalação do Antivírus, dado que a componente firewall poderá ser bastante complexa de configurar, nomeadamente os uti-lizadores menos experientes.Existe um segundo nível de segurança que poderá ser utilizado, que são os anti-spy-ware. O spyware é um software que se instala sem consenti-mento, podendo registar hábitos

de sites, informações que os uti-lizadores digitam nos sites que visitam. Existem várias aplicações que procuram pelo spyware e o removem, as melhores são sem dúvida o Malwarebytes Anti-Malware 1.36, e o Adware, podendo as mesmas ser obtidas em:ht tp: / /www.f i leh ippo.com/software/antispyware/Fazendo um “scan” semanal com estas aplicações, garantimos uma maior segurança da nossa informação, e do nosso PC.

@Dúvidas, [email protected]

Aumente a Segurança do seu PC!

OFICINA DE INFORMÁTICA por Miguel Martins

Pintura

A pintura “A Grande Aventura”(imagens do 25 de Abril), foi realizada em 1985, tem mais de 5 metros de cumpri-mento e pretendia ser um hino ao 25 de Abril e á democracia. A democracia na altura a entrar na puberdade com 11 anos, aquela idade em que se tem a vida toda pela frente, tudo são sonhos e optimismo.A nossa democracia agora com 35 anos esperava-se que estivesse madura, confiante, orgulhosa dos resultados obtidos, surge-nos no entanto prematuramente envelhecida, débil e até envergonhada da sua forma fisica e intelectual.A “Grande Aventura” lembra-nos que a verdadeira revolução

ainda está por começar. Fazer uma revolução em 25 de Abril foi fácil, tomar o poder e acabar com a ditadura não foi dificil. Construir uma ver-dadeira democracia com PAZ, PÃO, HABITAÇÃO, SAÚDE, EDUCAÇÃO, IGUALDADE, JUSTIÇA, TRANSPARÊNCIA E EMPREGO, essa revolução ainda está por começar, essa é a Grande Aventura, esse é o grande desafio que se coloca á nossa frente. Essa revolução não se faz com tanques nem armas nem cravos, mas sim com uma mudança de mentalidades, com altruismo, tolerância, empenho e união no interesse nacional.Num ano marcadamente político, com três actos elei-

torais decisivos é imperioso que os partidos apresentem candidatos credíveis, que saibam reconhecer o estado de emergência em que se encontra a nossa sociedade e apresen-tem soluções adequadas á situação desesperante em que nos encontramos. A democracia precisa de políticos que encarem o poder como um serviço, como uma actividade nobre, só assim se poderá fazer a verdadeira revolução de Abril.A apresentação pública da pintura “A Grande Aventura” (imagens do 25 de Abril) será no Sábado, 25 de Abril pelas 17.30 H, na Junta de Freguesia de Vila das Aves.

“A GRANDE AVENTURA”(imagens do 25 de Abril)

CONVITE A COMISSÃO DE HONRA DA CANDIDATURA DRº JOÃO ABREU À PRESIDENCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO PELO PSD, CONVIDA V. EXª A PARTICIPAR NO JANTAR DA SUA APRESENTAÇÃO QUE ESTÁ MARCADO PARA O PRÓXIMO DIA 30 DE MAIO DE 2009.

OS INTERESSADOS PODERÃO FAZER A SUA INSCRIÇÃO ATRAVÉS DO Nº 910816345

Feira do Coleccionismo e Antiguidades de Santo Tirso No 2º Sábado de cada mês realiza-se a Feira do Coleccionismo de

Santo Tirso na Praça 25 de Abril ( junto à Câmara de Santo Tirso )

Este evento é da responsabilidade de Luis Araújo, presidente do grupo "Coleccionar é Cultura " de Santo Tirso fundado há 2O anos.Desde 1988 que tem estado a favor do hobby coleccionista na nossa terra com vários eventos na cidade e no país.Este coleccionador já premiado em exposições criou as "Ideias Coleccionar é Cultura" que deu origem ao Grupo e abriu portas a outros grupos no hobby.

Seja nosso convidado. Participe nesta feira aberta a todos os que pretendam.

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Coleccionismo

RALLYE SANTO THYRSO CONVIDA 2009De 01-05-2009 a 02-05-2009

Desporto

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PassatemposSudoku

Desejo tanto que respeitem a minha liberdade que sou incapaz de não respeitar a dos outros

Françoise Sagan “Ken Ken

Como Jogar

As regras para jogar KenKen são bastante simples:Para um enigma 3x3, preencher com os números 1-3, e assim sucessivamenteNão repita o mesmo número em qualquer linha ou coluna.Os números em cada conjunto fortemente delineadas de quadrados, chamada gaiolas, devem combinar (em qualquer ordem) para produzir o alvo número no canto superior da gaiola usando a operação

Sabia que...?

Pen

sam

ento

No dia 24 de Abril de 1974, pelas 22h 55m, a canção “E Depois do Adeus”, interpretada por Paulo de Carvalho, foi transmitida aos micro-fones dos Emissores Associados de Lisboa, marcando assim o início das operações militares contra o regime.

Pelas 00 horas e 20 minutos do dia 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas (MFA) usou a canção “Grândola Vila Morena” de José Afonso, transmitida no programa “Limite” da Rádio Renascença, como sinal de confirmação de que as operações militares estavam em marcha.

As instalações da Rádio Televisão Portuguesa, da Emissora Nacional, da Rádio Clube Portuguesa, do Aeroporto de Lisboa, do Quartel General, do Estado Maior do Exército, do Ministério do Exército, do Banco de Portugal e da Marconi, foram ocupadas pelas forças militares por serem considerados locais estratégicos fundamentais.

O primeiro comunicado ao país do Movimento das Forças Armadas (MFA) foi difundido pelo Rádio Clube Português, pelas 4 horas e 20 minutos.

Às 13 horas e 30 minutos, as forças para-militares leais ao regime, começam a render-se. A Legião Portuguesa foi a primeira.

Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, procedeu a um governo de transição.

A extinção da polícia política (PIDE/DGS) e da Censura, os sindica-tos livres, e a legalização dos partidos, encontram-se entre as medidas imediatas da revolução.

matemática indicada.Gaiolas com apenas uma caixa devem ser preenchidas com o número alvo no canto superior.Um número pode ser repetido dentro de uma gaiola, desde que não se encontra na mesma linha ou coluna.

Sopa de Letras

ABRIL

CAPITAES

CARMO

CHAIMITE

CRAVOS

GRANDOLA

LIBERDADE

MARCELO

MFA

OTELO

PIDE

REVOLUCAO

SALGUEIROMAIA

SOLDADOS

SPINOLA

REGIME

Freguesias do concelho de Santo Tirso

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Sudoku Ken Ken Sopa de Letras

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3

4

EMBRULHARUM

PRESENTEUSARCOMO

TOALHAFAZER

UMAVIÃO

...

NÃO DEITE FORA ESTE JORNAL

REUTILIZE

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santo tirsohojePontos de DistribuiçãoAgrela

Café AgrelenseCafé Antigo Café Europa Café Pica Pau Café São Pedro Mini-Mercado MoranguitoPadaria ArtesanalPão Quente Cruzeiro

Água Longa

Café Califórnia Café Maracana Café Snack Bar São Roque CRP de Água LongaMercearia Conde Pastelaria Pão Quente Trigo de Sonho LdaSupermercado MAG

Areias

Café Cidade na AldeiaCafé Danijú

Café Vieira Cafetaria GenovaFutebol Club das CaldasPizzaria NoddyPosto Galp

Burgães

Café Burganense Lda Café D´AvelhaCafé DavidsonCafé RamadaMercados AvelinoPosto da Cepsa

Guimarei

Mini-Mercado Oliveira

Lama

Café Encontro Café Santo António Padaria Cafetaria Pão de Mel

Lamelas

Café PrimaveraCafé Salgada Pão Quente Sonho Meu

Monte Córdova

Associação Recreativa de Cavanas

Bar JovemCafé GonçalvesCafé HortalCafé Juventude Café LoboCafé MaiaCafé Mercearia Moreira Café Restaurante MoreiraCafé Universal MadeilealMini-Mercado CarneiroMini-Mercado MeroucinhosPão Quente Panisilva Petisqueira Santa Luzia

Rebordões

Associação Recreativa de RebordõesCafé Bem Estar Café Verga DelaMini-Mercado (Loja Nova)Pastelaria Pão Quente 5 TorresQuiosque MFMQuiosque Padrão

Refojos

Café Casa Gomes Café Salão Café São Cristovão

Reguenga

Café Castro Café Santa Maria Rancho Típico Sta Maria da Reguenga

Roriz

Café Alberto Costa Café ArgolaCafé Central Café Chico Neves Café de FontãoCafé São JorgeCafé São Pedro Mini-Mercado Caldas

Santa Cristina do Couto

Café BarrosCafé CostaCafé do Bairro Café Grilo Café PereiraCafé Quim D´AdegaCafé SafariCafé Snack Bar TarrioMina d´Água, café restaurante LdaMini-Mercado MerouçosPão Quente Pantir

Posto Galp (São Roque)

Santiago da Carreira

Café Conde Café Pedra Azul Café Santiago O Nosso Café Posto BP

Santo Tirso

BABBUS - Quiosque e PapelariaPosto Galp (Auto-reparadora Picoto)Quiosque da Central de CamionagemQuiosque ManetaQuiosque MartinsQuiosque MascotinhaQuiosque UniversalQuisque e Café - Laços de CulturaQuiosque do CC Carvalhais

São Mamede de Negrelos

Café Brasil Café Casa de Pasto Olival

Quiosque Central + Café MeloSanto Sabor CaféSupermercado Elizabete Nunes

São Martinho do Campo

Café Beira RioCafé Francisco BessaCafé SuperstarCafé Rompante Café VenezaCasa Leão Quiosque AvenidaScamSnack Bar Restaurante

São Miguel do Couto

Café São Miguel Mini-Mercado AndradeMini-Mercado Sâo RosendoPantirRicardo´s Café

São Salvador do Campo

Marcearia AbreuPão Quente Doce Bela VistaPão Quente Maripão

São Tomé de Negrelos

Associação Recreativa de NegrelosCafé Adeskavir Café das Pombinhas

Café Devesa Café Giovani Café Nova York Café Santo António Casa do Povo Rio Vizela Padaria São Tomé Pão Quente Bela Vista Papelaria FernandesSupermercado Matias

Sequeiró

Associação Recreativa de SequeiróCafé BouçasCafé LarCafé Ponto de EncontroCafé RegoPosto de Combustível (Top Tire)Quiosque A.M.

Vila das Aves

Café Europa Café LuvazimCafé Nova Geração Café Nunes

Café PalácioCafé Sampaio Café Santo André Café SenegalCafé Snack Bar P-1 Café Surpresa Café TrovadorElipaper - Papelaria e LivrariaPapelaria BelitaPapelaria CCPosto Combustível Alves BandeiraPosto Galp (T.F.Geste)Quiosque PoldrãesQuiosque Troféu

Vilarinho

Café Brothers Café CarvalhoCafé Juventude Café Nova Geração Café Pastelaria 2000Café Soares Mercado Senhora da LivraçãoPão Quente Vila Boa Quiosque Pôr Do SolSede do Futebol Clube de VilarinhoSupercado Rompante

Avidos (Famalicão) Supermercado Sousa

Cabeçudos (Famalicão)

Casa Carlos

ESTES SÃO OS LOCAIS ONDE PODE ENCONTRAR O SEU JORNAL

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Última Poucos dias depois da

visita da Ministra da Saúde ao Hospital de Santo Tirso, o Santo Tirso Hoje, tomou conhecimento, através de uma fonte do próprio Hospital, que os espaços reservados à ortopedia e cirurgia estão em risco de derrocada. Segundo a refer-ida fonte, esta situação terá sido originada pelas obras de requalificação da nova urgência que, ao que tudo indica, poderão ter abalado

as estruturas dos referidos espaços e posto em causa as condições de segurança. Ao que se apurou, nos próxi-mos dias, estas valências serão deslocalizadas para outros espaços, presumindo-se que a título provisório. Contactado via telefone, José Dias, Presidente do Concelho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Ave, não corroborou esta informação: “O que ac-ontece é que as obras vão

implicar fazer uma estrutura interna que vai ser coloca-da amanhã (terça-feira 28 de Abril). Nesta altura todo o edifício está escorado. Vai ter que se retirar essas escoras. Não existe risco nenhum mas para termos a certeza, entendemos que nestes dias, até ao dia 6 de Maio, deixaremos de utilizar os internamentos de cirurgia e ortopedia. É uma medida preventiva.”

SERVIÇOS DE CIRURGIA E ORTOPEDIA DO HOSPITAL DE SANTO TIRSO

“EM RISCO DE RUIR”

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Realizou-se, no dia 27 de Abril, uma sessão da Assembleia Municipal Ordinária. Dos vários pontos de discussão agenda-dos, destacaram-se a apresentação das contas da Câmara Municipal e dos SMAES (Serviços Municipalizados de Água, Electricidade e Saneamento) assim como a elevação da freguesia de Vilarinho a Vila.Durante a sessão, as contas da Câmara foram aprovadas por maioria com os votos contra do PSD e da CDUOs deputados do PSD classificaram o balanço da actividade da Câmara como altamente negativo. Segundo as contas ap-resentadas, em 2008 a taxa de execução do plano de investimentos ficou-se pelos “tímidos e envergonhados” 31%, ou seja, menos 69% do previsto. O Deputado Alírio Canceles acusou o Presidente da Câmara, Castro Fernandes de ter defraudado e en-ganado as populações com um “Plano para 2008 cheio de promessas, tendo apresen-tado uma mão cheia de nada”.Dos 25 milhões de euros previstos no plano de investimentos, apenas foram executa-dos 7,8 milhões de euros, sendo que uma parcela considerável foi consumida em obras de gestão corrente. Para a bancada do PSD, “tal como nos anos anteriores, em 2008 não se vislumbrou qualquer obra es-

truturante no concelho”. Os deputados da bancada laranja, acusar-am, ainda, o executivo de não ter implemen-tado qualquer estratégia de gestão capaz de reanimar a economia local, e contribuir para alterar o “rumo depressivo em que mergulhou o concelho”, já que nos últimos 4 anos, o índice de execução médio orça-mentado do plano de investimentos se ficou pelos 37%. Dos 114.000 milhões de euros previstos nos orçamentos de 2005, 2006, 2007 e 2008, apenas foram executados 43 milhões. “Os 27 anos de governação do partido socialista e particularmente do Senhor Presidente da Câmara não fizeram história…”, declarou Alírio Canceles na sua intervenção. As contas de 2008 ficaram igualmente marcadas por um resultado negativo de 1.840.983,54 euros, situação que, segundo os deputados do PSD, se ficou a dever “aos fracos resultados negativos ao nível dos proveitos bem como o agravamento dos custos”.Também as dívidas a terceiros não es-caparam ao olhar crítico dos laranjas que acusaram a administração camarária de “hipotecar as próximas gerações”, já que os empréstimos de longo prazo que totalizam cerca de 16 milhões de euros, sofreram, o ano passado, um acréscimo de 5% com o consequente agravamento dos juros. Apontando o dedo à Câmara, as criticas dos sociais-democratas incidiram de igual forma sobre a rubrica destinada á educação que, recorda-se, significou apenas 28,5% do valor orçamentado. Dos 3,3 milhões de euros previstos, apenas foram executados 996 mil euros. Além disso, também nas questões sociais, a execução ficou-se pelos 3,81%, o que segundo Alírio Canceles dispensa qualquer comentário.

O Partido socialista justificou o seu voto fa-vorável, considerando que Santo Tirso con-tinua a não constar de quaisquer rankings de ilegalidades, de passivos descontrolados ou de endividamento excessivo. Para os rosas, os documentos aprovados retratam a gestão da autarquia no ano de 2008 sendo que foram cumpridos as funções que decor-rem das atribuições e competências munici-pais, recorrendo ao crédito, mas sem hipo-tecar o futuro, com rigor e transparência.Por outro lado, as contas dos SMAES foram aprovadas com os votos contra do PSD e abstenção da CDU.A reprovação das contas pelos sociais-de-mocratas depreendeu-se com a execução orçamental do plano de investimento, em 2008, situado nos 31,32 % e qualificada pelos mesmos como “medíocre”. Quanto aos índices de execução do plano de inves-timento que, por norma, reflecte o investi-mento em obra, a situação é, segundo os laranjas, ainda mais grave porque “apenas foram executadas cerca de 20,60% do valor previsto”. Segundo Alírio Canceles, a média de execução orçamental referente aos anos de 2005, 2006 e 2007 e 2008, não ultra-passou os 30%, sendo que em obra real, dos cerca de 20 milhões de euros previs-tos para os anos de 2005,2006, 2007 e 2008, apenas foram executados 5 milhões. O PSD vai mais longe ao referir que em termos globais, o plano de investimento se resume a uns míseros 13,50%, o que para o deputado laranja “é um valor insignificante e evidência de forma clara que, apesar dos anúncios com que somos diariamente bom-bardeados, ainda existem muitos quilómet-ros de infra-estrutura para construir”.Na questão da elevação de Vilarinho à condição de Vila, a ordem do dia contem-plava dois pontos, um que consistia numa proposta do Presidente da Câmara datada

de 26 de Março de 2009, e outra do Partido Comunista Português que deu entrada na Assembleia de República em 27 de Junho de 2007, e que foi apresentada na Assembleia Municipal sob a forma de Projecto de Lei, a que foi atribuído o nº 389IX. Neste docu-mento, que Assembleia da República enviou ao Presidente da Assembleia Municipal de Santo Tirso, pretende-se que seja emitido o respectivo parecer (obrigatório) para que o projecto possa seguir o seu percurso. Ambas as propostas foram aprovadas. No entanto, PSD e CDU criticaram a proposta extemporânea do Presidente da Câmara. Para o PSD, “o Presidente da Câmara ultra-passou o PCP pela direita, ao plagiar a sua proposta, que tinha sido publicamente divul-gada no Jornal de Noticias de 30 de Junho de 2007”. “Esta proposta com data de 29 de Março de 2009, torna clara a forma e o tipo de política do Presidente da Câmara, e evidencia o desrespeito pelas mais el-ementares regras de convivências democ-rática, para procurar ganhar alguns votos através de uma proposta de terceiros”, referiu também Alírio Canceles. Quanto a CDU, a deputada Vera Silva, na sua de-claração de voto referiu o “oportunismo da Câmara Municipal”, sendo que há 2 anos atrás, foi o próprio PS que tinha declarado que a proposta da CDU era de oportunismo político e eleitoralista. A deputada da CDU declarou, ainda, que há pouco menos de 6 meses para o acto eleitoral, esta proposta do Presidente da Câmara Municipal era, essa sim, altamente eleitoralista. Por sua vez o Presidente da Junta de Freguesia de Vilarinho enalteceu o crescimento da freguesia defendendo que quem apregoa-va há uns anos atrás o atraso de Vilarinho assume, agora, que Vilarinho preenche os requisitos para a elevação à categoria de Vila.

ASSEMBLEIA MUNICIPALContas da Câmara discutidas em ambiente efervescente