2 de dezembro de 2010 n.º 449jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/10/entre_margens… ·...

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entre MARGENS 2 DE DEZEMBRO DE 2010 N.º 449 DIRECTOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES PERIODICIDADE: BIMENSÁRIO. APARTADO 19-4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si Mais perto de si 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 365 dias do ano aberta até às 22h30 PUB “Os nossos patrocinadores acreditam cada vez mais no nosso potencial” O piloto tirsense ainda está a viver as emoções da conquista pelo segundo ano consecutivo do Campeonato Mundial de Ralis Produção, em Gales, e já se desdobra em contactos para preparar a próxima temporada e, quem sabe, dar o salto para um WRC, mas, diz Araújo, “é francamente difícil conseguir o valor necessário para que o sonho passe a realidade”. Pág.s 4 e 5 ARMINDO ARAÚJO EM ENTREVISTA DEPOIS DA CONQUISTA DO FEITO INÉDITO A NÍVEL MUNDIAL DO BI-CAMPEONATO MUNDIAL DE RALIS PRODUÇÃO Joaquim Ferreira de Abreu condecorado pelo presidente da República O EMPRESÁRIO AVENSE FOI DISTINGUIDO POR CAVACO SILVA COM O GRAU DE COMENDADOR DA ORDEM DO MÉRITO AGRÍCOLA, COMERCIAL E INDUSTRIAL. PÁG. 8 Dan Riverman manda calar o frio Terminou em jeito de melodia o I Ciclo de Música Moderna Portuguesa. Casa cheia e um ca- samento perfeito entre a mascu- linidade de Dan e a crassa femi- nilidade de Nicole. Pág. 16 Desportivo das Aves não descola do fundo e F. C. Tirsense consolida a liderança AVES RECEBE BENFICA EM JANEIRO. PÁG.S XX Junta de Vila das Aves toma posição limite para que os comboios voltem à linha 1 Condicionar o estacionamento na rua Silva Araújo é a proposta que o executivo local vai apresentar na Assembleia de Freguesia de 11 de dezembro. Enquanto isso, a CP e a Refer nada dizem sobre o assunto, mas junta local quer que comboios voltem a parar na linha 1. Pág. 24 SUPLEMENTO DE NATAL Aos 5 anos, o que sabem eles do Natal? Um festival de grandes concertos e uma noite de amor O Entre Margens esteve no Gui- marães Jazz e revela nesta edição as impressões que ficam deste grande festival que acontece ‘ali ao lado’. Para já, fica a con- vicção de que o saxofonista Charles Lloyd protagonizou o grande momento desta 19º edição do festival. Pág.s 14 e 15 ILUSTRAÇÃO: NUNO MOTA Guimarães jazz

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Page 1: 2 DE DEZEMBRO DE 2010 N.º 449jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2019/10/entre_margens… · Fora de portas - Santo Tirso - Guimarães - Famalicão Exposição: Cantos da Casa

entreMARGENS2 DE DEZEMBRO DE 2010 N.º 449

DIRECTOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES PERIODICIDADE: BIMENSÁRIO..... APARTADO 19-4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES 0,80 EUROS

Mais perto de siMais perto de siMais perto de siMais perto de siMais perto de si365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30365 dias do ano aberta até às 22h30

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“Os nossos patrocinadoresacreditam cada vezmais no nosso potencial”O piloto tirsense ainda está a viver as emoções da conquista pelosegundo ano consecutivo do Campeonato Mundial de Ralis Produção,em Gales, e já se desdobra em contactos para preparar a próximatemporada e, quem sabe, dar o salto para um WRC, mas, diz Araújo, “éfrancamente difícil conseguir o valor necessário para que o sonho passe arealidade”. Pág.s 4 e 5

ARMINDO ARAÚJO EM ENTREVISTA DEPOIS DA CONQUISTA DO FEITO INÉDITOA NÍVEL MUNDIAL DO BI-CAMPEONATO MUNDIAL DE RALIS PRODUÇÃO

Joaquim Ferreira de Abreucondecorado pelopresidente da RepúblicaO EMPRESÁRIO AVENSE FOI DISTINGUIDO POR CAVACO SILVACOM O GRAU DE COMENDADOR DA ORDEM DOMÉRITO AGRÍCOLA, COMERCIAL E INDUSTRIAL. PÁG. 8

Dan Rivermanmandacalar o frioTerminou em jeito de melodiao I Ciclo de Música ModernaPortuguesa. Casa cheia e um ca-samento perfeito entre a mascu-linidade de Dan e a crassa femi-nilidade de Nicole. Pág. 16

Desportivo dasAves não descolado fundo e F. C.Tirsense consolidaa liderançaAVES RECEBE BENFICAEM JANEIRO. PÁG.S XX

Junta de Vila das Aves tomaposição limite para queos comboios voltem à linha 1Condicionar o estacionamento narua Silva Araújo é a proposta que oexecutivo local vai apresentar naAssembleia de Freguesia de 11 de

dezembro. Enquanto isso, a CP e aRefer nada dizem sobre o assunto,mas junta local quer que comboiosvoltem a parar na linha 1. Pág. 24

SUPLEMENTO DE NATAL

Aos 5 anos, oque sabem

eles do Natal?

Um festival degrandes

concertos e umanoite de amorO Entre Margens esteve no Gui-marães Jazz e revela nesta ediçãoas impressões que ficam destegrande festival que acontece‘ali ao lado’. Para já, fica a con-vicção de que o saxofonistaCharles Lloyd protagonizou ogrande momento desta 19ºedição do festival. Pág.s 14 e 15

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Fora de portas - Santo Tirso - Guimarães - Famalicão

Exposição: Cantos da CasaSanto Tirso, Casa da Galeria. Até 23 deJaneiro de 2011, de terça a sábado, das15h00 às 19 horas.

“Cantos da Casa” tem por tema aCasa, os seus aposentos, os seuscantos, a vivência intimista de acon-chego, em contraponto com a agi-tação do mundo exterior. Váriosartistas entre os quais Evelina Oli-veira, Isaque Pinheiro, Joana Rêgoe Joaquim Jesus, partilham as ima-gens das suas vivências, transfor-madas e recriadas, que fazem ape-lo a que se encontrem outros can-tos no recôndito do nosso ser.

Exposição: “Olaria de Bisalhães:rostos de barro preto”Santo Tirso, Museu Municipal AbadePedrosa. Até 16 de Janeiro.

A olaria de Bisalhães, caraterísticade Trás-os-Montes, serviu de ins-piração a uma exposição itineran-te que se encontra patente no Mu-seu Abade Pedrosa. A produçãoé da responsabilidade do Museude Arqueologia e Numismática,do Museu de Olaria e do Museude Alberto Sampaio (Guimarães).

”A alternativa entre ter e ser, cen-tral nos ensinamentos de gran-des Mestres da Vida como Buda,Cristo ou Mestre Eckhart, não serevela apelativa numa socieda-de onde a própria essência doSER parece residir, cada vez mais,no TER. Nesta obra, Erich Frommaponta para a necessidade de umanova e profunda revoluçãosocioeconómica e psicológica ca-paz de fazer desviar a rota catas-trófica que o nosso planeta des-creve e evitar, assim, o desastresocial, psicológico e ecológico quese afigura no horizonte. A extre-ma importância que temos dadoao TER - a posse de bens materi-ais, o consumismo, o poder, está,segundo Fromm, na origem demales universais como a ganân-cia, a inveja ou a violência; en-quanto o SER se baseia em aspetosmais nobres da nossa humani-dade - no amor, na atividade pro-dutiva, no prazer da partilha. Umlivro notável, que apresenta umprograma brilhante para umamudança de atitude, sem a qualserá impossível a sobrevivência daespécie humana. ||||| JOSÉ MACHADO

Este espaço é seu. O Entre Mar-gens disponibiliza este espaçopara que o leitor faça um suges-tão cultural. Escreva-nos um tex-to com 1000 a 1500 carateres(contagem incluindo espaços)sobre um disco, um livro, um res-taurante, um museu... ou, por ou-tras palavras, que recomende aosdemais leitores deste jornal algoda sua preferência.Escreva-nos para o seguinte en-dereço eletrónico:[email protected]

Dentro de portas - O que importa conhecer do realizador de “Mistérios de Lisboa”

Teatro/música: BichofoniaConcertante Opus FormiguinhaFamalicão, Casa das Artes. Dia 4 de De-zembro, às 17 horas. Bilhetes a 5 euros.m/ 3 anos. Espetáculo da Companhia deMusica Teatral

Bichofonia Concertante é uma tri-lgia que nasceu a partir de umametamorfose do projeto GrandeBichofonia. É deste universo queemerge a primeira das três peças,o Opus Formiguinha, estruturadaem torno de um conjunto de advi-nhas sobre vários animais, a quecorresponde depois uma peque-na história musical encenada. Nocaso da Formiguinha a históriaaprofunda o clássico encontro dacigarra e da formiga de uma for-ma inusitada, uma vez que as duasnunca se chegam a conhecer e por-que a formiga questiona o “statusquo” a que parecia estar destina-da e enceta o seu próprio cami-nho à procura do “sentido da vida”.

Teatro: “Sombras”Guimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia4 de Dezembro, às 22 horas. Bilhetes a 10euos (7,50 euros com desconto). Após aestreia no Teatro Nacional São João, “Som-bras”, de Ricardo Pais, inicia a sua di-gressão pelo país em Guimarães

Tributo apaixonado às mais belaspalavras escritas em português edadas a “ouver” por Ricardo Pais(António Ferreira, Almeida Garrett,Fernando Pessoa, entre outros),“Sombras” faz-se também do fadoe da música. Com uma equipa deexcepção – na qual se contam FabioIaquone, Mário Laginha e Paulo

Ribeiro, só para citar alguns –, nes-te espetáculo cruzam-se a fala, ocanto e a dança, o vídeo, artes elinguagens que Ricardo Pais foiindustriosamente explorando aolongo do seu percurso artístico.

Bailado: “Quebra-nozes”Guimarães, Centro Cultural Vila Flor, dia10 de dezembro, às 21h30. Bilhetes a 22e 20 euros. Interpretação do MoscowTchaikovsky Ballet.

Baseado no conto “O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos”, de E. T.A. Hoffman, o bailado “Quebra-Nozes” é uma história que esti-mula o imaginário de cada umde nós, remetendo-nos para oreino da fantasia. O espetáculoserá interpretado pelo MoscowTchaikovsky Ballet, companhiasedeada em Moscovo reconhe-cida pela intensidade das suas ex-pressões, a subtileza dos seusmovimentos e a capacidade téc-nica dos seus bailarinos.

Ópera: “D. Giovanni”Famalicão, Casa das Artes. Dia 11 deDezembro, sábado, às 21h00. Bilhetes a10 euros. M/ 3 anos.

Ópera em dois atos de Mozart, comlibreto de Lorenzo Da Ponte. O es-petáculo (em que participa a Sinfo-neta da ESMAE) é uma co-produ-ção da Casa das Artes, do CentroCultural Vila Flor e do TheatroCirco. Com direção artística deAntónio Salgado, “D. Giovani” temdireção musical de António Saio-te e encenação de Marcos Barbosae Nuno M. Cardoso. |||||

Sugestão doleitor

LIVRO: “TER OU SER?”

FIM DE SEMANABa

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Para o início do próximo ano, a RTPtem agendada a exibição de “Mistéri-os de Lisboa”; não a versão para ci-nema de cerca de duas hora e meiaque continua a ser mostrada um pou-co por todo o país, mas numa sériede seis episódio. Até lá, é tempo deconhecer melhor a obra do realiza-dor Raúl Ruiz.

Na sequência do sucesso e proje-ção mediática de “Mistérios de Lisboa”a Clap Filmesnão perdeu tempo e lan-

çou dois DVDs dedicados ao realiza-dor chileno “Consagração” e “Rari-dades”. No primeiro encontramos osfilmes mais célebres do realizadorcomo “Klimt” e “Três Vidas e uma sómorte”. Por sua vez, “Raridades” juntatrês obras raras do aclamado realiza-dor chileno, cuja alquimia cinemato-gráfica se revela em ambientes fan-tásticos, alucinantes e irrepetíveis. Ro-dados inteiramente em Portugal, es-tes três filmes contam todos com a assi-

natura do produtor Paulo Branco. RaúlRuiz nasceu a 25 de Julho de 1941em Puerto Montt, no Chile. Dirigiu oseu primeiro filme em 1960. IntituladoTrês Tristes Tigres, Ruiz venceu comesta sua primeira longa-metragem oLeopardo de Ouro na Festival de Lo-carno. Em 1973, depois do golpe deEstado liderado pelo ditador AugustoPinochet, o realizar deixou o Chile,estabelecendo-se em França, ondereside atualmente. ||||||

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SEXTA, DIA 03 SÁBADO, DIA 04 DOMINGO, DIA 05Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 7º / min. -2º

Céu pouco nublado. Ventomoderado. Máx. 9º / min. 3º

Chuva moderado. Vento forte. Máx.15º / min. 7º

Dezembro com junho ao desafio,traz janeiro frio

Noiserv tem vindo a afirmar-se comoum dos mais criativos e estimulantesprojetos musicais surgidos em Portugalna última década. Noiserv nasceu dautopia visionada por David Santos que,para além de nos fazer sonhar com asua música, por vezes feita com coisasde brincar, junta a magia do traço deDiana Mascarenhas que em tempo real“desenha” um novo mundo a partir doque se passa no palco.

Após “One Hundred Miles fromThoughtlessness” David Santos regres-sa ao registo discográfico com o maisrecente EP intitulado “A Day in the Daysof the Days”. O seu já extenso currículoconta com actuações ao lado de gentetão respeitada quanto Bill Callahan,Camera Obscura ou Perry Blake. ||||||

No próximo sábado de manhã(10h30), há teatro para ver em Viladas Aves. A peça chama-se “BenildeBezzoira” e dirige-se, em particular, acrianças com idades entre os 2 e os6 anos, mas os mais velhos são tam-bém convidados a assistir a este espe-táculo inspirado numa lenda do nor-te de Portugal. Promovida pela Câma-ra Municipal de Santo Tirso no âmbi-to do Ciclo de Teatro para a Infância,“Benilde Bezzoira” é uma produçãodo Teatro e Marionetas de Mandrá-gora e tem direção artística e inter-pretação de Clara Ribeiro.

De acordo com a sinopse doespetáculo, “Benilde Bzzzoira” foi be-ber à lenda da “Moura do Rio Dou-ro”, a sua inspiração e a partir delaagigantou-se. Na busca das tradiçõesdas mulheres barqueiras que atraves-savam o rio, os jovens pescadores que

de manhã lançavam as suas redes, eas jovens e belas Mouras aprisiona-das por um fado maldito, esta histó-ria assim se traçou. Deu lugar àredescoberta e à reinvenção da me-mória das gentes que deambulavampor este Rio de Ouro e pelo fascíniodo insondado e indecifrável mundodas Mouras encantadas.

MANDRÁGORAA companhia Teatro e Marionetas deMandrágora iniciou a sua atividade emAbril de 2002. É seu objetivo pro-mover uma linguagem simbólica queconjugue o tradicional e o contempo-râneo e é nesta simbiose, nem sem-pre pacífica, que surge um elementofundamental, a marioneta. A compa-nhia, sediada em Gondomar, tem comopropósito descobrir as potencialida-des estéticas, plásticas, cénicas e dra-máticas da marioneta em si mesma, ena sua relação com o ator. ||||||

Lenda da “Moura do RioDouro” inspira peça de teatro

TEATRO: “BENILDE BEZZZOINA”Dia 04 de dezembro às 10h30. Entrada livre. Centro Cultu-ral de Vila das Aves, rua Santo Honorato, 220. 4795 - 114Vila das Aves. Telf: 252 870 020. E-mail: [email protected]

“BENILDE BEZZOIRA”, ASSIM SE CHAMA A PEÇA PARA OS MAISNOVOS QUE SOBE AO PALCO DO CENTRO CULTURAL NO SÁBADO,

DIA 4 DE DEZEMBRO, ÀS 10H30. ENTRADA É LIVRE

Em parceria com a GESTO - CooperativaCultural, a Câmara de Santo Tirso volta apromover no Centro Cultura de Vila dasAves, a partir de 10 de dezembro, umaFeira de Arte. Nesta exposição e vendade produtos culturais podem encontrar-se pinturas, gravuras, serigrafias, livros, dis-cos objetos de design, mas também arte-sanato e doçaria tradicional, prolongan-do-se a iniciativa até dia 14 de janeiro.

Esta Feira de Arte surge no âmbitodo movimento cultural IDENTIDADES eda “teia de relacionamento intercultural”desenvolvida desde 1996 a partir doPorto com pessoas e instituições nãoapenas de Portugal, mas também deMoçambique, Cabo Verde e Brasil.

Em grande parte provenientes de di-ferentes países, como reflexo da “teia derelacionamento intercultural” do referi-

do movimento, alguns dos produtos cul-turais em exposição nesta Feira de Artetêm, porém, proveniência local, mostran-do-se, desta forma, o que de mais repre-sentativo se faz no município de SantoTirso em diferentes áreas, desde a doça-ria tradicional aos objectos de design.

Assim, podem encontra-se nesta Fei-ra de Arte trabalhos de Ana Maria An-tunes, do Projecto A2 (de Cristina Vila-rinho e Alberto Azevedo, mas tambémdo Mosteiro de Singeverga, Mosteiro deSanta Escolástica (ambos em Roriz), dosprodutos agrícolas da Escola Profissio-nal Agrícola Conde S. Bento e da em-presa Equação - Comércio Justo. ||||||

Arte . Vila das Aves

Feira de Arte de regressoao Centro CulturalFEIRA DE ARTE, A PARTIR DE 10 DE DEZEMBRO, NUMAPARCERIA COM A GESTO - ASSOCIAÇÃO CUTURAL

FEIRA DE ARTEDe 10 de dezembro a 14 de janeiro de 2011. Centro Culturalde Vila das Aves, rua Santo Honorato, 220. 4795 - 114Vila das Aves. Telf: 252 870 020. E-mail: [email protected]

As novas canções de David Santos...OU, NUMA PALAVRA, NOISERV, PARA OUVIR ESTA SEXTA-FEIRA,EM GUIMARÃES, NO CAFÉ-CONCERTO DO VILA FLOR

MÚSICA: “NOISERV”Guimarães, café-concerto do Centro Cultural Vila Flor.Dia 3 de dezembro às 24h00. Bilhetes a 3 euros.Morada: av. D. Afonso Henriques, 701. 4810-431 Guimarães.Telefone: 253 424 700. Sítio: www.ccvf.pt

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DESTAQUE

||||| ENTREVISTA: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Fez seis ralis – dos nove do calendá-rio – e venceu em quatro, mas indosempre ao pódio. A regularidade foio segredo do sucesso do bi-campeo-nato?O calendário do PWRC foi compostopor nove ralis mas cada equipa tinha,quando efetuasse a inscrição, de es-colher seis provas. Apenas nessas po-díamos pontuar e assim sendo estu-damos as possibilidades e optamospelos ralis onde achávamos que es-taríamos mais à vontade. Não desis-tir em nenhuma prova seria a chave dosucesso para estarmos sempre na lutapelo título. Fizemos isso e ainda con-seguimos terminar sempre no pódio.Acho que o facto de termos traba-lhado imenso ao longo do ano, pre-parado as provas ao pormenor e ter-

“Os nossos patrocinadores acreditamcada vez mais no nosso potencial”O PILOTO TIRSENSE AINDA ESTÁ A VIVER AS EMOÇÕES DA CONQUISTA PELO SEGUNDO ANO CONSECUTIVO DO CAMPEONATO MUNDIAL DE RALISPRODUÇÃO, EM GALES, E JÁ SE DESDOBRA EM CONTACTOS PARA PREPARAR A PRÓXIMA TEMPORADA E, QUEM SABE, DAR O SALTO PARA UM WRC, MAS,DIZ ARAÚJO, “É FRANCAMENTE DIFÍCIL CONSEGUIR O VALOR NECESSÁRIO PARA QUE O SONHO PASSE À REALIDADE”.

mos sentido que podíamos vencerforam as armas que nos levaram àconquista do bi-campeonato.

Mesmo assim, ao contrário de 2009só conseguiu o cetro no derradeirorali, em Gales. A concorrência foi maisferoz?Num campeonato como o PWRC cor-rem grandes equipas e pilotos e sa-bia à partida que a concorrência iriaser novamente forte. Há pilotos comgrandes meios e muito competitivose alguns deles, como foi o caso donosso principal adversário, o PatrikFlodin, participa em mais que um cam-peonato ao mesmo tempo. Isso dá-lheuma rodagem enorme e o nosso paísnão tem recursos para apoiar projetosdesse nível. Tivemos que fazer umagestão muito cuidadosa da nossa tem-porada e trabalhar de forma a não

perder competitividade em relação aosadversários. Isso só foi possível com inú-meras sessões de testes, aliadas à gran-de motivação e determinação de todaa equipa. Os meus adversários nun-ca baixaram os braços e com apenasseis provas sabíamos que as contas sóficariam decididas na última prova.

É o primeiro português a conquistaro bi-campeonato do mundo no PWRC.É uma honra e tanto, imagino?Sim. Foi um prazer incalculável erguera bandeira de Portugal no pódio emGales e sentir que tinha conseguidoum feito inédito a nível nacional emundial. Desde a sua existência comocampeonato, em 2000, nunca ne-nhum piloto conseguiu vencer porduas vezes no PWRC. A FIA (Federa-ção Internacional do Automóvel) temneste momento apenas quatro cam-

peonatos do Mundo e um deles é oque venci neste dois últimos anos.Para mim é uma honra ter consegui-do oferecer a um país tão pequenodois títulos numa competição comoesta. Disse-o na altura e volto a frisar:o bi-campeonato não é só meu é detodos os portugueses, e se me permi-tem, em particular para os tirsensesque sempre mostraram um enormeapoio e carinho.

O que retém de melhor e de pior natemporada que agora termina?Eu costumo dizer que o primeirogrande momento do ano é quandotenho confirmado os apoios neces-sários para começar a temporada. Esseé sem dúvida um ponto-chave maslogicamente que o melhor momentoda época foi o último rali onde con-segui alcançar de novo o título de

“Disse-o na altura e voltoa frisar: o bi-campeonatonão é só meu é de todos osportugueses, e se mepermitem, em particularpara os tirsenses quesempre mostraram umenorme apoio e carinho”.

“Foi um prazer incalculá-vel erguer a bandeira dePortugal no pódio emGales e sentir que tinhaconseguido um feitoinédito a nível nacional emundial”.

ARMINDO ARAÚJO EM ENTREVISTA DEPOIS DA CONQUISTA DO FEITO INÉDITOA NÍVEL MUNDIAL DO BI-CAMPEONATO MUNDIAL DE RALIS PRODUÇÃO

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DESTAQUEPAGINA 5 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

Falando agora a nível local, senteque é o tirsense mais conhecidoem Portugal e porventura alémfronteiras. É motivo de orgulho e,imagino, de responsabilidade?É claro que me sinto orgulhoso depoder levar o nome de Santo Tirsoa vários cantos do mundo. Semprefiz questão de levar o nome do meuconcelho comigo e claro que é umagrande responsabilidade ser umdos desportistas a fazê-lo.

Sente o reconhecimento devidodos tirsenses ou vive a situação deser mais valorizado fora de portasdo que em casa?Sempre senti dos tirsenses um gran-de apoio e faço tudo para que sin-tam orgulho pelas minhas conquis-tas. Tenho a ideia que é isso quesentem e não tenho forma de com-pará-los com as pessoas de fora.Cada terra gere as emoções à suamaneira e nesse capítulo os tirsen-ses sempre fizeram questão de mos-trar o seu carinho por mim.

Tem tido também alguma visibili-dade política, nomeadamente apoi-ando o atual poder municipal. Sen-te essa questão como uma obriga-ção?Não diria visibilidade política por-que nunca foi, nem será minha in-tenção, ser político. As lutas parti-dárias passam-me ao lado e comofigura pública do concelho apenasme limitei a apoiar as pessoas queacredito terem o perfil certo paragerir o nosso município. A CâmaraMunicipal de Santo Tirso, em parti-

“Limitei-me a apoiaras pessoas queacredito terem o perfilcerto para gerir onosso município”

Campeão do Mundo de Ralis Produ-ção. Num ano em que terminei todosos ralis no pódio não há um momen-to que tenha sido verdadeiramentemau. A única situação menos agra-dável foi perceber que um dos nos-sos adversários na corrida pelo títulotinha feito a sua inscrição depois deter ganho o Rali da Suécia. Tinha ter-minado a prova em terceiro mas coma ideia que teria conseguido o segun-do lugar em termos de pontuação. OPatrik Flodin acabou por fazer o cam-peonato e partiu com vantagem. Nãoconcordei com isso, mas a FIA de-pois da nossa equipa ter protestadoentendeu que ele ficaria com essapontuação numa prova onde tinhasido convidado. Felizmente provamosnas especiais que éramos mais fortese vencemos.

Preparar o futuro, para toda a gentesignifica correr num WRC. Essa é aambição natural de alguém que con-seguiu estas conquistas. Conduzirum carro desses é o sonho de qual-quer piloto de ralis, não é assim?Entrar no WRC e conduzir um carrocom tanto potencial é fazer parte daF1 dos ralis. Corri nestes últimos anoscontra os melhores pilotos do mun-do, contra os melhores carros comargumentos inferiores e este ano ain-da tive a ousadia de marcar um pon-to no campeonato ao ter sido 10ºda geral no México. Todo o pilotoque inicia uma carreira nos automó-veis pensa um dia poder chegar aoWRC e quem sabe vencer. Não soudiferente nesse aspeto e por isso te-nho trabalhado nesse sentido.

Do sonho à realidade vai uma longadistância ou no seu caso e neste mo-mento, já é mais que sonho?Sonhar faz parte da vida e é bommanter esse sonho. Depois destes tí-tulos algumas portas foram abertas ealgumas mentalidades foram altera-das em Portugal. Os nossos patroci-nadores acreditam cada vez mais nonosso potencial mas é francamentedifícil conseguir o valor necessáriopara que o sonho passe a realidade.Estamos a trabalhar nesse sentido masainda não temos nada definido.

Disse publicamente que precisa detrês milhões para garantir a partici-pação no WRC. Sabemos que já ini-ciou contactos, como tem evoluído asituação?As negociações já estão a ser feitasmas estamos numa fase onde aindanão posso adiantar nada. Posso di-zer que estamos a trabalhar para con-tinuarmos a correr ao mais alto nível,temos vários cenários possíveis masnenhum deles está concretizado.

Seria uma enorme frustracção parasi não dar o salto na próxima tem-porada?De maneira alguma. Correr novamen-te no PWRC seria um grande orgulho,pois tenho uma equipa fantástica eonde já provamos que somos os me-

lhores. O campeonato é muito competiti-vo e voltaria a correr ao mais alto nível.

Com certeza sabe o que está em cau-sa. É muito diferente conduzir umcarro de produção e um WRC?Existem enormes diferenças entre osWRC e os carros de Produção e é natu-ral que, caso consiga dar o salto, ne-cessite de um grande período de ada-ptação. Já conduzi dois WRC, um Forde um Mitsubishi e o que salta à vista é apotência desses carros aliados ao me-nor peso que possuem comparadoscom os da Produção. A condução éfeita de forma diferente mas não émais difícil conduzir um WRC que ocarro que conduzi nestes últimos anos.

Esteve como piloto da Ralliart Itália.Pode continuar nesta equipa ou estaestá apenas vocacionada para pro-dução?A Ralliart Itália deu-me nos últimosanos todas as possibilidades para evo-luir no PWRC e chegar a estes resul-tados. Adoro trabalhar com eles ecomo disse, seria uma honra voltar adisputar o mesmo campeonato. ARalliart Itália tem um projeto no PWRCpara os próximos anos mas não ex-clui a possibilidade de também subirum patamar neste campeonato. Parajá é prematuro falarmos nesse sentido.

Quais as possibilidades em termosde equipa?Já fui abordado por várias equipas mascomo devem compreender, nestemomento é um segredo muito bemguardado… Vamos esperar mais al-gum tempo para ver se existem novi-dades!

E quanto a navegador. Está há noveanos com o Miguel Ramalho, a ideiaé continuar?O Miguel Ramalho tem sido um pilarmuito importante neste projeto. Fizuma temporada com o meu grandeamigo Pedro Queirós, conseguimosser campeões nacionais de Promoçãoem 2000 e desde o ano seguinteque o Miguel tem a tarefa de se sen-tar ao meu lado. Por tudo o que con-seguimos e porque uma equipa fun-ciona quando é verdadeiramente só-lida, é lógico que o futuro passa pelamesma dupla. |||||

cular o Eng. Castro Fernandes, acre-ditou no meu projeto desde queiniciei a minha carreira nos auto-móveis e é também um dos apoian-tes nas minhas conquistas.

Nessa dimensão, participou recen-temente numa campanha publici-tária ambiental. Sente essa sua co-laboração como uma obrigaçãoenquanto figura mediática e dereferência no concelho?Acima de tudo sinto um grande or-gulho em ter sido o escolhido paradar a cara por uma campanha quedeve sensibilizar não só as pessoasde Santo Tirso como de todo o país.Se todos nós adotarmos um com-portamento correto na separação erecolha do lixo teremos um ambien-te mais saudável e menos despesano seu tratamento. Tenho a noçãoque sendo uma figura de referenciano concelho devo dar o exemplo.

Até quando pensa ter condiçõespara ser piloto de rali?Continuarei a ser piloto de ralisenquanto tiver motivação e possi-bilidades de lutar por vitórias e tí-tulos. O desporto automóvel é dealto risco e enquanto tiver noçãoque poderei andar ao mais alto ní-vel tudo farei para o fazer.

E depois já pensou no que vai fa-zer ou é algo prematuro para pen-sar?Sinceramente ainda não pensei nis-so. Importa agora trabalhar paracontinuar a competir e depois logose vê. ||||| CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

“Corri contra os melhorespilotos do mundo, contraos melhores carros comargumentos inferiores eeste ano ainda tive a ousa-dia de marcar um pontono campeonato ao ter sido10º da geral no México”.

“Continuarei a ser pilotoenquanto tiver motivaçãoe possibilidades de lu-tar por vitórias e títulos”

“Os nossos patrocina-dores acreditam cadavez mais no nossopotencial mas é difí-cil conseguir o valornecessário para que osonho [correr no WRC]passe a realidade”

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OPINIAO~Este jornal adotou oNovo Acordo Ortográfico

Uma ‘cimeira’ local

Luís Américo FernandesO DIRETOR

Nestes tempos de profunda crise equando os exemplos vindos da clas-se política não conseguem edificarninguém e muito menos incutir con-fiança e mérito no que fazem ou in-sinuam, o exemplo de Rui Tavares, umhistoriador e eurodeputado do BE,merece relevância e notoriedade avários títulos merecidas. Por sua ini-ciativa e a expensas suas lançou umConcurso de Bolsas de Estudo a quepoderiam concorrer indiscriminada-mente jovens licenciados apostadosem desenvolver projetos na área dashumanidades, artísticos, literários,científicos, políticos, humanitários,activistas. Como diz no regulamentode acesso a estas bolsas, “As bolsasde estudo são importantes para a so-ciedade e por acaso para mim tam-bém. O que devo às bolsas de estudoainda não acabei de pagar, e há unstempos tive uma ideia: tirar uma bol-sa do meu bolso. Não o faço para dara ninguém lições de política, redis-tribuição, caridade ou o raio: faço-oporque quando satisfazemos um ca-pricho nos sentimos mais livres e por-que este é o momento adequado.”

Esta iniciativa encontrou natural-mente acolhimento já que a ela con-correram mais de setenta candida-tos e, o que é mais animador, outrosdoadores capazes de aumentar adotação orçamental disponível parair ao encontro de tanta criatividadeque merece ser apoiada. Reveladosos resultados deste concurso origi-nal de acesso a bolsas pessoais, podeconcluir-se que são sete os felizescontemplados com este tipo de bol-sa, com projetos tão válidos comodiferenciados como: uma investiga-

Uma nova cultura mutualistapara os tempos de crise

ção museológica em história da arteque vai desenrolar-se numa galeriade Florença durante quatro meses;uma outra em biologia computacio-nal que vai desenvolver-se na Holan-da; outro que tem a ver com a com-preensão dos processos de funcio-namento do Estado em África e dosfenómenos de reconciliação neces-sários depois de guerras coloniais econflitos civis que terá como localde desenvolvimento Edimburgo noReino Unido e Luanda, Angola; umoutro muito criativo que pretendetranspor para a BD a vida e obra deFernando Pessoa que inclusivamentepode já vislumbrar-se em sítio dis-ponível e que virá a ser publicadoem livro; um projeto na área da in-vestigação de uma doença bovina;outro que no contexto eleitoral en-foca e analisa as possibilidades decandidaturas independentes no sis-tema político português e o modocomo tal possibilidade poderá in-fluenciar uma maior participaçãopolítica da cidadania; uma investi-gação etnográfica em volta da olariadas mulheres de Trás di Munti, CaboVerde que se desenvolverá na ilhade Santiago, Cabo Verde.

Haverá no próximo ano, segundoo instituidor Rui Tavares, a possibi-lidade de contemplar novos proje-tos e aposta-se já em “lançar as ba-ses de uma plataforma inter-bolsasque, assim o desejamos no futuro,associe este a outros apoios, expan-dindo a capacidade financeira”; tra-ta-se, diz RT (1) “de um novo tipo demutualismo, mais direto e pessoal,que não substitui as bolsas estataise institucionais- antes nos torna maisexigentes perante elas” e, referindo-se ao contexto em que tal iniciativasurge, acrescenta: “ora Portugal em2010 é um lugar difícil. Há gente aabandonar os estudos. Há talentosdesperdiçados em “call-centers”. Háoportunidades a menos. Não se faz osuficiente para contrariar isto.” Para-béns ao Rui Tavares que desta formadignifica o cargo para que foi eleito

e honra a República como poucos osda sua área do “corredor do poder”.

Noutro contexto que é o da so-brevivência do projeto que iniciámoshá quase vinte e cinco anos, importaapelar à solidariedade dos coope-rantes em primeira mão e dos leito-res e anunciantes logo de seguidapois os tempos que corremos são dealgum desânimo. Manter a redaçãode um jornal independente com aregularidade que se impõe sem cor-rer o risco de adiar os encargos pri-mários, os planos de pagamentos aosseus trabalhadores diretos, à tipo-grafia, aos fornecedores de energiae serviços, é hoje, mais do que on-tem, uma tarefa comercial difícil peladificuldade maior em gerar receitasde publicidade que são na imprensaescrita, como se sabe, um recursoimprescindível e insubstituível. Afunção de um órgão de comunicaçãona divulgação e dinamização do co-mércio e serviços da região em quese insere e bem assim na criação deum clima de auto-estima e de emula-ção pela boa saúde social, convivên-cia cívica e emulação por causasfacilitadoras do progresso da regiãoé de importância primordial e nãopode ser subestimada. Da sua sobre-vivência e, mais do que sobrevivên-cia, do reforço da sua eficácia críticae proativa toda a sociedade benefi-cia, pelo que urge apelar também auma espécie de “mutualismo” rege-nerador e solidário. Estou convictoque não faltarão pessoas, empresá-rios e instituições capazes de depo-sitar alguma energia positiva e umcrédito acrescido na marca “EntreMargens” que uma equipa dinâmicae criativa de jornalistas, redatores epessoas de bem vem quinzenalmen-te produzindo com esforço e muitasvezes com sacrifício pessoal e senti-do do bem comum. ||||||

Nos últimos tempos, à boleia da cri-se, tem surgido uma catadupa deideias e propostas para emagrecera despesa do Estado, autêntico cal-canhar de Aquiles do nosso desi-quilíbrio orçamental.

Uma delas merece profunda re-flexão, porque não se fica pelo“resultadismo” imediato traduzidonum corte cego da despesa, masimpõe uma visão mais alargada emais abrangente do país que que-remos construir daqui em diante.

A ideia/proposta passa por extin-guir freguesias e concelhos, o queimplica um novo ordenamento terri-torial e um novo retrato do país. Aconcretizar-se, traduziria-se numaverdadeira reforma administrativa donosso Estado Central, com implica-ções profundas na Lei da FinançasLocais e na nossa gigantesca Ad-ministração Local.

Quem defende esta ideia/pro-posta não arrisca quantas freguesi-as e concelhos seria razoável ex-tinguir. Nem podia. A sua execu-ção obriga(ria) a uma análise rigo-rosa do nosso tecido sociológico,cultural e económico, com uma di-mensão que, julgo, nunca ninguémse tenha atrevido a fazer.

Para a reflexão, deixo aqui algu-mas pistas. Portugal tem 308 muni-cípios e 4.259 freguesias, sendoque as autarquias representam 3,06%da despesa pública, um montanteestimado em 2.485 milhões de eu-ros, número nada dispiciendo nostempos que correm.

Não é o lugar nem o tempo defazer aqui a minha reflexão pesso-al. Pretendo apenas olhar mais deperto para a nossa realidade conce-lhia, constituída por 24 freguesias,com diversa matiz social, cultural eeconómica. Dessas 24 freguesias,3 (Santo Tirso, Vila das Aves e S.Martinho do Campo) representamo “núcleo duro” em termos popula-

Editorial

cionais e económicos, constituindoos principais centros urbanos doconcelho. Outros grupos se pode-riam formar, e sobre eles me de-bruçarei em posteriores artigos.

Santo Tirso, Vila das Aves e S.Martinho do Campo representampopulações com identidade própria,onde pulsa uma vida quotidianaque gere (apesar da crise) uma dinâ-mica social e económica que as co-locará sempre ao abrigo de qualquerplano de extinção de freguesias.

Até por isso, estas três freguesi-as deviam falar a uma só voz, atéporque se muitos problemas são co-muns, as soluções mais facilmentepodem ser encontradas em conjun-to. O seu peso demográfico, sociale económico impõe, assim, uma con-certação de estratégias e de posi-ções para melhor corresponderemàs exigências da população e rei-vindicarem do orçamento munici-pal a principal fatia a que legitima-mente têm direito.

Os presidentes das juntas de fre-guesia de Santo Tirso, Vila das Avese S. Martinho do Campo deviam,por isso, estudar a hipótese de pe-riodicamente realizarem uma “cimei-ra” conjunta, onde se concertariamprojetos e planos.

Quanto mais não fosse, as eco-nomias de escala que se poderiamobter com esta “cimeira” já justifica-riam este passo em frente. ||||||

POST-SCRIPTUM: No meu último ar-tigo, intitulado “A (des)Ordem”, no-meei os advogados que estiveramna cerimónia de comemoração doCentenário da República, onde mar-cou presença o Bastonário AntónioMarinho e Pinto. Cometi o lapsode me esquecer de dois: Drª An-dreia Neto e Dr. Manuel Neto. Aosdois as minhas desculpas. |||||

“Os presidentes das juntasde freguesia de Santo

Tirso, Vila das Aves e S.Martinho do Campo deviam

estudar a hipótese deperiodicamente realizarem

uma “cimeira” conjunta”.

PEDRO FONSECA*[email protected]

(1) “Já valeu a pena”, artigo de Rui Tavares em “OPúblico” de 15.11.2010(2) Consultar também o blog “ruitavares.net”

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ABÍLIO GODINHO - FUNERÁRIA - UNIPESSOAL, LDAAgência Funerária Abílio Godinho

Rua D. Nuno Álvares Pereira, nº 27(junto ao Largo da Mariana)Vila das AVila das AVila das AVila das AVila das AvvvvvesesesesesTelef. 252 941 316Escritório: Lugar da ArnozelaS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoS.Martinho do CampoTelef. 252 841 731Telm. 91 936 61 89Rua D. Laurinda F. Magalhães, nº 42Moreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosMoreira de CónegosTelef. 253 563 250

Auto Fúnebres de luxo para todo o país e estrangeiro

Vamos a ver...

~OPINIAOPAGINA 7 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

Umaoportunidadeperdida?

A Assembleia da República aprovou, comose previa, o orçamento de estado na ge-neralidade. Tanta encenação, tanta tintagasta, tanto teatro redundou naquilo quetoda a gente sabia. O que fica é ver osatores deste filme de muito má qualida-de, se prestarem a um papel “pimba”. Nemmais. De tão previsível este filme, dá paraver o seu conteúdo mesmo antes da suaexibição. O doutor Catroga, “emissáriodo doutor Cavaco” juntou-se com odoutor Teixeira dos bancos, perdão dosSantos, em sua casa, isso mesmo, em suacasa. Fazem dos portugueses todos umbando de mentecaptos e parvinhos.

Ouvi há minutos, a respeito da crise,o governador do Banco de Portugal (quesubstituiu aquela luminária do DoutorVictor Constâncio, o tal que foi premia-do das suas malfeitorias para o centrodos malfeitores - Banco Central Europeu),dizer que os bancos são as vítimas dacrise…! Nem mais! Para aqueles que acha-vam que já tinham ouvido tudo, esta ti-rada é esclarecedora. Meus amigos, pa-rece que o pior ainda está para vir, comodisse o líder do PSD que acha que ospolíticos deveriam ser criminalizados porincompetência…! Mais um dito que foi gra-vado pelas televisões para povo ver. É

Joaquim Couto

Portugal vive hoje uma situaçãodramática, fruto de múltiplosfatores, dos quais destaco a glo-balização antissocial, a tentati-va na Europa de subjugaçãodo poder político pelo podereconómico e o excessivo des-pe-sismo do Estado centralista.

Portugal é o único país daUnião Europeia que conservauma administração pública cen-tralizada sem regiões adminis-trativas pesada e pouco efici-ente na gestão dos dinheirospúblicos.

Portugal tem há mais de 150anos uma divisão administra-tiva e territorial baseada nos18 distritos, 308 municípios ecerca de 4500 freguesias.

Nem o aparecimento no fi-nal do regime ditatorial das 5regiões plano, hoje denomina-das CCDR’s (Comissões de Co-ordenação de Desenvolvimen-to Regional), alterou a situa-ção e hoje são estruturas bu-rocráticas, correias de transmis-são do poder instalado no Ter-reiro do Paço, sem qualquer re-presentatividade eleitoral legí-tima e sem qualquer capacida-de de decisão autónoma.

O municipalismo foi depoisdo 25 de Abril de 74 um dosgrandes responsáveis pela de-mocratização do país, pela che-gada de infraestruturas e equi-pamentos de proximidade àspopulações. Mas este modelode organização territorial pormunicípios, com 308 CâmarasMunicipais e outras tantas ins-talações do poder central como

tribunais, repartições de finan-ças, centros de emprego, etc, etc,custam muitos milhões de eu-ros por ano.

Os Governos Civis tinhamum papel importante no sécu-lo XIX e XX, quando o Mundoera outro e uma viagem de VilaReal ao Porto demorava umasemana!

Há dias, os jornais noticia-ram que o Município de Mou-rão no Alentejo, com cerca de2500 habitantes com 217 fun-cionários, estava falido e seri-am necessários 20 anos parapagar as dívidas. Há muito Por-tugal assim de Norte a Sul, querao nível do poder municipalquer ao nível do Poder Centraldesconcentrado. Sou um acér-rimo defensor do poder Muni-cipal. Mas convenhamos, osmunicípios têm de ter um ter-ritório, uma população, um con-junto de valores e identidadeinclusivos, que permitam a ges-tão integrada com eficiênciados dinheiros dos nossos im-postos. Naquele mesmo muni-cípio, o Centro de Emprego con-seguiu um, apenas um empre-go em 2009!

O momento é de apertar ocinto. Tenho a esperança que oaperto é para todos e não sópara alguns. Dizemos muitasvezes que “as dificuldades agu-çam o engenho.” Pois bem, étempo de fundir municípios quenão tem qualquer viabilidadepolítica e económica; é tempode criar municípios pelas razõesinversas; é tempo de fundir fre-guesias; é tempo de extinguiros Governos Civis; é tempo desolidariedade nacional para assituações excecionais que asreformas implicarem.

Finalmente, é tempo de cri-ar as Regiões Administrativaspara que o país seja governadocom maior racionalidade; paraque as politicas públicas sejamconsensualizadas pela partici-pação cívica e politica; para quehaja maior transparência na apli-cação do dinheiro de nós to-dos; para que sejamos Europeusadultos e de corpo inteiro. |||||

“É tempo de criar asRegiões Administrati-vas para que o país sejagovernado commaior racionalidade”

Muros por derrubar

Abel Rodrigues

claro que é apenas fogo de artifício paramalhar nos políticos, coisa que ele nãoé, claro está. Nem ele nem o candidatoque ele apoia, esse mesmo, Cavaco Silva.Seria delicioso ver Cavaco Silva e toda apernafernália de ministros do PSD e doPS responderem em tribunal por má ges-tão pública. E digo pública, intencional-mente, pois foi uma boa gestão privada,como se sabe. Conseguiram engordarcada vez mais quem já era gordo, capitalfinanceiro, grandes empresas, bancos, se-guros, etc., e que tornou Portugal o cam-peão das desigualdades na Europa. A tretade sermos um país pobre, é isso mesmo,uma treta. O país é o que sempre foi, odinheiro não desapareceu, o que aconte-ce, e cada vez mais, é que esta gente temvindo paulatinamente a eliminar a classemédia em Portugal e por via disso, entra-mos em precipício aberto. Dizer, como oGovernador do Banco de Portugal, que abanca com os seus lucros obscenos é víti-ma da crise, é abusar da nossa paciência.Mas o facto é que este discurso passa dia-riamente nos média e faz o seu caminho.

Há dias visitou Portugal o PresidenteChinês, celebrou vários acordos com em-presas Portuguesas e entre outras coisas,se falou de a China comprar divida pú-blica Portuguesa. Logo saltaram váriasvozes, ferozmente anticomunistas comoé bom de ver, que “não, a China o quequer é comprar a nossa soberania!” Atéo Bloco de Esquerda abandonou o hemi-ciclo de São Bento em sinal de protesto,o que estes “puristas” pretendem é bemclaro: que a televisão mostrasse que aque-les deputados não se querem misturar

com um bilião e trezentos milhões de“malvados chineses burros como portas”,e vai daí, toca a levantar os traseiros dosseus assentos, como sinal de desprezo.São os mesmos que em tempos idos, tece-ram hossanas ao maoísmo, quando esteservia de arma de arremesso contra aURSS. O facto é que a China detém doisterços da dívida pública americana, com-prou dívida pública Grega, Irlandesa, etc.etc., mas para estes senhores não po-dem comprar dívida pública Portuguesa.Grande ironia, a Europa “livre” aperta-nos com o garrote, e lá vem o “malvado”Hugo Chavez, o ainda mais “malvado”Hu Jintao para nos dar de comer, não éengraçado? Eu acho, eu acho muito en-graçado que alguém tenha dó da nossadesgraça. Um dia, quando será, gostariaeu de saber, tudo isto vai ter um desfecho,gostaria de estar cá para ver, se não for emcarne e osso, que seja a minha espiritua-lidade, e vou certamente divertir-me, ape-nas que agora neste momento, não achogracinha nenhuma. Para falar a sério atéme apetece pegar na mala e zarpar paraoutro continente bem longínquo de for-ma que esta sarna não chegue perto.Vamos ter ainda, por muito tempo, maisdo mesmo. No verão próximo, muito pos-sivelmente, o país vai a votos e este povi-nho, ordeiro, bem-mandado, bem com-portado, bem muito outras coisas vai vo-tar nos mesmos que nos trouxeram aqui.É uma sina e cada um tem a sua. A nóstoca-nos esta, que havemos de fazer? Eusei. Mas não digo, como é bom de ver.Termino desejando que fiquem todos empaz e que Deus os acompanhe. ||||||

Apetece pegar na mala e zarpar

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ATUALIDADE Este jornal adotou o NovoAcordo Ortográfico

O empresário avense, Joaquim Ferreirade Abreu, é um “exemplo de empreen-dedorismo”. Não é o único, há tam-bém que referir o nome de Artur Alvesda Silva Meneses, de Porto de Mós, ea proveniência de tal afirmação, Ca-vaco Silva. Ambos foram condecora-dos no passado dia 16 de novembropelo presidente da República emcerimónia realizada no Palácio de Belém,em Lisboa. Joaquim Abreu e ArturMeneses foram distinguidos com ograu de Comendador da Ordem doMérito Agrícola, Comercial e Indus-trial - Classe do Mérito Industrial.

No seu breve discurso, Cavaco su-blinhou o contributo dos dois empre-sários para a criação de emprego bemcomo a sua visão de futuro que oslevou a ir além do mercado nacional.“Desde sempre e desde muito, muitotempo olharam para além das nossasfronteiras, procurando conquistarmercados externos, conscientes de queo mercado doméstico era relativamen-te limitado para a sua ação”.

Em tempos de crise, afirmou aindao presidente da República, ambos osempresários “não baixaram os braçose tentaram encontrar oportunidadesque existem sempre nos tempos difí-ceis, continuaram a investir, a criar em-pregos, a dar o seu contributo paraque o país ultrapasse as dificuldades”.

Por detrás desta distinção do fun-dador da Fibrolite e da Termolan estáuma comissão de honra compostapelo presidente da Câmara de SantoTirso, Castro Fernandes, pelos presi-dentes dos bombeiros de Vila dasAves e de Santo Tirso, respetivamente

Geraldo Garcia e Asuil Dinis, JoãoFreitas, ex-presidente do Desportivodas Aves e, entre outros, pelo ex-pre-sidente da Associação Comercial eIndustrial de Santo Tirso, Luís Gonza-ga. O nome proposto por esta comis-são colheu, deste modo, a melhor dasrecetividades por parte de Cavaco Sil-va que durante a cerimónia sublinhoua “visão de futuro” do empresário e a“aposta na inovação”.

Mas já em 2007 a Câmara deSanto Tirso sublinhava a “exemplari-dade do desempenho” de JoaquimAbreu, que “em muito tem contribuí-do para o desenvolvimento no setorindustrial, quer no plano local, naci-onal e mesmo internacional”. Argu-mentos que pesaram, em abril desseano, para a atribuição da Medalhade Honra do município.

Joaquim Ferreira de Abreu nasceuem 1931, em Vila das Aves. Descen-dente de uma família simples, JoaquimAbreu cedo começou a trabalhar paraajudar o agregado familiar. Até 1961exerceu algumas atividades por con-

ta de outrem, chegando a responsá-vel por vários serviços técnicos e manu-tenção na área da metalomecânica eequipamentos industriais. A partir de1961 fundou duas empresas; primei-ro a Abreus, Lda. (empresa de cons-truções metálicas), depois a Abreus& Sousa, Lda. (empresa de constru-ção civil). Em 1972, em consequênciada necessidade de materiais para a suaatividade de então, fundou a Fibrolite- Empresa de Fibrocimentos, Lda (queconta atualmente com filiais em An-gola e no Zimbabwe). Em 1975, fun-dou a Termolan - Isolamentos Térmi-cos Acústicos, Lda.. Esta empresa tema tecnologia de ponta das mais avan-çadas do Mundo, sendo pioneira eúnica em Portugal nos produtos quefabrica, lã de rocha, material que sedestina a isolamentos termo - acústi-cos. Atualmente é ainda proprietárioem Vila das Aves de uma piscina, gi-násio e health club, abertos ao públi-co. É o maior acionista de todas asempresas que fundou, mantendo-secomo Presidente do Conselho de Ge-rência do Grupo de Empresas, em-pregando atualmente mais de 400trabalhadores. ||||||

Joaquim Ferreira de Abreucondecorado pelopresidente da RepúblicaO EMPRESÁRIO AVENSE FOI DISTINGUIDO, EM MEADOS DO MÊS DE NOVEMBRO,COM O GRAU DE COMENDADOR DA ORDEM DO MÉRITO AGRÍCOLA, COMERCIAL EINDUSTRIAL - CLASSE DO MÉRITO INDUSTRIAL. CAVACO SILVAAFIRMOU QUE JOAQUIM ABREU É UM “EXEMPLO DE EMPREENDEDORISMO”.

Em tempos de crise,afirmou o presidente daRepública, Cavaco Silva,ambos os empresários“não baixaram osbraços e tentaramencontrar oportunidadesque existem semprenos tempos difíceis”

NÚMERO VERDE: 800 20 73 15

INSTALAÇÃO DE GÁS

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

A câmara de Santo Tirso e as en-tidades gestoras do prolonga-mento de horário (15 associaçõesde pais e três juntas de freguesia(S. Miguel do Couto, S. Mamedede Negrelos e Água Longa) assi-naram protocolos para garantir oprolongamento de horários nosjardins-de-infância. A cerimóniarealizou-se no passado dia 11 denovembro e também incluiu a as-sinatura dos contratos de traba-lho entre as animadoras e as enti-dades gestoras. A câmara vai trans-ferir o montante global de 172 mile 500 euros (14 mil e 500 eurospor mês) para as 18 entidades ges-toras, verbas que contemplam acontratação das 26 animadoras(e respetivos encargos sociais eseguro) para as 33 salas de Jar-dim abrangidas. |||||

Prolongamento dehorários nosjardins de infância

No passado mês de novembro foieleita a nova Comissão PolíticaConcelhia do CDS/PP de SantoTirso que passa a ser lideradapelo jovem de 30 anos, RicardoRossi. Ao presidente da concelhiajunta-se os nomes de José DuarteMalheiro e José Mário MachadoGuimarães, como vice-presiden-tes, ficando o cargo de secretárioocupado por Romeu Silva. Danova composição da comissãopolítica do partido fazem aindaparte como vogais: José Graça,Ricardo Silva, Bruno Almeida, Cris-tina Oliveira e Bruno Silva.. |||||

Ricardo Rossina liderança daconcelhiado CDS/PP

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ATUALIDADEPAGINA 9 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

João Abreurenunciaao cargode vereador

PSD acusa a autarquia de “gerir o concelhocomo se fosse a sua própria quinta”EM CAUSA ESTÃO AS OBRAS EM CURSO NA PRAÇA GENERAL HUMBERTO DELGADO. DURANTE UMA VISITA AO LOCAL, O PSDOUVIU OS COMERCIANTES E CONCLUIU QUE OS MESMOS ENTENDEM A OBRA COMO “TOTALMENTE DESNECESSÁRIA”

O PSD de Santo Tirso andou a ouviros comerciantes e prestadores de ser-viço sobre a requalificação da PraçaGeneral Humberto Delgado (junto aotribunal) e a ideia transmitida por es-tes, diz o partido, é que a obra emcausa é “totalmente desnecessária” ede que as verbas envolvidas na em-preitada (1,3 milhões de euros) seri-am mais bem empregues noutras zo-nas da cidade. Além disso, sublinha opartido, acusam a câmara municipalde não ter previamente dialogadocom os agentes económicos locais ede fazer tudo a seu “bel-prazer”.

Ainda de acordo com os sociais-democratas, os comerciantes da zonaterão também manifestado “forte apre-ensão pelo timing escolhido pela Câ-mara de Santo Tirso para o arranquedas obras, já que vai coincidir com o

Os motivos são “estritamente pro-fissionais”; é pelo menos o quealega o PSD de Santo Tirso emcomunicado divulgado em mea-dos de novembro sobre as ra-zões da renúncia de João Abreudo cargo de vereador da Câma-ra Municipal de Santo Tirso.

Convidado para lecionar numestabelecimento de ensino supe-rior de Coimbra, o ex-candidatoà presidência da autarquia de San-to Tirso do PSD, viu-se impossibi-litado de “assistir às reuniões deCâmara que foram ‘escaladas’ paraas 4ª feiras”, refere o partido emcomunicado de imprensa.

“João Abreu poderia protelara situação e manter o seu víncu-lo à câmara, no entanto, preferiucolocar os interesses do PSD eprincipalmente dos tirsenses, aci-ma dos seus próprios interesses”,sublinha a comissão política. Nomesmo documento, o partido ale-ga que a sua atitude “evidenciao caráter irrepreensível de JoãoAbreu”, lamentando, por outrolado a sua saída.

Sai João Abreu, entra CarlosPacheco. O ex-líder da JSD “pas-sou a integrar em definitivo o ór-gão autárquico”, estando o parti-do convicto de que a “equipa devereadores do PSD continuará apautar a sua intervenção no órgãoautárquico, com a qualidade e co-

“A escola pública está em crise”

“A escola pública está em crise, agra-vando as assimetrias sociais”. Foi estaa ideia deixada por Pedro Duarte,deputado da Assembleia da Repúbli-ca, durante as III Jornadas Eurico deMelo, organizadas pela JSD de SantoTirso, em S. Martinho do Campo.

Pedro Duarte revelou vários exem-plos e dados concretos sobre os pro-blemas que o ensino, no sentido maisburocrático, atravessa nos dias de hoje.A conclusão a que chegou, e quepartilhou, é que a escola pública por-tuguesa atravessa uma crise impor-

SUBORDINADAS AO TEMA “ESCOLA: UM ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO OU EXCLUSÃO?”, A JSD DE SANTO TIRSO REUNIU EM S.MARTINHO DO CAMPO MILITANTES E CONVIDADOS, NO DIA 13 DE NOVEMBRO, NUM DEBATE SOBRE A EDUCAÇÃO

período de natal, altura em que asvendas registam um acréscimo signi-ficativo”.

Para os comerciantes e prestadoresde serviço, continua o PSD em comu-nicado de imprensa, “a requalificaçãoda praça, nomeadamente a transfor-mação em zona pedonal, configura umgrave erro urbanístico e vai ter umimpacto económico negativo, já queà zona pedonal não está a subjacenteuma zona de estacionamento cuja au-sência vai contribuir para ‘empurrar’ osclientes para outras zonas da cidade”.

Opiniões que levam o PSD a la-mentar que “os responsáveis pela ges-tão autárquica continuem a ‘gerir acidade e o concelho’ como se fossea sua própria quinta”, não ouvindonem “os agentes económicos, ou seja,aqueles que dão vida à cidade”, nem

mesmo “o executivo da junta de fre-guesia”. Junta esta que, através do seupresidente, José Pedro Miranda e dovogal Manuel Alberto Mirra se fezrepresentar nesta visita do grupo doPSD de Santo Tirso às obras na PraçaGeneral Humberto Delgado, consti-tuído pela presidente da concelhia,Andreia Neto, o vereador Alirio Can-celes e os membros da AssembleiaMunicipal Paulo Ferreira, José Manu-el Machado e Paulo Oliveira.

“Numa altura de forte crise finan-ceira era expetável que fosse feito umrigoroso e criterioso escrutínio dasprioridades da cidade e do concelhoe que fossem tidas em linha de contaos eventuais impactos negativos nojá depauperado comércio e serviçoslocais”, lamenta, em jeito de conclu-são o PSD de Santo Tirso. ||||||

tante e que precisa de “mais autono-mia e flexibilidade, um novo modelode gestão das escolas, liberdade deescolha da escola e dignificação doprofessor”. São estes os principaisparâmetros que Pedro Duarte enten-de que devem ser implementados,caso contrário, há um sério risco daescola pública não ter capacidade decompetir com as escolas privadas. “Acrise das escolas públicas tem conse-quências que se prolongam por mui-tos anos e as gerações que vêm é quevão pagar”, sublinhou o deputado. Pe-

dro Duarte mostrou estar bem pordentro do assunto, uma vez que comonovo estilo de gestão das escolaspúblicas, deu o exemplo da Escola daPonte em Vila das Aves.

O deputado centrou a sua inter-venção numa abordagem diferente dade Vítor Fernandes, professor e diretorda Escola Tomaz Playo, que minutosantes tinha partilhado com o públicoa sua visão sobre como deve ser a rela-ção professor/aluno e o dia-a-dia nu-ma escola pública. “Poucas vezes aspessoas param para pensar sobre a

educação” afirmou o diretor, logo aabrir “mas a base de tudo é a educa-ção, apesar de estar fora de moda, por-que o que se deve falar é do PEC, ouqualquer coisa assim”, ironizou. Sobrea temática em debate o professor en-tende que “antigamente a informaçãoera dada na escola, agora os alunosjá têm a informação, e o que a escolatem que fazer é pegar nessa informa-ção e guiá-la, diferenciá-la, e assimcada aluno irá seguir o seu percurso”.

Rui Batista, presidente da JSDconcelhia e Carlos Pacheco vereadorda Câmara Municipal de Santo Tirso,completaram a mesa de oradores. RuiBatista prometeu que as jornadas sãopara continuar, uma vez que honramuma personalidade do concelho tãoimportante como Eurico de Melo. ||||||TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

O PSD lamentar que “osresponsáveis pela gestãoautárquica continuem a‘gerir a cidade e o conce-lho’ como se fosse a suaprópria quinta”, nãoouvindo nem “os agenteseconómicos” nem mesmoa “Junta de Freguesia”

ragem que se reconhece e na de-fesa intransigente dos interessesde Santo Tirso e dos tirsenses”.

Tal como João Abreu, tambémCarlos Pacheco e a restante equi-pa social-democrata não têmpelouros atribuídos e estão emregime de não permanência, peloque têm de continuar a exercer asua atividade profissional. |||||

Na origem da renuncia deJoão Abreu estão motivos,diz o PSD tirsense, “es-tritamente profissionais”

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ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010 PAGINA 10

Castro Fernandes apela aque se termine coma admissão de funcionáriosno Infantário de Negrelos

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Na inauguração do Centro de Diada Associação do Infantário de S. To-mé de Negrelos, realizada no dia 13de novembro, o presidente da direção,Manuel Alves da Silva apelou a quese fale mais de “pessoas” e menos de“números”. Mas foram os números quemais impressionaram Castro Fernan-des, nomeadamente o número de cri-anças e idosos que a instituição ser-ve e, sobretudo, o número de funcio-nários efetivos da mesma.

O presidente da câmara começoupor avisar que já está naquela fase emque começa a dizer tudo o que pen-sa e depois de feitas as contas disseo que entendeu que havia de dizer.Entre as crianças que frequentam acreche, o ATL e o jardim de infância,mais os utentes do centro de dia ede apoio domiciliário, o número totalultrapassa os 230. Tendo a institui-ção 66 funcionários, dos quais 52

efetivos, isto dá, pelas contas do autar-ca, qualquer coisa como 3,6 pessoasa ser atendidas por funcionário. “Istonão é comum, isto não é comum”,repetiu Castro Fernandes. “Para cada3,6 pessoas que frequentam a asso-ciação, mesmo no apoio domiciliário,há um funcionário. É um rácio exce-cional, o problema é como é que sesustenta economicamente tal rácio”.

Para já, apelou Castro Fernandes,há que parar com a admissão de fun-cionários e depois repensar o referi-do rácio. “Peço desculpa de o dizer,mas se este rácio começar a diminuir,às tantas vocês não têm dinheiro parapagar aos funcionários”. É que impres-sionado ficou também Castro Fernan-des, com o valor orçamentado pelaassociação para o próximo ano: ummilhão e 118 mil euros. “É outro nú-mero que assusta. Como é que searranja um milhão e 118 mil eurospara fazer isto funcionar, não é fácil”.

Castro Fernandes sabe, no entan-

mo estas que são tão importante paraa sociedade”.

Durante a cerimónia de inaugura-ção do Centro de Dia, Castro Fernan-des ouviu ainda apelos para que seconstrua um lar. Mas o autarca nãose mostrou grande apologista da so-lução, pois no seu entender a apostadeve passar antes pelos centros dedia e pelo apoio domiciliário, comode resto o tem feito – e muito bem,no entender do autarca – a associa-ção de S. Tomé de Negrelos. “Soumuito mais adepto dos centros de diae dos serviços de apoio domiciliáriodo que dos lares de idosos, [estes]fazem-me lembrar os tempos antigos,em que as pessoas eram ali deposita-das e esquecidas para morrer. Hojefelizmente já não é isso que aconte-ce, mas é esta a má imagem que te-nho e, por outro lado, nos países maisevoluídos, tem-se abandonado oslares e adotado mais os centros dedia e o apoio domiciliário”.

Ainda que a funcionar há um ano,a inauguração do Centro de Dia acon-teceu apenas no dia 13 de novem-bro. A obra representou um investi-mento de 16 mil euros e não foi oúltimo realizado nos últimos tempos.A este valor, a associação somou ain-da os 20 mil euros na reconversãodo ATL em creche, os 25 mil eurosna aquisição do Parque Infantil e 17mil euros na aquisição de duas via-turas. O presidente da direção deuconta de que as obras estão pagas mastambém deixou claro que todo o apoioé bem vido e por isso dirigiu-o aoPresidente da Câmara. Este foi sensí-vel à “pressão” e, depois de feitas ascontas, afirmou que irá propor a atri-buição de um subsídio de 20 mileuros, ou seja “25 por cento doscustos” já realizados. |||||

O PEDIDO FOI FEITO PELO AUTARCA DE SANTO TIRSO AQUANDO DA INAUGURAÇÃO DOCENTRO DE DIA DA ASSOCIAÇÃO DO INFANTÁRIO DE NEGRELOS. A FUNCIONARHÁ UM ANO, O REFERIDO CENTRO DE DIA JÁ DÁ APOIO A DUAS DEZENAS DE IDOSOS

to, que tudo isso só é possível “por-que a associação desenvolveu umasérie de acordos sociais com a Segu-rança Social”, mas preocupa-o quenuma situação de crise os apoios di-minuam. “Imaginem que o país entranuma crise profunda - como já está,em parte, neste momento - e que noâmbito da Segurança Social há cortesefetivos, é lógico que muitas destasinstituições podem abalar muito”. Porisso, apelo o autarca, há que “acaute-lar o futuro”, nem que para isso sejanecessário tomar medidas “duras”, nosentido de “defender instituições co-

“Para cada 3,6 pessoasque frequentam a associa-ção há um funcionário. Éum rácio excecional, oproblema é como é que sesustenta economicamentetal rácio”, afirmou opresidente da Câmara.

A Associação Tuna Musical deRebordões, vai levar a efeito, de5 a 31 de dezembro, a III ediçãoda “Feira do Mel”, com muitas no-vidades e com ofertas económi-cas e personalizadas. Esta inicia-tiva terá lugar na sede da Tuna, nolugar de Carreiro, em Rebordões.

O dia da abertura da “Feira doMel” irá contar com a actuaçãodo Rancho Folclórico S. Tiago deRebordões, a partir das 15 horas.Esta exposição vai ter o seguintehorário: de segunda a sábado das13h-17h e das 20h-23h; aosdomingos das 14h-23h.

A direção convida todos ossócios, familiares e população emgeral a deliciarem-se com propos-tas bem doces para este Natal. |||||

No passado dia 14 de novem-bro, a Associação Tuna Musicalde Rebordões realizou o seu tra-dicional magusto / convívio.

A iniciativa traduziu-se numatarde muito animada e cheia dealegria, boa disposição, magnificasmelodias, muitas castanhas emuita festa.

O magusto começou com aatuação da Tuna deslumbrandotodos os presentes com as suasbelas melodias; de seguida, foi avez da escola de música, tambémmostrar o seu talento deliciandoos presentes.

Terminada a parte musical pas-sou-se ao convívio e à festa combons petiscos, muitas castanhasassadas e bom vinho. |||||

MagustoanimouAssociação deRebordões

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ATUALIDADEPAGINA 11 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Se por um lado o preço dos medica-mentos reduziu em seis por cento doseu valor, por outro diminuiu a com-participação do Estado em relação avários medicamentos. Em síntese, es-tes ficam mais baratos, com a reduzi-da a comparticipação do Estado, afatura cresce para o lado do utente. Eos efeitos, apesar de ainda serem dis-cretos, já se começaram a sentir.

O Entre Margens foi tentar perce-ber até que ponto estas medidas le-vam a que os utentes abdiquem decomprar os medicamentos que seapresentam como um bem essencialà sobrevivência e à qualidade de vidados utentes.

Helder Rocha farmacêutico na Far-mácia Salutar, em Santo Tirso, e ImeldaGuimarães, diretora e farmacêutica domesmo estabelecimento, explicam-noscomo estas medidas têm afetado aspessoas. “O governo retirou a compar-ticipação nos antiulcerosos, nos antidepressivos, nalguns neurolépticos enalguns anti-infamatórios”, pelo que,como facilmente se advinha, a medi-da acaba por abranger uma classe po-pulacional muito grande, sendo umfacto que o corte nas comparticipaçõesdestes medicamentos está já “a cau-sar muitas dificuldades às pessoas.”

Hélder Rocha exemplifica: o Nexium,que mais não é do que um antiulce-roso muito usado, “custava vinte eurose agora custa quarenta, ou seja, mes-ma com a descida de seis por centodo PVP (preço para venda ao públi-co), a diminuição da comparticipaçãotornou-o muito mais caro”. Quer istodizer que, mesmo baixando um eurono preço para venda, ao não ser com-participado pelo Estado, o seu valorsubiu em 20 euros.

O problema agrava-se, neste casoespecífico, porque não há um substi-tuto genérico. “No caso deste medi-camento não é possível substituir por-que não tem genérico, mas mesmonos genéricos desse mesmo grupoterapêutico também foi alterada a com-participação.” Ana Magalhães, diretorae farmacêutica da Farmácia das Fon-

Quando a cura das dores de barrigasó lá vai com uma dor de cabeçaO FACTO DE O GOVERNO TER ALTERADO O ESCALÃO DE COMPARTICIPAÇÃO DE UM CONJUNTO DE MEDICAMENTOS,ALGUNS MESMO SEM POSSIBILIDADE DE SUBSTITUIÇÃO POR GENÉRICO, VAI TER REPERCUSSÕES NO ORÇAMENTOFAMILIAR DE MUITOS UTENTES, PODENDO MESMO LEVAR A QUE AS PESSOAS SIMPLESMENTE ABDIQUEM DETRATAMENTOS ELEMENTARES PARA A QUALIDADE DAS SUAS VIDAS

A Associação de Solidariedadee Acção Social de Santo Tirso(Asas) promoveu este ano maisuma iniciativa direcionada para oEmprego e Formação Profissional- Semana do Emprego e Forma-ção‘10. Esta iniciativa decorreuentre os dias 8 e 12 de novem-bro, na Junta de Freguesia deRebordões.

A sessão de abertura contoucom a presença de José dos San-tos Pinto, presidente da Asas, deAna Maria Ferreira, vereadora daeducação da Câmara Municipal deSanto Tirso, de Elsa Mota, presi-dente da Junta de Freguesia deRebordões, de David Ferreira, re-presentante do Centro de Empre-go de Santo Tirso, de Maria doCarmo Barbosa, coordenadora doNúcleo Local de Inserção de San-to Tirso e ainda de representan-tes das entidades parceiras, no-meadamente da Cruz VermelhaPortuguesa, Associação Morado-res de Ringe e Irmandade e SantaCasa da Misericórdia de Santo Tirso.

Durante esta iniciativa decor-reram vários fóruns e workshopsalusivos ao Emprego e FormaçãoProfissional cujo objetivo foi o dedemonstrar as possibilidades dearticulação positiva entre as polí-ticas de emprego e formação e aspolíticas de inclusão social. Poroutro lado, pretendeu-se sensibi-lizar, informar, orientar e apoiaros indivíduos em situação dedesfavorecimento no seu proces-so de integração no mercado detrabalho, bem como evidenciar aimportância da qualificação parauma integração no mercado detrabalho potencialmente mais in-clusiva. Sensibilizar e informar parao empreendedorismo e contribuirpara a formulação de representa-ções positivas sobre perfis profis-sionais qualificados, foram outrosobjetivos desta inicativa.

A população em situação dedesemprego quer local quer deoutras áreas geográficas limítrofesaderiu à iniciativa considerandoa mesma de grande importânciapela informação que esta iniciati-va ofereceu. |||||

Asas promoveusemana doemprego emRebordõesINICIATIVA DECORREUNO INÍCIO DE NOVEMBRO

taínhas, em Vila das Aves, perspetivaque se para alguns medicamentosainda não há substituto em genéricoem breve terá de haver. “O facto deos doentes passarem a pagar mais,não vai ter resultados para o Estadopois vai haver um desvio da medica-ção para outras moléculas (medica-mentos). Os que não têm substitui-ção vão acabar por ter. E no caso doNexium, isso vai acontecer porque hálaboratórios que querem lançar ogenérico do medicamento”.

Ana Magalhães explica ainda quehá medicamentos genéricos que pas-saram de gratuitos a ter umacomparticipação e isso implica que outente passe a pagar por um medica-mento que até agora usufruía de for-ma gratuita, acontece é que muitosdesses doentes são poli-medicadoso que “no cômputo geral do orça-mento familiar tem um peso significa-tivo”, refere a farmacêutica

A questão coloca-se em que medi-da poderão os utentes continuar a ter

os medicamentos que lhes são essen-ciais quando o preço que têm que pa-gar aumenta consideravelmente. Hél-der Rocha explica: “a perspetiva paraestes doentes é, ou não tomam, outomam dia sim, dia não ou fazem porse esquecer uma semana e noutra não,como de resto já tem acontecido.”

Ana Magalhães confessa que ain-da não sentiu o efeito das medidas,mas explica o motivo pelo qual issoainda não aconteceu. “Em setembroquando as pessoas se aperceberamque ia haver alteração nas comparti-ções houve uma corrida às farmáciaspara se abastecerem para dois ou trêsmeses, a partir de janeiro talvez hajaalteração.”

Mas a questão da gratuitidade dosmedicamentos, apesar de soar bem,acarretou outros riscos e os farmacêu-ticos explicam. “Quando a maior par-te dos genéricos passou a ser gratui-ta levou ao desperdício” afirma HélderRocha. A diretora da Farmácia das Fon-taínhas concorda e acrescenta aindaque “nem medicamentos nem servi-ços devem ser gratuitos, devem tersempre um custo, mesmo que seja sim-bólico, para as pessoas não pensa-rem que aquilo que não custa podeser desperdiçado.”

Em janeiro os primeiros reflexosda lei devem começar a notar-se, mashá mais novidades. “No próximo anoas embalagens de medicamentos nãoterão o preço, e isto faz com que aspessoas não saibam quanto custa ummedicamento. Isto, pensamos nós, épara o governo alterar o preço sem-pre que quiser”, explica Hélder Ro-cha. Ana Magalhães apesar de tam-bém não concordar com o facto de osmedicamentos passarem a não incluiro preço, não vê nisso um problema:“não me incomoda, é uma questãode hábito. O doente tem é que per-guntar e ver a fatura, porque só nesteperíodo de transição é que vai haverdois ou três preços diferentes, masdentro de um mês ou dois, os preçossão iguais.”

Para os tempos vindouros Ana Ma-galhães deixa alguns conselhos aosutentes: “peço às pessoas que tenhamconfiança nas farmácias e que per-guntem sempre que tenham dúvidas”.Além disso, sugere a farmacêutica: “aspessoas devem recorrer à farmáciahabitual” e explica porquê: “as altera-ções estão sempre a ocorrer e nem nóssabemos o que vai acontecer no pró-ximo mês. Não sabemos, por exemplo,o que vai acontecer em janeiro e comoos preços vão ser alterados, mesmoque queiramos informar já, nada é100 por cento certo. Antes que nosacusem do que quer que seja, as pes-soas devem perguntar na farmácia ha-bitual e não andar de farmácia emfarmácia. As suspeitas é o que maisnos incomoda, porque nenhuma far-mácia anda a enganar o utente”. |||||

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ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010 PAGINA 12

Ver os filhos subir ao palco para se-rem homenageados pelo seu bomaproveitamento escolar não é coisaque aconteça amiúde e por isso nãohaverá encarregado de educação quenão queira dizer “presente” nessasocasiões. Muitos deles tiveram essaoportunidade na noite do dia 26 denovembro e talvez por isso o local ondetudo aconteceu - o Salão de Festas doPatronato de Vila das Aves – estivessea abarrotar. Mas também, diga-se emabono da verdade, porque foram qua-se duas centenas, os alunos que le-varam um galardão para casa, todoseles estudantes nos diferentes estabe-

Depois de ter aderido à Rede TerritorialPortuguesa das Cidades Educadoras,o município de Santo Tirso fez-se re-presentar – através da vereadora daEducação, Ana Maria Ferreira – noprimeiro Encontro Nacional que de-correu no passado dia 9 de novem-bro, em Azambuja, e onde participa-ram 29 municípios.

O movimento das Cidades Educa-doras pretende reforçar o impulsio-namento de políticas e comportamen-tos basilares para a construção de cida-des e municípios, cada vez mais edu-cadoras, cidadãs, democráticas e so-lidárias. Na continuidade dos traba-

No passado mês de novembro, foicelebrado entre a Fundação de Ser-ralves e a câmara de Santo Tirso umprotocolo de colaboração, através doqual a Biblioteca Municipal de San-to Tirso passa a receber as publica-ções editadas por Serralves.

Este protocolo dá continuidade àparceria formalizada entre as partesno dia 26 de outubro de 2007 (sen-do a autarquia tirsense desde essaaltura, uma das 12 autarquias fun-dadoras de Serralves) visando o alar-gamento da rede de acesso e deaproximação das populações locais

à arte e à cultura. Pelo presente pro-tocolo, a Fundação de Serralvescompromete-se a oferecer regular-mente à Biblioteca Municipal, as pu-blicações por si editadas, nomea-damente relativas às exposições queo Museu de Arte Contemporâneaanualmente promove, passandoassim os leitores tirsenses a acedera um conjunto de publicações dereferência. De resto, já foi entreguea Santo Tirso um primeiro conjun-to de edições, num total de 113,que se reportam ao período com-preendido entre 1990 e 2010. |||||

lhos, destaca-se a intervenção de Sér-gio Nisa, que reafirmou a importân-cia do trabalho em rede, da apostana educação perspetivada como umaresponsabilidade de todos, numaconceção de que, para a construçãode cidades verdadeiramente educa-doras, tem que existir uma ligaçãopróxima com as pessoas, com os seusintervenientes.

Cessado o mandato da Comissãode Coordenação da Rede, fez-se obalanço da atividade desenvolvidanestes dois últimos anos, e acionou-se o cumprimento dos procedimen-tos para a eleição da nova comissão

para o biénio 2010-2012. Aprovei-tou-se o ensejo para informar que opróximo Encontro Nacional decorre-rá no primeiro trimestre do próximoano, em Grândola, seguindo-se, emMaio, a realização do congressoNaconal, em Lisboa.

A adesão do município de SantoTirso a este movimento expressa o seuobjetivo em assumir-se como um mu-nicípio cada vez mais educador. “Aspolíticas educativas desenvolvidas nosúltimos anos são disso, exemplo, in-corporando já muitos dos princípiosconsagrados na Carta das CidadesEducadoras”, sublinha a autarquia. |||||

Santo Tirso no primeiro EncontroNacional das Cidades Educadoras

Publicações de Serralveschegam à BibliotecaMunicipal de Santo Tirso

lecimentos de ensino do Agrupamen-to de Escolas Ave. Galardões estesrelativos ao ano letivo de 2009/10.

Foi a primeira vez que tudo istoaconteceu e, por vontade de RuiSousa, diretor do agrupamento, a ini-ciativa é para continuar, até como for-ma de demonstrar a todos os alunosque “o esforço compensa”. “Com estainiciativa tivemos, não apenas comoobjetivo premiar aqueles que tiveramboas notas, mas também premiaraqueles que num determinado ano,por diferentes razões, não tiveram oaproveitamento que deviam, mas queno ano seguinte conseguiram supe-

rar-se e atingir certos e determinadospatamares”, explicou Rui Sousa já noencerramento da cerimónia.

Ao longo da noite foi, desta for-ma, entregue um considerável núme-ro de galardões de mérito aos alu-nos das escolas do Agrupamento Ave(que inclui estabelecimentos de ensi-no das freguesias de Vila das Aves eS. Tomé de Negrelos) não fincandode fora também os alunos dos cur-sos de Educação e Formação. Paraalém do galardão em si, os alunospremiados com o grau de excelência(os que obtiveram nota máxima a to-das as disciplinas) levaram ainda para

decimentos. Rui Sousa começou poros dirigir aos próprios alunos, depoisaos professores e também aos assis-tentes técnicos. Ou seja, a todosquantos fazem jus ao lema daqueleagrupamento, ou seja, “uma comuni-dade ativa de aprendizagem” e ondese incluem, naturalmente, os pais eencarregados de educação. O diretordo Agrupamento de Escolas Ave,meio a brincar, até foi dizendo quese devia “inventar um prémio para ospais” e, a julgar pelos aplausos, a ideiaparece ter desde já a concordânciadestes últimos. ||||| TEXTEXTEXTEXTEXTTTTTOOOOO: : : : : JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES

DEDEDEDEDE CARACARACARACARACARAVLHOVLHOVLHOVLHOVLHO

QUASE DUAS CENTENAS DE ALUNOS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS AVE FORAM GALARDOADOS PELO BOM APROVEITAMENTO ESCOLAR ALCANÇADONO ANO LETIVO TRANSATO. OU, POR OUTRAS PALAVRAS, A PROVA DE QUE O “ESFORÇO COMPENSA”

casa uma Diciopédia e um ingressopara o “Sea Life”.

Na plateia, para além dos alunose encarregados de educação, algunsconvidados, entre os quais a vereado-ra da educação da Câmara Munici-pal de Santo Tirso, Ana Maria Ferreira,os presidentes de junta de Vila dasAves e S. Tomé de Negrelos, CarlosValente e Henrique Pinheiro Macha-do, o presidente da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntáriosde Vila das Aves, Geraldo Garcia e,entre outros, representantes dos pa-trocinadores desta iniciativa.

Em final de festa, os habituais agra-

Agrupamento de Escolas Ave premiou omérito e a excelência dos seus alunos

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ATUALIDADEPAGINA 13 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

252 110 340

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Ainda que o tema fosse a entrega decertificados que qualificam os adul-tos que aderiram às novas oportuni-dades, Castro Fernandes, o primeiroa discursar, socorreu-se do call centerda PT em Santo Tirso para exemplificara importância de obter uma qualifica-ção. Lembrou o responsável que o callcenter “criou cerca de 850 empre-gos” dos 1200 disponíveis, e que “sónão há mais empregados porque nãohavia pessoas com 12º ano comple-to que dessem resposta às necessi-dades da PT”. O presidente da câmarareafirmou assim a meta dos 1200 pos-tos de trabalho, anunciada aquando ainauguração do call center.

Com isto Castro Fernandes prati-camente fechou a sua intervençãoque serviu não só para felicitar aspessoas que iriam minutos depoisreceber o certificado, mas também paraapresentar uma espécie de retrospetivados primeiros seis anos do CNO emSanto Tirso.

O presidente da câmara lembrouque Santo Tirso foi um dos primeirosmunicípios do país a criar um Centrode Novas Oportunidades e explicou

NO PASSADO DIA 23 DE NOVEMVRO, 374 PESSOASRECEBERAM O CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DOS NÍVEISDE ENSINO BÁSICO E SECUNDÁRIO. A CERIMÓNIA QUEASSINALAVA TAMBÉM O 6º ANIVERSARIO DO CNO EM SANTOTIRSO, CONTOU COM A PRESENÇA DO SECRETÁRIO DEESTADO DO EMPREGO E DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL,VALTER LEMOS.

São 850 mas podiamser mais ostrabalhadores docall center da PT, dizCastro Fernandes

CERIMÓNIA DE ENTREGA DE CERTIFICADOS DO CENTRODE NOVAS OPORTUNIDADES

os motivos pelos quais isso aconte-ceu. “Esta região tem uma alta taxa dedesemprego, pelo que aceleramos oprocesso para aumentar as competên-cias das pessoas”. Na sua interven-ção, o mesmo responsável, tentou tam-bém desmistificar a ideia de que éfácil obter a certificação. “Há quem di-ga que basta as pessoas inscreverem-se no CNO e que têm logo o certifi-cado, mas não é bem assim” e paraprovar apresentou números. “Nestesseis anos inscreveram-se no CNOcinco mil 439 pessoas, mas só mil e951 é que obtiveram o certificado”.Entre essas, referiu o Castro Fernan-des, incluem-se “vários atletas do FCTirsense, agentes da PSP e desempre-gados têxteis” entre outros.

Valter Lemos começou por cumpri-mentar Castro Fernandes da formaque vem sendo habitual nas figuras doGoverno que nos últimos tempos têmvisitado Santo Tirso: “é muito fácil tra-balhar com Santo Tirso”. Cumprimen-tos à parte o secretário de Estado lem-brou o percurso da implementação dosCentro de Novas oportunidades e odescrédito inicialmente dado ao pro-jeto. Por fim dirigiu-se especificamen-te à plateia, dizendo: “a vossa opçãofoi a melhor, para vocês, mas tambémpara os vossos filhos. Não há melhorexemplo para os vossos filhos, nãohá discurso que valha um exemplo”.

Discursos findos, um a um, os alu-nos do CNO, foram chamados ao pal-co para receber o seu certificado. ||||||

PSD tirsense homenageiaantigos dirigentesO PSD de Santo Tirso homenageouos seus antigos dirigentes eleitos des-de 1974 até 2005 no passado dia27 de novembro, com a presençade Marco António Costa, presidenteda distrital do PSD Porto e vice-presi-dente da Comissão Política nacional.

O encontro visou homenagar osex-dirigentes Gonçalves Afonso,Alcindo dos Reis, Amadeu CastroPinheiro, Paulo Sousa, António Pon-tes, Paulo Ferreira e João Abreu, etambém Abílio Costa (a título pós-tumo), Fernando Barbosa Gonçal-ves e Zé Bento Machado.

Quem deu início aos discursosfoi Gonçalves Afonso, o primeiropresidente eleito e fundador do PPD/PSD, que lembrou as “dificuldades

Em comunicado de imprensa, o BEfez saber que questionaram o Se-cretário de Estado do Desporto edo Ministério da Economia, parasaber a razão pela qual o financia-mento da obra ficou congelado, umavez que já havia sido dada viabili-dade ao projeto. No mesmo comu-nicado o BE explica que não com-preende também o “pouco empenhopor parte da autarquia de Santo Tirso,para que esta obra de grande valorpara o concelho se concretize.” Maisainda o BE afirma “que isto é ape-nas mais um exemplo que demonstra

Chumbada aconstrução do complexodesportivo de RorizPROPOSTA APRESENTADA PELO BLOCO DE ESQUERDAPARA A CONSTRUÇÃO DO COMPLEXO DESPORTIVO DERORIZ FOI CHUMBADA PELO PS COM AS ABSTENÇÕES DOPSD E CDS/PP.

que o executivo da câmara munici-pal tem passado anos a promover odesinvestimento no concelho e nãoa promoção da qualidade de vidadas populações. O Bloco de Esquer-da acredita que numa altura de gra-ve crise social, de estagnação eco-nómica e de perda de poder decompra por parte das famílias, é ne-cessário o investimento público quepode criar emprego e dinamizar aeconomia. A construção de um com-plexo desportivo em Roriz assumi-ria um carácter de investimento pú-blico, necessário e urgente”. ||||||

e os muitos obstáculos à imple-mentação” do partido. Andreia Neto,atual presidente da comissão políti-ca de Santo Tirso chamou a aten-ção para o “elevado espírito de mis-são” dos dirigente homenageados,deixando no ar algumas criticas àgestão socialista da câmara de San-to Tirso que, afirmou, “nos últimos28 anos conduziu o concelho paraa cauda desenvolvimento municipal”.

Marco António Costa, foi por-tador de uma mensagem de PassosCoelho para os homenageados epara o PSD de Santo Tirso, evidenci-ando a sua importância para a uni-dade do partido ao nível local quesempre soube conviver na diversi-dade de opinião e na liberdade. |||||

“Nestes seis anos inscreve-ram-se no CNO cinco mil 439pessoas, mas só mil e 951 éque obtiveram o certificado”,referiu Castro Fernandes.

ENTREGA DE CERTEFICADOS REALIZOU-SEESTE ANO NO PAVILHÃO MUNICIPAL. EMBAIXO, VALTER LEMOS AO LADO DE CASTROFERNANDES E ANA MARIA FERREIRA

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||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO*

A abertura da edição de 2010 doGuimarães Jazz fez-se festiva, o quese compreende já que o momentoera de celebração, nomeadamente dolegado musical do vibrafonista LionelHampton. Em palco, a reconstituiçãode uma orquestra com músicos comoRed Holloway, o vibrafonista JasonMarsalis e o trombonista Curtis Fuller,entre outros. Jacey Falk cantou me-nos do que seria de esperar, mas emcompensação interagiu com o públi-co, conduziu-o à dança e fez as ‘hon-ras da casa’. À direita do palco, umentrosamento perfeito entre piano,

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Dificilmente um concerto de jazz écapaz de ter tantos clímaxes. Mas nestecaso até está correto porque o con-certo de Charles Lloyd New Quartetfoi uma verdadeira noite de amor.

O público mal conseguiu manteras mãos apartadas uma da outra. Osaplausos sucederam-se a cada músi-ca, a cada solo e a cada momento deum concerto que trazia o alinhamen-to do álbum “Mirror”, de CharlesLloyd New Quartet.

Se Charles Lloyd, com 72 anos,consegue produzir um espetáculocom a grandeza e qualidade que ogrande auditório do Centro CulturalVila Flor (completamente lotado) pôdecomprovar, muito se deve ao trio demúsicos que o acompanham. JasonMoran (piano), Reubem Rogers (con-trabaixo) e Eric Harland (bateria) com-põem o quarteto de forma imperiosae ilustram o que de melhor se faz

com e em jazz. O septuagenário sa-xofonista era a grande estrela, nãohá margem para dúvidas, a confirmá-lo está o seu currículo, mas os rapa-zes que o acompanharam não foramofuscados, muito pelo contrário,Charles Lloyd foi generoso, deixou-os brilhar, saindo dos holofotes e res-guardando-se no escuro do palcoenquanto o trio se digladia-va emmagníficos momentos de jazz. O pú-blico agradeceu, várias vezes, diga-se.

O início de “La llorona”, um clás-sico mexicano que Charles Lloyd in-cluiu em “Mirror”, trouxe o melhorde Jason Maron, num solo de piano

que deixou o público literalmente cola-do à cadeira. E tanto é, que o únicoruído que se imiscuía no som do pia-no (recorde-se que na sala estavammais oitocentas pessoas) era o clickdas máquinas dos fotojornalistas.

Mas estavam reservados para oencore dois momentos ímpares. EricHarland, na bateria, a deixar o públicoquase sem uma fresta aberta por ondepudesse passar ar. E Reuben Rogeres,no contrabaixo, que momentos antes ti-nha surgido sozinho em palco para darinício da forma mais imprevisível pos-sível a um encore que trazia o augú-rio de um final quase tão prodigiosocomo o concerto em si.

Charles Lloyd não precisa de umafrase para o defender, ou para des-crever o som contundente do seu sa-xofone, mostrou apenas de uma for-ma simples que, apesar da idade, ain-da tem fulgor para deixar oitocentaspessoas bem perto do improviso dafantasia. [Ver entrevista ao lado] |||||

bateria, contrabaixo e vibrafone, maso mesmo já não se pode dizer dosoitos instrumentistas de sopro, à es-querda. Red Holloway, por exemplo,até encantou em saxofone tenor, masnão deixou de traduzir o peso daidade. Seja como for, o concerto esteveà altura – e de que maneira – da aber-tura daquele que é considerado um

dos melhores festivais de jazz do país.Nove dias mais tarde, prometia-se

fechar a 19º edição do festival comchave de ouro. E o caso não era paramenos; ao fim de 25 anos, a New YorkComposers Orchestra voltara a reu-nir-se para o concerto de encerramen-to do Guimarães Jazz e, por isso, asexpetativas eram altas, ou não se esti-vesse na presença de uma das maisrepresentativas formações da ‘downtown’ nova-iorquina dos anos 80-90.E se é um facto que a mestria dos váriossolistas não andou arredada do con-certo, também não é menos verdade quea prestação da New York ComposersOrchestra ficou aquém do esperado.

consequências, com Johnny Mercierno órgão a conferir uma sonoridadeesotérica (e, provavelmente, a deixaralguns puristas do jazz pelo caminho)a um registo em que o confronto sefez entre Kenny Garret e o bateristaNathan Webb, a todos os níveis no-tável. Depois disto, pareciam esgota-dos todos os recursos. Não estavam:Kenny Garret e Nathan Webb haveri-am de o provar mais vezes, ofuscan-do quase por completo Kona Khasu,no baixo. O saxofonista terá protago-nizado um dos concertos menos con-sensuais do Guimarães jazz, o que -

ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010 PAGINA 14

Guimarães jazz

Um festival degrandes concertos euma verdadeiranoite de amorO ENTRE MARGENS ESTEVE NO GUIMARÃES JAZZ E REVELAAS IMPRESSÕES QUE FICAM DESTE GRANDE FESTIVAL QUEACONTECE ‘ALI AO LADO’. PARA JÁ, FICA A CONVICÇÃODE QUE O SAXOFONISTA CHARLES LLOYD PROTAGONIZOUO GRANDE MOMENTO DESTA 19º EDIÇÃO DO FESTIVAL

Charles Lloyd mostrou, deforma simples, que, ape-sar da idade, ainda temfulgor para deixar oitocen-tas pessoas bem pertodo improviso da fantasia

Mas entre o tributo a Lionel Ham-pton e o concerto da New York Com-posers Orchestra muito e bom jazzse ouviu por Guimarães; uma cidadeque a organização empenhada-men-te faz com que “vista a camisola” dofestival (nalguns casos, literalmente)e talvez isto ajude a compreender oporquê de boa parte dos concertosprogramados no âmbito do festival,esgotarem. Não foi o caso do concertode Kenny Garrett, mas quase.

O saxofonista apresentou-se emconcerto a 12 de novembro e, diga-se, “entrou a matar”. Mais de vinte,ou mesmo trinta minutos, em cres-cendo, num tema levado às últimas Continua na página seguinte

Kenny Garret protagonizouum dos concertos menosconsensuais do GuimarãesJazz, pena é tenha porvezes confundido exi-bição com exibicionismo

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Depois de uma sala completamentecheia, o público rendido, muitos aplau-sos, com que impressão ficou do Gui-marães Jazz?É fantástico. O Eric (baterista) e o Jason(pianista) já tinham vindo a este festivalalgumas vezes, mas eu nunca tinha es-tado cá. Mas eles já me tinham dito co-mo era bom. Disseram-me que era numacidade pequena, mas com um grandecoração e com pessoas fabulosas. E euconcordo, além disso consegui sentir aenergia que as pessoas trouxeram parao concerto. Foi fantástico.

Mas não é a primeira vez que está emPortugal?Não… Estive em Portugal muitas, muitas,muitas, muitas vezes. (risos) Nos últi-mos quinze anos estive quase todos osanos cá; no Porto, em Lisboa e na Madei-ra, no Estoril Jazz, mas nunca tinha es-tado neste festival especificamente. Maseste país é lindo, as pessoas têm muitoapreço pelo jazz e pela música experi-mental. Os portugueses, assim como osfranceses e os italianos, têm um grandeapreço pela música jazz, e têm, sobretu-do, um grande respeito e um grandeintelecto. Parece que toda a gente co-nhece e que tem uma certa conexãocom a música, o que não é muito co-mum, não é normal e não é nada comonos Estados Unidos.

O que conhece da música que se faz emPortugal? Conhece alguma coisa?Confesso que não conheço muito, játoquei com alguns músicos de jazz por-tugueses, e toquei as suas composições(pausa, ar pensativo). Bom, já sei quequando chegar a casa e me deitar voupensar “conheço este e aquele”, masagora não me estou a recordar. (risos)

Agora algo mais pessoal, não passa des-percebido o seu contrabaixo, é abso-lutamente lindo…… sim, é muito antigo, tem pelo menos100 anos. É muito especial, tem um sommuito profundo, e eu tenho uma pai-xão muito profunda por ele, é o meubebé. ||||| CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

em abono da verdade – só o privile-gia, pena é que Garret tenha por ve-zes confundido exibição com exibicio-nismo (no tema “happy people”, porexemplo, isso foi evidente).

O primeiro sábado do festival tra-zia alicerçado um nome maior do jazz,John Coltrane, ou não subisse aopalco o filho do famoso saxofonista,Ravi Coltrane. Mas os SaxophoneSummit com Joe Lovano, Dave Liebmane o próprio Coltrane goraram asexpetativas. O público não fez ques-tão do ‘encore’ e alguns nem espera-ram para o final para sair. A idade dosmúsicos não lhes tirou a genialidade,porém tirou-lhes algum vigor, algu-ma energia que acabou por se notar.O estilo livre do jazz dos SaxophoneSummit torna mais difícil a empatia como público, o que foi claramente notório,apesar de a sala ter esgotado.

A fechar o primeiro grupo de con-certos do Guimarães Jazz, André Fer-nandes, Mário Laginha, Julian Argüel-les, Nelson Cascais e Marcos Cava-leiro deram corpo ao Projeto Toap /Guimarães Jazz. O registo do con-certo só em 2011 estará disponívelem CD, mas para já importa dizer queos músicos cumpriram o desafio pro-posto, mas não surpreenderam. Ain-da assim, sublinhe-se as composiçõesde Mário Laginha.

Para o segundo “round”, os TheStory. O diretor do festival, Ivo Martins,já o tinha dito: o futuro do jazz passapor eles. Quinteto constituído porSamir Zarif, Lars Dietrich, John Escre-etno, Zack Lober e Greg Ritchie, osThe Story chegam colados à ideia deuma música muito atual com influên-cias que vão das correntes mais tra-dicionais do jazz ao minimalismo e àmúsica erudita contemporânea. E istoé verdade, mas não é fácil imaginar-se tudo isto na música seja de quemfor. Mas é isto que os The Story fa-zem. Ao piano, John Escreetno, porexemplo, é profundamente erudito eparece alheado dos outros instrumen-tistas, contudo a interacção com elesé constante, ainda que muitas vezesse faça de forma subtil. Talvez aindalhes falte tempo, mas foi com mestriaque dirigiram a Big Band da Esmaeno concerto do dia 20 de novembro.

E o mesmo se pode dizer de Gon-zalo Rubalcaba; irrepreensível ao co-mando de um grupo de grandes ins-trumentistas com óbvios destaques pa-ra Yosvany Terry no saxofone e MikeRodriguez no trompete. Perdoe-se-lhea falta de memória e aplauda-se a suaexcelência enquanto músico e, vá lá,o facto de ter admitido que já não selembrava da primeira vez que passoupelo Guimarães Jazz. Desta, poucos es-quecerão. ||||| *COM: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Continuação do texto da pág. 14

O GuimarãesJazz “éfantástico”

Quatro pergutasa Ruebem Rogers

CONTRABAIXISTA DE CHARLESLLOYD NEW QUARTET ELOGIAPOSTURA DO PÚBLICOPORTUGUÊS PERANTE O JAZZ

||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

A Associação Amar Santo Tirsorealizou no dia 12 de novembroa primeira de uma série de tertúli-as a que deu o nome de “Con-versas de Café” através das quaisse propõe “servir de ponte à cida-dania e realizar um interface en-tre os cidadãos tirsenses e os po-deres públicos”, conforme PedroFonseca, um dos seus dirigentese fundadores, fez questão de aapresentar e recomendar ao pú-blico presente para ouvir o primei-ro dos convidados a protagonizarestas “conversas”, Mário Dormins-ky, o senhor Fantasporto.

Apresentado este ilustre cida-dão do norte do país como o fun-dador de um evento que marcoua paisagem cultural do Porto e lhedeu reconhecimento internacional,Mário Dorminsky (MD) começoupor manifestar o seu contentamen-to por se encontrar em Santo Tirsoe reencontrar antigos colegas eex-alunos com quem conviveu hátrinta anos, numa altura da suavida em que deu aulas na Didáxis,aqui perto, em Riba d’Ave.

Andando depois em espiral emvolta do tema que lhe pediram paraabordar, a cultura, tema tão vastoe elástico a que tudo vai dar, orien-tou a sua abordagem para o con-texto espacio-temporal de um paísque parece ter perdido a identi-dade e o norte e que não vislum-bra na crise em que todos os es-pecialistas da desgraça o entalamuma abertura para horizontes deesperança. Dorminsky diagnosti-cou praticamente todos os sinais,indícios e sintomas de uma crisepropalada aos quatro ventos, so-bretudo depois que “a telenovelado orçamento para 2011” reben-tou, com os acordos e desacordosnos bastidores do poder, tendocomo pano de fundo a pressão dosmercados e o descalabro admiti-

Mário Dorminsky:“vivemos num paísminúsculochamado Lisboa”A ASSOCIAÇÃO AMAR SANTO TIRSO REALIZOU NO ÚL-TIMO MÊS AQUELA QUE FOI A PRIMEIRA DAS CON-VERSAS DE CAFÉ, COM O DIRETOR DO FANTASPORTO

do do défice e da dívida soberana.Alguns dos enfoques da sua

intervenção sobre o mérito/ demé-rito de ser português nestes tem-pos tiveram as seguintes tónicas:veja-se a forma como desaprovei-tamos a capacidade intelectual dosnossos jovens licenciados muitosdos quais acabam a fazer carreirasconvincentes nas melhores em-presas, centros de investigação euniversidades do mundo com pres-tígio e reconhecimento e que aquiestariam condenados aos “call-centers” e afins; veja-se que nãoconseguimos sequer reaproveitaros extraordinários recursos turís-ticos e a diversidade regional ehistórico-cultural do país em fun-ção do que muitos consideraramser o nosso destino e vocação,constatando que o nosso turismoestá bem longe de ombrear como que existe em Espanha, citandoBilbau e Barcelona como cidadesímpares sem qualquer paralelo en-tre nós e a falta de eventos cultu-rais com dimensão e atratividade,ou, quando os há, longe de serem

devidamente publicitados e explo-rados em grande escala por ope-radores turísticos competentes; re-feriu exemplos positivos como arenovação da Baixa do Porto queconseguiu mobilizar o empreen-dedorismo no domínio das indús-trias do lazer, da restauração e dosbares por forma a animar a cida-de e a dar-lhe movimento e vidamas não deixou de verberar emcontraponto a política das SCUTque corre o risco de bloquear umfluxo turístico que vinha a aumen-tar desde o Norte Atlântico e daGaliza em direção ao norte dopaís e, em particular, ao Porto.

MECENATO CULTURALDorminsky evidenciou depois ainexistência de um verdadeiro“mecenato cultural”, embora exis-tente na legislação, ao contráriodo que se passa noutros países, amáquina capaz de fazer avançargrandes eventos e projetos, exem-plificando que, no âmbito do Fan-tasporto, praticamente só uma dasmuitas empresas que o subvencio-nam o fazia por recurso à legisla-ção do mecenato e que as de-mais o faziam a título de publici-dade. Foi particularmente contun-dente no que toca à inexistênciade uma regionalização bem com-preendida, focalizando a macroce-falia da capital. “Vivemos num paísminúsculo chamado Lisboa”, afir-mou Mário Dorminsky, sendo quea prova de que isso é verdade estános media e na imprensa nacio-nal que está sedeada em Lisboa,com raras exceções de descentrali-zação e alguns simulacros que nãoconseguem desmentir aquela evi-dência de que o que conta é Lis-boa e o resto é paisagem. Quase aterminar uma já longa “palestra”,MD concluiu dizendo que até notocante a muito dinheiro vindo daUnião Europeia “não soubemosaproveitar o que nos deram, pro-vando-se que muito do que foiaplicado foi mal direcionado e quegrandes quantidades foram mes-mo devolvidas por não sabermosdirecioná-las para o muito que ur-giria fazer, razão pela qual “somoso país das oportunidades perdidas”.

Entretanto, a hora ia avançadademais mas ainda houve tempopara umas quantas intervençõesde assistentes interessados em de-senvolver pontos de vista focados,sob novos ângulos ou mesmo emcontraponto aos que foram desen-volvidos por MD, tendo por certovalido a pena este momento, em-bora já tardio, sem o qual as “con-versas de café” redundam numlongo monólogo. |||||

“Não soubemos apro-veitar o que nos deram[União Europeia],provando-se que muitodo que foi aplicadofoi mal direcionado”

ATUALIDADEPAGINA 15 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

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Dan Rivermanmandacalar o frio

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Mais uma vez se prova que é pos-sível ter a casa cheia, mesmo comentrada a pagar. É o primeiro factoa reter. Segundo facto: o públicoque marcou presença neste concer-to não é o mesmo dos outros, oque nos leva a concluir que o ICiclo de Música Moderna Portu-guesa, pode atrair vários públicosde diferentes idades e de diferen-tes localidades. Um verdadeiro mo-tor dinâmico, e bem aplicado noauditório do CCVA.

Estavam anunciados dois con-certos. Primeiro Nicole Eitner, de-pois Dan Riverman. Ambos trazi-am um som muito mais melodio-so, calmo e até romântico que osconcertos precedentes.

Só a meio do concerto é queNicole Eitner conseguiu prendero público, no final tinha-o mesmoconquistado, mas no início, nasprimeiras três músicas, muito seme-lhantes umas às outras, provocaramum misto de desconfiança eexpetativa, algo até um pouco emba-raçoso. Na verdade Nicole pecou porser demasiado minimal, o que nãoé necessariamente mau, mas apenassentada ao piano, quase sempre decostas para o público, acabou por serefletir no espe-táculo. Quem a viuo ano passado no palco do StCulterra, de certo reparou que combanda, Nicole é melhor. Tanto o é,que isso acabou por se notar nodueto que fez com Dan Riverman.De resto um dos momentos maismarcantes da noite.

Voltando atrás na cronologia,

XX Encontro deCoros Litúrgicosem SantaMaria de Oliveira||||| TEXTO: LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Decorreu no passado domingo 21 de novem-bro, Dia litúrgico de Cristo Rei em Santa Mariade Oliveira o XX encontro de Coros paroqui-ais da Zona Pastoral de Riba d’Ave organizadopelo coro local sob a direção artística de Ma-nuel Cadeias. Desde o início foi visível a colabo-ração dos Escuteiros locais em tudo o que diziarespeito à disciplina de trânsito e apoio à or-ganização do encontro que, este ano contoucom a adesão de um novo coro, o da paró-quia de S. Mateus de Oliveira que de prontose ofereceu para receber o testemunho e as-sumir a organização do próximo encontro.

O salão paroquial esteve à cunha para ouvire acolher os nove coros participantes na apre-sentação dos temas que escolheram para esteencontro, tendo ouvido por parte dos musicó-logos presentes incentivos bastantes à quali-dade de interpretação de praticamente todosos coros, os quais se vêm esmerando em man-ter o nível a que já habituaram o auditório ouaté a aperfeiçoarem a sua prestação em aspetosimportantes do canto de conjunto e da suainterpretação. O trabalho que vem desenvolven-do jovens maestros e maestrinas, alguns delescom projeção muito para lá dos campanáriosparoquiais, está a dar os seus frutos e vai con-tinuar a marcar a evolução destes coros paro-quiais. O responsável pelo canto litúrgico a ní-vel diocesano, o reverendo dr. Azevedo Olivei-ra, em alocução no final do concerto, é quenão se cansou de insistir numa pedagogia litúr-gica voltada para a animação das assembleiaseucarísticas que vem sendo o seu mote dosúltimos anos: um coro tem por missão pôr aassembleia a cantar, escolhendo não trechosde grande aparato mas cânticos que o povocristão seja capaz de cantar conjuntamente notodo ou em parte.

É de justiça dizer que o coro de Santa Mariade Oliveira dirigido por Manuel Cadeias agra-dou muito particularmente pela contenção eequilíbrio de vozes que nos edificou em mo-mentos de maior recolhimento como de mai-or vibração sonora. O coro de Vila das Aves quecom aquele mantem uma simpatia especial capri-chou sobretudo na escolha dos temas quelevou, primando pela tradição ecuménica, des-de um tema ibérico natalício em castelhano, pas-sando por um tema anglicano da autoria deHenrique VIII e terminando com o desabafo deCristo na cruz “Eli, Eli, Lama Sabactani”, da au-toria de um compositor do leste europeu. Coma Eucaristia de Cristo-Rei presidida pelo cónegoAzevedo Oliveira e concelebrada por quasetodos os párocos da Zona e um lanche servidopela organização concluiu-se mais esta jornadade convívio dos coros desta Zona Pastoral. |||||

TERMINOU EM JEITO DE MELODIA O I CICLO DEMÚSICA MODERNA PORTUGUESA. DEPOIS DE JPSIMÕES E DE SEAN RILEY & SLOWRIDERS, OSÚLTIMOS DOIS CONCERTOS ACARRETAVAM O RISCODE SEREM MENOS MEDIÁTICOS QUE OS ANTECEDEN-TES, MAS O RISCO FOI DIMINUTO. CASA CHEIA E UMCASAMENTO PERFEITO ENTRE A MASCULINIDADE DEDAN E A CRASSA FEMINILIDADE DE NICOLE.

I CICLO DE MÚSICA MODERNA PORTUGUESA NO CCVA

man, elas ficaram desfeitas quan-do tocaram o cover dos Cousteau“Last good day of the year”.

Em suma, o Dan Riverman têmpernas, mas muito à custa da vozde Dan, que uma vez por outralembrava um Tom Waits algures en-tre o novo e o maduro. Funciona,aquece, é suja, é agreste, e nãopassa indiferente, o único senãoé que é diminuta a quantidade depalavras que se percebem. Não érelevante neste caso porque fun-cionou bem, o público gostou,aplaudiu, o encore foi invulgar, eabre um precedente interessantepara as bandas do concelho quevenham a ocupar o cartaz do Ci-clo de Música Moderna Portuguesade 2011. De resto, ficamos à espe-ra do que vem por aí. |||||

o início do concerto de Nicole foitremido, a cantora parecia nervo-sa. Tocou, cantou meia frase, pa-rou. Recomeçou. Ouviu-se umburburinho. Desculpou-se, comgrande naturalidade, com o factode serem músicas do álbum novoe que ainda não as sabia de cor.O público sorriu e o espetáculodecorreu. Mas o clima estava ame-no, e nem sempre havia manifesta-ções de expressado interesse; ou-via-se cochichos e, quando dois outrês audazes tentaram incitar oacompanhamento da música compalmas, o resto do público nãoaderiu. Ignorou. O volte face deNicole, foi no cover do “NothingCompares to you”, original dePrince, mas muito popularizado porSinead O’ connor. Aí sim, Nicoleconseguiu pôr o público a cantarem uníssono, a interagir e, de facto,a se interessar pelo que ela estava afazer. Finalizou com “Wize up”, qua-se uma fiel cópia do original deAimee Mann, e um enorme aplau-so demonstrou que o público esta-va satisfeito.

Depois do intervalo, os DanRiverman trouxeram a voz de Dancomo sinónimo calor, talvez a úni-ca coisa verdadeirametne quentenuma noite que rondava os doisgraus. Apesar de estarem a jogarem casa, não foram displicentes, oque foi bom. “Estamos a construiro nosso sonho” explicou Dan pe-rante uma plateia de “amigos”como lhes chamou.

O início do concerto trouxe umdueto entre a banda e a cantoraque funcionou na perfeição. Mas

foi no segundo dueto, entre Nico-le, Dan e a guitarra deste que todaa gente pode comprovar o quãobem uma voz bem masculina casacom uma bem feminina.

Se dúvidas houvesse relativa-mente às influências de Dan River-

Embora a jogar em casa,os Dan Riverman nãoforam displicentes, oque foi bom. “Estamosa construir o nossosonho” explicou Danperante uma plateia de“amigos” como lheschamou.

MAIS FOTOS DO CONCERTO EM:WWW.FACEBOOK.COM/ENTREMARGENS

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É autora de um dos blogs mais con-troverso da blogosfera local, chama-se “Menina Tirsense”, mas permane-ce incógnita. Diz que nasceu em ja-neiro de 1977, em Santo Tirso e quejá viveu em S. Mamede do Coronado,Santa Cristina do Couto e agora emSanto Tirso. E diz também que é casa-da e tem uma filha e que é jornalistanum órgão de informação do Porto.

Santo Tirso é um bom município parase viver? Porquê?Santo Tirso é um excelente municípiopara se viver. Desde logo pela suaposição geográfica, que não é a de umagrande cidade, com o bulício caracte-rístico das grandes cidades e com osproblemas daí decorrentes. Em SantoTirso, e designadamente no centro dacidade, temos tudo o que de bom sepode ter numa cidade de média di-mensão: comércio, serviços, áreas delazer e a beleza tão característica dasnossas ruas e praças. A qualidade devida aqui é excelente, e disso mesmotem feito eco o estudo dos melhoresmu-nicípios para viver, ao longo dosúltimos anos. Depois temos, por todoo concelho, um parque escolar degrande qualidade, que está a crescer ea melhorar a olhos vistos. Temos ain-da um ambiente de excelência, e umaautarquia que tem prestado muitaatenção a estas áreas, que são, a meuver, as áreas de futuro. Uma universidade no concelho deSanto Tirso é: imperativo, desneces-sário ou indiferente?Desnecessária. Não partilho da ideiados que defendem a existência de umauniversidade em cada esquina. As uni-versidades não devem ser banaliza-das, colocadas em todos os lugares,mas antes devem aglomerar, em pon-tos estratégicos, o maior oferta possí-vel de cursos e oportunidades de for-mação. Santo Tirso está muito próxi-mo do Porto, de Braga e de Famalicão,cidades em que existe essa oferta. Nãocreio que faça sentido a existência deuma universidade no nosso concelho. Como classifica a blogosfera de San-to Tirso?O blog +Santo Tirso surgiu em novem-bro de 2008 e desde essa altura hou-

ve um notório florescimento de novosblogs, mas a maior parte desapare-ceu, curiosamente ou não, no dia ouna semana seguinte às últimas elei-ções autárquicas. Dos que ficaram, sa-liento dois, e por razões bastante di-versas: o blog Santo Thyrso, anteriora todos os outros e, do meu ponto devista, de muito boa qualidade, verti-calidade e respeito por quem o lê, e oSanto Tirso – Toda a Verdade, que, nosantípodas daquele, prima pelo insul-to, pela vulgaridade e pelo profundodesrespeito para com todos os tirsen-ses e em particular para com CastroFernandes e para com os militantes ousimpatizantes do PS que, como todossabemos, tem merecido a reiteradaconfiança da população do concelho. A quem oferecia uns óculos?A todos aqueles que sistematicamen-te tentam diminuir o imenso e meritó-rio trabalho de Castro Fernandes (CF)no concelho. O nosso presidente dacâmara é uma pessoa de grande va-lia técnica e um excelente autarca, tidoaté pelo PS como um autarca-mode-lo. Acho que CF tem uma obra gran-diosa em Santo Tirso, e não é porcausa dos que recusam ver isso quea população deixa de confiar nele.Penso que muitos dos seus detratoresnão o conhecem verdadeiramente, eacho que há quem faça política mui-to baixa em Santo Tirso, mas CF é umhomem muito culto, muito apaixona-do pela sua terra e pela sua gente, emerece mais respeito e um olhar maisatento por parte de todos os tirsenses,porque está a fazer um excelente tra-balho na autarquia. Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Não há nada de que sinta particular-mente falta. Como disse, gosto da nos-sa cidade como ela é, com as vanta-gens da sua média dimensão e semos constrangimentos de outras cida-des que todos conhecemos. Talvez gos-tasse, por exemplo, de ter um shoppingou uma sala de cinema, mas não é umanecessidade absoluta. Temos aqueletipo de comércio que está a morrernoutras cidades, que é feito de umatendimento mais personalizado, maissimpático, e quando queremos ir ao

cinema ou a um centro comercial po-demos ir ao Porto, por exemplo. Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Ainda sou do tempo em que nãoexistia o concelho da Trofa e SantoTirso era bastante maior. Penso quehoje conseguimos ver, comparandoos dois concelhos, que a divisão nãofoi má de todo! Acho que Santo Tirsoevoluiu muito! A Casa de Chá, no Parque D. Maria II,dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Adoro a Casa de Chá. É um lugar lin-díssimo. A esplanada está situada numlocal privilegiado da nossa cidade, pe-la beleza envolvente, e funciona comoum miradouro sobre o concelho. É umlugar ideal para o encontro de amigos,porque não estando localizada numlugar tão central como a esplanada daMónica, tão conhecida e frequenta-da em Santo Tirso, reúne a magia dopassado com o olhar para o horizonte,e para o futuro. Combina muito me-lhor com Dom Pérignon do que comum Xanax, decididamente! Eu faria um abaixo-assinado para…Há duas questões que me levariam apromover uma iniciativa desse género:a educação e o ambiente. Julgo queé fundamental apostar nestas áreas,que considero fundamentais para osucesso de um país. Gostaria de ter acerteza de que os sucessivos gover-nos nacionais estão a fazer apostasinequívocas nestas duas áreas, e con-gratulo-me por perceber que SantoTirso está na vanguarda nesse aspeto,porque essas são áreas em que o atualexecutivo tem apostado de forma mui-to evidente! Mas não quero aqui fazerapenas a apologia de CF e da suaequipa, obviamente. Promoveria umabaixo-assinado para, por exemplo,fomentar um maior grau de exigên-cia nas escolas. Do meu ponto de vista,é com exigência e rigor que conse-guimos alunos com mérito. Qual o seu palpite para o início daobras do Cineteatro de Santo Tirso?Não serei a pessoa adequada para es-tabelecer um calendário, mas creio queo fundamental, nomeadamente nes-te momento de crise, é apostar noutrasobras, que façam a diferença no dia adia dos tirsenses, como a Educação,o Ambiente, a Saúde, a promoção doemprego e a concretização de obrasessenciais na rede viária e na criaçãode infraestruturas que tragam maiorqualidade de vida às pessoas. Acre-dito que a cultura é muito importante,claro, mas as pessoas precisam pri-meiro de pão, e só depois de diversão. Que nome lhe ocorre para suceder aCastro Fernandes?Será uma missão difícil, a de sucedera Castro Fernandes. O rosto do atual

presidente já se confunde com a his-tória do nosso concelho, e grandesfeitos têm sido atingidos por SantoTirso sob a sua governação. Julgo queo seu sucessor terá de ser uma pessoadeterminada, assertiva, imune ao ruí-do que se tenta produzir à volta da au-tarquia. Há várias pessoas que pode-riam suceder a CF mantendo as boasapostas que têm caracterizado os seusmandatos, mas não gostaria, para já,de falar em nomes. Quem levava a banhos nas Termasdas Caldas e no Rio Ave?Tudo depende da intenção com queos levasse, mas como são dois locaismuito agradáveis levaria alguém queme inspirasse a procurar sempre o la-do melhor das pessoas e das coisas.Sou uma pessoa muito positiva, e gos-to de me rodear de pessoas positivase afáveis. A vereadora Ana Maria Fer-reira, por exemplo, é uma pessoa mui-to interessante, que se dedica de almae de coração ao seu trabalho e quetem a feliz capacidade de fazer ami-gos por onde passa. Claro que quan-do se está na política tem-se quasesempre a mesma facilidade em fazeramigos e inimigos, mas creio que comela os banhos seriam muito interes-santes, porque é uma pessoa com umavisão do mundo e uma forma de estare pensar muito parecida com a minha. Se fosse obrigada a escolher umpresidente da câmara do PSD quemescolheria: João Abreu, Alírio Can-celes, Carlos Valente ou José PedroMiranda?De entre esses nomes, a minha pre-ferência recairia em José Pedro Miran-

da. Não o conheço pessoalmente,mas creio que, pela sua juventude epela (pelo menos aparente) ausênciade vícios que o poder tende a perpe-tuar, é de todos esses nomes o queme oferece maiores perspetivas de po-der fazer um bom trabalho. Julgo queJoão Abreu é já uma carta fora dobaralho eleitoral em Santo Tirso. AlírioCanceles, por seu turno, não é umapessoa que me convença do seu em-penho genuíno no bem da cidade.Nada tenho contra ele, obviamente,e também não o conheço satisfato-riamente, mas penso que ele é o ros-to de um PSD derrotado, desgastadoe sem capacidade de inovar. CarlosValente está bem no papel de presi-dente de junta. É querido pelos aven-ses e acho que, tal como Alírio Can-celes, não tem o perfil indicado paraser presidente de câmara. Mas essa éapenas a minha opinião! A escolhade um autarca depende única e ex-clusivamente dos eleitores, que emSanto Tirso não têm depositado a suaconfiança no PSD... Quem é a Menina Tirsense?A Menina Tirsense é uma agradávelsurpresa. Começou com uma brinca-deira, numa conversa de café em quealguém dizia que fazia falta a SantoTirso uma voz pública que falasse nascoisas boas que o concelho tem. To-dos sabemos que é fácil criticar, apon-tar falhas, falar mal de tudo e de to-dos, mas poucos são os que tiramum momento do seu tempo para apre-ciar o que de mais bonito e positivose faz na nossa terra. Essa brincadei-ra traduziu-se na criação de um blogperfeitamente comum, mas que ganhounovo alento com o “sucesso” que o+ Santo Tirso foi conquistando. Hámuita curiosidade em torno do blog,mas o mais interessante foi a ira quegerou e as teorias acerca de quem ocriou e das suas hipotéticas ligaçõesao “regime” de Castro Fernandes. Hámesmo quem se perca em insultos noscomentários, que por isso tiveram deser moderados! Não imaginarão al-guns leitores do Entre Margens as coi-sas que leio de cada vez que abro oblog, reveladoras de um profundo ódioao PS e ao presidente da câmara e deum profundo desequilíbrio mental dealgumas pessoas que perdem tempocom rivalidades absurdas com um sim-ples blog que, sem querer incomodarninguém, parece incomodar muitagente. A Menina Tirsense não serianinguém importante no início da suaaventura, mas com o passar do tempofoi assumindo uma relevância que atéeste inquérito atesta! ||||||

Uma universidadeno concelhoé “desnecessária”A SUA EXISTÊNCIA ATÉ PODE SER APENAS VIRTUAL, MASMESMO ASSIM O ENTRE MARGENS CORREU O RISCOE O INQUÉRITO É, DESTA VEZ, RESPONDIDO POR QUEMAGITOU A BLOGOSFERA LOCAL, A “MENINA TIRSENSE”

´́́́́INQUERITO

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DESPORTO

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - GIL VICENTE 9 16

2 - FC AROUCA 9 16

3 - TROFENSE 9 16

4 - PENAFIEL 9 145 - SP. COVILHÃ 9 13

7 - LEIXÕES 9 13

9 - FEIRENSE 9 12

10 - MOREIRENSE 9 11

11 - VARZIM 9 11

6 - OLIVEIRENSE 9 13

9

13 - CD AVES 9 9

16 - BELENENSES

9 814 - FREAMUNDE

9 815 - FÁTIMA9 7

12 - SANTA CLARA 9 11

128 - ESTORIL PRAIA

VARZIM 2 - FEIRENSE 0

PENAFIEL 0 -FC AROUCA 1

FÁTIMA 2 - FREAMUNDE 2

ESTORIL PRAIA 0 - LEIXÕES 1CD AVES 1 - TROFENSE 1

OLIVEIRENSE 2 - SANTA CLARA 0

AROUCA - VARZIMSANTA CLARA - ESTORIL PRAIA

MOREIRENSE 1 - GIL VICENTE 1

SP. COVILHÃ - PENAFIELGIL VICENTE- OLIVEIRENSETROFENSE - BELENENSESFREAMUNDE - CD AVES

FEIRENSE - MOREIRENSE

JORNADA 09 - RESULTADOS

JORN

ADA

10 -

05 D

EZEM

BRO

LEIXÕES - FÁTIMA

BELENENSE 1 - SP. COVILHÃ 3

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||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

No último domingo, o Trofense en-trou mais determinado e com maiorascendente. Teve a primeira ameaçacom um remate fora da área de Bahincom a bola a embater no poste nabaliza de Hélder Godinho (8’). Logoa seguir na sequência de um ponta-pé de canto, a bola sobra para Mous-tapha que, com um remate à meiavolta, colocou a bola dentro da bali-za avense sem hipótese de defesapara o guardião avense.

A partir daí, o Aves assumiu o jogoe passou a controlar a partida, masdemonstrou falta de clarividência nomomento mais importante do cruza-mento ou do remate à baliza não con-seguiu criar grandes situações deperigo. Por outro lado a turma doTrofense, mais tranquila conseguiuanular todas as investidas do Aves eapostar no contra-ataque, emborasem lances de perigo a registar.

Aves entrou mais objectivo no se-gundo tempo, depois de duas altera-ções: Marco Cláudio e Lourenço ren-

Aves não descola do fundoO AVES NÃO CONSEGUE DESCOLAR DO FUNDO DA TABELA E NEM OS DOIS ÚLTIMOS DOIS JOGOS MELHORARAM A SITUAÇÃO. PERDEU COM O PENAFIEL EEMPATOU COM O TROFENSE, MANTENDO-SE NO 13º POSTO COM NOVE PONTOS, MAIS DOIS QUE O LANTERNA VERMELHA, BELENENSES.

deram Gonçalo e Éder Diego. Aos51’ acontece o primeiro lance duvi-doso na área do Trofense, com Luisi-nho a cair e a parecer puxado pelodefesa forasteiro, mas Elmano Santosbem colocado nada assinalou.

A igualdade poderia ter acontecidoaos 66’ quando Marco Claúdio, numlivre ainda longe da área, rematoucom a bola a embater estrondosamen-te na barra da baliza de Alex Alves.

Aos 71’ há novo lance duvidoso,quando Rabiola, dentro da área tentarodopiar e parece impedido de o fa-zer por um defesa da Trofa. O árbitronada assinalou e admoestou o avan-çado avense com um amarelo.

O golo do empate chegaria aos79’ com uma bola bombeada para aárea e Tozé Marreco ( que entrou parao lugar de Pedro Pereira, cabeceia paraa baliza com a bola ainda a bater noposte e a entrar. O Aves ficou galva-nizado e mostrou no tempo restanteda partida uma vontade que até en-tão não tinha demonstrado, conse-guindo mais três ocasiões de golo,uma de Lourenço e duas por intermé-dio de Vitor Vinha, mas sem sucesso.

No balanço ao jogo o técnico aven-se reconheceu que a primeira partefoi “pessimamente conseguida” pelasua equipa, mas que na segunda oAves teve “mais raça, sem grande qua-lidade é certo, mas mereceu o empa-te”. Vítor Oliveira ouviu pela primeiravez assobios das bancadas, que disse“compreender”, confiando que “comtrabalho” a equipa vai sair do fundo databela. Nota ainda para a demonstra-ção de desagrado da Força Avense jun-to dos jogadores no final da partida.

AVES-PENAFIEL, 0-1Do jogo de 15 dias antes, em casa, oAves saiu derrotado por uma bola azero frente ao Penafiel. Tal como como Trofense, a equipa da casa sofreu ogolo muito cedo (13’) e acusou deforma bem evidente. Só aos 44 mi-nutos conseguiu criar perigo com umremate ao poste de Pedro Pereira.Quase toda a segunda parte foi jo-gada com o Aves em vantagem nu-mérica (Stephane foi expulso por acu-mulação de amarelos), mas nem as-sim, houve capacidade para dar a voltaao marcador. No final, Vitor Oliveira

confessou que “só temos de nos pe-nalizar a nós próprios”. ||||||

FICHA TÉCNICAAVES – TROFENSE, 1-1ESTÁDIO: CLUBE DESPORTIVO DAS AVES. D. AVES:

HÉLDER GODINHO, TIAGO VALENTE, PEDRO PEREIRA

(TOZÉ MARRECO, 65’), RABIOLA, GONÇALO (LOUREN-

ÇO, 45’), LUISINHO, VITOR VINHA, JOÃO PEDRO, VAS-

CO MATOS, EDER DIEGO (MARCO CLAUDIO, 45’) E JÚ-

LIO CÉSAR TROFENSE: ALEX ALVES, JOÃO DIAS, VARELA,

LUÍS EDUARDO, NILDO (ZÉ MANEL, 92’), MOUSTAPHA

(FILIPE GONÇALVES, 73’), IGOR, SERGINHO (LICÁ, 85’),

PEDRO RIBEIRO, BAHIN E TIAGO. GOLOS: MOUTAPHA

(9’) E TOZÉ MARRECO (79’). ÁRBITRO: ELMANO SAN-

TOS (MADEIRA). AMARELOS: ALEX ALVES (27’), LUÍS

EDUARDO (36’), ÉDER DIEGO (41’), IGOR (43’), PEDRO

RIBEIRO (53’), JOÃO PEDRO (54’), TIAGO VALENTE

(55’), VASCO MATOS (58’), JULIO CÉSAR (63’), RABIOLA

(71’), NILDO (78’), JOÃO DIAS (82’), TIAGO (84’).

II LIGA: CONSEGUIU APENAS UM PONTO EM DOIS JOGOS SEGUIDOS EM CASA

Este jornal adotou o NovoAcordo Ortográfico

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DESPORTOPAGINA 19 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

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O actual campeão nacional e de-tentor do troféu é um dos adver-sários do Desportivo das Aves naTaça da Liga - Bwin Cup, na pró-xima fase da prova, juntamentecom o Marítimo e o Olhanense,todos da liga principal de futebol.O Aves conseguiu a qualificaçãodepois de empatar a uma bola emPortimão a meio de novembro.

O clube avense joga primeiroem casa, a 2 de janeiro, com oOlhanense, fazendo no dia 19uma viagem até à Madeira paradefrontar o Marítimo e terminan-do a fase de grupos recebendoem Vila das Aves o Benfica, a 29ou a 30 de Janeiro.

Na reação ao sorteio, o trei-nador avense, Vítor Oliveira, ma-nifestou a sua satisfação com oresultado do sorteio. Por um lado,porque tem “dois jogos em casa”e depois por ter como um dosadversários, o Benfica. “É semprealiciante defrontar o Benfica e maisainda porque o jogo será dispu-tado em nossa casa”, salienta.

Uma vez que apenas o primei-ro do grupo se qualifica para asmeias-finais, o técnico reconhecedificuldades, mas diz preferir en-carar a prova “jogo a jogo”. “Oprimeiro será, para nós, teorica-mente, o menos complicado, por-que é em casa e frente aoOlhanense”, embora reconhecen-do o potencial da equipa algarvia.

Em termos monetários, a parti-cipação do Aves nesta edição daTaça da Liga já fez render aoscofres do clube mais de 100 mileuros, divididos entre cerca de 26mil, da primeira fase, 32 mil dasegunda e cerca de 42 mil apóster eliminado o Portimonense. |||||

A equipa do Tirsense foi elimina-da da Taça de Portugal pelo Pinhal-novense, ao vencer por dois a zerona recepção aos jesuítas, no do-mingo, de 21 novembro.

A equipa de Pinhal Novo foisempre melhor que o Tirsenseapesar de ser a meio da tabela naZona Sul da 2.ª Divisão, ao pas-so que a turma de Santo Tirso li-dera a Zona Norte. Chegou aogolo aos 20’, por Quinaz, na mar-cação de uma grande penalida-de, por derrube do guarda-redesPedro Albergaria a Miran.

O Tirsense nunca conseguiucontrolar a bola e não cirou qual-quer lance de perigo na primeiraparte. No reatamente, o Tirsensesubiu no terreno, mas sem criarperigo e foi num lance de contra-ataque que o Pinhalnovense dila-tou a vantagem, com Pedro Alvesa cruzar para a cabeça de Miran.

O técnico do Tirsense AntónioRocha reconheceu que a sua equi-pa fez uma “exibição muito frouxa”,dando “mérito ao Pinhalnovenseque não nos deixou jogar”. ||||||

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

A partida do passado Domingo foipautada pelo equilíbrio e sem gran-des situações de perigo até ao mo-mento em que o Tirsense conseguiumarcar aos 25 minutos. Num bomlance do ataque dos jesuítas, Pedrasfoi à linha de fundo e cruzou para ocentro da área onde apareceu NunoSilva a cabecear para o fundo das re-des do Merelinense. O adversário nãodeu mostras de grande reação, mas noreatamento, num lance de bola parada,Mocas empatou a partida pois conver-teu de forma irrepreensível um livredireto, com a bola a entrar junto ao ân-gulo da baliza de Pedro Albergaria.

O Tirsense reagiu e assumiu as ex-pensas do jogo e Nuno Silva acaboupor bisar aos 59’. A equipa da casacontinuou a controlar a partida e atépoderia ter ampliado a vantagem, masno último quarto de hora foi oMerelinense que por várias vezes cau-sou calafrios junto do último redutojesuíta, sem contudo conseguir ma-terializar essas situações de perigo.

No final da partida, António Ro-cha apesar de ter reconhecido que oMerelinense fez “um jogo intenso”, avitória da sua equipa é “inteiramentejusta”. Agora, já só pensa na deslo-cação da próxima jornada a Fafe, con-

TAÇA DE PORTUGAL

Tirsensefora da Taça

2ª DIVISÃO: NUNO SILVA DESPONTA COMO GOLEADOR

Tirsense consolida liderançaO TIRSENSE REFORÇOU A LIDERANÇA DA ZONA NORTE DA 2ª DIVISÃO, AO CONSEGUIRVENCER OS DOIS ÚLTIMOS JOGOS, DISPUTADOS EM CASA. 3-0 FRENTE AO ANDORINHA E 2-1 NA RECEÇÃO AO MERELINENSE. TEM DOIS PONTOS DE VANTAGEM SOBRE O UNIÃO DAMADEIRA E CHAVES, SENDO QUE OS FLAVIENSES TÊM MAIS UM JOGO.

TAÇA DA LIGA: VAI JOGARAINDA CONTRA OLHANENSE EMARÍTIMO

Aves recebeBenficaem janeiro

CALENDÁRIO – GRUPO B

1.ª JORNADA – 2 DE JANEIROBENFICA-MARÍTIMOD. AVES - OLHANENSE

2.ª JORNADA – 19 DE JANEIROMARÍTIMO-D. AVESBENFICA-OLHANENSE

3.ª JORNADA - 29 E 30 DE JANEIROD. AVES - BENFICAOLHANENSE - MARÍTIMO

CLASSIFICAÇÃO J P

1 - TIRSENSE 9 22

2 - UNIÃO MADEIRA 9 20

3 - DESP. CHAVES 9 19

4 - AD OLIVEIRENSE 9 165 - FAFE 9 16

7 - ANDORINHA 9 14

9 - RIBEIRÃO 9 11

10 - VIZELA 9 10

11 - MARITIMO B 9 9

6 - CAMACHA 9 14

9

13 - MERELINENSE 9 8

16 - PONTASSOLENSE

9 714 - BRAGANÇA

9 715 - CANIÇAL

9 2

12 - M. CAVALHEIROS 9 9

138 - LOUSADA

AD OLIVEIRENSE 1 - FAFE 0

ANDORINHA 2 - VIZELA 1

BRAGANÇA 0 - U. MADEIRA 1

DESP. CHAVES 1 - MACEDO CAVALHEIROS 0LOUSADA 2 - CANIÇAL 1

RIBEIRÃO 0 - CAMACHA 1

CAMACHA - BRAGANÇACANIÇAL - DESP. CHAVES

PONTASSOLENSE - MARÍTIMO B

M. CAVALHEIROS - PATASSOLENSEMARÍTIMO B - RIBEIRÃOMERELINENSE - ANDORINHAU. MADEIRA - AD OLIVEIRENSE

FAFE - TIRSENSE

JORNADA 09 - RESULTADOS

JORN

ADA

10 -

05 D

EZEM

BRO

VIZELA - LOUSADA

TIRSENSE 2 - MERELINENSE 1

tra um dos adversários directos naluta pela liderança no campeonato.

TIRSENSE-ANDORINHA, 3-0Antes da derrota em Pinhal Novo, oTirsense conseguiu uma excelente vitó-ria na receção aos Madeirenses doAndorinha. Nuno Silva abriu o ativo aos29’ e poderia ter chegado ao inter-valo com um resultado mais dilatado.

No reatamente, Roberto aumentoua vantagem aos 51’ e fechou a con-tenda ao minuto 81, através do cen-tral Paulo Sampaio, na sequência deum pontapé de canto. ||||||

JUNIORESNo Campeonato Nacional de Junio-res, 2ª Divisão, o Aves, na 12ª Jorna-da, foi a Barroselas perder por 3-2.Com este resultado, o Aves é 4º clas-sificado com 19 pontos. Na Jornadaanterior, o Desportivo das Aves rece-beu o Fafe e empatou a uma bola. Na10ª Jornada, o Aves foi a Paredesvencer por 1-0.

JUVENISO Aves foi no pasado fim de semanaa Amarante golear o clube local por5-1. Com este resultado é 4º na ta-bela com 25 pontos. A mesma sortenão teve na jornada anterior que per-deu em casa por 3-2 com o Alpen-dorada e na 10ª foi empatar a uma

bola no campo do Paços de Ferreira.

IINICIADOSO Aves recebeu e goleou, no fim-de-semana, o Rebordosa por 7-0. Apóseste grande resultado ocupa o se-gundo ponto da tabela com 29 pon-tos e está a três do líder, o Freamunde.Na jornada anterior, o Aves defron-tou o Valonguense, em Valongo, e ven-ceu por 3-0. Na 10ª jornada, novagloeada, desta feita em casa por 8-2contra o Alpendorada.

INFANTIS AA equipa avense foi vencer no pas-sado fim-de-semana ao terreno doValonguense por 2-1. Com este re-sultado ocupa o sétimo posto da ge-

ral com 18 pontos. Na jornada ante-rior, empatou em casa a duas bolascom o Aliança de Gandra. Na 10ªjornada, o Aves tinha ido a Amarantevencer por 3-1.

INFANTIS BNeste campeonato, o Aves foi aPenafiel perder por 2-0 com o Penafiele assim é agora o quinto classificadocom 16 pontos. Na jornada anterior,foi a Lustosa golear a equipa localpor 5-1. Ao contrário na jornadaanterior, na recepção ao Lixa foi a vezde ser o Aves goleado por 4-1.

BENJAMINSOs últimos resultados da mais jovemequipa do Aves ditou uma deslocaçãoà equipa de Duas Igrejas por 4-0 ena jornada anterior, em casa, rece-beu e venceu o Sobreirense pelo mes-mo resultado. ||||||

Camadas Jovens Desp. Aves

No final da partida, Antó-nio Rocha apesar de terreconhecido que o Mereli-nense fez “um jogo inten-so”, a vitória da sua equi-pa é “inteiramente justa”.

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DESPORTO ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010 PAGINA 20

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O Desportivo das Aves voltou às vi-tórias no passado sábado na deslo-cação à casa do Contacto, vencendopor 7-5, na sétima jornada no Naci-onal da 3ª Divisão de Futsal. Este tri-unfo acontece depois de a equipa teraverbado as duas primeiras derrotasda temporada. Na jornada anterior,na recepção à Fundação MC, perdeupor 3-1 e a 13 de novembro, o Avessofreria a primeira derrota no terreno

||||| TEXTO: ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

Numa organização sem precedentes,começou no último fim de semana, aLiga Mini do Futuro. Uma prova or-ganizada pelo Departamento de For-mação dos Pinheirinhos de Ringe eque durará até 28 de maio de 2011.

Esta Liga terá equipas espalhadasum pouco por toda a zona norte dopaís e contará com a participação 26Clubes/Escolas de Futebol, de váriosescalões, desde os Petizes de 2005até aos Infantis de 1998/99, num to-tal de 90 equipas. Depois do grandi-oso torneio que esta associação orga-niza no mês de junho, surge agoramais este evento, que promete ser umareferência no futebol de formação e noque aos mais pequenos diz respeito.

Em termos de resultados desporti-vos, a Liga não poderia ter começado

Começou a LigaMini do FuturoORGANIZADA PELO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO, A LIGAMINI DO FUTURO VAI PROLONGAR-SE ATÉ MAIO DE 2011

da melhor maneira para os lados deRinge. A jogar esta época os seus jogosem casa, no sintético do ComplexoDesportivo de Santo Tirso, as equipasde Traquinas receberam am-bas a for-mação do Ribeirão e tiveram resulta-dos semelhantes. Assim, a equipa de2002 recebeu e venceu a equipa doRibeirão por 7-3, enquanto a equipade 2003 recebeu a mesma equipado Ribeirão e venceu por 8-3. Umbom início para os pupilos de FilipeGouveia e Alberto Gouveia.

Quanto aos Escolas A, continuama sua marcha vitoriosa, derrotandodesta feita o Boavista por 3-0, enquan-to a equipa B conseguiu um preciosoempate com o S. Pedro de Fins a 1 bola.

Em relação aos Infantis, o Ringerecebia o líder Macieira da Maia e adi-vinhava-se um jogo difícil. Quem as-sim pensava estava certo e o resultado

fala por si, 3-3, com o Ringe a estar por3 vezes em desvantagem, mas conse-guindo sempre chegar à igualdade,fruto do seu querer e determinação.

Quanto aos Iniciados, os rapazesmais velhos em termos de futebolfederado, receberam o Ermesinde eempataram por 2-2, continuando as-sim o bom campeonato que têm vin-do a fazer.

No que a seniores diz respeito, ofim de semana não foi nada positivo,com as meninas de Ringe a recebe-rem o Gatões e a serem derrotadaspor 1-6 e os seniores masculinos adeslocarem-se ao terreno do Tarrio ea serem derrotados por 0-3. Para fi-nalizar, referência à equipa júnior defutsal, que derrotou o AB92 por 3-2.

Além do desporto, a AMCH Ringeé uma associação com bastantesatividades de cariz social, viradas paraas pessoas com maiores dificuldadese assim sendo vai desenvolver, no fimde semana de 11 e 12 de Dezembro,uma Feira Social. A ideia é vendermaterial de toda a espécie que con-seguiram recolher, novo e usado ecom preços a partir dos 0,50 cêntimos.Resta anunciar que a feira estará abertaa todos quantos a queiram visitar, nodia 11 das 15 às 22 horas e no dia12 das 14 às 19 horas (ver suple-mento de natal). ||||||

FUTSAL

do Piratas de Creixomil por 4-1.Com sete jornadas disputadas, o

Aves é quarto com 15 pontos e está atrês dos líderes que são o Macedensee o Piratas de Creixomil. Na próximajornada, é a vez do Aves folgar.

GDVA PERDE LIDERANÇAO Grupo Desportivo do Vale do Ave(GDVA) perdeu o jogo do passadofim de semana e com essa derrota

perdeu também a liderança do cam-peonato na II Divisão disitrital, série1. Defrontou o segundo classificado,o Areal, e perdeu por 2-1. Com esteresultado, o GDVA mantém os 11pontos, ao passo que o Areal é onovo líder com 13 pontos.

O próximo jogo do GDVA é sába-do, 4 de Dezembro, às 22 horas, naEscola Francisco Torrinha (Porto, con-tra a Associação Atlética Telheira. ||||||

Aves regressou às vitórias

Equipa do karateShotokan vence provade kumite em Espanha

A Agrupacion Deportiva Zanshin deVigo (Espanha) organizou o seu XIItorneio de karate, que decorreu nodia 20 de novembro no PavilhãoMunicipal de Bouzas, em Vigo.

Este torneio contou com provasde kata juniores e seniores indivi-dual, masculino e feminino e kumiteequipas misto com seniores, sub 21,juniores e cadetes.

O Karate Shotokan Vila das Avesfoi convidado para participar e, deuma forma brilhante e inequívocavenceu a prova de kumite equipas.Mas que para isto fosse possível, okarate de Vila das Aves teve de ven-cer três equipas, indo depois à finalcom a Seleção da Galiza vencendopor 5-2. A equipa foi constituída

por Emanuel Fernandes, Ana Pinto,Cátia Teixeira, Marco Cunha, MarinaAzevedo e Jorge Machado. Oskaratecas Cátia e Marco são atletasda Póvoa de Varzim mas foram con-vidados para completar a equipa.

Ana Pinto venceu o prémio parao melhor atleta do torneio, um gran-de prestígio ser considerada “amelhor”, por isso recebeu um boni-to troféu. Em katas júnior, JoãoBatista ficou em 3º lugar e CatarinaNunes em 5º lugar.

Mais uma prova em que oskaratecas locais demonstraram todoo seu valor por terras de Espanha,sendo elogiados por treinadores eárbitros presentes, granjeando maisprestigio para o nosso país. |||||

O NADADOR DO GINÁSIO CLUBE DE SANTO TIRSONADOU 3 PROVAS NO TORNEIO INTER-ASSOCIAÇÕES

Tiago Coelho ajuda àvitória da Associaçãode Natação do Norte

O nadador do Ginásio Clube deSanto Tirso, Tiago Sobral Coelho,convocado para a Seleção da As-sociação de Natação do Norte dePortugal (ANNP) contribuiu nopasdia 13 de novembro, de formamuito positiva para a vitória da re-ferida associação do norte no Tor-neio Inter-Associações que se dis-putou em Pombal.

A vitória da ANNP neste Tor-

neio, no qual participaram 115 na-dadores em representação de 6Associações, foi indiscutível, e veri-ficou-se tanto em masculinos comoem femininos. Relativamente ao atle-ta Ginasista, que nadou as provasde 100m Bruços, 200m Estilos e100 m Livres, destaque para o 3ºlugar alcançado na prova dos 100m Livres, com o tempo de 00:57,68,seu novo Recorde Pessoal. |||||

XII TROFÉU CIDADE DE VIGO DE KARATE

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DESPORTOPAGINA 21 ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010

Presenças de peso nos 80 anos do Aves

O principal galardão da noite, “OAvense”, foi atribuído este ano aAntónio Machado Sousa. Foi ahomenagem prestada a este an-tigo presidente do clube, tendosido destacado todo o trabalhoque desenvolveu em prol do Avesdurante os anos que esteve à fren-te do clube. (ver foto) |||||| CCCCCCCCCC

ANTÓNIO MACHADOSOUSA HOMENAGEADO

||||| TEXTO E FOTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Cerca de 200 pessoas marcaram pre-sença no jantar de gala que evocouos 80 anos do clube, realizado na noi-te do passado dia 12 de novembro,na Quinta do Rio. Além do presiden-te da Liga, nota para as participaçõesde Lourenço Pinto, presidente da As-sociação de Futebol do Porto, e deReinaldo Teles, do FC Porto. Nota aindapara as presenças do presidente daCâmara, Castro Fernandes, da Juntade Freguesia, Carlos Fernan-des, e dopároco, Padre Fernando Abreu. O trei-nador, Vítor Oliveira, não faltou, bemcomo o capitão Sérgio Carvalho, emnome de todo o plantel avense.

Noite marcada pelo discurso doatual presidente da Comissão Admi-

CLUBE QUER AVANÇAR COM ZONA DESPORTIVA E APELA AOS APOIOS

A COMEMORAÇÃO DOS 80 ANOS DO CLUBE DESPORTIVO DAS AVES FICOU MARCADA PELA PRESENÇA DO PRESIDENTE DA LIGA DE CLUBES, FERNANDOGOMES, E PELOS APELOS DO ATUAL PRESIDENTE DO CLUBE. ARMANDO SILVA QUER UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DOS SÓCIOS NA VIDA DO CLUBE E A AJUDADA SOCIEDADE PARA AVANÇAR COM A CONSTRUÇÃO DA ZONA DESPORTIVA.

nistrativa que – antes de cortar o bolode aniversário juntamente com osoutros dois elementos, Joaquim Pe-reira e João Freitas – lançou váriosalertas e reptos. “Os sócios não sepodem abster do clube”, apontouArmando Silva, mas “devem trazer assuas ideias e sugestões e marcar pre-sença nas reuniões magnas do clu-be”, avisando que “sem sócios ativos,o Aves nunca será grande”.

Alertou para a necessidade de se“adaptar aos novos tempos”, exigin-do “um trabalho cada vez mais pro-fissional, pois a meta é levar o Aves aum patamar mais alto”. Neste sentidoapelou à ajuda da Câmara Municipale da sociedade civil no propósito dearrancar com a zona desportiva parabeneficiar sobretudo a formação do

clube. “Somos um clube histórico e res-peitado em todo o país”, apontou Ar-mando Silva, apelando também ao pre-sidente da Liga para que tente rene-gociar os contratos televisivos de modoa beneficiar mais os clubes da II Liga.

Justamente, Fernando Gomes queatestou que a “estabilidade” e o “pa-trimónio” são símbolos distintivos doAves e um exemplo de gestão “difícilde encontrar no atual contexto dos32 clubes do futebol profissional”.

O presidente da Liga lembrou apresença “sólida” do clube no fute-bol nacional e o carinho que gran-jeia na sua comunidade, que vive um“contexto de dificuldade, numa re-gião fustigada pelo desemprego, porisso é de salientar o trabalho dos di-rigentes que conseguem manter o clu-

be vivo, apesar das adversidades”.Por sua vez, Lourenço Pinto, tam-

bém falou do Aves como um clubeexemplo, com mais de 250 atletasnas suas fileiras. Salientou sobretudoo plantel atual que de entre 27 joga-dores, 23 são portugueses. “É obra.Bem hajam por isso”, elogiou, apon-tando ainda a virtude do Aves porser um clube cumpridor com as suasobrigações. “É preciso ser honrado ehonesto”, vincou.

Nota ainda para a referência aoAves como um clube com um “histo-rial fantástico”, nas palavras de Cas-tro Fernandes e para o momento dehumor deixado pelo Pe. FernandoAbreu que ofereceu artigos alusivosà Seleção Nacional aos três elemen-tos da comissão administrativa. |||||

O presidente da Liga, dizque a “estabilidade” e o“património” do clubesão fruto de uma gestão“difícil de encontrar” nofutebol profissional

ARMANDO SILVA LADEADO POR FERNANDO GOMES, PRESIDENTE DA LIGA, E CASTRO FERNANDES

ANTÓNIO MACHADO SOUSA, ANTIGO DIRIGENTE DO AVES, HOMENAGEADO

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DIVERSOS Este jornal adotou oNovo Acordo Ortográfico

Horóscopo - primeira quinzena de dezembro

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clínica médico-dentáriade Vila das Avesdr. josé filipe seixas | médico dentista

CARNEIRO (21/3 a 24/4)CARTA DOMINANTE: 6 de Ouros,que significa Generosidade. AMOR:Estará bastante comunicativo, po-derá alargar o seu grupo de ami-gos. SAÚDE: Terá que prestar maisatenção ao seu físico, pois este estáem grande evidência positiva e ne-gativamente. Andará muito tenso.Dedique-se à prática de yoga ou me-ditação. DINHEIRO: Poderão surgiralguns gastos inesperados. Estejaprevenido pondo algum dinheirode parte. N.º da Sorte: 70. Horósco-po diário, ligue 760 30 10 11.

TOURO (21/4 a 20/5)CARTA DOMINANTE: Cavaleiro deEspadas, que significa Guerreiro.AMOR: O ciúme não fará bem à suarelação. Seja mais tolerante paracom o seu par. O sentido de amiza-de é agora mais profundo para si, oque poderá fazer com que o seugrupo de amigos tenha um acrésci-mo significativo. SAÚDE: Procurefazer exames de rotina com maiorfrequência. DINHEIRO: Não se dei-xe abalar por marés menos positi-vas neste campo da sua vida. N.º daSorte: 62. Horóscopo diário, ligue760 30 10 12.

GÉMEOS (21/5 a 20/6)CARTA DOMINANTE: 8 de Copas,que significa Concretização. AMOR:A harmonia estará finalmente pre-sente na sua vida em família. O seuinstinto está francamente apurado,o que lhe poderá ser bastante be-néfico. SAÚDE: Período sem preo-cupações. Aproveite para cuidar desi. DINHEIRO: Não se deixe levar peloimpulso nem compre tudo aquiloque lhe agrada. N.º da Sorte: 44. Ho-róscopo diário, ligue 760 30 10 13.

CARANGUEJO (21/6 a 21/7)Carta Dominante: O Mundo, que sig-nifica Fertilidade. AMOR: Terá queaprender a perdoar se quer ser per-doado pelos seus erros, não se es-queça. SAÚDE: Sistema nervoso de-sequilibrado. Não se deixe afectartanto por tudo o que lhe dizem. DI-NHEIRO: Período bastante favorá-vel. Surpreenda os seus superiores.Está também a sentir uma enormenecessidade de expandir os seusconhecimentos filosóficos. N.º daSorte: 21. Horóscopo diário, ligue760 30 10 14.

LEÃO (22/7 a 22/8)CARTA DOMINANTE: Ás de Ouros,que significa Harmonia e Prosperi-dade. AMOR: Não se esqueça da suafamília. Passe mais tempo com os seus.SAÚDE: Previna-se, pois com o frioterá tendência para febres altas.DINHEIRO: está a ultrapassar umafase muito positiva no diálogo comos outros, o que poderá ser bastan-te benéfico, pois com a troca de idei-as poderá resolver assuntos que so-zinho não estava a conseguir solu-cionar. Poderá ganhar algum di-nheiro extra. N.º da Sorte: 65. Ho-róscopo diário, ligue 760 30 10 15.

VIRGEM (23/8 a 22/9)CARTA DOMINANTE: 8 de Paus, quesignifica Rapidez. AMOR: Irá daragora maior importância aos ami-gos, aos familiares, aos seus amo-res, o que será também retribuídopor estes. Passará momentos muitodivertidos com a sua família. Saú-de: Poderá sofrer de algumas do-res de cabeça fortes. DINHEIRO: Mo-mento calmo e equilibrado. Núme-ro da Sorte: 30. Horóscopo diá-rio, ligue 760 30 10 16.

BALANÇA (23/9 a 22/10)CARTA DOMINANTE: 9 de Copas, quesignifica Felicidade. AMOR: Procu-re estar presente mais vezes em reu-niões familiares. Evite as situaçõesde conflito e discórdia, procure umclima de maior harmonia e paz comaqueles que o rodeiam. SAÚDE: Pos-síveis dores musculares. Não façatantos esforços. DINHEIRO: Nuncadesista de concretizar os seus pro-jectos, mesmo que financeiramen-te não esteja na melhor forma, masseja prudente. N.º Sorte: 45. Horós-copo diário, ligue 760 30 10 17.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/12)CARTA DOMINANTE: A Lua, que sig-nifica Falsas Ilusões. AMOR: Os ami-gos nem sempre podem estar juntode nós quando precisamos, masnão fique desapontado por isso.SAÚDE: Possível distensão muscu-lar. DINHEIRO: Fase muito positivano campo profissional, irá estardedicado ao trabalho e esforçar-se-á para obter resultados compensa-do-res e positivos no mesmo. Mo-mento oportuno para um investi-mento de maior dimensão. N.º daSorte: 18. Horóscopo diário, ligue760 30 10 18.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)CARTA DOMINANTE: 3 de Paus, quesignifica Iniciativa. AMOR: Está aultrapassar uma fase de maior de-dicação ao lar e à sua família, é im-portante desfrutar ao máximo des-te momento. Tenha cuidado com osfalsos amigos, não se dê tanto aconhecer a quem ainda não conhe-ce bem. SAÚDE: Atenção ao quecome, possíveis problemas de es-tômago. DINHEIRO: O seu poder fi-nanceiro estará estável. Número da

Sorte: 25. Horóscopo diário, ligue760 30 10 19.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/1)CARTA DOMINANTE: A Roda da For-tuna, que significa que a sua sorteestá em movimento. AMOR: Não dei-xe que os outros tomem decisõespor si. SAÚDE: Tendência para gri-pe. Agasalhe-se bem. DINHEIRO: Es-tá agora a ultrapassar um períodobastante positivo ao nível financei-ro, aproveite-o para concretizar aque-le sonho que até aqui tem vindo aadiar por falta de condições para asua realização. Faça um esforço epoupe dinheiro para qualquer even-tualidade. N.º da Sorte: 10. Horós-copo diário, ligue 760 30 10 20.

AQUÁRIO (21/1 a 19/2)CARTA DOMINANTE: Rainha de Co-pas, que significa Amiga Sincera.AMOR: Não deixe que os outros fa-lem por si. Expresse a sua opiniãode forma educada mas segura. SAÚ-DE: Possíveis problemas nos intes-tinos. DINHEIRO: Não se exceda nosgastos. Tente possuir uma noçãomais vincada daquilo que é no pre-sente para poder desenvolver o seupotencial com sucesso no futuro.N.º da Sorte: 49. Horóscopo diário,ligue 760 30 10 21.

PEIXES (20/2 a 20/3)CARTA DOMINANTE: A Temperança,que significa Equilíbrio. AMOR: Umamigo vai precisar do seu apoio.Ajude-o o melhor que puder. Iráestar mais concentrado e dedicadoa si próprio. SAÚDE: Tenha mais cui-dados com a sua alimentação. DI-NHEIRO: Sem problemas de maior.N.º da Sorte: 14. Horóscopo diário,ligue 760 30 10 22.

Os nativos de Sagiátio estão“a ultrapassar uma fase demaior dedicação ao lar e àfamília, é importante desfru-tar ao máximo deste momen-to. Tenham cuidado com osfalsos amigos, não se dê tantoa conhecer a quem ainda nãoconhece bem”.

Próxima edição nas bancas dia 16 de dezembro.entreMARGENS

INCLUI A SEGUNDA EDIÇÃO DO SUPLEMENTO DE NATAL!

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entreMARGENSINSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS:

PORTUGAL: 14,50 EUROS

EUROPA: 26,00 EUROS;

RESTO DO MUNDO: 29,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 0,80 EUROS

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE

ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIRECÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: JOSÉ MANUEL

MACHADO; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA; SECRE-

TÁRIO: JOSÉ CARVALHO. DIRECÇÃO, ADMI-

NISTRAÇÃO E REDACÇÃO: RUA DOS CORREIOS -

ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES - APARTADO 19

- 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRECTOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES.

CONSELHO DE REDACÇÃO : JOSÉ MANUEL

MACHADO, LUÍS ANTÓNIO MONTEIRO.

COLABORARAM NESTE JORNAL: JOSÉ CARVALHO

(C.P. N.º 4354), CELSO CAMPOS, SILVIA SOARES, JOSÉ

PEREIRA MACHADO, JOAQUIM FERNANDES, JOSÉ

PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL RODRIGUES,

PEDRO FONSECA, CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº 1391),

NUNO MOTA.

DESIGNER GRÁFICO: SÍLVIA MENDES E VITOR

MARTINS.

COLABORADORES: S. PEDRO RORIZ - A. LEAL.

DESPORTO: COORDENADOR: CELSO CAMPOS.

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COBRANÇAS ASSINATURAS: ANTÓNIO SILVA (VILA

DAS AVES); ANTÓNIO LEAL (RORIZ).

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: LUDOVINA SILVA,

JOSÉ ALVES CARVALHO. FOTOCOMPOSIÇÃO E

MONTAGEM: JORNAL ENTREMARGENS

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL

GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA |

TEL.: 253 303 170 FAX.: 253 609 465

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Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

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HOSPITAISSanto Tirso 252830700Guimarães 253540330Riba d’Ave 252900800Famalicão 252300800Linha Saúde 24 800242424

CENTROS DE SAÚDESanto Tirso 252853094Negrelos. 252870040Vila das Aves 252870700S. Martº Campo 252841128Delães 252907030

BOMBEIROSAves 252820700SANTOSANTOSANTOSANTOSANTO TIRSOTIRSOTIRSOTIRSOTIRSO

Vermelhos.. 252808900Amarelos 252830500Vizela 253489100Riba d’Ave 252900200

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JUNTAS DE FREGUESIARebordões 252872010S.Tomé Negrelos 252941263Roriz 252881600S. Martº Campo 252841268Lordelo 252941033Bairro. 252931008Riba d’Ave. 252981458Delães 252933083Aves 252941313

CÂMARA MUNICIPALSanto Tirso 252830400Guimarães 253421200Vª Nª Famalicão 252320900

INSTITUTO DO EMPREGOSanto Tirso 252858080Guimarães 253423850VªNª Famalicão .252501100

REPARTIÇÃO DE FINANÇASSanto Tirso 707206707Vª Nª Famalicão. 252302670Guimarães 253516088

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Os premiados no Sobreiro devem identificar-sejunto do restaurante; os premiados no Estrela

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No SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO SOBREIRO o feliz contemplado nesta1ª saída de dezembro foi o nosso estimadoassinante, Gabriel Oliveira Costa, residentena Avenida Nova, em Delães.

No ESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTEESTRELA DO MONTE o feliz contem-plado nesta 1ª saída de dezembro foi o nossoestimado assinante,Ana Goretti Mendes LealVomhof, residente na rua do Sol, em Viladas Aves.

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JOSÉ FERREIRA

11 de Setembro de 1918 -27 de novembro de 2010

AGRADECIMENTOA família agradece a todos os queparticiparam nas cerimonias fúnebres.

Informa-se ainda que se irá realizar nopróximo dia 3 de dezembro, pelas 19h30horas, a missa do 7º dia. Esta celebração dehomenagem a José Ferreira terá lugar naIgreja Paroquial de Vila das Aves.

MARIA DO CARMOFERNANDES27 de março de 1914 -06 de novembro de 2010

AGRADECIMENTO

INGREDIENTES2 pacotes de natas1 lata de leite condensadocozido4 folhas de gelatinabolacha Maria (1 pacote emeio maisou menos)café q.b.

PREPARAÇÃO1. Bater as natas atéficarem com um texturafofa.2. Juntar o leitecondensado e bater bematé estar bem firme.3. Colocar água fria numprato sopeiro e colocar asfolhas de gelatina ademolhar durante 4 ou 5minutos, depois retira-se,espreme-se levemente.4. Coloca-se numa tigelae leva-se alguns segundos(3 ou 4 segundos) aomicroondas. Retiram-se ejunta-se ao preparado.Mistura-se tudo bem.5. Faz-se café forte paramolhar as bolachas ecoloca-se uma camada debolachas molhadas emcafé, outra de creme eassim sucessivamente, atéacabar o creme.6. Vai ao frigorífico epolvilha-se com bolacharalada.

Bolo de Bolacha

A família neste momento doloroso e profun-damente sensibilizada pelo apoio e carinhorecebidos, vêm por este meio agradecer a to-dos quantos se dignaram a participar no fu-neral bem como na missa de 7º dia em sufrá-gio da alma do saudoso extinto.

empresas&negóciosDê um lugar de destaque à sua empresa!

ORAÇÃOORAÇÃOORAÇÃOORAÇÃOORAÇÃOReze a S.Judas Tadeu, 9 Avé-Marias com uma vela acesa, durante 9 dias.No último dia deixe a vela a arder. Peça ajuda para os seus negócios,saúde, amor, etc. Mesmo que não acredite a graça ser-lhe-á concedida.No fim mande publicar. R.M.

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ATUALIDADE ENTRE MARGENS | 2 DE DEZEMBRO DE 2010 PAGINA 24

Junta de Vila das Aves tomaposição limite para queos comboios voltem à linha 1||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA SOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHOSOUTINHO

Na estação ferroviária de Vila das Avesos comboios começaram a parar maiori-tariamente na linha 2, do lado opos-to ao parque de estacionamento daprópria estação. Protestou-se e a CPalterou a situação, passando os mes-mos a parar na linha 1. Contudo, hácoisa de meio ano, sem aviso prévio,os comboios passaram a parar nova-mente na linha 2. Para tentar colocarum ponto final na situação, a juntalocal vai propor na assembleia de fre-guesia, que se realiza no dia 11 dedezembro, uma medida limite, no sen-tido de os comboios passarem a pa-rar maioritariamente na linha 1.

Durante os dias úteis é uma mis-são impossível arranjar onde estacio-nar na rua Silva Araújo. Os lugaresestão ocupados todo o dia, o quecausa grandes transtornos aos mo-radores e ao comércio local.

De relembrar que do lado da es-tação, ou seja do lado da linha 1, háum parque equipado com rampas paraacesso de deficientes, com casa debanho, sala de espera e um bar quefunciona também como posto de ven-da de bilhetes. A questão coloca-se da

seguinte forma: se os comboios nãopararem na linha 1 o bar corre o riscode fechar, e por consequência as ca-sas de banho e a sala de espera, cujamanutenção está a cargo da respon-sável do bar, também fecham.

Neste sentido o presidente da jun-ta de freguesia de Vila das Aves nãofoi indiferente aos pedidos de comer-ciantes e moradores da rua Silva Ara-újo e desde agosto que tem feito in-cursões junto da CP e da Refer nosentido de os comboios voltarem aparar na linha número 1. “Temos sidopressionados pelos moradores e co-merciantes da rua que nos dizem queé impossível estacionar. A partir dasoito da manhã não há mais lugarespara estacionar, porque as pessoas es-tacionam na rua Silva Araújo, em vezde deixar os carros do lado da esta-ção que tem sempre o parque livre”explica Carlos Valente.

Uma vez que os diversos ofíciosenviados pelo autarca à CP e à Refer,foram ignorados, a junta de Vila dasAves vai propor em assembleia de fre-guesia, no próximo dia 11 de dezem-bro, a alteração da postura de trânsi-to da rua Silva Araújo, para limitar oestacionamento para uma hora, das

oito às 20 horas nos dias úteis. “Éaquilo que podemos fazer para queo comércio e os moradores tenhamestacionamento”, explica Carlos Valen-te. O presidente da junta afirma quetem esperança do apoio da oposiçãoneste caso, e confirma que já contacom o apoio da câmara municipal. “Ti-ve uma reunião em julho com o sr. pre-sidente da câmara que também ma-nifestou que está plenamente de acor-do que os comboios parem na linha1 e não na linha 2, de modo a salva-guardar a estação caso contrário nãofaz sentido” explica o presidente dajunta de freguesia.

Desta forma Carlos Valente preten-de não só salvaguardar o comérciolocal da rua Silva Araújo, mas tambémas condições que a estação ofereceaos utentes. “Se os comboios conti-nuarem a parar na linha 2, o bar dei-xa de ser rentável para quem o está aexplorar, por consequência tendo obar fechado, fica tudo fechado porquea CP não está interessada em meterali alguém efetivo para abrir e fecharaquilo e controlar o movimento.

O Entre Margens tentou obter umcomentário junto da CP e da Refer, masaté à data no obtivemos resposta. |||||

JUNTA DAS AVES QUER LIMITAR O TEMPO DE ESTACIONAMENTO DA RUA SILVA ARAÚJO

Geraldo Garcia diz quepagou, mas quarteldos bombeirosvai a venda públicaUm edital publicado na última edi-ção do Jornal de Santo Tirso (26 denovembro) dá conta da venda pú-blica, prevista para dia 15 de De-zembro, do quartel da AssociaçãoHumanitária dos Bombeiros Volun-tários de Vila das Aves, pelo valorde 172 mil euros. Diz o mesmo edi-tal que “será aceite a proposta de me-lhor preço acima de 120.400,000euros (…), correspondente a 70 porcento do valor de base”

Perante este edital o Entre Mar-gens contactou o presidente da As-sociação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Vila das Aves,Geraldo Garcia que afirmou nãopoder comentar o assunto porqueainda não sabe do que se trata etão pouco o porquê de terem colo-cado o anúncio. “Não sei porquepuseram aquilo, os bombeiros já pa-garam o valor da fatura que nos man-daram, ou seja 225 mil euros, por-tanto não sei o que querem, não seio que se passa”.

O presidente da associação hu-manitária adiantou que tem uma reu-nião agendada com o advogado parasaber como resolver este assunto.

Volta assim à baila a ação judi-

cial, interposta em 1995, pela socie-dade Moreira da Costa e Pereira,Lda (empresa que construiu o quar-tel dos bombeiros) para que o va-lor integral da obra (210 mil euros)fosse pago. Recorde-se que numprimeiro julgamento, o Tribunal deSanto Tirso deu razão aos bombei-ros, mas o construtor recorreu e asentença foi anulada. Reiniciadosos autos no Tribunal de Santo Tirso,os bombeiros foram condenadosa pagar cerca de 120 mil euros,uma vez deduzidas as verbas queforam provadas ter sido pagas.

Na sequência houve um proces-so de penhora, que não chegou asurtir efeito, por alegada persecuçãode fins de interesse público.

Agora aguardam-se novas expli-cações para este edital, que traz no-vamente o nome dos bombeiros deVila das Aves para a praça pública,numa altura em que se vislumbramobras no referido quartel. ||||||

GERALDO GARCIA NÃO PERCEBE O PORQUÊ DO EDITAL

“Não sei porque puseramaquilo, os bombeiros já

pagaram o valor dafatura que nos mandaram”