cavaleiroda imaculada - março 2013

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Ano 53 N.º 948 MARÇO 2013 PUBLICAÇÃO PERIÓDICA MENSAL PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS TAXA PAGA PORTUGAL Bonfim - Porto FUNDADOR P. Ismael de Matos DIRECTOR P. Pedrosa Ferreira REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Avenida Camilo, 240 4349-014 PORTO Telef. 22 536 96 18 Fax: 22 510 60 97 Fernando Pessoa perguntou aos seus alunos da Universidade de Coimbra: — Para que serve um barco? Os alunos, muito convencidos, responderam: — Para navegar. Fernando Pessoa disse-lhes então: — Isso não é verdade. Um barco não serve para navegar, mas para conduzir os passageiros e a tripulação a um bom porto. Isso é verdade também para nós, que somos Igreja. Navegamos nesta sociedade, ora com tempes- tades, ora com tempo de bonança. Vamos em direcção a um porto, a quem podemos chamar nova terra, onde todos seremos verda- deiramente irmãos em Cristo e viveremos todos na plenitude da alegria. Falta ainda muito para que esta barca chegue a esse porto. Já se passaram cerca de dois mil anos de navegação, desde que nasceu a Igreja, e 60% dos seres humanos vivem na miséria, excluídos da mesa da fraternidade. Procuram sobreviver, apanhando as miga- lhas que caem da mesa dos ricos egoístas. O barco da Igreja vai sulcando os mares da história, desfraldando as velas da fraternidade, da justi- ça social, da vida digna, da paz. Todos os que vão no barco levam o Evangelho como bússola a orientá-los em direcção à meta. Levam também uma esperança firme de que chegarão à outra margem. Pedrosa Ferreira No alto mar A Quaresma é um tempo durante o qual os cristãos pegam mais na Bí- blia, sobretudo no Novo Testamento. É um meio de alimentarem a amizade com Deus. Felizmente, a Bíblia começou a entrar nas nossas casas e a ser lida. Multiplicam-se as reuniões de cris- tãos onde se lê, se explica e se medi- ta na Palavra de Deus. A expressão «Lectio divina» entrou no nosso vo- cabulário. Gostava de dizer o que é, essen- cialmente, a Bíblia. Ela é uma história de amor. Fala e conversa Através da Bíblia, Deus, na ri- queza do seu amor, fala aos homens como amigos, para lhes dizer o amor que lhes tem. É um Amigo que fala aos seus amigos. A Bíblia é o livro da revelação do amor de Deus à huma- nidade. Deus fala e conversa com os homens. Numa «conversa», o mais importante é a comunicação entre amigos. Não se trata de dizer muitas coisas, de fazer sermões, mas de estar Uma carta aos amigos com o amigo. A delícia de Deus é estar com as pessoas. Deus fala, conversa e convida as pessoas a viverem em comunhão com Ele. A sua voz chega através das páginas da Bíblia como um convite a cada pessoa perceber a beleza da fé e aderir com toda a inteligência e todo o coração a esse convite a uma vida de comunhão com Ele. No Antigo Testamento encontra- mos o Deus da Aliança que faz uma aliança com o povo. No Novo Tes- tamento, falou por meio de Jesus Cristo. Oxalá nesta Quaresma as pessoas, ao ouvirem a sua voz, não fechem os seus corações. Oxalá todos sintam a Bíblia como uma carta de amor. No silêncio, o Senhor fala-nos ao coração. Convida-nos a dominar os excessos da nossa inclinação para o mal e a dar alimento aos que têm fome, imitando a sua divina bondade. Quaresma 2013

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O Cavaleiro da Imaculada é uma publicação mensal de inspiração cristã fundada pelo padre Ismael de Matos em Janeiro de 1960, que visa a informação e formação nos valores ético-sociais das classes populares, segundo a perspetiva da Igreja Católica.

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Page 1: Cavaleiroda Imaculada - Março 2013

Ano 53 � N.º 948 � MARÇO 2013 � PUBLICAÇÃO PERIÓDICA MENSAL PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

TAXA PAGAPORTUGAL

Bonfim - Porto

FUNDADORP. Ismael de Matos

DIRECTORP. Pedrosa Ferreira

REDACÇÃOE ADMINISTRAÇÃOAvenida Camilo, 2404349-014 PORTO

Telef. 22 536 96 18Fax: 22 510 60 97

Fernando Pessoa perguntouaos seus alunos da Universidadede Coimbra:

— Para que serve um barco?Os alunos, muito convencidos,

responderam:— Para navegar.Fernando Pessoa disse-lhes

então:— Isso não é verdade. Um

barco não serve para navegar,mas para conduzir os passageirose a tripulação a um bom porto.

Isso é verdade também paranós, que somos Igreja. Navegamosnesta sociedade, ora com tempes-tades, ora com tempo de bonança.Vamos em direcção a um porto,a quem podemos chamar novaterra, onde todos seremos verda-deiramente irmãos em Cristo eviveremos todos na plenitude daalegria.

Falta ainda muito para que estabarca chegue a esse porto. Já sepassaram cerca de dois mil anosde navegação, desde que nasceu aIgreja, e 60% dos seres humanosvivem na miséria, excluídos damesa da fraternidade. Procuramsobreviver, apanhando as miga-lhas que caem da mesa dos ricosegoístas.

O barco da Igreja vai sulcandoos mares da história, desfraldandoas velas da fraternidade, da justi-ça social, da vida digna, da paz.Todos os que vão no barco levamo Evangelho como bússola aorientá-los em direcção à meta.Levam também uma esperançafirme de que chegarão à outramargem.

Pedrosa Ferreira

No alto marA Quaresma é um tempo durante

o qual os cristãos pegam mais na Bí-blia, sobretudo no Novo Testamento.É um meio de alimentarem a amizadecom Deus.

Felizmente, a Bíblia começou aentrar nas nossas casas e a ser lida.Multiplicam-se as reuniões de cris-tãos onde se lê, se explica e se medi-ta na Palavra de Deus. A expressão«Lectio divina» entrou no nosso vo-cabulário.

Gostava de dizer o que é, essen-cialmente, a Bíblia. Ela é uma históriade amor.

Fala e conversaAtravés da Bíblia, Deus, na ri-

queza do seu amor, fala aos homenscomo amigos, para lhes dizer o amorque lhes tem. É um Amigo que falaaos seus amigos. A Bíblia é o livro darevelação do amor de Deus à huma-nidade.

Deus fala e conversa com oshomens. Numa «conversa», o maisimportante é a comunicação entreamigos. Não se trata de dizer muitascoisas, de fazer sermões, mas de estar

Uma carta aos amigos

com o amigo. A delícia de Deus éestar com as pessoas.

Deus fala, conversa e convida aspessoas a viverem em comunhão comEle. A sua voz chega através daspáginas da Bíblia como um convite acada pessoa perceber a beleza da fée aderir com toda a inteligência etodo o coração a esse convite a umavida de comunhão com Ele.

No Antigo Testamento encontra-mos o Deus da Aliança que faz umaaliança com o povo. No Novo Tes-tamento, falou por meio de JesusCristo. Oxalá nesta Quaresma aspessoas, ao ouvirem a sua voz, nãofechem os seus corações. Oxalá todossintam a Bíblia como uma carta deamor.

No silêncio, o Senhor fala-nos ao coração.Convida-nos a dominar os excessos da nossainclinação para o mal e a dar alimento aos quetêm fome, imitando a sua divina bondade.

Quaresma 2013

Page 2: Cavaleiroda Imaculada - Março 2013

2 Cavaleiro da IMACULADA

Ele é o nosso amparo

S RRIA!� �

MOTIVOS PARA SER CRISTÃOAs contas do nosso Jornal

OS NOSSOS LIVROSLaura Vicunha ............................ 0,75 €Advento e Natal em Família ......... 1,00 €Família que Reza ........................ 1,00 €Maio com Maria ......................... 1,00 €Eu Vou Contar ............................ 0,75 €Rosário Bíblico ........................... 0,75 €A Virgem Falou .......................... 0,75 €Creio na Vida Eterna ................... 1,00 €Viver com Deus .......................... 1,00 €Quaresma em Família .................. 1,00 €70 dias com S. João Bosco ........... 1,00 €70 dias com Domingos Sávio ........ 1,00 €Falar de Jesus às crianças ........... 1,00 €As razões da nossa fé ................. 1,00 €Tempo Pascal em família ............. 1,00 €Conhecer Maria ........................... 1,00 €Nem só de pão .......................... 1,00 €Os sete sacramentos ................... 1,00 €Maria Auxiliadora ........................ 1,50 €

Pedidos por Telefone ou Correio a:Cavaleiro da Imaculada

Avenida Camilo, 240 � 4349-014 PORTOTelef. 22 536 96 18 � Fax: 22 510 60 97

Encomendas: Mínimo 5 livros

Realizou-se uma excursão na mon-tanha. O grupo seguia em fila indianapor um caminho estreito. A um certomomento, um turista distraiu-se eescorregou por uma ribanceira abai-xo à vista de todos.

Deslizando desamparado pela en-costa, foi parar a um rochedo. Ime-diatamente se segurou a um arbustocomo bóia de salvação.

Sentindo as forças a faltarem-lhe,ergueu os olhos para o alto e per-guntou:

— Está alguém aí em cima?Os companheiros responderam-

-lhe:— Sim, estamos nós.— E que devo fazer?O chefe do grupo recomendou-lhe:— Reza uma oração e salta.Ele ficou uns instantes em silêncio.

Depois gritou:— Mas quem me irá amparar?

O homem, por ter escorregado,pôs a vida em perigo. Agarrado a umarbusto, temia o pior e suplicou porauxílio. Disseram-lhe que, além derezar, devia perder o medo e saltar.Devia perder o medo e lançar-se novazio, na certeza de que a sua oraçãoseria escutada e Deus estaria ali debraços estendidos para o amparar.

ConduçãoUm indivíduo conduzia tão mal que,

quando ia estrada fora, muitos lhe apita-vam.

Ele julgando-se bom condutor, dizia:— Quanta gente me conhece! Todos

me querem saudar!

MecânicoUm mecânico de automóveis mor-

reu. Ao chegar ao Céu, protestou comS. Pedro:

— Não é justo que tenha morrido tãonovo!

— Novo? Quantos anos tem?— Ainda não fiz quarenta.— Quarenta? Contei as horas que

cobrou aos seus clientes e somam qua-se setenta anos.

LuzUma criança acompanha a mãe à

igreja. Esta ajoelhou-se diante do sa-crário, ao lado do qual estava uma luzvermelha.

A um certo momento, a criança in-quieta perguntou:

— Quando a luz ficar verde, podemosir embora?

Jesus Cristo teve a coragem dese lançar no anúncio do Reino deDeus. O terreno estava minado pelaoposição dos chefes civis e religio-sos da Palestina. Mas ele confiou queDeus estava com Ele. Com esta ga-rantia, alimentada na oração filial,anunciou com obras e palavras oamor e a misericórdia de Deus paracom todos.

Um bom motivo para se ser cristãoé que, quando nos sentimos desam-parados, com medo de cair em abis-mos de desespero, nada tememos,porque Deus também está connoscopara ser nosso amparo e protecção.Quando cairmos no abismo da mor-te corporal, acolhe-nos com alegriana sua Casa. Nele confiamos.

Através dos nossos dedicados colaboradores, recebe-mos as seguintes ofertas que muito agradecemos:

Capela de N.ª Senhora da Saúde — Porto, 30,00; Fre-chas, 3,00; Com. Portuguesa de Sinselfigen, 25,00; Godim(M.ª Céu Correia), 70,00; Luxembourg (Ang. Ferraz), 19,07;Maria A. Cabral, 40,00; Centro de Medancelhe — Rio Tinto,130,00; Granja do Ulmeiro (Lucinda Lopes), 80,00; Rio Tin-to (M.ª F. Silva), 20,00; Alcabideche (Natália Filipe), 20,00;Bragança (M.ª Vinhais), 29,60; Capela das Neves — Mani-que, 100,00; Externato S. João Bosco VCT, 30,00; Vila daRei (M.ª T. Duarte), 30,00; Oliv. Santa Maria (M.ª C. Leite),40,00; Paróquia de Cadima, 165,00; Sebadelhe (M.ª AméliaPinto), 55,00; Tomás Cabral — Mem Martins, 85,00; Freg.Vila do Prado, 150,00; Grijó (Fátima Silva), 30,00; Coelho-so, 85,50; Paróquia do Moledo — Minho, 210,00; ParóquiaTorres do Mondego, 100,00; Oficinas de S. Miguel — Out.S. Miguel, 25,00; Paróquia de Sabugal, 167,82; Torre — Sa-bugal, 126,20; Aldeia de Santo António, 60,98; DomingosFontoura, 25,00; Praia CV. (Elísia Veiga), 30,00; S. Pedro daSilva MDR, 35,00; S. Vicente Louredo (A. Pinto), 200,00;Vale da Porca (J. Teixeira), 60,00; Paróquia Nog. Rededoura,45,00; Grijó e amigos do «Cavaleiro», 70,00; Azurém (A.Alves Ferreira), 80,00; Santa Cruz da Trapa, 55,00; Man-gualde (M.ª Marques), 13,35; Tremês (I. Louro), 40,00; VilarCDV (José Soares), 100,00; S. Bernardino (M.ª Amâncio),10,00; Fontes ABT (C. Rosário), 74,20; Vila Chã de Sá,40,00; Trindade VLF, 20,00; Gouviães — Tarouca, 5,00; Maia(M.ª Oliveira), 20,00; Qta. do Conde (Benjamim P. Azul),25,00; Guifães — Maia, 100,00; Tábua (Aida Fonseca),20,00, Cordoaria, 5,30; Margarida Baptista, 5,00; Caramos,Lixa, 10,00; Filhos do Sol — Maia, 99,09; Paróquia Fer. doAlentejo, 50,00; Chaves (M.ª T. Moura), 24,50; SalustianoSilva, 40,00; Nogueira VRL, (Eulália Gomes), 100,00; No-gueira VRL (Camilo Ribeiro), 100,00; Bufarda, 46,00, Ra-baçal — Meda, 10,00; Ereira, 25,00; Linita Freire, 10,00;Oeiras (José Bento), 55,00; Santiago da Cassurrães, 30,00;Leça da Palmeira (Alice Garcia), 114,00; Arrifana VFR (C.Oliveira), 42,00; CAS — Runa (A. Lemos) 15,00; Paróquiada Imaculada Conceição Winnipeg, 152,71; Neuwark — N.J.(Joaq. Santos), 494,55; Espinho (M.ª A. Coelho), 245,00;Vila Real (Marg. Fernandes), 30,00; Esteiro (Alda Caeta-no), 40,00, Lordelo VCB (capela N.ª Sr.ª das Dores), 60,00;M.ª Helena Fernandes, 10,00; Carlos C. Caetano, 40,00; JoséC. Campos, 100,00; António Cotrim, 5,00; Osnabruck (Emí-lia Pratas), 210,00; António Reis, 20,00; Ílhavo (J. Carlos L.Azevedo), 240,00; João Bernardo — Mirandela, 5,00; S. Mi-guel (Adriano Lopes), 15,00; Josefa Ferreira, 170,00; Vila deSendim, 12,00; Polvarinho, 32,00; Jancido (Américo Al-meida), 34,60; Valdigem (M.ª Fern. Xavier), 21,00; S. Toméde Negrelos, 60,00; Paróquia de Santo António — Palmela,171,60; Barcelinhos (M.ª Conceição Freitas), 120,00; Miran-dela (M.ª Correia), 50,00; Seixas — CMN (Judite Saldanha),91,00; Alcafozes (Isabel Ribeiro), 40,00; Prados de Cima,25,00, Cucujães (J. Soares), 15,00 Fontelo — Armamar,80,00; Clermont Ferrand (A. Barata), 44,75; Chaves (Natá-lia Carneiro), 20,00; Cacia (José Alves), 50,00; Vagos e Lom-bomeão, 330,00; Irmãs Clarissas — Monte Real, 20,00;Acostura — Lousada, 40,00; Romaria (M.ª Prec. Silva),20,00; Cravaz — Tarouca, 20,00; Penedo — Parede (Mari-nha Lourinho), 40,00; Gondalães (M.ª Teles), 40,00; PenedoCastelhanos, 20,00, V. Nova Fiães (Palmira A. Silva), 115,00;Barreiras do Peral, 15,00; Belmonte (M.ª Moreira), 8,50;Paróquias de Areias e Chãos FZR, 150,00; Ponte — Guima-rães, 80,00; Vila Real (M.ª Rosinda Santos), 45,00, João B.Castel — Branco, (Lagoa), 60,00; Ponte de Vagos (Irmãs Sa-lesianas), 34,00; Lobão — 50,00; S. Pedro de Faro (M.ª DáliaGonçalvas), 167,00; Primeiro e Último — Avintes, 250,00;Santa Maria da Lamas e diversos (A. G. Oliveira), 9,52;Comun. de Jesus Maria José — Várzea — S. Miguel, 40,00;Sobral — Lourinhã, 50,00; Carapinheira MMV, 10,00; Valede Madeiros (M.ª Gabriela Rod.), 90,00; Filipe Pedrosa,40,00; anónimo de Moreira de Cónegos, 20,00; Sameiro (M.ªGraça Massano), 230,00; B.º Bessa Leite (M.ª Alice Morg.),78,00; Sobrado — Valongo (Luzia Camilo), 300,00; Uva Vi-mioso, 20,00; Sobreiro — Alb — Velha (Adelino Godinho),60,00; Roios (Aurora Evaristo), 40,00; M. Vidal, 5,00; Fáti-ma (L. Ferreira), 15,00; Santo Tirso (M.ª Isabel Nogueira),205,00; Aboim — Amarante (diversos), 20,00; M.ª L. Neves,20,00; Sardoal (M.ª Tomé), 109,00; Freiria, 15,00; Recarei(Conceição R. Sousa), 105,00; Gens — Gondomar, 10,00;leitores de S. Bernardino — At. Baleia, 74,00; Irmãs Doro-teias — Coimbra, 5,12; capelania S. C. Jesus — Coimbra,19,00; Vila de Joana (Deol. Ferreira), 6,00; Romariz (M.ªPreciosa Silva), 10,00; Paróquia Santa Maria da Murtosa,130,00; Oli. Frades (M.ª Alice Ferreira), 65,00; Codeçal —Caramos, 25,00; Santo António de Vagos, 50,00; Paróquiade Cabaços e Friatelos, 200,00.

MMM � � � MMMAos que têm dívidas em atraso pedimos o favor

de procederem ao seu pagamento.

FEVEREIRO DE 2013DESPESA:Correios e despachos .................................... 2.277,19 €

120.000 ex. do jornal N.º 947 (Fevereiro) . 2.712,00 €

RECEITA:

LIVRO DE OURO

Page 3: Cavaleiroda Imaculada - Março 2013

Cavaleiro da IMACULADA 3

IGREJA VIVA

Ele é meu irmão

NOVIDADE!

80 páginas — Preço: 1,50 EuroLivro a 4 cores e em papel couchéPedidos: «Cavaleiro da Imaculada»Av. Camilo, 240 — 4349-014 PORTO

As mensagens de Quaresma dosnossos bispos podem resumir-se aoconvite à conversão ao amor. E istoporque Deus nos amou primeiro.O Ano da Fé vem despertar estecompromisso da fraternidade.

No livro «Os miseráveis» de Vic-tor Hugo há, entre outras, uma cenamuito bela que passo a relatar empoucas palavras.

Um conhecido e grande crimino-so bate à porta do bispo de Digne.Este vem abrir-lhe a porta e convi-da-o a sentar-se à sua mesa.

Quando o fugitivo desconfia detanta generosidade, o bispo diz-lhe:

— Não tens de me dizer quem és.Esta casa é minha, é de Cristo. Elenão pergunta o nome ao seu hóspe-de, mas apenas deseja saber se estáaflito. Se estás a sofrer, se estás comfome e com sede… és bem-vindo.Além disso, antes de me dizeres oteu nome, eu já o sabia.

O homem arregalou os olhos, commedo, e perguntou:

— Ah, sim, sabia o meu nome?O bispo respondeu:— O teu nome é meu irmão.

A única verdadeRaul Follereau dizia: «A única

verdade é amar». Antes de dizer estafrase, que serve de título a um dosseus livros, já tinha percorrido o mun-do a sensibilizar as pessoas para o

grave problema das pessoas vítimasda lepra. Ele aproximou-se sobretu-do destes doentes, provando que po-diam ser curados.

Linus, uma personagem inventadapor um autor de banda desenhada, émuito interessante. Charlie diz-lhe:«Tu nunca poderás ser médico, por-que não amas a humanidade». Linusresponde: «Eu amo a humanidade;o que não suporto são as pessoas».De facto, é fácil amar com palavrasmas sem obras.

As mensagens quaresmais do Papae dos bispos todos os anos recordama importância de cada pessoa ver nooutro um irmão ou uma irmã a amar.As razões desta caridade são teoló-gicas: Deus amou-nos primeiro. Je-sus Cristo deixou-nos o mandamen-to novo do amor: «Amai-vos como euvos amei».

A Páscoa será cristã se, nessa noitesanta, o cristão celebrar a sua passa-gem do egoísmo para o amor.

Rua Dr. Alves da Veiga, 124Apartado 5281 � 4022-001 PORTO � Telef. 22 536 57 50Seja assinante. Peça-nos um exemplar gratuito.

Cavaleiro da IMACULADADirector e Editor: P. Pedrosa Ferreira

Redacção e Administração: Avenida Camilo, 2404349-014 PORTO

Telef. 22 536 96 18 � Fax: 22 510 60 97E-mail: [email protected]

Internet: www.salesianos.pt/publicacoes.aspxPara depósito bancário:

NIB: 0007 0408 00029780005 09 (Banco Esp. Santo)IBAN: PT50 0007 0408 0002 9780 0050 9

SWIFT / BIC BESCPTPLPropriedade: Prov. Port. da Sociedade Salesiana

Rua Saraiva de Carvalho, 2751399-020 LISBOA

Registo de imprensa N.º 100233Empresa Editorial N.º 202574

Registo de Pessoa Colectiva: 500 731 071Assinatura individual de Benfeitor: € 5,00

Número avulso: Oferta livreExecução gráfica: SERSILITO

— Empresa Gráfica, Lda.Travessa Sá e Melo, 209 � Gueifães — MAIA

Depósito legal N.º 298819/09Tiragem mensal: 120.000 exemplares

Salesianos na SibériaEm 1992, dois padres salesianos

da Eslováquia partiram como mis-sionários para a Sibéria, uma regiãoautónoma da Rússia, de Invernosfrios, florestas e minas. É uma regiãoque se tornou muito conhecida notempo da ditadura comunista.

Desde então até hoje, estes mis-sionários conseguiram fundar pe-quenas comunidades de cristãos ca-tólicos. Ajudados por voluntários,anunciam o Evangelho e praticam asolidariedade com os pobres.

A Igreja em MyanmarEste país, outrora chamado Bir-

mânia, faz fronteira com a Tailândiae a China.

Aqui 85% da população professaa religião budista. Os cristãos emgeral são apenas cerca de 6 por cento.Contudo, os bispos estão optimistasquanto ao futuro do catolicismo.Existem 14 dioceses e as comunida-des têm muita vitalidade. A «CaritasKaruna» é muito activa e é o rosto doamor de Deus para com os pobres.

Páscoa diferenteO ano passado, os Sem-Abrigo

da zona de Águas Santas (Maia)viveram uma Páscoa diferente.

Um grupo de voluntários, ani-mados pelos missionários da Con-solata, executou o projecto «Páscoados Sem-Abrigo».

Os 31 carenciadas estiveram hos-pedados durante todo o tríduo pascal,da quinta-feira santa até ao domingode Páscoa. Não lhes faltou nada epuderam realizar muitas e diversasactividades que lhes fez esquecer adureza da vida. Participaram tam-bém nas celebrações e 12 foram sur-preendidos quando o celebrante lheslavou e beijou os pés.

«Caras limpas»O Grupo Missionário João Pau-

lo II, da diocese de Coimbra, de-senvolve desde 1910 na cidade daChapadinha (Nordeste do Brasil)um projecto solidário chamado «Ca-ras limpas».

Este projecto destina-se a acom-panhar crianças e adolescentes po-bres e abandonados, garantindo-lhesos cuidados básicos de higiene, desaúde e uma alimentação quantopossível regular. Além disso, desen-volvem com eles diversas actividadeseducativas.

Page 4: Cavaleiroda Imaculada - Março 2013

4 Cavaleiro da IMACULADA

INTENÇÕES DO PAPAMARÇO

José Cafasso

PENSAMENTOS

SANTIDADE SALESIANA

A pedraO CONTO DO MÊS

ESTE JORNAL É PARA SIEste jornal é gratuito, graças à genero-

sidade dos seus distribuidores, colectores eleitores da imprensa de inspiração cristã.

Por todos estes nossos amigos e benfei-tores é celebrada, todos os meses na nossacapela, uma Eucaristia pelas suas intenções.

Precisamos de pessoas que se ofereçampara distribuir este jornal nas paróquias,hospitais, prisões e em toda a parte. Envie--nos o seu nome e morada e diga-nos quan-tos jornais deseja receber mensalmente.

O Mestre ensinava os seusdiscípulos sem muitos discursose fazendo experiências muito sim-ples.

Um dia, convidou-os a irem atéjunto do rio.

Quando chegaram, disse a umdeles:

— Entra na água e tira do fun-do uma pedra.

Ele assim o fez. Pegou nela eentregou-a ao Mestre. Este pegouna pedra molhada e observou-aatentamente. Em seguida, entre-gou-a de novo ao discípulo e dis-se-lhe:

— Agora parte-a ao meio.Ele assim fez. E sem saber o

que o Mestre pretendia, entregou--lhe os dois pedaços duros da pe-dra molhada.

Este, mostrando-os aos discí-pulos, disse-lhes:

— Vedes esta pedra partida?Muita água passou por cima delaao longo dos anos. Ficou lavada,polida. Contudo, por dentro con-tinuou dura, muito dura. Nemuma gota de água entrou dentrodela.

Há muitos séculos que o Evange-lho é anunciado. Quantas palavras!Será que o espírito cristão já pene-trou no íntimo de cada pessoa?

� GERAL: Para que cresça o res-peito pela natureza, na consciênciade que a criação inteira é obra deDeus confiada à responsabilidadehumana.

� MISSIONÁRIA: A fim de que osbispos, presbíteros e diáconos se-jam anunciadores incansáveis doEvangelho até aos confins da terra.

Não foi salesiano mas apoiou a obrade D. Bosco. Confirmou que a sua vo-cação de educador dos jovens era deorigem divina.

José Cafasso nasceu no Piemonte(Itália) no ano 1811. Filho de pequenosproprietários, foi o terceiro de quatrofilhos.

A sua irmã Mariana seria a mãe dobeato José Allamano, fundador dosInstituto dos Missionários da Con-solata.

Frequentou as escolas e o semináriode Chieri. Em 1833 foi ordenado sacer-dote. Quatro meses depois, foi para o«Colégio Eclesiástico», a fim de aper-feiçoar a sua formação. Ao mesmo tem-po, dedicava-se ao ensino da catequeseaos jovens e aos presos.

«Dedica-te aos jovens»Tendo sido nomeado «reitor» do

Colégio, empenhou-se na formação doclero jovem. Dedicou particular aten-ção ao ensino da teologia moral, liber-tando-a dos rigorismos jansenistas como contributo da doutrina de S. Franciscode Sales e de Santo Afonso.

Propunha um caminho de santida-de realizada através do cumprimentodo dever, do espírito de serviço, da vidade oração e da confiança na bondade eda misericórdia de Deus.

Um dos seus alunos foi o jovem pa-dre D. Bosco. D. Cafasso era o seu con-fessor e director espiritual.

D. Bosco perguntou-lhe a que apos-tolado se devia dedicar. Ele disse--lhe:

— Vai e repara no que há em volta.Foi e viu nas ruas de Turim muitos

jovens pobres e abandonados. O seudirector espiritual disse-lhe:

— Dedica-te aos jovens, que é essaa vontade de Deus.

Durante toda a sua breve vida,ajudou D. Bosco, apoiando-o tambémmaterialmente.

Sempre atento às necessidades dosúltimos, visitava e ajudava economi-camente os mais pobres. O seu apos-tolado consistia também em visitar ospresos e os condenados à morte. Acom-panhava-os como amigo até ao lugar daexecução. Era conhecido como o padredos presos.

Depois de uma breve doença, mor-reu com a idade de 49 anos, a 23 deJunho de 1860.

Pio XI definiu-o como «pérola doclero italiano». Pio XII canonizou-o em1947 e declarou-o Padroeiro das pri-sões.

� Todos pensam em mudar a huma-nidade, mas ninguém pensa emmudar-se a si próprio. Leon Tolstoi

� Cada criança que nasce traz-nos anotícia de quem Deus continua aamar-nos. Tagore

� A essência do cristianismo está naimitação de Cristo. Tertuliano

� O segredo do diálogo está mais emsaber escutar do que em falar.

B. Marques

� Os únicos seres interessantes são ospássaros, as crianças e os santos.

Óscar de Lubicz� A simplicidade consiste em cami-

nhar pela vida levando apenas a ba-gagem necessária. Charles Warner

� Transporta um pedaço de terra to-dos os dias e farás uma montanha.

Confúcio� Mesmo que nos tirem a nossa última

camisa, permanece em nós a con-fiança em Deus. Wyszinski

� Duas coisas me fazem maravilhar: océu estrelado sobre mim e a lei mo-ral dentro de mim. Kant

� É natural que as crianças mintam.Não fazem outra coisa senão imitaros adultos. Freud