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Carlos Valente avança com candidatura à presidência dos Bombeiros de Vila das Aves ATUAL PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES DIZ CHEGADO O MOMENTO PARA APRESENTAR UMA ALTERNATIVA À ATUAL DIREÇÃO DOS BOMBEIROS. LISTA JUNTA FIGURAS DO PSD E PS // PÁG. 13 entre MARGENS DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected]t PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO BIMENSÁRIO | 25 OUTUBRO 2012 | N.º 483 Todos os dias ao seu dispôr com simpatia e profissionalismo Quase todos os proprietários vão pagar mais IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS TAÇA DE PORTUGAL // 24 Aves leva a melhor em derby concelhio NAVE CULTURAL É INAUGURADA ESTA QUINTA-FEIRA ‘No futuro, Santo Tirso vai ter condições para acolher um Portugal Fashion’ DESTAQUE // 4 E 5 O Aves passou à quarta eliminatória da Taça de Portugal depois de der- rotar o vizinho Tirsense por 3-1. O Aves adiantou-se cedo no marcador, ficou reduzido a dez ainda no pri- meiro tempo e o Tirsense conseguiu o empate em cima do minuto 90. No prolongamento, o Aves foi mais forte e resolveu o jogo. HOT PINK ABUSE APRESENTAM NOVO DISCO FOTO: VASCO OLIVEIRA

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Carlos Valente avança com candidaturaà presidência dos Bombeiros de Vila das AvesATUAL PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE VILA DAS AVES DIZ CHEGADO O MOMENTO PARA APRESENTARUMA ALTERNATIVA À ATUAL DIREÇÃO DOS BOMBEIROS. LISTA JUNTA FIGURAS DO PSD E PS // PÁG. 13

entreMARGENSDIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

BIMENSÁRIO | 25 OUTUBRO 2012 | N.º 483

Todos os dias ao seu dispôr comsimpatia e profissionalismo

Quase todos osproprietários

vão pagar mais

IMPOSTO MUNICIPALSOBRE IMÓVEIS

TAÇA DE PORTUGAL // 24

Aves leva a melhor emderby concelhio

NAVE CULTURAL ÉINAUGURADAESTA QUINTA-FEIRA

‘No futuro, SantoTirso vai ter condiçõespara acolher umPortugal Fashion’

DESTAQUE // 4 E 5

O Aves passou à quarta eliminatóriada Taça de Portugal depois de der-rotar o vizinho Tirsense por 3-1. OAves adiantou-se cedo no marcador,ficou reduzido a dez ainda no pri-meiro tempo e o Tirsense conseguiuo empate em cima do minuto 90. Noprolongamento, o Aves foi mais fortee resolveu o jogo.

HOT PINK ABUSEAPRESENTAM NOVO DISCO

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FIM DE SEMANA

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestasegunda saída de outubro foi o nosso estimado assinante Joaquim Gonçalves

Alves, residente na avenida 4 de Abril de 1955, nº 581, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Uma vozescocesa paraquem gostade música|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Há pessoas que gostam de música ehá outras que dizem também gostarmas não têm tempo. Com o passardos anos, reconhecem que não ou-vem um disco desde a juventude. Poisé, este meu pequeno artigo é dedi-

cado a essas pessoas e a minha ideiaé inverter, precisamente, a situação.Não conhecem esta capa? Não fazmal. Não têm? Comprem. Não en-contram? A Internet tem. Não sabempesquisar? Um familiar ou amigo aju-da… quando tiver tempo.

Isobel Campbell (não é gralha, émesmo com “o”) saiu dos Belle andSebastian em 2002 e, no ano seguin-te, lançou o seu primeiro trabalho asolo. “Amorino” começa com umafaixa homónima, onde a voz extre-mamente delicada se torna a imagemde marca. É uma fragilidade que secompleta com arranjos orquestraismuito vivos e dinâmicos (“Monologue

mental “Poor Butterfly” parece lembraruma lacrimejante despedida), um mis-terioso relato ao estilo de AnthonyHopkins (“The Cat’s Pyjamas”) segui-do de sons alegres como se saíssemde um bar do início do século pas-sado ou, mesmo ainda, alguns ner-vosos efeitos instrumentais que, ad-mito, não serão do agrado de todos(“The Breeze Whispered Your Name”).

Já apresentei alguns argumentosque julgo serem suficientes para co-nhecer um álbum encantador, cheiode doces pormenores. Enquanto oinverno não chega, aconchegue-sea “Amorino” e descubra, sem pres-sas, este bom disco. |||||

for an Old True Love”), sons tropicaiscomo se o Rio de Janeiro fosse opalco (“Johnny Come Home” e “Songfor Baby”), um piano que apela aosentido dramático (o soberbo instru-

Dentro de portas - “Amorino”

“Nada em mim começoupor um acorde”

Sebastião Alba foi um persegui-dor da liberdade absoluta, figuracontroversa e incumpridora, contu-maz das normas sociais, bêbado,provocador, mal-cheiroso. Falar dasua vida seria vulgarizá-la. Con-vém no entanto dizer que foi umHomem de uma ternura desme-dida, um pedagogo da limpidez,da revolta; ler-lhe os poemas é efe-tivar um ansioso redescobrimentoda nossa própria sensibilidade.

Albas é um projeto de peregri-nação sem acreditar em destinos

EXPOSIÇÃO DE PINTURASORTE AMOR E MORTEVila das Aves, Centro Cultural. Até 2 denovembro. Horário: seg. a sexta 9h00-13h00 / 14h00-17h00.Morada: Rua S.toHonorato, 220. 4795-114 Vila das Aves.

Últimos dias para ver a exposiçãoque o pintor de Tomar, Jorge Lopes,tem patente ao público no CentroCultutral. A residir e a trabalharem Berlim, desde 2006, JorgeLopes aposta na abstração comoforma de refletir sobre experiênci-as humanas marcantes.

TEATRO: O INCRÍVEL HOMICIDAFamalicão, Casa das Artes. Dias 26 e 27,às 21h30. Bilhetes a 5 euros (2,5 euroscartão quadrilátero). M/ 12 anos. Mora-

Dead End “é um exercício de narração, que parte denarrativas vimaranenses, que são, espontaneamente,contadas de boca em boca. Dias 27 e 28,na Caixa Negra da Fábrica ASA, em Guimarães.

da: Morada: Av. Dr. Carlos Bacelar. 4760-103 Famalicão. Telefone 252371297.

Baseado na obra “Crimes Exem-plares” de Max Aub e com ence-nação de Miguel Fonseca, “O In-crível Homicida” é um espetáculoteatral interpretado por apenas doisatores (Romeu dos Anjos Pereirae Simão Barros) que se desmul-tiplicam em inúmeras personagens,refletindo o caleidoscópio sociale suas múltiplas fragilidades.

TEATRO DEAD ENDGuimarães, Caixa Negra da Fábrica ASA.Dias 27 e 28, às 22h00. Bilhetes a 5 euros.M/ 12 anos. Covas - Polvoreira. 4810-294 Guimarães.

Uma aproximação ao melodrama,

violinista Elliot Lawson e a pianis-ta Jill Lawson. Do programa, des-taque para as obras de Belá Bartóke Igor Stravinsky.

MÚSICA TWIN SHADOWGuimarães, Centro Cultural Vila Flor.Dia 28, às 22 horas. Bilhetes a 10 euros(7,5 euros com desconto).

De passagem por Guimarães, TwinShadow apresenta “Confess”, oseu segundo álbum, editado emjulho deste ano e produzido emnome próprio. Em “Confess” TwinShadow, que nasceu na Repúbli-ca Dominicana e cresceu na Flori-da, volta a dedicar-se à pop sinté-tica e sofisticada e recorda outravez a sonoridade dos anos 80. |||||

onde o público é levado a ser so-lidário com alguém que é, injus-tamente, votado ao sofrimento. Odesenlace é adiado até ao finaldo terceiro ato para que, assim,aumente a revolta do público e oseu desejo de que o desfechojusto e consolador chegue. “Deadend”, com texto original de ChrisThorpe, partiu de uma recolha dehistórias da zona de Guimarães.

MÚSICA TRIO CONTRASTSGuimarães, Centro Cultural Vila Flor. Dia28, às 17 horas. Bilhetes a 5 euros (3 euroscom desconto). Morada: av. D. AfonsoHenriques, 701. 4810-431 Guimarães

Concerto de música de câmaracom o clarinetista Vítor Matos, o

Fora de portas - Santo Tirso - Famalicão - Guimarães - VizelaTWIN SHADOW

programados, é um libelo às con-tradições de uma sociedade cadavez mais desumanizada. Exige quesonhemos “os espaços aéreos dos paí-ses castos”. Revela desilusão, ceticis-mo, ciência, música, pormenoresde loucos, suicidas e vagabun-dos originais; tem, acima de tudo,uma fidelidade pétrea às convic-ções enraizadas numa alma quenão se compra, nem se vende.

Alba faz uso da riqueza daspalavras como um utensílio precio-so, nunca as tratou como um ar-tigo de luxo. Tem uma inusitadae desconcertante elegância. Umaperfeita noção que só a liberdadeconta; não existe outra pátria quenão seja o país sem fronteiras dopoema: a liberdade do homem eda palavra… porque a resoluçãodefinitiva foi tomada há muito. |||||

POR: RUI BRAGA

‘Albas’Sebastião Alba. Editora Quasi

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SEXTA, DIA 26 SÁBADO, DIA 27Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 18º / min. 10º

Céu limpo. Vento moderadoMáx. 20º / min. 9º

Céu limpo. Vento moderado.Máx. 15º / min. 5º

DOMINGO, DIA 28

A quem sabe esperaro tempo abre as portas

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Agosto)

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“Esculturas e desenhos 1980- 2012”é o nome da exposição da autoriade Zulmiro de Carvalho, promovi-da pela Fundação de Serralves epela Câmara Municipal de SantoTirso. A exposição, comissariada porJoão Fernandes e Filipa Loureiro, es-tará patente no Museu MunicipalAbade Pedrosa até 24 de fevereiro.

A escultura de Zulmiro de Car-valho é um convite a um entendi-mento do espaço, a uma perceçãodas propriedades dos materiais quemais do que objetualizar o espaço,o redefine e rematerializa. O enten-dimento entre detalhes particularesnão só pontua o espaço como osublinha. Todos os recantos, os pon-tos de interseção entre o chão e aparede, os espaços entre os várioselementos que convergem entre oespaço maior da sala concentrama atenção do visitante, originam su-

Zulmiro de Carvalhoexpõe no MuseuAbade Pedrosa

cessivas operações de reconheci-mento das características do lugare suscitam um diálogo com asespecificidades dos materiais e dosvolumes transportados pelo artista.

Ao longo do último século, aescultura movimentou o espetadornas coordenadas espácio-temporaisdos lugares, e a perceção de umlugar tem tanto de concreta comode abstrata. Assim também o é aescultura de Zulmiro de Carvalho:na sua inteira abstração reside adimensão concreta da sua lingua-gem. O artista é um dos vários es-cultores nacionais representados noMuseu Internacional de EsculturaContemporânea de Santo Tirso.||||||

ESCULTURAS E DESENHOS 1980-2012ZULMIRO DE CARVALHOAté 24 de fevereiro. Santo Tirso, Museu MunicipalAbade Pedrosa. Horário: de terça a sexta, das 09h00às 17 horas. Sábados e domingos das 14h00 às18h00. Morada: rua Unisco Godiniz, 100. 4780-373Santo Tirso. Tel.: 252 830 400

Ao encontro da eletrónicasinuosa dos Hot Pink AbusePara conhecer o novo disco dos HotPink Abuse há que tomar nota dasseguintes datas: dia 27 de outubro,já no próximo sábado, portanto, e dia2 de novembro. Na primeira, o gru-po de formação maioritária de Viladas Aves, apresenta-se na FNAC deGuimarães (21h00), onde dão a co-nhecer alguns dos temas que inte-gram o segundo álbum da banda,“Sinuosity”. No dia 2, e “como que ajogar em casa”, os Hot Pink Abuseapresentam na íntegra o sucessor de“Nowadays”, num concerto marcadopara as 23h30 no Retratos Caffe, emVila das Aves.

Até lá, convém ficar atento ao quenos diz Rebecca Moradalizadeh so-bre “Sinuosity”: “um álbum com 12canções, todas elas com característi-cas singulares, mas sempre com a fortepresença da eletrónica, pop e rock”.

ESTE SÁBADO, NA FNAC DE GUIMARÃES. NO DIA 2 DE NOVEMBRO, NO RETRATOS CAFFE

E, “tal como o nome indica, um per-curso que é sinuoso, sendo compostopor ‘curvas’ surpreendentes e commomentos propícios para a dança”(ver página 23) Nnesta altura, há quedizer que Rebecca Moradalizadeh éa voz atual dos Hot Pink Abuse, cujahistória se começou a escrever em2007 pela mão de Vítor Moreira eGeraldo Eanes. O primeiro iniciou osseus estudos musicais na Alemanha,com seis anos de idade e dedica-seprofissionalmente à música. GeraldoEanes, é designer gráfico e a sua tra-jetória musical foi construída no rockindustrial. Já Ricardo Neto é oriun-do de uma família de músicos, fezformação na escola de Jazz do Portoe aventurou-se em vários registos, atémesmo no metal. Por sua vez, RebeccaMoradalizadeh, nascida em Londresmas com passaporte luso-iraniano,

tem formação em Artes Plásticas.A diversidade de percursos e ca-

racterísticas individuais revela-se de-cisiva na construção de uma identi-dade musical que articula a lingua-gem da música eletrónica, da pop edo rock. Assim se definem os doistrabalhos editados por Hot Pink Abu-se, tendo o mais recente chegado àslojas a 22 de Outubro, igualmentepelo selo da Banzé. Este novo discoinclui a canção “Waiting”, que faz partedo alinhamento da compilação “Sonsde Vez - 10 anos”.

Depois dos concertos em Guima-rães e Vila das Aves, os Hot Pink Abu-se passam por Coimbra, no dia 3 denovembro (FNAC, 22horas); no dia8 estão no Passos Manuel, no Porto(23h30), no dia 11 em Braga (FNAC,17h00) e no dia 15 sobem ao palcodo Teatro de Vila Real (22h00). |||||

EXPOSIÇÃO PARA VER ATÉ FEVEREIRO DE 2013

(Provérbio chinês)

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SE TEM UM IMÓVEL ADQUIRIDO ANTES DE UM DE DEZEMBRO DE 2003 EAINDA NÃO RECEBEU UMA NOTIFICAÇÃO DAS FINANÇAS, ESTEJA ATENTOPORQUE O MAIS CERTO É ESTAR PRESTES A RECEBER UMA. É QUE ESTÁ EMCURSO UMA REAVALIAÇÃO COM BASE NAS NOVAS REGRAS DO IMPOSTO MU-NICIPAL SOBRE IMÓVEIS, (IMI), CUJO OBJETIVO É ATUALIZAR O VALOR DOPATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO NACIONAL E QUE, CONSEQUENTEMENTE, PODERÁAUMENTAR O VALOR QUE TERÁ QUE PAGAR DE IMPOSTO.

||||| REPORTAGEM: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO*

As medidas da Troika continuam aexigir um esforço acrescido aos por-tugueses em nome de um aumentode receita que poderá ajudar o paísa erguer-se e a prova disso é o IMI.As previsões da Associação dos Pro-fissionais e Empresas de MediaçãoImobiliária de Portugal, “apontam paraum aumento da receita de IMI entreos 60% e os 100%”, entre 2010 e2014, conta ao Entre Margens o Pre-sidente da Associação, Luís Lima. “Pa-ra este ano, a nossa previsão de re-ceita de IMI ronda os 1.400 milhões

IMI: quase todosos proprietáriosvão pagar mais

de euros, enquanto para o ano de2013 ronda os 1.600 milhões deeuros, e em 2014 poderá atingir os2.185 milhões de euros”, sublinha.Ainda assim, Luís Lima assegura queeste cenário avançado pela APEMIP“é o mais conservador”, sendo que“segundo o que está previsto no Orça-mento de Estado 2013, este aumen-to da receita será ainda maior, pre-vendo-se que ronde os 340 milhõesde euros já no próximo ano”.

Em traços gerais, o que irá provo-car alterações no valor da taxa são osvalores patrimoniais que, com a reava-liação, têm tendência a subir. Em causa

estão casas, lojas, terrenos e prédiosregistados antes da entrada em vi-gor do novo código do IMI, em2003, cujo valor pode nunca tersido revisto e que, por isso, estarádesajustado.

Se este é o seu caso e possui umprédio urbano que ainda não foi ava-liado nos termos do código do IMI,está habituado a pagar uma taxa queoscila entre os 0.4% a 0.8% (0.7%no caso de Santo Tirso). Rui Rosáriofoi professor de finanças locais e, des-de 2004, trabalha na Câmara Muni-cipal de Santo Tirso como consultorna área financeira. Ao Entre margensexplicou que “esses prédios sendoreavaliados passam a estar incluídosno âmbito da nova taxa, de 0.3% a0.5%. Não estando, a taxa 0.4% a0.8% é aparentemente mais elevadamas, de facto, incide sobre um valorpatrimonial mais antigo, mais baixo”.

Sendo um imposto de receita mu-nicipal, cabe aos municípios decidirqual a taxa a aplicar e, no caso deSanto Tirso, o valor fixa-se nos 0.4%.O mecanismo do imposto é simplese traduz-se na multiplicação do valorda avaliação do prédio pela taxa. Ovalor patrimonial é, assim, a “chaveda questão” e resulta de um conjun-to de fatores. “A determinação dovalor patrimonial resulta de um valor

base de construção, se o prédio forconstruído, de um coeficiente de con-forto, de um coeficiente de afetação,de um coeficiente de vetustez”, expli-ca Rui Rosário.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOEm termos práticos, o valor da sua casapode aumentar ou diminuir devidoa algumas especificidades. O coefici-ente de afetação determina o fim aque se destina o imóvel: habitação,comércio ou serviços. A existência depiscina, elevador, a ausência de sa-neamento ou de rede de água sãofatores que determinam o coeficien-te de conforto. Também o local ondeo seu imóvel está sediado é tido emconta, através do coeficiente de loca-lização. Rui Rosário lembra que este“resulta de uma definição, no terre-no, em função especialmente da exis-tência de várias acessibilidades e daqualidade dessas acessibilidades”.

O coeficiente é trabalhado por pe-ritos locais, mas de acordo com umalinha comum, “tem que haver um di-tame nacional para que não haja in-tervenções excessivas porque, natu-ralmente, os entendimentos são di-ferentes. O papel dos municípios foide colaboração e, portanto, não tive-ram papel ativo na definição dos co-eficientes”, afirma.

Este coeficiente varia entre 0.4 e3.5 mas Rui Rosário afirma que, noconcelho de Santo Tirso, os núme-ros situam-se entre 0.7 e 1.3: “1.3na ci-dade de Santo Tirso, o núcleoseguin-te é as Aves com 1.2 e assimsucessivamente até às zonas rurais”.“O centro da cidade tem uma procu-ra e um conjunto de equipamentose de acessibilidades que o faz valori-zar em relação à periferia”, continua.Se tem um imóvel em Bom Nome, Viladas Aves, o coeficiente é de 1.2; seficar em Cense fixa-se em 1.1, na Barcacorresponde a 0.85. Em S. Martinho

DESTAQUE 1

Sendo um imposto de

receita municipal, cabe

aos municípios decidir

qual a taxa a aplicar e, no

caso de Santo Tirso, o

valor fixa-se nos 0.4%.

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do Campo o valor mais elevado é1.1, enquanto S. Tomé de Negrelos eRebordões não passam dos 0.85. Ovalor desce à medida que nos va-mos afastando do centro e se temdúvidas acerca do seu coeficiente delocalização, o melhor mesmo é fazera simulação no site das Finanças.

O coeficiente de vetustez é outradas parcelas tidas em conta no cál-culo do valor patrimonial e não émais do que a idade do imóvel, “ocoeficiente de vetustez é decrescenteconsoante a antiguidade do prédio”,afirma o consultor que diz ser umamedida legítima, ”porque se entendeque uma casa que tem 20 anos, com-parada com uma casa idêntica, comas mesmas áreas, terá custos de ma-nutenção, e terá um valor, à partida,mais baixo”, acrescenta.

Determinante é também o valorbase de construção por metro qua-drado. Este valor está, atualmente nos603 euros e Rui Rosário garante que“se alguma vez este valor foi realista,porque desde o início foi contestadopor ser demasiado elevado, atual-mente julga-se que é excessivo e, con-forme se percebe, é penalizante noresultado que se obtém”.

“Este valor de metro quadrado éatualizado periodicamente”, avançaRui Rosário, “e o que acontece é quenas avaliações que nos são comu-nicadas, algumas vezes é usado umvalor de referência do ano da avali-ação”. Posto isto, Rui Rosário aconse-lha a que confira todos os pontosda notificação das finanças. “É im-portante que vejam o valor base, eledeve ser 603 e não 612,50 comohá alguns anos. Confiram o coefici-ente de localização, os metros qua-drados, que são de uma importânciacrucial porque influenciam imediata-mente, e a antiguidade”, avança.

Se detetar um erro, não hesite emcontactar as finanças para o corrigir,

tem 30 dias para o fazer. “Nestes casosnão se trata de pedir uma segundaavaliação, trata-se de uma correção danotificação, aí as pessoas não se inti-midem e peçam mesmo a correção daavaliação”, adianta Rui Rosário..... Se op-tar por pedir uma segunda avaliação,saiba que lhe irá custar, no mínimo,204 euros mas poderá reaver o di-nheiro se ficar provado que tem razão.

A verdade é que estão a ser dete-tados alguns erros que, Rui Rosárioacredita, “fazem-nos crer que as coi-sas não estão a ser feitas com o má-ximo rigor, com o rigor que podiamser noutras circunstâncias. Os meiosafetos também não são suficientes,os avaliadores queixam-se”.

Ao Entre Margens, a DECO, As-sociação para a Defesa dos Consu-midores, explica que os erros se pren-dem, sobretudo, “com o índice de ve-tustez mal calculado, ou com situa-ções em que a afetação do imóvelestava mal determinada (por exem-plo uma garagem era consideradacomo para habitação)” e assegura queas principais dúvidas dos portugue-ses são relativas à “interpretação danotificação recebida, seja relativamen-te aos termos utilizados, seja quantoà forma que se chega ao novo ValorPatrimonial Tributário”. O objetivo daassociação, em situações como esta,é que “o contribuinte não pague maisimposto do que aquele que é efeti-vamente devido” e, por isso, têm tidoum papel ativo no esclarecimento dosconsumidores.

Rui Rosário esclarece, também, co-mo pode recorrer à isenção do Im-posto. Pode ser pedida quando ad-

quirimos uma casa: “pedimos a isen-ção e ela será atribuída em funçãodas isenções previstas no código, como prazo máximo de seis anos e de-pendendo do valor patrimonial dahabitação”, adianta. Outra forma deisenção é “pela via dos baixos rendi-mentos e baixo valor tributável”. “Épara agregados familiares que tenhamrendimentos abaixo do montante pe-riodicamente estipulado e valor patri-monial também relativamente baixo”,acrescenta.

Rui Rosário explica que, em SantoTirso, assim como em alguns outrosmunicípios, há ainda outra via queleva à isenção de IMI. “Os proprietá-rios de prédios rústicos de afetaçãoflorestal que procedam às limpezasde material combustível, limpezas dosmatos e das lenhas excessivas, com-provando, têm uma isenção durantetrês anos, renovável se continuarema exercer a limpeza o que tem umefeito ambiental e económico inte-ressantíssimo e que vem sendo cres-centemente utilizado pelos silviculto-res da bacia do Vale do Leça”, explica.

CLÁUSULA DE SALVAGUARDAO governo avançou e recuou, pordiversas vezes, no que toca a estacláusula que assegura a subida gra-dual do valor da taxa nos próximosdois anos. Sobre este assunto, LuísLima, confidenciou que o “mais preo-

ENTR

E M

ARGE

NS25

OUT

UBRO

201

2

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Menos de 2

2 a 8

9 a 15

16 a 25

26 a 40

41 a 50

Mais de 60

Idade (anos) Coeficientede vetustez

51 a 60

1

0,9

0,85

0,8

0,75

0,65

0,4

0,55

1.3 em Santo Tirso é demasiado ele-vado dada até a região em queestamos. Portanto, vamos continuar apressionar o governo”, acrescenta. Poroutro lado, Castro Fernandes subli-nha que a taxa de IMI, em Santo Tirsonão está no nível máximo e salienta“duas reduções fortes”, “uma é a des-cida de 1.3 para 1.2 no coeficientede localização e outra é da taxa doIMI, de 0.5% para 0.4% e 0.8% para0.7%”. “Nós fazemos o que podemos”,adiantou o presidente da Câmara,“não somos nós que definimos essesvalores e, portanto, aguardamos oresultado”. Castro Fernandes explica,ainda, que as receitas do IMI nãosão totalmente absorvidas pelos mu-nicípios. O governo “quer que areavaliação do IMI resulte em favorda chamada consolidação orçamen-tal, do pagamento das dívidas a nívelnacional, e não em favor da câmara”,adianta. O autarca garante que “ovalor do IMI não está a crescer esteano”, mas sim a baixar e admite quepossam haver “problemas” com aquestão das reavaliações. ||||| * COM

LUDOLUDOLUDOLUDOLUDOVINAVINAVINAVINAVINA SILSILSILSILSILVVVVVAAAAA

cupante seria se o Governo manti-vesse o desejo de eliminar a cláusu-la”. “Este recuo veio, assim, manter anorma que previne o aumento de im-postos e impede um agravamento des-te imposto superior a 75 euros, até2014, e ainda bem, pois no períodopelo qual o país está a passar esteaumento seria um autêntico barril depólvora, tanto para a economia, comopara o setor imobiliário e para as fa-mílias”, acrescentou.

O IMI pode ser pago nas secçõesde cobrança dos serviços de Finan-ças, nos balcões dos CTT, ou atravésdo multibanco. Se não pagar? “Segueo procedimento normal dos proces-sos de infração tributária. A adminis-tração fiscal notifica, avisa, dá um prazopara as pessoas exporem ou contes-tarem e depois segue os trâmites nor-mais dos processos de execução quepode chegar à penhora, pode termi-nar na hasta pública do bem ou natomada de posse do bem, em últimainstância, claro”, explica Rui Rosário.

Se adquiriu um imóvel depois de2003, não tem com o que se preo-cupar, porque já paga o seu IMI se-gundo as novas regras. A reavaliaçãoem curso deverá estar concluída até31 de dezembro deste ano.

CASTRO FERNANDES SALIENTA“DUAS REDUÇÕES FORTES”Sobre o Imposto Municipal sobre Imó-veis, o presidente da Câmara de San-to Tirso, Castro Fernandes, defendedois pontos essenciais. O presidentediz não concordar com os coeficien-tes de localização e explicou que aCâmara Municipal sempre fez o pos-sível para que o Governo baixasseos coeficientes, nomeadamente emVila das Aves. “O coeficiente de lo-calização em Vila das Aves baixoude 1.3 para 1.2 mas nós, mesmo as-sim, achamos pouco”, adiantou oautarca, “assim como achamos que

Se detetar umerro, não hesite emcontactar as finan-ças para o corrigir,tem 30 dias para

o fazer.

Se tem um imóvel emBom Nome, Vila das Aves, ocoeficiente de localização éde 1.2; Cense fixa-se em 1.1;

Barca em 0.85. Em S.Martinho do Campo o valormais elevado é 1.1, em S.

Tomé de Negrelos eRebordões é 0.85.

“A determinação do valor patrimonial resulta de umvalor base de construção, se o prédio for construído,

de um coeficiente de conforto, de um coeficiente deafetação, de um coeficiente de vetustez”, Rui Rosário

(na imagem ao lado).

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A REALIZAÇÃO A PARTIR DE HOJE DE UM SEMINÁRIO SOBREQUARTEIRÕES CULTURAIS MARCA A ABERTURA DA NAVE CULTURAL; UMESPAÇO MULTIDISCIPLINAR E COM “CONDIÇÕES ÚNICAS” DE APOIO ÀATIVIDADE CULTURAIS E SOBRETUDO INDUSTRIAL DO MUNICÍPIO.

‘No futuro, SantoTirso vai ter condiçõespara acolher umPortugal Fashion’

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O Seminário Internacional sobre Quar-teirões Culturais (ver texto ao lado) éa primeira iniciativa a levar a cabo naNave Cultural, cuja inauguração é fei-ta hoje de manhã por Castro Fernan-des, presidente da Câmara Munici-pal de Santo Tirso, em cerimónia queconta com a participação de CarlosDuarte e João Marrana, ambos daComissão Diretiva na ON.2 - Pro-grama Operacional do Norte. Não é,contudo, a única inauguração do dia;mais tarde, pelas 18h30, é feita ainauguração do Centro Interpretativoda Indústria Têxtil, outra das maisvalias criadas a partir do antigo edifí-cio da extinta Fábrica do Teles.

Aquele que poderá tornar-se numdos espaços de maior revelo no mu-nicípio resulta de um investimento de2,2 milhões de euros e constitui uma

SANTO TIRSO // INAUGURAÇÃO DA NAVE CULTURAL espaço com dois mim e 200 metrosquadrados de área, concebido a par-tir de uma das mais antigas navesindustriais e cuja recuperação teveem conta a estrutura e as característi-cas arquitetónicas do espaço origi-nal. O mesmo destina-se agora aacolher atividades de natureza diver-sa como concertos, teatro, dança,performances, exposições, feiras e se-minários entre muitos outros even-tos. É disso exemplo, o festival que aNave Cultural vai acolher a partir demeados de novembro, dedicado aocinema de animação oriental (veredição anterior do Entre Margens).

No primeiro semestre do próximoano deverá inaugurar a Incubadorade Moda e Design (iMOD), destina-da a favorecer e apoiar o crescimen-to e a criação de empresas do setorda moda, resultantes do empreen-dedorismo criativo, complementadocom formação académica avançadana área da moda, em resultado dapareceria estabelecida entre o muni-cípio de Santo Tirso e a Escola Supe-rior de Arte e Design (ESAD). São, deresto, da responsabilidade da ESADduas iniciativas complementares aoSeminário Internacional: a exposiçãosobre a designer de moda brasileira,Zuzu Angel; e o desfile dos finalistasdo curso de design de moda da refe-rida escola superior (ver textos na pá-gina seguinte). Para o restante espa-

ço da Fábrica estão previstas outrasvalências, nomeadamente na área docomércio, lazer e restauração.

Segundo deu conta ao Entre Mar-gens Castro Fernandes, a Nave Cultu-ral funcionará em estreita relação comos atuais e futuros equipamentos doQuarteirão Cultural e Industrial daFábrica do Teles e também com as em-presas. “Queremos apoiar as indús-trias do concelho que, por vezes, pre-cisam deste tipo de espaços paraapresentar os seus produtos e temalí condições únicas”. O autarca adi-anta, também, que há já quem ques-tione a possibilidade de eventoscomo o Portugal Fashion se realizarna Nave Cultural e, Castro Fernandes,mesmo admitindo não “dominar es-sas áreas” acredita que, de facto, “nofuturo, Santo Tirso vai ter condiçõespara acolher um Portugal Fashion”.

NAVE CULTURAL / CINETEATROA vocação multidisciplinar do espa-ço, no entanto, não faz dele um subs-tituto do cineteatro, diz o autarca. “Pro-vavelmente já não serei eu a fazê-lo,mas vou continuar essa luta”, quan-to mais não seja para “começar coma obra”. “Se houver dinheiro eu faço,não vou é ficar super endividado. Omeu grande objetivo é não me endi-vidar excessivamente e isso repercu-tir-se nos futuros executivos” subli-nhou o mesmo responsável. |||||

das peças chave no processo de re-qualificação da antiga Fábrica de San-to Tirso (também conhecida por Fá-brica do Teles), na posse da autar-quia desde finais de 2004.

Desta forma, à Incubadora de BaseTecnológica (em funcionamento), jun-ta-se a partir desta quinta-feira este

A NAVE CULTURAL DA FÁBRICADE SANTO THYRSO ÉINAUGURADA ESTA QUINTA-FEIRA, DIA 25, ÀS 9H30

DESTAQUE 2

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Com um percurso profissional notá-vel e que hoje se faz entre a Austrá-lia, onde reside, e o Reino Unido,John Montgomery é o orador con-vidado da conferencia de aberturado seminário internacional sobreQuarteirões Culturais que terá lu-gar na Fábrica de Santo Thyrso apartir desta quinta-feira. Do seu lon-go currículo, obvio destaque parao papel que desempenhou entreos finais dos anos 80 e início dosanos 90 na definição de estratégi-as de desenvolvimento para a capi-tal britânica, para os estudos na áreada revitalização de centros urbanose da economia do lazer para cida-des como Brighton, Stevenage eOxford, entre outras, mas também,e como consultor do governo irlan-dês, para a criação de um centrocultural na zona de Temple Bar, emDublin, que rapidamente se tornounum caso exemplar de planeamen-to urbano no contexto europeu.

Em Santo Tirso, John Montgome-ry falará esta quinta-feira (dia 25,às 10h00) sobre quarteirões cul-turais e criativos, abrindo desta for-ma o vasto programa do seminárioque junta diferentes académicos na-cionais e internacionais, consulto-res, autarcas, editores e jornalistas,empresários e artistas no leque deoradores e moderadores.

O seminário desdobra-se em doispainéis: no primeiro (hoje) debatem-se as “Políticas Urbanas e as experi-ências de abordagem dos Quartei-rões Culturais”; e dia 26, as “Indús-trias culturais e criativas” dão o motepara o segundo dia de trabalhos.O primeiro, com início às 11 horasdesta quinta-feira, moderado pelogestor e professor, Fernando Freirede Sousa, conta com a intervençãode Mário Vale, professor associadodo Instituto de Geografia e Orde-namento do Território da Universi-dade de Lisboa, de Roberta Co-munian, professora no Departa-mento de Cultura, Media e Indús-trias Criativas no King’s College deLondres, e do professor jubilado daFaculdade de Arquitetura da Uni-versidade do Porto, Nuno Portas.

Académicos portuguesese estrangeiros emseminário sobreQuarteirões Culturais

O segundo, marcado para as 9horas de amanhã, conta com espe-cialistas como: Pedro Costa, profes-sor Auxiliar do ISCTE; ClaudinoFerreira, professor auxiliar da Facul-dade de Economia da Universida-de de Coimbra e Investigador doCentro de Estudos Sociais; e Lucia-na Lazzeretti, professora da Facoltàdi Economia, Università degli Studidi Firenze, Itália, ficando a modera-ção do mesmo a cargo de Mário RuiSilva, professor da Faculdade de Eco-nomia da Universidade do Porto.

As tardes, ficam reservadas paraa apresentação de estudos de ca-sos internacionais: a Maisons deMode Lille Roubaix e o JewelleryQuarter Birmingham estão em des-taque na tarde desta quinta-feira;amanhã será a vez do Westergas-fabriek e do Centro Arti OpificioSiri. Do primeiro dia de trabalhos,referencia ainda para a apresenta-ção, a partir das 17h30, do proje-to da Fábrica de Santo Thyrso e avisita aos espaços revitalizados.

Na tarde de sexta-feira, a jorna-lista do Expresso na área da dançae artes performativas, Cláudia Ga-lhós tem a seu cargo a moderaçãode um workshop sobre PolíticasCulturais Locais que conta com apresença de Augusto Santos Silva,da Faculdade de Economia da Uni-versidade do Porto, de Catarina VazPinto, vereadora da cultura da câ-mara de Lisboa e do seu homologona autarquia de Montemo-o-Novo,João Miguel Marques. O workshopem causa é uma das quatro inicia-tivas do género a realizar à mesmahora (15h00) nesta sexta-feira. Osrestantes workshops temáticos te-rão por temas: Moda; Inovação eEmpreendedorismo; e Políticas deRegeneração Urbana.

No sábado (dia 27), a partir das10 horas, três visitas de estudo, no-meadamente a S. João da Madeira(e ao projeto desenvolvido pela Fá-brica Oliva, Museu de Chapelariae Fábrica de Viarco); à zona das Ga-lerias de Miguel Bombarda, no Porto(13h00); e à Zona de Couros/Cam-purbis, em Guimarães (16h00). |||||

O segundo dia do Seminário so-bre Quarteirões Culturais encer-ra com desfiles de moda. Ou, poroutras palavras, esta sexta-feira,os alunos finalistas do curso deDesign de Moda da ESAD dão aconhecer os seus coordenadosproduzidos no âmbito da cole-ção de final de curso, sob a ori-entação da designer Maria Gam-bina, coordenadora da Licenci-atura em Design de Moda. Mar-garida Pimenta, de São Salvadordo Campo e Inês Andrade, da fre-guesia da Lama, ambas alunas doreferido curso, dão também aconhecer as suas criações.A Nave Cultural será também pal-co (ou passerelle) para a apre-sentação das propostas dos jo-vens criadores recém-licencia-dos, em resultado da parceriaestabelecida este ano com a As-sociação Seleta, através doPortuguese Fashion News – Con-curso Novos Criadores, de formaa potenciar a inserção destes no-vos designers no mercado de tra-balho. Os desfiles de moda sãoacompanhados por Rui Vargas;destacado DJ, e também radia-lista, que prolonga o seu DJ setnuma festa noite dentro. |||||

Celebrar “o caráter e o pioneirismo deuma designer brasileira que soube rein-terpretar e afirmar a identidade do seupaís, usando a moda como linguagem”é o objetivo da exposição “Zuzu Angel– Raízes do Brasil através da moda”que resulta da parceria estabelecidaentre a Fábrica de Santo Thyrso, aESAD e o Instituto Zuzu Angel (IZA).

Comissariada pela filha da referi-da designer, Hildegard Angel, e porHelena Sofia Silva, docente da ESAD,a exposição inaugura às 21h30 dedia 26 de outubro e fica patente aopúblico até 25 de novembro. A mes-ma integra uma componente docu-mental, com textos e imagens sobrea vida de Zuzu Angel, dá a conheceralguns dos modelos mais represen-tativos do seu trabalho, bem comode antigos e atuais alunos do IZAque, através dos seus modelos, pres-tam homenagem à designer que sedizia costureira.

“Zuzu Angel não tinha formação,apresentava-se como costureira e nãocomo designer de moda, mas a par-tir da década de 50, altura em que seestabelece no Rio de Janeiro empre-ende, de facto, um percurso muitoconsistente e pioneiro em várias fren-tes”, diz Helena Sofia Silva ao EntreMargens. “Desde logo”, continua acomissária da exposição “porque co-meçou a fazer um coisa que hoje estámuito em voga, ou seja, ir buscar àtradição, ao folclore, aos aspetos iden-titários e regionais da cultura brasi-leira elementos que depois transfor-mou e utilizou na moda que dese-nhou a partir do início dos anos 60”.Ou seja, “numa altura em que no Bra-sil o que era dominante era a cópiaou a imitação dos modelos ociden-

O pioneirismo dadesigner de modaque se dizia costureiraEXPOSIÇÃO SOBRE O TRABALHO E LEGADO DA DESINGERBRASILEIRA ZUZU ANGEL FICA PATENTE ATÉ25 DE NOVEMBRO NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO

tais, ela de facto começou a proporuma moda efetivamente brasileira, comuma identidade bem vincada”.

Tendência que hoje se generali-zou e não apenas no Brasil, subli-nha a mesma responsável. “Isto de irbuscar aspetos identitários da cultu-ra local e de os utilizar, revisitar e in-tegrar em produções contemporâne-as, está na ordem do dia”.

Zuzu Angel vestiu celebridades daalta sociedade brasileira e americanae, ao mesmo tempo, foi precursorados modelos prêt-à-porter. O dramaque viveu com o seu filho, assassina-do pelo governo brasileiro no con-texto da repressão do movimento es-tudantil contrário à ditadura militar,marcou a sua trajetória, passando ausar a moda como arma e voz de to-dos os que se pronunciavam contrao regime, e terminando ela tambémassassinada, embora o facto só tenhasido dado como provado mais de20 anos depois. A vida e luta de ZuzuAngel inspiraram Chico Buarque acompor “Angélica” e o escritor JoséLouzeiro a escrever “Em Carne Viva”.

Também até 25 de novembro, ficapatente na Praça 25 de Abril, em San-to Tirso uma exposição na qual sedá a conhecer experiências nacionaise internacionais de projetos de rege-neração urbana com ligação à culturae às indústrias criativas em contextosdiversos. ||||| JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Zuzu Angel (na imagem) vestiucelebridades da alta sociedade

brasileira e americana e, ao mesmotempo, foi precursora

dos modelos prêt-à-porter.

Os desfiles eDJ RuiVargas pelanoite dentro

Proposta daJoana Cunhapara conferir

na passerelle daNave Cultural

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OPINIAO~

Muitos responderão positivamente eoutros de forma negativa. Nem unsnem outros terão absoluta razão, so-bretudo devido ao facto de normal-mente serem opiniões baseadas empreferências partidárias ou bairrismosinconsequentes. Tudo depende daposição que se assume quando seolha para a cidade em termos turísti-cos e da formação académica que sepossa ter, ou não, na área científicaem que se enquadra o Turismo. Aqui,mais uma breve opinião!

Para um turista, a experiência podeser interessante mas também aborre-cida. Chegar a Santo Tirso é fácil. Aquestão do segmento automóvel nãose põe em causa e pode-se optar pelocomboio, mas se estiver a chover émelhor chamar um táxi. A estação ficaum pouco longe do centro da cida-de e metade do percurso é desinte-ressante. Quer faça chuva ou sol, oposto de turismo está encerrado aosfins-de-semana e não se verifica exis-tência de horário de funcionamentodo mesmo. Que chatice! Entenderãoos responsáveis que os possíveis tu-ristas fazem férias em Santo Tirso desegunda a sexta. Aos sábados e do-mingos é melhor ir-se preparado parapedir informações na rua, ou então,recorrer-se ao renovado site da Câ-mara Municipal antes da viagem. Esteapresenta melhorias, embora aindacom conteúdos incompletos e clichésdesnecessários que podem desvirtu-ar a realidade. E, onde estão os jesu-ítas, os limonetes e o licor de Singe-verga? Para se pernoitar no conce-lho, o alojamento é suficiente, varian-do as tipologias, os preços e a quali-dade. Existem recursos tais como mo-numentos e museus a visitar, parquesde lazer e percursos pedestres a usu-fruir e eventos heterogéneos queacontecem ao longo do ano. Quan-to a gastronomia e vinhos, não faltaonde degustar, mas um evento comoa Feira das Tasquinhas merecia há

Turismoem Santo Tirso?

muito ser uma aposta mais arrojada.A cidade pode ser calcorreada empouco tempo. É pequena e “adorme-ce” bem cedo. Não tem praia, maspara banhos existem as Termas dasCaldas da Saúde. Para os cidadãoscom mobilidade condicionada é umatarefa ingrata a visita ao concelho. Con-tudo, a edilidade em 2011 definiu comoobjetivo o melhoramento dos aces-sos a alguns espaços, equipamentose serviços públicos tal como está des-crito no projeto de delimitação dasÁreas de Reabilitação Urbana. O pro-blema da falta ou da má sinalizaçãoturística é crónico em Portugal.

Santo Tirso fica próximo do Porto,Braga e Guimarães. Ao contrário des-tas cidades, não é um destino turísti-co. Verificam-se investimentos priva-dos interessantes e iniciativas cultu-rais públicas, por vezes mal-entendi-das, que parecem querer direcionarSanto Tirso rumo à modernidade econtemporaneidade. Claro que faltaresolver o problema do antigo cine-ma e da atual grua. Poderá vir a seruma cidade turística? Talvez. Os pro-dutos Touring Cultural e Paisagísticoe Turismo de Negócios, que constamno Plano Estratégico Nacional do Tu-rismo, seriam talvez boas apostas emSanto Tirso. Veremos o que a sua revi-são em curso nos vai trazer. Importaplaneamento, estratégia, desenvolvi-mento e promoção turística de formaassumida e sustentada. Turismo emSanto Tirso é ainda avulso. Espera-setambém que a significativa aposta naeducação por parte da Câmara Muni-cipal, permita às próximas geraçõesum entendimento diferente daquiloque se vai proporcionando. Turismonão é apenas aquela palavra que apa-rece nos autocarros e enquanto nãose lhes ocorrer cortarem-nos a vonta-de de comer, que se deliciem jesuí-tas. Em Santo Tirso estão os genuí-nos! ||||| *Técnico Superior de Turismo

Cada vez mais se fala da CRISE, de umaCRISE multifacetada. Os comentários, asopiniões e as propostas que aparecem nosórgãos de “informação” feitas por aqueles“que sabem” são mais que muitas.

Só um cego surdo, mudo e desterrado,não sabe já alguma coisa (ou quase tudo)sobre esta CRISE. Para além das dicas de“quem sabe” nos órgãos de “informação”,há as bocas, os protestos mais variados econtundentes sobre os “causadores” dela.

Do PR ao mais desconhecido portugaque “vivia acima das suas possibilidades”,passando pela cambada dos ex. e pelosatuais políticos de “serviço”, já os conhe-cemos a todos mailas suas traficâncias.

As “pedras” chovem de todos os ladoscontra esses “causadores”. Dizem “os quesabem” que “não há alternativa” às medi-das “necessárias” que estarão a tomar pararesolver tão malfadada CRISE. Outros” quedizem que também sabem”, afirmam que há!

É assim que nos encontramos entre “osque sabem” e “os que afirmam que tam-bém sabem”... Que fazer?

Curiosamente, pelo menos para mim,ninguém se debruça sobre as VERDA-DEIRAS CAUSAS que conduziram à crisepresente, tão iguais às passadas e às quese seguirão no futuro... Eu ainda acredi-to que o remédio mais eficaz para umadoença é a prevenção e a eliminaçãodas causas que a provocam.

A humanidade, porém, recusa-se aaceitar como a melhor, esta receita paraos seus males...

Essas VERDADEIRAS CAUSAS estão,creio eu, no coração de todos os huma-nos. Naquilo que todos desejamos paraTODOS! Enquanto não resolvermos estedilema, permaneceremos uma socieda-de muito rudimentar no plano das rela-ções humanas, da felicidade e da paz.

A selva andará sempre por perto...Tudo o resto, é indignação inocente ou

hipócrita que só fará aumentar a CRISE.A propósito: não seria a exigência de

uma JUSTIÇA ISENTA E RÁPIDA, o quedeveria mobilizar, nesta hora, em 1º lu-gar e acima de tudo, os portugueses? ||||||

Ah...a CRISE!

José MachadoJorge Coelho*

Os produtos TouringCultural e Paisagístico eTurismo de Negócios, queconstam no Plano Estra-tégico Nacional doTurismo, seriam boasapostas em Santo Tirso.

Quando a morte dos que amamos nossurpreende e faz pensar

Teorema deCiênciaIncerta

Somos feitos tão só de água e barro,Moldou-nos Deus à sua semelhança;O que em nós é perfeito não se alcançaE vão é tudo aquilo a que me agarro;

Fumam-se as ilusões como um cigarro,Dá-nos vertigem a paixão da dança,Sai-nos tudo ao contrário da esperançaE se a vida sorri na morte esbarro.

Mas deixemos a porta entreaberta:Uma subtil centelha há de fulgirDo magma entre o nada e o infinito

Que dê sentido à ânsia de existir,Uma evidência entre o silêncio e o grito,Um teorema de Ciência incerta.

LUÍS AMÉRICO FERNANDES*

* A 7 de outubro de 2012 por ocasião do falecimento domeu tio Padre Mendes de Carvalho quando ocorriamprecisamente 15 anos sobre o falecimento do meu pai JoséFerreira Fernandes.

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Vamos a ver...

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Fui até São Tomé. Desta vez, não ha-via “outdoors” a insultar os profes-sores da Ponte, nem ameaças de ar-ruaceiros de há alguns anos atrás.Fui muito bem recebido e confirmeique o novo edifício disponibiliza ex-celentes recursos. Mas é um edifí-cio concebido para uma escola iguala qualquer outra. Não são instala-ções para o projeto “Fazer a Ponte”,embora, à última hora, se tenha fei-to algumas adaptações num dos es-paços e até, gentilmente, a escolativesse prescindido dos toques decampainha…

Percorri os espaços, acompanha-do pelos professores Rui e Paulo, aquem manifesto a minha gratidãopelo excelente acolhimento. Mas fuiconfirmando que, em tempo de cri-se económica, a faraónica obra re-presenta desperdício de verbas. Commuito menos dinheiro se faria aquiloque a Secretaria de Estado decidiu,há uma dúzia de anos. Compreendoa tentação de fruir das ótimas condi-ções do novo edifício. Mas uma es-cola não é um edifício. Escolas são

Lá e cápessoas em espaços de aprendizagem.

Manifestei a minha opinião, nareunião de Conselho de Pais. Alerteipara os riscos da ida para São Tomé,mas afirmei que os negrelenses sãoboa gente e que crianças e profes-sores das duas escolas, certamente,aprenderiam a coexistir. Disse queos pais que quisessem ir para SãoTomé deveriam ter direito a ir. E quea vontade daqueles que quisessemficar na Via das Aves deveria, igual-mente, ser respeitada.

Os pais que me pediram para in-tervir diziam: “Teremos de ir para Negre-los, porque ouvimos dizer que vão cor-tar a verba da cantina, que a câmarapode cortar a energia, que os professorestêm de obedecer ao ministério e ir paraSão Tomé…” Mais uma vez, boatos,o habit-ual diz-se que se disse, que sediz... Se os alunos ficassem nas Aves,os professores ficariam nas Aves!

Um pai que queria ir para Negre-los dizia: “A minha filha quer ir paralá”. Eu perguntei a esse pai: Quemconvenceu a sua filha a querer ir?Certamente foi você, porque a suafilha, por si só, preferiria ficar comos amigos, no lado de cá. Não seráassim? Esse pai não respondeu. Eeu compreendi que, neste tenebro-so processo, até à chantagem afetivase recorreu! Inacreditável!

Se a minha sugestão tivesse sidoconsiderada, todos veriam respeita-das as suas opiniões e o projeto con-

tinuaria um só, em dois locais. Seviéssemos a concluir que o proje-topoderia progredir em São Tomé, cer-tamente, dentro de algum tempo, aPonte até poderia estar a funcionarnas novas instalações, ou em ambas.Acaso essa passagem se mostrasseinviável, regressar-se-ia às origens…

Como ninguém possui verdadesabsolutas, ou dons de adivinhação,pensei que deveríamos passar porum período, em que as pontes sobreo Vizela fizessem a ponte entre duasfreguesias. Eu pugno por um “E”, quejunta. Recuso um “OU”, que separa.Mas alguém decidiu ignorar esta pro-posta, agravando ainda mais a divi-são: ou iam todos para São Tomé, ouficavam todos na Vila das Aves. Amaioria optou por ficar Vila das Aves!

Para minha surpresa, na semanaseguinte, todos foram para SãoTomé. Não entendo. Se a decisãodo Conselho de Pais de nada ser-ve, para que se fez a reunião, sediscutiu e votou? Porque se traiu adecisão dos pais?

Se os pais decidiram ficar do ladode cá, porque se começou a nego-ciar a ida para o lado de lá? Nego-ciar o quê, se a tutela só sabe im-por? E o que será feito daqueles querecusam a ida para Negrelos? Sãoestes que estão dentro da razão.

Apreensivo quanto ao futuro doprojeto, continuarei disponível paraajudar. Cá e lá… |||||

Soube noutro dia que a D. Democra-cia conduz um carro topo de gama.Não estranhei, a D. Democracia pare-ce-me ser bem-sucedida, com um pro-cesso de internacionalização bem im-plantado e em crescimento, dizem queé muito amiga do Sr. Capitalismo e,como tal, deve encontrar-se numa si-tuação económica que lhe permitealguns luxos.

Quem me disse que a D. Demo-cracia conduzia um carro topo de ga-ma também me disse que, quem nãogosta dela como ela é, é porque nãogosta dela verdadeiramente. Mais umavez, a observação pareceu-me fazer todoo sentido, o nosso amor por outrapessoa não deve depender da suacondição financeira.

Estava eu no mundo das históriasde amor quando ouvi dizer que o Sr.Governo decidiu produzir um novoprograma, a ser obviamente apresen-tado pela Fatima Lopes, com o objetivode encontrar namorados para as suasFreguesias. Achei a ideia engraçada.Fiquei contente com o facto de o Sr.Governo estar preocupado com o bem-estar das Freguesias e ter percebidoque algumas delas andam um poucoperdidas, por nunca terem encontra-do com quem partilhar um projetocomum, e assim desenvolver uma vidamais promissora, saudável e feliz.

Infelizmente o Sr. Governo não te-ve muitos candidatos. Aliás, emboraa maioria das freguesias se queixeconstantemente de se sentirem sós epouco apoiadas, alegam que tendosido, um dia, a Freguesia mais impor-tante do Conselho ou ainda ter vistoa sua passagem para a vida adulta reco-nhecida pela Assembleia da Repúbli-ca, motivos para se manterem solteiras.

No entanto imagine a minha tris-teza quando noutro dia, sentado nocentro de saúde à espera da minhavez, ouvi duas senhoras comentar quea D. Democracia não andava muitobem de finanças. Diziam que ela esta-va muito endividada, perto de insol-vência mesmo, e que andou a dor-mir com o Sr. Corrupção, a D. Fraudee outros maus carateres. Diziam, inclu-

Crónicosive, que já deu à luz não sei quan-tosTachos, e que estes agora é que man-dam nela. Do outro lado da sala, doissenhores comentavam que o Sr. Go-verno também não era tão apaixona-do como queria parecer. Diziam queele está tão convicto das suas ideiasque, se algumas Freguesias se limita-rem a dizer ‘Não quero casar!’, iriapercorrer Portugal de norte a sul, obri-gando-as a casamentos impostos, ca-so não sejam capazes de organiza-rem as suas próprias uniões de facto.

Triste com o que ouvia, coloquei osauscultadores e peguei numa revista.Li que, o Sr. Governo tem andado aesconder-se atrás da D. Democracia,obrigando-a a camuflar todas as deci-sões que este tomava. As fotografiasmostravam a D. Democracia já muitodebilitada, tendo inclusive sido foto-grafada a entrar num hospital. Quan-do reparei que a revista já era velhapousei-a. Encontrei uma mais recenteonde já se lia que as Freguesias en-contraram os seus amores e viviampaixões intensas e eternas. Na pági-na seguinte informavam que a D. De-mocracia tinha sido hospitalizada, lia-se que a cirurgia correu muito bem eque, finalmente, a D. Democracia con-seguiu ser novamente, Representativa,embora recorrendo de quando a quan-do a uma postura mais Direta.

Fiquei sem saber em quem acredi-tar. Neste momento preciso acreditarnas revistas cor-de-rosa. É crónico...Eu sei! |||||

[email protected]

Fernando TorresJosé Pacheco

D. Democraciae o Sr. Governo

“Ouvi dizer que o Sr.Governo decidiu produzirum novo programa (...)com o objetivo de encon-trar namorados para assuas Freguesias”.

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ATUALIDADE

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARACARACARACARACARAVLHOVLHOVLHOVLHOVLHO

Na sessão extraordinária de 3 deoutubro, a Assembleia Municipal deSanto Tirso disse “não” à extinção,agregação ou fusão de freguesias noconcelho. Mas não o fez por maio-ria: a deliberação final foi tomada comtrinta e sete votos a favor (nomeada-mente dos deputados do PS e presi-dentes de junta independentes) e 13abstenções (dez dos deputados do PSD,uma do CDS/PP e duas dos presi-

ASSEMBLEIA MUNICIPAL PRONUNCIOU-SE FAVO-RÁVEL À MANUTENÇÃO DAS 24 FREGUESIAS

PSD diz que decisãoda AssembleiaMunicipal traduzum apelo ao ‘nãocumprimento da lei’MAIORIA MANIFESTOU-SE CONTRA A EXTINÇÃO, AGREGAÇÃO OU FUSÃO DEFREGUESIAS, ALEGANDO QUE O PROCESSO DE REORGANIZAÇÃO TERRITO-RIAL É UM “GRAVE ATENTADO À AUTONOMIA DO PODER LOCALDEMOCRÁTICO”. DECISÃO FOI APROVADA NA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DAASSEMBLEIA MUNICPAL DE 3 DE OUTUBRO

dentes das juntas de freguesia de S.Martinho do Campo e de Santo Tirso).A posição da AM assenta na con-vicção de que “a aplicação da reor-ganização territorial autárquica con-forme os critérios impostos pela Leinº 22/2012, de 30 de maio, é desa-justada às realidades nacional, regi-onal e do concelho, não serve a von-tade dos cidadãos e terá consequên-cias muito negativas” para o municí-pio. A mesma é entendida, por exem-plo, como um “grave atentado à au-tonomia do poder local democráti-co”, e de que “põe em causa a repre-sentatividade e a pluralidade dosórgãos locais, afastando os eleitores,fomentando a abstenção, desincenti-vando os cidadãos de exercerem osseus direitos de cidadania e de se-rem corresponsáveis pela gestão doespaço que habitam”. E, entre muitosoutros argumentos, alega-se na deli-beração aprovada que reorganizaçãoterritorial proposta pelo atual gover-no retira “identidade ao território aonão respeitar a história, a cultura e opatrimónio coletivo, diminuindo dras-

ticamente o sentimento de pertençae fragilizando o envolvimento doscidadãos na comunidade”.

“Aqueles que defendem esta lei,um dia vão ser reconhecidos comoos padrinhos de uma lei que nãopassa de um atentado à autonomia”,referiu na altura o presidente da Juntade Santa Cristina do Couto, JorgeGomes (PS). Jorge Leal (PS), presiden-te da Junta de Roriz foi mais longe:“Quem for a favor desta reforma vaificar traumatizado por toda a vida, pelaamargura dos seus fregueses”. E paraque nada disto aconteça aos avenses,Carlos Valente (PSD), presidente daJunta de Vila das Aves tornou públi-ca a rejeição de “todas as formas quevisem a agregação ou fusão com ou-tras freguesias”. Já Fernando Ferreira(CDS- PP), preferiu questionar a as-sembleia: “vem esta reorganizaçãoadministrativa resolver algum dos pro-blemas das populações ou, no ime-diato, vem trazer mais encargos paraas freguesias e para o poder local?”O deputado não respondeu, masdeixou no ar a ideia de que “não”.

Já em desacordo com a delibera-ção entretanto aprovada pela Assem-bleia Municipal se mostrou Rui Batis-ta (PSD), pela simples razão de que amesma não é garantia de nada. “Es-taria de acordo se a proposta daAssembleia Municipal garantisse quese manteriam as freguesias. Mas seoptarmos por esta estratégia garan-tidamente que vem aqui alguém paraagregar ou extinguir freguesias”. Nasua declaração de voto, o PSD, pelavoz de José Manuel Machado, foi maislonge equiparando a “pronuncia” daAssembleia Municipal a “uma ausên-

cia de pronúncia” e de a mesma tra-duzir um apelo ao “não cumprimen-to da lei”, algo que o deputado classi-ficou como “inaceitável num estadode direito democrático”. Ainda se-gundo José Manuel Machado, comesta decisão, é “desperdiçada” a opor-tunidade que é dada aos órgãosautárquicos de serem voz e parte ativano processo de reorganização Ad-ministrativa territorial”.

O chumbo da Assembleia Muni-cipal à agregação ou extinção de fre-guesias transfere a decisão sobre oreferido processo para as “mãos deuma Unidade Técnica” que, diz ain-da o mesmo deputado, “distante darealidade do concelho” vais “decidirsobre aquilo que a Câmara Munici-pal preferiu “lavar as mãos”.

ASSEMBLEIA RECUSA EXTINÇÃODA FUNDAÇÃO DE SANTO THYRSONa mesma sessão extraordinária daAssembleia Municipal, a maioria re-cusou a extinção da Fundação SantoThyrso, acreditando que a mesma“tem prosseguido com os fins” queestiveram na base da sua constitui-ção, de que é exemplo o processode regeneração das antigas instala-ções da Fábrica de Fiação e Tecidosde Santo Tirso. Argumentos que nãoconvenceram o PSD que votou contraa proposta em causa, defendendoantes a extinção da Fundação de San-to Thyrso e a assunção de todo o seuatual património pela autarquia.

Na mesma reunião, a assembleiaaprovou uma candidatura do muni-cípio, no valor de um milhão e 730mil euros, ao chamado Plano de Apoioà Economia Local; plano criado peloatual governo, para permitir o paga-mento de dívidas a fornecedores dosmunicípios, com atrasos superiores a90 dias. E se o PSD considerou, nes-ta assembleia, que o recurso ao PAEL“demonstra a dificuldade do municí-pio em cumprir com os seu planos depagamento”, já o PS entende-o antescomo um normal “ato de gestão”,mais ainda “quando é cada vez maisdifícil aceder ao crédito bancário”,recusando a ideia de que o recursoao PAEL signifique “que o municípioesteja em dificuldade financeira”. |||||

“Quem for a favor destareforma vai ficar trau-matizado por todaa vida, pela amargurados seus fregueses”JORGE LEAL, PRESIDENTEDA JUNTA DE FREGUESIA DE RORIZ

“Estaria de acordo se aproposta da AM garantis-se que se manteriam asfreguesias. Mas se optar-mos por esta estratégiagarantidamente que vemaqui alguém para agregarou extinguir freguesias”RUI BATISTA, DEPUTADO DO PSD

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INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 14,50 EUROS / EUROPA - 26,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 29,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: RUA DOS CORREIOS - ESTAÇÃO DE CF DE VILA DAS AVES

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS

ANTÓNIO MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO

(C.P.N.º 4354), CATARINA SOUTINHO (C.P.Nº 1391), CELSO CAMPOS, LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO.

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PEREIRA MACHADO, JOSÉ PACHECO, JOAQUIM COUTO, ABEL

RODRIGUES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA, FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL,

REGINA LIMA, ALBERTO GOUVEIA, VITOR MARTINS, SILVIA MENDES, JORGE COELHO.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

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TEL.: 253 303 170 FAX.: 253 609 465

ENTRE MARGENS - Nº 483 - 25 DE OUTUBRO DE 2012

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‘Santo Tirso, que futuro?’. A interro-gação serve de mote para um ciclode conferências que a AssociaçãoAmar-Santo Tirso vai iniciar no pró-ximo sábado e, no âmbito do qual,se vão debater questões como a doordenamento do território, turismo,cultura, juventude, desporto, impren-sa e economia social procurando-seatravés das diferentes conferênciastemáticas, delinear uma “uma estra-tégia de desenvolvimento para a pró-

ASSOCIAÇÃO AMAR-SANTO TIRSO // “SANTO TIRSO, QUE FUTURO?”

Amar-Santo Tirso debatefuturo do municípioORDENAMENTO DO TERRITÓRIO, TURISMO, DESPORTO E IMPRENSA LOCALSÃO ALGUNS DOS TEMAS EM DESTAQUE NO CICLO DE CONFERÊNCIAS AREALIZAR ATÉ MEADOS DE DEZEMBRO. A PRIMEIRA ESTÁ MARCADA PARA OPRÓXIMO SÁBADO , NA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTO TIRSO

xima década”. A iniciativa prolonga-se até meados de dezembro, reali-zando-se as conferências em diferen-tes freguesias do município.

A primeira, com o tema “PDM,Ordenamento Territorial e PolíticasAmbientais” realiza-se às 15h30 des-te sábado, 27 de outubro, na sededa Junta de Freguesia de Santo Tirsoe conta com Carlos Duarte (alto qua-dro da administração pública) eCarlos Bogas (arquitecto e dirigente

da administração pública) como ora-dores convidados.

No dia 9 de novembro, “Turismo eCultura” dão o mote para a segundaconferência, a realizar no auditório doInstituto Nun´Alvares, nas Caldas daSaúde (Areias), a partir das 21h30.Como oradores, António Jorge Ri-beiro (economista, autor do livro “Ca-milo Castelo Branco em Santo Tirso”e responsável pela Biblioteca da Juntade Freguesia de Santo Tirso) e deAntónio Rafael Vale Machado (da Es-cola Superior de Tecnologia e Gestão).

Luís Américo Fernandes, diretor doJornal Entre Margens é um dos ora-dores convidados para a conferênciade dia 15 de novembro, a realizar naJunta de Freguesia de S. Martinho doCampo, às 21h30. A “Imprensa Local”é o tema deste terceiro debate que contaainda com a participação de ManuelaCouto da Agência de Comunicação“Mediana – Imagem e Comunicação”.

Ainda em Novembro, a quarta con-ferência temática, dedicada ao tema“Economia Local e Economia Social”com Gilda Torrão (Directora-Geral daAsas Santo Tirso) e Maria José Abreu(Universidade do Minho) como ora-doras convidadas. Esta sessão reali-za-se no dia 26, na Associação deSolidariedade Humanitária de Mon-te Córdova, às 21h30.

A última conferencia deste ciclo,dedicada ao tema “Educação, Des-porto e Juventude” terá lugar na Juntade Freguesia de Vila das Aves no dia13 de Dezembro, a partir das 21h30.Como oradores convidados, a ses-são conta com o ex-secretário de Es-tado da Educação, Joaquim Azevedo(professor Catedrático da Universi-dade Católica Portuguesa) e HenriqueCalisto (treinador de futebol e ex-pro-fessor de Educação Física).

Para 15 de dezembro, a Amar-San-to Tirso tem agendado um congres-so para a apresentação das conclu-sões das conferências temáticas. Estecongresso terá lugar no auditório Eng.Eurico de Melo, em Santo Tirso. |||||

“PDM, ORDENAMENTOTERRITORIAL E POLÍTICASAMBIENTAIS”, É O TEMADA SESSÃO DO PRÓXIMOSÁBADO, ÀS 15H30,NA JUNTA DE SANTO TIRSO

VILA DAS AVES // ASSOCIAÇÃODE S. MIGUEL ARCANJO

No dia 15 de novembro, a Asso-ciação de S. Miguel Arcanjo deVila das Aves vai assinalar a pas-sagem do seu 90º aniversário coma celebração de uma Missa Sole-ne e um Jantar Comemorativo.

A levar a cabo na Igreja Ma-triz de Vila das Aves, a referida Mis-sa Solene está marcada para as19 horas, realizando-se depois,no restaurante S. Lourenço, o jan-tar dos 90 anos de atividade daAssociação de S. Miguel Arcan-jo, no âmbito do qual se fará aentrega de prémios aos poetas ven-cedores do Concurso de QuadrasPopulares a S. Miguel, bem comode medalhas comemorativas aosrepresentantes de instituições ecoletividades da freguesia.

O jantar está aberto à partici-pação de todos os associados enão associados que, para isso, de-vem fazer a respetiva inscrição atédia 8 de novembro. A participa-ção neste jantar tem o custo de15 euros. Para mais informaçõese inscrições contactar os números:918 801 811 / 933 570 752 ||||||

Associaçãoapaga as velasdos 90 anos

No jantar de aniversá-rio, serão conhecidosos vencedores doconcurso de QuadrasPopulares a S. Miguel.

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Escola de Músicade S. Martinho do Campo‘renova’ instalações

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A antiga escola básica de Entre-Es-tradas é agora a ‘casa’ de trabalhoda Escola de Música de S. Martinhodo Campo. A recente construção decentros escolares tem levado a quealguns dos antigos estabelecimentosde ensino do município fiquem vagos,mas, ao que parece, não por muito tem-po pois não tem faltado quem lhesqueira dar nova dinâmica.

CÂMARA DE SANTO TIRSO E ESCOLA DE MÚSICA DE S. MARTINHO DO CAMPOASSINARAM, NO ÚLTIMO SÁBADO, PROTOCOLO DE CEDÊNCIA DE INSTA-LAÇÕES. ESCOLA DE MÚSICA PASSA A USUFRUIR DO ANTIGO EDIFÍCIO ESCOLAR

É esse o caso da Escola de Músi-ca de S. Martinho do Campo. Funda-da em 1984, a escola tem hoje 90alunos provenientes de várias fregue-sias do município (e mesmo de forado concelho) e um historial sufici-entemente rico que fundamenta esta“cedência em direito de superfície”,protocolada no último sábado, 20de outubro, com a Câmara Munici-pal de Santo Tirso. “Não falta preten-dentes, por isso nós é que temos de

ser criteriosos”, afirmou na ocasiãoCastro Fernandes.

Em 2009, revelou o mesmo res-ponsável, aquando dos seus 25 anosa autarquia atribuiu a medalha demérito cultural à referida escola demúsica que contava então com 50alunos. “Quase três anos depois, con-ta com 90. Quase duplicou o querevela bem da importância que a es-cola tem”, sublinhou o autarca.

A escola, presidida por MartaPacheco desde 2007, conta com acolaboração de seis professores, sen-do ministradas aulas de violino, gui-tarra clássica e oboé, entre outras. Osapoios da câmara, da junta, bem co-mo as verbas resultantes das quotasmensais e alguns subsídios esporá-dicos têm garantido o funcionamen-to da escola, que ganha agora umimportante impulso ao puder usufruirdas antigas instalações da escola deEntre-Estradas. Instalações estas queforam “renovadas” pelos próprios só-cios e encarregados de educação, emagosto último, conforme deu contaMarta Pacheco. Emocionada, a presi-dente da Escola de Música de S. Mar-tinho do Campo revelou-se igualmen-te orgulhosa pelo facto de aquela tersido a ‘casa’ inicial de alguns instru-mentistas que hoje se encontram emimportantes orquestras nacionais. Umaaventura iniciada por Francisco Fer-reira, então presidente do Rancho Fol-clórico de S. Martinho do Campo, in-tegrando a mesma, nos seus inícios,o referido agrupamento de folclore.

“Este é um momento histórico paraa Escola de Música que consegueumas instalações condignas”, afirmouo presidente da Junta de S. Martinhodo Campo. Adelino Moreira pautoude “muito importante” a ‘doação’ ago-ra feita pela autarquia e prometeu con-tinuar a apoiar, dentro das “modes-tas possibilidades” da junta local a re-ferida escola, até porque, no seu en-tender, não está apenas em causa aformação musical mas a própria for-mação pessoal dos seus alunos. |||||

A Associação Recreativa de S. Marti-nho do Campo já tem o campo dejogos com um relvado adequado. Ésintético, fruto de um apoio financei-ro da Câmara Municipal e foi inau-gurado a dia 7 de outubro.

Ao abrigo do contrato-programacelebrado entre a Associação Recre-ativa de S. Martinho e a Câmara deSanto Tirso foi possível dotar o cam-po de jogos da freguesia de um rel-vado sintético que, disse o presiden-te da Junta Adelino Faria, era o “so-nho dos campenses”.

Daniel Morais, representante daComissão Administrativa da Associ-ação Recreativa de S. Martinho, agra-deceu a presença de todos e subli-nhou “o bom entendimento com acâmara e seus representantes” quelevou à concretização da obra.

O presidente da Câmara, CastroFernandes, que foi presenteado comuma bola e uma camisola do clubepersonalizada, assegurou que o apoioda autarquia ao clube irá além doscerca de 200 mil euros para o novorelvado sintético. O autarca explicouque o contrato-programa foi debati-do em longas reuniões e bem pon-derado. Ainda assim, Castro Fernan-des não deixou de lamentar que “al-guns tenham duvidado da sua pala-vra”. “A obra hoje fala por si”, afirmou,acrescentando que quando prometeuma obra só a promete quando sabeque a vai concretizar e pagar.

Sobre o Centro de Saúde de S. Mar-tinho, o presidente da Câmara garan-tiu que será, em breve, uma realida-de e assegurou que os problemas naobra se devem à conjuntura atual. |||||

Campo dejogos de S.Martinho já temrelvado sintético

S. MARTINHO DO CAMPO

S. MARTINHO DO CAMPO // ESCOLA DE ENTRE-ESTRADAS

ESCOLA DE MÚSICA DE S.MARTINHO DO CAMPOTEM ATUALMENTE 90ALUNOS, PROVENIENTES DEVÁRIAS FREGUESIAS

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O atual presidente da Junta de Fre-guesia vai liderar uma candidatura àAssociação Humanitária dos Bombei-ros Voluntários de Vila das Aves, cujaseleições deverão acontecer no mêsde dezembro. David Adães, Bernadir-no Certo, Adalberto Carneiro, Manu-el Monteiro, Graça Mesquita e Nes-tor Borges são, entre outros, alguns dosnomes que integram essa lista que,no entender de Carlos Valente, surgeno “momento oportuno” e como alter-nativa a uma direção que permanecepraticamente inalterável há longos anose cujo desgaste vem sendo ‘acusado’pelo próprio corpo de bombeiros.“Houve, de facto, conversações com

O ATUAL PRESIDENTE DA JUNTA DE VILA DAS AVES DIZCHEGADO O MOMENTO PARA APRESENTAR UMAALTERNATIVA À ATUAL DIREÇÃO DOS BOMBEIROS. NESTACANDIDATURA APARTIDÁRIA, JUNTAM-SE FIGURAS DO PSDMAS TAMBÉM DO PS, E OUTRAS QUE, COM OU SEMFILIAÇÃO PARTIDÁRIA, QUEREM DAR UM NOVO RUMO AUMA DAS MAIS PRESTIGIADAS ASSOCIAÇÕES LOCAIS.

um grupo de bombeiros que mostra-ram a necessidade de a sociedadese movimentar no sentido de se ar-ranjar uma alternativa de direção. Elespróprios, são os primeiros a dizer queas coisas não estão a funcionar comodeveriam”, referiu Carlos Valente aoEntre Margens. Adalberto Carneiro,por sua vez, fala na necessidade de“dar uma lufada de ar fresco” a umaassociação que, não obstante o seuprestigio, tem sido protagonista de“situações desagradáveis”, dando co-mo exemplo o diferendo que opôs ocomando e o corpo ativo à direçãoda associação humanitária, em feve-reiro de 2011, originando, algum tem-pos depois a saída do próprio co-mandante dos bombeiros locais.

A candidatura agora tornada pú-blica propõe Adalberto Carnei-ro para presidente da Assem-bleia-geral, e como vice-presi-dente Graça Mesquita. A assem-bleia integra ainda como secre-tários José Patrício Correia eMaria Fernanda Machado, paraalém do suplente João CarlosBrandão de Carvalho. ManuelMonteiro (da CoopRoriz) é o no-me proposto para a presidênciado Conselho Fiscal, assumindoRui Macedo o cargo de vice-pre-sidente do mesmo órgão. Comorelator, o nome avançado é o deNestor Borges e, como suplente,Gentil Sampaio. Na direção,Carlos Valente conta com DavidAdães como vice-presidente e,como segundo vice-presidente,Bernardino Certo. Cláudia Sousaé o nome indicado para secretá-ria e, como secretário-adjuntoJosé Luís Ferreira. A tesourariafica por conta de Abílio Rompan-te Dias e, como adjunto Fernan-do Soares Silva. Firmino Maga-lhães e José Rafael Silva entramcomo vogais, e como suplentesFernandino Ribeiro, David Pe-reira da Silva, Luís Miguel Bar-bosa e Carlos Alberto Almeida.

postas a contribuir para uma causa.Chegados aqui, diz Adalberto Car-

neiro, “queremos que agora os asso-ciados se envolvem mais neste atoeleitoral”. “Isto não é a mesma coisaque fazer uma campanha política. Te-mos que assumir algum desconheci-mento da realidade e, por isso tam-bém alguma dificuldade em assumiro nosso campo de ação”, diz por suavez Carlos Valente quando questio-nado sobre as propostas a apresen-tar aos sócios. “Há muitas situaçõesque tem de ser diagnosticadas e sódepois trabalhadas, desde o patrimó-nio, o terreno que está em frente aoquartel, à clínica”, acrescenta Nestor Bor-ges. João Carlos, por sua vez, vai no-tando, desde logo que a “associaçãotem estruturas como o ginásio poliva-lente que podiam estar a ser usadaspela comunidade, e principalmente,abertas à utilização dos sócios”.

Para já, está é única candidaturatornada publica até ao momento, per-manecendo a incógnita sobre se oatual presidente, Gerando Garcia,avança no sentido da renovação docargo. Ao longo da semana, o EntreMargens tentou o contacto com opresidente da Associação Humani-tária, mas até ao momento, sem êxito.

‘NÃO É INCOMPATÍVEL’Em caso de vitória, e pelo menos du-rante um ano, Carlos Valente acumu-lará o cargo de presidente da Junta como de presidente da Associação Hu-manitária. Nada que o preocupe: “es-tou à vontade quanto a isso. Não éincompatível”, diz o autarca, sublinhan-do o facto de estar a “meio tempo naJunta” local. “Se nos tivéssemos em-penhados em grandes obras ou setivéssemos dinheiros para fazermosgrandes obras, ao nível da junta, secalhar era eu o primeiro a dizer quenão tinha tempo”, refere o mesmoresponsável para quem o estar à frenteda Junta e dos Bombeiros em simul-tâneo até poderá “trazer mais valias…a seu tempo se verá”. |||||

Bernardino Certo vai mais longee diz que “para além da vitalidade queé preciso dar aos bombeiros, tambémé preciso dar-lhe dignidade e legali-dade”. A ilegalidade a que alude Ber-nardino Certo prende-se com o fac-to de o processo eleitoral anterior seter feito conforme “velhos estatutos”.Já depois de terem entrado em vigoros novos estatutos “a direção, numato de prepotência, disse que a elei-ção se realizava à luz dos estatutosantigos”, acrescentou Bernardino Cer-to que entende que a atual direçãoestá ilegal. “Estão ilegais há três anose se nós não fizermos nada, se ca-lhar ficam outros três”.

Uma maior abertura da associa-ção humanitária para com os sóciose um gestão mais transparente sãooutros dos objetivos desta candida-tura que se diz “apartidária”

O termo é usado por João CarlosBrandão de Carvalho, mas é Bernar-dino Certo e Carlos Valente quemmais o defendem, ou não fossem elesfiguras emblemáticas, respetivamente,do PS e PSD locais, e que agora sejuntam nesta candidatura. “Toda a gen-te sabe que entre mim e o Presidenteda Junta há grandes divergências doponto de vista político” diz BernardinoCerto dando garantias que assim con-tinuarão as coisas nas assembleias defreguesias. “Mas nada me impede deestar com ele neste processo. Esta éuma lista suficientemente séria parapormos de lado as nossas divergên-cias políticas e em conjunto procura-mos atingir os objetivos a que nospropomos para a associação de bom-beiros”. Eu não confundo as coisas,esclarece o mesmo responsável. Va-lente remata: “Quando começamosos nossos contactos não pergunta-mos a ninguém qual a tendênciapolítica. Fizemos a lista contactandopessoas que sabemos que estão dis-

OS NOMES DA LISTA DECARLOS VALENTE

Carlos Valenteavança comcandidatura aosBombeirosde Vila das Aves

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ATUALIDADENasceu a 19 de julho de 1930, em S.Miguel das Aves e, ao longo de 82anos, fez a diferença na vida dos quese cruzaram com ele. Hoje, lembram-no como um amigo de todas as ho-ras, recordam a sua lealdade e sim-plicidade sem limites.

Foi aluno do Conservatório Regi-onal de Braga e frequentou o cursosuperior de Composição e Orques-tração, no Conservatório de Músicado Porto. Em 1953 foi ordenado sa-cerdote da Arquidiocese de Braga e,desde então, integrou paróquias co-mo Padim da Graça (1954-1988), De-lães (1998-2000) e Bairro (2002 -

Por ocasião falecimento doP.e Joaquim Mendes de Carvalho

Em nome dos irmãos ainda vivos erespectivas famílias e sobrinhos,bem como de um círculo muitopróximo de amigos, quero agrade-cer a presença de sua Exª revmªDom Jorge Ortiga, como pastor danossa arquidiocese a que o faleci-do dedicou a sua vida e o seuserviço como sacerdote e de modoespecial como pároco, primeiro emPadim da Graça e mais recente-mente aqui próximo na paróquiade Bairro; foi também como músi-co e compositor de música sacraque o seu testemunho foi fértil noserviço de Deus e da liturgiadeixando às comunidades paroqui-ais cânticos inspirados como aliásficou bem vincado nesta liturgiaexequial; mas não deixa de serbrilhante também o serviço queprestou em prol do patrimónioriquíssimo das nossas igrejas noque toca à inventariação, estudo erecuperação dos órgãos que atradição nos legou; obrigado sr.arcebispo pelas visitas que efec-tuou já ele se encontrava hospitali-zado e pelos cuidados e diligênciasem seu benefício que o deixaramsensibilizado;

2 // Agradecemos a presença detantos sacerdotes da sua geração ede gerações mais novas que nosvão dando um testemunho forte dagrande amizade que por elenutriam e de grande cordialidadeno exercício do sacerdócio, demissões e carismas que lhe sãoinerentes;

3 // Agradecimentos também muitopenhorados a muitos fiéis aquipresentes de Padim da Graça e deBairro mas também de outras paró-quias onde era presença frequentee estimada por razões de solidarie-dade com os respectivos párocos;

4 // Temos naturalmente presente oapreço e a profunda estima que asirmãs deste convento lhe devota-ram ao longo dos quase vinte ecinco anos em que foi seu capelãomas também conselheiro e assis-tente em quase todos os assuntosda vida da comunidade; enquantocapelão começou a preparar comafinco a celebração neste ano dos125 anos de presença das Visitandi-nas em S.Miguel das Aves/ Vila dasAves e já hospitalizado e muito

doente ainda teve o prazer de vere ouvir a gravação das cerimóniasocorridas no passado dia 2 docorrente; o seu falecimento nestaocorrência festiva seja para acomunidade religiosa das nossasirmãs, para todos quantos habitu-almente frequentam as suas cele-brações litúrgicas e para toda aparóquia um Sinal de Deus como ofoi também o falecimento deMonsenhor José Ferreira quandose celebraram os 100 anos da suapresença entre nós; para nós, seussobrinhos e filhos de sua irmã Inês,o falecimento do nosso tio, porqualquer intuito divino escondido,ocorreu justamente no dia em quecelebrávamos 15 anos sobre ofalecimento do nosso pai, JoséValente

5 // Não podemos esquecer tam-bém os muitos amigos e colegaspresentes que compartilharam como nosso familiar tarefas docentesnas escolas por que passou e ondeexerceu com particular dedicaçãoserviços relevantes na gestão edireção pedagógica dessas escolase o reconhecimento de muitos

alunos que porventura aqui estarãotambém hoje;

6 // Finalmente, permitam-me queem nome dos muitos avenses aquipresentes releve e agradeça oempenho que Joaquim AzevedoMendes de Carvalho prestou àAutarquia de Vila das Aves, nalinha do testemunho de cidadaniaavense que neste particular lhederam seu pai Luís GonzagaMendes de Carvalho e seu irmãoainda vivo Manuel Mendes deCarvalho, tendo sido candidato àJunta de Freguesia de Vila dasAves como independente pelaslistas do PSD nas autárquicas de1993 e 1997, e exercido relevantesserviços como deputado eleito naAssembleia de Freguesia nomandato de 1994 a 1997 e pedido asubstituição no mandato para quefoi eleito no mandato seguinte .

[Texto de agradecimento lido namissa exequial do passado dia 8pelo sobrinho, Carlos AlbertoCarvalho Fernandes e presidente daJunta de Freguesia de Vila dasAves.]

AGRADECIMENTOS

Padre Joaquim AzevedoMendes de Carvalho[1930 - 2012]

2005), ambas de V. Nova de Famalicão.Paralelamente, exercia na sua área

de formação, dava aulas de músicaem vários colégios da região Norte,incluindo a Escola Pires de Lima, noPorto, e a EB 2/3 de Vila das Aves.Antes, já havia desempenhado a fun-ção de professor de Canto Gregoria-no, Piano e Órgão, no Seminário deFilosofia de Braga.

Nome conceituado na música, doseu vasto currículo consta ainda a fun-dação da “Nova Revista de MúsicaSacra”, da “Música Nova”, da “Ars Lusi-tânia Organis” e da Associação Portu-guesa Amigos do Órgãos. Exemplo da

sua enorme dedicação é também o tra-balho que desenvolveu no restaurode órgãos.

Ao longo da vida, conciliou a vidareligiosa com a participação ativa nasociedade avense. Foi membro dadireção do Lar familiar da Tranquili-dade, foi presidente da ComissãoInstaladora da atual EB 2/3 de Viladas Aves e, posteriormente, presidentedo Conselho diretivo da mesma. Deentre as muitas associações das quaisfazia parte, destaca-se a sua longaparticipação na Cooperativa Culturalde Entre os Aves, proprietária do Jor-nal Entre Margens.

Em 1993 e 1997, foi um dos can-didatos à Junta de Freguesia de Viladas Aves, como independente pelaslistas do PSD, tendo exercido o cargode deputado.

Dono de uma sabedoria e com-petência inquestionável, foi uma figu-ra avense que não deixou ninguémindiferente pela simpatia e aberturaque recebia todos com quem convivia.

Joaquim Azevedo Mendes de Car-valho faleceu a dia 7 de outubro. OMosteiro da Visitação, em Vila das Aves,onde era capelão desde 1988, foi olocal onde amigos e familiares lheprestaram a ultima homenagem. Aeucaristia foi celebrada por D. JorgeOrtiga, Arcebispo Primaz de Braga. |||||

P.E JOAQUIMAZEVEDO MENDES

DE CARVALHOFALECEU A DIA 7

DE OUTUBRO

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“O gesto e a palavra. A presençado franciscanismo no mundo atual”é o tema da 26ª edição das Jorna-das Culturais de Vila das Aves quedecorrem a 9 e 10 de novembro.Assim, no ano em que se come-moram os 800 anos da ordem deSanta Clara, as Jornadas realizam-se no Mosteiro de S. José e pro-põem uma reflexão sobre a presen-ça do franciscanismo no mundoatual, tendo como exemplo SantaClara e a sua obra.

Sob a coordenação da Irmã Ma-ria Albertina Azevedo, do Mosteirode S. José, as jornadas têm um pro-grama vasto. No dia 9, a cerimóniade abertura estará a cargo da refe-rida coordenadora e do presiden-te da camara e contará com a cola-boração musical da Artave. Às 22horas terá, então, lugar a primeiraconferência, com o tema “O Francis-canismo: nascimento e incidênciana cultura, humana e religiosa”, tra-zido por Frei Gonçalo Figueiredo.No dia 10, o “Franciscanismo nahistória e no presente” dará o motepara uma mesa redonda onde JoséSimões Alfaiate irá abordar “a espi-ritualidade e a oração na estruturada personalidade e incidência naVida”, Luís Teixeira, da Câmara Mu-nicipal de Guimarães, irá falar do“Mosteiro de Santa Clara em Gui-marães”, enquanto a Irmã Maria Cla-

26AS JORNADAS CULTURAIS DE VILA DAS AVES

Mosteiro de S. José acolheedição de 2012 dasJornadas CulturaisPROGRAMA PARALELO TERÁ LUGAR NO CENTROCULTURAL DE VILA DAS AVES. AS JORNADAS REALIZAM-SENO SEGUNDO FIM DE SEMANA DE NOVEMBRO

ra Fernandez Manrique se debru-çará sobre a questão da “dignidadeda mulher em Santa Clara”. A pin-tora Emília Nadal irá também inte-grar esta mesa redonda, moderadapor Frei Gonçalo Figueiredo, expli-cando a arte na espiritualidade Fran-ciscana. A cerimónia de encerramen-to será conduzida pela coordena-dora e contará com a participaçãodo Grupo Coral de Vila das Aves.

Paralelamente será levado a caboum programa que inclui visitas gui-adas ao Mosteiro de S. José dasClarissas Adoradoras (de 29 de ou-tubro a 31 de novembro), um ciclode cinema sobre “As congregaçõese o mundo: um olhar a partir doFranciscanismo” (31 de outubro a14 de novembro) e uma exposiçãode fotografia alusiva ao Mosteirode S. José, que ficará patente noCentro Cultural de Vila das Avesde 2 a 30 de novembro. |||||||||||||||||||||||||

EDITAL

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CONTRATO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DESPORTIVOCELEBRADO COM A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO COMPLEXOHABITACIONAL DE RINGE

Eng.º António Alberto de Castro Fernandes, Presidente daCâmara Municipal de Santo Tirso:

Torna público, para efeitos do disposto nos artigos 14.º e 27.º do Decreto-Lei n.º 273/2009 de 1 de outubro e artigo 91.º da Lei n.º 169/99 de 18 de setembro, que, na sequên-cia da deliberação camarária de 26 de setembro do corrente ano (item 6.), foi celebradoentre o Município de Santo Tirso e a Associação de Moradores do Complexo Habitacionalde Ringe, no dia dois do corrente mês de outubro, o Contrato - Programa de Desenvol-vimento Desportivo o qual tem por objeto a caracterização e o regime de apoio financei-ro, a prestar pelo Município, na concretização dos planos de ação ou iniciativas destina-dos a divulgar a prática do desporto e a promover o progresso das condições gerais dasua prática a desenvolver pela referida coletividade, que a seguir se enuncia:

- Participação nas Competições Distritais de Futebol com equipas do escalãoBenjamins, Infantis, Iniciados, Juvenis e Seniores Masculinos;

- Participação em competição Nacional de Futebol com a sua equipa doEscalão Sénior Feminino;

- Participação nas Competições Concelhias de Futsal com a sua equipa doEscalão Júnior.

Mais se publicita que o montante da comparticipação do Município de Santo Tirso é de2.000,00 Euros (dois mil euros).

Publicita-se ainda que o Contrato - Programa encontra-se disponível, na íntegra, paraconsulta, no Edital n.º 122 de 15/10/2012, afixado no edifício dos Paços do Concelho ena página eletrónica com o endereço www.cm-stirso.pt.Santo Tirso, 16 de outubro de 2012

O Presidente,Castro Fernandes

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ATUALIDADE

entreMARGENS VISITE-NOS EM:www.jornal-entre-margens.blogspot.comESCREVA-NOS:[email protected]

ASSINE E DIVULGE

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O conhecido médico legista, Pinto daCosta foi um dos convidados do Iencontro sobre boas práticas na áreada saúde mental promovido pelaASAS. António Pacheco Palha, Presi-dente da Sociedade Portuguesa depsiquiatria e Saúde Mental; Ana Tato,Coordenadora da Unidade de Saú-de Pública de Santo Tirso/ Trofa eSandra Borges, Pedopsiquiatra eTerapeuta familiar no Centro Hospi-talar de Vila Nova de Gaia foram al-guns dos oradores que abordaram

ASAS promoveboas práticasde saúde mentalA 19 DE OUTUBRO, NO AUDITÓRIO ENGENHEIRO EURICODE MELO FALOU-SE DE SAÚDE MENTAL, EXPLOROU-SE AIMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE E CONHECEU-SE A DOENÇA MENTAL ATRAVÉS DOS TEMPOS.

As direções da Associação de So-lidariedade e Ação Social de San-to Tirso (ASAS) e do jornal En-tre Margens juntaram-se, no dia4 de outubro, aos jovens e cola-boradores da Casa do Sol, emVila das Aves, para assistir aovídeo realizado por Liliana Ma-chado sobre os 20 anos da Asas.Este encontro surgiu no segui-mento de um trabalho sobre ahistória daquela instituição le-vado a cabo pela referida jovemresidente na Casa do Sol duran-te um estágio de verão realizadono jornal Entre Margens.As informações, notícias e ima-gens sobre a fundação e o traba-lho de destaque da Asas ao lon-go das últimas duas décadas, fo-ram, deste modo, apresentadosatravés do vídeo estruturadopela Liliana Machado, através doqual a jovem residente da Casado Sol fez passar “mensagenssentidas sobre como foi bomcrescer na Asas” e de “agradeci-mento” a todos quantos contri-buíram para o seu crescimento.Na ocasião, Helena Silva, presi-dente da Asas, agradeceu o tra-balho desenvolvido por LilianaMachado que diz ter demonstra-do “sensibilidade e empenho”.Os agradecimentos da presiden-te da Asas estenderam-se tambémao jornal Entre Margens pelaoportunidade de crescimentoque proporcionou através da re-alização do estágio de verão.Luís Américo Fernandes, diretordo Entre Margens, presenteou osparticipantes nesta iniciativa comum poema de Miguel Torga, “His-tória Antiga”, dito com “sabedo-ria e encanto”. A noite terminoucom um jantar em família e comos agradecimentos da Lilianapela experiência vivida. |||||

o tema ao longo de todo o dia.A Pinto da Costa coube estabele-

cer a relação entre a doença mentale o homicídio ou suicídio e o con-ceituado médico legista arrancou, pordiversas vezes, gargalhadas do públi-co. “Nós vivemos hoje numa socie-dade diferente. Vivemos numa socie-dade onde a violência é banal”, diziaafirmando que “criminosos somos to-dos: uns que já foram e outros quevirão a ser”.

Pinto da Costa salientou que oSer Humano é “30% de genética e70% de aprendizagem” e que, porisso, “a aprendizagem pode burilar,de alguma maneira, uma tendênciagenética que nós tenhamos para com-portamentos determinados no códi-go penal como crimes”.

“Nos crimes cometidos com re-quintes de crueldade, sem nenhumaexplicação que justifique a ação ouato, coloca-se a dúvida sobre a sani-dade mental do indivíduo”, adian-tou, “alega-se que uma possível do-ença mental poderá ter sido a causaou fator determinante”. O médicolegista chegou mesmo a referir o casoda morte de Carlos Castro, lembran-do que os advogados de RenatoSeabra “têm feito a apologia da insa-nidade mental”. “Há alguma necessi-dade de explicação sobre a sanida-de mental do agressor”, explicou, ale-gando que “nós estávamos conven-cidos que os criminosos eram doen-tes mentais e não são”.

Antes de Pinto da Costa, já SandraBorges havia destacado a importânciade um diagnóstico precoce da doen-ça mental nas crianças. A pedopsi-quiatra referiu o “bom ambiente es-colar” como um importante fator nasaúde mental das crianças e destacoua utilidade do acompanhamento e “in-tervenção a nível da comunidade”.

O encontro prolongou-se por to-do o dia e, no final, os presentes fo-ram brindados com uma sessão deRisoterapia, sublinhando os benefíci-os do riso na saúde mental. ||||||

ASAS // CASA DO SOL

OS 20 ANOSDA ASAS PORLILIANA MACHADO Tanques de

combustíveis nãodeverão serinstalados nolugar de CenseA 16 de julho, os moradores deCense enviaram ao Ministério daEnergia um abaixo-assinado con-tra a instalação de tanques de ar-mazenamento de combustíveispela empresa Transportes Freitas,Lda. O documento incluía maisde 200 assinaturas e, cerca de trêsmeses depois, os moradores res-piraram de alivio ao receber umaresposta da Secretaria de Estadoda Energia, explicando que “pordespacho do senhor diretor Re-gional da Economia do Norte, de27/09/2012, o pedido de licen-ciamento do posto de combustí-vel em apreço foi indeferido”. |||||

“A aprendizagem podeburilar, uma tendênciagenética que nóstenhamos paracomportamentosdeterminados no códigopenal como crimes”.

PINTO DA COSTA, MÉDICO LEGISTA Manuel António Pina será o ho-menageado da próxima ediçãode “A poesia está na Rua”, emSanto Tirso. O poeta, que já ha-via sido a inspiração da ediçãode 2006, volta agora, após a suamorte, a ter a sua obra reconhe-cida pelo município. “A poesia es-tá na Rua” é um evento promovi-do pela câmara desde 2004, como propósito de dar uma “expres-são festiva à poesia”. A iniciativajá homenageou nomes como Ra-mos Rosa e Graça Moura e, todosos anos, durante um mês, “os agen-tes culturais do concelho reúnem-se com um único propósito: tirar apoesia dos lugares convencionais,trazendo-a para a rua”. |||||

Santo Tirso vaihomenagearM. António Pina

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Dizia José Saramago: “Se podes olhar,vê. Se podes ver, repara”. Paula Pinto,presidente do Rotary Club de SantoTirso, citou-o em jeito de convite paraque se repare “no grande homem queé o professor Avelino Leite”. Pedagogo,sim, mas sobretudo artista-plástico,Avelino Leite foi homenageado nodia 9 de outubro pelo Rotary de SantoTirso, precisamente no mês dos ser-viços profissionais.

“O nosso homenageado de hojeé alguém que se destaca pelos seuselevados padrões profissionais, éti-cos e sociais”, referiu na ocasião Paula

Avelino Leitehomenageado peloRotary Clubde Santo TirsoNOS MÊS DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS, O ROTARY CLUBDE SANTO TYRSO PRESTOU, PELA PRIMEIRA VEZ,HOMENAGEM, A UMA FIGURA DAS ARTES-PLÁSTICAS

Pinto, naquela que constituiu a pri-meira homenagem profissional feitapelo Rotary a “um profissional tirsensedo mundo arte”. Paula Pinto chamou-lhe “ciência” e atribui a sua “riqueza” àcapacidade que esta tem de “reunirtodas as dimensões humanas, a emo-tiva, a racional, a mística, a corporal”.

E, talvez por isso, a mesma res-ponsável esclarece que o objetivo des-ta homenagem não é o de “acres-centar valor” ao currículo de AvelinoLeite, antes “mostrar à comunidade eaos nossos jovens que, quando umhomem assenta os seus princípios de

te, destaque para a intervenção emo-tiva do p.e Celestino Ramos que nãopoupou elogios ao pintor tirsense, nãoapenas pelas suas qualidades artísti-cas, mas também humanas. “A pintu-ra de Avelino Leite é simples, mas éprofunda. Olha-se, vê-se de novo, res-pira-se, come-se e fica-se espantado pe-rante a beleza que ela é capaz de trans-mitir”, sublinhou o p.e de Santo Tirso.

ROTARY CLUB“Cada mês o Rotary tem um tema, omês de outubro é o mês dos serviçosprofissionais e é habito homenage-ar-se um profissional que se tenhadestacado pela sua obra”, referiu aoEntre Margens Paula Pinto que diz seruma honra poder homenagear Aveli-no Leite. “É sem dúvida um nome dereferência no concelho, e mesmo anível nacional e internacional”.

Mas estes são também tempos dedificuldades várias o que, segundo amesma responsável, sublinha a im-portância da ação do movimentorotário. “O Rotary é um clube de ser-viço que existe em vários países domundo. Tem algumas ‘avenidas’ no-meadamente a ‘avenida’ dos serviçosà comunidade que é sem duvida umaextremamente importante nos temposque correm porque o que nos temoscomo principal objetivo é, precisamen-te, ajudar a comunidade em queestamos inseridos”. ||||| TEXTO E FOTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ

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vida na perseverança, na constanteprocura da verdade, na justiça e norespeito por si próprio e pela sua ati-vidade profissional, esse homem re-vela um enorme sentido de ética”.“Estou convicta”, diz ainda Paula Pin-to, “que tudo se consegue com mui-to trabalho, com sacrifício do corpo eda mente, mas também com muitoamor e carinho pelo seu oficio e pelasua arte. Este é certamente o grandeensinamento que o educador Aveli-no Leite transmitiu e continua a trans-mitir aos seus alunos”.

Nesta homenagem a Avelino Lei-

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ATUALIDADE

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

A educação e os jovens deram o mo-te à iniciativa que prometia incendiarSanto Tirso e que atraiu conhecedo-res da iniciativa e curiosos. À entrada,cada pessoa podia escolher autoco-lantes de acordo com o motivo queos levou ao Ignite. “Divertir”, “convi-ver”, “criticar”, “sacar contactos” e “arran-jar trabalho” eram apenas algumas dasopções de resposta. Depois, era sóescrever o respetivo nome e aceitaros desafios que o Ignite despertava.

Ao contrário do que é comum, emSanto Tirso participar no evento nãoimplicava uma quantia em dinheiromas um bem alimentar ou de higieneque reverteria a favor da Associaçãode Solidariedade e Ação Social de San-to Tirso (ASAS) e da Cooperativa deApoio à Integração do Deficiente.

Ao cair a noite, o anfiteatro ao arlivre do Parque da Rabada, encheu-se de velas e enquanto se davam osúltimos retoques na organização ou-via-se música ao vivo. Na relva, a to-alha com os alimentos ia ficando cadavez mais cheia e as pessoas ocupan-do os lugares na plateia. Quem nãofaltou foi a Associação dos Amigosdo Sanguinhedo que, de bicicletasantigas, fizeram uma entrada triunfal.

QUERIAM COMBATER A VISÃO DEPRESSIVA DOS DIAS DEHOJE. PROPUNHAM-SE A INSPIRAR PESSOAS, AAJUDÁ-LAS A MUDAR MENTALIDADES. A VONTADE SINGULARTROUXE O IGNITE A SANTO TIRSO E LEVOU OS MAISCORAJOSOS A PARTILHAR EXPERIÊNCIAS E HISTÓRIAS.

As luzes, viradas para uma palete,iluminaram os sucessivos oradoresque, em apenas cinco minutos, expu-nham ideias, percursos, iniciativas, opi-niões. Por trás, numa tela gigante iamsendo projetados os 20 slides quepassavam automaticamente de 15 em15 segundos e que acompanhavama apresentação.

“Apaixonem-se pela vida”, diziaFernando Moreira, Presidente da Von-tade Singular e primeiro orador danoite. “Façam aquilo que vos faz acor-dar à segunda-feira com uma imen-

com dois milhões de euros, nós que-remos é intervir na sociedade, cres-cer, evoluir…”

No intervalo, o balanço era já po-sitivo. A assistência contava com maisde 100 pessoas e todas pareciamcontagiadas com a iniciativa. Não fal-tou pizza, cerveja nem animação. “OJoão Magalhães é uma pessoa muitoativa na nossa associação e ele pro-pôs-nos trazer aqui o Ignite e nóstivemos muito gosto em apoiá-lo emtudo o que ele precisava”, explicouFernando Moreira. O presidente daVontade Singular diz ter tido o apoiode algumas empresas e assegura que“há pessoas que estão a tomar cons-ciência de que há projetos que vale apena serem apoiados”. FernandoMoreira garante: “a Vontade Singularestá a fazer, há muito tempo, coisaspara mudar o mundo mas agora co-meçamos a ter um pensamento maisglobal”. Lisboa é o próximo destinoda associação juvenil, que acreditaque, “no final de 2012 ou início de2013”, o projeto irá para a capitalonde “tem asas para crescer”. O pre-sidente salientou a importância dacomponente solidária do evento e su-blinhou que “com pequenos passosé possível mudar o mundo. É só preci-so acreditar e trabalhar muito”. |||||

sa vontade de ir trabalhar”, continua-va. Na noite de seis de outubro, noParque da Rabada falou-se de juven-tude, questionou-se a educação, apre-sentaram-se projetos. Paulo Silva de-fendeu a possibilidade de descarre-gar manuais escolares, de forma gra-tuita através do site do governo. “Osvalores éticos universais são discuti-dos ou transmitidos nas escolas?”,questionava Manuel Fernandes en-quanto abordava o tema da desobe-diência. No Ignite houve tempo pararir, abraçar toda a gente, falar de as-suntos sérios, perceber a importânciade sorrir mais nas escolas, criar con-tactos e conhecer pessoas novas.

Enquanto falavam, os oradores iamsendo desenhados em tempo real, ese o objetivo do Ignite era inspirarpessoas, as “Manas Pimenta”, Rita eMarta Pimenta, também contribuírampara o concretizar. Falaram com en-tusiasmo da associação da qual fa-zem parte e explicaram o que é a “Von-tade Singular”. “Nós temos que so-nhar sempre, sonhar alto”, diziam sor-ridentes, “e era isso que nós quería-mos que vocês também fizessem”. Asduas dizem acreditar que “são pes-soas como nós que vão mudar o mun-do” e defendem que “mais do quepensar em carreiras, em empregos

Um Ignite contraa depressão

IGNITE - SANTO TIRSO

A Torre dos Pequeninos tem ago-ra um novo ateliê semanal. A“Viagem ao oriente” é desenvol-vida em colaboração com o Insti-tuto Confúcio da Universidade doMinho e tem como objetivo ensi-nar mandarim aos alunos do 1ºciclo e abordas as diversas verten-tes da cultura chinesa.

Para Amílcar Sousa, diretorexecutivo, “mais do que as apren-dizagens formais, esta iniciativatem o mérito de abolir preconcei-tos e abrir prespetivas, é funda-mental criar nos nossos filhos umanova forma de olhar o oriente. AChina é hoje uma potência in-contornável, qualquer que seja oângulo de análise. Temos de pre-parar os nossos alunos para estarealidade”.

A iniciativa surge no segui-mento do sucesso da iniciativa“À descoberta da cultura chine-sa”, realizada em abril de 2011,que proporcionou aos alunos aprimeira abordagem à língua ecultura chinesas.

A professora responsável peloateliê, licenciada em Línguas eCulturas Orientais pela Universi-dade do Minho e que no últimoano esteve a residir em Tianjin,China, no âmbito do curso deMestrado, garante que “na inici-ação ao estudo do Mandarimserá dada especial ênfase àoralidade e ao ensino de algunscarateres, proporcionando aosalunos um contacto com umaforma de escrita completamentenova para eles” ||||

Torre dosPequeninosensinaMandarim

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Cerca de 65 mil euros investidos narequalificação da Escola Básica e Jar-dim de Infância, 35 mil euros na RuaDr. Luís Fontela, 32 mil euros na dre-nagem de águas pluviais do polides-portivo, 108 mil euros na Rua Dr.Eduardo Lima Carneiro e da Urbani-zação do Pinheiro Torto, 15 mil euros

Lama já tem equipamentode apoio ao cemitério

para a aquisição, 90 mil euros parao arranjo urbanístico envolvente e oequipamento de apoio ao cemitério,entre outros. Ao todo são cerca de350 mil euros investidos pela autar-quia, na freguesia da Lama, duranteos últimos anos.

O presidente da Câmara inaugu-

rou a mais recente obra da freguesia,o equipamento de apoio ao cemité-rio e o arranjo envolvente, que irápossibilitar melhores condições deutilização do mesmo. Hoje há umnovo edifício que acolhe as instala-ções sanitárias de apoio ao cemité-rio e uma zona de arrumos. Com asobras concluídas, há também umacobertura na zona dos ossários e asbarreiras arquitetónicas que impedi-am o acesso a pessoas com mobili-dade reduzida foram eliminadas.

O presidente da Câmara fez-seacompanhar pela Vice-presidente,Ana Maria Ferreira, e pelo vereadordo desporto, José Carlos Ferreira e

foram recebidos por todo o executi-vo da junta de freguesia e por mem-bros da Assembleia.

DEFESA DAS FREGUESIASComo vem sendo hábito nas váriaspassagens do presidente pelas fre-guesias, Castro Fernandes não dei-xou de referir a possível fusão pensa-da pelo governo. O autarca apelouaos governantes para “se preocupa-rem com situações que de facto sãoruinosas para o país e que urge re-solver”, referindo que “as 4200 fre-guesias do país representam apenas0,098% do orçamento do Estado”.

O presidente da junta, AlexandreAzevedo, agradeceu a presença domovimento associativo representadopelos escuteiros e pela AssociaçãoRecreativa da Lama e o pároco dafreguesia, José Carlos Azevedo, lem-brou que “a freguesia tem 570 anosde história e de identidade própria eque é preciso pensar no futuro, hon-rando sempre o passado”.

ABASTECIMENTO DE ÁGUA NAFREGUESIA DE VILARINHOUm milhão de euros é o valor daobra de abastecimento de água emVilarinho. A obra está dividida em duasfases e irá abranger cerca de 19 qui-lómetros. A primeira fase de exten-são da rede representa um investi-mento de 808 mil euros e deveráestar concluída em Outubro de 2013.A segunda fase, avaliada em 220mil euros decorre na zona alta dafreguesia. Com o arranque das obrasem Vilarinho, a INDAQUA da conti-nuidade às obras de alargamento darede pública de abastecimento e pre-vê-se que, até final de 2013 a cober-tura no vale do ave atinja os 95%.

Concluída a obra, os moradoresda freguesia podem solicitar à em-presa o ramal de ligação da rede pú-blica às suas redes prediais de abas-tecimento de água. A ligação é gra-tuita em extensões que não ultrapas-sem os 20 metros. ||||||

AUTARQUIA FEZ AS CONTASDOS INVESTIMENTOSFEITOS NOS ÚLTIMOS ANOSNA FREGUESIA DA LAMA

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CULTURA

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Não é por este ser o ano de Capitalda Cultural que o Guimarães Jazz édiferente. Pelo menos não o é no fi-gurino, não é no número de concer-tos e o orçamento, de 180 mil euros,também é semelhante ao das ediçõesanteriores. “Não quisemos que estafosse uma edição incomum do Gui-marães Jazz (GJ)”, sublinhou FranciscaAbreu, na conferência de imprensade apresentação do certame, realiza-da na última segunda-feira. “Exata-mente”, continuou a vereadora da cul-tura da Câmara de Guimarães “paraevitar situações de comparação nopós-2012. Queremos que o GJ seja

GUIMARÃES JAZZ 2012

O mesmo figurino para umfestival que quer sermelhor a cada ediçãoO PIANISTA HERBIE HANCOCK, A SOLO, ABRE EDIÇÃO 21º EDIÇÃO DO GUIMARÃES JAZZ

sustentável e fiel ao seu figurino”.Mas com a presente edição – a

21º - pretende-se iniciar um novociclo e uma nova etapa da sua existên-cia. Depois de uma edição marcadapela celebração, o festival assume-se,novamente, como um veículo de co-nhecimento e divulgação do jazz. “Osgrandes concertos, mas também osprojetos complementares a que o fes-tival dá continuidade há muitos anosrevelam a ambição de procura de no-vas configurações que possam aju-

dar a cumprir os grandes objetivosde promoção do conhecimento dojazz e de criação das condições paraa emergência de um público e músi-cos competentes, criativos e exigen-tes em Portugal”. E é a este nível queIvo Martins, diretor artístico do GJ,diz que as melhorias e as mudançasse fazem, mesmo que o figurino sejao mesmo. Aponta como exemplo oconcerto de 15 de novembro queresulta do trabalho conjunto entre omúsico João Paulo Esteves da Silva ea Orquestra Jazz de Matosinhos, que,numa possibilidade rara em eventosdesta natureza, irá interpretar com-posições da autoria do referido pia-nista e compositor. Ou, noutra pers-petiva, as novas configurações de queresulta a homenagem que o pianistaLucian Ban presta à vida e obra doviolinista, compositor e pedagogoromeno George Enescu (1881-1955),no concerto Ban Enesco Re-Imagined(dia 11), ao lado de músicos como osaxofonista Tony Malaby e o trom-petista Ralph Alessi, mas também oindiano Badal Roy (tablas, voz e per-cussões). Ou ainda na oportunida-de que é proporcionada, também nodia 11, pelo juntar da Big Band doESMAE a um Ensemble de Cordas,dirigidos por Jacam Manricks.

Mas este é também o ano em queo GJ recebe Herbie Hancock (dia 8

de novembro). E “da melhor formapossível”, afirma Ivo Martins. Que écomo quem diz, “a solo, ao piano”.Hancock abre, de resto a edição 21do GJ que se prolonga até dia 17do mesmo mês. Para além dos con-certos já citados, e seguindo o progra-ma do festival, o guitarrista e composi-tor Bill Frisell (dia 9) é o senhor quese segue. Com Ron Miles (trompete),Tony Scherr (contrabaixo) e KennyWollesen (bateria) interpretará a músi-ca criada para “The Great Flood”, fil-me que Bill Morrison concebeu a par-tir das imagens de arquivo da gran-de cheia do Mississippi de 1927, e queserá projetado durante o concerto.

No dia 10 de novembro, o GJrecebe o projeto “Sound Prints” quereúne, dois dos mais influentes mú-sicos de jazz da atualidade: o saxofo-nista Joe Lovano e o trompetistaDave Douglas, aos quais se juntamneste concerto a contrabaixista LindaOh, o pianista Lawrence Fields e obaterista Joey Baron.

A segunda semana do festival abreno dia 14, com uma formação criadapelo saxofonista Jacam Manricks aconvite do Guimarães Jazz, e que será,ao mesmo tempo, responsável pelaorientação das oficinas de jazz e pelacondução das jam sessions. No dia16, a vez dos The Jazz Passengers,que assim regressam as palcos, apósum período de hibernação de 12anos. Período esse que não fez es-quecer a importância que a forma-ção teve na cena dowtown nova-iorquina. A fechar a edição 2012,aquela que Ivo Martins classificoucomo “uma das mais importantes BigBands do presente”, a WDR, fundadanos anos 60. Como solistas convi-dados, o trompetista Randy Breckere o saxofonista tenor, Tony Lakatos.

Todos os concertos terão lugar noCentro Cultural Vila Flor, à exceçãodo concerto de Lucian Ban que seráapresentado na Caixa Negra da Pla-taforma das Artes e da Criatividade.Mais informação em www.ccvf.pt ||||||

THE JAZZ PASSENGERS, REGRES-SAM AOS PALCOS, APÓS 12 ANOSANOS DE ‘HIBERNAÇÃO’.FOTO: CHARNA MEYERS

O escritor e ilustrador Pedro Sero-menho está no próximo sábado(dia 27), às 15h00 na BibliotecaMunicipal de Santo Tirso para asegunda sessão de “Rodas de Lei-turas”. Numa sessão informal einterativa, o autor leva-nos numaviagem através das palavras e dasimagens. A sessão termina comos autógrafos e um desenho emcada livro. Esta iniciativa destina-se a crianças com idades com-preendidas entre os 4 e os 10anos, devendo as mesmas seracompanhados pelos pais ouavós. A participação é gratuita,devendo as inscrições na mesmafazer-se através do telefone (252833 428) ou por e-mail ([email protected])

“Rodas de Leituras” integra ainiciativa ContarART@BIBLIO pro-movida no âmbito da candidatu-ra ao ON2 – O Novo Norte –Redes Institucionais, e que envol-ve as bibliotecas municipais de S.João da Madeira, Santa Maria daFeira, Matosinhos e Viana doCastelo, para além da de SantoTirso. Trata-se de uma ação emrede na área dos serviços educa-tivos, levada a cabo com o objetivode aproveitar as sinergias criadaspela rede para promover a coo-peração em diferentes áreas deintervenção. As ações privilegiamas competências e recursos exis-tentes e proporcionam aos recur-sos humanos das diferentes bi-bliotecas a oportunidade de par-tilharem os seus saberes. |||||

BIBLIOTECA DE SANTO TIRSO //RODA DE LIVROS

Encontro como ilustradorPedroSeromenho

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Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

David Fonseca é, aos 39 anos, ummúsico experiente. Após dois álbunscom os Silence 4 e seis (6!) a solo,dois deles lançados este ano (“Sea-sons: Rising” e “Seasons: Falling”), omúsico de Leiria continua a propor-cionar um bom espetáculo. No finaldo concerto da Casa das Artes deVila Nova de Famalicão, foi possívelregistar estas pequenas opiniões: “foifantástico” (Paulo Ribeiro), “único etocante” (Ana Luísa Carvalho) e“mágico” (Bárbara Pereira).

Desde o início foi visível umapreocupação com a imagem e comos pequenos detalhes. “I’ ll NeverHang My Head Down” foi a esco-lhida para a abertura e só antes daterceira, “A Cry 4 Love”, David sau-dou Famalicão. Isto não quer dizerque é pouco comunicativo. Em abo-no da verdade pode dizer-se que épraticamente o contrário. Aproveitaos intervalos para desabafar e paratransmitir alguns divertidos concei-tos. Sempre com uma elevada dosede humor, aplica o seu dom de co-municar: explicou a história do apa-ratoso piano que afinal é elétrico;ironizou que “pior que entrar, é serexcluído de um reality show”(85.000 pessoas (!) concorreram àCasa dos Segredos); após o aplau-so do tema de circo meditou que“o problema do nosso país é aplau-dir a mediocridade. Não o façam.Se um medíocre é aplaudido, euestou completamente safo”; e, entreoutras situações, associou o apare-cimento de balões ao toque do pia-no (mágico). Esta última “é estúpi-da”, como ele próprio admitiu, mas

CONCERTO DE DAVID FONSECACASA DAS ARTES, FAMALICÃO. 20 OUTUBRO 2012

|||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Nascido em 1956, Howe Gelb é ummúsico norte-americano com umavasta discografia editada. Esteve de-masiado tempo na sombra, com poucavisibilidade na indústria musical e, nemo seu percurso de cantor e composi-tor dos Giant Sand, o fez sair de umatriste e injusta obscuridade. De qual-quer modo, o pequeno auditório doCentro Cultural Vila Flor esteve cheiopara o acolher no passado dia 29de setembro. Palmas, portanto, paratodos os participantes no concerto.

Howe Gelb atuou sozinho. Alter-nando entre o tão elogiado piano decauda e a guitarra elétrica, apresen-tou-se sempre bastante comunicati-vo e bem-humorado. Quando es-tavasentado ao piano, a serenidade eraa palavra de ordem, algo interrompi-da com um transpositor para guitar-ra colocado, diversas vezes, sobre ascordas do piano. Este experimentalis-mo originou, evidentemente, sons có-micos e desvirtuados. O mesmo acon-teceu quando estava de pé: usou e

continua a fazer o mesmo ao vivoporque “se é estúpido vale mesmoa pena”. OK, David, continua a fazerisso que ninguém se vai importar.

Sempre sem referir o nome “Silen-ce 4”, não se esqueceu dos saudo-sistas e apresentou “Goodbye To-morrow”, de 1998. Tocou “Two” doamericano Ryan Adams (não con-fundir com o canadiano Bryan), dan-do a entender ser um autor das suaspreferências. Pontos altos? Foramvários. Para além das piadas ao pia-no, salienta-se a ponta final antesdo encore: “Superstars”, “What Life isFor” (que apesar dos irritantes te-

clados e programações arrancou fi-nalmente o público das cadeiras, cri-ando um ambiente muito intenso)e “The 80’s”. Para o regresso, desta-que para uma divertida versão de“Vida Loca” de Fanny (lá está nova-mente a obsessão com a Casa dosSegredos), um arrepiante “U KnowWho I Am”, começando só e aca-bando com o resto da banda e umpoema recitado, “Do Not Stand atMy Grave and Weep” da americanaMary Elizabeth Frye.

2012 tem sido um ano intensopara David Fonseca. “Fazer dois dis-cos” num só ano prova que é umárduo trabalhador e que estar navida da música por acidente, comoo próprio assume, só faz com queutilize a sua energia para conciliardiversas áreas artísticas e proporci-one aos seus admiradores momen-tos inesquecíveis como o da noitedo passado dia 20 de outubro. ||||||

Obcecado por ‘fazerdiscos’ e pelaCasa dos Segredos

CONCERTO DE HOWE GELBC. C.VILA FLOR, GUIMARÃES. 29 SETEMBRO 2012

Um viciado nos pedaisabusou dos pedais de guitarra, alte-rando o som natural do instrumentoconsoante a sua vontade e criativida-de. Ora estridente, ora completamentedistorcido, o som divertia-o claramen-te e contagiava os presentes. Até naindumentária, Howe utiliza a comici-dade: um ridículo chapéu acompanhoua sua atuação, cheia de recortes, au-tênticos pedaços sonoros, muitas ve-zes bem divididos, outras nem tanto.

Mostrou-se um óptimo entertainer,passe o estrangeirismo. Falou do nos-so bacalhau, da sua idade e da suaterra natal. Parecia, de facto, estar emcasa e, na realidade, tinha, no meio,todo o Oceano Atlântico e cerca de4 mil quilómetros de território ame-ricano. Quem esteve presente para oouvir foi testemunha de um desfilarde canções cheias de alma e de ca-ris-ma. Os outros podem, quando ti-verem disponibilidade, entrar na pá-gina oficial do músico e ler, de ime-diato, em letras enormes, “Good LuckSuckers”, parte integrante da letra de“Forever and a Day”. Deteto uma iro-nia? Sim, mais uma. |||||

FOTO: JOÃO RUIVO (PONTO ALTERNATIVO)

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VALE DO AVE

||||| TEXTO: JOSÉJOSÉJOSÉJOSÉJOSÉ ALALALALALVESVESVESVESVES DEDEDEDEDE CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Madalena Victorino está “muitas vezfora do palco”. Diz ter dele “imensomedo”, porque o entende como um“sítio de uma enorme responsabili-dade”. “A distanciação entre o públi-co e a ação é tão grande que eu te-nho sempre medo de não conseguirconstruir a ponte”. E, talvez por isso,muito do seu trabalho como coreó-grafa se construa longe desse derra-deiro espaço físico, apostando sobre-tudo em residências artísticas em es-paços tão improváveis como fábricas,hospitais, florestas e, “quando não hádinheiro”, até na sua própria casa.“As residências funcionam como es-paços de reclusão e de concentra-ção muito alta e, acima de tudo, sãoespaços de comunicação entre o gru-po de trabalho”.

Para além disso, essas mesmas re-sidências artísticas têm-lhe permitido

GUIMARÃES // CENTRO DE CRIAÇÃO DE CANDOSO

Guimarães reforçaaposta em novosequipamentos eprojetos de criação’UMA ANTIGA ESCOLA PRIMÁRIA, DA FREGUESIA DE S.MARTINHO DE CANDOSO, É AGORA UM CENTRO DECRIAÇÃO DE PROJETOS ARTÍSTICOS QUE SE QUEREMLOCAIS, REGIONAIS, NACIONAIS E MESMOINTERNACIONAIS. É LÁ QUE A COREÓGRAFA MADALENAVICTORINO PREPARA O SEU NOVO ESPETÁCULO

trabalhar junto e com comunidadeslocais em processo de descoberta que,de outra forma, seriam difíceis deconcretizar. Recentemente, esteve emresidência em Donim; pequena fre-guesia do município de Guimarães,que não chega aos mil habitantes.Desses, 60 integraram “Arraial”, espe-táculo de dança-teatro, que teve a suaestreia nacional em julho último, naGuimarães Capital da Cultura. Nofinal de novembro, regressa à cidadepara apresentar “A Lã e a Neve”. E acidade é “ali ao lado”, pois boa partedo trabalho de criação se faz na fre-guesia de S. Martinho de Candoso,no Centro de Criação inauguradona semana passada.

CENTRO DE CRIAÇÃOEspaço aberto a criadores, artistas ecomunidade local, o Centro de Cria-ção de Candoso (CCC) resulta doaproveitamento do antigo edifício daescola primária da freguesia, estandoagora dotado com oito salas, com fun-ções diversas, três das quais especi-almente vocacionadas para a dança.Para além dos espaços de trabalho ede reunião, este novo equipamentoestá também equipado com camaratas,com 16 camas, cozinha, refeitório elavandaria, de forma a permitir queos artistas encontrem aí condiçõeslogísticas suficientes para desenvol-ver os seus projetos artísticos.

Significa a criação deste centro que

Guimarães está a prepara-se para quan-do não fora capital da cultura? Fran-cisca Abreu diz que não, pois essapreparação já começou “antes” da ci-dade ser “capital da cultura” e noagora, traduzida num programa que“assenta sobretudo na partilha e naparticipação das pessoas”, pois, diz avereadora da cultura da Câmara deGuimarães, é nelas “que radica a forçae o entusiasmo para continuarmoseste trabalho fantástico”. Por isso mes-mo, acrescenta a mesma responsá-vel: “a abertura deste Centro de Cria-ção de Candoso insere-se nesta pers-petiva de fortalecer o território comnovos equipamentos e sobretudo comnovos projetos de criação. Mais decriação e produção e menos de apre-sentação”.

A gestão do espaço está por con-ta da cooperativa Oficina (que tem aseu cargo a gestão do Centro Cultu-ral Vila Flor). De resto, a criação docentro de Candoso parte de uma can-didatura feita pela Oficina no âmbitoda Guimarães Capital da Cultura. “Onosso objetivo é ter aqui estruturasde criação locais, nacionais e mesmointernacionais a desenvolver os seusprojetos artísticos”. Há regras de uti-lização do espaço bem definidas edescontos de 50 por cento para osagrupamentos locais, adiantou aoEntre Margens, Francisca Abreu. Omesmo concretiza também uma von-tade de diálogo: “nos queremos ele-var a capacidade de criação, desenvol-ver o tecido criativo, não ostracizandoo tradicional, mas juntando-lhe umacomponente de contemporaneidade.Ou seja, juntar aqui o novo e o an-tigo, o passado e o futuro, nós e osoutros, os artistas e os não artistas”.

A comunicação é, de resto o temachave do trabalho que MadalenaVictorno desenvolve agora no Cen-tro de Criação de Candoso e emparticular a estabelecida entre gé-meos. “Sempre me fascinaram estaspessoas. Já há muito tempo que ti-nha vontade de fazer um trabalhosobre elas e com elas. E agora che-gou o momento”. Mas a comunica-ção, pelo menos no processo de tra-balho, ganha outros contornos ten-do em conta os artistas envolvidos,provenientes da Roménia, de Espa-nha, França e, naturalmente de Por-tugal, com especial destaque para osgrupos de gémeos da comunidadeque acolhe esta residência. O pro-cesso de trabalho está ainda no seuinício, feito em boa parte em Candosomas também em Lisboa.

O espetáculo “A Lã e a Neve” temestreia marcada para dia 30 de no-vembro (repete dia 1 de dezembro),na Caixa Negra da Fábrica ASA e éuma produção de Guimarães Capi-tal da Cultura e da Culturgest. O Cen-tro de Criação de Candoso fica situ-ado na Rua de Moure, São Martinhode Candoso, em Guimarães. |||||

NOVO ESPETÁCULO DEMADALENA VICTORINOTEM ESTREIA MARCADAPARA 30 DE NOVEMBRO,NA FÁBRICA ASA

Escuteiros deBairro aoencontro deBaden Powell“Todos falam em preparar ummundo melhor para as crianças.Porque não pensarmos em pre-parar crianças melhores para omundo?”. Este foi o mote quemotivou um grupo de 20 escu-teiros (pioneiros, caminheiros edirigentes) do Agrupamento 027de Bairro (Famalicão) a partirempara Londres ao encontro de Ba-den Powell e do Gilwell Park, apro-fundando assim todo o conheci-mento escutista e a História dasua fundação. Depois de dois anosa trabalhar e com o apoio deempresas, particulares e tambémda junta de freguesia local, o agru-pamento consegui, finalmente le-var a bom porto esta deslocaçãoa Londres que se realizou de 28de setembro a 2 de outubro.

Em Londres, os escuteiros deBairro visitaram alguns locais maisemblemáticos da cidade, com es-pecial destaque para a Casa deBaden Powell (fundador do escu-tismo), ficando alojados no járeferido Gilwell Park; parque escu-tista, de visita obrigatória para to-dos os escuteiros, uma vez que delá surgiram antigas tradições, queainda hoje se mantêm, bem comoimportantes atividades para a his-tória do Escutismo, como é o casoda formação dos primeiros diri-gentes. Para além de usufruíremdas instalações do parque, o grupode Bairro pôde ainda participarem atividades de reflexão e coo-peração e conhecer um poucomais da vida de Baden Powell, no-meadamente através de objetosusados por si. |||||

BAIRRO (FAMALICÃO) //AGRUPAMENTO 027 EM LONDRES

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INQUÉRITO A REBECCA MORADALIZADEH, ARTISTA-PLÁSTICA E VOCALISTA DOS HOT PINK ABUSE

Rebecca Leal Moradalizadeh tem 23anos e é de origem luso-iraniana.Nasceu em Londres, mas há 20 anosque vive em Santo Tirso. Nos próxi-mos dias vamos poder vê-la e ouvi-la nos concertos de apresentação donovo disco dos Hot Pink Abuse, comovocalista e letrista da banda.

Rebecca Moradalizadeh é forma-da em Artes Plásticas, ramo de multi-média, pela Faculdade de Belas Artesda Universidade do Porto, no âmbitoda qual participou no programa Eras-mus, na Sheffield Hallam University,em Sheffield, Reino Unido.

Para além de exercer um percursopessoal nas artes plásticas realizan-do exposições coletivas, tem tambémparticipado noutras atividades quecomplementam a formação inicial,como por exemplo em residênciasartísticas e workshops. Desde novaque esteve ligada à música. Integroua banda pop/rock “Melting Pot” e, maisrecentemente os Hot Pink Abuse, emambas, como vocalista e letrista.

“Santo Tirso conVida”… ou nem porisso? Isso é uma pergunta ambígua. De-pende do estilo de vida que se pre-tende. Eu por exemplo, tenho 23anos, venho da área das artes peloque preciso constantemente de mui-ta cultura, de muita informação e

atividade. Por muito que se tente nãose encontra isso em Santo Tirso, enão é por falta de propostas.

De que gastos já abdicou neste pe-ríodo de crise?Acabei a licenciatura no ano passadoe até agora tenho vindo a aproveitarvárias propostas dentro das artes, queme oferecem uma boa base de traba-lho, mas que nem sempre são remu-neradas. Mas sempre trabalhei, des-de nova, em bares e isso era e é omeu ‘ordenado’, pelo que não possoter muitos gastos e tenho de ser maisobjetiva no que pretendo adquirir…se calhar vivi sempre em crise… não? A ‘eletrónica’ dos Hot Pink Abuse jáa conquistou em definitivo ou ain-da pensa muito no pop/rock dosMelting Pot?Claro que sim! Tenho vindo a interes-sar-me cada vez mais por este estilo.Mas não só a música me conquis-tou, como também a imagem visualda banda, onde tento acrescentar umlado criativo que vai de encontro como lado pop da música. Tem sido umaaventura divertida para todos! Maspor vezes relembro com saudade osbons tempos dos Melting Pot!

A quem oferecia uns óculos?Não oferecia, tirava. Eles só nos limitam.

‘Ainda sou do tempoem que ia fazercompras ao Lomal’

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?De INSPIRAÇÃO…

O que se pode esperar de “Sinuosity”,o novo álbum dos Hot Pink Abuse?Um álbum com 12 canções, todaselas com características singulares, massempre com a forte presença da elec-trónica, pop e rock. Tal como o nomeindica, um percurso que é sinuoso,sendo composto por ‘curvas’ surpre-endentes e com momentos propíciospara a dança.

Considera satisfatório ou aquém dasnecessidades os palcos que existemem Santo Tirso para a música?Falando concretamente em “Palcos”,o que se destacava em grande era oST Culterra. Tive o prazer de poderpisar o palco por duas vezes e de vergrandes bandas, que o cartaz tinhanessa altura. Também se deve menci-

onar o Festival Internacional de Gui-tarra que felizmente ainda persiste.

Fora desse contexto, aquilo quepor vezes existe e que é bom, não éorganizado pela CMST, mas sim poralguns bares da zona. Dois dos me-lhores concertos que vi este ano, foram

cá: um no Carpe Diem onde 4 músi-cos fantásticos do Porto e de fora dopaís, deram um concerto ligado ao jazze à música experimental, e o outro dosGodot (tirsenses), no Hotel Cidnay.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…Ia fazer compras ao Lomal!

Eu faria um abaixo-assinado para…Não acredito em abaixos-assinados…não é uma assinatura que muda algo,é a pessoa em si! Há que dar a carae o corpo.

Quantas vezes já fez trocadilhos como nome “Parque da Rabada”?Os meus amigos é que fazem… eunão os consigo sequer fazer porquelimito-me a rir às gargalhadas.

Que nome lhe ocorre para suceder aCastro Fernandes e a José PedroMiranda?Ui sou completamente ausente a poli-tiquices… Mas sei de alguém que euadorava ver lá: Carlos Vilela! Era aloucura!!!

Vai à inauguração da Nave Culturalda Fábrica de Santo Thyrso?Espero poder ir. Para além de ter curio-sidade em ver o funcionamento cul-tural da fábrica, também quero ver oresultado de uma cortina que foi pro-posta fazer num workshop com osLike Architects, na qual eu participei! Que musicas ou bandas se podemouvir no seu MP3?O mp3 só tem 2 Gb, ou seja, é com-pletamente limitado: Pj. Harvey!Morphine! The Kills! Patti Smith! YannTiersen! Beirut! Metronomy! Ladytron...

A quem oferecia uma medalha demérito cultural?Vou parecer do contra, mas não ofe-recia. Não acho necessário destacar-se alguém com medalhas ainda paramais por motivos culturais. |||||

REBECA MORADALIZADEHNUM AUTO-RETRATO

CONCEBIDOPARA ESTE INQUÉRITO

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DESPORTO

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Jogo esforçado, mas nem sempre bemjogado, com muita emoção nas ban-cadas com uma boa assistência, numderby concelhio reeditado 15 anosdepois do último confronto. Derby“quentinho”, com várias provocações,mas com o árbitro também a contri-buir para alguma animosidade. Pro-va disso foram os 13 cartões amare-los e os dois vermelhos diretos mos-trados durante os 120 minutos de

TAÇA DE PORTUGAL: ÁRBITRO MOSTROU 13 AMARELOS E 2VERMELHOS EM 120 MINUTOS

Aves passa Tirsenseem derby ‘quentinho’O AVES PASSOU À QUARTA ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL DEPOISDE DERROTAR O VIZINHO TIRSENSE POR 3-1. O AVES ADIANTOU-SECEDO NO MARCADOR, FICOU REDUZIDO A DEZ AINDA NO PRIMEIROTEMPO E O TIRSENSE CONSEGUIU O EMPATE EM CIMA DO MINUTO 90.NO PROLONGAMENTO, O AVES FOI MAIS FORTE E RESOLVEU O JOGO.

AVES, 3 - TIRSENSE, 1 (A.P.)AVES: RICARDO, ROMEU, LOURENÇO, LEANDRO, VASCO

ROCHA, VASCO MATOS (RABIOLA, 90+4’), MAMADU, JOÃO,

ELVIS, RENATO SANTOS (RENATO REIS, 79’) E DALLY

(GROSSO, 72’). TIRSENSE: PEDRO SOARES, FILIPE BA-

BO, TIAGO LENHO (VELOSO, 56’), ANDRÉ SOARES, TIBA,

RAFINHA (GIL, 80’), EDUARDO (VÍTOR HUGO, 68’),

QUEIRÓZ, FABINHO, VILAÇA E MAURÍCIO. GOLOS: RENA-

TO SANTOS (10’), FABINHO (90’), RENATO REIS (112’),

RABIOLA (119’). ÁRBITRO: RENATO GONÇALVES (GUAR-

DA). CARTÕES AMARELOS: EDUARDO (10’), FABINHO

(22’), ANDRÉ SOARES (37’), TIAGO LENHO (52’), FILIPE

BABO (69’), VASCO MATOS (80’), ELVIS (87’), GIL (98’),

QUEIROZ (98’), GROSSO (98’), JOÃO PAULO (106’), MA-

MADU (111’), RENATO REIS (116’). VERMELHOS:

ROMEU (45’), GIL (98’)

jogo. Claramente exagerado numjogo que não registou lances de gran-de violência.

Entrou melhor o Aves com doislances de perigo de bola parada (2’e 8’). Dois livres cobrados do ladodireito por Vasco Matos para a áreacom João Paulo a rematar por cimada barra e Dally a cabecear para de-fesa fácil de Pedro Soares.

Logo a seguir o golo da turma dacasa, na sequência de uma perda debola no meio campo em que um jo-gador do Tirsense fica estatelado norelvado, os avenses seguem com abola e, numa jogada de insistência deMamadu, cruza para Renato Santosque remata de primeira para o golodo Aves, perante os protestos doshomens de Santo Tirso contra o ár-bitro por não ter interrompido o jogo.

Em desvantagem, o Tirsense su-biu no terreno e quatro minutos de-pois cria o primeiro lance de perigocom Maurício a soltar-se e descaidopara o lado direito do ataque a re-matar cruzado com a bola a passarperto do poste direito da baliza deRicardo, que neste jogo substituiu ohabitual Marafona.

Os jesuítas voltariam a criar peri-go na sequência de uma boa jogada(22’), com Tiba a cruzar para Maurí-cio que, solto no miolo da área, ca-beceou por cima da baliza avense. OAves controlava o jogo e dava algu-ma iniciativa ao adversário, mas oshomens de Santo Tirso apenas debola parada conseguiam levar perigoà área avense, tendo beneficiado dealguns livres na zona intermediária.Na sequência dos cruzamentos adefensiva avense conseguiu anulartodas as investidas forasteiras.

Na reta final do primeiro tempo,

o guardião tirsense com a bola a ra-sar o poste direito da sua baliza.

MINUTO 98: GRANDE CONFUSÃONos últimos dez minutos, o Tirsenseaumentou a pressão e encostou oAves ao seu meio campo. Primeiro(81’) numa bola rechaçada para forada área, Vilaça enche o pé e rematapara defesa segura de Ricardo. De-pois, entre o minuto 87 e 90, oshomens de Santo Tirso beneficiaramde três livres frontais à entrada daárea. No primeiro, Tiba remata paragrande defesa para canto de Ricardo,no segundo a bola embate na bar-reira defensiva e no terceiro (falta du-vidosa), Tiba lateraliza para Fabinhocoloca bem a bola e faz um golo debelo efeito, restabelecendo a igual-dade ao minuto 90 e obrigando ojogo a prolongamento.

No prolongamento foi evidente amelhor preparação física dos avensesque beneficiaram ainda da expulsão

os avenses poderiam ter dilatado avantagem quando Leandro cruza, Dallynão chega, mas ao segundo poste,Vasco Matos remata ao lado. A fe-char, o cartão vermelho direto paraRomeu a penalizar uma entrada nomeio campo sobre André Soares e adeixar a equipa da casa com menosum homem para a segunda parte.

Com mais um homem e em des-vantagem, o Tirsense entrou decidi-do a anular a vantagem dos avenses.Criou perigo, primeiro por Rafinha(49’) que no miolo, incomodado, re-mata para defesa de Ricardo. Depoisé Maurício que remata ao lado.

O Aves tentava sacudir a pressãoe poderia ter aumentado a vantagemquando Dally desmarca Renato San-tos (58’) que isolado permite a defe-sa de Pedro Soares. Vítor Hugo querendeu Eduardo veio dar outra dinâ-mica ao desafio e aos 70’ desmarca-se e serve Maurício que chega atra-sado ao cruzamento e Ricardo, se-guro, defende.

Dois minutos depois é novamen-te o Aves que está perto de marcarnum cruzamento/remate de VascoMatos que desvia num defesa e trai

“Os meus jogadores têmde estar orgulhosos peloque fizeram”.CARLOS PINTO, TÉCNICO DO TIRSENSE

“Fomos a equipa que criouas melhores oportunida-des e não mereciamos terido a prolongamento”.JOSÉ VILAÇA, TÉCNICO DO AVES

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Frente ao Infesta, assistiu-se a umdesafio bem animado, onde o re-sultado foi sempre incerto com asduas equipas claramente a querervencer a partida.

O Infesta foi quem criou primei-ro perigo, com Carlos (2’) a cruzarda esquerda e Ely a atirar de cabe-ça ao lado. Três minutos depois, oInfesta adianta-se no marcador. Ely,numa jogada individual, passa paraJorginho que cruza com Eduardo atentar desviar a bola e a introduzirna própria baliza.

O Tirsense dá o primeiro avisologo depois com Tiago Lenhoa acabecear cruzado para defesa aper-tada de Isac. Ironia do destino, oInfesta sofreria a mesma infelicida-de que o adversário, quando omesmo Eduardo cruza para a gran-de área e Carlos, acaba por, de ca-beça, marcar na própria baliza.

O desafio pautava pelo equili-brio com ambas as equipas a criaroportunidade de golo. Tiago Lenho(28’) aparece à entrada da área eatira por cima da barra, logo a se-guir é o Infesta que atira ao ladopor Bruninho.

Mesmo em cima do intervalo, oInfesta chega novamente à vanta-gem, num livre marcado a meiocampo, Vitinha I cruza para a áreae Jonas sobe mais alto e de cabeçafaz o segundo golo.

No segundo tempo o jogo conti-nuou repartido. O Infesta volta a cri-ar perigo em duas ocasiões e mais

II DIVISÃO

DEPOIS DE TRÊS EMPATES, O TIRSENSE ENCONTROU ORUMO DAS VITÓRIAS. PRIMEIRO, EM CASA, POR 1-0NA RECEÇÃO AO FAFE E NA ÚLTIMA JORNADA, NUM JOGOEMPOLGANTE, EM S. MAMEDE DE INFESTA, POR 2-3.COM ESTES RESULTADOS, OS JESUÍTAS SUBIRAMAO TERCEIRO POSTO DA GERAL COM NOVE PONTOS

de Gil (98’), num lance muito con-testado e que reavivou as velhas riva-lidades entre os dois clubes com con-fusão no túnel de acesso aos balne-ários aquando da saída de Gil. Nãose percebe o que se passou, apenasque rapidamente se precipitara parao tunel inúmeros dirigentes, jogado-res suplentes e elementos das forçasde segurança.

A normalidade foi restabelecidae em igualdade numérica, o Aves pas-sou a controlar os acontecimentos ea procurar o golo da vitória. Primeirofoi João Paulo a cabecear por cimada barra (102’), depois (110’), Gros-so faz o mesmo. Logo a seguir, VascoRocha serve Rabiola (que entrou noprolongamento) que consegue con-tornar um adversársio e serve Rena-to Reis que, livre de marcação do ladoesquerdo, remata junto ao poste di-reito para o golo.

Ao cair do pano, e quando oshomens de Santo Tirso estão total-mente balanceados para o ataque,numa perda de bola de Vilaça nomeio campo, Rabiola arranca para oataque, isola Vasco Rocha que devol-ve a Rabiola que contorna Pedro So-ares e já em angulo dificil consegue

marcar o terceiro golo e arruma o jo-go e a eliminatória. O sorteio da quar-ta eliminatária é dia 29 de Outubro.

OS TÉCNICOSNo final da partida, Carlos Pinto dis-se que o Tirsense “fez um grande jogo”.“Infelizmente, no prolongamento oAves foi feliz e temos de dar os para-béns a quem vence, mas os meus jo-gadores têm de estar orgulhosos peloque fizeram”. Quanto à expulsão deGil e aos acontecimentos seguintes,o técnico avançou que o jogo era um“derby. São jogos mais quentes, masa expulsão do Gil é injusta”. A partirdaí, “a equipa ficou desiquilibrada eacabamos por sofrer os dois golos”.

Já o técnico avense estava feliz pe-la vitória e face a tudo o que se pas-sou no jogo também evidenciou tersido um “jogo de derby”. “Penso quefomos melhores ao longo do jogo.Na segunda parte tentamos contro-lar a partida, embora com menos umjogador. Apostamos no contra-ata-que, mas mesmo assim fomos a equipaque criou as melhores oportunida-des e não mereciamos ter ido a pro-longamento”, avançou. Sintetiza falan-do em “vitória e passagem justa”. |||||

Quinze anos depois do últimoderby concelhio entre as duasprincipais equipas do concelhode Santo Tirso, era grande a ex-petativa para este jogo. O saudá-vel acordo entre as direções dosdois clubes, com a anuência daFederação, permitiu unificar opreço dos bilhetes e os adeptosapareceram, constituindo umabela moldura humana.

Várias tarjas emulduraram oestádio, realçando a rivaldadeentre os dois emblemas. Os ho-mens de Santo Tirso vieram à Viladas Aves com o propósito de “fa-zer taça”, derrotando a equipa“teoricamente mais forte”. Já oAves saudou o encontro conce-lhio, mas evidenciou o desejo deseguir em frente. A tribuna dehonra esteve neste jogo maiscomposta com dirigentes dosdois clubes e entidades oficiais,nomeadamente o vice-presiden-te da federação Carlos Coutada,a vereadora municipal Ana Ma-ria Ferreira e o presidente da au-tarquia que questionado peloEntre Margens sobre este desa-fio, salientou a sua reedição, la-mentando que os dois clubes es-tejam em patamares diferentesdo futebol, mas vincando que en-tre os dois emblemas, “comoavense e sócio de muitos anos,torço pelo clube da minha terra,torço pelo desportivo das Aves”.Ao longo do jogo, adeptos doisdois lados puxaram pelasrespetivas equipas, dando emo-ção ao jogo. No final, os prota-gonistas de ambos os lados fize-ram questão de agradecer oapoio das bancadas. |||||

EMOÇÃONAS BANCADAS

tarde (62’), os da casa reclamamgrande penalidade por supostamão na bola de Filipe Babo que oárbitro não sancionou. Pouco de-pois o Tirsense consegue o empa-te, quando Rafinha pela esquerdacruza e encontra Maurício que em-pata o encontro. Uma falha defen-siva ao segundo poste que materi-aliza e dez minutos depois na se-quência de um canto Tiago Lenho,de cabeça, coloca os jesuítas na fren-te do marcador pela primeira vez.

O Infesta tentou o golo do em-pate mas sem sucesso, primeiro porRui Jorge (87’) que cabeceia paradefesa apertada do guardião tir-sense. Já em cima do minuto 90,Bruninho atira ao lado e o Tirsenseconsegue a preciosa vitória.

VITÓRIA SOBRE O FAFENa jornada anterior, o Tirsenseestrou-se a vencer conseguindo ogolo da vitória em cima do minuto90. A primeira parte foi equilibra-da e com poucas oportunidades.Na segunda metade a toada man-teve-se, pouco emotiva. Os últimominutos do jogo foram praticadosa um ritmo mais intenso com ambasas equipas a tentar o golo da vitó-ria. Sorriu ao Tirsense na sequên-cia de um pontapé de canto, comAndré Pinto a faturar.

Na próxima jornada, o Tirsenserecebe o Chaves, que lidera o cam-peonato com 13 pontos, mais qua-tro que os jesuítas. |||||

Duas vitóriaslevantam TirsenseAVES - TIRSENSE

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DESPORTO

Em jogo antecipado da décima jor-nada, o Aves foi à Madeira defron-tar o União e somar mais um empate(1-1), num jogo em que os protago-nistas se empenharam, mas em queo futebol praticado esteve longe deencher o olho. O Aves, foi, no en-tanto, quem mais dominou a partida.

Os avenses criaram logo uma si-tuação de golo quando Vasco Rocha(2’) remata com intenção, valendo aprimeira boa intervenção de Valverde.Os da casa responderam num rema-te de Steve (9’), após boa jogada, coma bola a passar perto da barra.

O guardião do União voltaria aser posto à prova três minutos de-pois, após remate de Romeu e logo a

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II LIGA: APÓS VITÓRIA FRENTE AO BELENENSES EM CASA

Aves empata com oUnião da Madeira

O Aves teve um arranque pro-missor na II Divisão de Futsal.Soma duas vitórias nas duas jor-nadas já disputadas e partilha aliderança da tabela com o Viseu2001 e o GDR Lameirinhas. Des-taque para o facto de ser já a equi-pa menos batida com apenas doisgolos sofridos.

No arranque do campeonato,a equipa de Vila das Aves ven-ceu em casa o CS São João por 1-0 e na última jornada foi à Póvoavencer a equipa local por 2-3.

No próximo sábado pelas 17horas recebe o CRECOR, nonoclassificado com dois pontos.

... E AR NEGRELOS VENCEÀ TERCEIRAA Associação Recreativa de Ne-grelos só à terceira jornada con-seguiu vencer e somar os primei-ros três pontos. Foi no passadodia 19 por 4-2 na receção aoAD Polenenses. Nas duas primei-ras jornadas perdeu com o Des-portivo de Ordem por 4-3 e nasegunda jornada, em casa, poruns numeros estranhos (5-11)frente ao Cruzeiro Santana.

A AR Negrelos é nona classi-ficada com três pontos e na pró-xima jornada desloca-se ao CSRDCSantiago, quarto classificado comseis pontos. |||||

A JORNADA 10 DA II LIGA SÓ TERMINOU ONTEM – JÁ DEPOIS DO FECHO DAEDIÇÃO – MAS À DATA, O AVES, APÓS O EMPATE A UM GOLO, TRAZIDO DO UNIÃODA MADEIRA, SOMAVA 17 PONTOS E ESTAVA NO QUINTO POSTO DA TABELA, ÀCONDIÇÃO. NOTA PARA O TRIUNFO CASEIRO ANTERIOR FACE AO ENTÃO LÍDER,BELENENSES. SÁBADO (15H), A RECEPÇÃO É AO TONDELA.

U. MADEIRA, 1- AVES, 1UNIÃO MADEIRA: M. VALVERDE, ÁVALOS, KIKO, HUGO

MORAIS, STEVE (RUBEN, 75’), JOHN (CHÍXARO, 64’),

TIAGO, CARLOS MANUEL, ALEXANDRO, SILVA E THIAGO

FARIA (OUATTARA, 61’). AVES: MARAFONA, ROMEU,

TITO, LEANDRO, VASCO ROCHA, VASCO MATOS (LOU-

RENÇO, 90’), MAMADU, JOÃO PAULO, ELVIS, RENATOS

SANTOS (RABIOLA, 55’) E DALLY (RENATO, 67’). GOLOS:

ÁVALOS (32’), RABIOLA (73’). ÁRBITRO: JORGE

FERREIRA (BRAGA). CARTÕES AMARELOS: LEANDRO

(26’), VASCO MATOS (45’), DALLY (47’), THIAGO FARIA

(52’), MAMADU (58’), ÁVALOS (73’), HUGO MORAIS

(75’), TIAGO (82’ E 90’), SILVA (85’), ROMEU (85’).

CARTÃO VERMELHO: TIAGO (90’)

seguir foi Mamadu que, de livre, obri-gou a nova intervenção de Valverde.

Mesmo assim, seriam os madei-renses a chegar ao golo quando Áva-los correspondeu, de cabeça, a umlivre cobrado por Hugo Morais (32’).

Apesar do maior dominio da equi-pa forasteiras, os maderirenses forampara o intervalo em vantagem. No se-gundo tempos, o Aves foi ainda maisambicioso para dar a volta ao resulta-do, mas o União apresentou-se de for-ma organizada e com grande en-treaju-da foi anulando as investidas avenses.

Mesmo assim, Vasco Matos (50’)propicia uma defesa atenta a Marce-lo Valverde. Na resposta, é Tiagoquem obriga Marafona a uma mag-nífica defesa.

Aos 73 minutos, o árbitro JoãoFerreira aponta para a marca da gran-de penalidade, punindo um cortecom a mão do central Ávalos, numlance polémico e que mereceu fortecontestação dos locais. Rabiola, cha-mado a converter, não perdoou e res-tabeleceu a igualdade.

Com o empate, a partida ficou maisaberta, com as duas equipas a pro-curar o golo da vitória que poderiater sorrido aos avenses quando Ra-biola (83’) proporcionou a Marcelo

Valverde uma aparatosa intervenção.Já em período de compensações,

foi Hugo Morais quem assustouMarafona num remate que saiu jun-to ao poste.

VITÓRIA FRENTE AO BELENENSESNa jornada anterior, o Aves conse-guiu retirar o Belenenses do topo daclassificação vencendo por 2-1. OAves fez uma das melhores exibiçõesda época, apesar de ter sofrido umgolo (26’) por Fernando Ferreira,numa saída em falso do guarda-re-des Marafona.

A partir daí os avenses controla-ram a partida, mas só depois da en-trada de Rabiola já na segunda parteé que a superioridade se traduziu emgolos, marcando aos 68 e 86 minu-tos. O primeiro, de cabeça, na zonado ponta-de-lança, a corresponder aum centro de Leandro, e cobrando,depois, a grande penalidade, apósfalta cometida sobre si. |||||

IMAGEM DO JOGO DO AVESCOM O BELENENSES.FOTO DE VASCO OLIVEIRA

Aves partilhaliderança

FUTSAL

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O S. Martinho somou três empatesnas três últimas jornadas. Segue no12º posto com cinco pontos, mas temainda um jogo em atraso.

Na jornada 4 empatou a três bo-las na receção ao Dragões Sandinen-ses, sendo que na jornada seguintevoltou a jogar em casa e somou maisum empate a uma bola contra o RioTinto. No passado fim de semana foia Valongo somar um ponto com umempate sem golos.

Na próxima jornada recebe o Lixaque segue no segundo posto da ge-ral com 12 pontos somados.

VILARINHO GANHAO Vilarinho regressou às vitórias (1-0) na última jornada na receção aoVila Caiz. Com este resultado subiuao 12º posto com 7 pontos, junta-mente com mais duas equipas.

Nas jornada anterior trouxe umempate a uma bola da deslocaçãoao Aliança de Gandra e da jornada4 uma derrota por (1-2) na receçãoao SC Nun’Alvres.

O campeonato da AF Porto, na Sé-rie 2 da 1ª divisão vai para a jornada6, onde o Vilarinho desloca-se aosLeões Seroa, equipa que segue no16º posto com menos um ponto que aequipa do concelho de Santo Tirso. |||||

Tirsense soma nova derrota

Os juniores do Aves, apesar de ce-derem dois empates, continuam aliderar a tabela classificativa. Cede-ram empates a zero na receção aoSousense e com o mesmo resulta-do na deslocação ao Estrelas de Fân-zeres.O regresso às vitórias acon-teceu na última jornada na receçãoao Felgueiras 1932 por 2-0. Napróxima jornada (sábado) os aven-ses deslocam-se ao SC Nun’Alvares,terceira classificada com 12 pon-tos, menos dois que o Aves.

JUVENISOs juvenis depois de uma entradaa todo o gás, perderam fulgor enas ultimas três jornadas empata-ram e cederam duas derrotas. Em-pataram a uma bola na deslocaçãoao Infesta e nas últimas jornadasperderam com dois golos sem res-posta na recepão ao Lixa e por 4-2na deslocação ao Freamunde B.

O Aves desceu ao sétimo postocom 10 pontos e está já a oito daliderança. Na próxima jornada, osaven-ses recebem o Sousense, equi-pa com menos um ponto.

INICIADOSOs iniciados também cederam de-pois de uma entrada na tempora-

Iniciados de Ringebatem rival

da só com vitórias. Ganharam nareceção ao Alpendorada por 3-1e ganharam ainda na deslocaçãoao Alfenense por 1-2. Perdeu osprimeiros pontos na receçao aoAliança de Gandra empatando azero. O Aves lidera com 16 pontose na próxima jornada desloca-seao Vila Meã, 10ª classificada.

INFANTISA equipa principal de infantis con-seguiu o melhor e o pior nas últi-mas jornadas disputadas. Foi go-leado por 6-0 na deslocação aPenafiel, empatou a duas bolas nareceção ao Sousense e goleou naúltima jornada na deslocação aoParedes por 0-4. Com estes resul-tados ocupam o sexto posto commais três equipas com 10 pontos.Na próxima jornada recebe o Fre-amunde que tem os mesmos pon-tos que os avenses. |||||

NACIONAL JUNIORES

Os juniores do Tirsense, que este anosubiram aos nacionais da modalida-de, disputando a 2ª Divisão JunioresA, Série B, ainda não conseguiramsomar qualquer ponto. O campeona-to esteve parado cerca de um mês e

na única jornada entretanto realiza-da, o Tirsense cedeu nova derrota,por 0-1, na receção ao Gondomar.Na próxima jornada visita o Trofenseque segue no quinto posto com 10pontos somados. |||||

CAMADAS JOVENS AVES

DISTRITAIS ||||| TEXTO: ALBERTALBERTALBERTALBERTALBERTOOOOO GOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIAGOUVEIA

Com quase todas as equipas já ematividade, o destaque da semana vaipara a equipa de Iniciados (na foto)da Associação de Moradores doComplexo Habitacional de Ringe.Depois de na passada jornada tersofrido pesada derrota frente ao Fol-gosa, a equipa de Raul Gonçalvesdeslocou-se ao terreno do rival Des-portivo das Aves e venceu por 2-1.

Além da equipa de Iniciados,também a equipa de Juvenis obteveresultado merecedor de destaque,ao receber e vencer o Inter deMilheirós por 5-0, com destaquepara o hat-trick de Torres.

Em relação à equipa de Benja-

ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO COMPLEXOHABITACIONAL DE RINGE

mins, o campeonato não começounada bem. Estrearam o ComplexoDesportivo Rosa Conceição Abreuem jogos oficiais e sofreram pesa-da derrota ao receberem o Lagarese sendo derrotados por 0-4, numjogo onde o azar foi nota dominan-te para os da casa, visto que envia-ram cinco bolas aos ferros da bali-za contrária, falhando inclusive umagrande penalidade.

Quanto à equipa de Traquinas,prepara a sua participação na LigaMini do Futuro. Este fim de semanarecebeu em Ringe a equipa doMonte Córdova. A equipa de 2005perdeu por tangencial 2-3, enquan-to que a de 2004 venceu poresclarecedor 11-2.

Por último, as meninas da asso-ciação de Ringe. Com um início decampeonato positivo, indo empatarao Pico de Regalados, na passadasemana, a uma bola, este fim desemana fizeram apenas um jogo trei-no no terreno do Pasteleira. |||||

Juniores cedemempates

S. Martinhojá somatrês empates

A equipa de Raul Gonçal-ves deslocou-se aoterreno do rivalDesportivo das Aves evenceu por 2-1.

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DESPORTOKARATÉ // ANIVERSÁRIO DA MODALIDADE NA TERRA

||||| TEXTO: CELCELCELCELCELSOSOSOSOSO CAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOSCAMPOS

Na abertura da sessão, o mestre Joa-quim Fernandes resumiu o historialdo karaté em Vila das Aves, lembran-do que nasceu ligado à AssociaçãoAvense e que, entretanto, autonomi-zou-se na atual Associação de Ka-raté Shotokan de Vila das Aves. Alémde ter conseguido gerar campeões edo palmarés de títulos alcançado, a“associação ajudou a criar homense mulheres. Isto é algo que nos dei-xa muito orgulhosos”, salientou Joa-quim Fernandes.

Ao longo da sua história foram2765 as medalhas conquistadas evários os campeões formados, comoTiago Lima, Emanuel Fernandes, Jor-ge Machado e Ana Pinto. Outro ele-mento marcante na coletividade é arealização anual do torneio interna-cional, “uma das provas mais concei-tuadas a anível nacional”. Nota ain-da para as aulas a seniores, inicia-das desde 2006 e que, neste mo-mento, envolve cerca de 70 pessoas.

Por seu lado, João Seixas, presi-dente da Federação Nacional de Kar-até, salientou que a modalidade é hoje“reconhecida e das que têm maior va-lor técnico”, vincando que a federa-ção “ajuda a fomentar os valores dokaraté, ou seja, a cordialidade, a solida-riedade e a cidadania”. Não deixoude homenagear Joaquim Fernandes“por tudo o que tem feito pelo karaté”.

Já Castro Fernandes diz que acom-panha a associação desde a sua fun-dação realçando o “trabalho extre-

A ASSOCIAÇÃO KARATÉ SHOTOKAN DE VILA DAS AVES ASSINALOU NO PASSADO SÁBADO OS 25 ANOS DAMODALIDADE NESTA TERRA. ALÉM DAS MEDALHAS E DO PALMARÉS CONQUISTADO, A DATA QUIS VINCARO CONTRIBUTO QUE O KARATÉ DÁ AO DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Karaté enobrece Vila das Aves

A Associação de Karate ShotokanVale do Sousa organizou o I tor-neio de karate associado às vin-dimas, de onde o Karaté Shoto-kan de Vila das Aves saiu comoito pódios. Estiveram em com-petição cerca de 400 atletas denorte e sul do país, com provasde kata e kumite, nas categoriasde Juvenis, Cadetes, Juniores eSub 21. O Karate Shotokan Viladas Aves esteve presente com 10atletas e subiu ao pódio oito ve-zes, naquela que foi a primeiracompetição da época. Os resul-tados conseguidos foram os se-guintes: Juvenis, Tánia Barros 1ºlugar -45kg; Diogo Rodrigues 3ºlugar -50kg; Cadetes, ManuelRibeiro 2º lugar mais 70kg; Ju-niores: Álvaro Rios 3º lugar -61kge Leonardo Barbosa 3º lugar -76kg; Sub 21, Ana Pinto 2º lugar-60kg, Emanuel Fernandes 2ºlugar -76kg e Filipa Fernandes3º lugar mais de 60kg, todos emkumite. Não foram ao pódio Pa-tricia Brandão e Ana Guimarães.

OITO PÓDIOS NOTORNEIO DAS VINDIMAS

mamente positivo”. O edil tirsensereferiu mesmo o exemplo de TiagoLima que “cresceu com o karaté e hojeé engenheiro do ambiente” na suaautarquia. Aos avenses exortou paraque “olhem para as coisas boas quese fazem nesta terra. [A associação]dá muita visibilidade à terra, mesmoa nível internacional”.

José Melo, presidente do CentroPortuguês de Karaté, realçou que estedesporto “além da competição realçao aspeto humano” e o padre Fernan-do Abreu, bem ao seu estilo, com umaintervenção repleta de humor, enobre-ceu as virtudes do karaté e do seu

Finalmente, Joaquim Gonçalves,selecionador nacional há cinco anos,insistiu que Karaté “não é só arte quese mostra, gera também relações hu-manas e estimulação de valores, cul-turais, desportivos, sociais, sabedoria,riqueza e fé”.

Após esta sessão foi inauguradauma exposição de alguns troféus ga-nhos pelos karatecas avenses, patenteno Centro Cultural de Vila das Aves,concluindo com um treino com Mes-tres dos estilos, Goju-Ryu JorgeMonteiro, Shito-Ryu Caarlos Pereira,Wado-Ryu Joaquim Gonçalves, Sho-tokai Raul Cerveira, Shukokai Mar-celo Azevedo e Shotokan José Ra-mos. A festa terminou com um jantarcomemorativo. |||||

paroquiano, não tendo esquecido acomemoração, nesse dia, do 52ºani-versário de Joaquim Fernandes.

Abel Figueiredo, assessor técnicopara a área de formação da federaçãoe doutorado nesta área, vincou que okaraté “significa mãos vazias para sepoder ligar a outros” e que tem umadimensão biológica, psicológica e so-cial, onde se pretende “obter máximaeficácia para beneficios mutuos”. Nofinal uma frase bem atual: “estamosmais sobrecarregados no momentopresente por isso precisamos de maiskaraté porque faremos uma sociedadecom futuro e com um futuro melhor”.

NA TARDE DO ÚLTIMOSÁBADO, O CENTRO CULTURALDE VILA DAS AVES ENCHEUPARA CELEBRAR OS 25 ANOSDO KARATÉ NA FREGUESIA

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As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-sedirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta deemprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia asua disponibilização e a sua publicação.

OFERTAS DE EMPREGO

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6 Lá se realizou o sorteio mas nãohá meio de começar o campeonato,cujo início foi outra vez adiado. Sóem 28 de Outubro começará, final-mente, a bola a saltar!

O campeonato de juniores já rolae o Tirsense, após uma derrota porfalta de comparência, defrontou o seuvelho rival com apenas com noveelemen-tos por não ter mais dispo-níveis. E mesmo assim, levou devencida o Desportivo por duas bolasa uma! Bolas!

7 Dieste, o treinador-jogador apre-sentado como a única aquisição para

Há 50 anos foi assim...O DESPORTO NA VILA DAS AVES, LIDO NA IMPRENSA LOCAL

a nova época, em entrevista ao Jor-nal das Aves, declarou: “estou con-vencido de que temos uma das me-lhores equipas da nossa divisão”. Edisse mais: “sinto-me bem, como emfamília. Devo no entanto dizer que jávinha a contar que assim fosse, poisque jogadores e treinadores que porcá têm passado me tinham dito queo ambiente aqui era sempre dos me-lhores.” Há 10 anos em Portugal, onosso treinador tinha representadoantes o Tirsense, o Porto, o Espinho,o Feirense e o Arrifanense.

8 Ainda se discute o caso do ZéPereira. Parece ter havido acordo paraa cedência do atleta por três épocas

por trinta e cinco contos e um jogono nosso campo, mas depois disso oSalgueiros nunca mais apareceu maso atleta continuou a treinar lá. O cro-nista do Jornal das Aves desesperapor saber com quem podemos con-tar e, relativamente ao caso do Costa,pretendido pelo Vizela, diz que se en-trou numa fase cómico-dramática,acusando o clube interessado de “uti-lizar os mais variados truques paraganhar um jogo que a nossa direc-ção pôs claramente na mesa”. O mêsde Outubro está quase no fim e apro-xima-se o início da época. Saberemos,não tarda, que, afinal, o Zé Pereirafica e o Costa ruma a Vizela… ||||| Escri-to de acordo com a antiga ortografia.

O 1º Campeonato InternacionalMargens do Ave já tem data mar-cada. De 10 a 18 de Novembro, oSalão da junta de Freguesia de Viladas Aves será a casa de centenasde…aves. A iniciativa é do ClubeOrnitológico da Vila de Lordelo,do Clube Português Bengalim e doClube Ornitológico de Santo Tirsoe pretende proporcionar a todosos visitantes um “belo passeio”. Apré-inscrição das aves deve ser feita

1º CampeonatoInternacional Margensdo Ave, em Novembro

até dia quatro de Novembro, sen-do posteriormente recebidas a dia10. Os dias 11 e 12 estão reserva-dos aos julgamentos e aberturaoficial acontece dia 15 pelas 15horas. Durante o dia 16, o eventodecorre das 9h às 12h e das 14hàs 20, já no dia 17 funcionará das9h às 20h, sem qualquer interrup-ção. A cerimónia de encerramentoe de entrega das aves está marcadapara as 17h30 de dia 18. |||||

CAMPEONATO TERÁ LUGAR NA JUNTADE FREGUESIA DE VILA DAS AVES

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DIVERSOSAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Roriz, com 60 anos de idade, falecida noHospital de V. N. de Famalicão no dia 1 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 3 de Outubro, naCapela Mortuária de Delães, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela parti-cipação no funeral e missa de 7º. dia.

Maria do Carmo da Cunha Monteiro

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

DELÃESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Roriz, com 66 anos de idade, falecida nasua residência no dia 30 de Setembro de 2012. O fune-ral realizou-se no dia 2 de Outubro, na CapelaMortuária de Roriz, para o Mosteiro de Roriz, indo deseguida a sepultar no cemitério local. Sua família,renova os sinceros agradecimentos pela participaçãono funeral e missa de 7º. dia.

Maria Adelaide da Costa Oliveira

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

RORIZ

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 82 anos de idade, faleci-do no Hospital Privado de Braga no dia 7 de Outubrode 2012. O funeral realizou-se no dia 8 de Outubro,no Mosteiro da Visitação, indo de seguida a sepultarno cemitério local. Sua família, renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. dia.

Rev. Padre Dr. Joaquim A. Mendes de Carvalho

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de S. Tomé de Negrelos, com 78 anos de idade,falecido na sua residência no dia 8 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 10 de Outubro, naCapela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Artur Monteiro da Silva (Artur Mecânico)

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELOAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 87 anos de idade, falecido noHospital de Guimarães no dia 9 de Outubro de 2012.O funeral realizou-se no dia 11 de Outubro, na CapelaMortuária da Vila de Lordelo, para a Igreja Paroquial,indo de seguida a sepultar no cemitério local. Suafamília, renova os sinceros agradecimentos pela parti-cipação no funeral e missa de 7º. dia.

Albino da Cunha

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

LORDELO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Regilde - Felgueiras, com 53 anos de idade,falecido no Hospital de Guimarães no dia 2 de Outu-bro de 2012. O funeral realizou-se no dia 5 de Outu-bro, na Capela Mortuária anexa à Igreja de S. Miguel,para a Igreja Paroquial, indo de seguida a sepultar noCemitério de S. Miguel - Vizela. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no funerale missa de 7º. dia.

Horácio Perreira de Magalhães

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

FAFE AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Vila das Aves, com 67 anos de idade, faleci-do no Hospital de Riba de Ave no dia 4 de Outubro de2012. O funeral realizou-se no dia 6 de Outubro, naCapela Mortuária da Vila das Aves, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no cemitériolocal. Sua família, renova os sinceros agradecimentospela participação no funeral e missa de 7º. dia.

Manuel Alves de Castro

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVESAGRADECIMENTO

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 69 anos de idade, falecido nasua residência no dia 1 de Outubro de 2012. O funeralrealizou-se no dia 2 de Outubro, na Capela Mortuáriada Vila das Aves, para a Igreja Paroquial, indo de segui-da a sepultar no cemitério local. Sua família, renova ossinceros agradecimentos pela participação no funeral emissa de 7º. dia.

Justino Ferreira de Sousa

Funeral a cargo de: Abílio Godinho - Funerária, Unipessoal, Lda.

VILA DAS AVES

O Jornal Entre Margens envia as

familias enlutadas as mais

sentidas condolências pela

perda dos seus queridos familiares.

Nome: ......................................................................................................................................................Morada: ................................................................................................................................................Código Postal: ........................ / .................... Localidade: ..............................................................................Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ...................................................................................ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ..........................................................................

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José Miguel Torres

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Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

HORÓSCOPO CELTAE SUAS 21 ÁRVORES PROTETORAS

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BORDO (11/03 a 20/03 | 14/10 a 23/10)

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CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: 9 de Copas, que signi-fica Vitória. Amor: Mostrará um interes-se renovado por todos os assuntos liga-dos ao amor e ao sexo. Saúde: a sua saú-de exige que faça exercício físico. Dinhei-ro: provável promoção na carreira e au-mento de estatuto social. Números daSorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49. Pensamentopositivo: não desanimo perante as difi-culdades nem desisto dos meus sonhos!

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 6 de Paus, que signifi-ca Ganho. Amor: poderão surgir algunsconflitos com a pessoa amada, que serãofacilmente resolvidos se optar pelo diá-logo. Saúde: Embora esteja num períodode equilíbrio, mantenha-se sempre aler-ta. Dinheiro: Invista na consolidação dosseus negócios com prudência. Númerosda Sorte: 6, 14, 36, 41, 45, 48. Pensa-mento positivo: eu sei que o momentomais importante da minha vida é o “ago-ra”.

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: 4 de Espadas, Inquie-tação, agitação. Amor: verá renascer emsi sentimentos que há muito andam es-condidos. Saúde: não se enerve, poisisso poderá ser prejudicial para a suasaúde. Dinheiro: não misture amigos efamiliares nos seus negócios. Númerosda Sorte: 7, 22, 29, 33, 45, 48. Pensa-mento positivo: Agradeço a Deus a graçada Vida que se renova a cada dia.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 5 de Ouros, que signi-fica Perda/ Falha. Amor: vire-se mais paraos seus familiares, eles precisam de si.Saúde: possíveis dores na coluna. Dinhei-ro: não é boa altura para comprar imó-veis. Números da Sorte: 8, 17, 22, 24,39, 42. Pensamento positivo: agradeceré sempre a melhor maneira de merecer!

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Copas, quesignifica Lealdade, Reflexão. Amor: a suasensualidade vai deixar muitos corações

a bater mais forte e a suspirar à sua pas-sagem. Saúde: possíveis dores nas per-nas. Procure repousar e evite estar mui-tas horas seguidas em pé. Dinheiro: pos-sível dinheiro extra. Saiba geri-lo da me-lhor forma. Números da Sorte: 3, 7, 11,18, 22, 25. Pensamento positivo: tenho opoder de corrigir os meus erros, por-que sei que tudo tem solução.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: A Torre, que significaConvicções Erradas, Colapso. Amor: asfestas familiares estão favorecidas. Con-vide as pessoas que mais ama para umjantar em sua casa. Saúde: Não terá pre-ocupações de maior. Dinheiro: tudo es-tará equilibrado a este nível, mas mode-re os gastos. Números da Sorte: 1, 8, 17,21, 39, 48. Pensamento positivo: eu ven-ço as dificuldades com determinação ecoragem, eu sei que sou capaz!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: 2 de Copas, que signi-fica Amor. Amor: poderá surgir um mal-entendido com o seu companheiro, mascom calma e honestidade tudo se resol-verá. Saúde: este será um período de paz,aproveite para descansar. Que o seu sor-riso ilumine todos em seu redor! Dinhei-ro: momento pouco favorável para gran-des investimentos. Números da Sorte: 7,11, 18, 25, 47, 48. Pensamento positivo:eu sei que todos os dias são bons dias,por isso esforço-me diariamente paramelhorar.

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: 10 de Paus, que signi-fica Sucessos Temporários, Ilusão. Amor:pense bem naquilo que realmente querpara não magoar os sentimentos dosoutros. Saúde: tenha algum cuidado comos seus olhos. Esteja atento a sintomasde vista cansada. Dinheiro: este não é umperíodo favorável. Seja comedido e equi-librado. Nunca desista dos seus sonhos!Números da Sorte: 4, 6, 7, 18, 19, 33.Pensamento positivo: procuro ser tole-rante para com todas as pessoas que merodeiam.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 2 de Espadas, que sig-nifica Afeição, Falsidade. Amor: poderáreencontrar um amor do passado, o queo deixará um pouco abalado. Procureultrapassar o trauma e liberte-se daquiloque já passou. Saúde: que a sabedoriaseja a sua melhor conselheira! Dinheiro:cuidado com possíveis perdas de bensvaliosos. Números da Sorte: 1, 8, 42, 46,47, 49. Pensamento positivo: sei usar aminha inteligência para alcançar os meusobjectivos.

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: 9 de Paus, que significaForça na Adversidade. Amor: poderá sen-tir a necessidade de se isolar e de pensarna sua vida. Aproveite este período dereflexão para tomar as decisões de queprecisa para mudar o rumo da sua vida.Saúde: não se deixe dominar pelo cansa-ço. Dinheiro: as suas novas ideias pode-rão trazer-lhe benefícios, mas aja com pru-dência. Números da Sorte: 7, 13, 17, 29, 34,36. Pensamento positivo: Procuro criarharmonia na minha vida todos os dias.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 9 de Ouros, que signi-fica Prudência. Amor: neste período es-tará mais virado para si mesmo e para osseus assuntos pessoais. Que a sua almaseja bela e transparente! Saúde: poderãoocorrer complicações a nível do sistemadigestivo. Dinheiro: Analise bem novaspropostas antes de tomar qualquer deci-são. Números da Sorte: 5, 25, 36, 44, 47,49. Pensamento positivo: o Amor alegrao meu coração.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: 5 de Copas, que signifi-ca Derrota. Amor: controle os seus ciú-mes pois poderão perturbar a harmoniaconjugal. Não se deixe dominar por mauspresságios! Saúde: faça uma pequena di-eta. Dinheiro: não cometa excessos nestaárea. Números da Sorte: 1, 3, 24, 29, 33,36. Pensamento positivo: acredito quetenho força para vencer todos os desafi-os.

PERSONALIDADE: se há uma defini-ção perfeita para os protegidos destaárvore é o prazer imenso de se conhe-cerem. São pessoas orgulhosas de simesmas e com muito amor-próprio.Levam a aventura no sangue e têm umasede inesgotável de novas experiênci-

SORVEIRA (1/04 a 10/04 | 04/10 a 13/10)

PERSONALIDADE: são como a erva,aparentemente frágil e insignificante,mas com a força e a flexibilidade ne-cessárias para suportarem os venda-vais da vida, sem quebrar. Sempre con-tentes, gostam de ver a garrafa meiocheia, nunca meio vazia, mas não su-

portam observar o sofrimento à suavolta. O otimismo é uma das suas me-lhores virtudes e será de grande ajudapara ultrapassar as dificuldades.

SAÚDE: o coração pode ressentir-se,se for submetido a grandes tensões enão tiver a tranquilidade de que ne-cessita. Os que fumam deviam reduzirdrasticamente o consumo de cigarros.

AMOR: sabem ser doces e picantes aomesmo tempo, carinhosos e dominadores,gostam de amar e ser amados e a paixãoocupa um lugar importante nas suasvidas. Impetuosos, precisam, apesar detudo, de apoiar-se em alguém maisforte para que a vida a dois funcione,pois caso contrário cansam-se rapida-mente e procurarão novas relações.

as. A sua vida será, indubitavelmente,apaixonante. O tédio não lhes diz res-peito, já que passam a vida a correr embusca de novas sensações. Por tudoisto é por vezes muito difícil aos outrosconseguirem acompanhá-lo.

Saúde: de vez em quando é conveni-ente descansarem e descontraírem-seou o sistema nervoso pode pregar-lhesuma partida.

AMOR: tão variáveis como as veletas,mudam de opinião como o vento dedireção e ser-lhes-á complicado en-contrar alguém capaz de seguir o seuritmo. Se já tiverem encontrado essapessoa, não devem exigir-lhe demasia-do. Os nascidos nestes dias têm a van-tagem de não enfastiarem o seu par.

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A FECHAR

||||| TEXTO: FRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCAFRANCISCA MMMMMONTEIRONTEIRONTEIRONTEIRONTEIROOOOO

Na Casa da Eira, em Rebordões, ossons das nossas tradições brotaramda terra para o II Encontro na Eira doPovo, organizado pelos Amigos daEira. Foi no final da tarde do dia 13de outubro que nos foram apresen-tadas as mãos de António JoaquimFernandes, com mais de trinta anosde trabalho com a madeira, nomea-damente de nogueira e de freixo. Éem plena Serra da Nogueira, em Bra-gança, onde vive, que este artesãorecolhe ele próprio a matéria-primadas suas obras. Estas nascem, frequen-temente, através da técnica do enta-lhamento com formões e navalhas,em harmonia com as formas naturaisdos troncos e de outros pedaços demadeira. Plasma nelas o saber artesa-nal, passado de geração em geração,e, assim, também a nossa identidade.

Apesar de construir máscaras, es-culturas em madeira e peças de mo-biliário, foi nos instrumentos musi-cais tradicionais que centrou a suapartilha. Apresentou-os com o saberde quem procura nos livros memóri-as dos tempos que não foram osseus, mas também com a simplicida-de que o fez recordar os tempos decriança de um meio rural que, comotodas as outras, construía artesanal-mente, lembrando a arte pastoril, osseus próprios brinquedos.

Desta forma, entre muitos outros

II ENCONTRO NAEIRA DO POVO:OS SONS DA TERRA

instrumentos, ficamos a conhecer asarronca, que atiçava o medo, quan-do não havia eletricidade e a noitenas aldeias era como breu. Tambémouvimos a rala, muito presente nasprocissões da Semana Santa, nas rus-gas e, outrora, usada até para espan-tar os pardais. Soou ainda a flauta dotamborileiro, tocada só com três de-dos, pois a outra mão segurava otambor. Porém, foi o cartaxo, assim de-nominado por imitar o som do pás-saro que lhe dá nome, que permitiuaos presentes mais curiosos experi-mentar a arte deste artesão bragancês,trabalho oficinal que aguçou o apeti-te para a tradicional refeição: caldo,pataniscas com arroz de feijão e leite-creme. Diríamos com Eugénio de An-drade: “ó música dos meus sentidos”!

Mais sons germinaram depois dojantar… Com oficina em Polvoreira,José Alves é conhecido como o “Zédos Bombos”. Jovem artesão, decidiudar continuidade à arte da família ini-ciada pelo seu avô. Foi com o pai queaprendeu, desde os oito anos de ida-de, os segredos da construção dosbombos e, desde então, proliferam asencomendas, das quais se destacama construção e restauro de milharesde bombos e de caixas para as Ni-colinas, em Guimarães. Como “pala-vra puxa palavra” e, já agora, “bombopuxa romaria”, foram muitas aquelasde que se falaram, lembrando o modocomo os bombos marcam o ritmo dastradições populares. De quando emvez, lá se ouvia a voz da esposa doZé, mostrando que não há ambientemais propício para as tradições so-breviverem do que o familiar, pois oslaços de afeto embrulham bem amemória das gentes.

Seguidamente, a palavra foi con-cedida a Domingos Machado, arte-são bracarense que também apren-deu com o pai a arte de fabricar tradi-cionalmente instrumentos de cordapopulares, no tempo em que o cava-quinho e a viola braguesa eram osinstrumentos mais fabricados e ven-

réplica do instrumento. Foi tambémdesta forma que conseguiu enrique-cer o seu Museu dos Cordofones,um sonho concretizado em 1995.

Recordou a história de uma violasua que passou a pertencer a Geor-ges Harrison, um dos ex-Beatles, avisita de Amália Rodrigues ao seuMuseu e como esta se emocionouquando tocou um fado antigo. A ge-nerosidade e a emoção com que falada sua arte e toca os instrumentoscativam quem o ouve. Assim aconte-ceu com o seu filho Alfredo. Orgu-lhoso do pai, partilhou que, na suajuventude, pensava em ser engenhei-ro, mas foi aconselhado, por pesso-as próximas, nomeadamente o escul-tor Jorge Ulisses, a que a universida-de que deveria seguir era à beira dopai. Hoje, tem nas suas mãos raras ofuturo da arte de violeiro.

Infelizmente, Xico Malheiro, umdos fundadores do grupo “Raízes”,que tem dado, nos últimos 30 anos,um contributo profícuo para a pes-quisa, recolha e divulgação da músi-ca tradicional portuguesa, não podeestar presente neste encontro, por mo-tivos pessoais. No entanto, este con-tratempo não impediu que os sonstradicionais se espalhassem pela sala,pelas mãos de José Correia da Silva.Desde os anos 60, quando começoua tocar uma viola braguesa cons-truída por si, tem vindo a aperfeiço-ar-se de forma autodidata, sendoapresentado pelo amigo DomingosMachado como um dos melhorestocadores de viola braguesa do país.

Os participantes tiveram ainda aoportunidade de experimentar tocarcavaquinho e os bombos do nosso Zé.Houve momentos em que a afinaçãoseguiu o caminho oposto do entusi-asmo crescente, mas “no peito dosdesafinados também bate um cora-ção”, cantaríamos, assim, a propósito.

PRÓXIMO ENCONTROA eira aguarda já mais memórias dopovo… No dia 10 de novembro, de-correrá o III Encontro, no qual sabo-rearemos “Sopas com histórias”. Ossaberes sobre os caldos de antiga-mente da Sr.ª Maria (cozinheira), dePaulo Sá Machado (autor do livro “AsConfrarias Gastronómicas Portugue-sas”), de Belmiro Barbosa (elementoda organização da Festa do Caldo deQuintandona) e de António da Pre-sa dos Vilares (lavrador) enriquece-rão este encontro, que terminará comum serão de histórias tradicionais. Asinscrições decorrem até ao dia 5 denovembro, através do correio ele-trónico: [email protected]. |||||

HOUVE MOMENTOS EM QUE AAFINAÇÃO SEGUIU O CAMINHOOPOSTO DO ENTUSIASMO, MAS “NOPEITO DOS DESAFINADOS TAMBÉMBATE UM CORAÇÃO”

didos nas feiras e romarias. Foi deleque herdou o cognome de “Violeiro”e os seus olhos brilham quando as-sim é chamado. Recordou o tempoem que, em Braga, as ruas estavamassociadas a determinados ofícios. Noentanto, na rua dos Violeiros, as lo-jas foram fechando e poucos foramos que mantiveram a esperança dedar vida a esta arte e sobreviver.

Vida dura a do trabalho ao ladodo pai, sobretudo porque ouvia láfora os meninos da sua idade a jo-gar, com entusiasmo, a bola. Hesitouneste seu caminho e foi ser aprendizde eletricista. Como a este trabalhoacrescia o de continuar a colaborarna oficina do pai e sentia já dentrode si o dom de construir instrumen-tos tradicionais, manteve-se fiel aosonho de apurar a sua técnica e dese distanciar das tentações da indus-trialização e do dinheiro fácil. Assim,foi o primeiro artesão nortenho a exe-cutar muitos instrumentos (inter)na-cionais, como as violas campaniçasou beiroas e, sempre que lhe enco-mendavam um restauro, fazia uma