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PUBLICIDADE entre MARGENS BIMENSÁRIO | 17 DEZEMBRO 2015 | N.º 551 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Acordo celebrado entre a Misericórdia e o anterior Ministério da Saúde aguarda visto do Tribunal de Contas E SE O PAI NATAL RESPONDESSE AO INQUÉRITO DO ENTRE MARGENS?! Nem eu, que sou eu, acredito... Atual governo remeteu para o Tribunal de Contas o acordo assinado com o anterior Ministério da Saúde tendo em vista a trans- ferência da unidade hospitalar de Santo Tirso para a Misericórdia lo- cal. Santa Casa encara o pro- cedimento como normal, espe- rando que o mesmo não mereça qualquer reserva. PÁGINA 11 FOTO: CMST ILUSTRAÇÃO: NUNO MOTA

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Page 1: CMST E SE O PAI NATAL RESPONDESSE AO INQUÉRITO DO …jornalentremargens.com/wp-content/uploads/2017/04/... · Os puritanos americanos teriam uma capa diferente. A imagem da ado-lescente

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entreMARGENSBIMENSÁRIO | 17 DEZEMBRO 2015 | N.º 551 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES

APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.TELF. E FAX.: 252 872 953

EMAIL: [email protected]: COOPERATIVA CULTURAL

DE ENTRE-OS-AVES, CRL1,00 EURO

Acordo celebrado entre aMisericórdia e o anteriorMinistério da Saúde aguardavisto do Tribunal de Contas

E SE O PAI NATAL RESPONDESSEAO INQUÉRITO DO ENTRE MARGENS?!

Nem eu, que soueu, acredito...

Atual governo remeteu para oTribunal de Contas o acordoassinado com o anterior Ministérioda Saúde tendo em vista a trans-ferência da unidade hospitalar de

Santo Tirso para a Misericórdia lo-cal. Santa Casa encara o pro-cedimento como normal, espe-rando que o mesmo não mereçaqualquer reserva. PÁGINA 11

FOTO: CMST

ILUSTRAÇÃO: NUNO MOTA

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Uma dascapas maispolémicasde sempre||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Eric Clapton é considerado um dosmelhores guitarristas de todos os tem-pos. A conceituada revista Rolling Sto-ne elaborou uma lista, colocando-ono segundo lugar. Só foi ultrapassa-do pelo lendário Jimi Hendrix. O mú-sico britânico foi membro, entre ou-tros, dos Cream, The Yardbirds e BlindFaith. Este último projeto teve umacurtíssima duração, deixando apenasum disco homónimo para a posterio-ridade. Datado de 1969, conta comoutras figuras sonantes da históriada música: Ginger Baker (Cream),Steve Winwood (Spencer Davis Groupe Traffic) e Ric Grech (Family).

Quem conhecer alguns nomesatrás citados irá ter um sentimentode déjá vu: o típico virtuosismo dosparticipantes e um solo de bateria (de-masiado) prolongado. Nada comocomparar “Do What You Like” com,

por exemplo, “Toad”. Está visto queBaker teria uma forte capacidade depersuasão.

Antes do mercado discográfico ver“Blind Faith”, já o Hyde Park ofereciaum concerto a 100.000 pessoas. Éum número gigantesco, tendo emconta que o álbum ainda não tinhasido lançado! Esse mesmo espectá-culo está no Youtube, sendo possí-vel interligar o som de blues rock aoencantamento psicadélico da época.Estão lá, como não podia deixar deser, os marcos “Sea of Joy” e “Presenceof the Lord”.

Os puritanos americanos teriamuma capa diferente. A imagem da ado-lescente com seios à mostra e a segu-rar um avião em formato fálico geroumuita polémica. A edição do outrolado do atlântico tem uma imagemdos músicos num fundo amarelado,indicando os seus nomes na parte in-ferior e o da banda na parte superior.

O valor dos vinis depende, comoé óbvio, das edições. Uma promocio-nal em mono foi vendida em marçode 2012 por quase 1.500 euros.Com uma dose muito menor de rari-dade, em outubro deste ano, umexemplar alemão saiu por 9,50 eurosno Coisas. Sei que veio para SantoTirso, mas garanto que não fui eu ocomprador. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

FAMALICÃO // MÚSICA

Do Amor e Outros DemóniosGabriel Garcia MárquezDOM QUIXOTE

POR // BELANITA ABREUDentro de portas - “Blind Faith”

A diversidade damúsica americana numconcerto a dois pianos

Nina Schumann e Luís Magalhãesjá são praticamente da casa. A ca-sa, no caso, é a das Artes de VilaNova de Famalicão onde os doispianistas atuam esta sexta-feira, apartir das 21h30 com um pro-grama que celebra a diversidadeda música americana do século20, desde o neorromantismo deSamuel Barber ao mais influentedesenvolvimento da arte musicalamericana, o minimalismo.

O título do espetáculo, “Inter-ceções Americanas” aponta, des-de logo, para uma das mais comen-tadas facetas da vida musical ame-ricana: o facto de o país ser umcaldeirão de culturas musicais,uma encruzilhada de tradiçõesmusicais, uma tapeçaria coloridade diferentes sons. Este progra-

ma apresenta compositores quetrabalharam contra o cenário deuma tendência crescente para omodernismo na música europeia.

Há música inspirada pela vidaquotidiana nos hotéis, há músicaque é manifestamente política, hámúsica que encasa com a tradi-ção europeia e se forja em algototalmente original.

Do programa, e para além dascomposições de Samuel Barber(1910-1981) serão também inter-pretadas obras de Aaron Copland(1900-1990), Frederic Rzewski eWilliam Bolcom (ambos nascidosem 1938) e John Adams (1947).COM início às 21h30, os bilhe-tes para este concerto dos pianis-tas Nina Schumann e Luís Maga-lhães custam 8 euros. |||||

Não há remédio que cure o que a felici-dade não cura.

Ao removerem as criptas funeráriasnum convento de Santa Clara, emCartagena, descobrem as ossadas deuma mulher com cabelos cor de co-bre com aproximadamente 22 me-tros. Márquez relembra, de imediato,uma lenda que a sua avó lhe conta-va sobre uma menina que tinha umacabeleira que “se arrastava como acauda de um vestido de noiva”. E co-meça a contar a sua história.

“Sierva Maria de Todos los An-geles”, enquanto passeia pela feira, émordida por um cão raivoso e come-ça a delirar. Como a doença não temcura, o seu pai decide interná-la numconvento e tentar de tudo para a sal-var. No seu delírio Sierva Maria falainúmeras línguas africanas e eventosestranhos acontecem. Chega-se àconclusão que ela encontra-se pos-suída pelo demónio. Padre CayetanoDelaura, encarregado de a exorcizar,acaba por sucumbir aos seus encan-tos e nasce uma história de amor.

Crueza e fantasia são ingredien-tes que abundam ao longo de todaa trama. Este é um romance encan-tatório onde cada palavra é escolhi-da com precisão e moldada pelomestre do realismo mágico, GabrielGarcia Márquez. |||||

Antes do mercadodiscográfico ver “BlindFaith”, já o Hyde Parkoferecia um concerto a100.000 pessoas. É umnúmero gigantesco,tendo em conta que oálbum ainda não tinhasido lançado! ”

GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nestaedição de dezembro foi a nossa estimada assinante Maria Augusta M. Máximo,

residente na travessa de Ringe, nº 81, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

NINA SCHUMANN E LUÍS MAGALHÃES INTERPRETAMCOMPOSIÇÕES DE SAMUEL BARBER, AARON COPLANDE FREDERIC RZEWSKI, ENTRE OUTROS. ESTASEXTA-FEIRA, DIA 18, ÀS 21H30, EM FAMALICÃO

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SEXTA, DIA 18 SÁBADO, DIA 19Céu pouco nublado. Vento fraco.Max: 20º / min. 14º

Aguaceiros. Vento fraco.Máx. 21º / min. 12º

Aguaceiros fracos. Vento fraco.Máx. 16º / min. 12º

DOMINGO, DIA 20

ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 03

SANTO TIRSO / FAMALICÃO // PRÉMIO PESSOA 2015

No Natal semeia o teu alhal se oquiseres cabeçudo pelo Entrudo

Natural de Lisboa (1966), Rui Chafes“consegue o feito raro de produziruma obra simultaneamente sem tem-po e do seu tempo”. É pelo menoseste o entendimento que o júri doPremio Pessoa faz daquele escultor,cujo nome foi anunciado no final dasemana passada como vencedor daedição de 2015 do referido galardão.

No valor de 60 mil euros, o Pré-mio Pessoa distingue todos os anosuma personalidade portuguesa liga-da à vida cultural e científica do paíscom uma “intervenção particularmente

As esculturas de RuiChafes em SantoTirso e FamalicãoPRÉMIO PESSOA 2015, O ESCULTOR RUI CHAFES TEM OBRA‘FEITA’ EM SANTO TIRSO E EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA DEARTE CONTEMPORÂNEA “ALA DA FRENTE”, EM FAMALICÃO.EM AMBOS OS CASOS, RUI CHAFES UTILIZA AQUELE QUEPERMANECE COMO O SEU MATERIAL DE ELEIÇÃO, O FERROPINTADO DE NEGRO

relevante e inovadora na vida artísti-ca, literária ou científica do país”. Ogalardão é uma iniciativa do sema-nário Expresso e tem o patrocínio daCaixa Geral de Depósitos.

A lista de vencedores inclui nomescomo Maria João Pires, José Mattoso,Souto de Moura, Sobrinho Simões,Eduardo Lourenço ou Manuel Ale-gre, entre outros e, talvez por isso, foicom surpresa (e alguma modestia) queChafes reagiu à distinção: “É um pré-mio de grande valor e simbolismo etem sido entregue a pessoas de gran-

de importância para a comunidade,e não estou certo de ter essa impor-tância. Sou apenas um escultor.”

Em Santo Tirso a obra de Rui Cha-fes não é estranha aos transeuntes,o que não quer dizer que dela se te-

nha consciência. Por ocasião do tercei-ro Simpósio Internacional de Escul-tura Contemporânea de Santo Tirso,em 1996, Chafes deu corpo a “Semo Teu Nome”; a obra encontra-se noLargo dos Carvalhais, no centro dacidade, e nela se acentua o valor plás-tico da linha, da definição precisa doque é interior e do que é exterior, eque existe como forma que separaesses dois espaços.

No vizinho município de Famalicãoa obra de Chafes não é uma cons-tante, mas por esta altura há três obrassuas em exposição na Galeria deArte Contemporânea ‘Ala da Frente’.São elas: “Inferno XXXV”, “Escurecere Arrefecer” e “Confiai nos Sonhos”(na imagem, em baixo). São escultu-ras de grande dimensão que nos põemem contacto com a matéria do traba-lho de Rui Chafes, o ferro, e com asua “...intensa procura do que há aindade germinativo, de generativo na ideiade «alma» que parece desusada econtrária à arte do presente...”, refereLuís Quintais no livro “Exúvia, gelo emorte: A arte de Rui Chafes depoisdo fim da arte”, editado pela “Docu-menta” a propósito desta exposição.

Já o curador deste novo espaçocultural famalicense, o artista plásticoAntónio Gonçalves, fala “numa pre-sença do silêncio e da poesia, mani-festados nestas formas que habitamo espaço. O acontecimento da obrafeito pela interrogação, pela inquie-tação e adensado na temporalidade.Aqui, a ordem do corpo é desviadade uma convenção tradicional, per-mitindo-se estar nesta matéria domi-nada pelo fogo, que lhe dá os movi-mentos e a formas”.

A exposição de Rui Chafes naGaleria ‘Ala da Frente’ fica patenteao público até dia 23 de janeiro dopróximo ano e tem entrada livre. Amesma localiza-se no número 79 daRua Adriano Pinto Basto, ocupandoo espaço expositivo a ala da frente,precisamente, do Palacete Barão daTrovisqueira. ||||| JAJAJAJAJACCCCC / / / / / REDREDREDREDREDAÇÃAÇÃAÇÃAÇÃAÇÃOOOOO

Rui Chafes fez o Curso de Escul-tura na Faculdade de Belas-Artesde Lisboa, entre 1984 e 1989. De1990 a 1992 estudou na Kunsta-kademie Düsseldorf com GerhardMerz. Em 1995 representou Por-tugal, juntamente com José PedroCroft e Pedro Cabrita Reis, na 46ªBienal de Veneza e em 2004 na26ª Bienal de S. Paulo, com umprojecto conjunto com VeraMantero. Em 2013 foi um dos ar-tistas internacionais convidadospara expor no Pavilhão da Repú-blica de Cuba na 55ª Bienal deVeneza. Em Portugal, realizouexposições individuais em impor-tantes instituições e o seu traba-lho está representado em diver-sas instituições europeias. ||||||

RUI CHAFES

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04 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

DESTAQUE

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 551 - 17 DEZEMBRO 2015

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Castro Fernandes foi ‘igual a si mes-mo’ na sua intervenção. O ar descon-traído com que aborda os assuntos,os livros que usa para complementaro raciocínio e as opiniões vincadastransversais aos mais variados temasmantêm-se e foi assim que se dirigiuà plateia do auditório da Escola deHotelaria, na Quinta de Fora. Assegu-rou não querer falar do seu suces-sor, mas não se coibiu de dizer queera a primeira vez que estava naque-le espaço, até porque deixou bem cla-ro: “nem sequer convidado fui para ainauguração, é bom que se percebaisto porque todo este processo come-çou sendo eu presidente de Câmara”.

Ainda as intervenções dos orado-res não tinham começado e o presi-dente da Juventude Social Democra-ta, Rui Batista, já fazia questão de darresposta às duas perguntas que seimpunham: porquê este tema e, prin-cipalmente, porquê estes oradores.Quanto à primeira, Rui Batista acre-dita que “o poder local hoje, mais doque ontem, tem um impacto grandena nossa qualidade de vida, por issoentendemos que enquanto jovenscom atividade política é um tema quedevemos refletir”. Já no que diz res-peito à segunda questão a palavra-chave é ‘pluralidade’. “Quando que-remos estar na política de forma sé-ria e sermos intelectualmente hones-tos com a nossa ação temos de pro-mover o diálogo inter-ideológico”,acredita o presidente da JSD, sublinhan-do que o facto de se estar na presen-ça de um ex-presidente da Câmarade Santo Tirso eleito pelo Partido So-cialista “não deve causar estranhezaou espanto”, pois o que se quer é “omelhor para a nossa terra”. Uma dasformas de o conseguir é, segundoRui Batista, “sermos humildes parapodermos aprender com a experienciadaqueles que já exerceram cargospolíticos, independentemente da suaideologia”. Castro Fernandes, por ou-

POLÍTICA // CASTRO CASTRO FERNANDES NAS JORNADAS EURICO DE MELO DA JSD

Regressar à Câmara Municipalseria um erro e nem os tirsensescompreenderiam,diz Castro FernandesESTEVE, COMO O PRÓPRIO REFERIU, “EM SILÊNCIO DURANTE CERCA DE DOIS ANOS”, MAS QUEBROU-O NASJORNADAS EURICO DE MELO PROMOVIDAS PELA JUVENTUDE SOCIAL-DEMOCRATA TIRSENSE. O ANTIGOPRESIDENTE DA CÂMARA DE SANTO TIRSO, CASTRO FERNANDES, JUNTOU-SE AO EX-PRESIDENTE DACÂMARA DE PENAFIEL, ALBERTO SANTOS, PARA FALAR SOBRE O PASSADO E O FUTURO DO PODER LOCAL

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 05

MÉDICO DOS OLHOSOFTALMOLOGISTA

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tro lado, acredita que no “espirito de-mocrático e aberto” que se vive hoje,“é perfeitamente natural que um mili-tante de um partido se desloque aoutro partido e lá teça consideraçõessobre as suas opções políticas”, dan-do mesmo o exemplo de homens doPS que estiveram em Universidadesde Verão da JSD, como Mário Soarese António Vitorino.

Ladeado por Rui Batista e peladeputada e presidente da concelhiado PSD de Santo Tirso, Andreia Neto,Castro Fernandes lembrou Eurico deMelo, “o único político tirsense quechegou a vice-primeiro-ministro aolongo da história”. “Era um homemextremamente preocupado com oconcelho”, sublinhou até porque,acredita, “geralmente a memoria daspessoas é curta e é bom que noslembremos, fica-nos bem”. Recordoudepois muito do trabalho que de-senvolveu ao longo de mais de umadécada à frente do concelho, das pre-ocupações com o emprego e conse-quente recuperação das zonas indus-triais, e nomeadamente a Fábrica doTeles, da aposta na área da saúde,que fez com que atualmente, “ao ní-vel dos cuidados primários de saú-de Santo Tirso tenha um nível de aten-dimento que é mesmo muito bom”.

Sublinhou que continua a ver oMosteiro de Santo Tirso como ima-gem de marca da cidade e disse acre-ditar que um dos seus maiores lega-dos é a recuperação das margens doAve. Falou do que fez, do que quisfazer e não conseguiu. Das EscolasBásicas de Vila das Aves e S. Rosendoque, considera, serem “os dois pro-blemas que faltam resolver na edu-cação”, da indefinição em torno daobra na ponte de Frádegas que olevou, inclusivamente, a acionar oEstado, dos limites entre a Trofa eSanto Tirso que continuam por defi-nir. “Nunca foi aprovado o mapa dedelimitação e vejam os problemas queestão a ocorrer ultimamente, toda agente pensava que estava tudo resol-

vido e agora há um problema muitograve outra vez entre Santo Tirso eTrofa com ações de um concelhocontra o outro”, explicou.

Sobre o futuro, Castro Fernandestem uma certeza: “Eu nunca mais vol-tarei à Câmara a não ser que aconte-ça um cataclismo total, isso é pontoassente”, até porque, continua, “estivecatorze anos a frente da Câmara e ten-tar voltar é um erro. Penso que nemsequer a população compreenderia”.

“UM CANDIDATO DEVE PROCURARESTAR PRESENTE, SER PA-CIENTE E SER IGUAL A SI MESMO”Sobre a política em geral, o ex-presi-dente da Câmara acredita que o se-gredo está na independência. “A mai-

‘cópias’ de modelos internacionais degestão. Depois, assegura, “é interes-sante como chegamos a algumas au-tarquias onde o presidente tem umchefe de gabinete, um diretor de co-municação, e tem um gabinete deimprensa, são os tais exageros quelevam a que, por vezes, a imagem queaparece não tem nada a ver com arealidade”. Em Santo Tirso, CastroFernandes acredita que o papel dasfreguesias é fundamental e garanteque “ninguém ganha eleições noconcelho, ganhando só em SantoTirso, S. Martinho e Vila das Aves”.“Eu cheguei a perder as três e ga-nhei a Câmara na mesma”, sublinhourealçando a necessidade de estudaras características sociológicas e polí-ticas de cada região do concelho.

O social-democrata Albertos San-tos, conhecido não só por ter lidera-do os destinos da autarquia de Pena-fiel mas também pelos romances queescreve, realçou algumas das quali-dades que um líder deve ter e de-fendeu e necessidade de que “todosos autarcas saibam interpretar o seutempo” e as necessidades reais doterritório. Defende que um líder deveser, ao mesmo tempo, “agregador devontades” e “distensor de tensões”,que deve saber gerir as expetativasda população e exercitar a prudên-cia e a paciência. Aos futuros candi-datos municipais, lembra apenas que“um candidato deve querer ser servi-dor do público, ter consciência dosproblemas que tem pela frente, co-nhecer os anseios e expetativas daspessoas, procurar estar presente, serpaciente e ser igual a si mesmo”.

O encerramento esteve a cargo dapresidente da Concelhia do PSD, An-dreia Neto que mostrou, não só, co-mungar das preocupações levanta-das por ambos os oradores como re-forçou que a presença de convida-dos de partidos distintos é um sinalde democracia e abertura. “É assim quea nossa postura se enquadra e assimvai continuar a ser no futuro”. |||||

or parte dos políticos que estão hojeà frente dos partidos nunca tiveramnenhuma profissão, nunca foram in-dependentes e a melhor maneira deestar na política é nós estarmos se-guros, termos lastro, termos uma pro-fissão”, sublinhou.

Numa tarde onde não faltou otema das eleições, o socialista vincouposições que considera importantes,revelou estudos que se debruçam so-bre a importância do candidato, apre-sentou exemplos. Se, por um lado, ex-plicou a subida do abstencionismo nasautárquicas com a menor difusão deinformação do que em outros atoseleitorais, Castro Fernandes, abordouainda a existência de modelosautárquicos que mais não são do que

“A maior parte dos po-líticos que estão hoje àfrente dos partidosnunca tiveram nenhu-ma profissão, nuncaforam independentes ea melhor maneira deestar na política é nósestarmos seguros, ter-mos lastro, termos umaprofissão”

“Chegamos a algumasautarquias onde o pre-sidente tem um chefe degabinete, um diretor decomunicação e umgabinete de imprensa.São os tais exagerosque levam a que, porvezes, a imagem queaparece não tem nadaa ver com a realidade.”

Eu nunca mais volta-rei à Câmara a nãoser que aconteça umcataclismo total,isso é ponto assente.”

CASTRO FERNANDES, EX-PRESIDENTEDA CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

NA IMAGEM À ESQUERDA, CASTROFERNANDES LADEADO POR RUIBATISTA, PRESIDENTE DA JSD, EANDREIA NETO, PRESIDENTE DACONCELHIA DE SANTO TIRSO DO PSD.NA IMAGEM À DIREITA, O EX-AUTARCADE PENAFIEL, ALBERTO SANTOS

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EDITORIAL

06 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

OPINIAOAproxima-se o fim do ano e comele chega a altura de festejarmos amudança de todos os dígitos donosso calendário. É curioso comoalgo tão abstrato como o tempoconsegue ter um efeito tão marcantena vida dos humanos.

Abstrato ou não, reconheço quea nossa vida em comum tende orga-nizar-se em torno de tempo, épocas,datas... Estas noções estabelecem for-mas de facilitar o entendimento en-tre as pessoas: estar embriagado nanoite de ano novo é interpretadocomo estando a festejar, e não co-mo sendo alcoólico, é admissível;permitir, ou obrigar, crianças a esta-rem acordadas até à meia-noite ésinal de alegria, não de falta de dis-ciplina dos pais, é admissível; dei-xar familiares sozinhos nesta noite,não é justificável com rotinas diá-rias complicadas, não é admissível.

Na verdade, são este tipo de refe-rências que nos permitem entender-mo-nos uns aos outros. Tudo corretranquilamente quando todos par-tilhamos das mesmas referências esabemos comportamo-nos para nãoofender ou sentirmo-nos ofendidos.

A passagem de ano é uma refe-rência social como muitas outras.Associado à passagem do ano vema noção de deixar para trás o ve-lho e entrar no novo, decidir o quequeremos que transite e o que que-remos que fique para trás. É umaaltura de balanços.

Para mim, 2015 foi um ano emque, uma vez mais, fomos lembra-dos que as nossas referências so-ciais são muito locais. Que na co-munidade global em que vivemosactualmente este tipo de referênci-as de pouco servem se queremoscontinuar a entendermos-nos unsaos outros como seres humanos ahabitar um planeta que a todos per-tence de forma igual.

Um pequeno exemplo é a pró-pria transição de ano. Para umagrande parte da população da ter-ra, 2016 só chegará a 8 de feverei-ro, para outros 2016 só chegará a3 de outubro. Quem estará corre-to? Será que alguém está correto?

Um exemplo mais extremo é a

“Sempre foi assimmas está aser diferente”

Ao finalizar mais um ano de ediçãoem que, fruto de uma reserva de quemestando há quinze anos como dire-tor, achava natural poder vir a pas-sar o testemunho a alguém com maisenergia e capacidade de adaptaçãoa novos tempos e novas dinâmicasde comunicação, vejo-me na obriga-ção de, com a compreensão e apoioda redação e dos órgãos proprietá-

Luís Américo FernandesO DIRETOR

rios deste jornal, continuar a assu-mir uma presença assídua e a inter-venção escrita que, sendo pessoalís-sima, não interfira com o pacto deisenção e distanciamento que os lei-tores apreciam no tratamento edi-torial dos conteúdos, informações eeventos que, oriundos das institui-ções públicas e privadas que intera-gem na vida das nossas comunida-des, em grande parte as determinam.Procurarei manter pois um editori-al por mês, um exercício de que meabstive quase por completo ao lon-go do último ano como que motiva-do pela menor atenção ao quotidia-no da cena pública local mas tam-bém pela exposição a uma intensapropaganda eleitoral para uma novalegislatura que nos obrigava a mai-or contenção na opinião. Um edito-rial, não deixando de ser um textoopinativo em que o diretor põe mar-ca própria, ideias, valores e julga-mentos que são os seus que, em prin-cípio, não determinam o código e osprocedimentos jornalísticos da re-dação, implica apesar de tudo umacerta contenção e reserva. Aliás, es-tou em crer que a margem de aceita-ção e reconhecimento para com co-mentadores com “caráter forte e for-te intervenção crítica” na imprensalocal e regional se vai tornando naprática mais exígua, constatando-se

que menos pessoas estão disponí-veis para manter com regularidade ecoerência uma “coluna de opinião” e,muitas vezes, os que vão persistindotambém não sentem que haja um“feed-back” benévolo por parte dosleitores (ou da redação) quanto àforma como escreve ou “opina”. Nãoquero com isto depreciar estas cola-borações que, em boa verdade, vãofaltando mas também não se exigeque um jornal regional tenha a aurade um “Jornal do Fundão”.

Os portugueses, por muitas ex-trapolações que possam ser tiradasdos resultados eleitorais de Outu-bro (e há-as para todos os gostos edesgostos), através dos representan-tes que elegeram para a nova legis-latura em funções na Assembleia daRepública, inviabilizaram já umagovernação por parte das duas for-ças partidárias que ganharam as elei-ções e permitiram arranjos partidá-rios à esquerda que configurassemo XXI º Governo Constitucional daresponsabilidade da segunda forçamais votada, o Partido Socialista que,entretanto, dá os primeiros passospara se credibilizar como um gover-no capaz de governar muito paraalém do médio prazo de um Orça-mento de Estado para 2016 que, nomínimo, parece garantido. Numa al-tura em que o ciclo eleitoral avançapara a eleição em janeiro próximodo Presidente da República que iráequilibrar e moderar tão complexasituação política, acho extremamen-te positivo que o país não esteja “con-denado” a ter que ir novamente àsurnas para assegurar uma governa-bilidade mais estável e duradoura.E considero que foi em boa hora quese quebrou o tabu de que os parti-dos de esquerda estavam a mais nanossa democracia e que o arco dagovernabilidade só era possível àdireita e ao centro, sendo certo que,a partir de agora, tudo está por re-configurar e tudo é imprevisível. Asaudiências que habitualmente acom-panham os processos eleitorais, an-tes e depois de ocorrerem, já nosvão conformando com a probabili-dade de uma eleição à primeira vol-ta de um candidato presidencial mastambém não penalizam, muito pelocontrário, quem ousou promover um“golpe nas costas do povo” para che-gar ao poder. Por mais que nos digamque “sempre foi assim” e que a polí-tica é geocêntrica e tem as suas “pre-visibilidades”, como dizia SérgioGodinho numa conhecida canção,“sempre foi assim, dizem, sempre foiassim mas está a ser diferente”! |||||

alimentação. Para uma enorme po-pulação da terra comer porco ouvaca é tão inconcebível como umrestaurante em Vila das Aves ter co-mo prato do dia um bife de cão, comarroz do mesmo ou como especia-lidade francesinha de gato siamês.Nenhuma destas opções tem umaexplicação racional, é completamen-te subjetiva e tem como base ape-nas as referências abstratas de dife-rentes sociedades.

Em 2015, vimos o corpo do me-nino sírio encontrado numa praiaturca. Um menino vestido como tan-tos outros, mas de rosto tapado, per-mitindo que a ele o associássemoso rosto desses muitos meninos comquem nos cruzamos todos os dias.O sofrimento contínuo e visível, atéà morte, tende causar mais descon-forto do que a própria morte. Con-tudo, o mundo ocidental ficou maistranstornado com a foto do meni-no sírio do que com as muitas ima-gens de crianças em África a mor-rerem de má nutrição. Podemosnãos ficar indiferentes mas, as nos-sas referências colocam as crian-ças em África longe de casa, longedas nossas vidas.

O impacto das notícias nas nos-sas vidas é maior ou menor depen-dendo das nossas referências. Em2015, vimos atos de violência emcafés, em salas de concertos, em es-colas... em espaços que habitamosdiariamente. Sentimo-nos chocadoscom as barbaridades deste atos. Nasfavelas brasileiras, nos guetos ame-ricanos, e em muitos bairros sociaiseuropeus, faz parte do dia-a-dia estaincerteza de segurança, e já pouconos choca as notícias que relatamo número de mortes nestes locais.

Em altura de balanços, e decidiro que quero ou não quero levarcomigo para o ano que se avizinhalembro-me de um incidente que tivehá uns anos atrás. A estudar no Por-to, como muitos outros jovens adul-tos, percorri a Ribeira a qualquerhora do dia ou da noite, vezes semfim, acompanhado ou sozinho, enunca tive qualquer incidente. Sem-pre com a devida cautela, mas nun-ca me senti em perigo. No entanto,numa visita a um centro comercial,às 7 da tarde, algo que se faz deforma tranquila e sem receios, fuiassaltado à navalha.

Os diversos acontecimentos de2015 mostraram-me que a nãoaceitação da diferença é tão peri-gosa como a aceitação da indife-rença. É crónico... Eu sei. |||||

Fernando Torres

CRÓNICO

Medos ebalanços

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CARTOON // VAMOS A VER...

Turismo em Santo Tirso, II

ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 07

No final de 2012 permitiram-me es-crever neste jornal um artigo de opi-nião sobre turismo em Santo Tirso.Volvido este tempo e depois de elei-ções autárquicas em 2013, contandodesde então o município com umnovo executivo, julgou-se fazer sen-tido voltar ao tema. Neste texto, sim-ples, referência ao que se revela me-nos positivo, do passado recente edo presente, ao que entretanto me-lhorou e poucas palavras sobre ofuturo. Uma opinião informal, fun-damentada na realidade. Análisestécnicas não são aqui nem agora.

Começando pelo pior. A estaçãode comboios, uma das “portas deentrada” em Santo Tirso, mais pare-ce uma espécie de pedaço de jornalvelho de tão mau aspecto que tem.Já há muito que é assim. Para pes-soas com mobilidade reduzida, adeslocação nas ruas da cidade e avisita a determinados, aliás muitos,espaços de interesse turístico conti-nua a ser uma tarefa ingrata. O pro-jeto das bicicletas citadinas, desig-nadas de Toupeiras, promovido pela

Direitos Humanos

Felisbela Freitas

No passado dia 10 de dezembro, ce-lebraram-se 67 anos desde que as Na-ções Unidas (ONU) adotou a Decla-ração Universal dos Direitos Humanos.

Comprometeram-se, na altura, asnações a cumprir e fazer cumprir taldeclaração.

Este documento, delineado e ado-tado em 1948 no rescaldo da 2ªGuerra Mundial, diz no seu preâmbu-lo: “O desconhecimento e o despre-zo dos direitos humanos conduzi-ram a atos de barbárie que revoltama consciência da Humanidade (…)”

No primeiro artigo desta Declara-ção, ficou estabelecido que “todos osseres humanos nascem livres e iguaisem dignidade e em direitos. Dotadosde razão e de consciência, devem agiruns para com os outros em espíritode fraternidade.”

Até pode acontecer que nasçamoslivres e iguais, mas é só por um meroe muito breve instante. E o espírito defraternidade é algo de que nos lem-bramos muito nesta época natalíciamas que fica esquecido tantas vezesno resto do ano.

Em todos os países, nuns mais queoutros, os direitos humanos são mui-tas vezes colocados em segundo pla-no. Nenhuma nação, infelizmente, sepode orgulhar de não ter situaçõesde violação daqueles direitos.

Direito à liberdade, à segurançapessoal, a não ser discriminado combase na religião…

Acima de tudo, os acontecimentosdos últimos tempos neste nosso mun-do provam-nos que tal declaração, quetais direitos, são todos os dias mal tra-tados, espezinhados, desconsiderados.

Acontecimentos como ataques ter-roristas, seguidos de bombardeamen-tos a zonas habitadas (também) porcivis inocentes; o acolhimento precá-rio e até humilhante dado, em plenaEuropa, aos refugiados que fogem dezonas de guerra ou de países onde asegurança pessoal é muitas vezesameaçada puramente por se ter ide-ais, crenças e opiniões diferentes; asprisões arbitrárias, sem acusação for-mal, durante anos a fio, com o argu-

mento da “segurança nacional”, comoem Guantanamo; as confissões obti-das sob tortura da mais variada espé-cie, em tantos países tanto ocidentaiscomo orientais…

As crianças que são obrigadas acasar, em países como o Burkina Faso,as crianças que são obrigadas a par-ticipar em guerras, como na Síria etantos outros. As mulheres que sãopresas por abortos espontâneos, co-mo El Salvador…

São tantos os atropelos aos direi-tos humanos, todos os dias, em todoo lado, que me pergunto se não seráum mero papel, uma declaração es-crita numa altura em que todos acha-vam que se devia fazer algo para quenão ocorresse novamente nada desemelhante, mas que na verdade, fi-cou guardada numa gaveta, ou emol-durada numa parede de uma salaonde ninguém vai.

Porque país nenhum faz cumprirverdadeiramente tal declaração. Por-que país nenhum põe verdadeiramen-te os direitos humanos à frente doseconómicos ou de convicções religi-osas extremistas.

Ainda temos, infelizmente, muitosatos de barbárie, e não são por des-conhecimento, são mesmo por des-prezo pelos direitos do Homem.

Não obstante, gosto de acreditarque ainda há esperança para a Huma-nidade, porque há ainda, felizmente,muitas situações de verdadeira e sin-cera fraternidade entre os homens. Equero acreditar que, de alguma for-ma, vamos aos poucos conseguir su-perar (ou minimizar, pelo menos) esteMal que se instalou no Mundo. |||||

“Gosto de acreditar queainda há esperançapara a Humanidade”.

União de Freguesias de Santo Tirso,Couto (Sta. Cristina e S Miguel) e Bur-gães, que por tentar promover a mo-bilidade também se relaciona como turismo, foi ou é um verdadeiroflop. Uma ideia interessante se hou-vesse condições para andar de bi-cicleta em Santo Tirso. Portanto, ummau investimento, independente-mente da origem do dinheiro. Bici-cletas catitas em cidades com ruasde relevo (muito!) irregular em cubogranítico e sem ciclovias, não é umacombinação feliz. Há alguns mesesalguém dizia no Jornal de Notíciassobre as Toupeiras, “servem para sairdo stresse e fugir ao trânsito”. Pude-ra, senão podem ser abalroados. E étão fácil perceber que Santo Tirsonão é Amesterdão nem Valência.

Seguindo para melhor. Investi-mentos e iniciativas públicas, ou pri-vadas com apoio por parte do mu-nicípio, que direcionam a cidaderumo à modernidade, à contempora-neidade e à vivência são, felizmen-te, uma realidade cada vez mais as-sumida e positiva. São exemplos oMuseu Internacional de EsculturaContemporânea, muito (não tudo)do que vai acontecendo na Fábricade Santo Thyrso, o Parque da Raba-da e o Parque da Ribeira do Matadou-ro, o Festival Internacional de Guitar-ra (embora a necessitar de um refresh),os Ciclos de Jazz, o Festival Palcos deSanto Tirso. E pode dizer-se que a

dinâmica que vem sendo implemen-tada pelas empresas privadas, so-bretudo os cafés e bares junto aoLargo Coronel Batista Coelho, em-bora possa haver constrangimentos,é notoriamente positiva. Há um pou-co mais de vivacidade! A comuni-cação e promoção turística, com oatual executivo, aliás, com o atualpresidente da Câmara, deu um sal-to qualitativo significativo. A cidadeé agora promovida de forma efetiva,com relativa regularidade e de for-ma algo cuidada em termos de ima-gem. Neste âmbito, Santo Tirso estáagora no Séc. XXI.

Quanto ao futuro, dois assuntos.O que está previsto acontecer noMercado Municipal e no largo dafeira é de suma importância. A suareabilitação! Uma zona da cidadeque definha há demasiado tempo,vai certamente servir melhor os in-teresses da comunidade local e dequem possa vir em turismo e/ou la-zer. A recém-inaugurada escola dehotelaria é um bom prenúncio.

Turismo em Santo Tirso, em ter-mos de estratégia promocional, éhoje menos “avulso” e a cidade, nãoo concelho, caminha em direção aum posicionamento mais competiti-vo, no mercado interno. Com osolhos, sempre, no Porto, Braga e Gui-marães, esses sim, destinos turísti-cos. ||||| * Mestre em Turismo, Inovação eDesenvolvimento

Jorge Coelho*

Turismo em Santo Tirso, em termos de estratégiapromocional, é hoje menos “avulso” e a cidade,não o concelho, caminha em direção a umposicionamento mais competitivo, no mercado interno”.

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08 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

ATUALIDADEVILA DAS AVES // ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃOHUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS

||||| TEXTO: AMÉIRAMÉIRAMÉIRAMÉIRAMÉIROCOCOCOCOC LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Com a presença de cerca de três deze-nas de sócios, decorreu no passadodia 4 deste mês de dezembro a As-sem-bleia Geral da Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntári-os de Vila das Aves. A reunião come-çou com o anúncio da retirada daordem de trabalhos dos assuntos re-lativos a uma eventual cedência deterrenos para a eventual construçãodo Centro de Estágios do Clube Des-portivo das Aves SAD, obra que temvindo a ser anunciada, nomeada-mente em assembleia e em atos pú-blicos do clube de Vila das Aves. Aretirada destes pontos da ordem detrabalhos foi explicada com o facto denão ter sido ainda recebidos pela as-sociação quer o projeto quer os docu-mentos que permitam uma efetivaanálise das condições de cedência ea elaboração duma proposta de de-cisão que a direção pudesse apre-sentar à Assembleia Geral.

Apesar de ter ficado de fora da dis-

Assembleia adia decisãosobre eventual cedênciade terreno paraCentro de EstágioFALTA DE ELEMENTOS DE ANÁLISE DA PROPOSTA DA SAD DO DESPORTIVODAS AVES PARA A CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE ESTÁGIOS NA QUINTADOS PINHEIROS LEVOU À RETIRADA DO ASSUNTO DA ORDEM DE TRABALHOS

cussão, o assunto teve, ainda assim,alguma relevância em intervençõesefetuadas no decorrer da reunião pe-lo facto de ter sido solicitado, algumtempo antes, por um sócio presente, oacesso ao teor da escritura de doaçãodos terrenos da Quinta dos Pinheirosa favor da associação e de tal não tersido concedido pela direção que paratal referiu formalidades estatutáriasque não teriam sido cumpridas.

O presidente da direção, CarlosValente, fez a apresentação do Planoe Orçamento para o ano de 2016,tendo sido assessorado, na parte quediz respeito às contas, pelo respon-sável da contabilidade, Benjamim Cu-

nha. As receitas previsionais de 919mil euros e as despesas de cerca de865 mil apresentadas foram calcula-das com base numa extrapolação pa-ra todo o ano do que foi realizado atéagosto e, fora algumas consideraçõesrelativas às despesas com formaçãodos bombeiros, não houve grandediscussão à volta do tema. Nem se-quer quando se compararam os subsí-dios camarários que outros concelhosconcedem às suas corporações comos que são aqui recebidos ou quan-do alguém referiu que, não sendo asvespas asiáticas um problema de saú-de pública, se deveria remeter à Câma-ra Municipal toda a responsabilida-de sobre esse assunto. Apenas umaabstenção contrariou o sentido geraldo voto que aprovou os documentos.

COTA SOBE 5 EUROS EM 2016Nesta Assembleia Geral ficou a sa-ber-se que, a partir do próximo ano,todos os contribuintes poderão men-cionar, na sua declaração de IRS, aAssociação Humanitária como bene-ficiária da parte que a lei prevê paraeste tipo de instituições e isso fazprever uma receita que se espera ve-nha a ter alguma importância. O quenão impediu, no entanto, a direçãode propor um aumento da quotizaçãoanual dos sócios de 10 para 15 eu-ros anuais. A redução substancial dasverbas recebidas a título de donativonos anos mais recentes e o facto denão haver alterações desde 2005foram alguns dos argumentos invo-cados pela direção. Foram colocadaspor sócios presentes algumas obje-ções e dúvidas sobre o número total

de sócios que efetivamente pagamquotas e sobre a eficiência do procedi-mento adotado para a cobrança ten-do a direção dado conta das dificul-dades encontradas devido a erros eimprecisões dos ficheiros de associ-ados e da intenção de fazer novoscartões de sócio. O aumento das co-tas foi aprovado por maioria, tendotido 3 votos contra e uma abstenção.

REGALIAS DOS ASSOCIADOSO ponto relativo à revisão das rega-lias dos associados permitiu a análi-se de algumas situações que a dire-ção pretendia ver clarificadas tendoficado aprovado um período de ca-rência, isto é, só depois de passar umperíodo de três meses como sócio éque um novo sócio poderá acederaos descontos nos serviços prestados.

De acordo como o documentoaprovado os associados e seus filhosenquanto menores bem como defici-entes a seu cargo, têm direito a 50%de desconto nos custos de retornode hospitais da área de intervençãoquando comprovada a condição defisicamente debilitado (maca ou ca-deira de rodas), nos serviços de trans-porte de saúde de emergência quan-do o INEM não garanta o pagamen-to e no serviço de transporte de saú-de para hospitais com documento demarcação de consulta ou tratamento.

Foi incluída também uma normaque estabelece a impossibilidade demarcar novos serviços com faturas porliquidar e ficou aberta a possibilida-de de poder a direção analisar edecidir sobre casos especiais de ca-rência de meios. |||||

15 EUROSÉ ESTE O VALOR A PAGAR PELAQUOTA ANUAL DE ASSOCIADODOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOSDE VILA DAS AVES.AUMENTO DE CINCO EUROSFOI APROVADO POR MAIORIA.

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Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 09

Electricidade AutoMecânica geral

TacógrafosLimitadores de velocidade

AlarmesAuto-rádios

negrelcar - centro de assistência auto, lda.Av. 27 de Maio, 817 | 4795-545 Vila de Negrelos

Telf.: 252 870 870 - Fax: 252 870 879 | E-mail: [email protected]

CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE TACÓGRAFOS Nº 101.25.04.6.052CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO DE QUALIFICAÇÃODE INSTALADOR DE LIMITADORES DE VELOCIDADE Nº 101.99.04.6.053

Bombeirosreceberammaisde 800 aves

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Com cerca de 60 funcionários, a em-presa trabalha atualmente sobretudopara o “grande mercado de Paris” mastêm flexibilidade suficiente para semover para vários outros mercadosinternacionais. Sediada na zona in-dustrial de Fontiscos há cerca de 25anos, a empresa foi, garante o seugestor Octávio Pereira, “prejudicada,

Facal é “motivo deorgulho” para omunicípio de Santo TirsoAS VISITAS QUE EXECUTIVO LIDERADO POR JOAQUIM COUTO TEM LEVADO A CABOA VÁRIAS EMPRESAS POR TODO O CONCELHO NÃO SÃO NOVIDADE E A 1 DEDEZEMBRO FOI A VEZ DA FACAL, NA ZONA INDUSTRIAL DE FONSTISCOS.A EMPRESA SOMA UMA VASTA EXPERIENCIA NA ENGENHARIA DE FACHADAS E PROVASDADAS DENTRO E FORA DE PORTUGAL

durante muitos anos, pelo abando-no a que o local foi sujeito ao níveldos arranjos exteriores”. É que a zonaonde a empresa está instalada é bemno meio da incerteza dos limites en-tre Santo Tirso e Trofa e Octávio Perei-ra acredita que essa foi a razão quelevou a que o problema se prolon-gasse por tanto tempo. Foi, por isso,“com grande satisfação” que festeja-ram a realização de obras. “Hoje o

espaço exterior é agradável, não nosenvergonha e estamos contentes comisso. Ainda assim, prefere manter-seà margem de questões políticas e as-sume que sempre houve uma boarelação entre a empresa e os suces-sivos executivos municipais. “Sabemosque este projeto foi concluído peloatual presidente, mas sabemos tam-bém que foi lançado pelo anteriorautarca, pelo que não temos nenhu-ma razão para estar, nesta altura, ainterrogar-nos sobre qual terá sido omelhor”, sublinha.

Joaquim Couto não poupa elogi-os à empresa, que considera, “exem-plar sob o ponto de vista tecnológico,da organização e dos produtos deponta que produz para o mundo glo-balizado”. Couto defende que “teruma empresa destas no concelho émotivo de orgulho” mas também umaforma de promover o município “atra-vés da excelência das empresas”.

Sobre a incerteza dos limites doconcelho, Couto lembra que apesarde estarem por definir “há uma sen-tença judicial que determina os limi-tes provisórios entre Santo Tirso e aTrofa”. De acordo com essa sentençaa zona industrial de Fontiscos perten-ce ao concelho de Santo Tirso e, comela, todas as empresas alí instaladas.O problema, garante o presidente, éque “os organismos do Estado, comoas finanças ou as conservatórias nãocumprem a sentença judicial e estãoa desrespeitar o tribunal”. Couto ad-mite mesmo processar o Estado sesituação não for resolvida: “teremosde mover um processo contra o Es-tado, para que o Estado cumpra”. “Ve-jam o escândalo”, continua o autarca,“uma Câmara Municipal a mover umprocesso contra o Estado para que oEstado cumpra a sentença do tribu-nal”. E a indignação do presidentevai mais longe: “Se fosse um particu-lar a desrespeitar uma sentença judi-cial caía o Carmo e a Trindade, oEstado não cumpre uma sentença dojuiz e não acontece nada”. |||||

No último fim-de-semana de no-vembro o polivalente da Associa-ção Humanitária dos BombeirosVoluntários de Vila das Aves re-cebeu convidados bem diferentesdo habitual. É que esse foi o localescolhido para a quarta exposi-ção de Aves levada a cabo peloClube Ornitológico de Santo Tirsoem parceria com o de Lordelo.

Entrar no polivalente entre osdias 26 e 29 de novembro eradisfrutar de uma experiencia decores e sons com que muitos nãose cruzam no dia-a-dia. Ao todoeram cerca de 850 aves em ex-posição e difícil era perceber qualdelas seria a mais bonita. O presi-dente do clube, Carlos Matos, ex-plicou que a parceria com o clubede Lordelo se deve à proliferaçãode eventos na mesma altura. “Ànossa volta existem muitos clubese temos um intervalo de um mêse meio para fazer estas exposiçõese, como somos muitos clubes, te-mos que nos unir para que hajamenos exposições para dar espa-ço a uns e a outros”, garante. Asaves em exposição são divididasem duas secções: os canários decor e os de porte. Todas elas sãocriadas no próprio ano, anilhadase, depois, “o criador tem que sele-cionar quais as melhores aves”. Asaves são posteriormente avaliadase os melhores são premiados.

A exposição é anual e, este ano,explica o presidente, na impossibi-lidade de se realizar na Fábrica deSanto Tirso, aconteceu nas Aves. |||||

EXPOSIÇÃO DE AVES

SANTO TIRSO // EMPRESAS & NEGÓCIOS

Se fosse um particular a desrespei-tar uma sentença judicial caía oCarmo e a Trindade, o Estadonão cumpre e não acontece nada”JOAQUIM COUTO, SOBRE O PROCESSO DOS LIMITES DO CONCELHO

OCTÁVIO PEREIRA, GERENTE DAFACAL, LADEADO PORJOAQUIM COUTO E PELOVEREADOR ALBERTO COSTA

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OPORTUNIDADEDE NEGÓCIOPassa-se Pão Quente em Vila dasAves, por motivos de idadeCONTACTO: 965 557 931

10 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

ATUALIDADE‘O super Tprecisa de ti’

Dê umatampa paraajudaro André

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O Tiago tem quatro anos e há doisque luta contra um neuroblastoma,um cancro infantil grave. Submeteu-se a vários tratamentos no IPO e che-gou a estar praticamente curado, masteve uma recidiva. Agora, família eamigos lutam para angariar os cercade 300 mil euros que precisam paralevá-lo a fazer um tratamento experi-mental no Memorial Sloan KetteringCancer Center, em Nova Iorque.

A família criou uma página nofacebook, chamada ‘O super T precisade ti’ onde vai dando conta da evo-lução do seu estado de saúde e par-tilha todas as formas de ajudar a ar-recadar fundos. Uma das últimas ini-ciativas aconteceu no “Aves em Na-tal”, onde uma das barraquinhas ti-nha como único objetivo recolher aju-das para o Super T. “O nosso objetivoé fazer com que ele vá para os Esta-

dos Unidos e que tenha uma vidacomo qualquer um de nós”, subli-nhou Teresa Andrade. A recetividadeà campanha, garante, é grande. “Todaa gente quer ajudar, os produtos quetemos aqui foram todos doados, es-tão marcados com os preços e háimensa gente que dá muito mais di-nheiro do que o que está marcado eoutros ainda dão o dinheiro e vão-se embora, não levam nenhum arti-go. Acho que é a barraca que temmais gente mas é tudo por uma boacausa, para ajudar o Tiago”.

Pode ajudar o Tiago comprando,na junta de Vila das Aves bilhetes parao concerto solidário que terá lugarna Igreja matriz no dia 26 e que temum custo de 10 euros ou através daseguinte conta bancária. NIB: 00330000 45475498388 05; IBAN:PT50 0033 0000 4547549838805; BIC/SWIFT: BCOMPTPL; Benefi-ciário: Tiago Santos. |||||

VILA DAS AVES // SOLIDARIEDADE

NO PRÓXIMO DIA 26 DE DEZEMBRO, HÁ CONCERTOSOLIDÁRIO PARA COM O MENINO TIAGO

Ajudar quem mais precisa podecustar muito pouco e fazer toda adiferença na vida de alguém. Foicom base nesta máxima que RafaelLopes e a Cantina da Fábrica cria-ram a campanha dê uma tampapara ajudar o André a ter uma no-va cadeira de rodas adaptada e,consequentemente, ter uma me-lhor qualidade de vida. “Ele preci-sa muito dessa cadeira porque elecresceu muito e já não se conse-gue sentar direito”.

Rafael Lopes explica que a ca-deira rondará os 800 euros e quetodos podem ajudar contribuin-do de forma simples na campa-nha: juntando tampinhas e emba-lagens plásticas. “O ponto de reco-lha é na Fábrica do Rio Vizela, é láque estamos a concentrar as tam-pinhas todas, o Intermarché tam-bém nos faz o favor de recolher,mas quem quiser pode deixar látambém. Para além disso, temos emalguns sítios de Vila das Aves gar-rafões para as pessoas irem me-tendo tampinhas”. Ao contrário doque acontece com outras campa-nhas, esta não tem data definidapara terminar, até porque, explica,“agora que surgiu esta campanhajá uma quantidade de mães liga-ram a dizer que também precisam”.“Não me custa nada ir recolhen-do e acabando uma pede-se paraoutro”, sublinha. |||||

Burgães “ficou cominfraestruturado século XXI”

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Chama-se Rua do Real e fica emBurgães, mas para o presidente daUnião de Freguesias, Jorge Gomes,só agora faz juz ao nome. “Há mui-tos e muitos anos que os morado-res pediam e o Fernando [antigopresidente da Junta de Burgães emembro do atual executivo daUnião] sempre lutou para que fos-se possível e, graças à Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso, é inaugura-da hoje e pode ser transitável deuma forma condigna”.

O presidente da Câmara, Joa-quim Couto, acredita que a popula-ção que ali mora “finalmente ficoucom uma infraestrutura do séculoXXI” e deixa bem claro que a inau-guração da rua é “cheia de signifi-cado”. “Por um lado porque des-monta aquilo que às vezes se ouve

JOAQUIM COUTO INAUGUROU, NO PASSADO DIA 2, AREQUALIFICAÇÃO PROFUNDA DA RUA DO REAL,EM BURGÃES, ORÇADA EM CERCA DE 133 MIL EUROS

BRUGÃES // REDE VIÁRIA

SOLIDARIEDADE

RECOLHA DE TAMPASPROSSEGUE NAS AVES

por aí dizer, de que a Câmara nãofaz obras, quando eu, este ano, jáinaugurei mais de dez obras deruas, parques desportivos ou edifí-cios nas mais variadas circunstan-cias”. Por outro lado, garante o pre-sidente, trata-se de cumprir um com-promisso eleitoral. “Os compromis-sos eleitorais que que fiz estou acumpri-los paulatinamente e, nestemomento, com dois anos de man-dato, temos seguramente 65% dosnossos compromissos eleitoraiscumpridos”, salienta o presidente.

Jorge Gomes não esqueceu apaciência dos moradores que, “noverão levaram com o pó e de inver-no com a lama” e nem Couto, que semostrou convicto de que “as pesso-as rapidamente esquecem o pó e a la-ma, em benefício daquilo que têm ago-ra, que é uma infraestrutura moder-na e adaptada às necessidades”. |||||

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 11

“Num momento de particular intran-quilidade, em que escasseiam os si-nais de esperança, impõe-se à Mise-ricórdia de Santo Tirso, tendo emconta inclusive a sua vocação social,dar sinais do contrário. Mas não ofaz de ânimo leve, antes porque acre-dita estarem reunidas as condiçõespara que, a partir de janeiro do pró-ximo ano, as populações de SantoTirso e Trofa renovem com o ‘seu’hospital uma relação de confiança”.

Era nestes moldes que, há sema-nas, a Misericórdia de Santo Tirsodava conta de que tomaria conta dosdestinos do Hospital Conde de S.Bento a partir de 1 de janeiro. A cren-ça de que assim será não ficou aba-lada, mas as últimas notícias pare-cem não dar o assunto como encer-rado, nomeadamente a partir domomento em que a Câmara Munici-pal de Santo Tirso fez saber que oacordo assinado pelo anterior Mi-nistério da Saúde e a Santa Casa,relativo à passagem do Hospital deSanto Tirso, foi enviado para o Tribu-nal de Contas. Desta forma, refere aautarquia em comunicado de impren-sa “o processo de transição, previstopara 1 de janeiro, está suspenso”.

Segundo a mesma fonte, a deci-são do atual Ministério da Saúde, li-derado por Adalberto CamposFernandes, surge dias depois da reu-nião mantida com o presidente daCâmara de Santo Tirso, Joaquim Cou-to. Este encontro havia sido solicita-do com caráter de urgência, logo apósa tomada de posse do novo gover-no, liderado por António Costa.

Em comunicado, a autarquia criti-ca o anterior governo pela “contínuaperda de valências do Hospital deSanto Tirso”, acrescentando mesmoque o fez com o “objetivo evidentede tornar o Hospital obsoleto, com oargumento de que, como não pro-duzia, seria necessário entregá-lo àSanta Casa da Misericórdia”.

Congratulando-se com a decisãodo atual Ministério da Saúde, a autar-quia volta a dizer que é essencial queo Hospital de Santo Tirso se mante-nha no Serviço Nacional de Saúde(SNS), garantindo a qualidade e equi-dade de acesso aos utentes”.

Mas aquilo que para a autarquia éuma “boa notícia”, para a Misericór-dia não é mais do que um normalprocedimento inerente ao contratoassinado. “O contrato de gestão foi,agora, enviado para apreciação peloTribunal de Contas, como acontececom qualquer contrato gerador dedespesa pública, esperando-se quenão mereça qualquer reserva”, refere

ATUAL GOVERNO REMETE PARA O TRIBUNAL DE CONTAS ACORDO ASSINADO COMO ANTERIOR MINISTÉRIO DA SAÚDE TENDO EM VISA A TRANSFERÊNCIADA UNIDADE HOSPITALAR DE SANTO TIRSO PARA A MISERICÓRDIA LOCAL

aquela instituição em comunicadodivulgado esta terça-feira e assinadopela Mesa Administrativa.

Ainda segundo a Misericórdia, nasequência da celebração do contra-to foram desencadeados “todos osprocedimentos” e negociados “os con-tratos necessários, com os compro-missos daí decorrentes, para que em1 de janeiro de 2016, sem prejuízoda pronúncia do Tribunal de Con-tas, possa assumir a gestão”.

Ainda no mesmo comunicado, aMisericórdia volta a dizer que nesteprocesso, não está nem nunca esteveem causa o Serviço Nacional de Saú-de, sublinhando que o hospital Con-de de S. Bento “continuará a perten-cer ao SNS” permanecendo, por isso,“sob a tutela do respetivo ministério”.

Para a Misericórdia, tornou-se evi-dente que quarenta anos volvidos des-de a sua passagem para o domíniopúblico, o hospital “deixou de corres-ponder às necessidades da popula-ção” e que uma vez confrontada coma possibilidade de voltar a fazer agestão do mesmo, encarou semelhan-te desafio como algo a que não sepodia furtar, e fê-lo “com a convicçãode que, como tem demonstrado emoutras áreas, poderia prestar melhorescuidados de saúde à comunidade”.

“Melhores cuidados de saúde àcomunidade” não deixa de ser aqui-lo que o PS de Santo Tirso tambémpretende e é nessa medida que en-cara como “uma nova esperança paraa população” a suspensão da passa-gem do hospital par a misericórdia.Para o PS local, aquela unidade hos-pitalar tem sido prejudicada “pela faltade investimentos”, responsabilizandoo anterior governo de Passos Coe-lho pelo facto. Em comunicado deimprensa, os socialistas congratulam-se, por isso, com a decisão do atualgoverno de enviar para o Tribunalde Contas o protocolo assinado coma Misiricórdia, não deixando de es-tranhar, porém, o facto de o anteriorgoverno não o ter feito. ||||| AAAAA REDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃOREDAÇÃO

HOSPITAL // TRANSFERÊNCIA PARA A MISERICÓRDIA SUSPENSA

Acordo celebrado entrea Misericórdia e oanterior Ministérioda Saúde aguarda vistodo Tribunal de Contas

PORMENOR DAFACHADA DOHOSPITAL QUE AMISERICÓRDIAQUER REBATIZAR DECONDE DE S. BENTO

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ATUALIDADEEntre a vergonha e o escarro,quase tudo serve paramanifestar a indignaçãopela obras na Conde Vizela

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

FOTO: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

Depois da incerteza em torno da plan-tação de novas árvores na avenidaConde Vizela, a obra, que já está emandamento, desperta agora uma novaquestão. “Acho que são cerca de 70mil euros que estão previstos ser gas-tos na rua e, com algum espanto, vejoque todo o material está a ser recicla-do”, referiu sebastião Lopes, do PSD,acrescentando o ponto que considerafulcral na questão, também os ban-cos estão a ser aproveitados. “Souapologista de que o que pode ser apro-veitado, deve sê-lo mas parece-me que,de facto, haveria mobiliário mais ur-bano para uma rua que é uma dasentradas de Vila das Aves”, destacou.

A posição de Carlos Valente so-bre o assunto ficou bem clara no pe-ríodo de intervenção do público: “Nainauguração da Conde Vizela é pre-ciso fazer uma grande surpresa ao

A ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE DIA 12 DE DEZEMBRO TINHA VÁRIOSPONTOS NA ORDEM DE TRABALHOS, NOMEADAMENTE O ORÇAMENTOE PLANO DE ATIVIDADES PARA 2016 E O PLANO PLURIANUAL DEINVESTIMENTOS MAS PODIA BEM SER RESUMIDA A DOIS: OSPROBLEMAS COM A ILUMINAÇÃO E AS OBRAS NA AVENIDA CONDE VIZELA

Sr. Presidente”. A surpresa, assegura,é em forma de protesto e sugere mes-mo que se “vá para a inauguração comnariz de palhaço”. “Esperamos pelainauguração da Conde Vizela para ma-nifestar abertamente o nosso despre-zo e a nossa indignação”. Tudo por-que considera “vergonhoso” que sefaça uma obra como a da avenidaConde Vizela, “no sítio que é, ondepassam imensas pessoas todos os diase ter ali uma obra que é um escarro,é um insulto à Vila das Aves”. “Ver-gonhoso” é, de resto, palavra que tam-bém a presidente da Junta de Fregue-sia, Elisabete Roque faria, usa para des-crever a colocação dos antigos ban-cos. A questão, garante, “não é terem30 anos, a questão é terem 30 anose estarem degradados, estarem parti-dos”. A presidente assegura mesmoque já fez chegar à autarquia a suaopinião sobre o assunto. “O Sr. Presi-dente da Câmara disse que vão verse ficam bem, se ficarem mal logo se

vê”. Mesmo sublinhando não saberqual o futuro dos ditos bancos, nãodeixa de ressalvar que considera quea vila merecia mais.

Sérgio Gonçalves, eleito pelo PS,explicou ter reunido com o responsá-vel da obra e lembrou que “as árvo-res de pequeno, médio e grande portenão são permitidas a menos de dezmetros da linha”. Já sobre os bancos,garante serem “uma peça arquitetónicado mesmo autor que fez a Praça daCâmara” e que irão ser recuperadosantes de voltarem à avenida. Quan-to à beleza, sublinhou estar mais inte-ressado na sua funcionalidade. Masmesmo no que à funcionalidade dizrespeito, Elisabete Roque Faria discor-da e mantem a sua posição de fazer“tudo para mudar aqueles bancos”.Mas para a presidente há ainda ou-tra questão importante relativa à ave-nida, os comerciantes. “Eu lembro-medo projeto inicial, a Câmara diz quenão tem mas eu vi, e pretendia-seencostar a rua toda à linha, punham-se as árvores no meio ou na outra

VILA DAS AVES // ASSEMBLEIA DE FREGUESIA ponta, por causa dos dez metros, ocomércio desenvolvia muito mais”.Ainda assim, garante, “mal por mal,que se ponham outros bancos”.

FALTA LUZ À FREGUESIAMas se as obras na Conde Vizelasuscitam debate, o mesmo se podedizer da iluminação na freguesia. To-dos parecem estar de acordo que ailuminação não é suficiente e foi mes-mo o deputado António Costa, elei-to pelo PS, quem primeiro abordou oassunto. Lembrou que, “por questõeseconómicas”, foram desligados al-guns postes, que agora precisam serrevistos, e sublinhou que “algunsnecessitam de manutenção, dado queas suas lâmpadas estão partidas efundidas”. Costa chegou mesmo alembrar a recente “iniciativa” de colo-car velas na Rotunda de S. Miguel,sublinhando, no entanto que a esco-lha do local, não foi “feliz”. “Se calhardeveriam ter posto no adro da cape-la mortuária ou na rua do posto mé-dico ou na rua padre Joaquim da Bar-

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 13

ca que é um dos sítios mais perigo-sos para quem passa a pé, sem pas-seios, sem iluminação”, sublinhou.Sebastião Lopes defende a necessi-dade de fazer sentir a “indignação comdeterminadas situações” e Carlos Va-lente deixou um ‘elogio’ à Câmara pe-los “monumentos que mantem em Viladas Aves”. “A rotunda de S. Miguel estáàs escuras mas no entanto tem lá umbocado de um poste que está a cairhá não sei quantos anos, na rua 25de Abril veem-se cabos embrulhadosem plástico no chão e não há nin-guém da Câmara que veja”, reforça.

“Estão a estudar o que vai ser liga-do ou não, o que é que vai ser liga-do a led”, explicou a presidente daJunta, assegurando que “para Vila dasAves as ruas principais deverão terlâmpadas a led e essas vão estar to-das ligadas”. Quanto às restantes,adianta que está a ser estudada umasolução em conjunto. “Solicitaram-nos um parecer do que é que achá-vamos que devia ser ligado e desli-gado”, referiu. |||||

Num dos últimos dias de novembro,vários foram os avenses que decidi-ram protestar contra os problemas deiluminação que afetam a freguesia.Fizeram-no deixando velas acesas narotunda de S. Miguel, um dos luga-res onde escasseia iluminação públi-ca. A iniciativa depressa alastrou e,no dia cinco, rumaram aos Paços doConcelho para deixar velas junto àestrela gigante ali colocada. CarlosValente, um dos mentores da iniciati-va dizia, então, que “depois de verum anúncio da Câmara, a falar de400 mil lâmpadas led na cidade”,considera “uma vergonha o que sepassa nas Aves”. Valente convidou,inclusive, o presidente ver a situaçãocom os seus próprios olhos, “fazer arua de S. Miguel à noite, pelos pas-seios”. “Depois que me diga se nóstemos ou não temos razão de recla-mar”. Esta rua é, garante, só uma demuitas com falta de iluminação. “Estáinstituído que poste sim, poste não estáaceso e se há ruas que podem tercondições para isso, claramente a deS. Miguel não tem”. A revolta que dizsentir é, assegura, por achar que “aCâmara, neste momento, está de cos-tas voltadas para as Aves”. Até por-que, sublinhou: “em frente à CâmaraMunicipal esta tudo ligado”.

Dores Monteiro garante que narua onde vive só há um poste liga-do: “há luzes partidas nos postes, umdeles caiu há uns anos quando hou-ve um acidente e não foi conserta-do”, adianta. Acedeu a participar nainiciativa para que olhem para a vilaque considera estar “parada”. O sen-timento de insegurança, garante, vaiaumentando e lamenta que em algu-

mas ruas sejam mais os postes desli-gados. “Pagamos centenas de eurosde IMI, temos o mesmo direito queos outros”, sublinha. José Ferreira en-tende a necessidade de reduzir as des-pesas com iluminação, mas refere que“a falta de manutenção faz com quehaja muitas ruas totalmente às escu-ras”. Para José Ferreira é necessário“haver o mínimo de conforto parasair”, nomeadamente em locais comoas escolas. Por outro lado, acreditaque “o povo de Vila das Aves se de-veria mobilizar e reivindicar o direitoque lhes assiste”.

Ao Entre Margens a Câmara Mu-nicipal garante que o executivo “to-mou, desde a primeira hora, a inicia-tiva de dialogar com todas as juntasde freguesia, no sentido de rever oplano de poupança que tinha sidoacordado pelo anterior executivo eas juntas de freguesia”. Nesse senti-do garante que no passado dia 7 deoutubro o vereador responsável pelaquestão reuniu com todos os presi-dentes de junta “no sentido de dia-logar e perceber quais as mudançasa introduzir no plano de poupança”e que, posteriormente, a 20 de no-vembro, foi enviado um mapa comtodas as iluminarias a todas as fre-guesias, nomeadamente Vila das Aves.“Na altura, foi solicitado a cada pre-sidente de junta de freguesia queenviasse as sugestões de quais asiluminárias que deveriam voltar a fi-car ligadas e aquelas que poderiamser desligadas, a fim de efetuar umplano de poupança. Resposta que aCâmara Municipal está a aguardarpor parte da Junta de Freguesia deVila das Aves”. A autarquia garante

CÂMARA MUNICIPAL DIZ QUE ESTÁ A AGUARDAR ASSUGESTÕES DA JUNTA DE VILA DAS AVES PARADECIDIR QUE ILUMINARIAS DEVEM VOLTAR A SER LIGADAS

que assim que “existir esse entendi-mento, a Câmara Municipal de SantoTirso solicitará à EDP” a sua ligação eexplica, ainda que as lâmpadas tradi-cionais serão substituídas por Led emgrande parte da área central de Viladas Aves. A Câmara diz-se, assim, dis-posta a alterar o plano de poupançade energia, mas lembra que o referi-do plano surgiu quando “o GovernoCDS-PP decidiu aumentar o IVA dailuminação pública para a taxa máxi-ma”. Só em Vila das Aves a fatura re-ferente à iluminação pública paga pelaautarquia ronda os 160 mil euros. |||||

VILA DAS AVES // ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Avenses escolhem praça domunicípio para reclamarpor mais iluminação na freguesia

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LIVROS // “SOMOS” DE CARLA VALENTE

||||| TEXTO: CRISCRISCRISCRISCRISTINATINATINATINATINA VVVVVALENTEALENTEALENTEALENTEALENTE

No final de novembro, na BibliotecaAlmeida Garrett, ao Palácio de Cristal,mais de uma centena de admirado-res assistiram ao lançamento do se-gundo livro de poesia de Carla Valen-te, intitulado “Somos”. Desta vez, a au-tora não subiu sozinha ao palco, esco-lheu António F Maia para seu coau-tor, e, numa simbiose perfeita fazerjus à arte plural. Este livro compostopor 65 poemas e 17 fotografias a pre-to e branco foi alvo dos maiores elo-gios pelos eruditos da arte poética.

CARLA VALENTE DESLUMBRA PORTO COM O SEUNOVO LIVRO DE POESIA “SOMOS”

Invicta recebeu demodo entusiastaa escritoratirsense Carla Valente

comparado entre um poema de cadaum dos consagrados escritores comos de Carla Valente. Considera apoesia de Carla Valente “intensa, pro-funda, (...) fogo de amor em que apoetisa se exalta e se consome...”.César Santos Silva deu o enfoque aoseu discurso na temática: “A impor-tância dos escritores na cidade doPorto/ a chegada da escritora CarlaValente à cidade”. Mostrou-se sur-preendido com a intensidade e ori-ginalidade da poesia de Carla Va-lente, tendo mesmo afirmado que, umdia, será bem possível que, a cidadedo Porto venha a ter uma rua cha-mada Carla Valente. Antonio F Maiareferiu que “Somos” foi um desafioaliciante, exigente e pautado por muitasintonia no sentir das emoções.

As declamações estiveram a cargode Álvaro Maio, Aurora Gaia, CarlosRevez, Eduardo Roseira, Isilda Nunese Lourdes dos Santos que, na suamaioria, são pessoas do mundo doteatro, tendo dado voz aos poemasde Carla Valente de modo exímio.

A parte musical foi abrilhantadapelas vozes das filhas da autora – Vi-tória e Mariana Valente -, bem comopela prestação do grupo Trio Vibratto,composto por Patrícia Fontes Pereira,Rafaela Fernandes e Raquel Couto.

Entre outros, na apresentação dolivro estiveram Filipa Correia, diretorada Biblioteca Almeida Garrett, emrepresentação da Câmara Municipaldo Porto, e o vereador da Cultura daCâmara Municipal de Santo Tirso,Tiago Araújo.

A autora confessou que “Somos”é um livro “muito intenso que faz atravessia do verbo ser, de quem nosmarca, de quem nos trespassa e nuncamais nos deixa como éramos antes”.Sorridente e muito confiante, afirmouque pretende levar esta obra a váriascidades do país, nas quais se incluiSanto Tirso, sua cidade natal.

O livro pode ser adequirido naFNAC, na livraria Vanda em SantoTirso ou diretamente à editora. ||||||

A apresentação da obra esteve acargo do escritor Luís Quintino Limae do professor e historiador CésarSantos Silva. Para além dos apresen-tadores, acompanharam a autora,António F Maia, coautor de “Somos”,Vítor Rocha da Mosaico de PalavrasEditora, e Alírio Canceles, que assu-miu o papel de moderador/comen-tador do evento.

Luís Quintino Lima comparouCarla Valente a Daniel Faria, Eugéniode Andrade e a Reiner Maria Rilke,tendo argumentado tal reconheci-mento recorrendo à citação de modo

D. Afonso Henriques emProjeto Erasmus comcinco escolas europeiasComo noticiado anteriormente, oAgrupamento de Escolas D. Afon-so Henriques encontra-se a desen-volver um Projeto Erasmus em con-junto com cinco escolas de Espa-nha, Lituânia, País de Gales, Polóniae Itália, que se propõe a trabalhar otema “O desporto como forma defomentar hábitos saudáveis e per-mitir oportunidades iguais”.

São definidas tarefas comuns atodos os países, que depois são apre-sentadas e analisadas aquando dasdeslocações aos diversos países.Cada escola viaja com 8 alunos edois professores para cada um dospaíses envolvidos, onde permane-cem durante uma semana para emconjunto desenvolverem “Atividadesde Aprendizagem” em sintonia como tema, e participarem também ematividades culturais que lhes pro-porcionem conhecimentos sobre acultura dos país e da região. Osalunos ficam hospedados em casade famílias de alunos da escola,tendo também aí uma forma de vi-verem o dia-a-dia e a maneira deser de uma família local.

No final de novembro, sete alu-

nos da Escola Básica de S. Tomé deNegrelos fizeram uma apresentaçãodando conta das atividades do tó-pico 2 do projeto (O desporto con-tra as doenças e a obesidade) e avisita dos parceiros estrangeiros aonosso país em maio passado. Osalunos fizeram um ponto da situa-ção do projeto, procedendo a umaavaliação das atividades e da for-ma como estas se repercutiram navida da escola e nas suas própriasaprendizagens, relevando como pon-tos fundamentais um maior conhe-cimento de culturas alheias, umamaior capacidade para a organiza-ção de eventos e para o trabalhoem equipa, uma maior consciencia-lização sobre o problema da obesi-dade e da sua prevenção e tam-bém uma considerável melhoria aonível da comunicação em línguainglesa, a língua oficial do projeto.

Neste momento a escola está jáa trabalhar no 3º subtema, “Subs-tâncias proibidas e comportamen-tos de risco no desporto”, cujos tra-balhos culminarão com a mobilida-de de 8 alunos e dois professoresà Lituânia em março de 2016. |||||

EDUCAÇÃO // BÁSICA DE S. TOMÉ DE NEGRELOS

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 15

´INQUERITO

INQUÉRITO AO PAI NATAL, SENHOR DE IDADE AVANÇADAE DE EMBLEMÁTICAS BARBAS BRANCAS QUE OUSADESFILAR PELAS RUAS DE SANTO TIRSO UMA VEZ POR ANO

... ainda sou dotempo em que opresidente da Câmarade Santo Tirso era júrinos concursos de MissT-Shirt Molhada”.

O Pai Natal existe? A pergunta a quemuitos pais se furtam anos a fio por-que acham que o seu contrário é queé verdade, afinal pode não ser bemassim. E tanto assim é que, essa figu-ra lendária que em muitas culturas oci-dentais traz presentes às crianças detodo o mundo (ou nem tanto), até ace-deu ao convite do Entre Margens pararesponder ao seu habitual inquérito.E, acreditem ou não, encontramo-lona parada do último domingo.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Do concelho da Trofa. Assim já nãoprecisava de sair de Santo Tirso parair ao Mc Donald’s e à rulote do Mingos.

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Gostava de ver mais gente na plateia,diz-se que costuma haver muitos lu-gares vazios.

Qual das prometidas obras cama-rárias sente mais falta?Da ponte para Rebordões, a partir deCense (Vila das Aves). Quando o se-nhor eng. foi lá lançar aquela pedraque acabou por frutificar no outroextremo da freguesa e falou na ponte,achei logo uma boa ideia. Pena é quea ‘coisa’ não andou.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Nem eu, que sou eu, acredito no PaiNatal…

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para…Desfrutar do tacho. Parece que se comemuito bem na cantina da Câmara.

A Casa de chá, no Parque D. Maria II

“Nem eu, que soueu, acreditono Pai Natal...”

dá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Definitivamente um Xanax. À falta derequinte, mais valia ter uns tintos àmalga.

Complete a frase: eu ainda sou dotempo em que…… o presidente da Câmara de SantoTirso era júri nos concursos de MissT-Shirt molhada.*

Eu faria um abaixo-assinado para…Não se acabar com certas profissõesde grande tradição como os limpa-fossas e os limpa-chaminés. Se conti-nuam a pôr filtros nas chaminés esaneamento nas ruas os pobres-dia-bos não vão ter sucesso.

Onde se comem os melhores jesuí-tas?Ultimamente tenho apreciado os doAlgarve, da confeitaria Algarve. Maseu até sou mais limonetes.

Eu pagava para……Ver a Eng. Ana Maria Ferreira e aDr.a Andreia Neto disputarem a Câ-mara de Santo Tirso… e, se não forpedir muito, com direito a primeiraspáginas no Entre Margens à modada Joana Amaral Dias

Em que década vai o PSD conquistar

a Câmara de Santo Tirso?Essa é difícil, essa é difícil…

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)?Eu não sou esquisito, vou à missacom qualquer um, posso é não ir àmissa de qualquer um.

Com quem é que gostava de se coli-gar?Porque é que acha que o Costa che-gou ao governo?

Sabe o nome da diretora do CentroCultural de Vila das Aves?O Centro Cultural não tem diretora,tem um funcionário destacado.

Quantas vezes já esteve em Rabada?Eu e a rena Rodolfo já resolvemosesse assunto.

Depois do Parque da Rabada, do ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Eu votava no Parque do Verdeal masouvi dizer que vai ser o Parque doEspada a Rastos…

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Oh, deixe lá, são só mais dois anos.

A quem dava com um pau de selfie?À Popota, que lá porque tem umasmamas maiores que as minhas pen-sa que pode roubar-me o protago-nismo.

Santo Tirso tem ‘pedalada’ para tan-ta festa?Então, se não se faz mais nada…

A quem oferecia uma medalha demérito?A mim, pois farto-me de trabalhar eo máximo que recebo em troca é umagarrafa de coca-cola. ||||| * ver ediçãonúmero 12, de agosto/setembro de 1988,do Entre Margens

PAI NATAL

“ILUSTRAÇÃO NUNO MOTA

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DESPORTOFUTEBOL LIGA 2 // CD AVES

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FOTOS: VVVVVASCOASCOASCOASCOASCO OLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRAOLIVEIRA

A era de Ulisses Morais, treinadordo Aves, começou bem mas, vai demal a pior. A sua equipa atravessauma série de maus resultados e pa-rece estar numa queda vertiginosa naclassificação do campeonato.

Azar ou falta de sorte, o Aves temvindo a perder pontos em jogos di-tos cruciais. Já tinha acontecido navisita à Póvoa de Varzim (perdeu por1-0), aconteceu depois em casa como empate a um golo com o Oliveiren-se, tratando-se neste caso, do últimoclassificado. Na deslocação a Cha-ves, no dia 2 de dezembro, a forma-ção avense até esteve a ganhar, mastornou-se numa equipa muito passi-va em campo deixando-se dominarpela equipa flaviense, que com me-nos um jogador em campo deu avolta ao resultado tornando-se numjusto vencedor. A história repetiu-se,desta vez em casa e quase da mesmamaneira na receção ao Académicode Viseu, no passado dia 6: a equi-pa avense entrou bem no jogo e co-meçou a ganhar logo aos 5 minutosmas, pecou mais uma vez na finali-zação; desperdiçou oportunidadessem jeito e que poderiam ditar umresultado muito positivo para os ho-mens de Ulisses Morais. O AC. deViseu, que veio a Vila das Aves jogarno contra ataque, conseguiu tomar

O CLUBE DESPORTIVO DAS AVES ESTÁ HÁSEIS JOGOS SEM VENCER E OCUPA NOMOMENTO A 16ª POSIÇÃO COM 26 PONTOS

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - SANTA CLARA 25

18 - VARZIM 25

19 - PENAFIEL 25

20 - COVILHÃ 24

21 - MAFRA 23

23 - ORIENTAL 16

22 - LEIXÕES 18

1624 - UD OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

09 - BRAGA B 31

10 - OLHANENSE 31

11 - ATLÉTICO 28

12 - AC VISEU 28

13 - FARENSE 27

15 - BENFICA B 27

14 - VITÓRIA B 27

2616 - CD AVES

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P01 - FC PORTO B 43

02 - FEIRENSE 39

03 - CHAVES 36

04 - SPORTING B 35

05 - FREAMUNDE 33

07 - PORTIMONENSE 32

06 - FAMALICÃO 32

3108 - GIL VICENTE

Aves emqueda livre

as rédeas do jogo, e, a jogar commenos uma unidade, acabou por sairvencedor (1-2). O jogo seguinte, como Sporting B teve um resultado curtoe digno mas desfavorável (1-0).

Na mais recente jornada, a 21ª docampeonato, jogada no passado do-mingo, o Desportivo das Aves foi aBarcelos tentar os três pontos mas, so-freu um golo muito cedo (8 minutos)que acabou por condicionar o desem-penho no restante período de tempo.

O encontro começou bastanteintenso mas com a equipa gilista emmaior destaque, acabando mesmo pormarcar logo aos 8 minutos de jogo.Após o intervalo, os homens do Avesaté tiveram mais posse de bola, crian-do pressão no meio campo do GilVicente que entrou, nesta fase do jo-go, em gestão do resultado aprovei-tando os lances de contra ataque paratentar aumentar o resultado.

O Aves saiu de Barcelos (1-0) commais uma derrota complicando ascontas para se aproximar dos luga-res cimeiros. Por falta de apoio nãoserá, pois a Força Avense mais umavez se fez ouvir, manifestando de for-ma muito emoti-va o apoio incondi-cional ao clube de Vila das Aves. ||||||

Esta sucessão de resultados ne-gativos não prometia grandes ex-petativas para o desafio dos oi-tavos de final da Taça de Portu-gal que se realizou ontem, dia 16de dezembro no Estádio do Clu-be Desportivo das Aves, com oNacional da Madeira, da 1ª Liga,como adversário. Atendendo aque o fecho desta edição foi an-terior à realização da partida, sóno próximo número poderemosnoticiar o seu desfecho.

Costuma dizer-se que não háduas sem três, pelo que eliminarum terceiro clube do escalão su-perior seria um feito notável. Masseria, sobretudo, um sinal de re-toma de uma nova série de resul-tados favoráveis de que o Des-portivo das Aves bem precisa. |||||

TAÇA DE PORTUGAL -- OITAVOS DE FINAL

As últimas jornadas do Campeo-nato de Portugal, antigo Campeo-nato Nacional de Seniores que aAR S. Martinho e o F C Tirsensedisputam, respetivamente nas sé-ries B e C saldaram-se por empa-tes. O S. Martinho empatou emVizela e na Trofa a zero e depoisem casa com a Oliveirense a umabola, encontrando-se a meio darespetiva tabela enquanto o Tir-sense, depois de perder em Gon-domar, empatou em casa com oSousense num jogo atribulado emque o adversário acabou reduzi-do a oito jogadores e voltou aempatar com o Salgueiros, a umabola num jogo a recordar antigosdérbis, jogado agora na Maia, jáque o velho campo de Paranhoshá muito desapareceu. Com estesresultados o FC Tirsense tarda emdescolar dos lugares do fundo databela. Na jornada do próximodomingo o Tirsense defronta, noseu estádio, o Pedras Rubras en-quanto o S. Martinho tem confron-to marcado para Arões. |||||

FUTEBOL // CAMPEONA-TO DE PORTUGAL

Tirsense eS. Martinho, deempateem empate

O FC Vilarinho recuperou algumânimo na jornada do passado do-mingo ao vencer o Vila Meã por2-1 depois de uma série de pe-sadas derrotas nos jogos das jor-nadas anteriores. O próximo jogo,na Lixa é, por isso, importante paraconsolidar a necessária recupera-ção. O clube ocupa o 16º lugarda tabela, com 15 pontos, apenastrês pontos acima dos últimos clas-sificados. |||||

FUTEBOL // DIVISÃO DEÉLITE PRO NACIONAL

Vilarinho vai àLixa: virá de lácom mais ânimo?

“O Aves parece estarnuma queda vertigi-nosa na classifica-ção do campeonato”.

IMAGENS DO JOGOS DO DESPORTIVODAS AVES COM O OLIVEIRENSE (EMCIMA) E COM O ACADÉMICO DE VISEU

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 17

AUTOMOBILISMO // MASTER RALIS SPRINT NORTE

Francisco Azevedo e Jorge Balbeirativeram uma época excelente, apos-tando de novo no Peugeot 205 GTIe no Masters Ralis Sprint Norte quetinha várias provas comuns ao CIN:“A FPAK estreou este ano o MastersRalis Sprint Norte e como tinha algu-mas provas comuns ao CIN, decidiinscrever-me. O campeonato foicorrendo muito bem e sensivelmentea meio apercebemo-nos que tínha-mos hipóteses de fazer algo boni-to”, sublinha Francisco Azevedo quenão só foi o vencedor absoluto des-te campeonato como também ven-ceu, assim como o seu navegador, ogrupo sx1, reservado aos carros detracção dianteira. “Como provam osnúmeros, no grupo sx1 a nossa su-perioridade ficou bem vincada eacabamos por ser campeões facil-mente, mas a nossa maior satisfa-ção foi o título absoluto que con-quistei e o 2º lugar por parte doJorge Balbeira”, explica, salientandoque “estes títulos não caíram do céu”.

Francisco Azevedo considera quemantiveram um bom nível, regista-

DEPOIS DE NA ÉPOCA PASSADA TER VENCIDO A CLASSE 3DO CAMPEONATO INTER MUNICÍPIOS-NORTE, FRANCIS-CO AZEVEDO FOI CAMPEÃO DO MASTERS RALIS SPRINTNORTE, CAMPEONATO ESTREADO PELA FEDERAÇÃOPORTUGUESA DE AUTOMOBILISMO E KARTING (FPAK)ESTE ANO, TENDO COMO NAVEGADOR O ESTREANTEJORGE BALBEIRA QUE SUBSTITUIU SANDRA BARBOSA

AVENSES FAZEM OPLENO EM ESPANHA

Tânia Barros, atleta do Karate ShotokanVila das Aves, sagrou-se no últimodomingo campeã nacional em kumitecadetes feminino (menos de 54kg).A atleta venceu categoricamente todasadversárias conquistando assim o seuterceiro título de campeã nacional, jáque nos dois anos anteriores foi cam-peã nacional em juvenis e agora emcadetes; facto que fazem da atleta deVila das Aves uma das melhores (senão a melhor) no seu escalão.

A conquista do título realizou-seno Pavilhão Municipal de santo Tirsono âmbito do 23º Campeonato Na-cional de Karaté nas categorias de ca-detes e juniores. Prova que contou coma presença de mais de 500 atletas,129 clubes e 43 associações de todoo pais. A organização esteve a cargoda Federação Nacional Karaté Portu-gal - federação com utilidade pública- , e do Karate Shotokan Vila das Aves,com o apoio da Câmara de Santo Tirso.

Tânia Barrosé campeãnacional de karatéMAIS DE 500 ATLETAS ESTIVERAM PRESENTES NO 23ºCAMPEONATO NACIONAL DE KARATÉ REALIZADO NODOMINGO NO PAVILHÃO MUNICIPAL DE SANTO TIRSO

Para além de Tânia Barros, o KarateShotokan Vila das Aves esteve epre-sentado por mais duas atletas, nestecaso juniores (16/17anos): CristinaLopes e Eva Silva, que não subiramao pódio mas tiveram um desempe-nho aceitável tendo em conta a expe-riência competitiva reduzida de ambas

A organização faz um balançopositivo do campeonato, que decor-reu sem incidentes, sublinhando oprestígio para o concelho com a con-quista de Tânia Barros. Na cerimóniada entrega das medalhas estiverampresentes, o presidente da Federação,Carlos Silva, o presidente da CâmaraMunicipal de Santo Tirso, JoaquimCouto, e o vereador do Desporto, Jo-sé Pedro Machado. Na ocasião, o au-tarca tirsense agradeceu a presençade todos e elogiou o trabalho desen-volvido pelo mestre Joaquim Fernan-des no concelho, no país e mesmo anível internacional. |||||

Convidado a participar no OpenInternacional de Karate Mega-xoxe 2015, realizado em Ouren-se (Espanha), o Karaté Shotokande Vila das Aves ganhou pratica-mente tudo o que havia para ga-nhar. É disso testemunho, os pri-meiros lugares conquistados, nacategoria de juvenis, por Lea Bar-ros, em kumite (menos 40kg),José Pereira (menos 60kg) e Jú-lio Silva (mais 60kg). Em cadetese juniores, idêntica proeza: TâniaBarros conquistou a primeira po-sição (menos 54 kg) e a mesma sor-te para Eva Silva (menos 59 kg).Em sénior kumite, Manuel Ribei-ro alcançou também a primeira po-sição (mais 80 kg) e na prova dekata masculino Iuri Silva venceunas categorias de júnior e sé-nior.Destaque ainda para os segundoslugares conquistados por DiogoRodrigues (em juvenis kumite) eCristina Lopes (júnior kumite). |||||

KARATÉ // CAMPEONATO NACIONALram uma grande evolução. “Outrofator que me deixa orgulhoso foiter adversários e amigos de grandequalidade, que desde já aproveitopara lhes dar os parabéns, assimcomo ficar na história por ser o pri-meiro campeão do primeiro MastersRalis Sprint Norte”, continua. “Como

Francisco Azevedosagra-se campeãodo MastersRalis Sprint Norte

é óbvio tivemos ao longo da épocaimportantes ajudas para que estativesse o balanço muito positivo”,ressalva o piloto avense.

Sobre os planos para 2016, Fran-cisco Azevedo diz ainda não estarem condições para dar certezas, masassegura que “gostava de experi-mentar outro tipo de carro, para po-der continuar a evoluir, tendo sem-pre presente a diversão e a adrena-lina” inerentes aos próprios ralis. |||||

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18 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

DIVERSOS

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

VILA DAS AVESJosefina de Fátima Machado de Freitas

A família participa o falecimento da sua ente querida,natural de Lordelo, com 74 anos de idade, falecida noHospital S. João do Porto no dia 26 de Novembro de2015. O funeral realizou-se no dia 28 de Novembro,na Capela Mortuária de Vila das Aves, para a IgrejaMatriz, indo de seguida a sepultar no Cemitério de Viladas Aves. Sua família renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

VILA DELORDELO

Carlos Ferreira

A família participa o falecimento do seu ente querido,natural de Lordelo, com 89 anos de idade, falecido noHospital de Guimarães no dia 29 de Novembro de2015. O funeral realizou-se no dia 30 de Novembro,na Capela Mortuária da Vila de Lordelo, para a IgrejaParoquial, indo de seguida a sepultar no Cemitério daVila de Lordelo. Sua família renova os sincerosagradecimentos pela participação no funeral e missade 7º. Dia.

Funeral a cargo de: Agência Funerária de Abílio Godinho

AGRADECIMENTO

No passado dia 1 de dezembro, faleceu o Sr. DomingosRibeiro, com 92 anos, viúvo da D. Rosa Coelho Queirós,residente na Rua Padre Silva Gonçalves.

Sr. Domingos Ribeiro

Agradecimento Vila das Aves

Sua filha, netas e demais família vêm assim, muito sensibilizados,agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas de carinhoe amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimento do seuente querido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Empregoe Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro deEmprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando areferência (Ref.) associada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de empregopublicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e asua publicação.

No passado dia 23 de novembro, faleceu a D. MariaArminda, com 89 anos, viúva do Sr. José Maria deAlmeida, residente em Lagoços - Bairro.

D. Maria ArmindaAgradecimento Bairro

Suas filhas(os), netas(os) e demais família vêm assim, muito sensi-bilizados, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelasprovas de carinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando dofalecimento da sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

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ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015 | 19

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A FECHAR20 | ENTRE MARGENS | 17 DEZEMBRO 2015

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancas a14 de janeiro de 2016

entreMARGENS

Se ainda não tem planos para a úl-tima noite de 2015 saiba que, esteano, a Câmara Municipal de SantoTirso volta a promover, na Fábricade Santo Thyrso, uma festa de pas-sagem de ano. Para a última noite de2015, a autarquia tem previsto umprograma repleto de animação, ondenão vai faltar a oferta de espuman-te, bolo-rei e chocolate quente.

A programação também prome-te ser recheada e começa logo às23h00 com o grupo Top5, queatuará também depois da meia-noite.Depois das doze badaladas, e dasuvas passas, a partir da 01:30h damanhã, a pista ficará por conta devários DJ’s. Naquela que promete

Município prometepassagem de anoaté às 5h da manhã

Foram conhecidos na passada terça-feira os vencedores deste ano do Or-çamento Participativo Jovem e os pro-jetos vencedores destacam-se peloseu cariz Social e Humanitário. “Sealguém ainda duvida que Santo Tirsoé o lugar onde todos os jovens têmum papel fundamental na participa-ção política, do seu valor e onde ossonhos são possíveis, o OrçamentoParticipativo Jovem é a resposta”, su-blinhou o presidente da Câmara Mu-nicipal, Joaquim Couto na cerimóniaem que “(Vi)ver os sentidos” de Vâ-nia Cunha e Beatriz Carneiro e “Des-porto Adaptado” de Helena Silveirasaíram vencedores.

“(Vi)ver os sentidos” que pretendeequipar uma sala snoezelen (sala

Propostas de carizsocial vencem OPJ 2015

multissensorial) num espaço situadono Agrupamento de Escolas D. Di-nis, em Santo Tirso. O projeto, comum valor estimado de 10 mil euros,visa o acompanhamento de jovensalunos portadores de multideficiência,e outro tipo de problemas relaciona-dos com hiperatividade, ansiedade,stress e desmotivação.

O objetivo é que o espaço estejaaberto à comunidade, com vista aserem obtidas melhorias aos níveissensoriais, cognitivos e motores. Li-vros estimulantes, fibras óticas, fitasde néon, um colchão de água aque-cida e almofadas vibratórias são al-guns dos objetos característicos des-ta sala. Outra das propostas vence-dores, de Helena Silveira, baseia-se

na criação de atividades direciona-das ao público com mobilidade re-duzida. “Desporto Adaptado” tem co-mo objetivo, de forma concreta, inte-grar as atividades no programa deanimação da autarquia, criando inclu-sive novos postos de trabalho e diver-sificando a oferta a nível turístico. En-tre as atividades propostas incluem-se a natação, o futebol para invisuaise o voleibol sentado. O valor estima-do do projeto é de cinco mil euros.

Para o presidente da Câmara, as pro-postas vencedores demonstram queo Orçamento Participativo Jovem “é, semsombra de dúvidas, um instrumentode muita importância para a promo-ção do diálogo de aproximação dosjovens à vida e ao poder politico”. |||||

SANTO TIRSO // ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM

ser a noite mais longa do ano, es-tarão representados na Fábrica deSanto Thyrso vários bares e confei-tarias da cidade.

Ao longo da noite serão ofere-cidos bolo-rei, champanhe e cho-colate quente. À meia-noite, comotradicionalmente, terá lugar o fogo-de-artifício. As portas abrem às22h00 e encerram às 05h00 damanhã do dia 1 de janeiro. ||||||

SANTO TIRSO // ANO NOVO

“Ao longo da noiteserão oferecidos bolo-rei, champanhe echocolate quente.