a fapesp instala fibras ópticas e avança na internet

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PUBLICAÇÃO MENSAL DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO REDEANSP A F APESP INSTALA FIBRAS ÓPTICAS EAVANÇANAINTERNET A FAPESP instala cabos de fibras ópticas, amplia a capacidade de transmissão de dados e avança na atualização tecnológica da Rede ANSP; que dez anos inaugurava a rede Internet no Brasil IDENTIDADE CULTURAL DE GRUPOS INDÍGENAS Pág. 10 SEQÜENCIADOS GENES NO PROJETO GENOMA-FAPESP Pág. 12 NOVAS NORMAS PARA A RESERVA TÉCNICA Pág. 15

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Notícias FAPESP - Ed. 29

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Page 1: A FAPESP instala fibras ópticas e avança na internet

PUBLICAÇÃO MENSAL DA FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO

REDEANSP

A F APESP INSTALA FIBRAS ÓPTICAS EAVANÇANAINTERNET

A FAPESP instala cabos de fibras ópticas, amplia a capacidade de transmissão de dados e avança na atualização tecnológica da Rede ANSP; que há dez anos inaugurava a rede Internet no Brasil P~

IDENTIDADE CULTURAL

DE GRUPOS INDÍGENAS

Pág. 10

SEQÜENCIADOS GENES NO PROJETO

GENOMA-FAPESP Pág. 12

NOVAS NORMAS PARA

A RESERVA TÉCNICA

Pág. 15

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Prêmio Jovem Cientista Estão abertas até o próximo dia

30 de abril as inscrições para o XV Prêmio Jovem Cientista, que este ano tem como tema "Oceanos: fon­te de alimentos". Patrocinado pelo Grupo Gerdau e promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvi­mento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação Roberto Mari­nho, o prêmio tem três categorias: Graduados, para pesquisadores com menos de 40 anos em 31 de dezem­bro de 1997; Estudantes, para alu­nos de escolas técnicas ou curso superior, com idade até 30 anos naquela data; e Mérito Institucio­nal, concedido à universidade, cen­tro de pesquisa ou escola que tiver o maior número de candidatos ins­critos no prêmio. O valor do prê­mio é de R$ 15 mil, R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente para o 1° , 2° e 3° colocados na categoria Gra­duados, e R$ 5 mil, R$ 3,5 mil e R$ 2 mil, para o 1 o, 2° e 3° coloca­dos na categoria Estudantes. Mais informações podem ser obtidas no CNPq. Tel. (061) 348.9410, E-mail: [email protected].

Prêmio José Reis Estão abertas também, até o

dia 27 deste mês de março, as ins­crições para o 18° Prêmio José Reis de Divulgação Científica, que este ano será concedido à modalidade de Divulgação Cien­tífica. Poderão inscrever-se pes­quisadores e escritores que te­nham contribuído para a divulga­ção científica ou tecnológica para o público leigo. O prêmio, insti­tuído pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), consiste em diploma, medalha e importância equivalente a US$ 4,5 mil. As ins­crições deverão ser encaminhadas à Secretaria Executiva do Prêmio José Reis, no CNPq: SEPN 507, Bloco B, 3° andar, CEP 70740-901, Brasília, DF, te I. (061) 348-941 O.

Mostra de quadrinhos em São Carlos De 2 a 27 deste mês de março

realiza-se, na Biblioteca Comuni­tária da Universidade Federal de São Carlos, a 3a Mostra Humor com Ciência, onde estarão expos-

tas as tirinhas e quadrinhos Os Ci­entistas, de Jão Garcia e Cols., pu­bliçadas diariamente no jornal Cor­reio Popular, de Campinas, desde 1994.

OS 'ltNfiSfAS Transferência de bolsa de mestrado

A F APESP tem registrado uma grande demanda por bolsas de mes­trado por parte de pesquisadores que já dispõem de bolsas concedi­das por outras agências de financi­amento e que desejam transferir-se. Muitas vezes, por desconhecerem as normas internas da FAPESP os pesquisadores têm as suas solicita­ções denegadas.

Uma norma básica da Funda­ção é não conceder bolsa de mestra­do com duração inferior a um ano. O prazo mínimo de duração dessas bolsas, na F APESP, é de 12 meses e o máximo de 24 meses, somente prorrogável por mais seis meses em caráter excepcional. Assim, os pes­quisadores que já tiverem usufruído

da bolsa de outra instituição por mais de um ano não poderão ter as suas solicitações de transferência aceitas, porque não poderão cumprir o pra­zo mínimo exigido.

Os pesquisadores que têm bol­sas de mestrado de outras agências de financiamento há menos de um ano podem fazer a solicitação de bolsa e de transferência. Entretan­to, a transferência só se dá quando tiverem completado seis meses ou um ano de recebimento da bolsa. Para isto, os pedidos devem ser en­caminhados à FAPESP no mínimo sessenta dias antes, isto é, quando estiverem completando quatro me­ses ou dez meses do recebimento da bolsa da outra instituição.

Infra IV e Equipamentos Multiusuários Até o próximo dia 30 de junho

a F APESP estará recebendo novos pedidos de auxílio para a Fase IV do seu Programa de Infra-Estrutu­ra. Os pedidos deverão destinar-se à montagem ou recuperação de re­des locais de informática (módulo 2), bibliotecas (módulo 3), infra­estrutura geral (módulo 5), infra­estrutura de museus (módulo 6) e

infra-estrutura de arquivos (módu­lo 7). O módulo anteriormente des­tinado à aquisição de equipamen­tos multiusuários não está mais in­serido no Programa de Infra-Estru­tura, constituindo-se um programa autônomo. Os pedidos serão rece­bidos em fluxo contínuo e devem ser feito eletronicamente, através do endereço: http :/ /watson.fapesp. br.

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Novos assessores A FAPESP está aceitando a

indicação de nomes de pesquisa­dores de reconhecida competên­cia e experiência para integrar o seu quadro de assessores . Pela sistemática da Fundação, todas as · solicitações de auxílios e bolsas a ela encaminhadas são submeti­das a assessores "ad hoc", espe­cialistas nas áreas de conheci­mento em que se inserem os pro­jetas apresentados, cujos parece­res fundamentam as decisões so­bre as concessões . "Essa sistemá­tica é um dos importantes fato­res da credibilidade e prestígio da Fundação", diz o seu diretor ci­entífico, professor José Fernan­do Perez.

O aumento que se vem veri­ficando no número anual de soli­citações de bolsas e auxílios - nos últimos quatro anos, passou de cerca de 6.500 para 14.000 -, ali­ado à crescente multiplicidade de áreas de conhecimento e ao fato de os projetas encaminhados se­rem cada vez mais multidiscipli­nares, P,Stá exigindo, na avaliação do professor Perez, "uma cons­tante ampliação do quadro de as­sessores da FAPESP, para que seja mantida a qualidade do pro­cesso de análise".

Em razão disso, a FAPESP está aceitando a indicação de no­mes para integrar o seu quadro de assessores . A indicação pode ser feita por outros pesquisado­res ou pelo próprio pesquisador interessado. As sugestões devem ser inseridas , via Internet, na página http: / /watson. fapesp . br, usando o espaço reservado para este fim . Na impossibilidade de usar a Internet, as sugestões po­dem ser enviadas, pelo correio, à F APESP, aos cuidados do sr. Carlos Pian, em formulário pró­pno.

Corte nas bolsas O Conselho Nacional de De­

senvolvimento Científico e Tec­nológico (CNPq) anunciou, no mês passado, o corte de 1.563 bolsas de mestrado que seriam distribuídas neste ano - afetan­do drasticamente os novos pedi­dos - e limitou a 600 o número de concessão de novas bolsas de doutorado. As medidas foram de­correntes do corte de 10% nas verbas do CNPq, adotado pelo

Propostas para o P ADCT O Programa de Apoio ao De­

senvolvimento Científico e Tecno­lógico (PADCT), do Ministério da Ciência e Tecnologia, lançou edital público para apresentação de pro­postas de financiamento a projetas na área de Desenvolvimento Tec­nológico. Serão destinados, nesta primeira rodada, R$ 17,4 milhões para financiar dois tipos de proje­tas: as chamadas "plataformas tec­nológicas" e os projetas cooperati­vos. Os primeiros correspondem a um conjunto de ações que visem estimular um determinado setor econômico ou cadeia produtiva a identificar seus gargalos tecnológi­cos e propor soluções. Nesta etapa, o PADCT financiará atividades de organização de plataformas (reuni­ões, seminários, viagens, visitas téc­nicas, etc) até o limite de R$ 240 mil por projeto. Já os projetas coo­perativos são desenvolvidos em parcerias entre o setor acadêmico e o setor produtivo, podendo o apoio do PADCTchegar a R$ 750 mil por projeto. As empresas interessadas deverão co-financiar de 20% a 50% do custo total do projeto.

O Edital está sendo divulgado pela Internet, no endereço eletrôni­co http :/ /reaact.cesar.org. br/ edt/ edi­tal. A data limite para apresentação de propostas é 20 de maio próximo.

5 ~$P

pacote econômico de novembro do ano passado, e redução de 24% no orçamento do Conselho para este ano.

Também a Fundação Coor­denação de Pessoal do Ensino Superior (Capes), ligada ao Mi­nistério da Educação, fará cortes nas suas bolsas de mestrado . Se­rão concedidas, neste ano, 1 O mil bolsas nessa modalidade, mil a menos do que no ano passado.

Via expressa A FAPESP está colocando à

disposição dos pesquisadores um novo serviço , chamado de Via Expressa. Como o nome já indica, o objetivo desse serviço é agilizar a comunicação entre a Fundação e os pesquisadores , tornando mais rápido também o processamento das solicitações .

Ainda em fase piloto, o ser­viço Via Expressa permite que os pesquisadores e bolsistas que têm projetas de pesquisa em an­damento, encaminhem, por via eletrônica, suas solicitações de alterações dos termos da Con­cessão Inicial, isto é: I. mudan­ças de prazo de entrega de rela­tórios científicos, prestações de conta ou vigência de auxílios e bolsas; 2. aditivos ; e 3. transpo­sição .

Ao optar pela utilização da Via Expressa, o pesquisador ou bolsista não deve enviar cópia da solicitação feita por via eletrôni­ca por carta, fax ou qualquer ou­tro meio, para não prejudicar o andamento do pedido.

Para maiores esclarecimentos ou preenchimento do formulário Via Expressa, acesse o endereço eletrônico http ://watson.fape sp .br, clicando no item Via Ex­pressa.

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A ANSP, como ponto de presença da RNP, liga com o

mundo as universidades e

centros de pesquisa dos três Estados da

Região Sul e do Mato Grosso do Sul

ta atualmente com quatro linhas de 2 Megabits por segundo (cada uma delas poderia transmitir ou receber, por exemplo, uma tese de doutora­mento ou um catálogo de 400 pági­nas, sem figuras ou imagens, em aproximadamente seis segundos).

Ainda há uma certa folga. Nos momentos de maior uso, o tráfego da rede pode atingir 7,0 Megabits por segundo. Porém, para evitar iminentes congestionamentos de in­formações, dado o crescimento con­tínuo do tráfego, a FAPESP já anuncia que mais duas linhas de 2 Megabits por segundo devem en­trar em operação ainda no primeiro semestre deste ano.

Ampliações de capacidade de tráfego, a rigor, não são mais no­vidade. Historicamente, desde abril de 1995, quando foi instala­da a primeira das linhas de 2 Me­gabits, a cada ano entram em ope­ração mais uma ou duas novas li­nhas da mesma capacidade. "Não podemos descuidar dos links inter­nacionais de acesso à Internet em momento algum e, de fato, preci­samos dobrar a capacidade a cada ano", diz o assessor da FAPESP.

Um rodoanel do tráfego de dados O pioneirismo da FAPESP no

estabelecimento e administração de uma rede de comunicação por com­putadores - a ANSP foi a primeira rede brasileira a integrar-se à Inter­net, em fevereiro de 1991 - fez com que a Fundação fosse escolhida para ser a instituição responsável pelos registras de domínio ( ende­reços) e distribuição de IPs no país.

Não é uma tarefa fácil, dado o crescimento vertiginoso da Internet. Em janeiro de 96, havia na rede 10.000 endereços (ou domínios), que passaram a 30.000 no ano se­guinte e atingiam 36.000 no final de fevereiro deste ano. Como por dia chegam, em média, 100 solici­tações de endereços novos à FA­PESP, a estimativa é de que, nesse ritmo - que se prevê aumentar du­rante o ano - o total de domínios deve chegar a entre 80.000 e 100.000, até o final de 1998.

A chamada área comercial é predominante, com 34.000 endere­ços (94% do total) registrados até o início de março. As universidades

e institutos de pesquisa, respondem por 420 endereços ( 1,15% do total).

A comunicação entre estes dois conjuntos de usuários não foi, no início, das mais simples. Para um usuário comercial de São Paulo entrar em conta to com uma univer­sidade paulista era necessário co­nectar-se primeiro com a Embratel, no Rio, ou com um provedor dos Estados Unidos, por meio de uma linha internacional, que por sua vez faria a ligação com São Paulo. O caminho ficou menor quando a FAPESP tomou-se o ponto de con­vergência das redes paulistas. Na linguagem técnica, é um Ponto de Interconexão de Redes (PIR) no Estado de São Paulo, como resul­tado de um acordo estabelecido com a Embratel e outros provedo­res de acesso, como a Global One e a KDD, entre outros. Numa ima­gem comparativa, a ANSP funcio­na como um rodoanel, que interli­ga todas as estradas próximas. Em conseqüência, o tráfego ficou mais curto, rápido e organizado.

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Facilitando a descoberta de genes Dentro das atividades do Pro­

jeto Genoma-FAPESP, a Fundação promoveu, no dia 1 O deste mês de março, em seu auditório, lotado por pesquisadores e estudantes, a pales­tra cDNA Based Approach to Fa­cilitate Gene Discovery - Aborda­gem Baseada no cDNA para F acili­tar a Descoberta de Genes-, profe­rida pelo professor doutor Marcelo Bento de Mello Soares, o brasileiro que é um dos cientistas mais im­portantes dentro do Projeto Genoma Humano e professor associado da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos. É ele o pesquisador, em todo o mundo, que descobriu o maior nú­mero de genes humanos.

Na abertura do evento, o dire­tor científico da FAPESP, professor José Fernando Perez, destacou os resultados do Projeto Genoma-FA­PESP e o grande interesse dos pes­quisadores nessa área, assinalan­do que, em razão disso, a Fundação está estudando a possibilidade de lançar outros projetas Genoma, como subprodutos do projeto origi­nal, e entre eles citou um específico para o estudo do câncer e outro para a cana-de-açúcar.

Em sua palestra, o professor Marcelo Bento Soares explicou o método desenvolvido por ele, dentro do Projeto Genoma Humano, para facilitar o seqüenciamento genético, a partir do cDNA. Para entender o que é o cDNA e sua importância, é importante lembrar que o objetivo do Projeto Genoma Humano é seqüen­ciar todo o DNA humano, composto por aproximadamente 3 bilhões de bases. No entanto, apenas cerca de 3% do nosso DNA carrega informa­ção genética para codificação de pro­teínas. E são as proteínas as respon­sáveis por todas as nossas funções e características. Os 97% restantes do nosso DNA são seqüências de bases com funções reguladoras e estrutu­rais do organismo.

Genes codificam proteínas Embora a maioria dos leigos

confunda DNA e genes, somente as

porções do DNA que codificam as proteínas representam os genes. Num processo natural do organismo, esses genes são copiados, pelo sis­tema de transcrição da célula, e apa­recem na forma de RNA mensagei­ro. É o RNA mensageiro quem, na verdade, codifica as proteínas.

Marcelo Bento Soares desen­volveu um método muito eficaz de seqüenciar as moléculas de RNA mensageiro, ou seja, de dizer qual é a seqüência de bases nessas molé­culas de RNA mensageiro. Ele cal­cula que já foram identificados por volta de 90% de todos os RNAs mensagerros.

Mas como oRNA é uma molé­cula muito frágil, que se desintegra facilmente, Bento Soares se utiliza de uma técnica de laboratório, para fazer com que ela volte à forma de DNA, passando a chamar-se cDNA. Uma célula tem cerca de 10.000 a 15.000 RNAs diferentes; logo, são obtidos entre 10.000 e 15.000 cD­NAs. A separação desses cDNAs é chamada de construção de bibliote­ca, algo feito de modo muito efici­ente pelo pesquisador.

Ele manipula os cDNAs de for­ma a introduzi-los em bactérias, sen- • do cada bactéria inoculada com ape­nas um cDNA. O conjunto de bac­térias, entretanto, vai representar a totalidade de cDNAs da célula. Como o crescimento de bactérias se dá facilmente e é simples isolá-las, explicou Bento Soares, nessa cultu­ra de bactérias estão perpetuados todos os cDNAs que havia no tubo de ensaio original, caracterizando uma biblioteca.

Em seguida, as bactérias são mantidas bem separadas, para se multiplicarem e formarem colônias específicas. Nessas colônias é lida a informação do cDNA humano, que vai sendo classificado e seqüencia­do, identificando-se a ordem das bases que compõem o DNA.

O passo seguinte é a normali­zação. Ela vai organizar melhor essa biblioteca, acabando com a redun­dância, isto é, eliminando cDNAs

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que contêm a mesma informação. Essa repetição acontece porque exis­tem proteínas que são codificadas ro­tineiramente pelas células, aparecen­do em maior proporção, enquanto outras fazem parte de processos bem específicos, e ocorrem raramente. Na normalização, todos os tipos de cDNA ficam com número mais ou menos aproximado de cópias. Ou­tro trabalho executado por Marcelo Bento Soares é a subtração, quando são excluídos os cDNAS já lidos.

Para facilitar o seqüenciamen­to, em vez de ler todas as bases de cada cDNA, costuma-se examinar apenas uma pequena quantidade. Como proteínas com função pare­cida podem ter seqüências de ba­ses também muito semelhantes, esse processo pode levar a erros. Por isso, Bento Soares tem-se va­lido da região 3 'dos nossos cD­NAs, que é uma porção do cDNA que não é responsável pela codifi­cação de proteínas e, freqüente­mente, é única, funcionando como uma carteira de identidade ou im­pressão digital do cDNA.

O trabalho do pesquisador bra­sileiro também envolve o seqüenci­amento dos genes de camundongos e ratos, porque eles são utilizados em experimentos, como modelos de do­

. enças humanas.

Marcelo Bento Soares é o pesquisados que descobriu o maior número de genes humanos

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