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FATEC FACULDADE DE TECNOLOGIA NOTAS DE AULA PARA ACOMPANHAR A DISCIPLINA CÁLCULO I PROFª. Drª. FÁTIMA AHMAD RABAH ABIDO Garça - SP 1º Semestre / 2011

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apostila de pre-calculo para estudantes de engenharia

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  • FATEC

    FACULDADE DE TECNOLOGIA

    NOTAS DE AULA PARA ACOMPANHAR A

    DISCIPLINA CLCULO I

    PROF. Dr. FTIMA AHMAD RABAH ABIDO

    Gara - SP

    1 Semestre / 2011

  • Apostila de Clculo I FATEC

    1

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    EMENTA

    Matemtica Elementar

    Limite e Continuidade

    Derivada

    OBJETIVO

    Raciocinar lgica e organizadamente;

    Aplicar com clareza e segurana os conhecimentos adquiridos;

    O aluno dever ser capaz de construir grficos de funes reais de uma varivel real, calcular limites e derivadas;

    Utilizar estes conhecimentos em outras situaes que surgiro a longo de sua atividade acadmica.

    BIBLIOGRAFIA

    BOULOS, Paulo. Pr-Clculo. Makron Books - SP 1999.

    COELHO, Flvio. Curso bsico de Clculo. So Paulo: Saraiva, 2005.

    EDWARDS, Jr.,C. & Penney,D. Clculo com Geometria Analtica. Vol. 1 Rio de Janeiro LTC Editora, 1999.

    FLEMMING, Diva Marlia - Clculo A - Makron Books - SP 1999.

    HOFFMANN, Laurence. Clculo - Vol. 1 LTC, 1990.LEITHOLD. Louis - O Clculo com Geometria Analtica Vol.1 Ed. Harper & Row do Brasil Ltda-SP

    SILVA, Sebastio Medeiros. Matemtica bsica para cursos superiores. So Paulo: Atlas, 2001.

    SIMMONS, George. Clculo com Geometria Analtica. Vol.1 So Paulo Mcgraw-Hill 1987.

    SWOKOWSHI. Clculo com geometria analtica. So Paulo: Editora Makron Books.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    2

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    REVISO

    1. Conjuntos Numricos

    1.1 Nmeros Naturais 1.2 Nmeros Inteiros 1.3 Nmeros Racionais 1.4 Nmeros Irracionais 1.5 Nmeros Reais

    2. Nmeros reais resumo operacional

    2.1 Clculo do valor de expresses numricas

    2.2 Potenciao 2.2.1 Potncia de expoente inteiro

    2.2.2 Potncia de expoente racional

    2.3 Racionalizao

    3. Valor numrico de expresses algbricas

    4. Operaes com expresses algbricas

    4.1 Adio, Subtrao, Multiplicao e Diviso de expresses Literais

    4.2 Produtos Notveis

    4.3 Fatorao

    4.4 Simplificao

    4.5 Identidades envolvendo Diviso de Polinmio por Polinmio

    5. Equaes do 1 grau

    6. Inequaes do 1 grau

    7. Equaes do 2 grau

    7.1 Equaes incompletas

    7.2 Equaes completas

    8. Sinal do trinmio do 2 grau

    9. Inequaes do 2 grau

    10. Funes

    10.1 Definio

    10.2 Domnio, Imagem e Contradomnio

    10.3 Tipos de Funes

    10.3.1 Funo Constante

    10.3.1.1 Grfico de uma Funo Constante

    10.3.2 Funo do 1 Grau

    10.3.2.1 Grfico de uma Funo do 1 Grau

    10.3.3 Funo do 2 Grau

    10.3.3.1 Grfico de uma Funo do 2 Grau

    10.3.3.2 Zeros da Funo do 2 Grau

    10.3.3.3 Vrtice da Parbola

    10.3.3.4 Coordenadas do Vrtice

    10.3.4 Funo Modular

    10.3.5 Funo Exponencial

    10.3.6 Funo Logartmica

    10.3.7 Funes Trigonomtricas

    10.3.8 Funes Trigonomtricas Inversa

  • Apostila de Clculo I FATEC

    3

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    1. Conjuntos Numricos

    1.1 Nmeros Naturais

    Os nmeros naturais surgiram de uma necessidade do ser humano em fiscalizar os seus

    bens. Os smbolos que representam os nmeros naturais so chamados de algarismos.

    N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, ... }

    Nmeros Inteiros

    Os nmeros inteiros so todos os nmeros naturais e tambm os seus opostos.

    Z = {... , -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, ... }

    1.2 Nmeros Racionais

    Os nmeros racionais so aqueles que podem ser obtidos como quociente de dois

    nmeros inteiros.

    Q = {p/q , onde p, q Z e q 0}

    1.3 Nmeros Irracionais

    Os nmeros irracionais so aqueles que no podem ser obtidos como o quociente de dois

    nmeros inteiros.

    Exemplo: So nmeros irracionais:

    3,1415929...

    2 1,4142135...

    3 1,7320508...

    e 2,7182818...

    1.4 Nmeros Reais

    O conjunto dos nmeros reais definido como a unio entre os conjuntos dos nmeros

    irracionais e racionais.

    OBSERVAO - Mdulo de um Nmero

    O mdulo, ou valor absoluto, de um nmero real qualquer a distncia deste nmero

    origem (zero). O mdulo de um nmero real x pode ser definido tambm por:

    0 x se ,

    0 x se ,

    x

    xx

  • Apostila de Clculo I FATEC

    4

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exemplos

    (a) 101010 (b) 777

    2. Nmeros Reais Resumo Operacional

    2.1 Clculo do valor de expresses numricas

    2.1.1 Ordem de operao

    (1) Potenciao e Radiciao;

    (2) Multiplicao e Diviso; e

    (3) Adio e Subtrao

    Seguindo a ordem de operao da esquerda para direita, e sempre eliminando primeiro

    parnteses ( ); depois colchetes [ ] e finalmente as chaves { }.

    OBS (Nmeros Racionais):

    - Adio e Subtrao: Achar o mmc (divide o mmc encontrado pelo denominador e o resultado,

    multiplicar pelo numerador);

    Ex: 20

    23

    20

    158

    4

    3

    5

    2

    - Multiplicao: multiplicar numerador com numerador, e denominador com denominador;

    Ex: 14

    3

    28

    6

    47

    32

    4

    3

    7

    2

    - Diviso: mantm a primeira frao e multiplica pelo inverso da segunda.

    Ex: 20

    21

    45

    73

    4

    7

    5

    3

    7

    4

    5

    3

  • Apostila de Clculo I FATEC

    5

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exerccios

    Calcular o valor das seguintes expresses numricas dando a resposta na forma de frao e

    decimal.

    28

    372:

    7

    10:

    49

    5

    8

    9.

    3

    2 )1

    2

    3:

    4

    1

    5

    1:

    10

    11 )2

    7

    1:

    2

    1.

    2

    5

    2

    7.

    7

    1

    12

    7:

    4

    1

    3

    1 )3

    11

    3

    1-1 413- 121- 3 )4

    517,0

    34

    1

    8

    5

    3-1 4

    125

    5

    2-3

    2

    1

    7

    4

    )5

    Respostas

    1) 1 2) 3 3) 1 4) 414 5) 0,23

    2.2 Potenciao

    2.2.1 Potncia de expoente inteiro

    Seja a um nmero real e m e n inteiros positivos. Ento:

    1) a n = a. a. a. .a ( n vezes) 5) a

    m a

    n = a

    m - n

    2) a 0 = 1 6) (a

    m )

    n = a

    m.n

    3) a - n

    = 1/ a n

    , a 0 7) (a / b) m = a

    m / b

    m, b 0

    4) a m . a

    n = a

    m + n 8) (a . b)

    n = a

    m . b

    m, b 0

    Exerccios

    Calcular o valor das expresses:

    1) 5 2 2) (-3)

    3 3) (-3)

    2 4) -3

    2 5) 5

    0

    6) (2 3)

    2 7) ((-1)

    3)

    2 8) - (-1)

    4 9)

    3

    4

    3

    10)

    2

    2

    3

  • Apostila de Clculo I FATEC

    6

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    11) 4

    7

    2

    2 12) 23 2.2 13) 3329 2.2:2

    14) 22

    2

    5431

    11

    2

    1

    5

    4

    15)

    2

    3

    2

    1

    6

    1

    3

    1

    6

    11

    2

    RESPOSTAS

    1) 25 2) - 27 3) 9 4) - 9 5) 1 6) 64 7) 1 8) -1 9) 27/64

    10) 4/9 11) 8 12) 32 13) 1 14) 1069/1521 15) 3/5

    2.2.2 Potncia de expoente racional

    Se a um nmero real qualquer e m e n so inteiros positivos, definimos:

    a) mnnm

    aa quando n a existe; b) se a 0, nm

    nm

    aa /1

    OBSERVAES IMPORTANTES:

    - n a = p p n = a, onde

    radical ndicen

    raizp radicandoa

    - Se n par e a negativo: an

    positiva, n a no real (ex: 4 16 no existe raiz real)

    - Se n mpar e a negativo: an

    negativo, n a negativa (ex: 283 )

    Exemplos

    reais. nmeros dos conjunto no 25- existe no pois real, n um no 25

    9/13/127/127/1275/125/125/125

    2564646482)4(4

    23

    22332

    32

    21

    21

    44334332

    3

  • Apostila de Clculo I FATEC

    7

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exerccios

    36 )1 3 64- )2 5

    2

    243

    1- )3

    4)

    3

    11

    5

    3:

    5

    31

    64

    49.

    7

    4 5)

    20

    102

    3

    32

    23

    4

    36.32:84

    6) 3:4:256:49.3322 23

    Respostas

    1) 6 2) - 4 3) 9 4) 5/2 5) 2 6) 1

    2.3 Racionalizao

    Racionalizar uma frao consiste em eliminar, atravs de operaes algbricas, o radical

    ou os radicais do denominador.

    Existem trs casos:

    (1) a

    aN

    a

    aN

    a

    a

    a

    N

    a

    N ...

    2

    (2) a

    aN

    a

    aN

    a

    a

    a

    N

    a

    Nn xn

    n n

    n xn

    n xn

    n xn

    n xn x

    ..

    .

    (3)

    ba

    baN

    ba

    baN

    ba

    ba

    ba

    N

    ba

    N

    ...

    22

    Exerccios

    1. Racionalize:

    (a) 2

    5 (b)

    12

    22

    (c)

    25

    4

    (d )

    35

    32

    2. Efetue o produto: 13

    35.

    3

    53

    .

    3. Simplifique: 13

    13

    13

    13

    .

  • Apostila de Clculo I FATEC

    8

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Respostas

    1 . (a) 2/25 (c) 3/25.4 (b) 2

    (d) 315

    2. 3/33.2

    3. 4

    3. Valor numrico de expresses algbricas

    Exerccios

    Em cada uma das expresses seguintes, substituir x pelo valor dado e calcular o valor da

    correspondente expresso numrica.

    1) y = x 2 2x + 2; x = - 2 1

    3

    2

    1-x

    1y )3

    32

    x

    x; x = 2

    2) y = x 2 2x + 2; x = 3/5

    ab1

    bay )4

    ; a = 2/3 e b = 4/5

    Respostas

    1) y = 10 2) y = 29/25 3) y = - 62 4) y = 22/7

    4. Operaes com expresses algbricas

    4.1 Adio, Subtrao, Multiplicao e Diviso de expresses literais.

    Exerccios

    1) Efetuar as operaes indicadas em cada um dos casos seguintes:

    a) (3a - 2b + c ) - (- 6a b 2c) + (2a + 3b - c ) d)

    xxx

    4

    121

    5

    2 32

    b) a b.(2a + ab b) 22

    34

    yx6

    y18x- )e

    c)

    2222

    3

    1

    4

    1103

    4

    1yxxyyxxy f) 2x

    3y

    4 : (4xy

    3)

    -2

  • Apostila de Clculo I FATEC

    9

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    2) Efetue as operaes indicadas, em que a.b.x.y 0:

    2

    5

    3

    43

    52

    22

    xy4

    ya7:

    xy6

    ba5.

    ba10

    y3x

    Respostas

    1 a) 11a + 2b + 2c

    c) 22

    4

    39

    12

    35yx

    e) 3xy 2)

    ba7

    x4

    2

    b) 2a4b + ab -ab d)

    352

    10

    1

    5

    4 -

    5

    2xxx

    f) 32x7y

    10

    4.2 Produtos notveis

    So produtos que aparecem com muita freqncia na resoluo de equaes ou no

    desenvolvimento de expresses.

    Vejam alguns casos:

    (1) (a + b)2 = (a + b).(a + b) = a

    2 + 2ab + b

    2

    Trinmio do Quadrado Perfeito de uma Soma

    (2) (a - b)2 = (a - b).(a - b) a

    2 - 2ab + b

    2 Trinmio do Quadrado Perfeito de uma Diferena

    (3) (a + b).(a - b) = a2 - b

    2 Diferena de dois Quadrados

    Exerccios

    1) (x + 2)2 3) (x 1/2)

    2 5) (3 + x) (3 x) 7) 5x.5x

    2) (7x - 1)2 4)

    21

    2

    x

    x

    6) (2x2 3) (2x

    2 + 3) 8)

    x2

    x4.

    x2

    1

    Respostas

    1) x2 + 4x + 4 3) x

    2 - x + 1/4 5) 9 x

    2 7) x 25

    2) 49x2 - 14x + 1 4) 2

    2

    x

    1 1-

    4

    x

    6) 4x4 9

    8) 1

    4.3 Fatorao (Expresses Algbricas)

    (1) ax + bx = x. (a + b) Fator Comum

    (2) ax + bx + ay + by = x.(a + b) + y.(a + b) = (a + b). (x + y) Agrupamento

    (3) x + Sx + P = (x + a).(x + b) Trinmio do 2 Grau

    onde S e P representam, respectivamente a soma e o produto de nmeros a e b, ou seja S = a + b

    e P = a.b

  • Apostila de Clculo I FATEC

    10

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exerccios : Fatore.

    1) 2x + 4y 5) 27x

    4 3y

    2 9) 4x

    2 - 4xy + y

    2

    2) 6x + 12xz 10x4a 6) x

    2 + 2x + 1 10) x

    2 + 7x + 12

    3) ax a 3x + 3 7) x2 - 8x + 16 11) x

    2 - 6x + 8

    4) 125x2 5 8) 9x

    4 30x

    2 + 25 12) x

    2 + 2x - 8

    Respostas

    1) 2(x

    + 2y)

    4) 5 (5x 1) (5x + 1) 7) (x - 4)2 10) (x + 3) (x + 4)

    2) 2x.(3 + 6xz 5xa)

    5) 3 (3x2 y) (3x

    2 + y) 8) (3x

    2 5)

    2 11) (x 2) (x - 4)

    3) (x 1).(a - 3) 6) (x + 1)2 9) (2x y)

    2 12) (x 2) (x + 4)

    4.4 Simplificao

    Exerccios : Simplifique.

    1) 2a3

    ab2 4)

    4x4x

    4x2

    2

    7)

    9x6x

    6x5x2

    2

    2) x28

    x4x 2

    5)

    25x

    5x2

    2

    8)

    232

    1

    1

    1

    1a

    a

    a

    a

    a

    3) x93

    x9x27 23

    6)

    9x

    9x6x2

    2

    9)

    4a

    1a.

    a2a

    aa

    aa

    a2a2

    2

    2

    2

    2

    2

  • Apostila de Clculo I FATEC

    11

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    RESPOSTAS

    1) a3

    b2

    4) 2x

    2x

    7)

    3x

    2x

    2) 2

    x

    5) 5x

    5x

    8) - 2

    3) 2x3

    6) 3x

    3x

    9) 2a

    2a

    EXERCCIO EXTRA - Encontre o valor de x, onde A, B, C, E, M, O, e T so constantes:

    BOCx

    CTE

    B

    AM

    BOCxB

    xBCAM

    .

    .

    4.5 Identidades envolvendo Diviso de Polinmio por Polinmio

    Antes de iniciarmos a diviso de um polinmio por outro polinmio, daremos algumas

    dicas importantes:

    1) O polinmio dividendo deve ser colocado na forma geral e em ordem decrescente em relao

    varivel, antes de iniciar a diviso.

    2) O grau do polinmio dividendo dever ser maior ou igual ao grau do divisor.

    3) A diviso termina quando o resto for zero (diviso exata), ou quando o resto apresentar grau

    menor que o grau do divisor.

    LEMBRETE:

    Relao fundamental da diviso

    Dividendo divisor Dividendo = quociente x divisor + resto

    resto quociente

    Exemplo: 13 4 13 = (3 x 4) + 1

    1 3

    Vamos mostrar, com exemplos, como se determina o quociente de um polinmio por

    outro.

    Observe a seqncia utilizada para dividir o polinmio (34x 5 + 6x 3 - 24x

    2) pelo

    polinmio (2x 4).

    1 Passo Escrevemos o polinmio dividendo na ordem decrescente dos graus da varivel:

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    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4

    2 Passo Dividimos o primeiro termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor, obtendo,

    assim, o primeiro termo do quociente:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4 6x

    3 : 2x = 3x

    2

    3x2

    3 Passo Multiplicamos o primeiro termo do quociente (3x2) pelo divisor (2x 4 ) e subtramos

    esse produto do dividendo, obtendo, assim, o primeiro resto:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4 3x

    2. (2x 4) = 6x

    3 - 12x

    2

    - 6x 3 + 12x

    2 3x

    2

    - 12x 2

    + 34x 5

    4 Passo Dividimos, agora, o primeiro termo do resto (- 12x 2

    ) pelo primeiro termo do divisor

    (2x), obtendo, com isso, o segundo termo do quociente:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4 (12x

    2 ): (2x) = - 6x

    - 6x 3 + 12x

    2 3x

    2 6x

    - 12x 2 + 34x 5

    5 Passo Multiplicamos o segundo termo do quociente (- 6x) pelo polinmio divisor (2x 4 ) e

    subtramos esse produto do primeiro resto, obtendo, dessa forma, o segundo resto:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4 (- 6x) . (2x 4) = - 12x

    2 - 24x

    - 6x 3 + 12x

    2 3x

    2 6x

    - 12x 2 + 34x 5

    12x 2 - 24x .

    10x 5

    6 Passo Dividimos, agora, o segundo resto pelo divisor, procedendo da mesma maneira

    utilizada no 4 e 5 passos:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 2x 4 (10x) : (2x) = 5

    - 6x 3 + 12x

    2 3x

    2 6x + 5

    - 12x 2 + 34x 5

    12x 2 - 24x .

    10x - 5

    - 10x + 20

    15

    O processo vai se repetindo at que o grau do resto seja menor do divisor, ou esse resto

    seja zero, e a a diviso exata.

    No caso do nosso exemplo, o resto 15 grau zero (15x0), como o divisor 2x 4 tem

    grau um (2x1 4), temos grau do resto < grau de divisor e, com isso, encerramos a diviso:

  • Apostila de Clculo I FATEC

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    Resposta: Quociente (q) = 3x2 6x + 5 e Resto (r) = 15

    A relao fundamental da diviso utilizada para verificar se a diviso est correta.

    D = q . d + r

    No exemplo estudado, temos:

    6x 3 - 24x

    2 + 34x 5 = (3x

    2 6x + 5) . (2x 4) + 15.

    O processo de diviso exposto fica mais simples quando o divisor da forma (x a).

    Nesse caso, usa-se um dispositivo prtico, conhecido como dispositivo de Briot-Ruffini, que

    apresentamos atravs de um exemplo. Para dividir (x + 2x4 3x

    2 3) por (x 3), dispomos o

    dividendo em soma de parcelas de potncias decrescentes de x, e dispomos as expresses como

    na diviso de nmeros, s que agora s escrevemos os coeficientes (os nmeros que multiplicam

    as potncias de x). No caso, o dividendo se escreve (2x4 + 0x

    3 3x

    2 + x 3), os coeficientes

    sendo 2, 0, - 3, 1 e 3. Dispomos os nmeros como segue:

    2 0 - 3 1 - 3 3

    A seguir, baixamos o primeiro coeficiente, 2, isto , escrevemos 2 abaixo do 2. Da

    multiplicamos esse nmero pelo nmero na chave da diviso, isto , 3: 2.3 = 6. O nmero obtido

    somado ao segundo coeficiente do dividendo: 6 + 0 = 0, e o resultado escrito abaixo desse

    segundo coeficiente. 2.3 + 0 = 6 ____________________

    2 0 - 3 1 - 3 3

    2 6

    __________________ 2.3

    Agora, repetimos o procedimento, comeando pelo 6. Multiplicamos 6 pelo nmero da

    chave 3, e somamos com 3, obtendo 15, o qual colocamos abaixo do prximo coeficiente do

    dividendo, isto , abaixo do 3: 6.3 + (-3) = 15 _______________

    2 0 - 3 1 - 3 3

    2 6 15

    _______________ 6.3

    De novo: multiplicamos 15 por 3 e somamos com o coeficiente seguinte 1, para obter 46,

    que colocamos abaixo desse coeficiente. 15.3 + 1 = 46

    ___________

    2 0 - 3 1 - 3 3

    2 6 15 46

    ____________ 15.3

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    14

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    Finalmente, a ltima etapa: multiplicamos 46 por 3 e somamos com 3, obtendo 135,

    que deve ser colocado abaixo do 3. O nmero 135 o resto. Veja como fica o dispositivo:

    2 0 - 3 1 - 3 3

    2 6 15 46 135

    quociente: 2x 3 + 6x 2 + 15x + 46 resto

    O quociente obtido atravs dos nmeros da segunda linha, exceto o ltimo, 135, que o

    resto. Deve-se comear com uma potncia a menos que a do dividendo. Ento o quociente ,

    conforme indicado acima, 2x 3 + 6x

    2 + 15x + 46. Portanto,

    2x4 3x

    2 + x 3 = (x 3).(2x

    3 + 6x

    2 + 15x + 46) + 135

    ou, se x 3,

    2x4 3x

    2 + x 3 = (2x

    3 + 6x

    2 + 15x + 46) + 135

    x 3 x - 3

    Exerccios

    Usando o dispositivo prtico, descubra o quociente e o resto de cada diviso:

    a) (x 5 1) por (x 1) e) (x 5 - 5x 3 + 5x + 1) por (x2 + 3x + 1)

    b) (2x 3 + 3x 2 - 3x 2) por (x 1) f) (x 3 - x 2 + 5x + 6) por (x + 3)

    c) (x 4 + x 2 + 1) por (x 1) g) (2 x 4 - 3x 3 + 16x 2 + 6x - 40) por (4x - 8)

    d) (2x 3 - 9x2 - 3x + 1) por (x - 5x + 1) h) (x 3 - x 2 + 4x - 6) por (x - x + 3)

    Respostas

    a) q = x 4 + x

    3 + x

    2 + x + 1e r = 0 e) q = x

    3 - 3x

    2 + 3x - 1e r = 2

    b) q = 2x2 + 5x + 2 e r = 0 f) q = x

    2 - 4x + 17 e r = - 45

    c) q = x2 + 2 e r = 3

    g) q = 2

    1x

    2 -

    4

    3x + 5 e r = 0

    d) q = 2x + 1 e r = 0

    h) q = x e r = x - 6

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    15

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    5. Equaes do 1 grau

    toda equao do tipo ax + b = 0, com a IR* e b IR. Para determinar o conjunto

    soluo (S) de uma equao do 1 grau, procedemos assim:

    Forma Geral: ax = - b, onde a 0

    Soluo: x = - b / a , ou seja, S =

    a

    b

    Exemplos: Resolva as equaes.

    1) (x + 1).(x - 1) 2.(x 1) = (x 1) - 3.(x + 1), para U = IR.

    Soluo:

    (x + 1).(x - 1) 2.(x 1) = (x 1) - 3.(x + 1) x - 1 2x + 2 = x - 2x + 1 3x - 3

    3x = 1 3 + 1 - 2

    3x = 3

    x = 3/3 ou seja, x = - 1

    Como -1 IR, ento S = { - 1}.

    2) 12

    x

    3

    1x2

    4

    1x

    , para U = IR.

    Soluo:

    12

    x

    3

    1x2

    4

    1x

    mmc(4,3,12) = 12

    12

    x

    12

    )1x2.(4)1x.(3

    3.(x - 1) 4.(2x 1) = x

    3x - 3 8x + 4 = x

    3x 8x - x = 3 4

    - 6x = 1

    x = 1/- 6 ou seja, x = 1/6

    Como 1/6 IR, ento S = { 1/6}.

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    16

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    3) 18x2

    3

    9x6x

    4

    9x

    5222

    , para U = IR - {- 3, 3}.

    Soluo:

    18x2

    3

    9x6x

    4

    9x

    5222

    Determinando o mmc dos denominadores, temos,

    x - 9 = (x + 3).(x 3)

    x - 6x + 9 = (x 3)

    2x - 18 = 2.(x 9) = 2. (x + 3).(x 3)

    mmc(x - 9, x - 6x + 9, 2x - 18)

    Assim:

    22 )3x).(3x(2

    )3x(3

    )3x).(3x(2

    )3x.(2.4)3x.(2.5

    10.(x - 3) 8.(x + 3) = 3.(x-3)

    10x - 30 8x - 24 = 3x - 9

    10x 8x 3x = 24 9 + 30

    - x = 45 ou seja, x = - 45

    Como -45 IR - {- 3, 3}, ento S = { - 45}.

    Exerccios

    1) Resolver cada uma das equaes seguintes:

    a) 5(3x 1) 4.(2 4x) = 2.(x 4)

    b) 2x + x.(x + 2) (x + 3).(x 3) = 2.(x + 1)

    c) 3

    2x

    2

    1x2

    4

    1

    d) x6x6

    x

    1x

    x2

    6

    5

    x

    1x2

    2

    , (x - 1 e x 0)

    2) Um txi inicia uma corrida marcando R$ 4,00 no taxmetro. Sabendo que cada quilmetro

    rodado custa R$ 3,00 e que o total da corrida ficou em R$ 52,00, calcule quantos quilmetros

    foram percorridos.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    17

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    3) Determine o nmero cujo dobro subtrado de 20 unidades igual sua metade adicionada de

    10 unidades.

    4) Determine as dimenses de um retngulo, sabendo que seu permetro mede 90 m e que a

    medida de um lado o dobro da medida do outro.

    Respostas

    1) a) 5/29 b) 7/2 c) 1/16 d) 6/5 2) 16km 3) 20

    4) 15 e 30

    6. Inequao do 1 grau

    Chama-se de inequao do 1 grau a toda sentena aberta do tipo ax + b > 0 ou ax + b 0

    ou ax + b < 0 ou ax + b 0, onde a IR* e b IR.

    Exemplos

    1) 2x 4 > 0 2x > 4 x > 4/2 x > 2, ou seja, S = {x IR x > 2}

    2) - 5x - 10 0 - 5x 10 5x - 10 x - 2, ou seja, S = {x IR x - 2}

    Exerccios

    Resolver as inequaes seguintes:

    1) 3x 6 < 0 3) 13

    x2

    5

    1x2

    2) x + 3 x + 3 4) 3

    1x5

    10

    13x3

    4

    1x5

    Respostas

    1) {x IR x < 2} 2) {x IR x 0} 3) {x IR x > 2} 4) {x IR x < 1}

    7. Equaes do 2 grau

    toda equao do tipo ax2 + bx + c = 0, com a IR*, b IR e c IR.

    As razes (solues) desta equao so obtidas a partir da frmula

    a

    bx

    2

    , com = ac4b2

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    18

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    Conforme o valor do acb 42 , tm-se as seguintes possibilidades quanto natureza

    das razes da equao ax2 + bx + c = 0:

    > 0 Existem duas razes reais e que so distintas.

    = 0 Existem duas razes reais e que so iguais.

    < 0 Existem duas razes que so imaginrias.

    Observaes:

    As equaes incompletas que so da forma

    ax2 + bx = 0

    podem ser resolvidas por fatorao.

    As equaes incompletas que so da forma

    ax2 + c = 0

    podem ser resolvidas isolando-se o x.

    Propriedades das Razes

    Soma das Razes a

    bxxS 21

    Produto das Razes a

    cxxP 21.

    Equao a partir das Razes 02 PSxx

    Teorema da Decomposio )xx).(xx.(acbxax 212

    Exemplos

    1) 4x2 - 10x = 0 x.(4x 10) = 0

    0104x

    0x

    104x

    0x

    5/2x

    0x

    2) 4x2 - 16 = 0 4x

    2 = 16 x

    2 = 16 / 4 x

    2 = 4 x = 4 x = 2

    3) x2 - 7x + 12 = 0

  • Apostila de Clculo I FATEC

    19

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    12 c

    -7b

    1a

    142 acb a2

    bx

    =

    2

    17

    1.2

    1)7(

    32

    1 -7x

    42

    17x

    4) 13x

    1

    9x

    4x2

    1

    1

    3x

    1

    )3x).(3x(

    4x

    )3x).(3x(

    )3x).(3x.(1)3x.(1

    )3x).(3x(

    4x

    x 4 = x + 3 (x - 9)

    x 4 = x + 3 x + 9

    x = 3 + 9 + 4

    x = 16, ou seja, x = 4.

    Como esses valores pertencem ao conjunto dos nmeros reais e no anulam o

    denominador, S = { - 4, 4}.

    Exerccios:

    1) Resolva as seguintes equaes do 2 grau:

    a) x2 + 2x - 3 = 0 c) 5x

    2 + 4x + 1 = 0 e)

    2x1

    21

    1x

    1

    b) (x + 1)2 = 2.(x + 1) d) 8x

    2 x =0 f)

    1x

    x5

    2x2

    12x

    1x

    32

    2) A rea de um tringulo igual a 24 cm. Sabendo que as medidas da base e da altura desse

    tringulo so respectivamente nmeros pares consecutivos, determine seus valores.

    Respostas

    1) a. {-3, 1} c. { } = e. { } =

    2) base = 6 cm

    altura = 8 cm

    b. {-1, 1} d. {0, 1/8} f. x = 1/2; x = 6/5

  • Apostila de Clculo I FATEC

    20

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    8. Sinal do trinmio do 2 grau

    y = ax2 + bx + c

    Se > 0, a equao tem duas razes reais distintas.

    Se = 0, a equao tem duas razes reais e iguais.

    Se < 0, a equao no tem razes reais.

    Exemplos

    1) y = x2 - 7x + 12

    12 c

    -7b

    1a

    acb 42 = 1 x =2

    17

    1.2

    1)7(

    32

    1 -7x

    42

    17x

    Como a > 0 temos: + +

    3 4 x

    2) y = - x2 + 7x - 10

    10 c

    7b

    1a

    acb 42 = 9 x =2

    37

    )1.(2

    97

    52-

    3 -7-x

    22-

    37-x

    Como a < 0 temos:

    - + -

    2 5 x

    3) y = 4x2

    0 c

    0b

    4a

    acb 42 = 0 sinal (y) = sinal (a) para todo x 0.

    Como a > 0 temos:

    + + 0 x

    4) y = x2 + x + 1

    1 c

    1b

    1a

    acb 42 = - 3 sinal (y) = sinal (A)

    Como a > 0 temos: + + + + + + + + + +

    x

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    21

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    Exerccios

    Estude o sinal das seguintes equaes:

    1) y = x2 5x + 6 3) y = 9x

    2

    2) y = - x2 + 6x - 9 4) y = 5 x

    2 + 1

    9. Inequaes do 2 grau

    Chama-se inequao do 2 grau a toda sentena aberta do tipo ax2 + bx + c > 0 ou

    ax2 + bx + c 0, ou ax

    2 + bx + c < 0 ou ax

    2 + bx + c 0, com a IR* e b IR e c IR.

    Resolver, em IR, uma inequao do 2 grau do tipo ax2 + bx + c > 0 (a 0)

    determinar o conjunto de todos os valores da varivel x para os quais o grfico de f(x) = ax2 + bx

    + c se encontra acima do eixo x.

    Resolva as seguintes inequaes do 2 grau:

    1) x2 5x + 6 0 3) x

    2 16 > 0

    2) x2 - 2x - 15 0 4) x

    2 < 2x 1

    Respostas

    1. S = { x IR / 2 x 3} 2. S = { x IR / x - 3 ou x 5}

    3. S = { x IR / x < - 4 ou x > 4} 4. S = { } = vazio

    10. Funes

    10.1 Definio

    Dados dois conjuntos A e B, chama-se funo f: A B a toda relao na qual, para todo

    elemento de A, existe um nico correspondente em B.

    f : A B

    x y = f (x)

    x

    y

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    22

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    10.2 Domnio, Imagem e Contradomnio

    Sendo a funo f: A B, o conjunto B chamado de contradomnio da funo f, e o

    conjunto formado pelos elementos de B, que esto relacionados atravs de f com elementos do

    conjunto A, chamado conjunto imagem.

    Exemplos f

    A B

    f: A B

    Domnio: D(f) = A = {-1, -2, 1, 2, 3}

    Imagem: Im(f) = {0, -1, -2, 3, 4}

    Contradomnio: CD(f) = B = {0, -1, -2, 3, 4, 5, 8}

    Exemplo: Seja D(f) = IR. A correspondncia x x2 + 4 define em IR a funo f tal que f(x) = x

    2 + 4. Assim,

    f (- 1) = (- 1)2 + 4 = 5; f(0) = (0)

    2 + 4 = 4; f(2) = (2)

    2 + 4 = 8.

    Exerccios

    1) Sendo f(x) = - x

    2 + 3x 2 definida de IR em IR determine:

    a) f(0) b) f(2) c) f(-1) d) f(2/3) e) f( 2 )

    2) Dada a funo f de IR em IR definida por f(x) = x3 x, determine f(2) + f(-2).

    Respostas

    1) a) - 2

    b) 0

    c) - 6

    d) - 4/9

    e) - 4 + 3 2

    2) 0

    -1 - 2 1

    2

    3

    0

    - 1

    - 2 5

    3

    4 8

  • Apostila de Clculo I FATEC

    23

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    10.3 Tipos de Funes

    10.3.1 Funo Constante

    Uma funo f: IR IR denominada de funo constante quando definida por uma

    sentena do tipo y = f(x) = k, onde k um nmero real.

    Exemplo : f(x) = 3

    10.3.1.1 Grfico de uma Funo Constante

    O grfico de uma funo constante, y = f(x) = k, ser uma reta paralela ao eixo das

    abscissas, ou seja, y

    k f(x) = k

    x

    10.3.2 Funo do 1 Grau

    Funo do 1 grau, ou funo afim, aquela que associa a todo nmero real x, um outro

    real y, tal que y = f(x) = ax + b, onde a, b IR (a 0).

    Exemplo : f(x) = 2x 5

    10.3.2.1 Grfico de uma Funo do 1 Grau

    O grfico de uma funo do 1 grau uma reta no paralela ao eixo das abscissas.

    Graficamente, existem duas situaes a considerar:

    - 1 Caso: Funo Crescente (a > 0)

    y

    f(x) = ax + b

    x

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    - 2 Caso: Funo Decrescente (a < 0)

    y

    f(x) = ax + b

    x

    Exemplo:

    f(x) = 2x 7 (a = 2 > 0: crescente)

    f(x) = - 4x + 1 (a = - 4 < 0: decrescente)

    10.3.3 Funo do 2 Grau

    Uma funo f: IR IR denominada de funo do 2 grau ou funo quadrtica, quando

    associada a todo nmero real x, um outro nmero real y, tal que y = f(x) = ax2 + bx + c onde a, b

    e c IR (a 0).

    Exemplo : f(x) = 7x2 4x 1

    10.3.3.1 Grfico de uma Funo do 2 Grau

    O grfico de uma funo do 2 grau uma parbola no plano cartesiano.

    Graficamente, existem duas situaes a considerar:

    - 1 Caso: a > 0 (Concavidade voltada para cima)

    y

    f(x) = ax2 + bx + c

    x

    Exemplo: f(x) = 2x2 + 7x 6

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    - 2 Caso: a < 0 (Concavidade voltada para baixo)

    y

    f(x) = ax2 + bx + c

    x

    Exemplo: f(x) = - x2 + 7x 5

    10.3.3.2 Zeros da Funo do 2 Grau

    So os valores da varivel x para os quais a funo se anula, ou seja, f(x) = ax2 + bx + c = 0.

    Graficamente so os pontos de interseco da parbola com o eixo das abscissas.

    Observao: A interseco da parbola de equao y = ax2 + bx + c com o eixo das ordenadas

    o ponto de coordenadas (0, c).

    10.3.3.3 Vrtice da Parbola

    o ponto externo de uma funo do 2 grau da forma y = f(x) = ax2 + bx + c.

    Se a concavidade voltada para cima, o vrtice representa um ponto de mnimo da

    funo.

    Se a concavidade voltada para baixo, o vrtice representa um ponto de mximo da

    funo.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    26

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    10.3.3.4 Coordenadas do Vrtice

    As coordenadas do vrtice da parbola obtidas atravs da funo do 2 grau

    y = ax2 + bx + c (xv , yv ), onde

    xv = - b / 2a e yv = - / 4a

    a

    b

    4,

    2aV

    Exemplo: y = f(x) = - 2x2 + 6x 1

    xv = - b / 2a xv = - 6 / 2.(- 2) xv = - 6 / - 4 xv = 3 / 2

    e

    yv = - / 4a yv = - (b2 4ac) / 4a yv = - [6

    2 4.(- 2). (- 1)]/ 4. (- 2) yv = 7 /2

    2

    7,

    2

    3V

    Observao:

    O yv pode ser calculado a partir do valor do xv , ou seja, yv = f (xv ).

    10.3.4 Funo Modular

    A funo f definida em IR e dada por y = x recebe o nome de funo valor absoluto

    ou funo mdulo. Considerando que

    0 x se ,

    0 x se ,

    x

    xx

    resulta que o grfico de y = x formado por duas semi-retas que partem da origem, conforme

    a figura seguinte.

    y

    x

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    Exerccios

    Representar graficamente as seguintes funes:

    a) y = 3 b) y = 3x + 1 c) y = - 3x + 2

    d) y = x e) y = 1x f) y = x2 - 2x + 1

    g) y = - x2 + 6x 8 h) y = - 2x

    3 + 4, x [0,2] i) y = x - 1

    j) y =

    0 x se x1

    0 x se x

    2

    2

    k) y =

    2 x se 2

    2 x 0 se x

    0 x se 2x3

    2

    10.3.5 Funo Exponencial

    A toda funo do tipo f(x) = ax ( a > 0, a 1) chamamos de funo exponencial.

    Observao:

    O grfico de uma funo exponencial crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1.

    y y

    1 1

    x x

    a > 1 0 < a < 1.

    10.3.6 Funo Logartmica

    A toda funo logartmica, definida de IR*

    + em IR dada por:

    f(x) = log a x, a > 0 e a 1 af (x)

    = x.

    Observaes:

    1) A funo logartmica , portanto, a inversa da funo exponencial.

    2) Listemos as propriedades bsicas do logaritmo:

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    Sendo a > 0, b > 0 e b 1, c > 0 e IR, ento:

    P1) log b (a . c) = log b a + log b c P4) log b a = log c a / log c b (c 1)

    P2) log b (a / c) = log b a - log b c P5) b log

    ba = a

    P3) log b (a) = .log b a

    3) O grfico crescente se a > 1 e decrescente se 0 < a < 1. y y

    1 1

    x x

    a > 1 0 < a < 1.

    10.3.7 Funes Trigonomtricas

    Definio 1: Denominamos de circunferncia trigonomtrica a circunferncia de centro na

    origem do plano cartesiano, de raio unitrio e cujos arcos tm origem no ponto A(1, 0), com

    sentido anti-horrio positivo.

    y

    A(1,0) x

    Definio 2: Considere na circunferncia trigonomtrica um arco de medida x, com origem em

    A e extremamente em P. Ento, por definio:

    a) seno de x a ordenada do ponto P b) cosseno de x a abscissa do ponto P c) tangente de x a ordenada do ponto T, interseco da reta OP com o eixo tangente

    circunferncia pelo ponto A.

    0

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    y

    T

    P A x

    Definio 3: Definimos as principais funes trigonomtricas da seguinte forma:

    a) Funo seno: f : IR IR, f(x) = senx

    b) Funo cosseno: f : IR IR, f(x) = cosx

    c) Funo tangente: f : IR {/2 + h, h Z} IR, f(x) = tgx

    As outras funes trigonomtricas so definidas pelas relaes

    tgx

    1

    senx

    cosx cotgx ,

    cosx

    1 secx ,

    senx

    1 cossecx

    Exerccio Usando a calculadora cientfica, calcule:

    a) sen 90 d) cos 90 e) tg 45

    b) sen 0 e) cos 60 f) tg 0

    c) sen 270 f) cos 120 g) tg 60

    Respostas

    a) 1 d) 0 g) 1

    b) 0 e) 0,5 h) 0

    0

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    10.3.8 Funes Trigonomtricas Inversas

    Definio: Define-se:

    a) Funo Arco-seno: f : [-1,1] [- /2, /2 ], f(x) = arc senx

    b) Funo Arco-cosseno: f : [-1,1] [ 0, ], f(x) = arc cosx

    c) Funo Arco-tangente: f : IR [- /2, /2 ], f(x) = arctgx

    Exerccio

    Usando a calculadora cientfica, calcule:

    a) arc sen 1 d) arc cos 0 h) arc tg 1

    b) arc sen 0 e) arc cos (1/2) i) arc tg 0

    c) arc sen ( - 1) f) arc cos ( - 1/2) j) arc tg 3

    Respostas

    a) x = 90 d) x = 90 g) x = 45

    b) x = 0 e) x = 60 h) x = 0

    c) x = - 90 ou x = 270 f) x = 120 ou x = 240 i) x = 60

    FINAL DA REVISO!

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    31

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    11. Introduo Diferenciao

    11.1 Introduo

    Enquanto os tpicos de lgebra, trigonometria e geometria so de importncia

    fundamental para o matemtico e o tcnico, uma grande variedade de problemas tcnicos no

    pode ser resolvida utilizando apenas estes conceitos de matemtica. Muitos problemas podem ser

    resolvidos utilizando apenas mtodos do clculo. A partir do sculo dezessete, os cientistas

    sentiram a necessidade de novas tcnicas matemticas. Queriam estudar o movimento de

    projteis, o movimento da lua e dos planetas e o movimento da luz. Cientistas, como Isaac

    Newton, comearam a desenvolver um novo ramo da Matemtica para resolver os problemas

    que envolviam movimento. Este novo ramo da Matemtica tornou-se conhecido como o clculo.

    Atualmente, o clculo originou um grande desenvolvimento da Matemtica. Enquanto o clculo

    comeou com o estudo do movimento, a sua utilidade pode atualmente ser observada em muitas

    variedades de reas tcnicas.

    11.2 O Problema do Movimento

    Resumidamente, o problema do movimento pode ser encarado como o problema da

    determinao da velocidade e direo de um objeto mvel no espao, num dado instante. Voc

    est familiarizado com a determinao da velocidade mdia de um objeto em movimento. Por

    exemplo, se numa viagem voc dirigir 150km em 3 horas (h), ento, dividindo 150km por 3 h

    determina que dirigiu em mdia 50km/h. Isto no lhe indica exatamente distncia percorrida 1

    h e 32 minutos (min) aps ter comeado a viagem. Voc pode ter parado num sinal de trnsito ou

    pode ter viajado a 55km/h.

    Na tentativa de resolver matematicamente este problema, suponhamos que podemos

    descrever a distncia percorrida por um objeto como uma funo do tempo. Isto , em cada

    ponto no tempo t podemos associar um nmero s representando a distncia percorrida pelo

    objeto. Por exemplo, s = 2t + 1 uma funo que descreve o movimento de um objeto que se

    move ao longo de uma reta em termos do tempo t. Se t for medido em segundos (seg) e s em

    metros (m), ento aps 2 seg, o objeto est em s = 2. 2 + 1 = 5 m ao longo da linha de

    movimento. Trs segundos mais tarde, t = 2 + 3, o objeto moveu-se de s = 2 (2 + 3) + 1 = 2.5 + 1

    = 11 m ao longo da linha de movimento.

    t = 2 t = 5

    0 5 11 x

    A velocidade mdia vmd de um objeto em movimento a razo entre a distncia

    percorrida por um objeto e o tempo gasto para percorrer essa distncia. No exemplo anterior, a

    distncia percorrida pelo objeto 11m - 5m = 6m. Percorreu esta distncia em 3 seg. A

    velocidade mdia ao longo deste perodo de tempo , ento,

    segmseg

    mvmd /2

    3

    6 .

    Neste ponto vantajoso introduzir um novo smbolo matemtico. Quando quisermos

    indicar uma variao entre dois valores de uma varivel utilizaremos a letra grega . Nesta seo

    t (ler delta t) representa a variao em tempo t e s (leia delta s) representa a variao em

    distncia s. No exemplo anterior, t = 3 seg. Est a variao em tempo necessrio para o objeto

    ir de 5m a 11m ao longo da linha de movimento. A variao em distncia para este intervalo de

  • Apostila de Clculo I FATEC

    32

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    tempo t = 3 seg s = 11m 5m = 6m. Utilizando esta notao podemos escrever agora

    t

    svmd

    .

    Relembrar da lgebra que uma funo um conjunto de pares ordenados, dois dos quais

    no tem o mesmo primeiro elemento. Isto agora til para introduzir uma notao especial,

    chamada notao funcional, para representar uma relao funcional. Por exemplo, a funo

    y = x2 + 3 escrita f(x) = x

    2 + 3 usando a notao funcional. O smbolo f(x), ler f de x,

    utilizado para representar o nmero y que corresponde a um nmero x na relao funcional dada.

    Isto , f(x) = y ou, como neste caso, f(x) = x2 + 3. A tabela embaixo apresenta f(x) para vrios

    valores de x.

    x f(x) = x

    2 + 3

    - 3 f (- 3) = (-3)2 + 3 = 12

    0 f (0) = (0)2 + 3 = 3

    1 f (1) = (1)2 + 3 = 4

    2 f (2) = (2)2 + 3 = 7

    h f (h) = (h)2 + 3 = h2 + 3

    3t f (3t) = (3t)2 + 3 = 9t2 + 3

    1 + x f (1 + x) = (1 + x)2 + 3 = 1 + 2x + (x)2 + 3 = 4 + 2x + (x)2

    A utilizao do smbolo f(x) til j que podemos utilizar f(x) para representar o nmero

    correspondente a x na relao funcional sem ter de determinar exatamente o nmero, como foi

    feito na tabela anterior. Por exemplo, f(3) representa o nmero correspondente a x = 3 sem

    nenhuma relao funcional dada. Por esta razo, f(x) muitas vezes chamado o valor da funo

    em x.

    Exemplo 1. Escrever em notao funcional que relaciona cada nmero x com seu cubo menos 2.

    A relao y = x3 2. Utilizando o smbolo f para representar esta funo, escrevemos:

    f (x) = x3 2.

    Exemplo 2. Determinar o valor da funo f(x) = x3 2 para x = - 2 e para x = 2 + x.

    f(- 2) = (- 2)3 2 = - 8 2 = - 10

    e

    f(2 + x.) = (2 + x)3 2 = (2)

    3 + 3. (2)

    2.x + 3.2. (x )

    2 + (x )

    3 - 2

    = 8 + 12.x + 6. (x )2 + (x )

    3 - 2

    = 6 + 12.x + 6. (x )2 + (x )

    3

    Exemplo 3. Calcular a funo g(x) = 32 x para x =3.

    g(3) = 393633.2 .

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    33

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    Exemplo 4. Calcular a funo f(x) = x2 5 para x = h + 2.

    f(h + 2) = (h + 2)2 5

    = (h)2 + 2. h.2 + (2)

    2 5

    = h2 + 4.h + 4 5

    = h2 + 4h 1

    No primeiro exemplo consideramos um objeto movendo-se ao longo de uma linha reta de

    acordo com a funo s = 2t + 1. Podemos agora escrever isto em notao funcional:

    s(t) = 2t + 1.

    Relembramos que s a variao na distncia s e t a variao no tempo t. Ento,

    utilizando nossa notao funcional,

    s = s(2 + t) s(2)

    = s(2 + 3) s(2)

    = s(5) s(2)

    = [ 2.5 + 1] [ 2.2 + 1]

    = 11 5

    = 6m.

    Portanto, a velocidade mdia durante este perodo de tempo

    segmseg

    m

    t

    sts

    t

    svmd /2

    3

    6)2()2(

    como determinamos anteriormente.

    Em geral, a distncia percorrida por um objeto do tempo t ao tempo t + t dada em

    notao funcional por

    s = s(t + t) s(t).

    A velocidade mdia deste objeto ao longo da variao em tempo t ento

    t

    tstts

    t

    svmd

    )()(.

    Exemplo 5. Dado que s = t 2 1 descreve o movimento de um objeto movendo-se ao longo de

    uma reta, onde s medido em ps; (a) determinar s e vmd ; (b) determinar v md aps 3 seg de viagem; e (c) determinar v md de 4 seg de viagem at 7 seg de viagem.

    (a)

    s = s(t + t) s(t)

    = [(t + t)2 1] - (t

    2 1)

    = [t2 + 2.t.(t) + (t)

    2 1] - t

    2 + 1

  • Apostila de Clculo I FATEC

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    = t2 + 2.t.(t) + (t)

    2 1 - t

    2 + 1

    = 2.t.(t) + (t)2

    )(.2

    )](.2.[

    )().(.2 2

    tt

    t

    ttt

    t

    ttt

    t

    svmd

    (b) t = 3 seg, assim de (a) temos:

    ./)32(

    .2

    segpst

    ttvmd

    (c) O tempo no qual comeamos a medir a distncia percorrida s t = 4s. Portanto,

    t = 7 4 = 3 seg.

    De (a) temos

    ./11

    34.2

    .2

    segps

    ttvmd

    Voc deve agora verificar que este o mesmo nmero que obteramos calculando:

    gasto tempo

    percorrida distncia

    3

    )4()34(

    ssvmd

    Do exemplo 5 vemos que para calcular v md = (s/t) precisamos saber o tempo t no qual

    comeamos a medir a velocidade v md assim como a variao em tempo t. Notar que ambos, t

    e t, podem tomar valores negativos. Se considerarmos t = -1, ento s(t + (-1)) representa a

    posio do objeto 1 segundo antes de alcanar a posio s(t).

    Notar tambm que a utilizao da notao funcional, como a do prprio conceito de

    funo, sero largamente, enfatizadas na matria em questo. O desenvolvimento do clculo

    depende amplamente deste conceito.

    11.3 Velocidade Instantnea

    Podemos agora comear a resolver o problema da determinao das velocidades

    instantneas. Considerar o movimento de um objeto movendo-se ao longo de uma linha reta e

    descrita por s(t) = 3t2 + 1, com s medido em ps. Tentaremos agora determinar a velocidade

    instantnea exatamente aps 2 seg de percurso.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    35

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    tempo em variao

    distncia em variao

    t

    stsvmd

    )2()2(

    t

    123.1t23.22

    t

    t3.t12.2

    t312t

    ]..t3.[12

    Portanto, por exemplo, com uma variao em tempo t = 4 seg, a velocidade mdia

    12 + 3. (4) = 24 ps/ seg. Faamos agora uma tabela de vmd para diferentes valores de t :

    t v md

    4,0 24,0

    2,0 18,0

    1,0 15,0

    0,5 13,5

    0,1 12,3

    0,001 12,003

    - 0,001 11,997

    - 0,5 10,5

    - 2,0 6,0

    Por esta tabela podemos observar que, quanto mais t se aproxima de 0, mais perto v md

    est de 12 ps/seg. medida que diminuirmos o intervalo de tempo deveremos esperar que a

    velocidade mdia se aproxime mais da velocidade instantnea do objeto em 2 seg. Isto ,

    v md = 12,3 ps/seg aps 0,1 seg de percurso (aps a referncia de 2 seg) uma melhor

    aproximao, ento v md = 24,0 ps/seg aps 4 seg de percurso (aps a referncia de 2 seg).

    Observando esta tabela somos ento levados a acreditar que a velocidade instantnea no tempo

    t = 2 seg deve ser 12 ps/seg. Este o processo que usaremos para resolver o problema do

    movimento.

    Para determinar a velocidade instantnea de um objeto em movimento num dado tempo t:

    1. Determinar

    t

    s

    t

    s(t)t)s(tvmd

    onde s(t) descreve o movimento do objeto como uma funo do tempo.

    2. Observar a que nmero se houver algum, se aproxima v md em valor quando os valores

    de t se aproximam de 0 (zero). Se voc for capaz de determinar tal nmero, poder

    chamar-lhe a velocidade instantnea v.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    36

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    Exemplo 1. Determinar a velocidade instantnea de um objeto que se move de acordo com

    s(t) = 5t2 4 com t = 3 seg.

    Passo 1.

    t

    stsvmd

    )3()3(

    t

    435.4t35.22

    t

    t5.t30.2

    t530t

    t]t5.[30

    Passo 2. Vemos que medida que t se aproxima (fica perto) de 0, v md se aproxima de 30.

    Conclumos que

    v = 30 ps/ seg.

    Nota: Tenta-se, para simplificar, substituir t = 0 por v md. Isto seria uma tentativa para calcular

    uma velocidade mdia durante uma variao de tempo de 0 seg. Isto nos d o intervalo de tempo

    nulo durante o qual podemos fazer a mdia! Seramos tentados a dividir por zero, o que

    indefinido.

    !!!!!!!!0

    0

    0

    )3()03(

    ss

    Como no Exemplo 1, devemos encontrar uma maneira para simplificar a expresso de

    vmd para que t no permanea no denominador. S ento podemos comear a ver a qual

    nmero v md tende quando t tende para 0.

    Exemplo 2. Determinar v em t = 2 quando s(t) = 1/ t.

    Passo 1.

    )2(2

    1

    t

    )2(2

    t

    )2(2

    )2(2

    )2()2(

    t

    t

    t

    t

    t

    t

    stsvmd

    Passo 2. medida que t tende para 0, v md tende para 1/ 4. Assim v = - 1/ 4.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    37

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    11.4 Limite

    O processo que desenvolvemos para resolver o problema do movimento foi

    considerado como sendo de grande utilidade em outras aplicaes. tcnica utilizada foi dado o

    nome de o processo limite.

    Dada qualquer funo, podemos observar se os valores funcionais tendem para algum

    nmero quando o valor da varivel tende para um nmero especfico.

    Exemplo 1. Consideremos f (x) = x2 3x + 2. Para que nmero se houver algum, tende

    f (x) quando x tende para 1?

    Como x2 tende para (-1)

    2 = 1 quando x tende para 1 e 3x tende para (- 3) . (- 1) = 3

    quando x tende para 1, conclumos que f (x) = x2 3x + 2 tende para 1 + 3 + 2 = 6 quando x

    tende para 1.

    Os matemticos utilizam smbolos para descrever este processo limite mais

    resumidamente. O smbolo significa tender; portanto, x tende para 1. Dever escrever-

    se x - 1.

    Se f(x) L quando x a, ento L chamado o limite da funo quando x a. Este

    processo escrito como

    Lxfax

    )(lim

    e l-se o limite de f de x quando x tende para a igual a L. A expresso no Exemplo 1 deveria

    ser escrita 623lim 21

    xxx

    .

    O limite descreve o comportamento de uma funo perto de um ponto, no no ponto.

    Exemplo 2. Determinar .3

    9lim

    2

    3

    x

    x

    x

    Quando x 3, o denominador tende para 0. No podemos dividir por zero. No entanto,

    ).3(3

    )3).(3(

    3

    92

    x

    x

    xx

    x

    x

    No processo limite no estamos preocupados com o que acontece quando x = 3, mas

    apenas o que acontece quando x 3. Quando x 3, x + 3 6. Portanto

    .6)3(lim3

    9lim

    3

    2

    3

    x

    x

    x

    xx

    Notar que no Exemplo 2 podemos ainda perguntar qual o limite de f(x) = 3

    92

    x

    x quando

    x 3 mesmo que a funo no seja definida para x = 3. No entanto, veremos agora que nem

    sempre existem limites.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    38

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exemplo 3. Determinar .5lim0

    xx

    Como no podemos obter um nmero real quando calculamos a raiz quadrada de um

    nmero negativo, a funo 5xf(x) no pode ser calculada para x inferior a 5. impossvel

    ento observar os valores de 5x quando x toma valores perto de 0 (porque a quantidade

    x 5 ser negativa).

    Conclumos que 5lim0

    xx

    no existe.

    Algumas vezes uma funo tende para um limitado nmero L quando x ; isto , a

    funo tende para L quando x no tem limite.

    Exemplo 4. Determinar .1

    lim

    xx

    Como o denominador x , a funo (1/x) tende para 0. Portanto,

    .01

    lim

    xx

    Exemplo 5. Determinar .37

    2lim

    2

    2

    x

    xx

    x

    Como x , tanto o numerador como o denominador tende separadamente para . No

    entanto, se dividirmos o numerador e o denominador pela maior potncia de x no denominador,

    x2, teremos

    2

    37

    12

    x

    x

    .7

    2

    07

    02

    37

    12

    lim37

    2lim

    2

    2

    2

    x

    x

    x

    xx

    xx

    Nota:

    xquandox

    ex

    03

    01

    2.

    OBS: A determinao da velocidade instantnea uma aplicao do processo limite.

  • Apostila de Clculo I FATEC

    39

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Exemplo 6. Determinar a velocidade instantnea v para t = 3 quando s(t) = t - 7.

    Podemos considerar a velocidade mdia vmd como funo de t:

    t

    stsvmd

    )3()3(

    Portanto,

    t

    stsv

    t

    )3()3(lim

    0

    t

    797)t()t.(69lim

    2

    0t

    t

    )t()t.(6lim

    2

    0t

    t

    t6.tlim

    0t

    t6lim0t

    = 6.

    NOTA:

    1. ) Avalie o comportamento da funo

    3 x se 1, x

    3 x se ,3)(

    xxf nas proximidades de trs.

    Note que esta funo tem um comportamento diferente em torno do ponto x = 3. Para descobrir o

    que acontece neste ponto, consideramos valores para x cada vez mais prximos de trs, mas, menores que

    trs ou a sua esquerda e tambm valores de x cada vez mais prximos de trs, mas maiores que trs ou a sua direita, como exibido na tabela abaixo.

    Valores menores que 3 ou a esquerda de 3 Valores maiores que 3 ou a direita de 3

    Valores

    de x

    0

    1

    2

    2,9

    2,99

    2,999

    3,001

    3,01

    3,1

    4

    5

    6

    Valores

    de f(x)

    1

    2

    3

    3,9

    3,99

    3,999

    6,001

    6,01

    6,1

    7

    8

    9

    A tabela mostra que quando x se aproxima de trs pela esquerda, mas no assume o valor

    trs, a funo se aproxima de 4. Afirmamos, ento, que se x tende a trs pela esquerda a funo

    tende para 4. Ou ainda, que o limite da funo 4 quando x tende a trs pela esquerda.

    Quando x se aproxima de trs pela direta, mas no assume o valor trs, a funo se

    aproxima de 6. Afirmamos, ento, que se x tende a trs pela direita a funo tende para 6. Ou

    ainda, que o limite da funo 6 quando x tende a trs pela direita.

    Como o limite esquerda diferente do limite direita, dizemos que esta funo no tem

    limite no ponto trs. Possui apenas limites laterais.

    Usando a linguagem matemtica escrevemos:

  • Apostila de Clculo I FATEC

    40

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    xflim xflimxflim

    xflimou xfx

    xflimou xfx

    xxx

    x

    x

    333

    3

    3

    663

    443

    Concluso: Uma funo s ter limite no ponto c se os limites laterais em torno deste ponto

    forem iguais.

    xflim xflimxflimcxcxcx

    2. ) Avalie o comportamento da funo 23

    1)(

    xxf nas proximidades de trs.

    Consideramos valores de x cada vez mais prximos de trs pela esquerda e tambm pela direita.

    Em ambos os casos notamos que o valor que a funo assume tem uma ordem de grandeza muito elevada, como mostra a tabela abaixo. Quando isto ocorre dizemos que a funo tende para o infinito.

    Valores menores que 3 Valores maiores que 3

    ou a esquerda de 3 ou a direita de 3

    x

    2

    2,9

    2,99

    2,999

    3,001

    3,01

    3,1

    4

    y

    1

    100

    10.000

    1.000.000

    1.000.000

    10.000

    100

    1

    Neste caso o limite da funo infinito quando x tende para trs.

    Usando a linguagem matemtica, escrevemos:

    xflimouxfxx 3

    3

    Concluso: Uma funo tem um limite infinito quando a sua imagem assume valores cuja

    ordem de grandeza elevada, quando x tende para c.

    xflimcx

    Nessa mesma funo fcil perceber que se os valores de x aumentam, assumindo

    valores maiores que trs, o valor da funo se aproxima de zero. Deste modo, os valores de x

    assumem valores que possuem ordem de grandeza elevada e, portanto, tende para infinito. Tem-

    se, ento, um limite no infinito.

    Usando a linguagem matemtica, escrevemos:

    00

    xflimouxfxx

  • Apostila de Clculo I FATEC

    41

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    Concluso: Uma funo tem limite no infinito quando a varivel do seu domnio tende para

    infinito enquanto a imagem da funo tende para L.

    Lxflimx

    NOTA:

    (i) Nessa teoria devemos entender, sempre, que a varivel x tende para um valor c, mas nuca

    igual a c e a imagem da funo tende para L, mas nunca igual a L.

    (ii) H tambm os casos de limites infinitos no infinito.

    (iii) O limite de uma funo num ponto c do seu domnio nico.

    11.5 Frmulas do Limite

    Pode ser demonstrado que o processo limite obedece s seguintes regras:

    A. xgxfxgxfaxaxax

    limlimlim

    Exemplo 1. 36927limlimlim 23

    3

    3

    23

    3

    xxxx

    xxx.

    B. constante uma onde ,lim..lim kxfkxfkaxax

    Exemplo 2. .48)4.(12lim.12.12lim 22

    2

    2

    xx

    xx

    C. constante uma onde ,lim kkkax

    Exemplo 3. 8lim2x

    = 8.

    Nota No importa qual a tendncia de x em f(x) = 8; portanto, f(x) no s tende para 8 como, neste caso, mesmo 8.

    D. xgxfxgxfaxaxax

    limlimlim

    Exemplo 4. .1829)1(limlim1lim3

    2

    3

    2

    3

    xxxx

    xxx

    E.

    0lim que desde ,

    lim

    limlim

    xg

    xg

    xf

    xg

    xf

    axax

    ax

    ax

    Exemplo 5. .13

    3

    )2(lim

    4lim

    2

    4lim

    1

    2

    12

    1

    x

    x

    x

    x

    x

    x

    x

  • Apostila de Clculo I FATEC

    42

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    EXERCCIO: Determinar cada limite.

    )5(lim1 22

    xxx

    )173(lim2 21

    xxx

    )252(lim3 231

    xxx

    )43(lim4 232

    xxxx

    1

    )1(lim5

    2

    1

    x

    x

    x

    3)9(

    lim62

    3

    x

    x

    x

    32

    )94(lim7

    2

    2/3

    x

    x

    x

    43)169(

    lim82

    3/4

    x

    x

    x

    32lim91

    xx

    33lim104

    xx

    xx

    4lim116

    12lim121

    xx

    xx 2

    1lim13

    2

    1lim14

    xx

    )1184(

    )253(lim15

    2

    2

    xx

    xx

    x

    )4(

    )1327(lim16

    23

    3

    xx

    xx

    x

    )(lim17 22

    xxx

    )(lim18 233

    xxx

    )21004(lim19 21

    xxx

    )853(lim20 21

    xxx

    4.3lim211

    xxx

    3.12lim224

    xxx

    )32).(13(lim23 2422

    xxxxx

    )6).(105(lim24 2322

    xxxxxx

    1

    23lim25

    2

    2

    2

    x

    xx

    x

    xx

    xx

    x 2

    54lim26

    2

    2

    3

    7

    49lim27

    2

    7

    x

    x

    x

    2

    4lim28

    2

    2

    x

    x

    x

    52

    254lim29

    2

    2/5

    x

    x

    x

    43

    169lim30

    2

    3/4

    x

    x

    x

  • Apostila de Clculo I FATEC

    43

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    )2(

    5).13(lim31

    2

    3

    x

    xxx

    x

    )3(

    3).5(lim32

    2

    2

    x

    xxx

    x

    )1(

    )462(lim33

    2

    2

    1

    x

    xx

    x

    )1(

    )132(lim34

    2

    1

    x

    xx

    x

    )633(

    )1(lim35

    2

    2

    1

    xx

    x

    x

    )44(

    )134(lim36

    23

    3

    2/1 xxx

    xx

    x

    x

    x

    x

    5325lim37

    0

    4

    82lim38

    2

    4

    x

    xx

    x

    x

    x

    x

    51

    53lim39

    4

    x

    x

    x

    11lim40

    0

    Respostas

    1) 6 6) 6 11) no existe 16) 7 / 4 21) - 12 26) 2 /15 31) 152 36) 3

    2) 3 7) 0 12) no existe 17) 6 22) 9 27) 14 32) 15 37) 3 / 10

    3) 1 8) 0 13) 0 18) 36 23) 11 28) 4 33) 1 38) 1

    4) 2 9) 1 14) 0 19) 102 24) 120 29) 10 34) 1 39) 1 / 3

    5) 0 10) 3 15) 20) 10 25) 12 / 5 30) 8 35) 2 / 9 40) 1 / 2

    Nos exerccios de 41 a 44, trace um esboo do grfico e encontre o limite indicado se ele existir;

    se o limite no existir, d a razo.

    41)

    2xsex3

    2xse3x)x(f )()()()()()( limlimlim

    222

    xfcxfbxfaxxx

    42)

    3xsex10

    3xse1x2)x(f )()()()()()( limlimlim

    333

    xfcxfbxfaxxx

    43)

    2xsex28

    2xsex)x(f

    2

    )()()()()()( limlimlim222

    xfcxfbxfaxxx

    44)

    1xsex2

    1xsex4)x(f

    2

    2

    )()()()()()( limlimlim111

    xfcxfbxfaxxx

    Respostas

    41) no existe 42) 7 43) 4 44) 3

  • Apostila de Clculo I FATEC

    44

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    11.6 A Inclinao de uma Tangente a uma Curva

    O processo limite no apenas aplicado ao problema do movimento. Veremos agora a

    sua aplicao num problema geomtrico.

    Como na figura embaixo, consideraremos que a curva o grfico de uma dada funo

    y = f(x). Pretendemos determinar a inclinao da tangente mtan no ponto P com coordenadas

    (x, f(x)).

    Como na figura acima, podemos determinar a inclinao de uma reta passando por P e

    qualquer outro ponto Q da curva (a reta secante). Podemos observar as inclinaes destas retas

    secantes quando escolhemos pontos Q cada vez mais prximos do ponto P. medida que Q se

    aproxima de P, os valores das inclinaes destas retas secantes ficaro cada vez mais prximos

    daquele da inclinao da reta tangente mtan. Podemos explicar este processo em termos das

    coordenadas de P e Q como na figura a seguir.

    Nesta figura y = f (x + x) f(x).

  • Apostila de Clculo I FATEC

    45

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    medida que escolhemos valores de x mais prximos de 0, o ponto Q aproxima-se de P

    ao longo da curva. Deste modo, a inclinao da reta secante aproxima-se de mtan, que a

    inclinao da reta tangente. A inclinao da reta secante que passa por P e Q dada por:

    x

    y

    x

    xfxxf

    xxx

    xfxxf

    portanto,

    xxx

    xfxxf

    x

    ym

    xx

    00tan limlim

    Exemplo 01. Determinar a inclinao da reta tangente curva y = x + 3 em (1,4).

    22lim

    2lim

    2lim

    ]31[]31[lim

    lim

    0

    0

    2

    0

    22

    0

    0tan

    x

    x

    xx

    x

    xx

    x

    x

    x

    ym

    x

    x

    x

    x

    x

    Podemos ver agora que o processo usado para resolver o problema geomtrico o mesmo

    que o usado para o problema do movimento. Este processo, o limite, o fundamento do clculo.

    Exemplo 02. Determinar a equao da tangente curva y = 2x - 5 em (2,3).

    Passo 1 : Determinar mtan:

    .828lim

    28lim

    ]522[]522[lim

    lim

    0

    0

    22

    0

    0tan

    x

    x

    xx

    x

    x

    x

    ym

    x

    x

    x

    x

    Passo 2 : Determinar a equao da reta:

  • Apostila de Clculo I FATEC

    46

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    Usando a frmula do ponto-inclinao temos:

    y y1 = m.(x x1)

    y 3 = 8.(x 2)

    y = 8x 13.

    RESUMO: Definimos o coeficiente angular ou inclinao de uma curva como o limite dos

    coeficientes angulares das secantes. Esse limite, chamado derivada, mede a taxa de variao de

    uma funo e um dos conceitos mais importantes de clculo. As derivadas so muito usadas em

    engenharia, cincia, economia, medicina e cincia da computao para calcular a velocidade e a

    acelerao, para explicar o funcionamento de mquinas, para estimar a diminuio do nvel da

    gua quando ela bombeada para fora de um tanque e para prever as conseqncias de erros

    cometidos durante medies. Obter derivadas calculando limites pode ser demorado e difcil.

    Assim sendo, desenvolveremos tcnicas para calcular derivadas mais facilmente.

    Definies:

    O coeficiente angular da curva y = f(x) em um ponto P(x0, f(x0)) o nmero

    x

    xfxxfm

    x

    00

    0lim . (desde que o limite exista)

    A reta tangente ao grfico de f em P a reta que passa por P e tem esse coeficiente

    angular. Assim sendo ela dada por:

    y = y0 + m(x x0)

    Como achar a Tangente Curva y = f(x) em (x0, y0).

    1. Calcule f(x0) e f(x0 + x).

    2. Calcule o coeficiente angular:

    x

    xfxxfm

    x

    00

    0lim .

    3. Se o limite existe, ento determine a reta tangente quando: y = y0 + m(x x0).

  • Apostila de Clculo I FATEC

    47

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    EXERCCIOS

    (1.) Determinar a equao da tangente curva dada no ponto dado.

    a) y = 2x - 3; (-2, 5) (Resp.: y = - 8x 11)

    b) y = 5x - 3x + 2; (-1, 10) (Resp.: y = - 13x 3)

    c) y = 4x - 7x + 5; (3, 20) (Resp.: y = 17x - 31)

    d) y = 2x + 4x 7; (-2, -7) (Resp.: y = - 4x 15)

    (2) Determine uma equao para a tangente curva nos pontos dados. Esboce a curva e a

    tangente juntas.

    a.) y = 4 x2, P(-1, 3) (Resp.: y = 2x + 5)

    b.) y = 2x, P(1, 2) (Resp.: y = x + 1)

    c.) y = x3, P(-2, -8) (Resp.: y = 12x + 16)

    d.) y = 2x2 + 3, P(2, f(2)) (Resp.: y = 8x 5)

    Se duas retas so paralelas, seja (1) ambas perpendiculares ao eixo x ou (2) ambas

    com a mesma inclinao, ou seja, m1 = m2.

    Por outro lado, se duas retas so perpendiculares, ento, seja (1) uma reta vertical com

    equao x = a e a outra horizontal com equao y = b ou (2) nenhuma sendo vertical e a

    inclinao da reta sendo a recproca negativa da outra; isto , se as equaes das retas forem:

    L1: y = m1x + b1 e L2: y = m2x + b2

    ento m1= (-1/m2)

  • Apostila de Clculo I FATEC

    48

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    Exerccios:

    1.) Determinar a equao da reta que satisfaz cada uma das seguintes condies.

    a.) Passa por (-1, 5) e paralela a 2x + y + 13 = 0. (Resp.: y = 2x + 7)

    b.) Passa por (2, -2) e perpendicular a 3x 2y - 14 = 0. (Resp.: y = -2x/3 2/3)

    c.) Passa por (-7, 4) e perpendicular a 5y = x. (Resp.: y = - 5x 31)

    d.) Passa por (2, -10) e paralela a 2x + 3y 7 = 0. (Resp.: y = -2x/3 26/3)

    2.) Encontrar a equao da reta tangente curva y = x , que seja paralela reta 8x 4y + 1 = 0.

    (Resp.: y = 2x + 1/8)

    3.) Encontrar a equao da reta normal (ou perpendicular) curva y = x2 no ponto P(2, 4)

    (Resp.: y = -1x/4 + 9/2)

    A derivada de uma funo f(x) em relao varivel x a funo f cujo valor em x

    x

    xfxxfxf

    x

    0

    ' lim

    desde que o limite exista.

    A derivada de uma funo f(x) no ponto x0, denotado por f (x0), definida pelo limite:

    x

    xfxxfxf

    x

    00

    00

    ' lim (desde que o limite exista)

    OBS: Como vimos anteriormente, este limite nos d a inclinao da reta tangente curva

    y = f(x) no ponto (x0, f(x0)). Portanto a derivada da funo y = f(x) no ponto x0 representa a

    inclinao da curva neste ponto.

    Exerccios:

    (1.) Calcule f(x) para a funo dada usando diretamente a definio.

    a) f(x) = 2x2 + 3x + 1 b) f(x) =

    x1

    x1

    c) f(x) = x3

    (Resp.: f(x) = 4x + 3) (Resp.: f(x) = 2 / (1 x) ) (Resp.: f(x) = x32

    1

    )

  • Apostila de Clculo I FATEC

    49

    Prof Dr. Ftima Ahmad Rabah Abido

    (2.) Determinar f(x0) para cada funo, usando a definio.

    a) f(x) = 5x2 + 6x 1, x0 = 2. b) f(x) = x

    2 + 1, x0 = 1.

    ( Resp.: f(2) = 26 ) ( Resp.: f(1) = 2 )

    c) f(x) =3

    2

    x

    x, x0 = x. d) f(x) = x , x0 = 9.

    ( Resp.: f(x) = 5 / (x + 3) ) ( Resp.: f(9) = 1 /6 )

    The end!!!!!!!!!!