caderno direito constitucional iii

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DIREITO CONSTITUCIONAL III - Professora: Lélia Júlia AULA 01 - 13.02.2014 > Apresentação - Contrato didático: plano de ensino Organização político adm do Brasil 15.03 e 05.04 > REGRAS E COMPROMETIMENTOS: - celular - chamada - presença - reposição - uso do blog > Trabalho "surpresa": valor dependendo do desempenho da turma > PROVAS 70% conteúdo dado em sala, 30% leitura 1a AV: 24.04.2014 - mista + ponto extra 2a AV: 26.06.2014 - mista (não há ponto extra) Substitutiva: 02.07.14 Final: 07.07.17 > Trabalho escrito (1a AV + trab. esc)/2= resultado + * = média da AV 1 Data: 03.04.2014 Tema: processo legislativo e sistema tributário nacional Valor: 10 pontos Estrutura: individual, normas ABNT, mínimo: capa, índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia (mínimo 3 autores, pode usar referência da internet e artigos jurídicos). > Trabalho em sala Datas: 17.04.2014* e 05.06.2014 Tema: caso concreto da matéria ministrada (buscar em qualquer tribunal, qualquer processo que trate da matéria que estamos estudando. Valor: 1,0 ponto* e o segundo trabalho será baseado na correção da prova Estrutura: jurisprudências e se houver, divergências doutrinárias, de qualquer instância ou tribunal. Grupo de 4 componentes, no tempo de 50 minutos, e trazer a revisão da prova. Cada componente, trazer a explicação resumida em uma ideia central (frase ou palavra chave). - o grupo tem que conseguir alcançar o conhecimento da matéria ministrada.

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Page 1: Caderno Direito Constitucional III

DIREITO CONSTITUCIONAL III - Professora: Lélia Júlia

AULA 01 - 13.02.2014

> Apresentação

- Contrato didático: plano de ensinoOrganização político adm do Brasil15.03 e 05.04> REGRAS E COMPROMETIMENTOS:- celular- chamada- presença- reposição- uso do blog

> Trabalho "surpresa": valor dependendo do desempenho da turma

> PROVAS 70% conteúdo dado em sala, 30% leitura1a AV: 24.04.2014 - mista + ponto extra2a AV: 26.06.2014 - mista (não há ponto extra)Substitutiva: 02.07.14Final: 07.07.17

> Trabalho escrito (1a AV + trab. esc)/2= resultado + * = média da AV 1Data: 03.04.2014Tema: processo legislativo e sistema tributário nacionalValor: 10 pontosEstrutura: individual, normas ABNT, mínimo: capa, índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia (mínimo 3 autores, pode usar referência da internet e artigos jurídicos).

> Trabalho em salaDatas: 17.04.2014* e 05.06.2014Tema: caso concreto da matéria ministrada (buscar em qualquer tribunal, qualquer processo que trate da matéria que estamos estudando.Valor: 1,0 ponto* e o segundo trabalho será baseado na correção da provaEstrutura: jurisprudências e se houver, divergências doutrinárias, de qualquer instância ou tribunal.Grupo de 4 componentes, no tempo de 50 minutos, e trazer a revisão da prova.Cada componente, trazer a explicação resumida em uma ideia central (frase ou palavra chave).- o grupo tem que conseguir alcançar o conhecimento da matéria ministrada.

                                                         -o-o-o-o-o-o-

ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA- República Federativa do Brasil (CF/88): U, E, DF e Municípios (entes políticos) -> autonomia política entre os entes federados.A união é considerada um poder centralOs estados são considerados poderes regionaisOs municípios são considerados poderes locais eO DF é considerado poder regional e localA CF autoriza que a U, sendo o poder central, pode descentralizar os serviços públicos que ela possui, repassando competências que antes eram concentradas nela e agora ela descentraliza.A união repassa as competências.

Page 2: Caderno Direito Constitucional III

Para descentralizar, foram criadas as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações publicas.Não possuindo hierarquia entre os entes políticos. Todos possuem autonomia política.

- CF/88: FORMA FEDERATIVA DO ESTADO - observa a REPARTIÇÃO TERRITORIAL dos PODERESCada ente exerce seu poder de uma forma.

- FORMA REPUBLICANA DE GOVERNO (representantes): função de  Regulação dos meios de aquisição e exercício do PODER dos governantes.U - PRE -  pref. E gov.M - vereadoresDF - gov

Estado unitário:CentralizadoDescentralizado admDescentralizado adm e politicamenteOpta por descentralizar para aqueles que o irão administrar.

Estado unitário puro: Para tecer as características, singelas, sobre o Estado unitário puro, valemo -nos das palavras de Leda Pereira Mota e Celso Spitzcovsky: “esta forma, que se caracteriza por uma absoluta centralização do exercício do Poder, tendo em conta o território do Estado, não encontra exemplo histórico, evidentemente, por não ter condições de garantir que o Poder seja exercido de maneira eficiente”.

Estado unitário descentralizado administrativamente: O Estado unitário descentralizado administrativamente, apesar de ainda concentrar a tomada de decisões políticas nas mãos do Governo Nacional, avança descentralizando a execução das decisões políticas já tomadas. Criam -se pessoas para, em nome do Governo Nacional, como se fossem uma extensão deste (longa manus), executar, administrar, as decisões políticas tomadas.

Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente: No Estado unitário descentralizado administrativa e politicamente, diga -se de passagem, a forma de Estado mais comum hoje em dia, principalmente nos países europeus, ocorre não só a descentralização administrativa mas também a política, pois, no momento da execução de decisões já tomadas pelo Governo Central, as “pessoas” passam a ter, também, certa autonomia política para decidir no caso concreto a melhor atitude a ser empregada na execução daquele comando central.

* FORMA DE ESTADO:- Modo de exercício que poder o político possui com a função de organizar o território - estado

-> ESTADO FEDERADO: NÃO É ADOTADO NO BRASIL- Modelo - descentralização política - repartição constitucional de competências - entidadesNão deixar tudo na mão de um poder central.- federais autônomas - indissolúvel- não - permanece - concentrado - entidade estatal- nascido - 1789 - EUA (promulgação da constituição)- forma - estado soberano - sem subordinação hierárquica - entre as entidades políticas- não - reconhecido o "direito de secessão" - não - poderão dissolver a unidade - imprescritível - mantença - estado soberano.

Page 3: Caderno Direito Constitucional III

FEDERAÇÃO BRASILEIRAProvisoriamente, a Federação no Brasil surge com o Decreto n. 1, de 15.11.1889, de creto este instituidor, também, da forma republicana de governo. A consolidação veio com a primeira Constituição Republicana, de 1891, que em seu art. 1.º estabeleceu: “A nação Brazileira adopta como fórma de governo, sob o regimen representativo, a Re pública Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitue -se, por união perpetua e indissoluvel das suas antigas provincias, em Estados Unidos do Bra zil”.14 As Constituições posteriores mantiveram a forma federativa de Estado, porém, “não se pode deixar de registrar o entendimento de alguns, segundo o qual, nas Constituições de 1937 e de 1967, bem como durante a vigência da Emenda n. 1/69, tivemos no Brasil somente uma Federação de fachada”.

O art. 1.º, caput, da CF/88 preceitua que a República Federativa do Brasil é for mada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constituindo -se em Estado Democrático de Direito, sendo que o caput de seu art. 18 complementa, estabelecendo que “a organização político -administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu nicípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. José Afonso da Silva esclarece o assunto: “a organização político -administrativa da República Federativa do Brasil compreende, como se vê do art. 18, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A Constituição aí quis destacar as entidades que integram a estrutura federativa brasileira: os componentes do nosso Estado Federal. Merece reparo dizer que é a organização político-administrativa que compreende tais entidades, como se houvesse alguma diferença entre o que aqui se estabelece e o que se declarou no art. 1.º. Dizer que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal não é diverso de dizer que ela compreende União, Estados, Distrito Federal e Municípios, porque a união indissolúvel (embora com inicial minúscula) do art. 1.º é a mesma União (com inicial maiúscula) do art. 18. Repetição inútil, mas que não houve jeito de evitar, tal o apego à tradição formal de fazer constar do art. 1.º essa cláusula que vem de constituições anteriores, sem levar em conta que a metodologia da Constituição de 1988 não comporta tal apego destituído de sentido. Enfim, temos aí destacados os componentes da nossa República Federativa: (a) União; (b) Estados; (c) Distrito Federal; e (d) Municípios...”.Então podemos esquematizar:- forma de governo: republicana;- forma de Estado: Federação;- característica do Estado brasileiro: trata -se de Estado de Direito, democratizado, qual seja, Estado Democrático de Direito;- entes componentes da Federação: União, Estados, Distrito Federal e Municípios;- sistema de governo: presidencialista.

AULA 02 - 20.02.2014

# FORMAS DE ESTADO (continuação)

-> ESTADO UNITÁRIO (um único Estado)- Existe - único centro - poder político - respectivo território.- Centralização política - uma só unidade de poder - (1) centro nacional - regionais e locais.Tem somente a União como centro de poder políticoNão cria entes federados para ajudá-lo.A União não repassa competências.Ex. Uruguai - tudo centralizado no governante.Não há repasse de competências a órgãos específicos.Abrange as responsabilidades regionais e locais.

Page 4: Caderno Direito Constitucional III

# ESPÉCIES DE ESTADO UNITÁRIO #1 -> Estado unitário centralizado: (PURO) - competências estatais - exercidas - forma centralizada - unidade - concentra - poder político.É um desmembramento do estado unitário.

2 -> Estado unitário descentralizado administrativamente (REGIONAL)- DECISÕES políticas - concentradas no - poder central - "mas" - execução - políticas adotadas - delegadas - poder central - pessoas e órgãos - especificamente criados - para o fim administrativo.Por isso que existem as pessoas de direito público externo e interno - para executar as políticas.Ex. Canadá (com a evolução do federalismo)

3 -> Estado unitário descentralizado administrativamente e politicamente: BRASILÉ uma evolução do modelo anterior.

- ocorre - descentralização - política e administrativa.- descentralização política - autonomia - dispõe - entes descentralizados - execução de decisões - adotadas - governo central - decidir - caso concreto - atitude - conveniente e oportuna (para sociedade, para a coletividade interna)- poder central - decidir - centralização e descentralização (o poder central decide se haverá centralização ou descentralização)- autonomia política - limitada* - descentralização autárquica - formando - autarquia territorial -as coletividades internas - estarão dentro da dependência - poder central.Se não houver, pode ocorrer intervenção federal.Se o município não exercer a atividade de forma correta, a união determina a intervenção federal.

# CONFEDERAÇÃO #

- Consiste - união - INDISSOLÚVEL* (no seu conceito escrito) - união de estados soberanos que se - vinculam - e celebração/formam os - tratados internacionais - sob a regência do direito internacional - visa estabelecer entre os estados soberanos - obrigações e direitos -que serão  recíprocas - a todos os estados SOBERANOS.

- os Estados soberanos - Podem - criar - um órgão central - para dar efeito - a todas - decisões - tomadas pela confederação.Ex. MERCOSUL,SE REÚNEM E CRIAM ÓRGÃOS PARA EXECUTAR AS DECISÕES DOS ESTADOS SOBERANOS.

- Estado confederado - aderência a estados soberanos - interessados -EM EXERCER ESSE  tratado internacional - disciplinado no tratado internacional.

- Características - dissolubilidade - (possibilidade de haver um estado que foi aderente e mudou de ideia, tem o direito de retirar-se da confederação, conforme seus interesses e conveniência da sua coletividade) cada - estado aderente - tem o direito - qualquer momento - retirar-se - confederação a conforme - interesses e conveniência. (QUESTÃO DE PROVA)Ex. CONFEDERAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - a confederação não pode ser dissolvida, não pode deixar de existir, mas um país membro pode entrar e sair, de acordo com sua conveniência e interesse.

- Tem direito de secessão: consiste no fato de um estado soberano poder dissolver, sair, a qualquer tempo da confederação. (Questão de prova)

- Decisões - tomadas - confederação - dependerão - SEMPRE - leis internas - casa um dos estados

Page 5: Caderno Direito Constitucional III

soberanos - para terem efetividade.Todas as decisões dependerão da criação de uma lei interna para terem efetividade.Ex. Qdo o BR faz um tratado com Portugal, tem que haver uma lei interna que obrigue a população a cumprir o tratado.

# FEDERAÇÃO NA CF/88 #

- Brasil - possuíamos o Estado Unitário - ate 1891 quando - adotou-se - forma federativa.

- Forma de governo: Republica - Princípio Sensível por haver possibilidade de - intervencaos Federal                                  M:A cláusula pétrea não impede mudanças para melhor.- Sistema de governo: Não é considerado cláusula pétrea                                     presidencialista / PARLAMENTARISMO

- Brasil - 4 entes federados - dotados de autonomia - criados pelo poder central, pela descentralização, através da autonomia político- adm.

CLASSIFICAÇÃO- Sendo - 2 entes: Federado típico - U/E              - 2 entes: Federados atípicos - DF/M

- Federalismo de 1o grau: U -> E- Federalismo de 2o grau: E -> M (DF)

EXISTE - FEDERAÇÃO POR AGREGAÇÃO (EUA) +               FEDERAÇÃO POR DESAGREGAÇÃO (BRASIL)

# FEDERAÇÃO POR DESAGREGAÇÃO (BRASIL): Estado Unitário: inicialmente era centralizado - depois descentraliza-se suas competências - mediante - criação - entes federados - autônomos = fenômeno da descentralização.

# MODO DE SEPARAÇÃO DE COMPETÊNCIAS:- FEDERALISMO DUAL (EUA) - rigidamente - existe - separação - competências - entre - entidade central (U) + demais entes federados.

- FEDERALISMO COOPERATIVO (BRASIL) - não - existe rigidez - separação - competências - EXISTE SIM - proximidade maior - entes federados - deverão - atuar - conjunto - modo - comum/concorrente.

- FEDERALISMO SIMÉTRICO - equilíbrio/homogeneidade - repartição - competências - entes federados - busca-se - igualdade - tratamento - em relação - U e E.

- FEDERALISMO ASSIMÉTRICO - tratamento - constitucional - diferenciado - entes federados - determinadas matérias - objetivando - manutenção do equilíbrio e a redução das desigualdades regionais.Ex. Art. 45 $1, Art. 43, Art. 151, I, Art. 155 $2, Art. 155, $2o, IV e XII, "g", Art. 159, I, "c"

OBS.: apenas o Estado é considerado soberano, independentemente do federalismo adotado, visto que, os entes federados possuem apenas autonomia, ou seja o poder central é que é soberano, o Brasil é soberano. Os estados, DF e municípios são autônomos.

Page 6: Caderno Direito Constitucional III

AULA 03 - 27.02.2014FEDERAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 (continuação)

- República Federativa do Brasil – é – Estado Federado – P.J. – Reconhecida – Direito Internacional – único titular de soberania.- União / Estados / DF e Municípios – Entes Federados – P.J.D.P.I. – autonomia – auto-organizaçao – legislação própria – auto-governo – auto-administração – TODOS – autônomos

– NUNCA – soberanos – sem – subordinação.

- Ente Federado – extrapolar – competências – invadindo – atribuições – de outro – estará – agindo – inconstitucionalmente (será realizado o Controle de Constitucionalidade)

- REGRA – autonomia – entes federados

- Exceção: uma entidade federada – poderá – intervir – na outra – afastando – temporariamente – autonomia.Ex. U – E – DF – M -> (art. 34 e 35) / E – M – T (art. 35)

- Inexiste – Direito de secessão: não há – pretensão – de haver separação - pode – ensejar – decretação – intervenção federal – manter a integridade nacional (art. 34, I)

- Nem todos os entes federados irão participar da formação da vontade nacional – E/DF – Senado Federal – art 46 + proposta de emenda à CF/88 (art. 60, III) – minicípios – não participam (representação no Senado Federal).

PRINCIPAIS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS NA FEDERAÇÃO- Repartição de competências: autonomia de atuação- Rigidez na Constituição: aprovação de Emenda Constitucional- Controle de constitucionalidade: Atuação do Poder Judiciário- Processo de Intervenção: Assegurar a manutenção e o equilíbrio da Federação- Imunidade recíproca de impostos: art. 150, VI – CF/88- Repartição de receitas tributárias: A obrigatoriedade da repartição de receitas de certos tributos entre entes federados, visa assegurar uma relativa equivalência econômico-finaceira entre eles, sendo considerado um aspecto fundamental para o equilíbrio federativo (art. 157 e 159 CF/88).

PRINCIPAIS ELEMENTOS PRESENTES NA NOSSA FEDERAÇÃO- Descentralização política;- Formação por desagregação – diretamente ligada a essa descentralização- Autonomia dos Entes Federados;- Soberania do Estado Federal;- Formalização e repartição das competências em uma Constituição do tipo rígida;- Fiscalização da Autonomia Federativa por meio do Controle de Constitucionalidade;- Os territórios federais não são considerados Entes Federativos, pois integram a União por uma mera divisão administrativo-territorial, sem nenhuma autonomia politica (art. 18, § 2° CF). Contudo, até o momento, tem a doutrina equiparado o mesmo entendimento em âmbito de territórios estaduais e municipais caso existam.- O Art. 18 § 3° não se constitui na possibilidade de haver direito de secessão, visto que, o referido artigo trata da possibilidade de haver subdivisão, desmembramento, anexo ou formação de novos Estados e Territórios desde que haja o respeito dos seguintes requisitos:a) deve haver aprovação prévia da população diretamente interessada;

Page 7: Caderno Direito Constitucional III

b) deve haver consulta prévia através de plebiscito;c) deve haver a participação e organização do Congresso Nacional;d) só produzirá efeitos mediante a criação de uma lei complementar;e) em âmbito municipal (art. 18 §4°) respeita-se as mesmas regras do citado acima.

è  PODER CONSTITUINTE DERIVADO DECRRENTE PARA ELABORAR A SUA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.

UNIÃO- Entidade federativa autônoma – P.J.D.P. Interno – competências legislativas e administrativas na CF/88.- Exerce – prerrogativas – soberania do Estado brasileiro – representa – República Federativa do Brasil – Relações Internacionais – atribuição exclusiva.

UNIÃO É DIFERENTE DE ESTAADO FEDERADO:- União: Integra – R.F.B. + E.DF.M.- Estado Federado: P.J.D.P. Internacional (âmbito externo) – representado pela União – perante – outros- Estado soberanoConclusão: R.F.B. = Estado Federado

AULA 04 - 06.03.2014

* ESTADOS - MEMBROS:- Entes típicos do Estado Federal - dando - estrutura conceituar da forma de estado federado - união de estados autônomos (chamado de estados membros pela CF)

- A União deu aos estados membros a Autonomia - caracteriza-se que os estados possuem - capacidade de autoorganização / autolegislação / autogoverno / autoadministração (Art. 18, 25, 28).Quem tem autonomia tem capacidade de autoorganização, Autolegislação, autogoverno e autoadministração.

-> AUTOORGANIZAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO:- Art. 25 CF/88 -> Estados - organizam-se e regem- se - por suas constituições e leis - que eles adotarem - observados - necessariamente os princípios da CF - princípios constitucionais sensíveis / extensíveis / estabelecidos.

*** - Estados - tem o poder de se  autoorganizarem podendo proceder a - elaboração - de suas constituições -sendo o resultado - atuação - do poder constituinte derivado decorrente (aquele que cria uma nova constituição em âmbito estadual) - que será exercido pelas assembleias legislativas (âmbito dos Estados) - que por autolegislarem, eles - editam suas próprias leis (infraconstitucionais) PROVA

****1 -> PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEISFazem com que a Ordem federativa - deva ser de observância obrigatória - sob pena - de intervenção federal (Art. 34, VII) - realizada - PGR (o PGR fará uma representação) a perante o STF - visando - declaração de inconstitucionalidade e decretação de intervenção federal (sanção) - caso não tenha eficácia - a simples suspensão da execução do ato impugnado. (Art. 36, III, $ 3o)Antes da intervenção federal, deve suspender a execução do ato impugnado, caso não baste, o PGR (chefe do MPU) irá representar perante o STF.

2 -> PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXTENSÍVEIS

Page 8: Caderno Direito Constitucional III

Consistem em - regras de organização (estipuladas pela CF/88) - constituição estendeu aos E/DF/M - é de observância obrigatória - no exercício do poder de autoorganização do Estado (Art. 1o, I ao IV; Art. 3o, I ao IV; Art. 6o. a 11; ***Art. 93, I a XI; ***Art. 95, I ao III).Para elaborar a constituição estadual, tem que observar as regras estabelecidas no Art. 1o, I a IV.

3 -> PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESTABELECIDOS (limitações)Dispersos ao - longo do texto constitucional - limitam - autonomia organizatória do Estado a estabelecendo - preceitos centrais - observância obrigatória - alguns - geram limitações expressas vedatória (Art. 19; 150; 152); outros - limitações expressas mandatórias (Art. 37 a 41; 125) - outros - limitações implícitas (Art. 21, 22 e 30) - outros - limitações decorrentes do sistema constitucional adotado.

-> AUTOGOVERNO- Art. 27, 28 e 125 CF/88 - outorgam - competência - estados - membros - organizar - poderes E/L/J.

- Regras: incidirão - sobre - governo estadual as seguintes situações:1) Poder legislativo Estadual é unicameral e formado pela Assembleia Legislativa (Art. 27*** $1o e Art. 41)

2) Eleição do governador e do vice governador (Art. 28*** $2o***)

3) mandato do governador que assumir outro cargo ou função na adm pública direta e indireta (Art. 28$1o.) - perde o mandato de governador

4)o  subsídio dos deputados estaduais deverá ser fixado por lei e não por resolução da Assembleia legislativa. Ocorrerá uma apresentação de projeto de lei, apresentado pela assembleia legislativa, sujeito a veto do governador (Art 27, $2o)75% do subsídio dos federais, fixado por lei e não por resolução da assembleia legislativa.

5) subsídio do governador, vice governador e dos secretários de estado é fixado por lei de iniciativa da assembleia legislativa (Art. 28, $2o)

6) o subsídio dos deputados estaduais deve observar o teto do poder legislativo estadual (Art. 37, XI****)

7) o subsídio mensal do governador de estado deve observar o teto do poder executivo estadual, exceto para procuradores, desembargadores e defensores públicos, cujo teto será de 90,25% do subsídio do ministro do STF (Art. 37, XI e $12***)

8) o subsídio dos deputados estaduais, distritais e vereadores deve se observar os Art. 27$2; Art. 29, VI e VII e Art. 32$3.

AULA 05 - 13.03.2014

AUTOGOVERNO DOS ESTADOS (cont)

- compete -a  Assembléia Legislativa - dispor - sobre regimento interno / polícia / serv. adm. da secretaria / prover seus cargos (Art. 27, $3o)-> STF: ao dispor sobre a composição de suas mesas poderão as Assembleia legislativas permitir a recondução do deputado estadual para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente, pôs segundo a jurisprudência do STF, a vedação à recondução para o mesmo cargo da mesa na eleição imediatamente subseqüente, prevista no Art 57, $4o, não é de observância obrigatória para os

Page 9: Caderno Direito Constitucional III

E/DF/M.

- Estados - poderão organizar a sua justiça - desde que respeitando - os princípios CF/88 - cabendo - constituição dos Estados - definir -as  competência dos seu tribunais - e compete - ao tribunal de justiça - iniciativa de lei - para a organização judiciária (Art. 125, caput e $1o.) (da mesma forma que ocorre em âmbito federal, deve ocorrer em âmbito estadual e municipal). Deve ser lei complementar.

# OBSs GERAIS: REGRA GERAL DO COMTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: em via de regra, o controle de constitucionalidade será exercido da seguinte forma:- o controle concentrado exercido por um único órgão, ou seja, o STF, através da via abstrata em que não existe um caso concreto muito menos a análise de um direito subjetivo. Neste controle, visualiza-se apenas a análise dos princípios básicos da constituição federal com o intuito de alcançar a harmonia do ordenamento jurídico; existe apenas um processo objetivo.- já o controle difuso, é realizado por vários órgãos, tribunais e juízes que mediante um caso concreto e na análise e um direito subjetivo utilizam-se da via incidental.

- uma Lei estadual - poderá - criar - justiça militar estadual (Art. 125, $3o)

-> AUTOADMINISTRAÇÃOAfirma que - Decorre - das normas - que distribuem - competências U/E/DF/M - especialmente - Art. 25, $1o - são reservados aos estados - as competências - não vedadas - CF/88A CE tem que respeitar as normas que não são vedadas pela CF (expressas e implícitas) e os princípios constitucionais.O STF sempre será o guardião da CF, mas nem sempre será o guardião das constituições estaduais, neste caso, os Tribunais de Justiça julgarão a inconstitucionalidade de lei estadual.

- Poderão - mediante lei complementar - instituir - regiões metropolitanas / aglomerações urbanas / microregiões (Art. 25,$3o) - competência exclusiva.Requisitos:1) lei complementar estadual2) tratar-se de um conjunto de municípios limítrofes3) tem por fim a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

* Matérias que não poderão ser disciplinadas na CE:- Condicionar - nomeação - exoneração - destituição dos secretários de estado - prévia - aprovação - Assembleia Legislativa.

- matéria - privativa - PR (Art. 84,I) - sem - participação - CN

- fixar - 4/5 - membros da AL - "quórum" - aprovação - emenda - C.E.* CF/88 - 3/5 - Art. 60

- tratar - matérias - iniciativa - chefe do poder executivo a a partir - proposta - E.C. - apresentada por parlamentar (Art. 61, $1o)

- privativa - PR - processo legislativo (projeto de lei)

- STF.

Page 10: Caderno Direito Constitucional III

 AULA 06 - 20.03.2014

*** MATÉRIAS QUE NÃO PODERÃO SER DISCIPLINADAS NA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO - matérias exclusivas da CF/88.

- Matérias - competências - privativa - PR - Art. 84, I-> condicionar - nomeação / exoneração / destituição do cargo de Secretário de Estado - sem prévia - aprovação - Assembleia Legislativa ---> competência privativa do PR e por não haver participação - CN Art. 84,I

- não poderá dentro de CE - Fixar em 4/5 o quórum de - membros da A.L. - "quórum" - aprovação - E.C. - Constituição Estado. (Art. 60)-> 3/5

- não pode CE Tratar as - matérias -que são de  iniciativa - do chefe do Poder Executivo - a partir de uma proposta - E.C. - apresentada - por um parlamentar (Art. 61, $1o)-> apenas - PR - apresentar - projeto de lei - P.L.-> STF - por força do princípio federativo o STF firmou entendimento de que essa iniciativa privativa do PR é de observância obrigatória pelos E/DF/M, adequando-se a iniciativa, conforme o caso, ao governador ou ao prefeito. As matérias que são de iniciativa privativa do PR na esfera federal, são de iniciativa privativa do governador de estado, no âmbito estadual, e do prefeito na esfera municipal.-> Parlamentares - parem de burlar - a CF/88 - quando apresentar - proposta - EC - sem - participação - chefe do Poder Executivo-> STF - em face dessa flagrante tentativa de fraude a CF o STF firmou entendimento de que as matérias que são previstas na CF como de iniciativa privativa do chefe do Poder Executivo (Art. 61, $1o), não podem a partir de iniciativa de parlamentar ser disciplinadas mediante EC do Estado, sob pena de desrespeito a iniciativa privativa do chefe do poder executivo.

****- Não poderá uma constituição estadual Subordinar - nomeação - do Procuradoria Geral de Justiça Estadual - a prévia - aprovação -de seu nome - pela Assembleia Legislativa.-> PGR -> Procurador Geral da República (presidente do ministério público estadual) - prévia aprovação - Senado Federal - maioria absoluta (Art. 128, $1o) - irá realizar a nomeação do PGR (presidente do ministério público da união) - (aprovação do nome pelo SF)****-> PGJ -> Procurador Geral de Justiça - regra própria deles - não é previsto - participação - PL (destituição - lei complementar - maioris absoluta - $4o)*MPE / MPDFT - lista tríplice - integrantes - nomeado - chefe do PE. - Art 128$1-> STF: segundo jurisprudência do STF é inconstitucional norma da CE que condicione a nomeação do PGJ à prévia aprovação da AL, visto que a CF estabelece regra específica sobre o assunto, distinta daquela estabelecida para a nomeação do PGR.

- não poderá uma CE Outorgar - a um governador - as seguintes imunidades:Essas imunidades são exclusivas para o PR:prisão em flagrante /prisão preventiva /prisão temporária /-- tampouco poderá a CE dar a esse governador a IRRESPONSABILIDADE de durante a vigência do mandato por atos estranhos ao exercício da função.- Imunidades privativas do PR (Art 86 $$ 3o e 4o) - STF - estipulou que são exclusivas - do PR, não podendo ser estendidas ao governador.-> STF: exceção -> responsabilidade criminal (Art. 86, caput) - poderá ser dada ao governador da mesma forma que é dada ao PR.Segundo o STF dentre as imunidades do PR a única que poderá ser estendida aos governadores de

Page 11: Caderno Direito Constitucional III

estado é a relativa à necessidade de autorização legislativa, por 2/3 dos membros da CD, para a sua responsabilização criminal. Portanto, a CE poderá estabelecer que o governador do estado NAO será processado criminalmente pelo STJ sem prévia autorização da AL, por 2/3 de seus membros, repetindo o modelo adotado em relação ao PR, cuja responsabilização depende, sempre, de autorização por 2/3 da CD.

-> Prefeito - nenhuma imunidade

- não poderá uma CE dar Eficácia - a um convênio - que for celebrado - pelo PE - mediante prévia aprovação - do PL (Art. 84, II) - LODF e municípios --> não terão eficáciaSTF proferiu entendimento de que a CE não pode condicionar a eficácia desses convênios à prévia aprovação da AL, sob pena de ofença ao princípio das separação dos poderes.

- não pode CE  Estabelecer um  - prazo para que o - chefe do poder executivo (governador ou prefeito) tenha a obrigação de exercer a iniciativa privativa - apresentar - projeto de lei. (DF/M). Eles apresenta qdo julgam oportuno e conveniente.

- não pode uma CE Outorgar - competência -para a  A.L. - julgar - próprias contas e as contas dos administradores - tanto do Poder Executivo quanto no Poder Judiciário, pelo fato de que o-> Controle externo das contas da adm pública é realizado pelo - CN - com *auxílio* do TCU (Art. 71), porém tem excessao:-> as contas do PR serão analisadas pelo - CN - mas o CN irá pedir um parecer prévio do TCU que deverá ser entregue em até - 60 dias (Art 49, IX) a partir do pedido.-> Demais administradores públicos - TCU (Art. 71,II)-> Governado - será a AL - com o parecer prévio - do TCE-> prefeito - será CM - com o parecer prévio - TCE, que é responsável pelo estado onde o prefeito faz a adm.

-> A CE não pode estabelecer os casos em que as disponibilidade de caixa  dos Estados poderão ser depositadas em instituições financeiras não oficiais.(Em casos de sobra de verba, a sobra tem que ser depositada em banco determinado pelo estado (instituição financeira oficial). O STF diz que pode sim depositar em banco não oficial)STF: a lei poderá prever casos em que os recursos dos entes federados poderão ser depositados em instituições privadas (não oficiais). O STF decidiu que essa autorização deve ser dada através de uma lei ordinária federal, ou seja, uma lei editada pelo CN.

-> A CE não pode definir os crimes de responsabilidade do governador, tampouco estipular as respectivas penas.(Competência exclusiva da União não pode ser exercida por E/DF/municípios)STF: segundo o STF, são da competência legislativa da União a definição dos crimes de responsabilidade das suas respectivas autoridades locais (Estados, Df e municípios) sob pena de invasão da competência privativa da união. Estipulou também a impossibilidade do estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento.

-> Não poderá a CE estabelecer que a perda do mandato de parlamentar será decidida em votação aberta. Esse fato se dá pelo motivo de que a perda do mandato de congressista será estabelecido pela CD e pelo SF, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no CN, assegurado a palma defesa.

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AULA 07 - 03.04.2014

MUNICÍPIOSÉ um ente federado, possui autonomia federativa, a mesma dada ao DF. Autonomia de autoorganizarem-Se, exercer, criar suas próprias leis, criar sua lei orgânica. O que também deu a autonomia de autogoverno: eleição de pref., vice e governador. Autoadministração: adm no âmbito de adm, trib e legislativo.

- Entidade federativa (Art. 18,29,30)- Autoorganização (normalização); autogoverno; autoadministração.- Subsídios de prefeito/vice/secretários são estipulados por Lei de iniciativa da câmara municipal do respectivo município.***** 60% da receita: folha de pagamento (STF: o subsídio não pode ultrapassar 60% da receita do município).

-> Julgamento dos Prefeitos:- A regra é que seja pelo Tribunal de Justiça (Art. 29, X)STF: diz que poderá ser julgado pela Justiça Comum (sum. 702 STF)"A competência do TJ para julgar julgar prefeitos, restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual. Nos demais casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau."

- TRE: crime eleitoral- TRF: Crimes contra bens, serviços ou interesses da união de suas autarquias ou E.P. Federal.- TJ: situações de exceção-> Má aplicação das verbas federais. Desvio / emprego irregular -> caracterizando um crime contra o município, será julgado perante o TJ.-> Crime doloso contra a vida: afasta o tribunal do júri. Neste caso será julgado perante o TJ.-> Crimes de responsabilidade impróprio( infrações penais propriamente ditas): infrações penais (sofre pena privativa de liberdade): processado e julgado TJ-> Crimes de responsabilidade próprios (infrações político-administrativo) -> sanção: perda do mandado / suspensão dos direitos políticos (-até 8anos)--> Competência para julgar crimes próprios: a competência é da Câmara Municipal. (Responsabilidade política)- Vereadores: não tem foro especial para o seu julgamentoA CF/88 não outorgou foro especial aos vereadores perante o TJ, visto que é assegurado apenas a imunidade material, ao dispor que são invioláveis por suas opiniões palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município. Art. 29, VIII.

DISTRITO FEDERAL- Autonomia (Art. 18,32,34)- ***Não possui competência: organizar e manter o poder judiciário local (Art. 21, XIII) - competência da União.- DF: não divide em municípios (Art. 32)--> STF reafirmou: o STF declarou a inconstitucionalidade de lei distrital (lei 1713/97) que facultava a administração das quadras residenciais do Plano Piloto, em Brasília, por prefeituras comunitárias ou associações de moradores. O STF entendeu que tal lei promovia, em afronta a CF/88, uma subdivisão do território do DF em entidades relativamente autônomas.

- São atribuídas às competências legislativas e tributárias reservadas aos Estados e municípios (Art. 32, $1o; Art. 147) - a competência legislativa não foi repassada ao DF de forma absoluta.

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- Compete privativamente à União: legislar sobre a organização judiciária e MP do DF / Polícia Civil / militar / bombeiros.- Sem previsão constitucional para alteração dos limites territoriais do DF.- STF: o STF afirmou que se aplica ao DF a fórmula estabelecida pela lei de responsabilidade fiscal (LC 101/2000), para o cálculo dos limites globais de despesas com o pessoal imposta aos Estados (e não aos municípios). Asseverou que, embora o DF não seja um município nem um Estado-Membro, está bem mais próximo da estruturação destes. Destaca-se os seguintes dispositivos da CF demonstrativos desta asserção: Art. 32, $1o; Art. 21, XIII e XIV; Art. 24; Art. 34; Art. 35; Art. 29, I; Art. 32$3o; Art. 103,IV; Art. 45 e 46.

Prova: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA

COMISSÃO PARLAMENTAR

- Órgãos colegiadas compostos por um número restrito de membros.- Função de facilitar o trabalho do plenário apresentando pareceres (Art. 58).Parecer: da direito a ela de promover decisão terminativa e definitiva: aceitar ou rejeitar a matéria.

1) Comissões Mistas: compostas por Deputados e Senadores. Observando o Regimento Interno.- respeitada a representatividade da participação dos partidos políticos.a) Recurso que irá tratar da não concordância da decisão: de 1/10 dos membros da Casa poderão pedir o cancelamento da decisão terminativa. Não chega a plenário, ainda está no âmbito de produção do parecer.

2) Comissões Permanentes: caráter técnico legislativo ou especializado. Ex. CCJ: analisar a constitucionalidade de PL.a) acompanhamento dos planos e programas governamentais e fiscalização orçamentária da união. Função extremamente importante.b) perduram conforme o Regimento Interno da Casa.c) Poder executivo: fiscalizadoras das atuações do Poder Executivo.d) 22 comissões

3) Comissões Temporárias: criadas para apreciar determinados assunto ( assuntos específicos - ex. CPI's). Prazo preestabelecido para terminar.a) Extinguem: término da legislatura; alcançam o fim almejado; expirado o prazo de duração (baseado no R.I. da Casa).Ex. CPI

 * representatividade de todos os partidos! pelo menos 1 parlamentar de cada, de acordo cl, o regimento interno da Casa.CCJ: controle preventivo de constitucionalidade.

 QUESTÃO DA PROVA:DISSERTE SOBRE O FUNCIONAMENTO DA ADM PÚBLICA NA CF E SOBRE A REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS.No mínimo 1 folha frente e verso manuscrito. Trazer pronto.

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CONSTITUCIONAL - REPOSIÇÃO - 05.04.2014

-> CPI - COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITODireito constitucional esquematizado - Pedro Lenza - fl. 509

- CONCEITO: Tem por fim investigar fatos de interesse público, consequentemente, possui função fiscalizatória (Art. 70 a 75 CF), exercendo o controle político administrativo e o controle financeiro orçamentário.- CPI's são comissões temporárias, destinadas a investigar fato certo e determinado.- O papel fiscalizatório e de controle da administração é a verdadeira função típica do Poder Legislativo.

- CRIAÇÃO: Art. 58, $3o - Federal e Estadual

1) REQUISITOS:i) Requerimento de 1/3 dos membros da Casa Legislativa;ii) Indicação de fatos determinados a serem objeto de investigação;iii) Fixação de prazo certo para a conclusão dos trabalhos;

STF - Depoimentos -> "Desobrigou convocados por CPI a prestarem depoimentos, sob o argumento de que a convocação havia sido expedida, tendo por fim a investigação de fato absolutamente estranho àquele especificado inicialmente como objeto da investigação."STF - Fatos novos -> "As CPI's não estão impedidas de investigar fatos novos que se vinculem, intimamente, ao fato principal. Basta que haja um aditamento do objeto inicial da CPI."STF - Criação -> "uma vez cumpridos os 3 requisitos, a criação da CPI é determinada no mesmo ato da apresentação do requerimento ao Presidente da Casa Legislativa, independentemente de deliberação plenária."

- PRESIDENTE da Casa legislativa recebe o REQUERIMENTO e manda NUMERAR e PUBLICAR.- Função RestritivaSTF - Criação simultânea de CPI's -> "Não há vedação constitucional a que as Casas Legislativas estabeleçam regimentalmente limites para a criação simultânea de CPI's." (inclusive tratando sobre o mesmo assunto)- NÃO pode criar mais de 5 CPI's simultâneas estipulado no R.I da casa legislativa.- Pode haver CPI's simultâneas nas duas casas do CN para investigar mesmo fato determinado.

2) PODERES DE INVESTIGAÇÃO:- Poderes próprios da autoridade judiciária (poder inquisitório, sem adentrar em decisões judiciais, mas tem poderes próprios da autoridade judiciária - colher depoimentos).-- Juiz não investiga.-- STF: - Cláusula de "reserva de jurisdição" -> "Certas medidas só podem ser adotadas por autoridade judiciária, ou seja, as medidas protegidas pela Cláusula de Reserva de Jurisdição."- A investigação da CPI qualifica-se como procedimento jurídico-constitucional com autonomia e finalidade própria.- Fato já processado ou em fase de inquérito- CPI's do CN NÃO podem alcançar fatos ligados estritamente a competência dos E/DF/M.- Pacto federativo: o conteúdo objeto da CPI tem que respeitar o âmbito estadual, federal ou distrital. Se é acontecimento gerado em âmbito e influência de estado DF e município. Se for de influência de toda a união, a CPI será instaurada no CN.- CPI's NÃO alcançam atos de natureza jurisdicionalSTF: - Intimação de magistrado -> atos adm ->> "A intimação de magistrado para prestar

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esclarecimentos perante a CPI sobre ato jurisdicional praticado ofenderia o princípio da separação dos poderes. Irá depor apenas sobre atos administrativos."- CPI's NÃO podem convocar integrantes da população indígena (Art. 215, 216 e 231).STF - Exceto: "poderá ser ouvido o índio dentro da sua própria área indígena, com hora e data marcados, com representante da FUNAI e com antropólogo com conhecimento dessa comunidade.

3) DIREITOS DOS DEPOENTES:- Pode inquerir testemunhas em investigados. Pode utilizar a polícia judiciária (localizar e conduzir).- Depoente tem o direito de permanecer CALADO.STF: - Silêncio -> não auto-incriminação -> "O direito ao silêncio alcança o depoente investigado e o depoente testemunha, independente do compromisso de dizer a verdade, sempre que a pergunta puder atingir sua garantia constitucional de não auto-incriminação."- Direito ao sigilo profissional - não desobriga a comparecer à CPI.- Ser assistido por advogado e se comunicarem.STF: - Atingido em sua honra e imagem. "Aquele que, numa CPI, ao ser interrogado, for injustamente atingido em sua honra ou imagem, poderá pleitear judicialmente indenização por danos morais e materiais, sendo neste último caso, se tiver sofrido prejuízo financeiro, em decorrência de sua exposição pública. " (Art 5o, X CF/88)- MS/HC -> STF -> CPI Federal - investigado por CPI Federal, impetra MS/HC perante o STF.- Não possui contraditório: "os trabalhos da CPI têm caráter inquisitório, de preparação para a futura acusação, a cargo do MP, por isso, não possui contraditório na fase de investigação parlamentar.

4) COMPETÊNCIA- CF/88 não especificou.STF: trouxe decisão através de casos concretos.- Particulares e autoridades públicas (ministros e membros do MP)Ministro marco Aurélio: pode sim convocar PR para depor.STF - Convocação Pessoal -> "A convocação de testemunhas e indiciados deve ser feita conforme as regras do CPP sobre o chamamento de indivíduos para participar do processo, por isso, não é viável a intimação por via postal ou por via de comunicação telefônica. A convocação deve ser feita pessoalmente."- Privilégios dados pelo CPP devem ser respeitados pela CPI (data/hora).- Podem buscar todos os meios de provas legalmente admitidos.As provas utilizadas pela CPI podem ser: diligências, perícias, exames, busca e apreensão de coisas e pessoas, quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico (não permitindo interceptarão telefônica e sim a análise dos registros na conta telefônica). Para que esses meios tenham efeitos deverão ser pertinentes e imprescindíveis à investigação, motivada, limitadas no tempo e tomadas pela maioria absoluta dos membros da CPI.

STF - quebra de sigilo bancário - comissão estadual -> "Comissões estaduais possuem competência para determinar a quebra de sigilo bancário."

5) INCOMPETÊNCIASTF - limites na "CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO" -> "os poderes de investigação das CPI's não são absolutos, pois possui limites na cláusula de reserva de jurisdição, em que certas competências são reservadas aos membros do poder judiciário."- As CPI's não podem:

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AULA 08 - 10.04.2014

- AS CPI's NÃO PODEM:1) determinar qualquer espécie de prisão, exceto em flagrante;2) determinar medidas cautelares de ordem penal ou civil;3) determinar a busca e apreensão de documentos;4) determinar a anulação de atos do poder executivo;5) determinar a quebra de sigilo judicial;6) autorizar interceptação das comunicações telefônicas;

FICALIZACÃO DA CPI:- Esgota-se -> elaboração do relatório final (consta toda a investigação realizada) da investigação que será encaminhado ao MP / SECRETARIA DA  RECEITA FEDERAL / TCU pelo PRESIDENTE  da Casa Legislativa (se federal = CN; se estadual = CD ou SF )30 dias para informar o Presidente da decisão sob penas de sanção administrativa / penal / cível, contidas no RI da casa legislativa.

CONTROLE JUDICIAL DA CPI:- Fiscalização do Poder Judiciário, sempre que invocado; diante de lesão ou ameaça a direito / invalidação de atos, ausência de motivação, falta de razoabilidade.

PUBLICIDADE: não pode publicar dados sigilosos dos acusados. Todos os membros da CPI têm que manter o sigilo. O investigado que se sentir lesado pode ingressar com ação de reparação de danos.STF - Dados sigilosos -> A CPI e seus membros não poderão conferir publicidade indevida aos dados sigilosos obtidos em razão da investigação de sua competência. Esse acesso aos dados é medida excepcional, autorizada nos limites da necessidade da investigação.

STF - ausência do sigilo -> censurável. A ausência do sigilo constitui conduta atualmente censurável, com todas as consequências jurídicas, inclusive penais a qualquer membro da CPI.

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RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - Art. 86 e 86 CF/88

- Responsabilizado: Infrações político-administrativa e infrações penais-comuns.Infrações diretamente ligadas à função de PR.

- Crime de responsabilidade do PR (Art. 85 CF/88 - situações exemplificativas): infrações político-administrativas em desfavor ao serviço que ele presta à sociedade1) Infrações político-administrativas, desrespeito a toda e qualquer norma da CF, é necessária uma lei federal para tratar dos crimes de responsabilidade do PR, dando a definição, processo e julgamento.2) Desempenho da função pública3) Impeachment

STF - Competência da União - Somente a União dispõe de competência para definição formal dos crimes de responsabilidade, por ter a competência privativa para legislar sobre direito penal.

Importante >>> COMPETÊNCIA: SF -> processar e julgar o PR (Art. 52, I) -> Por autorização da Câmara dos Deputados -> por 2/3 dos seus membros (Art. 51, I) -> PRESIDÊNCIA durante o processo de julgamento será do STF -> o SF, neste caso, é um órgão HÍBRIDO, COMPOSTO por senadores e PRESIDIDO por membros do P.J.Normalmente é o presidente do STF, exercendo controle e julgamento, exercício político.

- Qualquer cidadão é parte legítima para oferecer DENÚNCIA contra o PR à CD, deve estar em pleno gozo dos direitos políticos.- O exame realizado pela CD é um juízo político com forte discricionariedade.Se a CD oferecer a denúncia (discricionariedade de aceitar ou não a denúncia), envia ao SF, o qual é obrigado a processar e julgar.

- CD analisa conveniência político-social da permanência do PR na condução dos negócios do Estado.

- O PR sofrendo a Acusação oferecida à CD coloca o PR na condição de acusado -> possuindo direito a ampla defesa e contraditório -> podendo produzir provas (documentais, periciais e testemunhais).

Importante >>> ADMITA à acusação pela CD -> o processo será encaminhado ao SF -> para JULGAMENTO -> vinculando-o E OBRIGANDO-O a dar prosseguimento ao crime de responsabilidade -> NÃO sendo permitido DISCRICIONARIEDADE quanto à instauração do processo de "impeachment" -> julgamento com NATUREZA POLÍTICA.

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- No momento em que é instaurado o processo pelo SF -> PR ficará SUSPENSO de suas funções -> somente RETORNANDO ao exercício da presidência se for absolvido ou se decorrido o prazo de 180 DIAS. O julgamento não tiver concluído -> hipótese que RETORNARÁ ao exercício de suas funções -> SEM PREJUÍZO do regular prosseguimento do processo.

>>> A condenação do PR é proferida por 2/3 dos votos dos membros dos SF, em votação nominal aberta, que acarretará a perda do cargo, com inabilitação, por 8 anos para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabiveis (Art. 52, parágrafo único).

- A sentença proferida pelo SF ocorre através de uma RESOLUÇÃO. É de natureza política.

STF - A renúncia ao cargo, apresentada na cessão de julgamento, quando já iniciado este, não paralisa o processo de Impeachment.

STF - Apresentada a denúncia enquanto o PR estiver no exercício do cargo, prosseguirá o julgamento, mesmo após o término do mandato.A denúncia posterior ao termino do mandato implica na continuidade do procedimento de julgamento e sanção (perda dos direitos políticos por 8 anos).

STF - O poder judiciário não dispõe de competência para alterar a decisão proferida pelo SF no processo de Impeachment.

IMUNIDADES:Palavras, opiniões e votos não são imunes para o PR.

1) Para o processo de Impeachment, é necessário a autorização prévia da CD, por 2/3 de seus membros.2) O PR não poderá ser preso nas infrações comuns enquanto não sobrevier sentença condenatória proferida pelo STF. Não será preso por prisão cautelar, seja crime afiançável ou inafiançável.3) O PR tem uma relativa e temporária irresponsabilidade, na vigência do mandato, pela prática de atos estranhos ao exercício de suas funções. Pode haver apuração da responsabilidade civil, adm, fiscal ou tributária.

Se o crime for comum, cometido antes ou durante o mandato, o PR não responderá na vigência do mandato somente após,  perante a justiça comum no qual suspende-se o prazo prescricional (crimes eleitorais, dolosos conta a vida e contravenções).

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PRERROGATIVAS DE FORO (para crimes comuns o PR é julgado na justiça comum, mas poderá também haver o recebimento da denúncia ou queixa crime por parte da CD, podendo também, no caso de aceitar, encaminhar para o STF o qual poderá aceitar a denúncia e suspender o PR por 180 dias)

- Nos crime comuns, a decisão da CD admitindo a denúncia ou a queixa crime, não vincula o STF, pelo fato de que poderá entender que juridicamente não há elementos para o recebimento da denúncia ou queixa crime e consequente instauração do processo criminal.

- a prerrogativa de foro é para as ações de natureza penal, não alcançando julgamento de ações de natureza cível ajuizadas contra o PR.Crime comum no âmbito do exercício da função pública (CD e STF) x crime estranho ao exercício da função pública (justiça comum)