caderno português iii

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    Aula 1

      Regência

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    - 7ntransitivo (ori*inou-se de al*um lu*ar) “ele procede de 9el.m” 

    - Transitivo indireto (reali3ar al*o) “ele procedeu # an+lise” 

    $1 - 'im(ati)ar

    - Transitivo indireto e não pronominal (sem o pronome se) “simpati3a com voc4” 

    $$ - A#me*ar / dese*ar

    - Transitivo direto

    % :isar no sentido de alme!ar / dese!ar = transitivo indireto

    $+ - Visar

    - Transitivo direto (= mirar, pôr o visto)

    - Transitivo indireto (= dese!ar)

    $4 - Assistir

    - Transitivo direto (= prestar assist4ncia a al*u.m)

    - Transitivo indireto (= ver)

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    Aula ;

      ,i#osofia da #inguagem

    & discurso . um comportamento, uma postura, uma "orma de se mostrar, ou se!a,como o emissor se mostra com a sua plateia'

    Ar*umenta$ão nasceu de um estudo espec2"ico na 8>), que pode ter uma parte viciada, achamada "al+cia'

    5o campo do direito, o ma*istrado tem o poder decidir e quando o "a3em oprocesso veral (no sentido da palavra) se utili3a das senten$as, no dispositivo, quepodem ser

    - 8eclaratrias com veros que a"irmam ou ne*am' 5esse ponto sur*e o chamadovero discendi , que . o vero prprio para declarar, para di3er se . ou se não .'

    - >ondenatrias tam.m . aseada no chamado vero coendi , vero que d+ordem ou de aconselhar al*uma coisa' ?o*o, o vero coendi  est+ presente tam.mem todas as leis, receitas, manuais'

    & vero coendi  tem duas nature3as aconselhamento e ordem (imperativo)'

    - >onstitutivas se utili3ar+ dos veros discendi '

    uando se est+ diante da ar*umenta$ão para se che*ar # decisão, ter+ outro rumo'A "undamenta$ão, os motivos que se tem para decidir passar+ pelas diversas"ormas

    de ar*umentar, que são

    (i) analisa, oserva o mundo e *uarda todas as in"orma$es, repetindo-as quandonecess+rio' &servar e analisar os "atos e suas consequ4ncias' Ao "a3er isso, cria-seum sistema de repeti$ão ("orma sist4mica)' as, se "or necess+rio retirar um doselementos, "icando diante apenas do outro elemento, pelo m.todo sist4mico deracioc2nio, !+ se . capa3 de dedu3ir qual . o "ato que estava "altando' 0arte-se dein"er4ncias para se che*ar #s ra3es na dedu$ão'

    7n"er4ncias t4m a ver com ind2cios, que não estão li*ados a "atos ou consequ4nciasque não estão presentes para serem analisados, mas por haver uma "orma de

    raciocinar sist4mica, se . capa3 de descorir o "ato ou consequ4ncia que est+"altando (*ra$as #s in"er4ncias, aos ind2cios)'

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    6' &nde h+ "uma$a, h+ "o*o =@ se s se v4 a "uma$a (consequ4ncia), se ima*inaque na dire$ão da "uma$a h+ "o*o ("ato)' >he*a-se a uma conclusão pelo m.todosist4mico de pensamento, ou se!a, oservando-se somente a consequ4ncia che*a-se # conclusão do "ato que est+ "altando' ?o*o, a "uma$a se torna o ind2cio'

    uando se est+ oservando e s se pretende di3er o que se est+ oservando, seest+ no campo do relato, no campo da repeti$ão' 5o campo da senten$a, seria orelatrio, que . a "orma de pensar mais simples, apenas oservando'

    uando se est+ no campo sist4mico, se est+ um pouco mais # "rente do que ocampo da repeti$ão, podendo ser campo da indu$ão, campo da dedu$ão ou campoda analo*ia' 6m qualquer um desses tr4s campos se est+ no campo da"undamenta$ão da senten$a'

    5a dedu$ão se oserva o "ato, a consequ4ncia do "ato e che*a-se # conclusão' as,nesse quadro "alta a re*ra, que . a lei' ?o*o, o ma*istrado solucionar+ um casopelo m.todo dedutivo de pensamento a partir da lei' 0arte-se da re*ra, oserva-seo "ato, analisa-se a consequ4ncia, encontrando a solu$ão'

    6' art' 1;1, >0 =@ matar al*u.m (ideia de vero coendi , que aconselha a nãomatar)' A re*ra *eral . todo aquele que mata pode ser preso' & ma*istrado analisao "ato (A matou) veri"icando se h+ uma consequ4ncia (que ser+ a conclusão)

     !ur2dica, a ser declarada na decisão' e A matou (A = todo aquele que mata) e todoaquele que mata pode ser preso, lo*o, A pode ser preso'

    Aparentemente tudo o que est+ no m.todo dedutivo est+ no campo da verdade,mas dependendo dos elementos que serão comparados pode ser que ha!a mentira'Todas as ve3es que se comina re*ra B consequ4ncia B conclusão se est+ diante de

    uma l*ica "ormal ar*umentativa premissa maior (re*ra) B premissa menor ("ato)B conclusão (modali3a$ão = a "rase que ter+ e"eito . sempre a ltima, que "icar+na memria, sendo a "rase que "a3 o re*istro intencional)'

    8entro desse pensamento h+ apenas a vo3 de uma pessoa, do ma*istrado, que "oiuscar a re*ra, que analisou o "ato e concluiu (sem inter"er4ncia eterna)' Todas asve3es que essa comina$ão . "eita, se est+ diante do silo*ismo ("orma de raciocinardedutivamente)'

    &s' 6istem v+rias "ormas de silo*ismo e al*umas podem levar para o campo da"al+cia (usca o interesse positivo s para quem di3, sem estar no campo da

    verdade)'

    (ii) 5a indu$ão . necess+rio haver dados !+ sedimentados no pensamento doma*istrado' C+ est2mulos eternos para que se usque esses dados na mente, pormeio de palavras, "rases ou questionamentos que "a$am o receptor che*ar #conclusão de que ele sae a resposta, que est+ nele' 6sse m.todo pode levar aconcluses erradas, principalmente quando se est+ no campo da verossimilhan$aou da "al+cia (v2cio na ar*umenta$ão sem respaldo verdadeiro)'

    5a indu$ão h+ um conhecimento *uardado, mas para se che*ar a esseconhecimento deve-se "a3er v+rios questionamentos para se che*ar a verdade' D o

    m.todo utili3ado pelos cientistas (sae que a resposta est+ em al*um lu*ar e "a3-se

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    v+rias per*untas, questionamentos e eperimentos para se che*ar a umaconclusão)'

    (iii) A analo*ia não deia de ser um pouco de dedu$ão, mas não h+ uma re*ra *eralpara a situa$ão, para o "ato' 6ntão, por oserva$ão de "atos assemelhados ("orma

    sist4mica), pode-se usar uma aplica$ão anal*ica da lei' Aplica-se a re*ra de outroinstituto para ser aplicado ao "ato assemelhado'

    Ar*umentar . sustentar pensamento, opinião sore um "ato, mas ar*umentar ho!eem dia tem um desdoramento, que . a retorica' Ar*umentar atualmente tam.mpassa pela sedu$ão, no sentido de convencer (di3er al*o para convencer al*u.m aal*uma coisa)'

    E+ o discurso passa pela postura da pessoa ao ar*umentar' As possiilidades dodiscurso são

    a) 8iscurso dominante . aquele desenvolvido pode uma pessoa que precisa dese*uidores' D intencional, mas raramente, . necess+rio (e' patriarca que possuiuma "am2lia que lhe se*ue)' 9aseia-se em "alas, ar*umentos que convencem aplateia de "orma *ratuita, sem nada em troca' &s ar*umentos convencem semdemandar contrapresta$ão, parte da admira$ão, da elei$ão, do respeito'

    uem ele*e . chamado de autori3ado, que assume que ele*eu e não . sumisso' &autori3ado tem ar*umento de aceite, de elei$ão'

    ) 8iscurso autorit+rio não permite ar*umento contr+rio' D temido, odiado' &sar*umentos não convencem, mas devem ser oedecidos' 5ão h+ questionamentos

    contr+rios' C+ temor, sem espa$o para elei$ão, admira$ão ou respeito'

    uem acaa oedecendo (sem conse*uir questionar) . chamado de suservil' 5odiscurso suservil os ar*umentos são de oedi4nciaF h+ con"orma$ão esimplesmente oedece'

    &s' Ar*umenta$ão apod2tica =@ não questionamento da outra parte' D sempre amesma resposta (e' ar*umentos de reli*ião)'

    c) 8iscurso amoroso palavras de ami3ade, de carinho, de etremo a"eto at. omimo' 0ossui um sentido sedutor, mas não tem nada a ver com o sentido sedutorda ar*umenta$ão' A sedu$ão desse discurso . mais "orte do que na ar*umenta$ão'

    d) 8iscurso ldico (descontra2do) discurso para uma plateia ami*a, conhecida,2ntima, descontra2do, sem nenhuma inten$ão'

    e) 8iscurso cienti"ico conhecimento t.cnico'

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    - 8iscurso compleo h+ a necessidade de elaora$ão de pensamento, deconhecimento de "atos e consequ4ncias, de dados sedimentados para se "a3er ast.cnicas de ar*umenta$ão (e' contos, senten$a)'

    Todo discurso cria enunciados, que são materiali3ados se*uindo re*ras assunto"alado (tema), !eito (estilo, discurso propriamente dito) que se "ala e estrutura(ordem su!eito, vero, complemento e acessrio)'

    Gm enunciado precisa ter uma posi$ão valorativa e determinadas palavras podemin"luenciar o leitor' uando isso acontece, se est+ no campo da modali3a$ão'

     

    odali3a$ão

    D a posi$ão valorativa das palavras, a escolha das melhores palavras para

    persuadir, para convencer'

    Todo enunciado se trans"orma em tr4s esp.cies

    - 5eutro

    - &pinião de outras pessoas

    - &pinião do emissor

    Tanto na opinião de outras pessoas quanto na opinião do emissor . necess+rioveri"icar se h+ valor, uma inten$ão por tr+s, pois toda posi$ão valorativa pressupe

    um discurso e todo discurso tem o su!eito que "ala (emissor), sua inten$ão(mensa*em) e a plateia para quem ele "ala (receptor)'

    odali3a$ão . a t.cnica ar*umentativa de convencer, de persuadir, de se epressarou mostrar sua opinião, se!a ela para in"luenciar ou não'

    6' at.ria !ornal2stica pastor . condu3ido # dele*acia para prestar depoimentosore suposto crime de recepta$ão ("rase neutra)'0ol2cia manda pastor re3ar no ilindr ("rase modali3ada - "orma pe!orativane*ativa)'

    Hrases modali3adas normalmente t4m a inten$ão de manipular, podendo ter dadosinventados (quando a inten$ão . de pre!udicar ou velar a verdade)'

    odali3a$ão = t.cnica ar*umentativa de valora$ão de um enunciado e pode serneutra, ea*erada de "orma positiva ou ea*erada de "orma ne*ativa' 0ode ser"eita com palavras, *estos (lin*ua*em não veral) ou s2molos' D o ea*ero nainten$ão'

    0alavras que podem ser modali3adoras veros (no campo das ora$es, quando altima "rase . a mais "orte), sustantivos, ad!etivos (mais "orte), adv.rios,preposi$es e con!un$es, principalmente as concessivas (as ora$es suordinadasameni3am as ora$es, valori3ando o que o emissor quer di3er)'

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    :ero o vero discendi  (positivo) . a esp.cie de vero presente nas modali3a$es,que pode ser para valorar o enunciado e "iar a inten$ão'

    6' Iom+rio . om !o*ador, mas não "a3 mais *ols' ?o*o, ele sair+ do meu time'("ica na mente do receptor o vero "a3 de não o vero ser)'

    Iom+rio não . om !o*ador, mas "a3 *ols'

    >on!un$es as melhores são as concessivas, em que se inverte a in"orma$ão dasora$es, dis"ar$ado (ameni3ando) a inten$ão' A inten$ão . a ltima mensa*em daora$ão

    6' Apesar de Iom+rio não ser om !o*ador, ele "a3 *ols' ?o*o, ele "ica no meutime'

    6conomia de palavras e' o autor lo*rou 4ito em provar o pa*amento = "rasemodali3ada e ea*erada, que poderia ser sustitu2da por o” autor comprovou opa*amento” ("rase modali3ada neutra)'

    Todas as "ormas de se "alar t4m modali3a$ão, mas determinadas palavras podemdemonstrar para que lado o emissor est+ tendente'

    6' As provas pendem "avoravelmente ao autor (indica uma simpatia pelo autor)'Hrase neutra as provas indicam verossimilhan$a das ale*a$es do autor'

    Adv.rios alteram o sentido do vero, aumentando ou diminuindo a circunstJncia'Al*uns adv.rios deveriam ser evitados pelo ma*istrado na senten$a ("eli3mente,in"eli3mente, "avoravelmente, nunca, etc')'

    Ad!etivos podem ser usados para a*ravar, para ea*erar o discurso' Atuam comquali"ica$ão, de "orma positiva ou ne*ativa'

    6' Trata-se de autor pro"issional demandando indeni3a$ão moral = “pro"issional” modali3ador ne*ativo para di3er que o autor vive demandando'

    8entro do discurso h+ tr4s "enômenos

    1K =@ dialo*ismo vo3es sore o mesmo assunto, v+rias plateias' 6st+ no campoda lin*ua*em coloquial e da lin*ua*em culta'

    ;K =@ poli"onia h+ o uso muito "orte da lin*ua*em coloquial trans"ormada emv+rias trios' C+ v+rias vo3es com v+rias "ormas de se comunicar, de di3er amesma coisa (e' re*ionalismo)' 5unca deve ser usado pelo ma*istrado'

    LK =@ intertetualidade h+ vo3es sore o mesmo assunto (ou tema) em tetosdi"erentes (e' compara$ão entre !urisprud4ncia)'

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    Aula L

      Inter(reta.o e sti#0stica do e2to 3ur0dico

    0ara se entender como a hermen4utica nasce como estrat.*ia de interpreta$ão nocen+rio !ur2dico, deve-se locali3ar a interpreta$ão em um cen+rio dos n2veis deleitura (evolu$ão histrica do conceito de al"aeti3ado, no$ão de letramento)'

    omentos pr.-leitura (que !+ "oram considerados letramento na d.cada de 1MNO no9rasil)

    ?eitura autom+tica =@ t2pica da crian$a quando est+ entrando em contato o mundoe come$a a reconhecer as letras e desenhos' A leitura . simplesmente aidenti"ica$ão do desenho com o nome' 5ão . uma leitura real de teto'

    7denti"ica$ão sil+ica =@ em um momento posterior . a identi"ica$ão dedeterminada letra com a palavra, como se desse uma personalidade # letra (e'essa . letra H, letra do nome do cole*a Haio)' D o primeiro momento dadecodi"ica$ão, mas não . leitura ainda'

    A crian$a s come$a a ler quando "inali3a esse processo de decodi"ica$ão'Atualmente, esse processo de decodi"ica$ão não . mais considerado letramento'

    A decodi"ica$ão . um n2vel de pr.-leitura, passa a leitura autom+tica e aidenti"ica$ão sil+ica, a crian$a "inali3a a leitura das s2laas e "orma a palavra, lendoinicialmente palavras isoladas para depois somar as palavras em "rases' omente

    quando a palavra colocada em um conteto de "rase produ3indo um sentido che*a-se ao primeiro n2vel que . a intelec$ão'

    7ntelec$ão (capacidade)

    A compreensão tam.m . uma capacidade, ao passo que a interpreta$ão . umahailidade' >apacidade e hailidade di"erem-se ainda da aptidão'

    Aptidão condi$ão que se tem ou não, não dependendo da pessoa' ão oselementos m2nimos para se eercer qualquer atividade, "2sica ou mental' D umacondi$ão inerente a pessoa'

    >apacidade . adquiria pela pessoa' Gma ve3 adquirida, não se perde'

    Cailidade . desenvolvida pela pessoa' D sempre aprimorada' e não "or eercida,a hailidade . perdida' 8epende de investimento, de alimenta$ão'

    6' Aptidão m2nima para andar de icicleta = ter as duas pernas (o "ato de ter aaptidão para andar de icicleta não si*ni"ica que quem tem duas pernas andar+ deicicleta)

    Aprender a andar de icicleta = capacidade (aprendi3ado por tentativa eerro)' uando se aprende, quando se adquire essa capacidade, não se perde mais,mas isso não si*ni"ica que quem tem essa capacidade, poderia vencer torneiros de

    ciclismo'>ompetir em torneios = hailidade desenvolvida com treinos' uando separa de treinar, perde-se essa hailidade'

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    A intelec$ão e a compreensão são capacidades, ou se!a, quando se aprende, não seesquece' E+ a interpreta$ão . uma hailidade'

    7ntelec$ão est+ vinculada ao vero entender, ou se!a, quando se l4 e se entende, se

    reali3a a intelec$ão' 7sso não si*ni"ica, contudo, que o que "oi lido "oicompreendido'

    6ntender =@ processa a in"orma$ão, que . internali3ada da mesma "orma que elache*ou'

    >ompreender =@ . um processo de di*estão da in"orma$ão' 7nternali3a-se o queleu, sendo capa3 de reprodu3ir com as prprias palavras' Tudo que se compreendenão sai da pessoa'

    - >ompreender interpretar

    0or compreender tem-se uma leitura 1OOP do epl2cito, ou se!a, s se podecompreender aquilo que est+ epl2cito' & que . "eito como dedu$ão, indu$ão,in"er4ncia e conclusão . a interpreta$ão'

    7nterpreta$ão = ler o que est+ nas entrelinhas, o que est+ impl2cito, a motiva$ão, asi*ni"ica$ão dada # escolha sint+tica, de palavras dando sentido a isso' >omoestrat.*ia de interpreta$ão . sempre oservar se no teto . poss2vel identi"icar oselementos que estão nas entrelinhas para produ3ir uma prova do que se pôdededu3ir (se isso não puder ser "eito, entra-se no n2vel da etrapola$ão)'

    7nterpretar . asicamente o que pode ser compreendido do teto como um todoquando se atriui um sentido a mais ao teto, se est+ no campo da etrapola$ão,que . errado' A interpreta$ão tem limites'

    - 7ntelec$ão compreensão

    >apacidade (que se adquire e não perde) de decodi"icar o que "oi escrito (tantoletras, sons, sinais *r+"icos) para entender o sentido das palavras isoladamente,somar o sentido dessas palavras e entender o sentido de uma "rase' As "rasespassam a ser a unidade m2nima'

    5a l*ica de intelec$ão pode haver dvidas quanto ao vocaul+rio, que . dirimidapela usca do si*ni"icado do voc+ulo e sua aplica$ão na "rase'

    >ompreensão al.m de entender (que . a intelec$ão), . entender o que est+ escritomais a capacidade de reprodu3ir seu sentido com outras palavras, ou se!a,internali3ar o que "oi lido (não internali3ar = entender)' 0ara internali3ar deve-seusar a t.cnica da repeti$ão'

    7ntelec$ão = entendimento' Ieprodu3-se eatamente o que "oi lido'

    >ompreensão = o leitor . capa3 de reprodu3ir com suas palavras'

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    5a dedu$ão h+ uma caracter2stica *eral e dali se tira um entendimento particular,se dedu3 uma conclusão' 5a indu$ão se parte de um caso particular e vaiampliando, articulando com outros casos, entendimentos, realidades at. "ormularuma ideia *eral'

    5a maior parte das ve3es, na l*ica do direito, que . uma l*ica do silo*ismo,parte-se da premissa maior (lei, norma, doutrina) e se tem como contraponto apremissa menor (caso concreto) para se che*ar a conclusão' 6sse . o m.tododedutivo' uando se "ala em dedu$ão, come$a-se a traalhar com o elemento maisamplo poss2vel, antes de se che*ar ao caso concreto e na indu$ão se analisa al*oque ainda não pode ser colocado so o manto de uma lei maior'

    6' ?ei aria da 0enha =@ partiu-se de um caso particular para analisar o caso emsi e dali construir uma lei, que . *eral' uando se !usti"ica a lei pe*ando o casoconcreto, se "e3 uma estrat.*ia de indu$ão'

    Aplica$ão em "rases

    A princ2pio, os +varos não "oram aceitos pela comunidade'

    7ntelec$ão = decodi"ica$ão de todas as palavras'>ompreensão = di3er a "rase com outras palavras “incialmente os naturais da9aviera não tiveram aceita$ão pelos memros da comunidade”'7nterpreta$ão = essa "rase permite v+rias interpreta$es

    - A princ2pio si*ni"ica incialmente' 5ão "a3 sentido escrever essa palavra se asitua$ão não vai mudar' A in"orma$ão oculta para o leitor . de que haver+ uma

    mudan$a' 6ssa . uma in"orma$ão que se in"ere, se dedu3, que não est+ clara,então, se che*a a ela pela interpreta$ão'

    - 5ão "oram aceitos vo3 passiva' A pre"er4ncia na l2n*ua . a vo3 ativa' uando secoloca “os +varos” como a*ente da passiva, esse su!eito . paciente (al*u.m quereceeu a a$ão), que "oi levado para o papel de su!eito, "oi dado destaque a eles'?o*o, o teto continuar+ "alando dos +varos e não da comunidade'

    &utra in"orma$ão dessa epressão . que ao não usar “eles "oram re!eitados”, sepassa uma in"orma$ão ruim de uma "orma menos *rave, de "orma mais ameni3ada'Ao escolher que eles não "oram aceitos, se mantem a ima*em da aceita$ão portr+s'

    >omo se est+ usando um eu"emismo para ameni3ar a a$ão da comunidade, pode-se di3er que o escritor est+ a "avor da comunidade' & eu"emismo . uma "i*ura delin*ua*em que permite tam.m "a3er a "i*ura de modali3ador1'

    uando se interpreta que haver+ uma mudan$a, não si*ni"ica di3er que essamudan$a ser+ positiva, ou se!a, nesse caso, s com essas in"orma$es, não .poss2vel di3er que a comunidade aceitou os +varos posteriormente, os +varos,poderiam, por eemplo, ter mi*rado' 8i3er que a mudan$a "oi para a aceita$ão . aetrapola$ão (ne*ativa)'

    1 A modalização pode ser feita ou pela presença de formas gramaticais e!"#ad$%r&io' ou recursos estil(sticos $ariados"

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    7nterpreta$ão e hermen4utica

    uando se destaca a no$ão de interpreta$ão e tra3 para o estudo do direito comoum todo, entende-se a interpreta$ão como um m.todo de pensamento,aproimando o m.todo "ilos"ico da interpreta$ão (chamado de hermen4utica) ahermen4utica !ur2dica, ou se!a, aplica-se um m.todo de interpreta$ão "ilos"ica aodireito'

    6istem v+rias "ormas de hermen4utica' Todas elas atuam complementarmente #l*ica aristot.lica do silo*ismo, que . a l*ica racional do direto

    0remissa maior = lei (e' descri$ão do tipo penal)0remissa menor = caso concreto (e' presen$a dos elementos descritos no tipopenal)>onclusão = sumeter o caso concreto a lei (e' ato do caso concreto con"i*urado

    como o tipo penal)

    6ssa l*ica serve dentro de um conteto l*ico, mas não serve para analisarqualquer elemento !ur2dico' uando se usa essa ase l*ica sem qualquerrelativi3a$ão, se constri a ase da hermen4utica, chamada de hermen4utica*ramatical'

    (i) Cermen4utica *ramatical ler o teto !ur2dico (lei) eatamente com o que est+escrito' Ao se aplicar essa hermen4utica che*a-se ao mesmo resultado,independentemente do caso concreto, se levar em conta quaisquer outrosar*umentos que pudessem relativi3ar essas premissas (e' & !udici+rio dando o

    mesmo tratamento para um "urto de leite e um "urto de vodRa de uma mercearia, !+ que o tipo penal "urto di3 “sutrair coisa alheia mvel”)'

    5a pr+tica o que se "a3 . usar o silo*ismo, mas a hermen4utica possiilita quedentro da descri$ão de cada premissa pode haver relativi3a$es por um aspectointerpretativo, ou se!a, pode-se tra3er uma leitura interpretativa, histrica, socialpara relativi3ar o ato, usando at. mesmo um instituto do direito que não est+descrito no tipo penal (acessrio para a ar*umenta$ão) e "alar em estado denecessidade para o "urto de leite, pois a "am2lia estava passando "ome (asesocial), no caso do eemplo, ou ainda, considerar o alcoolismo como doen$a queequipara o estado de astin4ncia ao estado de necessidade para !usti"icar o "urto do

    litro de vodRa (ase cienti"ica S arti*os da &)'

    A usca dessa interpreta$ão não . para o convencimento de quem est+ escrevendoo teto, mas para mostrar # sociedade a l*ica usada para se che*ar # decisão (o

     !ui3, por eemplo, na "undamenta$ão)'

    5o caso do eemplo, para que o estado de necessidade produ3a os seus e"eitos, ouse!a, para que a norma possa ter e"ic+cia, o escritor reali3ar+ uma hermen4uticaque d+ a dimensão da norma um car+ter "enomenol*ico'

    Henomenolo*ia =@ quando se entende a reali3a$ão do direito em si em aspectosconcretos' D o direito como "enômeno, como ele eerce mudan$as na sociedade'

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    As tr4s dimenses que se podem aplicar ao uma estrat.*ia hermen4utica(deontol*ica, ontol*ica e "enomenol*ica) estão relacionadas com a Teoria da5orma Eur2dica de 9oio de que a norma depende de tr4s crit.rios (!usti$a,validade e e"ic+cia S uma norma pode ser !usta sem ser v+lida, v+lida sem sere"ica3)

    A no$ão de !usti$a da norma . a dimensão deontol*ica do direitoFA norma com validade . a dimensão ontol*icaF eA norma com sua e"ic+cia . a dimensão "enomenol*ica'

    5o caso do eemplo do "urto de leite e vodRa, "a3-se, então, uma hermen4utica decar+ter cienti"ico, para materiali3ar o entendimento de que estado de astin4ncia seequivale ao estado de necessidade, reali3ando, assim, um "enômeno !ur2dico("enômeno no sentido da "enomenol*ica), epandindo a no$ão que at. então eraaplicada somente ao "urto "am.lico'

    Aplicar a hermen4utica *ramatical seria tratar todos os casos da mesma maneira,

    independentemente da motiva$ão' 0or isso, essa hermen4utica serve de ase, masse ar*umenta em torno das premissas, entendendo que as premissas *anham umavalidade di"erente da *ram+tica, do teto escrito, mas não se aandonar osilo*ismo' uda-se ao entendimento da premissa para que o silo*ismo possaoperar em uma visão atuali3ada'

    (ii) Cermen4utica histrica pode vir em dois planos, um plano sincrônico ou umplano diacrônico'

    0lano sincrônico =@ . o plano do nosso tempo, quando se analisa o conteto da

    norma na historia contemporJnea' 6ntende-se que a lei "oi produ3ida e um anseiohistrico contemporJneo (dimensão da histria)'

    0lano diacrônico (dia por meio de) =@ olhar como houve uma evolu$ão social aolo*o dos anos que pode ter relativi3ado o impacto da prpria norma' &u se!a, umanorma que !+ "oi apropriada para determinado per2odo, pode ho!e se mostrardesnecess+ria e intil'

    5essa perspectiva histrica, sempre se oserva o momento de produ$ão da lei' eh+ um conteto histrico e a lei "oi produ3ida por conta desse momento histrico,seu sentido deve ser atuali3ada, caso contr+rio ou se entender+ que a lei . produ3ia

    no momento em que acontece o "ato, ou a lei ser+ aplicada no conteto em que "oiprodu3ida'

    e a lei não . atuali3ada pelo le*islativo, cae ao Eudici+rio "a3e-lo por meio dainterpreta$ão e, por isso, a hermen4utica histrica . "undamental para a decisão do

     !ui3'

    (iii) Cermen4utica social quando se aplica a norma no conteto social do casoconcreto' >ontetuali3ar socialmente os atos praticados dentro da sociedade comoum todo'

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    (iv) Cermen4utica cienti"ica servir+ de apoio quando não h+ su"icientes elementosde apoio no direito para decidir' A decisão depender+ sempre de um conhecimentot.cnico etra!ur2dico, como o conhecimento da medicina, en*enharia, in"orm+tica'erão necess+rios outros contedos para entender se determinado "ato / elementoconstitui aspecto de *ravidade / irre*ularidade ou não'

    6' 0edidos de autori3a$ão !udicial para aortamento de "eto com microce"alia' ãocasos recentes que deiam dvidas quanto a possiilidade de uso do paradi*ma daanence"alia nesses casos (casos em que não h+ possiilidade de soreviv4ncia casos em que h+ possiilidade de soreviv4ncia)' >ienti"icamente, a microce"alianão . mais *rave do que outras de"ici4ncias, não podendo comprar com aanence"alia (leitura da hermen4utica cienti"ica com a histrica e social)'

    0ara "a3er o cru3amento dessas hermen4uticas (que não se anulam), o !ui3 precisaconhecer antropolo*ia, psicolo*ia, sociolo*ia, psican+lise, etc'

    &s' >onvic$ão cren$a =@ nenhum !ui3 pode decidir motivado por cren$a, eledeve ter convic$ão, ou se!a, com tudo aquilo que se tem ar*umentos slidos parade"ender'

    &s'; Iol taativo rol não taativo de uma lei =@ quando se di3 que o rol deuma lei . não taativo, ser+ necess+rio "a3er compara$es, que colocam ointerprete em uma interpreta$ão etensiva' 7nterpreta$ão etensiva não . a mesmacoisa que analo*ia'

    5a interpreta$ão etensiva, alar*a-se o con!unto, a amplitude de cada um dostermos, ara$ar elementos paralelos'

    Analo*ia . comparar um elemento com elemento de outro universo' 0or mais quese tente ampliar o con!unto, nunca se alcan$ar+ o outro elemento, pois ele est+e"etivamente em outro con!unto' Tra3-se dois elementos de con!untos diversos para"a3er a compara$ão' 6ssa analo*ia pode se dar no plano denotativo ou no planoconotativo (met+"ora, que s pode ser usada para a!udar na ar*umenta$ão, nãocaendo como poder de decisão)'

    as, a analo*ia denotativa serva para decidir' e o !ui3 não tem no seu con!untoelementos para decidir, ele usca em outros con!untos elementos queassemelhadamente possam lhe dar o parJmetro' 5a interpreta$ão etensiva semantem a tica no mesmos con!unto e alar*a esse con!unto (puramente a

    associa$ão)' 5a analo*ia rene-se elementos de con!untos di"erentes, tra3endopara a decisão o porqu4 usar um instituto primo ao outro'

    5a interpreta$ão anal*ica não se pode pe*ar qualquer elemento de qualquer outrocon!unto, para não se querar o paralelismo semJntico (e' utili3ar ahipossu"ici4ncia do >8> com o "undamento para inverter o ônus da prova em outra+rea que não . a rela$ão de consumo)' 0ara se "a3er uma analo*ia deve haver uma

     !usti"icativa muito clara e precisa de identi"icar partes comuns dos dois elementos'

    &s'L c/c pode si*ni"icar =@cominado com (quando se comina, se rene arti*osde diplomas le*ais di"erentes ou de es"eras di"erentes, e' arti*o da parte especial

    cominado com arti*o da parte *eral do >0)F

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    cumulado com (cumula a$es e pedidos)Fcon!u*ado com (e' arti*o da parte especial do >0 que "ale sore sustanciasil2citas e um arti*o da lei de dro*as)F ou

    cominado com (s se comina pena)'

    Iesumo hermen4utica . a interpreta$ão "ilos"icaF hermen4utica !ur2dica . ainterpreta$ão "ilos"ica aplicada ao cen+rio do direito' A ase l*ica do direito . osilo*ismo, que não ser+ perdido, mas e articula ao lado das premissas um con!untode interpreta$es, que tem primeiro um car+ter *ramatical' e o car+ter *ramatical. "alho, para se demonstrar o entendimento, usca-se uma interpreta$ão(hermen4utica) histrica, social, cient2"ica ou at. as tr4s ao mesmo tempo' 5ãosendo su"iciente, amplia-se o rol hermen4utico para a analo*ia' 5o campo daanalo*ia, deve-se cuidar para não etrapolar e virar "alta de paralelismo semJnticoMasociar coisas de dois universos que !amais poderiam ser associados)'

    &s' C2"en no novo acordo orto*r+"ico =@ asicamente, usa-se h2"en antes de C ese a ltima letra da primeira palavra e a primeira letra de ltima palavra "oremi*uais (e' micro-ondas, contra-ataque)' >aso contr+rio, não tem h2"en e dora aletra (contrassenso, contrarra3es)' ualquer palavra que se escreva com ospre"ios pr., pro, ps, em, mal e por deve-se uscar no dicion+rio, pois houvemuitas mudan$as'

     

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    Aula U

    &ara#e#ismo 

    5o plano *eom.trico, duas retas paralelas são aquelas que não tem nenhum pontoem comum, ou se!a, !amais se cru3am' e mant.m sempre a mesma tra!etria, amesma dire$ão, eiste uma re*ularidade entre os pontos, pode-se entender que ano$ão de paralelismo . uma no$ão de constJncia, que . uma no$ão equivalente #similitude'

    Gma coisa paralela a outra . uma coisa que ocupa a mesma nature3a, a mesmacomposi$ão, a mesma estrutura' e tiver al*um item que se!a di"erente, !+ seperdeu o paralelismo, pois esse item di"erente permitiria um ponto de contato' 0arahaver o paralelismo tem de haver uma i*ualdade total'

    6m rela$ão ao paralelismo semJntico, quando se articula uma ideia dentro de umcampo semJntico s se pode articular ideias i*ualmente importantes dentro domesmo campo semJntico' 5ão se pode relacionar ideias de campos semJnticosdistintos' 7sso s ser+ poss2vel em uma visão meta"rica'

    et+"ora = associar elementos de universos di"erentes' >omo são di"erentes,qualquer met+"ora *era uma surpresa e qualquer met+"ora demanda interpreta$ão'A met+"ora não . perceida no mundo real, no mundo concreto' 6ntão, quando seatriui al*uma caracter2stica associativamente a uma outra ideia, usca-se arela$ão simlica que eiste entre os dois elementos' A met+"ora nunca ser+un2voca, toda met+"ora are um leque de possiilidades interpretativas, cu!a

    limita$ão ser+ dada pelas prprias circunstJncias'

    6' Aquela crian$a . um touro' >rian$a est+ em um universo e touro em outro'6ssa "rase não seria uma de"ini$ão real de crian$a, atriuindo-se um sentidodiverso, que não . nico, ou se!a, pode-se di3er que a crian$a . a*itada, ri*ona,violenta, a*ressiva, etc' as, não se pode cae na interpreta$ão que a crian$a "oitra2da, por.m a met+"ora “usar chap.u de touro” . uma interpreta$ão ca2vel paraqualquer adulto'

    5o mundo !ur2dico, as ar*umenta$es não podem ser montadas com asemeta"rica, devendo-se pensar em uma ase concreta' 0or conta disso, h+ um

    *rande ri*or com o paralelismo semJntico, não podendo misturar elementos dees"eras distintas, sem espa$o para a met+"ora, que naturalmente . a queraepectativas, dentre elas o paralelismo'

    A quera de paralelismo pode ser por desconhecimento, por humor (e"eitoproposital) ou por "alha de estrat.*ia de racioc2nio (e' associar v+rios princ2piossem reali3ar uma interpreta$ão anal*ica)'

    0aralelismo sint+tico

    8eve-se ter em um teto estruturas equivalentes, como se "ossem retas paralelas,

    pela composi$ão e pela rela$ão entre os termos'

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    6' ueria duas coisas; a sua vinda e que nos a!udasse' & erro nessa epressão .que “vinda” e “a!udasse” não tem a mesma nature3a' A primeira coisa que sequeria era a “sua vinda” (estrutura nominal) e o 6 tem que somar elementosequivalentes' ?o*o, o se*undo querer deveria ser um nome'

    5esse caso h+ duas possiilidades para solucionar a "alta de paralelismo sint+ticoredu3ir a outra ora$ão para um nome ou desenvolve-la para uma ora$ão' ?o*o, aspossiilidades são

    ueria duas coisas sua vinda e sua% a!udaL'

    % 0or uma questão de paralelismo, como se colocou o possessivo antes dosustantivo' e o sustantivo se*uinte "or da mesma nature3a, ele tam.m vir+com o possessivo' 6ssa re*ra serve para qualquer determinante'

    ueria duas coisas que voc4 viesse e % nos a!udasse'

    % >omo esse “que” . uma con!un$ão, e con!un$ão nunca . determinante, ela podeser dispensada, "icando suentendida a presen$a do se*undo que, não ori*atriorepetir' as, se "or um termo determinante (arti*o, pronome, numeral) ter+ querepetir quantas ve3es aparecerem'

    & “e” . uma con!un$ão que coordena, e quando ele eiste, s se pode somar coisasi*uais, ou se!a, se a primeira ora$ão . suordinada, a se*unda tam.m tem queser'

    6';

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    0redica$ão do vero popularmente chamado de re*4ncia do vero (rela$ão depreposi$ão escolhida), mas independe da re*4ncia do vero' A predica$ão do veroest+ li*ada a sua classi"ica$ão em intransitivo (sem complemento) ou transitivo(tem complemento direto, sem preposi$ãoF indireto, com preposi$ão)'

    8entro da l*ica do paralelismo, s se pode relacionar elementos que venham coma mesma nature3a de predica$ão'

    7denti"icar (quem identi"ica, identi"ica al*o - :T8), re"letir (quem re"lete, re"letesore -:T7U) e aprender (quem aprende, aprende com -:T7) com os prolemas' C+tr4s veros com predica$es di"erentes e o mesmo complemento' 6m portu*u4snão tem como deiar a "rase somente com a preposi$ão, deiando suentendido ocomplemento' Assim, a "rase correta, respeitando o paralelismo .

    7denti"icar prolemas, re"letir sore eles e com elesV aprender (ou aprender comeles)'

    E+ na "rase “alu*ar, comprar e vender imveis” não h+ prolemas, pois os tr4s sãoveros transitivos direto, podendo "icar com um completo nico'

    &s' uando um vero "or transitivo direito e indireto não si*ni"ica que ele temque apresentar os dois complementos ao mesmo tempo'

    6'V 7denti"icar, re"letir e resolver prolemas' Apesar de haver dois verostransitivos diretos (identi"icar e resolver), não . poss2vel reuni-los, poissemanticamente a ordem dos veros importa, !+ que não "a3 sentido identi"icar eresolver os prolemas e s depois re"letir (a re"leão . uma etapa para alcan$ar a

    solu$ão)' ?o*o, a ordem correta . identi"icar prolemas, re"letir sore eles eresolve-los'

    6'W uando voltou # terra natal, seu pai havia morrido h+ cinco anos'>riando-se uma linha ima*in+ria, tem-se que o locutor est+ "alando essa "rase ho!e,ou se!a, a enuncia$ão (momento em que a "rase est+ sendo dita) est+ ocorrendo nopresente e se re"erindo a um "ato que ocorreu no passado e quando o "ato ocorreu,o pai !+ havia "alecido (pret.rito mais que per"eito, uma a$ão anterior a uma outraa$ão no pret.rito per"eito)' ?o*o, pela "rase entre a morte do pai e a voltatranscorreram OV anos' as, a presen$a do vero haver no presente passa a ideia

    de que entre a morte e a "ala . que são cinco anos, o que não . verdade' Assim, a"rase correta seriauando voltou # terra natal, seu pai havia "alecido (ou tinha "alecido ou "alecera)havia cinco anosF ou se!a, no momento da volta havia cinco anos que o pai havia"alecido'

    5ão estaelecer uma rela$ão de tempos verais adequada entre os veros doper2odo tam.m . "alta de paralelismo'

    4 a.u%m defenda .ue % "

    5 ão usar ,aprender com os mesmos-+ pois mesmo não e!iste com papelde pronome pessoal"

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    Tam.m . erro de paralelismo misturar “podia” e poderia”, “devia” e “deveria”, poisa primeira "orma . passado e a se*unda . "uturo do pret.rito' ?o*o, não . certo"alar para al*u.m “voc4 não deveria ter "eito isso” ser re"erindo a um ato nopassado, !+ que deveria . "uturo do pret.rito (al*o que não se tem mais comomeer)' “8everia” e “poderia” viram aconselhamento, al*o que ainda pode ser "eito,

    al*o mut+vel'

    6'N 5ão se trata de de"ender mais interven$ão do 6stado na economia ou que o6stado volte a controlar as taas de cJmio'8e = o outro par tem que ter a preposi$ão'8e"ender = vero no in"initivo' & outro par tem que ser um vero no in"initivo'5ão se trata  /  ou = não se pode "a3er ne*ativa com ou (erro de paralelismosemJntico)' & correto seria usar o nem'

    >orreto não se trata de de"ender mais interven$ão do 6stado na economia nem devoltar o 6stado a controlar as taas de cJmio'

    6'X 8eputados "ederais acusados de crimes contra o patrimônio plico Ssan*uessu*as, mensaleiros, vampiros, corrup$ão passiva, "orma$ão de quadrilha e"raudadores de ori*a$es "iscais S con"iam na lentidão da !usti$a para se manterna vida plica'

    8eve-se manter uma correla$ão de paralelismo sint+tico tam.m com o que est+entre os travesses' 5esse caso, tem sustantivos que indicam um a*ente e tipospenais na mesma estrutura' ?o*o, o correto seria “san*uessu*as, mensaleiros,vampiros, corruptosW, "ormadores de quadrilha (ou quadrilheiro) e "raudadores de

    ori*a$es "iscais”'

    6'M &s ministros ne*aram estar o *overno atacando a assemleia e que ele tem"eito tudo para prolon*ar a vota$ão do pro!eto'

    >orreto os ministros ne*aram que o *overno estivesse (ou este!a) atacando aassemleia e que ele tivesse (ou tenha) "eito tudo para prolon*ar a vota$ão'

    &s' & modo indicativo . o modo da certe3a, quem indica dvida . o su!untivo'

    6'1O & presidente sentia-se acuado pelas constantes denncias de corrup$ão emseu *overno e o crescimento na >onstituinte da pressão em "avor da "ia$ão do seumandato em quatro anos'

    >orreto & presidente sentia-se acuado pelas constantes denncias de corrup$ãoem seu *overno e pelo crescimento, na constituinte, da pressão (ou crescimento dapressão na constituinte) em "avor da "ia$ão do seu mandato em quatro anos'

    6 )ala$ra .ue pode ser tanto adeti$o .uanto su&stanti$o+ a depender dafrase+ assim como amigo"

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    6'11 6ra esperado que ele não comparecesse # audi4ncia e a declara$ão deimpossiilidade'

    >orreto6ra esperado que ele não comparecesse # audi4ncia e (que =suentendido) se declarasse impossiilitado'

    6ra esperado seu não comparecimento # audi4ncia e sua declara$ãode impossiilidade'

    6'1; 6ra esperado que, al.m de compreender o contedo, eles se dispusessem auma teori3a$ão mais pro"unda e que alcancem o!etivos mais rapidamente,uscando compensar "alhas anteriores e aper"ei$oamento de suas hailidades'

    >orreto 6ra esperado queN eles compreendessem contedo, se dispusessem a umateori3a$ão mais pro"unda e alcan$assem o!etivos mais rapidamente' >om isso,uscariam compensar "alhas anteriores e aper"ei$oar suas hailidades (ou acompensa$ão de "alhas anteriores e o aper"ei$oamento de suas hailidades)'

    emanticamente, o “al.m de” não pode ser tomado como etapa primordial' “al.mde” . al*o de que "ato est+ "ora, que "o*e como um acr.scimo, um adendo' 5essecaso, s ser+ poss2vel teori3ar mais pro"undamente e alcan$ar os o!etivos secompreender o contedo' ?o*o, compreender o contedo . requisito para o resto,não estando al.m' A compreensão do contedo . uma pr.via, devendo ser i*ualadocom os demais elementos'

    &s' 6vitar a estrutura v2r*ula B *erndio, pois isso alon*a o per2odo' & *erndios estar+ correto quando a v2r*ula não "or necess+ria, pois ele "a3 o papel de mododa a$ão anterior (e' eu che*uei correndo)'

    6emplos de uso de crase e de re*4ncia

    6'1 # vista =@ epressão adverial "eminina que . marcada com o acento decrase' uando se "a3 essa di"erencia$ão com o acento, evita-se a ami*uidade'

    6'; >omunicar =@ quem comunica, comunica al*uma coisa a al*u.m' D poss2veltam.m comunicar al*u.m de al*o (mesmo racioc2nio para in"ormar)'

     “Ao vender # vista o comerciante comunicou ao cliente que lhe concederia umdesconto de 1OP” ou “ao vender # vista o comerciante comunicou o cliente de que

    lhe concederia um desconto de 1OP”'

    6'L A epectativa quanto # liera$ão dos resultados e quanto # aprova$ão dosaprovados'

    &s' Ant2tese paradoo =@ paradoo . uma impossiilidade, *erando o asurdona tentativa de somar os contr+rios (e' "erida que di e não se sente)' 5aant2tese h+ um elemento sendo colocado em oposi$ão ao seu contr+rio natural (e'claro e escuro)'

    7 )rimeiro ,.ue- o&rigat/rio e demais facultati$os"

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    &s'; 0ara usar a preposi$ão “de” com os veros lemrar e esquecer h+ duasnature3as desse vero o vero não pronominal que . transitivo direto (e' elelemrou al*o), vero pronominal (e' ele se lemrou de al*o)' C+ tam.m umaterceira re*4ncia lemrar al*o a al*u.m ou lemrar al*u.m de al*o (e' lemrou-me tra3er o comprovante do depsito = lemrou a mimF ou lemrou-me de tra3er

    =lemrou eu)'

    &s'L & vero transitivo indireto, o vero de li*a$ão e o vero intransitivo não"a3em vo3 passiva' & nico que "a3 . o vero transitivo direto'

    odali3adores e vero discendi 

    :ero discendi  . aquele que introdu3 a "ala do outro'

    odali3ar positivamente si*ni"ica dar uma alta car*a de crediilidade' 6' de veros

    nesse sentido asse*urou, asseverou, *arantiu ou qualquer vero que passe ano$ão de que disse com muita certe3a (o vero di3er . neutro, assim como osveros, a"irmar, adu3ir, relatar e demais veros usados normalmente no relatrio)'

    odali3ar ne*ativamente supôs, pressupôs, ima*inou'

    A modali3a$ão . usada na "undamenta$ão como ar*umento de autoridade ou comomeio de desconstruir o ar*umento de al*uma das partes, para a*re*ar valor aoconvencimento' A modali3a$ão nunca . usada no relatrio e no dispositivo' &traalho de compor o relatrio . neutrali3ar o relatrio, indo diretamente ao pontoque interessa'

    &ontua.o 

    0onto e v2r*ula

    (i) Al2neas ou incisos separados, devendo ter o “e” no penltimo elemento paraindicar que o primo . o ltimo elemento e não tem v2r*ula depois desse “e”'5essa estrutura, deve-se oservar o paralelismo estrutural, ou se!a, se o primeiroitem "oi um sustantivo, os demais itens tam.m devem ser sustantivos'

    - Gso da v2r*ula antes do 6

    a) uando os su!eitos são di"erentes

    6' A pol2cia encontrou o pai, e a mãe !+ tinha sa2do' 0ara não se passar a ideia deque o 6 est+ somando “pai e mãe” com a pol2cia encontrando os dois,ori*atoriamente tem que ter a v2r*ula antes do 6, pois o su!eito da primeiraora$ão . pol2cia e o su!eito da se*unda . mãe' & pai est+ no papel de o!eto'

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    ) uando o 6 tem um valor di"erente de aditivo o 6 naturalmente . umacon!un$ão aditiva, podendo ter valor conclusivo, adversativo e a v2r*ula serve paraindicar esse valor di"erente'

    6' 6studou muito, e não "oi aprovado' & 6, na verdade . um mais, que d+ ideia

    de contrariedade, pois a epectativa era que "osse aprovado'

    c) &ra$ão pleon+stica pleonasmo = repeti$ão, redundJncia' D usado por umaquestão de 4n"ase, para repetir a a$ão anterior' 5ão tem a car*a de nova a$ão'

    6' 8i*o, e repitoF "i3, e "aria' 5ão si*ni"ica que duas a$es serão "eitas, o “erepito” serve para in"ormar que se "ala com convic$ão'

    d) 0oliss2ndeto s2ndeto = con!un$ão' 0oliss2ndeto = v+rias con!un$es' Iecursolin*u2stico para chamar aten$ão, en"ati3ar' Aumenta o valor dado aos "atos sem

    "a3er um discurso pan"let+rio'

    6' Iaptou, a*rediu, violentou e matou a v2tima' 6numera$ão da cronolo*ia dos"atos, como 6 "echando essa enumera$ão' 0ara potenciali3ar essa a$ão, pode-secolocar o 6 antes de cada ora$ão Iaptou, e a*rediu, e violentou, e matou a v2tima(a ltima v2r*ula . colocada pelo paralelismo estrutural)'

    &s' 5o caso da letra , o 6 si*ni"ica mas' >ontudo, nem todas as demaiscon!un$es adversativas podem ser colocadas nessa "rase' 5ão . poss2vel, poreemplo, sustituir o colocar o 0&ID nessa "rase, pois onde o mas est+, o por.m

    não entra e vice versa' A não . sinônimo per"eito de 0&ID'A = s ocupa posi$ão inicial0&ID = nunca tem posi$ão inicial' empre tem posi$ão inicial ou medial' (e'estudou muitoF não "oi aprovado, por.m)'

    &utras con!un$es que podem ser usadas nesse caso contudo, todavia (a v2r*uladepois . "acultativa nesses casos, mas se colocar, automaticamente antes vem oponto e v2r*ula)'

    6ntretanto / no entanto = são duas locu$es con!untivas que ori*atoriamentepedem v2r*ula depois' 5esse eemplo, se sustituir por qualquer uma delas, haver+

    duas ora$es em que uma delas tem uma v2r*ula interna' Ao se separar ora$escom v2r*ula interna, essa v2r*ula ser+ trans"ormada em ponto e v2r*ula' 0odemaparecer em qualquer lu*ar da ora$ão'

    6' 6studou muito, entretantoF não "oi aprovado'

    5ão ostante = se*ue a mesma l*ica do 65TI6TA5T& quando iniciar outra ora$ãoe, se houver a v2r*ula, se*uir+ a mesma re*ra do ponto e v2r*ula' e não iniciar, se"or “não ostante al*o”, não precisa da v2r*ula'

    6' ele se recusou a assina, não ostante, se dispôs a esclarecer'

    &s' 0&ITA5T& sempre tem v2r*ula depois, salvo se vier no "inal da "rase'

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    (ii) 6numera$ão com in"orma$ão entre v2r*ulas

    6' Hui # "eira e comprei v+rias "rutas laran!a, que cont.m vitamina >F % anana,que cont.m pot+ssioF%% e%%% ma$ã'

    % e "osse mantida a v2r*ula aqui, estaria introdu3indo uma caracter2stica dalaran!a, mas eiste uma v2r*ula anterior que serve para separar a anana dalaran!a' uando se tem uma v2r*ula interna, os elementos são separados por pontoe v2r*ula'

    %% >omo se usou ponto e v2r*ula para separar os elementos, por conta da v2r*ulano teto interno, por paralelismo estrutural, se*ue-se separando os elementos componto e v2r*ula, ele ser+ usado nas mesmas circunstJncias at. o "inal'

    %%% indica que vir+ o ltimo elemento'

    &s' e sustituir a v2r*ula pelo travessão deve-se evitar construir ora$es com oG6, mas seu uso não . errado' A "rase correta seria laran!a S que cont.mvitamina > -, anana - que cont.m pot+ssio - e ma$ã' 5esse caso não ter+ v2r*ulaantes do 6, pois não houve na estrutura da laran!a v2r*ula interna' 5esse caso, omelhor . usar a v2r*ula, deiando para usar o travessão em circunstJncias de*rande destaque e que não se!a ora$ão eplicativa (sem o G6 no come$o) ouquando "or ori*atrio'

    &s'; 6m portu*u4s, o ponto pode acumular papeis, mas isso não ocorre com av2r*ula'

    6' teto que termina com etc, que . uma areviatura, leva ponto' e a palavraestiver no "inal da "rase não . necess+rio colocar outro ponto'  6m sua ltima via*em, a presidenta 8ilma (''')' 0ara inserir uma

    in"orma$ão nesta "rase, se utili3aria a v2r*ula 6m sua ltima via*em, (!+ havia umav2r*ula aqui) desta ve3 aos 6GA, a presidenta 8ilma (''')' >omo em portu*u4s av2r*ula não acumula pap.is, essa . uma hiptese ori*atria de travessão 6m sualtima via*em - desta ve3 aos 6GA - a presidenta 8ilma (''')'& travessão . usado aos partes, salvo se vier no "inal da "rase, em que o ponto "inaldispensa o uso do travessão'

    &s'L uando se tem cita$ão no teto h+ duas possiilidades utili3a$ão das aspas

    e o ponto depois, ou o ponto e aspas' A utili3a$ão dessas possiilidades ser+determinada pela estrutura que se est+ reprodu3indo' e as aspas "orem colocadasantes de uma letra maiscula si*ni"ica que est+ citando a "rase inteira, então, temque usar o ponto para "echar a "rase e colocar aspas depois (ponto dentro dasaspas)' as, se somente um trecho da "rase "or citado, usa as aspas coloca oponto, pois o ponto "echar+ a "rase em que a cita$ão est+ inserida e come$ou com aletra maiscula, que est+ "ora da "rase (ponto "ora das aspas)'

    &s'U 6tc' = 6 B outras coisas (em latim)' >omo !+ tem o 6, não cae coloca-loantes do etc' 5ão cae colocar 6 antes de etc', mas a v2r*ula antes dele

    normalmente . "acultativa, eceto se "or um caso de ami*uidade'

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    Aula V

      &ontua.o continua.o

    - 8i"eren$a entre travessão e par4nteses

    Termos que venham como qualidade eplicativa podem vir entre v2r*ulas (e'ora$ão eplicativa, aposto)' C+ al*umas circunstJncias em que se pode optar porcolocar noM lu*ar das v2r*ulas um par de travesses e h+ outra hiptese em que otravessão . ori*atrio, pois quando se deia a v2r*ula, ela acumularia pap.is'

    A primeira di"eren$a +sica entre travessão e par4nteses . que a travessãomant.m a in"orma$ão no n2vel tetual' Tudo o que est+ entre travesses "a3 partedo car+ter in"ormativo do teto e o que vem entre par4nteses tem sempre uma

    nota$ão etratetual'

    &u se!a, o que est+ entre par4ntese não . considerado como *rau de in"orma$ão noteto, !+ o que . colocado entre travesses . continuidade da ideia do teto

    Gso do par4nteses

    (i) uando se introdu3 uma oserva$ão de car+ter particular, pessoal, como cr2tica,ressalva ou qualquer oserva$ão que mais "ale do discurso do enunciador do quepropriamente a in"orma$ão'

    (ii) 6plicar o vio'

    6' eplicar o sentido de uma si*la “>0> (>di*o de 0rocesso >ivil)”, .etratetual, pois . como se "osse uma le*enda' 0or padrão deve-se eplicar osentido da si*la, mas quem !+ sae o sentido da si*la não l4 essa in"orma$ão,pulando o que est+ entre os par4nteses' e essa in"orma$ão "osse mantida no n2veldo teto irritaria quem !+ sae o sentido da si*la'

    Gma caracter2stica dos par4nteses, por terem sempre um car+ter etratetual . quea in"orma$ão dentro deles pode ser mantida com uma independ4ncia sint+tica, sema necessidade de manter uma inte*ridade de per2odos'

    uando se est+ escrevendo para um plico astante variado (e' leitor de revistasemanal) o autor tem que se preocupar em ser did+tico sem deiar de ar*umentara "avor da opinião que considera coerente (pois dentre esse plico h+ especialistasno assunto que pode perceer o uso de ar*umentos "alaciosos ou de mentiras)'

    5esse tipo de teto, a in"orma$ão dentro dos par4nteses servir+ para todo o tipo deplico, pois o especiali3ado pular+ o que est+ dentro dos par4nteses, enquantoque o lei*o uscar+ a in"orma$ão'

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    (''')

    6' 5o catolicismo, r2*ido . o do*ma, e a re*ra moral (.)3eu*ma, intoleranteF noprotestantismo, complacente . a doutrina, e a moral (.), utilit+ria'

    As consequ4ncias dessa d2spar atitude - de um lado a tradi$ão interpret+velF deoutro o preceito controverso - são pro"undas'

      % na es"era da economia de mercado S ess4ncia da pr+tica neolieral S, asmedidas camiais preocupam em tr4s cen+rios quanto # adequa$ão # necessidadede conter a in"la$ão, que . preocupa$ão constanteF quanto # escasse3 de produtosdiante da demandaF e quanto ao aquecimento do mercado consumidor, diante da"alsa epectativa de *anho real dos sal+rios'

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