direito constitucional iii professor silveira

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    DIREITO CONSTITUCIONAL

    • É o ramo do direito público que expõe,interpreta e sistematiza os princípios e asnormas definidoras do Estado.

    ( José Afonso da Silva) 

    • É a ciência positiva das Constituições.

    ( Pinto Ferreira)

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    CONSTITUIÇÃO CONCEITO, ESTRUTURA E CLASSIFICAÇÃO

    CONTITUIÇÃO é a Lei suprema e fundamentalque institui o Estado, estabelece a sua estrutura,os seus poderes e os direitos fundamentais das

    pessoas.

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    Perspectivas das Constituições

    1. SENTIDO SOCIOLÓGICO: defendido por Ferdinand Lassale(Séc. XIX

     – metade) procura extrair o conceito da Constituição sobre a perspectiva dosfatos sociais, ou seja, o produto das relações entre as pessoas e o Poder(Estado). Para Lassale a Constituição é a manisfestação da relação entre asociedade e o Estado. Logo podemos visualizar duas Consittuições sob oaspecto sociológico a "REAL" e efetiva que corresponde ao Poder do Estado nasociedade e, uma outra que não passaria de" folha de papal escrita".

    2. SENTIDO POLÍTICO defendido por Carl Schmitt neste sentido Schimitt(Séc. XX - início) defende que a constituição é o resultado da decisão política,para Schimitt não é necessário que a Constituição seja escrita, o que importa éreconhecer o conteúdo das normas, assim somente seriam constitucionais asnormas que regulam o poder do Estado, todo o resto escrito não passaria de"leis constitucionais", ainda que inserta na Constituição.

    3. SENTIDO JURÍDICO  defendido por Hans Kelsen entende que a

    Constituição é criada baseando-se no que "deve ser“. Para Kelsen aCosntituição é uma norma de direito sem qualquer outro sentido.A Constituição está acima de todas as demais normas do ordenamento

     jurídico e se apresenta como norma maior, suprema e fundamental.

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    TIPOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES

    QUANTO À FORMA  A) escrita: é aquela cujas normas encontram-se num

    determinado compêndio,reunidas de modosistemático e codificado.

      B)costumeira (não-escrita):  ao contrário do que sepensa, não significa que não existam documentosescritos. Entretanto, estes não estão reunidos numúnico instrumento, codificado e sistematizado, mas

    sim, decorrem da praxe, dos usos e costumes.

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    QUANTO AO CONTEÚDO 

    A) material: é aquela que cuida apenas das normassubstanciais, ou seja, fundamentais para a estrutura doestado, tais como, separação de poderes, organização doestado e os direitos fundamentais.

      B) formal: é aquela que não cuida apenas das normassubstanciais, mas também das questões procedimentais,para alguns denominam-se “constituições procedimentais”.As constituições formais ( a Constituição da República

    Federativa do Brasil, 1988) nos revelam o poder normativodos preceitos nela contidos, bem como, a supremacia de suasnormas. 

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    QUANTO À ORIGEM

    • A) promulgadas: são constituições democráticas,populares e votadas, suas normas são submetidas adebates e aprovação.

    •B) outorgadas:  são aquelas ditas, por impostas, ouseja, decorrem do poder concentrado na autoridadede um ditador, imperador, presidente, juntagovernista etc. Não há participação popular na suaelaboração

    - Há uma terceira classificação chamada de Cesarista na qual oditador para dar-lhe uma feição legítima convoca umreferendo popular para aprová-la.

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    QUANTO AO MODO DE ELABORAÇÃO

    a) Dogmática: É aquela que se origina de forma escrita esistemática, baseada em dogmas, ou seja, princípios eideias incontestáveis existentes no momento de suaelaboração.

    b) Histórica: também denominada costumeira, é a que seorigina através de uma evolução de ideias no tempo,produto dos usos e costumes de determinada

    sociedade, baseada na tradição de um povo

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    QUANTO À EXTENSÃO

    a) Prolixas (analíticas):  São constituiçõeslongas, detalhistas, como no caso daConstituição brasileira de 1988.

    b) Sintéticas (reduzidas):  São constituiçõespequenas, concisas, com poucos artigos emseu texto escrito. Exemplo a Constituição

    dos E.U.A. de 1787.

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    QUANTO AOS FUNDAMENTOS (ideologia)

    • A) ecléticas (compromissórias):  são aquelasoriginadas do encontro de diversas ideologias.

    • B) ortodoxas: são aquelas que expressam opensamento único, confirmam umadeterminada ideologia.

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    QUANTO À FINALIDADE

    • A) dirigente: são aquelas que apresentam um plano para dirigira evolução do Estado. O conceito da constituição-dirigente é deorigem marxista.

    • B) garantia: são aquelas que tem por objetivo estabeleceras

    garantias de liberdade, é tipicamente reduzida.• C) balanço:  são aquelas que indicam os estágios das relações

    políticas, seguem a escola soviética. Elas recebem esse nomeporque procuram equilibrar os anseios burgueses e proletários.Carta de Weimar(1919), combinam os direitos sociais e as

    liberdades.

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    QUANTO À RIGIDEZ(estabilidade)

    • A) imutáveis: são aquelas que, como o próprio nome diz sãointocáveis, ou seja, não admitem nenhuma alteração no seutexto original. Não são admissíveis em nosso dias.

    • B) rígidas: são constituições que admitem a mudança em seutexto original, mas estabelce um procedimento especial erigoroso de controle para sua mudança. A Constituição

    brasileira de 1988 é tida como rígida. Algumas escolassustentam que em face de núcleos irreformáveis aconstituição brasileira seria também “super-rígida” . 

    • C) flexíveis: são constituições plásticas, não seguem processoespecial para a sua alteração. As constituições plásticas não

    produzem estabilidade constitucional.• D) semi-rígidas: são constituições mistas, ou seja, parte do

    texto constitucional se submete ao processo reformadorrígido e outra parte a flexibilidade.

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    ESTRUTURA DIDÁTICA DA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA DE1988

    - A Constituição Federal de 1988 possui três núcleos:

     A) PREÂMBULO;

    B) CORPO;

    C) A.D.C.T. (Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias).

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    PREÂMBULO

    • É um documento de objetivos do diplomaconstitucional, caracterizando verdadeiro atestadooficial de origem do novo Estado e a declaração de

    sua legitimidade e princípios de uma nova ordempolítica e jurídica. Algumas escolas jurídicasentendem que o preâmbulo não faz parte do textoconstitucional propriamente dito, sendo apenas um

    diploma de promulgação.

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    DEBATE CONSITUCIONAL 

    a obrigatoriedade do uso da expressão“...sob a

    proteção de Deus...” no preâmbulo das

    Constituições estaduais:

    • O Tribunal (STF) julgou improcedente o pedido formulado emação direta ajuizada pelo Partido Social Liberal - PSL contra opreâmbulo da Constituição do Estado do Acre, em que se

    alegava a inconstitucionalidade por omissão da expressão"sob a proteção de Deus", constante do preâmbulo da CF/88.Considerou-se que a invocação da proteção de Deus no

     preâmbulo da Constituição não tem força normativa, afastando-se a alegação de que a expressão em causa seria

    norma de reprodução obrigatória pelos Estados-membros.ADI 2.076-AC, rel. Min. Carlos Velloso, 15.8.2002.(ADI-2076)

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    CORPO

    • Para o entendimento didático denominamos comocorpo o texto constitucional básico, propriamentedito, ao longo de seus nove títulos com mais de 250

    artigos . 

    ATENÇÃO• Não obstante o último artigo ser o art. 250, observe

    que temos art. 29- A;103-A etc. 

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    Força Normativa da Constituição

    • Força Normativa da Constituição (Konrad Hesse): o que sebusca aqui é garantir a autoridade da Constituição. A normaconstitucional não tem existência autônoma em face darealidade. Para ser aplicável, a CF deve ser conexa à

    realidade jurídica, social e política, não sendo apenasdeterminada pela realidade social, mas determinante emrelação a ela.  (quando duas ou mais interpretações sãopossíveis, deve-se buscar a garantia da CF – Exemplo: lei10.961 readmissão de servidores – prazo de 120 dias para

    requerer, se é lei temporária não cabe o controle abstrato –ver o art. 19 do ADCT).

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    1919

    SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃOCONSTITUCIONAL

    MODELO HERMENÊUTICO CLÁSSICO:- órgãos estatais, entre eles, as cortes

    constitucionais.

      MODELO HERMENÊUTICO MODERNO OUCONTEMPORÂNEO:

      - inclui os cidadãos e os grupos sociais (igrejas,

    associações sindicais etc.)."sociedade aberta dos intérpretes da Constituição" . 

    (Peter Häberle)

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    2020

    SUJEITOS DA INTERPRETAÇÃOCONSTITUCIONAL

    MODELOHERMENÊUTICO

    CLÁSSICO MODERNO

    ÓRGÃOSESTATAIS

    ÓRGÃOS ESTATAIS,CIDADÃOS,

    ASSOCIAÇÕES CIVIS etc.

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    EFICÁCIA VETRTICAL E HORIZONTAL DOSDIREITOS FUNDAMENTAIS

    • o fato da existência de um estado democrático de direitoimpõe a observância compulsória da legalidade e dalegitimidade. Sendo assim, os direitos apresnetados naConstiuição tem sua origem clássica na verticalização da

    relação Estado e indivíduo. Entretanto, os direitosfundamentais não têm somente esta direção, atualmente elestambém se aprofundame disseminam-se nas relaçõesprivadas.

    • Podemos tomar como exemplo o art. 5º, inciso LIV que

    apresenta o "princípio do devido processo legal", tal princípiose mostra muito presente nas relações verticais, mas tambémdeve ser observado numa relação particular, como no seiodas associações privadas.

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    • A) normas de eficácia plena e aplicação imediata: São normasaptas para serem aplicadas e dispensam o sistema normativo

    integrador ou regulamentador, estão prontas para seremaplicadas imediatamente e de maneira integral.• B) normas de eficácia contida e aplicação imediata: São

    normas que também produzem aplicação imediata e integral,seus comandos permitem os seus efeitos imediatos, todavia,

    sujeitam-se as restrições efetuadas pelas normasinfraconstitucionais, alguns autores as denominam “normasde eficácia restringível ( redutível). 

    • C) normas de eficácia limitada e aplicação mediata: Sãoaquelas que dependem de integração por meio de legislaçãoinfraconstitucional, diferem das normas de eficácia contida,porque a sua aplicabilidade requer a integração do dispositivoconstitucional por meio de lei futura, onde o legisladoratribuirá capacidade de execução. 

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    Normas de eficácia limitada(outra classificação)

    • normas definidoras de princípios institutivos – aquelas que irão definir a

    estrutura e atribuições das instituições, pessoas e órgãos, tendo porescopo gerar a aplicabilidade integral da norma. Ex..: art. 25 § 3º, art. 127, §2º etc.

    • normas definidoras de princípios programáticos – aquelas queestabelecem programas a serem desenvolvidos e cumpridos, mediantelegislação integrativa. Essas normas não trazem em si direitos ouinteresse regulados, mas sim, alvos e direções que deverão ser

    observados. Ex..: art. 23, art. 226 § 2º etc.ATENÇÃO:

    • Há no texto constitucional, segundo a doutrina, normas constitucionais deeficácia exaurida, ou seja, aquelas que já desempenharam a sua missão.Entre elas destacamos alguns artigos do A.D.C.T., como por exemplo o art.2º e art. 3º ambos do A.D.C.T.

    • Para Uadi L. Bulos, temos também normas constitucionais de eficácia totale aplicabilidade direta, as quais podemos identificar como aquelas queintegram as cláusulas imodificáveis. Ex. art. 1º, 2º, 5º, incisos I ao LXXVII,art. 14 e 60 § 4º (Uadi L. Bulos – Constituição Federal Anotada – Ed.Saraiva –5ª Edição, p. 389,) .

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    PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL

    • O Princípio da Interpretação conforme a Constituição é corolário

    dos princípios da supremacia constitucional e presunção deconstitucionalidade das leis.• quando as normas infraconstitucionais  polissêmicas ou

     plurisignificativas  forem submetidas à interpretaçãoconstitucional, o intérprete deverá optar pela solução maiscompatível possível, resolvendo a dúvida em favor de suamanutenção.

    ATENÇÃOA interpretação conforme possui um " princípio conservador da norma" ,

    cuja finalidade é a manutenção da norma legal, afastando-se a interpretação inconstitucional.

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    PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL 

    • Unidade Constitucional:  a interpretação deve evitar aantinomia das normas, buscando a harmonia entre suasantinomias aparentes. (art. 100 e o art. 33 do ADCT, sãonormas de mesma hierarquia)

    • Efeito integrador:  o intérprete deve buscar na integração

    política e social, a unidade política com soluçõesintegradoras, valorizando a unidade constitucional. (art. 37, Xe XV – revisão na mesma data e anual e irredutibilidadenominal e real )

    • Harmonização (concordância prática):  o que se busca é

    evitar a perda total de um bem jurídico em face de outrobem jurídico tutelado pelas normas constitucionais.( aimposição de tributação excessiva sobre certa atividade,poderá inviabilizar o exercício da profissão – ref. Art. 5º,inciso XIII e lei que regulamenta determinada profissão)

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    PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃOCONSTITUCIONAL

    Princípio da MáximaEfetividade: 

    • O princípio da máxima efetividadetambém conhecido como princípio

    da interpretação efetiva. Naaplicação da máxima efetividade ointérprete deverá buscar a soluçãoque alcance a maior eficiência.

    * O escopo é garantir umaeficácia social, extraindo omelhor resultado possível.

    EFICÁCIA DA

    NORMACONSTITUCIONAL

    EFICÁCIAPOSITIVA

    EFICÁCIA NEGATIVA

    Exigir medidasque assegurem

    o exercíciodos direitos 

    Não permiteo retrocesso social 

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    CONSIDERAÇÕES4. A Interpretação conduz a uma solução do que seria possível,mas não ao único resultado possível.

    5. A hermenêutica disponibiliza várias ferramentas para auxiliar ointérprete na solução da controvérsia jurídica, mas não há umafórmula matemática para a solução das controvérsias.

    6. Os métodos modernos são uma releitura do m´´todohermenêutico clássico, diante de uma nova realidade social e

     jurídica.

    7. A interpretação conforme a Constituição é ao mesmo tempo umprincípio da hermenêutica e também uma técnica aplicável ao

    controle de constitucionalidade  – o que se busca com esta técnicanão é a inconstitucionalidade da lei, mas, a interpretação queseria constitucional, afastando aquela que não se adequa aoordenamento jurídico.

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    G

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    PIRÂMIDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO

    NÍVEL 1: NORMAS CONSTITUCIONAIS

     

    SUBNV 1: NORMAS SUPRALEGAIS

    SUBNV 2: NORMAS LEGAIS

      SUBNV 3: NORMAS INFRALEGAIS

    NÍVEL 2NORMAS

    INFRACONSTITUCIONAIS

    GINÁR

    IAS

     D

    ERIVAD

    AS

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    INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS

    Art. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º

    REGRA GERAL  A competência para celebrar “Tratados Internacionais” é do

    Presidente da República, submetendo ao referendo doCongresso Nacional, por meio de Decreto Legislativo. 

    Em regra, os Tratados Internacionais terão “status quo” de LeisOrdinárias.

    Tratados Internacionais Leis Ordinárias

     Na hipótese de conflito entre o Trat. Internacional e a Lei

    Ordinária aplicar-se-á o mais moderno.

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    INTERNALIZAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAISArt. 84 , VIII c/c Art. 5º, §§ 2º e 3º da CF

      Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:...VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do

    Congresso Nacional; 

    Art. 5º. ...

      § 2º  - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluemoutros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dostratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

      § 3º- Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanosque forem aprovados, em cada Casa  do Congresso Nacional, em doisturnos, por três quintos  dos votos dos respectivos membros, serãoequivalentes às emendas constitucionais. 

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    INTERNALIZAÇÃO (CONTINUAÇÃO)

    REGRA ESPECIAL - Conforme alteração introduzida pela E.C.45/2004

      - Os Tratados Internacionais, conforme a alteração do texto constitucionalpoderão ter “status quo”   de Emenda Constitucional, desde que presentedois requisitos:

      A) MATERIAL: Direitos Humanos  B) FORMAL: Aprovação na forma determinada pelo art. 5º § 3º da

    Constituição da República. 

    Tratados Internacionais sobre DIR. HUMANOSaprovados como E.C.

     

    Leis Ordinárias

    ATENÇÃO:  Nesta hipótese os Tratados Internacionais ingressam no mundo jurídico

    como norma constitucional derivada, gozando de supremacia sobre asnormas infraconstitucionais

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    TRATADO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOSHUMANOS APROVADO ANTES DA E.C. 45/2004

      O tema foi debate no STF que interpretou pelaexistência de norma supralegal, caracterizada comoum estágio intermediário entre a norma constitucional

    e a norma legal.( Pacto de São José da Costa Rica)

    ATENÇÃO

    A súmula vinculante nº 25 declara:

    É ilícita a prisão do depositário infiel

    qualquer que seja a modalidade do depósito.

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    DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAISCLASSIFICAÇÃO CONSTITUCIONAL

    (CLASSIFICAÇÃO DIDÁTICA)

    • DIR. e DEV. INDIVIDUAIS E COLETIVOS(Art. 5º)

    • DIREITOS SOCIAIS (Art. 6º/11)

    • DIR. DA NACIONALIDADE (Art. 12/13)• DIREITOS POLÍTICOS (art. 14/16)

    • DIR. DOS PARTIDOS POLÍTICOS (Art. 17)

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    CLASSIFICAÇÃO HISTÓRICA

    GERAÇÕES DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

    • 1ª geração de direitos 

    • 2ª geração de direitos• 3ª geração de direitos 

    • 4ª geração de direitos

     Atenção: Alguns autores usam o tratamento“DIMENSÕES” de Direitos. 

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    DIREITOS DE PRIMEIRA GERAÇÃO

    • São os direitos e garantias individuais e políticos, têmpor escopo gerar para o indivíduo a capacidade deresistência, caracterizando, verdadeiros direitos de

    defesa, ou ainda, direitos negativos.• São as liberdades públicas ou clássicas.

    Ex.: direitos civis e políticos

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    DIREITOS DE SEGUNDA GERAÇÃO

    • São as liberdades reais, gerando umaprestação do Estado a favor da concretizaçãodos direitos de ser. Esses direitos são também

    denominados direitos positivos.• Se apresentam como as liberdades sociais ou

    reais e visam a igualdade social.

    Ex.: direitos sociais, econômicos e culturais.

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    DIREITOS DE TERCEIRA GERAÇÃO

    • A Segunda metade do século XX, aproximadamente,é marcada pela busca de uma nova necessidade dedireitos que transpassem a individualidade ealcancem a coletividade em geral. Surge então, uma

    nova geração ou dimensão de direitos, os direitos dasolidariedade.

    Ex.: o direito ao desenvolvimento, à proteção ao

    patrimônio comum, direito à proteção aomeio-ambiente etc.

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    DIREITOS DE QUARTA GERAÇÃO

    • São os direitos produzidos pelo resultado daglobalização das garantias fundamentais como direitosuniversais, visando a sua institucionalização.

    • Tais direitos seriam o direito à democracia, à

    informação e ao pluralismo.Atenção

    Há posicionamentos na doutrina acerca do

    surgimento da “quinta” geração de direitos.

    DIREITOS SOCIAIS

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    DIREITOS SOCIAIS(ART. 6º)

    a educação, a saúde, a alimentação,o trabalho,

    a moradia, o lazer, a segurança,a previdência social,a proteção à maternidade e à infância,a assistência aos desamparados, 

    na forma da Constituição

    ATENÇÃOO DIREITO A ALIMENTAÇÃO E O DIREITO A MORADIA 

    FORAM ACRESCENTADOS POR EMENDASCONSTITUCIONAIS

    DIREITOS CONSTITUCIONAIS

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    DIREITOS CONSTITUCIONAISDOS TRABALHADORES

    1. Art. 7º da CF

    2. Capacidade laborativa: art. 7º, inciso XXXIII.

    - PLENA: maiores de 18 anos.

    - RELATIVA: maiores de 16 anos e menores de

    18 anos.3. PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS TRABALHISTAS:

    - prazo de cinco anos, até o limite de dois anos  após aextinção do contrato de trabalho.

    4. Cuidado : art. 7º, parágrafo-único (direitos dos

    empregados domésticos)

    ATENÇÃO: Ver E.C. 72/2013

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    EMENDA CONSTITUCIONAL72/2013

    • Artigo único. O parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal passa avigorar com a seguinte redação:

    • "Art. 7º  ...............................................................................................................................................................................................

    • Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadoresdomésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI,  XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII  e,  atendidas ascondições estabelecidas em lei e observada a simplificação documprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstosnos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII,  bem como a sua integração àprevidência social." (NR)

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    INTRODUÇÃOORDEM SOCIAL

    (Art. 193 ao 231)Origem da Seguridade Social:

    1. Há vários sentidos para a expressão “seguridade social”,podemos verificar como exemplo distante os textosreligiosos.

    2. A interpretação do sonho do faraó por José (Gn.41) podenos dar uma primeira idéia do significado de seguridadesocial.

    3. Poupar durante os anos de fartura para ter nos anos deescassez.

    4. Outro exemplo que também podemos verificar está noaspecto social quanto aos filhos. No passado era muitocomum grandes proles, muitos filhos, era um sinal desegurança no futuro.

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    INTRODUÇÃO(continuação)

    5. A proteção social nem sempre esteve presente naspreocupações das relações humanas.

    6. O aparecimento do Estado Liberal logo após arevolução francesa (sec. XVIII) olhava o Poder Público

    dos governantes como algo necessário e o estado serestringia a dar o mínimo, qual seja a liberdadepública.

    7. Não havia preocupação com a ação social do Estado,

    o bem-estar das famílias estava atrelado àsoportunidades individuais, sejam por conhecimentosintelectuais ou por desempenho dos própriosnegócios.

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    INTRODUÇÃO continuação

    8. A busca pela seguridade social veio juntamente coma Revolução Industrial, onde trabalhadores perdiamsuas vidas e por conseqüência suas riquezasproduzidas, em acidentes de trabalho, jogos e

    bebidas.9. A única maneira de obter renda era com o trabalho ese não havia trabalho, ou como trabalhar, logo nãohavia renda.

    10. É neste contexto social que começam as lutas pelasindenizações de acidentes de trabalho e pagamentode remuneração no caso da invalidez.

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    INTRODUÇÃO continuação

    11. Surge então um novo modelo de Estado que vai deencontro ao Estado Liberal, temos o Estado Social,conhecido também como Estado do “bem-estar

    social”.( ver slides 6/9 )12. Neste novo modelo de Estado, as liberdades

    públicas não são abandonadas, mas há uma buscaspela sua realização, surgindo então as liberdades

    reais (sociais), que nos leva a busca do bem-estar e justiça sociais (art. 193 e segs. da CF/1988)

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    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

    TÍTULO VIIIDa Ordem Social

    CAPÍTULO IDISPOSIÇÃO GERAL

      Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo 

    o bem-estar e a justiça sociais.

    A S GU I A SOCIAL NO ASIL

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    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

      Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações deiniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os

    direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.  Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a

    seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações

    urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - eqüidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento;VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão

    quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dosaposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Redação dada pelaEmenda Constitucional nº 20, de 1998)

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    COMENTÁRIOS

    1. Os princípios da seguridade social  estão apresentadoscomo objetivos na C.F./88.

    2. Os princípios podem ser: implícitos  (solidariedade,reserva do possível etc.) ou explícitos( art.194).

    Alcance dos Princípios da Seguridade Social:

    A) Administração:a.1)descentralização (U,E, M e DF);

      b.1)gestão democrática através de quatro grupos: Poder

    Público, Empresas, Trabalhadores e Aposentados.  - 0 modelo de gestão é democrático porque todos participam( conselho de contribuintes).

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    COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)

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    Alcance dos Princípios da Seguridade Social:

    B) Custeio: Art. 195  ( a seguridade é custeada, lembre-se não háalmoço grátis)  b.1) gerais – art.195, caput CF

    b.2) específicos – art. 195, I ao IV (slide 17 )  (aposentados não contribuem para o RGPS, mas servidores

    aposentados contribuem – art.40, caput, CF)

    C) Benefício:c.1)  Igualdade de tratamento  entre os trabalhadores Urbanos,Rurais, Avulsos e Domésticos;

      c.2) Irredutibilidade do benefício;  c.3) Revisão anual.

     

    COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)

    COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)

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    COMENTÁRIOS (CONTINUAÇÃO)

    OUTROS PRINCÍPIOS:• Universalidade da cobertura e do atendimento:

    - No Brasil a saúde pública alcança estrangeiros que estejam no país, através

    do S.U.S..  Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticassociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos eao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção erecuperação. 

    - Temos também a possibilidade de benefício de assistência social para quemnunca contribuiu:

      Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentementede contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:

      V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora dedeficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própriamanutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

    2. Seletividade: O Governo deve verificar as possibilidades e selecionar aquela

    que for melhor.Atenção: O princípio da reserva do possível( necessidade e adequação = proporcionalidade/razoabilidade).

    3. Distributividade: Ações e políticas públicas.Ver Art. 194 (slide 13)

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     Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de

    forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursosprovenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federale dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

      I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na formada lei, incidentes sobre:a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou

    creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,mesmo sem vínculo empregatício;

    b) a receita ou o faturamento;c) o lucro;II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não

    incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas peloregime geral de previdência social de que trata o art. 201;

    III - sobre a receita de concursos de prognósticos.

      IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei aele equiparar.

    Art. 195.

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    Art. 195.(continuação)

      § 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípiosdestinadas à seguridade social constarão dos respectivos orçamentos, nãointegrando o orçamento da União.

      § 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada deforma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social eassistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na leide diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seusrecursos.

      § 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, comoestabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder Público nem delereceber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

      § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir amanutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art.154, I.

      § 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado,majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

     

    Art. 195 (continuação)

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    Art. 195 (continuação)

      § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão serexigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei queas houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no

    art. 150, III, "b".  § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades

    beneficentes de assistência social que atendam às exigênciasestabelecidas em lei.

      § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e opescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam

    suas atividades em regime de economia familiar, sem empregadospermanentes, contribuirão para a seguridade social mediante aaplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização daprodução e farão jus aos benefícios nos termos da lei. (Redação dadapela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

      § 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo

    poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão daatividade econômica, da utilização intensiva de mão-deobra, do porte daempresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. (Redaçãodada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

     

    Art 195 (continuação)

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    Art. 195 (continuação)

      § 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistemaúnico de saúde e ações de assistência social da União para os Estados, oDistrito Federal e os Municípios, e dos Estados para os Municípios, observadaa respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela Emenda Constitucionalnº 20, de 1998)

      § 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociaisde que tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montantesuperior ao fixado em lei complementar. (Incluído pela EmendaConstitucional nº 20, de 1998)

      § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais ascontribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

      § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituiçãogradual, total ou parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a,pela incidente sobre a receita ou o faturamento. (Incluído pela Emenda

    Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

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    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

    DA SAÚDE

      Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido

    mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do riscode doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às

    ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação....

    DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

    Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime

    geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critériosque preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos

    da lei, a:...

    ASSISTÊNCIA SOCIAL

    Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por

    objetivos:...

    RESUIMO

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    RESUIMOHISTÓRICO DO DIR. PREVIDENCIÁRIO

    1) QUAL SERÁ A MELHOR PREVIDÊNCIA SOCIAL?

    A) FAMÍLIA (PATER FAMÍLIA)B) MUTUALISMO: EVOLUÇÃO HISTÓRICA E SOCIAL - MUTUALISMO (PACTO),

    COLEGAS DE TRABALHO.- AINDA HOJE VEMOS ISSO NAS COOPERATIVAS DE TRABALHO.2) QUAL O MARCO FUNDAMENTAL DO DIR. PREVIDENCIÁRIO GERAL?  A) REV . INDUSTRIAL: TROCA DE SOCIEDADE RURAL PARA A SOCIEDADE

    URBANA (INGLATERRA - Séc. XIX)  - TAMBÉM PODEMOS INCLUIR A ALEMANHA; O ESTADO, A PESSOA E A

    EMPRESA CONTRIBUI (1883). – CONTRIBUTIBIDADE E SOLIDARIEDADE  B) EM 1917 A CONST. MÉXICO INTRODUZIU A SEGURIDADE SOCIAL E

    PREVIDÊNCIA SOCIAL COMO GARANTIAS CONSITTUCIONAIS.  C) EM 1948 A DECL. UNIVERSAL DOS DIR. HUMANOS INCLUIU O DIREITO A

    APOSENTADORIA, SALÁRIO FAMILIA, SALÁRIO MATERNIDADE COMODIREITOS HUMANOS E NA CF COMO DIR. FUNDAMENTAIS SOCIAIS

    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

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    A SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

    -  Alguns sustentam que no Brasil o primeiro marco foi a lei ElóiChaves que protegia os ferroviários (1923), mas não éverdadeiro, por que durante o Império, na Guerra do Paraguai,foram estabelecidas normas para proteger militares.

    - Nas décadas de 30 e 40 surgiram os grandes institutos deprevidência para algumas categorias (IAPI, IAPTEC, IAB etc).

    - em 1960 foi criado no Brasil o INPS  (cuidava da previdênciasocial) que surgiu da fusão das diversas categorias.

    - em 1971 foi criado o FUNRURAL e em 1977 foram criados IAPAS (administrava a previdência social), INAMPS (saúde),

    - Em 1988 a Seguridade Social é apresentada na ConstituiçãoFederal, dentro do Título VIII, que trata da Ordem Social,estabelecendo normas de Saúde, Previdência e e Assistência

    Social - SPA. (Art.. 194 / 205 da C.F)

    PREVIDÊNCIA SOCIAL

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    PREVIDÊNCIA SOCIAL

    1. É um seguro “sui generis”, de natureza pública, compulsória econtributiva, que visa proteger o indivíduo dos chamadosriscos sociais.

    2. Apesar da classificação em dois modelos de regimes: público eprivado, há posicionamentos na doutrina que entende sermais adequada a classificação em regimes: básico e

    complementar.3. A expressão previdência ( praevidentia) significa ver com

    antecipação situações futuras.

    4. REGRA BÁSICA: 

    PREVIDÊNCIA SOCIAL = CONTRIBUIÇÃO BENEFÍCIOASSISTÊNCIA SOCIAL = BENEFÍCIO SEM CONTRIBUIÇÃO

    REGIMES PREVIDENCIÁRIOS

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    REGIMES PREVIDENCIÁRIOS

    MODELOSDE REGIMES

    PREVIDENCIÁRIOS

    PÚBLICOS PRIVADOS

    RGPS RPPS ABERTA FECHADA

    COMPULSÓRIA

    TRABALHADORESE

    EMPREGADORES

    SERVIDORESPÚBLICOS e

    APOSENTADOS

    INSTITUIÇÕESPRIVADAS

    (BANCOS ETC.)

    GRUPOS(EX.: PETROS,

     PREVI ETC.

    FACULTATIVA

    SEMPRECONTRIBUTIVAS

    COMENTÁRIOS

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    COMENTÁRIOS

    1. RPPS : militares, servidores e particulares.

    2. RGPS: (contribuintes): A. Empregado: trabalho não eventual, subordinação profissionale salário. ( até 11%)

    B. Trabalhadores Avulsos: equipara-se aos empregados.C. Trabalhadores Autônomos e Empresários: contribuintes

    individuais. (20 % até o teto máximo, a partir de 01/01/2014 éde R$ 4.390,24)D. Empregados domésticos.E. Trabalhador Rural e pescador artesanal: Segurados especiais,

    contribuição diferenciada (2% da receita bruta a cada seis

    meses)Atenção: O Contribuinte individual poderá renunciar a alguns

    benefícios e pagar menos.

    REGIMES CONSTITUCIONAIS DE PREVIDÊNCIA

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    REGIMES CONSTITUCIONAIS DE PREVIDÊNCIASOCIAL

     REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RPPS):

     - Destinado aos Servidores públicos. - Regras básicas: art. 40 da Constituição Federal

    REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL (RGPS) - Destinados a todos os demais trabalhadores e empreendedores.

    - Regras básicas: art. 201 e 202 da Constituição FederalObs.:Aplica-se também o RGPS ao servidor ocupante, exclusivamentede cargo em comissão (art. 40,§13 da CF)

       ART. 40,§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente , de cargoem comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneraçãobem como de outro cargo temporário ou de emprego público,aplica-se o regime geral de previdência social.

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    BIBLIOGRAFIA• Moraes, Guilherme Peña de, Teoria da Constituição, 3ª edição, Lúmen Júris, 2006, Rio de

    Janeiro;• Novelino, Marcelo, Direito Constitucional, 3ª edição, Editora Método, 2009, Rio de

    Janeiro;• Barroso, Luis Roberto, Curso de Direito Constitucional Contemporâneo, 1ª edição,Editora

    Saraiva, 2009, São Paulo;• Bulos, Uadi Lammêgo, Direito Constitucional ao alcance de todos, edição 2009, Editora

    Saraiva, São Paulo;

    • Miranda, Jorge, Teoria do Estado e da Constituição, 1ª edição, Editora Forense,2003, Riode Janeiro;• Mendes, Gilmar; Coelho, Inocêncio Mártires e Branco, Paulo Gustavo Gonet, Curso de

    Direito Constitucional, 4ª edição, Editora Saraiva, 2009, São Paulo.• Silva, Jose Afonso, Curso de Direito Constitucional Positivo, Ed, Malheiros, 2008.

    PESQUISA INTERNET:-www.planalto.gov.br 

    -www.pciconcursos.com.br 

    -www.stf.jus.br