41551m - constitucional iii

48
Página .: 1 Luciano Ribeiro de Castro Constitucional III 05/02/2007 Poder Legislativo Funções Típicas e Atípicas Existem algumas funções que são, tradicionalmente, atribuídas a cada um dos poderes; são as chamadas funções típicas; existem outras que, embora tradicionalmente pertençam a um Poder, são atribuídas a outro, pela Constituição, justamente para estabelecer a harmonia entre os três poderes. São elas: Poder Típicas Atípicas Legislativo Legislar Controlar Fiscalizar Julgar: Presidente, Vice, Ministros de Estado e Comandantes das três forças, em crime de responsabilidade (art. 52, I); Ministros do STF, PGU e AGU, em crimes de responsabilidade (52, II). Administrar: aprovar indicação cargos - art. 52, III; exercer o auto-governo (elaborar e aprovar seu próprio Regimento Interno; elaborar proposta orçamentária; exercer a administração do Poder) Executivo Administrar Legislar: expedir MP´s (art.62), Decretos (art.84,VI) e leis delegadas (art 68); Iniciar processo legislativo (84,III); Vetar projetos de leis (84,V) Julgar: o contencioso administrativo Judiciário Exercer a jurisdição Legislar: iniciar processo legislativo em matéria de sua competência (art. 96,II); provimento de cargos de juiz (art. 96,I,c); declaração da constitucionalidade e inconstitucionalidade das leis Administrar: exercer o auto-governo (elaborar e aprovar seu próprio Regimento Interno; elaborar proposta orçamentária; exercer a administração do Poder)

Upload: dario-zelli

Post on 11-Sep-2015

42 views

Category:

Documents


28 download

DESCRIPTION

CONSTITUCIONAL

TRANSCRIPT

  • Pgina .: 1 Luciano Ribeiro de Castro

    Constitucional III

    05/02/2007

    Poder Legislativo

    Funes Tpicas e Atpicas

    Existem algumas funes que so, tradicionalmente, atribudas a cada um dos poderes; so as chamadas funes tpicas; existem outras que, embora tradicionalmente pertenam a um Poder, so atribudas a outro, pela Constituio, justamente para estabelecer a harmonia entre os trs poderes.

    So elas:

    Poder Tpicas Atpicas

    Legislativo

    Legislar Controlar Fiscalizar

    Julgar: Presidente, Vice, Ministros de Estado e Comandantes das trs foras, em crime de responsabilidade (art. 52, I); Ministros do STF, PGU e AGU, em crimes de responsabilidade (52, II).

    Administrar: aprovar indicao cargos - art. 52, III; exercer o auto-governo (elaborar e aprovar seu prprio Regimento Interno; elaborar proposta oramentria; exercer a administrao do Poder)

    Executivo

    Administrar

    Legislar: expedir MPs (art.62), Decretos (art.84,VI) e leis delegadas (art 68); Iniciar processo legislativo (84,III); Vetar projetos de leis (84,V)

    Julgar: o contencioso administrativo

    Judicirio

    Exercer a jurisdio

    Legislar: iniciar processo legislativo em matria de sua competncia (art. 96,II); provimento de cargos de juiz (art. 96,I,c); declarao da constitucionalidade e inconstitucionalidade das leis

    Administrar: exercer o auto-governo (elaborar e aprovar seu prprio Regimento Interno; elaborar proposta oramentria; exercer a administrao do Poder)

  • Pgina .: 2 Luciano Ribeiro de Castro

    Princpios da Administrao Pblica

    A Constituio Federal, no art. 37, caput, trata dos princpios inerentes Administrao Pblica:

    "Administrao Pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia".

    Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficincia

    Entende-se por cargos de confiana:

    Cargos de Confiana

    Diretores Chefes Assessores

    Sistema de Freios e Contra-Pesos

    Ao lado da independncia e harmonia dos poderes, deve ser assinalado que nem a diviso de funes entre os rgos do poder nem sua independncia so absolutas; h interaes que objetivam o estabelecimento do mecanismo de freios e contrapesos, que busca o equilbrio necessrio para a realizao do bem coletivo, permitindo evitar o arbtrio dos governantes, entre eles mesmos e os governados. No pensamento de Pinto Ferreira, este mecanismo merece destaque especial por corresponder ao suporte das liberdades.

    Poder Legislativo

    Unio Senado federal (Cmara alta) Cmara dos Deputados (Cmara Baixa)

    Estados Assemblias Legislativas

    DF Cmara Legislativa Distrital

    Legislativo

    Municpios Cmara Municipal

    A Cmara alta representa os estados da Federao e a Cmara baixa representa o povo.

  • Pgina .: 3 Luciano Ribeiro de Castro

    Mnimo de 8 deputados federais por estado e mximo de 70.

    Senado cada um dos estados e o DF tem o direito de eleger 3 Senadores, com mandado de 8 anos, de forma majoritria na forma de 1/3 x 2/3 em cada eleio.

    Territrios Pertencem a Unio, podem ter 4 Deputados e nenhum Senador.

    Organizao do Parlamento

    Mesa Diretora Senado Federal e

    Cmara dos Deputados

    Presidente 1 Vice-presidente 2 Vice-Presidente 1 Secretrio 2 Secretrio 3 Secretrio 4 Secretrio

    Mesa do Congresso No eleita diretamente, sendo uma composio das outras mesas, como segue.

    Presidente 1 Vice-presidente 2 Vice-Presidente 1 Secretrio 2 Secretrio 3 Secretrio 4 Secretrio

    Presidente do Senado 1 Vice-Presidente da Cmara 2 Vice-Presidente do Senado 1 Secretrio da Cmara 2 Secretrio do senado 3 Secretrio da Cmara 4 Secretrio do senado

    Comisses do Parlamento

    Permanentes Criadas pelo regimento interno Temporrias Fase de discusso do processo

    legislativo CPIs De Representao a comisso que mantm as coisas

    funcionando durante o recesso parlamentar.

    As comisses temporrias possuem um tema e um prazo determinado.

    01/02 - 17/07 recesso 18/07 31/07 01/08 - 22/12 recesso 23/12 01/02

    A primeiro ano da legislatura comea no dia 01/02 para a escolha das mesas diretoras.

    No admitida a reeleio para o mesmo carga na Mesa Diretora na mesma legislatura.

  • Pgina .: 4 Luciano Ribeiro de Castro

    CPI Exerce a funo fiscalizadora do Parlamento. No admite ampla defesa e contraditrio. O inqurito no constitudo para a defesa. O Inqurito no um processo administrativo.

    Inquisio Inquisitorial.

    CPI Somente investiga e produz um relatrio que ser enviado ao Ministrio Pblico. No processo, no condene e no aplica pena.

    CPI Tem os mesmo poderes das autoridades judicirias, ou seja, podem determinar as quebras dos sigilos bancrio, fiscal e telefnico, exceto e escuta telefnica ou a decretao de priso. Os membros da CPI podero prender em flagrante outrem, o que qualquer cidado comum do povo pode fazer.

    Os investigados, suspeitos ou indiciados, no so obrigados a dizer e verdade e nem sequer so obrigados a falar, no podendo ser presos, pois no h crime prprio.

    12/02/2007

    Estatuto dos Congressistas

    O parlamentar deve ter as garantias mnimas para exercer seu mandato.

    Imunidades Parlamentares No um privilgio e no pode ser confundido impunidade parlamentar.

    Material Diz respeito a palavra (opinio, palavras e votos) Permite ao parlamentar exercer a funo fiscalizadora.

    2 Imunidades

    Formal Diz respeito exclusivamente aos processos criminais, no alcanando os vereadores.

  • Pgina .: 5 Luciano Ribeiro de Castro

    Caractersticas Imunidade Material Imunidade Formal

    Sujeito Senadores, Deputados Federais Dep. Estaduais e Vereadores.

    Senadores, Deputados Federais Deputados Estaduais e Vereadores.

    Extenso absoluta, exceto quanto a Vereadores (limite do municpio).

    relativa

    Incio Posse Diplomao Objeto Palavras, opinies e

    Votos Priso Processabilidade

    Conseqncias

    Exclui o crime contra a honra. Exclui a reparao civil, material ou moral. Exclui o processo administrativo disciplinar

    Cria restries priso Cria condies especiais para a processabilidade em processo criminal, quanto a crimes cometidos aps a diplomao.

    Imunidade Material

    Todos os parlamentares possuem imunidade material.

    O exerccio do mandato parlamentar no se d apenas no parlamento.

    A imunidade material afasta a responsabilidade criminal (excludente de ilicitude)

    Vale para crimes praticados com a palavra (injria, calnia, difamao e desacato).

    Afasta a responsabilidade criminal, civil, administrativa e poltica.

    A imunidade parlamentar do cargo e no da pessoa, se caso contrrio fosse da pessoa, passaria ser privilgio.

    A imunidade parlamentar comea com a diplomao.

    Todos os parlamentares esto abraados pela imunidade.

    Os vereadores possuem a limitao de sua circunscrio.

    Imunidade Formal

    Diz respeito somente ao processo criminal.

    Foro por prerrogativa de funo (STF)

  • Pgina .: 6 Luciano Ribeiro de Castro

    Hoje o parlamentar citado sem a aprovao do parlamento, que apenas informado.

    O parlamento tem 45 dias para suspender o processo. necessrio tambm que o partido poltico se levante a faa o requerimento oficial pedindo a suspenso do processo. ainda necessrio uma votao na casa legislativa.

    No existe a possibilidade do ru parlamentar ser citado outra vez em outro mandato.

    Suspende-se a prescrio.

    OBS Os vereadores no possuem imunidade formal.

    No passado, uma vez recebida a ao penal no supremo, este no poderia dar seqncia ao processo penal antes de ser autorizado pela casa legislativa a que pertencesse o parlamentar. Esta casa no tinha prazo estabelecido para se manifestar, o que na prtica implicava no seu eterno silncio, dele decorrendo a mais completa impunidade.

    A imunidade formal sofreu profundas mudanas, impedindo-a de gerar impunidade. Pela nova sistemtica, uma vez movida a ao penal, o STF a receber, comunicar a casa legislativa a que pertencer o parlamentar e, independentemente de uma autorizao, dar seqncia ao processo penal. Este por sua vez poder ser suspenso desde que um partido poltico com representao na casa a que pertence o parlamentar solicitar a requerida suspenso, sendo que nesta caso, o processo criminal poder ser suspenso, bem como a prescrio do crime, se entre a comunicao do STF e a deliberao por maioria de votos da casa a que pertencer o parlamentar no tiver decorrido mais de 45 dias.

    Se o parlamentar j estiver sendo processado criminalmente no STF, por no ter sido suspenso seu processo, ainda que reeleito no poder mais ser beneficiado pela imunidade formal.

  • Pgina .: 7 Luciano Ribeiro de Castro

    Foro Especial ou por Prerrogativa de Funo

    Somente existe em matria criminal. (Acompanhar tabela e texto do livro do Alexandre Morais)

    Presidente da Repblica STF Senador STF Deputado federal STF Ministro do STF STF Procurador Geral da Repblica STF Governador STJ Deputado Estadual TJ Juiz TJ Promotor TJ Prefeito TJ Desembargador STF

    Vereador Embora no tenha foro privilegiado pela CF, pode ter pela constituio estadual, uma vez que a CF no veta, apenas se silencia sobre o assunto.

    26/02/2007

    O parlamentar somente poder ser preso em flagrante de crime inafianvel.

    Impedimentos e Vedaes

    Segundo a Constituio, Deputados e Senadores so impedidos de exercer determinadas atividades negociais e funcionais, antes da posse, e polticas, aps. Assim, sofrem os seguintes IMPEDIMENTOS:

    Aps a diplomao e antes da posse: o negociais (art. 54, I, a): firmar ou manter

    contratos com rgos da Administrao Pblica, salvo quando este obedecer a clausulas uniformes.

    o funcionais (art. 54, I, b e II, b): aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado em entidades da Administrao Pblica direta e indireta.

    Aps a posse: o negociais (art. 54, II, a): firmar ou manter

    contratos com rgos da Administrao Pblica, salvo quando este obedecer a clausulas uniformes.

  • Pgina .: 8 Luciano Ribeiro de Castro

    o funcionais (art. 54, II, b): aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado em entidades da Administrao Pblica direta e indireta.

    o Polticos (art. 54, II, d): ser titular de mais de um cargo ou mandato pblico eletivo.

    Perda do Mandato

    Deixar de comparecer a 1/3 das sesses ordinrias ou extraordinrias sem possuir licena mdica ou autorizao do parlamento.

    Legislatura 4 anos. Sesso legislativa = ano legislativo

    O parlamentar ou cidado poder ter os seus direitos polticos suspensos por condenao criminal definitiva (transitada em julgado), por deciso de justia eleitoral, ou ainda, em condenao definitiva de improbidade administrativa.

    H situaes em que os parlamentares perdem o cargo, por declarao da Mesa, e outras em que pode vir a perd-lo, por deliberao da maioria absoluta, em votao secreta.

    Declarao de oficio, pela Mesa. o Deixar de comparecer a 1/3 das sesses ordinrias

    em cada sesso legislativa (art. 55, III). o Perder ou tiver suspensos seus direitos polticos

    (art. 55, IV). o Quando o decretar a justia eleitoral (art. 55,

    V).

    Deliberao da Casa: Votao secreta, maioria absoluta.

    o Violao dos impedimentos (art. 55, I). o Falta de decoro parlamentar (art. 55, II). o Condenao criminal passada em julgado (art. 55,

    VI).

  • Pgina .: 9 Luciano Ribeiro de Castro

    Situao Perda por declarao da Mesa, de ofcio

    Perda por deciso da Casa

    Fundamento legal

    Art. 55, III a IV Art. 55, I, II e V

    Situaes

    Deixar de comparecer a 1/3 das sesses ordinrias em cada sesso legislativa (art. 55, III).

    Perder ou tiver suspensos seus direitos polticos (art. 55, IV)

    Quando o decretar a justia eleitoral (art. 55, V).

    Violao dos impedimentos (art. 55, I).

    Falta de decoro parlamentar (art. 55, II).

    Condenao criminal passada em julgado (art. 55, VI)

    Requisitos

    Se o fato chegar ao conhecimento da Mesa, de ofcio ou por provocao de qualquer membro ou partido poltico, deve-se instaurar o processo, sob pena de responsabilidade

    Assegurar ampla defesa ao acusado

    Iniciativa da Mesa ou do partido poltico

    Voto favorvel de maioria absoluta dos membros da Casa

    Votao secreta

    Conseqncias

    Perda do mandato parlamentar

    Perda dos direitos polticos

    Perda do mandato parlamentar

    Perda dos direitos polticos

    Renncia Admitida at a instaurao do processo

    Admitida at a instaurao do processo

    Tribunais de Contas

    O parlamento tem tambm a funo de fiscalizar com ao auxlio dos tribunais de contas.

    O poder legislativo da Unio tem o auxlio do TCU.

    Nos estados, as Assemblias Legislativas tem o auxlio do TCE.

    Municpios tem o auxlio do TCM em somente 7 estados, sendo que nos estados em que no existem os TCMs, o TCE faz este servio.

  • Pgina .: 10 Luciano Ribeiro de Castro

    Os tribunais de conta pertencem ao legislativo e tem como funo principal auxiliar na funo fiscalizadora.

    Os tribunais de conta no solucionam lides, somente por eles tramitam processos administrativos. Possuem funo tcnica.

    Os tribunais de conta so dotados de autonomia.

    Autonomia Funcional Autonomia para realizar suas funes. No esto subordinados ao parlamento.

    Administrativa Autonomia para gerir administrativamente a si prprio.

    Financeira Autonomia para gerir o seu oramento.

    As cpulas dos tribunais so escolhidas politicamente, o que pode gerar certa dependncia. Dois teros pelo poder legislativo e um tero pelo poder executivo.

    TCU 9 ministros (MP em conjunto)

    2/3 Congresso nacional (6) 1/3 Poder executivo (3)

    Assemblias Legislativas

    TCE 7 Conselheiros (MP em conjunto)

    1/3 executivo 2/3 Legislativo

    Deputado estadual 75% dos subsdios dos D. Federais Vereador 75% dos subsdios dos D. Estaduais.

    05/03/2007

    Processo Legislativo

    A funo tpica do parlamento a de legislar.

  • Pgina .: 11 Luciano Ribeiro de Castro

    A constituio diz quando que a lei complementar deve ser feita.

    LC tambm um quorum qualificado.

    Assemblia Legislativa de Gois 41 deputados Maioria absoluta 50% + 1 = 21 Maioria simples 50% + 1 dos presentes.

    Processo Legislativo comum ordinrio = Lei ordinria.

    Fases:

    1. Fase de iniciativa

    Esta a fase que d incio ao processo legislativo. Geralmente comea na Cmara dos deputados e o Senado a casa revisora.

    Quem tem o poder de iniciativa:

    a) Deputado Federal b) Senadores c) Comisso da cmara ou do Senado d) Presidente da Repblica e) Tribunal superior f) Procurador Geral da Repblica g) Iniciativa Popular de lei.

    2. Fase de discusso

    Acontece nas comisses, que podem ser permanentes ou temporrias.

    O relator, ao final, o seu relatrio e o voto.

    Lei ordinria, lei delegada, Medida provisria, decreto legislativo, regulamento Maioria simples ou maioria relativa.

    Lei complementar Maioria absoluta

    Emenda constitucional 3/5 Quorum qualificado

    CF

    Matria corporativa

  • Pgina .: 12 Luciano Ribeiro de Castro

    As emendas podem ser:

    Emendas Aditivas Modificativas Substitutivas

    3. Fase de deliberao ou votao

    A regra em plenrio.

    Pode haver votao terminativa nas comisses se no houver vedao quando a matria.

    Casa iniciadora A regra a cmara dos deputados e a revisora o Senado Federal.

    4. Fase de sano ou veto

    A sano a concordncia do chefe do executivo (Presidente da Repblica).

    Sano Expressa Por escrito.

    Tcita Silencio.

    Ambas em 15 dias teis.

    O veto pode ser total ou parcial. O veto parcial abrange todo o pargrafo, ou inciso, ou alnea ou letra.

    O veto tem de ser sempre expresso, nunca tcito, tambm no prazo de 15 dias teis. O veto deve ser motivado.

    A congresso tem o prazo de 30 dias para apreciar o veto.

    Veto Inconstitucionalidade Veto jurdico.

    Contrariedade ao interesse pblico veto poltico.

    Ambas em 15 dias teis.

    5. Fase de promulgao

    a certido de nascimento da lei. A promulgao o ato que atesta a existncia da lei.

    feita pelo Presidente da Repblica em 48 horas.

  • Pgina .: 13 Luciano Ribeiro de Castro

    6. Fase de publicao

    a comunicao feita pelo dirio oficial da existncia da lei.

    Quem promulgou a lei tambm quem deve public-la.

    Vigncia 45 dias (Vacatio Legis) aps a sua publicao, caso a lei se silencie sobre este prazo.

    12/03/2007

    Emenda constituio

    Materiais Clusulas ptreas (CF 60, 4)

    Circunstanciais CF 60, 2

    Expressas Formais Referentes ao

    processo legistivo CF 60, I, II, III, 2, 3 e 5

    Emendas Limitaes Constitucionais

    Implcitas Supresso das expressas

    Alterao do titular do poder constituinte reformador

    Pode-se mudar a forma de governo, por exemplo de Repblica para Monarquia. Pode-se mudar o sistema de Governo, por exemplo, de presidencialismo para parlamentarismo.

    Garantias

    Artigo 128, I, a, b e c Funcionrio pblicos. Artigo 95 Juzes. Artigo 228 menores.

    Circunstanciais A constituio no pode ser alterada nas seguintes circunstncias:

    Interveno federal Estado de defesa Estado de stio

    PEC processo de emenda constituio.

  • Pgina .: 14 Luciano Ribeiro de Castro

    No h sanso ou veto do Presidente da Repblica no processo legislativo da emenda constituio.

    1. Fase de iniciativa

    a) 1/3 dos deputados federais ou 1/3 dos senadores b) Presidente da Repblica c) Maioria absoluta das assemblias legislativas.

    2. Fase de discusso

    Esta fase se d nas comisses (temporrias e permanentes).

    3. Fase de votao

    No pode ser votada definitivamente nas comisses.

    Acontece nas duas casas do parlamento. Deve ser realizado em dois turnos. Quorum qualificado (3/5)

    4. Fase de discusso na casa revisora

    5. Fase de votao em dois turnos na casa revisora 2 turnos e 3/5 Quorum qualificado

    No h sanso ou veto do Presidente da Repblica -> Visando a total liberdade e independncia total do poder constituinte derivado.

    6. Fase de promulgao

    D-se pelas mesas diretoras da Cmara e do Senado.

    7. Fase de publicao

    Feito pelas mesas diretoras.

    Processo Legislativo da Medida Provisria

    O decreto-lei era editado pelo chefe do executivo e tinha o prazo de 60 dias, sendo que poderia ser aprovado por decurso de prazo, o que no mais ocorre com a medida provisria.

  • Pgina .: 15 Luciano Ribeiro de Castro

    A medida provisria tambm tem o prazo de 60 dias, sendo que permite uma nica reedio pelo mesmo prazo. No se admite a aprovao por decurso de prazo.

    A medida provisria tem a fora de lei, mas no lei, pois no passou pelo processo legislativo. Uma vez aprovada, convertida em lei ordinria.

    Cabe medida provisria em casos de relevncia e urgncia.

    1. Fase de iniciativa.

    O legitimado exclusivo o chefe do executivo (presidente da repblica).

    2. Fase de discusso.

    Esta fase substituda por uma comisso mista de deputados e senadores (7 deputados e 7 senadores) que realizam tambm o trabalho de controle de constitucionalidade.

    3. Fase de votao.

    D-se no plenrio. Maioria simples. Deve ser vota a te 60 dias se no houve prorrogao por mais 60 dias. Adentrando o recesso parlamentar, suspende-se a contagem do prazo. A partir do 45 dia, a MP entra em regime de urgncia, travando a pauta parlamentar. A MP sempre comea a transitar na Cmara dos deputados. Vai depois para o Senado onde no h fase de discusso. Vai para o plenrio onde aprovada por maioria simples. Se a MP for emendada, existe a sanso ou veto sobre a emenda.

    4. Fase de sanso ou veto.

    Presidente da Repblica.

    5. Fase de promulgao

    Presidente da Repblica em 48 horas.

  • Pgina .: 16 Luciano Ribeiro de Castro

    6. Fase de publicao.

    Presidente da Repblica.

    19/03/2007

    Lei Delegada

    Lei delegada artigo 68.

    Pede ao poder legislativo autorizao para legislar no lugar deste.

    So elaboradas pelo Presidente da Repblica.

    Exceto as matrias previstas nos artigos 44, 51 e 52 da CF. Tambm exceto artigo 68 I, II e III.

    Competncia exclusiva do Congresso Nacional ou privativa da Cmara dos Deputados e do senado.

    No h sano ou veto do Presidente da repblica, que tambm no participa nem da promulgao e nem tambm da publicao.

    Decreto Legislativo

    O decreto legislativo e a resoluo so espcies normativas que servem ao exerccio da independncia do poder legislativo, o que impede a participao do chefe do executivo na fase de iniciativa, impedindo-o de sancionar ou vetar estas espcies normativas, as quais so utilizadas no exerccio de competncia exclusiva do congresso nacional ou privativa da cmara e do senado.

    Resoluo

    Regime de Urgncia

    Artigo 64 1.

    tem que ser solicitado pelo Presidente da Repblica em matria de sua iniciativa e o prazo de 45 dias em cada casa.

  • Pgina .: 17 Luciano Ribeiro de Castro

    Hipteses de travamento de pauta

    Travamento De Pauta

    Medida provisria no votada at o 45 dia.

    Decreto legislativo que disciplina os efeitos jurdicos de medida provisria rejeitada ou no apreciada em 60 dias.

    Projeto de lei em regime de urgncia 45 dias em cada casa

    A constituio Federal prev, em matria oramentria, que o congresso nacional, a partir de lei do poder executivo, estabelecer o plano plurianual, as diretrizes oramentrias e os oramentos anuais.

    A lei que instituir o plano plurianual estabelecer de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Alem disso, servir de paradigma para a elaborao de planos e programas nacionais, regionais e setoriais.

    Lei de Diretrizes Oramentrias

    A lei de diretrizes oramentrias compreender as metas e as prioridades da administrao pblica federal para o exerccio financeiro subseqente e orientar a lei oramentria anual.

    Lei Oramentria Anual

    A lei oramentria anual compreender o oramento fiscal referente aos poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes.

    O parlamento pode apresentar emendas ao oramento.

    Poder Executivo

    Como o sistema de governo o presidencialismo, o Presidente da Repblica ao mesmo tempo chefe de Estado e chefe de governo, o poder executivo tem primazia sobre os outros.

  • Pgina .: 18 Luciano Ribeiro de Castro

    Eleio Indireta: Artigo 81 CF Nos dois ltimos anos do mandato, por morte ou impedimentos do presidente e do vice-presidente, havendo vacncia dos cargos supra, haver eleio indireta pelo congresso nacional, em 30 dias aps a ltima vacncia ou impedimento. Qualquer cidado que cumprir com os requisitos constitucionais poder ser candidato.

    Votos Vlidos

    Excluem-se os votos: Brancos Nulos Abstenes

    Municpios: Para que ocorra 2 turno necessrio que a cidade possua mais de duzentos mil eleitores.

    As atribuies do Presidente da Repblica esto elencadas no artigo 84 da CF.

    Crimes Comuns Qualquer um do povo pode cometer.

    De Responsabilidade Descumprimento de deveres do cargo pblico S pode ser praticado por determinadas autoridades (os mais importantes do estado.)

    26/03/2007

    Crimes de Responsabilidade

    Artigo 85 - So crimes de responsabilidade os atos do Presidente da Repblica que atentem contra a Constituio Federal e, especialmente, contra:

    I - a existncia da Unio;

    II - o livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico e dos Poderes constitucionais das unidades da Federao;

    III - o exerccio dos direitos polticos, individuais e sociais;

    IV - a segurana interna do Pas;

    V - a probidade na administrao;

    VI - a lei oramentria;

    VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais.

  • Pgina .: 19 Luciano Ribeiro de Castro

    Pargrafo nico. Esses crimes sero definidos em lei especial, que estabelecer as normas de processo e julgamento.

    Responsabilidade Descumprimento de dever funcional.

    Lei de improbidade administrativa Lei 8429/92.

    Lei dos crimes de responsabilidade Lei 1079/50.

    Processo de Impeachment

    O processo de impeachment bifsico Fase de admissibilidade da ao e fase de julgamento.

    Congresso Nacional

    Senado Federal Processo e julgamento Julgamento (2/3) quorum qualificado O presidente do processo o presidente do STF.

    Cmara dos Deputados Admissibilidade da acusao A acusao apresentada na mesa diretora. O plenrio para admitir a ao precisa de 2/3 de seus membros (quorum qualificado)

    Sanes Perda do cargo e suspenso dos direitos polticos por 8 anos.

    Durante o processo, o presidente afastado da presidncia da repblica por 180 dias.

    A cmara admite tambm acusao por crime comum cota o presidente da repblica o STF ir ento processar e julgar o presidente por crime comum.

    Crime comum praticado pelo Presidente da Repblica.

    a) Somente poder ser responsabilizado se o fato for relacionado ao exerccio de suas funes. Ex. corrupo ativa.

    b) No poder ser preso em flagrante, apenas por deciso condenatria do STF.

    Procurador Geral da Repblica Ajuza ao penal no STF STF remete a ao para a cmara dos deputados A Cmara dos Deputados tem que admitir a acusao por 2/3 Se admitida a acusao, o STF recebe a ao penal.

  • Pgina .: 20 Luciano Ribeiro de Castro

    Ministro de Estado

    auxiliar do Presidente da repblica na chefia da administrao.

    O ministro de defesa tem que ser brasileiro nato, os demais podem ser naturalizados.

    Os ministros so demissveis ad nutum, a qualquer tempo So cargos de confiana.

    Conselho da Repblica e Conselho de Defesa Nacional

    Artigo 89 - O Conselho da Repblica rgo superior de consulta do Presidente da Repblica, e dele participam:

    I - o Vice-Presidente da Repblica;

    II - o Presidente da Cmara dos Deputados;

    III - o Presidente do Senado Federal;

    IV - os lderes da maioria e da minoria na Cmara dos Deputados;

    V - os lderes da maioria e da minoria no Senado Federal;

    VI - o Ministro da Justia;

    VII - seis cidados brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da Repblica, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Cmara dos Deputados, todos com mandato de trs anos, vedada a reconduo.

    Artigo 90 - Compete ao Conselho da Repblica pronunciar-se sobre:

    I - interveno federal, estado de defesa e estado de stio;

    II - as questes relevantes para a estabilidade das instituies democrticas.

    1 - O Presidente da Repblica poder convocar Ministro de Estado para participar da reunio do Conselho, quando constar da pauta questo relacionada com o respectivo Ministrio.

    2 - A lei regular a organizao e o funcionamento do Conselho da Repblica.

    Subseo II Do Conselho de Defesa Nacional

  • Pgina .: 21 Luciano Ribeiro de Castro

    Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional rgo de consulta do Presidente da Repblica nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrtico, e dele participam como membros natos:

    I - o Vice-Presidente da Repblica;

    II - o Presidente da Cmara dos Deputados;

    III - o Presidente do Senado Federal;

    IV - o Ministro da Justia;

    V - os Ministros militares;

    V - o Ministro de Estado da Defesa;

    VI - o Ministro das Relaes Exteriores;

    VII - o Ministro do Planejamento.

    VIII - os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica.

    1 - Compete ao Conselho de Defesa Nacional:

    I - opinar nas hipteses de declarao de guerra e de celebrao da paz, nos termos desta Constituio;

    II - opinar sobre a decretao do estado de defesa, do estado de stio e da interveno federal;

    III - propor os critrios e condies de utilizao de reas indispensveis segurana do territrio nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservao e a explorao dos recursos naturais de qualquer tipo;

    IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessrias a garantir a independncia nacional e a defesa do Estado democrtico.

    2 - A lei regular a organizao e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

    So meros rgos consultivos que no vinculam o Presidente da Repblica com suas decises.

    Conselho da Repblica

    Interveno federal Estado de defesa e de stio Grave crime institucional

    Conselho de Defesa Nacional

    Casos de guerra Interveno federal Estado de defesa e de stio Questes de segurana

  • Pgina .: 22 Luciano Ribeiro de Castro

    Em razo do sistema presidencialista, estes rgos na prtica no funcionam.

    02/04/2007

    Poder Judicirio

    Funo Tpica Resolver conflitos entre as pessoas.

    Comum Juiz federal Desembargador do TRF Ministros do STJ Ministros do STF

    Federal

    Especializada Justia do trabalho Justia eleitoral Justia militar

    Comum Juiz de direito Desembargador

    Judicirio

    Estadual

    Especializada Militar

    Justia do Trabalho Juiz do trabalho, TRT, TST. Justia Eleitoral Juiz eleitoral, TRE, TSE. Justia Militar Juiz militar, TRM, TSM.

  • Pgina .: 23 Luciano Ribeiro de Castro

  • Pgina .: 24 Luciano Ribeiro de Castro

    STJ Sua funo uniformizar a justia e a aplicao do direito federal no Brasil.

    Juiz vogal ou classista era representante dos trabalhadores ou dos patres. Integravam a antiga junta de conciliao e julgamento, JCJ, os TRTs e o TST, sendo que este modelo era inspirado na justia italiana de mussollini e foi instinto recentemente.

    23/04/2007

    Poder Judicirio

    Quinto Constitucional: o instrumento atravs do qual membros do Ministrio Pblico e da OAB so escolhidos para compor os tribunais. O quito constitucional est presente nesta proporo nos 27 tribunais de justia e nos 5 TRFs, contudo, a forma de escolha do quinto constitucional est presente em todos os tribunais, a exceo do STF e no existe para o MP na justia eleitoral.

    O STJ reserva um percentual maior de suas cdeiras aos membros do MP e da OAB, ou seja, um tero dos assentos, o que na prtica implicar em 1/6 de membros do MP e 1/6 de advogados.

    Exige-se para ambos, isto , advogados e membros do MP, 10 anos de atividade profissional, para os membros do MP 10 anos na carreira, presume-se que estes possuam notrio saber jurdico e reputao ilada, exigindo-se estes requisitos dos advogados.

    Quinto Constitucional Carreira Magistratura Ministrio Pblico

    Advogados

    Criado para regular a participao do MP e da OAB na composio dos tribunais

    CNJ Conselho Nacional de Justia No presta jurisdio. No resolve conflitos de interesse, somente por ele tramitam processos administrativos No h processos judiciais um rgo administrativo.

    Avocar: Chamar para si.

  • Pgina .: 25 Luciano Ribeiro de Castro

    Garantias constitucionais da magistratura (artigo 95, I, II, e III)

    Artigo 95 - Os juzes gozam das seguintes garantias:

    I - Vtaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de exerccio, dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado;

    II - Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;

    III - Iredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4, 150, II, 153, III, e 153, 2, I.

    Vitaliciedade Inamovibilidade Irredutibilidade de subsdios Garantia formal de no

    diminuio dos salrios.

    A vitaliciedade garante que o juiz somente poder ser exonerado por deciso judicial com trnsito em julgado.

    Voluntria

    Promoo Ou remoo

    Critrios Antiguidade ou Merecimento

    A remoo como sano no voluntria.

    O membro da OAB adquire vitaliciedade com a posse no tribunal.

    30/04/2007

    Competncias

    Justia Federal Comum Justia do Trabalho Justia Eleitoral Justia Militar Justia Estadual Comum e Militar

  • Pgina .: 26 Luciano Ribeiro de Castro

    Justia federal Comum

    Artigo 109 - Aos juzes federais compete processar e julgar:

    I - as causas em que a Unio, entidade autrquica ou empresa pblica federal forem interessadas na condio de autoras, rs, assistentes ou oponentes, exceto as de falncia, as de acidentes de trabalho e as sujeitas Justia Eleitoral e Justia do Trabalho;

    II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Municpio ou pessoa domiciliada ou residente no Pas;

    III - as causas fundadas em tratado ou contrato da Unio com Estado estrangeiro ou organismo internacional;

    IV - os crimes polticos e as infraes penais praticadas em detrimento de bens, servios ou interesse da Unio ou de suas entidades autrquicas ou empresas pblicas, excludas as contravenes e ressalvada a competncia da Justia Militar e da Justia Eleitoral;

    V - os crimes previstos em tratado ou conveno internacional, quando, iniciada a execuo no Pas, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

    V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o 5 deste artigo;(Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    VI - os crimes contra a organizao do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econmico-financeira;

    VII - os "habeas-corpus", em matria criminal de sua competncia ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos no estejam diretamente sujeitos a outra jurisdio;

    VIII - os mandados de segurana e os "habeas-data" contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competncia dos tribunais federais;

    IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competncia da Justia Militar;

    X - os crimes de ingresso ou permanncia irregular de estrangeiro, a execuo de carta rogatria, aps o "exequatur", e de sentena estrangeira, aps a homologao, as causas referentes nacionalidade, inclusive a respectiva opo, e naturalizao;

    XI - a disputa sobre direitos indgenas.

    1 - As causas em que a Unio for autora sero aforadas na seo judiciria onde tiver domiclio a outra parte.

  • Pgina .: 27 Luciano Ribeiro de Castro

    2 - As causas intentadas contra a Unio podero ser aforadas na seo judiciria em que for domiciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato que deu origem demanda ou onde esteja situada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal.

    3 - Sero processadas e julgadas na justia estadual, no foro do domiclio dos segurados ou beneficirios, as causas em que forem parte instituio de previdncia social e segurado, sempre que a comarca no seja sede de vara do juzo federal, e, se verificada essa condio, a lei poder permitir que outras causas sejam tambm processadas e julgadas pela justia estadual.

    4 - Na hiptese do pargrafo anterior, o recurso cabvel ser sempre para o Tribunal Regional Federal na rea de jurisdio do juiz de primeiro grau.

    5 Nas hipteses de grave violao de direitos humanos, o Procurador-Geral da Repblica, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigaes decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poder suscitar, perante o Superior Tribunal de Justia, em qualquer fase do inqurito ou processo, incidente de deslocamento de competncia para a Justia Federal.

    Justia Federal de 1 Grau

    A justia Federal comum exclui as contravenes penais, ainda que praticadas contra bens, servios e interesses da Unio.

    Exequatur: uma ordem judicial de cumprimento.

    Incidente de deslocamento de competncia para a justia federal.

    Quando? 1) Quando ocorrer grave violao de direitos humanos.

    2) Quando previsto em tratado internacional de quem o Brasil seja signatrio.

    Quem? Procurador geral da Repblica

    Onde? STJ

    Em qualquer fase do inqurito policial ou processo.

  • Pgina .: 28 Luciano Ribeiro de Castro

    Competncia Originria

    Artigo 108 - Compete aos Tribunais Regionais Federais:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) os juzes federais da rea de sua jurisdio, includos os da Justia Militar e da Justia do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministrio Pblico da Unio, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;

    b) as revises criminais e as aes rescisrias de julgados seus ou dos juzes federais da regio;

    c) os mandados de segurana e os "habeas-data" contra ato do prprio Tribunal ou de juiz federal;

    d) os "habeas-corpus", quando a autoridade coatora for juiz federal;

    e) os conflitos de competncia entre juzes federais vinculados ao Tribunal;

    II - julgar, em grau de recurso, as causas decididas pelos juzes federais e pelos juzes estaduais no exerccio da competncia federal da rea de sua jurisdio.

    Procurador Geral da Repblica STF

    Subprocurador Geral da Repblica STF / STJ

    Procuradores regionais da Repblica TRF

    Procurador da repblica Juiz Federal

    Competncia do STJ artigo 105.

    Artigo 105 - Compete ao Superior Tribunal de Justia:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio que oficiem perante tribunais;

  • Pgina .: 29 Luciano Ribeiro de Castro

    b) os mandados de segurana e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica ou do prprio Tribunal;

    c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alnea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito sua jurisdio, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exrcito ou da Aeronutica, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral;

    d) os conflitos de competncia entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juzes a ele no vinculados e entre juzes vinculados a tribunais diversos;

    e) as revises criminais e as aes rescisrias de seus julgados;

    f) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;

    g) os conflitos de atribuies entre autoridades administrativas e judicirias da Unio, ou entre autoridades judicirias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da Unio;

    h) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio de rgo, entidade ou autoridade federal, da administrao direta ou indireta, excetuados os casos de competncia do Supremo Tribunal Federal e dos rgos da Justia Militar, da Justia Eleitoral, da Justia do Trabalho e da Justia Federal;

    i) a homologao de sentenas estrangeiras e a concesso de exequatur s cartas rogatrias;

    II - julgar, em recurso ordinrio:

    a) os "habeas-corpus" decididos em nica ou ltima instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando a deciso for denegatria;

    b) os mandados de segurana decididos em nica instncia pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando denegatria a deciso;

    c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Municpio ou pessoa residente ou domiciliada no Pas;

    III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em nica ou ltima instncia, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando a deciso recorrida:

    a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigncia;

  • Pgina .: 30 Luciano Ribeiro de Castro

    b) julgar vlido ato de governo local contestado em face de lei federal;

    c) der a lei federal interpretao divergente da que lhe haja atribudo outro tribunal.

    Pargrafo nico. Funcionaro junto ao Superior Tribunal de Justia:

    I - a Escola Nacional de Formao e Aperfeioamento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funes, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoo na carreira;

    II - o Conselhoda Justia Federal, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a superviso administrativa e oramentria da Justia Federal de primeiro e segundo graus, como rgo central do sistema e com poderes correcionais, cujas decises tero carter vinculante.

    Competncia do STF artigo 102

    Artigo 102 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio, cabendo-lhe:

    I - processar e julgar, originariamente:

    a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ao declaratria de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

    b) nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente- Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus prprios Ministros e o Procurador-Geral da Repblica;

    c) nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carter permanente;

    d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alneas anteriores; o mandado de segurana e o "habeas-data" contra atos do Presidente da Repblica, das Mesas da Cmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da Unio, do Procurador-Geral da Repblica e do prprio Supremo Tribunal Federal;

    e) o litgio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a Unio, o Estado, o Distrito Federal ou o Territrio;

    f) as causas e os conflitos entre a Unio e os Estados, a Unio e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administrao indireta;

  • Pgina .: 31 Luciano Ribeiro de Castro

    g) a extradio solicitada por Estado estrangeiro;

    i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionrio cujos atos estejam sujeitos diretamente jurisdio do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito mesma jurisdio em uma nica instncia;

    j) a reviso criminal e a ao rescisria de seus julgados;

    l) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;

    m) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atribuies para a prtica de atos processuais;

    n) a ao em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

    o) os conflitos de competncia entre o Superior Tribunal de Justia e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;

    p) o pedido de medida cautelar das aes diretas de inconstitucionalidade;

    q) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio do Presidente da Repblica, do Congresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da Unio, de um dos Tribunais Superiores, ou do prprio Supremo Tribunal Federal;

    r) as aes contra o Conselho Nacional de Justia e contra o Conselho Nacional do Ministrio Pblico;

    II - julgar, em recurso ordinrio:

    a) o "habeas-corpus", o mandado de segurana, o "habeas-data" e o mandado de injuno decididos em nica instncia pelos Tribunais Superiores, se denegatria a deciso;

    b) o crime poltico;

    III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida:

    a) contrariar dispositivo desta Constituio;

    b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

    c) julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio.

  • Pgina .: 32 Luciano Ribeiro de Castro

    d) julgar vlida lei local contestada em face de lei federal.

    1. A argio de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituio, ser apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

    2 As decises definitivas de mrito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas aes diretas de inconstitucionalidade e nas aes declaratrias de constitucionalidade produziro eficcia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

    3 No recurso extraordinrio o recorrente dever demonstrar a repercusso geral das questes constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admisso do recurso, somente podendo recus-lo pela manifestao de dois teros de seus membros.

    Funo primordial Guardar a Constituio Federal

    14/05/2007

    Controle de Constitucionalidade

    Espcies Controle direto, concentrado, via direta, abstrato STF com relao a Constituio Federal e pelo TJ, com relao s constituies estaduais. No qualquer ao ADIN, ADECON e ADII. Erga Omnes.

    Controle indireto, difuso, via indireta, concreto, incidental realizado por qualquer juiz ou tribunal, sem nenhuma exceo. Exercido em qualquer ao judicial. Inter partes.

    O controle difuso, promovido pelo STF Senado federal Poder retirar a eficcia da lei declarada inconstitucional.

    Direitos individuais Estado liberal Liberdade.

    Direitos sociais estado social Igualdade.

    Direitos difusos e coletivos Fraternidade.

    O controle concentrado de constitucionalidade um importante instrumento na defesa dos chamados direitos

  • Pgina .: 33 Luciano Ribeiro de Castro

    difusos e coletivos, porque a deciso emanada do mesmo tem eficcia erga omnes, isto , atinge todas as pessoas ainda que no tenham integrado a relao processual.

    Efeito Vinculante

    EC n 45 reforma do judicirio ADIN e ADECON Vincula todos os rgos do judicirio e o poder executivo.

    O recurso extraordinrio deve versar sobre assunto que tenha repercusso geral do recurso extraordinrio.

    A emenda constitucional nmero 45 dentre inmeras novidades trouxe duas que merecem destaque.

    O efeito vinculante das decises de mrito do Supremo Tribunal federal, em ADINs e ADECONs, que vinculam todos os juzes e tribunais do pas, bem como os rgos do poder executivo tanto da administrao direta quanto indireta em todos os nveis de governo. S no vincular o poder legislativo porque a este cabe a alterao legislativa, porm os tribunais de contas, embora integrem o legislativo, sofreram a vinculao, porque no tem o poder de legislar, constituindo-se em tribunais administrativos.

    A repercusso geral das questes constitucionais discutidas em recurso extraordinrio se transforma em pr-requisito de admissibilidade deste recurso, uma vez que ocorreu recente regulamentao legislativa. Com isto o STF poder negar conhecimento a recursos extraordinrios que no tratem de questo constitucional que tenha repercusso geral na sociedade. Portanto, doravante, o STF poder no decidir sobre recurso constitucional ainda que o mesmo trate de violao da constituio.

    O objeto desta medica consiste em reduzir o nmero de pedidos em tramitao na Suprema Corte.

    Smula Vinculante

    Smula Indicao de que o tribunal firmou posio sobre um determinado problema jurdico.

    Requisitos

    a) Controvrsia atual entre juzes ou estes e o Estado.

    b) Questo que acarrete grave insegurana jurdica.

  • Pgina .: 34 Luciano Ribeiro de Castro

    c) Relevante multiplicao de processos sobre questo idntica.

    Smula um enunciado de um tribunal que revela o entendimento jurisprudencial de uma corte, a smula editada quando um tribunal j pacificou o seu entendimento sobre uma questo polmica, ao decidir inmeras vezes do mesmo modo. A smula serve como aviso aos operadores do direito para que estes evitem recursos para os quais no tero xito.

    A novidade trazida pela EC nmero 45 a de que o STF, e somente ele, poder pelo voto de 2/3 de seus membros, dar efeito vinculante a smula j existente, de ofcio ou por provocao dos legitimados no artigo 103, I a IX, que so os mesmos que podero pedir a reviso ou o cancelamento da smula. A smula vincular o judicirio e o executivo desta forma reduzindo o nmero de recursos para o STF.

    Artigo 103 - Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria de constitucionalidade:

    I - o Presidente da Repblica;

    II - a Mesa do Senado Federal;

    III - a Mesa da Cmara dos Deputados;

    IV - a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal;

    V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

    VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;

    IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional.

    Tanto a deciso de mrito com efeito vinculante, quanto a smula vinculante no deixem de arranhar a independncia funcional dos juzes, contudo, o legislador reformador entendeu que o benefcio destes institutos so superiores aos seus malefcios.

  • Pgina .: 35 Luciano Ribeiro de Castro

    Ao Lei ou ato normativo federal ou estadual.

    Ausncia de ato normativo do executivo para regulamentar determinado direito constitucional

    ADIN

    Omisso

    Ausncia de lei do legislativo para regulamentar direito constitucional.

    Obs: No h controle concentrado de constitucionalidade no STF de lei ou ato normativo municipal, que neste caso, dever se difuso.

    O STF vem entendendo que embora deve conhecer e julgar ADIN por omisso, ele no pode, atravs de uma deciso sua, suprir a omisso do poder executivo ou do legislativo, porque se o fizesse estaria violando o princpio da separao dos poderes, pois estaria editando atos normativos no luar do executivo, ou legislando, o que tarefa do legislativo.

    Hoje o STF limita-se a dar cincia ao poder executivo de sua omisso para que este legisle, sem fixar-lhe prazo. Assim sendo, sua deciso no tem fora cogente, razo pela qual ADIN por omisso no possui efetividade.

    Em se tratando do DF haver controle concentrado quando esta lei ou ato normativo implicar no exerccio de competncia administrativa ou legislativa do Estado, quando a competncia for do municpio, caber apenas o controle difuso em face da CF, isto porque o DF abrange a competncia administrativa e legislativa dos estados e do municpio.

    Retirado do material do quarto perodo

    Questionrio sobre o Controle de Constitucionalidade

    1) O que controle de constitucionalidade?

    a verificao da adequao vertical entre a constituio e as normas infraconstitucionais Alexandre de Morais uma fiscalizao para que nenhuma norma infraconstitucional contrarie a CF.

    O objetivo maior do Direito Constitucional o que se chama de filtragem constitucional. Isso quer dizer que todas as espcies normativas do ordenamento

  • Pgina .: 36 Luciano Ribeiro de Castro

    jurdico devem existir, serem consideradas como vlidas e analisadas sempre sob a luz da Constituio Federal. Atravs dessa observncia que se afere se elas so ou no constitucionais. nesse momento que entra o controle de constitucionalidade, para observar se as leis e normas esto compatveis com a Carta Magna.

    Chama-se de compatibilidade vertical, pois a CF quem rege todas as outras espcies normativas de modo hierrquico, tanto do ponto de vista formal (procedimental), quanto material (contedo da norma).

    Quando se tem a idia de controle de constitucionalidade, significa dizer ento que feita uma verificao para saber se as leis ou atos normativos esto compatveis com a Constituio Federal, tanto sob o ponto de vista formal, quanto o material.

    2) O que inconstitucionalidade por ao formal e material?

    Quando se diz inconstitucionalidade por ao quer dizer que a lei existe e est em vigor contrariando a constituio.

    Por ao formal quer dizer que a forma como a lei foi elaborada contraria o texto da CF.

    Ex. MP superior a 120 dias (artigo 62, pargrafo 3).

    Por ao material quer dizer que contedo da lei contraria a CF.

    Ex. aprovao da pena de morte.

    3) O que inconstitucionalidade por omisso?

    A Constituio Federal determinou que o Poder Pblico competente adotasse as providncias necessrias em relao efetividade de uma determinada norma constitucional. Dessa maneira, quando esse poder cumpre com a obrigao que lhe foi atribuda pela CF, est tendo uma conduta positiva, garantindo a sua finalidade que a de garantir a aplicabilidade e eficcia da norma constitucional.

    Assim, quando o Poder Pblico deixa de regulamentar ou criar uma nova lei ou ato normativo, ocorre uma

  • Pgina .: 37 Luciano Ribeiro de Castro

    inconstitucionalidade por omisso. Resulta ento, da inrcia do legislador, falta de ao para regulamentar uma lei inconstitucional. Essa conduta tida como negativa.

    E a incompatibilidade entre a conduta positiva exigida pela Constituio e a conduta negativa do Poder pblico omisso, que resulta na chamada inconstitucionalidade por omisso.

    4) Como feito o controle preventivo?

    aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei, ento, feito antes que a lei entre em vigor, incidindo sobre o projeto de lei.

    feito pelos poderes legislativo e executivo.

    5) Como feito o controle repressivo?

    utilizado quando a lei j est em vigor. Caso haja um erro do lado preventivo, pode se desfazer essa lei que escapou dos trmites legais e passou a ser uma lei inconstitucional.

    Feito pelo poder judicirio, em regra.

    6) Quem faz o controle difuso no Brasil?

    exercido por todos os integrantes do poder judicirio. Qualquer juiz ou tribunal poder declarar a inconstitucionalidade.

    Outra definio o controle feito por todo o poder judicirio, quando uma das partes processuais, para se defender, questionar a constitucionalidade da lei.

    Esse sistema exercido no mbito do caso concreto tendo, portanto natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e ru. Assim, permite a todo e qualquer juiz analisar o controle de constitucionalidade. Este por sua vez, no julga a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas aprecia a questo e deixa de aplic-la por achar inconstitucional quele caso especfico que est julgando.

  • Pgina .: 38 Luciano Ribeiro de Castro

    No sistema difuso, tanto autor quanto ru pode propor uma ao de inconstitucionalidade, pois o caso concreto inter partes. Assim, a abrangncia da deciso que ser sentenciada pelo juiz, apenas entre as partes envolvidas no processo. Conseqentemente ter efeito retroativo, pois foi aplicado o dogma da nulidade.

    7) Quem faz o controle concentrado no Brasil?

    S exercido pelo Tribunal Superior do Pas.

    Outra definio o controle feito pelo STF (conforme art 102, I, a), via aes especficas de constitucionalidade, propostas pelos legitimados do artigo 103.

    S se prope a inconstitucionalidade, quem tiver legitimidade para isso (art. 103, CF), quando a lei ou ato normativo violar diretamente a Constituio Federal, ou Estadual.

    8) O que argio de inconstitucionalidade incidental?

    um tipo de Argio de descumprimento de preceito fundamental ADPF.

    A argio incidental, ou por equiparao em relao ao seu objeto, mais restrita e exigente que a autnoma. Isso se justifica pelo fato de que para prop-la deve existir controvrsia de extrema relevncia a lei ou ato normativo federal, estadual, ou municipal e tam bem as anteriores a atual constituio.

    9) Qual a diferena entre inconstitucionalidade incidental e principal?

    Na inconstitucionalidade incidental o objeto da ao proposta a satisfao de um direito individual ou

  • Pgina .: 39 Luciano Ribeiro de Castro

    coletivo, ou seja, a inconstitucionalidade ser questionada de forma acessria, nunca como pedido principal, por uma das partes processuais no controle difuso.

    J na inconstitucionalidade principal, o objeto da ao proposta a prpria declarao de inconstitucionalidade.

    10) Qual a funo do Procurador Geral da Repblica no ADIn?

    A lei prev que no ADIn sero abertas vistas ao Procurador Geral da Repblica, que dever manifestar-se, dando seu parecer favorvel ou desfavorvel.

    O Procurador-Geral da Repblica, mesmo nas aes diretas de inconstitucionalidade por ele propostas, em virtude da independncia funcional dos membros do Ministrio Pblico (CF, art. 127, um.), poder ao final manifestar-se por sua improcedncia, o que, certamente, no vincular o Tribunal na apreciao da matria.

    Ressalte-se, porm, que o Procurador Geral da Repblica no poder desistir de ao direta de inconstitucionalidade j proposta.

    11) Qual a funo do Advogado Geral da Unio no ADIn?

    Ao Advogado Geral da Unio compete a defesa da norma legal ou do ato normativo impugnado, independentemente de sua natureza federal ou estadual, visto que atua como curador especial do princpio da presuno da constitucionalidade das leis e atos normativos, no lhe competindo opinar nem exercer a funo fiscalizadora j distribuda ao Procurador Geral da Repblica, mas sim a funo eminentemente defensiva.

    12) O que significa o princpio da reserva de plenrio?

    Significa que, ao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita atravs da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da deciso.

  • Pgina .: 40 Luciano Ribeiro de Castro

    Segundo Alexandre de Moraes A inconstitucionalidade de qualquer ato normativo estatal s pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo rgo especial, sob pena de absoluta nulidade da deciso emanada do rgo fraccionrio (turma, cmara ou seo), em respeito previso do art. 97 da Constituio Federal.

    13) O que pertinncia temtica?

    Para alguns dos legitimados do art. 103 da Constituio Federal, o Supremo Tribunal Federal exige a presena da chamada pertinncia temtica, definida como o requisito objetivo da relao de pertinncia entre a defesa do interesse especfico do legitimado e o objeto da prpria ao.

    14) Quais os titulares possuem pertinncia temtica?

    Exige-se a prova da pertinncia por parte da Mesa da Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal, do Governador do Estado ou do Distrito Federal das confederaes sindicais ou entidades de mbito nacional.

    15) Estabelea um paralelo comparativo nos quadros abaixo.

    Controle concentrado Controle difuso Legitimidade ativa Os titulares do

    artigo 103 Qualquer parte de uma relao processual

    Legitimidade passiva

    No tem plo passivo. No tem ru, simplesmente argumenta contra a inconstitucionalidade da lei.

    Parte contrria a relao processual

    Objeto da ao Norma infraconstitucional

    Satisfao de um direito individual ou coletivo

  • Pgina .: 41 Luciano Ribeiro de Castro

    Competncia STF Todo o poder judicirio Efeitos da deciso Erga omnes inter partes uma

    relao processual

    ADIn ADCOn Titularidade Titulares do artigo 103 Titulares do artigo 103 Objeto da ao Lei ou ato normativo

    estadual ou federal Lei ou ato normativo federal

    Requisito indispensvel

    Pertinncia temtica Comprovao de sria divergncia jurisdicional, pois o STF no pode se tornar um mero rgo de consulta.

    Competncia STF STF Efeitos das deciso erga omnes (regra)

    ex tunc. Ex nunc previsto em lei

    erga omnes (regra) ex tunc. Ex nunc previsto em lei

    A lei nmero 9868/99 estabelece o rito da ao.

    Inconstitucionalidade Formal Diz respeito ao procedimento adotado na elaborao da lei.

    Material Incompatibilidade entre o contedo da lei e a constituio.

    Controle prvio poltico de constitucionalidade

    Poder legislativo Projeto de lei Comisso de Constituio e Justia

    Poder executivo Veto jurdico Por inconstitucionalidade

    Controle repressivo de constitucionalidade

    Exercido em regra pelo poder judicirio e pelo poder legislativo.

  • Pgina .: 42 Luciano Ribeiro de Castro

    Clusula de reserva de plenrio artigo 97

    Artigo 97 - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo rgo especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Pblico.

    No controle difuso de constitucionalidade, executado por qualquer juiz ou tribunal, quando o tribunal analisar um apelo, ou qualquer outro recurso que verse sobre questo constitucional, nenhuma cmara, turma ou outro rgo fracionrio do tribunal poder decidir sobre a questo constitucional, salvo o tribunal pleno e, quando este no existir, a totalidade dos membros do tribunal, isto , o plenrio deste atravs da maioria absoluta de seus membros, porque a declarao de constitucionalidade ou no de uma lei ou ato normativo em face da Constituio Federal ou Estadual reservada ao plenrio do tribunal.

    Uma vez decidida a questo constitucional pelo tribunal pleno ou pelo rgo especial, esta ser remetida novamente ao rgo fracionrio que dar segmento ao julgamento do recurso, no podendo alterar a deciso sobre a questo constitucional.

    O Senado federal, artigo 52, X, poder (poder discricionrio) suspender a eficcia, no todo ou em parte, de lei ou ato normativo Federal, estadual, Distrital ou Municipal, declarada inconstitucional pelo STF em deciso definitiva.

    Efeito das decises do controle de constitucionalidade

    Concentrado ex nunc No retroativa erga omnes.

    Difuso ex tunc retroativo Inter partes

    Medida Liminar

    Nas aes do controle concentrado de constitucionalidade poder se pleitear medida liminar uma vez presente os pressupostos processuais: da aparncia do bom direito (fumus bonis jris) e o perigo de demora (periculum in mora).

  • Pgina .: 43 Luciano Ribeiro de Castro

    O efeito de liminar ex nunc, isto , no retroage a concesso da liminar, porm a lei 9868/99, em seu artigo 11, 1 autoriza a concesso de liminares com efeito ex tunc, isto , retroativas, desde que demonstrada a convenincia e declarada expressamente pelo STF.

    Presena mnima em sesso do SF de 8 dos 11 ministros, concedido por maioria absoluta.

    No existe prazo prescricional ou decadencial nas aes do controle concentrado de constitucionalidade. No se admite o controla concentrado de decretos com efeitos concretos.

    O Advogado Geral da Unio ser obrigado a defender toda e qualquer lei ou ato normativo impugnado no STF no controle concentrado de constitucionalidade.

    04/06/2007

    Funes Essenciais da Justia

    1. Ministrio Pblico

    MPU (Ministrio Pblico da Unio)

    MP Federal MP Trabalho MP Militar MP Distrito Federal

    MPE (Ministrio Pblico Estadual)

    Advogado Geral da Unio + Procuradoria da Fazenda Nacional

    PG do estado PG Militar

    uma instituio essencial permanente. o defensor da sociedade (onbudsman).

    Artigo 127 - O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis.

    At 1988 o Ministrio Pblico tinha duas funes, quais sejam defender a sociedade e defender a Unio.

    Lei 7347/85 Lei da ao civil pblica.

  • Pgina .: 44 Luciano Ribeiro de Castro

    Ministrio Pblico Ao judicial Extrajudicial

    Campos de atuao

    I) Criminal II) Civil Quando existe interesse pblico, na defesa dos

    interesses difusos e coletivos. Ex. Meio ambiente, consumidor, infncia e adolescncia, cidado, etc.

    Procurador Geral da Repblica Nomeado pelo Presidente da repblica pra um mandato de dois anos, admitindo-se sucessivas recondues.

    Procurador Geral de Justia Nomeado atravs de uma lista trplice para um mandato de dois anos, sendo possvel apenas uma reconduo.

    2. Advocacia Pblica

    3. Defensoria Pblica

    4. Advocacia Privada

    PL TC

    PE MP

    PJ Autonomia funcional, administrativa e financeira.

  • Pgina .: 45 Luciano Ribeiro de Castro

    11/06/2007

    Da Defesa do estado e Das Instituies Democrticas

    1. Do estado de defesa

    o instrumento que o Presidente da Repblica pode utilizar, ouvidos o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional, para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pblica ou a paz social ameaadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes propores na natureza.

    institudo atravs de decreto por tempo determinado e especificando as reas abrangidas, devendo tambm indicar em seu termo os limites da lei, bem como as medidas coercitivas a vigorarem dentre as elencadas no pargrafo primeiro, I, a, b e c e II do art. 136 da CF/1988.

    2. Do estado de stio

    um instrumento que pode ser utilizado pelo Presidente da Repblica, nos casos de:

    a) comoo grave de repercusso nacional ou ocorrncia de fatos que comprovem a ineficcia de medida tomada durante o estado de defesa e;

    b) declarao de estado de guerra ou resposta agresso armada estrangeira. A decretao do estado de stio solicitada pelo Presidente da Repblica ao Congresso Nacional, ouvidos o Conselho da Repblica e o Conselho de Defesa Nacional. Ver art. 137 a 139 da Constituio Federal.

    Sendo um expediente previsto na Constituio de diversos pases, inclusive no Brasil, seu objetivo preservar as instituies democrticas em situaes extraordinrias, de emergncia, golpe ou levante popular. O estado de stio suspende garantias constitucionais, como os direitos civis, e d ao Poder Executivo poderes que ele no tem em situaes de estabilidade.

    Basicamente o Estado de Stio uma abordagem de governo decretada pelas autoridades competentes em situaes de

  • Pgina .: 46 Luciano Ribeiro de Castro

    emergncia nacional em oposio ao Estado de Direito sendo as principais caractersticas do Estado de Direito:

    I - Todos esto submetidos lei confeccionada por representantes do povo, inclusive o prprio Estado;

    II - Os poderes do Estado esto repartidos e exercem mtuo controle entre si;

    III - Os direitos e garantias individuais so solenemente enunciados.

    Estado de Defesa Estado de Stio Previso Legal Artigo 136, caput Artigo 137, I e II

    Hipteses

    Ordem pblica ou paz social ameaada.

    Instabilidade institucional.

    Calamidade natural

    Inciso I 1) Comoo nacional. 2) Ineficcia do estado de defesa.

    Inciso II 1) Declarao de guerra. 2) Resposta a agresso estrangeira.

    Atribuio para decretao

    Presidente da repblica com o referendo do Congresso Nacional

    Presidente da Repblica aps prvia aprovao do Congresso Nacional

    Prazo Mximo de 30 dias, admitindo-se uma nica prorrogao por igual perodo.

    Inciso I Mximo de 30 dias admitidas prorrogaes sucessivas, enquanto durar (em caso de guerra).

    reas abrangidas

    Locais restritos e determinados.

    mbito nacional.

    3. Das foras armadas

    Foras Armadas

    Exrcito Marinha Aeronutica

    O comandante supremo das foras armadas o Presidente da Repblica.

    Funes Segurana nacional e a ordem pblica. (manter a lei e a ordem).

  • Pgina .: 47 Luciano Ribeiro de Castro

    Defesa da ptria.

    Garantia dos poderes constitucionais.

    Qualquer dos poderes pode acionar as foras armadas.

    No caber habeas corpus em relao a punies disciplinares militares.

    Ao militar so proibidas a sindicalizao e a greve.

    4. Da segurana pblica

    rgo de preservao da ordem pblica

    Polcia Federal Polcia Rodoviria Federal Polcia Ferroviria Federal Polcias civis Polcias militares Corpo de bombeiros

    O municpio no possui polcia, apenas a guarda municipal que pode ser armada em municpios com populao acima de 300 mil habitantes.

    Polcia Militar: Atua preventiva e ostensivamente.

    Polcia Civil: Apura os crimes j praticados.

    Polcia Rodoviria federal e Polcia Ferroviria Federal: So preventivas e ostensivas.

    Polcia Federal: Apura os crimes j praticados. Tem tambm a funo de polcia martima, aeroporturia e de fronteira.

    Guarda Municipal:Sua funo a de proteger os bens e os servios do municpio.

  • Pgina .: 48 Luciano Ribeiro de Castro

    Da Ordem Econmica e Financeira

    Artigo 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios:

    I - soberania nacional;

    II - propriedade privada;

    III - funo social da propriedade;

    IV - livre concorrncia;

    V - defesa do consumidor;

    VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e servios e de seus processos de elaborao e prestao;

    VII - reduo das desigualdades regionais e sociais;

    VIII - busca do pleno emprego;

    IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitudas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administrao no Pas.

    Pargrafo nico. assegurado a todos o livre exerccio de qualquer atividade econmica, independentemente de autorizao de rgos pblicos, salvo nos casos previstos em lei.