caderno de exercícios - direito constitucional ii

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Direito Constitucional II

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Page 1: Caderno de Exercícios - Direito Constitucional II

Direito Constitucional II

Page 2: Caderno de Exercícios - Direito Constitucional II

Expediente

Curso de Direito – Coletânea de ExercíciosCoordenação Nacional do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá

Coordenação do ProjetoNúcleo de Qualificação e Apoio Didático-PedagógicoPresidente: Professor Sérgio Cavalieri Filho

Coordenação PedagógicaProf.ª Tereza MouraProf. Marcelo Machado Lima

Organização da ColetâneaProfessores da disciplina, sob a coordenação do Prof. Francisco de Assis Maciel Tavares

Page 3: Caderno de Exercícios - Direito Constitucional II

Caro Aluno

A Metodologia do Caso Concreto, aplicada em nosso Curso de Direito, é centrada na articulação entre teoria e práti-ca, com vistas a desenvolver o raciocínio jurídico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vários ramos do Direito, permitindo o exercício constante da pesquisa, a análise de conceitos, bem como a discussão de suas aplicações.

O objetivo é preparar os alunos para a busca de resoluções criativas a partir do conhecimento acumulado, com a susten-tação por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possível tornar as aulas mais interativas e, conseqüentemente, melhorar a qualidade do ensino ofere-cido.

Na formação dos futuros profissionais, entendemos que não é papel do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá tão-somente oferecer conteúdos de bom nível. A excelência do curso será atingida no momento em que possamos formar pro-fissionais autônomos, críticos e reflexivos.

Para alcançarmos esse propósito, apresentamos a Cole-tânea de Exercícios, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a solução de uma série de ca-sos práticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxílio do professor.

Como regra primeira, é necessário que o aluno adquira o costume de estudar previamente o conteúdo que será ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, terá subsídios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante não é encontrar a solução correta, mas pesquisar de maneira dis-ciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema.

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A tentativa de solucionar os casos em momento anterior à aula expositiva aumenta consideravelmente a capacidade de compreensão do discente.

Este, a partir de um pré-entendimento acerca do tema abor-dado, terá melhores condições de não só consolidar seus conheci-mentos, mas também dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadêmico mais rico e exitoso.

Além desse, há outros motivos para a adoção desta Cole-tânea. Um segundo a ser ressaltado é o de que o método estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incen-tivando-o à pesquisa e, conseqüentemente, proporcionando-lhe maior grau de independência intelectual.

Há, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanças no mundo do conhecimento – e, por con-seqüência, no universo jurídico – exigem do profissional do Di-reito, no exercício de suas atividades, enfrentar situações nas quais os seus conhecimentos teóricos acumulados não serão, per si, suficientes para a resolução das questões práticas a ele confiadas.

Neste sentido, e tendo como referência o seu futuro pro-fissional, consideramos imprescindível que, desde cedo, desen-volva hábitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade. E isto é propor-cionado pela Metodologia do Estudo de Casos.

No que se refere à concepção formal do presente material, esclarecemos que o conteúdo programático da disciplina a ser ministrada durante o período foi subdividido em 15 partes, sen-do que a cada uma delas chamaremos de “Semana”. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrará o conteúdo condizente com a Semana nº 1; na segunda, com a Semana nº 2, e, assim, sucessivamente.

O período letivo semestral do nosso curso possui 22 se-manas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em

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15 partes não foi por acaso. Levou-se em consideração não so-mente as aulas que são destinadas à aplicação das avaliações ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pe-dagógicas de cada professor.

Isto porque o nosso projeto pedagógico reconhece a importância de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor – e a seu critério – nas situações na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determi-nada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nível insuficiente de compreensão.

Hoje, após a implantação da metodologia em todo o cur-so no Estado do Rio de Janeiro, por intermédio das Coletâneas de Exercícios, é possível observar o resultado positivo deste tra-balho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convênio firmado entre as Instituições que figuram nas páginas iniciais deste Caderno permitiu a colaboração dos respectivos docentes na feitura deste material, disponibilizado aos alunos.

A certeza que nos acompanha é a de que não apenas tor-namos as aulas mais interativas e dialógicas, como se mostra mais nítida a interseção entre os campos da teoria e da prática no Direito.

Por todas essas razões, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nessa disciplina estão intimamente relacio-nados ao esforço despendido por ele na realização das tarefas so-licitadas, em conformidade com as orientações do professor. A aquisição do hábito do estudo perene e perseverante não apenas o levará a obter alta performance no decorrer do seu curso, como também potencializará suas habilidades e competências para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida.

Lembre-se: na vida acadêmica, não há milagres; há estudo com perseverança e determinação. Bom trabalho.

Coordenação Geral do Curso de Direito

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Procedimentos para Utilização das Coletâneas de Exercícios

1. O aluno deverá desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legisla-ção, a doutrina e a jurisprudência, e apresentar soluções, por meio da resolução dos casos, preparando-se para debates em sala de aula.

2. Antes do início de cada aula, o aluno depositará sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos para que o docente rubrique e devolva no início da própria aula.

3. Após a discussão e solução dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, uti-lizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudên-cia pertinentes aos casos.

4. A entrega tempestiva dos trabalhos será obrigatória, para efeito de lançamento dos graus respectivos (zero a dois), independentemente do comparecimento do aluno às provas.

5. Até o dia da AV1 e da AV2, respectivamente, o aluno deverá entregar o conteúdo do trabalho relativo às aulas já mi-nistradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeiçoamento dos mesmos, organizado de forma cro-nológica, em pasta ou envelope, devidamente identificado, para atribuição de pontuação (zero a dois), que será somada à que for atribuída à AV1 e à AV2 (zero a oito).

6. A pontuação relativa à Coletânea de Exercícios na AV3 (zero a dois) será a média aritmética entre os graus atri-

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buídos aos exercícios apresentados até a AV1 e a AV2 (zero a dois).

7. As AV1, AV2 e AV3 valerão até oito pontos e con-terão, no mínimo, três questões baseadas nos casos constantes da Coletânea de Exercícios.

Coordenação Geral do Curso de Direito

Procedimentos para Utilização das Coletâneas de Exercícios

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Semana 1Organização do Estado brasileiro

Semana 2Repartição de Competências

Semana 3Repartição de Competências – continuação

Semana 4Repartição de Competências – continuação

Semana 5Organização do Estado brasileiro

Semana 6Organização do Estado brasileiro – continuação

Semana 7Defesa do Estado e das Instituições democráticas – Forças Armadas e segurança pública

Semana 8Poder Legislativo

Semana 9Poder Legislativo – continuação

Semana 10Processo Legislativo – continuação

Sumário

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Semana 11Processo Legislativo – continuação

Semana 12Poder Executivo

Semana 13Ministério Público

Semana 14Advocacia. Imunidade

Semana 15Ordem econômica e financeira

Sumário

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Semana 1Organização do Estado brasileiro.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Autonomia dos Entes Federativos

A Constituição do Estado do Amapá estabelece, no caput do art. 195, que o plano diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento eco-nômico e social e de expansão urbana, devidamente aprovado pela Câmara Municipal, deveria ser obrigatoriamente observado pelos municípios com mais de cinco mil habitantes.

Sob o argumento de que o dispositivo da Constituição estadual seria inconstitucional, determinado prefeito de um município que se enquadra-va na hipótese prevista no dispositivo da Constituição estadual formula-lhe consulta sobre a validade daquela norma, tudo sob o argumento de possível afronta à autonomia municipal assegurada pelo art. 18 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Encontraria amparo constitucional a tese do prefeito, se observado o disposto no art. 182, § 1º, da Constituição da República de 1988?

O art. 195 da Constituição do Estado do Amapá realmente afronta a autonomia municipal, que, inclusive, é princípio constitucional sensível, conforme previsão constante no inciso VII, alínea c, do art. 34 da Constitui-ção da República de 1988?

CASO 2

Tema: Criação, incorporação, fusão e o desmembramento de muni-cípios

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Em outubro de 1996, determinado município teve seus limites ter-ritoriais redefinidos em decorrência do desmembramento de parte do seu território, que foi incorporada ao território do município limítrofe. A alte-ração deu-se em atenção ao clamor da população do município que sofreu o desmembramento, anseio constatado através de pesquisa de opinião, vários abaixo-assinados e declarações de associações comunitárias. Cabe ressaltar que o desmembramento fez-se por lei estadual, atendendo aos requisitos pre-vistos em Lei Complementar estadual.

O processo de desmembramento deu-se amparado na redação originá-ria do parágrafo 4º do art. 18 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, uma vez que a Emenda Constitucional nº 15/96 revestiu o mencionado parágrafo de eficácia limitada, dependente de complementa-ção infraconstitucional.

A validade do desmembramento foi questionada perante o Supremo Tribunal Federal.

Indaga-se:

a) Pesquisas de opinião, abaixo-assinados e declarações de organi-zações comunitárias, favoráveis à criação, à incorporação ou ao desmembramento de município, são capazes de suprir os requisitos constitucionais de validação do ato?

b) Como deveria ocorrer a manifestação popular como forma de democracia participativa, indispensável ao pretendido desmem-bramento?

c) Como a questão do desmembramento deveria ser enfrentada à luz da eficácia e da aplicabilidade da norma contida no § 4º do art. 18 da Constituição da República?

Semana 2Repartição de Competências.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Coletânea de Exercícios

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Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Repartição de competências

Lei municipal determinou tempo máximo de espera em fila para atendi-mento em agência bancária. Inconformado, um banco impetrou Mandado de Segurança preventivo contra atos do Prefeito e do Coordenador do Procon do Município, objetivando que suas agências e seus postos de serviços ban-cários sejam desobrigados do cumprimento das exigências impostas pela Lei Municipal. Em síntese, alega a instituição financeira que o tempo de atendi-mento ao cliente das agências bancárias, correntista ou não, é também ma-téria suscetível de ser disciplinada por legislação federal, assim como aquela referente ao horário de funcionamento dos estabelecimentos bancários.

Nos autos da ação constitucional, o Prefeito e o Coordenador do Pro-con local asseguram inexistir usurpação de competência por parte do Mu-nicípio, defendendo a possibilidade de legislação municipal versar sobre o tema, uma vez que não está sendo disciplinado o horário de funcionamento dos bancos, mas, sim, o tempo máximo de espera em fila, estando a norma dentro da órbita do art. 30, inciso I, da Carta da República.

Indaga-se:

a) Qual o princípio que norteia a repartição de competências dentro de um Estado Federal?

b) Com base no princípio apontado, assim como na jurisprudência do STF, estaria correta a tese defensiva do Prefeito e do Coordenador do Procon local?

CASO 2

Tema: Repartição de competências

O Governador de determinado Estado da federação apresentou proje-to de lei que tem por escopo limitar em R$ 3.00 (três reais) a cobrança de estacionamentos em shopping, independente do tempo de utilização pelos usuários dos espaços destinados à guarda dos veículos. O projeto converteu-se em lei.

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Indignada com a edição da lei, por achá-la inconstitucional, a Asso-ciação dos Administradores de Shopping afora a medida judicial cabível no sentido de assegurar a livre estipulação de valores e cobrança pela utilização dos espaços destinados à guarda de veículos nestes estabelecimentos comer-ciais, e o faz alicerçando sua tese na possível usurpação de competência pela lei estadual.

Indaga-se:

a) Quais as matérias objeto da questão?b) A quem caberia legislar sobre as matérias apontadas?

Semana 3Repartição de Competências – continuação.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Repartição de competências

A Lei nº 11.387/2000, do Estado de Santa Catarina, isenta do paga-mento de multas, nas hipóteses que menciona, os motoristas infratores da lei de trânsito. À luz do critério e da técnica empregados pelo legislador consti-tuinte originário para partilhar as competências entre os Entes da Federação, podemos afirmar que referida a Lei estadual compatibiliza-se formalmente com a CRFB/88?

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Semana 4Repartição de Competências – continuação.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Repartição de competência e Tribunais de Contas municipais

Entendendo que a norma contida no art. 31, § 4º, da CRFB/88 é in-constitucional, por ferir de morte o princípio da isonomia entre os Entes da Federação, e por constatar que há, no art. 31, § 1º, da mesma Carta Política referência expressa aos Tribunais de Contas municipais, a Câmara de Ve-readores de um determinado município mineiro, criado em 1992, resolveu inserir no texto de sua Lei Orgânica normas sobre o seu próprio Tribunal de Contas.

Alegando inconstitucionalidade da referida disposição normativa, o Governador do Estado de Minas Gerais ajuizou Representação de Inconsti-tucionalidade para impugná-la perante a Carta Estadual, que reproduzia, ipsis litteris, a íntegra do art. 31 da CRFB/88.

Julgada procedente a Representação no âmbito do Tribunal de Justi-ça, o Prefeito do referido Município interpôs recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal, a fim de suscitar a manifestação daquela Corte sobre a validade da norma de sua Lei Orgânica. Deveria a Corte Constitucional ratificar a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais?

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Semana 5Organização do Estado brasileiro.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Intervenção federal

Diante do impasse quanto à criação de um município em área disputada por Estados-membros, um deles decide incorporar a parte do território que cabia ao outro. Após tomar ciência do fato, o Presidente da República decide não lançar mão da extraordinária prerrogativa de decretar a intervenção fe-deral (CRFB, art. 34, II), o que motiva o Governador do Estado prejudicado a impetrar Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal. Entende o chefe do Poder Executivo estadual que a abstenção presidencial quanto à concretização da intervenção aflige o vínculo federativo e a integridade do território nacional, o que autorizaria o Tribunal a ordenar a decretação da medida. A tese do Governador tem procedência?

CASO 2

Tema: Intervenção federal

Diante da total falência do sistema de saúde no Município do Rio de Janeiro, o Presidente da República editou Decreto declarando o estado de calamidade pública do setor hospitalar do Sistema Único de Saúde – SUS, e, dentre outras determinações, autoriza, nos termos do inciso XIII do art. 15 da Lei nº 8.080/90, a requisição, pelo Ministro da Saúde, dos bens, serviços e servidores afetos a hospitais do Município ou sob sua gestão.

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Indignado com a medida adotada pelo Governo Federal, o Prefeito do Rio de Janeiro manifestou-se argüindo a inconstitucionalidade da medida, o que faz com escopo na vedação constitucional que inibe a possibilidade de a União intervir no Município. Por outro lado, o Governo Federal aponta possível equívoco na posição do Governo local, sustentando que apenas se aplicou o disposto na Lei nº 8.080/90:

“Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exer-cerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: ... XIII – para atendimento de necessidades coletivas, urgentes e transitórias, decorrentes de situações de perigo iminente, de calamidade pública ou de irrupção de epidemias, a autoridade competente da esfera administrativa correspondente poderá requisitar bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de jurídicas, sendo-lhes assegurada justa indenização;”

Diante do impasse, o Governo local impetrou Mandado de Segurança distribuído perante o Supremo Tribunal Federal.

Com base na jurisprudência do STF, aponte as possíveis inconstitucio-nalidades encontradas no caso que revestem de vício a intenção do Governo Federal.

Semana 6Organização do Estado brasileiro – continuação.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 9, 10, 11 e 12 do livro Curso de Direito Consti-tucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo 8 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

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CASO 1

Tema: Intervenção Federal e descumprimento de decisão judicial

Preocupado com a situação de um determinado Estado que, por várias vezes, deixou de cumprir decisões e ordens judiciais, o Presidente da Repú-blica lhe questiona, na qualidade de Advogado-Geral da União, se seria necessário o ajuizamento de uma ação direta interventiva para decretar a intervenção federal. Como você responderia à consulta? E se a mesma con-sulta fosse formulada por um Governador de Estado que pretendesse decretar a intervenção em um determinado município?

Semana 7Defesa do Estado e das Instituições democráticas – Forças Armadas e segurança pública.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo VI do livro Curso de Direito Constitucional Po-sitivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005; capítulo 13 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Segurança pública

A Lei Orgânica do Distrito Federal, no art. 117, e seus incisos I, II, III e IV, estabelece que a segurança pública será exercida pelas Polícias Civil e Mi-litar, pelo Corpo de Bombeiros Militar e pelo Departamento de Trânsito.

O Governador do Distrito Federal propõem ação de inconstitucionali-dade em face da lei por vício de inconstitucionalidade.

Aponte os possíveis vícios que poderiam amparar a pretensão do Go-vernador.

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CASO 2

Tema: Segurança pública

A Constituição do Estado da Paraíba, em seu art. 148, VIII, atribui à Po-lícia Militar a função de radiopatrulha “aérea”. Em conseqüência, foi argüida no STF a inconstitucionalidade da referida norma constitucional estadual, sob o fundamento de que o policiamento do espaço aéreo somente poderia ser realizado pela Policia Federal e pela Força Aérea Brasileira. À luz da dis-tribuição de competências entre os Entes da Federação e do poder residual da polícia dos Estados, seria inconstitucional a norma estadual?

Semana 8Poder Legislativo.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, ini-cialmente, a leitura dos capítulos 13 e 14 do livro Curso de Direito Cons-titucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro; 2006, capítulo II do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. Jo-sé Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo. 2005, e dos capítulos 10 e 11 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Imunidade parlamentar

Durante a campanha eleitoral, João Donato, candidato ao cargo de Se-nador da República, acusa seu principal opositor de financiar a atividade de um grupo de extermínio. Logo em seguida, ainda que demonstrada a absoluta improcedência da acusação, João Donato é eleito. Depois da posse, o Procu-rador-Geral da República oferece denúncia contra o Senador no Supremo Tribunal Federal. Em sua defesa, o parlamentar argumenta que se encontra

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amparado pela inviolabilidade quanto a suas opiniões, suas palavras e seus vo-tos, razão pela qual não poderia responder pelo crime de calúnia. Na hipótese, seria admissível a incidência da imunidade material em favor do Senador?

CASO 2

Tema: Composição do Parlamento estadual – Autonomia política da Assembléia Legislativa

A Assembléia Legislativa de um dos Estados da Federação aprova pro-posta de emenda à Constituição Estadual, no sentido de instituir o voto aberto nas deliberações sobre a perda de mandato dos parlamentares que a integram. Em face da sistemática adotada pela Constituição Federal acerca da perda de mandato dos parlamentares federais, encontraria amparo cons-titucional a norma constitucional estadual?

Semana 9Poder Legislativo – continuação.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura dos capítulos 13 e 14 do livro Curso de Direito Constitucio-nal. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; do capítulo II do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005; e dos capítulos 10 e 11 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Comissão Parlamentar de Inquérito

Uma Comissão Parlamentar Inquérito foi instalada pela Câmara dos Deputados para apurar o envolvimento de parlamentares da Casa em esque-

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ma de recebimento de propina em troca de emendas ao orçamento da União para a realização de obras superfaturadas. Diante de indícios de que o pre-sidente da construtora beneficiada pelas emendas parlamentares estaria na iminência de alienar bens imóveis adquiridos com verbas públicas desviadas, a referida Comissão deliberou no sentido de expedir decreto de indisponibi-lidade de bens do investigado. Considerando a jurisprudência do STF acerca dos limites ao poder de investigação parlamentar, a decretação da indisponi-bilidade de bens encontraria amparo constitucional?

CASO 2

Tema: CPI, Direitos Fundamentais e relatividade

Antonio impetra Mandado de Segurança contra ato do senhor Presi-dente de CPI que determinou a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico e ordenou busca e apreensão em sua casa e escritório. A medida atacada des-tinava-se a apurar fatos do conhecimento do Senado Federal, veiculados pela imprensa nacional, envolvendo a prática de ilícitos praticados pelo impe-trante junto às instituições financeiras, sociedades de crédito, financiamento e investimento que constituem o Sistema Financeiro Nacional.

O impetrante alega ser apenas advogado e não exercer qualquer cargo de direção, de gestão ou de administração na empresa Ouro Verde S/A, em-presa investigada pela CPI. Alega, ainda, escudado nos arts. 5º, inciso X, e 133 da Constituição Federal de 1988, assim como no art. 7º, inciso II, da Lei nº 8.906/94, que o ato impugnado é ilegal.

As questões a serem enfrentadas no presente caso são as seguintes:

a) Têm as CPIs poderes para determinar a quebra dos sigilos bancá-rio, fiscal e telefônico do impetrante, ou seria o ato ilegal à luz dos dispositivos legais mencionados na defesa?

b) Com relação à ordem de busca e às apreensões domiciliares, seria o ato legal por ter sido efetivado no escritório do impetrante, e não na sua residência, não havendo contrariedade ao inciso XI do art. 5º da Constituição Federal de 1988?

c) A ordem de busca e apreensões cumprida no escritório do impe-trante contrariaria o disposto no art. 133 da Constituição Federal de 1988?

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Semana 10Processo Legislativo – continuação.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 15 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; do capítulo II do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005; e dos capítulos 10 e 11 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Processo legislativo – competência

O Governador do Estado do Rio Grande do Norte, amparado pelo art. 103, inciso V, da Constituição da República, propõe Ação Direta de Incons-titucionalidade, objetivando a declaração de inconstitucionalidade da Lei nº 6.619, de 1º de julho de 1994, que assim dispõe:

“Art. 1º Fica aditado ao artigo 1º da Lei nº 6.615, de 27 de maio de 1994, o § 4º, com a seguinte redação: Parágrafo 4º – Estende-se aos Policiais Militares os mesmos percentuais alcançados pelos professores com diploma de nível superior no caput deste artigo.”

Informa que o texto normativo impugnado altera lei de iniciativa do Poder Executivo, que visava conceder melhoria salarial aos servidores de nível superior da administração direta (Lei nº 6.615/94). Ainda nas razões da impugnação, sustenta que o mencionado ato legislativo, ao conferir au-mento de remuneração aos policiais militares, ensejou acréscimo de despe-sa para o erário estadual, com sérias repercussões na normalidade adminis-trativa. Esclarece, ainda, que a emenda parlamentar sofreu veto, por vício de inconstitucionalidade, tendo o mesmo sido rejeitado pela Assembléia Legislativa.

Com base no devido processo legislativo, assim como no princípio da simetria, informe, fundamentadamente, se a intenção do Governador en-contraria amparo constitucional.

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CASO 2

Tema: Medida Provisória e inconstitucionalidade

Os Partidos da Frente Liberal – PFL – e da Social Democracia Brasilei-ra – PSDB – ajuízam, perante o Supremo Tribunal Federal, Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Medida Provisória nº 207/2004, convertida na Lei nº 11.036/2004, que “Altera disposições da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, e da Lei nº 9.650, de 27 de maio de 1998”, transformando o cargo de Presidente do Banco Central do Brasil – Bacen – em cargo de Mi-nistro de Estado. Os requerentes apontam ofensa aos seguintes dispositivos constitucionais:

a) art. 62, por ausência dos requisitos de relevância e urgência da MP;

b) alínea b do inciso I do § 1º do art. 62, por tratar a MP de direito processual, ante o claro objetivo de alterar o regime de competên-cia para processar e julgar o Presidente do Bacen;

c) § 9º do art. 62, por ausência de discussão no âmbito da Comissão Mista;

d) art. 52, III, d, e art. 84, I e XIV, uma vez que a MP viabilizaria a nomeação do Presidente do Bacen sem a prévia aprovação do Senado, anulando, por conseguinte, a competência deste e, ainda, tendo em vista que o Presidente do Bacen passaria a deter as prer-rogativas constitucionais de seu superior hierárquico, o Ministro de Estado da Fazenda;

e) art. 192, em razão de a MP ter invadido campo reservado à lei complementar.

Indaga-se: Estaria bem sedimentada, através dos pontos acima alinha-dos, a pretensão dos partidos políticos?

Semana 11Processo Legislativo – continuação.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 15 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; do capítulo II

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Coletânea de Exercícios

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do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005; e dos capítulos 10 e 11 do livro Curso de Direito Constitucional. Moraes, Alexandre de. Ed. Atlas: São Paulo, 2003.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Processo Legislativo

O Presidente da República encaminhou um projeto de lei ao Congresso Nacional, concedendo aumento à determinada categoria do serviço públi-co. Mas os parlamentares entenderam que tal aumento deveria ser estendido a outros servidores que se encontravam, antes, em patamar remuneratório equivalente e que, por desempenharem atribuições da mesma natureza e complexidade, mereciam o mesmo benefício.

Aprovado o referido projeto de lei com a mencionada emenda parla-mentar, o mesmo foi encaminhado ao Presidente da República, para sanção ou veto e, se fosse o caso, posterior promulgação e publicação.

Indaga-se:

a) Há, no caso, vício de iniciativa?b) Em havendo vício de iniciativa, eventual sanção supre tal vício?

Semana 12Poder Executivo.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 16 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo III do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

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Direito Constitucional II

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CASO 1

Tema: Representação em face de Ministro de Estado

João Máximo foi reeleito deputado federal em 2006 pelo povo do Esta-do de Goiás, entretanto, logo após o inicio da atual legislatura, foi nomeado Ministro de Estado pelo Presidente da República. Ocorre que, através de in-terceptações telefônicas autorizadas pelo Poder Judiciário, para investigar a suposta prática de tráfico de influência em licitações federais, surgiram indí-cios de que sua campanha foi parcialmente financiada com dinheiro ilícito, caracterizando crime eleitoral. Diante da situação hipoteticamente descrita, deverá o Ministério Público oferecer denúncia à justiça eleitoral?

CASO 2

Tema: Delegação de atribuições

Antonio era fiscal da Agência Nacional do Petróleo e, em fevereiro de 2006, foi preso preventivamente, por ordem do MM. Juiz da Quarta Vara Fe-deral do Estado do Amazonas. Ciente do fato, a autarquia abriu sindicância interna, tendo em vista que os fatos narrados na denúncia constituiriam atos de improbidade administrativa, capitulados na Lei nº 8.429/92. De outro lado, revelariam comportamento do servidor incompatível com as diretrizes do Regime Jurídico Único, notadamente o inciso IX do art. 117 (“valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública”).

Da sindicância emergiu o processo administrativo disciplinar, culmi-nando com a demissão do impetrante, por força de portaria assinada pela então Ministra de Minas e Energia.

Inconformado com a penalidade sofrida, o “barnabé” impetrou manda-do de segurança, alegando, inicialmente, incompetência da autoridade coa-tora para lavrar o ato demissório, que, segundo ele, só poderia sair da caneta do Presidente da República.

Indaga-se: A Constituição faz alguma previsão normativa que legitime o ato de demissão, assim como se deu, ou realmente assiste razão ao impetrante quando alega a incompetência da Ministra?

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Coletânea de Exercícios

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Semana 13Ministério Público.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 19 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo V do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Princípios Institucionais do Ministério Público

Maria e Joana foram presas em flagrante, acusadas de envolvimento no crime de tráfico de substância tóxica, como resultado da operação policial “celacanto provoca maremoto”.

O procedimento policial foi distribuído ao Juiz de Direito da 5ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, tendo o Promotor Público titular opinado pela concessão de liberdade provisória a Maria e Joana, mediante pagamento de fiança, entendo o MP que a hipótese não configurava tráfico de substância tóxica.

Contrariado com a postura do Promotor de Justiça titular da 5ª Vara Criminal, o Procurador-Geral de Justiça do Estado editou portaria designan-do outro Promotor de Justiça para acompanhar o inquérito de Maria e Joana, assim como todos os demais inquéritos resultantes da operação “celacanto provoca maremoto”.

O Promotor de Justiça designado ofereceu denúncia contra Maria e Joa-na, imputando o crime de tráfico de substância tóxica.

Diante do caso, vislumbra-se alguma afronta a princípio institucional do Ministério Público?

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Semana 14Advocacia. Imunidade.

Observação importante: Para a resolução do caso desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 19 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo V do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005.

Para a resolução do caso, pesquisar a jurisprudência do STF, principal-mente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Imunidade advocatícia

Maria contratou os serviços do advogado Florêncio Perfumado para defendê-la nos autos da ação de cobrança de cotas condominiais aforada pelo Condomínio Estrela do Norte. Os honorários que seriam devidos ao advogado foram pactuados, tudo na forma do contrato de prestação de ser-viços advocatícios firmado pelas partes. Em decorrência do excelente traba-lho desenvolvido pelo Dr. Florêncio Perfumado, o pedido do Condomínio na ação foi julgado improcedente. Cobrado os honorários, Maria resolve não pagá-los, tudo sob o argumento de que a ação foi fácil demais, e qual-quer um a defenderia, obtendo o mesmo resultado. Indignado, o advogado vai ao apartamento de Maria, e, aos brados, diz ser a mesma “caloteira”, além de ofendê-la frente a outros condôminos com palavras de baixo ca-lão. Maria ajuíza ação de responsabilidade civil por danos morais. Em sede de defesa, o advogado ampara-se no disposto no art. 133 da Constituição da República, sendo, mesmo assim, condenado ao pagamento pelo dano moral.

A imunidade advocatícia ampararia o advogado contra a decisão que lhe condenou ao pagamento pelo dano moral?

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Semana 15Ordem econômica e financeira.

Observação importante: Para a resolução dos casos desta aula, faça, inicial-mente, a leitura do capítulo 28 do livro Curso de Direito Constitucional. Silva e Neto, Manoel Jorge e. Ed. Lumen Juris: Rio de Janeiro, 2006; e do capítulo II, quarta parte, do livro Curso de Direito Constitucional Positivo. Silva. José Afonso da. 25ª ed., Malheiros: São Paulo, 2005.

Para a resolução dos casos, pesquisar a jurisprudência do STF, princi-palmente no recurso “a Constituição e o Supremo”, e os Informativos do STF – www.stf.gov.br.

CASO 1

Tema: Desapropriação

A Fazenda Viva Feliz plantava algodão e exportava quase toda a sua produção para Estados Unidos e Europa. Ocorre que a fazenda foi invadida por sem-terra, que lá permaneceram por mais de 10 anos.

Não obstante a Justiça ter concedido reintegração de posse aos proprie-tários, o Estado nunca cumpriu com a ordem.

Assim, em razão do lapso temporal, o Presidente da República, por de-creto, considerou a área improdutiva, declarando-a como passível de desa-propriação para fins de reforma agrária.

Como advogado(a) dos proprietários da fazenda, há alguma medida ju-dicial que possa ser utilizada em defesa da manutenção de sua propriedade? Quais argumentos poderiam ser usados nesta ação?

CASO 2

Tema: Da Ordem Econômica – Livre-iniciativa

O Governador do Estado de São Paulo ajuizou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade em face da Lei Estadual nº 10.307, de 06 de maio de 1999. Tal norma fixava, nas cidades com mais de 30.000 habitantes, uma dis-tância mínima de duzentos metros entre as farmácias já estabelecidas e novos estabelecimentos farmacêuticos que viessem a ser abertos.

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Alegou o Governador a possibilidade de concentração econômica em prejuízo do consumidor, havendo ofensa ao art. 170, IV e V, da Constitui-ção da República.

Encontraria amparo constitucional a intenção do Governador?