boletim questão sindical ano 1 número 16

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No período julho de 1994 — mês de lançamento do Plano Real — a 2001, a dívida líquida do setor público brasilei- ro saltou de 29,29% para 51,57% do PIB. Além da remonezação da economia — que permiria ao governo zerar sua dí- vida — houve a privazação de mais de 80 empresas, permindo ao Estado arre- cadar US$ 60,1 bilhões e transferir US$ 13,3 bilhões em dívidas. Foi o maior desastre fiscal da história do país. A culpa foi das teorias liberais, da des- regulamentação da economia, do prima- do do mercado? É evidente que não. O que ocorreu foi uma distorção deliberada das taxas pa- gas pelos tulos públicos, um assalto re- corrente aos cofres públicos que nada teve a ver com os princípios liberais. Nos úlmos dois anos, o país foi sub- medo a uma onda inédita de isenções fiscais, interferências indevidas em vá- rios temas econômicos, achatamento de tarifas casado com aumento das respon- sabilidades da Petrobras, que lançaram o país em uma nova crise fiscal. Culpa do neodesenvolvimensmo, neokeynesianismo, nova matriz econô- mica ou o nome que se dê a esse con- junto de medidas? Evidente que não. Fo- ram erros individuais que não podem ser debitados a nenhuma escola econômica. Quando bravos economistas como Marcos Lisboa e Samuel Pessoa atri- buem os desastres à suposta “nova ma- triz econômica”, eles ram casquinha da crise, como seus colegas desenvolvimen- stas analisando os desastres do gover- no FHC. Podem alegar que foram esses prin- cípios de avismo ideológico que per- miram ao governo Dilma exercitar o voluntarismo. Mas seus adversários de- senvolvimenstas podem alegar que foi a desregulamentação selvagem que per- miu ao Banco Central pracar as mais irresponsáveis taxas de juros, no perío- do FHC. O que esses dois exemplos compro- vam é que desenvolvimento não se faz com mera ideologia: ou a desregulação total ou o intervencionismo selvagem. Ambos servem apenas como tacape in- telectual, na disputa entre tribos de eco- nomistas. A políca econômica, como um todo, é algo muito mais pragmáca, um con- junto de medidas visando atender a projetos de país ou de setores, sendo construída no dia a dia, assim como a jurisprudência em cima dos postulados constucionais. O importante é que haja ideias centrais, princípios fundadores, objevos comuns. A construção restan- te se dá no dia a dia das disputas polí- cas — no Congresso, junto à opinião pú- blica e nos ministérios. Por tudo isso, é hora de cada setor co- meçar a pensar claramente no seu pró- prio projeto de país, para uma grande discussão que se iniciará em breve, no rastro do fim de ciclo políco que está posto na mesa. Quem será o mediador? Quem acre- dita que com 7% de aprovação a presi- dente perdeu as condições, que preste atenção na úlma pesquisa do Ibope di- vulgada por José Roberto Toledo, do Es- tadão: apenas 11% aprovam Michel Te- mer, 11% Eduardo Cunha e 8% Renan Calheiros. No domingo saiu importante entrevis- ta de Delfim Neo ao Estadão. Nela, diz ter votado em Dilma Rousseff, mas, devi- do às suas trapalhadas, acredita que Aé- cio Neves teria se saído melhor. Exagerou. O único consolo dos que votaram em Dilma é a certeza, pelo que mostrou nesses meses todos como líder dos Revoltados Online, que Aécio Neves conseguiria ser pior. QUESTÃO sindical OPINIÃO OPINIÃO Os ecos desencontrados de um fim de ciclo político Duas lições de guerra 24 de setembro de 2015 - número 16 - ano 1 11 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312 QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O bolem eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355. EXPEDIENTE [email protected] www.questaosindical.com.br Setor do comércio reivindica mudança para poder contratar de acordo com demanda Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2820/2015, dos depu- tados Rogério Rosso (PSD-DF) e Gou- lart (PSD-SP), que altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Tra- balho (CLT), para dispor sobre a jorna- da flexível de trabalho. A proposição prevê que a jornada de trabalho em regime de tempo parcial poderá ser flexível, se houver previsão em acordo ou Convenção Coleva de Trabalho. A remuneração será proporcional às horas trabalhadas, podendo ser nego- ciado seu valor entre o empregador e o Sindicato, desde que o salário men- sal não some valor inferior ao salário mínimo. E a jornada flexível de traba- lho deverá ser aplicada preferencial- mente para os trabalhadores estudan- tes e para os trabalhadores com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos de idade. O projeto define ainda que a jornada de trabalho eventual é aquela realiza- da por no máximo 30 minutos por dia; a jornada de trabalho flexível ou inter- mitente é a realizada por no máximo 400 minutos por dia; jornada de traba- lho permanente, connua ou eventual, acima de 400 minutos por dia. Outra proposta com a mesma essên- cia é o PL 726/2015, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB-PE), que prevê que a adoção de jornada variável. Ambas as matérias tramitam apen- sadas ao PL 4653/1994, do então de deputado Paulo Paim (PT-RS), que re- duz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. Atualmente aguarda parecer do re- lator, deputado Darcísio Perondi (PM- DB-RS), na Comissão de Seguridade So- cial e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados. O setor do comércio reivindica as mudanças. O objevo é poder contra- tar trabalhadores de acordo com a de- manda e a sazonalidade e reduzir mão de obra ociosa em períodos de menor movimento nas lojas. Saiba mais: diap.org.br FÓRUM PRAÇA GETÚLIO VARGAS Pactuar medidas que permitam for- talecer o mercado de trabalho e melho- ras as polícas de empresa e renda no Brasil. Este foi o objevo de reunião que aconteceu na sede do Ministério do Tra- balho na manhã desta quinta (24). Par- ciparam representantes do governo, trabalhadores e empresários do Grupo de Trabalho (GT) do Fórum de Debates sobre Polícas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência Social. Foi também definido que a Casa Ci- vil e os Ministérios da Fazenda (MF), do Planejamento, Orçamento e Ges- tão (MPOG) e o MTE irão constuir grupo técnico que representa a banca- da do governo, nos encontros prepara- tórios. As propostas envolvem temas como educação e qualificação profis- sional, economia solidária, aprendiza- gem e redução da informalidade, en- tre outras. O espaço de discussão foi criado pela presidenta Dilma Rousseff para ampliar a parcipação popular na for- mulação das polícas públicas sociais. O secretário-execuvo do Trabalho e Emprego, Francisco Ibiapina, ressaltou que o GT fortalece o diálogo social. “Os encontros mostram que nós não esta- mos parados. O grupo, composto pelos diversos atores sociais, está debaten- do questões importantes e construindo propostas para o futuro”, ressaltou. Saiba mais: portal.mte.gov.br O Sindicato dos Trabalhadores na Ad- ministração Pública Municipal (Stap) de Guarulhos promove nesta quinta (24), às 15 horas, ato de fortalecimento da mo- bilização contra perda de direitos no Re- gime Jurídico Único (RJU). Será na Pra- ça Getúlio Vargas, no Centro. Ontem, os servidores parciparam de concentra- ção no Paço Municipal, no Bom Clim.a Pedro Zano Filho, presidente do Stap, afirma: “Não somos contra a ado- ção de um regime único para todo o fun- cionalismo. Somos contra cortes”. Ele reitera que os Servidores não aceitam pagar por desajustes provocados por má gestão pública. “O governo deveria ter humildade e retomar o diálogo”, pontua Pedro. Terça (22), o Sindicato divulgou Car- ta Aberta à população na qual denuncia corte de direitos embudo na proposta do governo municipal. Saiba mais: stapguarulhos.org.br Metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entregaram nes- ta terça (22) pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2015 na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Principal propos- ta é aumento de salários com ganhos reais. Durante encontro com repre- sentantes patronais, Claudio Magrão, presidente da Federação da catego- ria, afirmou: “Já passamos muitas di- ficuldades, muitos períodos recessi- vos juntos, mas nunca deixamos de ter aumento salarial. Quando a situa- ção apertou (sobrevivência da indús- tria nacional ameaçada) sempre es- vemos ao lado de vocês [patrões].” São cerca de 750 mil metalúrgicos em São Paulo. Pouco antes da entre- ga da pauta, líderes sindicais promo- veram um ato em frente à entidade patronal, na avenida Paulista, e ma- nifestaram disposição para greves. “Sabemos que o País atravessa uma grave crise, já passamos por vá- rias delas e sempre conseguimos re- ajuste salarial. Sabemos que aumen- to de salário significa mais dinheiro na economia, o que é bom para to- dos. Nós fizemos alianças com a ban- cada patronal em vários momentos na defesa da indústria e do emprego. Agora, nossa prioridade é negociar o reajuste para os trabalhadores. Este pato (crise) não é nosso. Os empre- sários não querem pagar o pato e os trabalhadores também não”, desta- cou Miguel Torres, presidente do Sin- dicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, da CNTM (Confederação da categoria) e da Força Sindical. Receberam a pauta represen- tantes dos setores que compõem a cadeia metalúrgica, entre outros, máquinas, eletroeletrônicos, estam- paria, lâmpadas e grupo 10 (ilumina- ção). Data-base é 1º de novembro. Saiba mais: fsindical.org.br fedmetalsp.org.br Reunião na sede do Ministério do Trabalho e Emprego pactua medidas para fortalecimento do mercado Servidores de Guarulhos fazem ato nesta quinta (24) contra perda de direitos na mudança do Regime Jurídico Metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entregam pauta de reivindicações na sede da Fiesp CURTAS Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792 Sede Guarulhos 11 2475-6565 www.comerciariosdeguarulhos.org.br [email protected] Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300 www.metalurgico.org.br [email protected] RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICAL Toda quinta-feira, o bolem eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este bolem toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo. [email protected] Projetos que preveem jornada flexível ou variável tramitam no Congresso Câmara dos Deputados avalia dois Projetos de lei (PLs) que flexibilizam jornada: patrões deverão negociar acordos com Sindicatos Muitos especialistas em estra- tégia militar opinam que os russos não foram derrotados em 1812 e em 1941 porque não queriam ser derrotados. Em 1812 o poderoso exérci- to francês de Napoleão, experien- te e formado em várias batalhas vi- toriosas, atravessou quase toda a Europa e chegou a tomar Moscou. Napoleão esperava uma rendição, mas os russos, resolvidos a não ce- der, incendiaram a cidade e ata- caram as linhas de suprimento do exército francês. Napoleão, perple- xo, ordenou uma rerada catastró- fica, em pleno e rigoroso inverno e acossado pelos russos, pelo frio e pelas doenças amargou uma gran- de derrota estratégica. Os russos não quiseram se render e vence- ram. Em 1941 o então mais podero- so exército da Terra, o exército ale- mão, esmulado pelas estrondosas vitórias que vinha obtendo desde 1939, atacou de maneira traiçoei- ra a União Soviéca, penetrando com força em três direções princi- pais: norte, centro e sul. Mas os so- viécos não se renderam e apesar das imensas perdas em combaten- tes, em população, em equipamen- tos e em territórios, não admiram a derrota e depois de lutar na de- fensiva, passaram à ofensiva estra- tégica após a grande vitória militar em Stalingrado. Não quiseram per- der e foram vitoriosos. São várias as outras causas des- sas vitórias: erros dos franceses e dos alemães, ideologia, demogra- fia, geografia e até mesmo o cli- ma. Mas, como reafirmam os es- trategistas, os russos venceram porque não quiseram ser derrota- dos e souberam explorar, em seu favor, aqueles elementos mencio- nados acima. Estas lições históricas de guer- ras, repasso-as aos dirigentes sindi- cais. Para não sermos vencidos nas diceis situações que enfrentamos, precisamos mais que nunca da von- tade de não sermos derrotados, da vontade de resisr, de aumentar a representavidade e de garanr a unidade de ação. Piscinas externas do Parque Aquáco do Clube de Campo do Sindicato dos Metalúr- gicos de Guarulhos e Região reabre neste sábado (26). Em razão do forte calor, a en- dade decidiu antecipar a reabertura, pre- vista para o início de outubro. “No úlmo final de semana, mais de 3.400 pessoas es- veram no Clube. Foram 1.227 no sábado (19) e 2.181 domingo (20). Todos pediam para que reabríssemos as piscinas”, afirma o administrador do Clube, Antonio Augus- to de Jesus. O horário de funcionamento é das 8h20 às 17 horas. Durante a vigência do horário de verão, que começa dia 18 de ou- tubro, o horário será das 8h30 às 18 horas. Mais informações, (11) 2463-5300. Saiba mais: metalurgico.org.br Piscinas do Clube dos metalúrgicos de Guarulhos serão reabertas O ministro do Trabalho e Emprego, Ma- noel Dias, divulga nesta sexta (25), às 15h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro (SRTE/RJ), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) re- lavos ao mês de agosto. O ministro conce- derá entrevista coleva. Após, os dados se- rão disponibilizados no site do Ministério. Saiba mais: portal.mte.org.br Caged de agosto será divulgado nesta sexta (25) por Manoel Dias O Sindicato dos Comerciários de Guaru- lhos parcipou nesta terça (23) do Fórum Pró -Equidade de Gênero e de Raça no Centro Municipal de Educação Adamastor, região central da cidade. Representou a enda- de o diretor Luiz Ferreira Neto e o gestor do centro de Qualificação do Comerciário, Fer- nando Expedito Gomes de Carvalho. Obje- vo: debater metas e uma proposta de lança- mento oficial do Fórum, que acontecerá na primeira quinzena de novembro. Será criado site para ampliar debate sobre o tema. Re- presentantes de outros Sindicatos, além de endades empresariais, parciparam. Saiba mais: comerciariosdeguarulhos.org.br Sincomerciários integra fórum Pró-Equidade de Gênero e de Raça

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QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troad editora e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. (11) 2087-3304 (11) 947540103. WhatsApp: 11 9.6718-9312

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Page 1: Boletim Questão Sindical Ano 1 Número 16

No período julho de 1994 — mês de lançamento do Plano Real — a 2001, a dívida líquida do setor público brasilei-ro saltou de 29,29% para 51,57% do PIB. Além da remonetização da economia — que permitiria ao governo zerar sua dí-vida — houve a privatização de mais de 80 empresas, permitindo ao Estado arre-cadar US$ 60,1 bilhões e transferir US$ 13,3 bilhões em dívidas.

Foi o maior desastre fiscal da história do país.

A culpa foi das teorias liberais, da des-regulamentação da economia, do prima-do do mercado?

É evidente que não. O que ocorreu foi uma distorção deliberada das taxas pa-gas pelos títulos públicos, um assalto re-corrente aos cofres públicos que nada teve a ver com os princípios liberais.

Nos últimos dois anos, o país foi sub-metido a uma onda inédita de isenções fiscais, interferências indevidas em vá-rios temas econômicos, achatamento de tarifas casado com aumento das respon-sabilidades da Petrobras, que lançaram o país em uma nova crise fiscal.

Culpa do neodesenvolvimentismo, neokeynesianismo, nova matriz econô-mica ou o nome que se dê a esse con-junto de medidas? Evidente que não. Fo-ram erros individuais que não podem ser debitados a nenhuma escola econômica.

Quando bravos economistas como Marcos Lisboa e Samuel Pessoa atri-buem os desastres à suposta “nova ma-triz econômica”, eles tiram casquinha da crise, como seus colegas desenvolvimen-tistas analisando os desastres do gover-no FHC.

Podem alegar que foram esses prin-cípios de ativismo ideológico que per-mitiram ao governo Dilma exercitar o voluntarismo. Mas seus adversários de-senvolvimentistas podem alegar que foi a desregulamentação selvagem que per-mitiu ao Banco Central praticar as mais irresponsáveis taxas de juros, no perío-do FHC.

O que esses dois exemplos compro-vam é que desenvolvimento não se faz com mera ideologia: ou a desregulação total ou o intervencionismo selvagem. Ambos servem apenas como tacape in-telectual, na disputa entre tribos de eco-nomistas.

A política econômica, como um todo, é algo muito mais pragmática, um con-junto de medidas visando atender a projetos de país ou de setores, sendo construída no dia a dia, assim como a jurisprudência em cima dos postulados constitucionais. O importante é que haja ideias centrais, princípios fundadores, objetivos comuns. A construção restan-te se dá no dia a dia das disputas políti-cas — no Congresso, junto à opinião pú-blica e nos ministérios.

Por tudo isso, é hora de cada setor co-meçar a pensar claramente no seu pró-prio projeto de país, para uma grande discussão que se iniciará em breve, no rastro do fim de ciclo político que está posto na mesa.

Quem será o mediador? Quem acre-dita que com 7% de aprovação a presi-dente perdeu as condições, que preste atenção na última pesquisa do Ibope di-vulgada por José Roberto Toledo, do Es-tadão: apenas 11% aprovam Michel Te-mer, 11% Eduardo Cunha e 8% Renan Calheiros.

No domingo saiu importante entrevis-ta de Delfim Netto ao Estadão. Nela, diz ter votado em Dilma Rousseff, mas, devi-do às suas trapalhadas, acredita que Aé-cio Neves teria se saído melhor.

Exagerou. O único consolo dos que votaram em Dilma é a certeza, pelo que mostrou nesses meses todos como líder dos Revoltados Online, que Aécio Neves conseguiria ser pior.

QUESTÃO sindicalopinião

opinião

Os ecos desencontradosde um fim de ciclo político

Duas liçõesde guerra

24 de setembro de 2015 - número 16 - ano 111 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312

QUESTão sindical é uma publicação da Do LADo DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

Endereço: Rua iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355.

EXpEDiEnTE [email protected]

www.questaosindical.com.br

Setor do comércio reivindica mudança para poder contratar de acordo com demanda

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2820/2015, dos depu-tados Rogério Rosso (PSD-DF) e Gou-lart (PSD-SP), que altera o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que aprova a Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT), para dispor sobre a jorna-da flexível de trabalho.

A proposição prevê que a jornada de trabalho em regime de tempo parcial poderá ser flexível, se houver previsão em acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho.

A remuneração será proporcional às horas trabalhadas, podendo ser nego-ciado seu valor entre o empregador e o Sindicato, desde que o salário men-sal não some valor inferior ao salário

mínimo. E a jornada flexível de traba-lho deverá ser aplicada preferencial-mente para os trabalhadores estudan-tes e para os trabalhadores com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos de idade.

O projeto define ainda que a jornada de trabalho eventual é aquela realiza-da por no máximo 30 minutos por dia; a jornada de trabalho flexível ou inter-mitente é a realizada por no máximo 400 minutos por dia; jornada de traba-lho permanente, contínua ou eventual, acima de 400 minutos por dia.

Outra proposta com a mesma essên-cia é o PL 726/2015, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PCdoB-PE), que prevê que a adoção de jornada variável.

Ambas as matérias tramitam apen-sadas ao PL 4653/1994, do então de deputado Paulo Paim (PT-RS), que re-duz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

Atualmente aguarda parecer do re-lator, deputado Darcísio Perondi (PM-DB-RS), na Comissão de Seguridade So-cial e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados.

O setor do comércio reivindica as mudanças. O objetivo é poder contra-tar trabalhadores de acordo com a de-manda e a sazonalidade e reduzir mão de obra ociosa em períodos de menor movimento nas lojas.

Saiba mais: diap.org.br

FÓRUM

pRAçA GETúLio vARGAS

Pactuar medidas que permitam for-talecer o mercado de trabalho e melho-ras as políticas de empresa e renda no Brasil. Este foi o objetivo de reunião que aconteceu na sede do Ministério do Tra-balho na manhã desta quinta (24). Par-ticiparam representantes do governo, trabalhadores e empresários do Grupo de Trabalho (GT) do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência Social.

Foi também definido que a Casa Ci-

vil e os Ministérios da Fazenda (MF), do Planejamento, Orçamento e Ges-tão (MPOG) e o MTE irão constituir grupo técnico que representa a banca-da do governo, nos encontros prepara-tórios. As propostas envolvem temas como educação e qualificação profis-sional, economia solidária, aprendiza-gem e redução da informalidade, en-tre outras.

O espaço de discussão foi criado pela presidenta Dilma Rousseff para

ampliar a participação popular na for-mulação das políticas públicas sociais.

O secretário-executivo do Trabalho e Emprego, Francisco Ibiapina, ressaltou que o GT fortalece o diálogo social. “Os encontros mostram que nós não esta-mos parados. O grupo, composto pelos diversos atores sociais, está debaten-do questões importantes e construindo propostas para o futuro”, ressaltou.

Saiba mais: portal.mte.gov.br

O Sindicato dos Trabalhadores na Ad-ministração Pública Municipal (Stap) de Guarulhos promove nesta quinta (24), às 15 horas, ato de fortalecimento da mo-bilização contra perda de direitos no Re-gime Jurídico Único (RJU). Será na Pra-ça Getúlio Vargas, no Centro. Ontem, os servidores participaram de concentra-

ção no Paço Municipal, no Bom Clim.aPedro Zanotti Filho, presidente do

Stap, afirma: “Não somos contra a ado-ção de um regime único para todo o fun-cionalismo. Somos contra cortes”. Ele reitera que os Servidores não aceitam pagar por desajustes provocados por má gestão pública. “O governo deveria ter

humildade e retomar o diálogo”, pontua Pedro.

Terça (22), o Sindicato divulgou Car-ta Aberta à população na qual denuncia corte de direitos embutido na proposta do governo municipal.

Saiba mais: stapguarulhos.org.br

Metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entregaram nes-ta terça (22) pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2015 na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Principal propos-ta é aumento de salários com ganhos reais. Durante encontro com repre-sentantes patronais, Claudio Magrão, presidente da Federação da catego-ria, afirmou: “Já passamos muitas di-ficuldades, muitos períodos recessi-vos juntos, mas nunca deixamos de ter aumento salarial. Quando a situa-ção apertou (sobrevivência da indús-tria nacional ameaçada) sempre esti-vemos ao lado de vocês [patrões].”

São cerca de 750 mil metalúrgicos em São Paulo. Pouco antes da entre-ga da pauta, líderes sindicais promo-veram um ato em frente à entidade patronal, na avenida Paulista, e ma-nifestaram disposição para greves.

“Sabemos que o País atravessa uma grave crise, já passamos por vá-rias delas e sempre conseguimos re-ajuste salarial. Sabemos que aumen-to de salário significa mais dinheiro na economia, o que é bom para to-dos. Nós fizemos alianças com a ban-cada patronal em vários momentos na defesa da indústria e do emprego. Agora, nossa prioridade é negociar o reajuste para os trabalhadores. Este

pato (crise) não é nosso. Os empre-sários não querem pagar o pato e os trabalhadores também não”, desta-cou Miguel Torres, presidente do Sin-dicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, da CNTM (Confederação da categoria) e da Força Sindical.

Receberam a pauta represen-tantes dos setores que compõem a cadeia metalúrgica, entre outros, máquinas, eletroeletrônicos, estam-paria, lâmpadas e grupo 10 (ilumina-ção). Data-base é 1º de novembro.

Saiba mais:fsindical.org.brfedmetalsp.org.br

Reunião na sede do Ministério do Trabalho e Emprego pactua medidas para fortalecimento do mercado

Servidores de Guarulhos fazem ato nesta quinta (24)contra perda de direitos na mudança do Regime Jurídico

Metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo entregam pauta de reivindicações na sede da Fiesp

CURTAS

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RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICALToda quinta-feira, o boletim eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este boletim toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo.

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Projetos que preveem jornada flexívelou variável tramitam no Congresso

Câmara dos Deputados avalia dois Projetos de lei (PLs) que flexibilizam jornada: patrões deverão negociar acordos com Sindicatos

Muitos especialistas em estra-tégia militar opinam que os russos não foram derrotados em 1812 e em 1941 porque não queriam ser derrotados.

Em 1812 o poderoso exérci-to francês de Napoleão, experien-te e formado em várias batalhas vi-toriosas, atravessou quase toda a Europa e chegou a tomar Moscou. Napoleão esperava uma rendição, mas os russos, resolvidos a não ce-der, incendiaram a cidade e ata-caram as linhas de suprimento do exército francês. Napoleão, perple-xo, ordenou uma retirada catastró-fica, em pleno e rigoroso inverno e acossado pelos russos, pelo frio e pelas doenças amargou uma gran-de derrota estratégica. Os russos não quiseram se render e vence-ram.

Em 1941 o então mais podero-so exército da Terra, o exército ale-mão, estimulado pelas estrondosas vitórias que vinha obtendo desde 1939, atacou de maneira traiçoei-ra a União Soviética, penetrando com força em três direções princi-pais: norte, centro e sul. Mas os so-viéticos não se renderam e apesar das imensas perdas em combaten-tes, em população, em equipamen-tos e em territórios, não admitiram a derrota e depois de lutar na de-fensiva, passaram à ofensiva estra-tégica após a grande vitória militar em Stalingrado. Não quiseram per-der e foram vitoriosos.

São várias as outras causas des-sas vitórias: erros dos franceses e dos alemães, ideologia, demogra-fia, geografia e até mesmo o cli-ma. Mas, como reafirmam os es-trategistas, os russos venceram porque não quiseram ser derrota-dos e souberam explorar, em seu favor, aqueles elementos mencio-nados acima.

Estas lições históricas de guer-ras, repasso-as aos dirigentes sindi-cais. Para não sermos vencidos nas difíceis situações que enfrentamos, precisamos mais que nunca da von-tade de não sermos derrotados, da vontade de resistir, de aumentar a representatividade e de garantir a unidade de ação.

Piscinas externas do Parque Aquático do Clube de Campo do Sindicato dos Metalúr-gicos de Guarulhos e Região reabre neste sábado (26). Em razão do forte calor, a en-tidade decidiu antecipar a reabertura, pre-vista para o início de outubro. “No último final de semana, mais de 3.400 pessoas es-tiveram no Clube. Foram 1.227 no sábado (19) e 2.181 domingo (20). Todos pediam para que reabríssemos as piscinas”, afirma o administrador do Clube, Antonio Augus-to de Jesus. O horário de funcionamento é das 8h20 às 17 horas. Durante a vigência do horário de verão, que começa dia 18 de ou-tubro, o horário será das 8h30 às 18 horas. Mais informações, (11) 2463-5300.

Saiba mais: metalurgico.org.br

Piscinas do Clube dos metalúrgicos de Guarulhos serão reabertas

O ministro do Trabalho e Emprego, Ma-noel Dias, divulga nesta sexta (25), às 15h, na sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro (SRTE/RJ), os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) re-lativos ao mês de agosto. O ministro conce-derá entrevista coletiva. Após, os dados se-rão disponibilizados no site do Ministério.

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Caged de agosto será divulgado nesta sexta (25) por Manoel Dias

O Sindicato dos Comerciários de Guaru-lhos participou nesta terça (23) do Fórum Pró-Equidade de Gênero e de Raça no Centro Municipal de Educação Adamastor, região central da cidade. Representou a entida-de o diretor Luiz Ferreira Neto e o gestor do centro de Qualificação do Comerciário, Fer-nando Expedito Gomes de Carvalho. Objeti-vo: debater metas e uma proposta de lança-mento oficial do Fórum, que acontecerá na primeira quinzena de novembro. Será criado site para ampliar debate sobre o tema. Re-presentantes de outros Sindicatos, além de entidades empresariais, participaram.

Saiba mais: comerciariosdeguarulhos.org.br

Sincomerciários integra fórum Pró-Equidadede Gênero e de Raça