boletim questão sindical ano 1 número 24

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O fim da Guerra Fria afastou o fan- tasma da guerra nuclear, rerando do horizonte o risco de uma heca- tombe capaz de ameaçar nossa pró- pria existência. Foi um avanço his- tórico na construção de um mundo mais seguro e pacífico. Porém, muitos dos interesses con- flitantes entre nações e povos per- maneceram ou se agravaram. Isso foi empurrando as populações mais po- bres do Oriente Médio e de nações africanas para o islamismo radical, onde encontram idendade e voz. Os jovens, principalmente, são atraídos para o radicalismo e engrossam as fi- leiras de grupos armados locais ou li- gados ao terror internacional. Nas úlmas décadas, surgiram com força grupos como o Taleban, Al-Qaeda e Estado Islâmico. Infeliz- mente, a realidade é que todos eles, em algum momento, foram instru- mentalizados por potências ociden- tais a fim de interferir na geopolíca regional. O pano de fundo é o con- trole do petróleo e também o esco- amento de armamentos produzidos pela indústria bélica. Portanto, enquanto não mudar o padrão de relações – culturais, polí- cas e econômicas – entre as potências e esses povos a situação não evoluirá. É preciso colocar o diálogo na frente das armas, pois dialogar será sempre mais eficaz. Os países mais ricos, es- pecialmente Estados Unidos e mem- bros da União Europeia, estão diante desse desafio. Precisam agir com ra- cionalidade, caso contrário o radica- lismo encontrará mais adeptos, es- pecialmente entre jovens do Oriente ou descendentes de muçulmanos das periferias de metrópoles da Europa. A violência covarde pracada con- tra civis na França revolta a todos nós. A possibilidade de novos ata- ques obriga governos a adotar me- didas severas de segurança, que, mal ou bem, acabam açando a indústria de armas, para a qual nada mais con- traproducente do que a paz. Já vimos isso ocorrer depois do ataque às tor- res gêmeas, nos Estados Unidos. Observe que a recente onda de terror na França ocorre num momen- to de forte fluxo migratório para a Europa. Parte desses migrantes tem origem em muitas regiões africanas onde crescem focos de radicalismo religioso. Isso quer dizer que vão au- mentar as restrições à entrada de es- trangeiros, agravando os problemas sociais e o chamado terror econômi- co gerado pela exclusão. Nada é mais grave, dramáco e caro que a guerra. A superação da Guerra Fria foi um progresso fabu- loso para a humanidade. Mas as po- tências e órgãos como a ONU não conseguiram avançar o suficiente na prevenção e combate ao terror. Os atentados terroristas na França mos- tram que isso precisa ser feito, com urgência. É justo que as nações cui- dem de sua segurança. Mas, sem es- quecer, que o objevo final é a paz, sem a qual não haverá o progresso material e cultural real. Este argo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 18 de novembro de 2015. QUESTÃO sindical OPINIÃO OPINIÃO Paz em lugar de terror Sobre a crise ético-moral 19 de novembro de 2015 - número 24 - ano 1 11 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312 QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O bolem eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355. EXPEDIENTE [email protected] www.questaosindical.com.br O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) aprovou, na manhã desta quarta (18), uma recomen- dação para que as Endades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão) observem critérios de in- vesmento socialmente responsáveis. Objevo é fortalecer as ações na luta pelo trabalho decente. Para o ministro do Trabalho e Previ- dência Social (MTPS), Miguel Rosseo, a recomendação tem um caráter estra- tégico para o país. “Esta recomendação reforça a políca do Estado brasileiro na promoção do trabalho decente. Decisões como esta do Conselho têm impacto enorme na vida de milhões de brasileiros por promover a estabilidade econômica e social do país”. Os fundos de pensão têm patrimônio de R$ 700 bilhões invesdos no merca- do em diversas áreas, como ações em bolsa de valores, controle de empresas, parcipação em consórcios de rodovias e aeroportos, compra de tulos e de- bêntures de empresas privadas entre outros. Com a Recomendação assinada hoje, os fundos podem impor condições de invesmento em empresas que con- tribuam com a promoção do trabalho decente. A Recomendação é mais um instru- mento do governo brasileiro na pro- moção do cumprimento de princípios fundamentais do trabalho, associados à proibição do trabalho infantil e do trabalho forçado, e à proibição de prá- ticas discriminatórias ou que atentem à liberdade sindical e de associação. Além disso, recomenda prioridade de investimento em setores de alto nível de geração de emprego, especialmen- te em micro e pequenas empresas. A proposta foi apresentada pela Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC) do MTPS e dá seguimento ao protocolo firmado entre o ministério e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2011. Para viabilizar essas ações de conscientização, o MTPS assinou um acordo de cooperação técnica com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Comple - mentar (Abrapp). Saiba mais: mte.gov.br POR IGUALDADE ABONO Cerca de 20 mil pessoas parcipa- ram da Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, em Brasília, nesta quarta (18). Representantes das Centrais Sin- dicais apoiaram. Pela CTB, a dirigente Marilene baiana Betros afirma: “É mui- to importante para nós, mulheres ne- gras da Bahia, estado eminentemente negro, estarmos presentes nesta gran- de mobilização do nosso povo. Rece- bemos os menores salários, somos vio- lentadas e sofremos discriminação. Esta luta empondera a mulher negra e nos dá esperança de uma vida me- lhor, um mundo melhor, um mundo de igualdade”, afirmou Marilene Betros. “É também uma manifestação con- tra o racismo, que promove a aceita- ção da beleza negra. A mulher negra está no topo da lista das oprimidas. Além de ser víma do racismo, é tam- bém da violência e do machismo, em mais alto grau. Somos invisíveis em todas as frentes, todos os espaços. A gente costuma apoiar diversas pautas e as nossas, muitas vezes, são esque- cidas ou vai na bandeira das outras. Estes atos promovem nosso protago- nismo”, disse Ta Menezes, União de Negros pela Igualdade (Unegro). Manifestantes pró-impeachment e regime militar, acampados em frente ao Congresso, tentaram tumultuar a Marcha com ataques racistas e de vio- lência. Um policial civil do Maranhão, integrante do grupo acampado, dispa- rou três ros para o alto e acabou de- do pela Polícia Militar. O homem teve um revólver calibre 38 apreendido. Saiba mais: site das Centrais. Os trabalhadores nascidos em no- vembro poderão sacar o abono sala- rial do Programa de Integração Social (PIS) a partir desta quinta (19). O sa- que do benefício pode ser feito nas agências da Caixa Econômica Fede- ral ou por meio do Cartão do Cida- dão nos canais de autoatendimento do banco, casas lotéricas e corres- pondentes Caixa Aqui. Também se- rão pagos os rendimentos do saldo de quotas do PIS para os trabalha- dores cadastrados no programa até 4/10/1988. Para saber se tem direito a receber o benefício de um salário mínimo, o trabalhador pode ligar no 0800 726 0207, opção 1, ou consultar o site da Caixa. O recurso pode ser sacado até o dia 30 de junho de 2016. Os bene- fícios não retirados retornam ao Fun- do de Amparo ao Trabalhador (FAT). Correntistas da Caixa recebem o cré- dito do pagamento diretamente nas suas contas. Os pagamentos do pró- ximo mês estarão liberados a partir do dia 15 de dezembro, conforme ca- lendário abaixo. Saiba mais: brasil.gov.br Depois de debater o custeio das en- dades sindicais na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em outu- bro, o tema agora será pauta de reu- nião na Assembleia Legislava de São Paulo. Será dia 30, a parr das 9 ho- ras. O presidente da Comissão Espe- cial da Câmara sobre o Financiamen- to da Avidade Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o relator, o deputado federal Bebeto (PSB-BA) devem parcipar. Dirigentes sindicais apresentarão propostas dos trabalhadores. “A manutenção e a defesa intransi- gente da Unicidade Sindical em todos os níveis é o que garante ao trabalha- dor brasileiro uma representação sindi- cal digna, transparente e independen- te, configurando-se como instrumento indispensável para a obtenção de con- quistas e preservação de direitos. Infe- lizmente, setores que deveriam zelar pela manutenção e pela integridade deste direito dos trabalhadores vêm se movimentando para solapar o disposi- vo constucional e aviltar e, ao mes- mo tempo, pôr em risco e atentar con- tra o movimento sindical brasileiro e o direito de todo trabalhador em ser bem representado”, defende Carlos Al- berto Schmi, presidente da Confede- ração Nacional dos Profissionais Libe- rais (CNPL). Saiba mais: sites das Centrais. Cerca de 20 mil participaram da Marcha das Mulheres Negras em Brasília nesta quarta (18); Centrais estiveram presentes Trabalhadores nascidos em novembro podem sacar o dinheiro do PIS a partir desta quinta (19) Custeio das entidades sindicais será tema de debate na Assembleia Legislativa de São Paulo no próximo dia 30 CURTAS Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792 Sede Guarulhos 11 2475-6565 www.comerciariosdeguarulhos.org.br [email protected] Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300 www.metalurgico.org.br [email protected] RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICAL Toda quinta-feira, o bolem eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este bolem toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para bolem@questaosindical. com.br. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo. [email protected] Conselho Nacional da Previdência fortalece ações em prol do trabalho decente A crise éco-moral que a imprensa e a oposi- ção atribuem aos governos da úlma década é, na verdade, bem mais anga, apenas era desconheci- da da população. Para ilustrar, basta dizer que nos úlmos doze anos houve significava redução da cultura do segre- do, com a aprovação e incorporação ao ordenamen- to jurídico brasileiro de uma série de leis e emendas à Constuição com o propósito de ampliar a transparên- cia, o controle, o acesso à informação e o combate à corrupção, entre as quais: • Lei da transparência, que obriga a disponibiliza- ção, em tempo real, dos gastos governamentais nos três níveis (Lei Complementar nº 131/2009, conheci- da como Lei Capiberibe); • A Lei de Captação de Sufrágio que aceita a evi- dência do dolo para efeito de cassação de registro e de mandato (Lei 12.034/2009); • Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010); • Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011); • Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro (Lei nº 12.683/2011); • Lei de Conflito de Interesses (Lei nº 12.813/2013); • Lei de Responsabilização da Pessoa Jurídica, ou Lei Ancorrupção (Lei nº 12.846/2013); • Lei da Delação Premiada, ou lei que trata de orga- nizações criminosas (Lei nº 12.850/2013); e • Emenda Constucional do voto aberto na cas- sação de mandatos e apreciação de vetos (EC nº 76/2013). Nesse período houve importante mudança de pa- radigma na relação entre público e privado. Nunca os órgãos de fiscalização e controle (PF, CGU, TCU, MPU, Coaf etc.) veram tanta liberdade para atuar como na úlma década. Nas gestões do PT, essas instuições deixaram de atuar como órgãos de governo e passa- ram a agir como órgãos de Estado. Mas não para por aí. Brevemente, com a sanção do projeto de lei que garante o direito de resposta nos ve- ículos de comunicação, a verdade virá à tona com mui- to mais nidez, inclusive para denunciar a parcialidade intencional de nossa imprensa comercial. Sem a legislação citada nem a liberdade de atua- ção dos órgãos de fiscalização, não havia transparência nem mecanismos de controle capazes de expor com clareza as trapaças ou desvios pracados por agentes públicos e privados. A diferença agora, portanto, é que o governo ela- borou leis que jogaram luz sobre os desvios. As irre- gularidades ou ilegalidades passaram a ser de domínio público e seus responsáveis, a responder por elas, in- clusive com cadeia. Mal comparando, seria como se alguém com seis graus de miopia que enxergasse tudo embaçado pas- sasse a usar óculos e a ver tudo com nidez. Mas, como a miopia foi reduzida de modo gradual, à ra- zão de meio grau a cada ano, e o governo não divul- gou que estava melhorando a visão do povo, as pesso- as não percebiam a melhora. Seria como a fábula do sapo fervido. Se alguém joga um sapo numa panela com água fervendo, ele imediatamente pula fora. Entretanto, se for coloca- do na panela com água fria, que em seguida vai para o fogo, o sapo vai se acomodando dentro da panela até morrer, mas não pula fora. É nesse contexto que se deve analisar a crise mo- ral e o emprego do moralismo jusceiro, pelo qual de- sejam criminalizar um pardo e seu governo, a parr da disseminação da raiva, do ódio e do rancor. Na ver- dade, trata-se de tentava de abreviar ou interromper um programa de governo que radicaliza na transpa- rência e desnuda a hipocrisia reinante em nossa elite, além de colocar na cadeia tubarões que antes corrom- piam impunemente. Por tudo isso é que se pode afirmar que a prá- ca da corrupção, que sempre deve ser denunciada, e com a exigência de punição exemplar aos seus respon- sáveis, não surgiu nos governos do PT nem será exnta com a conclusão dos mandatos pestas. Ela é inerente ao ser humano e, portanto, sempre irá exisr. A diferença é que agora o Brasil dispõe de meios e instrumentos legais para detectá-la e propor sua puni- ção. É por isso que tem muita gente graúda já na ca- deia. E é por isso que, sob o pretexto de que a cor- rupção foi inventada nos úlmos 12 anos, querem interromper a connuidade do atual governo. Texto publicado originalmente na revista eletrônica “Teoria e Debate” Reunião do Conselho Nacional de Previdência Complementar nesta quarta (18) aprova critérios para investimentos socialmente responsáveis A segunda edição da Semana do Tra- balho, Emprego e Renda, que aconte- ceu no Vale do Anhangabaú (centro da capital paulista), promovida pela Pre- feitura de São Paulo, por meio da Se- cretaria Municipal do Desenvolvimen- to, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), atendeu mais de 12 mil pesso- as. Do total, 10.257 pessoas foram en- caminhadas para vagas de emprego; 6.661 foram pré-aprovadas. Foram cin- co dias de atendimento. Próximas edi- ções do evento devem acontecer nas Zonas Leste e Sul da capital. Saiba mais: hp://goo.gl/eIhUvT Semana do Trabalho, Emprego e Renda atende mais de 12 mil pessoas Elecon (Parque das Nações) e Marí- lia (Macedo) disputarão, dia 29 de no- vembro, a final do 22º Campeonato de Futebol dos Metalúrgicos. Às 9 horas, entram em campo Júlio Simões (Cum- bica) e Tecfil A (Cumbica) na luta pela terceira posição. “Os quatro primeiros colocados vão receber troféus e meda- lhas. Também serão homenageados o arlheiro e o goleiro menos vazado”, comenta José Barros da Silva Neto, di- retor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, membro do De- partamento de Esportes da endade. Saiba mais: metalurgico.org.br Elecon e Marília disputam final do campeonato de futebol dos metalúrgicos O servidor associado do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública (Stap) de Guarulhos pode fre- quentar o recém-inaugurado Clube de Campo da categoria gratuitamente. O presidente da endade, Pedro Zanot- Filho, explica: “A princípio, estáva- mos cobrando um valor irrisório, ape- nas para manutenção e conservação do Clube. Porém, com esforço do Sin- dicato, não existe mais a necessidade de pagamento de taxa.” Mais informa- ções: 2468-2607. Falar com Andressa ou Luanda. Saiba mais: stapguarulhos.org.br Clube de Campo dos Servidores de Guarulhos é gratuito para sócios Ministro Miguel Rossetto destaca papel estratégico fundamental em recomendação a “fundos de pensão” DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

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QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troad editora e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. (11) 2087-3304 (11) 947540103. WhatsApp: 11 9.4754-0103

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O fim da Guerra Fria afastou o fan-tasma da guerra nuclear, retirando do horizonte o risco de uma heca-tombe capaz de ameaçar nossa pró-pria existência. Foi um avanço his-tórico na construção de um mundo mais seguro e pacífico.

Porém, muitos dos interesses con-flitantes entre nações e povos per-maneceram ou se agravaram. Isso foi empurrando as populações mais po-bres do Oriente Médio e de nações africanas para o islamismo radical, onde encontram identidade e voz. Os jovens, principalmente, são atraídos para o radicalismo e engrossam as fi-leiras de grupos armados locais ou li-gados ao terror internacional.

Nas últimas décadas, surgiram com força grupos como o Taleban, Al-Qaeda e Estado Islâmico. Infeliz-mente, a realidade é que todos eles, em algum momento, foram instru-mentalizados por potências ociden-tais a fim de interferir na geopolítica regional. O pano de fundo é o con-trole do petróleo e também o esco-amento de armamentos produzidos pela indústria bélica.

Portanto, enquanto não mudar o padrão de relações – culturais, políti-cas e econômicas – entre as potências e esses povos a situação não evoluirá. É preciso colocar o diálogo na frente das armas, pois dialogar será sempre mais eficaz. Os países mais ricos, es-pecialmente Estados Unidos e mem-bros da União Europeia, estão diante desse desafio. Precisam agir com ra-cionalidade, caso contrário o radica-lismo encontrará mais adeptos, es-pecialmente entre jovens do Oriente ou descendentes de muçulmanos das periferias de metrópoles da Europa.

A violência covarde praticada con-tra civis na França revolta a todos nós. A possibilidade de novos ata-ques obriga governos a adotar me-didas severas de segurança, que, mal ou bem, acabam atiçando a indústria de armas, para a qual nada mais con-traproducente do que a paz. Já vimos isso ocorrer depois do ataque às tor-res gêmeas, nos Estados Unidos.

Observe que a recente onda de terror na França ocorre num momen-to de forte fluxo migratório para a Europa. Parte desses migrantes tem origem em muitas regiões africanas onde crescem focos de radicalismo religioso. Isso quer dizer que vão au-mentar as restrições à entrada de es-trangeiros, agravando os problemas sociais e o chamado terror econômi-co gerado pela exclusão.

Nada é mais grave, dramático e caro que a guerra. A superação da Guerra Fria foi um progresso fabu-loso para a humanidade. Mas as po-tências e órgãos como a ONU não conseguiram avançar o suficiente na prevenção e combate ao terror. Os atentados terroristas na França mos-tram que isso precisa ser feito, com urgência. É justo que as nações cui-dem de sua segurança. Mas, sem es-quecer, que o objetivo final é a paz, sem a qual não haverá o progresso material e cultural real.

Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos

Hoje, dia 18 de novembro de 2015.

QUESTÃO sindicalOPINIÃO

OPINIÃO

Paz em lugar de terror

Sobre a crise ético-moral

19 de novembro de 2015 - número 24 - ano 111 - 2087-3304 / 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312

QUESTÃO sindical é uma publicação da DO LADO DE KA Soluções em Comunicação e Troadeditora.com.br Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 2087-3304 e (11) 3843-0355.

EXPEDIENTE [email protected]

www.questaosindical.com.br

O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) aprovou, na manhã desta quarta (18), uma recomen-dação para que as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão) observem critérios de in-vestimento socialmente responsáveis. Objetivo é fortalecer as ações na luta pelo trabalho decente.

Para o ministro do Trabalho e Previ-dência Social (MTPS), Miguel Rossetto, a recomendação tem um caráter estra-tégico para o país. “Esta recomendação reforça a política do Estado brasileiro na promoção do trabalho decente. Decisões como esta do Conselho têm impacto enorme na vida de milhões de brasileiros por promover a estabilidade econômica e social do país”.

Os fundos de pensão têm patrimônio de R$ 700 bilhões investidos no merca-do em diversas áreas, como ações em bolsa de valores, controle de empresas, participação em consórcios de rodovias e aeroportos, compra de títulos e de-bêntures de empresas privadas entre outros. Com a Recomendação assinada hoje, os fundos podem impor condições de investimento em empresas que con-tribuam com a promoção do trabalho decente.

A Recomendação é mais um instru-mento do governo brasileiro na pro-moção do cumprimento de princípios fundamentais do trabalho, associados à proibição do trabalho infantil e do trabalho forçado, e à proibição de prá-ticas discriminatórias ou que atentem

à liberdade sindical e de associação. Além disso, recomenda prioridade de investimento em setores de alto nível de geração de emprego, especialmen-te em micro e pequenas empresas.

A proposta foi apresentada pela Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC) do MTPS e dá seguimento ao protocolo firmado entre o ministério e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2011. Para viabilizar essas ações de conscientização, o MTPS assinou um acordo de cooperação técnica com a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Comple-mentar (Abrapp).

Saiba mais: mte.gov.br

POR IGUALDADE

ABONO

Cerca de 20 mil pessoas participa-ram da Marcha das Mulheres Negras – Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver, em Brasília, nesta quarta (18). Representantes das Centrais Sin-dicais apoiaram. Pela CTB, a dirigente Marilene baiana Betros afirma: “É mui-to importante para nós, mulheres ne-gras da Bahia, estado eminentemente negro, estarmos presentes nesta gran-de mobilização do nosso povo. Rece-bemos os menores salários, somos vio-lentadas e sofremos discriminação. Esta luta empondera a mulher negra

e nos dá esperança de uma vida me-lhor, um mundo melhor, um mundo de igualdade”, afirmou Marilene Betros.

“É também uma manifestação con-tra o racismo, que promove a aceita-ção da beleza negra. A mulher negra está no topo da lista das oprimidas. Além de ser vítima do racismo, é tam-bém da violência e do machismo, em mais alto grau. Somos invisíveis em todas as frentes, todos os espaços. A gente costuma apoiar diversas pautas e as nossas, muitas vezes, são esque-cidas ou vai na bandeira das outras.

Estes atos promovem nosso protago-nismo”, disse Tati Menezes, União de Negros pela Igualdade (Unegro).

Manifestantes pró-impeachment e regime militar, acampados em frente ao Congresso, tentaram tumultuar a Marcha com ataques racistas e de vio-lência. Um policial civil do Maranhão, integrante do grupo acampado, dispa-rou três tiros para o alto e acabou deti-do pela Polícia Militar. O homem teve um revólver calibre 38 apreendido.

Saiba mais: site das Centrais.

Os trabalhadores nascidos em no-vembro poderão sacar o abono sala-rial do Programa de Integração Social (PIS) a partir desta quinta (19). O sa-que do benefício pode ser feito nas agências da Caixa Econômica Fede-ral ou por meio do Cartão do Cida-dão nos canais de autoatendimento do banco, casas lotéricas e corres-pondentes Caixa Aqui. Também se-

rão pagos os rendimentos do saldo de quotas do PIS para os trabalha-dores cadastrados no programa até 4/10/1988.

Para saber se tem direito a receber o benefício de um salário mínimo, o trabalhador pode ligar no 0800 726 0207, opção 1, ou consultar o site da Caixa. O recurso pode ser sacado até o dia 30 de junho de 2016. Os bene-

fícios não retirados retornam ao Fun-do de Amparo ao Trabalhador (FAT). Correntistas da Caixa recebem o cré-dito do pagamento diretamente nas suas contas. Os pagamentos do pró-ximo mês estarão liberados a partir do dia 15 de dezembro, conforme ca-lendário abaixo.

Saiba mais: brasil.gov.br

Depois de debater o custeio das en-tidades sindicais na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em outu-bro, o tema agora será pauta de reu-nião na Assembleia Legislativa de São Paulo. Será dia 30, a partir das 9 ho-ras. O presidente da Comissão Espe-cial da Câmara sobre o Financiamen-to da Atividade Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o relator, o deputado federal Bebeto (PSB-BA) devem participar. Dirigentes

sindicais apresentarão propostas dos trabalhadores.

“A manutenção e a defesa intransi-gente da Unicidade Sindical em todos os níveis é o que garante ao trabalha-dor brasileiro uma representação sindi-cal digna, transparente e independen-te, configurando-se como instrumento indispensável para a obtenção de con-quistas e preservação de direitos. Infe-lizmente, setores que deveriam zelar pela manutenção e pela integridade

deste direito dos trabalhadores vêm se movimentando para solapar o disposi-tivo constitucional e aviltar e, ao mes-mo tempo, pôr em risco e atentar con-tra o movimento sindical brasileiro e o direito de todo trabalhador em ser bem representado”, defende Carlos Al-berto Schmitt, presidente da Confede-ração Nacional dos Profissionais Libe-rais (CNPL).

Saiba mais: sites das Centrais.

Cerca de 20 mil participaram da Marcha das Mulheres Negrasem Brasília nesta quarta (18); Centrais estiveram presentes

Trabalhadores nascidos em novembro podem sacaro dinheiro do PIS a partir desta quinta (19)

Custeio das entidades sindicais será tema de debatena Assembleia Legislativa de São Paulo no próximo dia 30

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Conselho Nacional da Previdênciafortalece ações em prol do trabalho decente

A crise ético-moral que a imprensa e a oposi-ção atribuem aos governos da última década é, na verdade, bem mais antiga, apenas era desconheci-da da população.

Para ilustrar, basta dizer que nos últimos doze anos houve significativa redução da cultura do segre-do, com a aprovação e incorporação ao ordenamen-to jurídico brasileiro de uma série de leis e emendas à Constituição com o propósito de ampliar a transparên-cia, o controle, o acesso à informação e o combate à corrupção, entre as quais:

• Lei da transparência, que obriga a disponibiliza-ção, em tempo real, dos gastos governamentais nos três níveis (Lei Complementar nº 131/2009, conheci-da como Lei Capiberibe);

• A Lei de Captação de Sufrágio que aceita a evi-dência do dolo para efeito de cassação de registro e de mandato (Lei 12.034/2009);

• Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar nº 135/2010);

• Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011);• Lei de Combate à Lavagem de Dinheiro (Lei nº

12.683/2011);• Lei de Conflito de Interesses (Lei nº 12.813/2013);• Lei de Responsabilização da Pessoa Jurídica, ou

Lei Anticorrupção (Lei nº 12.846/2013);• Lei da Delação Premiada, ou lei que trata de orga-

nizações criminosas (Lei nº 12.850/2013); e• Emenda Constitucional do voto aberto na cas-

sação de mandatos e apreciação de vetos (EC nº 76/2013).

Nesse período houve importante mudança de pa-radigma na relação entre público e privado. Nunca os órgãos de fiscalização e controle (PF, CGU, TCU, MPU, Coaf etc.) tiveram tanta liberdade para atuar como na última década. Nas gestões do PT, essas instituições deixaram de atuar como órgãos de governo e passa-ram a agir como órgãos de Estado.

Mas não para por aí. Brevemente, com a sanção do projeto de lei que garante o direito de resposta nos ve-ículos de comunicação, a verdade virá à tona com mui-to mais nitidez, inclusive para denunciar a parcialidade intencional de nossa imprensa comercial.

Sem a legislação citada nem a liberdade de atua-ção dos órgãos de fiscalização, não havia transparência nem mecanismos de controle capazes de expor com clareza as trapaças ou desvios praticados por agentes públicos e privados.

A diferença agora, portanto, é que o governo ela-borou leis que jogaram luz sobre os desvios. As irre-gularidades ou ilegalidades passaram a ser de domínio público e seus responsáveis, a responder por elas, in-clusive com cadeia.

Mal comparando, seria como se alguém com seis graus de miopia que enxergasse tudo embaçado pas-sasse a usar óculos e a ver tudo com nitidez. Mas, como a miopia foi reduzida de modo gradual, à ra-zão de meio grau a cada ano, e o governo não divul-gou que estava melhorando a visão do povo, as pesso-as não percebiam a melhora.

Seria como a fábula do sapo fervido. Se alguém joga um sapo numa panela com água fervendo, ele imediatamente pula fora. Entretanto, se for coloca-do na panela com água fria, que em seguida vai para o fogo, o sapo vai se acomodando dentro da panela até morrer, mas não pula fora.

É nesse contexto que se deve analisar a crise mo-ral e o emprego do moralismo justiceiro, pelo qual de-sejam criminalizar um partido e seu governo, a partir da disseminação da raiva, do ódio e do rancor. Na ver-dade, trata-se de tentativa de abreviar ou interromper um programa de governo que radicaliza na transpa-rência e desnuda a hipocrisia reinante em nossa elite, além de colocar na cadeia tubarões que antes corrom-piam impunemente.

Por tudo isso é que se pode afirmar que a práti-ca da corrupção, que sempre deve ser denunciada, e com a exigência de punição exemplar aos seus respon-sáveis, não surgiu nos governos do PT nem será extinta com a conclusão dos mandatos petistas. Ela é inerente ao ser humano e, portanto, sempre irá existir.

A diferença é que agora o Brasil dispõe de meios e instrumentos legais para detectá-la e propor sua puni-ção. É por isso que tem muita gente graúda já na ca-deia. E é por isso que, sob o pretexto de que a cor-rupção foi inventada nos últimos 12 anos, querem interromper a continuidade do atual governo. Texto publicado originalmente na revista eletrônica “Teoria e Debate”

Reunião do Conselho Nacional de Previdência Complementar nesta quarta (18) aprova critérios para investimentos socialmente responsáveis

A segunda edição da Semana do Tra-balho, Emprego e Renda, que aconte-ceu no Vale do Anhangabaú (centro da capital paulista), promovida pela Pre-feitura de São Paulo, por meio da Se-cretaria Municipal do Desenvolvimen-to, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE), atendeu mais de 12 mil pesso-as. Do total, 10.257 pessoas foram en-caminhadas para vagas de emprego; 6.661 foram pré-aprovadas. Foram cin-co dias de atendimento. Próximas edi-ções do evento devem acontecer nas Zonas Leste e Sul da capital.

Saiba mais: http://goo.gl/eIhUvT

Semana do Trabalho, Emprego e Renda atende mais de 12 mil pessoas

Elecon (Parque das Nações) e Marí-lia (Macedo) disputarão, dia 29 de no-vembro, a final do 22º Campeonato de Futebol dos Metalúrgicos. Às 9 horas, entram em campo Júlio Simões (Cum-bica) e Tecfil A (Cumbica) na luta pela terceira posição. “Os quatro primeiros colocados vão receber troféus e meda-lhas. Também serão homenageados o artilheiro e o goleiro menos vazado”, comenta José Barros da Silva Neto, di-retor do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, membro do De-partamento de Esportes da entidade.

Saiba mais: metalurgico.org.br

Elecon e Marília disputam final do campeonato de futebol dos metalúrgicos

O servidor associado do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública (Stap) de Guarulhos pode fre-quentar o recém-inaugurado Clube de Campo da categoria gratuitamente. O presidente da entidade, Pedro Zanot-ti Filho, explica: “A princípio, estáva-mos cobrando um valor irrisório, ape-nas para manutenção e conservação do Clube. Porém, com esforço do Sin-dicato, não existe mais a necessidade de pagamento de taxa.” Mais informa-ções: 2468-2607. Falar com Andressa ou Luanda.

Saiba mais: stapguarulhos.org.br

Clube de Campo dos Servidores de Guarulhosé gratuito para sócios

Ministro Miguel Rossetto destaca papel estratégico fundamental em recomendação a “fundos de pensão”DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO