boletim questão sindical ano 1 número 34

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QUESTÃO sindical 25 de fevereiro de 2016 - número 34 - ano 1 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312 EXPEDIENTE [email protected] www.questaosindical.com.br RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICAL Toda quinta-feira, o bolem eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este bolem toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo. [email protected] QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 3843-0355. É irreal o grau de ingenuidade de setores do PT e do governo, aliviados com as infor- mações que constam nos documentos que embasaram a Operação Acarajé, de que não há nenhuma evidência de que o mar- queteiro João Santana tenha recebido di- nheiro ilegal para as campanhas de Lula e Dilma. Então, o juiz Sérgio Moro teria autoriza- do a prisão de Santana por suspeita de fi- nanciamento oculto para as campanhas presidenciais na República Dominicana? É evidente que o objevo de Sérgio Moro é derrubar o governo. É evidente que Moro está alinhado à oposição e à estraté- gia de Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Su- perior eleitoral). Pessoas minimamente antenadas te- riam percebido desde o início a estratégia de Moro – porque é óbvia, pouco sul. É im- pressionante, no entanto, a facilidade com que iludiu seus principais alvos, a presiden- te Dilma Rousseff e seu conselheiro-mor, o Ministro da Jusça José Eduardo Cardozo. Há duas lógicas na Lava Jato: uma, a ló- gica políco-midiáca, de criar o clima para o golpe final; e a lógica jurídica. Juízes só julgam sobre o que está nos au- tos. Pode-se fazer a campanha políca mais radical, mais evidente, desde que não cons- te dos autos. Constando dos autos, assim que os processos saírem do Paraná os tri- bunais superiores poderão reconhecer a parcialidade do juiz e a intenção políca da Lava Jato. A estratégia da Lava Jato foi simples. De posse das informações levantadas, com o poder de editar como bem entendesse, já que aliada à mídia, a Lava Jato direcionou todas as invesgações para o lado de Lula e alimentou a mais pernaz campanha de desconstrução da imagem de uma pessoa pública, desde a campanha contra Getulio Vargas em 1954. A prisão da nata da malandragem teve como único objevo recolher informações de ordem políca. Depois, todos foram libe- rados, assim como Alberto Yousseff na Ope- ração Banestado. A campanha midiáca teve por obje- vo esmular o clamor popular e demolir as resistências do Judiciário contra os abu- sos da operação, até que o consenso popu- lar faça o Judiciário assimilar qualquer Fiat Elba. Enquanto os delegados vazavam toda sorte de factoides, e os procuradores todo po de discurso políco, os autos permane- ceram impolutos: não há nada contra Lula, Lula não está sendo invesgado, Lula não é suspeito. No reino colorido de Brasília, o conse- lheiro José Eduardo Cardozo acalmava a Rainha Dilma e lhe dizia: - Viu? Não há o que temer. A operação é republicana. Ontem, na véspera de se consumar o es- tupro, começou a cair a ficha das virgens do Planalto de que havia algo de estranho no comportamento de Sérgio Moro. Provavelmente, é o mais ingênuo gover- no da história do país. Nem Wenceslau Braz conseguiu superá-lo. A estratégia do governo de não realizar nenhuma correção na tabela do Imposto de Renda em 2016 (que o contribuinte vai declarar em 2017) fará com que paguemos ainda mais IR. Simulações feitas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tribu- tação (IBPT) mostram que se a tabela de base de cálculo fosse ajustada ao menos em 4,5%, como nos últimos anos, o valor da “mordida do leão” no ano seria de 5% a 26% menor, dependendo da faixa salarial. Segundo estudo do Sindifisco Nacional, a defasagem acumulada entre a inflação e a correção da tabela chegou a 72% nos últimos 20 anos. Somente no último ano houve uma defasagem média de 4,81%. Hoje só não paga Imposto de Renda na fonte quem ganha até R$ 1.903,98 mensais. Se a tabela tives- se sido corrigida nos últimos anos acompanhando sempre a inflação, o limite de isenção estaria em R$ 3.250, segundo o IBPT. Esse descompasso acaba afe- tando, sobretudo, os brasileiros de menor renda, que com os reajustes nos salários, ainda que pequenos, acabam saindo do universo de isentos ou mudando de faixa de contribuição e se enquadrando em alíquotas mais elevadas. Isso configura um roubo no bolso do trabalhador. Conseguimos nos proteger, às vezes, do ladrão que vem arrancar nosso dinheiro à for- ça, mas do governo não tem como, ele vem e leva mesmo, sem dó nem piedade. Às vezes vemos gente reclamando de pagar R$ 20,00 para o sindicato, que mostra o que faz, que oferece serviços sociais de qualidade, den- tista, clube e ainda luta diariamente pelo trabalhador, mas poucas vezes vemos as pessoas reclamando que o governo não corrige a tabela do imposto de renda. O pior é que o governo não ofere- ce quase nada em troca. A educação é ruim, os hospitais são uma lástima, a segurança pública é um desastre. OPINIÃO OPINIÃO PPE INFRAESTRUTURA Pela correção da tabela do imposto de renda Moro e a exploração da ingenuidade imperial Centrais prometem atos em todo o País por emprego e nova política econômica Dia 15 de março, protestos em todo o País, organizado pelas Centrais Sin- dicais, reivindicarão emprego e mu- danças na políca econômica. Outro tema em pauta será a luta contra a re- forma da Previdência. O primeiro ato acontecerá em frente à Usiminas, na Baixada Sansta, contra as 1.800 de- missões de empregados diretos, cer- ca de 3 mil terceirizados e mais cerca de 1.000 funcionários de uma empre- sa de ferlizantes, em 2015, que saiu de São Paulo em busca de incenvos fiscais em Minas Gerais. “O reflexo [negavo na economia] na Baixada é muito forte, pois muitas pessoas moram em Guarujá, São Vi- cente, Praia Grande e Santos, e traba- lhavam ou trabalham em Cubatão”, la- menta Valdir Pestana, presidente da Federação dos Rodoviários-SP. “Já fa- lamos com o governador sobre o que vem acontecendo na empresa, que alega problemas com o ICMS (em São Paulo é de 18% e, em Minas, é de 9%)”, explica Sérgio Luiz Leite (Serginho), 1º secretário da Força Sindical. Miguel Torres, vice-presidente da Central, adianta que os protestos, em março, terá adesão em massa. “Va- mos mobilizar os trabalhadores de to- das as categorias. A intenção é parar a Baixada para mostrar nossa preocupa- ção com os desempregados, que cada vez demoram mais para arrumar outro emprego”. Outras regiões terão atos. “Escolhemos localidades onde o de- semprego teve grande impacto”, expli- ca Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP. “A proposta da Força é fazer este Dia de Luta pelo Emprego, pela Mudança da Políca Econômica e contra a Refor- ma da Previdência no dia 15 de março. Mas ainda precisa passar pelo crivo das outras Centrais”, pondera Miro Macha- do, presidente Sindicato dos portuários de Santos (do Sintraport). Para Torres, o governo tem de ado- tar medidas para movimentar a econo- mia, como a renovação da frota e uma políca para o setor siderúrgico. Saiba mais: fsindical.org.br O Programa de Proteção ao Empre- go (PPE) já preservou 52.876 empre- gos. Nesta quarta (24), o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) publicou mais 17 termos de adesão que vão beneficiar 6.123 empregados dos setores fabril, automobilísco, co- mercial, de educação e serviços de cin- co estados: Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Pau- lo. Com as novas inclusões, o número de empresas parcipantes chega a 89.. O ministro do MTPS, Miguel Ros- seo, defendeu o caráter inovador do programa porque mantém os empre- gos e conserva a capacidade produva das empresas: “A garana do empre- go é o objevo fundamental desse pro- grama. Garanr emprego numa situa- ção de dificuldade econômica, por um tempo determinado”. Rosseo lembrou que o programa permite às empresas uma redução na jornada de trabalho e nos salários dos empregados. Os trabalhadores, em contraparda, preservam o emprego e têm 50% da perda salarial ressarcida pelo governo (com limite de até 65% do valor do maior benecio do segu- ro-desemprego). “A redução de salário do trabalhador será sempre menor do que a redução da jornada de trabalho”, diz Rosseo.. O trabalhador ainda ga- rante o recolhimento dos encargos so- ciais, impostos e fundo de garana. As empresas podem aderir ao PPE até 31 de dezembro de 2016. Saiba mais: mte.gov.br O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, divulgou, Nota Pública que ressalta a indignação do Colégio de Presidentes e Correge- dores dos Tribunais Regionais do Tra- balho (Coleprecor) com os percentuais dos cortes orçamentários da Lei Orça- mentária Anual 2016 para o Judiciário Trabalhista Nacional. A nota qualifica o corte como um prejuízo na prestação jurisdicional tra- balhista. “Este ramo Especializado da Jusça não pode suportar indicados cortes que superam R$ 880 milhões, sendo, para os Regionais Trabalhistas, 29% de todo o montante solicitado para apreciação de causas, além do cancela- mento de 90% dos recursos para inves- mento, sob pena de precarização dos seus serviços prestados a toda popula- ção jurisdicional, além de evidente su- cateamento das instalações”, alega o Coleprecor no documento. O judiciário trabalhista do Brasil é composto hoje por 24 tribunais regio- nais, além do Tribunal Superior do Tra- balho (TST) e o Conselho Superior da Jusça do Trabalho (CSJT). Em 2014, de acordo com a Jusça em Números, do- cumento elaborado pelo Conselho Na- cional de Jusça (CNJ) para aprimorar os resultados da jusça brasileira, a Jusça do Trabalho concentra 20% dos magistrados e 15% dos servidores do Poder Judiciário brasileiro. Confira a Nota na íntegra no site da CSB: csbbrasil.org.br Saiba mais: csbbrasil.org.br A Agência Nacional de Energia Elétri- ca (Aneel) vai leiloar novos empreendi- mentos de transmissão da rede bási- ca. O pregão está previsto para 13 de abril, na sede da BM&FBOVESPA, em São Paulo. O edital do certame (Leilão nº 13/2015) foi aprovado nesta terça (23) pela diretoria colegiada da Aneel, na 5ª Reunião Pública Ordinária. Serão implantados aproximadamente 6,5 mil km de linhas de transmissão, além de 10.560 MVA em capacidade de subes- tações. Previsão é gerar 27.640 empre- gos diretos. Após análise das contribuições re- cebidas e reuniões de avaliação com o Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energéca (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), a Aneel optou pela rerada de parte de alguns lotes e reestruturação de ou- tros, o que culminou na divisão do cer- tame em duas etapas. Na primeira parte, prevista para abril, serão licitados 26 lotes de em- preendimentos localizados nos Esta- dos de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Maranhão, Mato Gros- so, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraí- ba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocanns. Esperam-se invesmentos na ordem de R$ 12,2 bilhões. Saiba mais: brasil.gov.br Número de trabalhadores beneficiados pelo Programa de Proteção ao Emprego chega a 53 mil TRT-15 divulga Nota Pública sobre corte de R$ 880 milhões no orçamento da Justiça do Trabalho Aneel licita 6,5 mil km de linhas de transmissão e prevê geração de 27.640 empregos diretos Metalúrgicos promovem debate na sede em Guarulhos O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região promove, neste sábado (27), a parr das 8h30, debate sobre emprego, direitos e saúde do trabalhador. É o primeiro de uma série de cinco encontros com trabalhadores da base. O evento acontece na sede da endade, região central da cidade (rua Harry Simonsen, 202). Este primeiro reunirá funcionários de indústrias dos seguintes bairros: Ponte Alta (Inocoop), Taboão, Vila Barros, Parque Cecap, Jar- dim São Roque, Bom Clima, Paraven, Cocaia, Macedo, Vila Rio, São João, La- vras e Jardim Presidente Dutra. Outros quatro encontros setoriais serão dias 2 de março, 30 de abril, 21 de maio e 25 de junho. Mais informações: (11) 2464-5300. Saiba mais: metalúrgico.org.br CURTAS Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792 Sede Guarulhos 11 2475-6565 www.comerciariosdeguarulhos.org.br [email protected] Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região (11) 2463.5300 www.metalurgico.org.br [email protected] SP amplia coleta seletiva e gera emprego e renda São Paulo começa a ampliar coleta seleva para mais 5 milhões de pesso- as. Até dezembro, todos os distritos da capital serão atendidos pelo Programa da Coleta Seleva, sendo que 14 deles estão recebendo ampliação dos serviços ainda este mês. Atualmente, 46 distritos têm coleta em todas as vias. O caminhão passa, e o jingle avisa em alto e bom som: “Olha a coleta aí”. O cidadão, que pode consultar pela internet a data e o horário que o serviço passará em seu endereço, é alertado e pode descartar todo o material reciclável, como garrafas pet, plásco, vidro ou papel. Os resíduos recolhidos são encaminhados para as duas primeiras centrais mecanizadas da história da cidade, inauguradas nos úlmos dois anos pela Prefeitura de São Paulo, munidas com equipamentos de alta tecnologia, e também para as cen- trais das cooperavas de catadores, que darão a desnação correta ao resíduo, gerando emprego, renda e preservando o meio ambiente. Vivemos em um pais de obrigações, onde nossos direitos não valem muita coisa. Nem saúde pública te- mos mais. Doenças explodindo pelo Brasil afora, como a tal da zika, coisa de lugares onde não se controla a proliferação de um mosquito, coisa de lugares onde impera o descaso, de todos nessa situação, população e governo. Não podemos aceitar, não po- demos desistir do Brasil. Temos de lutar e vamos lutar por um pais me- lhor, porque não temos outro. Dona Dilma, nós queremos a correção da tabela de imposto de renda. Se a senhora está precisando de mais dinheiro para cobrir os rombos no seu orçamento, arranque dos ban- queiros, que vêm batendo recordes de lucros, arranque dos milionários, não dos trabalhadores, que já vêm sofrendo com a inflação e o desem- prego. Não queremos saber de crise, queremos saber de soluções para a situação em que a senhora nos colocou. Trabalhadores de diversas categorias participarão das manifestações públicas; foco será regiões com mais desemprego

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QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus. Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: WhatsApp: 11 9.4754-0103

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QUESTÃO sindical25 de fevereiro de 2016 - número 34 - ano 1 11 - 3843-0355 / 11 9.6718-9312

EXPEDIENTE [email protected]

www.questaosindical.com.br

RECEBA GRATUITAMENTE O QUESTÃO SINDICALToda quinta-feira, o boletim eletrônico Questão Sindical é enviado aos e-mails cadastrados. Para você se cadastrar e também receber este boletim toda semana é bem simples. Basta enviar um e-mail para [email protected]. Pronto. Você receberá informação de qualidade sobre lutas, ações e conquistas do sindicalismo.

[email protected]

QUESTÃO sindical é uma publicação da Ubuntu Comunicação e Troadeditora.com.br e Assessoria de imprensa. O boletim eletrônico Questão Sindical é semanal, enviado aos e-mails cadastrados toda quinta-feira. Responsáveis: Marcelo Duarte Jatobá e Antônio Carlos de Jesus.

Endereço: Rua Iraci Santana, 81, Macedo, Guarulhos, São Paulo. Telefones: (11) 3843-0355.

É irreal o grau de ingenuidade de setores do PT e do governo, aliviados com as infor-mações que constam nos documentos que embasaram a Operação Acarajé, de que não há nenhuma evidência de que o mar-queteiro João Santana tenha recebido di-nheiro ilegal para as campanhas de Lula e Dilma.

Então, o juiz Sérgio Moro teria autoriza-do a prisão de Santana por suspeita de fi-nanciamento oculto para as campanhas presidenciais na República Dominicana?

É evidente que o objetivo de Sérgio Moro é derrubar o governo. É evidente que Moro está alinhado à oposição e à estraté-gia de Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Su-perior eleitoral).

Pessoas minimamente antenadas te-riam percebido desde o início a estratégia de Moro – porque é óbvia, pouco sutil. É im-pressionante, no entanto, a facilidade com que iludiu seus principais alvos, a presiden-te Dilma Rousseff e seu conselheiro-mor, o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.

Há duas lógicas na Lava Jato: uma, a ló-gica político-midiática, de criar o clima para o golpe final; e a lógica jurídica.

Juízes só julgam sobre o que está nos au-tos. Pode-se fazer a campanha política mais radical, mais evidente, desde que não cons-te dos autos. Constando dos autos, assim que os processos saírem do Paraná os tri-bunais superiores poderão reconhecer a parcialidade do juiz e a intenção política da Lava Jato.

A estratégia da Lava Jato foi simples. De posse das informações levantadas, com o poder de editar como bem entendesse, já que aliada à mídia, a Lava Jato direcionou todas as investigações para o lado de Lula e alimentou a mais pertinaz campanha de desconstrução da imagem de uma pessoa pública, desde a campanha contra Getulio Vargas em 1954.

A prisão da nata da malandragem teve como único objetivo recolher informações de ordem política. Depois, todos foram libe-rados, assim como Alberto Yousseff na Ope-ração Banestado.

A campanha midiática teve por obje-tivo estimular o clamor popular e demolir as resistências do Judiciário contra os abu-sos da operação, até que o consenso popu-lar faça o Judiciário assimilar qualquer Fiat Elba. Enquanto os delegados vazavam toda sorte de factoides, e os procuradores todo tipo de discurso político, os autos permane-ceram impolutos: não há nada contra Lula, Lula não está sendo investigado, Lula não é suspeito.

No reino colorido de Brasília, o conse-lheiro José Eduardo Cardozo acalmava a Rainha Dilma e lhe dizia:

- Viu? Não há o que temer. A operação é republicana.

Ontem, na véspera de se consumar o es-tupro, começou a cair a ficha das virgens do Planalto de que havia algo de estranho no comportamento de Sérgio Moro.

Provavelmente, é o mais ingênuo gover-no da história do país. Nem Wenceslau Braz conseguiu superá-lo.

A estratégia do governo de não realizar nenhuma correção na tabela do Imposto de Renda em 2016 (que o contribuinte vai declarar em 2017) fará com que paguemos ainda mais IR. Simulações feitas pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tribu-tação (IBPT) mostram que se a tabela de base de cálculo fosse ajustada ao menos em 4,5%, como nos últimos anos, o valor da “mordida do leão” no ano seria de 5% a 26% menor, dependendo da faixa salarial.

Segundo estudo do Sindifisco Nacional, a defasagem acumulada entre a inflação e a correção da tabela chegou a 72% nos últimos 20 anos. Somente no último ano houve uma defasagem média de 4,81%. Hoje só não paga Imposto de Renda na fonte quem ganha até R$ 1.903,98 mensais. Se a tabela tives-se sido corrigida nos últimos anos acompanhando sempre a inflação, o limite de isenção estaria em R$ 3.250, segundo o IBPT.

Esse descompasso acaba afe-tando, sobretudo, os brasileiros de menor renda, que com os reajustes nos salários, ainda que pequenos, acabam saindo do universo de isentos ou mudando de faixa de contribuição e se enquadrando em alíquotas mais elevadas.

Isso configura um roubo no bolso do trabalhador. Conseguimos nos proteger, às vezes, do ladrão que vem arrancar nosso dinheiro à for-ça, mas do governo não tem como, ele vem e leva mesmo, sem dó nem piedade.

Às vezes vemos gente reclamando de pagar R$ 20,00 para o sindicato, que mostra o que faz, que oferece serviços sociais de qualidade, den-tista, clube e ainda luta diariamente pelo trabalhador, mas poucas vezes vemos as pessoas reclamando que o governo não corrige a tabela do imposto de renda.

O pior é que o governo não ofere-ce quase nada em troca. A educação é ruim, os hospitais são uma lástima, a segurança pública é um desastre.

OPINIÃO

OPINIÃO PPE

INFRAESTRUTURA

Pela correção da tabela do imposto de renda

Moro e a exploraçãoda ingenuidade imperial

Centrais prometem atos em todo o Paíspor emprego e nova política econômica

Dia 15 de março, protestos em todo o País, organizado pelas Centrais Sin-dicais, reivindicarão emprego e mu-danças na política econômica. Outro tema em pauta será a luta contra a re-forma da Previdência. O primeiro ato acontecerá em frente à Usiminas, na Baixada Santista, contra as 1.800 de-missões de empregados diretos, cer-ca de 3 mil terceirizados e mais cerca de 1.000 funcionários de uma empre-sa de fertilizantes, em 2015, que saiu de São Paulo em busca de incentivos fiscais em Minas Gerais.

“O reflexo [negativo na economia] na Baixada é muito forte, pois muitas pessoas moram em Guarujá, São Vi-cente, Praia Grande e Santos, e traba-

lhavam ou trabalham em Cubatão”, la-menta Valdir Pestana, presidente da Federação dos Rodoviários-SP. “Já fa-lamos com o governador sobre o que vem acontecendo na empresa, que alega problemas com o ICMS (em São Paulo é de 18% e, em Minas, é de 9%)”, explica Sérgio Luiz Leite (Serginho), 1º secretário da Força Sindical.

Miguel Torres, vice-presidente da Central, adianta que os protestos, em março, terá adesão em massa. “Va-mos mobilizar os trabalhadores de to-das as categorias. A intenção é parar a Baixada para mostrar nossa preocupa-ção com os desempregados, que cada vez demoram mais para arrumar outro emprego”. Outras regiões terão atos.

“Escolhemos localidades onde o de-semprego teve grande impacto”, expli-ca Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical-SP.

“A proposta da Força é fazer este Dia de Luta pelo Emprego, pela Mudança da Política Econômica e contra a Refor-ma da Previdência no dia 15 de março. Mas ainda precisa passar pelo crivo das outras Centrais”, pondera Miro Macha-do, presidente Sindicato dos portuários de Santos (do Sintraport).

Para Torres, o governo tem de ado-tar medidas para movimentar a econo-mia, como a renovação da frota e uma política para o setor siderúrgico.

Saiba mais: fsindical.org.br

O Programa de Proteção ao Empre-go (PPE) já preservou 52.876 empre-gos. Nesta quarta (24), o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) publicou mais 17 termos de adesão que vão beneficiar 6.123 empregados dos setores fabril, automobilístico, co-mercial, de educação e serviços de cin-co estados: Amazonas, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Pau-lo. Com as novas inclusões, o número de empresas participantes chega a 89..

O ministro do MTPS, Miguel Ros-

setto, defendeu o caráter inovador do programa porque mantém os empre-gos e conserva a capacidade produtiva das empresas: “A garantia do empre-go é o objetivo fundamental desse pro-grama. Garantir emprego numa situa-ção de dificuldade econômica, por um tempo determinado”.

Rossetto lembrou que o programa permite às empresas uma redução na jornada de trabalho e nos salários dos empregados. Os trabalhadores, em contrapartida, preservam o emprego

e têm 50% da perda salarial ressarcida pelo governo (com limite de até 65% do valor do maior benefício do segu-ro-desemprego). “A redução de salário do trabalhador será sempre menor do que a redução da jornada de trabalho”, diz Rossetto.. O trabalhador ainda ga-rante o recolhimento dos encargos so-ciais, impostos e fundo de garantia.

As empresas podem aderir ao PPE até 31 de dezembro de 2016.

Saiba mais: mte.gov.br

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas, divulgou, Nota Pública que ressalta a indignação do Colégio de Presidentes e Correge-dores dos Tribunais Regionais do Tra-balho (Coleprecor) com os percentuais dos cortes orçamentários da Lei Orça-mentária Anual 2016 para o Judiciário Trabalhista Nacional.

A nota qualifica o corte como um prejuízo na prestação jurisdicional tra-balhista. “Este ramo Especializado da Justiça não pode suportar indicados

cortes que superam R$ 880 milhões, sendo, para os Regionais Trabalhistas, 29% de todo o montante solicitado para apreciação de causas, além do cancela-mento de 90% dos recursos para inves-timento, sob pena de precarização dos seus serviços prestados a toda popula-ção jurisdicional, além de evidente su-cateamento das instalações”, alega o Coleprecor no documento.

O judiciário trabalhista do Brasil é composto hoje por 24 tribunais regio-nais, além do Tribunal Superior do Tra-

balho (TST) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT). Em 2014, de acordo com a Justiça em Números, do-cumento elaborado pelo Conselho Na-cional de Justiça (CNJ) para aprimorar os resultados da justiça brasileira, a Justiça do Trabalho concentra 20% dos magistrados e 15% dos servidores do Poder Judiciário brasileiro.

Confira a Nota na íntegra no site da CSB: csbbrasil.org.br

Saiba mais: csbbrasil.org.br

A Agência Nacional de Energia Elétri-ca (Aneel) vai leiloar novos empreendi-mentos de transmissão da rede bási-ca. O pregão está previsto para 13 de abril, na sede da BM&FBOVESPA, em São Paulo. O edital do certame (Leilão nº 13/2015) foi aprovado nesta terça (23) pela diretoria colegiada da Aneel, na 5ª Reunião Pública Ordinária. Serão implantados aproximadamente 6,5 mil km de linhas de transmissão, além de 10.560 MVA em capacidade de subes-

tações. Previsão é gerar 27.640 empre-gos diretos.

Após análise das contribuições re-cebidas e reuniões de avaliação com o Ministério de Minas e Energia (MME), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Operador Nacional do Sistema (ONS), a Aneel optou pela retirada de parte de alguns lotes e reestruturação de ou-tros, o que culminou na divisão do cer-tame em duas etapas.

Na primeira parte, prevista para

abril, serão licitados 26 lotes de em-preendimentos localizados nos Esta-dos de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Maranhão, Mato Gros-so, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraí-ba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins. Esperam-se investimentos na ordem de R$ 12,2 bilhões.

Saiba mais: brasil.gov.br

Número de trabalhadores beneficiados peloPrograma de Proteção ao Emprego chega a 53 mil

TRT-15 divulga Nota Pública sobre corte deR$ 880 milhões no orçamento da Justiça do Trabalho

Aneel licita 6,5 mil km de linhas de transmissãoe prevê geração de 27.640 empregos diretos

Metalúrgicos promovem debate na sede em Guarulhos

O Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região promove, neste sábado (27), a partir das 8h30, debate sobre emprego, direitos e saúde do trabalhador. É o primeiro de uma série de cinco encontros com trabalhadores da base. O evento acontece na sede da entidade, região central da cidade (rua Harry Simonsen, 202). Este primeiro reunirá funcionários de indústrias dos seguintes bairros: Ponte Alta (Inocoop), Taboão, Vila Barros, Parque Cecap, Jar-dim São Roque, Bom Clima, Paraventi, Cocaia, Macedo, Vila Rio, São João, La-vras e Jardim Presidente Dutra. Outros quatro encontros setoriais serão dias 2 de março, 30 de abril, 21 de maio e 25 de junho. Mais informações: (11) 2464-5300.

Saiba mais: metalúrgico.org.br

CURTAS

Subsede Itaquaquecetuba 11 4642-0381 / 4642-0792

Sede Guarulhos 11 2475-6565

www.comerciariosdeguarulhos.org.brimprensa@comerciariosdeguarulhos.org.br

Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região(11) 2463.5300

[email protected]

SP amplia coleta seletiva e gera emprego e renda

São Paulo começa a ampliar coleta seletiva para mais 5 milhões de pesso-as. Até dezembro, todos os distritos da capital serão atendidos pelo Programa da Coleta Seletiva, sendo que 14 deles estão recebendo ampliação dos serviços ainda este mês. Atualmente, 46 distritos têm coleta em todas as vias. O caminhão passa, e o jingle avisa em alto e bom som: “Olha a coleta aí”. O cidadão, que pode consultar pela internet a data e o horário que o serviço passará em seu endereço, é alertado e pode descartar todo o material reciclável, como garrafas pet, plástico, vidro ou papel. Os resíduos recolhidos são encaminhados para as duas primeiras centrais mecanizadas da história da cidade, inauguradas nos últimos dois anos pela Prefeitura de São Paulo, munidas com equipamentos de alta tecnologia, e também para as cen-trais das cooperativas de catadores, que darão a destinação correta ao resíduo, gerando emprego, renda e preservando o meio ambiente.

Vivemos em um pais de obrigações, onde nossos direitos não valem muita coisa. Nem saúde pública te-mos mais. Doenças explodindo pelo Brasil afora, como a tal da zika, coisa de lugares onde não se controla a proliferação de um mosquito, coisa de lugares onde impera o descaso, de todos nessa situação, população e governo.

Não podemos aceitar, não po-demos desistir do Brasil. Temos de lutar e vamos lutar por um pais me-lhor, porque não temos outro. Dona Dilma, nós queremos a correção da tabela de imposto de renda. Se a senhora está precisando de mais dinheiro para cobrir os rombos no seu orçamento, arranque dos ban-queiros, que vêm batendo recordes de lucros, arranque dos milionários, não dos trabalhadores, que já vêm sofrendo com a inflação e o desem-prego.

Não queremos saber de crise, queremos saber de soluções para a situação em que a senhora nos colocou.

Trabalhadores de diversas categorias participarão das manifestações públicas; foco será regiões com mais desemprego