boletim informativo do centro espírita irmao clarêncio · clareando / ano xi / edição 121/...

17
Ano XI - Edição 121 - Outubro / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.13 Artigo: Fazendo o Mal por Omissão pág.10 Lembrete aos Médiuns: Educação da Mediunidade pág.8 Instruções de Além Túmulo: Anotação Fraterna pág.17 Evangelização Infantojuvenil pág.15 Artigo: O Abuso das Drogas e os Meios de Combate pág.1 1 Notas Espirituais: Aprendizagem nos Reinos Inferiores Estudando a Gênese: O Homem Corpóreo pág.4 pág.5 Especial: Homenagem a Allan Kardec pág.7 Vída– Dádiva de Deus: Não se matar, um grande negócio pág.9 Estudando sobre Mediunidade: Lugares assombrados Nesta Edição : Editorial É PRECISO RENASCER É preciso renascer — é esta a lei comum do destino humano, que também envolve em um círculo de que Deus é o centro , nos diz Léon Denis, em seu estudo sobre A Lei Circular. E Jesus disse a Nicodemos: "Ninguém verá o reino de Deus se não renascer da água e do espírito". E para que serve esse "vai e vem" da vida material para a vida espiritual? Vamos meditar sobre isso? De acordo com a resposta à questão 132 de O Livro dos Espíritos, Deus impõe a encarnação com o fim de fazer os Espíritos chegarem à perfeição e também pô-los em condições de suportarem a parte que lhes toca na obra da criação. Você já pensou em como está contribuindo, ainda que em pequena escala, na obra da criação? Cada um de nós tem uma "missão". E qual foi a missão de Allan Kardec? Ao estudarmos as obras básicas da Doutrina Espírita, codificadas por Allan Kardec, aprendemos que o progresso espiritual se faz através do trabalho no bem e pelo estudo e prática das Leis de Deus. A Allan Kardec, este Espírito de escol, temos muito a agradecer por ter aceitado a missão de trazer até nós os ensinamentos do Consolador prometido por Jesus, iluminando nossas mentes, libertando-nos da ignorância. Kardec, que Deus o abençoe e Jesus o ilumine!

Upload: vuongdan

Post on 07-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Ano XI - Edição 121 - Outubro / 2013

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.13

Artigo:Fazendo o Mal por Omissão

pág.10

Lembrete aos Médiuns:Educação da Mediunidadepág.8

Instruções de Além Túmulo:Anotação Fraterna

pág.17EvangelizaçãoInfantojuvenil

pág.15

Artigo: O Abuso das Drogas e os Meios de Combate

pág.1 1

Notas Espirituais: Aprendizagem nos Reinos Inferiores

Estudando a Gênese:O Homem Corpóreopág.4

pág.5Especial: Homenagem aAllan Kardec

pág.7Vída– Dádiva de Deus:Não se matar, um grande negócio

pág.9Estudando sobre Mediunidade:Lugares assombrados

Nesta Edição :

Editorial

É p r e c i s o r e n a s c e r

É preciso renascer — é esta a lei comum do destino humano, que também envolve em um círculo de que Deus é o centro , nos diz Léon Denis, em seu estudo sobre A Lei Circular.

E Jesus disse a Nicodemos: "Ninguém verá o reino de Deus se não renascer da água e do espírito".

E para que serve esse "vai e vem" da vida material para a vida espiritual? Vamos meditar sobre isso?

De acordo com a resposta à questão 132 de O Livro dos Espíritos, Deus impõe a encarnação com o fim de fazer os Espíritos chegarem à perfeição e também pô-los em condições de suportarem a parte que lhes toca na obra da criação.

Você já pensou em como está contribuindo, ainda que em pequena escala, na obra da criação? Cada um de nós tem uma "missão".

E qual foi a missão de Allan Kardec?

Ao estudarmos as obras básicas da Doutrina Espírita, codificadas por Allan Kardec, aprendemos que o progresso espiritual se faz através do trabalho no bem e pelo estudo e prática das Leis de Deus.

A Allan Kardec, este Espírito de escol, temos muito a agradecer por ter aceitado a missão de trazer até nós os ensinamentos do Consolador prometido por Jesus, iluminando nossas mentes, libertando-nos da ignorância.

Kardec, que Deus o abençoe e Jesus o ilumine!

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Cine CEIC Dia: 06 / 10 / 2013

16:00 horas

( Domingo )

À Luz do Espiritismo

o p o d e r d a F É

F e i t i ç o s

O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu inter-médio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade

dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XIX, item 5, Editora FEB.

Ainda agora, ligados aos processos da ignorância tradicional, muitos espíritos se deixam dominar por

fórmulas e patuás ineficientes, cultivando superstições e carregando amuletos inó-cuos, mentalizados com a finalidade de conseguir libertação que os defenda de todos os males...

Fixações da mente em desalinho, ator-mentada por espíritos enfermos, além da forma física...

Mentalizações que geram ações lamen-táveis, frutos do comércio nefando de encarnados e desencarnados, em vampi-rismo de longa duração...

Inúteis, no entanto, uns e outros como feitiços a espíritos tranquilos e caracteres retos. (...)

Com o Espiritismo rasgaram-se os véus do ocultismo e uma luz mais clara se projetou sobre mentes e corações para ajudar o espírito humano em sua ascese imortalista.

Tabus, amuletos, feitiços, supersti-ções, ignorância em torno dos magnos problemas da vida foram superados e a doutrina da razão esclarecida, oferecen-do vasto patrimônio intelectual, elucida as inquietantes indagações de após a morte,

Não pode aquele que, com ou sem razão, confia no que chama a virtude de um talismã, atrair um Espírito, por efeito mesmo dessa confiança, visto que, então, o que atua é o pensamento, não passando o talismã de um sinal que apenas lhe auxilia a concentração?

“É verdade; mas, da pureza da intenção e da elevação dos sentimentos depende a natureza do Espírito que é atraído. Ora, muito raramente aquele que seja bastante simplório para acreditar na virtude de um talismã deixará de colimar um fim mais material do que moral. Qualquer, porém, que seja o caso, essa crença denuncia uma inferioridade e uma fraqueza de ideias que favorecem a ação dos Espíritos imperfeitos e escarninhos.”(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec / Questão 554 / Editora FEB)

representando os conceitos morais do Evangelho de maneira compatível com o bom senso, de modo a atender as exi-gências do pensamento moderno...

Exaltando a Doutrina do Cristo e difun-dindo-a, o Espiritismo conduz o homem sem peias dogmáticas, nem negociações com encarnados e desencarnados, a fim de que reorganize o domicílio mental e, livre de qualquer limitação, estabeleça o primado do Espírito, na materialização dos elevados princípios do amor.

Supera receios e aclara dúvidas, liberta-te de qualquer feitiço de crença avoenga e embrionária, arrebenta os amuletos mentais da superstição e faze luz no ín-timo, alçando o pensamento e o coração ao Amor de Nosso Pai, trabalhando sem repouso, mesmo que aflito, não sintas a alegria do serviço, recordando Jesus que, logo após a Crucificação, retornou à estra-da de Emaús, para elucidar a Cléofas e o companheiro, testificando a glória imortal acima de todas as misérias humanas....

Joanna De Ângelis

Fonte: Dimensões da Verdade - Capítulo “Feitiços”Psicografia:Divaldo P. FrancoEditora LEAL

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

Encontros Espíritas

local: centro espírita irmão clarêncio

24° encontro espírita sobre meDicina espiritual.seção: Doutrinária, científicas i e ii.Dia - 20/10/2013hora - 8:30 às 13:00

Em Outubro

Ressaltamos as palavras do Novo Testamento em que o Senhor nos recomenda guardarmos a devida consideração e res-peito pelas nossas Casas de Oração e a preocupação Dele em nos deixar o conselho de buscarmos preservar os nossos ambientes consagrados à releitura do Velho e do Novo Testamento, os templos das tradições mais antigas e tradicio-

nais, como em outras tantas religiões e, no nosso caso, especificamente a Casa Espírita.Portanto, o Senhor nos convida a preservarmos esses locais, esses ambientes consagrados aos estudos e, através deles, obte-

rem-se os conhecimentos, as orientações, as luzes para que possam iluminar as nossas almas, a fim de que possamos discernir o que é de Deus e aquilo que é contra as Suas Leis.

Mas, as nossas imperfeições, muitas vezes maculam esses locais e ambientes e, quantas vezes trazendo dessa forma a per-turbação, a intranquilidade, o desassossego, as interferências que prejudicam tanto as tarefas que se procuram desenvolver em nome de Deus e de tantos outros profetas, além do Cristo e, com isso, muitas vezes o socorro que tantos buscam fica prejudicado.

Todos nós que aqui estamos, na condição de encarnados ou desencarnados, temos o dever de trazer, para dentro das nossas Casas de Oração, os melhores sentimentos, os pensamentos mais positivos, enfim, aquela boa educação para , na convivência uns com os outros, preservarmos este ambiente, no qual quantas vezes buscamos um pouco de paz, luz e compreensão e, assim, caminhar com melhor discernimento pelos caminhos da vida.

Portanto, caros irmãos e irmãs, estamos todos sendo convidados pelo Cristo, a preservarmos as nossas Casas de Oração e a estendermos este ensinamento às nossas casas íntimas, cá dentro das nossas almas, para que, até mesmo nos momentos das provas e expiações mais difíceis e dolorosas, nós possamos ter, dentro da alma, aquele recanto onde prevaleça a paz, a fé e a confiança em Deus, e ali mergulhando, então, buscarmos nessa parte — onde ficam reservadas estas energias positivas — o fortalecimento para podermos prosseguir, caminhando com a certeza da vitória do bem em nossas vidas.

Guardemos, pois, a paz do Cristo em nossos corações e, preservando as nossas Casas de Oração das nossas imperfeições, com certeza, tanto ali como aqui, como em toda parte onde existir uma Casa de Oração, sempre nesse local, nesse ambiente, prevalecerão as bênçãos Superiores de Deus.

Muita paz a todos os corações aqui reunidos. o irmão inácio.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 28 de agosto de 2013).

“Não está escrito que minha casa será chamada casa de orações por todas as nações?” (Jesus – Marcos, XI: 15 a 18).

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 4

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.palmelo.com(Comunidade Espírita)

espiritismocomentado.blospot.com.br(Blog Espírita))

www.autoresespiritasclassicos.com(Biblioteca Espírita Virtual)www.cvdee.org.br(Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo)

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

outubro - dia 18 / 6ª Feirahorário - 19:00local - Centro Espírita Irmão ClarêncioestuDo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

Venha estudar conosco A Gêne s e Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

ConviteEstamos aguardando você no

Centro Espírita Irmão ClarêncioRua Begônia, 98 - Vila da Penha

Encaminhe sua proposta de anúncio à sanDra goes e eliana aguiar

Anuncie no

Estudando a Gênese

o H o m e m c o r p ó r e o

Do ponto de vista corpóreo e puramente anatômico, o homem pertence à classe dos mamíferos, dos quais unicamente

difere por alguns matizes na forma exterior. Quanto ao mais, a mesma composição de to-dos os animais, os mesmos órgãos, as mesmas funções e os mesmos modos de nutrição, de respiração, de secreção, de reprodução. Ele nasce, vive e morre nas mesmas condições e, quando morre, seu corpo se decompõe, como tudo o que vive. Não há, em seu sangue, na sua carne, cm seus ossos, um átomo diferente dos que se encontram no corpo dos animais. Como estes, ao morrer, restitui à terra o oxi-gênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono que se haviam combinado para formá-lo; e esses elementos, por meio de novas combinações, vão formar outros corpos minerais, vegetais e animais. É tão grande a analogia que se es-tudam as suas funções orgânicas em certos animais, quando as experiências não podem ser feitas nele próprio.

Na classe dos mamíferos, o homem pertence à ordem dos bímanos. Logo abaixo dele vêm os quadrúmanos (animais de quatro mãos) ou macacos, alguns dos quais, como o orangotan-go, o chimpanzé, o jocó, têm certos ademanes do homem, a tal ponto que, por muito tem-po, foram denominados: homens das florestas. Como o homem, esses macacos caminham eretos, usam cajados, constroem choças e le-vam à boca, com a mão, os alimentos: sinais característicos.

Por pouco que se observe a escala dos seres vivos, do ponto de vista do organismo, é-se forçado a reconhecer que, desde o líquen até a árvore e desde o zoófito até o homem, há uma cadeia que se eleva gradativamente, sem solução de continuidade e cujos anéis todos têm um ponto de contacto com o anel prece-dente. Acompanhando-se passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aper-feiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior. Visto que são idênti-cas às dos outros corpos as condições do corpo do homem, química e constitucionalmente; visto que ele nasce, vive e morre da mesma maneira, também nas mesmas condições que os outros se há de ele ter formado.

Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra. Aí está o inexorá-vel argumento dos fatos, contra o qual seria inútil protestar. Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. Vemos o limite extremo do animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem.

O materialismo pode por aí ver que o Es-piritismo, longe de temer as descobertas da Ciência e o seu positivismo, lhe vai ao en-contro e os provoca, por possuir a certeza de que o princípio espiritual, que tem existência própria, em nada pode com elas sofrer. O Es-piritismo marcha ao lado do materialismo, no campo da matéria; admite tudo o que o segundo admite; mas, avança para além do ponto onde este último pára. O Espiritismo e o materialismo são como dois viajantes que caminham juntos, partindo de um mesmo ponto; chegados a certa distância, diz um: "Não posso ir mais longe." O outro prossegue e descobre um novo mundo. Por que, então, há de o primeiro dizer que o segundo é louco, so-mente porque, entrevendo novos horizontes, se decide a transpor os limites onde ao outro convém deter-se? Também Cristóvão Colom-bo não foi tachado de louco, porque acredi-tava na existência de um mundo, para lá do oceano? Quantos a História não conta desses loucos sublimes, que hão feito que a Huma-nidade avançasse e aos quais se tecem coroas, depois de se lhes haver atirado lama? Pois bem! O Espiritismo, a loucura do século dezenove, segundo os que se obstinam em permanecer na margem terrena, nos patenteia todo um mundo, mundo bem mais importante para o homem, do que a América, porquanto nem todos os homens vão à América, ao passo que todos, sem exceção de nenhum, vão ao dos Espíritos, fazendo incessantes travessias de um para o outro. Galgado o ponto em que nos achamos com relação à Gênese, o mate-rialismo se detém, enquanto o Espiritismo prossegue em suas pesquisas no domínio da Gênese espiritual.Fonte: A Gênese, Allan Kardec / Capítulo X / Itens 26 a 30 / Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 5

Homenagem Especial

nossa Homenagem a allan Kardecdiálogo de Kardec com o espírito Verdade

minha missão

12 de junho 1856(Na casa do Sr. C... / Médium Srtª Aline C...).

Pergunta: (À Verdade). Bom Espírito, dese-jaria saber o que pensais da missão que me foi assinada por alguns Espíritos; quereis dizer-me, eu vos peço, se é uma prova para o meu amor-próprio. Sem dúvida, vós o sabeis, tenho o maior desejo de contribuir para a propagação da ver-dade, mas, do papel de simples trabalhador ao de missionário como chefe, a distância é grande, e eu não compreenderia o que poderia justificar, em mim, tal favor, de preferência a tantos ou-tros que possuem talentos e qualidades que não tenho.Resposta: Confirmo o que te foi dito,

mas convido-te a muita discrição, se quise-res vencer. Saberás, mais tarde, coisas que te explicarão o que te surpreende hoje. Não olvideis que podeis vencer, como podeis fa-lir; neste último caso, outro te substituiria, porque os desígnios do Senhor não repou-sam sobre a cabeça de um homem. Não fa-les, pois, jamais da tua missão: esse seria o meio de fazê-la fracassar. Ela não pode ser justificada senão pela obra realizada, e ainda nada fizeste. Se a cumprires, os homens te reconhecerão, cedo ou tarde, eles mesmos, porque é pelos frutos que se reconhece a qualidade da árvore.Pergunta: Certamente, não tenho nenhuma

vontade de me gabar de uma missão na qual creio apenas eu mesmo. Se estou destinado a servir de instrumento para os objetivos da Providência, que ela disponha de mim; mas, nesse caso, reclamo a vossa assistência e a dos bons Espíritos para me ajudarem e me sustentarem na tarefa.Resposta: A nossa assistência não te fal-

tará, mas será inútil se, de tua parte, não fizeres o que é necessário. Tens o teu livre arbítrio; cabe a ti usá-lo como entendes; nenhum homem está constrangido a fazer fatalmente uma coisa.Pergunta. Quais são as causas que poderiam

me fazer fracassar? Seria a insuficiência de minhas capacidades?

Resposta: Não; mas a missão dos reformado-res está cheia de escolhos e de perigos; a tua é rude, disso te previno, porque é o mundo intei-ro que se trata de agitar e de transformar. Não creias que te baste publicar um livro, dois livros, dez livros, e permaneceres tranquilamente em tua casa; não, ser-te- á preciso expor-te ao perigo; levantarás contra ti ódios terríveis;

inimigos obstinados conjurarão a tua per-da; estarás em luta contra a malevolência, a calúnia, a traição mesmo daqueles que te parecerão os mais devotados; tuas melhores instruções serão desconhecidas e desnatu-radas; mais de uma vez, sucumbirás sob o peso da fadiga; em uma palavra, será uma luta quase constante que terás que sustentar e o sacrifício de teu repouso, de tua tran-quilidade, de tua saúde e mesmo de tua vida, porque sem isso viverias por muito mais tempo. Pois bem! Mais de um recua quando, em lugar de um caminho florido, não encontra sob os seus passos senão espi-nheiros, pedras agudas e serpentes. Para tal missão, a inteligência não basta. É necessário primeiro, para agradar a Deus, a humildade, a modéstia, o desinteresse, porque ele abate os orgulhosos, os presunçosos e os ambiciosos. Para lutar contra os homens é necessário coragem, perseverança e uma firmeza ina-balável; é preciso também da prudência e do tato para conduzir as coisas a propósito e não comprometer-lhe o sucesso por medi-das, ou por palavras intempestivas; é preciso, enfim, do devotamento, da abnegação e es-tar pronto para todos os sacrifícios. Vês que a tua missão está subordinada a coisas que dependem de ti.

espírito VerDaDe

Resposta de Kardec: Espírito Verdade, eu vos agradeço pelos vossos sábios conselhos. Aceito tudo sem restrição e sem dissimulação.

prece De KarDec ao espírito VerDaDe

Senhor! Se vos dignastes lançar os olhos sobre mim para o cumprimento de vossos desígnios, que seja feita a vossa vontade! A minha vida está em vossas mãos, disponde do vosso servidor. Em presença de tão grande tarefa, reconheço a mi-nha fraqueza; minha boa vontade não faltará, mas, talvez, as minhas forças me trairão. Supri a minha insuficiência; dai-me as forças físicas e morais que me forem necessárias. Sustentai-me nos momentos difíceis e, com a vossa ajuda e a de vossos celestes mensageiros, esforçar-me- ei para corresponder aos vossos objetivos.

nota: Escrevi esta nota em 1° de janeiro de 1867, dez anos e meio depois que esta co-municação me foi dada, e constato que ela se realizou em todos os pontos, porque sofri todas as vicissitudes que me foram anunciadas. Fui alvo do ódio de inimigos obstinados, da injú-ria, da calúnia, da inveja e do ciúme; libelos

infames foram publicados contra mim; as minhas melhores instruções foram desna-turadas; fui traído por aqueles em quem coloquei a minha confiança, pago com a in-gratidão por aqueles a quem prestei serviço. A Sociedade de Paris foi um foco contínuo de intrigas urdidas por aqueles mesmos que se diziam por mim, e que, fazendo cara boa diante de mim, me dilaceravam por detrás. Disseram que aqueles que tomavam o meu partido eram assalariados por mim com o dinheiro que eu recolhia do Espiritismo. Não mais conheci o repouso; mais de uma vez sucumbi sob o excesso de trabalho, a minha saúde foi alterada e a minha vida comprometida. No entanto, graças à prote-ção e à assistência dos bons Espíritos que me deram, sem cessar, provas manifestas de sua solicitude, estou feliz em reconhecer que não senti, um só instante, o desfalecimento nem o desencorajamento, e que constantemente persegui a minha tarefa com o mesmo ardor, sem me preocupar com a malevolência de que era objeto. Segundo a comunicação do Espírito Verdade, deveria esperar tudo isso e, tudo se verificou. Mas também, ao lado dessas vicissitudes, que satisfação senti ven-do a obra crescer de modo tão prodigioso! Com quantas doces consolações as minhas tribulações foram pagas! Quantas bênçãos, quantos testemunhos de real simpatia, não recebi da parte dos numerosos aflitos que a Doutrina consolou! Esse resultado não me fora anunciado pelo Espírito Verdade que, sem dúvida, desejou não me mostrar senão as dificuldades do caminho. Quanto não seria, pois, a minha ingratidão se eu me queixasse! Se dissesse que há uma compensa-ção entre o bem e o mal, não estaria com a verdade, porquanto o bem, entendo as satisfações morais, superaram muito sobre o mal. Quando me chegava uma decepção, uma contrariedade qualquer, elevava-me, pelo pensamento, acima da Humanidade; colocava-me, por anteci-pação, na região dos Espíritos e, desse ponto culminante, de onde descobria o meu ponto de atraso, as misérias da vida deslizavam sobre mim sem me atingir. Fizera-me disso tal hábito que os gritos dos maus jamais me perturbaram.

allan KarDec

Fonte: Obras Póstumas - 2ª Parte / Allan Kardec.Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 6

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / E a vida continua...).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

Anuncie no

Cairbar Schutel-Bandeirante do Espiritismo

Variedades sobre Kardec

Fora da caridade não Há salVação

Foi nessa cidade1 que Cairbar Schutel (22/09/1868 – 30/01/1938), após acurado e sério estudo das obras da Codificação Espírita do mestre Allan Kardec, converteu-se ao Espiritismo. Deu, assim,início à sua grande e reco-

nhecida missão. De Matão, na época uma pequena vila, sua obra foi irradiada para todo o Brasil e para o mundo. Foi uma conversão consciente e corajosa. Jamais, em qualquer instante, demonstrou desânimo. Foi sempre um Espírita forte e decidido. Desafiou todo o preconceito dessa pequena cidade e de religiosos fanáticos. Fez adeptos, discípulos e seguidores.

Suas conferências realizadas todos os domingos no "Centro Espírita Amantes da Pobreza", por ele fundado, ainda marcam aqueles que tiveram a bênção de ouvi-las. Era um orador convincente e vibrante. Já naquela época, no começo do século, Cairbar Schutel se preocupava e se ocupava da evangelização das crianças e dos jovens. Nas reuniões, dedicava muita atenção aos jovens e fazia com que eles parti-cipassem ativamente dos eventos. Designava alguns para que preparassem, durante a semana, trabalhos escritos com temáticas espíritas, para serem lidos antes de suas conferências. Quando o designado, por qualquer motivo não o fazia, ele, Cairbar Schutel, preparava um texto para que o jovem fizesse a leitura na tribuna. A parti-cipação dos jovens era, para ele, muito importante.(1) Matão, São Paulo.

Fonte: Passagens de uma Grande Vida / Sérgio Lourenço / Capítulo IV (trecho) / Edições Correio Fraterno.

Estes princípios, para mim, não são apenas uma teoria, eu os coloco em prática; faço o bem tanto quanto o

permite a minha posição; presto serviço quando posso; os pobres jamais foram re-jeitados em minha casa, ou tratados com dureza; a todo o momento não foram sem-pre recebidos com a mesma benevolência?

Jamais lamentei meus passos e minhas diligências para prestar serviço; pais de família não saíram da prisão pelos meus cuidados?

Certamente não me cabe fazer o inven-tário do bem que pude fazer; mas, num momento em que parece tudo esquecer-se, é-me muito permitido, creio, chamar à minha lembrança que a minha consciên-cia me diz que não fiz mal a ninguém, que fiz todo o bem que pude, e isso o repito sem pedir conta da opinião; sob esse as-pecto, a minha consciência está tranquila e de alguma ingratidão com a qual pude ser pago, em mais de uma ocasião, isso não poderia ser para mim um motivo para deixar de fazê-lo; a ingratidão é uma das imperfeições da Humanidade e, como nenhum de nós está isento de censuras, é

preciso saber passar aos outros pelo que se nos passa a nós mesmos, a fim de que se possa dizer, como J. C.: "que aquele que está sem pecado, lhe atire a primeira pedra."

Continuarei, pois, a fazer todo o bem que puder, mesmo aos meus inimigos, porque o ódio não me cega; e eu lhes estenderia sempre a mão para tirá-los de um precipício, se a ocasião disso se apre-sentasse. Eis como entendo a caridade cristã; compreendo uma religião que nos ordena retribuir o mal com o bem, com mais forte razão restituir o bem pelo bem. Mas não compreenderia jamais a que nos prescrevesse retribuir o mal com o mal.

(Pensamentos íntimos de Allan Kardec; documento encontrado em seus papéis).

Fonte:Obras Póstumas / 2ª Parte.Autor:Allan Kardec.Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 7

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Vida - Dádiva de Deus

n ã o s e m a t a r : u m g r a n d e n e g ó c i o

À s vezes parece paradoxal uma pes-soa pensar em matar-se; outras vezes, paradoxalmente isso parece

fazer sentido.Quando estamos bem, vibrando positi-

vamente, sentindo as coisas darem certo, encaixarem-se, o mundo, mesmo quando de carantonha, nos parece sorrir. O Sol foi feito para nos iluminar e a Lua para embe-lezar nossas noites de amor. O fato de al-guém sofrer nos sensibiliza, mas pensar que alguém possa querer se matar soa deveras absurdo.

Se estamos tristes, abatidos, decepcionados, descrentes e nos sentindo abandonados, o sor-riso do mundo nos parece sarcástico. O Sol só serve para clarear o que preferíamos escuro e a Lua nos traz à mente os horizontes som-brios das estórias de terror. Alguém sofrer nos é indiferente e pensar em se matar soa como solução natural e lógica.

Quando tomamos conhecimento da Dou-trina Espírita, passamos a valorizar a vida sobremaneira. Sabendo da continuidade da existência após o fenômeno da morte e do retorno inevitável pelas vias da reencarnação, estudamos as ocorrências que intermedeiam a desencarnação e o regresso à carne, assim como podemos observar os reflexos das vidas anteriores nas exteriorizações físicas, nas psí-quicas e morais apresentadas nas seguintes. De posse desse conhecimento, sabemos que o suicídio é um mau negócio.

Primeiro, porque ele não resolve o problema existente que o induziu ou provocou.

Segundo, porque, continuando a vida, na morte nos deparamos com os mesmos problemas, só que sem o "abafador" de sen-sações que é o corpo físico. Isso torna os sofrimentos, traumas e remorsos mais in-tensos e constrangedores. Se no corpo era ruim, sem ele fica muito pior, bem pior.

Terceiro, porque surgem agravantes que não nos damos conta: são os sofrimentos infringidos aos entes queridos que ficaram, são os prejuízos morais que outrem passará, são as desarmonias gerais que provocará na comunidade ou sociedade em que se estava vivendo, e são os frutos do nosso exemplo negativo que terão curso durante algum tempo.

E, quarto, porque as decepções diante da nova realidade espiritual serão inevitáveis, posto que a vida não nos dá o direito de autoexpulsão.

Sabendo disso tudo, esquecemo-nos de que os não espíritas ou os que não pensam assim continuam quase sempre limitados aos sentidos mais imediatos que possuem.

“Sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde que com vontade firme o queira.” (“O Livro dos Espíritos” / Questão 475).

Com isso, a alegria do momento falseia a realidade mais dura, assim como a dor, física ou moral, instalada, falseia a realida-de mais amena. Por isso, preciso estejamos atento para sabermos valorizar a dor do próximo. Se sua dor não nos dói agora, não quer dizer que ela seja menos dolorosa para você. Mas, se você sabe que depois essa dor passará, pois confia no medicamento que irá tomar, resigna-se com ela. Com isso, apesar de continuar doendo, parece que já dói menos.

O fato de sabermos que iremos ou pode-remos superar a dor é elemento de muita significação para valorização da vida. Por isso, expressões como: "isso é bobagem!"; "deixe de querer chamar à atenção!"; "você está é com manha!", devem ser repensadas quando referidas a pessoas com problemas. O problema de cada um é sempre muito gran-de para quem o possui; quem está isentado do problema e quer ajudar de fato deve entender e mostrar os caminhos da superação, nunca subestimá-lo.

Muito embora estejamos nos referindo à dor em termos genéricos, qualquer que seja sua matriz, ela será sempre de sensação muito ruim para quem lhe sofre a injunção. Isso lem-bra um exemplo real muito sugestivo: recente-mente, um homem tomado de muita dor de dente, uma dor verdadeiramente insuportável para ele, tomou do revólver e deu um tiro no dente; resultado: a dor foi muito maior e o estrago maior ainda. Bastaria um pouco mais de bom senso e uma providência mais condi-zente e tudo seria melhor resolvido.

Quando vemos pessoas internadas em pe-nitenciárias e prisões, damo-nos conta de que, muitas vezes, o que nos diferencia delas é que em determinados momentos de nos-sas vidas e ante certas situações, preferimos dominar alguns impulsos mais fortes e de-cidimos por uma direção mais racional para nossos atos. Quando temos oportunidade de conversar com algumas delas, deparamo-nos com pessoas sinceras e extremamente arre-pendidas do que fizeram, alegando: "foi um momento de loucura!"; "eu acho que não estava em mim!"; "não pensei nas consequências do que fazia!". Se nos reportarmos às reuniões mediúnicas onde se comunicam Espíritos de suicidas, não encontramos referências muito diferentes. São comunicações recheadas de dores, decepções, constrangimentos atrozes e da mais variada ordem. E na grande maioria dessas, o arrependimento.

É fundamental que nos demos conta do arrependimento. Só nos arrependemos verdadeiramente daquilo que concluímos

tenha sido errado. No caso do suicídio, pesa uma sensação de que "foi num desequilíbrio que tomou conta de mim". A despeito das in-fluências espirituais, muitas vezes são nossas próprias imperfeições morais ou a falta da visão um pouco mais adiante que nos pre-cipitam em decisões tão dolorosas. Quando o arrependimento chega, muito sofrimento já se tem escoado pela eternidade de dores inomináveis.

Como evitar, então, esse arrependimento? Não provocando erros que o solicitem por consequência. Quando se está fora do próprio controle, é justo dizer: "minha inferioridade é quem me domina; esse não sou eu". Se tenho consciência disso, evito tomar deliberações quando nesse estado. Se faço isso, o ama-nhã me apresentará as soluções naturais; se faço o contrário, me depararei depois com o arrependimento sofrido. Isso porque nor-malmente, quando nos queremos matar, se o fazemos, seremos nós mesmos, de uma for-ma intransferível, que enfrentaremos e sofre-remos as consequências. Se não estou bem e por isso me mato, quando quiser estar bem não estarei, pois será a hora de enfrentar os efeitos do ato. O homem que não está bem e que nos leva a agir é diferente do homem que deve estar bem — o qual somos nós mesmos —, que pagará pelos atos do outro. Quando o primeiro age impensadamente é o segundo que responde. Não convém, pois, esperar que chegue a hora do arrependimen-to para aprender que o controle é possível e viável, para todos.

Nossa parte nesse contexto é a de sabermos fazer valer a "vontade" do tendente ao suicí-dio, a fim de que ele entenda que o jugo que o convida ao suicídio é sempre temporário e que submeter-se a ele, por tudo o quanto já sabemos, será sempre um mau negócio. O melhor negócio será sempre a vida, o viver! Nós, os espíritas, precisamos viver isso, ensi-nar isso, demonstrar isso e contribuir para a vida de todos.Jabob melo

Fonte: Reformador / Outubro-1994/FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 8

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

S endo a educação a grande mode-ladora do caráter, o seu campo de ação alcança as aptidões psíquicas

do homem, contribuindo eficazmente para o seu desenvolvimento. (...)

Igual às outras faculdades psíquicas, o comportamento moral do indivíduo é de re-levantes consequências para a mediunidade. Em decorrência, torna-se inapreciável signifi-cação o exame dessa complexa faculdade cujo mecanismo se instala nas tecelagens sutis da alma, que a comanda mesmo quando incons-cientemente. (...)

O descaso e o desrespeito à mediunidade, todavia, promovem situações e dependências malsãs que resultam do seu uso inadequado pelos Espíritos enfermos, maldosos, perturba-dos e perturbadores...

Além do dever imediato de mobilizar-se para assumir os controles das suas forças medianímicas, o sensitivo deve instruir-se nos postulados espíritas, a fim de conhecer as ocorrências que lhe dizem respeito, ades-trar-se na convivência dos Espíritos, saber conhecê-los, identificar as “leis dos fluidos”, selecionar os seus pensamentos que lhe são inspirados, discernir quando a mensagem procede de si mesmo e quando flui através dele, provinda de outras mentes... Igual-mente cabe-lhe conhecer as revelações sobre o mundo espiritual, despido do fanático e do sobrenatural, do qual a vida na Terra é símile imperfeito, preparando-se, outrossim, para enfrentar as vicissitudes e vadear-lhe as águas, quando ocorrer a desencarnação.

A mediunidade não tem qualquer implicação com religião, conduta, filo-sofia, crença... A direção que se lhe dá é que a torna portadora de bênçãos ou desditas para o seu responsável.

Com a Doutrina Espírita, porém, aprende-se a transformá-la em verdadeira ponte de luz, que faculta o acesso às regiões felizes onde vivem os bem-aventurados pelas conquistas vitoriosamente empreendidas.

Embora vivendo no turbilhão da vida ho-dierna, o médium não pode prescindir do há-bito da oração, aliás, ninguém consegue plai-nar acima das vicissitudes infelizes sem o bene-fício da prece, que luariza a alma por dentro, acalmando-a e inspirando-a, ao mesmo tempo favorecendo-a com as forças para os voos deci-sivos, na conquista dos altos píncaros... Para-lelamente, a vida interior de reflexões favorece o registro das mensagens que lhe são transmi-tidas, aprendendo a fazer silêncio íntimo com que se capacita para a empresa.

Muito importantes em qualquer tipo de mediunidade, intelectiva ou de efeitos físi-cos, o comportamento e o burilamento do medianeiro. (...)

A mediunidade espírita colocada a serviço de Jesus é abençoada cruz a ser conduzida com ele-vação. Assim, a sua técnica de educação se assenta na prática da caridade nos múltiplos aspectos que se apresenta. (...)

Bem conduzido, o fenômeno mediúnico se incorpora à natureza do medianeiro, que, disciplinado, mediante austeras exigências a que se impõe e nunca aos outros, deixa de ser um homem fenômeno para que se ressalte o fenômeno da sua transformação moral e cres-cimento espiritual.

As extravagâncias a que o médium não se permite poupam-lhe as forças, que transforma em mecanismos poderosos e agentes especiais de realizações operosa para a tarefa que desenvolve a benefício próprio, redundando em benefícios gerais. (...)

Descuidada, a faculdade mediúnica se conver-te em poço de aflições, considerando a qualidade de seus usuários que, portadores dos desequilí-brios de todo o porte, lhe enxovalham as fontes generosas, turbando-lhe a água lustral, que passa a veicular miasmas pestilenciais, venenosos. A primeira vítima, porém, é o próprio médium invigilante, que conecta com as mentes viciosas e malévolas da Erraticidade inferior, que se locu-pletam na manutenção dos equívocos em que se demoram, desnaturando as finalidades da vida e padecendo-lhe as consequências. (...)

O exercício edificante da mediunidade em processo de educação, de disciplina, é simples, embora não seja fácil. Simples porque o me-canismo das leis que pulsam no homem faz:

e d u c a ç ã o d a m e d i u n i d a d e

que ele a coloque a serviço da caridade, desinteressadamente; que se ofereça, atra-vés de um programa bem delineado, ao labor da solidariedade e da misericórdia fraternal; que se esclareça e aprenda a mane-jar os recursos de que se torna portador; que se beneficie das forças que coloca ao alcance do seu próximo; que se liberte da constrição asfixiante das imperfeições, superando-se e renovando-se na busca de Deus...

Não é fácil. Se forem consideradas as posições em que o ser se demanda mile-narmente, dominado pelo egoísmo e pelo orgulho, sujeito à clava dos prazeres fortes e tóxicos a que se acostumou e aos quais não se resolve abandonar. (...)

O médium seguro, conforme Allan Kar-dec denominou o bom médium, revela-se através das atitudes sensatas de cidadão que é, convidado à convivência social. O seu equilíbrio no comportamento, nas diversas situações em que se vê envolvido, fala do seu estado íntimo, da qualidade dos seus pen-dores, consequentemente das companhias espirituais que lhe são afins. (...)

Educar-se incessantemente é dever a que o médium se deve comprometer intimamente, a fim de não estacionar, e, aprimorando-se, lograr as relevantes finalidades que a Dou-trina Espírita propõe para a mediunidade com Jesus.

Fonte: No limiar do infinito / Lição 10.Espírito: Joanna de Ângelis.Psicografia: Divaldo Pereira Franco.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 9

Venha estudar conosco O Livro dos Médiuns

Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

Convite

Estudando sobre Mediunidade

l u g a r e s a s s o m b r a d o s

A s manifestações espontâneas, que em todos os tempos se hão produzido, e a persistência de alguns Espíritos

em darem mostras ostensivas de sua presença em certas localidades, constituem a fonte de origem da crença na existência de lugares mal-assombrados.

As respostas que se seguem foram dadas a perguntas feitas sobre este assunto:1ª) Os Espíritos se apegam unicamente às

pessoas, ou também às coisas?"Depende da elevação deles. Alguns Espí-

ritos podem apegar-se aos objetos terrenos. Os avarentos, por exemplo, que esconderam seus tesouros e que ainda não estão bastante desmaterializados, muitas vezes se obstinam em vigiá-los e montar-lhes guarda"2ª) Têm os Espíritos errantes lugares de

sua predileção?"O princípio ainda é aqui o mesmo. Os Es-

píritos que já se não acham apegados à Terra vão para onde se lhes oferece ensejo de pra-ticar o amor. São atraídos mais pelas pessoas do que pelos objetos materiais. Contudo, pode dar-se que dentre eles alguns tenham, durante certo tempo, preferência por deter-minados lugares. Esses, porém, são sempre Espíritos inferiores."3ª) O apego dos Espíritos a uma locali-

dade, sendo sinal de inferioridade, constituirá igualmente prova de serem eles maus?

"Certamente que não. Pode um Espírito ser pouco adiantado, sem que por isso seja mau. Não se observa o mesmo entre os homens?"4ª) Tem qualquer fundamento a crença

de que os Espíritos frequentam de preferência as ruínas?

"Nenhum. Os Espíritos vão a tais lugares, como a todos os outros. A imaginação dos homens é que, despertada pelo aspecto lú-gubre de certos sítios, atribui à presença dos Espíritos o que não passa, quase sempre, de efeito muito natural. Quantas vezes o medo não tem feito que se tome por fantasma a sombra de uma árvore e por espectros o gri-to de um animal, ou o sopro do vento? Os Espíritos gostam da presença dos homens; daí o preferirem os lugares habitados, aos lugares desertos."a) Contudo, pelo que sabemos da diversi-

dade dos caracteres entre os Espíritos, podemos inferir a existência de Espíritos misantropos, que prefiram a solidão.

"Por isso mesmo, não respondi de modo absoluto à questão. Disse que eles podem vir aos lugares desertos, como a toda parte. É evidente que, se alguns se conservam insula-dos, é porque assim lhes apraz. Isso, porém, não constitui motivo para que forçosamente

tenham predileção pelas ruínas. Em muito maior número os há nas cidades e nos palá-cios, do que no interior dos bosques."5ª) Em geral, as crenças populares guardam

um fundo de verdade. Qual terá sido a origem da crença em lugares mal-assombrados?

"O fundo de verdade está na manifestação dos Espíritos, na qual o homem instintiva-mente acreditou desde todos os tempos. Mas, conforme disse acima, o aspecto lúgu-bre de certos lugares lhe fere a imaginação e esta o leva naturalmente a colocar nesses lu-gares os seres que ele considera sobrenaturais. Demais, a entreter essa crença supersticiosa, aí estão as narrativas poéticas e os contos fan-tásticos com que o acalentam na infância."

6ª) Há, para os Espíritos que costumam reunir-se, dias e horas em que prefiram fazê-lo?

"Não. Os dias e as horas são medidas de tempo para uso dos homens e para a vida corpórea, das quais os Espíritos nenhuma necessidade sentem e nenhum caso fazem."7ª) Donde nasceu a ideia de que os Espí-

ritos vêm preferentemente durante a noite?"Da impressão que o silêncio e a obscu-

ridade produzem na imaginação. Todas essas crenças são superstições que o conhe-cimento racional do Espiritismo destruirá. O mesmo se dá com os dias e as horas que muitos julgam lhes serem mais favoráveis. Fica certo de que a influência da meia-noite nunca existiu, senão nos contos."a) Sendo assim, por que é então que al-

guns Espíritos anunciam sua vinda e suas manifestações para certos e determinados dias, como a sexta-feira, por exemplo?

"Isso fazem Espíritos que aproveitam a cre-dulidade dos homens para se divertirem. Pela mesma razão, há os que se dizem o diabo, ou dão a si mesmos nomes infernais. Mostrai-lhes que não vos deixais enganar e não mais voltarão."8ª) Preferem os Espíritos frequentar os tú-

mulos onde repousam seus corpos?"O corpo era uma simples vestidura. Do

mesmo modo que o prisioneiro nenhuma atração sente pelas correntes que o pren-dem, os Espíritos nenhuma experimentam pelo envoltório que os fez sofrer. A lembran-ça das pessoas que lhes são caras é a única coisa que para eles tem valor."a) São-lhes mais agradáveis, do que

quaisquer outras, as preces que por eles se fa-çam junto dos túmulos de seus corpos?

"A prece, bem o sabes, é uma evocação que atrai os Espíritos. Tanto maior ação terá, quanto mais fervorosa e sincera for. Ora, junto de um túmulo venerado, sem-pre se está em maior recolhimento, do que

algures, e a conservação de estimadas relí-quias é em testemunho de afeição dado ao Espírito e que nunca deixa de sensibilizá-lo. O que atua sobre o Espírito é sempre o pensamento e não os objetos materiais. Mais influência, do que sobre o Espírito, exercem esses objetos sobre aquele que ora, porque lhe fixam a atenção."9ª) A vista disso, parece que não se deve

considerar absolutamente falsa a crença em lugares mal-assombrados?

"Dissemos que certos Espíritos podem sentir-se atraídos por coisas materiais. Po-dem sê-lo por determinados lugares, onde parecem estabelecer domicílio, até que de-sapareçam as circunstâncias que os faziam buscar esses lugares."a) Que circunstâncias podem induzi-los a

buscar tais lugares?"A simpatia por algumas das pessoas que

os frequentam, ou o desejo de com elas se comunicarem. Entretanto, nem sempre os animam intenções louváveis. Quando são Espíritos maus, podem pretender tirar vin-gança de pessoas de quem guardam queixas. A permanência em determinado lugar tam-bém pode ser, para alguns, uma punição que lhes é infligida, sobretudo se ali cometeram um crime, a fim de que o tenham constante-mente diante dos olhos (1). "(1)Veja-se Revue Spirite, de fevereiro de 1860: "História de um Danado".

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, 2ª parte, Capítulo IX, Item 132, Perguntas 1 a 9.

obs.: Aguarde a continuidade no Boletim de Janeiro / 2014

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 10

Agora o

"Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!!

Acesse e confira www.irmaoclarencio.org.br

Em 2013curso

Valorização Da ViDaDia - Sábadoshorário - 15:00 às 16:30 local : Centro Espírita Irmão Clarêncio

participação liVre

Atenção!

Novo

Procure a Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco as obras de

André Luiz

Aprendendo com Antônio de Aquino

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

O verdadeiro espírita recebe a vida como sendo uma emanação de Deus, um presente régio que Deus

lhe pôs nas mãos, para que pudesse trans-formar os seus passos, de passos incertos em passos seguros, através das grandes e longas etapas por que terá que passar até chegar à perfeição.

A vida é bela e deve ser vivida! Se a achardes má e se, ao percorrerdes a estrada, não vires o Sol que a ilumina, não sentirdes o perfume das flores, nem o gorjeio dos pássaros escu-tardes, é porque a vossa alma ainda não chegou àquele ponto em que, para os olhos, tudo é belo e tudo é bom, tudo é magní-fico e esplendoroso. A este estágio chegam aqueles que compreendem a vida através do Espiritismo. Ela é uma só.

Se vos faltar a luz, se vos faltar o encanto dos pássaros ou das flores, não é a vida que vos falta: sois vós que roubais algo a ela, pela vossa falta de compreensão; são os vossos ouvidos que estão cerrados; são os vossos olhos que es-tão tapados. É a vossa alma que está fechada, impossibilitada de crer na grandeza de Deus, para poder admirar a Sua obra.Fonte: Raios de Luz / Volume II / Lição 22 / Psicografia: Luadyr João Junqueira de Mattos / Editora Léon Denis.

autobiografia De antônio De aquino

Q ue o amor único de Deus inspire to-das as almas para o bem!

Em Pisa, no século XVII, existiu, como filho de uma família abastada, um ser que,

desde logo, foi atingido pela fatalidade do-lorosa do seu próprio carma.

Enfrentou, porém, como era de seu dever, o adverso da encarnação e conseguiu, como conseguem todos os que assim o fazem, rea-lizar a obra para que fora chamado ao cárcere da forma.

Desde cedo, faltando-lhe os pais terrenos, ceifados pelas malhas da Parca, enfrentou a luta e não temeu.

Atingindo a idade de uma atividade mais acentuada no plano material, por esmola, penetrou num convento e se fez religioso. Mais tarde, precisando obter para a vida ter-rena o mérito que a Igreja lhe exigia, saiu a pregar. Ensinou, pela Europa, o Evangelho e não a sombra negra do antievangelho.

De regresso, o seu próprio mérito perante o Pai fechara-lhe a porta da casa dos ho-mens, porque ele, o pregador, sacrificara a convivência pela verdade.

Aceitou o apodo, a heresia, com cuja pecha pretendiam manchá-lo, o estigma, o desprezo, a crueldade e, cego, encontrou na desencarna-ção o seu almejo durante o peregrinar doloroso da vida terrena.

Hoje, vive no Espaço, ensina e ajuda quantos pode ajudar.

Esse Espírito sou eu: antônio De aquino.

Fonte: Raios de Luz / Volume II / Contracapa / Psicografia de Luadyr João Junqueira de Mattos / Editora Léon Denis.

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria mais leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo.

Não somos criações milagrosas, destina-das ao adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos sécu-los, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio. Não há favoritismo no Templo Universal do Eterno, e todas as forças da Criação aperfeiçoam-se no Infinito.

A crisálida de consciência, que reside no cristal a rolar na corrente do rio, aí se acha em processo liberatório; as árvores que por vezes se aprumam centenas de anos, a supor-tar os golpes do Inverno e acalentadas pelas carícias da Primavera, estão conquistando

a p r e n d i z a g e m n o s r e i n o s i n F e r i o r e s 1

a memória; a fêmea do tigre, lambendo os filhinhos recém-natos, aprende rudimentos do amor; o símio, guinchando, organiza a faculdade da palavra.

Em verdade, Deus criou o mundo, mas nós nos conservamos ainda longe da obra completa. Os seres que habitam o Universo ressumbrarão suor por muito tempo, a apri-morá-lo. Assim também a individualidade. Somos criação do Autor Divino e devemos aperfeiçoar-nos integralmente.

O Eterno Pai estabeleceu como lei universal que seja a perfeição obra de cooperativismo entre Ele e nós, os seus filhos. instrutor calDeraro

Fonte: No Mundo Maior, André Luiz pela psico-grafia de Francisco Cândido Xavier, Capítulo 3.

(1)Título criado exclusivamente para este texto; não consta da referida obra.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 11

Artigo

continua na pág.12

F a z e n d o o m a l p o r o m i s s ã o

Pela ação ou pela omissão podemos cometer delitos contra o nosso se-melhante. Quando fazemos o mal

deliberadamente, estamos complicando a nossa situação, pois esta ação que, por vontade própria, prejudica a outrem é sinônimo de imperfeição da alma. Mas existe outra forma de imperfeição com que nem sempre nos preocupamos, pois, aparentemente, não se está fazendo mal algum. É o mal que surge pela consequ-ência da omissão. "Fazer o bem é impe-rativo da lei divina e deixar de fazer ou omitir do dever de ofício, para o direito penal, caracteriza delito de prevaricação (Art. 319 CP); de outro lado, vigora o princípio da obrigatoriedade da ação penal pública, isto é, de processar e ou executar a sanção imposta, ante o de-vido, necessário e justo processo legal". (Maia, Furtado M. Neto; Lenchoff, Carlos. Crimi-nalidade, Doutrina Penal e Filosofia Espírita).

Assim, se eu vir na rua, na calçada es-corregadia as cascas de banana ou cacos de vidro aí deixados por alguém, mal educado em termos de cidadania e de higiene, e não puser aqueles detritos num ponto onde não ofereçam pre-juízos a um distraído transeunte, caso alguém sofra ali um acidente nos pés ou nas pernas, a Lei Moral vai cobrar de mim por esta omissão na prática de uma ligeira ação no Bem!

Quantas vezes ouvimos as pessoas dize-rem que estão em paz, porque não fazem mal algum aos seus semelhantes e, por essa razão, estão quites com Deus. No entanto, o Código Penal dos Espíritos prescreve que não basta, pela ação, não se fazer o mal, pois, também, comete-se o mal pela inação. Isto quer dizer, que as consequências que ocorrerem na omissão, cruzando-se os braços, quando tínhamos possibilidades de fazer o bem e não o fizemos, são de nossa responsa-bilidade; estamos, por isso, cometendo delito contra a Lei Maior. Ressalte-se, todavia, que esta responsabilidade está diretamente correlacionada com o nosso grau de autoconhecimento.

Veja que, pela ótica da Justiça Divina, o compromisso de cada criatura é maior do que o homem comum entende. A indo-lência e a ociosidade em relação aos seme-lhantes demonstram paralisia da alma, no sono, que Paulo alertou: "Desperta, tu que dormes!" (Efésio, 5:14). Dormir, diante da

vida, é estar ausente do dever, ato que todos devemos compartilhar, num processo ne-cessário para evolução pessoal. Pode-se até demonstrar insensibilidade, continuando-se alheio às necessidades do próximo; no entanto deixamos, com isso, naquele mo-mento, a oportunidade concedida pela Vida de avançarmos pelos caminhos do bem, eliminando, naquele estágio, um grau de nossa imperfeição. Atentemos para o ensino dos Embaixadores Sublimes a Kardec, que um dos objetivos da encarna-ção, além do aperfeiçoamento, "é a de pôr o Espírito em condições de enfrentar a sua parte na obra da criação". (O Livro dos Espíritos Q. 132). Neste sentido, omitir é desertar do compromisso de fazer a nossa parte no desenvolvimento de um mundo melhor e mais justo.

Ensina Kardec que: Toda imperfeição e as faltas dela nascidas — por ação ou por omissão — embute a própria consequência em condições naturais e inevitáveis. Assim, como toda doença é uma punição contra os excessos, como da ociosidade nasce o tédio, não é necessária uma condenação especial para cada falta ou para cada pessoa em particular. Quando segue a lei o ho-mem pode livrar-se dos problemas pela sua vontade. Logo, pode também anular os males praticados e conseguir a felicidade.

Os Espíritos Superiores nos advertem que a escalada para o aperfeiçoamento deve ser objetiva e segura. Dizem que o Bem e o Mal são consequências do estágio evolutivo em que nos encontramos. Não praticar o Bem, quando temos condições, é sintoma de imperfeição da alma. Isto quer dizer que não basta ao homem não fazer o Mal. É preciso fazer o Bem, sempre. Ensinam, também, os Mentores Espiritu-ais que não é suficiente que o homem se arrependa do Mal que fez, embora seja o primeiro e importante passo; são ne-cessárias a expiação e a reparação. É o caso da criatura que, diante de ato reprovável de conduta, chora de tristeza e se fecha dentro de si mesmo. Ora, para demonstrar gran-deza d’alma é preciso procurar o ofendido e com ele reparar o dano causado. É essa a recomendação de Jesus, quando expressa: "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa diante do altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar com o teu ir-mão; depois, vem, e apresenta a tua oferta". (Mateus, 5:24-25).

Bem sabemos, todavia, que essa tomada de consciência, vai depender da maturida-de espiritual em que cada um se encontra. Muitas vezes, temos certas atitudes que, na realidade, não gostaríamos de ter. E logo sobrevém um sentimento de culpa com o aguilhão da angústia, perguntamos, então, a nós mesmos: Por que ajo assim? Quero fazer o Bem, e, quantas vezes faço, imprevidentemente, o Mal. Essa atitude é comum em todas as criaturas no proces-so de aprendizagem da alma. Veja o caso de Paulo, o vaso escolhido por Jesus, na missão de levar aos gentios a mensagem da Boa Nova, extravasa diante da luta renova-tória que travava consigo mesmo: "Eu sei que em mim, isto é, em minha carne, não mora Bem algum, porque o querer o bem está em mim, porém não faço. Porque não faço o Bem que quero, mas o Mal que não quero, esse faço". (Romanos, 7:18-20). É claro que esta atitude é passageira, e demanda muita luta, pelos caminhos das inúmeras existên-cias; chegará, no entanto, o dia, quando atingirmos a condição de Espíritos Puros, em que só faremos o Bem, e, ainda mais, espontaneamente (...)

Conta-se que Allan Kardec, quan-do reunia os textos para elaboração de O Livro dos Espíritos, recolheu-se ao seu leito impressionado com um sonho, de Lutero, com que tomara contato; acalenta-va o grande reformador a convicção de que estivera no paraíso, onde colhera informe sobre a felicidade celestial.

Durante o repouso, comovido, vê-se fora do corpo físico em desdobramento. É transportado por um enviado de Planos Sublimes para uma região nevoenta, onde gemiam milhares de entidades em sofri-mento estarrecedor. Soluções de aflição casavam-se a gritos de cólera, blasfêmias seguiam-se a gargalhadas de loucura.

Diante de tanto sofrimento, Kardec, alma sensível, relembra aqueles que, de certa forma, fizeram mal à Humanidade. Questiona, então, ao guia Espiritual que lhe assessorava, nessa viagem, sucessiva-mente, sobre quem seriam aqueles sofre-dores: os tiranos da História? Os impera-dores romanos? Os algozes dos cristãos nos séculos primitivos do Evangelho? Os gran-des conquistadores da Antiguidade, Átila, Anibal, Alarico, Gengis Khan...?

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 12

Dia : 13 / 10 / 2013 - 16 horasCulto no Lar de Sônia Dorothéa Migueis

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

outubro : dia 26 / Sábadohorário : 16 horaslocal : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?

O CEIC agradece desde já a sua colaboração.

Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Reflexão

Artigo

Fazendo o mal por omissão (Continuação da pág.11)

No entanto, informou o solícito acompanhante:

— Na realidade, estes sofredores citados desconheciam, na essência o mal que praticavam; não tinham a mínima noção de espiritualidade. To-dos, pelo amor eterno do Pai, foram amparados e receberam as bênçãos da reencarnação, entrando nas lides expiatórias, conforme os débitos con-traídos.

— Então, dize-me, — rogou Kar-dec, emocionado — que sofredores são estes, cujos gemidos e impreca-ções me cortam a alma?

O orientador respondeu, impertur-bável:

— Temos, junto de nós, os que es-tavam no mundo, plenamente educa-dos quanto aos imperativos do Bem e da Verdade, e que fugiram delibe-radamente da Verdade e do Bem, por omissão, (acrescentamos), espe-cialmente os cristãos infiéis de todas as épocas, perfeitos conhecedores da

lição e do exemplo do Cristo e que se entregaram ao mal, por livre vontade (...) Para eles, um novo berço na Terra é sempre mais difícil (...)

Conta-se que após essa visita é que Kardec formulou a questão 642, de O Livro dos Espíritos: Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futu-ra, bastará que o homem não pratique o mal? Indagação esta que os Espíritos responderam: — Não; cumpre-lhe fa-zer o bem no limite de suas forças, por-quanto responderá por todo o mal que haja resultado de não haver praticado o bem. (Cartas e Crônicas; Chico Xavier pelo Espírito Irmão X).

Eis aí um caso que dá para se pensar! Será que nós, que somos tão favorecidos pela fé raciocinada da Doutrina Espíri-ta, não estamos sendo omissos na práti-ca do bem, no limite de nossas forças? Medite nisso!Fonte: O Código Penal dos Espíritos — A Justiça do Tribunal da Consciência / Autor: José Lázaro Boberg / Editora: Capivari -SP.

r e n ú n c i a

O preço que o homem paga por renunciar aos seus desejos não é maior do que o que lhe

é cobrado por satisfazê-los.Se nega ao homem a obtenção do

prazer imediato, a renúncia lhe pro-porciona felicidade mais duradoura.

Renunciar ao que se quer é a ma-neira de obter o que se deseja, sem violência ou precipitação.

A renúncia voluntária é apanágio dos santos e heróis que lograram su-perar a sua própria humanidade.

Sobre a fronte de quem renuncia, reluz a tiara espiritual de indiscutíveis méritos.

Quando se pronunciar a palavra "re-núncia" não nos esqueçamos de que, no Dicionário da Vida, a única que lhe é sinônimo é a palavra "mãe"!

Quem mais teria renunciado no ins-tante do Calvário: Jesus, que renunciava

a ficar com sua Mãe na Terra, ou Maria que renunciava acompanhar o seu Filho ao Céu?!

Somente consegue abrir mão de si quem já adentrou na posse de si mesmo.

A dificuldade que o homem tem de renunciar é que o impede de ser feliz.

Renunciar a qualquer tipo de posse é igualmente renunciar à dor.

O que a Lei Divina concede ao ho-mem que renuncia à satisfação pessoal excede em valor e grandeza o objeto de sua renúncia, seja ele qual for.Fonte: Lições da Vida. Espírito: Irmão José.Psicografia: Carlos A. Baccelli.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 13

Artigo

o abuso de drogas e os meios de combate

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.

Sugestão do mês:sobreViVência e comunicabiliDaDe Dos espíritos

autor: hermínio c. miranDa

eDições feb

Muitas vezes nós nos pergun-tamos o que acontece com o espírito que vem a falecer em

pleno uso de drogas. Qual o destino deles?

No livro "Caminhos de Volta" cada men-sagem psicografada por Chico Xavier é antecedida pelas explicações do médium sobre a reunião em que ela foi obtida e os motivos que a determinaram.

Nesse livro, na lição de número 25, o médium explica:

— Na véspera de nossa reunião comen-távamos, num grande grupo de amigos, o problema do abuso de drogas, que vai assumindo grandes proporções em nos-so tempo. O assunto ficara em suspenso. Mas, na sessão pública da noite imediata, O Livro dos Espíritos nos deu a estudo a questão 950, levando-nos a analisar os caminhos difíceis do suicídio. No encerra-mento de nossas tarefas, Emmanuel escreveu a página “Apoio no Lar”, ponderando quanto à importância do auxílio espiri-tual no lar, para que nos afastemos das induções ao suicídio ou à fuga de nossos compromissos.

Nessa mensagem — intitulada "Apoio no Lar" — Emmanuel afirma que co-nhece de perto os companheiros que enveredaram no excesso de drogas psi-coativas e que o fizeram buscando o suicídio indireto:"... ao atravessarem as barreiras da desencarnação em semelhante desequilíbrio, conservam no corpo espiritual os estigmas da prática indébita que os levou à degeneração dos seus próprios centros de força".

Há, portanto, muito sofrimento, uma vez que o abuso de drogas, que os levou à morte prematura, desestrutura

os chacras ou centros de força do cor-po espiritual ou períspirito, causando grandes desequilíbrios.

Os que assim desencarnam não se apre-sentam na condição de trabalhadores que alcançaram o fim do dia, agradecendo a pausa de descanso e sim na posição de trânsfugas de sanatórios em que lhes cabia assistência mais longa.

Segundo o Benfeitor, eles permanecem no mundo espiritual como alucinados e dependentes das drogas...

Por isso demoram-se em regimes de reajuste e, quando recobram a própria harmonia, sentem-se sem forças nos seus mecanismos e estruturas do corpo espiritual.

Qual o caminho a seguir? Sem dúvida, voltar à carne, à vida terrestre, pelas por-tas da reencarnação. E serão encarnações muito difíceis, porque as repercussões dos abusos de drogas estarão presentes nos novos corpos físicos. Estes funcionarão como se fossem cárceres, em virtude dos abusos anteriores.

Não devemos esquecer, pois, segundo acentua o mentor, que estamos diante de uma verdadeira catástrofe mundial nos dois lados da vida humana. E que o em-penho na erradicação do mal acontece em ambos os lados.

Segundo o benfeitor, na Terra, deve-mos persistir nos meios de combate às drogas, exercendo controle no forneci-mento de psicotrópicos, de tal maneira que os especialistas dificultem ao má-ximo a sua indicação; combatendo as plantações dos vegetais que lhes dão origem; mantendo as restrições legais ao fabrico de semelhantes agentes para que não haja facilidades de acesso.

É imprescindível evitar qualquer sina-lização de permissividade. A sociedade escolherá uma via errônea se permitir o abuso de drogas em qualquer nível.

O conselho do benfeitor é que se dê apoio ao lar, uma estrutura fundamental no combate à expansão desse hábito perni-cioso que vai se transformando atualmente em verdadeira pandemia.

Como evitar que milhares de criaturas fujam da existência através das drogas? Sem dúvida, a resolução desse grave problema não é simples, mas é preciso aumentar no mundo a compreensão fraterna, a tolerân-cia construtiva. Não podemos esquecer que os melhores antídotos da solidão e da fuga são a compreensão e o amor.

Somente a vivência dos valores espiri-tuais poderá salvar milhares de criaturas do processo obsessivo e do desequilíbrio, da enfermidade e da morte. Por isso é tão importante o entendimento e a bondade dentro do lar, garantindo, quanto pos-sível, a tranquilidade e a segurança dos seres que foram chamados a conviver sob o mesmo teto.

Nós sabemos o quanto a inconforma-ção e a violência nos grupos sociais ou domésticos são prejudiciais à vida espi-ritual, ao clima de paz. Por isso é tão importante o conselho de Emmanuel aos pais e responsáveis:

"Serve e perdoa, socorre e ajuda sempre en-tre as paredes do lar, sustentando o equilíbrio dos corações que se te associam à existência e se te interessas realmente no combate ao sui-cídio e à deserção, reconhecerás os prodígios que se obtêm dos pequenos sacrifícios em casa por bases da terapêutica do Amor".marlene nobre

Fonte: www.folhaespirita.com.br, Setembro / 2013.

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 14

Emmanuel e os Evangelhos dos Apóstolos

Vale a Pena Ler de Novo

T odas as criaturas humanas adoe-cem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredi-tes que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção me-lhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.A vida, pouco a pouco, plasma em

torno de teus passos aquilo que desejas.De que vale a medicação exterior, se

prossegues triste, acabrunhado ou in-submisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primei-ras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do

estás doente?"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará". (Thiago,5:15)

desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; con-tudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima aneste-siante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inu-tilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equi-líbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreen-des, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo, acima de

qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Di-vino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encon-tramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.Enriquece os teus fatores de simpatia

pessoal, pela prática do amor fraterno.Busca a intimidade com a sabedoria,

pelo estudo e pela meditação.Não manches teu caminho.Serve sempre.Trabalha na extensão do bem.Guarda lealdade ao ideal superior que

te ilumina o coração e permanece con-victo de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

Fonte: Fonte Viva - Lição 86 / Espírito: Emmanuel / Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

Meus irmãos, em vista dos sen-timentos captados durante os trabalhos efetuados, dos apelos

mentais feitos, em vista de tudo o que foi observado por nós, os benfeitores que os acompanham, pedimos, a cada um, que mantenham no coração um sentimento profundo de fé e de religiosidade, também para que se ultrapasse o momento compli-cado, complexo que todos atravessam, no país, na cidade, no mundo.

Observa-se o movimento das massas, como se conduzidas por uma força negati-va tornando-as incapazes de discernirem o certo do errado. Os problemas que assolam o mundo, as dores e as destruições, a inca-pacidade que o homem está demonstrando ter de ultrapassar as dificuldades superiores às suas forças, o egoísmo e o aviltamento do ser estão presentes em todos os lugares

FÉ e conFiança em noVo alVorecerdeste planeta. Parece-nos que somente um grande esforço daqueles que já estão cons-cientes poderá fazer com que esse quadro se reverta.

Assim, rogamos a todos vocês que mantenham no coração a fé profunda em Deus, a crença absoluta na realidade do espírito e a certeza de que os valores superiores, os valores da alma, ainda são o melhor que o homem pode ter. Não hesitem em manter o coração pleno de confiança e de fé, ainda que isso lhes cus-te o escárnio de alguns. Mantenham-se sempre firmes, certos de que, um dia, a claridade se fará em plenitude triunfan-te; a verdade presente, a confiança será permanente em todos os seres.

Que Deus e Jesus nos ajudem, espe-rando esta alvorada que há de chegar um dia! Que todos acendam em seu coração,

ou reacendam, a certeza absoluta da fé imorredoura em Deus! Que a luz se faça em cada espírito.

Paz, para todos vocês, e confiança permanente!

Lutem, sem esmorecimento. Que Deus nos ajude e abençoe!hermann

(Mensagem recebida em 19/09/92 e publicada no Clareando, Edição nº 29, Janeiro / 2006)

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 15

Ter você como sócio será muito importante para nós.Aguardamos sua inscrição.Que Jesus nos ilumine e abençoe.p

O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :01 Livro Espírita01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)

Custo do Kit : R$22,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

Anuncie no

Instruções de Além Túmulo

a n o t a ç ã o F r a t e r n a

N ós, os espíritas desencarnados, via de regra estamos perante a Vida Superior como alunos

envergonhados, que se despediram da escola com baixa média de aproveita-mento, apesar da excelência do curso preparatório, colocado na Terra à nossa disposição.

Conhecemos, mais que os profiten-tes de outros credos, a paternidade de Deus, a orientação de Jesus e a bênção do Evangelho, com livre interpretação pessoal. Permanecemos convencidos, quanto à lei de causa e efeito que estu-damos de perto, nas consciências exo-neradas do vaso físico; sabemos que a vida continua com todo o império do raciocínio e da emoção, além do túmu-lo; e somos aquinhoados por todo um tesouro de revelações do mundo supra-físico, capaz de transformar-nos, entre os homens, em verdadeiros apóstolos do bem. Contudo, a morte — que é sempre o examinador exato da vida — encontra-nos em condição deficitária. Proclamamo-nos detentores de uma doutrina com tríplice aspecto, totalizando a Ciência, a Filoso-fia e a Religião; no entanto, dela fazemos uma ciência discutidora, uma filosofia de dúvidas e uma religião de hábitos cristali-zados. Gritamos que "fora da caridade

Reservava-nos grande alegria o término de nossos labores espirituais na noite de 9 de agosto de 1956. É que fomos felicitados com a visita do Espírito F. Purita, denodado batalhador da nossa causa em Minas, onde construiu vasto círculo de amizades. Sensibilizando-nos imensamente, o abnegado companheiro deixou-nos a seguinte "notação fraterna", que consubstancia valioso estudo.

não há salvação", mas a nossa caridade, comumente, é aquela do supérfluo ao necessitado, assim como a do viajante enfastiado em navio superfarto, que ati-ra pão ao peixe faminto. Asseveramos que Jesus é o nosso Divino Mestre e Su-pervisor de nossas atividades, todavia, entregamo-nos, bastas vezes, ao inter-câmbio de fascinação, dominados pela fome doentia de reconforto individual, ouvindo oráculos subservientes e enga-nosos e desertando sistematicamente da luta que nos é necessária à renovação. E em muitas ocasiões bradamos, ociosos e ingratos:

— Não quero reencarnar.— Não tornarei à Terra.Entretanto, descerrado o véu que nos

encobre a realidade, encontramo-nos estu-pefatos diante do tempo que despendemos em vão, dos recursos terrestres que consu-mimos debalde, das maravilhas da vida a nos desafiarem o esforço e da situação desagradável da alma, nas esferas infe-riores, nas quais somos compelidos a estágio longo, como resultante de nossa rebeldia e indiferença. Não falamos aqui como quem repreende. Somos ainda um simples companheiro que volta, ne-cessitado de mais luz. Isso, porém, não impede que a nossa palavra se converta

em anotação fraterna, para compreen-dermos que a função essencial de nossos princípios é aquela da reconstrução do Espírito, para que se nos eleve a senda do destino. Sem Espiritismo no campo íntimo, para que a nossa recuperação se faça tão completa quanto possível, na obra do Senhor, nossas convicções e predicações podem valer para os outros, que se inclinem a aproveitá-las, mas não para nós mesmos que nos situaremos voluntariamente distantes do trabalho a realizar. É por esse motivo que a reen-carnação quase que imediata, para todos nós, trânsfugas dos deveres maiores, é impositivo urgente e recomendável, de vez que, se ainda não nos liberamos do purgatório da afetividade mal conduzi-da e se ainda não abraçamos a lavoura do bem por amor ao bem, a volta ao educandário da carne é a maior con-cessão que a Divina Providência pode facultar-nos à sede de progresso. Todos os companheiros, candidatos a mais ampla incursão no campo da verdade e do estudo, depois da morte física, de-vem aproveitar o tempo da encarnação como período valioso de aprendizado, adotando a disciplina como norma in-dispensável à construção que pretendem levar a efeito. Em suma, os espíritas recebe-ram, na atualidade da Terra, o quinhão máximo de talentos do Céu. E para que possam assimilar em definitivo a heran-ça do Céu é necessário se disponham a viver no esforço máximo. Isso equivale a dizer cultura constante do cérebro e cultura infatigável do coração.Fonte: Vozes do Grande Além- Lição 58.Diversos Espíritos.Psicografia de Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 121 / Outubro . 2013 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

Acesse oboletim clareanDo

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no linkinformatiVo Do ceic

Curso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.

estuDo aberto a toDos os interessaDos.

Outubro:Dia 01- Educação no lar: relacio-namento entre pais e filhos casados dependentes dos pais e pais depen-dentes dos filhos.

Dia 08- Relacionamento familiar: perda de entes queridos.

Dia15- Relacionamento familiar: a obsessão e a mediunidade no lar, companhias espirituais no lar.

Dia 22- A família e o Centro Es-pírita: conciliação das atividades do Centro Espírita e do lar.

Dia 29- A família com Jesus: O culto do Evangelho no lar.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

a i n F l u ê n c i a d a m í d i a

A propósito de pergunta sobre família virtual, formulada em entrevista pela Rádio "Boa

Nova" (de Guarulhos), passamos a meditar sobre algumas alterações que ocorrem no seio familiar.

Na rotina doméstica, face às necessidades de manutenção do lar, os pais permanecem fora de casa a maior parte do dia. As crian-ças são entregues ao contato com outras pessoas e à famosa "babá eletrônica". Ali-ás, a TV se esmera em programas de mau gosto, em flagrante incentivo à violência e maus hábitos. Até em inocentes desenhos animados são empregadas figuras grotescas que, no passado, tranquilamente passariam por "bichos papões" !

Depois de certa idade, as crianças ficam afeitas a videogames, jogos eletrônicos e ao encantado mundo do computador. Este é ótimo, mas será que o uso dele e até as intérminas navegações pela internet – com acessos a dados nem sempre nobres e úteis -–, não criam certa alienação?

À noite, as antigas reuniões familiares e de convívio entre famílias e vizinhos, são substituídas pelo acompanhamento de novelas. Há algumas interessantes e até com enredo literário e histórico. Todavia, a maioria delas é "fabricada" – com o objetivo de aumentar e man-ter audiência –, com temas repetitivos, degradantes, travestidos de roupagens bem urdidas de vida jovem, moderna e dinâmica.

Outro fato alimentado pelo modismo novelesco e pela vida livre e descompromis-sada desejada por parcelas da juventude é a tendência dos filhos montarem suas vivendas e assumirem vidas indepen-dentes de seus pais.

Quantas formas e apelos ao indivi-dualismo!

O Espiritismo, como doutrina reencar-nacionista, assegura o direito e o respeito que distinguem a individualidade. Toda-via, não defende o individualismo. Aliás, ao se ler questões de O Livro dos Espíritos sobre os laços de família e sobre os laços sociais, fica claro que a família é o antí-doto ao egoísmo. Sem os laços de família haveria o recrudescimento do egoísmo. Daí a tônica da campanha "Viver em Fa-mília", realizada há quatro anos.

r i s c o s p a r a a c o n V i V ê n c i a F a m i l i a r

A família é espaço para convivência. Aliás, a palavra convivência pode ser de-composta, sendo "vivência" entendida como sinônimo de vida. Assim, have-ria o entendimento de vida, e "vivência + com" seria a vivência com alguém ou com um grupo. A visão reencarnacio-nista amplia a compreensão do cenário familiar, até como cadinho depurador. E a atual visão sistêmica da família cor-robora este entendimento ampliado. Desta convivência salutar é que se cria condição, dentro do lar, para o preparo do cidadão à convivência social. Pelo menos, é a etapa inicial, a contribuição do berço doméstico, com oportunida-des de educação e de aprimoramento para o espírito reencarnado.

Aspecto muito lembrado em nossos dias é o da qualidade do relacionamento. A rigor, viver em família não significa o fechamento em torno de um clã, com visões meramente endógenas, ou a vi-vência com hábitos e padrões que não unem nem melhoram a família. Em número de horas-dia, a convivência poderá até ser pequena. Todavia, toda a ambientação propiciada pelo exemplo, pelo esforço de se valorizar a família, e as orientações dignas e seguras, deve falar alto e, sem dúvida, são o padrão de qualidade.

O convívio familiar deve ser o antí-doto ao individualismo, à alienação e ao egoísmo. Indubitavelmente, estes são os grandes riscos que induzem ao fracasso dos elos familiares e sociais.antonio cesar perri De carValho

Fonte: Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 1998.

Clareando / Ano XI / Edição 121/ Outubro . 2013 - Pág . 17

Evangelização Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :AdolescênciA – cAusA dA (in)FelicidAde

Autor : Francisco do Espírito Santo Neto / Ivan de AlbuquerqueEditora Boa Nova

ExistEm Espíritos?

Qual era o tamanho de nosso corpo ao nascer; será que era assim? Vejamos a figura ao lado. Como eles eram ao nascer?

Bebês. E antes de serem bebês, na barriga da mamãe? O que éramos antes de estarmos na barriga da mamãe?

Quem nos criou? Cada um é um Espírito criado por Deus. Ganhamos um corpo físico para renascer na Terra. Assim como não podemos ver o ar, não podemos ver a nós Espíritos. Só podemos ver o corpo físico. Vamos sentir o nosso corpo, tocando: nariz, orelhas, mãos, pés. Cada pessoa é um Espírito e, enquanto está na Terra, tem um corpo físico.

Cada Espírito tem muitas qualidades. Qualidades são coisas boas que aprendemos e colocamos em prática: ser amigo, fraterno, amoroso, leal, saber perdoar, ter paciência, paz, harmonia, amar o próximo, respeitar as pessoas. Será que quando desencarnamos, perdemos tudo isso?

O Espírito é um ser criado por Deus, com muito amor e carinho, para evoluir. Enquanto estamos na Terra, temos um corpo físico. Todos fomos criados por Deus para sermos felizes.

O que significa... Espírito encarnado? É o nosso caso. Estamos encarnados. É

quando o Espírito habita, temporariamente, um corpo físico. O Espírito encarnado vive no mundo material.

Espírito desencarnado? É quando e Espírito se liberta do corpo físico e passa a viver no plano espiritual. Quando deixa o mundo material.

Desencarnar? O corpo físico morre, pára de funcionar. Quando isso acontece, o Espírito é desligado desse corpo e passa a viver no plano espiritual.

Mundo espiritual? Ou plano espiritual, é o lugar para o qual vão os Espíritos quando desencarnam. Lá ficam até o momento em que precisarão voltar à experiência no corpo físico, ou seja, reencarnar. E, ao contrário do que muitos pensam, o mundo espiritual é um lugar de trabalho, estudo e de prática da caridade, alegrias e realizações. Pode ser também um lugar ainda de dor e sofrimento. Nós descobrimos que esse lugar tem muito a ver com a maneira como vivemos aqui no Planeta Terra. Como nós somos e como agimos aqui, enquanto encarnados.

Reencarnar? Renascer em um novo corpo (Espírito + corpo físico). Nascimento de um bebê.

conclusão: Não precisamos ter medo das pessoas que já desencarnaram. Elas apenas deixaram esse corpo carnal, mas permanecem vivas em outro plano. Continuam pensando, tendo sensações, igualzinho como nos acontece na Terra. Todos nós somos Espíritos. Umas vezes estamos encarnados e outras, desencarnados. Para entendermos melhor essa diferença, chamaremos de alma os Espíritos encarnados e de Espírito os desencarnados.

Fonte: Estudo baseado em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Itens 1 e 2.

obs.: aula organizaDa pela equipe De eVangelização Do ceic.