boletim informativo do centro espírita irmao...

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Ano XI - Edição 135 - Dezembro / 2014 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Observação: Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien- tação. (21) 3252.1437 pág.13 Na Seara Mediúnica: Fenômemo e Doutrina Obsessão-Estude e Liberte-se Um Caso de Obsessão pág.7 Artigo: Mais uma vez é Natal pág.17 Suplemento Infantojuvenil: A Boneca Desprezada pág.15 Aprendendo com Altivo: Estudo sobre Desobsessão pág.12 pág.8 Espiritismo na Arte: O que é Arte ? (2ª Parte) Mensagem Mediúnica: José Jorge pág.3 pág5 Comemoração Especial: Natal pág.6 Revista Espírita: Perfecbilidade dos Espíritos pág.9 Reforma Íntima: Identidade Cósmica Nesta Edição : Editorial O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA M ais uma vez é chegada a época de comemorarmos o Natal de Jesus. Jesus é o maior fenômeno da História da Humanidade. Em apenas três anos de ati- vidade missionária, sua ascendência foi decisiva no desenvolvimento dos homens. A presença de Jesus entre nós teve como característica marcante o amor que Ele manifestou em todos os seus atos, amenizando os sofrimentos e acendendo a esperança de felicidade plena no coração dos homens. Acolheu-nos ao dizer: “Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, porque eu vos aliviarei”. O mundo atravessa uma fase de incertezas, de insegurança e de violência. Jesus, nosso Mestre Maior, representa o caminho, a verdade e a vida; vida em abundância; vida plena. Deixemo-nos envolver pela mensagem de Jesus, permitindo que Ele volte a nascer em nossos corações. Como nos diz Joanna de Ângelis no livro Rumos Libertadores: “O Natal é a história do maior amor que jamais esteve na Terra. Recordá-lo significa impregnar-te do seu conteúdo feliz e ungir-te de abnegação e esforço, de modo a modificares as ásperas situações da atualidade, iniciando esse mister no imo e ampliando-o na direção dos sofredores que espiam a tua abundância com olhos enevoados pela cortina das lágrimas e pelos pesados crepes da dor. Face ao dia em que Jesus nasceu e acenou com as possibilidades de um homem novo e de um mundo melhor, celebra a tua comunhão com a concórdia e a fraternidade, fazendo a outrem o que gostarias que ele te fizesse neste Natal”. Meditemos sobre os ensinamentos dEle e aceitemos Seu convite para trilhar um novo caminho que nos libertará do sofrimento, levando-nos à conquista da verdadeira felicidade. Que no Natal e em todos os dias de nossa existência, abriguemos Jesus em nosso coração e em nosso lar e Ele estará nos abençoando e nos ajudando a amarmo-nos uns aos outros, pois a Lei maior é: “amar Deus acima de tudo e o nosso próximo, como nos amamos”. Feliz Natal!

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Ano XI - Edição 135 - Dezembro / 2014

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .

Observação:

Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien-tação.

(21) 3252.1437 pág.13

Na Seara Mediúnica:Fenômemo e Doutrina

Obsessão-Estude e Liberte-seUm Caso de Obsessãopág.7

Artigo:Mais uma vez é Natal

pág.17Suplemento Infantojuvenil:A Boneca Desprezada

pág.15

Aprendendo com Altivo:Estudo sobre Desobsessão

pág.12

pág.8Espiritismo na Arte:O que é Arte ? (2ª Parte)

Mensagem Mediúnica:José Jorgepág.3

pág5Comemoração Especial:Natal

pág.6Revista Espírita: Perfecbilidade dos Espíritos

pág.9Reforma Íntima:Identidade Cósmica

Nesta Edição :

Editorial

O CaminhO, a Verdade e a Vida

Mais uma vez é chegada a época de comemorarmos o Natal de Jesus.Jesus é o maior fenômeno da História da Humanidade. Em apenas três anos de ati-vidade missionária, sua ascendência foi decisiva no desenvolvimento dos homens.

A presença de Jesus entre nós teve como característica marcante o amor que Ele manifestou em todos os seus atos, amenizando os sofrimentos e acendendo a esperança de felicidade plena no coração dos homens.

Acolheu-nos ao dizer: “Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, porque eu vos aliviarei”.

O mundo atravessa uma fase de incertezas, de insegurança e de violência. Jesus, nosso Mestre Maior, representa o caminho, a verdade e a vida; vida em abundância; vida plena.

Deixemo-nos envolver pela mensagem de Jesus, permitindo que Ele volte a nascer em nossos corações.

Como nos diz Joanna de Ângelis no livro Rumos Libertadores: “O Natal é a história do maior amor que jamais esteve na Terra. Recordá-lo significa impregnar-te

do seu conteúdo feliz e ungir-te de abnegação e esforço, de modo a modificares as ásperas situações da atualidade, iniciando esse mister no imo e ampliando-o na direção dos sofredores que espiam a tua abundância com olhos enevoados pela cortina das lágrimas e pelos pesados crepes da dor. Face ao dia em que Jesus nasceu e acenou com as possibilidades de um homem novo e de um mundo melhor, celebra a tua comunhão com a concórdia e a fraternidade, fazendo a outrem o que gostarias que ele te fizesse neste Natal”.

Meditemos sobre os ensinamentos dEle e aceitemos Seu convite para trilhar um novo caminho que nos libertará do sofrimento, levando-nos à conquista da verdadeira felicidade.

Que no Natal e em todos os dias de nossa existência, abriguemos Jesus em nosso coração e em nosso lar e Ele estará nos abençoando e nos ajudando a amarmo-nos uns aos outros, pois a Lei maior é: “amar Deus acima de tudo e o nosso próximo, como nos amamos”.

Feliz Natal!

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

COnsOladOr PrOmetidO

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: - O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. - Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (S. JOÃO, cap. XIV, vv. 15 a 17 e 26).

Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para compreendê-lo, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde

ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou mal compreendido. O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lan-çado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores. Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas exis-tências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir até ao termo do caminho. Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo VI, itens 3 e 4, Editora FEB.

Eis, então, o Sermão da montanha (parte 8ª/9):

“Bem-aventurados os mansos porque her-darão a Terra”.

Por que herdar a Terra e não o céu? A Terra é um planeta de expiação e de

dor, porém, após as grandes transições que se operarão no mundo, possivelmente no Terceiro Milênio, ela transformar-se-á num planeta de regeneração. Sofrerá uma alteração em seu “status”. Os rebeldes e obstinados não mais aqui nascerão. Haverá mais estreita seleção para as reencarnações. Haverá menos lágrimas e menos dores. Enfim, a Terra será um planeta onde impe-rará maior felicidade.

Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, porque eles continuarão a viver

Sermão da Montanha

Os Evangelhos nos dão conta de quatro sermões proferidos por Jesus Cristo: o Sermão da Montanha, também conhecido por Sermão das Bem-Aventuranças; o Sermão Profético; o Sermão do Cenáculo e outro Sermão que representou severa reprimenda aos seus figa-dais detratores: os escribas e os fariseus. (...) Sem dúvida alguma, o Sermão da Montanha é o mais expressivo dentre os quatro. (Paulo Alves Godoy - Os Quatro Sermões de Jesus).

nela, para a compleição do seu processo evolutivo. Os rebeldes, os mais recal-citrantes, serão relegados para planetas menos evoluídos, onde ainda prevalece o “choro e ranger de dentes”, preceituados por Jesus Cristo.

Os Espíritos não retrocedem em sua jornada evolutiva, entretanto, em caso da mudança de “status” de um planeta, isso poderá ocorrer, cumprindo-se a afirmação de Jesus Cristo, no Sermão Profético: “esses dias de tribulação serão abreviados pelo amor de muitos”.

O nosso planeta não poderá perma-necer eternamente mergulhado no mal, porque, nesse caso, milhões e milhões de criaturas boas continuariam a sofrer devido à rebeldia de outros milhões e milhões de maus. Por isso, a reforma se

dará e os maus reencarnarão em planetas de evolução mais incipiente, onde guar-darão a lembrança de, também, terem perdido um Éden, como aconteceu com a raça adâmica.Fonte: Os Quatro Sermões de Jesus, Paulo Alves Godoy - Edições FEESP.

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Mensagem Mediúnica

Meus amigos, durante alguns anos aqui comparecia, na condição de encarnado, para falar da Doutrina Espírita. E havia uma data em que sempre me agradava muito expor os meus comentários, quando convidado a falar: o Dia de Finados. Não sei por que me enchia de alegria ao falar de uma data que, ainda, provoca tristeza e saudades pesadas

no coração de muita gente.

Mas hoje, como um morto, aqui estou me expressando, provando que a morte é do corpo e não do Espírito.

Me expresso para trazer, a cada um dos corações aqui presentes, o abraço de familiares, de amigos, de companheiros de jornada terrena que hoje se encontram na condição de desencarnados.

A vida, ela é única; o Espírito toma para si as vestimentas necessárias para sua experiência, através da reencarnação, para que possa, pouco a pouco, desenvolver a sua inteligência e a sua moralidade, sob as leis de Deus.

Somos todos Espíritos imortais e creiam que deveis procurar, através das preces, lembrar-vos mais vezes dos chamados mortos queridos aos seus corações, sem medo de que eles venham vos assombrar, durante o sono ou no estado de vigília.

Aqueles, que de fato são vossos amigos, jamais vos assustarão, aparecendo de uma forma tal que possam provocar os receios e medos, que tantos ainda sentem em relação aos chamados mortos.

Estamos mais vivos do que nunca, atuantes, participando da vida de cada um de vós, dentro das nossas possibilidades e limites, claro, porque não somos anjos; ainda somos Espíritos a caminho da perfeição espiritual.

Portanto, a noite de hoje vos leva, desde a mensagem inicial, a renovar essas impressões que trazeis do passado, mas que devem ser combatidas, para que não haja o medo da presença daqueles que partiram e que, ao lembrar-vos deles, possais fazê-lo como espero que os demais amigos meus aqui presentes o façam, em relação à minha pessoa: que é ter boas lembranças, bons pensamentos e sentimentos, para com esses corações que vos amam e querem o vosso bem.

Em nome de Deus -- além daquele Espírito que é o Guia, que é o Protetor Espiritual — todos esses corações com os quais vós vivenciastes tantas experiências -- e que hoje estão desencarnados — estão vivos, atuantes, participantes, procurando sempre ajudar-vos da melhor forma possível.

Deixo o meu abraço a todos e, pensai sempre, ao lado de todos aqueles que se esforçam no estudo, na renovação para o bem.

Um abraço do amigo JoSé Jorge.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 29 de outubro de 2014).

“É verdade que te martirizas, à frente da morte, na Terra, mormente quando a morte surge, a ceifar-te os entes caros...”“Abençoa-os com as tuas melhores recordações, porque a lembrança ou a palavra alcançam a todos eles, com endereço exato.”

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 4

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Educação - Senda de Luz

P e r a n t e a C r i a n ç a

Ver no coração infantil o esboço da geração próxima, procurando ampará-lo em todas as direções.

Orientação da infância, profilaxia do futuro.

Solidarizar-se com os movimentos que digam respeito à assistência à criança, me-lhorando métodos e ampliando tarefas.

Educar os pequeninos é sublimar a Humanidade.

Colaborar decididamente na recupera-ção das crianças desajustadas e enfermas, pugnando pela diminuição da mortali-dade infantil.

Na meninice corpórea, o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida.

Os pais espíritas podem e devem ma-tricular os filhos nas escolas de moral espírita cristã, para que os companheiros recém-encarnados possam iniciar com se-gurança a nova experiência terrena.

Os pais respondem espiritualmente como cicerones dos que ressurgem no educandário da carne.

Distribuir incessantemente as obras infantis da literatura espírita, de autores encarnados e desencarnados, colabo-rando de modo efetivo na implantação essencial da Verdade Eterna.

O livro edificante vacina a mente infantil contra o mal.

Observar quando se deve ou não condu-zir as crianças a reuniões doutrinárias.

A ordem significa artigo de lei para toda idade.

Eximir-se de prometer às crianças que es-tudam quaisquer prêmios ou dádivas como recompensa ou (falso) estímulo pelo êxito que venham a atingir no aproveitamento escolar, para não viciar-lhes a mente.

A noção de responsabilidade nos de-veres mínimos é o ponto de partida para o cumprimento das grandes obrigações.

Não permitir que as crianças participem de reuniões ou festas que lhes conspur-quem os sentimentos, e, em nenhuma oportunidade, oferecer-lhes presentes suscetíveis de incentivar-lhes qualquer

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdên-cia para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (Livro dos Espíritos, Questão 685- Nota de Kardec).“Só a Educação poderá reformar os homens”. (LE, q. 796)

atitude agressiva ou belicosa, tanto em brinquedos quanto em publicações.

A criança sofre de maneira profunda a influência do meio.

Furtar-se de incrementar o desen-volvimento de faculdades mediúnicas em crianças, nem lhes permitir a pre-sença em atividades de assistência a desencarnados, ainda mesmo quando elas apresentem perturbações de ori-gem mediúnica, circunstância esta em que devem receber auxílio através da oração e do passe magnético.

Somente pouco a pouco o Espírito se vai inteirando das realidades da encarnação.

Em toda a divulgação, certame ou empreendimento doutrinário, não es-quecer a posição singular da educação da infância na Seara do Espiritismo, criando seções e programas dedicados à criança em particular.

Sem boa semente, não há boa colheita.“Deixai vir a mim os meninos, e não os

impeçais, porque deles é o reino de Deus.” Jesus. (Lucas, 18:16.)

Livro: Conduta Espírita / Lição 21.Espírito: André Luiz. Psicografia: Francisco Cândido Xavier .

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Comemoração Especial

ANatal

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.

Glória a Deus no Universo Divino.

Paz na Terra.

Boa-vontade para com os Homens.

O Pai Supremo legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste inves-tido de poderes para ferir ou destruir.

Nem castigo ao rico avarento.

Nem punição ao pobre desesperado.

Nem desprezo aos fracos.

Nem condenação aos pecadores.

Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.

Nem anátema contra o gentio inconsciente.

Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa Vontade.

A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.

Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível...

Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.

O algoz seria digno de piedade.

O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.

O criminoso passaria à condição de doente.

Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos.

Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.

Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.

Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.

Natal! Boa Nova! Boa Vontade!...

Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.

EmmanuEl

Fonte: Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 180, Editora FEB.

“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.” - Lucas, 2:14

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Revista Espírita

P e r f e C t i b i l i d a d e d O s e s P í r i t O s(Paris, 3 de fevereiro de 1886 - Grupo do Sr. Lat... — Médium: Sr. Desliens)

Pergunta: Se, conforme o Espiritismo, os Espíritos ou almas se melhoram indefi-nidamente, devem tornar-se infinitamente aperfeiçoados ou puros. Chegados a esse grau, por que não são iguais a Deus? Isto não se coaduna com a justiça.Resposta: O homem é uma criatura realmente singular! Sempre acha o seu horizonte muito limitado; quer com-preender tudo, tudo captar, conhecer tudo! Quer penetrar o insondável e despreza o estudo do que lhe toca imediatamente; quer compreender Deus, julgar seus atos, fazê-lo justo ou injusto; diz como queria que ele fosse, sem suspeitar que ele é tudo isto e mais ainda!... Mas, verme miserável, alguma vez compreendeste de maneira absoluta algo do que te cerca? Sabes por qual lei a flor se colora e se perfuma aos beijos vivificantes do Sol? Sabes como nasces, como vives e porque teu corpo morre?... — Tu vês fatos, mas, para ti, as causas ficam envoltas num véu impenetrável e querias julgar o princípio de todas as cau-sas, a causa primeira, Deus, enfim! — Há muitos outros estudos mais necessários ao desenvolvimento de teu ser, que me-recem toda a tua atenção!... Quando resolves um problema de álgebra não vais do conhecido ao desconhecido e, para compreender Deus, esse problema insolúvel desde tantos séculos, queres dirigir-te a ele diretamente! Então pos-suis todos os elementos necessários para estabelecer tal equação? Não te falta al-gum documento para julgar teu Criador em última instância? Não vais crer que o mundo seja limitado a esse grão de poei-ra, perdido na imensidade dos espaços, onde te agitas mais imperceptível que o menor dos infusórios de que o Universo é uma gota d’água? — Entretanto, racio-cinemos e vejamos por que, conforme teus conhecimentos atuais, Deus seria injusto não se deixando jamais alcançar por sua criatura. Em todas as ciências

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL)Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

há axiomas ou verdades irrecusáveis, que se admitem como bases funda-mentais. As ciências matemáticas e, em geral, todas as ciências, são baseadas no axioma de que a parte jamais poderia igualar o todo. O homem, criatura de Deus, conforme esse princípio, jamais poderia alcançar aquele que o criou. Suponde que um indivíduo deva per-correr uma estrada de extensão infinita; de uma extensão infinita, pesai bem a expressão. É esta a posição do homem em relação a Deus, considerado o seu fim. Dir-me-eis que, por pouco que se avance, a soma dos anos e dos séculos de marcha permitirá atingir o fim. Aí está o erro!... O que fizerdes num ano, num século, num milhão de séculos, será sempre uma quantidade finita; outro espaço igual não vos permitirá fornecer senão uma quantidade igual-mente finita, e assim por diante. Ora, para o mais noviço matemático, uma soma de quantidades finitas jamais po-deria formar uma quantidade infinita. O contrário seria absurdo e, neste caso, poder-se-ia medir o infinito, o que o faria perder sua qualidade de infinito. – O homem progredirá sempre e inces-santemente, mas em quantidade finita; a soma de seus progressos não será ja-mais senão de uma perfeição finita, que não poderia alcançar a Deus, o infinito em tudo. Não há, pois, injustiça da par-te de Deus em que suas criaturas jamais o possam igualar. A natureza de Deus é um obstáculo intransponível a tal fim do Espírito; sua justiça também não poderia permiti-lo, porque se um Espí-rito alcançasse a Deus, seria o próprio Deus. Ora, se dois Espíritos são tais que tenham ambos um poder infinito sob todos os aspectos e um seja idêntico ao outro, eles se confundirão num só e não haverá mais que um Deus; um deve-ria, pois, perder a sua individualidade, o que seria uma injustiça muito mais

evidente do que não poder alcançar um fim infinitamente distanciado, mesmo dele se aproximando constantemente. Deus faz bem o que faz e o homem é muito pequeno para se permitir pesar as suas decisões.

moki

Observação – Se há um mistério insondável para o homem, é o princípio e o fim de todas as coisas. A visão do infinito lhe dá vertigem. Para compreendê-lo, são necessários conheci-mentos e um desenvolvimento intelectual e moral que ainda está longe de possuir, mal-grado o orgulho que o leva julgar-se chega-do ao topo da escala humana. Em relação a certas ideias, está na posição de uma criança que quisesse fazer cálculo diferencial e integral antes de saber as quatro operações. À medi-da que avançar para a perfeição, seus olhos se abrirão à luz e o nevoeiro que os cobre se dissipará. Trabalhando seu melhoramento presente, chegará mais cedo do que se perden-do em conjecturas.

Fonte: Revista Espírita, Allan Kardec, Agosto de 1866, Editora FEB.

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 7

Obsessão — Estude e Liberte-se

Obsessões há surpreendentes, como a seguinte, cuja natureza dá muito que pensar, pois diariamente poderemos

encontrar casos idênticos, desconhecendo que se trata de obsessão. Presenciámo-la no ano de 1930, no antigo “Centro Espírita de Lavras”, servindo nós mesma de intérprete do Espírito Dr. Adolfo Bezerra de Menezes para o serviço de cura. Será de utilidade que em todos os processos de curas de obsessões um médium bastante desenvolvido e fiel ao elevado mandato se torne porta-voz das ne-cessárias instruções dos Guias Espirituais, o que quer dizer que não nos devemos arrojar pelo espinhoso caminho se tal médium não existir no grupo.

— Um jovem de doze anos de idade, único filho varão de modesto sitiante dos arredores da cidade (Lavras), cujo nome era José Teodoro Vieira (1), fora atacado de uma espécie de para-lisia infantil desde os seus dois anos de idade; paralisia que lhe deformara terrivelmente as pernas, tornando-as tortas, unidas pelos joelhos; os braços eram arcados e retesados e até a fisionomia se apresentava abobalha-da e como que intumescida por um esforço ignoto. Era, além de tudo, também mudo. Ao penetrar a sede do Centro, acompanha-do pelo pai, os dois videntes, então presen-tes, e também eu mesma, também presente, fomos concordes em perceber uma forma es-cura e compacta cavalgando o rapaz, como se ele nada mais fosse que uma alimária de sela, visto que até as rédeas e o freio na boca existiam estruturados na mesma sombra escura. O enfermo, com efeito, mantinha o dorso curvado, como se submetendo ao jugo do seu cavaleiro; chorava de dores musculares, de dores lombares, de ouvido e de garganta, e tudo indicava que uma espé-cie de reumatismo incurável, uma paralisia parcial, originária da sífilis, o infelicitaria para sempre, pois os médicos consultados já haviam esgotado os seus recursos científicos para o curarem; o pobre pai despendera o máximo das suas posses para o tratamento, mas o mal permanecia desafiando o tempo e as tentativas de cada um. Tratava-se, como vemos, de obsessão típica daquelas citadas nos Evangelhos de Jesus, as quais tinham até mesmo o poder de tomar surdo e mudo o paciente, e que Jesus e seus apóstolos com tanta facilidade curavam com a apo-sição das mãos. No decurso de dez anos de

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

U m C a s O d e O b s e s s ã O ( * )

domínio, essa terrível obsessão afetara mús-culos e nervos, glândulas e sistema nervoso do passivo, o que desorientara os próprios médicos, que, tratando do enfermo com os métodos ditos científicos e indicados para o caso, não logravam sequer alívio para ele. Eu era, então, o médium responsável pelo intercâmbio espiritual no Posto Mediúnico da “Assistência aos Necessitados” do Centro acima referido, verdadeiro templo de amor e ciência transcendente que era aquela or-ganização. Já por essa época o Espírito Dr. Bezerra de Menezes me honrava com sua assistência para todos os trabalhos mediú-nicos empreendidos e fiz imediatamente a consulta necessária, obtendo o simples es-clarecimento que se segue:

— “Façam o pedido para o enfermo nas vossas sessões comuns. Que ele se submeta a um tratamento de passes diários, no próprio Centro, com uma corrente de três ou mais médiuns, e assista às reuniões que puder. O caso é simples...”

Concedeu receita homeopata, que foi reli-giosamente observada, com os medicamentos fornecidos pela própria “Assistência aos Ne-cessitados”, gratuitamente. Logo na primeira sessão realizada e quando o paciente só havia recebido passes, aplicados conforme a indica-ção, apresentou-se um antigo escravo africano do Brasil, revoltado contra a violência que faziam, retirando-o à força do dorso do seu “corcel”:

— “ Por que, então, não posso também cas-tigá-lo, ele já me castigou tanto — dizia. — Ele foi meu Senhor e me subjugou enquanto vivi... Agora é a minha vez de subjugá-lo com o meu chicote e a minha espora... Não era eu o burro de carga que ele chicoteava? Pois agora o burro é ele e a carga sou eu... Chumbo ber-ganhado não dói...”.

— Mas não vês que este rapaz conta apenas doze anos de idade e não podia ter sido teu Se-nhor, quando a escravatura foi abolida há tan-tos anos?... — retrucou o presidente da mesa com inteligência, tentando esclarecimentos doutrinários.

— “ Ora, ora, ora... — tornou a entidade — eu bem sei o que digo e quem é ele, o meu bur-ro... Ele é Nhonhô Teodoro Vieira, sim, não me engano não... eu nunca o perdi de vista..”

Fàcilmente esse opressor foi retirado e encaminhado às estâncias do Invisível convenientes ao seu estado, talvez a uma reencarnação imediata, e, prosseguindo o tratamento recomendado, o moço enfermo

tornou-se radicalmente curado em trinta dias. Conversando com o pai do jovem, soube-se que “Nhonhô Teodoro” fora o bisavô do próprio enfermo e que possuíra alguns escravos, pequeno fazendeiro que fora na zona rural da velha cidade. Pela lei da reencarnação, os próprios acontecimen-tos autorizam a dedução de que o jovem José Teodoro Vieira mais não era do que a reencarnação do próprio bisavô. Colocado agora na quarta geração da própria família; padecia a vingança de um escravo odioso que não fora capaz de perdoar os males recebidos e, assim descrendo da justiça de Deus, fazia justiça pelas próprias mãos. Lembro-me ain-da da última receita concedida pela entidade Dr. Bezerra de Menezes ao jovem obsi-diado: Beladona e China da 5ª dinamização e seis vidros de antigo reconstituinte muito usado pela época. Deslumbrado, o pai do rapaz tornou-se espírita com toda a família, desejoso de se instruir no assunto, enquan-to o filho, falando normalmente, explicava, sorridente:

— “Eu sabia falar, sim, mas a voz não saía porque ‘uma coisa esquisita’ apertava minha língua e engasgava a garganta...”.

Essa coisa esquisita seria, certamente, o “freio” forjado com forças maléficas invisíveis...

(1) Os nomes próprios aqui citados serão fictícios ou alterados, para fins literários. Os verdadeiros nomes não deverão ser revelados ao público, porque a lei da Fraternidade, que o Espiritismo acata, o proíbe, a não ser que exis-ta licença especial, das personalidades citadas, para que os seus nomes sejam declarados na ín-tegra, o que não me foi possível obter para os casos presentes.

Fonte: Recordações da Mediunidade, Yvonne do Amaral Pereira, Capítulo 10, Editora FEB.

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: O Complexo Obsessão.

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 8

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Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Diálogo com as Sombras- Hermínio Corrêa de Miranda.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

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Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

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Espiritismo na Arte

Sendo a arte uma manifestação da alma, então, se conclui que todos os artistas estão em comunhão com

Deus?Vejamos o que se passou com Joseph Mal-

lord William Turner, através da médium Maria Gertrudes. Turner foi o legítimo precursor do impressionismo, movimento esse que o consi-derava um professor.

Pintor famoso, e com obras que eram pagas com valores bem altos, tinha um tempera-mento difícil, às vezes arrogante, porém, não vamos relatar aqui seus deslizes, porque com certeza onde estará deixaremos seu espírito triste, como nos relata Frederic Chopin, no livro Devassando o Invisível, quando se fala de sua vida particular. As novas gerações devem conhecer as obras e seus autores, e não seus defeitos morais.

Voltando a Turner, o livro de Maria Ger-trudes nos relata que sua vida, após seu desencarne, no mundo espiritual foi de muito tormento. Turner só passou a ter co-nhecimento do Evangelho de Jesus através da médium que formalizou com ele acordo de só pintar se ele estivesse predisposto a ouvir o Evangelho de Jesus, que foi o que aconteceu.

“A beleza é um dos atributos divinos. Deus pôs nos seres e nas coisas esse encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo. (...) O Espiritismo vem abrir para a arte novas perspectivas, horizontes sem limites”.(Léon Denis - O Espiritismo na Arte, parte I, Editora Léon Denis).“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade”. (Léon Denis – O Problema do Ser e do Destino, Editora FEB).

O qUe é arte? (2ª Parte)Turner, pintor brilhante com uma obra

esplendorosa, pintava o sol achando que o sol era Deus. Sim, Turner achava que Deus era o sol, com uma admiração excêntrica pela Natureza.

Com esses estudos do Evangelho de Jesus ele começa a ter uma vida no plano Espiritual mais tranquilo, e levado por Van Gogh conhece fi-nalmente o templo das artes, um local onde artistas concluíam suas obras inacabadas aqui na Terra, desenvolvendo principalmente o sen-so de humildade e cooperação. No templo das artes Turner relembra sua passagem pela Terra — “Pela primeira vez, notei que me faltava a ligação sublime com a obra do Criador. Relembrei a Bíblia e minhas leituras, as pou-cas visitas à Igreja, impostas por minha mãe, jamais por vocação. Raramente me detive a pensar na importância do Criador do Sol... Desse modo estive mergulhado em pensamen-tos falsos, atentos aos detalhes e dedicando pouca importância ao Criador Eterno, esque-cendo-me de que Ele é a causa única de tudo, é o Essencial”.

gloria machay

Observação: A 1ª parte consta da edição de Outubro/2014.

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Reforma Íntima

i d e n t i d a d e C ó s m i C a“E aqui está o segundo que é semelhante ao primeiro: amarás o teu próximo, como a ti mesmo.” O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XV, Item 4.

Chamamos de atitude amorosa o trata-mento benevolente com nosso íntimo através da criação de um relacionamen-

to pacífico com as imperfeições. Desenvolver habilidades benevolentes para consigo é a base da vida saudável e o ponto de partida para o crescimento em harmonia.

Amar a si mesmo é o cerne da proposta educativa do Ser na fieira das reencarnações.

O aprendizado do autoamor tem como requisito essencial a descoberta de nossa “identidade cósmica”, ou seja, a realidade do que somos na Obra Incomensurável do Pai, nossa singularidade. A singularidade é a “Marca de Deus” que define nossa história real no trajeto da evolução. É como o Pai nos “conclama” ser na Sua Criação.

Importante frisar que a singularidade é o conjunto de caracteres morais e espirituais peculiares à criatura única que somos. Nela se incluem também as mazelas cujos princípios foram colocados no homem para o bem, con-forme acentuam os Sábios e Orientadores da codificação. (O Evangelho Segundo o Espiri-tismo, Capítulo X, Item 10)

Quando rejeitamos alguns aspectos dessa “identidade exclusiva”, nasce o conflito, que é a tormenta interior da alma convocada a transformar para melhor sua condição indi-vidual. O Doutor Carl Gustav Jung definiu esse movimento da vida mental como sendo individuação, isto é, viver em busca da indi-vidualidade, do Si Mesmo. Não se trata de viver o individualismo, o personalismo, mas aprender a ser, permitindo a expressão de suas características divinas latentes e de sua som-bra sem as máscaras sociais. Individuação vem do latim indivíduos cujo sentido é “indiviso”, “inteiro”.

O progresso pessoal de cada um de nós é a arte de saber integrar os “fragmentos” da vida ín-tima, harmonizando-os para que reflitam as leis naturais de cooperação, trabalho e liberdade.

Somente vibrando na frequência do amor, esse movimento educativo da alma plenifica-se sem a angústia e o martírio — patrocinadores de longas e dolorosas crises nesse caminhar evolutivo. A convivência compassiva com

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal? “Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”.(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questão 919)

“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”.Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).

nossa sombra só será possível com aceita-ção de nossa “identidade cósmica”. Aceitar os nossos sentimentos, desejos, ações, impulsos e pensamentos. Aceitar é entrar em contato sem reprimir. Criar uma conexão sem julgamento e condenação. A aceitação não significa aco-modação ou adesão passiva, mas entender, investigar e redirecionar esse patrimônio sem rigidez e desamor. É cuidar bem de si mesmo com ternura e respeito ao patrimônio adquiri-do, incluindo os maus pendores. Aceitação é a maneira carinhosa de tratar nossa intimidade, sem rivalidade.

Aceitar-se é confundido com passividade, irresponsabilidade. O conceito é exatamente o inverso, pois quando eu aceito as coisas como são, resgato minha força e poder transformador.

Se nós não nos aceitamos, magoamos a nós mesmos, por isso o autoamor é tam-bém autoperdão. Perdoar é ter uma atitude de compaixão que nos distancie dos julga-mentos e críticas severas e inflexíveis.

O remédio será aprender a amar a vida que temos, o que somos, o que detemos e viver um dia após o outro, cultivando na intimidade a certeza de que o percurso que fizemos deve ser visto como o melhor e mais proveitoso às necessidades que carregamos. É a nossa “marca personalizada” na Obra da Criação pela qual devemos responder com siso moral.

Certamente as Leis Divinas, a todo ins-tante, conspiram para que afinemos essa singularidade com a “Frequência de Deus”, sempre elevando-nos e progredindo. A pro-posta do autoamor impele-nos, sobretudo, a conhecer nosso ritmo evolutivo, nossa capacidade pessoal de ajustarmo-nos a essa melodia universal.

Ninguém consegue ultrapassar seus limites pessoais de uma para outra hora. A palavra limite quer dizer o “ponto máximo”. Em ter-mos espirituais, só daremos conta daquilo que podemos. Nem mais nem menos. O martírio representa alguém querendo dar além do que consegue, idealizando caminhos, cobrando de si o impossível. Uma postura de inaceitação de sua condição íntima, gerando insatisfações e desequilíbrios.

Quando não amamos a nós mesmos, vi-vemos à mercê da influência dos palpites e reprimendas. A aprovação alheia é mais

importante que a aprovação interior. Nes-sa situação escasseiam estima e confiança a si próprio, que impossibilitam a expressão da condição particular. Assim sentimo-nos prisioneiros adotando máscaras com as quais procuramos evitar a rejeição social, fazendo-nos infelizes e revoltados.

Ninguém pode definir para nós “o quanto ou o como deveríamos”. Podemos ouvir opiniões e conselhos, corretivos e advertências, porém, o exercício do autoamor nos ensinará a tirar de cada situação aquilo que, de fato, nos será útil ao crescimento. Cada pessoa ou situação de nossas vidas é como o cinzel que auxiliará a esculpir a obra incomparável da ascensão par-ticular. Mas recordemos: apenas um cinzel!

Apenas instrumentos! Pois a tarefa in-transferível de talhar é com cada um de nós, escultores da individuação.

Quem se ama, imuniza-se contra as má-goas, guarda serenidade perante acusações, desapega-se da exterioridade como condição para o bem-estar, foca as soluções e valores, cultiva indulgências com o semelhante, tem prazer de viver e colabora espontaneamente com o bem de todos e de tudo.

Por longo tempo ainda exercitaremos esse amor a nós mesmos, alfabetizando nossas habilidades emocionais para um relaciona-mento intrapessoal fraterno, equilibrado.

A primeira condição para nos engajarmos na Lei do Amor é essa caridade conosco, o encontro do self divino, sem o qual ficaremos desnorteados no labirinto das experiências diárias, à mercê de pessoas e fatos, adiando o Instante Celeste de sintonizar nossos passos com a paz interior que todos, afanosamente, estamos perseguindo.

ermance dufaux

Fonte: Escutando os Sentimentos / Capítulo 6.Psicografia: Wanderley S. de Oliveira.Editora Dufaux.

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Estudando sobre Mediunidade

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

PergUntas qUe se POdem fazer aOs esPíritOs1ª) Os Espíritos respondem de boa vontade às perguntas que lhes são dirigidas?“Conforme as perguntas. Os Espíritos sérios sempre respondem com prazer às que têm por objetivo o bem e os meios de progredirdes. Não atendem às fúteis”.

2ª) Basta que uma pergunta seja séria para obter uma resposta séria?“Não; isso depende do Espírito que responde”.a) Mas, uma pergunta séria não afasta os Espíritos levianos?“Não é a pergunta que afasta os Espí-ritos levianos, o caráter daquele que a formula.”3ª) Quais as perguntas com que mais an-tipatizam os bons Espíritos?“Todas as que sejam inúteis, ou feitas por pura curiosidade e para experimentá-los. Nesses casos, não respondem e se afastam”.a) Haverá questões que sejam antipáticas aos Espíritos imperfeitos?“Unicamente as que possam pôr-lhes de manifesto a ignorância ou o embuste,

quando procuram enganar; a não ser isso, respondem a tudo, sem se preocuparem com a verdade”.4ª) Que se deve pensar das pessoas que nas manifestações espíritas apenas veem uma distração e um passatempo, ou um meio de obterem revelações sobre o que as interessa?“Essas pessoas agradam muito aos Espíritos inferiores que, do mesmo modo que elas, gostam de divertir-se e rejubilam quando as têm mistificado”.5ª) Quando os Espíritos não respondem a certas perguntas, será por que o não queiram, ou por que uma força superior se opõe a certas revelações?“Por ambas essas causas. Há coisas que não podem ser reveladas e outras que o próprio Espírito não conhece”.a) Insistindo-se fortemente, o Espírito acabaria respondendo?“Não; o Espírito que não quer responder tem sempre a facilidade de se ir embora. Por isso é que se toma necessário espe-reis, quando se vos diz que o façais, e, sobretudo, não vos obstineis em querer

forçar-nos a responder. Insistir, para ob-ter uma resposta que se não quer dar, é um meio certo de ser enganado”.6ª) Todos os Espíritos são aptos a compreender as questões que se lhes proponham?“Muito ao contrário: os Espíritos inferiores são incapazes de compreender certas ques-tões, o que não impede respondam bem ou mal, como sucede entre vós mesmos”.

NOTA. Nalguns casos e quando seja con-veniente, sucede com frequência que um Espírito esclarecido vem em auxílio do Espírito ignorante e lhe sopra o que deva dizer. Isso se reconhece facilmente pelo con-traste de certas respostas e além do mais, porque o próprio Espírito quase sempre o diz. O fato, entretanto, só ocorre com os Espíritos ignorantes, mas de boa fé; nunca com os que fazem alarde de falso saber.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Item 288, Editora FEB.

O s conflitos íntimos fazem parte da caminhada de todos os que se dispõem a conquistar a luz imperecível, luz que irá se pro-jetando no caminho, à medida que o Espírito a deseja como o seu bem maior.

O Médium Espírita não é um Espírito diferente dos demais, mas está entre aqueles que muito receberam e, portanto, muito lhe será pedido.Em primeiro lugar, é preciso analisar o teor e a extensão de seus conflitos. (...)

B astas vezes, a vida do Médium passa por uma transformação alheia à sua vontade e, repentinamente, ele se fragiliza ante a ausência de corações amados. Poderá ele tomar duas atitudes:

Desdobrar-se mais no serviço, procurando preencher melhor as suas horas vazias; estabelecer novos relacionamentos com os tristes, as crianças, os velhos ou enfermos, sentindo no serviço junto a eles a alegria que lhe falta, alterando, dessa forma, para melhor, o teor de seus sentimentos de caridade, de esperança e de fé, ouEntregar-se à solidão, chorando sem cessar, procurando companhias que atendam a outros interesses, através de diversões atordoantes ou se envolvendo, irrefletidamente, em novos problemas afetivos com a desculpa de carência de amor.Qual das duas será a posição mais compatível com tudo o que ele já conhece da Doutrina Espírita? Será lastimável se optar pela segunda posição.

Solidão

Caminhos Perigosos

aurélio (eSpírito)Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Diversos Espíritos, Lar de Tereza, Lição 20, Editora Léon Denis.

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Clareando as Ideias com Kardec

inflUênCia dO esPiritismO nO PrOgressO

O Espiritismo se tornará uma crença comum ou permanecerá sendo partilhado por algumas pessoas?“Certamente ele se tornará uma crença co-mum e marcará uma nova era na História da Humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que deverá ocupar seu lugar entre os conhecimentos huma-nos; todavia, terá que sustentar grandes lutas, muito mais contra o interesse, do que contra a convicção, pois não há como dissimular que existem pessoas interessadas em combatê-lo, umas, por amor-próprio, outras, por causas inteiramente materiais; mas os contraditores, encontrando-se cada vez mais isolados, serão forçados a pensar como todo o mundo, sob pena de se tor-narem ridículos.”Nota de Kardec - As ideias só se transfor-mam com o tempo e nunca subitamente; elas se enfraquecem, de geração em gera-ção, e terminam por desaparecer, pouco a pouco, com aqueles que as professavam e que são substituídos por outros indiví-duos imbuídos de novos princípios, como acontece com as ideias políticas. Vede o paganismo: certamente não existe, atual-mente, quem professe as ideias religiosas daqueles tempos; entretanto, vários séculos depois do advento do Cristianismo, elas deixaram marcas, que somente a comple-ta renovação das raças conseguiu apagar. Assim será com o Espiritismo; ele progride muito, mas haverá ainda, durante duas ou três gerações, um fermento de incre-dulidade que só o tempo dissipará. No entanto, sua marcha será mais rápida do que a do Cristianismo, porque é o próprio Cristianismo, sobre o qual ele se apoia,

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus (João, 8:32)

que lhe abre os caminhos. O Cristianismo tinha que destruir; o Espiritismo só tem que edificar.

De que maneira o Espiritismo pode contribuir para o progresso?“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz com que os homens compreendam onde se encontra o seu verdadeiro interesse. Não estando mais a vida futura velada pela dúvida, o homem compreende me-lhor que poderá assegurar o seu futuro através do presente. Destruindo os pre-conceitos de seitas, de castas e de cores, ele ensina aos homens a grande solida-riedade que deve uni-los como irmãos.”

Deveremos temer que o Espiritismo não consiga triunfar da negligência dos ho-mens e do seu apego às coisas materiais?

“Seria conhecer bem pouco os homens, para pensar que uma causa qualquer pudesse transformá-los como que por encanto. As ideias se modificam, pouco a pouco, conforme os indivíduos e são necessárias gerações, para apagar com-pletamente os traços dos velhos hábitos. A transformação, portanto, só pode efe-tuar-se com o tempo, gradual e progres-sivamente; a cada geração, uma parte do véu se dissipa; o Espiritismo vem rasgá-lo completamente; porém, mesmo que ti-vesse por efeito corrigir um único defeito de um homem, seria um passo que ele o teria levado a dar e, por isso mesmo, teria feito um grande bem, pois este primeiro passo tornar-lhe- á os outros mais fáceis.”

Por que os Espíritos não ensinaram, em todos os tempos, o que hoje ensinam?“Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um alimento que ele não possa digerir; cada coisa a seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não com-preenderam, ou desnaturaram, mas que, agora, podem compreender. Através dos seus ensinos, mesmo incompletos, eles prepararam o terreno para receber a se-mente que, hoje, vai frutificar.”

Visto que o Espiritismo deve marcar um progresso na Humanidade, por que os Espíritos não apressam este progresso, através de manifestações tão generalizadas e tão patentes, que a convicção atinja até os mais incrédulos?“Desejaríeis milagres; mas Deus os es-palha a mancheias, em vosso caminho, e ainda há homens que o negam. O próprio Cristo convenceu seus con-temporâneos, através dos prodígios que fez? Não vedes, atualmente, ho-mens negarem os fatos mais patentes que se passam diante de seus olhos? Não há aqueles que dizem que não acreditariam, ainda que tivessem visto? Não; não é por meio dos prodígios que Deus quer conduzir os homens; na sua bondade, ele quer deixar-lhes o mérito de se convencerem pela razão”.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questões 798 a 802, Editora Léon Denis.

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Na Seara Mediúnica

local: centro eSpírita irmão clarêncio

Encontros EspíritasEm Dezembro

7° encontro Sobre criSto " o conSolador" tema - como aplicar e deSenvolver o devotamento e a abnegação noS tempoS atuaiS, Segundo oS enSinoS de JeSuS.data - 07/12 /2014

hora - 8:30 àS 13:00

Até hoje, os fenômenos mediúnicos que se desdobraram à margem do apos-tolado do Cristo se definem como sendo um conjunto de teses discutíveis, mas os ensinamentos e atitudes do Mestre constituem o maciço de luz inatacável do Evangelho, amparando os homens e orientando-lhes o caminho.

Existe quem recorra à ideia da fraude piedosa para justificar a transformação da água em vinho, nas bodas de Caná.

Ninguém vacila, porém, quanto à grandeza moral de Jesus, ao traçar os mais avançados conceitos de amor ao próximo, ajustando teoria e prática, com absoluto esquecimento de si mes-mo em benefício dos outros, num meio em que o espírito de conquista legitima-va os piores desvarios da multidão.

Invoca-se a psicoterapia para basear a cura do cego Bartimeu.

Há, todavia, consenso unânime, em todos os lugares, com respeito à visão superior do Mensageiro Divino, que dig-nificou a solidariedade como ninguém, proclamando que “o maior no Reino dos Céus será sempre aquele que se fizer o ser-vidor de todos na Terra”, num tempo em que o egoísmo categorizava o trabalho à conta de extrema degradação.

Fala-se em hipnose para explicar a multiplicação dos pães.

O mundo, no entanto, a uma voz, admira a coragem do Eterno Amigo que se consagrou aos sofredores e aos infelizes sem qualquer preocupação de posse terrestre, conquanto pudesse es-calar os pináculos econômicos, numa

fenômenO e dOUtrinaépoca em que, de modo geral, até mes-mo os expositores de virtude viviam de bajular as personalidades influentes e poderosas do dia.

Questiona-se em torno do reaviva-mento de Lázaro.

Entretanto, não há quem negue respeito incondicional ao Benfeitor Sublime que revelou suficiente desassombro para mos-trar que o perdão é alavanca de renovação e vida, num quadro social em que o ódio coroado interpretava a humildade por bai-xeza.

Debate-se, até agora, o problema da ressurreição dele próprio.

No entanto, o mundo inteiro reverencia o Enviado de Deus, cuja figura renasce, dia a dia, das cinzas do tempo, indicando a bondade e a concórdia, a tolerância e a abnegação por mapas da felicidade real, no centro de cooperadores que se multipli-cam, em todas as nações, com a passagem dos séculos.

Recordemos semelhantes lições na Doutrina Espírita.

Fenômenos mediúnicos serão sempre motivos de experimentação e de estudo, tanto favorecendo a convicção, quanto nutrindo a polêmica, mas educação evan-gélica e exemplo em serviço, definição e atitude, são forças morais irremovíveis da orientação e da lógica, que resistem à dú-vida em qualquer parte.

emmanuel

Fonte: Mediunidade e Sintonia / Lição 2.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora CEU.

em dezembro

culto no lar

no ceic

dia - 14/12/14

horário - 16:00

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 13

Aprendendo com Altivo

O grupo espírita deve ser compa-rado a uma pequena família de afins espirituais, cuja finalidade é

a de ajudar-se individual e coletivamente. Os nossos passos dentro do grupo deve-rão ser regidos pelo cuidado, meditação e comentários, para que obtenhamos melhor aproveitamento e desempenho nos trabalhos realizados.

É opinião dos espíritos da Casa que to-dos os médiuns aprendam a dar passes para melhor desenvolverem sua sensibilidade e criarem afinidade com os espíritos amigos e trabalhadores da Casa.

Cada médium deverá entrosar-se o máximo possível com o companheiro de serviço; pro-curar conhecê-lo nas mínimas ações e reações diante de uma situação, esforçando-se por lhe adivinhar os pensamentos.

O ambiente deverá estar sempre em vibração positiva por meio da oração constante que cada um fará em prol do alívio, compreensão e boa vontade do sofredor.

Devido à agitação e desequilíbrio existentes no espírito sofrido e da energia encontrada no médium de incorporação, difícil se torna por vezes, a este mesmo médium, conter o socor-rido em suas gritarias, batidas na mesa e atos de revolta; nesse caso caberá ao auxiliar do doutrinador, o médium de incorporação com força e deixar que o espírito se esgote, para que mais sereno, ele, o espírito, possa receber os passes de refrigério que lhe serão aplicados pelo médium de apoio.

Em se tratando, porém, de espírito excessiva-mente agitado, enquanto o médium de apoio segura firme o médium de incorporação, o doutrinador deverá anular um pouco seus mo-vimentos, fazendo uma ligeira pressão na nuca ou na parte superior do crânio do médium de incorporação, pontos especiais de intercâmbio entre o médium e o espírito. Essa medida só poderá ser tomada como recurso de caso extre-mo, onde a atitude do espírito traga embaraços para o médium de incorporação.

estUdO sObre desObsessãO — COmPOrtamentO dO médiUm diante dO serViçO

A reunião de desobsessão, por ser muito especial, requer ajuda por meio de irradiação de amor e tranquilidade, vindas de todos os componentes, atuando como pilhas fluídicas em atendimentos aos socorridos.

A irradiação são emanações mentais, em ondas vibrantes de luz, paz e amor, der-ramadas como um bálsamo sobre todo o ambiente; para irradiarmos dessa forma é preciso que façamos sempre exercícios de concentração a fim de podermos emitir a todos os irmãos menos afortunados, nossos pensamentos mais sublimados no intuito de amenizar-lhes as dores e sofrimentos.

É preciso que os participantes da reunião de desobsessão tenham inteira confiança nos seus mentores, nos Espíritos amigos e dirigentes da casa e nos seus companheiros de serviço, fazendo da convicção um ponto de apoio à afirmação do seu trabalho mediúnico.

O medo ou escrúpulo injustificado mantidos pelo médium de incorporação, além de prejudicar os trabalhos de assis-tência aos necessitados, serve de entrave ao aprimoramento dele próprio, acriso-lando — o a indecisões que o levarão a irremediáveis erros futuros.

O silêncio é a medida preciosa que se toma para defender o equilíbrio vibratório do gru-po, ajudando-o a uma concentração forte e segura como a de uma corrente de energia, a qual mantém seu circuito fechado vibrando uníssono e harmonioso ao redor de determi-nada área.

Igualmente, devemos levar em conta o quanto desagradável é ver o irmão socorri-do adotar essa posição de silêncio da qual na maioria das vezes o doutrinador desavisado se deixa envolver, perdendo tempo precioso que deveria ser empregado na doutrinação, esperando por sua vez que o espírito se mani-feste. Nesse caso devemos contar com a aju-da do médium de apoio que virá em socorro do doutrinador fazendo uma prece a fim do mesmo reequilibrar-se despertando do seu envolvimento.

Podemos levar em conta, também, a par-ticipação do doutrinador que atento a todas as tarefas em execução, suprirá faltas como essas não deixando que se perca o trabalho e nem se fuja à finalidade do mesmo.

Cabe ao doutrinador chamar atenção dos médiuns de incorporação no intuito de au-xiliá-los quanto à maneira de conduzirem os trabalhos, alertando-os a uma mudança de gestos ou atitudes com a finalidade de maior rendimento dos serviços.

Todos os participantes deverão estar vigilan-tes a troca de mentores, tornando-se maleáveis aos mesmos, não criando embaraços para a condução dos trabalhos. As simples dúvidas surgidas sobre quem vai dirigir os trabalhos ou sobre qual o espírito presente, acarreta uma série de dificuldades aos serviços, pois a men-te dispersa nesse sentido deixa de atuar com o grupo. É, pois, na observância desse ponto que os participantes devem se esforçar ao máximo para manterem a mente voltada ao trabalho mediúnico.

De cada um vai depender o máximo ou mí-nimo de aproveitamento dos serviços em que se desdobra a espiritualidade. O grupo intei-ramente harmonizado completará o trabalho começado e sustentado pelos espíritos.

A harmonia do grupo só existirá quando houver simplicidade nos atos, humildade nas ações e amor fraterno em receber, sem melindres, dos companheiros de trabalho, toda e qualquer observação no sentido de lhe ampliar os conhecimentos e elevar seu padrão mediúnico, explorando ao extremo as vantagens de que dispõe. É nesse esfor-ço individual que o grupo deve manter-se coeso para desempenhar o tão com plicado serviço mediúnico de desobsessão.

altivo cariSSimi pamphiro

(Artigo retirado da Revista Estudos Espíritas / Outubro a Dezembro de 2001 / Edições Léon Denis)

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 14

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em dezembro

confraternização

doS trabahadoreS

no ceic

dia - 12/12/14

Campanha CEIC

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O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

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O CEIC agradece desde já a sua colaboração.

Conta para depósito:

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Variedades sobre Kardec

CUriOsidade sObre allanKardeC

C ontrariando nosso desejo de apresentar uma tela, para seguir a programação geral desta obra,

aqui reproduziremos a imagem mais conhecida do Codificador, da qual não se conhece a origem e a data.

Não temos dúvidas, conforme consul-ta feita a técnicos da arte fotográfica, que se trata de uma fotografia com pequenos retoques e, inclusive, colorizada, práticas habituais no passado, antes do grande pro-gresso ocorrido no século XX.

Lembrando que Kardec desencarnou em 1869, a primeira dúvida que nos ocorreu foi: já se conseguia razoáveis ou boas fotos na época em que ele vivia entre nós?

Sim. Em Paris, na mesma cidade onde residia o Codificador, o célebre Félix Nadar (Paris, 1820-1910) “abriu um estúdio fotográfico e, a partir de 1854, começou a publicar, sob o título de Pan-théon Nadar, uma seleção de retratos fotográficos de celebridades da época.” (Enciclopédia Mirador) Hoje ele é con-siderado o mais famoso fotógrafo do século XIX.

Portanto, é possível que a fotografia de Kardec, em análise, tenha sido feita por Nadar.

Voltemos ao fato de não reproduzirmos uma tela de Kardec. Em verdade existem várias, mas a única fiel é a do renomado pintor e retratista francês Raymond A. Q. Monvoisin (1790-1870), que ele intitulou de Retrato Alegórico do Sr. Allan Kardec. Fiel porque, mesmo considerando que o Codificador não posou para o artista — conforme se pode deduzir pela expressão “alegórico” da legenda — , Monvoisin, em seus últimos anos de vida física, tornou-se espírita convicto e devotado, participando das reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, época em que retratou Allan Kardec.

As edições de dezembro/1868 e de ju-nho/1869, da Revista Espírita, registram que Monvoisin doou à Doutrina oito quadros, “verdadeiras obras-primas da arte, especialmente executadas, tendo em vista o Espiritismo” (texto do Codi-ficador, redigido poucos meses antes de sua desencarnação), estando entre eles o Retrato Alegórico do Sr. Allan Kardec.

Infelizmente, todas estas telas, guarda-das com carinho durante muitos anos

com visitas ao Museu do Espiritismo, idealizado pelo Codificador, desaparece-ram, talvez destruídas durante a II Guerra Mundial.

Restou-nos, apenas, uma reprodução litográfica do quadro a óleo que retrata Kardec, promovida pela Librairie Spirite et des Sciences Psychologiques, em 1872, quando encomendou ao pintor Ludovic A. de Saint-Edme a restauração do qua-dro e sua reprodução litográfica. As inscrições “Luz y Verdad, Allan Kardec” e outras marginais foram estampadas em 1913 pelos antigos possuidores da reprodução do quadro. (Do livro El Auto-de-Fe- Barcelona y Auto da Fé de Barcelone, Florentino Barrera, Edi-ciones Vida Infinita, Buenos Aires, Argentina, 2ª. Ed. Revisada, 1988, pág.7).

Há poucos anos, na falta da histórica coleção de oito telas de Monvoisin, o excelente Museu Espírita de São Paulo, em homenagem ao trabalho pioneiro do pintor francês espírita, providenciou e mantém em exposição os quadros ins-pirados na descrição apresentada na Revista Espírita pelo próprio Codificador: “o retra-to alegórico do Sr. Allan Kardec; o retrato do autor; três cenas espíritas da vida de Joa-na D’arc, assim designadas: Joana na fonte, Joana ferida e Joana sobre sua fogueira; o Auto de fé de João Huss; um quadro sim-bólico das três Revelações e a Aparição de Jesus no meio de seus apóstolos, depois de sua morte corporal.”.

Fonte: Mediunidade na Bíblia, Telas famosas sob a visão Espírita, Parte II,  Hércio M.C.Arantes.

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 15

Sugestão de LeituraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.

Sugestão do mês:JeSuS e atualidade

eSpírito: Joanna de ÂngeliS

pSicografia: divaldo pereira franco

editora penSamento

Artigo

Com a aproximação do Natal surge mais frequentemente a lembrança da necessidade de vivermos em con-

cordância com a mensagem de amor que Jesus Cristo deixou à Humanidade. Sen-sibilizamo-nos com os nossos semelhantes menos aquinhoados no mundo material e somos inclinados a falar mais sobre paz.

Em sua passagem pela Terra, àquela época de tempos conturbados e povoada por homens rudes e egoístas, Jesus chegou para preconizar a caridade, o perdão, a humildade e o amor conscientizando-os da importância do emprego dos senti-mentos e ações elevadas no dia-a-dia de relacionamento com o próximo. Muito tem mudado desde então nos dois últi-mos milênios: o Homem desenvolveu o intelecto e vem alcançando sucesso nos campos da Ciência e da Tecnologia. Con-tudo, compreendemos que, embora tenha percorrido tão vasto caminho, ainda ex-tenso é o progresso a realizar objetivando a purificação espiritual.

Infelizmente, para diversos de nós, a paz apregoada e a assistência dirigida ao próximo restringe-se ao período em que se avizinham as comemorações natalinas, enquanto que a mensagem de Jesus é atemporal e eterna, e não somente para que o seu conteúdo seja colocado em prática como a executar um compromisso de agenda, no mês de dezem-bro. Divisado por este ângulo, a relevância de um momento em que deveríamos reve-renciar Jesus, a verdadeira e única razão de celebrarmos o Natal, acaba por dispersar-se em uma corrida agitada entre shoppings e supermercados enfrentando filas e ambien-tes superlotados, o que caracteriza o lado consumista deste período e ao mesmo

m a i s U m a V e z é n a t a l

tempo rebaixando a magnitude do evento do nascimento de Jesus para simples festa do Papai Noel.

O Natal não custa nada, materialmen-te falando. O presente mais precioso que podemos receber, Deus, nosso Pai pleno de Misericórdia, Bondade e Amor, já nos ofertou: Jesus Cristo, que nasceu entre nós para ser o nosso Salvador. Somente Jesus confere sentido e beleza à noite de Natal. A proposta de festejar-se o Natal é apenas a de renovarmos em nosso inte-rior os sentimentos e desejos nobres que deveríamos, naturalmente, vir nutrindo, durante o ano, em relação à vida e no trato com o nossos semelhantes, vários deles na roupagem atual de parentes e amigos — ou inimigos — que Deus nos outorgou com a finalidade de aprimora-mento do espírito.

Natal é acontecimento para reunir a família, que deveria comparecer ao en-contro agradecida a Deus, deixando de lado os pequenos ou grandes desenten-dimentos ocorridos ao longo do ano, sem intenção de aproveitar a ocasião

para defender pontos de vista ou interes-ses materiais próprios.

Em respeito a Jesus e investindo em nosso progresso espiritual procuremos vencer nossas diferenças, pelo menos durante os momentos que durarem esse congraçamento, em prol de darmos uma chance a nos harmonizarmos com quem podemos ter estado em conflito nas tri-lhas das reencarnações anteriores. Nós, que nos denominamos cristãos, vamos trazer Jesus Cristo de fato para o eixo de nossa vida permitindo-Lhe abrir-nos os olhos da alma. Somos nós que escolhe-mos o Natal que desejamos ter. Portanto, se é nossa meta melhorarmos a cada dia a qualidade dos sentimentos, pensamen-tos e ações é preciso descerrar a mente e o coração deixando permear a verdadeira Luz, aquela que é de nosso encargo não permitir seja ofuscada pela dos pisca-pis-cas que adornam árvores e janelas.

Feliz Natal, de Verdade! Sandra lado ceS duarte

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A Família na Visão Espírita

Reflexão

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

fOrja diVina

Curso : A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.

eStudo aberto a todoS oS intereSSadoS.Dezembro:Dia 02 - A família com Jesus: o objetivo a alcançar um velho caminho.Dia 09 - Avaliação e Confraternização. Ódios que explodem na violência de

assassínios forjam inimizades im-placáveis que desafiam o tempo.

Como apagar essas fogueiras de insânia que abrasam corações endurecidos e sublevam famílias infelizes? Como reconciliar adver-sários empedernidos, que alimentam dentro da alma labaredas de antipatia, prontas para novos entreveros de violência cruel?

Como apaziguar quem foi lesado crimi-nosamente, espoliado em seus mais puros sentimentos ou traído miseravelmente em sua fé? De que modo desarmar-lhes os im-pulsos vingadores, fazendo-os fraternizar com seus algozes?

As chagas do espírito não se extinguem com o corpo físico que morre. Afetam o invólucro espiritual dos que as sofrem; permanecem vi-vas e sangrentas na alma que as aninha.

Para os recursos humanos pareceria impos-sível dulcificar esses agrores, iluminar essas trevas, transformar esses ódios em sublima-do amor e esses cancros de rancor em favos de felicidade. Deus, porém, na sabedoria do seu amor infinito, aplaca temporariamente, na memória destes desditosos revoltados, a

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questão 775).

lembrança torturante dessas mágoas e fá-los renascer num lar comum, junto aos seus de-safetos, nas ligações anônimas do aconchego familiar, para que, vivendo como pais e filhos, irmãos e sobrinhos, genros e sogros, avós e netos, se abracem e se perdoem, se ajudem e se amem, na comunhão do sangue e dos in-teresses, na tristeza e na alegria, na saúde e na doença, nas dificuldades e esperanças.

Aí, no recesso do lar, todos reencontram também velhos amores, amizades profundas que o tempo não destrói, liames luminosos que entrelaçam renitentes contendores, faci-litando ajustamentos necessários, mediando confrontos e promovendo paz.

É assim que, através do instituto da reen-carnação, o Pai Supremo faz prevalecer em todos os Espíritos a lei universal do grande amor. O lar é o cadinho milagroso onde essa química divina realiza a sublimação dos sentimentos, argamassando salvadoras realizações. É a sagrada forja da evolução, uma oficina de Deus.

Fonte: Revista Reformador / Editorial / Agosto 1994 / Editora FEB.

Sabia

Você ?Por sete vezes Jesus falou “Eu sou...”. Vejamos:“Eu sou o Pão da Vida”.(João, 6: 35,48)“Eu sou a Luz do Mundo; quem me segue não anda em treva, mas terá a Luz da Vida”. (João, 8:12 e 9:5) “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; entrará, sairá e en-contrará pastagem”. (João, 10:9) “Eu sou o bom pastor e conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem”. (João, 10:14) “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, mesmo se morrer, viverá”. (João, 11:15) "E todo o que vive e crê em mim jamais morrerá, por todo o sempre...”. (João, 11:26) “Eu sou o caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim (João, 14:6) "Se me conhe-ceis, conheceis também o meu Pai...”. (João, 14:7)“Eu sou a videira verdadeira e meu Pai o Agricultor”. (João, 15:1) “Todo ramo em mim que não produz fruto, Ele o limpa para que produza mais fruto”. (João, 15:2)Fonte: Revista Cultura Espírita, outubro de 2014, seção Encontro com Jesus, Yasmim Madeira, ICEB.

Há roubos de variada natureza, jamais catalogados nos códigos de justiça da

Terra.Furtos de tempo aos que trabalham.Assaltos à tranquilidade do próximo.Depredações da confiança alheia.Invasões nos interesses dos outros.Apropriações indébitas, através do pen-samento.Espoliações da alegria e da esperança.

Com as chaves falsas da intriga e da calúnia, da crueldade e da má- fé, almas impiedosas existem, penetrando sutilmente nos corações desprevenidos dilapidando-os em seus mais valiosos patrimônios espirituais...

Por esse motivo, a palavra de Paulo se reveste de sublime significação: — “Aquele que furtava não furte mais”.

nãO fUrtesAquele que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as suas mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. - Paulo Efésios, 4:28

Se aceitaste o Evangelho por norma de ele-vação da tua vida, procura, acima de tudo, ocupar as tuas mãos em atividades edificantes, a fim de que possas ser realmente útil aos que necessitam.

Na preguiça está sediada a gerência do mal.Quem alguma coisa faz, tem algo a repartir.Busca o teu posto de serviço, cumpre

dignamente as tuas obrigações de cada dia e, atendendo; aos deveres que o Senhor te confiou, atravessarás caminho terrestre sem furtar a ninguém.emmanuel

Fonte: Fonte Viva / Lição 142.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora FEB.

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Clareando / Ano XI / Edição 135 / Dezembro . 2014 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

A BonecA DesprezADA

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :creScendo com iSabel

Autora: Ana Maria SprangerEditora Leon Denis

Suplemento Infantojuvenil

O lhos de botão azul, arregalados; cabelos loiros feitos com lã amarela, divididos em duas tranças amarradas com fita de cetim vermelha e boca em formato de coração, assim

era a boneca Catita, que vivia desprezada por sua dona. E sabem por quê? Porque Lucinha olhava de longe as meninas brincando com belas

bonecas, novas e reluzentes, bem vestidas e penteadas com lindos caracóis, que até falavam, e se sentia cheia de inveja. 

Gostaria também de ser rica como as outras crianças e de poder ter tudo o que sempre sonhou. Especialmente uma enorme e linda boneca novinha em folha.

Por isso, Lucinha estava sempre irritada e descontente, reclamando da vida. Sua mãe a repreendia com doçura dizendo: 

— Lucinha, minha filha, temos que nos conformar com a vida que Deus nos deu. Somos pobres, é verdade, porém nada nos falta. Você tem até uma linda boneca! 

— Velha e feia! Isto é o que ela é! — respondeu a garota, insatisfeita. — Não vejo as coisas dessa forma — insistia a mãe carinhosa. —

Catita tem sido sua companheira de brinquedos há muitos anos e isso é importante. Está sendo ingrata com ela, minha filha. 

— Pois não quero mais essa boneca horrorosa! — gritou Lucinha, revoltada. 

— Minha filha, não podemos lhe dar outra boneca. Se não deseja mais esta, não terá outra. Pense bem. 

Cheia de raiva, Lucinha jogou a pobre boneca no chão, e o fez com tamanha força, que o pano que recobria o corpo do brinquedo se rasgou, e o recheio de capim espalhou-se pelo piso. 

Não contente com o que fizera, decidida e sem ter piedade, Lucinha aproximou-se da boneca toda desconjuntada e, abaixando-se, pegou-a no chão e atirou-a na lata de lixo. 

Algum tempo depois, Lucinha já estava arrependida do que fizera. Estava triste. Sentia falta da antiga bonequinha. Não tinha mais como brincar de casinha sem uma boneca. 

Pedira outra, insistira, batera com o pé no chão, chorara, mas os pais foram insensíveis aos rogos, afirmando sempre: 

— Não temos dinheiro para comprar outra boneca. Certo dia, brincando na calçada, Lucinha viu uma menina vestida

muito pobremente se aproximar risonha. Trazia um embrulho no braço que parecia um bebê.  

Chegando mais perto, a pequena dirigiu-se a Lucinha, dizendo: — Vim agradecer-lhe. Sempre quis ter uma boneca e nunca pude,

pois somos muito pobres. Um dia, passando na calçada defronte a esta casa, vi uma bonequinha jogada no lixo. Apanhei-a, agradecendo a Jesus o presente que me mandava. Levei-a para casa, mamãe a lavou, colocou outro recheio, fez um vestido novo e veja como ela está linda! 

Assim dizendo, com um sorriso satisfeito no rosto, a menina tirou o pano que cobria o embrulho a guisa de manta, e Lucinha, emocionada,

pôde ver novamente a sua querida Catita, toda bonita e completa-mente diferente. Nem parecia mais aquela bonequinha velha e suja que jogara no lixo. 

Compreendeu finalmente, vendo o carinho e a atenção que a menina dava à Catita, o que perdera. Percebia tardiamente que aquilo que ela rejeitara fizera a alegria de alguém que possuía menos do que ela. Que ela, Lucinha, possuíra um tesouro que não soubera valorizar. Foi preciso não tê-lo mais e vê-lo nos braços de outra criança para sentir o que havia perdido. 

Ao deitar-se, contou à mãe o que acontecera e ela, após meditar alguns segundos, respondeu: 

— É assim mesmo, minha filha. Às vezes não percebemos quanto somos felizes a não ser quando perdemos algo precioso. Você perdeu apenas uma boneca. Mas temos muitos outros bens preciosos a que não damos valor: nossa família, a casa que nos abriga, a paz que desfrutamos, o amor que nos cerca... 

Lucinha compreendeu a extensão da lição que recebera naquele dia e concordou: 

— Tem razão, mamãe. Vou pesar melhor tudo o que temos. E, pensando bem, a Catita está em ótimas mãos e receberá todo o carinho que merece. 

E antes de dormir, naquele dia, Lucinha agradeceu a Jesus as bênçãos que lhe dera e a família amorosa que a cercava de afeto.

tia célia

Fonte: Revista O Consolador, Ano 3, Número 137.(www.oconsolador.com.br)