boletim informativo do centro espírita irmao...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XV - Edição 161 - FEVEREIRO / 2017 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio Durante muitos séculos se tem questionado sobre a existência de Deus. Religião e Ciência já estiveram incontestavelmente em posição antagôni- ca. O advento da Doutrina Espírita veio ampliar as fronteiras do pensamen- to, derrubando o muro de separação que existia entre Ciência e Religião. Admite-se hoje que Ciência e Religião são duas alavancas da inteligência hu- mana: uma revela as leis do mundo material e a outra revela as leis do mundo moral. Hoje, estas duas vertentes se completam, graças ao estudo. Estudar é condição imprescindível para o progresso do Espírito; não só o estudo da Ciência Espírita, como também o estudo da Ciência Material. Chegará o tempo em que os homens farão da Ciência Material e da Reli- gião uma só peça de crença em Deus. No âmbito da Ciência Espírita um ramo se define: a Medicina Espiritual, cujo campo de pesquisa inclui a descoberta do genoma, da fertilização in vitro, e outras, incluindo os mecanismos de cura através dos recursos fluí- dicos utilizados pelos “Médicos do Espaço”. Tudo isso trazendo entendimento e socorro à Humanidade, e a constata- ção da existência de uma inteligência suprema que tudo criou e tudo rege no Universo. Procuremos estudar, envolvendo-nos cada vez mais com esses conceitos e com esta Ciência maravilhosa, a Doutrina Espírita. Para você que é médium temos um convite especial: venha participar do 27º Encontro Espírita de Medicina Espiritual, na seção Técnica de Passes, onde você terá a oportunidade de entender um pouco como se processa a cura com a utilização dos recursos fluídicos. Que Deus nos abençoe e Jesus nos conduza! Paz! Nota - Subsídios: o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8 e texto apresentado na seção Medicina Espiritual, deste Boletim. SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: Depois da Morte). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 6 pág. 3 pág. 4 pág. 9 Yvonne Pereira – Uma Seareira de Jesus: Seareiros da Mediunidade Artigo: Discordância e Dissonância pág. 16 Medicina Espiritual: A Cura Real pág. 14 Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos: Renasce Agora pág. 8 Deus – Causa Primeira: Pensa em Deus Revista Espírita: Epitáfio de Benjamin Franklin Clareando as Ideias com Kardec: Vida de Insulamento, Voto de Silêncio Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Chegando a Deus pelo Estudo Editorial

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Page 1: Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncioirmaoclarencio.org.br/pdf/clareando/Fev_2017.pdf · Estudar é condição imprescindível para o progresso do Espírito; não

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XV - Edição 161 - FEVEREIRO / 2017

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

Durante muitos séculos se tem questionado sobre a existência de Deus. Religião e Ciência já estiveram incontestavelmente em posição antagôni-ca. O advento da Doutrina Espírita veio ampliar as fronteiras do pensamen-to, derrubando o muro de separação que existia entre Ciência e Religião.Admite-se hoje que Ciência e Religião são duas alavancas da inteligência hu-mana: uma revela as leis do mundo material e a outra revela as leis do mundo moral. Hoje, estas duas vertentes se completam, graças ao estudo.Estudar é condição imprescindível para o progresso do Espírito; não só o estudo da Ciência Espírita, como também o estudo da Ciência Material. Chegará o tempo em que os homens farão da Ciência Material e da Reli-gião uma só peça de crença em Deus.No âmbito da Ciência Espírita um ramo se define: a Medicina Espiritual, cujo campo de pesquisa inclui a descoberta do genoma, da fertilização in vitro, e outras, incluindo os mecanismos de cura através dos recursos fluí-dicos utilizados pelos “Médicos do Espaço”.Tudo isso trazendo entendimento e socorro à Humanidade, e a constata-ção da existência de uma inteligência suprema que tudo criou e tudo rege no Universo.Procuremos estudar, envolvendo-nos cada vez mais com esses conceitos e com esta Ciência maravilhosa, a Doutrina Espírita. Para você que é médium temos um convite especial: venha participar do 27º Encontro Espírita de Medicina Espiritual, na seção Técnica de Passes, onde você terá a oportunidade de entender um pouco como se processa a cura com a utilização dos recursos fluídicos.Que Deus nos abençoe e Jesus nos conduza!Paz!

Nota - Subsídios: o Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo I, item 8 e texto apresentado na seção Medicina Espiritual, deste Boletim.

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 6

pág. 3

pág. 4pág. 9

Yvonne Pereira – Uma Seareira de Jesus:Seareiros da Mediunidade

Artigo:Discordância e Dissonância

pág. 16 Medicina Espiritual:A Cura Real

pág. 14

Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos:Renasce Agora

pág. 8

Deus – Causa Primeira:Pensa em Deus

Revista Espírita:Epitáfio de Benjamin Franklin

Clareando as Ideias com Kardec:Vida de Insulamento, Voto de Silêncio

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Chegando a Deus pelo EstudoEditorial

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 2

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cóle-ra e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenho-so que significava homem que não vale nada, e se pronuncia-va cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais lon-ge, pois que ameaça com o fogo do infer-no aquele que disser a seu irmão: És louco. Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a in-tenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gra-vidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimen-to contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às re-lações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união;

é que constitui um golpe desfe-rido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aven-turados os que são brandos, por-que possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometi-do os do céu? Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que Ele lhe re-comenda é que não ligue a estes

últimos mais importância do que aos primeiros. Por aquelas pala-vras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o neces-sário, ao passo que outros têm o

supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, por-que serão chama-dos filhos de Deus. Quando a Huma-nidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já

não serão explorados, nem esma-gados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítu-lo IX, itens 1,2, 4 e 5, Editora FEB.

Injúrias e Violências

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

"Senhor que eu possa ver, Irmão José, psicografia de" Carlos A. Baccelli, Editora Boa Nova.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id, v.9.)

“É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a

união;...”

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 3

Pensa em Deus e segue o teu ca-minho.

Se estás conscientizado de teu dever, guarda a paz dos ensinos vividos com elevação; pensa em Deus e caminha esperançoso, cer-to de que Sua luz te envolve, como igualmente o faz com os demais filhos.

Por certo, outros ainda cami-nharão nas sombras, afeitos à es-curidão, incapazes de suportar as sacrossantas clarida-des do Seu Amor.

Pensa em Deus, trabalha e confia. Um dia, eles também estarão palmilhando o caminho do amor fraterno, com os co-rações quais lâmpa-das radiosas, a postos no cumprimento da Lei, que pede esforço e união.

Pensa em Deus nos momentos de teus afazeres espirituais. Teu es-pírito é por demais consciente para entender a grandeza da presença Divina, junto àqueles que se fazem presentes no mundo, em Seu santo nome.

Ontem, pensavas em abando-nar tudo, ou te sentias triste em face de acontecimentos repetidos, banhados em fel e vinagre.

Pensa em Deus. E, a exemplo do Mestre, teu padrão e tua glória, exclama também: - “Vencerei o mundo!”.

Sim, vencê-lo-ás vencendo a perturbação, o atordoamento, guardando serenidade e, na alegria do justo, pensa, ainda e sempre

com o Criador, em fazer crescer a Sua obra, crescendo com ela.

Meditemos no santo e fraterno amor que nos deve unir e prossi-gamos, doando um pouco de nós mesmos, pois até agora temos pe-dido o cálice das ilusões baratas e passageiras.

Voltemo-nos para o Pai. A pátria do Evangelho está pedindo a cola-boração de todos os filhos atentos ao dever de semear para o futuro.

Abriguemos a esperança em nossos corações e, unidos ao Se-nhor das Alturas, digamos aos que sofrem, mergulhados em sombras e sombrias perspectivas: - “Deus está contigo, Ele te guiará e te proverá de tudo que careces, desde que não te entregues ao desânimo nem ao

pessimismo. Luta confian-te e a vitória será tua.”

Pensemos em Deus, guardando a Sua Paz em nossos cora-ções.

Bezerra

(Página psicografada pela médium Maria Cecília Paiva, na noite de 14 de junho de 1978, na Federação Espí-rita Brasileira, no Rio de Janeiro – RJ).

Fonte: Reformador – janeiro 1979

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das

Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

“Abriguemos a esperança em nossos corações e, unidos ao Senhor das Alturas, digamos aos que sofrem, mergulhados em sombras e sombrias perspectivas: - “Deus

está contigo,...”

Deus - Causa Primeira

Pensa em Deus

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coi-sas”.

(O Livro dos Espíritos, questão 1).A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais a vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 4

Um de nossos assinantes de Join-ville (Haute-Marne) nos escreveu o que se segue:

Sabendo da boa acolhida que está reservada a todos os documen-tos que têm relação com a Dou-trina Espírita, apresso-me em vos dar conhecimento de uma passagem da biogra-fia de Franklin, tira-da do Mosaique de 1839, página 287; ela prova uma vez mais que, em todas as épocas, os homens supe-riores tiveram a intuição das ver-dades espíritas. A crença desse grande homem na reencarna-ção e no progresso da alma se revela inteiramente nas poucas linhas seguintes, formando o epi-táfio que ele mesmo compôs; está assim concebido:

“Aqui repousa, entregue aos ver-mes, o corpo de Benjamin Franklin, impressor, como a capa de um ve-lho livro cujas folhas são arrancadas e o título e a douradura apagados; mas, por isto, a obra não está per-dida, porque ele reaparecerá, como o crê, numa nova e melhor edição, revista e corrigida pelo autor.”

Um dos principais cidadãos de que os Estados Unidos mais se honram, era, pois, reencarnacio-nista; não só acreditava no seu renascimento sobre a Terra, mas acreditava ali retornar melhorado

pelo seu trabalho pessoal; é exatamente o que diz o

Espiritismo. Se re-colhessem-se to-

dos os testemu-nhos esparsos nos melhores escritos em favor desta doutrina, re-conhecer-se--ia o quanto

teve raízes nos pensadores

de todas as épo-cas, e se admiraria

menos da facilidade com a qual ela é acolhida hoje, por-

que se pode dizer que ela jaz laten-te na consciência da maioria. Esses pensamentos, semeados aqui e ali, eram as centelhas precursoras que deveriam brilhar mais tarde, e mos-trar aos homens o seu destino.

Allan Kardec

Fonte: Revista Espírita, Allan Kar-dec, agosto de 1865.

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”.

(Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL)Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O

Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

Revista Espírita

Epitáfio de Benjamin Franklin

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia : 12/02 /2017 - 16 horasCulto no Lar dePercília Werdan

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletim Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

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informativo do CeiC

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 5

Segundo o Espiritismo, nem an-jos nem demônios são entidades distintas, por isso que a criação de seres inteligentes é uma só. Unidos a corpos materiais, esses seres constituem a Humanidade que povoa a Terra e as outras es-feras habitadas; uma vez libertos do corpo material, constituem o mundo espiritual ou dos Espíritos, que povoam os Espaços. Deus criou-os per fec t íve is e deu-lhes por escopo a perfeição, com a feli-cidade que dela decor-re. Não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis que a obti-vessem por seu próprio esforço, a fim de que também e realmente lhes pertencesse o mérito. Desde o momento da sua criação que

os seres progridem, quer encar-nados, quer no estado espiritual. Atingido o apogeu, tornam-se pu-ros espíritos ou anjos segundo a expressão vulgar, de sorte que, a partir do embrião do ser inteligen-te até ao anjo, há uma cadeia na qual cada um dos elos assinala um grau de progresso. Do expresso resulta que há Espíritos em todos

os graus de adiantamento, moral e intelectual, conforme a posição em que se acham, na imensa es-cala do progresso. Em todos os graus existe, portanto, ignorância

e saber, bondade e maldade. Nas classes inferiores destacam-se Es-píritos ainda profundamente pro-pensos ao mal e comprazendo-se com o mal. A estes se pode deno-minar demônios, pois são capazes de todos os malefícios aos ditos atribuídos. O Espiritismo não lhes dá tal nome por se prender ele à ideia de uma criação distinta do

gênero huma-no, como seres de natureza es-sencialmente perversa, vol-tados ao mal eternamente e incapazes de qualquer pro-gresso para o bem.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª parte, capítulo IX, item 20, Editora FEB.

“Deus criou-os perfectíveis e deu-lhes por escopo a perfeição,

com a felicidade que dela decorre. Não lhes deu, contudo, a perfeição, pois quis

que a obtivessem por seu próprio esforço,...”

Céu e Inferno – Esperanças e Consolações

Os Demônios segundo o Espiritismo

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).E assim, reencarnando e desencarnando, o Espírito prossegue em sua jornada em busca da perfeição, sendo herdeiro de si mesmo.

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dos Espíritos Allan Kardec

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 6

Clareando as Ideias com Kardec

Vida de Insulamento, Voto de SilêncioConcebe-se que, como princípio geral, a vida social esteja na Nature-za. Mas, uma vez que também todos os gostos estão na Natureza, por que será condenável o do insulamento absoluto, desde que cause satisfação ao homem?

“Satisfação egoísta. Também há homens que experimentam satisfa-ção na embriaguez. Merece-te isso aprovação? Não pode agradar a Deus uma vida pela qual o homem se condena a não ser útil a ninguém.”

Que se deve pensar dos que vi-vem em absoluta reclusão, fugindo ao pernicioso contato do mundo?

“Duplo egoísmo.”

a) - Mas, não será meritório esse retraimento se tiver por fim uma ex-piação, impondo-se aquele que o busca uma privação penosa?

“Fazer maior soma de bem do que de mal constitui a melhor expiação. Evitando um mal, aquele que por tal motivo se insula cai noutro, pois es-quece a lei de amor e de caridade.”

Que pensar dos que fogem do mundo para se votarem ao mister de socorrer os desgraçados?

“Esses se elevam, rebaixando-se.

Têm o duplo mérito de se colocarem acima dos gozos materiais e de faze-rem o bem, obedecendo à lei do tra-balho.”

a) - E dos que buscam no retiro a tranquilidade que certos trabalhos re-clamam?

“Isso não é retraimento absoluto do egoísta. Esses não se insulam da sociedade, porquanto para ela traba-lham.”

Que pensar do voto de silêncio prescrito por algumas seitas, desde a mais remota antiguidade?

“Perguntai, antes, a vós mesmos se a palavra é faculdade natural e por que Deus a concedeu ao homem. Deus condena o abuso e não o uso das faculdades que lhe outorgou. Entretanto, o silêncio é útil, pois no

silêncio pões em prática o recolhi-mento; teu espírito se torna mais li-vre e pode entrar em comunicação conosco. Mas o voto de silêncio é uma tolice. Sem dúvida obedecem a boa intenção os que consideram essas privações como atos de virtu-de. Enganam-se, no entanto, porque não compreendem suficientemente as verdadeiras leis de Deus.”

Nota de Kardec - O voto de silên-cio absoluto, do mesmo modo que o voto de insulamento, priva o ho-mem das relações sociais que lhe podem facultar ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 769 a 772, Editora FEB.

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.

Jesus, (João, 8:32)

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Jesus é a âncora de nossas vidas e de nossos destinos, Ele nos espera além. Quantas dores passamos por ignorá-Lo, quantas vezes sofremos por não ouvir-Lhe os ensinos, quantas vezes criamos dificuldades por não nos lembrarmos de como Ele agiu. Todas as dores, todas as angústias, podem ser minoradas se seguirmos o Seu exemplo, que custa quase nada, bastando para isso seguir Sua Lei de Amor."

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 7

terrestres que vinculam o Espírito, até que este disperse as cinzas do seu corpo. Então, e só então, tem ele eterizada essência, o conheci-mento de si mesmo, desejando o progresso.

4. - Qual poderia ter sido a cau-sa desse aborrecimento de que vos acusais?

- Consequências da existência. O tédio é filho da inação; por não ter eu sabido utilizar o longo tempo de encarnação, as consequências vieram refletir-se neste mundo.

5. - Os Espíritos que como vós foram tomados de tédio não podem libertar-se de tal contingência desde que o desejem?

- Não, nem sempre, porque o tédio lhes paralisa a vontade. So-frem as consequências da vida que levaram, e, como foram inú-teis, desprovidos de iniciativa, as-sim também não encontram entre si concurso algum. Entregues a si mesmos, nesse estado permane-cem até que o cansaço, decorren-te de tal neutralidade, os agite em sentido contrário, momento no qual a sua menor vontade vai en-contrar apoio e bons conselhos e secundar-lhes o esforço e a perse-verança.

6. - Podeis dizer-me algo da vossa existência terrena?

- Oh! Deveis compreender que pouco me é dado dizer, visto como o tédio, a nulidade e a inação pro-vêm da preguiça, que, por sua vez, é mãe da ignorância.

7. - E não vos aproveitaram as existências anteriores?

- Sim, todas, porém, parcamen-te, visto serem reflexos umas das outras. O progresso existe sempre,

porém tão insensível que se nos torna inapreciável.

8. - Enquanto esperais uma nova encarnação, apraz-vos repetir as vossas comunicações?

- Evocai-me para me obrigardes a vir, pois com isso me prestareis um beneficio.

9. - Podeis dizer-nos por que tão frequentemente varia a vossa cali-grafia?

- Porque interrogais muito, o que aliás me fatiga, quando tenho necessidade de auxílio.

O guia do médium. - O tra-balho intelectual é que o fatiga, obrigando-nos a prestar o nosso concurso para que possa dar res-posta a tuas perguntas. Este é um ocioso no mundo espiritual, assim como o foi no planeta. Trouxemo--lo a ti para que tentasses arrancá--lo dessa apatia, desse tédio que constitui verdadeiro sofrimento, às vezes mais doloroso que os sofrimentos agudos, por se poder prolongar indefinidamente. Imagi-na a perspectiva de um tédio sem fim. A maior parte das vezes são os Espíritos dessa categoria que buscam as vidas terrestres apenas como passatempo e para interrom-per a monotonia da vida espiritual. Assim acontece aí chegarem, fre-quentemente sem resoluções de-finidas para o bem, obrigados a recomeçarem sucessivamente, até atingirem a compreensão do ver-dadeiro progresso.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo VII, Edi-tora FEB.

Este Espírito apresenta-se es-pontaneamente ao médium, recla-mando preces.

1. - Que vos leva a pedir preces? - Estou farto de vagar sem ob-

jetivo. P. Estais há muito em tal situa-

ção? - Faz cento e oitenta anos, mais

ou menos. P. Que fizestes na Terra?- Nada de bom.2. - Qual a vossa posição entre

os Espíritos? - Estou entre os entediados. P. Mas isso não forma catego-

ria...- Entre nós, tudo forma catego-

ria. Cada sensação encontra suas semelhantes ou suas simpatias que se reúnem.

3. - Por que permanecestes tan-to tempo estacionário, sem que fosseis condenado a sofrer?

- É que eu estava votado ao té-dio, que entre nós é um sofrimento. Tudo o que não é alegria, é dor.

P. Fostes, pois, forçado à errati-cidade contra a vontade?

- São coisas sutilíssimas para vossa inteligência material.

P. Procurando explicar-me es-sas coisas, talvez comeceis a bene-ficiar-vos a vós mesmos...

- Faltando-me termos de com-paração, não poderei fazê-lo. Uma vida sem proveito, extinguindo-se, lega ao Espírito que a encarnou o mesmo que ao papel pode legar o fogo quando o consome - fagulhas que lembram às cinzas ainda com-pactas a sua proveniência, a causa do seu nascimento, ou, se o quise-res, da destruição do papel. Essas fagulhas são a lembrança dos laços

Do Outro lado da Vida

Um Espírito Aborrecido

A vida do Espírito é imortal; a vida do corpo é transitória e passageira. Quando o corpo morre, o Espíri-to retoma a vida imortal, conservando sua individualidade, não perdendo seu corpo espiritual, ou seja, seu perispírito.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 153, 150 e 150-a).

(Bordéus, 1862)

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Emmanuel e os Ensinamentos dos Apóstolos

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários

270 enContro espírita soBre

mediCina espiritual

“téCniCa de passes” (só para médiuns)data: 05/02/2017

Em Fevereiro270 enContro espírita soBre mediCina espiritual – “atualidades” data: 05/03/20179o enContro espírita soBre Yvonne pereira

data: 19/03/2017

Em Março

A própria Natureza apresenta preciosas lições, nesse particular. Sucedem-se os anos com mate-mática precisão, mas os dias são sempre novos. Dispondo, assim, de trezentas e sessenta e cinco oca-siões de aprendizado e recomeço, anualmente, quantas oportunida-des de renovação moral encontrará a criatura, no abençoado período de uma existência?

Conserva do passado o que for bom e justo; belo e nobre, mas não guardes do pretérito os detritos e as sombras, ainda mesmo quando mascarados de encantador revesti-mento. Faze por ti mesmo, nos do-mínios da tua iniciativa pela aplica-

ção da fraternidade real, o trabalho que a tua negligência atirará fa-talmente sobre os ombros de teus benfeitores e amigos espirituais.

Cada hora que surge pode ser portadora de reajustamento.

Se for possível, não deixes para depois os laços de amor e paz que podes criar agora, em substituição a pesadas algemas do desafeto.

Não é fácil quebrar antigos pre-ceitos do mundo ou desenovelar o coração, a favor daqueles que nos ferem. Entretanto, o melhor antí-doto contra os tóxicos da aversão é a nossa boa vontade, a benefício daqueles que nos odeiam ou que ainda não nos compreendem.

Enquanto nos demoramos na fortaleza defensiva, o adversá-rio cogita de enriquecer as mu-nições, mas se descemos à praça, desassombrados e serenos, mostrando novas disposições na luta, a ideia de acordo substitui, dentro de nós, e em torno de nossos passos, a escura fermentação da guerra.

Alguém te magoa? Reinicia o es-forço da boa compreensão.

Alguém te não entende? Per-severa em demonstrar os intentos mais nobres.

Deixa-te reviver, cada dia, na cor-rente cristalina e incessante do bem.

Não olvides a assertiva do Mes-tre: - “Aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”.

Renasce agora em teus propó-sitos, deliberações e atitudes, traba-lhando para superar os obstácu-los que te cercam e alcançando a antecipação da vitória sobre ti mes-mo, no tempo...

Mais vale auxiliar, ainda hoje, que ser auxiliado amanhã.

Emmanuel

Fonte: Fonte Viva, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 56, Editora FEB.

Renasce AgoraAquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

Jesus. (João, 3:3.)

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Discordância e DissonânciaAs divergências de opinião apre-sentam-se como inevitáveis na vida das pessoas, e é bom que elas aconteçam porque no entrechoque das ideias o pensamento se matura, purifica-se e refina-se, ganhando aperfeiçoamento, adquirindo poli-dez e brilho como o metal precioso sujeito ao atrito. No entanto, por-que tudo tem um limite, os conflitos opiniáticos numerosas vezes são inúteis, senão nocivos, parecendo melhor, mais sensato, evitá-los em determinadas ocasiões. Compete--nos avaliar quando eles convêm e quando são temerários.

A Doutrina Espírita fornece os parâmetros justificadores de qual-quer discussão de efeito produti-vo, não estéril. Antes de mais nada deve ser bem-intencionada, voltan-do-se para um objetivo nobre. Em segundo lugar deve ser inteligente e não passional, sustentando-se em raciocínios lógicos. E final-mente deve ser amistosa, cordial, para não contrariar o princípio da fraternidade. Fora isso, torna-se de-saconselhável, como, aliás, a expe-riência prova.

Há muita gente que adora dis-cutir, no fundo querendo promover a afirmação de sua personalidade, vocacionada para a irreverência. Existe quem estime discutir por um disfarçado impulso de vaidade, tentando exibir conhecimentos do assunto, às vezes decorrente de fal-sa cultura. Outros gostam de discu-tir por mera questão de hábito: em todo diálogo ou conversa manifes-tam, até inconscientemente, pontos de vistas contraditórios ao do inter-locutor, e somente desse modo são capazes de refletir sobre as coisas. Raros são aqueles que iniciam, de-senvolvem e concluem o debate de um tema adotando comportamento equilibrado e correto.

Platão, em uma das obras que lhe imortalizou o nome na litera-tura da Antiguidade Clássica, “A

República”, desenha para nós a imagem dos seres humanos como habitantes de uma caverna impos-sibilitados de enfrentar a luz da ver-dade plena, total, simbolizada pela claridade do Sol, porque aprende-ram a ver apenas as sombras ilusó-rias de si mesmos, projetadas por uma precária fogueira.

Ensinou com essa alegoria, o genial discípulo de Sócrates, am-bos precursores da Doutrina Espí-rita, segundo o seu Codificador, que a verdade inteira, completa, está acima de nossa capacidade de percebê-la no presente estágio evo-lutivo, e provavelmente foi por isso que Jesus respondeu com o silêncio quando lhe perguntaram o que ela era. Daí a imperiosa conveniência da humildade intelectual, pelo me-nos no que se refere a alguns enig-mas filosóficos, como, por exem-plo, a natureza essencial de DEUS, que os Espíritos disseram a Kardec não termos, ainda, faculdades para compreender, as quais serão con-quistadas, sobretudo pela via do sentimento de amor que, embora não pareça, alarga o horizonte do entendimento da vida, em todos os sentidos.

As discordâncias, prudente-mente administradas, contribuem para o progresso individual e tam-bém da causa espírita, porque estimulam o exercício do livre arbítrio e derrubam teorias dog-

maticamente consagradas, de fei-ção obscurantista. Em tese, nada podemos, nem devemos ter contra elas. Todavia, descuidosamente administradas, é fora de dúvida que produzem maiores prejuízos que benefícios. Necessitamos me-ditar sobre isso, arquivando o or-gulho que move as teclas de nossa máquina cerebral.

Impõe-se-nos não transformar discordâncias em dissonâncias. Nos domínios da música, dissonân-cia é “um intervalo que não satisfaz a ideia de repouso e pede resolu-ção em uma nova consonância” (Novo Dicionário Aurélio).

Ora, se não vislumbramos a mí-nima probabilidade de chegar a um acordo, por que persistir na discus-são, sem nenhum proveito e com riscos de ressentimento pessoal?

Certo estava o Espírito Irmã Ro-sália ao escrever a seguinte frase na mensagem que Allan Kardec inse-riu no Item 9 do Capítulo XIII de “O Evangelho segundo o Espiritismo”:

“Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, dei-xando fale outro mais tolo do que ele.”

Nazareno Tourinho

FONTE: Reformador, Setembro, 1993 – FEB.

“...a verdade inteira, completa, está acima de nossa capacidade de percebê-

la no presente estágio evolutivo, e provavelmente foi por isso que Jesus respondeu com o silêncio quando lhe

perguntaram o que ela era.”

Artigo

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A Família na Visão Espírita

É comum observar-se que o ca-samento promissor repentinamente adoece. Desvelam-se empeços dos cônjuges no ramerrão do cotidiano. Conflitos, moléstias, desníveis, fa-lhas de formação e temperamento. Em certos lances da experiência, é a mulher que se consorciou acredi-tando encontrar no esposo o retrato psicológico do pai, a quem se vin-culou desde o berço; em outros, é o homem a exigir da companheira a continuidade da genitora, a quem se jungiu desde a vida fe-tal. Ocorre, porém, que o matri-monio é uma quebra de amarras através da qual o navio da exis-tência larga o cais dos laços afe-tivos em que, por muito tempo, jazia ancorado. Na viagem, que se inicia a dois, parceiro e par-ceira se revelarão, um à frente do outro, tais quais são e como se encontram na realidade, eviden-ciando, em toda a extensão, os de-feitos e as virtudes que, porventura, carreguem. Desajustes e inadapta-ções costumam repontar, ameaçan-do a estabilidade da embarcação doméstica, atirada ao navegar nas águas da experiência. É razoável se convoque o auxílio de técnicos ca-pazes de sanar as lesões no barco em perigo, como sejam médicos e psicólogos, amigos e conselheiros, cuja contribuição se revestirá sem-pre de inapreciável valor; entretan-to, ao desenrolar de obstáculos e provas, o conhecimento da reencar-nação exerce encargo de importân-cia por trazer aos interessados novo campo de observações e reflexões,

impelindo-os à tolerância, sem a qual a rearmonização acena sempre mais longe. Homem e mulher, usan-do a chave de semelhante entendi-mento, passam mecanicamente a reconhecer que é preciso desvincu-lar e renovar sentimentos, mas em bases de compreensão e serenida-de, amor e paz. Urge perceber que o “nós” da comunhão afetiva não opera a fusão dos dois seres que o constituem. Cada parceiro, no ajus-

te, continua sendo um mundo por si. E nem sempre os característicos de um se afinam com o outro. Daí a conveniência do mútuo aceite, com a obrigação da melhoria do casal. Para isso, não bastarão provi-dências de superfície. Há que inter-nar o raciocínio em considerações mais profundas para que as raízes do desequilíbrio sejam erradicadas da mente. Aceitação, o problema. Forçoso admitir o companheiro ou a companheira como são ou como se aboletam na embarcação domés-tica. E, feito isso, inicie-se a obra da edificação ou da reedificação re-cíprocas. Óbvio que conclusões e atitudes não se impõem no campo

mental; entretanto, não se arrepen-derá quem se disponha a estudar os princípios da reencarnação e da responsabilidade individual no pró-prio caminho. Obtém-se da vida o que se lhe dá, colhe-se o material de plantio. Habitualmente, o homem recebe a mulher, como a deixou e no ponto em que a deixou no pas-sado próximo, isto é, nas estâncias do tempo que se foi para o conti-nuísmo da obra de resgate ou de elevação no tempo de agora, su-cedendo o mesmo referentemente à mulher. O parceiro desorientado, enfermo ou infiel, é aquele homem que a parceira, em existências an-teriores, conduziu à perturbação, à doença ou à deslealdade, através de atitudes que o segregaram em deploráveis estados compulsivos; e a parceira, nessas condições, con-substancia necessidades e provas da mesma espécie. Tão somente

na base da indulgência e do per-dão recíprocos, mais facilmente estruturáveis no conhecimento da reencarnação, com as imbricações que se lhe mostram consequentes na equipe da família, conseguirão o companheiro e a companheira do lar o triunfo esperado, nas lides e compromissos que abraçam, des-cerrando a si mesmos a porta da paz e a luz da libertação.

Emmanuel

Fonte: Vida e Sexo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 12, Editora FEB.

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

“Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, item16).

Desajustes

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Se um arbusto recém-saído da terra recusasse a luz do sol, a água vitalizadora ou os cuidados do agri-cultor, simplesmente por ter rompi-do a superfície do solo, dificilmente chegaria à condição de arvore fru-tífera.

No caso do arbusto, romper a superfície do solo representaria apenas o início do processo de de-senvolvimento, sendo necessário tempo e cuidados para atingir a maturidade necessária.

Situação semelhante ocorre no intercâmbio mediúnico.

Ninguém desprezará a luz do conhecimento, a água viva do Evangelho ou a experiência de ou-tros companheiros, sem acarretar para si prejuízos imprevisíveis.

Não basta a faculdade ostensi-va.

Necessário educá-la, a fim de canalizar as energias psíquicas na

direção do trabalho edificante.Fenômenos, em tese, qualquer

um pode produzir, desde que pos-sua a predisposição natural para isso.

Esclarecimento e consolação, porém, nascem apenas daqueles que souberem absorver as diretri-zes seguras, aprofundando raízes no solo da caridade; e caridade, aqui, não se reduz a um compro-misso de fachada, mas à identifica-ção plena com as leis cósmicas, re-presentando nossa vinculação com Deus.

O intercâmbio mediúnico re-quer equilíbrio; ninguém mantém equilíbrio constante isolando-se dos fatores que possam lhe garantir a devida sustentação.

Nesse aspecto, humildade e perseverança são tão importantes quanto o estudo e o espírito de equipe.

Por isso, aprende a ouvir, me-ditando nas possíveis críticas que vieres a receber, porque nenhum médium viverá unicamente de aplausos.

Lembra que a simplicidade pre-serva e a discrição sustenta.

Em tudo, conserva o trabalho redentor por abrigo da própria consciência, mantendo-te unido a outros companheiros de ideal, por-que, na verdade, todo bem provém de Deus, cabendo a cada um de nós realizar a sua parte em favor do todo, sem menosprezar ninguém e sem reclamar privilégios de espécie alguma.

Augusto

Fonte: Mediunidade e Autoconhe-cimento, psicografia de Clayton Levy,lição 7, Editora CEAK.

Na Seara Mediúnica

"Q uando a página de “O Evangelho” nos enseja meditar sobre a caridade, Emmanuel, aqui, conosco nesta tarde de sábado, nos pede dizer que a prática do bem, ao longo destes quase vinte séculos de Cristianismo, é que tem dado sustentáculo à fé... Devemos a caridade dos heróis anônimos do Cristianismo – na solidariedade para com todos os sofredores, independente de credo religioso, condição social ou raça – o melhor testemunho quanto à eficácia do Evangelho de Jesus na união dos povos e na transformação da Humanidade."

Fonte: "Orações de Chico Xavier" - Carlos A. Baccelli

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Sem Isolamento

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

“Seria um grande erro de sua parte considerar-se dispensado de novas instruções”. (O Livro dos Médiuns, capítulo 17, item 216).

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 12

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”.

(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos inter-nos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”.

Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix)

Os estágios de consciência são degraus do autoconhecimento de-correntes da superação dos conflitos internos do ser. Há pessoas evitando seus sentimentos por medo deles, desconhecendo-os, e isso não leva à educação. Outros existem que nem se dão conta de quais sejam suas emoções, e ainda há os que estão caminhando para utilizá-las em seu crescimento. A meditação emocio-nal é uma forma de lidarmos com a afetividade, estimulando-a sob a influência de visualizações mentais criativas, sadias e moralmente eno-brecedoras. (...)

O estudo de nós próprios, se-guido de ações renovadoras, será responsável pelo estabelecimento de elos mais duradouros e enrique-cedores, mormente com aqueles os quais temos à conta de desafetos do cotidiano. Daí a importância da me-ditação sobre os episódios diários que nos cercam a convivência.

Escolha um momento mais dis-ponível em que estejas mais relaxa-do e liberado das obrigações rotinei-ras, mais descansado fisicamente, ou então nos finais de noite, como preparo indispensável ao sono.

Faça uma prece a seu Espíri-to protetor e mantenha-se por um tempo pequeno apenas sentindo o clima da oração, assossegando a mente, relaxando as tensões físicas, formando o “piso mental” para a meditação.

Em seguida inicie a leitura das frases por nós sugeridas e detenha--se naquela que mais lhe desperte interesse, remetendo-se em seguida

Meditação Emocional“O silêncio e o recolhimento são mais fáceis e tudo se passa como em família”.

(O Livro dos Médiuns – capítulo 29 – item 335)

a uma meditação sobre suas vivên-cias em grupo, seja na instituição doutrinária seja nos campos de ação de sua vida pessoal. (...)

Meditação 1 – Intimidade nos relacionamentos é a zona delica-da da convivência que apela para a virtude e o caráter, a fim de saber fazer dela o que se deve, e não o que se quer. /Meditação 2 -- Em círculos de trabalho, onde o afeto se resguarda sob a tutela do medo de relacionar, mantendo distância afetiva, alastra-se um campo fértil para a mentira, a mágoa e a insatis-fação. /Meditação 3 – O que você fez essa semana para enriquecer o tesouro da amizade no conjunto de teus companheiros de ideal?/ Meditação 4 – Evita reclamar cotas de atenção e generosidade alheia. Com o tempo, se te aplicares, per-ceberás que é muito mais gratifi-cante ser amável e querer bem a todos. Exercita-te./Meditação 5 –Estabeleça em tua casa espírita o mural da fraternidade. Expresse ali os bons sentimentos. Um bilhete motivante, um cartão terno, uma mensagem nobre de estímulo, a lembrança do natalício, uma frase edificante de valorização. Mural do afeto, termômetro emocional do grupo./ Meditação 6 – Aver-sões, afinidades, desafetos, sim-patias, todas elas são lições emo-cionais, aulas do coração. Quando surjam, pergunte: Senhor, como devo amar nessa ocasião?/ Medi-tação 7 – Descontração e júbilos festivos ensejam saúde à convi-vência. Todavia, nenhum rumo de

integração para o relacionamento é tão efetivo e prudente qual o de repartires ideias e emoções, sob a égide do trabalho espiritual com finalidades sempre elevadas./Me-ditação 8 – Mantém-te sereno ante as reações inesperadas e hostis daquele que ombreia contigo na tarefa de amor. Muitas vezes não podes avaliar o esforço por ele des-pendido para guardar a integridade até aquele momento em que tom-bou na fragilidade. /Meditação 9 – Para aqueles que desertam das ta-refas doutrinárias por entre mágoas e desentendimentos, mentaliza sempre a condição do doente que resolveu abandonar o tratamento em franca rebeldia, e guarda-te em oração por ele. Você sabe: a doen-ça o acompanhará na condição de nova medicação aplicada pela dor; sendo assim, ele, em verdade, só precisa de apoio, orientação, estímulo e carinho. Reprimendas são dispensáveis, quando já se adquiriu a luz dos conhecimentos espirituais./ Meditação 10 – A es-tabilidade emocional de um grupo é medida pelo desejo individual de seus membros em cooperar nas so-luções dos problemas que surgem habitualmente, evitando fixar a mente e o coração nos problemas existentes.

Ermance Dufaux

Fonte: Laços de Afeto, psicografia de Wanderley S. de Oliveira, capí-tulo 10, Editora Dufaux.

Instruções de Além-Túmulo

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 13

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes com-panheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a ne-gação do sentimento e da vontade. A obediên-cia é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto car-regam o fardo das pro-vações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas vir-tudes que a antiguidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade roma-na perecia nos desfale-cimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade depri-mida, brilhassem os triunfos do sa-crifico e da renúncia carnal. Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que

a tem de salvar ou perder. A virtu-de da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferen-

ça moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repen-te e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde

Obediência e Resignaçãoverá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante,

mas que prova a eleva-ção intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a pala-vra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! Porquanto nós, que so-mos os guias da Huma-nidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a von-tade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resis-tência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser venci-da. Bem-aventurados, no entanto, os que são bran-dos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

Lázaro. (Paris, 1863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Es-piritismo, Allan Kardec, capítulo IX, item 8, Editora FEB.

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

Convite

Procure aSecretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

Convite

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

Convite

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 14

Yvonne Pereira – Uma Seareira de Jesus

Amigos em Jesus,Nosso abraço fraterno aos

companheiros de jornada!A Humanidade sempre

conviveu com o fenômeno mediúnico, utilizando-o para seus objetivos, imediatistas ou não, e dele sofrendo as con-sequências obsessivas, cuja manifestação entre os encarna-dos sabemos não ser de hoje. Sacerdotes, pitonisas, magos ou bruxas, os médiuns através do tempo conheceram diferen-tes denominações, padeceram perseguições, mas em realida-de sempre se colocaram, de modo ostensivo ou oculto, na base de todas as revelações religiosas, cristãs e não cristãs.

Está, pois, o ser humano acostu-mado ao fenômeno mediúnico. Mas hoje, com o conhecimento do Espiri-tismo em suas bases codificadas por Kardec e com a maior liberdade de exame dos textos doutrinários, a Hu-manidade não só convive com a me-diunidade como também tem acesso mais direto à sua prática. E disso surge o ponto de advertência a pedir nossa atenção vigilante, baseada no estudo sério das obras, nelas incluídos, ob-viamente, os volumes da Codificação.

Fascinados pela aparente faci-lidade do intercâmbio mediúnico, muitos julgam que esse dom lhes foi outorgado como prêmio para a conquista de poderes ou de noto-riedade, sem cogitarem das respon-sabilidades advindas de sua posse, pois que a orientação evangélica de tal aptidão, no sentido da caridade permanente, deve ser o principal cuidado no uso deste instrumento de progresso e evolução que a Jus-tiça Divina oferece para a redenção da criatura humana.

Assim, muitos se apressam em de-senvolver a capacidade que julgam possuir sem antes indagarem: - Que farei com este dom ofertado pela Bondade Divina? Estarei disposto a colocar-me na condição de socorris-ta, trabalhador sem hora e sem férias, sempre visando ao bem alheio? Terei capacidade de renunciar a mim mes-mo na doação de forças a bem do so-fredor, encarnado ou desencarnado?

Querem o fato, o fenômeno me-diúnico, o intercâmbio com os Espí-ritos felizes e bondosos, mas olvidam com frequência o trabalho junto aos sofredores do sentimento desvairado, do amor desregrado, a tarefa humilde e difícil junto aos obsessores, irmãos necessitados do amor de todos, para não dizer do amparo suplicado pelos suicidas que, sempre carentes, cla-mam pelo máximo de nossas aten-ções socorristas. Olvidam ainda a ne-cessidade de reformulação interior, a vivência da moral evangélica, o estu-do das boas obras, como condições básicas, essenciais para o desenvolvi-mento da mediunidade, o qual se faz naturalmente não só através dessas práticas como, também, do exercício humilde e apagado das tarefas da Ca-ridade Maior, seja no lar, na oficina

de trabalho, ou na instituição espírita.

Destarte, àqueles que, atraídos pela curiosidade ou tangidos pela mediunidade torturada, julgam-se habilita-dos ou passíveis de se habilitar ao seu exercício, advertimos com amor e desinteresse no sentido de que, para início de tudo, assumam o Evange-lho e a sua moral como nor-ma de vida, reconciliando-se com os inimigos, servindo-os, amando-os; estudem Kardec e as boas obras subsidiárias; e,

sobretudo, não se esqueçam de que geralmente o trabalho mediúnico a nós destinado situa-se na oficina do lar, na educação dos familiares para conduzi-los no caminho do bem, na tarefa cotidiana de renúncia as gló-rias humanas. Que se lembrem, tam-bém, de que os seareiros da mediuni-dade em trabalho efetivo, tido como de destaque segundo os critérios dos homens, não são privilegiados nem felizes – são, sim, os mais necessita-dos, aqueles que a Bondade Divina recolheu do báratro de seus erros e crimes para que, no trabalho, na dor e na renúncia, ofertem-Lhe o fruto de seus esforços como forma de reduzi-rem os débitos com a Sua Lei.

Que o Senhor, médium do Pai, possa amparar-nos e ser, para sem-pre, nosso Guia e Mestre no campo do trabalho redentor.

Yvonne

(Mensagem psicografada pela mé-dium Tânia de Souza Lopes em reu-nião pública de 18-05-1984, na Fe-deração Espírita Brasileira, no Rio de Janeiro – RJ.)

(24/12/1900 – 09/03/1984)

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”.

(Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) - Fonte: O Voo de Uma Alma.

Mensagem mediúnica de Yvonne

Seareiros da Mediunidade

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 15

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"Somos caravaneiros que se encaminham para o progresso. Somos espíritos itinerantes, somos espíritos caminhando em busca do melhor, e enquanto este melhor não chega, erramos, acertamos, acertamos mais, acertamos menos; e Deus em sua bondade, na figura dos nossos benfeitores maiores, esperam e continuam nos estimulando a progredir sempre."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Pela graça infinita de Deus, paz!Balthazar pela graça de Deus.A Doutrina Espírita sempre atualiza

os chamados conceitos, tornando-os cada vez mais claros, segundo a con-cepção do mundo dos Espíritos e, che-gando mesmo a todos aqueles corações que, acreditando na continuidade da vida, necessitam também compreender os passos que a Ciência dá.

O Encontro sobre Medicina Espiritual faz uma proposta clara, bastante clara, sobre esse assunto. Mostramos a todos aqueles que aqui vêm, não só o conceito da vida, das responsabilidades reencarnatórias, mas, também, o valor das energias que saem das mãos dos médiuns, no passe. Criamos base para que todos entendam o mecanismo do movimento dos fluidos e atualizamos os textos com os concei-tos novos que a Ciência traz à Humani-dade, de tempos em tempos.

Mas, por que estudar tudo isso? Qual a razão de buscarmos entender questões como o genoma, as fecunda-ções in vitro? Por que procurar enten-der tantas coisas que, aparentemente, nada têm a ver com a religiosidade? É porque chegará o tempo em que os ho-

mens farão da Ciência e da Religião uma só peça de crença em Deus. Ambas as forças indicam claramente que Deus existe; ambas as energias provêm de Deus. E o homem que estudar as chamadas leis que movi-mentam todas as forças existentes na Terra compreenderá, cedo ou tarde, que o caráter de união dessas forças, num mesmo objetivo, provém de uma única inteligência, que é Deus.

À medida que se compreenda essa origem única, ela será um mo-tivo de crença. O homem não teme-rá; ao contrário, conduzirá cada vez mais os conhecimentos na busca da entidade suprema, que os religiosos chamam Deus.

Os religiosos, por sua vez, lutarão por entender Deus, não como um ser antropomórfico, mas tão somente como uma inteligência cujo alcance estamos todos, ou quase todos, longe de entender, mas que conhecemos sua ação.

Assim, nos estudos que cada um fizer, nas pesquisas que se façam em torno da crença e da Ciência, que se chegue à ideia de Deus único, sem

marcas desta ou daquela nação; deste ou daquele povo, mas unicamente a marca da paternidade divina.

Busquemos, portanto, meus ir-mãos, estudar, participar, envolvendo--nos cada vez mais com esses concei-tos e com esta Ciência maravilhosa, a Doutrina Espírita, que há de nos mostrar, dia após dia, a certeza de que Deus existe e que nós, todos sem ex-ceção, somos filhos de um mesmo pai.

Que Deus e Jesus nos ajudem a compreender essas forças formidá-veis que nos conduzem. Que todos nós possamos continuar com a cren-ça que há de nos conduzir, pelo mun-do em que vivemos, com a certeza da verdade divina, até chegarmos à paz de espírito.

Graças a Deus! Que assim seja.Que assim possa ocorrer.Balthazar, pela graça infinita de

Deus. Paz!

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, no dia 24/10/2001, no CELD, RJ.

Medicina Espiritual – A Cura Real

“O corpo reflete o que há no Espírito. Sendo assim, o Espírito precisa ser curado primeiro. A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra, do Espírito”.

(Ignácio Bittencourt -19/04/1862 – 18/02/1943).

Ciência e Religião:Forças que Emanam de Deus

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Clareando / Ano XV / Edição 161 / Fevereiro . 2017 - Pág . 16

Esclarecendo

Diretriz DoutrináriaA Doutrina Espírita ou o Espi-ritismo, conforme reconhece o CONSELHO FEDERATIVO ESTA-DUAL DA UNIÃO DAS SOCIE-DADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (USEERJ) é o conjunto dos ensinamentos dados pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec, com bases científicas e de consequências religiosas, devidamente codificados nas obras por ele publicadas, que são: “O Li-vro dos Espíritos” (18/04/1857); “O Livro dos Médiuns” (1861); “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864); “O Céu e o Inferno” (1865) e “A Gênese” (1868).

O vocábulo ESPIRITISMO, neologismo criado por Allan Kar-dec, compreende somente a Dou-trina transmitida pelos Espíritos e, com base nisso, seus adeptos são denominados ESPÍRITAS ou ESPI-RITISTAS.

O Espiritismo, além da crença em Deus, na imortalidade da alma – base de todas as religiões – di-fere das demais por fundamentar--se, também, na pré-existência da alma, nas vidas sucessivas ou reencarnação, na comunicação dos Espíritos com os homens e na pluralidade dos mundos habita-dos.

A Doutrina dos Espíritos não tem vínculo algum com cultos de origem africana, fetichismos, outros credos, seitas ou rituais de magismo, pois não resulta de qualquer forma de sincretismo re-ligioso.

O Espiritismo não é respon-sável pelo uso indevido da me-diunidade para fins ilícitos e co-merciais, uma vez que tem como norma, para todas as suas ativida-des, o DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES, recomen-dado por Jesus.

Longe de negar ou destruir o

Evangelho, o Espiritismo confirma, explica e desenvolve tudo quanto Jesus disse e fez, elucidando pon-tos obscuros do ensino cristão, tor-nando mais claras certas partes do Evangelho que pareciam inadmis-síveis, bem como reconhece que a vivência do Evangelho de Jesus Cristo é o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

Só há um Espiritismo: o que foi codificado por Allan Kardec: não existindo, portanto, diferentes ramificações ou categorias, como “alto” ou “baixo Espiritismo”, “Espiritismo de Mesa”, “Espiritismo Elevado” ou outras desse gênero.

A UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, interpretando os postulados da Doutrina dos Espí-ritos, para qual o verdadeiro culto é o interior, esclarece que no Espi-ritismo não se adota a prática de atos, objetos, cultos exteriores e muitos outros, tais como:

a) exorcismo para afastar maus espíritos;

b) sacrifícios de ani-mais, e muito menos de seres humanos;

c) rituais de iniciação de qualquer espécie ou na-tureza;

d) paramentos, uni-formes ou roupas espe-ciais;

e) altares, imagens, andores ou outros objetos materiais;

f) promessas, despa-chos, riscaduras de cru-zes e pontos, práticas de atos materiais oriundo de quaisquer outras concep-ções religiosas ou filosófi-cas;

g) rituais e encena-

ções extravagantes de modo a impressionar o público;

h) confecção de ho-róscopo, exercício da car-tomancia e outras práticas similares;

i) administração de sacramentos como batiza-dos e casamentos, conces-são de indulgências e ses-sões fúnebres ou reuniões especiais para preces par-ticulares a desencarnados;

j) talismãs, amuletos, orações miraculosas, ben-tinhos, escapulários, bre-ves ou quaisquer outros objetos e coisas semelhan-tes;

l) pagamento e ou retribuição de qualquer natureza por benefício re-cebido;

m) atendimento de interesses materiais para “abrir caminhos”;

n) danças, procissões e atos análogos;

o) hinos ou cantos em línguas mortas ou exó-ticas;

p) incenso, mirra, fumo, velas ou substâncias outras que induzam práti-cas de rituais; e

q) qualquer bebida alcoólica.

A UNIÃO DAS SOCIEDADES ESPÍRITAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, por fim, só reconhe-ce como legítimos Centros Espíri-tas as Instituições que vivenciam a Doutrina Espírita, tal como está claramente aqui definido.

Rio de Janeiro, 25 de abril de 1982.

A DIRETORIA DA USEERJ.

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Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

“A Doutrina Espírita, mostrando a todos nós que somos espíritos imortais,que carregamos conosco toda uma extensa gama de problemas, ideias e situações, algumas, mesmo, intransponíveis em determinados momentos, esclarece-nos que, em verdade, tudo aquilo que passamos, em forma de sofrimento, ou que impomos ao outro, como, por exemplo, nossa maneira de ser, vem de um passado nem sempre garboso que carregamos conosco.”

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Sugestões Educativas de André Luis

• “Se você acredita que franqueza rude pode ajudar alguém, observe o que ocorre com a planta

em que você atire água fervente.” (lição 16)

• “Quando haja de reclamar isso ou aquilo, espere que as emoções se mostrem pacificadas; um grito de cólera, muitas vezes, tem a força de

um punhal”. (lição 17)

• “Não fale na treva para que a treva não comece a caminhar por sua conta.” (lição 17)

• “Guarde as suas impressões infelizes para não prejudicar o caminho dos outros”. (lição 28)

• “Nos desajustes de opinião ou comportamento, admita nos outros a mesma

liberdade de pensar que a vida lhe implantou na cabeça”. (lição 39)

Fonte: Respostas da Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400Visite o site e ouça a programação

www.radioriodejaneiro.am.br

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

alimentos não pereCíveis para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

informações : seCretaria administrativa

Sua

sempre seráDoação

Bem-VinDa

(24/12/1900 – 09/03/1984)

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Reflexão

Examinemos a Nós Mesmos

O dever do espírita-cristão é tornar-se progressivamente me-lhor. Útil, assim verificar, de quando em quando, com rigoro-so exame pessoal, a nossa verda-deira situação íntima.

Espírita que não progride du-rante três anos sucessivos perma-nece estacionário.

Testa a paciência própria: - Estás mais calmo, afável e com-preensivo?

Inquire as tuas relações na ex-periência doméstica:

Conquistaste mais alto clima de paz dentro de casa?

Investiga as atividades que te competem no templo doutrinário:

Colaboras com mais euforia na Seara de Jesus?

Observa-se nas manifestações perante os amigos:

Trazes o Evangelho mais vivo nas atitudes? Reflete em tua ca-pacidade de sacrifício:

Notas em ti mesmo mais am-pla disposição de servir volunta-riamente?

Pesquisa o próprio desapego: Andas um pouco mais livre do anseio de influência e de posses terrestres?

Usas mais intensamente os pronomes “nós, “nosso” e “nos-sa” e menos os determinativos “eu”, “meu” e “minha”?

Teus instantes de tristeza ou de cólera surda, às vezes tão co-nhecidos somente por ti, estão presentemente mais raros?

Diminuíram-te os pequenos remorsos ocultos no recesso da alma?

Dissipaste antigos desafetos e aversões? Superaste os lapsos crônicos de desatenção e negli-gência? Estudas mais profunda-

mente a Doutrina que professas?Entendes melhor a função da

dor? Ainda cultivas alguma dis-creta desavença?

Auxilias os necessitados com mais abnegação? Tens orado re-almente?

Tua fé raciocinada conso-lidou-se com mais segurança? Tens o verbo mais indulgente, os braços mais ativos e as mãos mais abençoadoras?

Evangelho é alegria no cora-ção:

Estás, de fato, mais alegre e fe-liz intimamente, nestes três anos?

Tudo caminha! Tudo evolui! Confiramos o nosso rendimento individual com o Cristo!

Faça a existência hoje, espon-taneamente, em regime de paz, para que te não vejas na obriga-ção de fazê-la amanhã sob o im-pacto da dor.

Não te iludas! Um dia que se foi é mais uma cota de responsa-bilidade, mais um passo rumo à Vida Espiritual, mais uma opor-tunidade valorizada ou perdida.

Interroga a consciência quan-to à utilidade que vens dando ao tempo, à saúde e aos ensejos de fazer o bem que desfrutas na vida diária. Faze isso agora, enquanto te vales do corpo humano, com a possibilidade de reconsiderar diretrizes e desfazer enganos fa-cilmente, pois, quando passares para o lado de cá, muita vez, já será mais difícil.

André Luiz

Fonte: Opinião Espírita, psico-grafia: Francisco C. Xavier, Edito-ra Boa Nova.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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Quando eu era menina, costumava visitar minha avó nas tardes de sábado. De certa feita fui vê-la, como de costume, porém eu estava preocupada e aborrecida. Ela estava lidando com suas plantas no jardim, e, ao ver-me, percebeu logo que alguma coisa estava acontecendo. Interrompendo seus afazeres, convidou-me a entrar, dizendo:

- Vamos até a cozinha, hoje fiz uma receita nova e quero que você a experimente.

Não me entusiasmei muito com o doce e terminei contando-lhe, muito queixosa, o que vinha me acontecendo. Segundo a minha narrativa eu tivera uma grande decepção que, provavelmente, iria estragar o resto de minha vida.

Vovó ouviu-me atentamente, sem fazer nenhum comentário. Quando terminei, ela ergueu-se, tomou uma xícara e encheu-a de água pela metade. Colocou-a a minha frente e me perguntou:

- Diga-me, minha filha, esta xícara está meio cheia ou meio vazia?

- Está... tanto uma coisa quanto a outra, respondi devagar sem prever aonde ela chegaria.

- É isso mesmo. Tanto se pode dizer que está cheia, como vazia! disse-me ela. E prosseguiu: Da mesma maneira, filha, nunca

podemos dizer se nossa vida está meio cheia ou meio vazia. Todos nós temos o nosso quinhão de tristezas e de alegrias. Mas a nossa vida só é feliz conforme a maneira pela qual encaramos as coisas. Tudo depende de nós. Podemos estar sempre a lamentar porque a xícara está meio vazia, ou, pelo contrário, nos alegrarmos porque a xícara está meio cheia.

E, até hoje, quando sofro a tentação de queixar-me da sorte, lembro-me daquela xícara da vovó, que me ensinou como encarar as coisas. Na vida há tristezas e alegrias, mas a xícara nunca está completamente cheia. Tudo depende de como a vemos...

Fonte: E Para o Resto da Vida...”, Wallace Leal V. Rodrigues, Editora O CLARIM.

Suplemento Infantojuvenil

A Xícara

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro infantil:o Girasol que não aCompanhava o sol, etna laCerda,editora Boa nova.

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina.

Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)

livro Juvenil:Céu azul, Cesar auGusto, psiCoGrafia de Célia Xa-vier de CamarGo,editora Boa nova.