boletim informativo do centro espírita irmao...

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Ano X - Edição 113 - Fevereiro / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.1 4 Reflexão: Sobre o Carnaval pág.11 Artigo: Remédio para Melhorar os Pensamentos pág.7 Personalidade Espírita: João Fusco ( Jofus ) pág.17 Suplemento Infantojuvenil pág.15 Artigo: Paradigma Espírita pág.12 Artigo: Reencarnação e Ressurreição Mensagem Mediúnica: Bezerra de Menezes pág.3 pág.4 À Luz do Espiritismo: Demônios pág.5 Artigo: Obsessão — Conceito e Causas pág.9 Aprendendo com Ignácio Bittencourt Nesta Edição : Editorial SÃO CHEGADOS OS TEMPOS DE TRANSFORMAÇÃO N este mês a Casa de Clarêncio apresentará duas grandes oportunidades extras de estudo: Encontro sobre A Gênese, com o tema "O Homem Contemporâneo Como Cocriador da Sociedade de Regeneração" e o Encontro sobre Técnicas de Passe, ampliando nossa compreensão sobre O Passe Espírita e sua Ação. À medida que ampliamos nossos conhecimentos podemos nos posicionar mais corretamente na vida, fazendo escolhas com mais consciência, pois "A cada um segundo suas obras" (Jesus)¹. O Espírito de Verdade nos diz: "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!"². Feliz é o Espírita que procura orientar sua vida pelo roteiro seguro do Consolador, pois, mesmo imperfeito e ainda em evolução, este Espírita torna-se um elemento de equilíbrio onde atua, sempre tendo por objetivo servir, amar, cooperar. Lembrando as palavras de Kardec: "Fora da caridade não há salvação"³. Irmãos Espíritas, não podemos mais vacilar diante das oportunidades que nos surgem para colaborar com a construção do Mundo Novo que tanto almejamos. Mãos à obra! A Paz do Cristo para todos nós. (1) MATEUS, XVI,27 (2) ESE,XX,5 (3) ESE,XV,5

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Ano X - Edição 113 - Fevereiro / 2013

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.14

Reflexão:Sobre o Carnaval

pág.11

Artigo: Remédio para Melhorar os Pensamentospág.7

Personalidade Espírita:João Fusco ( Jofus )

pág.17Suplemento Infantojuvenil

pág.15

Artigo:Paradigma Espírita

pág.12

Artigo: Reencarnação e Ressurreição

Mensagem Mediúnica:Bezerra de Menezespág.3

pág.4À Luz do Espiritismo:Demônios

pág.5Artigo: Obsessão — Conceito e Causas

pág.9Aprendendo comIgnácio Bittencourt

Nesta Edição :

Editorial

São ChegadoS oS TempoS de TranSformação

N este mês a Casa de Clarêncio apresentará duas grandes oportunidades extras de estudo: Encontro sobre A Gênese, com o tema "O Homem Contemporâneo Como Cocriador da Sociedade de Regeneração" e o Encontro sobre Técnicas de

Passe, ampliando nossa compreensão sobre O Passe Espírita e sua Ação. À medida que ampliamos nossos conhecimentos podemos nos posicionar mais

corretamente na vida, fazendo escolhas com mais consciência, pois "A cada um segundo suas obras" (Jesus)¹. O Espírito de Verdade nos diz: "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade!"².

Feliz é o Espírita que procura orientar sua vida pelo roteiro seguro do Consolador, pois, mesmo imperfeito e ainda em evolução, este Espírita torna-se um elemento de equilíbrio onde atua, sempre tendo por objetivo servir, amar, cooperar. Lembrando as palavras de Kardec: "Fora da caridade não há salvação"³.

Irmãos Espíritas, não podemos mais vacilar diante das oportunidades que nos surgem para colaborar com a construção do Mundo Novo que tanto almejamos. Mãos à obra!

A Paz do Cristo para todos nós.(1) Mateus, XVI,27(2) ese,XX,5(3) ese,XV,5

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 2

Procure a Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco as obras de

André Luiz

SabiaVocê ?

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

o Sopro“(...) o sopro curador, mesmo na Terra, é

sublime privilégio do homem. No entanto, quando encarnados, demoramo-nos mui-tíssimo a tomar posse dos grandes tesouros que nos pertencem. Comumente, vivemos por lá, perdendo tempo com a fantasia, acreditando em futilidades ou alimentando desconfianças. Quem pudesse compreender, entre as formas terrestres, toda a extensão deste assunto, poderia criar no mundo os mais eficientes processos soproterápicos.

— Mas, semelhante patrimônio está à disposição de qualquer Espírito encarnado? — perguntou Vicente, compartilhando mi-nha surpresa.

Nosso interlocutor pensou alguns instantes e respondeu, atencioso:

— Como o passe pode ser movimentado pelo maior número de pessoas, com benefícios apreciáveis, também o sopro curativo poderia ser utilizado pela maioria das criaturas, com vantagens prodigiosas. Entretanto, precisa-mos acrescentar que, em qualquer tempo e situação, o esforço individual é imprescin-dível. Toda realização nobre requer apoio sério, o bem divino, para manifestar-se em ação, exige a boa vontade humana. Nossos técnicos do assunto não se formaram de pronto. Exercitaram-se longamente, adqui-riram experiências a preço alto. Em tudo há uma ciência de começar. São servidores respeitáveis pelas realizações que atingiram, ganham remunerações de vulto e gozam enorme acatamento, mas, para isso, preci-sam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções.

Compreendendo o interesse que suas pala-vras despertavam, continuou o administrador, depois de pequena pausa:

— Nos círculos carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que

o homem tenha o estômago sadio, a boca habi-tuada a falar o bem, com abstenção do mal, e a mente reta, interessada em auxiliar. Obedecen-do a esses requisitos, teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele, poder-se-á transmitir, também na Cros-ta, a saúde, o conforto e a vida.

E, como Vicente e eu não pudéssemos ocultar a perplexidade, Alfredo considerou:

— Isto não é novo. Jesus, além de tocar naqueles a quem curava, concedia-lhes, por vezes, o sopro divino. O sopro da vida per-corre a Criação inteira. Toda página sagrada, comentando o princípio da existência, refe-re-se a isso. Nunca pensaram no vento, como sopro criador da Natureza? Quanto a mim, desde o ingresso em Campo da Paz, quando fui ali recolhido em péssimas condições espi-rituais, tenho aprendido maravilhosas lições nesse particular. Tanto assim que, chefiando este Posto, tenho incentivado, com as pos-sibilidades ao meu alcance, a formação de novos cooperadores nesse sentido, oferecen-do compensações aos que se decidam iniciar a tarefa de especialização, nem sempre fácil para todos. Há esse tempo, Ismália recebia algumas colaboradoras de importância, que se preparavam para a tarefa.

Impressionado com o que ouvira, acom-panhei de perto as providências que se organizavam.

Encontrando-me, porém, mais a sós com Aniceto, transmiti-lhe minha enorme sur-presa, respondendo-me ele em tom confi-dencial:

— Esquecem-se vocês de que a própria Bíblia, aludindo aos primórdios do homem, narra que o Criador assoprou na forma criada, comunicando-lhe o fôlego da vida. Referindo-nos aos nossos irmãos encarna-dos, faz-se preciso reconhecer, André, que,

mesmo partindo de homens imperfeitos, mas de boa vontade, todo sopro com intenção de aliviar ou curar tem relevante significação entre as criaturas, porque todos nós somos herdeiros diretos do Divino Poder.

Aliás, é necessário observar também que não estamos diante de uma exclusividade. Você, por certo, passou muito ligeiramente pelo nosso Ministério do Auxílio. Temos, ali, grande instituto especializado nesse sen-tido, onde nobres colegas se votam a essa modalidade de cooperação. No plano car-nal, toda boca, santamente intencionada, pode prestar apreciáveis auxílios, notando-se, porém, que as bocas generosas e puras po-derão distribuir auxílios divinos, transmitindo fluidos vitais de saúde e reconforto”.Instrutor alfredo

Fonte: Os Mensageiros - Capítulo 19.Espírito: André Luiz.Psicografia :Francisco Cândido Xavier.

“Espiritualista é aquele ou aquela pessoa cuja doutrina é oposta ao materialis-mo. Todas as religiões são, necessariamente, fundadas sobre o espiritualismo. Todo aquele que crê que há em nós outra coisa além da matéria é espiritualista, o que não traz como consequência a crença nos espíritos e nas suas manifestações. (...)

Todo espírita é necessariamente espiritualista, mas isso não quer dizer que todos os espiritualistas sejam espíritas”.

Fonte: O Que é o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo I, Editora Léon Denis

eSpiriTiSmo e eSpiriTualiSmo

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

Encontros Espíritas

local: centro espírIta IrMão clarêncIo

15° encontro espírIta sobre a Gênese

teMa: o HoMeM conteMporâneo coMo cocrIador da socIedade da reGeneração

dIa - 03/02/2013Hora - 8:30 às 13:00

23° encontro espírIta sobre MedIcIna espIrItual(Somente para Médiuns)seção - técnIca de passes dIa-24/02/203Hora - 8:30 às 13:00

Em Março5° encontro espírIta sobre a VIda e obra de YVonne pereIrateMa- coMo YVonne se fortalecIa para as lutas e proVas atraVés do estudo espírIta.dIa-17/03/2013Hora- 8:30 às 13:00

Em Fevereiro

O Espiritismo é a grande luz que desce sobre a Humanidade. É a grande luz que vem apontar

o rumo de uma Nova Era às criaturas humanas.

Isto porque a sociedade é devedora.O homem da Ciência e da Tecnologia

chega à porta da fé suplicando entrada. O conhecimento intelectual não lhe permi-tiu a realização interior. Em que pesem as conquistas externas, faltam-lhe os valores éticos para aplicá-las.

Uma onda de sofrimentos varre a Ter-ra e o homem chora. A morte ameaça. Em vão, ele se pergunta: que é a vida? O conhecimento intelectual encaminha-o na conquista do macro e do microcosmo, porém não o libertou da consciência de culpa.

Por isso, filhos da alma, a necessidade de Jesus é impostergável. Faz-se urgente a cris-tianização da Humanidade e das nações.

Vós haveis solicitado a permissão divina para reencarnar, semeando esperança e luz. Vós rogastes a permissão de reencarnar para oferecer à Humanidade os requisitos para um Mundo Melhor... E o mundo es-piritual vos tem atendido.

Este é vosso momento de servir.Mantende vossa mente vinculada a

Deus e vosso coração, sensível e amoroso, dirigido à solidariedade humana.

e S T í m u l o e f éA luta é desafio. Aquele que não expe-

rimenta desafio não progride.Mede-se o valor de um lutador pelas

dificuldades que experimenta.Portanto, mirando a Jesus, a Seus

apóstolos e àqueles que O seguiram, oferecendo-lhe a vida e renunciando-se a si mesmos, avançareis com valor.

Temos em Allan Kardec o protótipo do verdadeiro cristão, que não recusou a luta e se desgastou numa entrega total.

Assim, permanecei vigilantes, otimistas!Confiando em Deus, não faltarão

nunca os recursos indispensáveis para vosso êxito. Os Espíritos, vossos Amigos e Guias, estamos ao vosso lado, traba-lhando para que tenhais forças para levar avante o compromisso abraçado.

Porém, não amanhã, senão agora.Não mais tarde, senão neste momento.Jesus confia em vós e espera o cumpri-

mento de vossos deveres.Em nome de nossos Amigos Espiritu-

ais dos diferentes países aqui presentes, traduzimos a confiança deles em vossas forças e em vossos sentimentos.

Bom ânimo, filhos!Quando a noite se apresenta mais es-

cura, é necessário recordar que, acima das nuvens, brilham as estrelas.

Quando as trevas se fizerem mais for-tes, à meia-noite, o primeiro minuto, conquanto esteja assinalado pela escu-ridão, já é amanhecer.

Estamos no amanhecer da Nova Era.Preparai o caminho daqueles que vi-

rão depois, e o de vós mesmos.Rogando a Deus que nos proteja, que

nos ampare, com carinho paternal, vosso amigo dedicado de sempre.bezerra

(Mensagem recebida pelo médium Divaldo Pe-reira Franco, no dia 18/8/94, durante a reunião do Conselho Espírita Internacional (CEI), rea-lizada em Miami (EUA), de 17 a 21 de agosto de 1994, e gravada diretamente em espanhol, cujo texto foi revisto pelo médium).

Fonte: Reformador – fevereiro 1995

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 4

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / E a vida continua...).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

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À Luz do Espiritismo

demônioS

Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra?

"Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom tendo criado seres eternamente votados ao mal e desgra-çados? Se há demônios, eles residem no teu mundo inferior e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo, um Deus mau e vingativo e que acreditam agradá-lo pelas abominações que cometem em seu nome."

A palavra demônio só implica a ideia de Espírito mau, na sua acepção moderna, pois a palavra grega daïmon, da qual ela derivou, significa gênio, inteligência e se referia aos se-res incorpóreos bons ou maus, sem distinção. Os demônios, conforme a acepção vulgar da palavra, supõem seres essencialmente maléficos; eles seriam, como todas as coisas, criação de Deus. Ora, Deus, que é sobera-namente justo e bom, não pode ter criado seres predispostos ao mal, pela sua própria natureza e condenados pela eternidade. Se não fossem obra de Deus, existiriam, por-tanto, como ele, de toda a eternidade ou, então, haveria várias potências soberanas.

A primeira condição de qualquer doutrina é ser lógica; ora, a dos demônios, no sentido absoluto, peca por esta base essencial. Con-cebe-se que na crença dos povos atrasados que, não conhecendo os atributos de Deus, admitem divindades malfazejas, admitam-se, também, demônios; mas, para quem quer que considere a bondade de Deus um atributo por excelência, é ilógico e contra-ditório supor que ele tenha podido criar seres votados ao mal e a praticá-lo perpe-tuamente, pois isto é negar-lhe a bondade. Os partidários dos demônios apóiam-se nas palavras do Cristo; certamente não seremos nós que contestaremos a autoridade de seus ensinos, que gostaríamos de ver mais no coração do que na boca dos homens; mas, será que se tem certeza do sentido que ele dava à palavra demônio? Não se sabe que a forma alegórica constitui uma das marcas distintivas de sua linguagem? E se deve to-mar ao pé da letra tudo o que o Evangelho contém? Não precisamos de outra prova, senão a desta passagem:"Logo após esses dias de aflição, o Sol se escurecerá e a Lua não dará mais a sua luz, as estrelas cairão do céu e as potências do céu ficarão aba-ladas. Digo-vos, em verdade,que essa raça não passará, senão quando todas estas coi-sas se tiverem cumprido." Não temos visto a forma do texto bíblico ser contestada pela Ciência, no que toca à criação e ao movi-mento da Terra? Não pode ser da mesma

forma com algumas figuras empregadas pelo Cristo, que devia falar de acordo com os tempos e os lugares? O Cristo não pode ter dito, conscientemente, uma coisa falsa; se, portanto, nas suas palavras, há coisas que parecem chocar a razão, é que não as com-preendemos ou as interpretamos mal.

Os homens fizeram com os demônios o mesmo que fizeram com os anjos; assim como acreditaram em seres perfeitos des-de toda a eternidade, tomaram os Espíri-tos inferiores como seres perpetuamente maus. A palavra demônio deve, portanto, compreender os espíritos impuros que, frequentemente, não valem mais do que aqueles designados sob esse nome, mas com a diferença de que o estado deles é apenas transitório. São espíritos imperfeitos que re-clamam contra as provas que experimentam e que, por isso, suportam-nas durante mais tempo, mas que conseguirão vencer, por sua vez, quando tiverem vontade. Poder-se-ia, portanto, aceitar a palavra demônio com esta restrição; porém, como ela é entendida, atualmente, num sentido exclusivo, poderia induzir a um erro, fazendo crer na existên-cia de seres especiais criados para o mal.

Com relação a Satã, ele é evidentemente a personificação do mal sob uma forma ale-górica, pois não se poderia admitir um ser mau que lutasse, de igual para igual, com a Divindade e cuja única preocupação fosse a de contrariar-lhe os desígnios. Como são necessárias ao homem figuras e imagens, para impressionar-lhe a imaginação, ele pintou os seres incorpóreos sob uma forma material, com atributos que lembram suas qualidades ou seus defeitos.

Foi assim que os antigos, querendo per-sonificar o tempo, pintaram-no sob a fi-gura de um ancião com uma foice e uma ampulheta; uma figura de um jovem teria sido um contra-senso; acontece o mesmo com as alegorias da fortuna, da verdade, etc. Os modernos representaram os anjos, ou puros espíritos, sob uma forma radiosa, com brancas asas, emblema da pureza; Satã, com chifres, garras e os atributos da bestia-lidade, emblemas das paixões vis. O vulgo, que toma as coisas ao pé da letra, viu, nesses símbolos, indivíduos reais, como, outrora, vira Saturno, na alegoria do Tempo.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec,2ª Parte, Capítulo I, Questão 131 e Nota de Kardec.Editora Léon Denis

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 5

Artigo

defInIção

A llan Kardec define obsessão como sendo a "ação persistente que um

Espírito mau exerce sobre um indivíduo." (ESE-Cap XXVIII).

Esta definição apresentada pelo Codifi-cador dá margem a vários comentários:A obsessão é sempre um processo man-

tido, contínuo, persistente onde as forças em litígio estão se enfrentando num pro-cesso bem estabelecido. Não se reconhece como obsessão aquelas condições fortuitas, ocasionais, onde assimilamos pensamentos infelizes de forma breve e sem grandes con-sequências.A qualificação de Espírito mau,

apresentada por Kardec, deve ser bem en-tendida. O obsessor, na realidade, não é um Espírito mau, como se entende este adjetivo, mas sim, uma entidade em sofri-mento, com defeitos e virtudes, capaz de grandes atitudes afetivas para com outras pessoas. É, sobretudo, alguém que foi fe-rido, magoado, humilhado no passado e que por sofrer tanto, quer fazer os outros sofrerem também.Em muitas oportunidades a obses-

são não estará sendo organizada por um único Espírito, mas sim, por uma falan-ge de Espíritos.A obsessão pode atingir não apenas

um indivíduo, mas toda uma coletivi-dade, uma família, uma cidade.A definição apresentada restringe a

obsessão a apenas uma de suas formas, quando um Espírito estará desenvol-vendo o processo obsessivo em direção a um encarnado. Pode ocorrer o inver-so, quando um encarnado passa a sub-jugar o Espírito.

Pode-se observar também obsessão en-tre encarnados e entre desencarnados.

patoloGIas

C omo se desenvolve a "ação" a que se referia Allan Kardec?

— O Espírito infeliz estará atuando sobre o encarnado em dois níveis:Mente a mente: constrição mental;Perispírito a perispírito: envolvi-

mento fluídico.a)Constrição Mental: o obsessor

instala a sua onda mental na mente da pessoa visada. Forma-se uma ponte mag-nética, através da qual o perseguidor vai

obSeSSão: ConCeiTo e CauSaSenviando os seus pensamentos e suas ideias, promovendo uma verdadeira hipnose:

"Você é infeliz...""Sua vida não presta...""Mate-se..."A princípio o indivíduo pode reagir fu-

gindo da faixa de atuação do obsessor. No entanto, se ele se entrega àquelas ideias ou se compraz com este conúbio mental, o processo pode agravar-se, chegando ao grau máximo de obsessão, que é a sub-jugação moral, onde o obsediado perde completamente o seu livre-arbítrio.

Depois que o cerco se completa, pode tornar-se necessária presença do obsessor ao lado do encarnado, pois ele pode con-tinuar exercendo o domínio psíquico à distância.

É o que André Luiz denomina de "lou-cura por telepatia alucinatória".

Algumas vezes, coadjuvando o pro-cesso de constrição mental, os Espíritos obsessores poderão se utilizar de certos "aparelhos especiais" para manter o pro-cesso. Manoel Philomeno de Miranda fez referência a um pequeno aparelho, semelhante a um "microgravador" que os Espíritos introduziram no cérebro do encarnado e que objetivava reforçar o processo de hipnose mental.

b) Envolvimento Fluídico: ao envol-ver o indivíduo, o perseguidor identifica os seus fluidos com os dele; há uma apro-ximação das auras; os perispíritos se assimilam. Este convívio perispiritual vai permitir ao Espírito sugar energias vitais do encarnado, o que vai contri-buir para o emagrecimento, o cansaço e as infecções que acompanham com frequência as vítimas da obsessão. O envolvimento fluídico vai permitir, também, que o Espírito transmita para o encarnado fluidos deletérios fabrica-dos por ele.

causas

S inteticamente, podemos reconhe-cer quatro causas fundamentais,

envolvendo as obsessões:a) Ódio ou Vingança: na maioria das

vezes a obsessão é uma vingança exerci-da por um Espírito que foi prejudicado e que sofreu muito nas mãos do atual obsidiado. Este Espírito pode ter sido

prejudicado numa outra encarnação, onde eles estiveram juntos, ou nessa mesma existência.

O aborto criminoso é um aconteci-mento que muitas vezes responde por obsessões graves cuja causa está na mes-ma encarnação;

b) Carência Afetiva: é uma causa de obsessão, muitas vezes inconsciente, denominada comumente de "encosto". São Espíritos que desencarnam sem uma preparação espiritual adequada e que, ao despertarem no mundo dos Espíritos, se veem desorientados, perdidos, angustia-dos. Ao identificarem um indivíduo que se afinize com eles, podem aproximar-se dele e iniciar uma obsessão, muitas vezes inconsciente.

Geralmente, são processos de fácil tra-tamento, pois não há vínculo de ódio entre os seres envolvidos;

c) Vampirismo: o vampirismo é uma causa de obsessão relacionada à satisfa-ção de vícios e paixões.

Vampiro, na definição de André Luiz: "é toda entidade ociosa que se vale indevi-damente das possibilidades alheias".

O vampirismo vai caracterizar aque-les Espíritos viciosos, apegados a certas emoções materializadas, que se aproxi-mam dos encarnados, portadores dos mesmos vícios, para absorverem as suas emanações fluídicas. Existem vampiros do fumo, do álcool, da gula, dos tóxi-cos, do sexo, etc.;

d) Orgulho do Falso Saber: esta ex-pressão é utilizada por Allan Kardec para caracterizar certos Espíritos vaidosos, or-gulhosos, falsos sábios que desenvolvem uma obsessão do tipo fascinação.

Iludem determinados médiuns para que, por seu intermédio, possam disseminar ideias falsas, sistemáticas e em contradição com os princípios espíritas.bIblIoGrafIa

1) Livro dos Médiuns - Allan Kardec2) A Gênese - Allan Kardec3) Dramas da Obsessão - Bezerra de Menezes/Yvon-ne A. Pereira4) Obsessão - Desobsessão - Suely Caldas Schubert5) Nos Bastidores da Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo P. Franco.

Fonte: CVDEE – Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MG

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 6

Dia : 03 / 02 / 2013 - 16 horasCulto no Lar de Marly Braga

Atividades Doutrinárias

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.espiritirismoagora.com.br(Portal Espírita)

www.fraternidadeassis.com.br(C.E.Fraternidade Francisco de Assis)http://livrosdechicoxavier.blogspot.com.br(Site de download de Livros de Chico Xavier)

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

feVereIro - dia 15 / 6ª FeiraHorárIo - 19:00local - Centro Espírita Irmão Clarêncioestudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

Kardec seMpre

na hora do Toque

O toque é a forma mais comum de verificação da verdade. Usa-se o toque na Medicina, na Agricul-

tura, na Joalheria — onde é tão conhecida a função da pedra de toque — e pratica-mente em todas as atividades humanas. Foi pelo toque dos dedos nas chagas que Tomé reconheceu a legitimidade da apa-rição de Jesus ressuscitado. No Espiritismo a pedra de toque é a obra de Kardec.

A obra de Kardec tornou-se, após um século de sua negação e rejeição pelos adversários, na pedra de toque da legiti-midade das novas obras e novas teorias que vão surgindo no mundo. É por isso que essa obra — a obra de Kardec — oferece-nos os elementos necessários para uma crítica válida e uma apreciação ver-dadeira das novas doutrinas que pretendem modificá-la ou superá-la. Se alguém nos apresentar outra obra em melhores condi-ções do que essa, para servir de pedra de toque, estaremos prontos a trocar de pedra. Mas, enquanto a obra de Kardec conti-nuar nessa posição, não temos razão para substituí-la.

Isso não quer dizer que o Espiritismo seja uma doutrina cristalizada, incapaz de evoluir e se desenvolver. Quer dizer ape-nas que o Espiritismo realizou o toque da verdade na cultura humana, tocou nos pontos essenciais da comprovação da realidade universal pelo homem. Seus princípios fundamentais são realmente inabaláveis, mas estão sujeitos a desen-volvimentos que se darão de acordo com a evolução do homem, que progride sem cessar e aumenta constantemente a sua capacidade de compreender melhor a na-tureza humana, o mundo e a vida.

Mas o desenvolvimento dos princípios espíritas não pode ser feito de maneira ar-bitrária, pois no campo do conhecimento há leis de lógica e logística que regem o processo cultural. Kardec estabeleceu as normas que temos de observar para não cairmos nos enganos e nas ilusões tão co-muns à nossa precipitação. Essas normas, elas mesmas, estão sendo acrescidas de meios novos de verificação da realidade através da Ciência e da Filosofia. O bom senso, como ensinou Kardec, é o fio de prumo que nos garante a construção de um Conhecimento mais amplo e mais rico, mas ao mesmo tempo mais preciso.

Usar do bom senso é o primeiro pre-ceito da normativa de Kardec. Exami-nar com rigor a linguagem dos Espíritos

comunicantes, submetê-los a testes de bom senso e conhecimento, verificar a relação de realidade dos conceitos por eles enunciados (relação do seu pensa-mento com os fatos, as coisas e os seres), enquadrar os seus ensinos e revelações no contexto cultural da época, verificando o alcance abusivo ou não das informações mais audaciosas — eis os elementos que temos de observar no trato da mediuni-dade, se não quisermos cair em situações difíceis, a que fatalmente nos levariam espíritos imaginosos ou pseudossábios. E ao lado disso submeter tudo quanto possível à comprovação experimental, à pesquisa.

Bem, sabemos que tudo isso requer espírito metódico, um fundo básico de conhecimentos gerais, capacidade nor-mal de discernimento, superação da curiosidade doentia, controle rigoroso da ambição e da vaidade, equilíbrio do raciocínio, maturidade intelectual, crité-rio científico de observação e pesquisa e firme decisão de não se deixar levar pelas aparências, aprofundando o exame de todos os aspectos dos problemas e das circunstâncias.

J. Herculano pIres.

Fonte: “A Pedra e o Joio”, Editora Paideia.

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 7

Rodízio de Pizzas

Dia : 03 /03 / 2013

Artigo

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:roteIro

Espírito: Emmanuel / Psicografia: Francisco C. XavieredItora feb

re m é d i o p a r a m e l h o r a r o S p e n S a m e n T o S

N ormalmente nossos pensamentos deveriam ser elevados, isto é, glorifi-cados ou raciocinados; pensamentos

inferiores nunca deveriam abrigar-se em nosso cérebro.

Contudo, não somente em nosso cére-bro formam-se pensamentos; recebemos também pensamentos emitidos de outros cérebros: são as chamadas vibrações mentais. Nossa mente está aberta a todas as vibrações mentais, que cruzam incessantemente o espa-ço, provindas de todas as direções e dos mais variados núcleos vibratórios.

Ora, somente as pessoas muito espirituali-zadas conseguem manter-se em alto padrão vibratório; na grande maioria há queda de vibrações. E sempre que houver queda de vibrações, passamos a receber as baixas vibra-ções emanadas de núcleos inferiores; daí os formarem-se, por vezes, em nosso cérebro, desejos e pensamentos mesquinhos, que não condizem com nossa educação.

É fora de dúvidas que se as más vibrações nos atingem é porque encontram receptividade de nossa parte; dessa razão decorre a necessidade imperiosa de melhorarmo-nos intimamente, para que passemos a receber unicamente as boas vibrações. No entanto, se acontecer cap-tarmos as vibrações de ordem inferior, é nosso dever resistir, jamais cedendo a elas.

E por que não podemos manter-nos sempre em nível de vibrações elevadas? Por que há queda de vibrações?

As dificuldades, os fatos inesperados que nos sucedem, os negócios, enfim, as variadas circunstâncias da vida, são fatores que contri-buem para que haja queda de nossas vibrações mentais.

As dificuldades atrapalham o pensamen-to, constituindo pesada carga para aqueles que desejam seguir o caminho espiritual.

É, pois, de sumo interesse que procuremos vi-ver uma vida sem dificuldades, embora simples e modesta, o que facilitará o desenvolvimento de nossa parte espiritual. Com dificuldades no lar ou na vida, ser-nos-á difícil a consagração às coisas espirituais.

É ponto importante para nós pormos em ordem a parte material de nossa existência, para que nossa mente possa dedicar-se li-vremente ao progresso espiritual. Estando garantidas as coisas materiais, ainda que mo-destamente, por um viver bem organizado, não haverá grande interferência delas em nossos pensamentos, dado a paz íntima que um viver bem organizado proporciona.

É bom notar que não estamos aqui a dizer que se tornem ricos os que quiserem aplicar-se às coisas espirituais; não é isso; o que aconse-lhamos é que organizem suas vidas, mesmo em bases pobres e modestas, de modo a terem tran-quilidade para o cultivo das coisas espirituais.

Organizada que esteja a parte material do nosso viver, para que ela interfira o menos possível em nossas vibrações mentais, vejamos quais os remédios a tomar para que fiquemos curados de pensamentos inferiores.

O primeiro deles é cultivarmos o amor a Deus e o devotamento ao nosso próximo, do que decorrem todos os outros, a saber: sejamos bondosos para com todos; trabalhemos incan-savelmente no bem; sejamos otimistas ativos; cumpramos irrepreensivelmente nossos deve-res; sejamos sinceros para com todos; tenhamos boa vontade; esqueçamos integral e imediata-mente as ofensas que recebemos; semeemos a fraternidade.

Evitemos por todos os modos a ociosidade; essa é a grande produtora de pensamentos in-feriores a traduzirem-se por atos detestáveis.

Não nos esqueçamos do estudo e do traba-lho, os quais enobrecem nossos pensamentos.

O desempenho de nossas obrigações diárias com alegria e entusiasmo imuniza-nos contra as vibrações inferiores.

Preenchamos nossas horas de lazer com divertimentos honestos e com boas leituras. Um bom livro, a boa música, a conversação sadia, o cultivo das artes, quando possível, tudo é meio de glorificar os pensamentos, garantindo-nos uma existência enobrecida.

E enquanto nosso cérebro e nosso corpo es-tiverem ocupados nobremente, não seremos assaltados por pensamentos sombrios, viciosos e maldosos.

Nossos pensamentos determinam o estado de nossa consciência: pensamentos inferiores conspurcam nossa consciência e geram, ao se apresentar a oportunidade, ações vis, das quais nascerão, cedo ou tarde, o remorso, a morti-ficação, o arrependimento. Ficamos, então, com a consciência perturbada e a paz e a se-renidade íntimas desaparecerão; sentimo-nos réus diante de nossa própria consciência.

Para retificar a consciência perturbada só há um caminho: corrigir as más ações praticadas. E para isso, o primeiro cuidado é modificar a qualidade dos pensamentos. Todos os pen-samentos inferiores deverão ser substituídos por pensamentos raciocinados e glorificados. Uma vez corrigidos os pensamentos, sentimo-nos fortificados e preparados para corrigir as ações mal feitas; nossa consciência se apazigua e a paz e a tranquilidade voltarão a reinar em nosso íntimo.

Uma consciência nobre depende de pen-samentos retos, os quais impelem à execução de ações dignas. Quem possui uma consciên-cia enobrecida vive em permanente conforto moral. Esta consciência é conseguida através de pensamentos e atos raciocinados e glorificados.Fonte: “O Espiritismo Aplicado” / Eliseu Rigonatti / Editora Pensamento.

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 8

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Campanha CEIC

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O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

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Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Clareando as ideias com Kardec

Donde se origina a crença, que encon-tramos em todos os povos, das penas e das recompensas futuras?

“É sempre a mesma coisa: pressenti-mento da realidade, trazido ao homem pelo Espírito nele encarnado; pois, sa-bei-o bem, não é em vão que uma voz interior vos fala; vosso erro está em não a escutardes o bastante. Se pensásseis bem nisso, e com frequência, melhores vos tornaríeis.”

No momento da morte, que sentimento domina a maioria dos homens? Será a dúvida, o temor ou a esperança?

“A dúvida, nos cépticos endurecidos; o temor, nos culpados; a esperança, nos homens de bem.”

Por que existem cépticos, já que a alma traz ao homem o sentimento das coisas espirituais?

“Eles são menos numerosos do que se imagina; muitos se fazem de Espíritos fortes, durante sua vida, por orgulho, mas, no momento da morte, não são tão fanfarrões.”

inTuição daS penaS e gozoS fuTuroS

A consequência da vida futura é a res-ponsabilidade por nossos atos. A razão e a justiça nos dizem que, na repartição da felicidade a que todo homem aspira, os bons e os maus não poderiam estar confundidos. Deus não pode querer que uns gozem, sem esforço, de bens que outros só alcançam com esforço e perseverança.

A ideia que Deus nos dá de sua justiça e de sua bondade, através da sabedoria de suas leis, não nos permite acreditar que o justo e o mau estejam, aos seus olhos, na mesma categoria; nem du-vidar de que recebam, algum dia, um, a recompensa, o outro, o castigo pelo bem ou pelo mal que tenham feito; é, por isso, que o sentimento inato que temos da justiça nos dá a intuição das penas e das recompensas futuras.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 4ª Parte, Questões 960 a 962 e Nota de Kardec- Editora Léon Denis.

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Venha estudar conosco O Céu e o Inferno

Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

Convite

A felicidade dos espíritos bem-aventurados não está na ociosidade contemplativa, que seria, como frequentemente se tem afirmado, uma eterna e fastidiosa inu-tilidade. A vida espiritual, em todos os graus, é, ao contrário, uma constante

atividade, mas uma atividade sem fadigas. A suprema felicidade consiste em desfrutar todos os esplendores da criação que nenhuma

linguagem humana poderia descrever, que a imaginação mais fecunda não conseguiria conceber; consiste no conhecimento e na penetração de todas as coisas; na ausência de qualquer sofrimento físico e moral; em uma satisfação íntima, uma serenidade na alma que nada altera; no amor puro que une todos os seres, em consequência da ausência de contra-riedades pelo contato dos maus, e, acima de tudo, na visão de Deus e na compreensão de seus mistérios revelados aos mais dignos.

A suprema felicidade também está nas atribuições das quais se fica feliz por ser encarrega-do. Os espíritos puros são os messias ou mensageiros de Deus para a transmissão e execução de suas vontades; eles realizam as grandes missões, presidem a formação dos mundos e a harmonia geral do Universo, tarefa gloriosa a qual só se chega pela perfeição. Os espíritos de ordem mais elevada são os únicos que participam dos segredos de Deus, inspirando-se no seu pensamento do qual são os representantes diretos.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª Parte, Capítulo III, Editora Léon Denis.

Suprema feliCidade

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 9

Aprendendo com Ignácio Bittencourt

Vida - Dádiva de Deus

fa C u l d a d e d e Cu r a r

A faculdade de curar é inerente ao homem. Todos os que, sin-ceramente dispostos a ajudar

o próximo, colocarem suas forças psí-quicas a serviço da cura espiritual, se tornarão intérpretes dos curadores do espaço.

Nos momentos em que desejam ope-rar as curas, os médiuns movimentam de si forças espirituais imensas e as ca-nalizam através, principalmente, de suas mãos para os doentes, para os mais fracos, os desalentados e os psiquica-mente descontrolados, restabelecendo o equilíbrio das forças em desalinho, reconduzindo mentes e corações para os estágios mais harmonizados e mais elevados. Mas, se ao doente basta o de-sejo de ser curado — e quando aliado à fé, maior cota de energia absorve — ao doador cabem alguns cuidados, que é sempre bom enumerarmos.

O primeiro de todos os cuidados é a cren-ça poderosa em Deus. O trabalhador do bem disposto a servir sob a égide do amor divino recebe influxos generosos, capazes mesmo de transformar as maiores energias em fonte valiosa de forças formidáveis.

Amparado pela segurança dada pela conscientização do fato de ser um tra-balho divino, o homem da cura deve procurar desenvolver outros valores, como o do equilíbrio orgânico e o da estabilidade emocional, de sorte que fluam de si as correntes maravilhosas do bem. Cabe ainda ressaltar que, tão mais envolvido esteja pelas forças supremas do bem, mais o servidor da verdade de-senvolve potenciais magnético-fluídicos infindáveis e, realmente, será capaz de curar ou operar maravilhas.

O fator emocional do médium também deve ser cuidadosa e escrupulosamen-te atendido. O médium deve e precisa

desenvolver as forças do equilíbrio. Para tanto, não só a vigilância e a oração, mas também a observação sincera e objetiva dos seus atos, seus sentimentos, suas pa-lavras, sua emoção: em uma palavra, o médium cuidadoso de suas forças psíqui-cas assemelha-se ao operário que vistoria constantemente suas ferramentas de tra-balho para que renda melhor no serviço a que foi chamado.

O campo de estudo é grande; os traba-lhos, necessários; a vontade, corretamente conduzida, uma virtude. Trabalhador esmerado é aquele que, conscientizado, se melhora com determinação a cada dia, hoje e sempre.

Fonte: Mensagem psicografada pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 11/09/2003.

Q uase suicida. Sentimos-te o passo, à beira do precipício. Caindo quase. Entretanto, es-

tamos aqui buscando-te o coração para o reequilíbrio.

Ninguém te pode medir a dor, mas urge reconhecer que por mais que so-framos, há sempre alguém na travessia de obstáculos maiores.

Abandona a ideia que te induz à própria destruição e medita. Ainda há sol bastante para ser esperado amanhã, tanto quanto surgiu hoje.

Nem todas as estradas se fecham de vez no trânsito da vida. E por mais anseies pelo fim, a morte é ilusão.

No trabalho e no repouso, na luz e na sombra, dentro do dia ou da noite, achamo-nos naquilo mesmo que fizemos de nós.

Não alargues, por isso, as feridas mentais que porventura carregues, acumulando

qu a S e Su i C i d aSuicídio – Solução Ineficaz"A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V, Item 14).

cargas inúteis de aflição, porque além da cela corpórea de que pretendes afastar-te, reconhecer-te-ias simplesmente com tudo aquilo que fizeres de ti.

Recorda: a sabedoria da vida que regene-ra a erva mutilada tem remédio igualmente para qualquer de nossas dores.

Ergue-te do vale conturbado das pró-prias emoções e larga para trás o nevoeiro da negação e da dúvida.

Segue adiante. O trabalho salvador te espera o pensamento e as mãos.

Escuta. O gemido de um enfermo relegado ao desamparo ou o choro de uma criança sozinha te apontam aque-les que te aguardam a presença amiga como sendo a de um anjo com o divino poder de auxiliar.

Avança mais um tanto. A natureza materna conversará contigo pelo inar-ticulado da observação no silêncio. As árvores te falarão do prazer de ofertar os

próprios frutos e a semente a renascer do claustro da terra te dirá que não há morte.

E quando a noite se te descobre, ante a jornada, os astros refletidos em teu olhar proclamarão por dentro de ti mesmo que força alguma te poderá despojar da condição luminosa de criatura de Deus.

eMManuel

Fonte: Caminhos de Volta / Diversos Espíritos / Psicografia: Francisco Cândido Xavier /Editora: GEEM.

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 10

Potências da Alma

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Semeando o Evangelho de Jesus

entre os semelhantes, porque a sintonia cons-titui lei inderrogável, mas pode impor o jugo da disciplina sobre os elementos que adminis-tra, de modo a mantê-los coesos na corrente do bem.

Fonte: Pensamento e Vida / Espírito:Emmanuel / Psicografia:Francisco Cândido Xavier /Editora FEB.

"... É necessário desenvolver nas criaturas humanas o sentimento das palavras: Pensa-mento e Vontade.

O pensamento é criador. A vontade executa.O pensamento idealiza. A vontade realiza.O pensamento constrói. A vontade levan-

ta as paredes de uma obra..."antônIo de aquIno

Fonte: Mensagem psicofônica recebida pelo médium Altivo C. Pamphiro, em 01/12/2002, na OSAA, RJ.

"Se eu não entender o que significam as palavras, serei bárbaro para aquele a quem falo, e aquele que me fala será bárbaro para mim. Se eu orar em uma língua que não entendo, meu coração ora, mas o meu entendimento fica sem fruto. Se louvares a Deus apenas com o coração, como é que um homem, dentre aqueles que só entendem a sua própria língua, res-ponderá amém, ao final da tua ação de graças, se ele não entende o que dizes? Não é que a tua ação não seja boa, mas o outro não consegue edificar-se com ela." (Paulo, Coríntios I, Cap. XIV: 11, 14, 16 e 17).

A prece só tem valor pelo pensamento que a ela se liga; ora, é impossível ligar um pensamento ao que não se compreende, porque o que não se compre-ende não pode comover o coração. Para a imensa maioria, as preces feitas em uma língua desconhecida não passam de um conjunto de pa-lavras que nada dizem ao espírito. Para que a prece comova, é preciso que cada palavra desperte uma ideia; se a palavra não é compreendi-da, ela não poderá despertar ideia alguma. Pode-se dizê-la como uma simples fórmula, que tem mais ou menos virtude segundo o número de vezes que é repetida. Muitos oram por dever, alguns, mesmo, pelo hábito, por isso consideram haver cumprido o seu dever ao dizerem uma prece um determinado número de vezes e nesta ou naquela ordem. Deus, porém, lê o íntimo dos corações; vê o pensamento e a sinceridade; acreditar que ele seja mais sensível à forma do que à essência da prece seria rebaixá-lo. (Ver Cap. XXVIII, Item 2.)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo XVII, Itens 16 e 17, Editora Léon Denis.

preCeS CompreenSíveiS

C omparemos a mente humana — espelho vivo da consciência lúcida — a um grande escritório,

subdividido em diversas seções de serviço.Aí possuímos o Departamento do Desejo,

em que operam os propósitos e as aspira-ções, acalentando o estímulo ao trabalho; o Departamento da Inteligência, dilatando os patrimônios da evolução e da cultura; o Departamento da Imaginação, amealhando as riquezas do ideal e da sensibilidade; o Departamento da Memória, arquivando as súmulas da experiência e outros, ainda, que definem os investimentos da alma.

Acima de todos eles, porém, surge o Ga-binete da Vontade.

A Vontade é a gerência esclarecida e vigi-lante, governando todos os setores da ação mental.

A Divina Providência concedeu-a por au-réola luminosa à razão, depois da laboriosa e multimilenária viagem do ser pelas pro-víncias obscuras do instinto.

Para considerar-lhe a importância, basta lembrar que ela é o leme de todos os tipos de força incorporados ao nosso conheci-mento.

A eletricidade é energia dinâmica.O magnetismo é energia estática.O pensamento é força eletromagnética.

vonTadePensamento, eletricidade e magnetismo

conjugam-se em todas as manifestações da Vida Universal, criando gravitação e afi-nidade, assimilação e desassimilação nos campos múltiplos da forma que servem à romagem do espírito para as Metas Supre-mas, traçadas pelo Plano Divino.

A Vontade, contudo, é o impacto deter-minante.

Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da má-quina.

O cérebro é o dínamo que produz a energia mental, segundo a capacidade de reflexão que lhe é própria; no entanto, na Vontade temos o controle que a dirige nesse ou naquele rumo, estabelecendo causas que comandam os problemas do destino.

Sem ela, o Desejo pode comprar ao engano aflitivos séculos de reparação e sofrimento, a Inteligência pode aprisionar-se na enxovia da criminalidade, a Imaginação pode gerar peri-gosos monstros na sombra, e a memória, não obstante fiel à sua função de registradora, conforme a destinação que a Natureza lhe as-sinala, pode cair em deplorável relaxamento.

Só a Vontade é suficientemente forte para sustentar a harmonia do espírito.

Em verdade, ela não consegue impedir a reflexão mental, quando se trate da conexão

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 11

Artigo

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A confusão entre o conceito de ressurreição e o de reencarna-ção é porque os judeus tinham

noções vagas e incompletas sobre a alma e sua ligação com o corpo. Por isso, a reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição. Eles acreditavam que um homem que viveu podia reviver, sem se inteirarem com precisão da maneira pela qual o fato podia ocorrer. Eles designavam por ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente chama reencarnação.

A ressurreição segundo a ideia vulgar é rejeitada pela Ciência. Se os despojos do corpo humano permanecessem homo-gêneos, embora dispersados e reduzidos a pó, ainda se conceberia a sua reunião em determinado tempo; mas as coisas não se passam assim, uma vez que os ele-mentos desses corpos já estão dispersos e consumidos. Não se pode, portanto, ra-cionalmente admitir a ressurreição, senão como figura simbolizando o fenômeno da reencarnação.

O princípio da reencarnação funda-se, a seu turno, sobre a justiça divina e a reve-lação. Dessa forma, a lei de reencarnação elucida todas as anomalias e faz-nos com-preender que Deus deixa sempre uma porta aberta ao arrependimento. E para isso, Deus, na sua infinita bondade, per-mite-nos encarnar tantas vezes quantas forem necessárias ao nosso aperfeiçoa-mento espiritual, utilizando-se deste e de outros orbes disseminados no espa-ço. (Allan Kardec, O Evangelho Segundo Espiritismo, cap. IV, it. 4).

A reencarnação não é propriedade ou invenção da doutrina codificada por Allan Kardec e, sim, que ela tem caracte-rísticas bem próprias quando considerada do ponto de vista da Doutrina Espírita. O rigor do critério lógico-científico em que está fundado o espiritismo não lhe permite ver a reencarnação como casti-go imposto por Deus, nem envolvendo a possibilidade de retrogradações; ela é uma necessidade para o aperfeiçoa-mento espiritual, a partir do princípio inteligente, que atingindo a condição

reenCarnação e reSSurreição"Não há, pois, duvidar de que, sob o nome de ressurreição, o princípio da reencarnação era ponto de uma das crenças fundamentais dos judeus,

ponto que Jesus e os profetas confirmaram de modo formal; donde se segue que negar a reencarnação é negar as palavras de Cristo. Um dia, porém, suas palavras, quando forem meditadas sem ideias preconcebidas, reconhecer-se-ão autorizadas quanto a esse ponto, bem como em relação a muitos outros." Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IV, Item 16.

de humanidade, não torna a reencarnar em outros reinos da natureza, exatamente por já ter superado as provas nas rotas da evolução.

Em “Os Pensadores”, Fédon PP.132, Sócrates disse: (...) “É uma opinião mui-to antiga que as almas ao deixarem este mundo vão para o hades, e dali voltam para a Terra, e retornam à vida depois de terem passado pela morte. Se é assim, e se os homens depois da morte voltam à vida, deduz-se necessariamente que as almas es-tão no hades durante esse tempo, porque não voltariam ao mundo se não existissem e isso é uma prova de que existem, uma vez que os vivos nascem dos mortos” (...)

Podemos observar que a ideia da reencar-nação vem desde os primórdios, inclusive o insigne professor Carlos Juliano Torres Pastorino, Docente do Colégio Pedro II, catedrático da Universidade Federal de Brasília, latinista, helenista e exímio poli-glota, diplomado em Teologia e Filosofia pelo Colégio Internacional Santo Anto-nio Maria Zaccaria, em Roma, nascido no Rio de Janeiro, em 04 de novembro de 1910 e desencarnado aos 13 de junho de 1980, em Brasília, explica que, para a compreensão da ideia reencarnacionista presente nas escrituras, devemos entender os sentidos de duas palavrinhas gregas de fundamental importância:

Egeirô, composto de ger com o prefi-xo reforçativo e (crf. o sânscrito ajardi, que significa "estar acordado"), tem exa-tamente o sentido de "despertar do sono, acordar", ou seja, passar do estado de sono ao de vigília. Era empregado corretamen-te com o sentido de ressuscitar, isto é, sair do estado de sono da morte para o da vigília da vida. Para não haver confusão, acrescentava-se ao verbo o esclarecimento indispensável: egeirô ek (ou apó) nekrõn, "despertar de entre os mortos".

Anístêmi, composto de aná (com três sentidos: "para cima", ou "de novo" ou "para trás") e ístêmi ("estar de pé'). De acordo com as três vozes teríamos os se-guintes sentidos:voz ativa (transitivo) : "levantar al-

guém", "elevá-lo"; ou "tornar a levantar", ou então "fazer alguém voltar";

voz média : "levantar-se" (do lugar em que se estava sentado ou deitado, sem se cogitar se estava desperto ou adormecido), ou "tornar a ficar de pé"; ou ‘regressar’ ao lugar de onde se viera;voz passiva : "ser levantado por al-

guém", ou "ser posto de novo em pé", ou "ser mandado embora de volta".

(...) Esse verbo anístêmi apresenta outro sentido muito importante, e que geralmen-te é desprezado pelos hermeneutas, que procuram esconder as ideias originais dos autores, quando não estão de acordo com a sua, (...) e é o sentido de "reencarnar". Re-almente a reencarnação é um ‘levantar-se’ para reaparecer na Terra; é um "tornar a ficar de pé" e, sobretudo, um "regres-sar ao lugar de sua vida anterior". Nesse sentido, foi bastante empregado pelos autores gregos.

Para demonstrar a verdade do que ex-põe, o ilustre helenista reporta-se a esta sua tradução evangélica, do grego para o português:

Ora, o tetrarca Herodes ouviu tudo o que foi feito por ele (Jesus) e admirou-se porque era dito por alguns: "João desper-tou dentre os mortos"; por outros: "Elias apareceu", e outros: "reencarnou um dos antigos profetas" (Lc 9,7-8) Ibid. p.107.

E a justifica de forma absolutamente desveladora:

(...) o próprio Lucas que empregou egeírô para exprimir a ideia de "ressur-reição", nesse mesmo versículo 8, para exprimir o "regresso à Terra" de algum dos antigos profetas, muda o verbo, e usa anístemi (...). Então não era a mesma coisa: João "ressuscitara", despertara do sono da morte; mas o antigo profeta "re-gressara à Terra, ou seja, em linguagem moderna "reencarnara".

contInua na páG.12

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 12

Artigo

Em 2013curso

ValorIzação da VIdadIa - SábadosHorárIo - 15:00 às 16:30 local : Centro Espírita Irmão Clarêncio

partIcIpação lIVre

Atenção!

Novo

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Reflexão

Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criatu-

ras, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciên-cias, nas festas carnavalescas.

É lamentável que, na época atual, quan-do os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se veri-fiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o tí-tulo de civilização.

Enquanto os trabalhos e as dores aben-çoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a re-vivescência de animalidades que só os

longos aprendizados fazem desaparecer.Há nesses momentos de indisciplina

sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os re-paros precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensi-fiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho.

Ao lado dos mascarados da pseudoa-legria passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que

Sobre o Carnavalse preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o su-pérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opi-niões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo aban-donado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua mi-séria moral.eMManuel

Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939.(Encartado também na Revista Internacional de Espiritismo, exemplar de Janeiro de 2001 páginas 565 e 566 - Editora O Clarim)

(contInuação-páG. 11)reenCarnação e reSSurreiçãoPara antecipadamente responder à

objeção de que não havia esse rigor "lite-rário" nos evangelistas, queremos chamar a atenção para o verbo usado com referên-cia a Elias. Era crença geral de que Elias não desencarnara, mas fora raptado num carro de fogo (crf. 2Rs, 2,11). Ora, nesse caso especial, não podia ser empregado egeírô (despertar dentre os mortos), nem anístêmi (reencarnar); e de fato, nenhum dos dois foi usado por Lucas e, sim, um terceiro verbo: epháne, isto é, "apareceu". Ibid. p.109.

Provando o que diz, informa Pastorino que, na obra Lexique de Platon, publica-ção em dois volumes (1964), edições Les Belles Lettres — segundo ele: "editora crí-tica, da qual se espera fidelidade absoluta ao original" — , não figuram anístêmi, nem egeírô, nem o substantivo anás-tasis, nem qualquer outra palavra que signifique "reencarnação"(...) Essa obra,

informa ainda o insigne linguista, foi organizada pelo padre jesuíta Édouard des Places.

Se isto acontece em plena contempora-neidade, imaginemos o que, ao longo de séculos e séculos, não foi feito durante as traduções das antigas escrituras, para que a reencarnação não figurasse como legíti-mo postulado do cristianismo (...).

A reencarnação fundamenta todo o nosso desenvolvimento moral e intelectual. Sem ela, a existência física perderia a perspectiva de uma vida futura, o que nos levaria ao materialismo; com ela, todo o sofrimento encontra a sua explicação lógica, reacen-dendo, assim, a esperança num futuro mais promissor.

MarlI abInader

Fonte- Livro Reencarnação: Lei da Bíblia, Lei do Evan-gelho, Lei de Deus / Autor - Sérgio Fernandes Aleixo / 2ª Edição, Niterói – RJ, Editora Lachâtre, 1999.

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 13

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Instruções de Além Túmulo

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r e f l e x õ e S

À hora habitual das instruções, na reu-nião da noite de 20 de maio de 1954, fomos honrados com a visita do gran-

de instrutor que conhecemos por Frei Pedro de Alcântara, animador de nossos estudos e tarefas, desde a primeira hora de nossa agremiação e que, apesar de sua elevada hie-rarquia na Vida Superior, não desdenha o socorro aos irmãos em sofrimento, inclusive a nós mesmos, insignificantes aprendizes da verdade. (1)

Com a sabedoria que lhe é peculiar, em sua mensagem psicofônica inclina-nos à responsabilidade e à meditação, para que saibamos valorizar o tempo e o serviço como empréstimos do Senhor.

Filhos, clareando consciências alheias, defendamo-nos contra a dominação das trevas.

— “Vem e segue-me!” — diz o Senhor ao Apóstolo.

— “Levanta-te e anda!” — recomenda Je-sus ao paralítico.

Para justos e injustos, ignorantes e sábios, o chamamento do Cristo é pessoal e intrans-ferível. O Evangelho é serviço redentor, mas não haverá salvação para a Humanidade sem a salvação do Homem.

No mundo, é imperioso refletir algumas vezes na morte para que a existência não nos seja um ponto obscuro dentro da vida, porque o Espírito desce à escola terrena para educar-se, educando.

Dia a dia, milhares de criaturas tornam à Pátria Espiritual. Esse caiu sob o fio da espada, aquele tombou ao toque de balas mortíferas. Alguns expiram no conforto doméstico, muitos partem do leito rijo dos

hospitais. Todos imploram luz, mas, se não fizeram claridade em si mesmos, prosseguem à feição de caravaneiros ocultos na sombra.

Não valem títulos do passado, nem exte-rioridades do presente. Esse deixou o ouro amontoado com sacrifício. Aquele renun-ciou ao consolo de afeições preciosas.Outro abandonou o poder que lhe não pertencia. Aquele outro, ainda, foi arrancado à ilusão.

Quantas vezes examinais conosco essas pobres consciências em desequilíbrio que a ventania da renovação vergasta no seio da tempestade moral!...

É por isso que, sob a invocação do carinho e da confiança, rogamos considereis a estrada percorrida.

Convosco brilha abençoada oportunidade.O Espiritismo é Jesus que volta ao conví-

vio da dor humana.Não sufoqueis a esperança na corrente das

palavras. Emergi do grande mar da pertur-bação para o reajuste indispensável!

Não julgueis para não serdes julgados, porque seremos medidos pelo padrão que aplicarmos à alheia conduta.

Ninguém sabe que forças tenebrosas se congregaram sobre as mãos do assassino.

Ninguém conhece o conteúdo de fel da taça que envenenou o coração arremessado ao grande infortúnio.

O malfeitor de hoje pode ser o nosso ben-feitor de amanhã.

Desterrai de vossos lábios toda palavra de condenação ou de crítica!...

Desalojai do raciocínio e do sentimento toda névoa que possa empanar a luminosa visão do caminho!...

Somos chamados ao serviço de todos e a nossa inspiração procede do Senhor, que se converteu no escravo da Humanidade inteira.

Filhos, urge o tempo.Sem o roteiro da humildade, sem a lanter-

na da paciência e sem a bênção do trabalho, não alcançaremos a meta que nos propo-mos atingir...

Quão fácil mandar, quão difícil obedecer!Quanta simplicidade na emissão do ensi-

namento e quanto embaraço na disciplina aos próprios impulsos!...

Jesus ajudou...Duas grandes e inesquecíveis palavras

bastam para cessar a revolta e congelar-nos qualquer ansiedade menos construtiva.

Se Jesus ajudou, por que haveremos de perturbar?

Se Jesus serviu, com que privilégio exigi-remos o serviço dos outros?

Reunimo-nos hoje em velhos compro-missos.

Digne-se o Senhor alertar-nos na recons-tituição de nossos destinos.

Não vos pedimos senão a dádiva do en-tendimento fraterno, com aplicação aos princípios que esposamos, reconhecendo a insignificância de nossas próprias almas.

Somos simplesmente um amigo.Não dispomos de credenciais que nos as-

segurem o direito de exigir, mas rogamos observeis os minutos que voam.

Desdobrar-se-ão os dias e a perda de nos-sa oportunidade diante do Cristo pode ser também para nós mais distância, mais sau-dade, mais aflição...

Não aspiramos para nós outros senão à felicidade de amar-vos, desejando-vos a be-leza e a santidade da vida.

Aceitamos nosso trabalho e nossa lição. Quem foge ao manancial do suor, costuma encontrar o rio das lágrimas.

Aqueles que não aprendem a dar de si mesmos não recolhem a celeste herança que nos é reservada pelo Senhor.

Filhos de nossa fé, urge o tempo!Isso equivale dizer que a cessação do ense-

jo talvez não tarde.Façamos luz na senda que nos cabe per-

correr.Retiremo-nos do nevoeiro.Olvidemos o passado e convertamos o

presente em glorioso dia de preparação do futuro!...

E que Jesus, em sua infinita bondade, nos aceite as súplicas, revigorando-nos o espí-rito no desempenho dos deveres com que fomos honrados, à frente de seu incomen-surável amor.pedro de alcântara

(1) Frei Pedro de Alcântara foi contem-porâneo da grande mística espanhola Teresa d’Ávila e, tanto quanto ela, é venerado na Igreja Católica. — Nota do organizador.Fonte: Instruções Psicofônicas - Lição 11 / Diversos Espíritos / Psicofonia: Francisco Cândido Xavier /Editora FEB

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 14

Artigo

HábIto da oração

A oração é como uma antena que propicia a emissão e a recepção das forças espirituais. Pela oração, o Médium não apenas solicita, mas louva e agradece, segundo os ensinos dos Espíritos Benfeitores

que ditaram a Codificação. Sendo assim, sem o hábito da oração, o Médium se assemelha a um potente aparelho, mas incapacitado para um perfeito funcionamento por lhe faltar os implementos indispensáveis.aurélIo Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Diversos Espíritos, Lição 11, Editora Léon Denis.

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

A Humanidade, em sua trajetória histórica, sempre necessitou de paradigmas na busca de dire-

trizes para seus questionamentos. Esses paradigmas (modelos, padrões), que fo-ram utilizados nas áreas da religião, da política, da ciência, sempre necessitaram passar por revisões e atualizações, visto que os conhecimentos sempre se amplia-ram na medida do progresso realizado. Existe, entretanto, um conjunto de prin-cípios, na área da espiritualidade do ser humano, que pode formar um paradig-ma universal, aplicável a todos os seres, de todas as nações, de todos os credos e de todos os tempos, baseado nas leis da Natureza. É o paradigma espírita, resul-tante das pesquisas realizadas por Allan Kardec através de diversos médiuns e diversos Espíritos, dentro do parâmetro da concordância universal do ensino dos Espíritos.

Para estabelecer este paradigma espírita torna-se necessário alinhar os princípios encontrados nas obras da Codificação Kardequiana, e que se acham sintetizados em O Livro dos Espíritos:

1 – Deus: Criador de todas as coi-sas;

2 – Espíritos: seres inteligentes da criação;

3 – Imortalidade da alma: a alma (Espírito encarnado) jamais deixará de existir;

4 – Dualidade dos corpos da alma: (corpo físico e corpo perispiritual);

5 – Pluralidade das existências cor-porais: o ser inteligente e imortal passa por uma série de existências;

p a r a d i g m a e S p í r i T a6 – Pluralidade das dimensões espiri-

tuais (pluralidade dos mundos habitados);

7 – Penas e gozos futuros da alma de acordo com o mérito de cada um;

8 – Evolução progressiva moral e intelectual de todos os espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados;

9 – Ética Cristã: conjunto dos va-lores morais cristãos: caridade, humil-dade, mansidão, compaixão, perdão, pureza, bondade, verdade, honestidade, resignação, esperança, trabalho perseve-rante, paciência, tolerância, solidarieda-de, temperança e domínio próprio. O Reino de Deus em primeiro lugar. Tudo isso incluído na busca da santificação progressiva, da verdadeira evolução;

10 – Lei de Causa e Efeito: tudo que o homem semear (de bem ou de mal) ele colherá;

11 – Comunicabilidade dos Espíri-tos via mediunidade.

Mediante os conceitos supracitados, entramos no conhecimento do paradig-ma espírita, o qual representa uma revo-lução consciencial, que dilata a compre-ensão da vida e da morte, amplia a fra-ternidade e a solidariedade entre todos e representa uma realidade mais ampla, desconhecida pela maioria das pessoas. Este paradigma, que é a soma dos con-ceitos básicos do Espiritismo, faz parte das leis da Natureza, as quais são leis de Deus.

Marcus VInícIus pInto

Fonte: Reformador/Maio 2004.

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 15

Artigo

Personalidade Espírita

Ter você como sócio será muito importante para nós.Aguardamos sua inscrição.Que Jesus nos ilumine e abençoe.p

O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :01 Livro Espírita01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)

Custo do Kit : R$20,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

João fusco, mais conhecido por Jofus, nasceu na cidade de Arara-quara, Estado de São Paulo, no dia

01/06/1895 e desencarnou em São Paulo, com 50 anos de idade a 06/07/1945.

Filho de pais humildes e católicos, viveu a maior parte de sua infância e mocidade na cidade de Araraquara, casando-se no ano de 1910, com Dona Regina Pavezi Fusco. Fez ainda nessa mesma cidade os cursos primário e de Contabilidade e, mais tarde, em São Paulo, estudou Ciências Econômicas. Era profundo conhecedor de Direito e História. Possuía mar-cante inteligência e uma personalidade moral que causava assombro a todos que com ele conviviam.

João fusco tornou-se espírita na cidade de Rio Preto, no longínquo ano de 1929, após ler alguns livros sobre Espiritismo. O que contribuiu decididamente para a sua con-versão foi a cura, por seu intermédio, de uma senhora doente, após ter ela sido desenganada por médicos, padres, pastores e curandeiros.

A partir dessa época tornou-se profundo estudioso das obras da Codificação Karde-quiana. O "Centro Espírita Allan Kardec", da cidade de S. José do Rio Preto, foi o marco inicial de uma nova era na vida de João Fusco, pois os dirigentes daquela instituição, vendo nele um homem culto, estudioso, enérgico e moralista, resolveram entregar-lhe a direção do Centro.

Jofus reorganizou vários Centros Espíritas do Estado de S. Paulo e do Triângulo Minei-ro, instituindo a escrituração, elaboração de estatutos, quadro associativo, bibliotecas, venda e distribuição de livros, jornais e revis-tas espíritas. Instalou cursos de Evangelização da Infância, de estudos de "O Livro dos Espí-ritos", de alfabetização de adultos e crianças,

de oratória e de desenvolvimento mediúnico, tornando-se mesmo um pioneiro na implan-tação das escolas espíritas.

Encetou numerosas viagens pelos Estados de S. Paulo e Minas Gerais, proferindo pa-lestras, distribuindo livros e folhetos de sua autoria, numa lídima campanha contra os conspurcadores da Doutrina Espírita. Em 1931 travou conhecimento pessoal com Caírbar Schutel, passando a manter estreito contacto com o apóstolo de Matão, em tudo aquilo que dizia respeito à difusão do Espiri-tismo, formando-se mesmo o eixo Matão-S. José do Rio Preto, na obra de esclarecimento e de combate aos pseudos cristãos.

Entre os escritos de João Fusco pode-mos destacar os folhetos "O Anticristo", "Os Violadores da Lei", "Desfazendo Ca-lúnias do Clero Romano", "Advertências",

"Falsos Profetas", "Contrastes", "Aviso aos Incautos", "Deus", "Os Centros e suas De-nominações", "Escola Nova", "Os Mortos Vivos" e outros.

Em 1933 transferiu sua residência para São Paulo e, nessa cidade, prosseguiu sua tarefa persistente em favor da disseminação do Espiritismo.

Recebia diariamente volumosa correspon-dência vinda de pessoas que demandavam o consolo espiritual, conselhos e orientação para a cura do corpo e da alma.

Jofus possuía várias faculdades mediúnicas, dentre as quais a vidência, audição, curas e transporte. Há uma enorme bagagem de fei-tos benéficos efetuados por intermédio desse saudoso companheiro, durante a sua perma-nência entre nós, notadamente no período de 1929 a 1945.

Espírito varonil, comunicativo, afável para com todos, a sua palavra consolava sobremaneira. Todos sentiam-se bem em sua presença. Situava a Doutrina dos Espí-ritos acima de tudo e era intransigente no cumprimento dos seus deveres cristãos.

Em 30/01/1939 fundou no bairro do Itaim, na Capital do Estado de S. Paulo, o primeiro Centro Espírita a prestar homenagem ao após-tolo de Matão, dando-lhe o nome de "Centro Espírita Caírbar Schutel". Foi ainda fundador de outras sociedades espíritas, dentre elas o "Centro Espírita Ismael", em Vila Guarani, na mesma cidade, fato ocorrido no dia 30/06/1940.

O efeito de sua obra ainda hoje se faz sentir e sua amplitude não pode ser descrita numa pequena súmula biográfica.

Fonte: www.espiritismo.org

João fuSCo: palavra ConSoladora

Clareando / Ano X / Edição 113 / Fevereiro . 2013 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

CaSamenTo e CompanheiriSmo

O resultado natural do amor entre pessoas de sexos diferentes é o ca-samento, quando se tem por meta

a comunhão física, o desenvolvimento da emoção psíquica, o relacionamento gerador da família e o companheirismo.

O matrimônio representa um estágio de alto desenvolvimento do Self, quando se re-veste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade e nos compromis-sos da camaradagem em qualquer estágio da união que os vincula, reciprocamente, um ao outro ser.

Conquista de monogamia, através de grandes lutas, o instinto vem sendo superado pela inteligência e pela razão, demonstrando que o sexo tem finalidades específicas, não devendo a sua função ser malbaratada nos jogos do prazer incessante, e significa uma autorrealização da sociedade, que melhor compreende os direitos da pessoa feminina, que deixa de ser um objeto para tornar-se nobre e independente quanto é. O mesmo ocorre em relação ao esposo, cabendo à mu-lher o devido cumprimento dos deveres de o respeitar, mantendo-se digna em qualquer circunstância e época após o consórcio.

Mais do que um ato social ou religioso, conforme estabelecem algumas Doutrinas ancestrais, vinculadas a dogmas e a orto-doxias, o casamento consolida os vínculos do amor natural e responsável, que se volta para a construção da família, essa admirável célula básica da Humanidade.

O lar é, ainda, o santuário do amor, no qual as criaturas se harmonizam e se com-pletam, dinamizando os compromissos que se desdobram em realizações que dignificam a sociedade.

Por isso, quando o egoísmo derruba os vínculos do matrimônio por necessidades sexuais de variação, ou porque houve um processo de saturação no relacionamento, havendo filhos, gera-se um grave problema para o grupo social, não menor do que em relação a si mesmo, assim como àquele que fica rejeitado.

Certamente, nem todos os dias da convi-vência matrimonial serão festivos, mas isso ocorre em todos os campos do comportamen-to. Aquilo que hoje tem um grande sentido e desperta prazer, amanhã, provavelmente, se torna maçante, desagradável. Nesse momento, a amizade assume o seu lugar, amenizando o conflito e proporcionando o companheirismo agradável e benéfico, que refaz a comunhão, sustentando a afeição.

Em verdade, o que mantém o matrimô-nio não é o prazer sexual, sempre fugidio, mesmo quando inspirado pelo amor, mas a amizade, que responde pelo intercâmbio

emocional através do diálogo, do interesse nas realizações do outro, na convivência compensadora, na alegria de sentir-se útil e estimado.

Há muitos fatores que contribuem para o desconcerto conjugal na atualidade, como os houve no passado.

Primeiro, os de natureza íntima: inse-gurança, busca de realização pelo método da fuga, insatisfação em relação a si mes-mo, transferência de objetivos, que nunca se completarão em uma união que não foi amadurecida pelo amor real. Segundo, por outros de ordem psicossocial, econômica, educacional, nos quais estão embutidos os culturais, de religião, de raça, de nacio-nalidade, que sempre comparecem como motivo de desajuste, passados os momen-tos de euforia e de prazer. Ainda se podem relacionar aqueles que são consequências de interesse subalternos, nos quais o sentimen-to do amor esteve ausente. Nesses casos, já se iniciou o compromisso com programa de extinção, o que logo sucede. Há, ainda, mais alguns que são derivados do interesse de obter sexo gratuitamente, quando seja solicitado, o que derrapa em verdadeira amoralidade de comportamento.

O matrimônio, fomentando o companhei-rismo, permite a plenificação do par, que passa a compreender a grandeza das emoções profundas e realizadoras, administrando as dificuldades que surgem, prosseguindo com segurança e otimismo.

Nos relacionamentos conjugais profun-dos também podem surgir dificuldades de entendimento, que devem ser solucionadas mediante a ajuda especializada de conselhei-ro de casais, de psicólogos, da religião que se professa, e, principalmente, por intermédio da oração que dulcifica a alma e faculta me-lhor entendimento dos objetivos existenciais. Desse modo, a tolerância tomou o lugar da irritação, a compreensão satisfaz os estados de desconforto, favorecendo com soluções hábeis para que sejam superadas essas ocorrências.

É claro que o casamento não impõe um compromisso irreversível, o que seria ter-rivelmente perturbador e imoral, em razão de todos os desafios que apresenta, os quais deixam muitas sequelas, quando não ne-cessariamente diluídos pela compreensão e pela afetividade.

A separação legal ocorre quando já houve a de natureza emocional, e as pessoas são estranhas uma à outra.

Ademais, a precipitação faz com que as cria-turas se consorciem não com a individualidade, o ser real, mas sim, com a personalidade, a apa-rência, com os maneirismos, com as projeções que desaparecem na convivência, desvelando

cada qual conforme é, e não como se apre-sentava no período da conquista.

Essa desidentificação, também conhecida como o cair da máscara, causa, não poucas vezes, grandes choques, produzindo impactos emocionais devastadores.

O ser amadurecido psicologicamente procu-ra a emoção do matrimônio, sobretudo para preservar-se, para plenificar-se, para sentir-se membro integrante do grupo social, com o qual contribui em favor do progresso. A sua decisão reflete-se na harmonia da sociedade, que dele depende, tanto quanto ele se lhe sente necessário.

Todo compromisso afetivo, portanto, que envolve dois indivíduos, torna-se de magna importância para o comportamento psico-lógico de ambos. Rupturas abruptas, cenas agressivas, atitudes levianas e vulgaridade geram lesões na alma da vítima, assim como naquele que as assume.

Espírito: Joanna de ÂngelisPsicografia : Divaldo Pereira FrancoLivro : Amor, Imbatível Amor

Curso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.estudo aberto a todos os Interessados.

Fevereiro:

Dia 05- Casamento: visão espírita, fins essenciais, direitos e deveres, as-pecto físico, responsabilidade.

Dia 19- Casamento: preço da felicidade conjugal, o lar é mais importante que a casa, aspectos jurídicos.

Dia 26- Casamento: afetividade entre os cônjuges, almas gêmeas, liberdade conju-gal, diálogo, amor e companheirismo.

Clareando / Ano X / Edição 113/ Fevereiro . 2013 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos? Dica do mês :

Tem espíriTos no Banheiro ?Autora: Tatiana Benites.EditoraCorreio Fraterno do ABC.

F a z e n d o o B e m

D urante uma aula de Evangelização, entre todas as coisas que a professora falou, Bentinho gravou mentalmente de modo especial que todos temos tarefas a cumprir e que

devemos sempre fazer o bem aos outros. Bentinho, garoto esperto e inteligente, ouviu e guardou dentro

do coração as palavras da professora. No dia seguinte, no horário do recreio, viu uma colega tentando

resolver um problema de matemática. Bentinho lembrou-se do que a professora tinha dito e não teve dúvidas, parou e, como tinha fa-cilidade para matemática, em poucos minutos resolveu a questão.

A garota agradeceu, encantada, e Bentinho afastou-se satisfeito, pensando: Fiz a minha primeira boa ação do dia.

Na saída da escola, passou por uma casa onde um garotinho tentava empinar uma pipa sem muito sucesso. Num impulso, aproximou-se e, tomando o brinquedo das mãos do menino, rapidamente colocou a pipa no céu.

O garoto agradeceu, surpreso, segurando o carretel de linha que man-tinha a pipa no ar e Bentinho prosseguiu seu caminho sentindo-se cada vez melhor. Fizera sua segunda boa ação do dia e um grande bem estar o inundava por dentro.

Mais adiante, pouco antes de chegar a sua casa, viu um menino abaixado junto a uma bicicleta. Aproximou-se e percebeu que ele es-tava com problemas. A corrente tinha saído do lugar. Imediatamente, Bentinho ajoelhou-se e, com presteza, arrumou a corrente. O menino agradeceu e foi embora.

Bentinho entrou em casa todo orgulhoso. Contou à mãe o que tinha feito naquela manhã e ela deu-lhe os

parabéns pela ajuda às três crianças. Depois, perguntou: — E agora? O que pretende fazer, meu filho? — Vou almoçar e depois ficarei lá fora vendo se posso ajudar

mais alguém hoje. A mãe escutou e não disse nada. Depois do almoço Bentinho ficou no portão, esperando o que

ia acontecer. Mais tarde, ele voltou para casa, satisfeito, e contou para a mãe: — Mamãe, ajudei uma senhora a atravessar a rua. Depois, ajudei

o carteiro a entregar todas as correspondências. Bentinho parou de falar, sorriu e concluiu cheio de orgulho: — Estou exausto, mas muito feliz, mamãe. Agora vou tomar um

banho, jantar e dormir. A mãe olhou-o com seriedade e considerou: — Bentinho, muito louvável seu desejo de ajudar as pessoas, meu

filho. Todavia, e suas tarefas, quem fará? Bentinho arregalou os olhos, como se só naquele momento tives-

se se lembrado de seus deveres. — Mas, mamãe... — gaguejou, decepcionado —, achei que estava

fazendo a coisa certa!

— Sim, meu filho. Só que ajudar aos outros é algo mais que podemos fazer, sem esquecer nossas próprias obrigações. A professora não disse que todos têm suas tarefas a cumprir?

— É verdade. E agora? — Agora, você tem os deveres da escola para fazer, o quarto para

arrumar, os brinquedos para guardar. Ah! E ainda ficou de consertar a bicicleta de seu irmão, lembra-se?

— Mas já é tarde! — reclamou o garoto. — Não é tão tarde assim. Você ainda tem algum tempo antes

do jantar. Vendo que a mãe estava irredutível, Bentinho baixou a cabeça e

foi cumprir suas obrigações. Em seguida, tomou banho e jantou. Depois da refeição, extremamente cansado, foi logo dormir.

A mãe entrou no quarto para fazer a oração com ele. Sentou-se na beirada da cama e, acariciando os cabelos do filho,

disse: — Meu filho, eu estou muito orgulhosa de você hoje. Fez a coisa

certa ajudando às pessoas. Só que, no impulso de ser útil, não podemos ultrapassar o limite da ajuda realizando a tarefa pelo outro.

— Como assim, mamãe? — Por exemplo. Fazendo a tarefa de matemática para sua colega,

você a impediu de aprender. O mais correto seria tê-la ensinado a resolver o problema. Entendeu?

— Entendi, mamãe. Quer dizer que eu poderia ter ajudado o garoti-nho a empinar a pipa, mas não a fazê-lo por ele, não é? Assim também com o garoto da bicicleta. Se eu o tivesse ensinado a colocar a corrente, em outra ocasião ele saberia fazer isso sozinho. E o carteiro?

— A questão do carteiro é mais complexa, meu filho. A respon-sabilidade por entregar a correspondência pertence a ele. O carteiro ganha para isso. E se você tivesse feito algo errado, como entregar uma correspondência importante em endereço diferente? Ou se perdesse uma carta? A responsabilidade seria dele e ele sofreria as consequências.

— Tem razão, mamãe. Mas acho que agi bem quando ajudei a senhora a atravessar a rua.

— Exatamente, meu filho, embora tudo o que você fez hoje tenha sido bom. Só não devemos tirar a oportunidade das pessoas de aprenderem fazendo suas obrigações.

— Nem de nos esquecermos de fazer as nossas! Bentinho estava contente. Tinha sido um dia diferente e muito

produtivo. Abraçou a mãezinha com amor e, juntos, fizeram uma prece a

Jesus, gratos pelas lições daquele dia.

tIa célIa

Fonte: Revista O Consolador, ano 4, nº 157 (www.oconsolador.com.br)