boletim informativo do centro espírita irmao...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437 Ano XV - Edição 163 - ABRIL / 2017 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00 • CURSO DE ORIENTAÇÃO MEDIÚNICA E PASSES. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon DeniS (livro: Depois da Morte). 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo (2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2 o Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel (1º e 3 o sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 6 pág. 3 pág. 5 pág. 8 Homenagem Especial: O Livro Espírita Clareando as Ideias com Kardec: Marcha do Progresso pág. 19 Suplemento Infantojuvenil: Desvio pág. 13 A Família na Visão Espírita: Viver em Família pág. 7 Semeando o Evangelho de Jesus: A Cólera Educação – Senda de Luz: Educação Pré-Natal do Feto Revista Espírita: Cura Moral dos Encarnados Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) E já se Foram 22 anos!!! Editorial Pois é, o tempo passa tão rápido! Parece que foi ontem que um pequeno grupo se reuniu, com o amparo da Es- piritualidade Maior, para dar início às atividades deste ponto de luz. E já se foram 22 anos desde a criação desta Casa Espírita querida. Muitos colaboradores foram chegando e trabalhando para que hoje pudéssemos estar cumprindo o projeto de Jesus. Estamos em festa. Quanta coisa boa já se realizou em nome de Jesus, em nome da caridade e da divulgação da Doutrina Espírita! Somos todos abençoados pela oportunidade de fazer parte da família Clarenciana. Temos muito ainda a realizar e precisamos de mais tra- balhadores. Junte-se a nós; será bem-vindo. Que Clarêncio nos ampare na tarefa do bem. Que Jesus nos guie sempre e Deus nos abençoe.

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 - Fone : (21) 3252-1437

Ano XV - Edição 163 - ABRIL / 2017

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

SEGUNDA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.

TERÇA-FEIRA / 18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.

TERÇA-FEIRA / 19:30 às 21:00• Curso de orientação MediúniCa e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Atendimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar / Nos Domínios da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão

QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).– 18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)

QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).– 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos– 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo (2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.

Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).– 9:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).– 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2o Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel (1º e 3o sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 6

pág. 3

pág. 5

pág. 8

Homenagem Especial:O Livro Espírita

Clareando as Ideias com Kardec:Marcha do Progresso

pág. 19 Suplemento Infantojuvenil:Desvio

pág. 13

A Família na Visão Espírita:Viver em Família

pág. 7

Semeando o Evangelho de Jesus:A Cólera

Educação – Senda de Luz:Educação Pré-Natal do Feto

Revista Espírita:Cura Moral dos Encarnados

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

E já se Foram 22 anos!!!Editorial

Pois é, o tempo passa tão rápido! Parece que foi ontem que um pequeno grupo se reuniu, com o amparo da Es-piritualidade Maior, para dar início às atividades deste ponto de luz.

E já se foram 22 anos desde a criação desta Casa Espírita querida.

Muitos colaboradores foram chegando e trabalhando para que hoje pudéssemos estar cumprindo o projeto de Jesus.

Estamos em festa.

Quanta coisa boa já se realizou em nome de Jesus, em nome da caridade e da divulgação da Doutrina Espírita!

Somos todos abençoados pela oportunidade de fazer parte da família Clarenciana.

Temos muito ainda a realizar e precisamos de mais tra-balhadores. Junte-se a nós; será bem-vindo.

Que Clarêncio nos ampare na tarefa do bem.

Que Jesus nos guie sempre e Deus nos abençoe.

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 2

Deus - Causa Primeira

"Rumos Libertadores", Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo P. Franco, Editora - LEAL.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Favor DivinoNão te queixes de Deus porque dificuldades te povoem a vida.

Certamente Deus conhece to-dos os programas de ação que te estruturam a existência.

O parente difícil, a casa em pro-vas, as tarefas árduas, a conquista de simpatia, o relacionamento es-pinhoso...

Tudo isso poderia Deus supri-mir num momento. Entretanto, sem os familiares incompreensivos, não

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1)

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4)

conhecerias o amor; fora dos obs-táculos domésticos, não adquiri-rias responsabilidade; fugindo aos encargos de sacrifício, não terias experiência; longe da procura de apoio, não praticarias fraternidade e desertando das lutas de equipe, acabarias desconhecendo o valor da cooperação.

...Convence-te de que Deus pode sanar qualquer preocupação, mas deixa-nos a cada um a bênção

do trabalho, de modo que consi-gamos sair da ingenuidade e da inércia, para sermos, um dia, co-laboradores conscientes da Divina Sabedoria que sustenta a Criação.

Meimei

Fonte: Amizade, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora IDEAL.

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 3

A Cólera

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”Mateus, 13:3

Segundo a ideia falsíssima de que lhe não é possível refor-mar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de empregar esforços para se corri-gir dos defeitos em que de boa--vontade se compraz, ou que exigiriam muita perseverança para serem extirpados. E assim, por exemplo, que o indivíduo, propenso a encolerizar-se, quase sempre se desculpa com o seu tem-peramento. Em vez de se confes-sar culpado, lança a cul-pa ao seu organismo, acusando a Deus, dessa forma, de suas pró-prias faltas. É ainda uma consequência do orgulho que se encontra de permeio a todas as suas imperfeições. Indubita-velmente, temperamentos há que se prestam mais que ou-tros a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam melhor aos atos de

força. Não acrediteis, porém, que aí resida a causa primor-dial da cólera e persuadi--vos de que um Espírito pacífico, ainda que num corpo bilioso, será sem-pre pacífico, e que um Espírito violento, mesmo num corpo linfático, não será bran-do; somente, a violência toma-rá outro caráter. Não dispondo de um organismo próprio a lhe

secundar a violên-cia, a có-lera tor-nar-se-á concen-t r a d a , enquan-to no ou-tro caso será ex-pansiva. O corpo não dá

cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsa-bilidade? O homem deformado não pode tornar-se direito, por-

que o Espí-rito nisso não pode atuar; mas, pode modificar o que é do Es-pírito, quando o quer com von-tade firme. Não vos mostra a experiência, a vós espíritas, até onde é capaz de ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que se operam sob as vossas vistas? Compenetrai-vos, pois, de que o homem não se con-serva vicioso, senão porque quer permanecer vicioso; de que aquele que queira corrigir--se sempre o pode. De outro modo, não existiria para o ho-mem a lei do progresso.

Hahnemann. (Paris, 1863.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, ca-pítulo IX, item 10, Editora FEB. (106ª edição).

Venha estudar conosco O Livro

dos Espíritos Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

ConviteVenha estudar conosco

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Allan KardecProcure a

Secretaria de Cursos para informações

ConviteVenha estudar conosco

A Gênese Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Convite

O homem deformado não pode tornar-se direito, porque o Espírito nisso não pode atuar; mas,

pode modificar o que é do Espírito, quando o quer

com vontade firme.

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 4

Estudando a Gênese

A Ideia de Deus e o Caráter das Religiões(*)

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversa-mente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predi-ções, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”.

(A Gênese, Introdução).

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia: 09/04/2017 - 16 horasCulto no Lar deNazaré Callazans

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletim Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

informativo do CeiC

Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme a ideia que elas dão de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contamina-do das fraquezas e ninharias humanas.

Toda a doutrina do Cris-to se funda no caráter que ele atribui à Divindade. Com um Deus imparcial, sobera-namente justo, bom e mise-ricordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a condição indeclinável da salvação, dizendo: Amai a Deus so-bre todas as coisas e o vosso próximo como a vós mes-mos; nisto estão toda a lei e os profetas; não existe outra lei. Sobre esta crença, as-sentou o princípio da igual-dade dos homens perante Deus e o da fraternidade universal. Mas, fora possível amar o Deus de Moisés? Não; só se podia temê-lo. A reve-lação dos verdadeiros atributos da Divindade, de par com a da imorta-lidade da alma e da vida futura, mo-dificava profundamente as relações mútuas dos homens, impunha-lhes novas obrigações, fazia-os encarar a vida presente sob outro aspecto

e tinha, por isso mesmo, de reagir contra os costumes e as relações sociais. É esse incontestavelmente, por suas consequências, o ponto capital da revelação do Cristo, cuja importância não foi compreendida suficientemente e, contrista dizê-lo, é também o ponto de que mais a

Humanidade se tem afastado; que mais há desconhecido na interpre-tação dos seus ensinos.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: Caráter da Re-velação Espírita.

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, ca-pítulo I, itens 24 e25, Editora FEB (35ª edição).

“Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que ele atribui

à Divindade. Com um Deus imparcial,

soberanamente justo, bom e misericordioso,

ele fez do amor de Deus e da caridade

para com o próximo a condição indeclinável da

salvação,...”

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 5

Educação - Senda de Luz

Educação Pré-Natal do Feto

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for co-nhecida, compreendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”.

(LE, q. 685- nota de Kardec).

Conforme vimos estudando, há intensas trocas energéticas entre a gestante e o concepto. Assim como este intercâmbio fluídico exerce in-fluência sobre a mãe em nível psíquico, o mesmo ocorre com relação ao Espírito em processo de reencarnação intrauterino.

A grande diferença de situa-ção entre ambos, mãe e filho, é o nível de consciência em que se encontram. À medida que a gravidez avança em tempo e desenvolvimento o Espírito re-encarnante passa a perder pro-gressivamente o domínio de suas faculdades psíquicas que se prendem ao Sistema Neuro-endócrino em formação. Quan-to à mãe, passará cada vez mais, dia a dia, a influenciar com suas emanações mentais o Espírito prisioneiro do novo arcabouço biológico.

Na fase embrionária e fetal, mesmo não havendo desenvol-vimento neurológico que per-mita ao cérebro registrar infor-mações, o Espírito, através da memória chamada extracerebral, registra informações e experiências, captadas pelo filtro materno, do meio exterior.

Já tivemos ocasião de comentar a memória extracerebral pesquisada pelo neurologista Dr. Ian Stevenson, da Universidade da Virgínia, além de diversos outros autores conceitu-ados.

As experiências de regressão de memória, ou retrocognição, efetua-das de TVP muito nos têm oferecido de comprovação prática. A Terapia de Vivências Passadas tem logrado obter um vastíssimo material a este respeito. Não há como negar que os indivíduos retroagidos à idade fetal rememoram detalhes da vida intrau-terina e emoções vivenciadas pela

mãe.Os pensamentos maternos de ní-

vel elevado, as ideias de paz e amor ao próximo, ou outros valores éticos

podem e devem ser utilizados para desde agora, durante a gravidez, educar aquele que aporta no templo do lar.

Pensamentos construtivos e de conteúdo ético moral constituem ondas de alta frequência, vibrações mentais percebidas pelos sensitivos como de tons claros e brilhantes. Es-tas vibrações ou ondas magnéticas vão banhando suavemente o Espírito preso nas malhas da reencarnação. Vibrações geradas pelo pensamento materno.

Diariamente, poderá receber verdadeiros passes de amor, através do diálogo que sua mãe deve fazer com ele. A mãe esclarecida, tendo consciência deste processo, já vai educando o Espírito reencarnante na

doutrina de amor e sabedoria.Assim como se condiciona al-

guém lhe falando diariamente du-rante o sono, os nove meses de

gravidez se constituem em grande oportunidade de se imprimir con-dicionamentos educativos no futuro filho.

Lamentavelmente, a visão mate-rialista da maioria dos médicos im-pede a aceitação da memória extra-cerebral. Não acreditando na exis-tência do Espírito, perdem muito no que se refere à instrução da gestante a respeito do diálogo com o feto. Fe-lizmente cada vez mais surgem mo-vimentos filosóficos que reacendem estes conhecimentos espiritualistas.

Ricardo di Bernardi

Fonte: Reformador – dezembro 1995

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Revista Espírita

Cura Moral dos Encarnados

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Dr. HermannPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"”O homem tem todo futuro pela frente, ele deve aproveitar a oportunidade de hoje, para bem preparar o seu amanhã. A dor que atinge a tudo e a todos prepara-nos para novos voos em direção ao infinito. Aproveitemos essas lições, aproveitemos essas horas crescendo, para que, amanhã, a lei nos encontre mais firmes e preparados para o trabalho de evolução."

Muitas vezes vemos Espíritos de natureza má cederem muito pron-tamente sob a influência da mo-ralização e se melhorarem. Pode-mos agir do mesmo modo sobre os encarnados, mas com muito mais trabalho. Por que a educação mo-ral dos Espíritos desencarnados é mais fácil que a dos encarnados? Esta pergunta foi motivada pelo seguinte fato. Um rapaz, cego há doze anos, tinha sido recolhido por um espírita devotado, empe-nhado em curá-lo pelo magnetis-mo, pois os Espíritos haviam dito que a cura era possível. Mas o rapaz, em vez de se mostrar reco-nhecido pela bondade de que era objeto, e sem a qual teria ficado sem asilo e sem pão, só teve ingra-tidão e mau procedimento, dando provas do pior caráter.

Consultado a respeito, res-pondeu o Espírito São Luís:

“Como muitos outros, esse jovem é punido por onde pecou e suporta a pena de sua má con-duta”. Sua enfermidade não é incurável, e uma magnetização

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”.

(Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL).Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

espiritual, praticada com zelo, devotamento e perseverança, cer-tamente teria êxito, auxiliada por um tratamento médico destina-do a corrigir seu sangue viciado. Já haveria uma sensível melhora em sua visão, que ainda não está completamente extinta, se os maus fluidos de que está cercado e satu-rado não opusessem um obstáculo à penetração dos bons fluidos que, de certo modo, são repelidos. No estado em que se encontra, a ação magnética será impotente, en-quanto não se desembaraçar, por sua vontade e sua melhoria, desses fluidos perniciosos.

“É, pois, uma cura moral que se deve obter, antes de buscar a cura física. Só um retorno sério sobre si mesmo poderá tornar eficazes os cuidados de seu mag-netizador, que os Espíritos bons se desvelarão em secundar. Caso contrário, deve-se esperar que perca o pouco de luz que lhe resta e que sofra novas e mais terríveis provações”. (...).

Allan Kardec

Fonte: Revista Espírita, ju-lho-1865, FEB.

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 7

A Família na Visão Espírita

Viver em FamíliaQuando as criaturas se reúnem no lar - não por obra do acaso, sim pelas leis de reajuste e afetivi-dade, estão sendo colocados em ação programas espirituais visando seu aperfeiçoamento e engrande-cimento espiritual. Cada alma ali presente carrega sua história, seus acertos e desacertos, suas conquis-tas morais, as afeições já construí-das e também os desafetos carrea-dos por condutas menos dignas.

Como pais, filhos ou irmãos, es-tamos reencontrando companhei-ros de outrora para dar continuida-de ao esforço evolutivo de cada um de nós. A quantidade de almas mo-

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das

Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

bilizadas na Espiritualidade para que nosso lar seja uma alavanca moral, onde todos sejam vitoriosos em suas lutas e compromissos es-pirituais, é enorme. Costumamos lembrar que o “investimento espi-ritual” feito em relação ao nosso mergulho na reencarnação é muito alto, sendo inúmeros os detalhes calculados para ter os instrumentos necessários ao bom desempenho de nosso programa.

Aprendamos a edificar as de-fesas de nossos lares através da conduta diária. A bondade, a to-lerância, o carinho, o respeito, a paciência, a gentileza, a ternura, o

perdão, a gratidão e, sobretudo o AMOR não devem ser apenas bo-nitas palavras guardadas em algum empoeirado livro da estante, mas material de trabalho no escritório da convivência, onde conjugue-mos todos os verbos que edifiquem no organismo doméstico o foco da fraternidade, justiça e amor, irra-diando luz nos corações que ali vi-vem, espalhando exemplos dignos às almas que dele se aproximem.

Fonte: Um Desafio Chamado Famí-lia, Joamar Zanolini Nazareth, Mi-nas Editora.

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”.

Paulo (I Timóteo, 5:6)

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

loCal: Centro espírita irmão ClarênCio

Encontros E Seminários300 enContro espírIta

soBre

léon denIs

data: 30/04/2017

Em Abril

270 enContro espírIta soBre eurípedes Barsanulfo

data: 28/05/2017

Em Maio

Marcha do Progresso

Eventos Em Abriltarde dançante

data: 09/04/2017de 15h às 19h

preCe pelo 220 anIversárIo

do Centro espírIta Irmão ClarênCIo

data: 13/04/2017as 19h

Tem o homem o poder de paralisar a marcha do progresso?

“Não, mas tem, às vezes, o de embaraçá-la.”

Que se deve pensar dos que ten-tam deter a marcha do progresso e fazer que a Humanidade retrograde?

“Pobres seres, que Deus castiga-rá! Serão levados de roldão pela tor-rente que procuram deter.”

Sendo o progresso uma condi-ção da natureza humana, não está no poder do homem opor-se-lhe. É uma força viva, cuja ação pode ser retarda-da, porém não anulada, por leis hu-manas más. Quando estas se tornam incompatíveis com ele, despedaça-as juntamente com os que se esforcem por mantê-las. Assim será, até que o homem tenha posto suas leis em con-cordância com a justiça divina, que quer que todos participem do bem e não a vigência de leis feitas pelo forte em detrimento do fraco.

Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos re-cuos?

“Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que o homem se

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

adianta, pois que melhor compreen-de o que é mal, e vai dia a dia repri-mindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tor-nar compreensível a necessidade do bem e das reformas.”

Qual o maior obstáculo ao pro-gresso?

“O orgulho e o egoísmo. Refiro--me ao progresso moral, porquan-to o intelectual se efetua sempre. À primeira vista, parece mesmo que o progresso intelectual reduplica a ati-vidade daqueles vícios, desenvolven-do a ambição e o gosto das riquezas, que, a seu turno, incitam o homem a empreender pesquisas que lhe escla-recem o Espírito. Assim é que tudo se prende, no mundo moral, como no mundo físico, e que do próprio mal pode nascer o bem. Curta, porém, é a duração desse estado de coisas, que mudará à proporção que o homem compreender melhor que, além da que o gozo dos bens terrenos propor-ciona, uma felicidade existe maior e infinitamente mais duradoura.” (Vide: Egoísmo, cap. XII, questão 913).

Nota de Kardec- Há duas espé-cies de progresso, que uma a outra se prestam mútuo apoio, mas que, no

entanto, não marcham lado a lado: o progresso intelectual e o progres-so moral. Entre os povos civilizados, o primeiro tem recebido, no correr deste século, todos os incentivos. Por isso mesmo atingiu um grau a que ainda não chegara antes da época atual. Muito falta para que o segun-do se ache no mesmo nível. Entre-tanto, comparando-se os costumes sociais de hoje com os de alguns séculos atrás, só um cego negaria o progresso realizado. Ora, sendo as-sim, por que haveria essa marcha as-cendente de parar, com relação, de preferência, ao moral, do que com relação ao intelectual? Por que será impossível que entre o dezenove e o vigésimo quarto século haja, a esse respeito, tanta diferença quanta entre o décimo quarto século e o século dezenove? Duvidar fora pretender que a Humanidade está no apogeu da perfeição, o que seria absurdo, ou que ela não é perfectível moralmen-te, o que a experiência desmente.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 781, 784, 785, Edi-tora FEB (70ª edição).

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 9

O Servidor Negligente

Cenas da Vida

À porta de grande carpintaria, chegou um rapaz, de caixa às costas, à procura de emprego.

Parecia humilde e educado. O diretor da instituição compare-

ceu, atencioso, para atendê-lo. – Tem serviço com que me possa

favorecer? – indagou o jovem, respei-toso, depois das sauda-ções habituais.

– As tarefas são mui-tas – elucidou o chefe.

– Oh! Por favor! – tor-nou o interessado – meus velhos pais necessitam de amparo. Tenho bati-do, em vão, à porta de várias oficinas. Ninguém me socorre. Contentar--me-ei com salário redu-zido e aceitarei o horário que desejar.

O diretor, muito cal-mo, acentuou:

– Trabalho não fal-ta...

E, enquanto o candi-dato mostrava um sorriso de esperança, acrescentou:

– Traz suas ferramentas em or-dem?

– Perfeitamente – respondeu o in-terpelado.

– Vejamo-las.O moço abriu a caixa que

trazia. Metia pena reparar-lhe os instrumentos.

A enxó se achava deformada pela ferrugem grossa.

O serrote mostrava vários dentes quebrados.

O martelo tinha cabo incomple-to.

O alicate estava francamente des-conjuntado.

Diversos formões não atenderiam a qualquer apelo de serviço, tal a

“Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada peda-ço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. Hilário Silva

Fonte: Almas em Desfile, Introdução.

imperfeição que apresentavam seus gumes.

Poeira espessa recobria todos os objetos.

O dirigente da oficina observou... observou... e disse, desencantado:

– Para o senhor, não temos qual-quer trabalho.

– Oh! Por quê? – interrogou o ra-paz, em tom de súplica.

O diretor esclareceu, sem azedu-me:

– Se o senhor não tem cuidado com as ferramentas que lhe perten-cem, como preservará nossas máqui-nas? Se é indiferente naquilo em que deve sentir-se honrado, chegará a ser útil aos interesses alheios? Quem não zela atentamente no “pouco” de que dispõe, não é digno de receber o “muito”. Aprenda a cuidar das coi-sas aparentemente sem importância. Pelas amostras, grandes negócios se realizam neste mundo e o menospre-zo para consigo é indesejável mos-truário de sua indiferença perniciosa. Aproveite a experiência e volte mais

tarde. Não valeram petitórios do moço

necessitado. Foi compelido a retirar-se, em

grande abatimento, guardando a dura lição.

Assim também acontece no ca-minho comum.

Quem deseja o corpo iluminado e glorioso na espiritualidade, além da morte, cuide respeitosamente do corpo físico.

Quem aspira à companhia dos anjos, mostre boas maneiras, boas palavras e boas ações aos vizinhos.

Quem espera a colheita de ale-grias no futuro, aproveite a hora pre-sente, na sementeira do bem.

E quantos sonharem com o Céu tratem de fazer um caminho de ele-vação na Terra mesma.

Fonte: Alvorada Cristã, Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xa-vier, lição 13, Editora FEB (10ª edi-ção).

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 10

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

“Façamos o bem possível. Caminhemos os quilômetros necessários, com aqueles que se dizem nossos perseguidores. Trabalhemos nossas ideias. Estudemos sempre o Evangelho, para sabermos como nos conduzir diante das inúmeras dificuldades da estrada.Com a certeza absoluta de que o coração do Mestre há de nos conduzir e há de nos socorrer sempre, participemos ativamente da nossa humanidade, dando nossa contribuição eficaz e feliz, para que o reino de DEus, que Jesus tanto lutou por implantar, seja, finalmente, instalado da Terra."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Quem são os Demônios(*)

“As doutrinas sobre o demônio, prevalecendo por tanto tempo, ha-viam de tal maneira exagerado o seu poder, que fizeram, por assim dizer, esquecer Deus; por toda parte surgia o dedo de Satanás, bastando para tanto que o fato observado ultrapassasse os limites do poder hu-mano. Até as coisas me-lhores, as descobertas mais úteis – sobretudo as que podiam abalar a ignorância e alargar o círculo das ideias – fo-ram tidas muita vez por obras diabólicas. Os fenômenos espíritas de nossos dias, mais generalizados e mais bem observados à luz da razão e com o auxílio da Ciência, confir-maram, é certo, a intervenção de inteligências ocultas, porém agindo dentro de leis naturais e revelando por sua ação uma nova força e leis até então desconhecidas.

A questão reduz-se, portanto, a

A obra O Céu e o Inferno, Allan Kardec, “objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condi-ção que ele usufruirá no mundo espiritual, como consequência de seus próprios atos”.

(O Céu e o Inferno, capa, 61ª edição, Editora FEB).

saber, de que ordem são essas inte-ligências.

Enquanto se não possuía do mundo espiritual noções mais que incertas e sistemáticas, a verdade podia ser desviada; mas hoje, que

observações rigorosas e estudos ex-perimentais esclareceram a nature-za, origem e destino dos Espíritos, bem como o seu modo de ação e papel no Universo, hoje, dizemos, a questão se resolve por fatos. Sa-bemos, agora, que essas inteligên-cias ocultas são as almas dos que viveram na Terra. Sabemos tam-

bém que as diversas categorias de bons e maus Espíritos não são seres de espécies diferentes, porém que apenas representam graus diversos de adiantamento. Segundo a po-sição que ocupam em virtude do

desenvolvimento intelec-tual e moral, os seres que se manifestam apresentam os mais fundos contrastes, sem que por isso possa-mos supor não tenham saído todos da grande fa-mília humana, do mesmo modo que o selvagem, o bárbaro e o homem civili-zado”.

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: Intervenção dos Demônios nas Modernas Ma-nifestações.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª parte, capítulo X, item 2, Editora FEB (38ª edição).

“Sabemos também que as diversas categorias de bons e maus Espíritos não são seres

de espécies diferentes, porém que apenas representam graus

diversos de adiantamento.”

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Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Ao Médium EspíritaNo campo do Mundo, todos são Médiuns, principalmente, se con-siderarmos a influência do Plano Espiritual sobre as criaturas que se movimentam no Plano Físico, como verdadeiros irmãos atraindo as limalhas com que se afinam.

Entretanto, no campo tão com-pleto da mediunidade, ergue-se o Médium Espírita com responsabili-dade mais acentuada. E por quê?

Porque a ele é dada a luz do esclare-cimento como base de sustentação de todo o serviço que lhe cabe-rá realizar, a partir do momento em que ele assume sua posição de medianeiro, para so-corro e esclarecimen-to, para alívio e conforto das dores humanas.

Ele – o Médium Espírita – não poderá dizer que não conhece suas verda-deiras responsabilidades frente às necessidades de seus irmãos encar-nados ou desencarnados, porque o Livro Espírita aí está cada vez mais difundido, para lhe dar a orienta-ção necessária.

Kardec trouxe a chave do saber espiritual, abrindo de par em par as portas do conhecimento daqui-lo que antes era mistério insondá-vel. E, com o decorrer dos tempos, como tudo tende a se engrandecer, a obra de Kardec foi ampliada por Espíritos prepostos por ele e que, sob a égide de Jesus, propuseram-se a clarear ainda mais os caminhos.

O Médium Espírita, portanto, não poderá dizer não sei, sem se comprometer com a acomodação e o desculpismo.

Não desdenhamos o trabalho realizado por outros Médiuns, os quais, por enquanto, colocam-se apenas à disposição dos Espíritos

para o trabalho do bem, sem com-prometimentos como o estudo da Doutrina Espírita, porquanto, liga-dos a outros princípios religiosos, muitas vezes desconhecem até o seu potencial mediúnico, sendo “Médiuns involuntários”, segundo a conceituação de Kardec.

Não lhes tiramos o mérito, porque todo trabalho do Bem é

possível de reconhecimento e en-grandece sempre aos que a ele se devotam.

Todavia, o Médium Espírita tra-balhará mais consciente.

Será espontâneo, sem entregar-se inerte à atuação das Entidades que dele se aproximam, pois sentirá que a disciplina mediúnica valerá por con-quista sua, influindo no Espírito co-municante, propiciando-lhe o exem-plo que o ajudará na conquista de sua própria melhoria.Será o Médium Es-pírita aquele que saberá superar seus próprios problemas para acatar com responsabilidade a orientação dos Benfeitores, ajudando-os na difícil tarefa de auxílio aos sofredores encar-nados ou desencarnados. O Médium Espírita saberá preparar sua mente para oferecer campo fácil à atuação dos que por ele desejam levar conso-lo e esperança aos corações aflitos e descrentes. Médiuns! Se sois espíritas, examinai-vos e respondei com since-

ridade às indagações que lançamos às vossas consciências:

• Até onde tendes servido, ob-jetivando não serdes apenas me-dianeiros?

• Até que ponto tendes trans-formado a vossa Mediunidade em fonte de enriquecimento espiritual, vosso; e de vossos irmãos encarna-dos e desencarnados?

• Até onde tendes recebido a vossa Mediu-nidade como fonte de re-cursos para o vosso aper-feiçoamento?

• Até onde tendes buscado enriquecer vos-sos raciocínios com a bibliografia tão extensa sobre a Mediunidade que está sempre ao alcance de vossas mãos?

• O que tendes feitos das lições e advertên-cias, dos conselhos e dos apontamentos que vos

são trazidos para que conduzais melhor as vossas tarefas mediúni-cas?

• Estudemos, trabalhemos servin-do, mas busquemos na Doutrina Espí-rita o apoio permanente para não nos desviarmos dos objetivos que traça-mos antes de voltar à abençoada escola de aperfeiçoamento, que é a Terra.

• E, sobretudo não esqueçamos de que Jesus nos colocou a todos como seus cooperadores na tarefa de renovação do Espírito Humano.

•Espíritos comprometidos com o bem, embora ainda desencarna-dos, estamos tentando, de mil ma-neiras, corresponder às esperanças de nosso Amado Mestre. E vós?

Aurélio

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, mensagens de diversos Espíritos, li-ção 10, Editora CELD, (2ª edição).

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Concentração Mental

Instruções de Além-Túmulo

Na noite de 24 de mar-ço de 1955, recolhemos, de novo, a palavra do nosso amigo espiritual André Luiz, que nos falou com respeito à concentra-ção mental.

Amigos, muito se fala em concentração mental. Círculos de fé concen-tram-se em apelos intem-pestivos ao Cristo.

Concentram-se com-panheiros de ideal com impecável silêncio exte-rior, sustentando inade-quado alarido interno.

No entanto, é forçoso indagar de nós mesmos que recursos estaremos reunindo. Simplesmente palavras ou simplesmente súplicas?

Sabemos que o justo requeri-mento deve apoiar-se no direito jus-to.

Situando a cabeça entre as mãos, é imprescindível não esquecer que nos cabe centralizar em semelhante atitude os resultados de nossa vida cotidiana, os pequeninos prêmios adquiridos na regeneração de nós mesmos e as vibrações que estamos espalhando ao longo de nosso ca-minho.

É por isso que oferecemos, despretensiosamente, aos companheiros, alguns lembretes, que consideramos de importância na garantia de nossa concentração espiritual.

1º — Não olvide, fora do santuá-rio de sua fé, o concurso respeitável que compete a você dentro dele.

2º — Preserve seus ouvidos con-tra as tubas de calúnia ou da male-

“São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado...”

(E.S.E., capítulo I, item 8).

dicência, sabendo que você deve escutar para a construção do bem.

3º — Não empreste seu verbo a palavras indignas, a fim de que as sugestões da Esfera Superior lhe encontrem a boca limpa.

4º — Não ceda seus olhos à fixação das faltas alheias, enten-dendo que você foi chamado a ver para auxiliar.

5º — Cumpra o seu dever cada dia, por mais desagradável ou constrangedor lhe pareça, re-conhecendo que a educação não surge sem disciplina.

6º — Aprenda a encontrar tem-po para conviver com os bons li-vros, melhorando os próprios co-nhecimentos.

7º — Não se entregue à cóle-ra ou ao desânimo, à leviandade ou aos desejos infelizes, para que a sua alma não se converta numa nota desafinada no conjunto har-

monioso da oração. 8º — Caminhe no clima do oti-

mismo e da boa-vontade para com todos.

9º — Não dependure sua ima-ginação no cinzento cabide da queixa e nem mentalize o mal de ninguém.

10º — Cultive o auxílio cons-tante e desinteressado aos outros, porque, no esquecimento do pró-prio “eu”, você poderá então con-centrar as suas energias mentais na prece, de vez que, desse modo, o seu pensamento erguer-se-á, vito-rioso, para servir em nome de Deus.

André Luiz

Fonte: Instruções Psicofônicas, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 54, Editora FEB. (8ª edição).

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 13

Venha estudar conosco

a vida e as oBras de

Yvonne A. Pereira

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Procure aSecretaria de Cursos

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Venha estudar conosco as obras de

André Luiz

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Procure a Secretaria de Cursos

para informações

Venha estudar conosco as obras de

Léon Denis

Convite

Homenagem Especial

O Livro EspíritaCada livro edificante é porta libertadora. O livro espírita, entretanto, eman-cipa a alma, nos funda-mentos da vida.

O livro científico livra da incultura; o livro espíri-ta livra da crueldade, para que os louros intelectuais não se desregrem na delin-quência.

O livro filosófico livra do preconceito; o livro es-pírita livra da divagação delirante, a fim de que a elucidação não se conver-ta em palavras inúteis.

O livro piedoso livra do desespero; o livro espírita livra da superstição, para que a fé não se abastarde em fanatismo.

O livro jurídico livra da injustiça; o livro espíri-ta livra da parcialidade, a fim de que o direito não se faça instrumento da opres-são.

O livro técnico livra da insipiência; o livro espírita livra da vaidade, para que a especialização não seja maneja-da em prejuízo dos outros.

O livro de agricultura livra do primitivismo; o livro espírita livra

da ambição desvairada, a fim de que o trabalho da gleba não se en-vileça.

O livro de regras sociais livra da rudeza de trato; o livro espírita livra

da responsabilidade que, muitas vezes, transfigura o lar em atormentado reduto de sofrimento.

O livro de consolo livra da aflição; o livro espírita livra do êxtase inerte, para que o reconforto não se acomode em preguiça.

O livro de informações livra do atraso; o livro espí-rita livra do tempo perdido, a fim de que a hora vazia não nos arraste à queda em dívidas escabrosas.

O livro nobre livra da ignorância, mas o livro es-pírita livra da ignorância e livra do mal.

Amparemos o livro res-peitável, que é luz de hoje; no entanto, auxiliemos e divulguemos, quanto nos seja possível, o livro espíri-ta, que é luz de hoje, ama-nhã e sempre. Emmanuel

(Mensagem recebida pelo médium Francisco

Cândido Xavier)

Fonte: Reformador, abril, 1985.

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Notas Espirituais – Obras de André Luiz

“A vida não cessa. A vida é fonte eterna e a morte é o jogo escuro das ilusões. (...). Permutar a roupagem física não decide o problema fundamental da iluminação (...). É preciso muito esforço do homem para ingressar na academia do Evangelho do Cristo ...”.

André Luiz - (Nosso Lar, capítulo Mensagem de André Luiz, Editora FEB).

Atitude para a Cura Espiritual(*)

Clarêncio: - Como vai? Me-lhorzinho? (...).

André Luiz: - Não posso ne-gar que esteja melhor; entretan-to, sofro intensamente. (...).

Clarêncio ouvia, atencioso, demonstrando grande interesse pelas minhas lamentações, sem o que denunciasse o propósito de intervir no assunto. Encora-jado com essa atitude, conti-nuei:

- Além do mais, meus sofrimentos morais são enormes e inexprimíveis. Amainada a tormenta exterior com os socorros recebidos, volto agora às tempestades íntimas. Que terá sido feito de minha esposa, de meus filhos? Teria o meu primogênito conseguido progredir, segundo meu velho ideal? E as filhinhas? Minha desventurada Zélia muitas vezes afirmou que morreria de saudades, se um dia eu lhe faltasse. Admirável esposa! Ainda lhe sinto as lágrimas dos momentos derradeiros. Não sei desde quando vivo o pesadelo da distância... Continuadas dilacerações roubaram-me a noção do tempo. Onde estará minha pobre companheira? Chorando junto às cinzas do meu corpo, ou nalgum recanto escuro das regiões da morte? Oh! Minha dor é muito amarga! Que terrí-vel destino o do homem penho-rado no devotamento à família! Creio que raras criaturas terão padecido tanto quanto eu!... No planeta, vicissitudes, desenga-nos, doenças, incompreensões e amarguras, abafando escassas

Obs.: André Luiz descreve a visita que o Ministro Clarêncio lhe fez, quando ainda estava em tratamento na colônia Nosso Lar. (**).

notas de alegria; depois, os so-frimentos da morte do corpo... Em seguida, martirizações no além-túmulo! Que será, então, a vida? Sucessivo desenrolar de misérias e lágrimas? Não have-rá recurso à semeadura da paz? Por mais que deseje firmar-me no otimismo, sinto que a noção de infelicidade me bloqueia o espírito, como terrível cárcere do coração. Que desventurado destino, generoso benfeitor!... Chegado a essa altura, o ven-daval da queixa me conduzira o barco mental ao oceano largo das lágrimas.

Clarêncio, contudo, levan-tou-se sereno e falou sem afe-tação:

- Meu amigo, deseja você, de fato, a cura espiritual?

Ao meu gesto afirmativo, continuou:

- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a própria dor. La-mentação denota enfermidade mental e enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar pensamen-tos novos e disciplinar os lá-bios. Somente conseguiremos equilíbrio, abrindo o coração ao Sol da Divindade. Classifi-car o esforço necessário de im-posição esmagadora, enxergar padecimentos onde há luta edi-ficante, sói identificar indese-jável cegueira d’alma. Quanto mais utilize o verbo por dilatar considerações dolorosas, no círculo da personalidade, mais duros se tornarão os laços que

o prendem a lembranças mes-quinhas. O mesmo Pai que vela por sua pessoa, oferecendo-lhe teto generoso, nesta casa, aten-derá aos seus parentes terres-tres. Devemos ter nosso agru-pamento familiar como sagrada construção, mas sem esquecer que nossas famílias são seções da Família universal, sob a Di-reção Divina. Estaremos a seu lado para resolver dificuldades presentes e estruturar projetos de futuro, mas não dispomos do tempo para voltar a zonas estéreis de lamentação. Além disso, temos, nesta colônia, o compromisso de aceitar o tra-balho mais áspero como bên-ção de realização, consideran-do que a Providência desborda amor, enquanto nós vivemos onerados de dívidas. Se deseja permanecer nesta casa de assis-tência, aprenda a pensar com justeza. Nesse ínterim, secara--se-me o pranto e, chamado a brios pelo generoso instrutor, assumi diversa atitude, embora envergonhado da minha fra-queza. (...).

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: Precioso Aviso.

(**) Esta frase não consta da obra. Colocada para facilitar o entendimento.

Fonte: Nosso Lar, André Luiz, psicografia de Francisco Cân-dido Xavier, capítulo 6, Editora FEB. (38ª edição).

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 15

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"A cada dia, a cada momento, a cada instante de sua vida, o homem trabalha pelo seu progresso. Ele já passou pela fase da infância, pela fase da adolescência espiritual, e agora busca o amadurecimento, busca a força, busca o entendimento com Jesus."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Emmanuel Responde

ExperiênciaComo adquire experiência o Espírito encarnado?

A luta e o trabalho são tão impres-cindíveis ao aperfeiçoamento do espí-rito, como o pão material é indispen-sável à manutenção do corpo físico. É trabalhando e lutando, sofrendo e aprendendo, que a alma adquire as ex-periências necessárias na sua marcha para a perfeição.

Há o determinismo e o livre-

-arbítrio, ao mesmo tempo, na existência humana?

Determinismo e livre-arbítrio coexistem na vida, entrosando--se na estrada dos destinos, para a elevação e redenção dos homens.

O primeiro é absoluto nas mais baixas camadas evolutivas e o segundo amplia-se com os va-lores da educação e da experiên-cia. Acresce observar que sobre ambos pairam as determinações divinas, baseadas na lei do amor, sagrada e única, da qual a profe-cia foi sempre o mais eloquente testemunho.

Não verificais, atualmente, as realizações previstas pelos emis-sários do Senhor há dois e quatro milênios, no divino simbolismo das Es-crituras?

Estabelecida a verdade de que o homem é livre na pauta de sua edu-

cação e de seus méritos, na lei das provas, cumpre-nos reconhecer que o próprio homem, à medida que se torna responsável, organiza o determinismo da sua existência, agravando-o ou amenizando-lhe os rigores, até poder elevar-se definiti-vamente aos planos superiores do Universo.

Havendo o determinismo e o livre arbítrio, ao mesmo tempo, na vida humana, como compreender a palavra dos guias espirituais quan-

do afirmam não lhes ser possível influenciar a nossa liberdade?

Não devemos esquecer que fa-lamos de expressão corpórea, em se tratando do determinismo natural, que prepondera sobre os destinos hu-manos.

A subordinação da criatura, em suas expressões do mundo físico, é ló-

gica e natural nas leis das com-pensações, dentro das provas necessárias, mas, no íntimo, zona de pura influenciação espiritual, o homem é livre na escola do seu futuro caminho. Seus amigos do invisível loca-lizam aí o santuário da sua in-dependência sagrada.

Em todas as situações, o homem educado pode reco-nhecer onde falam as circuns-tâncias da vontade de Deus, em seu benefício, e onde fa-lam as que se formam pela força da sua vaidade pessoal ou do seu egoísmo. Como ele, portanto, estará sempre o mérito da escolha, nesse par-ticular.

Fonte: O Consolador, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xa-vier, questões 131 a 133, Editora FEB, (14ª edição).

“A luta e o trabalho são tão imprescindíveis ao aperfeiçoamento do espírito, como o pão

material é indispensável à manutenção do corpo físico.

É trabalhando e lutando, sofrendo e aprendendo, que a alma adquire as

experiências necessárias na sua marcha para a

perfeição.”

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Obras Póstumas – Derradeiros Escritos

Divindade de Jesus(*)

O livro Obras Póstumas “representa o testamento doutrinário de Allan Kardec. Reúne os seus derradeiros escritos e anotações íntimas, destinados a servir, mais tarde, para a elaboração da História do Espiritismo que ele não pôde realizar. (...) Essa obra nos desvenda os segredos de uma vida missionária. Quanto à grandeza, basta vermos o que os Espíritos Superiores dizem em suas comunicações aqui (neste livro) reproduzidas”.

(J. Herculano Pires, Introdução do livro Obras Póstumas, 8ª edição, 1987, Editora LAKE).

O dogma da divindade de Jesus se baseou na igualdade absoluta entre a sua pessoa e Deus, pois que ele próprio é Deus. É este um artigo de fé. Ora, estas palavras, que Jesus tantas vezes repetiu: Aquele que me enviou, não só comprovam uma dualidade de pessoas, mas também, como já o dissemos, excluem a igual-dade absoluta entre elas, porquanto aquele que é enviado necessaria-mente está subordinado ao que en-via. Com o obedecer, aquele pratica um ato de submissão. Um embaixa-dor, falando do seu soberano, dirá: Meu senhor, aquele que me envia; mas, se quem vem é o soberano em pessoa, falará em seu próprio nome e não dirá: Aquele que me enviou, visto que ele não pode enviar-se a si mesmo. Jesus o disse em termos ca-tegóricos: Não vim de mim mesmo; foi ele quem me enviou.

Estas palavras: Aquele que me despreza, despreza aquele que me enviou, não implicam absolutamen-te a igualdade, nem, ainda menos, a identidade. Em todos os tempos, o insulto a um embaixador foi con-siderado como feito ao próprio so-berano. Os apóstolos tinham a pa-lavra de Jesus, como este a de Deus. Quando ele lhes diz: Aquele que vos ouve a mim me ouve, certamen-te não queria dizer que seus apósto-los e ele fossem uma só e a mesma pessoa, igual em todas as coisas.

A dualidade das pessoas, assim como o estado secundário e de su-bordinação de Jesus com relação a Deus, ressaltam, ao demais, sem equívoco possível, das seguintes passagens:

“Fostes vós que permanecestes

sempre firmes comigo nas minhas tentações. — Eis por que vos pre-paro o Reino, como meu Pai mo preparou, a fim de que comais e bebais à minha mesa no meu reino e que estejais sentados em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” (S. Lucas, 22:28 a 30.).

“De mim digo o que vi junto de meu Pai; e vós, vós fazeis o que ouvistes de vosso pai.” (S. João, 8:38.).

“Ao mesmo tempo, apareceu uma nuvem que os cobriu e dessa nuvem saiu uma voz que fez se ou-vissem estas palavras: Este é meu fi-lho bem-amado; escutai-o.” (Trans-figuração: S. Marcos, 9:7.).

“Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanha-do de todos os anjos, assentar-se-á no trono de sua glória; — e, achan-do-se reunidas todas as nações, separará umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos bodes; — colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. — Então, o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, vós que fostes aben-çoados por meu Pai, possuir o reino que vos foi preparado desde o co-meço do mundo.” (S. Mateus, 25:31 a 34.).

“Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessa-rei diante de meu Pai que está nos céus; — aquele que me renunciar diante dos homens, também eu

mesmo o renunciarei diante de meu Pai que está nos céus.” (S. Mateus, 10:32 e 33.).

“Ora, eu vos declaro que aquele que me confessar e me reconhecer perante os homens, o filho do ho-mem também o reconhecerá perante os anjos de Deus; — mas, se algum me repudiar perante os homens, eu também o repudiarei perante os an-jos de Deus.” (S. Lucas, 12:8 e 9.).

“Pois, se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, des-se também se envergonhará o Filho do homem, quando estiver na sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos.” (S. Lucas, 9:26.). (...).

(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: As palavras de Jesus provam a sua divindade?

Fonte: Obras Póstumas, Allan Kar-dec, 1ª parte, Estudo sobre a natu-reza do Cristo, capítulo III, Editora FEB.

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Gotas de Luz

"A s lutas que Deus nos dá como oportunidade de crescimento espiritual, se não forem entendidas em sua essência, podem não ter valor para nosso estado d’alma; daí a necessidade de meditarmos constantemente sobre aquilo que estamos passando."

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Estudando sobre Mediunidade

Características de uma Manifestação Inteligente(*)

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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alimentos não pereCíveis para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

informações : seCretaria administrativa

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sempre seráDoação

Bem-VinDa

Para uma manifesta-ção ser inteligente, in-dispensável não é que seja eloquente, espiri-tuosa ou sábia; basta que prove ser um ato livre e voluntário, ex-primindo uma intenção ou respondendo a um pensamento. Decerto, quando uma ventoinha se move, toda gente sabe que apenas obe-dece a uma impulsão mecânica: à do vento; mas, se se reconheces-sem nos seus movimen-tos sinais de serem eles intencionais, se ela girasse para a direita ou para a esquerda, depres-sa ou devagar, conforme se lhe or-denasse, forçoso seria admitir-se, não que a ventoinha era inteligen-te, porém, que obedecia a uma in-teligência. Isso o que se deu com a mesa (¹).

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psicologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habitantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

(¹) Refere-se às “mesas girantes”.(*) Título criado para esta parte do texto, cujo título é: Das Manifesta-ções Inteligentes.

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, 2ª parte, capítulo III, item 66, Editora FEB (61ª edição).

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

Convite Filhos

Vozes do Grande Além

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

ConviteVenha estudar conosco

A Família na Visão Espírita

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A tarefa mediúnica sempre foi e será voluntária; sempre partirá de vocês en-carnados o querer fazê-la, mas, por ser voluntária, isto não justifica o não com-

prometimento nas tarefas.Da mesma maneira que vocês, ao che-

garem para os trabalhos mediúnicos, que-rem estar acompanhados de seus guias

espirituais, eles também querem encontrar vocês nos trabalhos, mas muito mais que

isso, querem encontrá-los com os propósi-tos de servir que a tarefa pede.

Não se esqueçam de que os guias es-pirituais trabalharão e socorrerão, mesmo sem vocês e mesmo que vocês não ofere-çam tanto material para eles agirem; mas

será sempre triste vocês, amanhã, saberem que poderiam ter feito mais como mé-

diuns. Não sejam, portanto, daqueles que dificultam o trabalho.

Preparem o coração e a mente para o importante trabalho que é o de serem mé-diuns de uma Casa Espírita que já começa a ser conhecida no Plano Espiritual como Núcleo de Luz e divulgadora da Doutrina

Espírita e Casa Socorrista.Não se exige santidade de médium

algum; não é isto que queremos, mas trabalhadores que sejam realmente parceiros e colaboradores do Plano

Espiritual nesta imensa Seara de Jesus.Que o Mestre Jesus a todos abençoe.

Ignácio Bittencourt

(Mensagem psicografada pelo médium Mário Coelho, em 15/02/2017, no CELD, para a Reunião Geral com os Médiuns do CEIC, no dia 19/02/2017).

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Clareando / Ano XV / Edição 163 / Abril . 2017 - Pág . 19

Suplemento Infantojuvenil

Desvio“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”.

(Amélia Rodrigues)

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário

infantil e juvenil escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .

Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês:livro infantil:Criança Quer saBer, fátima moura

editora eme.

livro Juvenil:CresCendo Com saBedoria, anaBela saBino,editora Boa nova.

1 - Todos temos um destino a cumprir? No sentido absoluto, a longo prazo, sim. Há um caminho que devemos percorrer, até a perfeição. Será cumprido, quer queiramos ou não. É a vontade de Deus, que jamais falha em seus objetivos. 2 - E no sentido relativo? Há programas para a vida presente, envolvendo casamento, profissão, filhos, condição social, saúde. Isso tudo vai depender de nossa vontade. Um casamento programado pode não se consumar, se um dos parceiros desistir. Da mesma forma muitos casamentos não dão certo, não por destino, mas porque os cônjuges enveredam por desvios de desentendimento e infidelidade. 3 - Podemos estabelecer uma relação entre o des-tino absoluto e o relativo? Consideremos uma meta distante que devemos atingir, em longa viagem: a perfeição. A maneira como viajamos e o roteiro dependem de nossas iniciativas. Podemos escolher determinada estrada. Podemos desistir dela, envere-dando por desvios, mas sempre seremos reconduzi-dos pelas forças da Vida à rota devida, à destinação final. 4 - Um casal, ao reencarnar, planeja unir-se pelo casamento. Pode não se consumar essa união? É possível, particularmente nestes tempos de liber-dade sexual em que as pessoas se envolvem pas-sionalmente, confundindo o sistema de sinalização espiritual que lhes apontaria, no tempo devido, o parceiro acertado. Resultam daí uniões não progra-madas.

5 - E como ficarão, quando vierem a se encontrar, os parceiros da programação espiritual? Muito mal, porquanto sentirão o apelo, o chamamento do des-tino, mas preso um deles ou ambos a outro compro-misso que, não raro, envolve filhos. É uma situação delicada. 6 - O que devem fazer? A ligação atual deve sobre-por-se. Há uma situação consumada, uma família, filhos... Um novo caminho a envolver responsabili-dades assumidas. 7 - Isso não os fará Infelizes? Acaso seriam felizes unindo-se a partir de um lar desfeito na retaguarda? A felicidade está muito mais subordinada ao cum-primento de nossos deveres que à satisfação de nos-sos desejos, ainda que, em princípio, não tomemos consciência disso. 8 - Com o planejamento espiritual não cumprido terão perdido a existência? Absolutamente. Houve apenas uma mudança de planos, a partir de sua pró-pria iniciativa. Sua existência será produtiva e feliz se cumprirem seus deveres, deixando de alimentar fantasias em torno de uma ligação que agora é inde-sejável. E amadurecerão em relação às experiências futuras, cultivando comedimento para evitar que im-pulsos passionais ponham a perder um novo plane-jamento.

Fonte: Não Pise na Bola, Richard Simonetti, Editora O Clarim (4ª edição).