boletim informativo do centro espírita irmao...

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Ano X - Edição 116 - Maio / 2013 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.1 4 Potências da Alma: O Livre-Arbítrio pág.1 1 Artigo: A Depressão e sua Cura pág.9 Artigo: Comerciar com Deus? Nunca pág.17 Evangelização Infantojuvenil pág.15 Kardec Sempre: Ser ou Não Ser pág.1 3 Educação-Senda de Luz: Perante a Criança Mensagem Mediúnica: José Jorge pág.3 pág.6 Obsessão-Estude e Liberte-se: Em Torno da Obsessão pág.7 Personalidade Espírita: Cosme Mariño pág.1 0 Cenas da Vida: A Falsa Mendiga Nesta Edição : Editorial LEITURA E REFLEXÃO Prezado leitor O Clareando está de volta trazendo vários artigos e textos doutrinários sobre os quais devemos refletir. Eis alguns dos temas: A depressão tem cura? Podemos comerciar com Deus? Por que existem sofrimentos coletivos? Algum dia a Terra ficará livre da crueldade dos homens? Vale a pena nos desgastarmos pela posse do ouro? Os animais possuem inteligência? Refletem? Sabendo que o livre-arbítrio é uma potência da alma, como usá-lo a favor da nossa elevação espiritual? Por que a obsessão vai grassando na Terra? Como libertar-se desse domínio malfazejo? As penas eternas são condizentes com a justiça de Deus? Qual o valor do trabalho em nossa vida? Tudo isso e muito mais você encontrará nesta edição. Que você faça boa leitura e reflexão. Deus abençoe nossa caminhada e Jesus nos ampare. Paz em nosso coração.

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Ano X - Edição 116 - Maio / 2013

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.14

Potências da Alma:O Livre-Arbítrio

pág.1 1

Artigo:A Depressão e sua Curapág.9

Artigo: Comerciar com Deus? Nunca

pág.17Evangelização Infantojuvenil

pág.15

Kardec Sempre:Ser ou Não Ser

pág.13

Educação-Senda de Luz:Perante a Criança

Mensagem Mediúnica:José Jorgepág.3

pág.6Obsessão-Estude e Liberte-se:Em Torno da Obsessão

pág.7Personalidade Espírita: Cosme Mariño

pág.10Cenas da Vida:A Falsa Mendiga

Nesta Edição :

Editorial

Leitura e refLexãoPrezado leitor

O Clareando está de volta trazendo vários artigos e textos doutrinários sobre os quais devemos refletir. Eis alguns dos temas: A depressão tem cura? Podemos comerciar com Deus? Por que existem sofrimentos

coletivos? Algum dia a Terra ficará livre da crueldade dos homens? Vale a pena nos desgastarmos pela posse do ouro? Os animais possuem inteligência? Refletem? Sabendo que o livre-arbítrio é uma potência da alma, como usá-lo a favor da nossa elevação espiritual? Por que a obsessão vai grassando na Terra? Como libertar-se desse domínio malfazejo? As penas eternas são condizentes com a justiça de Deus? Qual o valor do trabalho em nossa vida?

Tudo isso e muito mais você encontrará nesta edição. Que você faça boa leitura e reflexão.

Deus abençoe nossa caminhada e Jesus nos ampare.Paz em nosso coração.

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Clareando / Ano X / Edição 116 / Maio . 2013 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Clareando as ideias com Kardec

Cr ue L da dePode-se vincular o sentimento de crueldade ao instinto de destruição?

“É o instinto de destruição no que ele tem de pior, pois, se a destruição, algumas vezes, constitui uma necessidade, a crueldade nunca o é; ela é sempre o resultado de uma natureza má.”

A sociedade dos homens de bem será, um dia, expurgada dos seres malfazejos?

“A Humanidade progride; esses homens dominados pelo instinto do mal e que se encontram deslocados, entre as pessoas de bem, desaparecerão, pouco a pouco, como o mau grão se separa do bom, quando este é joeirado, mas, para renascer, com outro en-voltório; e, como terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e o mal. Tens disso um exemplo nas plantas e nos animais, cuja arte de aperfeiçoar o homem tem encontrado, neles desenvolvendo qualidades novas. Pois bem! Só após várias gerações, é que o aperfeiçoamento se torna completo. É a imagem das diferentes existências do homem.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Parte 3ª, Capítulo VI, Questões 752 e 756, Editora Léon Denis.

Não vos CaNseis peLa posse do ouro“Não vos canseis pela posse do ouro ou da prata, ou de qualquer outra moeda em vossa bolsa. Não prepareis nem um saco

para o caminho, nem duas vestimentas, nem calçados, nem cajados, porque aquele que trabalha merece ser alimentado.”

“Em qualquer cidade ou em qualquer aldeia que entrardes, informai-vos sobre quem é digno de vos hospedar, e ficai na casa dele até que vos retireis. Ao entrar na casa, saudai-a, dizendo: ‘Que a paz esteja nesta casa.’ Se essa casa for digna disso, vossa paz virá sobre ela; se não for, a vossa paz voltará para vós. Quando alguém não vos queira receber, nem ouvir vossas palavras, ao sairdes dessa casa, ou dessa cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Em verdade vos digo, no dia do julgamento, Sodoma128 e Gomorra serão tratadas com menos rigor do que essa cidade.” (Mateus, X: 9 a 15.)

Essas palavras, que Jesus dirigiu aos seus apóstolos, quando os enviou, pela primeira vez, a anunciar a Boa Nova, nada tinham de estranho naquela época; estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajante sempre era recebido na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Na atualidade, o aumento das viagens criou novos costumes; e só nas regiões distantes, que o grande movimento de viajantes ainda não atingiu, é que encontramos os hábitos dos tempos antigos. Se Jesus voltasse hoje à Terra, não poderia mais dizer aos seus apóstolos: colocai-vos a caminho sem provisões. Juntamente com o seu sentido próprio, essas palavras têm um sentido moral muito profundo. Com elas Jesus ensinava aos seus discí-pulos que confiassem na Providência; depois, eles nada tendo, não podiam despertar a cobiça naqueles que os recebessem. Era um meio pelo qual se distinguiriam os caridosos dos egoístas; por isso ele lhes disse: “Informai-vos sobre quem é digno de vos hospedar”, isto é, quem é bastante humano para abrigar o viajante que não tem com que pagar sua hospedagem, porque esses são dignos de ouvir as vossas palavras; é pela caridade deles que os reco-nhecereis. Quanto àqueles que não quisessem recebê-los, nem ouvi-los, Jesus disse aos seus apóstolos que os amaldiçoassem, que se impusessem a eles, que usassem de violência e de constrangimentos para os converter? Não; disse-lhes que se retirassem, pura e simplesmente, e fossem a outros lugares, procurar pessoas de boa vontade. Assim diz o Espiritismo atualmente aos seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; não forceis ninguém a deixar sua crença para adotar a vossa; não amaldiçoeis os que não pensam como vós; acolhei aqueles que vierem a vós e deixai em paz os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora o céu era tomado pela violência, hoje o é pela brandura. (Ver cap. IV, itens 10 e 11.)

(128) Sodoma: antiga cidade da Palestina, situada próxima ao Mar Morto, era célebre por sua riqueza. Foi destruída, juntamente com Gomorra, Seboim e Adoma, segundo a Bíblia, pelo fogo do céu, por causa da depravação e imoralidade dos seus habitantes, os sodomitas. (N.T.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXV, itens 9 a 11

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Mensagem Mediúnica

Encontros Espíritas

LocaL: centro espírita irmão cLarêncio

Em Maio23° encontro espírita sobre medicina espirituaL

seção - atuaLidades

tema: características de um pLaneta de regeneração

dia-05/05/2013Hora- 8:30 às 13:00

23° encontro espírita sobre a Vida e obra de eurípedes barsanuLfo

tema - eurípedes barsanuLfo: o comportamento do espírita perante as obras cristãs sociais e espíritas e o compromisso com as Leis diVinas.dia-26/05/2013Hora- 8:30 às 13:00

20° encontro espírita sobre mediunidade

tema - o médium e a diVuLgação da doutrina espírita

dia - 23/06/2013Hora - 8:30 às 13:00

Em Junho

“O Espiritismo é de ordem divina, pois tem suas bases assentadas nas próprias leis da Natureza, e crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil.” (E.S.E. cap. I: 10).

E stávamos aqui escutando atentamente as palavras proferidas pela nossa irmã e refletindo em torno da importância que devemos dar à nossa participação junto a uma Casa Espírita, à nossa participação nas tarefas que abraçamos dentro da Instituição que consagramos e elegemos como a Casa do nosso coração.

Quando encarnado, nas minhas andanças por este Brasil afora, era muito comum sermos convidados a falar nessas datas festivas, come-morativas do aniversário de fundação de uma Instituição e sempre fazíamos isso com grande alegria em nossa alma, porque, ao chegarmos para proferir as chamadas palestras em torno de um evento assim tão importante na Casa Espírita, ouvíamos dos companheiros, dos confrades, dos trabalhadores da Casa, as histórias que relembravam, como fez a nossa irmã, a fundação dos primeiros passos dados para a criação da Casa Espírita.

E percebemos que todas elas tiveram início num clima de muitas dificuldades. São raríssimas as Casas — que poderíamos afirmar — que começaram já praticamente montadas com plenas condições de funcionamento, de abrigo aos encarnados e desencarnados que ali pudessem buscar o socorro espiritual adequado às suas necessidades e aflições.

Em geral eram grupos pequenos; mas — é importante ressaltar — existiam nesses corações a fé positiva, a esperança, a certeza, a confiança no poder de Deus que, sem dúvida, estaria se manifestando através dos bons espíritos, ajudando esses grupos de encarnados — pequeninos na maioria das vezes — a darem conta dessa programação que seria desenvolvida pelos anos afora.

Reafirmo que a minha alma também está plena de alegrias por ver que os esforços desenvolvidos estão aí mostrando os frutos saborosos que merecem ser colhidos por todos; não apenas por aqueles que começaram, que deram início ao projeto, que desenvolveram a programação inicial das atividades da nossa Casa Espírita, pois, todos aqueles que posteriormente se aproximaram desta Casa, desta Instituição Espírita, todos trou-xeram alguma contribuição através da prece, da palavra estimulante, do agradecimento sincero, da gratidão que emanava em vibrações poderosas de suas almas pelos benefícios recebidos.

Então é preciso ressaltar que a Casa hoje é o que é pela dedicação de muitos; que começou num pequenino núcleo, mas que este pequenino núcleo também soube conviver com o crescimento ordenado, disciplinado à luz desta Doutrina abençoada em nossas vidas.

E aqui estamos, então, trazendo o nosso abraço amigo, de um velho companheiro trabalhador da Seara Espírita que aqui está participando alegre-mente por estar percebendo que a união de tantos corações está favorecendo o desdobramento dos projetos um dia traçados no plano espiritual.

Não há acaso e todos vós que aqui estais reunidos, todos vós, tendes compromissos com esse projeto, com essa Casa.Portanto, prossegui, não desanimeis, deixai que a fé positiva, que a esperança, que a confiança, cada vez mais cresçam em vossos corações;

que realmente seja através deste processo que possais desenvolver, crescer, cada vez mais aprimorar as vossas faculdades mediúnicas, as vossas possibilidades no campo da divulgação doutrinária, porque é preciso divulgar cada vez mais — realmente com muita certeza e confiança na força do bem -— esta doutrina abençoada que nos traz lições que estão pouco a pouco nos recuperando de um passado sombrio e nos dando a oportunidade do conhecimento e da experiência adquiridos na Casa para compartilhar, dividir com tantos que aqui batem à porta, para que eles também, por sua vez, sintam renascer em suas almas, em seus corações, a força da fé, da esperança e da confiança em Deus.

Um grande abraço a todos do velho amigo

José Jorge

(Mensagem psicofônica, recebida no CEIC, pelo médium Joaquim Couto, em 12 de abril de 2013 pelos 18 anos do Centro Espírita Irmão Clarêncio).

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Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / E a vida continua...).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Nas Telas do Infinito).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

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Mensagem Mediúnica

Reflexão

E ste capítulo do Evangelho estudado na noite de hoje nos leva a refletir em torno da importância dos nossos pensamentos e dos nossos desejos, porque é através deles que vamos construindo ao nosso redor um campo

de forças que poderá propiciar a presença — pela atração por afinidade e simpatia — dos bons Espíritos ou daqueles espíritos que ainda se encontram equivocados no plano espiritual.

O estudo nos leva a refletir dessa forma porque: quantas vezes, através do pensa-mento e do desejo, atraímos companhias que permanecem ao nosso lado, de certa forma realimentando um processo que fatalmente nos conduzirá ao desequilíbrio e à enfermidade?

Aos que se sintam fracos, aos que se sintam impotentes para reverter tal situação em suas vidas, dizemos: compareçam à Casa; procurem estudar; procurem adqui-rir os conhecimentos necessários, mas, acima de tudo, busquem, no apoio que a casa possa oferecer, os recursos de sustentação e renovação para que possam ter a vontade e a fé realimentadas; para que possam, tornando-se mais fortes, resistirem às influências dos falsos cristos e dos falsos profetas. Com o conhecimento advindo da instrução terão condições mais adequadas para analisarem aquilo que chegar às mentes e aos corações de vocês.

Sempre, sempre trazendo como modelo máximo em suas vidas o Cristo Jesus.Muita Paz a todos os corações aqui reunidos.O amigo Fernando

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC em 27 de março de 2013)

“Repeli impiedosamente todos esses espíritos que se apresentam como conselheiros exclusivos, pregando a divisão e o isolamento.” (E.S.E. - Cap. XXI: 10).

Evita sempre:

Efetuar cobranças a alguém pelos favores que lhe tenhas feito;Recordar as experiências negativas a quem esteja lutando para esquecê-las; Trazer à baila assunto que saibas não ser do agrado de teu interlocutor; Mencionar episódios, nos quais tenhas sido prejudicado por pessoa das ligações afetivas daquele que te escuta;Promover comparações que depreciem seja a quem for;Ainda que indiretamente, agredir, na conversa, quem se põe a dialogar contigo; Mostrar-te em situação favorável, com a simples intenção de revide a esse ou àquele;Afrontar com a tua alegria os que atravessam provações...Sempre que puderes, evita gabar-se da situação em que te encontras. Porque a mesma mão que tudo te concedeu pode, num piscar de olhos, tudo subtrair-te, até que aprendas a ser e a ter sem humilhar ninguém.irmão José

Fonte: Amor e Sabedoria, psicografia de Carlos A. Baccelli

Num pisCar de oLhos

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Data : 02 / 06 / 2013

Festa Junina

Espiritismo e Ciência

estudo sobre as faCuLdades morais e iNteLeCtuais dos aNimais

Podemos estabelecer, como princípio, a impossibilidade de conhecer os fenômenos psíquicos ocorrentes no

íntimo do indivíduo por forma outra que não observando as manifestações exterio-res de sua atividade. Se ele executar atos inteligentes, concluiremos que possui uma inteligência; se tais atos forem da mesma índole dos que observamos nos homens, deduziremos que essa inteligência é similar à da alma humana, de vez que, na criação, somente a alma é dotada de inteligência.

Ora, como os animais possuem, não ape-nas a inteligência, mas, também, o instinto e a sensibilidade; e considerando o axioma que diz que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente; assim como a grandeza do efeito é diretamente proporcional a po-tência da causa, temos o direito de concluir que a alma animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada no desen-volvimento gradativo.

Frequentemente, falando-se de inteligência animal, corre-se o risco de não ser compre-endido. Algumas pessoas figuram-se que, para demonstrar a existência de faculdades intelectuais ou morais da espécie animal, im-porta estabelecer que os animais possuam, sensivelmente, memória, discernimento, etc., no mesmo grau que possuímos, o que, aliás é impossível, tão certo como ser o seu organismo inferior ao nosso.

Outros imaginam que admitir tal princípio equivale a rebaixar a dignidade humana.

Nós, entretanto, não vemos o que perder com esse paralelo, só a nós favorável, pois é

incontestável que um dado animal não pôde, nem poderá jamais encontrar a lei das proporções definidas, ou escrever O Sonho duma noite de verão.

Trata-se, simplesmente, de assentar que, se o homem é mais desenvolvido que o animal, nem por isso deixa de ser uma verdade que a sua natureza pensante é da mesma ordem, em nada difere essencialmente e sim, apenas, em grau de manifestação.

Eis algumas narrativas de molde a eviden-ciar algumas faculdades dos animais, tais como: atenção, julgamento, raciocínio, as-sociação de ideias, memória, imaginação.

inteLigência e refLexão

Certa feita um abegão, através da sua ja-nela, lobriga de madrugada uma raposa a conduzir o ganso apressado. Chegando rente

“A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra, as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se”. (ESE, capítulo I, item 8)

ao muro, alto, de 1m20, a raposa tentou de um salto transpô-lo, sem largar a presa. Não o conseguiu, porém, e veio ao chão, para insistir ainda em três tentativas inú-teis. Depois, ei-la assentada, a fitar e como que a medir o muro. Tomou, então, o par-tido de segurar o ganso pela cabeça, e, levantando-se de encontro ao muro, com as patas dianteiras, tão alto quanto possível, enfiou o bico do ganso numa frincha do muro. Saltando após ao cimo deste, debru-çou-se jeitosamente até retomar a presa e atirá-la para o outro lado, não lhe restando, então, mais que saltar por sua vez, seguindo o seu caminho.

Que os animais refletem antes de tomar decisão é o que acabamos de verificar com esta nossa raposa. Como este, outros casos análogos poderíamos citar. Mas, neles, a ação é muito mais demorada que em nós. Vejamos: Um urso do Jardim Zoológico de Viena, querendo colher um pedaço de pão que flutuava fora da jaula, teve a ideia engenhosa de revolver a água com a pata e formar uma corrente artificial.

Flourens conta que, por serem assaz numerosos os ursos do Jardim das Plan-tas, resolvera-se eliminar dois deles.

Com tal intuito, lançaram-lhes bolos envenenados com ácido prússico, mas eis que eles, apenas cheiraram o alimento letal, puseram-se em fuga. Ninguém os suporia capazes de regressar e, contudo, atraídos pela guloseima, ei-los agora a empurrar os bolos com as patas para a bacia do fosso, onde os remexiam. De-pois, farejavam atentos e, à medida que o tóxico evaporava, apressava-se a comê-los. Tal sagacidade valeu-lhes a vida, fo-ram perdoados.

Um elefante esforçava-se, debalde, para captar uma moeda junto da muralha, quando, de súbito, pôs-se a soprar e, com isso fez deslocar -se e rolar a moeda até o ponto em que ele se encontrava, conse-guindo-o admiravelmente.

Erasmus Darwin atesta-nos estes dois fatos:

Certa vespa dispunha-se a transportar a carcaça da mosca, quando notou que as asas ainda presas à mesma carcaça lhe di-ficultavam o voo. Que fez, então, nossa vespa? Pousou, cortou as asas da mosca e liderou-se mais facilmente com o despojo.

Um canguru, perseguido pelo cão, prestes lançou-se ao mar, e aí, sempre

acossado de perto, avançou na água até que só a cabeça emergisse. Isso feito, aguardou o ini-migo que nadava ao seu encontro, agarrou-o, mergulhou-o, e tê-lo-ia infalivelmente afoga-do, se o dono não acudisse a socorrê-lo.

Citaremos, ainda, um traço curioso da inte-ligência de um macaco.

Eu estava assentado com a família junto da lareira — diz Torrebianca —, enquanto os

criados assavam na cinza as castanhas.Um macaco de grande estimação por suas

diabruras lá estava a cobiçá-las, impaciente, e, não vendo como pescá-las sem queimar-se, ei-lo que se atira a um gato sonolento, comprime-o vigorosamente contra o peito e, agarrando -lhe uma das patas, dela se serve, à guisa de bastão, para tirar as castanhas do borralho comburente.

Aos miados desesperados do bichano, todos acorrem, enquanto algoz e vítima debandam, um com o seu furto, outro com a pata, queimada.

O curioso, acrescenta Gratiolet, é que, dian-te disso, o Br. Torrebianca concluiu que os ani-mais não raciocinam.

“Confesso — diz o espiritualista e religioso Agassiz — que não saberia como diferençar as faculdades mentais de uma criança das de um chimpanzé.”

Fonte: A Evolução Anímica, Gabriel Delanne, Capítulo II-Editora FEB

obs.: Daremos continuidade ao tema no Boletim de Agosto /2013

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Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

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Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

maio - dia 17 / 6ª FeiraHorário - 19:00LocaL - Centro Espírita Irmão Clarêncioestudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

ConviteVenha estudar conoscoa Vida e as obras de

Yvonne A. PereiraProcure a Secretaria de Cursos

para informações

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

Obsessão - Estude e Liberte-se

depoimeNto de YvoNNe pereira sobre sua CorrespoNdêNCia em esperaNto

M eu trabalho de correspondência expandiu-se ainda através do idioma universal — o esperanto. Fui esperantista sincera e trabalhei por sua propaganda, segundo minhas possibilidades, ou seja, através da própria

mediunidade. Estudei essa admirável língua sem, contudo, dedicar-me a ela devida-mente, pois minhas tarefas mediúnicas não me permitiam realizar um curso completo da mesma. Não obstante, correspondi-me com um esperantista da Polônia — alma dedicada, a quem muito me afeiçoei — e com outro da Tchecoslováquia. E como o espírita jamais perde tempo em tratar dos “negócios do Senhor”, através dessas cartas consegui harmonizar o lar conjugal do primeiro, prestes a se desbaratar, e solidificar a crença espírita do segundo, orientando-o no assunto, enviando-lhe livros de Allan Kardec em Esperanto e até mesmo ensinando-o a realizar o “Culto do Evangelho no Lar”, em Esperanto, pois esse irmão, de 65 anos de idade, e que fora materialista até então, agora sentia necessidade de se voltar para Deus, mas só desejava fazê-lo através do Evangelho e do Espiritismo. A ambos esses amigos dediquei um afeto todo especial, como de reminiscências do passado espiritual, o que muito confortou o meu coração.

Fonte: À Luz do Consolador, Yvonne A. Pereira, Dados Biográficos, Item 10 – Editora FEB.

O êxito do pensamento positivo depende do trabalho positivo.

O projeto de edifício importante reu-nirá planos magníficos, hauridos nas mais avançadas práticas da Civilização; no entanto, para que se concretize, re-clama o emprego de material adequado, a fim de que a obra não se transfigure em joguete de forças destrutivas.

Numa construção de cimento armado, ninguém se lembrará de colocar varas de madeira em lugar das estruturas de ferro e nem de substituir a pedra britada por taipa de mão.Para que o trabalho se de-fina dentro das linhas determinadas, as substâncias devem estar nas condições certas e nas posições justas.

Idênticos princípios regem o plano da alma.

Se aspirarmos ao erguimento de rea-lizações que nos respondam ao elevado gabarito dos ideais, é forçoso selecionar os ingredientes que nos constituem a vida íntima,cultivando o bem nas me-nores manifestações. Qualquer ação oposta comprometerá a estabilidade da organização que pretendamos efetuar.

em torNo da obsessãoÀ vista disso, cogitemos de sanear

emoções, ideias, palavras, atitudes e atos, por mínimos que sejam.

Todos nos referimos ao perigo dos agentes do mal que nos ameaçam; no en-tanto, os agentes do mal apenas dominam onde lhes favoreçamos a intromissão. E a intromissão deles, via de regra, se ve-rifica principiando pela imprudência da brecha...

Hoje, uma queixa; amanhã, um mo-mento de azedume; cedo, uma discussão temerária; mais tarde, uma crise de an-gústia perfeitamente removível através do serviço; agora, um comentário deprimen-te; depois, um minuto de irritação; e, por fim, a enfermidade, a delinquência, a per-turbação, e, às vezes, a morte prematura.

O desastre grande, quase sempre, é a soma dos cuidados pequenos. Estejamos convencidos de que nos processos de ob-sessão, acontece também assim.Fonte: Estude e Viva, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição23 – Editora FEB

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Personalidade Espírita

Nascido em Buenos Aires, Repú-blica Argentina, no dia 27 de setembro de 1847, e desencar-

nado no dia 18 de agosto de 1927, tendo sido um dos mais destacados propagado-res espíritas naquela nação.

Seus pais foram comerciantes modes-tos e honrado; foi educado dentro dos princípios da igreja católica e se sentiu atraído para o sacerdócio, no qual vis-lumbrou a possibilidade de exercer a sua propensão inata de servidor da Hu-manidade.

Fez o curso superior de teologia, convencendo-se logo após de que a sua vocação não estava circunscrita aos es-treitos dogmas da religião dominante. Abandonou, portanto, a carreira ini-ciada e ingressou na Faculdade de Di-reito, tendo em seguida interrompido também esse curso para entrar na car-reira jornalística, onde junto com José C. Paz fundou o grande diário porte-nho “La Prensa”, do qual foi diretor em 1896. Em 1871, tomou parte ativa na heróica “Comissão Popular”, constituída com o objetivo nobilitante de comba-ter a epidemia de febre amarela que flagelava os seus concidadãos, e embora tivesse sido contaminado pelo mal, conse-guiu restabelecer-se, tendo posteriormente merecido do povo de Buenos Aires a con-decoração da Cruz de Ferro e a impressão de 5.000 retratos com a inscrição: “O povo a Cosme Mariño - Epidemia de 1871”. No evento a Municipalidade de Buenos Aires também lhe outorgou oficialmente a medalha de ouro, como prêmio aos seus nobres serviços.

Em 1872, Mariño dedicou-se de corpo e alma no afã de promover o Comitê de Ajuda ao Chile, durante a epidemia de varíola. Na qualidade de secretário desse comitê teve o ensejo de, juntamente com outros abnegados, enviar meio milhão de pesos, arrecadados em subscrição pública. A Municipalidade de Santiago do Chile também lhe conferiu uma me-dalha de ouro como gratidão pela sua generosidade.

Foi cosme mariño fundador da Socie-dade Protetora de Inválidos, conseguindo, graças à sua incessante atividade, construir o Edifício dos Inválidos. Transferindo sua residência para a cidade de Dolores, na

Cosme mariño: o KardeC argeNtiNoprovíncia de Buenos Aires, no ano de 1874 foi designado membro honorário da Comissão de Justiça, membro titu-lar do Conselho Escolar e Presidente da Comissão do Hospital de Dolores.

Nessa cidade teve o apóstolo a opor-tunidade de assistir a algumas sessões espíritas, convertendo-se a essa Dou-trina. Daí por diante, revelou-se um verdadeiro paladino da Terceira Revela-ção. Em 1879 ingressou nos quadros da “Sociedad Constância”, tendo em 1881 tomado parte em sua direção. Em 1882 tornou-se diretor da revista “Constân-cia”, pioneira dos periódicos espíritas na Argentina. Em 1883 foi eleito presi-dente dessa instituição, desenvolvendo ali vasto programa de atividade.

No desempenho de sua tarefa jornalís-tica viu-se obrigado a sustentar acirradas polêmicas com alguns clérigos que viam no Espiritismo um constante obstáculo à manutenção do domínio da fé cega, e também com alguns cientistas que viam no Espiritismo tão somente loucura, fraude e sugestão.

Alguns jesuítas que publicaram artigos e opúsculos contrários ao Espiritismo, mereceram de Mariño a mais ampla refutação, que pulverizou todas as argu-mentações.

No dia 3 de abril de 1892, foi vítima de um atentado por parte de uma fanática de nome Dolores González, que lhe dispa-rou um tiro. Felizmente o fato não teve maiores consequências.

A vida desse singular personagem foi toda ela entrecortada de gestos nobres e altruísticos, e não cabe nesta ligeira sú-mula biográfica enumerar todos os fatos ocorridos em sua existência, contudo, de-vemos acrescentar que cosme mariño foi autor brilhante, tendo escrito vários livros; foi inspirador de várias campa-nhas, destacando-se uma em favor da aquisição de livros espíritas para serem revendidos a menor custo; outra em favor do reconhecimento da Sociedade “Constância” como personalidade jurí-dica; e mais as seguintes: formação de uma comissão permanente para auxílios funerários a indigentes, preparação de enfermeiros através de cursos adequados, fundação da Confederação Espiritis-ta Argentina, para cuja concretização

colaborou intensamente Antônio Ugar-te e outros, organização da Sociedade Protetora da Criança Desvalida; ação em favor da abolição da pena de morte na Argentina, campanha contra os falsos médiuns e exploradores do Espiritismo, e finalmente, em 1925, a inauguração do “Asilo 1º Centenário”.

Foi justamente cognominado “Kardec argentino”, pois ele representa para os espíritas platinos o mesmo que Bezerra de Menezes representa para o Brasil, e o mes-mo que a tríade “Kardec-Denis-Delanne” representa para a França.

Em outubro de 1947, escrevia Ismael Gomes Braga sobre cosme mariño:

“A luta contra os preconceitos materia-listas e o fanatismo religioso somente pode ser levada a bom término por Espíritos muito superiores à massa humana que habita nosso planeta. O missionário que se encarna para defender uma idéia nova contra erros arraigados durante milênios, para forçar a Humanidade a dar um passo mais no caminho do progresso, não pode ser um espírito comum, porque fa-lharia antes do fim da jornada, espantado pelos ataques de toda classe de adversários que surgem das trevas, furiosos, defenden-do suas tradições, que julgam sagradas e seus interesses, que consideram divinos.

A luta do missionário argentino foi mais prolongada e mais violenta que a de Kardec, que trabalhou pelo Espiritismo durante 14 anos, mas Cosme mariño teve que lutar meio século para conquistar e consolidar as posições que nos legou. Foi agredido não somente por palavra e por escrito, senão também por arma de fogo: uma fanática religiosa tentou assassiná-lo a tiros; sem embargo, nada o fez desanimar, nada o intimidou, porque foi um grande Mis-sionário consciente do seu poder, certo do valor imenso da ideia que defendia com risco da própria vida. A superioridade de Cosme mariño se revelava em toda sua vida e lhe conferia um prestígio social que lhe dava autoridade para predicar essa grande revolução espiritual que é o Espi-ritismo.”Fonte: Os Grandes Vultos do Espiritismo.Autor: Paulo Alves Godoy.

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Dia : 05 / 05 / 2013 - 16 horasCulto no Lar de Percilia W. Machado

Atividades Doutrinárias

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Allan Kardec

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

a doutriNa das peNas eterNas fez sua époCa

A crença na eternidade das penas materiais manteve-se como um receio salutar até que os homens estivessem em condições de compreender o poder moral. Assim são as crianças que se consegue re-primir durante um tempo pela ameaça de certos seres quiméricos com a ajuda dos quais as amedrontamos; porém, chega um momento em que a razão da criança, por si mesma, não aceita os contos com os quais foi embalada, e seria absurdo pre-tender governá-las pelos mesmos meios. Se aqueles que as dirigem persistissem em lhes afirmar que essas fábulas são verdades que é preciso considerar ao pé da letra, eles perderiam sua confiança.

Assim acontece hoje em dia com a humanidade; ela saiu da infância e abandonou suas andadeiras.(87) O ho-mem não é mais esse instrumento passivo que cedia sob a força material, nem esse ser crédulo que aceitava tudo de olhos fechados.

Eis por que, quando o seu espírito atingiu certo desenvolvimento, ele re-cusa a crença nas penas eternas como incompatível com a ideia maior que ele faz da Divindade, e as noções mais exa-tas que tem do justo e do injusto. Todos os argumentos do mundo não poderiam vencer a evidência; persistir, nesse caso, é um erro, porque é comprometer sua própria autoridade.

A crença é um ato do entendimento, por isso ela não pode ser imposta. Se, durante certo período da humanidade, o dogma da eternidade das penas pôde ser inofensivo e até mesmo salutar, che-gou um momento em que ele se tornou perigoso. Realmente, desde o instante em que vós o impondes como verdade absoluta, quando a razão o repele, daí resulta logicamente uma destas duas coisas: ou o homem que deseja crer torna-se um crente mais racional, e en-tão ele se separa de vós, ou então não crê absolutamente em nada. É evidente, para todo aquele que tenha estudado a

questão a sangue frio, que, nos dias atu-ais, o dogma da eternidade das penas tem feito mais materialistas e ateus do que todos os filósofos.

As ideias seguem um curso incessante-mente progressivo; só se pode governar os homens seguindo esse curso; querer pará-lo ou fazê-lo retroceder, ou sim-plesmente ficar para trás, enquanto ele avança, é se perder. Seguir ou não se-guir esse movimento é uma questão de vida ou de morte, para as religiões bem como para os governos. É um bem? É um mal? Certamente é um mal aos olhos daqueles que vivendo no passado veem esse passado lhes escapar; porém, para aqueles que veem o futuro é a lei do progresso, que é uma lei de Deus, e contra as leis de Deus toda resistência é inútil; lutar contra a vontade de Deus é querer destruir-se.

Por que, portanto, querer sustentar à viva força uma crença que cai em desuso, e que definitivamente faz mais mal do que bem à religião? Ai de mim! É triste dizê-lo, mas uma questão material domina aqui a questão religiosa. Essa crença foi larga-mente explorada com a ajuda da ideia de que com dinheiro podia-se fazer abrir as portas do céu, e preservar-se do inferno. As quantias que ela rendeu, e que ainda rende, são incalculáveis; é o imposto antecipado sobre o medo da eternidade. Esse imposto sendo facultativo, o ren-dimento é proporcional à crença; se a crença não existe, o rendimento torna-se nulo. A criança dá, de boa vontade, o seu pedaço de bolo àquele que lhe promete caçar o lobisomem; porém, quando a criança não acredita mais em lobisomem, ela guarda o seu bolo.

(87) Andadeiras: faixas de pano com que se cinge a criança por sob as axilas, e às quais se prendem cordões ou fitas, em que alguém pega para ensiná-la a andar. (N.T., segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.)

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 1ª Parte, Capítulo VII, Itens 18 e 19, Edições Léon Denis.

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Artigo

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É grande a quantidade de criaturas que, nos dias de hoje, encontram-se em profunda depressão, vegetando

em campos de tristeza, de angústia e de vários sofrimentos, pelas quais, às vezes, sentimos pena sem poder ajudá-las. Digo, sem poder ajudá-las, pois não aceitam qualquer tipo de auxílio em seu benefício.

Entre os fatores que forçam a criatura a inclinar-se diante da depressão, destaca-se, em primeiro lugar, o pessimismo. São criaturas que vivem envolvidas constantemente por pensamentos negativos, de teor lúgubre e cheios de augúrios pessimistas. Em vão a Natureza lhes demonstra o contrário, indicando o Rumo certo a seguir; em vão os amigos lutam para animá-los, sugerindo-lhes a realidade; ainda assim, insistem em permanecer nas suas ideias de pessimismo e nos seus pontos de vista absurdos.

Ai daqueles com quem convivem, pois são obrigados a absorver todo o tipo de formas-pensamento emitidas por eles que, por sua vez, se contaminam com tais formas e os obrigam a pensar na mesma maneira.

De nada vale mostrar-lhes um céu azul, pois, em segundos, eles o transformam em céu nublado com iminência de trovoadas e chuvas; eles não veem o mar calmo, pois daqui a pouco esse mar será agitado pelos ventos fortes e suas ondas perigosas; na presença de flores perfumadas, dizem eles que sua duração é bem curta, pois logo murcham e que seus perfumes são desagradáveis. Nestas condições é muito difícil ter saúde, porque suas mentes são continuamente ligadas a estações cuja frequência transmite sempre anúncios nefastos e pessimistas. Nas telas mentais dessas criaturas aparecem somente imagens de teor baixo, que os força a expressarem-se com palavras análogas como: mofo, escuro, podre, cheiro ruim, não presta, detestável, insuportável etc.

Tais criaturas geralmente são egoístas, sem o perceber; às vezes elas se consideram virtuosas e chegam ao ponto de se acharem humildes.

Ultimamente os estudiosos do assunto descobriram que o pessimismo é uma

a d e p r e s s ã o e s u a C u r adoença orgânica, dentro da qual foi localizado um vírus específico. Tal informação, vinda dos Estados Unidos e publicada em vários jornais do mundo, alguns anos atrás, revolucionou o modo de ver e de pensar da medicina tradicional, abrindo, dessa maneira, novos campos de estudo e de comportamento para com os pessimistas depressivos.

Não duvidamos disso; aliás, raciocinando bem, achamos muito lógico e consequente, pois um ser humano, que pensa continuamente e vibra num sentido negativo, atua forçosamente sobre suas células, alterando sua vibração normal para uma idêntica anormal; assim sendo, caindo a vibração celular na sua referência, enfraquece, adoece, inflama, quando então, torna-se fácil à infiltração do vírus que nela encosta, invade, instala-se e prolifera. Desliza o ser humano do pessimismo para a depressão que, dependendo da gravidade do caso, sem o perceber, pode entrar em labirintos escuros e perigosos, que podem conduzi-lo a optar pelo suicídio.

Observando e analisando bem o rosto triste destas criaturas, notaremos algo diferente que, traduzido na linguagem terrena, quer dizer: rosto sofrido, esmagados pelas contínuas decepções, sem intervalo de descanso, e que receberam tantas punhaladas de ingratidão, a ponto de se entregarem aos braços da Depressão, posição esta completamente errada. Acham eles que a vida é assim e deve ser para todos, pois eles são infelizes e os outros devem ser também. Não compreendem, ou não querem aceitar, a existência de Leis Espirituais que regem o Universo e seus habitantes.

A depressão pode chegar ao extremo, com riscos de perderem completamente o controle sobre si mesmos, pois, não achando nenhuma graça na vida, optam pelo próprio extermínio, através do suicídio. Sabemos que tal atitude não é solução dos problemas, mas sim, um agravamento da situação caótica em que se vive consequências de tamanho imprevisível. Antes do suicídio, o peso que carregava era de quarenta quilos e tal peso o sufocava; agora, depois do

suicídio, o peso dobrou ou multiplicou-se, conforme o caso; como conseguirá suportá-lo?

A única solução que a criatura depressiva tem, e que pode conduzi-la à cura definitiva, consiste em partir do princípio racional de que ela é autêntica filha de Deus e que este Deus é seu Pai, que por sua vez é o dono e o Criador do Universo e de tudo que existe sobre este.

Raciocinemos um pouco sobre o caso: se o ser humano, com tantas imperfeições que tem, ainda assim sabe amar, sabe educar e proteger seus filhos, o que diríamos deste Pai, que tudo pode e tudo vê?

Será que somos capazes de compreender a grandeza do Amor perfeito que nutre por nós? Ou, por acaso, O igualamos aos mais imprudentes e irresponsáveis que abandonam seus filhos? Será que ainda não descobrimos a beleza e a riqueza com que nos reveste material e espiritualmente? Quantas e quantas provas patentes de sua Existência e de seu Poder nos deu e ainda duvidamos?

Aqueles que acreditam em Deus e que possuem fé do tamanho de um grão de mostarda — estas criaturas — jamais cairão no precipício da Depressão e isto porque depositam plena confiança no Pai e na sua Justiça.

Assim como a criança deposita confiança nos pais e a eles se entrega, da mesma forma a criatura humana precisa entregar-se ao Pai Poderoso e Justo, com a certeza de que será eternamente protegida e devidamente socorrida em todas as ocasiões e todas as circunstâncias. Caso contrário, a criatura, não tendo onde se apoiar, corre perigo de cair em tristeza e desânimo contínuos, que forçosamente a levarão ao pessimismo e em seguida à Depressão.Fonte: Autodefesa Espiritual.Autor: Stamatios Zannis Philippoussis.Editora: Yangraf Gráfica e Editora - SP.

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Em 2013curso

VaLorização da Vidadia - SábadosHorário - 15:00 às 16:30 LocaL : Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Cenas da Vida

a faLsa meNdiga"Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição.E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas." Hilário Silva (Fonte: Almas em Desfile - Introdução.)

Z ezélia pedia esmolas, havia muitos anos. Não era tão do-ente que não pudesse trabalhar,

produzindo algo de útil, mas não se ani-mava a enfrentar qualquer disciplina de serviço.

— Esmola pelo amor de Deus! — clamava o dia inteiro, dirigindo-se aos transeuntes, sentada à porta de imundo telheiro.

De quando em quando, pessoas amigas, depois de lhe darem um níquel, aconse-lhavam:

— Zezélia, você não poderia plantar algum milho?

— Não posso... — respondia logo.— Zezélia, quem sabe poderia você

beneficiar alguns quilos de café?— Quem sou eu, meu filho? Não te-

nho forças...— Não desejaria lavar roupa e ganhar

algum dinheiro? — indagavam damas bondosas.

— Nem pensar nisto. Não aguento...— Zezélia, vamos vender flores! —

convidavam algumas jovens que se compadeciam dela.

— Não posso andar, minhas filhas!... — exclamava, suspirando.

— E o bordado, Zezélia? — interrogava a vizinha, prestativa — você tem as mãos livres. A agulha é uma boa companheira. Quem sabe poderá ajudar-nos? Receberá compensadora remuneração.

— Não tenho os dedos seguros — in-formava, teimosa — e falta-me suficiente energia... Não posso, minha senhora...

E assim, Zezélia vivia prostrada, sem ânimo, sem alegria.

Afirmava sentir dores por toda parte do corpo. Dava notícias da tosse, da tontei-ra e do resfriado com longas palavras que raras pessoas dispunham de tempo para ouvir. Além das lamentações contínuas, clamava que não bebia café por falta de açúcar, que não almoçara por não dispor de alimentação.

Tanto pediu, chorou e se queixou Zezé-lia que, em certa manhã, foi encontrada morta e a caridade pública enterrou-lhe o corpo com muita piedade.

Todos os vizinhos e conhecidos julgaram que a alma de Zezélia fora diretamente para o Céu; entretanto, não foi assim.

Ela acordou em meio de um campo muito escuro e muito frio.

Achava-se sem ninguém e gritou, aflita, pelo socorro de Deus.

Depois de muito tempo, um anjo apareceu e disse-lhe, bondoso:

— Zezélia, que deseja você?— Ah! — observou, muito vaidosa —

já sou conhecida na Casa Celestial?— Há muito tempo — informou o

emissário, compadecido.A velha começou a chorar e rogou em

pranto:— Tenho sofrido muito!... Quero o

amparo do Alto!...— Mas, ouça! — esclareceu o mensa-

geiro — o auxílio divino é para quem trabalha. Quem não planta, nada tem a colher. Você não cavou a terra, não cui-dou de plantas, não ajudou os animais, não fiou o algodão, não teceu fios, não costurou o pano, não amparou crian-ças, não fez pão, não lavou roupa, não varreu a casa, não cuidou de flores, não tratou nem mesmo de sua saúde e de seu corpo... Como pretende receber as bênçãos de Cima?

A infeliz observou, então:— Nada podia fazer... Eu era mendiga...O anjo, contudo, replicou:— Não, Zezélia! — você não era men-

diga. Você foi simplesmente preguiçosa. Quando aprender a trabalhar, chame por nós e receberá o socorro celeste.

Cerrou-se-lhe aos olhos o horizonte de luz e, às escuras, Zezélia voltou para a Terra, a fim de renovar-se.

Fonte: Alvorada Cristã, Neio Lúcio, psicografia de Francisco Cândido Xavier, lição 25- Editora FEB

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Educação — Senda de Luz

p e r a N t e a C r i a N ç a

Orientação Segura

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita.

Sugestão do mês:aLém do inconsciente

autor: Jayme cerViño

editora feb

V er no coração infantil o esboço da geração próxima, procurando ampará-lo em todas as direções.

Orientação da infância, profilaxia do futuro.

Solidarizar-se com os movimentos que digam respeito à assistência à criança, me-lhorando métodos e ampliando tarefas.

Educar os pequeninos é sublimar a Humanidade.

Colaborar decididamente na recupera-ção das crianças desajustadas e enfermas, pugnando pela diminuição da mortali-dade infantil.

Na meninice corpórea, o Espírito encontra ensejo de renovar as bases da própria vida.

Os pais espíritas podem e devem matri-cular os filhos nas escolas de moral espírita cristã, para que os companheiros recém-encarnados possam iniciar com segurança a nova experiência terrena.

Os pais respondem espiritualmente como cicerones dos que ressurgem no educandário da carne.

Distribuir incessantemente as obras infantis da literatura espírita, de autores encarnados e desencarnados, colabo-rando de modo efetivo na implantação essencial da Verdade Eterna.

O livro edificante vacina a mente infantil contra o mal.

“A Educação consiste na arte de formar os caracteres, incutir hábitos (...). Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável”. (Livro dos Espíritos / Questão 685 / Nota de Kardec)“Só a Educação poderá reformar os homens ”. (Livro dos Espíritos / Questão 796)

Observar quando se deve ou não con-duzir as crianças a reuniões doutrinárias.

A ordem significa artigo de lei para toda idade.

Eximir-se de prometer, às crianças que estudam, quaisquer prêmios ou dádivas como recompensa ou (falso) estímulo pelo êxito que venham a atingir no apro-veitamento escolar, para não viciar-lhes a mente.

A noção de responsabilidade nos deve-res mínimos é o ponto de partida para o cumprimento das grandes obrigações.

Não permitir que as crianças participem de reuniões ou festas que lhes conspurquem os sentimentos, e, em nenhuma oportuni-dade, oferecer-lhes presentes suscetíveis de incentivar-lhes qualquer atitude agressiva ou belicosa, tanto em brinquedos quanto em publicações.

A criança sofre de maneira profunda a influência do meio.

Furtar-se de incrementar o desenvol-vimento de faculdades mediúnicas em crianças, nem lhes permitir a presença em atividades de assistência a desen-carnados, ainda mesmo quando elas apresentem perturbações de origem me-diúnica, circunstância esta em que devem receber auxílio através da oração e do passe magnético.

Somente pouco a pouco o Espírito se vai inteirando das realidades da encarnação.

Em toda a divulgação, certame ou empreendimento doutrinário, não es-quecer a posição singular da educação da infância na Seara do Espiritismo, criando seções e programas dedicados à criança em particular.

Sem boa semente, não há boa colheita.“Deixai vir a mim os meninos, e não os

impeçais, porque deles é o reino de Deus.” — Jesus. (Lucas, 18:16.)

Livro: Conduta Espírita / Lição 21.Espírito: André Luiz .Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

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Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Cine CEIC dia 19 / 05 / 2013

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( domingo )

Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade

Curso de Atualização para todos os Médiuns

maio : dia 25 / SábadoHorário : 16 horasLocaL : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

meNsagem de eurípedes aos evaNgeLizadores

A paz seja com todos aqui reu-nidos, nesta hora tão propícia,

em que temos o ensejo de dirigir, de maneira direta, a nossa palavra aos nossos queridos amigos.

Oh! Que alegria, que prazer, que contentamento imenso experimenta-mos por esta situação feliz!

Amigos queridos, familiares, com-panheiros em crença, aqui estamos presentes para vos dar as boas-vindas, para vos aconchegar ao nosso coração, num gesto de carinho, de amizade e de amor.

Sim, amigos, fomos testemunhas do conclave que hoje realizastes; sabei que está chegando a hora do preparo para a recepção dos prepostos da Espi-ritualidade, que vêm descer ao plano terreno, no desempenho de tarefas nas lides do Espírito de Verdade.

Estejai a postos, amigos; desenvolvei por toda parte, à luz da Doutrina, es-sas instruções às crianças, aos moços, aos homens, a fim de que as hostes do Senhor desçam ao plano terreno num ambiente onde possam receber ins-truções, luzes e conhecimento para o preparo de sua tarefa, da sua responsa-bilidade e até da sua missão na Terra!

Eis, pois, amigos! Nada de desâni-mo, nada de receios; aqui estamos

todos presentes. Sabei que a falange do Bem está ativa no mundo espiritual, nes-te anseio de que mui próximo possa dar-se esta descida de Espíritos prepostos, sob a égide do Cristo na direção deste traba-lho de reestruturação, de transformação e de renovação das inteligências.

Alistai-vos, amigos de bom coração! Alis-tai-vos na Doutrina; vivei em fraternidade; abri os vossos corações à dor, à necessidade do seu semelhante. Orai ao Pai com fer-vor, quotidianamente, formando ambiente de serenidade, de união e fraternidade. E, com o pensamento preso à figura sacros-santa do Cristo, sejais habilitados nesta tarefa que vós mesmos vos propondes, de desenvolver os trabalhos do esclarecimen-to da verdade espiritual do Evangelho do Cristo em todos os corações.

Agradecido. Mil vezes agradecido pelos pensamentos fervorosos dirigidos à nossa direção.

Que a paz do Mestre amado seja em todos os corações!

eurípedes barsanuLfo

Mensagem recebida pelo Dr. Tomás Novelino, ex-aluno de Eurípedes, em 28 de janeiro de 1990, durante a realização de uma reunião de evangeliza-dores, na cidade de Sacramento-MG, na qual o Dr. Tomás tomou parte ativa, proferindo uma maravi-lhosa palestra exaltando a importância do trabalho da Evangelização. Mais de duas centenas de partici-pantes estiveram presentes na reunião.

SabiaVocê ?

O espiritismo repudia, no que lhe diz respeito, todo efeito mara-vilhoso, isto é,fora das leis da Natureza. Ele não faz nem milagres, nem prodígios, mas explica, em consequência de uma lei, certos efeitos consi-derados, até hoje, milagres e prodígios, demonstrando, por isso mesmo, a sua possibilidade. Ele amplia, assim, o domínio da Ciência e é nisso que ele mesmo é uma ciência; mas, com a descoberta dessa nova lei, trazendo consequências morais, o código dessas consequências faz dele, ao mesmo tempo, uma doutrina filosófica.Fonte: O Que é o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo I, O Maravilhoso e o Sobrenatural — Editora Léon Denis.

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Clareando / Ano X / Edição 116/ Maio . 2013 - Pág . 13

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Custo do Kit : R$22,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

Potências da Alma

o L i v r e -a r b í t r i o

A liberdade é a condição neces-sária da alma humana que, sem ela, não poderia construir

seu destino. A liberdade e a responsabilidade são

correlativas no ser e aumentam com sua elevação; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e mora-lidade.

A responsabilidade é estabelecida pelo testemunho da consciência, que nos aprova ou censura segundo a natureza de nossos atos.

O livre-arbítrio é, pois, a expansão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões inferiores, substituindo o impé-rio das sensações e dos instintos pelo da razão.

Isto só se pode obter por uma educa-ção e uma preparação prolongada das faculdades humanas: libertação física pela limitação dos apetites; libertação intelectual pela conquista da verdade; libertação moral pela procura da virtu-de. É essa a obra dos séculos.

Como conciliar nosso livre-arbítrio com a presciência divina? Perante o co-nhecimento antecipado que Deus tem de todas as coisas, pode-se verdadeira-mente afirmar a liberdade humana?

Deus, conhecendo cada alma em suas menores particularidades, pode, pois, rigorosamente, deduzir, com certeza,

do conhecimento que tem dessa alma e das condições em que ela é chamada a agir, as determinações que, livremente, ela tomará.

O círculo dentro do qual se exerce a vontade do homem é, de mais a mais, excessivamente restrito e não pode, em caso algum, impedir a ação divina, cu-jos efeitos se desenrolam na imensidade sem limites. O fraco inseto, perdido num canto do jardim, não pode, de-sarranjando os poucos átomos ao seu alcance, lançar a perturbação na har-monia do conjunto e pôr obstáculos à obra do Divino Jardineiro.

O livre-arbítrio, a livre vontade do Espírito exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igual-mente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir seus preconceitos e vícios. Estas provações podem ser tam-bém consequência de um passado nefas-to, que é preciso reparar, e ele aceita-as com resignação e confiança, porque sabe que seus grandes irmãos do Espaço não o abandonarão nas horas difíceis.

“O homem é o obreiro de sua liberta-ção.” O estado completo de liberdade atinge-o no cultivo íntimo e na valo-rização de suas potências ocultas. Os

obstáculos acumulados em seu caminho são meramente meios de obrigá-lo a sair da indiferença e a utilizar suas forças latentes.

Libertando-se das paixões e da ignorân-cia, cada homem liberta seus semelhantes. Tudo o que contribui para dissipar as trevas da inteligência e fazer recuar o mal torna a Humanidade mais livre, mais consciente de si mesma, de seus deveres e potências.

Elevemo-nos, pois, à consciência de nosso papel e nosso fim e seremos livres. Asseguraremos com os nossos esforços, ensinamentos e exemplos a vitória da vontade assim como do bem e, em vez de formarmos seres passivos, curvados ao jugo da matéria, expostos à incerteza e inércia, teremos feito almas verdadeiramente livres, soltas das cadeias da fatalidade e pairando acima do mundo pela superio-ridade das qualidades conquistadas.

Fonte: O Problema do Ser e do Destino, capítulo XXII, Léon Denis –Editora FEB

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Kardec sempre

ser ou Não ser

É bastante sermos nós mesmos... Isso porque ninguém vai conse-guir, de momento, ser diferente,

apenas por ser participante de uma tarefa mediúnica.

“Revestir-se” o Médium, momenta-neamente, daquilo que acha, deva ser o melhor para realizar seu trabalho, será colocar uma capa que, na realidade, não o ocultará da visão dos Espíritos. Assim sendo, que não haja, da parte do Mé-dium, a preocupação de “aparentar” ser bom, ser humilde, ser tolerante. É preciso sim, que ele “possua” amor, compaixão, tolerância, na intimidade do ser, não por um momento, mas sempre.

Não se improvisa lealdade! Não se im-provisa honestidade! Não se improvisa seriedade!

A pessoa é ou não é... aqui ou lá fora, em casa ou na rua, no Centro Espírita ou fora dele. E o que ela é, é o que conta em tudo que vai oferecer nas reuniões de cura, no passe de reconforto, na ir-radiação à distância, no fluido que vai atrair os desencarnados para a tarefa de consolação ou esclarecimento.

Quando o Plano Espiritual que orien-ta a Casa Espírita recomenda aos seus Médiuns uma postura espírita, em todos os momentos de sua vida, não deseja que eles se “revistam” de um sen-timento superior para que os trabalhos tenham um rendimento melhor, mas espera que eles tentem ser melhores em seus sentimentos e atitudes a cada dia, porque o rendimento de uma Casa Es-pírita representa o somatório do esforço espiritual de seus componentes. E isso só poderá ser conseguido através de dois procedimentos, também exaustivamente recomendados: o estudo do Evangelho e a meditação contumaz, no propósito de alcançarem, pelo conhecimento de si mesmos, a verdadeira renovação interior.

Nas Casas Espíritas que hoje se multi-plicam, e podemos dizer — graças a Deus assim acontece — estuda-se muito e, por isso, podemos repetir — graças a Deus, assim acontece! Entretanto, verificamos, algumas vezes, uma distorção nos objetivos desses estudos. Estuda-se para se “conhecer” a Doutrina Espírita e, com base nesse co-nhecimento, passa-se adiante a excelência de sua filosofia, sem a preocupação de

Qual deve ser a postura do Médium ao participar de uma Reunião Mediúnica para realizar a tarefa de socorro aos Espíritos enfermos? Deve apenas orar, mentalizar Jesus, apelar para os benfeitores? De que sentimento se revestirá, no momento, para trabalhar melhor?

tornar esse conhecimento em luz que se projete na vida que se vive.

Não existe, igualmente, a preocupação de tornar essa filosofia em leme firme que direcione a própria embarcação nos mares tempestuosos das provações ou na inspiração, para a conquista do próprio equilíbrio, que é uma das riquezas espirituais.

Estuda-se muito para chegar-se à incoe-rência de se declarar que o Espiritismo não é Religião, quando entendemos, todos nós que nos apoiamos na Doutrina Espírita, que se ela não se constituísse em uma Religião, ligando-nos ao Pai, decerto teríamos soçobrado diante de nossas angustiantes lutas morais.

Estamos vendo, todos os dias, a Ciência, desligada de Deus, usar os meios mais infeli-zes, embora avançados dentro da técnica, para lançar o homem no materialismo cada vez mais profundo, arrastando-o para a negação da Vida em suas mais belas expressões.

Filosofias eivadas de personalismo estão dis-tanciando o homem da simplicidade — único caminho para sua felicidade.

Não podemos, portanto, acatar tais ideias, alimentadas pelos muitos que estudam e pouco sentem.

O Espiritismo continuará íntegro em seu tríplice aspecto!

É Ciência, quando, através da Mediunidade, comprova a imortalidade da alma e a continui-dade da vida, reaproximando os que deixaram o corpo físico daqueles que amaram e conti-nuam amando, dando prosseguimento aos seus mais belos ideais.

É Filosofia, quando se expressa como agente impulsionador do homem para o conhecimen-to de si mesmo, apontando campos novos para sua evolução moral. Abençoada Filosofia base-ada na Moral Evangélica, tomando Jesus como padrão da perfeição que todos nós deveremos, um dia, atingir.

E ergue-se como Religião para os que reconhecem em seus postulados o amparo constante de Deus como a força maior, sus-tentando-os e consolando-os a fim de que não caiam nos desvãos do desespero.

Irmãos queridos! Tomai o eVangeLHo segundo o espiritismo e estudai-o, como quem toma sua primeira cartilha, não ape-nas para aprender a ler, mas para utilizar a leitura no sentido de desenvolver as poten-cialidades que o levarão das primeiras letras aos bancos da Faculdade Superior.

Tomai o LiVro dos espíritos e aprendei as leis que regem a Vida em todos os níveis e,

conscientizando-vos do nível em que estagiais, trabalhai para alcançardes os patamares superiores.

Buscai o LiVro dos médiuns e esclare-cei-vos, não apenas quanto às técnicas que discretamente apresenta, mas, sobretudo, quanto à melhor maneira de usardes a vossa Mediunidade, lembrando-vos que ela não se desenvolve apenas com a vossa presença nas Reuniões Mediúnicas, mas também, pela vossa conduta no dia a dia, quando então aprimorais a vossa capaci-dade receptiva.

Buscai no livro o céu e o inferno en-tendimento das Leis de Causa e Efeito.

Estudai a gênese no sentido de admirar-des a beleza da Criação Divina e a perfeição das leis que regem o Universo, dentro do qual todos se movimentam dirigidos pelo Amor e Sabedoria de Deus.

Observai, criteriosamente, as lições contidas em obras póstumas para re-ferenciardes o esforço de Kardec, sua abnegação, seu sacrifício e sua renúncia no cumprimento do mandato que lhe foi confiado por Jesus.

E tomando, em vossas mãos, a bandei-ra da Doutrina Espírita, desfraldai-a so-bre os de boa vontade, os sofredores, os humildes, os que lutam e choram, para juntos partirmos em caravana de luz, cumprindo a recomendação do Mestre: “Amai-vos uns aos outros, porque nisso sereis reconhecidos como meus discípulos” (João, 13:35).

Continuai, queridos, no trabalho do Bem. Os Benfeitores do Plano Maior vos acompanham carinhosamente. Correspon-dei ao carinho deles, sendo aquilo que eles desejam que sejais.

yVonne

Fonte: Aos Médiuns com Carinho, Lição 38, Diversos Espíritos – Lar de Tereza

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Artigo

Artigo

N ada mais perigoso do que preten-dermos ter uma relação comercial com Deus. Cultivarmos atitudes

e comportamentos em troca das recom-pensas divinas é um escambo equivocado. Seja a material ou a moral, jamais comer-ciemos a caridade. O amor caritativo, para não se reduzir a mera encenação, precisa ser inteiramente gratuito.

A palavra caridade tem bela origem lati-na: caritas, caritate: cuidar amorosamente. É palavra mais alta do que generosidade, pois esta última pede apenas que reconhe-çamos e tratemos o outro como membro do gênero humano. É palavra mais alta que compaixão, pois a compaixão mobi-liza os compassivos, transformando-lhes o amor sentimental em amor caritativo. A compaixão é sentimento, caridade é ação. No entanto, certos assistencialismos pouco sinceros e de aparência prejudicaram tão alta palavra.

C o m e r C i a r C o m d e u s ?N u N C aDisse o Mestre Jesus: “De graça recebestes,

de graça dai”. E o filósofo romano Sêneca, sem saber

de Jesus, escreveu: “Porque o preço do vício é o próprio vício e o prêmio da virtude é a própria virtude”.

Eis porque o prêmio do amor caritati-vo está em praticá-lo. Ele dá paz e saúde interior. Por conseguinte, favorece nos-so corpo. Então, se Deus entender de oferecer-nos, em alguma altura da vida encarnada ou desencarnada, recompen-sas, recebemo-las com espírito de gratidão; gratidão por termos evoluído, ainda que um pouco, aos olhos de Deus.

É assim que o dito popular que sen-tencia: “Quem dá aos pobres, empresta a Deus” não passa de concepção distorcida e até ofensiva. Quem somos nós, po-bres criaturas frágeis e imperfeitas, para emprestarmos algo a Deus? Do mesmo modo que a expressão de gratidão que

diz “Deus lhe pague” é muito mais ade-quada à que simplesmente diz “Que Deus o abençoe”.

Um líder religioso de nome Gabriel disse certa vez em um seu momento de reflexão: “Eu nunca sei se fiz um bem a quem quer que seja; porque se eu souber, será vaidade – não fiz bem algum. O que importa é que o outro sinta ter recebido um benefício de mim, pois este pedirá a Deus que cuide deste seu servidor”. Isso é absolutamente evangélico, pois em Mateus está dito que não deve saber nossa mão es-querda do benefício que fizer nossa mão direita. Uma forte metáfora usada por Jesus para evidenciar como deve ser desprendido o amor caritativo.

Amor caritativo é gratuito.

Fonte: Ante a Tua Face -1ª Edição.Autor: Regis de Morais.Editora Allan Kardec.

s o f r i m e N t o C o L e t i v o

O estudo da Doutrina Espírita leva o ho-mem a educar-se moralmente, como também a compreender o significado

da sua existência na Terra.E, ao prosseguir com os estudos espíri-

tas, logo passa a saber que a vida continua após a morte do corpo físico e aprimora-se, buscando superar suas más tendências, seus vícios, seu comportamento, seus equívocos e aprendem a abrir as portas de seu coração para o amor. “Amar Deus sobre todas as coisas e o próximo como se ama”, como ensinou Je-sus. E esta é uma tarefa de todos nós, seres humanos, neste doloroso mundo de provas e expiações e que, infelizmente, nem todos pensam assim.

Atentados terroristas estão sempre acon-tecendo e surpreendendo todos nós, tal a brutalidade do ato cometido e o número de vítimas envolvidas nessa ação premeditada-mente provocada.

O atentado de Nova York teve mais de seis mil mortos, sem falar dos parentes e amigos que ainda hoje choram pelos que partiram.

Diante de episódios como este, e tantos outros semelhantes registrados ao longo da História, a Espiritualidade se manifestou incontáveis vezes, sempre com o objetivo de esclarecer e consolar.

Quem não lamentou a tragédia de um cir-co norte americano que se apresentava em Niterói nos anos 60? Humberto de Campos, jornalista e escritor, foi o porta-voz, podemos dizer assim, do Mundo Espiritual, ofertando-nos a mensagem “Tragédia no Circo”, com elevado conteúdo e informações históricas, incluída no livro “Cartas e Crônicas”, psicogra-fado por Francisco Cândido Xavier.

Outra foi na década de 70, após um grande incêndio em um prédio em São Paulo, que deixou mais de cento e cinquenta mortos.

Na ocasião, não faltaram indagações ao Plano Espiritual, como esta: “Sendo Deus Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e inde-fesas, como nos casos dos grandes incêndios?”.

A Espiritualidade novamente se pronun-ciou através de mensagens, como “Desen-carnações Coletivas”, de Emmanuel, parte do livro “Chico Xavier pede Licença”, tam-bém psicografado por Francisco Cândido Xavier:

“Realmente reconhecemos em Deus o Perfei-to Amor aliado à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de Deus, crescendo em amor, traz consigo a Justiça imanente, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo jul-gador de si próprio.

Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o le-vantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.

Invasores ilaqueados pela própria am-bição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencar-nação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quan-do lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, apa-rentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

continua na pág.16

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Artigo

Estamos aguardando você no Centro Espírita Irmão ClarêncioRua Begônia, 98 - Vila da Penha

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Esclarecendo

A Família na Visão EspíritaCurso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.estudo aberto a todos os interessados.

Maio:

Dia 07- A família como agência edu-cadora por excelência: instrumento de redenção espiritual, criação, educação, amor e autoridade.

Dia 14- O lar é a melhor escola: pais, os primeiros professores – Quem é o educando, quem é o educador? A missão da paternidade.

Dia 21- Aspectos da educação: intelec-tual, social, moral e espiritual e religiosa.

Dia 28- Relacionamento entre pais e filhos: infância e préadolescência.

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Desempenhar todos os justos de-veres para com aqueles que lhe comungam as teias da consan-

guinidade.Os parentes são os marcos vivos das

primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado.

Intensificar os recursos de afeto, com-preensão e boa-vontade para os afins mais próximos que não lhe compreendam os ideais.

O lar constitui cadinho redentor das almas endividadas.

Dilatar os laços da estima além do círculo da parentela.

A humanidade é a nossa grande família.Acima de todas as injunções e contingên-

cias de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e companheiro benevolente.

Cada semelhante nosso é degrau de acesso à Vida Superior, se soubermos recebê-lo por verdadeiro irmão.

peraNte os pareNtesMelhorar, sem desânimo, os contactos

diretos e indiretos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas ex-periências em encarnações próximas.

O cumprimento do dever, criado por nós mesmos, é lei do mundo interior a que não poderemos fugir.

Imprimir em cada tarefa diária os sinais indeléveis da fé que nutre a vida, iniciando todas as boas obras no âmbito estreito da parentela corpórea.

Temos, na família consanguínea, o teste permanente de nossas relações com a Humanidade.

“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” — Paulo. (I Timóteo, 5:8.)

Fonte : Conduta Espírita / Lição 9.Espírito : André Luiz .Psicografia : Franciscxo Cândido Xavier.

sofrimeNto CoLetivo ( CoNt.pág.15)

C orsários que ateávamos fogo a em-barcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no

Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coleti-va em dolorosos incêndios inexplicáveis sem a reencarnação.

Criamos a culpa e nós mesmos engenha-mos os processos destinados a extinguir-lhe as consequências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgates e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais ex-periência e mais luz no cérebro e no coração para defender-se e valorizar a vida.

Lamentemos sem desespero quantos se fi-zeram vítimas de desastres que nos confran-gem a alma. A dor de todos eles é a nossa dor. Os problemas que se defrontaram são igualmente nossos.

Não nos esqueçamos, porém, de que nun-ca estamos sem a presença da Misericórdia Divina junto às ocorrências da Divina Jus-tiça; de que o sofrimento é invariavelmente reduzido ao mínimo para cada um de nós; de que tudo se renova para o bem de todos e de que Deus nos concede sempre o melhor”.marLi abinader

Fonte: Baseado no Sei,Serviço Espírita de Informações.Livro - Chico Xavier pede Licença, F. C. Xavier.

Agênere: (do grego, a, privativo, e geiné, geinomai, gerar; que não foi gerado). Varieda-de de aparição tangível; estado de certos Espíritos, que podem revestir, momentaneamente, as formas de uma pessoa viva, ao ponto de produzir ilusão completa.Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XXXII- Editora Léon Denis

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Suplemento Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :os meus deveres para Com deus, para Com a pátria e para Com a Família.Autor : Eliseu Rigonatti.Editora PenSamento.

A Árvore e os Frutos

C hegando em casa após as aulas, Denis procurou não fazer ruído. En-trou pé ante pé, com receio de enfrentar a mãe. Todavia, não escapou

da pergunta costumeira:— Onde esteve, meu filho?— Ora, mamãe! No colégio, é lógico!— Denis, suas aulas terminaram às 5 e já passam das 7 horas da noite. O que fez nesse tempo todo?A senhora se preparou para ouvir as explicações do filho, que nos últimos dias aconteciam com frequência. Denis fez cara de inocente e retrucou:— Poxa, mamãe! Tenho que dar conta de todos os meus passos? Estava com amigos, ora!— Que amigos?— Uma turma legal que conheci há algum tempo.Como o pai não tardaria a chegar e ela estivesse atrasada com a refeição, a senhora deu por terminada a conversa, dizendo:— Falaremos sobre isso depois, meu filho. Agora, tome o seu banho e não demore. Hoje é dia de nosso Evangelho no Lar, lembra-se?O garoto concordou, feliz por ter se livrado da bronca.Após o jantar, sentaram-se para fazer o Evangelho. O pai Eugênio, a mãe Clara, Luciana de 6 anos e Denis.A lição da noite, aberto o livro ao acaso, foi:“A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; portanto cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem frutos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. O homem de bem tira as coisas boas do bom tesouro do seu coração e o homem mau tira as más do mau tesouro do seu coração; porquanto a boca fala do que está cheio o coração”. (Lucas, 6:43 a 45.)Após a leitura, fizeram comentários sobre a lição. Clara explicou:— Jesus quis dizer com essas palavras que nosso comportamento dirá aos outros como nós somos. Daí a importância do nosso exemplo em qual-quer lugar: na escola, no trabalho, na rua, no lar. Se agirmos mal, seja através de palavras ou de atos, estaremos demonstrando a todos que vie-mos de uma árvore má. E isso denota o que trazemos por dentro, como são baixos os nossos pensamentos, que se traduzem em atitudes negativas da nossa parte.Luciana, que ouvira a conversa da mãe com o irmão, lembrou-se de co-mentar:— Mamãe, ontem vi Denis com uma turma tão esquisita! Os meninos eram grandes, usavam cabelos pintados de cores fortes e tinham brincos nas orelhas.Denis, que ouvia calado, respondeu irritado:— Você não tem nada com isso, sua fofoqueira! Eles são legais e meus verdadeiros amigos.O pai interferiu, prontamente:— Calma, meus filhos! Não é hora para discutirmos esse problema. Nossa reunião semanal não é um tribunal em que analisamos as atitudes das pessoas. Além disso, Luciana, não podemos julgar ninguém pela aparência externa. O importante é o que a pessoa é por dentro. Os amigos de Denis podem ser excelentes garotos. A verdade é que não os conhecemos.Denis olhou para o pai, agradecido pela força que lhe dera, enquanto Lu-ciana fazia uma careta para o irmão. A mãe, para concluir, disse-lhe com carinho:— Os pais sempre querem o melhor para seus filhos. Se muitas vezes pa-recemos severos é que desejamos dar a vocês a melhor educação possível,

para que ninguém venha a dizer que vocês são frutos de uma árvore má. Especialmente você, Denis, que já está com doze anos, deve ter muito cui-dado com as amizades que escolhe, porque existem por aí muito desequilí-brio, vícios e toda espécie de mal. Mas, confiamos em vocês, que receberam a boa semente do Evangelho de Jesus e temos certeza de que sempre agirão o melhor possível de acordo com suas consciências.Clara fez uma prece e deu por terminada a reunião.No dia seguinte, a turma de Denis combinou de sair à noite. O rapazinho prometeu que ia falar com os pais.Assim, acabando as aulas, foi direto para casa. A mãe ficou satisfeita, achan-do que era resultado da conversa do dia anterior.Encontrando um momento propício, Denis pediu:— Papai, mamãe, gostaria de sair hoje à noite com a turma. Afinal, já tenho doze anos.O casal trocou um olhar preocupado. Eugênio perguntou:— Aonde pretendem ir?— Apenas comer um sanduíche, papai. Abriu uma lanchonete nova e que-remos conhecer. Prometo que volto logo. Deixa, pai!— Está bem, meu filho. Mas não demore! — concordou o pai, dando-lhe algum dinheiro.Todo satisfeito, Denis arrumou-se e saiu para encontrar com os amigos.— Aonde vamos? — perguntou a Vitão, o líder da turma.— Dar um “rolé” por aí. Aguarde e verá. Não vai se arrepender.Denis não entendeu, mas ficou calado. A turma era de quatro rapazes mais velhos, experientes, e ele sentia-se orgulhoso de ter sido aceito por eles.Logo passaram por um carro estacionado e o líder deu uma risadinha:— Esse carro é do professor de Ciências, aquela careta. Caprichem nele.Os rapazes rodearam o carro e esvaziaram completamente os pneus, para espanto de Denis.Mais adiante, local de menos movimento, Vitão tirou do bolso interno da jaqueta um spray de tinta preta e puseram-se a pichar um muro pintado de novo. Horrorizado, Denis via tudo isso sem poder fazer nada. Não estava reconhecendo os amigos.Depois, passando por um orelhão, quebraram todo o aparelho telefônico.Naquele instante, vendo o vandalismo dos amigos, Denis lembrou-se da lição do dia anterior. Certamente aqueles frutos não viriam de árvores boas. Apesar do medo que sentia do líder, garoto forte e agressivo, resolveu dar um basta:— Estou fora — disse.— Como assim? — perguntou Vitão, espantado.— Você entendeu. Se é esse tipo de coisa que vocês costumam fazer, não são meus amigos, nem amigos de ninguém. Estou fora. Adeus.Fez meia volta, sem se preocupar com a reação do bando, e retornou para casa. Estava triste e decepcionado, mas, ao mesmo tempo, orgulhoso por ter tido coragem de tomar uma atitude.Ao entrar, sua mãe estranhou:— Ué! De volta tão cedo?!...— É, mamãe. Descobri que o melhor sanduíche ainda é o seu.— E a turma? — indagou o pai, surpreso.— Ficaram lá. Percebi que não me servem. Não são frutos bons.Satisfeito, comeu com apetite o sanduíche que sua mãe preparou com imenso carinho. tia céLia Fonte: Revista O Consolador, nº 53, abril/2008 (www.oconsolador.com.br )