boletim informativo do centro espírita irmao...

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Ano XI - Edição 128 - Maio / 2014 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Observação: Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien- tação. (21) 3252.1437 pág.14 Emmanuel Responde: Salvação da Alma pág.11 Yvonne Pereira: Amem Trabalhando pág.8 Artigo: O Espírito, Esse Esquecido pág.17 Suplemento Infantojuvenil: O Esforço da Semente pág.15 Artigo: É Preciso Evoluir pág.12 Personalidade Espírita: Aurora A. De Los Santos de Silveira Mensagem Mediúnica: Irmão Clarêncio pág.3 pág.4 Elucidações Doutrinárias: Desenvolvimento Psíquico pág.7 Vida – Dádiva de Deus: Antídoto à Depressão pág.1 0 Do Outro Lado da Vida: O Marquês de Saint-Paul Nesta Edição : Editorial CAMINHO PARA A FELICIDADE O bservando a Humanidade, temos a impressão de que ela caminha sem rumo, sem esperança. As desilusões da vida têm levado muitas pessoas a conflitos na área psicológica e na área da fé. Elas caminham, então, na busca de uma âncora de “salvação”. Nessa busca, muitos aportam às Casas Espíritas como “última tentativa” de alívio para seu sofrimento. Diante do fato, pergunto: a Casa Espírita nos salva? Resolve nossos problemas? Promove nossa cura? Aprendemos com os ensinamentos da Doutrina Espírita que a verdadeira cura se dá com a modificação de nossa atitude mental, que nos leva à mudança de nossas ações. Aprendemos, também, que não basta ter fé e que a fé tem que ser racio- cinada e forte a ponto de mover as montanhas da nossa inoperância diante das dificuldades da vida. A fé sem obra não produz milagres. A “salvação” se dá com a transformação mo- ral, obtida pela reforma íntima e pelo trabalho no bem. Para que isso se dê, temos que buscar sempre o estudo através de palestras, cursos e leitura de bons livros dou- trinários. A Casa Espírita pode contribuir muito para essa transformação. Não percamos tempo na conquista da cura real, a cura do Espírito. Será assim que alcançaremos a verdadeira felicidade. Luz e Paz para todos nós!

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Ano XI - Edição 128 - Maio / 2014

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .

Observação:

Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien-tação.

(21) 3252.1437 pág.14

Emmanuel Responde:Salvação da Alma

pág.1 1

Yvonne Pereira:Amem Trabalhandopág.8

Artigo:O Espírito, Esse Esquecido

pág.17Suplemento Infantojuvenil:O Esforço da Semente

pág.15

Artigo:É Preciso Evoluir

pág.12

Personalidade Espírita: Aurora A. De Los Santos de Silveira

Mensagem Mediúnica:Irmão Clarênciopág.3

pág.4Elucidações Doutrinárias:Desenvolvimento Psíquico

pág.7Vida – Dádiva de Deus:Antídoto à Depressão

pág.10Do Outro Lado da Vida:O Marquês de Saint-Paul

Nesta Edição :

Editorial

Caminho para a FeliCidade

Observando a Humanidade, temos a impressão de que ela caminha sem rumo, sem esperança. As desilusões da vida têm levado muitas pessoas a conflitos na área psicológica e na área da fé. Elas caminham, então, na

busca de uma âncora de “salvação”. Nessa busca, muitos aportam às Casas Espíritas como “última tentativa” de alívio para seu sofrimento. Diante do fato, pergunto: a Casa Espírita nos salva? Resolve nossos problemas? Promove nossa cura?

Aprendemos com os ensinamentos da Doutrina Espírita que a verdadeira cura se dá com a modificação de nossa atitude mental, que nos leva à mudança de nossas ações. Aprendemos, também, que não basta ter fé e que a fé tem que ser racio-cinada e forte a ponto de mover as montanhas da nossa inoperância diante das dificuldades da vida.

A fé sem obra não produz milagres. A “salvação” se dá com a transformação mo-ral, obtida pela reforma íntima e pelo trabalho no bem. Para que isso se dê, temos que buscar sempre o estudo através de palestras, cursos e leitura de bons livros dou-trinários. A Casa Espírita pode contribuir muito para essa transformação.

Não percamos tempo na conquista da cura real, a cura do Espírito. Será assim que alcançaremos a verdadeira felicidade.

Luz e Paz para todos nós!

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

Clareando as ideias com Kardec

não Vos Fatigueis pela posse do ouroNão vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.

Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. — Entrando na casa, saudai-a assim: Que a paz seja nesta casa. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós. Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. - Digo-vos, em verdade: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigo-rosamente do que essa cidade. (S. Mateus, Cap. X, vv. 9 a 15.)

Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que Jesus dirigiu a seus após-tolos, quando os mandou, pela primeira vez, anunciar a boa-nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus aposto-los: “Ponde-vos a caminho sem provisões.”

A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que confiassem na Providência. Ao demais, eles, nada tendo, não despertariam a cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis. Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade. O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranquilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura. (Cap. IV, nº 10 e 11.)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo XXV, Itens 9 a 11, Editora FEB.

Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria?

“Para experimentá-los de modos di-ferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Es-píritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência.”

Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da desgraça ou a da riqueza?

“São-no tanto uma quanto outra. A miséria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.”

Estando o rico sujeito a maiores tenta-ções, também não dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem?

a s p r o V a s d a r i q u e z a e d a m i s é r i a“Mas, é justamente o que nem sempre

faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insa-ciável. Com a riqueza, suas necessidades aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si unicamente.”

Nota de Kardec: A alta posição do homem neste mundo e o ter autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias como a des-graça, porque, quanto mais rico e po-deroso é ele, tanto mais obrigações tem que cumprir e tanto mais abundantes são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder. A riqueza e o poder fazem nascer todas as

paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso foi que Jesus disse: “Em verdade vos digo que mais fácil é passar um camelo por um fundo de agulha do que entrar um rico no reino dos céus”.Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, ques-tões 814 a 816.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

Não poderia deixar aqui a minha palavra que representa a palavra de tantos Espíritos amigos, aqui presentes; não só dos grandes Benfeitores da Casa, os Espíritos mais elevados, mas, também neste ambiente contando com a presença dos vossos guias, de familiares que já são adesos à Doutrina Espírita. Muitos deles, após a desencarnação, aqui estão

também com alegria em seus corações, como no nosso — essa vibração — por ver cada vez mais a materialização do esforço de cada um, não só na construção de uma Casa, mas da união dos sentimentos de amor, de fraternidade, aprendendo na convivência uns com os outros a descobrir sempre no outro as qualidades positivas que todos já têm.

Eu sou aquele trabalhador que por aqui passou algumas vezes, o José Jorge de sempre, com essa maneira ainda de ser e de se expressar e deixamos o nosso abraço, como foi dito através das mensagens, este abraço realmente de estímulo, rogando a Deus que vos abençoe nesse esforço individual e comedido de divulgar e vivenciar a mensagem do Espiritismo.

Mas aguardemos um pouco, porque um amigo da Espiritualidade ainda irá dirigir a sua palavra aos vossos corações.

Sob este teto abrigam-se almas que buscam há séculos a integração dos seus corações e mentes à Doutrina abençoada de Jesus.

Somos daqueles Espíritos que atravessaram séculos; muitos de nós indiferentes aos convites reiterados do Senhor para que, na aceitação do convite, pudéssemos não só resgatar os débitos do passado, mas também, a partir do momento da aceitação deste convite, começarmos a semear as sementes preciosas de colheita abençoada num futuro espiritual ou material mais à frente.

Muitos permaneceram indiferentes ao convite e, de certa forma, sob este teto que nos abriga, estamos todos nós, encarnados ou desencarnados, novamente reunidos e desejosos — assim percebemos no coração de todos — dessa vez não apenas de aceitar o convite que o Senhor novamente nos faz, mas de corpo e alma mergulharmos nos compromissos, nas tarefas, nos es-tudos, na busca do conhecimento que tragam as luzes abençoadas que iluminem a nossa trajetória evolutiva pela vida afora.

Somos todos filhos de Deus; todos estamos recebendo as abençoadas oportunidades, encontrando estas portas que se abrem, esta Casa que nos acolhe e, junto a corações generosos da Espiritualidade mais Superior, estarmos sob a constante vibração desses corações amorosos, como também sob os cuidados mais diretos e necessários de guias e protetores espirituais.

Não aleguem mais imperfeições; não digam que não conseguirão; não criem impedimentos para que, aceitando o convite do Senhor, cada um se apresente com a disponibilidade das suas experiências de outros tempos, somadas hoje àquilo que a Doutrina Espírita tem a oferecer a cada um de vocês.

Atendam, pois, o convite; não fiquem mais indiferentes; apresentem-se; busquem a instrução para serem aqueles trabalha-dores realmente conscientizados do seu papel, na seara do Senhor.

Mais um ano, mais um ciclo, mais uma etapa. Tenham a certeza, caros irmãos, de que aqui estamos, com toda a equipe espiritual encarregada da direção desta Casa, a conduzi-los, quando assim vocês nos permitirem; abrindo as suas mentes e co-rações; a guiá-los pela Seara do Senhor, conduzindo-os pelas nossas mãos a buscarem finalmente essa integração com Deus.

Que esta paz de Deus permaneça em todos os vossos corações, gratíssimos filhos do Senhor.

O Vosso Irmão ClarênCIo.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, em 11.04.2014, no dia da Prece pelos 19 anos do Centro Espírita Irmão Clarêncio)

"Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho" (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 15 : 3)

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 4

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Elucidações Doutrinárias

desenVolVimento psíquiCo

Tentando definir a mediunidade, podemos ainda interpretá-la como sendo a capacidade de fazer-se al-

guém intermediário entre pessoas e regiões distintas. E assim como existem agentes de variada espécie para variados assuntos da vida humana, temos medianeiros de espe-cialidades múltiplas para a vida espiritual.

Informados hoje de que a morte física não expressa sublimação, não podemos assim admitir que o desenvolvimento das faculdades psíquicas constituía só por si, credencial de superioridade. Daí o im-perativo de fixarmos no aprimoramento pessoal a condição primária do êxito em qualquer tarefa de intercâmbio.

Aqui, encontramos clarividentes no-táveis e, além, somos defrontados por excelentes médiuns falantes; mas, se aquele que vê não possui discernimento para o esforço de seleção e se aquele que se faz portador do verbo não consegue auxiliar a obra de esclarecimento cons-trutivo, o trabalho de transmissão sofre naturalmente consideráveis prejuízos, desajudando ao invés de ajudar.

Nesse sentido, somos obrigados a re-conhecer que o espírito do Cristianismo jamais foi alterado em sua pureza essencial, mas os representantes ou medianeiros dele, no curso dos séculos, impuseram-lhe cultos, interpretações, aspectos e ativida-des, simplesmente artificiais.

O médium de agora deve exprimir-se em mais altos níveis. Acham-se, frente a frente, os dois grandes gru-pos da Humanidade — encarnados e desencarnados — e, em ambos, per-sistem os “altos e baixos” do mundo moral... Se o intermediário entre eles não se aperfeiçoa, convenientemente, permanece na posição do aprendiz re-tardo, por tempo indefinível, nas letras iniciantes, quando lhe constitui obri-gação avançar sempre, na direção da sabedoria. O artista é o representante da música. O violino é o instrumento. Mas se o violino aparece irremediavelmente desajustado, como revelar-se o portador da melodia? A força elétrica é o reserva-tório de poder. A lâmpada é o recipiente da manifestação luminosa. Mas se a lâm-pada estiver quebrada, como aproveitar a energia para expulsar as travas?

O benfeitor espiritual é o mensageiro da perfeição e da beleza. O homem é o veículo de sua presença e intervenção. Todavia, se o homem está mergulhado no desespero ou no desalento, na indisciplina ou no abuso, como desempenhar a fun-ção de refletor dos emissários divinos?

Há muita gente que se reporta ao au-tomatismo e à inconsciência nos estudos da mediunidade, perfeitamente cabíveis no círculo dos fenômenos. Não pode-mos olvidar, entretanto, que o serviço de elevação exige esforço e boa vontade, vigilância e compreensão daquele que o executa, a fim de que a tarefa espiritual se sustente em voo ascensional para os cimos da vida. Por esse motivo, quem se disponha a cooperar em semelhante ministério, precisará buscar no bem a sua própria razão de ser.

Amando, arrancamos no caminho as mais belas notas de simpatia e fraterni-dade, que constituem vibrações positivas de auxilio e apoio na edificação que nos compete efetuar. A bondade e o enten-dimento para com todos representam o roteiro único para crescermos em apri-moramento dos dons psíquicos de que somos portadores, de modo a assimilar-mos as correntes santificantes dos planos superiores, em marcha para a consciência cósmica.

Não há bom médium, sem homem bom. Não há manifestação de grandeza do Céu, no mundo, sem grandes almas encarnadas na Terra. Em razão disso, acreditamos que só existe verdadeiro e proveitoso desenvolvimento psíquico, se estamos aprendendo a estudar e servir.

Fonte: Roteiro, Lição 36.Espírito:Emmanuel.Psicografia:Francisco Cândido Xavier.Editor FEB.

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Có d i g o pe n a l d a Vi d a Fu t u r a / 3ª pa r t e

O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação. Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os tra-ços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza os travos da ex-piação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a cau-sa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação. O arrependimento pode dar-se por

toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo. Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são consequentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal. A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má-vontade, achar-se-á numa existên-cia ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiverem queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhe-cimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões não preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se tem sido orgulhoso, amável se foi austero, carido-so se tem sido egoísta, benigno se tem sido perverso, laborioso se tem sido ocio-so, útil se tem sido inútil, frugal se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetrados. E desse modo progride o Espírito, apro-veitando-se do próprio passado. (1)

Os Espíritos imperfeitos são excluídos dos mundos felizes, cuja harmonia per-turbariam. Ficam nos mundos inferiores a expiarem as suas faltas pelas tribulações da vida, e purificando-se das suas imper-feições até que mereçam a encarnação em mundos mais elevados, mais adiantados moral e fisicamente. Se se pode conceber

um lugar circunscrito de castigo, tal lugar é, sem dúvida, nesses mundos de expia-ção, em torno dos quais pululam Espíritos imperfeitos, desencarnados à espera de no-vas existências que lhes permitam reparar o mal, auxiliando-os no progresso.Como o Espírito tem sempre o livre-

arbítrio, o progresso por vezes se lhe torna lento, e tenaz a sua obstinação no mal. Nesse estado pode persistir anos e séculos, vindo por fim um momento em que a sua contumácia se modifica pelo sofrimento, e, a despeito da sua jactância, reconhece o poder superior que o domina. Então, desde que se manifestam os primeiros vis-lumbres de arrependimento, Deus lhe faz entrever a esperança. Nem há Espírito in-capaz de nunca progredir, votado à eterna inferioridade, o que seria a negação da lei de progresso, que providencialmente rege todas as criaturas.Quaisquer que sejam a inferiorida-

de e perversidade dos Espíritos, Deus jamais os abandona. Todos têm seu anjo de guarda (guia) que por eles vela, na persuasão de suscitar-lhes bons pen-samentos, desejos de progredir e, bem assim, de espreitar-lhes os movimentos da alma, com o que se esforçam por re-parar em uma nova existência o mal que praticaram. Contudo, essa interferência do guia faz-se quase sempre ocultamente e de modo a não haver pressão, pois que o Espírito deve progredir por impulso da própria vontade, nunca por qualquer sujeição. O bem e o mal são praticados em virtude do livre-arbítrio, e, conse-guintemente, sem que o Espírito seja fatalmente impelido para um ou outro sentido. Persistindo no mal, sofrerá as consequências por tanto tempo quanto durar a persistência, do mesmo modo que, dando um passo para o bem, sente imediatamente benéficos efeitos.

obServação - Erro seria supor que, por efeito da lei de progresso, a certeza de atin-gir cedo ou tarde a perfeição e a felicidade pode estimular a perseverança no mal, sob a condição do ulterior arrependimento: primeiro porque o Espírito inferior não se apercebe do termo da sua situação; e segundo porque, sendo ele o autor da pró-pria infelicidade, acaba por compreender que de si depende o fazê-la cessar; que

por tanto tempo quanto perseverar no mal será infeliz; finalmente, que o so-frimento será intérmino se ele próprio não lhe der fim. Seria, pois, um cálculo negativo, cujas consequências o Espíri-to seria o primeiro a reconhecer. Com o dogma das penas irremissíveis é que se verifica, precisamente, tal hipóte-se, visto como é para sempre interdita qualquer ideia de esperança, não tendo, pois o homem interesse em converter-se ao bem, para ele sem proveito. Diante dessa lei, cai também a objeção extraída da presciência divina, pois Deus, crian-do uma alma, sabe efetivamente se, em virtude do seu livre-arbítrio, ela tomará a boa ou a má estrada; sabe que ela será punida se fizer o mal; mas sabe também que tal castigo temporário é um meio de fazê-la compreender o erro, cedo ou tarde entrando no bom caminho. Pela doutrina das penas eternas conclui-se que Deus sabe que essa alma falirá e, portanto, que está previamente conde-nada a torturas infinitas.A responsabilidade das faltas é

toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios, salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo.

Assim, o suicida é sempre punido; mas aquele que por maldade impele outro a cometê-lo, esse sofre ainda maior pena.Conquanto infinita a diversidade de

punições, algumas há inerentes à inferiori-dade dos Espíritos, e cujas consequências, salvo pormenores, são pouco mais ou me-nos idênticas. A punição mais imediata, sobretudo entre os que se acham ligados à vida material em detrimento do progres-so espiritual, faz-se sentir pela lentidão do desprendimento da alma; nas angústias que acompanham a morte e o despertar na outra vida, na consequente perturba-ção que pode dilatar-se por meses e anos. Naqueles que, ao contrário, têm pura a consciência e na vida material já se acham identificados com a vida espiritual, o tres-passe é rápido, sem abalos, quase nula a turbação de um pacífico despertar.

ContInua na páG.6

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 6

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Céu e Inferno - Esperanças e Consolações

Có d i g o pe n a l d a Vi d a Fu t u r a 3ª pa r t e (ContInuação-páG. 5)

Um fenômeno mui frequente en-tre os Espíritos de certa inferioridade moral é o acreditarem-se ainda vivos, podendo esta ilusão prolongar-se por muitos anos, durante os quais eles expe-rimentarão todas as necessidades, todos os tormentos e perplexidades da vida.Para o criminoso, a presença inces-

sante das vítimas e das circunstâncias do crime é um suplício cruel.Espíritos há mergulhados em densa

treva; outros se encontram em absoluto in-sulamento no Espaço, atormentados pela ignorância da própria posição, como da sorte que os aguarda. Os mais culpados pa-decem torturas muito mais pungentes por não lhes entreverem um termo. Alguns são privados de ver os seres queridos, e todos, geralmente, passam com intensidade re-lativa pelos males, pelas dores e privações que a outrem ocasionaram. Esta situação perdura até que o desejo de reparação pelo arrependimento lhes traga a calma para en-trever a possibilidade de, por eles mesmos, pôr um termo à sua situação.

(1) A necessidade da reparação é um princípio de rigorosa justiça. que se pode considerar verdadeira lei de reabilitação moral dos Espíritos. Entretanto, essa dou-trina religião alguma ainda a proclamou. Algumas pessoas repelem-na porque

acham mais cômodo o poder quitarem-se das más ações por um simples arrependi-mento, que não custa mais que palavras, por meio de algumas fórmulas; contudo, crendo-se, assim, quites, verão mais tar-de se isso lhes bastava. Nós poderíamos perguntar se esse princípio não é con-sagrado pela lei humana, e se a justiça divina pode ser inferior à dos homens? E mais, se essas leis se dariam por de-safrontadas desde que o indivíduo que as transgredisse, por abuso de confian-ça, se limitasse a dizer que as respeita infinitamente. Por que hão de vacilar tais pessoas perante uma obrigação que todo homem honesto se impõe como dever, segundo o grau de suas forças? Quando esta perspectiva de reparação for inculcada na crença das massas, será um outro freio aos seus desmandos, e bem mais poderoso que o inferno e respecti-vas penas eternas, visto como interessa a vida em sua plena atualidade, podendo o homem compreender a procedência das circunstâncias que a tornam penosa, ou a sua verdadeira situação.Fonte: O Céu e o Inferno,Capítulo VIII, Itens 16º ao 25º, Allan Kardec, Editora FEB.obS.: As partes anteriores constam das edi-ções de novembro/2013 e fevereiro/2014. A conclusão será publicada na edição de agosto/2014.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 7

Vida - Dádiva de Deus

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:teorIaS e proCedImentoS do maGnetISmo

autor: HeCtor durvIlle

edItora león denIS

a n t í d o t o à d e p r e s s ã o

Por incrível que pareça, com todo o excepcional progresso da ciência nas derradeiras décadas criamos a socie-

dade dos deprimidos e dos comprimidos, porque no fundo nos sentimos oprimidos.

Vivemos uma crise cultural sem precedentes na história deste mundo. Nunca, como hoje, os seres humanos mais sensíveis foram tão ator-mentados pela percepção de que algo em seu destino não está certo e precisa ser retificado. Algo terrivelmente incômodo, que muita gente não identifica de modo correto e por isso se de-bate em inexplicável angústia.

O sentimento de desconforto íntimo de numerosos homens e mulheres, velhos e jovens, leva-os nos tempos atuais ao desin-teresse pela existência, ao medo do futuro, à renúncia de aspirações justas, ao desâni-mo em face dos desafios da sorte, enfim, a um abatimento mórbido que recebeu dos especialistas em saúde o sonoro nome: de-pressão. O seu tratamento, de ordinário, é feito com recursos farmacêuticos. E os re-sultados, frequentemente, revelam-se como meros paliativos.

Desde Hipócrates a Medicina estuda a depressão, chamada em época remota de melancolia. E, na verdade, sobre ela ainda pouco se aprendeu, em que pese os seus respeitáveis conhecimentos em torno dessa época psíquica.

Modernamente diz-se que há pelo menos três espécies básicas de depressão: a endógena, que se liga a herança genética, a casual, que resulta dos fatores traumatizantes de nature-za física capazes de produzir perturbações no funcionamento no sistema nervoso, e a rela-tiva, que decorre de conteúdos e problemas psicológicos não resolvidos (ressentimento diante da realidade não aceita de mistura com autopiedade, etc).

A análise da depressão em termos etioló-gicos é complexa e para, os terapeutas dessa enfermidade, constitui tarefa difícil saber

se o paciente necessita de uma dose de be-toendorfina ou de um passeio em sedutora estância balneária...

Um remédio preventivo, no entanto, em nosso pensar de leigo, pode e deve ser re-ceitado a todas as pessoas, inclusive àquelas que ainda não apresentam tendências de-pressivas: trabalho caridoso.

Nunca vimos ninguém que se dedique, com real devotamento, a uma atividade de benemerência em favor do próximo, cair em depressão. Falta-lhe tempo para isso e sobra-lhe o contentamento de ser útil.

No caso dos espíritas, que também estão sujeitos a estados emocionais depressivos porque, tanto quanto as demais criatu-ras, sofrem a opressão dos falsos valores sociais, é recomendável o aproveitamento das oportunidades de serviço nobre ofere-cidas pelos Centros doutrinários: a atuação desobsessiva, os passes, o aconselhamento ético, consolador e orientativo, os cuida-dos administrativos, os procedimentos de limpeza que raros se dispõem a executar, as aulas para adultos e crianças, e tantas ou-tras ações generosas de extrema valia para os pobres e os sofredores.

Por mais agradável que se nos afigure o ambiente do Centro Espírita, em virtude da invigilância dos seus diretores, às vezes em conflito uns com os outros, ou em razão de deploráveis desvios ideológicos, convém não o abandonarmos, a menos que, fora dele, tenhamos condição de fazer pelos necessitados o bem possível de realizarmos junto aos irmãos de crença.

Espíritas apenas teóricos, amantes da doce placidez de aposentados domésticos com ar refrigerado, acabam se expondo a riscos in-desejáveis.

Todos temos inimigos nas faixas vibratórias do Além, propensos a influir negativamente em nosso ânimo costumeiro e, o que eles mais almejam, para nos solapar a alegria de

viver, plantando a semente da depressão em nosso campo mental, é nos afastar do traba-lho caridoso e do ambiente doutrinário.

Cientes disso, sejamos cautelosos contra a doença da moda, que ataca pobres e ricos, sábios e ignorantes. Não nos iludamos, nesse delicado e movediço terreno, com os recur-sos clássicos da medicina organicista, porque eles eliminam sintomas sem erradicar o mal pela raiz. Ainda que exames de laboratório atestem a ausência em nosso corpo de subs-tâncias químicas humorizantes necessárias, e possamos remediar isso com drogas farma-cêuticas por longos períodos de tempo, só o pensamento altruísta e as emoções resultan-tes da sua prática garantem-no satisfatória saúde psíquica.

A depressão é acima de tudo uma doen-ça da alma, não da matéria. Os seus efeitos reprimidos comprimidos tendem sempre a reaparecer e, se não colocamos a consci-ência em harmonia com as leis eternas da vida, que ensinam a solidariedade em todos os domínios da natureza, jamais deles esta-remos a salvo.

Como, depois de instalada em nosso ser, a depressão pode se agravar rapidamente até nos induzir a situações patológicas de con-sequências imprevisíveis, empurrando-nos mesmo para psicoses sutis ou manifestas, é de bem alvitre nos perguntarmos se no Cen-tro Espírita mais perto de onde moramos não existe alguma ocupação esperando pelo esforço colaborativo de alguém...

nazareno tourInHo

Fonte: Revista Internacional do Espiritismo, ano LXXII, nº 6, julho/1997.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 8

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / No Mundo Maior).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Dramas da Obsessão).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Desobsessão, André Luiz,F.C.Xavier.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 15:00 às 16:30Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

ConviteVenha estudar conoscoa vIda e as obraS de

Yvonne A. PereiraProcure a Secretaria de Cursos

para informações

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

am e m tr a b a l h a n d o

E sta história que Jesus nos contou deve percutir no coração de to-dos nós. Nossas construções são

dirigidas para quê? A figura do Evangelho é emblemática; o

campo são as nossas realizações. Semeamos um campo com a planta que sentimos que nos interessa. Se somos capazes de semear com plantas frutíferas teremos um tipo de resultado. Se semeamos com árvore como se diz no interior de Minas, como os “pés de pau”, nada produzirão. Mas, se formos capazes de semear com plan-tas que frutifiquem, que deem sombra, que realizem alimentação, esta árvore realmente, será um campo produtivo.

O armazém também está simboli-camente demonstrado por Jesus nas criaturas que guardam tudo para si: virtudes (...) conhecimentos (...) valores da alma (...); têm medo de expô-los ao mundo. Há pessoas que tão ciosas da sua liberdade que não deixam ninguém avançar dentro delas, que até mesmo se isolam dentro de suas casas, são prisio-neiras de si mesmas. Há pessoas que são incapazes de abrir a porta de sua mente para receber ideias novas, como há pessoas incapazes de abrir o coração para que dele saiam luzes que atinjam os outros. Espécie de pessoa que não é capaz de amar; guardam o sentimento para si, têm medo de pôr o amor junto de alguém e receber em troca algo que não querem. Mas, como são generosas, querem crescer, crescem, mas crescem para dentro. Têm medo de dar uma aula, tem medo de falar alguma coisa, tem medo de mostrar os seus sentimen-tos, tem medo de dizer a alguém que gostam dela, tem medo, só medo.

Em minha vida eu tive alguns medos durante alguns momentos; temi por al-gumas coisas, mas todas as vezes que fui capaz de mostrar que era capaz de dizer alguma coisa, de falar alguma coisa, de mostrar alguma coisa, só tive alegrias, embora parecesse durante alguns mo-mentos que eu tivesse problemas.

Não meus irmãos, não tenham medo de dizer o que vocês são e como vocês são. Se houver alguém que ame, esse alguém

... E dizia o homem que olhava para seus campos e para seus armazéns: “Que farei com tudo isso? Já sei: eu os multiplicarei”. E Deus disse-lhe: “Louco! Esta noite te to-marão a alma. E o que tens juntado para que servirá?” (*)

compreenderá vocês. Se houver um es-pírita ao lado de vocês, verdadeiramente espírita, esse espírita entenderá vocês. Se houver um sentimento, por peque-no que seja, por parte de alguém junto a vocês; vocês estarão fortalecidos; não tenham medo. Sejam, ao contrário, pes-soas claras, objetivas, falando de Jesus, mostrando os tesouros que você tem, porque todas as vezes — eu repito — que eu pude mostrar o meu tesouro, muitas vezes recebia palavras críticas na hora, mas a verdade acabava ressaltada e aparecendo.

Ao término dessa tarde de paz, de con-solação, emoção, de convivência com a Doutrina Espírita, dirijo-me a todos vocês com o sentimento de quem tra-balhou na Terra e continua trabalhando no Plano Espiritual, falando que todo um sentimento de Amor e Caridade que está sendo cultivado pelo espírito de cada um, todo esse sentimento deve se multiplicar.

Não hesitem: amem trabalhando.Que Jesus nos abençoe.Terminando esta tarde de trabalho, falo

em nome da Direção da Casa; terminan-do essa tarde de trabalho, abraçando-os e despedindo-me de todos vocês, a amiga.

Yvonne

(*) Lucas - 12:16-21(Mensagem psicofônica, recebida pelo médium Altivo Pamphiro, no CELD, em 02.11.1997).

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 9

Mensagem Mediúnica

loCal: Centro eSpírIta Irmão ClarênCIo

Encontros Espíritas

Em Junho27° enContro eSpírIta Sobre medIunIdade

tema - exIStem eSpírItoS ?dIa - 22 / 06 /2014Hora - 8:30 àS 13:00

24° enContro eSpírIta medICIna eSpIrItual

Seção - atualIdadeS

dIa - 04 / 05 /2014Hora - 8:30 àS 13:00

Em Maio

24° enContro eSpírIta Sobre a vIda e a obra de eurípedeS barSanulfo

tema: a pedaGoGIa de eurípedeS barSanulfo

dIa - 25 / 05 /2014Hora - 8:30 àS 13:00

Somos todos filhos de Deus e, por isso mesmo, deveríamos assim nos ver e sentir e, além desta verdade inconteste, também meditarmos em torno de outra, realmente: por termos um Pai em comum, somos irmãos uns dos outros e, nessa condição, poderemos começar a entender o convite do nosso Mestre e Senhor Jesus que, através das suas lições,

nos ensina há muito tempo a trabalharmos em nós os sentimentos da compaixão, da caridade, da tolerância, da paciência e da indulgência para com todos aqueles com os quais, no momento, estejamos convivendo.

Muitas vezes reclamamos e não refletimos que, talvez para muitos, somos aquela pessoa difícil de ser suportada.

Por que assim citamos ou lembramos as palavras? - Porque sabemos bem das dificuldades que todos temos ainda em vivenciar as lições que vimos aprendendo junto à Doutrina Espírita e muito antes dela, através dos séculos, no contato que tivemos, pelas múltiplas reencarnações, com as outras religiões, que também nos convidavam, em nome do Senhor, a amar Deus, a amar o nosso próximo como nos amamos.

As dificuldades, reconhecemos. Se não tivéssemos a possibilidade do retorno através da reencarnação, como diluirmos o mal semeado em outros tempos, como alcançarmos o perdão daquele a quem ferimos em outras vidas, como aprendermos a perdoar aquele que nos magoou um dia, como recebermos junto ao nosso coração, na condição de filhos, os espíritos rebeldes que nós mesmos incentivamos a ser e agir dessa forma, em outros tempos, em outras existências?

Bendita reencarnação que nos permite, através das múltiplas oportunidades concedidas por Deus a cada um de nós, acertarmo-nos com a Lei de Deus. Vamos, então, nos tornando espíritos mais dóceis aos ensinamentos do Cristo, indo a pouco e pouco nos transfor-mando e transformando o mundo para melhor.

Portanto, que cada um faça a sua parte neste concerto divino; que cada um aproveite as oportunidades; que cada um procure semear a boa semente para ter a boa colheita de frutos que verdadeiramente saciem a nossa fome espiritual.

Assim, nesta noite, com os estudos aqui realizados, o convite se renova junto aos nossos corações.

Muita paz.O Irmão InáCIo.

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 26 de março de 2014).

"A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele que nada tem de comum com o antigo." (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. IV : 4)

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 10

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Do Outro Lado da Vida

o marquês de saint-paul

alImentoS não pereCíveIS para confecção de :

Quentinhas (irmãos em situação de rua)Cestas Básicas (famílias carentes)

InformaçõeS : SeCretarIa admInIStratIva

Suasempre será

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contendo 01 Livro Espírita + 01 DVD de Palestras +

01 Revista de Estudos EspíritasRenda destinada à manutenção do

Centro Espírita Irmão Clarêncio.

1. Evocação.R. – Eis-me aqui.

2. Vossa irmã pediu-nos para evocar-vos, pois, conquanto seja médium, não está ainda bastante desenvolvida.

R. – Responderei da melhor forma possível.

3. Em primeiro lugar ela deseja saber se sois feliz.

R. – Estou na erraticidade, estado tran-sitório que não proporciona nem felicidade nem castigo absolutos.

4. Permanecestes por muito tempo inconsciente do vosso estado?

R. Estive muito tempo perturbado e só voltei a mim para bendizer da piedade dos que, lembrando- se de mim, por mim oraram.

5. E podeis precisar o tempo dessa perturbação?

R. – Não.

6. Quais os parentes que reconhecestes primeiro?

R. – Minha mãe e meu pai, os quais me receberam ao despertar, iniciando-me em a nova vida.

7. A que atribuir o fato de parecer que nos últimos extremos da moléstia confabuláveis com as pessoas caras da Terra?

R. – Ao conhecimento antecipado pela revelação do mundo que viria habitar. Vidente antes da morte, meus olhos só se turbaram no momento da separação do corpo, porque os laços carnais eram ainda muito vigorosos.

8. Como explicar as recordações da in-fância que de preferência vos ocorriam?

R. – Ao fato de o principio se identificar mais com o fim, que com o meio da vida.

p. Como explicar isso?R.– Importa dizer que os moribundos

lembram e veem, como reflexo consolador, a pureza infantil dos primeiros anos.

Nota : É provavelmente por motivo providencial semelhante que os velhos, à proporção que se aproximam do termo

(Falecido em 1860 e evocado, a pedido de uma sua irmã, consóror da Sociedade de Paris, em 16 de maio de 1861).

da vida, têm, por vezes, nítida lembrança dos mais ínfimos episódios da infância.

9.Por que, referindo-vos ao corpo, fa-láveis sempre na terceira pessoa?

R. – Porque era vidente como vo-lo disse, e sentia claramente as diferenças entre o físico e o moral; essas diferenças, muito amalgamadas entre si pelo fluido vital, tornam-se distintíssimas aos olhos dos moribundos clarividentes.

Nota : Eis aí uma particularidade sin-gular da morte deste senhor. Nos seus últimos momentos, ele dizia sempre: Ele tem sede, é preciso dar-lhe de beber; ele tem frio, é preciso aquecê-lo; sofre em tal ou tal região, etc. E quando se lhe dizia: Mas sois vós que tendes sede? – respondia: “Não, é ele.” Aqui ressaltam perfeitamente as duas existências; o eu pensante está no Espíri-to e não no corpo; o Espírito, em parte desprendido, considerava o corpo outra individualidade, que a bem dizer lhe não pertencia; era portanto ao seu corpo que se fazia mister dessedentar, e não a ele Es-pírito. Este fenômeno nota-se também em alguns sonâmbulos.

10. O que dissestes sobre a erratici-dade do vosso Espírito e sua respectiva perturbação, levaria a duvidar da vos-sa felicidade, ao contrário do que se poderia inferir das vossas qualidades. Demais, há Espíritos errantes felizes e infelizes.

R. – Estou num estado transitório; aqui as virtudes humanas passam a ter seu jus-to valor. Certo, este estado é mil vezes pre-ferível ao da minha encarnação terrestre; mas porque alimentei sempre aspirações ao verdadeiramente bom e belo, minha alma não ficará satisfeita senão quando se alçar aos pés do Criador.

Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec, 2ª Parte, Capítulo III, Editora FEB.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 11

Personalidade Espírita

au r o r a a. de lo s sa n t o s d e si l V e i r a

A urora A. de los Santos de Sil-veira, pioneira espírita uruguaia, nasceu no dia 28 de agosto de 1890

e desencarnou no dia 10 de agosto de 1969, em Montevidéu.

O Espiritismo uruguaio muito deve a essa mulher idealista, que através do seu exemplo e dedicação contribuiu para fazer germinar, naquela nação, a semente generosa da Dou-trina dos Espíritos.

Sofrendo as agruras de prisões e da separação dos filhos revelou a sua fibra de missionária, não deixando jamais o desempenho de uma tarefa apostólica que a impulsionava, e que culminou com a fundação de uma instituição espírita que também se tornou a pioneira na-quela pátria irmã.

Filha de José Fabrício dos Santos, brasi-leiro, e Petrona Tejera, espanhola, Aurora morava no Departamento da Rivera, na Re-pública Oriental do Uruguai, motivo que a levou a cursar apenas um ano da escola primária.

Sua vida foi repleta de dificuldades e sacri-fícios junto a seus familiares, nos afazeres da agricultura. Desde pequena se revelaram nela fenômenos mediúnicos de vidência, que seus pais procuravam reprimir, por desconhecer sua verdadeira causa e por temerem que ela enveredasse pelo caminho da loucura.

Foi mãe extremosa de sete filhos, em dois matrimônios. Em 1933 desencarnou o seu segundo esposo, Gervásio Silveira, deixando-a na maior penúria com absoluta falta de re-cursos, o que a levou, juntamente com seus filhos, a passar por angustiosa fase.

Nesses momentos de grandes aflições, conheceu uma senhora de nome Valentina, que lhe deu alguns folhetos e revistas es-píritas. A leitura dessas publicações atuou como verdadeiro bálsamo, preenchendo uma grande lacuna naquele Espírito bon-doso e abnegado.

Cheia de fé e esperança, Aurora começou a levar os seus filhos a pequenos Centros Espíritas que existiam nas cidades de Rivera e Livramento, na fronteira entre o Brasil e Uruguai, sentindo-se daí por diante bastante aliviada em suas angústias, dedicando-se à leitura de “O Evangelho Segundo o Espiri-tismo”, de Allan Kardec.

No dia 5 de julho de 1935, transferiu seu domicílio para a capital uruguaia, em busca de melhores condições econômicas, passando a trabalhar como costureira.

Em Montevidéu, certo dia, estando muito cansada e aflita, pediu a seu filho Baltazar que lesse o único livro espírita que possuía, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, ocasião em que se manifestou um espírito que, dian-te do assombro do moço, apenas disse: “Não

temais, venho para ajudar-vos”, solicitando que procurassem reunir três ou quatro pes-soas, quando então voltaria.

Ao despertar, Aurora inteirou-se daquela solicitação e, no dia seguinte promoveu a reunião, segundo a vontade expressa pelo espírito comunicante, que deu o nome de “Bon Ajou”.

Após a realização dessa sessão, Aurora teve desabrochada a sua mediunidade, passando a fazer curas assombrosas de cegos, paralí-ticos, cancerosos e de uma série de pessoas desenganadas pela medicina oficial.

Sua fama se expargiu e doentes vinham de todos os lugares em busca da cura.

Nessa época o Espiritismo no Uruguai era praticamente desconhecido e Aurora foi acu-sada de exercício ilegal da Medicina, sendo presa e recolhida a uma prisão de mulheres, onde permaneceu durante 6 meses. Seus fi-lhos foram parar nos mais diversos lugares, inclusive em orfanatos.

Terminada a sentença, abandonou a prisão, debilitada e abatida, porém isso não impediu que dentro de poucos dias voltasse ao mesmo lugar, reiniciando o seu trabalho apostólico, ajudando os seus irmãos mais necessitados e lutando pela divulgação dos ideais espíritas.

Após grandes lutas conseguiu ver reali-zado o seu sonho, obtendo personalidade jurídica para uma instituição que fundou, o “Centro Evangélico Espiritual Hacia la Verdad”, sociedade beneficente cuja inau-guração ocorreu em 31 de maio de 1944, e cuja sede própria foi levantada em 1950, na Avenida General Flores, 4.689, em Mon-tevidéu. Tudo isso através do seu esforço, coadjuvado por um livro e um Espírito amigo.

Os dados acima foram obtidos por inter-médio de Baltazar Silveira, filho da grande pioneira, entretanto, a título de subsídios biográficos, transcreveremos abaixo o que o erudito escritor e orador brasileiro, Newton Boechat, escreveu sobre essa notável bata-lhadora, em outubro de 1966, quando ela ainda estava entre nós:

“D. Aurora de los Santos de Silveira, pio-neira no Movimento Espírita Uruguaio, mé-dium notável e destemida, hoje repousando das lutas de antanho, quando era vigoroso seu organismo físico. Enfrentou, vezes inú-meras, o cárcere, a perseguição, os ataques de adversários terríveis, para evidenciar a Mensagem Espírita: o “Hacia la Verdad”, é o fruto de seus labores em função do Bem, obtendo, finalmente, personalidade jurídica desde 1944.

A venerada senhora., junto à lareira da resi-dência de Canellones, muito nos contou das lutas de outrora, com seus ardís e embargos,

mas que não lhe puderam frustrar a perse-verança.

Hoje, o “Hacia la Verdad” é organização respeitável, com centenas de sócios, em sede confortável de 200 butacas (poltronas) e preciosa biblioteca. Seu auditorium lembra o da “Confederação Espírita João Evange-lista” da Penha, no Rio de Janeiro.

D. Aurora, quando mais tarde for escrita a Historia do Espiritismo Uruguaio, em seus pródromos, aparecerá como inesquecível criatura que, quase só, não poupou esforços na hora do testemunho.

Ela é lá o que o Dr. Bezerra, Sayão, Bitten-court, Caírbar, Eurípedes, Lins, Olímpio Teles, Petitinga, Batuíra e tantos outros que já desen-carnaram, foram aqui.

Nós, espiritistas brasileiros, devemos envolver o nome de d. Aurora de los Santos Silveira, em nosso carinhoso respeito. Que no silêncio de sua residência em Canellones, meditando nas lutas sublimes de outros tempos, junto à lareira amiga e ao chimarrão de que tanto gosta, rece-ba o rocio de nossas irradiações”.

Fonte: Os Grandes Vultos do Espiritismo.Autor:Paulo Alves Godoy.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 12

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Emmanuel Responde

s a l V a ç ã o d a a l m a *Como entender a salvação da alma e como consegui-la?

— Dentro das claridades espirituais que o Consolador vem espalhando nos bastidores religiosos e filosóficos do mundo, temos de traduzir o conceito de salvação por iluminação de si mesma, a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no infinito. Considerando esse aspecto real do problema de “salvação da alma”, somos compelidos a reconhecer que, se a Providência Divina movi-mentou todos os recursos indispensáveis ao progresso material do homem físico na Terra, o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais. — Jesus é o Modelo Supremo. O Evangelho é o roteiro para a ascensão de todos os Espíritos em luta, o aprendizado na Terra para os planos superiores do Ilimitado. De sua aplicação decorre a luz do Espírito. No turbilhão das tarefas de cada dia, lembrai a afirmativa do Senhor: — “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”. Se vos cer-cam as tentações de autoridade e poder, de fortuna e inteligência, recordai ainda as suas palavras: “Ninguém pode ir ao Pai senão por mim”. E se vos sentis toca-dos pelo sopro frio da adversidade e da dor, se estais sobrecarregados de trabalhos no mundo, buscai ouvi-lO sempre no imo d’alma: — “Quem deseje encontrar o Reino de Deus tome a sua cruz e siga os meus passos”.

Os guias espirituais têm uma parte ativa na tarefa de nossa iluminação pessoal?

— Essa colaboração apenas se verifica como no caso dos irmãos mais velhos, ou dos amigos mais idosos nas experiências do mundo. Os mentores do Além poderão apon-tar-vos os resultados dos seus próprios esforços na Terra ou, então, aclarar os ensinos que o homem já recebeu através da misericórdia do Cristo e da benevolência dos seus enviados, mas, em hipótese alguma, poderão afastar a alma encarnada do trabalho que lhe compete, na curta permanência das lições do mundo. Que dizer de um professor que decifrasse os problemas comuns para os alunos? Além disso, os amigos espirituais não se encontram em estado beatífico. Suas atividades e deveres são maiores que os vos-sos. Seus problemas novos são inúmeros e cada Espírito deve buscar em si mesmo a luz necessária à visão acertada do caminho. Trabalhai sempre. Essa é a lei para vós outros e para nós que já nos afastamos do âmbito limitado do círculo carnal. Esforcemo-nos constantemente. A palavra do guia é agradável e amiga, mas o trabalho de iluminação pertence a cada um. Na solução dos nossos problemas, nunca esperemos pelos outros, porque de pensamento voltado para a fonte de sabedoria e misericórdia, que é Deus, não nos faltará, em tempo algum, a divina inspiração de sua bondade infinita.

(*) Título criado exclusivamente para este texto. Não consta da referida obra.

Fonte: O Consolador, psicografia de Francisco Cândido Xavier, questões 225 e 226.

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Na Seara Mediúnica

s u b s í d i o - m é d i u n s F a l a n t e s

O s médiuns audientes, que apenas transmitem o que ouvem, não são, a bem dizer, médiuns falantes. Estes últimos, as mais das vezes, nada ouvem. Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes. Querendo

comunicar-se, o Espírito se serve do órgão que se lhe depara mais flexível no médium. A um, toma da mão; a outro, da palavra; a um terceiro, do ouvido.

O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas ideias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, rara-mente guarda lembrança do que diz.

Em suma, nele, a palavra é um instrumento de que se serve o Espírito, com o qual uma terceira pessoa pode comunicar-se, como pode com o auxilio de um médium audiente. Nem sempre, porém, é tão completa a passividade do médium falante. Alguns há que têm a intuição do que dizem, no momento mesmo em que pronunciam as palavras.Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Item166, Editora FEB.

Reunião pública de 18/4/60 – Questão nº 166.

Q uando te detenhas na apreciação da mediunidade falante, pensa na maravilha do verbo, recordando que todos somos médiuns da palavra.

A glote vocal pode ser comparada à harpa viva, em cujas cordas a alma exprime todos os cambiantes do pensamento. E, sendo o pensamento onda criadora a integrar-se com outras ondas de pensamento com as quais se harmoniza, a fala, de modo invariável, refle-te o grupo moral a que pertencemos.

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.

Com ela, propagamos as boas obras, acendemos a esperança, fortalecemos a fé, susten-tamos a paz, alimentamos o vício ou nutrimos a delinquência. E isso acontece, porque, em verdade, nunca falamos sozinhos, mas sempre retratamos as influências da sombra ou da luz que nos circulam no âmbito mental.

Toda vez que ensinamos ou conversamos, nossa boca assemelha-se a um alto falante, em conexão com o emissor da memória, projetando na direção dos outros não apenas a resultante de nossas leituras ou de nossos conhecimentos, mas igualmente as ideias e sugestões que nos são desfechadas pelas criaturas encarnadas ou desencarnadas com as quais estejamos em sintonia.

Não menosprezes, portanto, o dom de falar que nos facilita a comunhão com os outros seres.Guarda-o na luz do respeito e da justiça, da bondade e do entendimento, sem olvidar

que atitude é alavanca invisível de ligação.Através de nossos conceitos orais, o pessimismo é porta aberta ao desânimo, o sarcasmo

é corredor rasgado para a invasão do descrédito, a cólera é gatilho à violência, o azedume é clima da enfermidade e a irritação é fermento à loucura.

Desse modo, ainda que trevas e espinheiros se alonguem junto de ti, governa a própria emoção e pronuncia a palavra que instrua ou console, ajude ou santifique. Mesmo que a provocação do mal te instigue à desordem, compelindo-te a condenar ou ferir, abençoa a vida, onde estiveres.

A palavra vibra no alicerce de todos os males e de todos os bens do mundo.Falando, o professor alça a mente dos aprendizes às culminâncias da educação, e, falando,

o malfeitor arroja os companheiros para o fojo do crime.Sócrates falou e a visão filosófica foi alterada.Jesus falou e o Evangelho surgiu.O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.Todos somos medianeiros daqueles que admiramos e daqueles que ouvimos.Aprendamos, assim, a calar toda frase que malsine ou destrua, porque, conforme a Lei do

Bem promulgada por Deus, toda palavra que obscureça ou enodoe é moeda falsa no tesouro do coração.

Fonte: Seara dos Médiuns, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Editora FEB.

p a l a V r a

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 14

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Artigo

O s espiritualistas acreditam que estamos neste plano para curar nossas inferioridades. Um pro-

fessor, um dia, comentou que vivemos na Terra porque nossa frequência vi-bratória não é elevada o suficiente para acessarmos os planos superiores.

Estamos aqui para aprender as lições necessárias e, então, aperfeiçoar o espí-rito. Por exemplo: se a pessoa se magoa facilmente, a vida apresenta as oportu-nidades para que supere o problema. Ela é agressiva ou melancólica? Terá as condições de mudar isso. Basta prestar atenção aos fatos do dia a dia para refi-nar a alma e evoluir.

Nem sempre enxergamos as situações como um meio para isso. Como crianças mimadas, preferimos brigar, questionar e dizer que não merecemos as “provas” que enfrentamos.

Em O Evangelho Segundo O Espi-ritismo, Capítulo IV, Item 25, o Mentor Luís esclarece: “A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus os confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o de-senvolvimento da inteligência”. Mais adiante completa o Mentor: “Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam dos frutos de seus labores”.

O sistema reencarnatório não é um siste-ma de permanência longínqua, ou melhor, não é um sistema adicionador de méritos, simplesmente pela quantidade a que se submeteu o Ser.

Constantemente ouvimos as pessoas di-zerem que vão deixar para resolver alguns problemas na próxima reencarnação, que com certeza terão novas oportunidades de se modificar. Como se tal processo fosse para se usufruir a vida toda, para curtir apenas. Enganam-se os que assim pensam e imaginam a vida. Quanto mais rápido nos livrarmos do ir e vir, mais rapidamen-te estaremos usufruindo da plenitude da consciência e, por conseguinte, contem-plando a paz.

Reencarnação, em um mesmo processo reparador, é um meio pelo qual nos con-dicionamos pelas quedas evidenciadas. Daí, obviamente se deduz: menos erros,

é p r e C i s o e V o l u i r

menos dores, menos sofrimentos e me-nos reencarnações regeneradoras.

Buscamos Deus nas igrejas e templos, mas Ele está dentro de cada um. Esque-cemos que o caminho para encontrá-lo é a oração pura, que vem do coração. Quando oramos assim, nossa alma se ilumina e enxergamos que o perdão é a fonte de todo o bem.

Para buscarmos o aperfeiçoamento podemos utilizar um exercício de Ge-rald Epstein, autor do livro “Curar para a Imortalidade” que é assim:

Todos os dias, ao deitarmos, devemos repassar as situações vividas. Comecemos com os últimos acontecimentos e relem-bremos até o momento do nosso despertar. Brigamos com alguém? Reviva a discussão, mas troque de lugar com a pessoa. Dessa forma, vamos enxergar as coisas do ponto de vista dela.

Fazer isso nos deixa mais próximos do que somos: espíritos em busca do aper-feiçoamento. Pratique e veja a diferença na sua vida. E jamais se esqueça: vibre luz para ser parte dela.

Em nenhum átimo da vida a luz se faz sem que geradores sejam projetados e colocados em funcionamento. Assim é na existência material e, por analogia, transfere-se essa informação para o âm-bito da essência do Ser, pois, para que a luz se faça, torna-se indispensável que o Ser, interiormente, tenha construído os imprescindíveis geradores. A claridade só se faz quando se expurgam os conteúdos putrefáticos armazenados, as condutas deterioradas. Há necessidade de clarifi-carem-se as imaginações, as conjecturas, os discernimentos. Enfim, os princípios mentais pelos quais elaboramos os pen-samentos energizadores dos movimentos de cada instante do dia a dia.

Luz é sinônimo de liberdade. Para con-segui-la, somente através de penetrações profundas nos Ensinamentos de Jesus, enciclopédias de todas as verdades. Assim disse o mestre Jesus: “E conhecereis a ver-dade e a verdade vos libertará”.

Sigamos as diretrizes doadas pelo Irmão Maior e certamente a luminosidade que irá despontar nos fará melhor visualizar os caminhos da vida.

marlI abInader

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 15

CopérnICodarwIn GalIleu Colombo

Artigo

o e s p í r i t o , e s s e e s q u e C i d o

A intolerância religiosa vitimou gran-des inteligências.O Espírito, unidade fundamental da

Criação, e sua evolução continuam esquecidos, o que levou as sociedades humanas ao lamentável estado moral em que se encontram.

Sua existência, embora tão evidente, foi medrosamente relegada pela ciência porque os cientistas o esqueceram propositadamente, temendo pelo conceito que poderia ficar ame-açado, entre seus pares, por qualquer suspeita da prática de misticismo, o fantasma criado pelo dogma religioso, o que lhes classifica-ria como charlatães e significaria a completa desmoralização e descrédito como homens de ciência.

Os poucos curiosos e corajosos que pesquisa-ram o Espírito, o fizeram pensando em buscar mais um elemento na escala de Mendéléef ou uma fumacinha que pudessem captar um pouco para levá-las às assembleias doutas de sua classe, como ornamento de suas glórias pessoais.

Como isto não pudesse acontecer passaram quase todos a negar o Espírito e a afirmar, em seus argumentos reducionistas, que a vida era fa-bricada pelo organismo e o pensamento, apenas secreção do cérebro, alimentando assim, o mate-rialismo cego e ateu.

Era natural que assim agisse a comunidade científica de uma sociedade pouco culta e, por-tanto preconceituosa e cuja religião oficial que deveria ser a precursora e sustentadora da Ver-dade Espiritual, procurasse, pela defesa de seus privilégios, desacreditá-la, taxando suas manifes-tações de coisas do diabo.

De fato, a Igreja Católica, sincretismo religioso bárbaro, criada com o fim de sustentação do Im-pério Romano, portanto mais ligada à Roma que à Jerusalém, bem como todas as secções resultan-tes da Reforma Protestante que permaneceram cristalizadas em seus dogmas e velhas letras, pelo atraso de suas concepções não renovadas, fizeram com que a Luz da Palestina ficasse oculta atrás de ritos e cânones artificiais afastando-a do conheci-mento dos homens.

Depois, os escândalos das vidas de papas, as guerras religiosas, a Inquisição, as indulgências

pagas e a brutal perseguição contra o avanço da inteligência humana, como nos mostra a história de lutas de Copérnico, Galileu, Co-lombo, Darwin, só para lembrar uns poucos, como exemplos da intolerância religiosa que vitimou até mesmo sacerdotes de sua pró-pria confissão de fé, destruíram no ocidente a confiança na religião de tal modo, que esta passou a valer quase que apenas como uma formalidade social elitista.

Assim o fracasso dos cientistas e religiosos deu força ao materialismo, cuja cegueira des-virtuou as sociedades pela irresponsabilidade moral.

Foi preciso que, no final do século passado, em ostensiva intervenção do Céu, o Espírito de Verdade viesse reviver os ensinamentos do Evangelho Cristão, retirando-os de sob o entulho irracional e falsificado dos dogmas fazendo surgir com Allan Kardec a codifi-cação da Doutrina Espírita para reviver no mundo o Cristianismo original e autêntico e reimplantar o Espírito nas cogitações dos homens, trazendo-lhes de novo, a esperança em seus próprios destinos.

Este fato auspicioso representou a chegada da Verdade Prometida que é a Ciência do Espírito, o Espiritismo, que veio para ofe-recer “à Ciência, a Fé, e à Religião a prova”, unindo-as para espancar as sombras da igno-rância e libertar as almas do medo.

Daí por diante, o homem começou a compreender que é Espírito, princípio inte-ligente criado por Deus como o Ser Único, imortal, veículo e motor da Vida, causa e fundamento de todas as coisas da Nature-za e pôde restabelecer a fé em si mesmo, compreendendo também que é o dono e senhor do seu destino, o qual será feliz ou infeliz conforme dirija suas ações para o bem ou para o mal e que só construirá sua Paz como resultado de sua solidariedade a todos os demais Espíritos, seus irmãos de todos os níveis e idades, a quem deve ser-vir e servir, incondicionalmente, na prática invariável da Caridade, para manter-se sin-tonizado com as vibrações de Deus, na Lei

do Amor, único meio possível de conquistar a sua Evolução Espiritual.

Contra essa Alvorada de Luz Espiritual, ainda teimam algumas almas ensombrecidas, apresentando de um lado apenas o fanatismo doentio, falsificado de lealdade religiosa e de outro, a velha arma do preconceito do mis-ticismo que, infelizmente, faz, ainda hoje, a falta de curiosidade em cientistas hodiernos que preferem buscar a verdade do Espírito que já não pode mais ser negada simples-mente, nas religiões, estas sim, místicas, de filosofias antigas e estranhas, como fosse possível se viver hoje, no ocidente, como no oriente antigo, longe de razão.

Enquanto isso, a linfa pura e cristalina que emana das páginas da Codificação fica aguar-dando novas desilusões e sofrimentos para que seja procurada pelos renitentes incurados.

Mas, nenhuma sombra vai mais impedir a propagação da Luz da Verdade, pois o homem, acordando para a realidade do Espírito, como já acontece no Brasil e daqui se irradia para todo o mundo, vai reformar a filosofia utilitarista, que ainda vige, como produto azedo do ma-terialismo agonizante e vai sanear as sociedades das velhas viciações com que foi impregnada, para fazê-la seguir o Paradigma do Amor na sua autoadaptação aos ensinamentos cristãos.

Imantado pela consciência da urgente ne-cessidade da própria reforma moral, o homem fatalmente vai orientar-se para o Bem e levar a Terra para a sua Era de Regeneração, muito breve, cumprindo as previsões do Espírito de Verdade.

SebaStIão nuneS CavaSSonI

Fonte: Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 1998.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

Dia : 04 / 05 / 2014 - 16 horasCulto no Lar de Selma Vieira Santos

Atividades Doutrinárias

Curso de Atualização para todos os Médiuns

maIo : dia 24 / SábadoHorárIo : 16 horasloCal : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Reflexão

Curso : A Família na Visão EspíritaDia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.eStudo aberto a todoS oS IntereSSadoS.Abril:Dia 06 - Constelação familiar: órfãos, meninos de rua, a mendicância.Dia 13 - A família como agência edu-cadora por excelência: instrumento de redenção espiritual, criação, educação, amor e autoridade.Dia 20 - O lar é a melhor escola: pais, os primeiros professores — Quem é o educando, quem é o educador? A missão da paternidade.Dia 27 - Aspectos da educação: intelectual, social, moral e espiritual e religiosa.

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

em Fa m í l i a

A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação

lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades do-

mésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos,espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consan-guíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreen-são. Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena — aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.Fonte: Pão Nosso - Lição 117 / Espírito: Emmanuel / Psicografia: Francisco Cândido Xavier

“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus”.Paulo. (I Timóteo, 5:4.)

O homem, sem humildade, nada cons-trói dentro de si...

Sem noção de sua insignificância, não se supera.

Se se crê infalível, comete o primeiro erro.

Ele, e não os outros, é o seu maior em-baraço na senda do progresso.

A humildade é consciência profunda das próprias limitações...

E quem se reconhece limitado está começando a crescer interiormente.

O autossuficiente converte-se em ilha...Isola-se, inclusive, do contato com

Deus através dos semelhantes.Por acreditar que a si mesmo se basta,

não acrescenta a si a riqueza da experiência alheia...

se m hu m i l d a d e

Conservar a mente sempre receptiva é apanágio das almas sábias!

Em uma de suas mil faces, Deus pode se nos revelar na corola de uma flor, no trinado de um pássaro, na lágrima de um indigente...

A parte divina que nos completa está nos outros...

Quem não a busca, não realiza Deus em si!

O minúsculo grão de areia pode reter o calor...

A grande montanha de gelo derrete, mas não absorve os raios de Sol.

Fonte: Passo a Passo. A Jornada do Autoconhecimento.

Espírito: Irmão José.Psicografia: Carlos A. Baccelli.

Clareando / Ano XI / Edição 128 / Maio . 2014 - Pág . 17

Suplemento Infantojuvenil

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :Os JOvens e Os víciOs

Autores DiversosEditora Auta de Souza

O EsfOrçO da sEmEntE

A sementinha soltou-se da árvore, caiu no solo e lá permaneceu. Cer-to dia, um vento passou soprando forte e a arrastou para longe.

Nesse lugar estranho, longe do local onde sempre vivera, longe da árvore mãe que a tinha agasalhado, a sementinha sentia-se solitária, mas confiante de que sua vida ia mudar. Uma manhã, olhando para o alto, viu pesadas nuvens que se acumulavam no céu e percebeu que ia chover.

Logo, o vento começou a soprar e a chuva forte caiu, molhando a terra, se acumulando em poças e depois formando um pequeno regato.

A sementinha, apavorada, viu-se arrastada pela enxurrada por um longo trecho... até que notou que havia parado. A lama acabou por envolvê-la e ali ela ficou, escondida no escuro, coberta pela terra.

Sem nada ver, a sementinha sentia-se muito triste. Estava sozi-nha e sem poder sair daquele lugar onde não entrava luz. Não gostava da escuridão, nem da umidade, nem da terra que a mantinha presa, impedindo-a de ver o sol.

Todavia, ela não perdia as esperanças de ter um futuro melhor. Confiava que o Criador não a fizera nascer em vão.

E a sementinha sentia a vida pulsar dentro de si. Toc... toc...toc... Eram as batidas do seu coração.

Mas o que adiantava ter um coração, sentir-se viva, se nada podia fazer, entregue à inutilidade embaixo da terra?

Então, a sementinha, em lágrimas, orou com muita fé:

– Ajude-me, Senhor. Quero ter uma vida diferente, realizar algu-ma coisa de útil e de bom! Não me deixe aqui sem poder fazer nada.

Depois, cansada de chorar, a sementinha acabou por se acomo-dar, adormecendo aconchegada à terra.

Certo dia, algum tempo depois, ela acordou. Dormira bastante. Sentia-se descansada. Teve vontade de espreguiçar-se.

Encheu o peito de ar e abriu os braços com força. Então, viu que dois delicados brotinhos surgiam do seu corpo. Mais animada, começou a fazer força. Esticou... esticou... esticou bem os braços... e, cheia de alegria, conseguiu romper o solo!

E um espetáculo lindo surgiu diante de seus olhos maravi-lhados: o céu azul, as árvores verdes e floridas que existiam ali perto, os pássaros e, especialmente o sol, cujos raios mornos aqueciam seu corpo, fortalecendo sua seiva.

Poucos dias depois já era uma linda plantinha, forte e decidida, cheia de pequenos galhos e de folhas verdinhas.

Em breve, tinha crescido e se transformado num belo arbusto. Não demorou muito e era uma árvore, de tronco robusto e cujos ga-lhos avançavam para todos os lados formando uma grande copa.

Surpresa e feliz, descobriu que era uma Macieira!

Agora, olhando tudo do alto, a Macieira pensava em como se modificara sua vida. Os pássaros vinham fazer ninhos em seus ramos; os pequenos animais se abrigavam sob sua copa; as pessoas protegiam-se sob sua sombra, as crianças subiam em seus galhos, e, no tempo certo, colhiam seus frutos, alimentando-se com suas doces e saborosas maçãs. E até os vermes existentes no solo se bene-ficiavam, aproveitando os frutos estragados que caíam no chão.

E a Macieira acolhia a todos, satisfeita por poder ser útil. Sentia-se agora feliz e realizada.

Seu coração grande e generoso, repleto de gratidão, reconhecia o quanto devia à terra que a agasalhara em seu seio por tanto tempo, à água que mantivera sua vida latente e ao calor do sol que lhe dera condições de crescer e se desenvolver.

Compreendia agora que, sem as dificuldades que tinha atravessa-do, não poderia ter chegado a ser a bela árvore em que se transformara.

E certamente, agradecia a Deus que a criara, consciente de que precisava passar por aquele processo de aprendizado para crescer e realizar a tarefa que lhe fora destinada.

Sentia-se importante; deixara de considerar-se inútil.Sua tarefa poderia ser pequena, mas só ela a poderia realizar,

por isso agora se considerava muito feliz. tIa CélIa Fonte: Revista O Consolador, junho, 2007 (www.oconsolador.com.br)