boletim informativo do centro espírita irmao clarêncio · então, muito grande será a vossa...

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Ano XII - Edição 136 - Janeiro / 2015 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Observação: Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien- tação. (21) 3252.1437 pág.13 Na Seara Mediúnica: Inspiração Cenas da Vida: A Casca de Banana pág.9 Artigo: Você Gosta da Tentação ? pág.17 Suplemento Infantojuvenil: Ano Novo, Vida Nova pág.15 O Pensamento de Leon Denis: Caminho para o Progresso pág.12 pág.10 Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita Mensagem Mediúnica: Inácio pág3 pág5 Revista Espírita: O Espiritismo Obriga pág.8 Estudando a Gênese: Pensamento e Perispírito pág.1 1 Instruções de Além-Túmulo: Acerca da Aura Humana Nesta Edição : Editorial ANO NOVO E TRANSFORMAÇÃO N este mês de janeiro abriu-se um novo volume para a coleção dos livros de nossa vida; mas, este volume vem com as páginas em branco. Isto mesmo, em branco. Nele escreveremos mais um capítulo da nossa história de vida. Vamos refletir: o que deixaremos gravado nessas páginas? Fazendo uma análise dos volumes anteriores, identificaremos “os equívocos” e poderemos nos determinar a não repeti-los. Identificaremos, também, “boas realizações” que nos servirão de incentivo. Coloquemos neste livro exemplos de coragem, de amor e de caridade, sempre envolvidos pelo sentimento de esperança e de fé. Fé em Deus, primeiramente, e fé em nós mesmos, pois, como Jesus nos disse, “somos deuses” e, portanto, capazes de gestos de elevação; basta querermos, mas “querermos de verdade”. Consultemos o roteiro de bem proceder que Jesus nos trouxe: o Evangelho; consultemos, também, nossa consciência, pois nela estão gravadas as leis de Deus. Sigamos as pegadas do Mestre Jesus; Ele é o “caminho, a verdade e a vida” e façamos desse novo volume um belo livro. Lembremos: o ano só será novo se deixarmos o “homem velho” para trás. A principal renovação parte do nosso interior. Procuremos renovar ideais, hábitos, palavras, gestos, porque Deus é constante renovação. Que Deus nos abençoe e Jesus nos ilumine a caminhada. FELIZ 2015!

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Ano XII - Edição 136 - Janeiro / 2015

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .

Observação:

Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio para obter orien-tação.

(21) 3252.1437 pág.13

Na Seara Mediúnica:Inspiração

Cenas da Vida:A Casca de Bananapág.9

Artigo:Você Gosta da Tentação ?

pág.17Suplemento Infantojuvenil:Ano Novo, Vida Nova

pág.15

O Pensamento de Leon Denis:Caminho para o Progresso

pág.12

pág.10Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

Mensagem Mediúnica:Ináciopág3

pág5Revista Espírita:O Espiritismo Obriga

pág.8Estudando a Gênese:Pensamento e Perispírito

pág.1 1Instruções de Além-Túmulo:Acerca da Aura Humana

Nesta Edição :

Editorial

Ano novo e TrAnsformAção

Neste mês de janeiro abriu-se um novo volume para a coleção dos livros de nossa vida; mas, este volume vem com as páginas em branco. Isto mesmo, em branco. Nele escreveremos mais um capítulo da nossa história de

vida. Vamos refletir: o que deixaremos gravado nessas páginas?Fazendo uma análise dos volumes anteriores, identificaremos “os equívocos”

e poderemos nos determinar a não repeti-los. Identificaremos, também, “boas realizações” que nos servirão de incentivo.

Coloquemos neste livro exemplos de coragem, de amor e de caridade, sempre envolvidos pelo sentimento de esperança e de fé. Fé em Deus, primeiramente, e fé em nós mesmos, pois, como Jesus nos disse, “somos deuses” e, portanto, capazes de gestos de elevação; basta querermos, mas “querermos de verdade”.

Consultemos o roteiro de bem proceder que Jesus nos trouxe: o Evangelho; consultemos, também, nossa consciência, pois nela estão gravadas as leis de Deus.

Sigamos as pegadas do Mestre Jesus; Ele é o “caminho, a verdade e a vida” e façamos desse novo volume um belo livro.

Lembremos: o ano só será novo se deixarmos o “homem velho” para trás. A principal renovação parte do nosso interior. Procuremos renovar ideais, hábitos, palavras, gestos, porque Deus é constante renovação.

Que Deus nos abençoe e Jesus nos ilumine a caminhada.

Feliz 2015!

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 2

Semeando o Evangelho de Jesus

“Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que os amam? - Se o bem somente o fizerdes aos que vo-lo fazem, que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo faz a gente de má vida? - Se só emprestardes àqueles de quem possais esperar o mesmo favor, que mérito se vos reconhecerá, quando as pessoas de má vida se entre ajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei bem a todos e auxiliai sem esperar coisa alguma. Então, muito grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e até para os maus. - Sede, pois, cheios de misericórdia, como cheio de misericórdia é o vosso Deus.” (S. Lucas, cap. VI, vv. 32 a 36.)Se o amor do próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho. Entretanto, há geralmente equívoco no tocante ao sentido da palavra amar, neste passo. Não pretendeu Jesus, assim falando, que cada um de nós tenha para com o seu inimigo a ternura que dispensa a um irmão ou amigo. A ternura pressupõe confiança; ora, ninguém pode depositar confiança numa pessoa, sabendo que esta lhe quer mal; ninguém pode ter para com ela expansões de amizade, sabendo-a capaz de abusar dessa atitude. Entre pessoas que desconfiam umas das outras, não pode haver essas manifestações de simpatia que existem entre as que comungam nas mesmas ideias. Enfim, ninguém pode sentir, em estar com um inimigo, prazer igual ao que sente na companhia de um amigo. A diversidade na maneira de sentir, nessas duas circunstâncias diferentes, resulta mesmo de uma lei física: a da assimi-lação e da repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo determina uma corrente fluídica que impressiona penosamente. O pensamento benévolo nos envolve num agradável eflúvio. Daí a diferença das sensações que se experimenta à aproximação de um amigo ou de um inimigo. Amar os inimigos não pode, pois, significar que não se deva estabelecer diferença alguma entre eles e os amigos. Se este preceito parece de difícil prática, impossível mesmo, é apenas por entender-se falsamente que ele manda se dê no coração, assim ao amigo, como ao inimigo, o mesmo lugar. Uma vez que a pobreza da linguagem humana obriga a que nos sirvamos do mesmo termo para exprimir matizes diversos de um sentimento, à razão cabe estabelecer as diferenças, conforme aos casos. Amar os inimigos não é, portanto, ter-lhes uma afeição que não está na natureza, visto que o contato de um inimigo nos faz bater o coração de modo muito diverso do seu bater, ao contato de um amigo. Amar os Inimi-gos é não lhes guardar ódio, nem rancor, nem desejos de vingança; é perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem condições, o mal que nos causem; é não opor nenhum obstáculo a reconciliação com eles; é desejar-lhes o bem e não o mal; é experimentar júbilo, em vez de pesar, com o bem que lhes advenha; é socorrê-los, em se apresentando ocasião; é abster-se, quer por palavras, quer por atos, de tudo o que os possa prejudicar; é, finalmente, retribuir-lhes sempre o mal com o bem, sem a intenção de humilhá-los. Quem assim procede preenche as condições do mandamento: Amai os vossos inimigos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XII, itens 2 e 3, Editora FEB.

Clareando as Ideias com Kardec

ConsolAdor PromeTido

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um. O que basta para a felicidade de um, constitui a desgraça de outro. Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum a todos os homens?

“Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a consciência tranquila e a fé no futuro.”

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto.

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 4ª parte, capítulo I, questão 922, Editora FEB.

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal a caminho da perfeição.“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

feliCidAde TerresTre (*)

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 3

Mensagem Mediúnica

A través dos tempos, o homem na Terra veio observando que poderes além da matéria densa, manifestavam-se cons-tantemente em torno dos seus passos, em torno da sua existência na Terra.De acordo com a evolução, a capacidade de percepção e entendimento intelectual, a pouco e pouco, percebeu ele

que entidades espirituais, manifestavam-se constantemente, em torno dos seus passos no plano terreno.Inicialmente classificadas como deus. Posteriormente, através da unicidade de uma fé, de uma religião, propaga-se

pelo mundo a ideia, o ensinamento do Deus único. Ainda nesses tempos, observa-se que Deus era classificado como Aquele com compreensão e misericórdia em relação

àqueles que lhe obedeciam as Leis.Mas, ai daqueles que o contrariavam! Era um deus muitas vezes tido como vingativo. Os tempos passam e Jesus manifesta-se entre nós classificando-O como Deus de amor e como aquele que poderíamos

chamar de Pai.E, a partir desse momento em que Jesus no-lO apresentou nesta configuração de um Pai Celestial, passamos a

compreender melhor as Suas Leis, as lições que seus mensageiros trouxeram até nós, para que pudéssemos, cada vez mais, entender, assimilar e pôr em prática as suas Leis.

Hoje temos a confirmação que o plano espiritual traz para nós nesses momentos em que tantos passam por provas e aflições, dores físicas e dores morais. Abre-se a página da noite em que nos é dito que Deus consola e que dá força aos aflitos da Terra.

Portanto, aos corações sofridos aqui reunidos na noite de hoje, pensemos em Deus como a fonte do Amor; pensemos em Deus como um Pai, um Pai pleno de bondade, pleno de justiça envolta em misericórdia de um Deus, de um pai Celestial, que sempre nos compreenderá e que dará a cada um de nós quantas oportunidades se fizerem necessárias, para um dia alcançarmos a plena compreensão e entendimento das suas Leis e, posteriormente, chegarmos à condição de Espíritos puros.

É da Lei, é da vontade desse Pai que assim seja.Portanto, busquemos nesta fonte o consolo, as energias para que nos momentos das lutas e dificuldades, nos sintamos

amparados, plenos na confiança e na certeza de que Deus está conosco.Graças a Deus.inácio

Graças a Deus!

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 26 de novembro de 2014).

Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. (E.S.E. cap. VI: 8)

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 4

Mensagem Mediúnica

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.andreluiz.org.br(Casas André Luiz)

www.cele.org.br(Centro Espírita Luz Eterna)

www.solarbezerrademenezes.org.be(Solar Bezerra de Menezes - RJ)

www.momento.com.br(Momento Espírita)

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Agora o

"Centro Espírita Irmão Clarêncio" também está na web !!!Acesse e confira

www.irmaoclarencio.org.br

Dia : 11 / 01 / 2015 - 16 horasCulto no Lar de Yolanda Carvalho

Atividades Doutrinárias

Ter você como sócio será muito importante para nós.Aguardamos sua inscrição.Que Jesus nos ilumine e abençoe.p

O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :01 Livro Espírita01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)

Custo do Kit : R$22,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

Meus amados irmãos e irmãs, corações voltados para as lições de Jesus, que há longos séculos aqui vêm desenvolvendo os seus esforços de melhoria e de soerguimento espiritual. Todos são para nós, os que aqui estão presentes, na condição de benfeitores,

de guias e protetores espirituais, corações muito queridos, porque sois, também, filhos de Deus; portanto nossos queridos e estimados irmãos.

Unamo-nos, pois, e diante das tarefas não julguemos tanto as dificuldades que, à vezes, possamos encontrar. Relembremos que a casa do mundo, num terreno humilde, vem, ano após ano, transformando-se e sempre nestes períodos estamos juntos, dando-lhes apoio e a presença sempre amiga junto aos seus corações.

Portanto, prossigamos, abrindo as portas da nossa Instituição para todos aqueles que aqui chegam, recebendo-os com a mensagem cristã espírita, com todas essas lições abençoadas que vêm prodigalizar a todos nós, através dos tempos, a renovação espiritual que tanto desejamos.

As lutas são grandes; reconhecemos a dor de muitos; mas tenham a certeza de que estamos ao lado de vocês. Não iríamos deixá-los à matroca em navio ou nau em tempestade ou noite tempestuosa, sem que vocês pudessem contar com o nosso apoio, com a nossa assistência, a nossa proteção.

Somos todos filhos de Deus; portanto, aos que aqui chegam com as suas dificuldades, com as suas dores físicas e morais, aprendamos e compreendamos que na medida em que estamos estendendo a mensagem espírita a esses corações, na extensão do socorro prodigalizado a essas almas sofridas, estaremos, também por nossa vez, rece-bendo de retorno os benefícios das bênçãos de Deus que vão diluindo a pouco e pouco o mal que ainda possamos ter dentro de nós.

Prossigamos com fé, esperança, confiança em Deus, na certeza de que o Senhor está conosco e nunca nos desampara.

Do meu coração, as vibrações de amor, as mais sinceras que possamos ter por cada um de vocês.

O meu abraço amigo,clarêncio.Graças a Deus!

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no Culto no Lar do CEIC, em 14 / 12 / 2014).

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 5

Revista Espírita

continua na pág. 6

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL)Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35 (4º): “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.

O Espiritismo é uma ciência essen-cialmente moral. Desde logo, os que se dizem seus adeptos não

podem, sem cometer uma grave inconse-quência, subtrair-se às obrigações que ele impõe.

Essas obrigações são de duas sortes:A primeira concerne ao indivíduo que,

ajudado pelas claridades intelectuais que a doutrina espalha, pode compreender melhor o valor da cada um de seus atos, sondar melhor todos os refolhos de sua consciência, apreciar melhor a infinita bondade de Deus, que não quer a mor-te do pecador, mas que se converta e viva; e, para lhe deixar a possibilidade de erguer-se de suas quedas, deu-lhe uma longa série de existências sucessivas, em cada uma das quais, levando a pena de suas faltas passadas, pode adquirir novos conhecimentos e novas forças, fazendo-o evitar o mal e praticar o que é conforme a justiça, à caridade. Que dizer daquele que, esclarecido quanto aos seus deveres para com Deus, para com seus irmãos, permanece orgulhoso, cúpido e egoísta? Não parece que a luz o tenha encegue-cido, porque não estava preparado para recebê-la? Desde então marcha nas tre-vas, não obstante em meio à luz; só é espírita de nome.

A caridade fraterna dos que veem realmente deve esforçar-se por curá-lo dessa cegueira intelectual; mas, para muitos dos que se lhe assemelham, será preciso a luz que o túmulo traz, porque seu coração está muito preso aos gozos materiais e seu espírito não está ma-duro para receber a verdade. Em uma nova encarnação eles compreenderão que os planetas inferiores como a Terra não passam de uma espécie de escola mútua, onde a alma começa a desen-volver suas faculdades, suas aptidões, para em seguida as aplicar ao estudo dos grandes princípios de ordem, de justiça, de amor e de harmonia, que regem as relações das almas entre e

o esPiriTismo obrigA(Paris, abril de 1886 — MédiuM : srª b...)

si, e as funções que desempenham na direção do Universo; eles sentirão que, chamada a uma tão alta dignida-de, qual a de se tornar mensageira do Altíssimo, a alma humana não deve aviltar-se, degradar-se ao contato dos prazeres imundos da volúpia, das ig-nóbeis cobiças da avareza, que subtrai de alguns filhos de Deus o gozo dos bens que deu a todos; compreenderão que o egoísmo, nascido do orgulho, cega a alma e a faz violar os direitos da justiça, da Humanidade, desde que gera todos os males que fazem da Terra uma estação de dores e de expiações. Instruí-dos pelas duras lições da adversidade, seu espírito será amadurecido pela refle-xão, e seu coração, depois de ter sido massacrado pela dor, tornar-se-á bom e caridoso. É assim que o que vos parece um mal por vezes é necessário para re-conduzir os endurecidos.

Esses pobres retardatários, regenerados pelo sofrimento, esclarecidos por esta luz interior, que se pode chamar o batismo do Espírito, velarão com cuidado sobre si mesmos, isto é, sobre os movimentos de seu coração e o emprego de suas facul-dades, para dirigi-los conforme as leis da justiça e da fraternidade. Compreenderão não apenas que eles próprios são obrigados a melhorar-se, cálculo egoísta que impede atingir o objetivo visado por Deus, mas que a segunda ordem de obrigações do espírita, decorrendo necessariamente da primeira e a completando, é a do exemplo, que é o melhor dos meios de propagação e de renovação.

Com efeito, aquele que está con-vencido da excelência dos princípios que lhe são ensinados, e a eles con-formar a sua conduta, princípios que lhe devem proporcionar uma felici-dade duradoura, não pode, se estiver verdadeiramente animado desta ca-ridade fraterna, que está na essência mesma do Espiritismo, senão desejar que sejam compreendidos por todos

os homens. Daí a obrigação moral de conformar sua conduta com sua crença e ser um exemplo vivo, um modelo, como o Cristo o foi para a Humanidade. Vós, frágeis centelhas partidas do eterno foco do amor divino, certamente não podeis pretender uma tão vasta irradiação quanto à do Verbo de Deus encarnado na Terra, mas, na vossa esfera de ação, podeis espa-lhar os benefícios do bom exemplo.

Podeis fazer amar a virtude, cercando-a do charme dessa benevolência constante, que atrai, cativa e mostra, enfim, que a prática do bem é coisa fácil, promove a felicidade íntima da consciência que se colocou sob sua lei, pois ela é a rea-lização da vontade divina, que nos fez dizer por seu Cristo: Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. Ora, o Espiritismo é a verdadeira apli-cação dos princípios da moral ensinada por Jesus, e é apenas com o objetivo de fazê-la por todos compreendida, a fim de que, por ela, todos progridam mais rapi-damente, que Deus permite esta universal manifestação do Espírito, vindo explicar o que vos parecia obscuro e vos explicar toda a verdade. Vem, como o Cristia-nismo bem compreendido, mostrar ao homem a absoluta necessidade de sua renovação interior pelas consequências mesmas que resultam de cada um de seus atos, de cada um de seus pensamentos; porque nenhuma emanação fluídica, boa ou má, escapa do coração ou do cé-rebro do homem sem deixar uma marca em algum lugar.

O mundo invisível que vos cerca é para vós esse Livro de Vida, onde tudo se inscreve com uma incrível fidelidade, e a balança da Justiça Divina não é se-não uma figura, a exprimir que cada um de vossos atos, de vossos sentimentos, é, de certo modo, o peso que carrega vossa alma e a impede de se elevar, ou o que traz o equilíbrio entre o bem e o mal.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 6

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Evolução em Dois Mundos).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Ressurreição e vida).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediúnica e Passes.COTTE - Curso de Orientação para o Trabalho de Tratamento Espiritual.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 18:30Grupo de Estudos Antônio de Aquino(No Invisível)Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enigma)

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimen-to Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) / Livro: Diálogo com as Sombras- Hermínio Corrêa de Miranda.Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Grande Enígma)Revista Espírita.Dia : Sábado / 14:30 às 16:00Valorização da Vida (Aberto a Todos).

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.COMP- Curso de Orientação Mediúnica e Passes.O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.Curso Permanente para Médiuns do CEIC – CPMC (2º e 4º sábados do mês).atenção: não Haverá mais "Curso de atualização Para Médiuns".

Revista Espírita

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

(continuação - pág. 5)

Feliz aquele cujos sentimentos partem de um coração puro; es-palha em seu redor como uma

suave atmosfera, que faz amar a virtude e atrai os Espíritos bons; seu poder de irradiação é tanto maior quanto mais humilde for, isto é, mais desprendido das influências materiais que atraem a alma e a impedem de progredir.

As obrigações que impõe o Espiritis-mo são, pois, de natureza essencialmente moral; são uma consequência da crença; cada um é juiz e parte em sua própria causa; mas as claridades intelectuais a quem realmente quer conhecer-se a si mesmo e trabalhar em sua melhoria são tais que amedrontam os pusilânimes, ra-zão por que é rejeitado por tão grande número. Outros tratam de conciliar a re-forma que sua razão lhes demonstra ser uma necessidade, com as exigências da sociedade atual. Daí uma mistura hete-rogênea, uma falta de unidade, que faz da época atual um estado transitório.

É muito difícil à vossa pobre natureza cor-poral despojar-se de suas imperfeições para

o esPiriTismo obrigA

revestir o homem novo, isto é, o homem que vive segundo os princípios de justiça e de harmonia determinados por Deus; não obstante, com esforços perseverantes lá chegareis, porque as obrigações impostas à consciência, quando estiver suficiente-mente esclarecida, têm mais força do que jamais terão as leis humanas, baseadas no constrangimento de um obscurantismo religioso que não suporta o exame. Mas se, graças às luzes do alto, fordes mais ins-truídos e compreenderdes mais, também deveis ser mais tolerantes e não empregar, como meio de propagação, senão o racio-cínio, pois toda crença sincera é respeitável. Se vossa vida for um belo modelo, em que cada um possa encontrar bons exemplos e sólidas virtudes, onde a dignidade se alia a uma graciosa amenidade, regozijai-vos, porque tereis, em parte, compreendido a que obriga o Espiritismo.

luís de França

Allan KardecFonte: Revista Espírita, Allan Kardec, maio de 1866, Editora FEB.

No sistema nervoso, temos o cérebro inicial, repositório dos movimentos instintivos e sede das atividades subconscientes; figuremo-lo como sendo o porão da individualidade, onde arquivamos todas as experiências e registramos os menores fatos da vida. Na região do córtex motor, zona intermediária entre os lobos fron-tais e os nervos, temos o cérebro desenvolvido, consubstanciando as energias motoras de que se serve a nossa mente para as manifestações imprescindíveis no atual momento evolutivo do nosso modo de ser. Nos planos dos lobos frontais, silenciosos ainda para a investigação científica do mundo, jazem materiais de ordem sublime, que conquistaremos gradualmente, no esforço de ascensão, representando a parte mais nobre de nosso organismo divino em evo-lução. (...)

Não podemos dizer que possuímos três cé-rebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a "residência de nossos impulsos automático", simbolizando o

Arquivos do Cérebro*

sumário vivo dos serviços realizados; no segun-do localizamos o "domicílio das conquistas atuais", onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a "casa das noções su-periore", indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuimos, deste modo, nos três andares, o subconscien-te, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o pas-sado, o presente e o futuro.instrutor calderaro

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: "A Casa Mental".

Fonte: No Mundo Maior - Capítulo 3 / Espírito: André Luiz / Psicografia :Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 7

Mensagem Mediúnica

“O Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida aos que duvidam ou vacilam.” (E.S.E. cap. XVII: 4).

A penas repetimos a cada um dos corações aqui reunidos que vale a pena prosseguir nesse esforço de renovação espi-ritual. Almejamos — e é o sonho de muitos — alcançar certas regiões mais superiores, onde vivem Espíritos com os quais simpatizamos e com os quais gostaríamos de conviver, para também receber deles os benefícios das suas

amizades.

Mas, a justiça de Deus é perfeita e dará a cada um de acordo com as suas obras, com seus esforços de renovação, com a sua vontade de acertar o passo diante da Lei.

Para nós, reunidos aqui, é muito comum a questão da dificuldade de vivenciar esses conceitos que aprendemos com a nossa abençoada Doutrina Espírita.

As dificuldades são naturais, porque não somos Espíritos perfeitos. Se vocês fazem esforços — na condição de encarnados — nós também — os desencarnados aqui presentes — todos os dias estamos na oração e na vigilância para não cairmos em deter-minadas situações e experiências que redundaram em grandes sofrimentos para cada um de nós.

Precisamos, na condição de desencarnados, talvez muito mais do que vocês, porque o que pensamos e sentimos é visível nos planos onde nós estamos baseados e vinculados à programação dessas regiões, dessas cidades espirituais.

A dificuldade é a pressão daquilo que fomos em outros tempos. Hoje queremos acertar, mas há todo um movimento de energias e forças que, de certa forma, são os obstáculos que temos que vencer na atual existência; vocês, na condição de encarnados e nós outros, os desencarnados, constantemente atentos, para não termos a vacilação do pensamento e naquilo que sentimos.

Estamos todos juntos e somos imperfeitos e isso — de certa forma como muitos de vocês pensaram e comentaram — facilita até esse processo de renovação, porque não podemos nos julgar ou não devemos fazer certas críticas aos outros. Já que estamos juntos, debaixo do mesmo teto, é porque o Senhor reconheceu em cada um de nós virtudes e qualidades que já estão começando a sobressair e sobrepor-se em relação às imperfeições que ainda temos.

A minha visão de vocês é a mais positiva possível. Quando encarnado, nem sempre fui um espírita fiel seguidor das lições da abençoada Doutrina, mas os pequenos esforços, a dedicação aos trabalhos, procurando manter-me na sintonia com os guias e protetores das tarefas no bem, me favoreceram uma recepção que eu nunca pensei que teria quando desencarnei; mas ainda há um longo caminho a percorrer.

Quando nos juntamos a vocês — Espíritos encarnados — é com o propósito de transmitir, a cada um, a perseve-rança. Prossigam, não desistam, porque estamos ao lado de vocês; o esforço de vocês, a dedicação, o amor ao trabalho nos possibilitam exercer determinadas tarefas neste ambiente terreno onde temos tanta dor, tanto sofrimento, tantas lutas morais.

Essa é a minha palavra; a palavra de um irmão que não teve uma ligação direta com a Casa, mas que vem, há algum tempo, assistindo e, de certa forma, ajudando da melhor forma possível cada um de vocês.

Deixo o meu abraço festivo, principalmente nestas épocas, onde relembramos a vinda do Senhor. Que procuremos nos lembrar dEle em paz, principalmente nos momentos em que fraquejarmos, nos momentos em que o velho homem quiser dar mais a sua presença em relação ao novo homem, que é o Espírito renovado pelas lições de Jesus.

Do amigo,

Fernando

Graças a Deus!

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no Culto no Lar do CEIC, em 14 de dezembro de 2014).

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 8

Estudando a Gênese

Elucidações Evangélicas

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Convite

evAngelho e dinAmismo

Desde os primórdios da orga-nização religiosa no mundo, há quem estime a vida con-

templativa absoluta por introdução imprescindível às alegrias celestiais. Cristalizado em semelhante atitude, o crente demanda lugares ermos como se a solidão fosse sinônimo de santidade. Poderá, contudo, o diamante fulgurar no mostruário da beleza, fugindo ao lapidário que lhe apura o valor?

Com o Cristo, não vemos a ideia de repouso improdutivo como preparação do Céu. Não foge o Mestre ao contacto com a luta comum. A Boa Nova em seu coração, em seu verbo e em seus braços é essencialmente dinâmica. Não se con-tenta em ser procurado para mitigar o sofrimento e socorrer a aflição. Vai, Ele mesmo, ao encontro das necessidades alheias, sem alardear presunção.

Instrui a alma do povo, em pleno cam-po, dando a entender que todo lugar é sagrado para a Divina Manifestação. Não adota posição especial, a fim de receber

os doentes e impressiona-los. Na pra-ça pública, limpa os leprosos e restaura a visão dos cegos. À beira do lago, entre pescadores, reergue paralíticos. Em meio da multidão, doutrina entidades da som-bra, reequilibrando obsidiados e possessos. Mateus, no capítulo nove, versículo trinta e cinco, informa que Jesus “percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nos templos que encontrava, pregando o Evangelho do Reino e curando todas as enfermidades que assediavam o povo”. Em ocasião alguma o encontramos fora de ação. Quando se di-rige ao monte ou ao deserto, a fim de orar, não é a fuga que pretende e sim a renova-ção das energias para poder consagrar-se, mais intensamente, à atividade.

Certamente, para exaltar os méritos do Reino de Deus, não se revela pregoeiro ba-rato da rua, mas afirma-se, invariavelmente, pronto a servir. Atencioso, presta assistên-cia à sogra de Pedro e visita, afetuosamente, a casa de Levi, o publicano, que lhe ofe-rece um banquete. Não impõe condições para o desempenho da missão de bondade

que o retém ao lado das criaturas. Não usa roupagens especiais para entender-se com Maria de Magdala, nem se enclausura em preconceitos de religião ou de raça para deixar de atender aos doentes infelizes. Seja onde for, sem subestimar os valores do Céu, ajuda, esclarece, ampara e sal-va. Com o Evangelho, institui-se entre os homens o culto da verdadeira frater-nidade. O Poder Divino não permanece encerrado na simbologia dos templos de pedra. Liberta-se. Volta-se para a es-fera pública. Marcha ao encontro da necessidade e da ignorância, da dor e da miséria. Abraça os desventurados e levanta os caídos. Não mais a tirania de Baal, nem o favoritismo de Júpiter, mas Deus, o Pai, que, através de Jesus Cristo, inicia na Terra o serviço da fé renovadora e dinâmica que, sendo êxta-se e confiança, é também compreensão e caridade para a ascensão do espírito humano à Luz Universal.Fonte: Roteiro - Lição 20 / Espírito: Emmanuel / Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

Sendo apenas Espíritos encarnados, os homens têm uma parcela da vida espiritual, visto que vivem dessa

vida tanto quanto da vida corporal; primei-ramente, durante o sono e, muitas vezes, no estado de vigília. O Espírito, encarnado, conserva, com as qualidades que lhe são pró-prias, o seu perispírito que, como se sabe, não fica circunscrito pelo corpo, mas irradia ao seu derredor e o envolve como que de uma atmosfera fluídica. Pela sua união ínti-ma com o corpo, o perispírito desempenha preponderante papel no organismo. Pela sua expansão, põe o Espírito encarnado em relação mais direta com os Espíritos livres e também com os Espíritos encarnados. O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencar-nados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes. Desde que estes se modificam pela projeção dos pensamentos do Espírito, seu invólucro perispirítico, que é parte constituinte do seu

Esta obra “tem por objetivo o estudo dos três pontos até agora diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os milagres e as predições, em suas relações com as novas leis que decorrem da observação dos fenômenos espíritas”. (A Gênese, Introdução).

PensAmenTo e PerisPíriTo (*)

ser e que recebe de modo direto e perma-nente a impressão de seus pensamentos, há de, ainda mais, guardar a de suas qualida-des boas ou más. Os fluidos viciados pelos eflúvios dos maus Espíritos podem depurar-se pelo afastamento destes, cujos perispíritos, porém, serão sempre os mesmos, enquanto o Espírito não se modificar por si próprio. Sendo o perispírito dos encarnados de natu-reza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exer-cem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irra-diação, o perispírito com eles se confunde. Atuando esses fluidos sobre o perispírito, este, a seu turno, reage sobre o organismo material com que se acha em contacto mo-lecular. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo ressente uma impressão salutar; se são maus, a impressão é penosa. Se são perma-nentes e enérgicos, os eflúvios maus podem ocasionar desordens físicas; não é outra a causa de certas enfermidades. Os meios

onde superabundam os maus Espíritos são, pois, impregnados de maus fluidos que o encarnado absorve pelos poros perispiríti-cos, como absorve pelos poros do corpo os miasmas pestilenciais.(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: "Os Fluidos".Fonte: A Gênese, Allan Kardec, capítulo XIV, item 18, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 9

Sugestão de LeituraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:Quem é o cristo ?espírito: Francisco de paula vitor

psicograFia: raul teixeira

editora Fráter

Cenas da Vida

A C A s C A d e b A n A n A

Secundino renasceria entre os homens para socorrer crianças desamparadas, e, para isso, or-

ganizou-se-lhe grande missão no Plano Espiritual. Deteria consigo determinada fortuna, a fortuna produziria trabalho, o trabalho renderia dinheiro e o dinheiro lhe forneceria recursos para alimentar, vestir e educar duas mil criaturinhas sem refúgio doméstico. Atendendo à emprei-tada, Lizel, o instrutor desencarnado que o seguiria entre os homens, dar-lhe-ia, em tempo devido, o necessário supri-mento de inspirações. Estariam juntos, e Secundino, internado no corpo terres-tre, assimilaria as ideias que o mentor lhe assoprasse. A experiência começou, assim, promissora... Da infância à mo-cidade, o tarefeiro parecia encouraçado contra a doença. Extravagante como ninguém, descia, suarento, de vigoroso cavalo do sítio paterno, mergulhando no sorvete, sem qualquer choque or-gânico, e ingeria frutos deteriorados, como se possuísse estômago de resistên-cia invencível.

Em todas as particularidades da luta, contava com a afeição de Lizel, e, muito cedo, viu-se em contacto com o ami-go espiritual, que não só lhe aparecia em sonhos, como também através dos médiuns, com os quais entrasse em sintonia. O benfeitor falava-lhe de crian-ças perdidas, pedia-lhe proteção para crianças sem rumo, rogava-lhe, indi-retamente, a atenção para o noticiário sobre crianças ao desabrigo. E tanto fez Lizel que Secundino planeou o grande cometimento.

"Sim, em toda parte e em todos os dias, há desfile de almas. A vida garante a exibição. E cada pedaço do mundo é recanto de passarela por onde transitam as criaturas, dando mostras de si mesmas”. ( Hilário Silva ) / Fonte: Almas em Desfile — Introdução.

Seria, sim, o protetor dos meninos desamparados... Entretanto, conside-rando as necessidades do serviço, pedia dinheiro em oração. E o dinheiro che-gou, abundante... Ao influxo do amor providenciai de Lizel, sentia-se banha-do em ondas de boa sorte... Explorou a venda de manganês e ganhou dinhei-ro, negociou imóveis e atraiu dinheiro, comprou uma fazenda e fez dinheiro, plantou café e ajustou dinheiro... Co-meçou, porém, a batalha moral. Lizel falava em crianças e Secundino falava em ouro.

— “Protegeria a infância desditosa — meditava, convicto — ; contudo, antes, precisava escorar-se, garantir a família, assegurar a tranquilidade e arranjar co-bertura.”

Casado, organizou fortuna para a mu-lher para o pai, acumulou fortuna para os filhos e para o sogro, amontoou rique-zas para noras e genros, e, avô, adquiriu bens para os netos... Porque tardasse demais na execução dos compromissos, a Esfera Superior entregou-o à própria sorte. Apenas Lizel o seguia, generoso. E seguia-o arrasado de sofrimento moral, assinalando-lhe frustração. Secundino viciara-se nos grandes lances da vanta-gem imediata e algemara-se francamente ideia do lucro a qualquer preço. Lem-brava os antigos projetos como sonhos da mocidade... Nada de assistência a menores abandonados, que isso era obra para governos... Queria dinheiro, respi-rava dinheiro, mentalizava novas rendas e trazia a cabeça repleta de cifras. Lizel, apesar disso, acompanhava-o, ainda...

Agoniava-se para que Secundino voltas-se a pensar nos meninos sem ninguém... Ansiava por rever-lhe o ideal de outra época!... Tudo seria diferente se o pobre companheiro despertasse para as bênçãos do espírito!... Aconteceu, no entanto, o inesperado. Ao descer de luzido auto-móvel para estudar o monopólio do leite, Secundino não percebe pequena casca de banana estendida no chão. Lizel assinala o perigo, mas suplica em vão o auxílio de outros amigos espirituais. O negociante endinheirado pisa em cheio no impro-visado patim, perdendo o equilíbrio em queda redonda. Fratura-se a cabeça do fêmur e surge a internação no hospital ; contudo, o coração cansado não corres-ponde aos imperativos do tratamento.

Aparece a cardiopatia, a flebite, a trombose e, por fim, a uremia... No leito luxuoso, o missionário frustrado pensa agora nas criancinhas enjeitadas, experimentando o enternecimento do princípio... Chora. Quer viver mais tempo na Terra para realizar o grande plano. Apeia para Deus e para Lizel, nas raias da morte... Seu instrutor, ao notar--lhe o sentimento puro, chora também, tomado de alegria... No entanto, emo-cionado consegue dizer-lhe apenas:

— Meu amigo! Meu amigo!.... Agrade-çamos ao Senhor e à casca de banana a fe-licidade do reequilíbrio!... Seu ideal voltou intacto, mas agora é tarde... Esperemos que o berço lhe seja e propício...

Fonte: Contos Desta e Doutra Vida - Lição 19 / Espírito: Irmão X / Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Editora FEB.

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K a r d e c S e m p r e

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

d i s f A r C e d o e g o í s m o ( * )

Os livros espíritas vêm conquis-tando, dia a dia, um número muito grande de leitores. As

edições se sucedem aos milhares. Os efeitos da leitura dessas obras no leitor são extrema-mente positivos.

Como consequência, o número de títulos tem aumentado muito. Novas obras de autores encarnados e desencar-nados, de conteúdo muito bom, surgem a todo instante. Entretanto no meio do trigo tem aparecido muito joio.

Não nos deveríamos preocupar com es-ses livros que difundem ensinamentos que fogem da orientação doutrinária segura. Mas, infelizmente, muitas pessoas que não conhecem a Doutrina estão começando por essas obras e aceitam como espíritas ensinamentos contrários aos princípios espiritistas.

O apóstolo Paulo já prevenia os cristãos de sua época contra as “doutrinas estranhas”. Sem dúvida, a advertência do grande traba-lhador da causa cristã continua atualíssima.

O que fazer diante do problema? Cruzar os braços? Lutar contra a edição dessas obras? Impedir a sua circulação?

Todos temos livre-arbítrio. Jamais pode-ríamos conceber a edição de um índice de livros espíritas proibidos.

Não sabemos qual a melhor solução. Mas parece-nos que há uma de grande eficácia: é trabalhar pelo o estudo das obras de Kardec. Quem começa pelo estudo cuidadoso da Co-dificação Kardequiana pode ler qualquer livro e não terá dificuldade em separar o joio do trigo. Começando por Kardec, a pessoa fica vacinada contra as “doutrinas estranhas”.

Sugerimos, pois, que mantenhamos uma campanha nacional de esclarecimento ao público quanto à necessidade de se começar pela leitura das obras de Kardec (*). A nossa ideia é que todos os jornais espíritas abor-dem periodicamente o assunto e publiquem pequenos anúncios nesse sentido. As livra-rias espíritas poderiam esclarecer os leitores quanto à vantagem de começar pelas obras do Codificador. Nos Centros e demais insti-tuições espíritas, esse tipo de esclarecimento poderia ser feito frequentemente. Por fim, todo espírita, ao recomendar um livro es-pírita para alguém, tomaria o cuidado de indicar primeiro os livros de Allan Kardec, especialmente “O Livro dos Espíritos”.

Assim sendo, cremos que o problema seria reduzido a proporções desprezíveis.

umberto Ferreira

Fonte: Reformador / Setembro - 1984 / FEB.

(*) Nota de “Reformador” : A use (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo) já realizava uma atividade dessa natureza com a legenda — CoMeçar Pelo CoMeço. A Campanha de Estudo Sistema-tizado da Doutrina Espírita, promovida pela FEB, também atende a essa finalidade (ver pag. 4 de “Reformador”).

como reconHecer um bom livro espírita

Em vão procurais na Terra iludir- vos, colorindo com o nome de virtude o que as mais das vezes

não passa de egoísmo. Em vão chamais economia e previdência ao que apenas é cupidez e avareza, ou generosidade ao que não é senão prodigalidade em proveito vosso.

Um pai de família, por exemplo, se abs-tém de praticar a caridade, economizará, amontoará ouro, para, diz ele, deixar aos filhos a maior soma possível de bens e evi-tar que caiam na miséria. E muito justo e paternal, convenho, e ninguém pode cen-surar. Mas será sempre esse o único móvel a que ele obedece? Não será muitas vezes um compromisso com a sua consciência, para justificar, aos seus próprios olhos e aos olhos do mundo, seu apego pessoal aos bens terrenais?

Admitamos, no entanto, seja o amor paternal o único móvel que o guie. Será isso motivo para que esqueça seus irmãos

perante Deus? Quando já ele tem o supér-fluo, deixará na miséria os filhos, por lhes ficar um pouco menos desse supérfluo? Não será, antes, dar-lhes uma lição de egoísmo e endurecer-lhes os corações? Não será estiolar neles o amor ao próximo?

Pais e mães, laborais em grande erro, se credes que desse modo granjeais maior afeição dos vossos filhos. Ensi-nando-lhes a ser egoístas para com os outros, ensinais-lhes a sê-lo para com vos mesmos.

A um homem que muito haja traba-lhado, e que com o suor de seu rosto acumulou bens, é comum ouvirdes dizer que, quando o dinheiro é ganho, melhor se lhe conhece o valor. Nada mais exato. Pois bem! Pratique a caridade, dentro das suas possibilidades, esse homem que de-clara conhecer todo o valor do dinheiro, e maior será o seu merecimento, do que o daquele que, nascido na abundância, ignora as rudes fadigas do trabalho.

Mas, também, se esse homem, que se recorda dos seus penares, dos seus es-forços, for egoísta, impiedoso para com os pobres, bem mais culpado se tornará do que o outro, pois, quanto melhor cada um conhece por si mesmo as dores ocultas da miséria, tanto mais propenso deve sentir-se em aliviá-las nos outros.

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo: "Desprendimento dos Bens Terrenos".

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XVI, item 14, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 11

Instruções de Além Túmulo

A C e r C A d A A u r A h u m A n A(noite de 22 de setembro de 1955)

Com imensa alegria, recebemos pela segunda vez a visita do Professor F. Labouriau que, con-

trolando o médium, nos trouxe valioso estudo, acerca da aura humana.

Meus amigos:

Para alinhar algumas notas acerca da aura humana, recordemos o que seja irradiação, na ciência atômica dos tempos modernos.

Temo-la, em nossas definições, como sendo a onda de forças dinâmicas, nas-cida do movimento que provocamos no espaço, cujas emanações se exterio-rizam por todos os lados.

Todos os corpos emitem ondulações, desde que sofram agitação ou que a pro-duzam, e as ondas respectivas podem ser medidas pelo comprimento que lhes é característico, dependendo esse compri-mento do emissor que as difunde.

A queda de um grânulo de chumbo sobre a face de um lago estabelecerá ondas diminutas no espelho líquido, mas a imersão violenta de um calhau de grandes proporções criará ondas enormes.

A quantidade das ondas formadas por segundo, pelo núcleo emissor, é o fenô-meno que denominamos frequência, gerando oscilações eletromagnéticas que se fazem acompanhar da força de gravi-tação que lhes corresponde.

Assim é que cada corpo em movimento, dos átomos às galáxias, possui um campo próprio de tensão e influência, constituído pela ondulação que produz.

Para mentalizarmos o que seja um campo de influência, figuremo-nos uma lâmpada vulgar. Toda a área de es-paço clareada pelos fótons que arroja de si expressa o campo que lhe é próprio, campo esse cuja influência diminui à medida que os fótons se distanciam do seu foco gerador, fragmentando-se ao infinito.

Qual ocorre com a matéria densa, sob estrita observação científica, nosso espírito é fulcro de criação mental in-cessante, formando para si mesmo um halo de eflúvios eletromagnéticos, com o teor de força gravitativa que lhes diz respeito.

Nossos pensamentos, assim, tecendo a nossa auréola de emanações vitais ou a on-dulação que nos identifica, representam o campo em que nos desenvolvemos.

Mas se no físico a agitação da matéria primária pode ser instintiva, no plano da inteligência e da razão, em que nos situa-mos, possuímos na vontade a válvula de controle da nossa movimentação cons-ciente, auxiliando-nos a dirigir a onda de nossa vida para a ascensão à luz, ou para a descida às trevas.

Sentimentos e ideias, palavras e atos são recursos íntimos de transformação e purificação da nossa esfera vibratória, de conformidade com a direção que lhes imprimimos, tanto quanto às dores e às provas, às aflições e os problemas são fa-tores externos de luta que nos impelem a movimento renovador.

Sentindo e pensando, falando e agindo, ampliamos a nossa zona de influência,

criando em nós mesmos a atração para o engrandecimento na Vida Superior, ou para a miséria na vida inferior, segundo as nossas tendências e atividades para o bem ou para o mal.

Enriqueçamo-nos, pois, de luz, amea-lhando experiências santificantes pelo estudo dignamente conduzido e pela bondade construtivamente praticada.

Apenas dessa forma regeneraremos o manancial irradiante de nosso espírito, diante do passado, habilitando-nos para a grandeza do futuro.

Constelações e mundos, almas e ele-mentos, todos somos criações de Deus, adstritos ao campo de nossas próprias cria-ções, com o qual influenciamos e somos influenciados, vivendo no campo univer-sal e incomensurável da Força Divina. Se nos propomos, desse modo, aprimorar nosso cosmo interior, caminhando ao en-contro dos tesouros de amor e sabedoria que nos são reservados, sintonizemos, no mundo, a onda de nossa existência com a onda do Cristo, e então edificaremos nas longas curvas do tempo e do espaço o ata-lho seguro que nos erguerá da Terra aos pináculos da gloriosa imortalidade.

F. labouriau

Fonte: Vozes do Grande Além, psicografia de Fran-cisco Cândido Xavier, lição 15, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 12

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i n s P i r A ç ã o

Em qualquer consideração sobre a mediunidade, não te esquives à inspi-ração, campo aberto a todos nós e no qual todos podemos construir para o bem, assimilando o pensamento da Esfera Superior.Não vale fenômeno sem proveito.

Um homem que enxergasse, num vale de cegos, sem diligenciar qualquer auxílio aos irmãos privados da luz, não passaria de uma lente importante, en-tregue a si mesma.

Aquele que conversasse numa provín-cia de mudos, fugindo de prestar-lhes concurso na reconquista da fala, asseme-lhar-se-ia tão somente a uma discoteca ambulante.

Quem se locomovesse à vontade, numa terra de paralíticos, negando-lhes apoio para que readquirissem a heran-ça do movimento, seria para eles uma ave rara e anormal, agindo em forma humana.

A pessoa que ouvisse, numa ilha de surdos, desertando da cooperação fra-terna para que reaprendessem a escutar, seria apenas uma registradora de sons.

A criatura que ensinasse lógica e con-duta numa colônia de alienados men-tais e não procurasse um meio, ainda que simples, de amparar-lhes o retorno à razão, estaria, entre eles, como arquivo de máximas inassimiláveis.

Não te asseveres incapaz de servir, porque te falte mais ampla incursão no inabitual.

Recurso psíquico, sem função no bem, é igual à inteligência isolada ou ao dinheiro morto, excelentes agluti-nantes da vaidade e da sovinice.

De toda ocorrência, observa o préstimo.E certos de que o pensamento é

onda de força viva que nos coloca em sintonia com os múltiplos reinos do Universo, busquemos a inspiração do bem para o trabalho do bem que nos compete, conscientes de que as mara-vilhas mediúnicas, sem atividade no bem de todos, podem ser admiráveis motivos a preciosas conversações en-tre os esbanjadores da palavra, mas, no fundo, são sempre o exclusivismo de alguém, sem utilidade para ninguém.

Fonte: Seara dos Médiuns / Espírito: Emmanuel /Psicografia: Francisco Cândido Xavier.

(*) complementação doutrinária:

Se, apesar de todas as tentativas, a mediunidade não se revelar de

modo algum, deverá o aspirante renun-ciar a ser médium, como renuncia ao canto quem reconhece não ter voz.

Do mesmo modo que aquele que ignora uma língua se vale de um tra-dutor, o recurso para o dito aspirante será servir-se de outro médium. Mas, se não puder, à falta de médiuns, re-correr a nenhum, nem por isso deverá considerar-se privado da assistência dos Espíritos. Para estes, a mediunidade constitui um meio de se exprimirem, porém, não um meio exclusivo de se-rem atraídos.

Os que nos consagram afeição se acham ao nosso lado, sejamos ou não médiuns. Um pai não abandona um filho porque, surdo e cego, não o pode ouvir nem ver; cerca-o, ao contrário, de toda a solicitude. O mesmo fazem conosco os bons Espíritos. Se não podem transmitir-nos materialmente seus pensamentos, auxiliam-nos por meio da inspiração.

reunião pública de 26/9/60 - o livro dos médiuns, item nº 218 (*)

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 13

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O Pensamento de Léon Denis

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CAminho PArA o Progresso (*)

Não há progresso possível sem ob-servação atenta de nós mesmos. necessário vigiar todosos nossos

atos impulsivos para chegarmos a saber em que sentido devemos dirigir nossoses-forços para nos aperfeiçoarmos. Primei-ramente, regular a vida física, reduzir as exigênciasmateriais ao necessário, a fim de garantir a saúde do corpo, instrumen-to indispensável parao desempenho de nosso papel terrestre. Depois disciplinar as impressões, as emoções,exercitando--nos em dominá-las, em utilizá-las como agentes de nosso aperfeiçoamentomoral; aprender principalmente a esquecer, a fa-zer o sacrifício do “eu”, a desprender-nos de todo o sentimento de egoísmo. A verdadeira felicidade neste mundo está na proporção doesquecimento próprio.

Não basta crer e saber, é necessário viver nossa crença, isto é, fazer penetrar na prá-ticadiária da vida os princípios superiores que adotamos; é necessário habituarmo--nos acomungar pelo pensamento e pelo coração com os Espíritos eminentes que foram osreveladores, com todas as almas de escol que serviram de guias à Huma-nidade, viver com eles numa intimidade cotidiana, inspirar-nos em suas vistas e sentir sua influência pela percepção ín-tima que nossas relações com o mundo invisível desenvolvem.

Entre estas grandes almas é bom escolher uma como exemplo, a mais digna de nos-sa admiração e, em todas as circunstâncias difíceis, em todos os casos em que nossa consciência oscila entre dois partidos a to-mar, inquirirmos o que ela teria resolvido e procedermos no mesmo sentido.

Assim, pouco a pouco, iremos cons-truindo, de acordo com esse modelo, um ideal moral que se refletirá em todos os nossos atos. Todo homem, na humilde realidade de cada dia, pode ir modelando uma consciência sublime. A obra é vaga-rosa e difícil, mas, por isso, são-nos dados os séculos.

Concentremos, pois, muitas vezes, nossos pensamentos, para dirigi-los, pela vontade, em direção ao ideal so-nhado. Meditemos nele todos os dias, à hora certa, de preferência pela manhã, quando tudo está sossegado e repousa ainda em roda de nós, nesse momento a que o poeta chama “a hora divina”,

quando a Natureza, fresca e descansada, acorda para as claridades do dia.

Nas horas matinais, a alma, pela ora-ção e pela meditação, eleva-se com mais fácil impulso até às alturas donde se vê e compreende que tudo - a vida, os atos, os pensamentos - está ligado a alguma coisa grande e eterna e que habitamos um mundo em que potências invisíveis vivem e trabalham conosco. Na vida mais simples, na tarefa mais modesta, na existência mais apagada, mostram-se, então, faces profundas, uma reserva de ideal, fontes possíveis de beleza. Cada alma pode criar com seus pensamentos uma atmosfera espiritual tão bela, tão resplandecente, como nas paisagens mais encantadoras; e, na morada mais mesquinha, no mais miserável tugúrio, há frestas para Deus e para o Infinito!

(*) Subtítulo criado para este trecho do texto. Título do texto completo:"A Dis-ciplina do Pensamento e a Reforma do Caráter".

Fonte: O Problema do Ser, do Destino e da Dor, Léon Denis, 3ª parte, capítulo XXIV, Editora FEB.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 14

Diga não à eutanásia, ao aborto, ao suicídio e à pena de morte.

Valorize a Vida!

"Deus é o Senhor de nossas Vidas"

Vida - Dádiva de Deus

Sermão da Montanha

s u i C í d i o — s o l u ç ã o i n e f i C A z“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).

Um suicida poderá renascer em deplorável estado mental (psíquico físico) cujos distúr-bios, as mais das vezes, crescerão diàriamente, à proporção que o perispírito melhor domi-nar o corpo, quando não for completamente anormalizado desde o nascimento: Um tiro no coração acarretará enfermidade pré-natal desse órgão. Um esmagamento por trem de ferro ocasionará entorpecimento vibratório do perispírito, dado o violento traumatismo que provoca, e, portanto, plenas disposições, no corpo material, para o entorpecimento dos músculos, dos nervos e até da medula espinhal e glândulas cerebrais, em encarnação ime-diata, e, assim, tendência quiçá irremediável para a paralisia, a demência, o retardamento intelectual, etc. Um tiro no ouvido, a surdez, um câncer ou anomalias do aparelhamento cerebral, quando não as mesmas tendências acima citadas, além de uma possível ceguei-ra, pois o cérebro foi afetado pelo suicídio, o cérebro perispiritual ressentiu-se de tais efeitos através do próprio sistema de vibrações ele-tromagnéticas. O envenenamento acarretará enfermidade do aparelho digestivo, alteração do sistema circulatório, dispepsias nervosas, etc. E todas essas origens psíquicas, alterando os centros nervosos e o sistema de sensações existentes no cérebro, se ramificam, através do sistema nervoso, pelo aparelho humano,

Al g u m A s d A s Co n s e q u ê n C i A s d o su i C í d i o (*)

e vão afetar o órgão correspondente ao que, no perispírito, foi assinalado pelo ato anterior do suicídio. Não esqueceremos aqueles que se matam atirando-se de grandes alturas: es-ses poderão até mesmo renascer predispostos à loucura e, invariàvelmente, serão nervosos, inquietos, terão ataques e serão tidos e havi-dos como epilépticos, quando suas convulsões e manifestações mórbidas nada mais serão do que vínculos mentais que revivem sensações passadas ao evento de uma contrariedade ou qualquer outro choque emocional. E eis no-vas doenças mentais vinculadas a problemas espirituais, pois tudo isso, alterando extraor-dinariamente o sistema nervoso, criou rede de complexos que afetará o bom funcionamento mental, visto que é o perispírito enfermo que está dirigindo um sistema nervoso que, neces-sàriamente, se tornou igualmente enfermo. Muitos de tais pacientes dir-se-iam obsidia-dos. Mas em verdade não o são senão pelos próprios distúrbios conscienciais e emocionais que arrastam de uma existência a outra. E tan-to necessitarão de um hábil psiquiatra como da reanimadora assistência do mundo espiri-tual e até da reeducação moral fornecida pelo Evangelho.

O perispírito, meus amigos, é corpo vivo, passível não só de adoecer se a mente enferma,

mas de refletir também estados conscienciais deploráveis ou sublimes, e os estados conscien-ciais muito graves poderão ocasionar doenças mentais em um ser encarnado, e convenhamos que tal estado até mesmo se retrata no aspecto fisionômico do indivíduo.(*) Subtítulo criado para este trecho do tex-to. Título do texto completo: "O Complexo Obsessão".

Fonte: Recordações da Mediunidade, Yvonne do Amaral Pereira, capítulo 10, Editora FEB.

Obs.: Leia todo o capítulo para melhor entendimento.

Eis, então, o Sermão da Montanha (Parte 9/9):“Bem-aventurados os que sofrem perseguição pelo amor da justiça, porque deles é o reino dos céus”.

Já dissemos que a justiça da Terra é defec-tível. Aqui proclama-se que a justiça deve ser cega, mas na realidade ela é vesga.

Montanhas de iniquidades são aqui prati-cadas em nome dessa mesma justiça. Aqui cabe, também, reiterar que muitas das in-justiças cometidas no presente tem a sua causa em vidas pretéritas, como conse-quência da aplicação pura e simples da lei de causas e efeitos.

A justiça é algo muito sério. Tendo o próprio Jesus se negado a servir de juiz numa pendência entre dois irmãos.

Os Evangelhos nos dão conta de quatro sermões proferidos por Jesus Cristo: o Sermão da Montanha, também conhecido por Sermão das Bem-Aventuranças; o Sermão Profético; o Sermão do Cenáculo e outro Sermão que representou severa reprimenda aos seus figadais detratores: os escribas e os fariseus. (...) Sem dúvida alguma, o Sermão da Montanha é o mais expressivo dentre os quatro. (Paulo Alves Godoy - Os Quatro Sermões de Jesus).

As expiações terrenas são consequências da aplicação da justiça divina que é justa e equitativa, unilateral e alicerçada nas leis do amor.

Eis, na íntegra, O Sermão da Montanha:

“Bem-aventurados os pobres de Espírito, porque deles é o reino dos céus”.

“Bem-aventurados sois vós quando vos in-juriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo o mal contra vós por Minha causa.”

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus”.

“Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão Deus”.

“Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”.

“Bem-aventurados os que choram porque serão consolados”.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque eles serão fartos”.

Bem-aventurados os mansos porque herdarão a Terra”.

“Bem-aventurados os que sofrem perseguição pelo amor da justiça, porque deles é o reino dos céus”.

Fonte: Os Quatro Sermões de Jesus, Paulo Alves Godoy - Edições FEESP.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 15

Artigo

v o C ê g o s T A d A T e n T A ç ã o ?

local: centro espírita irmão clarêncio

Encontros EspíritasEm Fevereiro

17° encontro espírita sobre " a gênese" tema - deusdata - 01 /02 /2015

Hora - 8:30 às 13:00

25° encontro espírita sobre " medicina espiritual" seção - técnica de passes

data - 22 /02 /2015

Hora - 8:30 às 13:00

A nossa resposta imediata é Não. In-clusive no final da oração do Pai Nosso pedimos a Deus para nos

livrar das tentações.No livro Sol nas Almas, André Luiz nos ensi-

na que a tentação é o recurso que a sabedoria da vida emprega para dar-nos o conhecimento de nós próprios! Se reencarnássemos e vestísse-mos uma espécie de proteção contra a tentação, permaneceríamos como um aluno sem provas. Como avaliar o nosso aprendizado, a seguran-ça de nossas forças diante dos convites do mal? Nesse mesmo livro, André Luiz cita alguns exemplos: “Se o dinheiro não nos sugere a busca de prazeres desmesurados para os sentidos e se não o opomos o freio do discernimento, como poderemos saber que ele deve ser usado para a criação das ale-grias nobres que nos enriquecem a alma?”.

Continuando: “Se o mal não nos convida a cultuar-lhe os desequilíbrios e se não lhe resistimos aos impulsos, de que maneira aprenderemos que o bem deve ser incorporado em definitivo ao nosso campo espiritual para ser usado naturalmente por nós como ar que se respira?”.

Mais adiante: “Se estamos na bengala dos cegos ou no catre dos paralíticos – conquanto a alusão não signifique qualquer desrespeito a eles, – já vivemos sob o regime de bloqueio transitório entre as forças da vida e ninguém pode reconhe-cer, de imediato, o que faríamos da luz ou do movimento, se os tivéssemos ao dispor”.

Ou seja, a tentação é o instrumento que nos dará a medida da nossa força moral.

A mentora espiritual Joanna de Ângelis, no livro Desperte e Seja Feliz, psicografado por Divaldo Pereira Franco, expõe dessa forma: “As tentações são as pedras da estrada, criando impedimentos à movimentação dos viajantes do progresso; são os espinhos cravados nas carnes do coração ferindo, a cada contração muscular (...). Constituem, também, os estímulos à vitória, à

transformação íntima para melhor. São o aguilhão que impele para frente todo aquele que lhe padece o acúleo.

As tentações que levam à irritação, ao revi-de, não são maiores do que aqueloutras que fazem arder as emoções profundas e se apre-sentam como tormentos ocultos do sentimento, do sexo, dos vícios e outras que a ambição des-medida sussurra aos ouvidos da alma.”

Atentamos para a frase final da mentora: “A vida, sem tentações ou testes de avaliação moral, perderia o seu colorido e as suas moti-vações de crescimento”.

Seria como ir à escola e não ser avaliado para saber o quanto que o aluno aprendeu ou ainda necessita aprender para devida promoção no final de um período escolar. Por essas lições, podemos ver o quanto é necessário se passar pelas dificuldades que a vida oferece nesse Planeta que tem um céu com as suas nuvens tingidas pe-los raios amorosos do Sol, as flores com seus perfumes e espinhos, as tempestades que saneiam a atmosfera, as aves, os mares, enfim toda a natureza conspirando com a sua perfeição a nosso favor.

O quanto crescemos, amadurecemos e assim percebemos que a aprovação automá-tica de um aluno é um verdadeiro desastre em termos de avaliação. No atual estado evolutivo em que a Terra se encontra, o ra-ciocínio é esse: estudar e aprender.

André Luiz afirma: “Achamo-nos todos em evolução e, concomitantemente, em tentações que chegam por tabela. Cada uma em hora determinada e em problema certo. Saibamos superá-las para crescer e elevar-nos. Sem ten-tação, impossível a tarefa da perfeição”.

Chico Xavier no livro Lições de Sabedo-ria nos traz o seguinte ensinamento: “A tentação, no fundo, é a projeção de tendências

infelizes que ainda trazemos. Semelhante pro-jeção, em se exteriorizando, em forma de pensamentos materializados, atraem sobre nós aquelas mentes, encarnadas ou desen-carnadas, que se nos harmonizam com o modo de ser. Entendo que a tentação nasce de nós. Recordemos que um pacote de ouro não tenta um coelho, induzindo, muitas ve-zes, um homem às piores sugestões, enquanto que um pé de couve deixa um homem im-passível, levando um coelho ao impulso de aproximação indébita”.

Diante da sabedoria do venerável Chico Xavier e dos exemplos e ensinamentos des-ses espíritos mentores que tanto trabalham para nos orientar e esclarecer todo o fun-cionamento da vida, é melhor darmos as boas-vindas à tentação quando ela nos bater à porta para que se torne mais leve, mais sua-ve. Como sabemos, o corpo físico não detém defeitos e nem qualidades. De tal maneira, ao desencarnarmos, levaremos conosco as qualidades e os defeitos. As tentações que não forem superadas enquanto no corpo, continuarão presentes no mundo espiritual aguardando por novas oportunidades onde deverão ser corrigidas na estrada da per-feição. Se conseguirmos aliviar a mala dos defeitos e recheá-la de qualidades será bem melhor.

Que possamos refletir mais sobre esse tema e trabalharmos a nossa mente na aceitação da tentação como uma alavanca que nos impul-siona ao aperfeiçoamento na vida que é uma obra de Deus.

marli abinader

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 16

A Família na Visão Espírita

Reflexão

Vida em Poesia

“ Dedica uma das sete noites da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

o CrisTo e o lAr

Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?“Uma recrudescência do egoísmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questão 775).

O ninho doméstico representa fe-cunda e promissora bênção de infinitas realizações, destacan-

do-se como laboriosa escola de almas a espargir, nas luzes do renascimento, su-cessivas oportunidades de redenção.

Enquanto o Lar com o Cristo aponta nobres deveres no campo da discipli-na e da caridade, fundamentando o entendimento como ampla faculdade de progresso espiritual, a Sua Família traduz o padrão pelo qual deve pautar o exercício da vida familiar...

José — a proteção e o sustento firmados no trabalho incansável.

maria — o desvelo, o carinho e a vigi-lância nos valores morais indestrutíveis.

Jesus — o Fruto sublime da obra fa-miliar, fecundado no Amor maior.

É no instituto doméstico que almas se encontram para as benesses das uniões venturosas, em tarefas de repercussão maior, atribuídas pela Bondade Divina.

O Lar funciona, também, como insti-tuição reeducadora a favorecer, na justeza da Lei de Causa e Efeito, a reunião, em aprimoramento mútuo, daqueles que provocaram sofrimento ou não souberam amar.

A vida no Lar, por isso, será sempre um momento novo, para precioso resgate ou merecida sublimação, e a experiência con-jugal valiosíssimo laboratório na evolução do Espírito, onde Amar e Honrar consti-tuem preceitos da maior transcendência, e somente o fiel cumprimento dessa con-jugação poderá permitir, na aliança das almas, o voo infinito da perfeição.

Nos deveres do Lar...“Amai-vos uns aos outros.”marcelo paes barreto

Fonte: Reformador, setembro, 1994.

Demonstrar, com exemplos, que o espírita é cristão em qualquer local.

A Vinha do Senhor é o mundo inteiro.Colaborar na higiene das vias públicas, não

atirando detritos nas calçadas e nas sarjetas.As pessoas de bons costumes se revelam

nos menores atos.Consagrar os direitos alheios, usando cor-

dialidade e brandura com todo transeunte, seja ele quem for.

O culto da caridade não exige circunstâncias especiais.

Cumprimentar com serenidade e alegria as pessoas que convivem conosco, inspirando- lhes confiança.

A saudação fraterna é cartão de paz.Exteriorizar gentileza e compreensão para

com todos, prestando de boamente informa-ções aos que se interessem por elas, auxiliando as crianças, os enfermos e as pessoas fatigadas em meio ao trânsito público, nesse ou naquele mister.

Alguns instantes de solidariedade se-meiam simpatia e júbilo para sempre.

Coibir-se de provocar alarido na mul-tidão, através de gritos ou brincadeiras

nA viA PúbliCAinconvenientes, mantendo silêncio e res-peito, junto às residências particulares, e justa veneração diante dos hospitais e das escolas, dos templos e dos presídios.

A elegância moral é o selo vivo da educação.Abolir o divertimento impiedoso com os

mutilados, com os enfermos mentais, com os mendigos e com os animais que nos surjam à frente.

Os menos felizes são credores de maior compaixão.

Proteger, com desvelo, caminhos e jardins, monumentos e pisos, árvores e demais recursos de beleza e conforto, dos lugares onde estiver.

O logradouro público é salão de visita para toda a comunidade.

“Vede prudentemente como andais.” — Paulo. (Efésios , 5:15.)

Fonte: Conduta Espírita - Lição 6 / Espírito: André Luiz / Psicografia : Waldo Vieira / Editora FEB.

assistência Fraternal

Deus te compense, alma boa,A ti, que estendes a mão,Repartindo alegrementeCarinho, agasalho e pão.Deus te envolva em alegriaTodo esforço de esquecerA ofensa que se te faça,Buscando a paz por prazer.Deus te exalte o gesto amigoQuando levantas alguémDa tristeza do infortúnioPara as estradas do bem.Deus te engrandeça o trabalhoCom que te esqueces e vaisAuxiliar e servirÀqueles que sofrem mais.Por toda a bênção que espalhesQue o mundo nem sempre dizQue a Vida te recompenseE Deus te faça feliz.

maria dolores

Fonte: A Vida Conta.Espírito: Maria Dolores.Psicografia: Francisco Cândido Xavier.Editora CEU.

Clareando / Ano XII / Edição 136 / Janeiro . 2015 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

A BonecA DesprezADA

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :não pise na bola

Autor: Richard SimonettiEditora O Clarim

Suplemento Infantojuvenil

Caminhando pela rua, sem pressa, Roberta, de oito anos, encaminhou-se para o parquinho próximo de sua casa. Sentou-se no balanço preferido e ali ficou quieta, pensando na vida.O ano tinha sido bom. Apesar de

não ter se dedicado especialmente aos estudos, havia sido aprovada na escola, e sentia-se aliviada.  

A festa de Natal tinha sido muito boa, com comida à vontade, frutas, doces, chocolates e balas. Além disso, ganhara vários presentes, inclusive uma nova bicicleta, exatamente a que desejava. 

No entanto, apesar de estar tudo bem, algo a incomodava. Lembran-do-se do Natal, cuja data representava o aniversário de Jesus, chegou à conclusão de que só pensara em si mesma. O ano estava para terminar e isso lhe dava certa tristeza.  

Como o ano novo chegaria dentro de alguns dias, Roberta pensou que gostaria de mudar sua vida para que ela fosse melhor ainda. 

Mas mudar o quê?  Em relação à escola, deveria estudar mais, não apenas para passar de ano,

mas para aprender realmente. Ao pensar na escola, imediatamente a imagem de Tereza surgiu em sua

mente. Era uma colega com quem teve uma briga por um motivo qualquer e não tinham se falado mais. E ela sentia falta da amiga. 

Lembrando-se da festa de encerramento do ano letivo, Roberta reviu o momento em que um grupo de alunas apresentou lindos números de dança. Ela tinha se emocionado porque o balé era seu sonho! Sempre quis aprender a dançar! Quem sabe a hora tinha chegado? 

Nesse momento, Roberta viu uma garotinha bem pobre que chegou ao parquinho, tímida, sem saber o que fazer. Enquanto a mãe dela, parada na calçada, entretinha-se a conversar com uma moça, a menina ficou parada, indecisa.        

Intimamente,    Roberta     tomou     uma Isso mesmo! O ano novo será diferente! E vou começar agora. 

Então, Roberta deixou o balanço e aproximou-se da menina, convidando: — Quer balançar? Venha, eu ajudo você! Sentou a garotinha e pôs-se a balançá-la, enquanto a menina ria, feliz.

Logo estavam amigas. Roberta ficou sabendo que o nome dela era Caro-lina, tinha 4 anos e morava num bairro bem distante. Quando a mãe da garotinha chegou, elas conversaram e Roberta disse: 

— Tenho alguns brinquedos e quero dar para Carolina. Tenho também roupas e calçados que não me servem mais, além de doces e balas que ga-nhei no Natal. Venham comigo até minha casa. É aqui pertinho. 

A mãe ficou toda contente e agradecida: — Você não imagina o que isso significa para nós. Sem dinheiro, nada

pude comprar para Carolina no Natal. Nem comida nós temos em casa.  Penalizada, Roberta levou mãe e filha até sua casa, apresentou-as a sua

mãe e, como o almoço estivesse pronto e seu pai já tivesse chegado, senta-ram-se e almoçaram todos juntos.  

Ao se despedir, a mulher estava emocionada. Sentia-se agradecida pela ajuda e pelo acolhimento que tivera naquele lar. Carolina jogou-se nos bra-ços de Roberta e disse: Obrigada, Roberta. Você agora é minha amiga do coração! 

Ao receber o abraço a garotinha, Roberta sentiu que jamais tinha experi-mentado tal sensação de bem-estar, paz e felicidade.      

Mais tarde, ela foi até a casa de Tereza. Tocou a campainha e, para sua surpresa, foi a própria colega que abriu a porta. Ao vê-la, a menina arregalou os olhos, surpresa. 

Roberta! Você, aqui em casa?... — Vim para lhe pedir desculpas, Tereza. Sinto muito o que aconteceu

naquele dia.  — Roberta, eu é que devo lhe pedir desculpas. Falei coisas que não devia

e acabamos brigando. Você me perdoa? As duas trocaram um olhar e caíram na risada. — Bem, acho que somos amigas de novo, não é? Elas se abraçaram com carinho, contentes por terem resolvido a questão.  Deixando a casa de Tereza, Roberta voltou para seu lar e contou a sua

mãe o que tinha acontecido, que tinha feito as pazes com Tereza e concluiu: — Mamãe, graças a Deus agora está tudo bem entre nós. — Fico feliz, minha filha, que você e Tereza tenham se acertado. Nunca

estaremos bem se alguém tiver algo contra nós. — Tem razão, mamãe. Estou aliviada. Ah! Também resolvi que o ano

novo seja diferente, por isso gostaria de lhe pedir: posso estudar balé no ano que vem? 

— Se você realmente deseja, é claro que pode! — Obrigada, mamãe! Vou telefonar para a professora e me matricular

no curso. Nos próximos dias, Roberta fez uma programação de tudo o que gostaria

de fazer para o próximo ano e aproveitou para realizar algumas coisas que estavam faltando antes do fim do ano: fez visita aos seus avós e a um colega que estava enfermo, deu banho no cachorro; arrumou seu quarto, separan-do o que iria precisar daquilo que poderia dispor e muitas outras coisas.  

No dia 31 de dezembro, sentia-se em paz consigo mesma e com o mun-do.  

Quando soou a meia noite e os festejos começaram, o céu ficou todo iluminado com a queima de fogos de artifício. A cidade ganhou vida nova, com buzinas de carros soando, gritos de alegria e pessoas que deixavam suas casas para cumprimentar vizinhos, parentes e amigos.  

Sob o céu iluminado, a mãe olhou para a filha e disse com amor:   — Feliz Ano Novo, minha filha!    — Feliz Ano Novo, mamãe!  Roberta agora tinha certeza do que queria: ano novo, vida nova! tia célia   Fonte: Revista O Consolador, janeiro-2009 (www.oconsolador.com.br).

Ano novo, viDA novA