boletim informativo do centro espírita irmao clarêncio · contato com os bons e pelos ......

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Ano IX - Edição 102 - Março / 2012 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Curso de Alfabetização para Adultos Dias - 2ª a 5ª feira. Horário - 17:30 às 19:00. Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.11 Crônica: Deixa disso pág.7 Seção Especial: Respingos Históricos pág.5 Emmanuel responde: Iluminação pág.14 Suplemento Infantojuvenil pág.13 Personalidade Espírita: Benedita Fernandes pág.9 Homenagem Especial Altivo C. Pamphiro Semeando o Evangelho: Laços de família pág.2 pág.3 Mensagem do Plano Espiritual: Inácio pág.4 Relendo a Revista Espírita: Doenças e causas principais pág.6 Yvonne Pereira: Uma Seareira de Jesus Nesta Edição : Editorial Preito de Gratidão S em dúvida alguma ALLAN KARDEC despertou a atenção da Humanidade ao apresentar seu trabalho de sistematização da DOUTRINA ESPÍRITA. Muitos biógrafos passaram a focar suas pesquisas na vida e obra deste grande homem. Nós, os espíritas, temos plena consciência de que KARDEC foi o grande missionário da T ERCEIRA REVELAÇÃO, cujos fundamentos procedem da ESPIRITUALIDADE SUPERIOR, tendo J ESUS à frente. A DOUTRINA ESPÍRITA veio inovar, renovar e implantar conhecimentos que derrubaram velhas concepções religiosas e filosóficas sobre Deus, o Universo e o Homem. Como tudo aquilo que é novo a princípio causa muitos opositores, isso não poderia deixar de acontecer com a DOUTRINA ESPÍRITA; mas, graças a ALLAN KARDEC, com sua perseverança e determinação, podemos hoje usufruir de uma orientação segura para a nossa caminhada. Portanto, prezado leitor, neste mês em que comemoramos o aniversário de desencarnação deste grande missionário, elevemos o pensamento a DEUS, rogando-Lhe que envolva KARDEC em bênçãos de luz e paz. Obrigada, KARDEC, DEUS o abençoe!

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Ano IX - Edição 102 - Março / 2012

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.r Curso de Alfabetização para AdultosDias - 2ª a 5ª feira.Horário - 17:30 às 19:00.Local - C.E.Irmão Clarêncio.r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.11

Crônica:Deixa disso

pág.7

Seção Especial:Respingos Históricospág.5

Emmanuel responde:Iluminação

pág.14Suplemento Infantojuvenil

pág.13

Personalidade Espírita: Benedita Fernandes

pág.9

Homenagem EspecialAltivo C. Pamphiro

Semeando o Evangelho:Laços de famíliapág.2

pág.3Mensagem do PlanoEspiritual: Inácio

pág.4Relendo a Revista Espírita: Doenças e causas principais

pág.6Yvonne Pereira: Uma Seareira de Jesus

Nesta Edição :

Editorial

P r e i t o d e G r a t i d ã o

S em dúvida alguma AllAn KArdec despertou a atenção da Humanidade ao apresentar seu trabalho de sistematização da doutrinA espíritA. Muitos biógrafos passaram a focar suas pesquisas na vida e obra deste

grande homem.

Nós, os espíritas, temos plena consciência de que KArdec foi o grande missionário da terceirA revelAção, cujos fundamentos procedem da espirituAlidAde superior, tendo Jesus à frente.

A doutrinA espíritA veio inovar, renovar e implantar conhecimentos que derrubaram velhas concepções religiosas e filosóficas sobre Deus, o Universo e o Homem. Como tudo aquilo que é novo a princípio causa muitos opositores, isso não poderia deixar de acontecer com a doutrinA espíritA; mas, graças a AllAn KArdec, com sua perseverança e determinação, podemos hoje usufruir de uma orientação segura para a nossa caminhada.

Portanto, prezado leitor, neste mês em que comemoramos o aniversário de desencarnação deste grande missionário, elevemos o pensamento a deus, rogando-Lhe que envolva KArdec em bênçãos de luz e paz.

Obrigada, KArdec, deus o abençoe!

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 2

Venha estudar conosco O Evangelho Segundo o Espiritismo

Allan Kardec

Procure a Secretaria de Cursos para informações

Convite

Semeando o Evangelho de Jesus

Laços de família fortalecidos pela reencarnação e rompidos pela unicidade da existência

Espiritismo na

Web

“A emissora da Fraternidade”Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400

Visite o site e ouça a programaçãowww.radioriodejaneiro.am.br

www.cvdee.org.br(Centro Virtual Divulgação e Estudos do Espiritismo)

www.searafraterna.org.br(Centro Espírita Seara Fraterna)

www.cvv.org.br( Centro de Valorização da Vida)

Rad i oRio de Janeiro1400 khz AM

Reunião de Trabalhadores do CEIC

Em Março - dia 16 / 6ª FeiraHorário - 19:00Local - Centro Espírita Irmão ClarêncioEstudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

Atenção!

Os laços de família não são destruídos pela re-encarnação, como pensam certas pessoas. Ao contrário, eles são fortalecidos e apertados: é o princípio oposto que os destrói.

No espaço, os espíritos formam gru-pos ou famílias unidos pela afeição, simpatia e identidade de inclina-ções. Esses espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação só os separa mo-mentaneamente, visto que, após retornarem à erraticidade, eles se reencontram como amigos ao retornarem de uma viagem. Muitas vezes, também, seguem juntos na mesma encar-nação, onde são reunidos na mesma família, ou no mesmo círculo, trabalhando juntos para o seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não, mesmo assim não deixam de estar unidos pelo pensamento; os que estão livres se interessam pelos que estão cativos, ou seja, encarnados; os mais avançados procuram fazer progredir os atra-sados. Após cada existência, terão dado mais um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, por isso mesmo mais depurada, pois não é mais perturbada pelo egoísmo nem pelas paixões.

Podem, assim, percorrer um número ilimitado de existências corporais sem que nenhum dano atinja sua mútua afeição. Está bem claro que aqui se trata da afeição verdadeira de alma para alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, por-quanto os seres que, na Terra, se unem apenas pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos espíritos. Só as afeições espirituais são duráveis; as afeições carnais se acabam com a causa que as fez nascer; ora, esta causa não existe mais no mundo dos espíritos, enquanto que a alma existe sem-pre. Quanto às pessoas que se uniram apenas por interesse, essas, realmente, nada são uma para a outra: a morte as separa na Terra e no Céu.

A união e a afeição que existem entre parentes são o indício da simpatia ante-rior que os aproximou; assim, costuma-se dizer que uma pessoa não é da família quando o seu caráter, seus gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes. Ao se dizer essas palavras, enuncia-se uma verdade maior do que se supõe. Deus permite essas encarnações de espíritos antipáticos ou estranhos nas famílias, com o duplo objetivo de servir de prova para uns, e de meio de adiantamento para outros. Os maus se melhoram, pouco a pouco, em contato com os bons e pelos cuidados que deles recebem; seu caráter se abranda, seus hábitos se depuram, as antipatias se desfazem. É assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de espíritos, como se estabelece, sobre a Terra, a fusão entre as raças e os povos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, Capítulo IV, Itens 18 e 19, Edições Léon Denis

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 3

Mensagem

Encontros Espíritas

locAl: centro espíritA irmão clArêncio

25° encontro espíritA sobre léon denis

temA- o GrAnde eniGmA. A JornAdA vAi começAr.diA- 06/04/2012HorA- 8:00 às 13:00

Em Abril4° encontro espíritA sobre Yvonne A. pereirA

temA- como Yvonne lidAvA com os espíritos

diA-18/03/2012HorA- 8:00 às 13:00

Em Março

“Amemos uns aos outros e façamos aos outros o que queremos que os outros nos façam”. (E.S.E. Cap. XIII: 9)

A os que aqui vieram em busca de amparo e do socorro espiritual, aos corações aflitos no processo de provas e expiações neste mundo, enfim, a todos aqueles que vieram e aportaram à Casa Espírita nesta noite, em busca de uma palavra de esclarecimento, de orientação, de consolo e de incentivo, nós que aqui falamos em nome da

Espiritualidade aqui presente, afirmamos a cada um de vós que tenhais a plena certeza de que todos vós recebestes nesta noite a ação direta dos amigos espirituais que vos amparam e protegem como também, durante os estudos e as palavras aqui proferidas foram movimentados recursos que trouxemos do Plano Espiritual para depositar em cada um de vós, nas necessidades físicas e espirituais, esses recursos que, em contato com a química dos vossos organismos, irão se multiplicar e produzir alívio, a sustentação, a renovação das energias, demonstrando, pois, que o amparo, a misericórdia, o amor de Deus estão presentes em vossas vidas.

Tende, pois, a certeza, irmãos e irmãs, de que mesmo diante de lutas, mesmo diante das dificuldades, nunca julgais ou pensais estardes sozinhos ou desamparados da misericórdia e do imenso amor de Deus em vossas vidas.

Muitas vezes queremos apoiar e ajudar, inspirar e socorrer, sustentar e renovar as forças, mas os vossos pensamentos se deixam levar por determinadas influenciações e vós permitis então, que o pessimismo, a falta de fé, da confiança no poder de Deus em vossas vidas, prevaleçam, dificultando, pois, o socorro que aparentemente desejais tanto receber.

Sede mais fortalecidos na fé, deixai que a esperança cresça em vossas almas, tende a certeza de que a misericórdia de Deus se manifesta e está presente na vida de cada um, através dos vossos guias e protetores espirituais.

Nos momentos das dores físicas ou morais, das lutas ou dificuldades, antes de permitirdes que a aflição, o desespero tomem contam de vossas almas, orai ao bom Deus, elevai os vossos pensamentos e buscai a sintonia com esses amigos e protetores.

Tende a certeza, pois, de que a partir deste momento, pensamentos e sentimentos, energias novas surgirão e se multi-plicarão em vossas almas e diante das lutas e dificuldades a proporção delas, diante de vossos olhos, irá diminuir e vós então, sentir-vos-eis em plenas condições de vencê-las e superá-las.

Essa é a nossa palavra de incentivo e de estímulo a todos que buscam na Casa Espírita a palavra de orientação, de esclarecimento, de consolo e de incentivo ao bem.

Muita paz em todos os corações aqui reunidos.Do irmãoInácio

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC em 25 de janeiro de 2012)

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 4

Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Ação e Reação).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Recordações da Mediunidade).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COFTC - Curso de Orientação, Forma-ção e Treinamento para a Cura.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro: Técnica de Passes).Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

Dia : 11 / 03 / 2012- 16 horas

Culto no Lar de Yolanda Carvalho

Atividades Doutrinárias Acesse o

boletim clAreAndoatravés do site

www.irmaoclarencio.org.br

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Relendo a Revista Espírita

As três causas principais das doenças

O que é o homem?... Um compos-to de três princípios essenciais: o espírito, o perispírito e o corpo.

A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessaria-mente o aniquilamento do ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o perispírito falta ou não pode funcionar, não podendo o ima-terial agir diretamente sobre a matéria, encontrando-se assim impossibilitado de manifestar-se, poderá haver alguma coisa do gênero do cretino ou do idiota, mas não haverá jamais um ser inteligente. Enfim, se o espírito faltar, ter-se-á um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos a presença de três princípios, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou desarmonia parcial.

Se a doença ou desordem orgânica, como queiram chamar, procede do corpo, os medicamentos materiais sabiamente empregados bastarão para restabelecer a harmonia geral.

Se a perturbação vem do perispírito, se é uma modificação do princípio fluídico que o compõe, que se acha alterado, será necessária uma medicação adequada à natureza do órgão perturbado, para que as funções possam retomar seu estado nor-mal. Se a doença procede do Espírito não poderíamos empregar, para combatê-la, outra coisa senão uma medicação es-piritual. Se, enfim,— como é o caso mais geral, e, podemos mesmo dizer, o caso que se apresenta exclusivamente,— se a doença procede do corpo, do perispírito e do espírito, será preciso que a medicação combata simultaneamente todas as causas da desordem por meios diversos, para obtermos a cura.

Ora, o que fazem geralmente os médicos? Eles cuidam do corpo e o curam; mas curam a doença? Não. Por quê? Porque sendo o perispírito um princípio superior à matéria propria-mente dita, poderá tornar-se a causa em relação a esta, e se for entravado, os órgãos materiais que se acham em relação com ele serão igualmente atingidos na sua vitalidade. Cuidando do corpo, destruís

o efeito; mas, residindo a causa no perispírito, a doença voltará novamen-te, quando cessarem os cuidados, até que se perceba que é preciso levar alhures a atenção, cuidando fluidicamente o princípio fluídico mórbido. Se, enfim, a doença proceder da mente, do espírito, o perispírito e o corpo, postos sob sua dependência, serão entravados em suas funções e, não é cuidando de um nem do outro que se fará desaparecer a causa.

Não é, pois, vestindo a camisa de força num louco ou lhe dando pílulas ou du-chas que conseguirão restituir-lhe o estado normal. Apenas acalmarão seus sentidos revoltados; acalmarão os seus acessos, mas não destruirão o germe, senão o com-batendo por seus semelhantes, fazendo homeopatia, espiritual e fluidicamente, como fazem materialmente, dando ao doente, pela prece, uma dose infinitesimal de paciência, de calma, de resignação, conforme o caso, como se lhe dá uma dose infinitesimal de brucina, de digitális ou de acônito.

Para destruir uma causa mórbida, há que combatê-la em seu terreno.

dr. morel lAvAlleé

Fonte: Revista Espírita, fevereiro de 1867

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 5

Respingos Históricos

“Para compreender melhor algumas passagens dos Evangelhos, é necessário conhecer o valor de certas palavras, que neles são empregadas frequentemente e que caracterizam a situação da sociedade judaica e dos costumes naquela época. Essas palavras, não tendo mais, para nós, o mesmo sentido, muitas vezes foram mal interpretadas e, por isso mesmo, criaram muitas dúvidas. A compreensão do seu significado explica, além disso, o verdadeiro sentido de certas máximas que, à primeira vista, parecem estranhas.”

Vejamos, então:

sAmAritAnos

Após o cisma das dez tribos, Samaria tornou-se a capital do reino dissidente de Israel. Destruída e reconstruída muitas vezes, ela foi, sob o Império Romano, a capital da Samaria, uma das quatro divisões da Palestina. Herodes 8, chamado o Grande, embelezou-a com suntuosos monumentos e, para agradar a Augusto, deu a ela o nome de Augusta, em grego Sebaste.

Os samaritanos quase sempre estiveram em guerra com os reis de Judá 9; uma aversão profunda, datando da separação, perpetuou-se entre os dois povos, que abandonaram todas as relações recíprocas. Os samaritanos, para tornar a separação mais profunda e não terem de ir a Jerusalém para a celebração das festas religiosas, construíram um templo particular e adotaram certas reformas; admitiam somente o Pentateuco 10, contendo a lei de Moisés, e rejeitavam todos os livros que lhe foram anexados posteriormente. Seus livros sagrados eram escritos em caracteres hebreus da mais alta Antiguidade. Aos olhos dos judeus ortodoxos eles eram heréticos 11, isto é, contrários à doutrina estabelecida, e, por isso mesmo, desprezados, amaldiçoados e perseguidos. Portanto, o antagonismo das duas nações tinha por único princípio a divergência de opiniões religiosas, ainda que suas crenças tivessem a mesma origem; eram os protestantes daquela época.

Atualmente, ainda se encontram samaritanos em algumas regiões do Levante12, particularmente em Nabulus e Jafa 13. Eles seguem a lei de Moisés com mais rigor que os outros judeus e só celebram casamentos entre eles.

(8) Herodes, o Grande: nasceu em Ascalão, no ano 73 e desencarnou em Jerusalém, no ano 4 a.C. Foi rei dos judeus de 40 a

4 a.C. e pai de Herodes Ântipas. (N.T.)(9) Judá: reino formado pelas tribos de Judá e Benjamin e que ocupava a parte meridional da Palestina; constituído cerca de

931 a.C. e destruído em 586 a.C. (N.T.)(10) Pentateuco ou os Cinco Livros de Moisés, escritos em hebreu arcaico, são os primeiros da Bíblia, a saber: o Gênesis que

narra a criação do Universo e do gênero humano até a formação do povo de Israel (hebreus) e sua estada no Egito; o Êxodo, que narra a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés; o Levítico ou Livro das Prescrições Religiosas; o Números, que conta a história dos hebreus a partir da estada junto ao Monte Sinai até a chegada à Terra Santa (Palestina) e o Deuteronômio, ou segun-da lei, promulgada no fim da jornada no deserto. (N.T.)(11) Herético: o mesmo que herege, ou seja, aquele que professa doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo

matéria de fé. (N.T.)(12) Levante: nome dado ao conjunto de países da costa oriental do Mar Mediterrâneo: Turquia, Síria, Líbano, Israel e Egito. (N.T.)(13) Nabulus e Jafa: cidades de Israel. (N.T.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec,Introdução, III

AllAn KArdecdesencArne : 31de mArço de 1869

“Ocupa-te, com zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com nosso concurso, pois este trabalho é nosso. Nele assentamos as bases do novo edifício que se eleva e deve, um dia, reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e de caridade; mas, antes de divulgá-lo, nós o reveremos juntos, a fim de lhe examinarmos todos os detalhes.Estaremos contigo todas as vezes que o pedires e para te ajudar em teus outros trabalhos, pois esta é apenas uma parte da missão que te está confiada e que já te foi revelada por um de nós”.

(pArte dA mensAGem dos espíritos A KArdec)

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Prolegômenos, Edições Léon Denis

Homenagem Especial

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 6

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ConviteVenha estudar conoscoa vidA e as obrAs de

Yvonne A. PereiraProcure a Secretaria de Cursos

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O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :01 Livro Espírita01 DVD de Palestras 01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)

Custo do Kit : R$20,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

Yvonne Pereira - uma Seareira de Jesus

KArdec sempre

Pensamentos de Yvonne“... se a literatura, no campo artístico, tem, para alguns, liberdade plena, para a Doutrina Espírita ela tem, acima de tudo, compromisso com o belo, o bem e a edificação do ser na moral e no intelecto. (...) não se consorcia senão à Verdade e seu estilo é, e precisa ser, elegante, instrutivo, pacificador, consolador, moralizante e respeitador.” (Capítulo: Literatura Espírita) – (1).

“A doutrina revelada pelos Espíritos do Senhor jamais servirá ao orgulho e vaidade humanos, pois, vinda do Mais Alto deve elevar as criaturas e jamais confundi-las ou desampará-las.” (Capítulo: Literatura mediúnica espírita) – (1).

“... a literatura espírita carrega consigo um selo: o da Verdade e, embora, possa ser apresentada de várias maneiras e estilos, somente a forma é variante, o fundo, o conteúdo, necessita revelar, sempre, a veracidade que é o próprio Espiritismo.” (Capítulo: Literatura mediúnica espírita) – (1)

“... é preciso lembrar que em qualquer trabalho que se realize, boa vontade sem conhecimento é como uma chama desprotegida que qualquer golpe de vento pode apagar...” (Capítulo 24) – (2)

“A Casa Espírita é o porto da Esperança para os sofredores e aflitos do mundo, não apenas porque veicula os ensinamentos do Mestre Jesus, sob o prisma da Verdade abso-lutamente sem véus, mas, sobretudo, porque convida e estimula os homens à renovação moral, único caminho para a cura dos males que os afetam.” (Capítulo 25) – (2).

Fontes:

(1) A Pena e o Trovão, Yvonne do Amaral Pereira pelo médium Emanuel Cristiano.(2) Aos Médiuns com Carinho, Diversos Espíritos.

“Estudar com dedicação as obras de Allan Kardec, para que

o Espiritismo seja dignificado por meio das colocações lúcidas da Doutrina Espírita, contribuindo

com a coletividade”.Yvonne do AmArAl pereirA

Fonte: Yvonne Entre NósPsicografia: Emanuel CristianoEditora Allan Kardec

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 7

Campanha CEIC

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

Ag. 0544 - c / c : 003.598-6

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Homenagem Especial

N asceu na cidade do Rio de Janeiro, em 24 de mArço de 1938; começou a trabalhar aos

11 anos como mensageiro e, depois, como técnico em contabilidade, até o dia de sua aposentadoria em 1982.

Sua vida junto à Doutrina começou por volta de 1954, lendo O Evangelho Segundo o Espiritismo e sendo orientado, em seus primeiros passos, por Brunilde Mendes e Vera Simões, fundadoras do Lar de Tereza e do Centro Espírita Rita de Cássia, no Rio de Janeiro, onde partici-pava do Culto no Lar.

Em 1959 já atuava como médium, na Casa do Coração, e também iniciava o trabalho de Evangelização Infantil no Centro Espírita José, o Carpinteiro; trabalhava também na assistência social, que hoje é a Obra Social Antônio de Aquino, com diversas atividades sociais que continuam a ser desenvolvidas no dia de hoje.

Fundou o Centro Espírita Léon Denis em agosto de 1961, apenas com 23 anos, com Reuniões Públicas e Cursos das Obras Básicas e Evangelização Infantil; orientou os cursos e a parte mediúnica, trabalhando na psicografia, psicofo-nia, desobsessão e cura; dava aulas de O Livro dos Espíritos e sobre as Obras

Um exemplo de trabalho, renúncia, estudo. Um marco na divulgação doutrinária.

A l t i v o C a r i s s i m i P a m p h i r o

de André Luiz. Em 1983, instituiu, nos trabalhos do Centro, os Encontros Es-píritas, atividades estas que vieram, ainda mais, divulgar a obra de grandes vultos do Espiritismo.

Fundou o Centro Espírita Clarêncio em 13 de abril de 1995, do qual foi o presidente até o seu desencarne, que ocorreu em 17 de fevereiro de 2006.

Hoje em dia, no Plano Espiritual, con-tinua seu trabalho a favor do Espiritismo e da obra de Jesus.

Viverá sempre em nossas lembranças e em nossos corações.(Baseado no opúsculo Homenagem ao Companheiro e Amigo de Ideal Espírita, Altivo Carissimi Pamphiro, publicado pela Editora CELD.)

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 8

Instruções dos Espíritos no Pentateuco Espírita

Reflexão

O E g o í s m o

O egoísmo, essa chaga da Hu-manidade, deve desaparecer da Terra, pois atrasa o seu

progresso moral; é ao Espiritismo que está reservada a tarefa de fazê-la subir na hierarquia dos mundos.

O egoísmo é o objetivo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças, sua coragem; digo sua coragem, porque é preciso mais coragem para vencer a si mesmo do que para vencer os outros.

Que cada um, portanto, reúna to-dos os seus esforços para combatê-lo dentro de si, com a certeza de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é a fonte de todas as misérias aqui na Terra. Ele é a negação da caridade e, consequentemente, o maior obstáculo que o homem tem para a conquista da felicidade.

Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo; porque, quando o justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as

mãos dizendo: “Que me importa!” E diz aos judeus: “Este homem é justo, por que quereis crucificá-lo?”No en-tanto, deixa que ele seja conduzido ao suplício.

É à incompatibilidade entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração hu-mano por essa verdadeira lepra, que o Cristianismo deve o fato de ainda não ter realizado toda a sua missão.

É a vós, novos apóstolos da fé que os espíritos superiores esclarecem, que cabe a tarefa e o dever de extirpar esse mal para dar ao Cristianismo toda a sua força, e livrar o caminho dos obstáculos que impedem a sua marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa subir na escala dos mundos, porque é chegado o tempo em que a Humanida-de deve vestir o seu traje viril, e para isso é preciso, em primeiro lugar, expulsar o egoísmo dos vossos corações.

(emmAnuel, pAris, 1861.)Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec, capítulo, XI, Item 11 / Editora Léon Denis

HomenAGem especiAl

diA internAcionAl dA mulHer

8 de mArço

“O papel da mulher é imenso na vida dos povos. Irmã, esposa ou mãe, é a grande consoladora e a ca-rinhosa conselheira. Pelo filho é seu o porvir e prepara o homem futuro. Por isso, as sociedades que a depri-mem, deprimem-se a si mesmas. A mulher respeitada, honrada, de entendimento esclarecido, é que faz a família forte e a sociedade gran-de, moral, unida!"

léon denis

Fonte: O Problema do Ser, do Destino e da Dor / 16ª edição / 2ª Parte / Cap. XIII.Autor: Léon Denis.Editora FEB.

A solução do problema da libertação espiritual, considerado originalmente, é questão de foro íntimo, qual acontece ao homem na vida comum. Uma criatura poderá ter renascido em lastimáveis condições de penúria e acordar para as responsabilidades da reencarnação em ambiente vicioso, seja na família consanguínea ou na esfera de relações sociais em que foi levada a con-

viver, atravessando, por isso, largo trecho da existência em perigoso arrastamento ao mal; entretanto, se determina a si mesma o dever de elevar-se, acendendo no raciocínio a lâmpada do estudo e abraçando a trilha correta do trabalho, a breve tempo começa a receber o amparo daqueles a quem se faz útil, conquistando mais alto nível, do qual consegue estender braços fraternos, em socorro dos irmãos que ficaram na retaguarda.

Ocorre o mesmo nos domínios do espírito. Determinada pessoa pode encontrar-se às súbitas, debaixo da influência de entidades per-turbadoras, seja por haver atraído-as por pensamentos infelizes ou porque sejam elas aqueles companheiros que lhe constituem a equipe de sócios das existências passadas; consequentemente é capaz de sofrer induções à delinquência, em atormentados processos obsessivos, mas, se delibera emancipar-se, procurando a luz do conhecimento e situando o caminho no serviço aos semelhantes, passa a recolher, de imediato, o concurso daquele a quem auxilia, alcançando mais alto nível, do qual pode enviar apoio amigo àqueles mesmos Espíritos que se lhe erigiram à condição de perseguidores.

Fácil de compreender que toda criatura está vinculada ao grupo de inteligências e corações que lhe são afins, sejam em nos referindo a com-panheiros encarnados ou desencarnados, diante das avenidas da renovação e do progresso, descerradas, indiscriminadamente, a nós todos.

À frente, pois, dessa verdade, toda vez que estivermos inclinados à queda nas sombras da obsessão, quando na estância física, será pos-sível receber a cooperação salvacionista de numerosos benfeitores; reconhecendo, porém, aquela outra realidade da lei de sintonia, pela qual sabemos que o ímã de atração das nossas companhias está no campo de nossa própria alma, não será lícito esquecer que o trabalho de nossa libertação e reequilíbrio depende positivamente de nós.emmAnuel

(Fonte: Encontro Marcado, psicografia de Francisco Cândido Xavier )

L i b e r t a ç ã o E s p i r i t u a lTEMA: Libertação interior e reequilíbrio.

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 9

Crônica

D e i x a d i s s o“Já avisei ao meu filho: se apanhar na escola, quando chegar em casa vai apanhar de novo”.

O uvi isso de uma moça outro dia e, admirada, fiquei me perguntando: o que essa mãe

deseja com isso? Que o filho aprenda a se defender na vida, desde cedo? Ou que ele não envergonhe o nome da família? Talvez, seu sentimento mais profundo seja que esse menino se torne um homem de bem. Vai saber...! Curioso como ainda somos contraditórios em nosso senso de defesa e proteção. Essa criança tem que usar de violência na rua, na escola, para não ser vítima de violência em casa. É o famoso "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Quem ensinou a ela que se o filho for agredido terá que pagar na mesma moeda? Afinal, em que "escola" todos nós aprendemos esse tipo de lição? Bem, acho que cada um tem ou teve a sua. Mas uma coisa é comum a todos: ainda achamos que essa é a melhor forma de nos preservarmos e os nossos.

A política do "bateu, levou" vai funcio-nando muito bem até aparecer alguém mais forte. A mãe que ensina a bater não pode esquecer-se de informar que o adversário pode variar de tamanho.

Tive uma colega na escola que era a valentia encarnada. Corpo atlético, disposição pra brigar e muito respeito dos colegas. Ela intimidava até os meninos. Mas a situação que corria agradavelmente, até o momento, tomou outro rumo. Naquele dia, a cantina mais parecia o Coliseu de Roma. A turma do "deixa disso" ? Debandou! E adivinhe qual "gladiadora" saiu de lá com o olho roxo? Ela não queria acreditar, mas a realidade era incontestável: existia alguém com métodos mais consistentes em matéria de luta. Foi um vexame. Eu, no auge da minha amada ado-lescência, não pude conter o riso de deboche. E nem fiquei com medo de apanhar, porque a coitada estava tão desmoralizada que não ousava bater num mosquito.

Eu estava com 14 anos de idade e nunca mais esqueci essa história. Tomei como exemplo de vida. Intrepidez tem limites.

Ser agredido não enche ninguém de júbilo. Mas agredir é muito mais penoso. E não podemos esquecer que todo pen-samento desordenado, de contenda, raiva e desejo de vingança, que alimentamos,

vai refletir negativamente no ambiente em que vivemos. Logo, se o mundo está complicado, nós somos os complicadores.

"Os maus pensamentos corrompem os flui-dos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável"- (Allan Kardec / A Gênese, Cap. XIV, Item 16).

Não é fácil, num planeta ainda cheio de imperfeições, contribuirmos com a nossa cota diária de saneamento fluídico, pois não temos domínio sobre nossas emoções, na maioria das vezes. Mas é uma questão de prática e disci-plina. Precisamos experimentar essa mudança de comportamento, mesmo que seja devagar. "Mas ainda que o nosso homem exterior se cor-rompa, o interior, contudo, se renova, de dia em dia". Paulo (2ª Epístola aos Coríntios, capítulo 4, versículo 16).

Confiemos no nosso Mestre Jesus e faça-mos o que Ele nos propôs: "Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra". (O Evangelho Segundo o Espiritismo / Capítulo XII, Itens 7 e 8").

complementAção doutrináriA

7. Aprendestes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. E eu vos digo para não resistir ao mal que quiserem vos fazer; mas se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra. E se alguém quiser demandar contra vós para tomar vossa túnica, dai-lhe também vosso manto. E se alguém quiser vos obrigar a andar mil passos com ele, andai ainda mais dois mil. Dai àquele que vos pede e não rejeiteis jamais aquele que vos pedir emprestado. (Mateus, 5:38 a 42)

8. Os preconceitos do mundo, sobre o que costumamos chamar de questão de honra, provocam esses melindres, nascidos do orgulho e da exaltação da personalidade, que levam o homem a pagar injúria por in-júria, golpe por golpe, o que parece ser uma atitude justa para aquele cujo sentido moral não se eleva acima das paixões terrenas.

Esta é a razão pela qual a lei de Moisés dizia: "Olho por olho, dente por dente". Lei que estava de acordo com o seu tempo. Mas o Cristo veio e disse: Pagai o mal com o bem. E disse ainda: Não resistais ao mal que quiserem vos fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe também a outra. Ao orgulhoso, este ensinamento parece uma covardia, pois ele não entende que há

mais coragem em suportar um insulto do que em se vingar, já que a sua noção do que é a vida alcança somente o momento presente. Devemos, então, entender ao pé da letra este ensinamento de Jesus? Não, da mesma maneira que aquele que diz para "arrancar o olho, se este for um motivo de es-cândalo". Se o ensinamento fosse seguido literalmente, a consequência seria conde-nar toda ação da lei e deixar o campo livre aos maus, que nada temeriam. Se não colocarmos um freio às suas agressões, logo todos os bons serão suas vítimas. Até o próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, diz que não se deve desistir da vida sem luta. Por estas palavras, Jesus não quis proibir a defesa e sim condenar a vingança. Ao dizer para oferecer a face quando a outra for batida, quis dizer, de uma outra forma; que não é preciso pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que faz rebaixar seu orgulho; que é mais glorioso para ele ser ferido do que ferir, suportar pacientemente uma injustiça do que cometê-la; que é melhor ser enganado do que enganar, ser arruinado do que arruinar os outros. É ao mesmo tempo a condenação do duelo, que nada mais é do que uma das manifestações do orgulho. Apenas a fé na vida futura e na justiça de Deus, que nunca deixa o mal impune, pode dar a força para suportar paciente-mente os golpes dados aos nossos inter-esses e ao nosso amor próprio. Eis porque dizemos sempre: "Elevai vossos olhares; quanto mais vos elevardes pelo pensamento acima da vida material, menos vos magoarão as coisas da Terra".

fernAndA bArbosA eliAs

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 10

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

Curso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.Estudo aberto a todos os interessados.

Tema para Março:

Dia 06- Casamento: espírita e o cônjuge não espírita, heranças familiares, relacio-namento familiar, diferença da educação familiar.

Dia 13 - Casamento: alterações afetivas, desajustes conjugais, separações, divórcio, conflitos familiares, ciúme e inveja.

Dia 20- A família espírita: a psicologia do homem e da mulher, o papel de cada um, diferença de comportamento em função do meio ambiente.

Dia 28 - Planejamento familiar na visão espírita: família espiritual e família corpo-ral, programação reencarnatória.

Curso de Atualização para todos os Médiuns

mArço : dia 24 / SábadoHorário : 16 horaslocAl : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Espiritismo e Ecologia

A Família na Visão Espírita

C r i a n ç a s

Q uando Jesus nos recomendou não desprezar os pequeninos,esperava de nós não somente medidas providenciais alusivas ao pão e à vestimenta.

Não basta alimentar minúsculas bocas famintas ou agasalhar corpinhos enre-gelados. É imprescindível o abrigo moral que assegure ao espírito renascente o clima de trabalho necessário à sua sublimação.

Muitos pais garantem o conforto material dos filhinhos, mas lhes relegam a alma a lamentável abandono.

A vadiagem na rua fabrica delinquentes que acabam situados no cárcere ou no hospício, mas o relaxamento espiritual no reduto doméstico gera demônios so-ciais de perversidade e loucura que em muitas ocasiões, amparados pelo dinheiro ou pelos postos de evidência, atravessam largas faixas do século, espalhando misé-ria e sofrimento, sombra e ruína, com deplorável impunidade à frente da justiça terrestre.

Não desprezes, pois, a criança, entregando-a aos impulsos da natureza animali-zada.

Recorda que todos nos achamos em processo de educação e reeducação, diante do Divino Mestre.

O prato de refeição é importante no desenvolvimento da criatura, todavia, não podemos esquecer “que nem só de pão vive o homem”.

Lembremo-nos da nutrição espiritual dos meninos, através de nossasatitudes e exemplos, avisos e correções, em tempo oportuno, de vez que desamparar moral-mente a criança, nas tarefas de hoje, será condená-la ao menosprezo de si mesma, nos serviços de que se responsabilizará amanhã.Fonte: “Fonte Viva”/ Espírito: Emmanuel / Psicografia: Francisco C. Xavier

“Vede, não desprezeis alguns destes pequeninos...” - Jesus (Mateus,18:10)

Os bens da Terra não são somente os produtos do solo, mas, sim, tudo o que o homem pode gozar neste mundo. (O Livro dos Espíritos - Questão 706) ...) Imprevidente não é a Natureza, é o homem que não sabe regrar o seu viver. (O Livro dos Espíritos – questão 705)

AmAr A nAturezA

O querido orientador Aniceto, no livro Os Mensageiros, do Espírito de André Luiz, em um texto que trata da Natureza nos incita a amar a terra, antes de explorá-la no sentido inferior; a valermos da cooperação dos animais, sem os recursos do extermínio! Num futuro, o matadouro será convertido em local de cooperação, onde o homem atenderá aos seres inferiores e onde estes atenderão as necessidades do homem, e as árvores úteis viverão em meio do respeito que lhes é devido.

Não podemos pensar que não temos responsabilidade com os nossos irmãos menores, seres da Criação, que também fazem jus ao amor do Pai. Assim, que possamos acordar para o chamamento do Cristo de nos amarmos. É só através do Amor que transformare-mos nossa volta e nós mesmos.

cuidAndo do plAnetA terrA

dicAs:

Não coloque lâmpadas ou televisores perto do seu ar-condicionado, uma vez que este irá iden-tificar o calor proveniente desses aparelhos e, por isso, trabalhará mais tempo que o necessário.Quando cozinhar, faça com que o tamanho da panela corresponda ao tamanho da boca do fogão; assim reduzirá o gasto energético.Doe o que não quiser ou não precisar mais, ao invés de jogar fora.Recicle, Reduza e Reutilize.E plante uma árvore!Colaboração de Beatriz Martins Teixeira

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 11

Personalidade Espírita

Benedita Fernandes: Dama da Caridade

Nasceu aos 27/6/1883 em Campos Novos de Cunha (SP) e desencar-nou em Araçatuba aos 9/10/1947.

O ingresso de beneditA fernAndes nas ações espíritas foi muito peculiar. Portadora de atroz obsessão, autêntica subjugação, benedi-tA perdeu o contacto com a família e peram-bulava sem rumo.

Certa feita, causava tantos incômodos à população que foi recolhida à Cadeia Pública da cidade de Penápolis. Àquela época não existiam hospitais ou atendimentos para tal fim. O carcereiro Padial e depois o sr. Mar-cheze deram assistência à mulher doente, principalmente com passes. Ela recobrou a consciência e resolveu rumar para Araçatuba.

Como gratidão pelo benefício, a mulher simples, negra e semianalfabeta, juntamen-te com outras lavadeiras começou a erguer casinhas de madeira no então Bairro Dona Ida (hoje Santana), nos idos de 1927.

beneditA transformou-se em pioneira da assistência social espírita em toda a região Noroeste do Estado de São Paulo, ao fundar a Associação das Senhoras Cristãs, aos 6/3/1932, em Araçatuba. Como esta obra originou o Sanatório, ela é também, provavelmente, uma das pioneiras dos Hospitais Psiquiá-tricos Espíritas.

A reunião para fundação da Associação ocorreu nas dependências do Centro Espírita "Paz, Amor e Caridade", no mesmo bairro. Entre os presentes, destacamos o pioneiro do movimento espírita araçatubense, o Sr. Gedeão Fernandes de Miranda.

A ação assistencial se desdobrou com inau-guração do prédio próprio em 1933. Por exi-gência dos órgãos governamentais, o trabalho foi desdobrado em duas ações específicas, de atendimento a doentes mentais e a crianças órfãs e carenciadas. Assim, surgia a "Casa da Criança" e o "Asilo Dr.Jaime de Oliveira".

Além da obra assistencial atuou como médium, principalmente passista, e deixou muitos exemplos nobilitantes.

Tornou-se igualmente uma das pioneiras do atual movimento de unificação dos espíritas quando fundou aos 30/8/1940 a União Espíri-ta Regional da Noroeste, sendo eleita sua presi-dente. Todavia, este movimento, na realidade, somente vicejou com a fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo, em 1947.

Assim, beneditA atuava no movimento espírita da cidade, fazia visitas e campanhas na região. Atrás de si ficaram muitos episódios enobrecedores sobre sua dedi-cação à causa do bem, entremeados da interação com a comunidade.

Atualmente, suas antigas obras restringem-se ao Sanatório “beneditA fernAndes”. Como homenagem, a rua do Sanatório, no Bairro Santana, também tem seu nome.

Artigo

Os "Milagres" de Jesus sob a Ótica Espírita

O Espiritismo adota o conceito da Ciência quanto aos fenômenos denominados de milagres, en-

tendendo que eles, simplesmente, não existem! A Ciência parte da premissa de que a Natureza obedece a leis naturais; sua função é descobrir essas leis e agir sobre as causas, para fazer que o mesmo fenômeno se reproduza quando for dese-jado. Quando um determinado fenômeno não se explica com as leis já conhecidas, a Ciência segue dois caminhos: considera que houve algum tipo de artifício/mal-entendido ou que é preciso estudar e pes-quisar mais sobre o assunto. Em relação às ocorrências contidas nos Evangelhos, a Ciência tem preferido seguir apenas pelo primeiro caminho.

A Ciência Espírita, embora também se baseie na existência de leis naturais, difere da Ciência oficial, por acreditar que elas atuam sobre a parte espiritual da Cria-ção, refletindo na matéria. Difere ainda, de modo fundamental, quando aceita a existência e o uso de um sentido novo conhecido por mediunidade, além dos cinco conhecidos, para explicar os méto-dos experimentais necessários ao exame e estudo científico dos fatos.

Para o Espiritismo, sendo perfeito o Criador _ perfeitas são suas leis e naturais os fenômenos da vida. É difícil para nós, os humanos, imaginarmos um sistema

perfeito que atenda a todas as necessida-des sem apresentar qualquer desvantagem e ainda possa acompanhar a transformação do mundo, trazendo só benefícios e asse-gurando um bom destino a toda a criação, variando apenas a dimensão temporal.

Paradoxalmente, o homem que acredita na perfeição absoluta do Criador acaba pensan-do que há erros e injustiças na aplicação de Suas leis, que precisa pedir constantemente a interferência divina em seu dia a dia, con-cluindo que Deus atende aos desejos de uma minoria privilegiada, curando uns, oferecen-do uma sobrevida a outros, mas deixando multidões submetidas aos mais diferentes tipos de sofrimento.

O Espiritismo veio explicar a lei de ação e reação que faz repercutir em cada um os seus próprios atos e pensamentos, a lei de coope-ração, a lei de sintonia, a lei de progresso, a lei de justiça e outras tantas que, apesar de derrubarem nossa crença nos milagres, fazem engrandecer ainda mais nossa compreensão de Deus, aumentando nossa confiança, trazendo explicações e consolo aos nossos problemas, dando-nos forças para enfrentar as dificuldades, motivando e oferecendo subsídios para a nossa transformação interior rumo à felicidade plena.

Historicamente, o homem sempre neces-sitou do amparo da dor ou do fenômeno surpreendente, para acreditar em Deus, em si mesmo e nas forças naturais do Universo, que

escapam ao exame dos sentidos comuns. Por isso os milagres têm tido um papel relevante na transformação moral do homem. Todavia, na medida em que o ser cresce e se desenvolve, deixa para trás o período natural de infância e passa a não precisar dos mesmos estímulos para sentir, crer e entender. A Doutrina Espí-rita atinge primeiro os seres que almejam mais conhecimentos e anseiam pela depuração de seus sentimentos.

Acima de toda a nova compreensão que hoje temos, os milagres ainda nos encantam, parti-cularmente aqueles ocorridos pela influência do Mestre Jesus. É fascinante ler e estudar esses fenômenos, procurando descobrir suas causas, as leis que os regem, sabendo que eles estão disponíveis para todos nós, aguardando nossa capacitação. É fascinante acompanhar o desenrolar dos milagres e procurar desvendar a beleza contida na intenção e nos sentimentos que originam cada um, próprios de um ser evolutivamente muito acima de nós. Preci-samos ver o que cada fato extraordinário está tentando nos dizer. Como eles foram produzi-dos tem uma importância secundária, em face do que eles podem significar e ensinar sobre a natureza espiritual do homem.

ivAn rené frAnzolim

Fonte: Reformador / Março / 1994

Obs.: Veja a relação dos “Milagres” de Jesus nas próximas edições deste Boletim.

Fonte: www.espiritismogi.com.brSeleção de textos: Mário Sérgio S.Esteves

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 12

Artigo

Sugestões Educativas de Icleia

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

"A maioria dos nossos irmãos na terra caminha para Deus, sob o ultimato das dores, mas não aguardes pelo açoite de sombras, quando podes seguir, calmamente, pelas estradas claras do amor." (Lição 39)

"Os prisioneiros da concepção de justiça implacável ignoram os poderosos auxílios do Todo Poderoso, que se manifestam através de mil modos diferentes; contudo, os que procuram a própria iluminação pelo amor universal sabem que Deus dá sempre e que é necessário aprender a receber." (Lição 92)

"Ama sempre. Faze todo o bem. Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses, mais depressa, te farão melhor." (Lição 95)

"Haja, pois, tolerância constru-tiva em derredor da caminhada humana, porque as insinuações malignas nos cercarão em toda parte, enquanto nos demoramos na realização parcial do bem." (Lição 101)

"Muita gente confunde disci-plina com iluminação espiritual. Apenas depois de havermos concordado com o jugo suave de Jesus Cristo, podemos alçar aos ombros a cruz que nos dotará de asas espirituais para a vida eterna." (Lição 103)

"Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização es-sencial" (Lição 117)

"O Senhor concede-nos a clari-dade de Hoje para esquecermos as trevas de Ontem, preparando-nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível." (Lição 136)

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

S e os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações pro-fundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições?

Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orien-tar os passos na solução do problema.

Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão somente para resgatar o preço de

alguma coisa. Sofre-se, também, angariando os recursos preciosos para obtê-la.Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se,

tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos

da escola?E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas

edificantes da disciplina? Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de tra-

balho paciente e intransferível.O animal, igualmente, para atingir a auréola da razão, deve conhecer beneméri-

ta e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-lo na posse defi-nitiva do raciocínio.

Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.

Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão e, atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.

O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.Dor física no animal é passaporte para mais amplos recursos nos domínios da

evolução.Dor física, acrescida de dor moral no homem, é fixação de responsabilidade em

trânsito para a Vida Maior.Certifiquemo-nos, porém, de que toda criação caminha para o reino da ange-

litude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração, dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.emmAnuel

(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã, na noite de 15/12/69, em Uberaba, Minas Gerais)

A n i m a i s e S o f r i m e n t o

“Cultiva em ti a delicadeza que desfaz a irritação”. (Lição 03)

“Todas as coisas têm um lado positivo que precisas aprender a ver, porque é neste ‘saber ver’ que se acumulam as experiências”. (Lição 20)

“Para que haja paz, muitas vezes, os ouvidos deverão estar surdos e os lábios mudos”. (Lição 23)

“Aprende a não valorizar tanto as pequenas discussões em torno de pontos de vista que, amanhã, estarão mudados pelas próprias contingências da vida”. (Lição 28)

Fonte: Os Caminhos da Paz,Diversos Espíritos / Edições Léon Denis

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 13

Emmanuel Responde

Artigo

I luminação

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:o problemA do ser e do destino

Léon DeniseditorA léon denis

Em matéria de conhecimento, onde poderemos localizar a maior necessida-de do homem?

Como nos tempos mais recuados das civilizações mortas, temos de reafirmar que a maior necessidade da criatura hu-mana ainda é a do conhecimento de si mesma.

Por que razão o homem da Terra tem sido tão lento na solução do problema do seu conhecimento próprio?

Isso é explicável. Somente agora, a alma humana poderá ensimesmar-se o bastante para compreender as necessi-dades e os escaninhos da sua personali-dade espiritual. Antigamente a existên-cia do homem resumia-se na luta com as forças externas, de modo a criar uma lei de harmonia entre ele próprio e a natureza terrestre.

Muitos séculos decorreram para enfrentar os perigos comuns. A orga-nização da tribo, da família, das tradi-ções, das experiências coletivas, exigiu muitos séculos de luta e de infortúnios dolorosos. A ciência das relações, o

aproveitamento das forças materiais que o rodeavam, não requisitaram me-nor porção de tempo.

Agora, porém, nas culminâncias da sua evolução física, o homem não necessitará preocupar-se, de modo tão absorvente, com a paisagem que o cerca, razão pela qual todas as energias espirituais se mobi-lizam, nos tempos modernos, em torno das criaturas, convocando-as ao sagrado conhecimento de si mesmas, dentro dos valores infinitos da vida.

Que dizer dos que propugnam leis para o bem-estar social, por processos mecânicos de aplicação sem atender à iluminação espiritual dos indivíduos?

Os estadistas ou condutores de multidões, que procuram agir nesse sentido, em pouco tempo caem no desencanto de suas utopias políticas e sociais. A harmonia do mundo não virá por decretos, nem de parlamentos que caracterizam sua ação por uma força excessivamente passageira. Não vedes que o mecanismo das leis humanas se modifica todos os dias? Os sistemas

de governo não desaparecem para dar lugar a outros que, por sua vez, terão de renovar-se com o transcorrer do tempo? Na atualidade do planeta, ten-des observado a desilusão de muitos utopistas dessa natureza, que sonharam com a igualdade irrestrita das criatu-ras, sem compreender que, recebendo os mesmos direitos de trabalho e de aquisição perante Deus, os homens, por suas próprias ações, são profundamente desiguais entre si em inteligências, vir-tude, compreensão e moralidade.

O homem que se ilumina conquista a ordem e a harmonia para si mesmo. E para que a coletividade realize se-melhante aquisição, para o organismo social, faz-se imprescindível que todos os seus elementos compreendam os sagrados deveres de autoiluminação.

emmAnuel

Fonte: O Consolador / Questões 232, 233 e 234 Psicografia: Francisco Cândido XavierEditora FEB

Há uns 30 anos, aproximadamente, um pequeno agrupamento de companheiros, dentre eles Chico Xavier, comentava pro-blemas relacionados a imperativos cármicos determinantes de inibições suavizadas ou corrigidas pela medicina moderna. A questão gravitava em torno do seguinte: Como conciliar os recursos da medicina terrestre, especialmente na área da cirurgia,

com a correção de anomalias orgânicas em criaturas em processo de resgates cármicos?Chico explicou: — Não importa que a cirurgia faça desaparecer anomalias inibidoras ou deformantes de implementos somáticos.

O perispírito conservará a deficiência, que vai se projetar para reencarnações futuras, a não ser que o espírito devedor se reajuste com a Lei de Justiça, cobrindo com o amor a “multidão de pecados”, segundo o Evangelho. A cirurgia corrige transitoriamente as deficiên-cias físicas. O amor, trabalhando nos tecidos sutis da alma, purifica e redime para a Eternidade.Fonte: Chico Xavier / Mandato de Amor, UEM, 1997.

Cirurgias e Carma

Clareando / Ano IX / Edição 102 / Março . 2012 - Pág . 14

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos? Dica do mês :O Contador de Histórias EspíritasEspírito: Vovô SabinoPsicografia: Wilma SteinEditora EME

A Tar taruga mensageira

Um dia, há muito tempo atrás, os animais habitantes de uma grande floresta ficaram

sabendo que um grupo de homens pretendia derrubar todas as árvores para transformá-las em madeira.

Apavorados, pois isso representaria a destruição deles também, resolve-ram mandar uma mensagem pedindo socorro a um grupo de pessoas amigas e amantes da natureza.

Os bichos se reuniram para decidir quem seria o portador da mensagem, pois era uma missão muito importan-te, e o local para onde teriam que ir ficava muito, muito distante.

Apresentaram-se para a tarefa: um passarinho, um esquilo, um macaco e uma tartaruga.

— Eu sou o melhor — disse o pas-sarinho estufando o peito —, porque posso voar e, rapidamente, dar conta do recado.

O esquilo alisou o pêlo macio e falou, orgulhoso:

— Eu tenho mais condições de cumprir a missão, porque sou rápido e ágil!

O macaco, coçando a cabeça, afirmou:— Não! Eu sou o mais indicado

porque, pulando de galho em galho chegarei mais depressa ao destino.

Todos riram quando a pequena tartaruga se apresentou. Afinal, tinham urgência que a mensagem fosse entregue rápido, e a tartaruga era, reconhecida-mente, muito lenta.

Depois que as risadas se acalmaram, o leão perguntou:

— Por que é que você acha que tem condições de ser a portadora?

— Porque tenho confiança em Deus que o conseguirei! – respondeu a tartaruga com serenidade.

Após muito discutir, os animais decidi-ram, muito sabiamente, que para maior segurança, todos os quatro levariam uma mensagem igual. Aquele que chegasse primeiro teria a honra de entregá-la.

E assim, numa bela manhã de sol, parti-ram os mensageiros levando as esperanças e a confiança de todos os animais.

O esquilo saiu aos pulos, ligeiro; o passarinho abriu as asas e voou rápido pelo céu; o macaco, pulando de árvore em árvore, lá se foi a perder de vista. Só a pobre tartaruga iniciou a jornada com sua marcha lenta, para chacota dos demais.

Enfrentaram perigos e obstáculos. Tão logo terminaram as árvores, o macaco teve que continuar também pelo solo.

A certa altura do caminho ocorreu um grande desmoronamento de terras e, como não quisessem se abrigar para não interromper a marcha, o macaco e o esquilo foram atingidos e não pude-ram prosseguir.

O passarinho passou voando sem maiores dificuldades, mas a tartaruga, vendo o perigo, com tranquilidade escondeu-se na sua carapaça esperando-o passar.

Mais adiante, sobreveio terrível tem-pestade, e o passarinho, não obstante se agarrasse às árvores para se proteger, foi arrastado pelo vento forte. A tartaruga, porém, novamente parou sua caminhada, escondendo-se em sua carapaça do furor do temporal, esperando o tempo melho-rar. Depois, prosseguiu sua jornada.

Em consequência das fortes chuvas, re-giões ficaram totalmente inundadas, mas a corajosa tartaruga não desanimou.

Guardando muito bem a carta para que não molhasse, prosseguiu nadando.

E assim, vencendo dificuldades enor-mes, perigos inesperados e obstáculos

difíceis, a tartaruga chegou ao seu destino. Ali ficou sabendo, muito sur-presa, que era a primeira a chegar!

Sentiu-se orgulhosa e satisfeita, pois foi cumprimentada por todos, como se fosse uma heroína.

E voltou para casa com os amigos que iriam protegê-los e evitar a destruição da floresta.

Carregada nos braços, ela chegou co-berta de glória, para espanto dos animais, que nunca poderiam imaginar que a pequena tartaruga cumpriria missão tão importante.

Os animais então perceberam que todas as criaturas merecem respeito e consideração, e que todos têm con-dições de vencer. Que, muitas vezes, não são as criaturas que parecem ter as melhores condições que vencem, mas aquelas que se utilizam melhor das possibilidades que possuem.

Perguntaram então à tartaruga, a que ela atribuía sua vitória.

— Creio que sem pAciênciA, persis-tênciA, corAGem e muita fé, eu não poderia ter vencido — respondeu ela.

E concluiu com tranquilidade:— só Assim venceremos!

tiA céliA (céliA XAvier de cAmArGo)

Fonte: www.oconsolador.com.br