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Ano X - Edição 109 - Outubro / 2012 Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente. r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ). r Artesanato Dia - toda segunda-feira. Hora - 14:00 Local - C.E.Irmão Clarêncio. r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”. Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso. Dia - todo 1° domingo de cada mês. Hora - das 15:00 às 17:00 r Visita aos enfermos nos hospitais. r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários. r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua . Dia: toda sexta-feira. Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio” Distribuição - à noite. Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação. pág.13 Instruções de Além-Túmulo: Aviso Oportuno pág.10 O Pensamento de Léon Denis pág.6 Homenagem Especial: Singular Dia da Criança pág.17 Suplemento Infantojuvenil pág.15 Variedades sobre Kardec: O Primeiro Capítulo pág.11 Potências da Alma: Pensamento Vida, Dádiva de Deus: Aborto Não! pág.2 pág.3 Mensagem do Plano Espiritual: Inácio pág.5 Homenagem Especial: Kardec ontem - João Huss pág.7 Reflexão: Saúde Integral Nesta Edição : Editorial João Huss N este mês o Clareando presta uma homenagem a ALLAN KARDEC, escolhido pelo PLANO MAIOR para cumprir a missão de trazer até nós as bases da DOUTRINA ESPÍRITA que, para nós Espíritas, se constitui num manancial de ensinamentos a nos direcionar para a conquista do Reino dos Céus. Como não se adquirem virtudes de um instante para o outro, pois a natureza não dá saltos, ALLAN KARDEC foi se preparando ao longo de várias reencarnações para cumprir essa grandiosa missão. No século XV, como JOÃO HUSS, já recebera a missão de reacender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade e, desde então, revelara a nobreza do servo fiel como o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria séculos mais tarde. Porém, pagou um preço muito alto, submetendo-se à terrível fogueira, expirando no dia 6 de julho de 1415, para renascer em 1804 como o notável homem de bem HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, que adotou o pseudônimo de ALLAN KARDEC (03/10/1804 - 31/03/1869). Deixamos aqui o nosso abraço de eterna gratidão a ALLAN KARDEC. KARDEC, que Deus te abençoe sempre! De onde estiveres, ampara-nos na divulgação desses ensinamentos tão preciosos. A você, caro leitor, presenteamos com o artigo sobre JOÃO HUSS. Paz e esperança para todos nós!

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Page 1: Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio · Deixamos, pois, em nome de toda a Espiritualidade aqui presente, o abraço amigo de estímulo ao bem, na certeza de que

Ano X - Edição 109 - Outubro / 2012

Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

r Biblioteca “ Antônio Vieira Mendes ” Associe-se à nossa biblioteca e tenha direito a empréstimos de livros gratuitamente.

r Campanha Doe uma lata de leite em pó desnatado (não serve leite modificado) e colabore com o trabalho de assistência aos idosos da Obra Social Antônio de Aquino ( obra social do Centro Espírita Léon Denis ).

r ArtesanatoDia - toda segunda-feira.Hora - 14:00Local - C.E.Irmão Clarêncio.

r Visita aos idosos do “Abrigo Cristo Redentor”.Local - Av dos Democráticos, n° 1.090 Bonsucesso.Dia - todo 1° domingo de cada mês.Hora - das 15:00 às 17:00

r Visita aos enfermos nos hospitais.

r Visita aos enfermos nos lares em vários dias e horários.

r Confecção e distribuição de “quentinhas” aos irmãos em situação de rua .Dia: toda sexta-feira.Confecção - 13 :00 , no “Centro Espírita Irmão Clarêncio”Distribuição - à noite.Para participar das Frentes de Trabalho acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se à Secretaria Administrativa do Centro Espírita Irmão Clarêncio (21-3252.1437), para obter orientação.

pág.13

Instruções de Além-Túmulo:Aviso Oportuno

pág.10

O Pensamento deLéon Denispág.6

Homenagem Especial:Singular Dia da Criança

pág.17Suplemento Infantojuvenil

pág.15

Variedades sobre Kardec:O Primeiro Capítulo

pág.11

Potências da Alma:Pensamento

Vida, Dádiva de Deus:Aborto Não!pág.2

pág.3Mensagem do Plano Espiritual: Inácio

pág.5Homenagem Especial:Kardec ontem - João Huss

pág.7Reflexão:Saúde Integral

Nesta Edição :

Editorial

João Huss

N este mês o Clareando presta uma homenagem a AllAn KArdec, escolhido pelo PlAno MAior para cumprir a missão de trazer até nós as bases da doutrinA esPíritA que, para nós Espíritas, se constitui num manancial

de ensinamentos a nos direcionar para a conquista do Reino dos Céus. Como não se adquirem virtudes de um instante para o outro, pois a natureza não dá saltos, AllAn KArdec foi se preparando ao longo de várias reencarnações para cumprir essa grandiosa missão.

No século XV, como João Huss, já recebera a missão de reacender as lâmpadas da esperança no coração da Humanidade e, desde então, revelara a nobreza do servo fiel como o grande reformador e precursor da Reforma que ocorreria séculos mais tarde. Porém, pagou um preço muito alto, submetendo-se à terrível fogueira, expirando no dia 6 de julho de 1415, para renascer em 1804 como o notável homem de bem HiPPolyte léon denizArd rivAil, que adotou o pseudônimo de AllAn KArdec (03/10/1804 - 31/03/1869).

Deixamos aqui o nosso abraço de eterna gratidão a AllAn KArdec.KArdec, que Deus te abençoe sempre! De onde estiveres, ampara-nos na divulgação

desses ensinamentos tão preciosos.A você, caro leitor, presenteamos com o artigo sobre João Huss.Paz e esperança para todos nós!

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 2

Vida - Dádiva de Deus

Aborto Não!

Imaginaste que tuas lágrimas só tiveram por companhia o silêncio da noite espessa.Pensaste que ninguém ouvia os reclamos de tua alma, os gritos do teu coração.Permaneceste alimentando revolta e insatisfação, aumentando o caudal de tuas emoções em desequilíbrio.Planejaste exterminar o entezinho que se abrigava em teu seio, sem que ninguém soubesse.Admitiste a impossibilidade de seres mãe por tua própria iniciativa.Uma amiga sim. Ela seria a salvação. Já conhecia os trâmites que lhe permitiram quatro abortamentos. Sim. A amiga será a salvação.Minha filha, queremos dizer-te que o que tens pensado e desejado realizar só aumentará os teus tormentos.Não creias que um filho atrapalhará a tua vida.Antes, será ele que no futuro te dará ânimo e sustento, amparo e proteção.Não coloques obstáculos.Não impeças a manifestação da vontade divina que se dignou premiar-te, oferecendo-te a guarida de um entezinho que, se hoje te pede carinho e amizade, compreensão e socorro, amanhã te recompensará por todo o bem que fizeres.Não, o aborto não é a solução, antes a complicação!Muitas mulheres na atualidade deploram o ministério da maternidade, esquecidas de que ser mãe é ser cooperadora de Deus no santificado mister da procriação; outras derramam lágrimas de sangue por se verem impossibilitadas de gerar; outras, contudo, alegram-se, felicitam-se por abrigarem na intimidade de seu ventre um ser que crescerá e se engrandecerá para as glórias da vida.Pensa um pouco, minha filha, ainda é tempo de evitares o crime nefando que alimentas na casa mental, onde teus pensamentos aparentemente inaudíveis são facilmente detectados por nós, os amigos de Jesus, que nos esforçamos para evitar o infanticídio que se generaliza na Terra, abrigado nas malhas do materialismo e amparado por interesses inconfessáveis.Pensa nisso, filha. Tu também, todos nós, um dia prestaremos contas a Deus de tudo o que fizemos e do que deixamos de fazer.Aborto não! Vida sim! Desde a menor expressão do ser que se liga à futura mãe até o anjo que se evola ao céu, a vida é de Deus e só Ele tem o poder de dá-la ou tirá-la.

Josiel

(Mensagem recebida no Grupo Espírita Fabiano, Rio de Janeiro, em junho de 1991, pelo médium Jorge Caldas.)

Fonte: RefoRmadoR, Setembro, 1993, FEB.

"O primeiro de todos os direitos naturais do homem é o de ViVer".

(O LivrO dOs EspíritOs)

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 3

Mensagem do Plano Espiritual

Encontros Espíritas

locAl: centro esPíritA irMão clArêncio

Em Outubro

23° encontro esPíritA sobre MedicinA esPirituAl

teMA- doutrináriA : científicA i / científicA ii

diA-21/10/2012

HorA- 8:30 às 13:00

Todos nós sentimos e reconhecemos em Jesus o grande semeador, aquele que dispõe das sementes da verdade, das se-mentes da vida e que, através dos tempos, vem semeando abundantemente em todas as almas vinculadas a este Planeta de provas e expiações, acrescentando à semeadura das sementes as oportunidades que todos temos tido neste processo

de crescimento, de evolução espiritual.Reconhecemos neste Mestre aquele amigo, o irmão, o companheiro em quem podemos confiar, na certeza de que, mesmo

nos momentos de quedas, mesmo nas dificuldades e nas lutas que todos atravessam, Ele com certeza estará presente sempre, estendendo as suas mãos dadivosas, ungidas pelas vibrações amorosas do seu coração junto a todos nós.

E assim tem sido através dos séculos e dos milênios quando nós, Espíritos imortais, debaixo de sua orientação precisa e segura, temos recebido, através das reencarnações, a possibilidade de aproveitar as oportunidades e procurarmos fazer germinar as se-mentes que já se encontram semeadas em cada uma de nossas almas.

Portanto, se já as temos junto a nós, procuremos aproveitar o momento deste processo de evolução espiritual, desenvolvendo esforços para que essas sementes germinem e possam futuramente apresentar os frutos e nos classificar como almas já mais iden-tificadas com as Leis de Deus.

Portanto, mesmo com as imperfeições que alegamos ter, se já temos as sementes em nossas almas, por que não fazê-las ger-minar para que possam produzir os frutos de que tanto necessitamos? Mas, para que a semente germine, é preciso extirpar o egoísmo e o orgulho de nossos corações.

Sem dúvida alguma orgulho e egoísmo têm sido o grande impedimento para que essas sementes germinem. Trabalhemos, pois, irmãos e irmãs! Esforcemo-nos para que seja possível cada vez mais, pelos esforços que formos desenvolvendo

na busca do crescimento espiritual, superarmos as dificuldades e as lutas e todo o impedimento que acaba se transformando em grandes obstáculos para nossa aproximação com o Criador, o nosso Pai Celestial.

Sintam-se envolvidos pelas vibrações superiores desse Amor Infinito que chega até nós. Permitam que essas vibrações mergulhem profundamente em seus corações e em suas mentes e, neste processo, deixem que o mal se dilua e que o bem comece a germinar, a crescer, a apresentar os frutos de almas, então, plenamente transformadas e identificadas com as Leis do Pai, do nosso Bom Deus.

Deixamos, pois, em nome de toda a Espiritualidade aqui presente, o abraço amigo de estímulo ao bem, na certeza de que todos vocês estão amparados e sustentados por protetores e guias que são a representação de Deus junto às suas vidas de encarnados.

O nosso abraço amigo.inácio

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto, no CEIC, em 29 de agosto de 2012).

"Aquele, porém, que recebeu a semente em boa terra é o que escuta a palavra, que lhe presta atenção e ela frutifica e rende cem, sessenta ou trinta por um." (Matheus, XIII: 18 a 23).

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 4

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Estudando a Gênese

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Centro Espírita Irmão Clarêncio

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Hipótese sobre a origem do corpo humanoDa semelhança de formas exteriores que existe entre o corpo do homem e o do macaco, alguns fisiologistas concluíram que o primeiro é apenas uma transforma-ção do segundo. Nisso não há nada de impossível, nem que, se assim for, afete a dignidade do homem. Corpos de macacos podem muito bem ter servido de ves-timenta aos primeiros espíritos humanos, necessariamente pouco adiantados, que tenham vindo encarnar na Terra; essas vestimentas foram as mais apropriadas às suas necessidades e mais adequadas ao exercício das suas faculdades que o corpo de qualquer outro animal. Ao invés de ser feita uma vestimenta especial para o espíri-to, ele teria achado uma pronta. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser espírito humano, assim como o homem, não raro, se veste com a pele de certos animais sem por isso deixar de ser homem.

Fique bem entendido que se trata aqui apenas de uma hipótese, que de modo algum é colocada como um princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo não prejudica o espírito, que é o ser principal e que a semelhança do corpo do homem com o corpo do macaco não implica em paridade entre o seu espírito e o do macaco.

Admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da ativi-dade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nos detalhes, conservando sempre a forma geral do conjunto. Os corpos aperfeiçoados, ao se procriarem, reproduziram-se nas mesmas condições, como acontece com as ár-vores enxertadas e deram origem a uma nova espécie que, pouco a pouco, se afastou do tipo primitivo, à medida que o espírito progrediu. O espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar corpos de macaco para o seu uso, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o espírito humano procriou corpos de homem, variações do primeiro molde em que ele se estabeleceu. O tronco se bifurcou; produziu um broto e esse broto tornou-se tronco.

Como não há transições bruscas na Natureza, é provável que os primeiros ho-mens que surgiram na Terra diferissem pouco do macaco pela forma exterior e, sem dúvida não muito mais pela inteligência. Nos dias de hoje ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta semelhança com o macaco que só falta serem peludos para que a semelhança seja total. 168

168-Complementando as palavras do Codificador, hoje sabemos, pelas pesquisas que estão em curso, que a evolução da história humana é uma longa sucessão de fatos que se estendem pelos últimos oito milhões de anos, que é a época em que se reconhece que ocorreu a divergência evolutiva que levou a espécie humana para um lado e os macacos para outro.

Presume-se que há aproximadamente quatro milhões de anos os mais antigos antepassados do homem encontravam-se definitivamente estabelecidos na superfície terrestre. Segundo os pesqui-sadores, o fator determinante da evolução da espécie humana primitiva foi a reestruturação da anatomia, que permitiu a posição erguida (bipedação). Uma das confirmações dessa teoria é a existência de pegadas fossilizadas, de quatro milhões de anos, que conservaram traços inconfun-díveis do pé de dois adultos e de uma criança humanos.

Com a liberação das mãos para a realização de novas tarefas, como carregar materiais, ma-nipular objetos e, eventualmente, construir outros novos, o ser humano primitivo foi desenvol-vendo progressivamente a sua inteligência, através de diversos estágios, desde o australopithecus aferensis, até o Homo sapiens, o homem moderno de hoje.

Os fósseis conhecidos de maior antiguidade e que recebem o nome de Homo, o Homo habilis, remontam a dois milhões e meio de anos. Ele já possuía um cérebro maior, um crânio mais arredondado e um rosto perfeitamente humano. (N.R.)

Fonte: A Gênese, Allan Kardec, Capítulo XI, Itens 15 e 16.

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 5

João Huss

Homenagem Especial

Kardec ontem : João Huss

Uma das mais autênticas figuras do Cristianismo, na Idade Mé-dia foi, sem dúvida, o sacerdote e filósofo JAn Huss, nascido em

Husinec (donde lhe veio o nome), na Boêmia, em 1369.

Embora filho de pais camponeses, conse-guiu completar seus estudos na Universidade de Praga, formando-se em Teologia em 1394 e Artes em 1396.

Em 1400 ordenou-se sacerdote com o obje-tivo de servir ao Cristo com o coração. E, já em 1402, passava a ocupar o cargo de reitor da referida Universidade, dedicando ao magistério superior todo o devotamento possível.

Um fato, porém, começava a inquietar a alma e o coração do jovem sacerdote: a decepção com a conduta de seus superiores eclesiásticos que emprestavam à Igreja uma posição que muito o desagradava, principal-mente a ele que devotava profundo respeito pelas coisas sagradas, sobretudo pelo culto da verdade.

Assim, na mesma ocasião que assumia o cargo de reitor da Universidade em que se graduara em Teologia e Artes, alguns anos antes, travava conhecimento com a obra do reformador inglês John Wyclif, passando a considerar-se seu fiel discípulo.

Exatamente no mesmo ano em tomava co-nhecimento da obra de Wyclif, era nomeado pregador da Capela de Belém, em Praga. Não é difícil aquilatar os conflitos espirituais que passava, então, a acicatar a mente desse homem extraordinário.

Diante disso, a pouco e pouco iam esca-pando de seus sermões críticas ao clero, o que ao mesmo tempo, punha em evidência as simpatias de Huss pelas ideias do odiado reformador inglês.

Desse modo, não obstante as advertências que recebia em face do seu obstinado combate à cobrança de indulgências e à confissão auri-cular, foi em 1410, finalmente, excomungado. Enquanto isso, crescia a admiração pelo seu trabalho honesto, levando toda a população de Praga, em tumulto incontido, a proclamá-lo com o título de Herói Nacional, sob a pro-teção do Rei Venceslau da Boêmia.

Isso fez crescer ainda mais a onda de perseguições dentro da Igreja contra João Huss, decretando o Vaticano nova exco-munhão contra ele, em 1412. É que Huss passara a afirmar dos púlpitos que as escri-turas sagradas deviam ser as únicas regras a serem obedecidas pela Igreja de Cristo e que somente ao Cristo considerava sobera-no único da Igreja.

Diante de tal situação, foi João Huss pre-mido a abandonar a cidade de Praga, onde sempre vivera.

Roma, no entanto, utiliza-se de mais uma es-tratégia sagaz para exterminar a vida do ousado reformador. Decreta a realização do Concílio de Constança, em 1414. E, para ele, João Huss é convidado sob a garantia de um salvo-conduto do Imperador Sigismundo da Alemanha e Rei da Hungria. A Igreja mostrava-se democrata e desejosa de melhor conhecer as ideias de Huss.

Desse modo, o grande reformador e pre-cursor da Reforma que ocorreria no século seguinte, tendo em vista as ponderações ardilosas, resolver comparecer, intimorato, ao referido Concílio, mantendo aí os seus pontos de vista sem se arrecear diante das ameaças, logo que percebeu ter sido vítima de uma armadilha.

A grande verdade é que foi condenado à morte pelo fogo, pois esse, e não outro, fora o objetivo da famigerada assembleia, uma vez que falso foi o salvo-conduto do Imperador da Alemanha.

Assim sendo, e percebendo baldos os esforços pela autossobrevivência, fez questão de enfatizar as suas ideias, e submeteu-se à terrível fogueira, expirando no dia 16 de julho de 1415, numa das praças de Constança.

Possivelmente, nenhum dos circunstantes presentes no sórdido e hediondo espetáculo representado por um homem indefeso, no alto de uma fogueira criminosa, percebia que ali, na figura daquele homem sério e superior, ocultava-se a alma de um grande missionário.

Graças, todavia, à mediunidade sublima-da de Francisco Cândido Xavier, tivemos a oportunidade de saber que homem era aquele que há cinco séculos e setenta e oito

anos foi pela Igreja queimado vivo numa cerimônia espetacular.

Conforme o relato mediúnico de Humberto de Campos, em 22 de setembro de 1942, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, repro-duzido na revista O ReveladOR, de São Paulo (SP) e, mais tarde, na revista RefORmadOR, da feB, de setembro de 1978 (páginas 293-294), ali estivera, na fogueira, sobranceiro, o Espírito que 389 anos depois renasceria, em Lyon, na França de Joana d’Arc, a 3 de outubro de 1804, para o cumprimento de mais uma luminosa missão, dignificando e imortalizando pelos séculos futuros o nome de AllAn KArdec.

Para melhor conhecimento dos espiritistas de nossos dias, citemos alguns trechos rápidos do relato acima mencionado.

"Depois de se dirigir aos numerosos missio-nários da Ciência e da Filosofia, destinados à renovação do pensamento do mundo no sécu-lo XIX, o Mestre aproximou-se do abnegado JOãO Huss e falou, generosamente:

— Não serás portador de invenções novas, não te deterás no problema de comodidade material à Civilização, nem receberás a mor-domia do dinheiro ou da autoridade tempo-ral, mas deponho-te nas mãos a tarefa sublime de levantar corações e consciências. (...)

É indispensável estabelecer providências que amparem a fé, preservando os tesouros religio-sos da criatura. Confio-te a sublime tarefa de reacender as lâmpadas da esperança no cora-ção da Humanidade. (...)

Ante a emoção dos trabalhadores do progres-so cultural do orbe terreno, o abnegado JOãO Huss recebeu a elevada missão que lhe era conferida, revelando a nobreza do servo fiel, entre júbilos de reconhecimento."

O restante da história nós, espíritas, já conhecemos. Cumpre, porém, não esque-cermos a nossa modesta, mas indispensável contribuição: servir à Doutrina do Conso-lador com coragem, confiança e a impres-cindível disposição de ânimo.

Urge sejamos todos, pela conduta e pelo coração, o espelho em que os homens se possam mirar. Quanto às fogueiras, já não temos que temê-las. Elas se apagaram para sempre. Mas é necessário mantenhamo-nos ao calor de novo fogo representado pela chama da fé viva hoje, no amanhã e para todo o sempre.

inAldo lAcerdA liMA

Fonte: Reformador, outubro, 1993, FEB.

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Reunião de Trabalhadores do CEIC

outubro - dia 19 / 6ª FeiraHorário - 19:00locAl - Centro Espírita Irmão Clarêncioestudo - O Zelo da Tua Casa

“O que torna um estudo sério é a continuidade que se lhe dá”

(Allan Kardec)

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Custo do Kit : R$20,00"O livro é um amigo sincero, bem-vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.

Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)

Ler e bom...Ler o que e bom, e melhor ainda !

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Léon Denis

Convite

O Pensamento de Léon Denis

“... a moral espírita edifica-se sobre os testemunhos de milhões de almas que, em todos os lugares, vêm, pela interfe-rência dos médiuns, revelar a vida de além-túmulo, descrever suas próprias sensações, suas alegrias, suas dores.

A moral independente, essa que os ma-terialistas tentaram edificar, vacila ao sabor dos ventos por falta de base. A moral das religiões, como incentivo, adstringe-se so-bretudo ao terror, ao receio dos castigos infernais: sentimento falso, que só pode re-baixar e deprimir. A filosofia dos Espíritos vem oferecer à Humanidade uma sanção moral consideravelmente elevada, um ideal eminente, nobre e generoso. Não há mais suplícios eternos; a consequência dos atos recai sobre o próprio ser que os pratica.

O Espírito encontra-se em todos os luga-res tal como ele mesmo se fez. Se violenta a lei moral, obscurece sua consciência e suas faculdades, materializa-se, agrilhoa-se com suas próprias mãos. Mas, atendendo à lei do bem, dominando as paixões bru-tais, fica aliviado e vai-se aproximando dos mundos felizes.

Sob tais aspectos, a lei moral im-põe-se como obrigação a todos os que não descuram dos seus próprios destinos. Daí a necessidade de uma higiene d’alma que se aplique a todos os nossos atos e conserve nossas forças espirituais em estado de equilíbrio e harmonia. Se convém submetermos o corpo, este invólucro mortal, este

instrumento perecível, às prescrições da lei física que o mantêm em função, urge desde já vigiarmos o estado dessa alma que somos nós, como eu indestru-tível e de cuja condição depende a nossa sorte futura. O Espiritismo fornece-nos os elementos para essa higiene da alma.O conhecimento do porquê da existência é de consequências incalculáveis para o melhoramento e a elevação do homem. Quem sabe onde vai pisa firme e impri-me a seus atos um impulso vigoroso.

As doutrinas negativistas obscurecem a vida e conduzem, logicamente, ao sensualismo e à desordem. As religi-ões, fazendo da existência uma obra de salvação pessoal, muito problemática, consideram-na de um ponto de vista egoísta e acanhado.

Com a filosofia dos Espíritos, modi-fica-se, alarga-se a perspectiva. O que nos cumpre procurar já não é a felici-dade terrestre, pois neste mundo a feli-cidade não passa de uma quimera, mas, sim, a melhoria contínua. O meio de a realizarmos é a observação da lei moral em todas as suas formas.

Com esse ideal, a sociedade é indestru-tível: desafia todas as vicissitudes, todos os acontecimentos. Avigora-se nos infor-túnios e encontra sempre meios para, no seio da adversidade, superar-se a si mes-ma. Privada de ideal, acalentada pelos sofismas dos sensualistas, a sociedade só poderá esperar o enfraquecimento; sua fé

no progresso e na justiça extingue-se com sua noção de virilidade; muito em breve, será um corpo sem alma e, fatalmente, tornar-se-á vítima dos seus inimigos.

Ditoso quem, nesta vida cheia de trevas e embustes, caminha corajosamente para o fim almejado, para o ideal que descortina, que conhece e do qual está certo. Ditoso quem, inspirado em boas obras, se sente impelido por um sopro do Altíssimo. Os prazeres são-lhe indiferentes; as tentações da carne, as miragens enganosas da fortu-na não mais dispõem de ascendência sobre ele. Viajor em marcha, só aspira ao seu alvo e para ele se lança!

Fonte: Depois da Morte, Léon Denis, 5ª parte, Capítulo 42, Edições Léon Denis.

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 7

Reflexão

conteúdos do comportamento e da conduta para a preservação da sanidade.

Mantendo-se, desse modo, a recomenda-ção do Evangelho sobre o amor a Deus, ao próximo e a si mesmo, na condição de ex-periência humana, mesmo que se instalem focos infecciosos no corpo, ou se expres-sem distúrbios orgânicos de vária ordem, o paciente torna-se terapeuta de si mesmo, auxiliando o médico e este àquele, a fim de que a meta essencial seja lograda — que é a alegria de viver saudavelmente.

Pode-se, portanto, experimentar saúde in-tegral, mesmo que algum órgão se encontre comprometido, sem que isso altere o ser em profundidade, consciente de que o fenômeno biológico da morte somente encerra o ciclo carnal, jamais a Vida.

A visão médica, com paradigmas holísti-cos em torno da saúde e da doença faculta a possibilidade de uma perfeita interação corpo-alma, em razão do controle da mente sobre a matéria.

Uma organização fisiopsíquica sadia resulta da perfeita identificação entre o espírito e o soma, como decorrência das reencarnações an-teriores ou das conquistas atuais, preparando a existência em marcha para a plenitude.

JoAnnA de ÂnGelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 1-5-1993, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador – BA).

Fonte: Reformador, setembro, 1993 – FEB.

"Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais in-solente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo e precisa da esmola da minha bondade e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?"

cArl GustAv JunG

Fonte: Escutando os Sentimentos, Ermance Dufaux, pelo médium Wanderley Soares de Oliveira – Editora Dufaux.

Saúde Integral

A sofisticação tecnológica da Me-dicina atual ainda permanece na insustentável tese de que o ho-

mem são as células que lhe constituem a organização somática.

Negando, por sistema, a realidade do ser integral– Espírito, perispírito e matéria – , detém-se na conceituação ultrapassada, na qual o cérebro gera o pensamento e a Vida cessa quando se dá o fenômeno da anoxia, alguns minutos depois da parada cardíaca...

Desde Hipócrates, passando por Aécio e Galeno, a visão dualista somente vem encon-trando confirmação a respeito, não se podendo mais negar a interação espírito-matéria, mente-corpo como termos da equação existencial.

Em face dessa constatação, convenciona-se que a saúde é mais do que a ausência de doença no organismo, sendo um conjunto de fatores propiciatórios ao bem-estar psicológico, econô-mico e social.

O paradigma da atualidade em torno da saú-de leva o médico a examinar o paciente não mais como uma cobaia ou alguém aflito de quem se deve libertar, mas, como portador de muitos problemas que, não raro, a doença que se exterioriza mascara-os nas gêneses profundas do estado patológico.

Volver-se, desse modo, ao antigo sacerdócio médico, graças ao qual, ele se torna amigo do paciente, seu confidente, seu companheiro, ajudando-o a drenar as emoções negativas recalcadas, a fim de dar campo a uma catar-se liberativa das angústias e tormentos que sofre, para que, então nele se instale de volta a saúde.

A saúde integral independe das drogas químicas e dos tratamentos cirúrgicos, não obstante esses sejam ainda valiosos instru-mentos para a sua aquisição.

É forçoso reconhecer-se que o ser atual é um somatório de experiências próximas e remotas. Tanto lhe constituem fatores degenerativos os conflitos próximos, da atual encarnação, quanto os transatos, das existências pretéritas.

Examinando desse ponto de vista, compreen-der-se-á a gama larga de fatores predisponentes como preponderantes para o estabelecimento da enfermidade ou da saúde.

Cumpre que se conscientizem os indivíduos em geral, e os enfermos em particular, de que cada criatura é o resultado das suas realizações morais, espirituais, da sua mente, como já ob-servaram os gregos antigos...

A disposição para o otimismo ou para a autodestruição responderá pelos seus futuros comportamentos.

Nesse sentido, o Evangelho de Jesus é um ex-celente tratado de psicoterapia, mediante cuja aplicação resultarão bem-estar e harmonia.

Toda a mensagem de Jesus é vazada no conhecimento profundo do homem, con-siderando a sua realidade transpessoal, na qual ressaltam o Espírito e a sua condição de imortalidade.

Lentamente, em face do volume de aflições que dominam as paisagens humanas e as en-fermidades psicossomáticas de difícil diagnose, que levam a estados lamentáveis, a criatura sente-se convidada à valorização da vida, à des-coberta dos seus recursos éticos, à autoestima, ao autoaprimoramento.

O amor, nesse cometimento, assume pa-pel preponderante, em razão das energias que libera no sistema imunológico, fortalecendo-o, no sistema nervoso simpático e nos glóbulos brancos fundamentais na luta pela preservação da saúde.

A visualização mental otimista, gerando energias que combatam ou anulem a enfermi-dade, produz endorfinas que atenuam a dor, auxiliando as células à remissão da doença.

Bombardeios mentais através da visu-alização sobre tumores de origem cance-rígena logram alteração profunda no seu desenvolvimento, conseguindo mesmo eliminá-los. Todavia, se o sentimento de amor acompanhar a descarga psíquica da vontade, estimulando as células saudáveis a se manterem em ritmo de equilíbrio, en-quanto as outras se consomem, a vibração da força transformadora será mais potente e portadora de resultados eficientes.

Nesse aspecto o querer é imprescindível e o crer, essencial, em face da continuidade do fluxo mental, sem as vacilações, suspeitas e re-ceios que lhe interrompem a continuidade.

A harmonia mental que decorre da relaxação confiante produz, também, o benéfico estado alfa, quando o cérebro libera ondas do mesmo nome no ritmo de 8 a 12 ciclos por segundo, ensejando a restauração da saúde, quando se está enfermo, ou a preservação dela, quando se encontra saudável.

Nesse campo, o autodescobrimento corajoso propicia a eliminação dos mecanismos do ego, que levam à fuga da responsabilidade e do res-peito por si mesmo, ensejando consciência de quem se é, do que se deve realizar e como se poderá fazê-lo.

A visão junguiana de saúde é conclusiva, convidando a uma revisão de paradigmas na Medicina tradicional e na tecnológica médica atual, redescobrindo os pacientes como pessoas necessitadas de amor, que se autodestroem por desequilíbrio emocional mediante pugnas íntimas incessantes...

O amor, que pertencia às áreas da Sociologia e da Filosofia, além das análises literárias, pas-sa hoje a ser elemento fundamental para os

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Cursos no C.E.I.C.

Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00A Família na visão Espírita.Obras de André Luiz (Nosso Lar / Ação e Reação).Obras de Yvonne Pereira (Devassando o Invisível / Recordações da Mediunidade).A vida de Yvonne A.Pereira COMP - Curso de Orientação Mediú-nica e Passes.COFTC - Curso de Orientação, Forma-ção e Treinamento para a Cura.

Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00Esperanto.Grupo de Estudos Antônio de Aquino.Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.

Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:10Estudos para o trabalho de Atendimento Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro: Técnica de Passes).Aprofundamento das Obras Básicas (4ª e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.

Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00O que é o Espiritismo.História do Espiritismo ( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.O Livro dos Médiuns.O Céu e o Inferno.A Gênese.Obras Póstumas.Obras de Léon Denis (Livro: O Pro-blema do Ser e do Destino).Revista Espírita.

Dia : Sábado / 16:00 às 17:30O que é o Espiritismo.História do Espiritismo( 2° Semestre)O Livro dos Espíritos.O Evangelho Segundo o Espiritismo.Atualização para médiuns da Casa (4° sábado do mês)O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês)

Dia : 14 / 10 / 2012 - 16 horasCulto no Lar de Marta Menezes Cardoso

Atividades Doutrinárias

Homenagem Especial

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Assim nos esclarece Emmanuel

A queles que possuem essas fa-culdades registradoras dos pensamentos, que dimanam

dos planos invisíveis, são os chamados sensitivos ou médiuns, porém, essa condição será a de todos os homens do porvir.

São inúmeras as legiões de seres que pe-rambulam convosco, sem os indumentos carnais, e que permanecem nas latitudes do vosso planeta, sendo necessário con-siderar que a maioria dos que evolutiram e se conservam nas esferas de um conhe-cimento muito superior ao vosso, pelas condições inerentes à sua própria nature-za, não vos podem estar próximos.

Enviam aos homens a sua mensagem luminosa dos cimos resplandecentes em que se encontram, e, formulando o desejo de ação nos planos da matéria, atuam com a sua vontade superior sobre o cérebro visado, o qual se encontra em afinidade com as suas vibrações e, através de forças teledinâmicas, que podereis avaliar com os fluidos elétricos, cuja utilização ence-tais na face do Globo, influenciam a natu-reza particular do sensitivo, afetando-lhe o sensório, atuando sobre os seus centros óticos e aparelhos auditivos, desaparecen-do perfeitamente as distâncias que se não medem; na alma do “sujet” começa então a operar-se uma série de fenômenos aluci-natórios sob a ação consciente do Espírito que o guia dos planos intangíveis.

Este, segundo a sua necessidade, o induz a ver essa ou aquela imagem, em vibrações que o envolvem, as quais são traduzidas pelo sensitivo de acordo com as suas possibilidades intelectivas e sentimentais. Há instrumentos que

"Uma arte que tende de mais a mais a tornar-se uma ciência – a medicina – vai receber um impulso extraordinário, quando laboratórios forem instituídos para as pesquisas psicológicas, porque há que criar laboratórios cujos trabalhos e descobertas terão consequências tais que nenhuma das ciências contemporâneas pode dar uma ideia: são os laboratórios e é o Instituto da futura Ciência".(Paul Gibier – Análise das Coisas, 4ª parte, Capítulo I)

"A Medicina Espiritual há de ser associada à Medicina Humana, em função de que uma vai cuidar do corpo e a outra do Espírito". (Ignácio Bittencourt)

Jesus : o MAior de todos os Médicos!

18 de Outubro - Dia do Médico

Os Aparelhos Mediúnicosinterpretam com fidelidade o que se lhes entrega; outras, porém, não dis-põem de elementos necessários para esse fim.

Não se conjeture a necessidade, por parte dos desencarnados, de trabalho fatigante para que tais fenômenos se verifiquem, concretizando-se no plano físico; tais fatos se realizam naturalmente, bastando para isso o seu desejo e o poder de fazê-lo.

eMMAnuel

Fonte: Emmanuel, Médium Francisco Cândido Xavier, capítulo XXIX, Editora FEB.

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À Luz do Espiritísmo

Artigo

Caso de Roubo de F lu idoPara ilustração, transcrevemos a ex-

periência de um confrade:N.S., agora com seus 80 anos, conta

que na sua juventude acompanhou um parente enfermo à casa de senhora muito humilde, conhecida em toda a redonde-za por sua mediunidade de cura.

Naquela noite, em desdobramento, viu-se volitando provavelmente em companhia de alguns Espíritos com quem se relacionara inconscientemente na casa visitada. Enquanto sobrevoavam região umbralina ou trevosa, sentia-se devidamente sustentado por braços amigos que o mantinham preso pelas axilas. Nessa revoada estranha ouvia o rumor do oceano, metros abaixo.

De tal aventura lembra-se ainda de se ha-ver atracado com um Espírito andrajoso, em luta violenta, num outro local, que lhe parecera uma caverna.

Confessou ainda que, no dia seguinte, mal conseguira levantar-se da cama, tama-nho seu desgaste físico.

Adianta-nos que nessa época ainda não conhecia bem o Espiritismo e só pôde en-tender o que lhe sucedeu, anos mais tarde.

Também outra passagem interessante, ocorrida com A.S. nos traz noção mais detalhada sobre esse furto sistemático de verdadeiros delinquentes do Espaço.

A médium "sonhou" que entrava com o esposo num restaurante, quando viu a cer-ta distância um garçom de posse de grande guarda-sol que apontava na direção de am-bos. Houve um movimento característico de abrir e fechar e nesse momento ela sen-tiu um esvaziamento completo, além de formigamento, principalmente em braços, mãos, pernas e pés.

Dias após, recebeu de seu orientador da Casa Espírita onde frequentava o

Curso de Educação Mediúnica expli-cações sobre o fato. Tratava-se de um exemplo típico de furto de energias.

Segundo o professor, não era raro, como vidente, enxergar Espíritos carregando guarda-chuvas ou o que parecia sê-lo. Na verdade, eram instrumentos específicos para esse tipo de furto e funcionariam como foles.

Nas sessões de desobsessão — explicou ainda o mestre — eram comumente atraídas para a doutrinação entidades vestidas de túnicas pretas (obsessores e auxiliares trevosos, membros de falanges malfazejas). Sua vestimenta lembrava as ve-lhas batinas de sacerdotes. Todos traziam dependurado no braço esse indefectível "guarda-chuva".

Fonte: S.O.S. Atmosfera "Espiritual" Terrena ,Helena Maurício Craveiro Carvalho, Editora LAKE.

A árvore da esperança tem como raiz a fé e como fruto a caridade. Daí a importância dessa virtude tão

pouco analisada na pauta de nossas cogi-tações doutrinárias. Reflitamos a respeito dela, a fim de compreender seu completo significado e estaremos efetuando um bom exercício de aprimoramento íntimo.

A esperança é o traço de união entre as cren-ças e as obras de quem deseja sustentar o ideal espírita desse mundo, onde evoluímos inape-lavelmente às voltas com variados e pungentes dramas, até o enfrentamento final da tragédia biológica que determina, de maneira inexo-rável, a morte física. Como traço de ligação entre aquilo que pensamos e o que fazemos, a esperança necessita ser cultivada em nós a cada dia e a cada hora, a cada problema e cada dificuldade, a cada doença e a cada desgos-to, a cada desencanto e a cada adversidade, a cada tristeza e a cada aflição. Não foi à toa que pensadores clássicos da herança religiosa evangélica incluíram a esperança no rol das três virtudes teologais, situando-a entre a fé e a caridade.

Com efeito, sem esperança a fé acaba en-fraquecendo e a caridade desaparecendo. O que fez a mensagem do Cristianismo triunfar,

A Á r v o r e d a E s p e r a n ç ano seu alvorecer, sobre todas as perseguições e crueldades dos imperadores romanos, de-tentores de grandes exércitos e dos sacerdotes judeus, senhores de multidões fanáticas, foi a capacidade de acender no coração dos homens, sobretudo dos humildes, o lume da esperança em outra existência justa e eterna. Sem este sen-timento, em vão tentaremos nos conservar, por longo tempo, em perfeito equilíbrio na corda bamba das vicissitudes que permeiam a jornada terrena.

Torna-se imperioso termos esperança, isto é, sabermos esperar. Para quê pressa se a pressa, já disse alguém, só serve para nos levar ao fim da vida mais ligeiro?...Também afirmou um poeta que o amanhã é o pri-meiro dia do resto da nossa vida — quem sabe se não vai chegar trazendo o que nos falta: a cura, o amor perdido, o êxito jamais conquistado, a alegria que nunca passou de um sonho?... Vale a pena confiar; o ama-nhã melhor, venturoso inevitavelmente virá, como o Sol depois da fria madrugada. O que se nos impõe, às vezes, diante de amarguras insanáveis é vislumbrá-lo além do horizonte demarcado pelo túmulo. A enfermidade sem remédio, por exemplo, e a velhice extrema, são desconfortáveis, mas como esquecer que somos uma alma imortal? O Espiritismo nos

prova a sobrevivência com seus fenômenos e, com sua doutrina, nos revela o Consolador prometido por Jesus.

Contra esta árvore da esperança, que se apoia na fé racional e gera a caridade le-gítima, o materialismo e o disfarçado, que as trevas conseguiram infiltrar em lugares invigilantes de nosso movimento filosófico, desencadeiam suas forças, inutilmente. Tais forças, vociferantes e intolerantes, rugem como tempestades, porém, da referida ár-vore, derrubam apenas folhas secas que se renovam: a raiz permanece sólida e os frutos virentes. Tais forças, por serem contrárias ao Bem, nada podem e, em essência, nada são, nem sequer forças e sim fraqueza... O Es-piritismo será sempre tão religioso quanto científico, porque nasceu de uma semente cuja seiva é a vontade de deus.

nAzAreno tourinHo

Fonte: Reformador, outubro, 1995, FEB

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Potências da Alma

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KArdec seMPre

Os livros espíritas vêm conquistando, dia a dia, um número muito grande de leitores. As edições se sucedem aos milhares. Os efeitos da leitura dessas obras no leitor são extremamente positivos.Como consequência, o número

de títulos tem aumentado muito. Novas obras de autores encarnados e desencarnados, de conteúdo muito bom, surgem a todo instante. Entretanto no meio do trigo tem aparecido muito joio.Não nos deveríamos preocupar com

esses livros que difundem ensinamentos que fogem da orientação doutrinária segura. Mas, infelizmente, muitas pessoas que não conhecem a Doutrina estão começando por essas obras e

coMo reconHecer uM boM livro esPíritA

aceitam como espíritas ensinamentos contrários aos princípios espiritistas.O apóstolo Paulo já prevenia os cristãos

de sua época contra as “doutrinas estranhas”. Sem dúvida, a advertência do grande trabalhador da causa cristã continua atualíssima.O que fazer diante do problema? Cruzar os

braços? Lutar contra a edição dessas obras? Impedir a sua circulação? Todos temos livre-arbítrio. Jamais

poderíamos conceber a edição de um índice de livros espíritas proibidos.Não sabemos qual a melhor solução. Mas

parece-nos que há uma de grande eficácia: é trabalhar pelo o estudo das obras de KArdec. Quem começa pelo estudo cuidadoso da Codificação Kardequiana pode ler qualquer livro e não terá dificuldade em separar o joio do trigo. Começando por Kardec, a pessoa fica vacinada contra as “doutrinas estranhas”.Sugerimos, pois, que mantenhamos uma

campanha nacional de esclarecimento ao público quanto à necessidade de se começar pela leitura das obras de KArdec (*). A nossa ideia é que todos os jornais espíritas abordem periodicamente o assunto e publiquem pequenos anúncios nesse

sentido. As livrarias espíritas poderiam esclarecer os leitores quanto à vantagem de começar pelas obras do Codificador. Nos Centros e demais instituições espíritas, esse tipo de esclarecimento poderia ser feito frequentemente. Por fim, todo espírita, ao recomendar um livro espírita para alguém, tomaria o cuidado de indicar primeiro os livros de AllAn KArdec, especialmente “o livro dos esPíritos”.

Assim sendo, cremos que o problema seria reduzido a proporções desprezíveis.

uMberto ferreirA

Fonte: Reformador / Setembro - 1984 / FEB

(*) NOta de RefORmadOR: A use – uNiãO das sOciedades espíRitas dO estadO de sãO paulO – já realizava uma atividade dessa natureza com a legenda "COmeçaR pelO cOmeçO". A Campanha de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, promovida pela FEB, também atende a essa finalidade (ver pag. 4 de RefORmadOR).

A força do pensamento e sua consequente influenciação no próprio destino humano cons-

titui realidade que ninguém pode, nem deve ignorar. (...)

"Cada Espírito — ensina AllAn KArdec — é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensa-mentos para diversos lados, sem que se fracione para tal efeito."

Quando o pensamento, traduzindo, as-sim, atividade anímica, reveste expressões de alegria e bom ânimo, de entusiasmo e equilíbrio, semelhantes expressões se pro-jetam no Tempo e no Espaço e tomam o rumo da criatura em quem pensamos, alcançando-a, inevitavelmente. (...)

O Espírito, encarnado ou desencar-nado, edificado no Bem, sintonizado com as lições cristãs, projeta sua luz, sua claridade por toda parte. A todos beneficia e serve, à maneira do farol que

P e n s a m e n t oindica o rumo certo em pleno oceano e, por maior seja o negrume da noite, às embarcações que demandam portos longínquos.A criatura atingida pelo nosso pensa-mento recebe o fruto mental por nós elaborado.Assim sendo, ficamos sabendo que:

Pensamentos de otimismo geram bem-estar,Pensamentos de esperança conduzem bom ânimo,Pensamentos de fé são instrumentos vitais de fortalecimento e coragem, de estímulo e segurança,Pensamentos de fraternidade se refle-tem junto aos que amamos em forma de inexplicável felicidade, de indefinível júbilo interior. (...)Fonte: O Pensamento de Emmanuel, Martins Peralva, Capítulo II, Editora FEB.

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Festa da PrimaveraFesta da

Primavera(Evangelização)(Evangelização)

Em OutubroDia 14, às 16h

Em OutubroDia 14, às 16h

Instruções de Além-Túmulo

A v i s o O p o r t u n o

(continuA- PáG.12)

Orientação SeguraSe você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Em seguida, leia os Livros Clássicos da Literatura Espírita. Sugestão do mês:léon denis e A exPeriênciA esPíritA

Autor: Henri Regnaultedições léon denis

N as tarefas da noite de 10 de no-vembro de 1955, profunda alegria felicitou-nos o grupo em prece.

Pela vez primeira; o inolvidável compa-nheiro iGnácio bittencourt visita-nos a casa. Senhoreando as possibilidades do médium, o grande lidador do Espiritismo no Brasil dirige-nos a sua palavra clara e in-cisiva, concitando-nos às responsabilidades que nos competem na Doutrina de Luz que abraçamos.

Meus amigos: Louvado seja o Senhor.

Em minha última romagem no campo físico, mobilizando os poucos préstimos de minha boa vontade, devotei-me ao serviço da cura mediúnica; no entanto, desencarnado agora, observo que a turba de doentes, que na Terra me feria a visão, aqui continua da mesma sorte,desarvorada e sofredora.

Os gemidos no reino da alma não são diferentes dos gemidos nos domínios da carne.

E dói-me o coração reparar as filas imensas de necessitados e de aflitos a se movimentarem depois do sepulcro, entre a perturbação e a enfermidade, exigindo assistência.

É por esta razão, hoje reconhecemos, que acima do remédio do corpo temos necessidade de luz no espírito.

Sabemos que redenção expressa luta; que resultados colheremos no combate evolutivo se os soldados e obreiros das nossas empresas de recuperação jazem desprevenidos e vacilantes, infantilizados e trôpegos?

Nas vastas linhas de nossa fé, precisamos armar-nos de conhecimento e qualidade

que nos habilitem para a vitória nas obri-gações assumidas. Conhecimento que nasça do estudo edificante e metódico e qualidade que decorra das atitudes firmes na regeneração de nós mesmos.

Devotamento à lição que ilumine e à atividade que enobreça.

Indubitavelmente, ignoramos por quanto tempo ainda reclamaremos no mundo o concurso da medicina e da farmácia, do bálsamo e do anestési-co, da água medicamentosa e do passe magnético à feição de socorro urgente aos efeitos calamitosos dos grandes ma-les que geramos na vida, cujas causas nem por isso deixarão de ser removidas por nós mesmos, com a cooperação do tempo e da dor.

Mas, porque disponhamos de seme-lhante alívio, temporário embora, não será lícito olvidar que o presente de ser-viço é a valiosa oportunidade de nossa edificação.

A falta de respeito para com a nossa própria consciência dá margem a deplo-ráveis ligações com os planos inferiores, estabelecendo em nosso prejuízo, mo-léstias e desastres morais cuja extensão não conseguimos sequer pressentir; e a ausência de estudo acalenta em nos-sa estrada os processos da ignorância, oferecendo azo às mais audaciosas in-cursões da fantasia em nosso mundo mental, como sejam: a acomodação com fenômenos de procedência exóti-ca, presididos por rituais incompatíveis com a pureza de nossos princípios, o indevido deslumbramento diante de profecias mirabolantes e a conexão sutil com inteligências desencarnadas menos

dignas, que se valem da mediunidade incauta e ociosa entre os homens, para a difusão de notícias e mensagens su-postamente respeitáveis, pela urdidura fantasmagórica, e que encerram em si o ridículo finamente trabalhado, com o evidente intuito de achincalhar o mi-nistério da verdade e do bem.

A morte não é milagre e o Espiritismo desceu à Humanidade terrestre com o ob-jetivo de espiritualizar a alma humana.

Evitemos proceder como aquele artífice do apólogo que pretendia consertar a vara torta, buscando aperfeiçoar-lhe a sombra.

Iluminemos o santuário de nossa vida interior e a nossa presença será luz.

Eis a razão por que, em nos comu-nicando convosco, reportamo-nos aos quadros dolorosos que anotamos aqui, na esfera dos ensinamentos desapro-veitados, para destacar o impositivo daquela oração e daquela vigilância, pe-renemente lembradas a nós todos pela advertência do nosso Divino Mestre, a fim de que estejamos seguros no discer-nimento e na fé, na fortaleza e na razão, encarando o nosso dever face a face.

iGnácio bittencourt

Fonte: Vozes do Grande Além, médium Francisco Cândido Xavier, lição 22, Editora FEB.

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Semeando o Evangelho de Jesus

Os Espíritos, que induzem ao erro, sempre o fazem conscientemente?"Não; há Espíritos bons, porém ignorantes e que podem enganar-se de boa-fé; quando têm a consciência da insuficiência deles, concordam com isso e só dizem o que sabem"Quando um Espírito dá uma comunicação falsa, ele a dá sempre com má intenção?"Não; se for um Espírito leviano, diverte-se em mistificar e não tem outro objetivo."Visto que alguns Espíritos podem enganar, pela linguagem de que se utilizam, podem também, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?"Isto acontece, porém, mais dificilmente. Em todo caso, isto só se dá com um obje-tivo que os próprios maus Espíritos desconhecem. Eles servem de instrumento para dar uma lição. O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem ou escrevem sob a influência deles. Os Espíritos levianos podem apro-veitar-se desta disposição para enganá-lo, através de falsas aparências; isto depende das qualidades do próprio Espírito".Para não ser enganado, basta estar animado de boas intenções, e os homens perfeita-mente sérios, que não misturam aos seus estudos qualquer sentimento de vã curiosidade, também estão expostos a ser enganados?"Menos do que outros, evidentemente; mas o homem sempre tem alguns defeitos que atraem os Espíritos zombeteiros; ele se julga forte e, muitas vezes, não o é; deve, portanto, desconfiar da fraqueza que nasce do orgulho e dos preconceitos. Não se leva muito em conta essas duas causas de que se aproveitam os Espíritos; lisonjeando as manias, estão certos de obter êxito."Por que Deus permite que maus Espíritos comuniquem-se e digam coisas ruins?"Mesmo naquilo que haja de pior, há um ensinamento; cabe a vós saber colhê-lo. É preciso que haja comunicações de todas as espécies, para vos ensinar a distinguir os bons Espíritos dos maus, e para vos servir de espelho para vós mesmos."

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, Capítulo XXIV, Item 268, Perguntas 12 a 16, Edições Léon Denis.

Estudando sobre Mediunidade

Questões sobre a natureza e a identidade dos Espíritos (continuAção)

"Devolvei a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente".(Mateus, 10: 8.)

"Dai gratuitamente o que recebestes gratuitamente", disse Jesus aos seus discípulos; e com essas palavras deter-mina que não se deve fazer pagar por aquilo que a nós mesmos nada custou. Ora, o que eles haviam recebido de graça foi a faculdade de curar as doenças e de expulsar os demônios, isto é, os maus espíritos; esse dom lhes havia sido concedido gratuitamente por Deus, para o alívio daqueles que sofrem, e para ajudar na propagação da fé, e Jesus lhes recomendava que não o transformassem em um meio de comércio, nem em objeto de especulação, nem em um meio de vida.Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo / Allan Kardec / Capítulo XXVI / Itens 1 e 2 / Edições Léon Denis.

Dom de Curar

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 13

Variedades sobre Kardec

"Se o terreno de teu coração vive ocupado por ervas daninhas e se já recebeste o princípio celeste, cultiva-o, com devotamenro, abrigando-o nas leiras da alma. O verbo humano pode falhar, mas a Palavra do Senhor é imperecível. Aceita-a e cumpre-a, porque, se te furtas ao imperativo da vida eterna, cedo ou tarde o anjo da angústia te visitará o espírito, indicando-te novos rumos." (Lição 25)

"A felicidade real somente é possível no lar cristão do mundo, quando os seus componentes cumprem as obrigações que lhes competem, ainda mesmo ao preço de heróicas decisões. Com o Nosso Pai Celestial, o programa não é diferente, porque o Senhor Supremo não nos pede sacrifícios e lágrimas e, sim, ânimo sereno para aceitar-lhe a vontade sublime, colocando-a em prática."(Lição 48)

Seleção de textos :Mário Sérgio de S. Esteves

Fonte: Pão Nosso.Espírito : Emmanuel.Psicografia : Francisco Cândido Xavier.

Gotas de Luz

A llAn KArdec, o respeitável pro-fessor denizArd rivAil, já havia organizado extensa porção das

páginas reveladoras que lhe constituiriam "O Livro dos Espíritos".

Devotado observador, aliara inteligência e carinho, método e bom senso na for-mação da primeira obra que lançaria os fundamentos da doutrinA esPíritA.

Não desconhecia que a sobrevivência da alma era tema empolgante no século. Entretanto, apontamentos e experimen-tações, em torno do assunto, alinhavam-se desordenados e nebulosos. Os fenômenos do intercâmbio pareciam ameaçados pela hipertrofia de espetaculosidade.

Saindo de humilde vilarejo da América do Norte, a comunicação com os Espíritos desencarnados atingira os mais cultos am-bientes da Europa, originando infrutífero sensacionalismo. Era necessário surgisse alguém com bastante coragem para extrair do labirinto a linha básica da filosofia con-soladora que os fatos consubstanciavam, irrefutáveis e abundantes.

Advertido por amigos da Espirituali-dade de que a ele se atribuía, em nome do Senhor, a elevada missão de codificar os princípios espíritas, destinados à mais ampla reforma religiosa, pusera mãos ao trabalho, sem cogitar de sacrifícios. E ado-tando o sistema de perguntas e respostas,

O Primeiro Capítuloconseguira vasta colheita de esclarecimento e de luz.

Guardava consigo preciosas anotações acerca da constituição geral do Universo, surpreendentes informes sobre a vida de além-túmulo e belas asserções definindo as leis morais que orientam a Humanidade.

O material esparso equivalia quase que praticamente ao livro pronto. Contudo, era preciso estabelecer um ponto de partida. O primeiro com-pêndio do Espiritismo, endereçado ao presente e ao futuro, não podia prescindir de sólidos alicerces.

E, debruçado sobre a mesa de trabalho, em nevada noite de inverno de 1856, o Codificador interrogava a si mesmo: – Por onde começar? Pelas conclusões científicas ou pelas indagações filosóficas? Seria justo desligar a Doutrina, que vinha consagrar o antigo ensinamento do Cristo, de todo e qualquer apoio da fé, na construção das bases que lhe diziam respeito?

O conhecimento humano!(...) – pensava ele – não se modificava o conhecimento humano todos os dias?(...) As ilações filo-sófico-científicas não eram as mesmas em todos os séculos(...) E valeria escravizar o Espiritismo à exaltação do cérebro, em pre-juízo do sentimento?

Atormentado, viu mentalmente os homens de seu tempo e de sua pátria

extraviados na sombra do materialismo demolidor(...)

A grande revolução que pretendera entronizar os direitos do Homem ainda estava presente no ar que ele respirava. Desde 2 de dezembro de 1851, o gover-no de Luís Napoleão, que retomava as linhas do Império, permitia prisões em massa, com deliberada perseguição aos elementos de todas as classes sociais que não aplaudissem os planos do poder. Muitos membros da Assembleia haviam sofrido banimento e mais de vinte mil franceses jaziam deportados, muitos de-les sem qualquer razão justa. Homens dignos eram enviados a regiões inóspitas, quando não eram confiados, no cárcere, à morte lenta.

O pensamento do missionário foi mais longe(...) Recordou-se de Voltaire e Rousseau, admiráveis condutores da in-teligência, mas também precursores da ironia e do terror. Lembrou Condorcet, o filósofo e matemático, envenenando-se para escapar à guilhotina e Marat, o médico e publicista, assassinado num banho de sangue, quando instigava a matança e a destruição.

Valeria a cultura da inteligência, só por si, quando, a par dos bens que espalhava, po-dia desmandar-se em sarcasmo arrasador e loucura furiosa?

Com o respeito que ele consagrava in-condicionalmente à Ciência e à Filosofia, KArdec orou com todo o coração, supli-cando a inspiração do Alto. Erguia-se-lhe a prece comovente, quando raios de amor lhe envolveram o espírito inquieto e ele ouviu, na acústica da própria alma, vigo-roso apelo íntimo: – "Não menosprezes a fé!(...) Não comeces a obra redentora sem a Bênção Divina!(...)."

E o Codificador, nimbado de luz, com a emotividade jubilosa de quem por fim encontrara solução a terrível problema, longamente sofrido, consagrou o primei-ro capítulo de "O Livro dos Espíritos" à existência de Deus.

irMão x

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, transcrita de “Reformador”, abril de 1957. Edição comemorativa do Centenário de "O Livro dos Espíritos).

Fonte: Reformador / Abril-1985.

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Homenagem Especial

Emmanuel e os Evangelhos dos Apóstolos

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ConviteVenha estudar conosco as obras de

André Luiz

Notas Espirituais - Obras de André Luiz

Maioridade

E m todas as atividades da vida, há quem alcance a maioridade natural entre os seus parentes,

companheiros ou contemporâneos.Há quem se faz maior na experiência

física, no conhecimento, na virtude ou na competência.

De modo geral, contudo, aquele que se vê guindado a qualquer nível de superioridade costuma valer-se da situação para esquecer seu débito para com o espírito comum.

Muitas vezes quem atinge a maioridade financeira torna-se avarento, quem encon-tra o destaque científico faz-se vaidoso e

“.... O menor é abençoado pelo maior.” - Paulo. (Hebreus - 7:7)

quem se vê na galeria do poder abraça o orgulho vão.

A Lei da Vida, porém, não recomenda o exclusivismo e a separatividade.

Segundo os princípios divinos, todo pro-gresso legítimo se converte em bênçãos para a coletividade inteira.

A própria Natureza oferece lições sublimes nesse sentido.

Cresce a árvore para a frutificação.Cresce a fonte para benefício do solo.Se cresceste em experiência ou em

elevação de qualquer espécie, lembra-te da comunhão fraternal com todos.

O Sol, com seus raios de luz, não

desampara a furna barrenta e não des-denha o verme.

Desenvolvimento é poder.Repara como empregas as vantagens de

que a tua existência foi acrescentada. O Espírito Mais Alto de quantos já se ma-nifestaram na Terra aceitou o sacrifício supremo, a fim de auxiliar a todos, sem condições.

Não te esqueças de que, segundo o Estatuto Divino, o “menor é abençoado pelo maior”.

eMMAnuel

Fonte: Fonte Viva, médium Francisco Cândido Xavier, lição 21, Editora FEB.

..."Os laços consanguíneos são edifi-cantes, mas acima deles vibra a família universal […] Aprenda, quanto esteja em suas possibilidades, a desfazer-se de aquisições passageiras, para ganhar os eternos bens."(Alfredo: Lição 21 - Pág. 117)..."A crença na vida superior é ativi-dade incessante da alma. A ferrugem ataca a enxada ociosa".(Alfredo: Lição 22 - Pág. 121)..."A fé sincera é ginástica do espírito. Quem não a exercitar de algum modo na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento".(Aniceto: Lição 22 - Pág. 122)..."Deus socorre o homem pelo ho-mem e atende a alma pela alma, cada um de nós somente poderá auxiliar os semelhantes e colaborar com o Senhor, com as qualidades de elevação já con-quistadas na vida."(Aniceto: Lição 24 - Pág. 133)

..."Toda prece impessoal dirigida às Forças Supremas do Bem, delas re-cebe resposta imediata, em nome de Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 136)..."Façamos todos o bem, sem qual-quer ansiedade. Semeemo-lo sempre e em toda a parte, mas não estacio-nemos na exigência de resultados. O lavrador pode espalhar as sementes à vontade e onde quer que esteja, mas precisa reconhecer que a germinação, o crescimento e o resultado pertencem a Deus."(Aniceto: Lição 25 - Pág. 138)..."O ensinamento de Jesus, quando ao batei e abrir-se-vos-á, é muito ex-tenso. No plano da carne, insistimos à porta das coisas exteriores, procurando facilidades e vantagens; mas, aqui, te-mos de bater à porta de nós mesmos, para encontrar a virtude e a verdadeira iluminação". (Ani-ceto:: Lição 27 - Pág. 148)..."Os que se consagram exclusiva-mente aos desejos do corpo, não sabem

amar além da forma; são incapazes de sentir as profundas vibrações espirituais do amor sem morte".(Aldonima: Lição 30 - Pág. 160)

Fonte: Os Mensageiros, André Luiz pelo médium Francisco Cândido Xavier –Editora FEB

"Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço missão maior que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro".(D. Pedro II)

Jesus: o MAior de todos os Mestres!

15 de Outubro - Dia do Mestre

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Homenagem Especial

Singular Dia da Criança

P assa o 12 de Outubro, mas não passa como a quase totalidade de outras datas, isto é, rotineiramente.

O Dia da Criança é por demais importan-te para passar sem deixar sulcos em nossas almas, já que o transcurso da efeméride comporta atos comemorativos de muita significação.

A rigor, só mesmo convencionalmente há o Dia da Criança.

Os pequeninos são aquelas flores em bo-tão que dia a dia desabrocham no roseiral do jardim do nosso lar, para só lhes dedicarmos apenas uma determinada data no curso do ano. Assim, não celebramos propriamente uma solenidade de expressão social no ca-lendário humano, por entender ser a criança, tenra e frágil, credora permanente de nosso zelo e desvelo, da nossa solicitude e dedica-ção, de nossa assistência e proteção.

Se reconhecermos a imperiosa necessidade de amar a alma infantil e, consequentemente pugnar pelo desempenho da honrosa missão de bem servi-la, decorre o indeclinável dever de lembrarmos o compromisso dos pais.

Pudessem falar desembaraçadamente as crianças, nesta sua data ou em qualquer outra, mui lucidamente perguntariam aos genitores:

— Por que nos privam do suave contacto com Jesus, quando o Mestre, admoestando os seus discípulos, lhes dizia: “Deixai vir a mim os pequeninos” ?

— Por que têm, por vezes, excessivos cuida-dos com o nosso corpo perecível e descuram, quase sempre, de nossa alma imortal?

— Se, prestos, reconhecem a capacidade do nosso cérebro para o contato com letras e números, por que menosprezam a do nosso coração, na sua melhor fase de receptividade?

— Que estranho raciocínio os levam a pro-curarem o convívio com Jesus nos Centros Espíritas, quando nem sempre nos facilitam o livre acesso às Escolas de Evangelização Es-pírita Infantojuvenil, para desfrutarmos da mesma felicidade?

— Se colocam em nossas mãos brinquedos que nos despertam impulsos de antagonismo e agressividade, de fereza e violência, por que não nos concedem uma hora por semana para aprendermos, na Escola de Evangelização Es-pírita Infantojuvenil a amar e compreender como melhor viver e conviver, construindo para nós próprios um futuro de paz?

— Se não se importam conosco quando, ain-da inexperientes, escolhemos para leitura textos de publicações malsãs, que insinuam atitudes aviltantes, por que julgarem ainda cedo para ouvirmos histórias que falam de Jesus e apren-dermos lições e ensinos da Doutrina Espírita, realçando o valor das virtudes que edificam e dignificam a felicidade legítima?

E, à margem de tais indagações, muito provavelmente, elas, as crianças, ainda ar-gumentariam desta maneira:

— Lembrem-se de que, se o pão é ali-mento do corpo, o Evangelho é o sustento da alma. Assim como existem métodos de alimentação para adultos e nós mesmas, na sustentação da alma há também as prescri-ções dietéticas que lhe facilitam a absorção dos desígnios das Leis Divinas, desde o berço até o túmulo.

Reconhecemos apreensivas, que aqueles que tão compreensivamente (em alguns casos até mesmo sacrificialmente) nos acolheram nos braços, na condição de filhos, hão esquecido do mais sagrado dos deveres: o de orientar os nossos passos, de todo e em tudo incertos, va-cilantes, para Jesus que é a certeza e a segurança em nosso caminhar para Deus.

— Pais queridos! Não queremos vê-los ou sabê-los comprometidos e desesperados ante os nossos fracassos na experiência da carne, situação espiritual de muitos que se descuidaram da evangelização de seus filhos e sofrem com eles o amargor da derrota. Amanhã, não desejamos encontrá-los no outro lado da Vida com a alma dilacerada pelos espinhos de nossa queda, de nossa falência. Por isso, enquanto nos encontrar-mos aqui, suplicamos- lhes renunciem ao conforto do repouso prematuro, encami-nhando- nos às Escolas de Evangelização Espírita Infantojuvenil para que, no porvir, possamos felizes e agradecidos, oferecer-lhes as flores dos nossos corações enobrecidos e

ofertar- lhes os frutos sazonados de nossas almas aformoseadas pelos ensinamentos de Jesus. A Escola de Evangelização Espírita Infantojuvenil é, pois, bem-amados pais, a sugestão que lhes fazemos para a solução áurea e ideal dos nossos destinos confiados à responsabilidade de sua orientação, que auguramos vitoriosa em todos os sentidos e sob todos os aspectos.

Comprazemo-nos em fazer nossa a cau-sa da criança, que só por ela e para ela nos apraz pugnar, justificando apreensões e an-seios de suas almas em flor.

Numa época, como a nossa, em que o Mundo é sacudido e agitado por impactos de vibrações inferiores, onde se cuida quase ex-clusivamente do desenvolvimento intelectual, com subestima pelo cultivo do coração, seria mais do que natural que os nossos meninos e meninas nos falassem nesse tom de linguagem, conclamando- nos ao cumprimento integral e criterioso dos nossos deveres.

Mãos à obra, pois, pais espiritistas! Cientes e conscientes de que a verdadeira evolução abrange o cérebro e o coração, a mente e a sensibilidade, a inteligência e o sentimento, o caráter e o psiquismo, estabelecendo o jus-to equilíbrio entre a razão e a consciência, entre intelecto e foro íntimo, certos desta verdade, só nos cabe facilitar e felicitar a exis-tência dos nossos filhos com as bênçãos da Educação Cristã. O Evangelho aplicado à in-fância é o único meio seguro de garantir mais rapidamente ao Lar e ao Mundo, à Família e à Humanidade a gloriosa destinação que lhes está assinalada.

PAssos lírio

Fonte: Reformador, Outubro, 1995-FEB.

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Aprendendo com Antônio de Aquino

“ Dedica uma das sete noites

da semana ao Culto do Evangelho no Lar, a

fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.”

Joanna de Ângelis

Fonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

A Família na Visão Espírita

Paz em Casa

Curso de Atualização para todos os Médiuns

outubro : dia 27 / SábadoHorário : 16 horaslocAl : Centro Espírita Irmão Clarêncio

Presença Indispensável“O que torna um estudo sério é a

continuidade que se lhe dá”(Allan Kardec)

Atenção!

Curso :

A Família na Visão Espírita

Dia- todas as terças-feiras.Hora- 19:30.Local- Centro Espírita Irmão Clarêncio.estudo Aberto A todos os interessAdos.

Temas para Outubro:

Dia 02-Educação no lar: relacionamen-to entre pais e filhos casados dependentes dos pais e pais dependentes dos filhos.

Dia 09-Relacionamento familiar: perda de entes queridos.

Dia16-Relacionamento familiar: a obses-são e a mediunidade no lar, companhias espirituais no lar.

Dia 23-A família e o Centro Espírita: conciliação das atividades do Centro Espírita e do lar.

Dia 30- A família com Jesus: O culto do Evangelho no lar.

C ompras na Terra o pão e a vestimenta, o calçado e o remédio, menos a paz.Dar-te-á o dinheiro residência e conforto, com exceção da tranquilidade de espírito.

Eis por que nos recomenda Jesus venhamos a dizer, antes de tudo, ao entrarmos numa casa: "paz seja nesta casa".

A lição exprime vigoroso apelo à tolerância e ao entendimento.No limiar do ninho doméstico, unge-te de compreensão e de paciência, a fim de

que não penetres o clima dos teus, à feição de inimigo familiar.Se alguém está fora do caminho desejável ou se te desgostam arranjos caseiros,

mobiliza a bondade e a cooperação para que o mal se reduza.Se problemas te preocupam ou apontamentos te humilham, cala os próprios

aborrecimentos, limitando as inquietações.Recebe a refeição por bênção divina.Usa portas e janelas, sem estrondos brutais.Não movas objetos, de arranco.Foge à gritaria inconveniente.Atende ao culto da gentileza.Há quem diga que o lar é o ponto de desabafo, o lugar em que a pessoa se deso-

prime. Reconhecemos que sim; entretanto, isso não é razão para que ele se torne em praça onde a criatura se animalize.

Pacifiquemos nossa área individual para que a área dos outros se pacifique.Todos anelamos a paz do mundo; no entanto, é imperioso não esquecer que a

paz do mundo parte de nós. EmmanuEl

Livro: Luz no Lar, pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulo 62, Editora FEB.Fonte: Reformador, Setembro, 2007 - FEB.

"Em qualquer casa onde entrardes, dizei antes: ‘paz seja nesta casa." (Lucas, 10:5)

O mundo atravessa uma crise, como todos observam e analisam. Parece que a sociedade tomou um rumo que, em realidade, não sabe para onde seguirá. Muitos se tumultuam; alguns clamam vingança; outros, ainda,

aplaudem a dor. Parece que todos estão enlouquecidos, inquietos. (...)

E o Espírita, como há de agir diante de tanta confusão? Devemos, em primeiro lugar, recordar a oração, a ligação com Deus, buscando contrapor ao desequi-líbrio de tantas criaturas a vibração de equilíbrio que a oração traz; contrapor ao sentimento de vingança a mensagem de amor, de compreensão; contrapor ao sentimento de ódio a mensagem de confiança em Deus, que de tudo e de todas as coisas toma conta. (...)

Fonte: Inspirações do Amor Único de Deus - Volume I.Espírito: Antônio e Aquino.Psicografia: Altivo Caríssimi Pamphiro.Edições Léon Denis.

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Clareando / Ano X / Edição 109 / Outubro . 2012 - Pág . 17

Aviso Importante

Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos? Dica do mês :

O Profeta da Montanha AzulAutoro: Mário Tamassía.Editora Lake

C a r t a P a t e r n aPresença de Chico Xavier

M eu filho, não tinhas razão em favor da cólera.Vi, perfeitamente, quando o velhinho se aproximou para servir-te.Trazia um coração amoroso e atento que não soubeste compreender.

Deste uma ordem que o pobrezinho não ouviu tão bem, quanto desejavas. Repetiste-a e, porque novamente te perguntasse qualquer coisa, proferiste palavras feias, que lhe feriram as fibras mais íntimas.

Como foste injusto!...Quando nasceste, o antigo servidor já vencera muitos invernos e servira a muita gente.Enfraqueceram-se-lhe os ouvidos, ante as imperiosas determinações alheias.Nunca refletiste na neblina que lhe enevoa o olhar? Adquiriu-a trabalhando à noite, enquanto dormias despreocupado.Sabes por que traz ele as pernas trêmulas? Devorou muitas léguas a pé, solucionando problemas dos outros.Irritas-te, quando se demora a movimentar- se a teu mando. Contudo, exiges o automóvel para viagem de dois quilômetros.Em muitas ocasiões, queixas-te contra ele. É relaxado aos teus olhos, tem as mãos descuidadas e a roupa não muito limpa.

Entretanto, nunca imaginaste que o apagado servidor jamais encontrou oportunidades iguais às que recebestes. Além disto, não lhe ofereces o ensinamento amigo e nem tempo para cogitar das próprias necessidades espirituais.

Reclamas longos dias para examinar pequenina questão, referente ao teu bem-estar; todavia, não lhe consagras nem mesmo uma hora por semana, ajudando-o a refletir...

Respondes, enfadado, quando o velho companheiro te pede alguns níqueis, mas não vacilas em despender pequenas fortunas com amigos ociosos, em noitadas alegres, nas quais te mergulhas em fantasioso contentamento.

Interrogas ingrato: — Que fizeste do dinheiro que te dei?Esqueces que o servidor de fronte enrugada não dispôs de tempo e recurso para calcular, com exatidão, os processos de

ganhar além do necessário e não conseguiu ensejo de ilustrar o raciocínio com o refinamento que caracteriza o teu.Ah! Meu filho, quando a importância te visita o espírito, recorda que o monstro da ira indesejável te bate à porta do coração. E

quando a ele te entregas, imprevidente, tuas conquistas mais elevadas tremem nos alicerces. Chego a desconhecer-te, porque a fúria dos elementos interiores te altera a individualidade aos meus olhos e não sei se passas à condição de criança ou de demônio!...

Se não podes conter, ainda, os movimentos impulsivos de sentimentos perturbadores, chegado o instante do testemunho, cala-te e espera.

A cólera nada edifica e nada restaura... Apenas semeia desconfiança e temor, ao redor de teus passos.Não ameaces com a voz, nem te insurjas contra ninguém.É provável que guardes alguma reclamação contra mim, teu pai, porque eu também sou ainda humano. No entanto, filho,

acima de nós ambos permanece o Pai Supremo, e que seria de ti e de mim, se Deus, um dia, se encolerizasse contra nós?

Pelo Espírito neio lúcio

Livro Luz no Lar, médium Francisco Cândido Xavier, Editora FEB, cap. 25.Fonte: Reformador, julho, 2007 – FEB.