boletim informativo do centro espírita irmao...

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220 Fone : (21) 3252-1437 Ano XIV - Edição 159 - DEZEMBRO / 2016 www.irmaoclarencio.org.br Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio É Natal, ou melhor, quase. Que bom! Luzes coloridas, árvores enfeitadas, cartões comuns e virtuais (Viva a Internet!), guloseimas, presentes, votos de “Feliz Natal” para todos, até mesmo para quem, até então, não conhecíamos, não é mesmo? Por que será que nessa época o “clima se enche de magia”? Quem será o responsável por essa magia? Certamente, você responderá que é Jesus. Mas, não basta pensar em Jesus; é preciso refletir na mensagem que Ele nos trouxe: Amor, Amor, Amor! E Ele é o nosso maior exemplo de Amor. “Quando atendemos aos pobres, já estamos lembrando Jesus, por- que estamos agindo em nome dEle”. E, nos dias atuais, quantos irmãos sofredores, necessitando de alimento material e afetivo!!!! Eis o que Joanna de Ângelis nos diz: “O Natal é a história do maior amor que jamais esteve na Terra. Recordá-lo signifi- ca impregnar-te do seu conteúdo feliz e ungir-te de abnegação e esforço, de modo a mo- dificares as ásperas situações da atualidade, iniciando esse mister no imo e ampliando- -o na direção dos sofredores que espiam a tua abundância com olhos enevoados pela cortina das lágrimas e pelos pesados crepes da dor. Face ao dia em que Jesus nasceu e acenou com as possibilidades de um homem novo e de um mundo melhor, celebra a tua comunhão com a concórdia e a fraternidade, fazendo a outrem o que gostarias que ele te fizesse neste Natal”. (¹) Elevemos nosso pensamento ao Pai e relembremos Lucas, dizendo: “Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!”. (²) E para finalizarmos, nada melhor que relembrar as palavras do Mestre Jesus: Eu deixo para vocês a paz; eu lhes dou a minha paz. A paz que eu lhes dou não é a paz que o mundo dá”. (³) Feliz Natal! (¹) Rumos Libertadores, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL. (²) Lucas, 2:14. (³) João, 14: 27 e 28. SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00 Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão. TERÇA-FEIRA /18:00 às 19:15 • A vida de Yvonne do Amaral Pereira. TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00 • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. • Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos. • Curso de Orientação e Treinamento para o Aten- dimento Fraterno. • Curso de Orientação para o Trabalho de Trata- mento Espiritual. • Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade). • Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da Mediunidade QUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30 • Esperanto (término 19h). • Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível). 18: às 18:40 Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes) QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte). 4 18:20 às 19:10 • Aprofundamento de O Livro dos Espíritos 4 19:30 às 21:00 • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo ( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte). • Revista Espírita. Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30 • Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês). 4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2 o e 4 o sábados do mês). 4 16:00 às 17:30 • Valorização da Vida (aberto a todos). • O que é o Espiritismo. • História do Espiritismo( 2° Semestre) • O Livro dos Espíritos. • O Evangelho Segundo o Espiritismo. • O Livro dos Médiuns. • O Céu e o Inferno. • A Gênese. • Obras Póstumas. • Curso de Orientação Mediúnica e Passes. O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês). • Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos. Cursos no C.E.I.C. pág. 7 pág. 4 pág. 6 pág. 12 Obsessão - Estude e Liberte-se: Obsessão Artigo: A Mais Sublime Vibração pág. 15 A Família na Visão Espírita: Aos Avós pág. 13 Espiritismo na Arte: Piet Mondrian pág. 10 Revista Espírita: O Progresso é Inevitável Estudando sobre Mediunidade: Perda e Suspensão da Mediunidade Em Busca da Reforma Íntima: Estudando a Arrogância Nesta Edição : Agradecemos ao BUREAU DE IMPRESSÃO BELLA COPY pela colaboração na impressão deste Boletim. (www.bellacopy.com.br) Editorial Jesus, Expressão do Amor de Deus

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Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220Fone : (21) 3252-1437

Ano XIV - Edição 159 - DEZEMBRO / 2016www.irmaoclarencio.org.br

Boletim Informativo do Centro Espírita Irmao Clarêncio

É Natal, ou melhor, quase. Que bom! Luzes coloridas, árvores enfeitadas, cartões comuns e virtuais (Viva a Internet!), guloseimas, presentes, votos de “Feliz Natal” para todos, até mesmo para quem, até então, não conhecíamos, não é mesmo?

Por que será que nessa época o “clima se enche de magia”? Quem será o responsável por essa magia?

Certamente, você responderá que é Jesus. Mas, não basta pensar em Jesus; é preciso refletir na mensagem que Ele nos trouxe: Amor, Amor, Amor! E Ele é o nosso maior exemplo de Amor. “Quando atendemos aos pobres, já estamos lembrando Jesus, por-que estamos agindo em nome dEle”. E, nos dias atuais, quantos irmãos sofredores, necessitando de alimento material e afetivo!!!!

Eis o que Joanna de Ângelis nos diz: “O Natal é a história do maior amor que jamais esteve na Terra. Recordá-lo signifi-

ca impregnar-te do seu conteúdo feliz e ungir-te de abnegação e esforço, de modo a mo-dificares as ásperas situações da atualidade, iniciando esse mister no imo e ampliando--o na direção dos sofredores que espiam a tua abundância com olhos enevoados pela cortina das lágrimas e pelos pesados crepes da dor. Face ao dia em que Jesus nasceu e acenou com as possibilidades de um homem novo e de um mundo melhor, celebra a tua comunhão com a concórdia e a fraternidade, fazendo a outrem o que gostarias que ele te fizesse neste Natal”. (¹)

Elevemos nosso pensamento ao Pai e relembremos Lucas, dizendo: “Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!”. (²) E para finalizarmos, nada melhor que relembrar as palavras do Mestre Jesus: “Eu deixo para vocês a paz; eu lhes dou a minha paz. A paz que eu lhes dou não é a

paz que o mundo dá”. (³) Feliz Natal!

(¹) Rumos Libertadores, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora LEAL.(²) Lucas, 2:14. (³) João, 14: 27 e 28.

SEGUNDA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Treinamento para o Serviço da Desobsessão.TERÇA-FEIRA /18:00 às 19:15• A vida de Yvonne do Amaral Pereira.TERÇA-FEIRA /19:30 às 21:00• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• Curso de Orientação e Treinamento para Servi ços Específicos.• Curso de Orientação e Treinamento para o Aten-dimento Fraterno.• Curso de Orientação para o Trabalho de Trata-mento Espiritual.• Obras de André Luiz (livro: Nosso Lar/ livro: Mecanismos da Mediunidade).• Obras de Yvonne Pereira (livro: Devassando o Invisível/livro: Recordações da MediunidadeQUARTA-FEIRA / 17:30 às 18:30• Esperanto (término 19h).• Grupo de Estudos Antonio de Aquino (livro: No Invisível).18: às 18:40Grupo de Estudos Altivo Pamphiro (Livro: Técnica de Passes)QUINTA-FEIRA / 15:00 às 16:30• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (livro: Depois da Morte).4 18:20 às 19:10• Aprofundamento de O Livro dos Espíritos4 19:30 às 21:00• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo ( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Obras de Léon Denis (Livro: Depois da Morte).• Revista Espírita.Sábado / 8:30 às 9:30 ou 16:30 às 17:30• Curso Permanente para Médiuns do CEIC – (2º e 4º sábados do mês).4 09:50 às 11:10 A Família na Visão Espírita - (aberto a todos - 2o e 4o sábados do mês).4 16:00 às 17:30• Valorização da Vida (aberto a todos).• O que é o Espiritismo.• História do Espiritismo( 2° Semestre)• O Livro dos Espíritos.• O Evangelho Segundo o Espiritismo.• O Livro dos Médiuns.• O Céu e o Inferno.• A Gênese.• Obras Póstumas.• Curso de Orientação Mediúnica e Passes.• O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3° sábados do mês).• Obras de Allan Kardec para Jovens de 18 a 25 anos.

Cursos no C.E.I.C.

pág. 7

pág. 4

pág. 6pág. 12

Obsessão - Estude e Liberte-se:Obsessão

Artigo:A Mais Sublime Vibração

pág. 15 A Família na Visão Espírita:Aos Avós

pág. 13

Espiritismo na Arte:Piet Mondrian

pág. 10Revista Espírita:O Progresso é Inevitável

Estudando sobre Mediunidade:Perda e Suspensão da Mediunidade

Em Busca da Reforma Íntima:Estudando a Arrogância

Nesta Edição :

Agradecemos ao Bureau de Impressão Bella Copy pela colaboração na impressão deste Boletim.(www.bellacopy.com.br)

Editorial

Jesus, Expressão do Amor de Deus

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 2

Médiuns

Semeando o Evangelho de Jesus

“Eis que o Semeador saiu a semear.”

Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que em toda a parte penetrasse a voz dos Espíritos, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade. Com esse objetivo é que os Espíritos se manifestam hoje em todos os pontos da Terra e a mediunidade se revela em pessoas de todas as idades e de todas as condições, nos homens como nas mu-lheres, nas crianças como nos velhos. É um dos sinais de que chegaram os tempos preditos.

Para conhecer as coisas do mundo vi-sível e descobrir os segredos da Nature-za material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sen-tidos e instrumentos especiais. Com o teles-cópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos in-finitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.

Os médiuns são os intérpretes incum-bidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíri-tos para se expressarem aos homens por maneira inteligível. Santa é a missão que desempenham, visto ter por fim rasgar os horizontes da vida eterna.

Os Espíritos vêm instruir o homem so-bre seus destinos, a fim de o reconduzirem à senda do bem, e não para o pouparem ao trabalho material que lhe cumpre exe-cutar neste mundo, tendo por meta o seu adiantamento, nem para lhe favorecerem a ambição e a cupidez. Aí têm os médiuns o de que devem compenetrar-se bem, para não fazerem mau uso de suas faculdades. Aquele que, médium, compreende a gravi-dade do mandato de que se acha investido, religiosamente o desempenha. Sua cons-ciência lhe profligaria, como ato sacríle-

go, utilizar por divertimento e distração, para si ou para os outros, faculdades que lhe são concedidas para fins sobremaneira sérios e que o põem em comunicação com os seres de além-túmulo.

Como intérpretes do ensino dos Es-píritos, têm os médiuns de desempenhar importante papel na transformação mo-ral que se opera. Os serviços que podem

prestar guardam proporção com a boa di-retriz que imprimam às suas faculdades, porquanto os que enveredam por mau caminho são mais nocivos do que úteis à causa do Espiritismo. Pela má impressão que produzem, mais de uma conversão retardam. Terão, por isso mesmo, de dar contas do uso que hajam feito de um dom que lhes foi concedido para o bem de seus semelhantes.

O médium que queira gozar sempre da assistência dos bons Espíritos tem de tra-balhar por melhorar-se. O que deseja que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça tem de se engrandecer moralmente e de se abster de tudo o que possa concorrer para desviá-la do seu fim providencial.

Se, às vezes, os Espíritos bons se ser-vem de médiuns imperfeitos, é para dar bons conselhos, com os quais procuram fazê-los retomar a estrada do bem. Se, porém, topam com corações endurecidos e se suas advertências não são escutadas, afastam-se, ficando livre o campo aos

maus. (Cap. XXIV, n° 11 e 12.) Prova a experiência que, da parte dos

que não aproveitam os conselhos que rece-bem dos bons Espíritos, as comunicações, depois de terem revelado certo brilho du-rante algum tempo, degeneram pouco a pouco e acabam caindo no erro, na verti-gem, ou no ridículo, sinal incontestável do

afastamento dos bons Espíritos.

Conseguir a assis-tência destes, afastar os Espíritos levianos e mentirosos tal deve ser a meta para onde convirjam os esforços constantes de todos os médiuns sérios. Sem isso, a mediuni-dade se torna uma fa-culdade estéril, capaz mesmo de redundar em prejuízo daque-le que a possua, pois pode degenerar em

perigosa obsessão. O médium que compreende o seu de-

ver, longe de se orgulhar de uma faculdade que não lhe pertence, visto que lhe pode ser retirada, atribui a Deus as boas coisas que obtém. Se as suas comunicações re-ceberem elogios, não se envaidecerá com isso, porque as sabe independentes do seu mérito pessoal; agradece a Deus o haver consentido que por seu intermédio bons Espíritos se manifestassem. Se dão lugar à crítica, não se ofende, porque não obra do seu próprio Espírito. Ao contrário, re-conhece no seu íntimo que não foi um ins-trumento bom e que não dispõe de todas as qualidades necessárias a obstar a imis-cuência dos Espíritos maus. Cuida, então, de adquirir essas qualidades e suplica, por meio da prece, as forças que lhe faltam.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritis-mo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 9, Editora FEB.

“Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza

material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com

o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu-lhe a mediunidade.”

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 3

Deus - Causa Primeira

"A Mensagem do Amor Imortal", Amélia Rodrigues, psicografia de Divaldo P. Franco, Editora Leal.

Se você deseja conhecer a Doutrina Espírita leia e estude primeiramente as Obras Básicas : O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo,O Livro dos Médiuns, O Céu e o Inferno e A Gênese.Com esse embasamento você saberá selecionar bons livros da Literatura Espírita.

• Sugestão do Mês:

Sugestão de Leitura

Uma poderosa unidade rege o mun-do. Uma só substância, o éter ou fluído universal, constitui em suas transforma-ções infinitas a inumerável variedade dos corpos. Este elemento vibra sob a ação das forças cósmicas. Conforme a velocidade e o número dessas vibra-ções assim se produzem o calor, a luz, a eletricidade, ou o fluído magnético. Condensem-se tais vibrações, e logo os corpos aparecerão. E todas essas formas se ligam, todas essas forças se equili-bram, consorciam-se em perpétuas trocas, numa estreita solida-riedade. Do mineral à planta, da planta ao animal e ao homem, do homem aos seres superiores, a apuração da matéria, a as-censão da força e do pensamento pro-duzem-se em ritmo harmonioso. Uma lei soberana regula num plano uniforme as manifestações da vida, enquanto um laço invisível une todos os Universos e todas as almas. Do trabalho dos seres e das coisas depreende-se uma aspiração para o Infinito, para o perfeito. Todos os efeitos divergentes na aparência conver-gem realmente para um mesmo centro, todos os fins coordenam-se, formam um conjunto, evolutem para um mesmo

“Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas”. (O Livro dos Espíritos, questão 1).

A prova da existência de Deus se encontra “Num axioma que apli-cais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá”.

(O Livro dos Espíritos, questão 4).

O Universo e Deusalvo. E esse alvo é Deus, centro de toda a atividade, fim derradeiro de todo o pensamento e de todo o amor. (...).

Só se explica a harmonia do mundo pela intervenção de uma vontade. É pela ação das forças sobre a matéria, pela existência de leis sábias e profundas, que tal vontade se manifesta na ordem do Universo. (...).

A Ciência, à proporção que se adian-ta no conhecimento da Natureza, tem conseguido fazer recuar a ideia de Deus,

mas esta se engrandece, recuando. O Ser eterno, do ponto de vista teórico, tornou-se tão majestoso como o Deus fantástico da Bíblia. O que a Ciência derruiu para sempre foi a noção de um Deus antropomorfo, feito à imagem do homem, e exterior ao mundo físico. Porém, a essa noção veio substituir ou-tra mais elevada, a de Deus imanente, sempre presente no seio das coisas. Para nós, a ideia de Deus não mais exprime hoje a de um ser qualquer, porém, sim, a do Ser que contém todos os seres. (...)

Ao mesmo tempo em que as leis do mundo físico mostram-nos a ação de um sublime ordenador, as leis morais, por intermédio da consciência e da ra-zão, falam-nos eloquentemente de um princípio de justiça, de uma providência universal.

O espetáculo da Natureza, o aspec-to dos céus, das montanhas, dos mares, apresentam ao nosso espírito a ideia de um Deus oculto no Universo. (...).

Sim, há em cada um de nós fontes ocultas de onde podem brotar ondas de vida e de amor, virtudes, po-tências inumeráveis. É aí, é nesse santuário ínti-mo que cumpre procurar Deus. Deus está em nós,

ou, pelo menos, há em nós um reflexo dEle. Ora, o que não existe não poderia ser refletido. As almas refletem Deus como as gotas do orvalho da manhã refletem os fogos do Sol, cada qual se-gundo o seu brilho e grau de pureza. (...).

Léon Denis

Fonte: Depois da Morte, 2ª parte, capí-tulo IX, Editora FEB.

“...todos os fins coordenam-se, formam um conjunto, evolutem para um mesmo

alvo. E esse alvo é Deus,...”

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 4

Revista Espírita

Campanha CEIC

Ag. 0544 - c / c : 10227-0

Ag. 6020 - c /c : 16496-5

O CEIC está em campanha para a construção do seu 2° pavimento . Necessita de ajuda financeira.

Você gostaria de colaborar?O CEIC agradece sua colaboração. Conta:

Dia : 11/12 /2016 - 16 horasCulto no Lar no

Centro Espírita Irmão Clarêncio

Atividades Doutrinárias

Acesse oBoletIm Clareando

através do site www.irmaoclarencio.org.br

clique no link

InformatIvo do CeIC

Qual a causa da maior parte dos ma-les da Terra, senão o contato incessante dos homens maus e perversos? O egoís-mo mata a benevolência, a condescen-dência, a indulgência, o devotamento, a afeição desinteressada e todas as qua-lidades que fazem o encanto e a segu-rança das relações sociais. Numa socie-dade de egoístas não há segurança para ninguém,porque cada um,apenas bus-cando o próprio interesse,sacrifica sem escrúpulo o do vizinho. Muitas criaturas se julgam perfeitamente honestas, por-que incapazes de assassinar e de roubar nas estradas; mas será que aquele que, por cupidez e severidade, causa a ruína de um indivíduo e o impele ao suicídio, reduzindo toda uma família à miséria, ao desespero, não é pior que um assas-sino e um ladrão? Assassina em fogo brando; e porque a lei não o condena e os semelhantes aplaudem sua maneira de agir e sua habilidade, crê-se isento de censuras e marcha de fronte erguida! Assim os homens estão sempre descon-fiados uns dos outros; sua vida é uma ansiedade perpétua; se não temem o fer-ro, nem o veneno, são alvo das chicanas, da inveja, do ciúme, da calúnia, numa palavra, do assassinato moral. Que seria preciso fazer para cessar esse estado de coisas? Praticar a caridade. Tudo está aí, como diz Lamennais. (...)

Tudo está submetido à lei do pro-gresso; os mundos também progridem, física e moralmente; mas se a trans-formação da Humanidade deve espe-rar o resultado da melhora individual, se nenhuma causa vier acelerar essa transformação, quantos séculos, quan-

tos milhares de anos não serão ainda precisos? Tendo a Terra chegado a uma de suas fases progressivas, basta não mais permitir aos Espíritos atrasados de aqui reencarnarem, de modo que, à medida que se forem extinguindo, Es-píritos mais adiantados venham tomar o lugar dos que partem, para que em uma ou duas gerações o caráter geral da Humanidade seja mudado. Supo-nhamos, pois, que em vez de Espíritos egoístas, a Humanidade seja, num dado tempo, formada de Espíritos imbuídos de sentimentos de caridade: em vez de buscarem prejudicar-se, eles se aju-darão mutuamente, viverão felizes e em paz. Não mais ambição de povo a povo e, portanto, não mais guerras;não mais soberanos governando ao seu bel--prazer,a justiça em vez do arbítrio, portanto não mais revoluções; não mais os fortes esmagando ou explorando o fraco; equidade voluntária em todas as transações,portanto não mais querelas e chicanas.Tal será o estado do mundo depois de sua transformação. De um mundo de expiação e de provas, de um lugar de exílio para os Espíritos im-perfeitos, tornar-se-á um mundo feliz, um local de repouso para os Espíritos bons; de um mundo de punição, será um mundo de recompensa. (...).

(*) Título criado para este trecho do texto. Texto completo: A Comuna de Koenigsfeld.

Fonte: Revista Espírita, julho de 1865,Editora FEB.

“Allan Kardec, durante onze anos e quatro meses de trabalho intensivo (1858 – 1869), ofereceu-nos, ao vivo, toda a História do Espiritismo, no processo de seu desenvolvimento e sua propagação no século dezenove”. (Introdução, Revista Espírita de 1858, EDICEL)Assim se expressa Allan Kardec sobre a Revista Espírita, em O Livro dos Médiuns, item 35-4º: “Variada coletânea de fatos, de explicações teóricas e de trechos isolados, que complementam o que se encontra nas duas obras precedentes (*), formando-lhes, de certo modo, a aplicação”.(*) O Livro dos Espíritos e O Livro dos Médiuns, conforme item 35-3º.

O Progresso é Inevitável(*)

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 5

Aprendendo com Herculano Pires

Para construir um mundo novo precisamos de um homem novo. O mundo está cheio de erros e injus-tiças porque é a soma dos erros e injustiças dos homens. Todos sa-bemos que temos de morrer, mas só nos preocupamos com o viver passageiro da Terra. Por isso, a humanidade desencarnada que nos rodeia é ainda mais sofredora e miserável que a encarnada a que pertencemos. “As filas de doentes que eu atendia na vida terrena – diz a mensagem de um espírito – continuam neste lado.” Muita gente estranha que nas sessões espíri-tas se manifestem tan-tos espíritos sofredores. Seria de estranhar se apenas se manifestas-sem espíritos felizes. Basta olharmos ao nos-so redor – e também para dentro de nós mes-mos – para vermos de que barro é feita a cria-tura humana em nosso planeta. Fala-se muito em fraude e mistifi-cação no Espiritismo, como se am-bas não estivessem em toda parte, onde quer que exista uma criatura humana. Espíritos e médiuns que fraudam são nossos companheiros de plano evolutivo, nossos cole-gas de fraudes cotidianas. O Es-piritismo está na Terra, em cum-primento à promessa evangélica de Consolador, para consolar os aflitos e oferecer a verdade aos que anseiam por ela. Sua missão é transformar o homem para que o mundo se transforme. Há muita gente querendo fazer o contrário: mudar o mundo para mudar o ho-mem. O Espiritismo ensina que a transformação é conjunta e recí-proca, mas tem de começar pelo homem. Enquanto o homem não melhora, o mundo não se transfor-ma. Inútil, pois, apelar para mo-dificações superficiais. Temos de insistir na mudança essencial de

nós mesmos. O homem novo que nos dará um mundo novo é tão ve-lho quanto os ensinos espirituais do mais remoto passado, renova-dos pelo Evangelho e revividos pelo Espiritismo. Sem amor não há justiça e sem verdade não esca-paremos à fraude, à mistificação, à mentira, à traição. O trabalho espírita é a continuação natural e histórica do trabalho cristão que modificou o mundo antigo. Nossa luta é o bom combate do apóstolo Paulo: despertar as consciências e

libertar o homem do egoísmo, da vaidade e da ganância. “Os anos não nos dão experiência nem sa-bedoria – dizia o vagabundo de Knut Hamsun – mas nos deixam os cabelos horrorosamente gri-salhos.” É o que vemos no final desse poema bucólico da Noruega que é “Um Vagabundo Toca em Surdina”. Knut Hamsun era um individualista e sobretudo um lí-rico do individualismo. Mas o ho-mem que se abre para o altruísmo sabe que as verdades do indivíduo são geralmente moedas falsas, de circulação restrita. A verdade maior — ou verdadeira – é a que nasce do contexto social, da usina das relações, onde o indivíduo se forma pelo contato com os outros. Os anos não trazem apenas os ca-belos brancos – trazem também a experiência, mestra da vida, e com ela a sabedoria. E no dia a dia da existência que o homem vai mode-lando aos poucos a sua própria ar-

gila, o barro plástico de que Deus formou o seu corpo na Terra. Cada idade, afirmou Léon Denis, tem o seu próprio encanto, a sua própria beleza. É belo ser jovem e temerá-rio, mas talvez seja mais belo ser velho e prudente, iluminado por uma visão da vida que não se fe-cha no círculo estreito das paixões ilusórias. O homem amadurece com o passar dos anos. A vida tem as suas estações, já diziam os ro-manos. À semelhança do ano, ela se divide nas quatro estações da existência que são: a primavera da infância e da adolescência, o ve-rão da mocidade e outono da ma-dureza e o inverno da velhice. Mas também à semelhança dos anos, as vidas se encadeiam no processo da existência, de maneira que as esta-ções se renovam em cada encarna-ção. Viver, para o individualista, é atravessar os anos de uma exis-tência. Mas viver, para o altruísta, é atravessar as existências palin-genésicas, as vidas sucessivas, em direção à sabedoria. O branquear dos cabelos não é mais do que o início das nevadas do inverno. Mas após cada inverno voltará de novo a primavera. A importância dos anos é, portanto, a mesma das léguas numa caminhada em dire-ção ao futuro. Cada novo ano que surge é para nós, os caminheiros da evolução, uma nova oportuni-dade de progresso que se abre no horizonte. Entremos no ano novo com a decisão de aproveitá-lo em todos os seus recursos. Não des-prezemos a riqueza dos seus minu-tos, das suas horas, dos seus dias, dos seus meses. Cada um desses fragmentos do ano constitui uma parte da herança de Deus que nos caberá no futuro.

Fonte: O Homem Novo, J. Hercu-lano Pires, Editora Espírita Cor-reio Fraterno do ABC

O Homem Novo

A verdade maior — ou verdadeira – é a que nasce do contexto social, da usina das relações, onde o indivíduo se forma pelo contato com os

outros.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 6

Estudando Sobre Mediunidade

A faculdade mediúnica está sujeita a intermitências e a suspensões tem-porárias, quer para as manifestações físicas, quer para a escrita. Damos a seguir as respostas que obtivemos dos Espíritos a algumas perguntas feitas sobre este ponto:

1ª) Podem os médiuns perder a faculdade que possuem?

“Isso frequentemente acontece, qualquer que seja o gênero da facul-dade. Mas, também, muitas vezes apenas se verifica uma interrupção passageira, que cessa com a causa que a produziu.”

2ª) Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediuni-dade?

“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sem-pre é porque lhe falta a faculdade; isso não raro se dá, porque os Es-píritos não mais querem, ou podem servir-se dele.”

3ª) Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte

“Da mesma forma que a Física, a Química, a Botânica, a Astronomia têm os seus aparelhos apropriados, segundo a necessidade dos seus estudos, o Espiritismo tem um aparelho, um instrumento, o médium, com o qual estuda a alma e suas manifestações. É com este auxiliar indispensável que penetra no labirinto da Psi-cologia e da Parapsicologia para a descoberta do Novo Mundo e o estreitamento de relações com seus habi-tantes”.

Cairbar Schutel (Médiuns e Mediunidades, Editora “O Clarim”).

Perda e Suspensão da Mediunidadedos Espíritos?

“O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu de-leite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe dá, afasta-se, em busca de um protegido mais dig-no.”

4ª) Não pode o Espírito que se afasta ser substituído e, neste caso, não se conceberia a suspensão da fa-culdade?

“Espíritos não faltam, que outra coisa não desejam senão comunicar--se e que, portanto, estão sempre

prontos a substituir os que se afas-tam; mas, quando o que abandona o médium é um Espírito bom, pode suceder que o seu afastamento seja apenas temporário, para privá--lo, durante certo tempo, de toda comunicação, a fim de lhe provar que a sua faculdade não depende dele médium e que, assim, razão não há para dela se vangloriar. Essa impossibilidade temporária também serve para dar ao médium a prova de que ele escreve sob uma influência estranha, pois, de outro modo, não haveria intermi-tências.”

“Em suma, a interrupção da fa-culdade nem sempre é uma puni-ção; demonstra às vezes a solicitu-de do Espírito para com o médium, a quem consagra afeição, tendo por objetivo proporcionar-lhe um repouso material de que o julgou necessitado, caso em que não per-mite que outros Espíritos o substi-tuam.”

Fonte: O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, capítulo XVII, item 220, perguntas de 1 a 4, Editora FEB.

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : BalthazarPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

"Nunca será demasiado lembrarmo-nos do amor de Deus sustentando nossas almas e sentimentos para as lutas diárias.O homem faria muito bem se, durante qualquer momento de sua existência diária, lembrasse de Deus, de seu amor infinito, de seu amparo maior e da sustentação que ele dá a cada um de nós."

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 7

Em Busca da Reforma Íntima

Arrogância, eis um tema de extre-ma importância para ser meditado em nossos núcleos de amor cristão. Tenho arrogância? Como descobri-la? O que é arrogância? Um sentimento ou uma atitude? Qual a sua origem? Como se manifesta? Como perceber a atitude arrogante? Que fazer para superar essa doença moral? Como es-píritas somos arrogantes? Como? Por que existe ainda a arrogância em nos-sa conduta, apesar do conhecimento doutrinário? (...)Arrogância, “qualidade ou caráter de quem, por suposta superioridade mo-ral, social, intelectual ou de compor-tamento, assume atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; orgulho ostensivo, altivez”. Esse o conceito dos dicionários humanos. (Dicionário Houaiss). No sentido espiritual podemos inferir vários conceitos para o sentimento de arrogar. Vejamos alguns: exacerbada estima a si mesmo. Supervalorização de si. Autoconceito superdimensio-nado. Desejo compulsivo de se impor aos demais. (...)Façamos um pequeno gráfico (*). Es-creva a palavra arrogância e a circule. Agora faça quatro traços nos pontos cardeais e escreva: rigidez, competi-ção, imprudência, prepotência. (...)Essas são as quatro ações mais perceptíveis em decorrência do ato de arrogar que estruturam expressiva maioria dos estados psicológicos e emocionais do Ser. (...)A arrogância retira-nos o “senso de realidade”. Acreditamos mais naqui-lo que pensamos sobre o mundo e as pessoas do que naquilo que são real-mente. (...)

Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 919)“Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida”.

Carl Gustav Jung (Entrevista e Encontros; Editora Cultrix).

Estudando a Arrogância“Assim não deve ser entre vós, ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo; - e, aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo.”

(S. Mateus, capítulo XX, vv. 20 a 28 - O Evangelho Segundo o Espiritismo - capítulo VII - item 4).

Interessante observar que uma das propriedades psicológicas doentias mais presentes na estrutura rebelde da arrogância é a incapacidade para percebê-la. (...)Relacionemos outros efeitos dessa doença: 01. Perda do autodomínio. 02. Apego a convicções pessoais. 03. Gosto por julgar e rotular a conduta alheia. 04. Necessidade de exercício do poder. 05. Rejeição a críticas ou questionamentos. 06. Negação de sen-timentos. 07. Ter resposta para tudo. 08. Desprezo aos esforços alheios. 09. Imponência nas expressões corpo-rais. 10. Personalismo. 11. Autossufi-ciência nas decisões. 12. Bloqueio na habilidade na empatia. 13. Incapacita para a alteridade. 14. Turva o afeto. 15. Acredita que pode mais do que realmente é capaz. 16. Buscar mais do que necessita. 17. Querer ir além de seus limites. 18. Exigir mais do que consegue. 19. Sentir que somos espe-ciais pelo bem que fazemos. 20. Su-por que temos a capacidade de dizer o que é certo e errado para os outros. 21. Sentir-se com direitos e qualidades em função do tempo de doutrina e da fo-lha de serviços. 22. Acreditar que te-mos a melhor percepção sobre as res-ponsabilidades que nos são entregues em nome do Cristo. 23. Julgar-se apto a conhecer o que se passa no íntimo de nosso próximo. 24. Desprezar o valor alheio. (...)Necessário registrar que os apon-tamentos sobre a arrogância aqui transcritos foram embasados no livro “Porta Larga, o Caminho da Perdi-ção Humana”. Um exemplar utilizado nas escolas da maldade em núcleos organizados da erraticidade, arqui-

vado na biblioteca do Hospital Es-perança quando seu próprio autor foi resgatado e socorrido por Eurípedes Barsanulfo há algumas décadas. Hoje reencarnado no seio do Espiritismo, esse escritor das penas vãs busca sua redenção na luta contra sua própria ar-rogância. (...)O livro, que ainda permanece arquiva-do em nosso centro de estudos, é um exemplar de inteligência psicológica cujo propósito é combater a mensa-gem evangélica do Cristo embasada na humildade. Segundo o autor, a ar-rogância é a porta larga para implanta-ção do caos no orbe terreno. (...)Por que essa compulsão por ser o maior em uma obra que não nos per-tence? Se a obra é do Cristo, por que a antifraternidade? Considerando tais reflexões acerca dessa doença dos costumes, teçamos algumas ponderações que nos moti-vem a algumas autoaferições à luz da claridade espírita.

(*) Arrogância - Intolerância, inveja, poder, vaidade. Intolerância - autoritarismo e teimo-sia. Inveja - impulso de disputa e compa-ração. Poder - perfeccionismo e ansiedade. Vaidade - Megalomania e presunção.

(*) Nota do médium: gráfico proposto pela autora espiritual.

Fonte: Escutando Sentimentos, Er-mance Dufaux, psicografia de Wan-derley S. de Oliveira, capítulo 8, Edi-tora DUFAUX.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 8

Clareando as Ideias com Kardec

loCal: Centro espírIta Irmão ClarênCIo

Encontros E Seminários

90 enContro CrIsto, o Consolador data: 04/12/2016

Culto do evangelho no CeICdata: 11/12/2016

semInárIo: valorIzação da vIda,Com andré trIgueIro

data: 18/12/2016

Em Dezembro

120 enContro espírIta soBre Céu e Inferno

data: 22/01/2017

19o enContro espírIta soBre a gênese

data: 29/01/2017

Em Janeiro

Segundo Sinal

Estudar Kardec é libertar-se de dogmas, crendices e superstições. É aprender a viver como espírito imortal, a caminho da perfeição. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jesus, (João, 8:32)

Natureza das Penas e Gozos Futuros

Em que consiste a felicidade dos bons Espíritos?“Em conhecerem todas as coisas; em não sentirem ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que ocasionam a desgra-ça dos homens. O amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. Não experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angús-tias da vida material. São felizes pelo bem que fazem. Contudo, a felicidade dos Espíritos é proporcional à eleva-ção de cada um. Somente os puros Espíritos gozam, é exato, da felici-dade suprema, mas nem todos os ou-tros são infelizes. Entre os maus e os

perfeitos há uma infinidade de graus em que os gozos são relativos ao es-tado moral. Os que já estão bastante adiantados compreendem a ventura dos que os precederam e aspiram a alcançá-la. Mas, esta aspiração lhes constitui uma causa de emulação, não de ciúme. Sabem que deles depende o consegui-la e para a conseguirem tra-balham, porém com a calma da cons-ciência tranquila e ditosos se conside-ram por não terem que sofrer o que sofrem os maus.”

Em que consistem os sofrimentos dos Espíritos inferiores?“São tão variados como as causas que

os determinam e proporcionados ao grau de inferioridade, como os gozos o são ao de superioridade. Podem re-sumir-se assim: Invejarem o que lhes falta para ser felizes e não obterem; verem a felicidade e não na poderem alcançar; pesar, ciúme, raiva, desespe-ro, motivados pelo que os impede de ser ditosos; remorsos, ansiedade mo-ral indefinível. Desejam todos os go-zos e não podem satisfazer: eis o que os tortura.”

Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questões 967 e 970, Editora FEB.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 9

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Qual a finalidade da mediunidade na Terra?

Divaldo - A mediunidade é, antes de tudo, uma oportunidade de servir. Bênção de Deus, que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui, não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os débitos adquiridos nas encar-nações anteriores. E graças à mediunidade que o homem tem a antevisão do seu futuro espiritual, e, ao mesmo tempo, o relato da-queles que o precederam na viagem de vol-ta à Erraticidade, trazendo-lhe informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a opor-tunidade de refazer o caminho pelas lições que ele absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, a mediunidade tem uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza das suas responsabilidades de espírito imor-tal. Conforme afirmava o Apóstolo Paulo, se não houvesse a ressurreição do Cristo, para nos trazer a certeza da vida espiritual, de nada valeria a mensagem que Ele nos deu.

Há mediunidades mais importantes que outras? E médiuns mais fortes que outros?

Raul - Verdadeiramente não pode haver mediunidades mais importantes que outras, nem médiuns mais fortes do que outros. Existem médiuns e mediunidades. Segundo

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns.

(O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, item 159, Editora FEB).

MediunidadePaulo de Tarso, existem os “dons” e ele se refere à visão, à audição, à cura, à palavra, ao ensino, mas disse que um só é o Senhor (¹). Eles provêm da mesma fonte. Os indi-víduos que psicografam, que psicofonizam, que materializam, poderão todos realizar um trabalho apostolar, na realidade em que se encontram. Não é o número de possibi-lidades que dá importância ao médium. O que engrandece espiritualmente o médium é aquilo que ele faz com os dons que possua. Verificamos que a importância do médium se localiza na honra que tem de poder servir. Não existem médiuns mais fortes que outros, na Doutrina Espírita, mas, sim, os que são mais dedicados que outros, mais afervorados que outros, que estão renunciando à matéria e efetuando o esforço do autoaprimoramento mais que outros. Isso ocorre. E é esse esfor-ço para algo mais alto que confere ao mé-dium, ou a outro servidor qualquer, melhores condições de estar à frente na lide. Mas isso não significa que o que venha na retaguarda não poderá alcançá-lo, realizando os mes-mos esforços. Conversando, oportunamente, com um grupo de amigos, o nosso venerável Chico Xavier dizia para os companheiros que o questionavam que o dia em que não chora, não viveu. Depreendemos disso que quanto mais se alteia a mediunidade, colo-cando aquele que dela é portador numa po-sição de destaque, numa posição de clarida-de, naturalmente, os que não desejam a luz

mais atirarão pedras à “lâmpada”, tentando quebrá-la, quando não desejam derrubar o “poste” que a sustenta. Daí, o médium mais importante ser aquele que mais disposto es-teja para enfrentar essas Lutas em nome do Cristo, Médium de Deus por excelência, e o mais importante Senhor da mediunidade que conhecemos. Não caberá nenhum desânimo a nenhum de nós outros que ainda nos loca-lizamos numa faixa singela de mediunidade, galgando os primeiros passos. Isto porque já ouvimos companheiros que gostariam de receber mensagens como o Chico recebe, desejariam receber obras daquele talante, desejariam ser médiuns da envergadura des-se ou daquele companheiro que se projeta na sociedade, mas desconhecem a cota de sacrifícios diários, de lutas, de lágrimas, de renúncias a que eles têm de se predispor e se dispor. Por isso, em Espiritismo, não há médiuns superiores a outros, nem mediuni-dades mais importantes que outras; existem oportunidades para que todos nós tomemos a charrua da evolução sem olharmos para trás, crescendo sempre.

(¹) Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, capí-

tulo 12º, versículos 1 a 11.

Fonte: Diretrizes de Segurança, Divaldo Pereira Franco e J. Raul Teixeira, tema I, Editora FRATER.

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Na Seara Mediúnica

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 10

Espiritismo Na Arte“A beleza é um dos atributos divinos. Deus pôs nos seres e nas coisas esse encanto que nos atrai, nos seduz, nos cativa e enche a alma de admiração, às vezes de entusiasmo. (...) O Espiritismo vem abrir para a arte novas per spectivas, horizontes sem limites”.

(Léon Denis - O Espiritismo na Arte, parte I, Editora Léon Denis).“Em todos os domínios, a ideia espírita vai fecundar o pensamento em atividade”.

(Léon Denis – O Problema do Ser e do Destino, Editora FEB).

Nascido em ambiente rural com clima de fazenda e sítio, Piet Corne-lis Mondrian vinha de uma família calvinista extremamente religiosa. Seu pai, um pastor puritano, dese-java que o filho seguisse a carreira clerical. A religião marcou o jovem Piet e o sentimento metafísico iria permear sua obra durante toda a vida, em maior ou menor grau.

Tendo um tio que trabalhava com pintura, interessou-se pela carreira artística, mas foi obrigado a enfren-tar a visão ortodoxa da família, que via na arte um caminho para o peca-do. Vê, porém, na possibilidade de dar aulas, uma resolução ao seu di-

lema: prometeu ao pai estudar artes, tornando-se um professor.

Insatisfeito com o magistério, Mondrian sente a necessidade de libertar-se e estabelecer-se como pintor, mas teme enfrentar o pai --- que de antemão desaprovava a ideia --- e a si mesmo, tal o peso de sua formação religiosa. Quando entra em contato com a teosofia, porém, encontra em seu ideário uma reso-lução para o problema: a doutrina pregava o trilhar de um caminho evolutivo pessoal e a arte encaixa-va-se neste caminho. O contato com a teosofia irá manifestar-se no traba-lho de Mondrian e marcará sua vida

profundamente daí em diante. Piet Mondrian começou a sua car-

reira como caminhoneiro, ao mesmo tempo em que ia praticando a sua pintura. A maior parte do seu traba-lho deste período é influenciada pelo naturalista ou impressionista. No Museu Gemeente, em Haia, estão expostos vários trabalhos deste perí-odo, incluindo exemplares pós-im-pressionistas tais como “O Moinho Vermelho” e “Árvores ao andar”. O Museu também tem exemplos do seu trabalho geométrico posterior.

Após entrar em contato com a te-osofia, Mondrian passa por um bre-ve período simbolista, mas que lhe

Piet Mondrian

“Composição” – Stedelijk Museum, em Amsterdan. - 52,2x60 cm

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 11

será fundamental para que atinja a abstração. Este período costuma--se confundir com a radical abstração que caracterizaria o resto de sua obra, já revelan-do uma certa tendên-cia à geometrização e à síntese da realidade. Além do pensamento espiritual calcado na busca de uma essência matemática e racional para a existência que caracteriza a teosofia, Mondrian também exi-biu um interesse quase obsessivo pelo jazz – pela identificação de sua alegria contagiante com o ritmo ir-regular que, também, possuiria um fundamento matemático.

A abordagem sequencial de três telas com árvores (A árvore verme-lha - 1908, A árvore cinzenta - 1912 e Macieira em Flor - 1912), mostra como se processou a desconstrução figurativista de sua obra2 .

Em 1911 visitou uma exposição cubista em Amsterdã que o marcou profundamente e teve grande influ-ência no seu trabalho posterior.

A partir de 1917 até a década de 1940 desenvolve sua grande obra neoplástica.

Essa fase de sua obra --a mais popularmente difundida--, se carac-teriza por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas orto-gonais (o uso de diagonais induziria a percepção a ver profundidade na tela e motivou o rompimento de sua

amizade com Theo Van Doesburg). Essas linhas definem espaços que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, e que po-dem ou não serem preenchidos com uma cor primária: amarelo, azul e vermelho, decisão que mostra sua estreita relação com as teorias estéti-cas da Bauhaus e da Escola de Ulm, e que definem pesos visuais diferen-tes para esses espaços. Os blocos de cor, pintados de modo fosco e distri-buídos assimetricamente, reforçam a ideia de um movimento superfi-cial que se estende perpetuamente, indicando que o pintor investia na percepção de sua obra como uma abstração materialista e sem profun-didade, criticando a pintura históri-ca enquanto produzia uma abstração racionalista, espiritualista e, sobre-tudo concreta do mundo.

Sua obra, muitas vezes copiada, continua a inspirar a arte, o design, a moda e a publicidade que a apro-

priam como design, sem necessariamente levar em conta sua fundamen-tal e filosófica recusa à imagem.

O seu quadro “Broa-dway Boogie Woogie”, que pode ser visto no Mu-seu de Arte Moderna de São Francisco, pertence à fase posterior ao Neoplas-ticismo, quando Mondrian se liberta das regras a que ele próprio se impôs.

Fonte de pesquisa:A História da Arte- F.

H. Gombrich.História do Desing Gráfico- Phi-

lip B. Meggs.

Complementação Doutrinária:Objetivo da ArteDissemos que o objetivo essen-

cial da arte é a procura e a realiza-ção da beleza; é, ao mesmo tempo, a procura de Deus, pois que Deus é a fonte primeira e a realização per-feita da beleza física e moral.

Quanto mais a inteligência se apura, se aperfeiçoa e se eleva, mais se impregna da ideia do belo. O ob-jetivo essencial da evolução, por-tanto, será a procura e a conquista da beleza a fim de realizá-la no ser e nas suas obras. Tal é a norma da alma na sua ascensão infinita.

Fonte: O Espiritismo na Arte- parte I – Léon Denis; Editora CELD.Texto organizado por Gloria Machay

"A nossa inflexibilidade, a nossa teimosia nas opiniões que emitimos, nos leva a pagar caro... Uma concepção equivocada que, por orgulho, sustentamos 20, 30, 40 anos acaba por nos consumir quase todo o tempo na encarnação. Mas, às vezes, reencarnamos para isto: para aprendermos a ser mais maleáveis." Fonte: "Orações de Chico Xavier" - Carlos A. Baccelli

Lembrete Carinhoso aos Médiuns

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 12

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Artigo

A Mais Sublime VibraçãoOs seres vivos encarnados e desencar-nados apresentam assinaturas energéti-cas. Tanto é assim que a ciência atual-mente se baseia em diversos exames em que a resposta energética do organismo é fundamental para identificação do es-tado do ser. No caso dos desencarnados não é diferente, porém, as consequên-cias podem ser outras. Por exemplo, desencarnados de mesmo estágio vibra-tório tendem a se agrupar. Os agrupa-mentos sociais são a contrapartida entre encarnados desse fenômeno. Esse agru-pamento acarreta uma assinatura distin-ta daquele grupo. É assim que surgem as regiões excelsas e os vales dos suicidas. Os espíritos perfeitos, portanto, tendem a se localizar em regiões particulares do Universo. Contudo, isso não quer dizer que eles estão limitados a localizações específicas, mas apenas que eles, ao se deslocarem, “levam consigo” parte da ambiência do local onde habitam. Não é muito diferente do que quando encon-tramos uma pessoa com conhecimento diferenciado em que facilmente per-cebemos que a simples presença dessa pessoa vem acompanhada do conhe-cimento que ela obteve. É a sensação especial que temos quando sentimos o toque de um ente querido ao nos acor-dar; a mão carinhosa do ente querido vem “carregada” dos sentimentos de afeto que aquele ente sente por nós. É o abraço invisível dos nossos companhei-ros do Além que, em momentos ines-

perados, vêm nos visitar e enchem nosso coração e mente de sensações e pensamentos agradáveis. Imaginemos agora que, ao invés desse nosso ente querido, a visita seja de um espírito de escol. A visita agora, não é apenas ao nosso lar, mas às residências de todos os habitantes do Planeta. A esse fenô-meno que acontece todo o final de ano chamamos de Natal.

Muito embora a sociedade atual venha desvirtuando um pouco o ver-dadeiro significado do Natal, o Mestre Jesus não tem desistido de nós. A cada final de ano vem renovar-nos o ideal, trazendo a sua presença e sua vibra-ção capaz de trazer paz e transformar a psicosfera. Ao se aproximar do orbe de forma ostensiva não são poucos os que percebem a mudança no ar, uma pequena revolução em nossos cora-ções e mentes. Infelizmente, a nossa imperfeição faz com o que o verdadei-ro espírito de Natal dure apenas pou-cas horas. Para fazer essa vibração se propagar e perdurar é necessário que mudemos a nós mesmos. É como se fossemos uma mola destinada a em-purrar uma grande massa, sendo o ideal cristão a força que move essa mola. Para tanto é interessante que seja reduzido o atrito entre a massa e a mola. A vibração do Mestre Jesus é o agente que reduz esse atrito. Todo ano se aproxima de forma mais expressiva para nos lembrar da importância do

nosso ideal.Somos todos elementos de uma or-

questra desafinada, em que o regente é paciente e nos espera pelo verdadeiro interesse em executar a música Divina que o Criador nos preparou e nos legou como objetivo final. Devemos buscar um novo diapasão, onde um sentimen-to rico, comum a todos, perdure todo o ano. Há de chegar o dia em que todo o planeta, durante todo o ano, será Natal. Não o Natal das compras, mas o Natal da Solidariedade Cristã. O Mestre Je-sus estará mais próximo de nós e sua vibração não será um evento único, continuará especial, mas será diário. O mundo não mudará sem nós, a Refor-ma Íntima que prega a nossa querida Doutrina Espírita é um elemento cru-cial para mudarmos a psicosfera e sua assinatura energética. Vamos mudar o mundo, começando por mudar a nós mesmos.

Antônio Carlos Siqueira Lima

Fonte: Revista Cultura Espírita – dez/2012.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 13

Obsessão — Estude e Liberte-se

Aviso Importante Temos evangelização para crianças nos mesmos horários das Reuniões Públicas, e para jovens, nos

horários das Reuniões Públicas Noturnas.

Existe relação entre obsessão e correntes mentais?

– Quem se refere à obsessão há de reportar-se, necessariamente, às correntes mentais. O pensamento é a base de tudo.

Onde somos defrontados com mais frequência pelos desafetos do passa-do, na Terra ou no Plano Espiritual?

– É compreensível que seja na esfera física que mais direta e fre-quentemente nos abordem aqueles mesmos Espíritos a quem ferimos ou com quem nos cumpliciamos na de-linquência.

Como poderíamos classificar aqueles que em outras existências nos foram inimigos ou de quem fomos adversários e que, no presente, de-sempenham, na base da profissão ou da família, o papel de nossos compa-nheiros e de nossos parentes?

– São elas as testemunhas de nos-so aperfeiçoamento, experimentan-do-nos as energias morais, quando não lhes suportamos o permanente convívio, por força das provas rege-nerativas que trazemos ao renascer. Acompanha-nos por instrumentos do progresso a que aspiramos, vigiam--nos as realizações e policiam-nos os impulsos.

Como se transformam os nossos adversários do passado?

– Nos processos da obsessão, urge reconhecer que os nossos opositores ou adversários se transformam para o bem, à medida que, de nossa parte,

“A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, capítulo XXVIII, item 81).

Obsessãonos transformamos para melhor.

As sessões de desobsessão têm va-lor? Em que condições?

– Toda recomendação verbal e todo entendimento pela palavra, atra-vés das sessões de desobsessão, se revestem de profundo valor, mas so-mente quando autenticados pelo nos-so esforço de reabilitação íntima, sem a qual todas as frases enternecedoras passarão, infrutíferas, qual música emocionante sobre a vasa do charco.

Em que tempo e situação no po-dem atingir os fenômenos deprimen-tes da obsessão?

– Salientando-se que o pensamen-to é a alavanca de ligação, para o bem ou para o mal, é muito fácil perceber que os fenômenos deprimentes da ob-sessão podem atingir-nos, em qual-quer condição e em qualquer tempo.

Qual a relação entre as manifesta-ções do sentimento aviltado e os dese-quilíbrios da personalidade?

– Todas as manifestações de senti-mento aviltado quais sejam a calúnia e a maledicência, a cólera e o ciúme, a censura e o sarcasmo, a intemperan-ça e a licenciosidade, estabelecem a comunicação espontânea com os po-deres que os representa, nos círculos inferiores da natureza, criando disto-nias e enfermidades, em que se levan-tam fobias e fixações, desequilíbrios e psicoses, a evoluírem para a alienação mental declarada.

Qual o nexo existente entre a ob-sessão e os interesses da criatura?

– A obsessão, em qualquer tipo pelo qual se expresse, está funda-mentalmente vinculada aos processos mentais em que se baseiam os interes-ses da criatura.

As companhias têm influência na obsessão?

– Assevera o Cristo: “Busca e acharás”.

Encontraremos, sim, os compa-nheiros que buscamos, seja para o bem ou para o mal.

Qual a solução mais simples ao problema da obsessão?

– Consagremo-nos à construção do bem de todos; cada dia e cada hora, porquanto caminhar entre Espíritos nobres ou desequilibrados; sejam eles encarnados ou desencarnados, será sempre questão de escolha e sintonia.

Fonte: Leis de Amor, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo V, questões 1, 4, 5, 7, 8, 9, 13, 18,19 e 20, Editora FEESP.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 14

Vida – Dádiva de Deus

Uma das mais funestas ilusões da criatura humana é supor que a morte do corpo aniquila a consciência da personalidade. Julgando que a função intelectual é exclusiva da massa ence-fálica, e que a Alma ou Espírito não pode existir separadamente do cor-po, muitos concluem que cortar o fio da vida material implica em extinguir para sempre a criatura, em dissolver na decomposição tumu-lar todos os sentimentos e ideias que caracteriza-vam uma personalidade qualquer. Esse é o triste e terrível engano do sui-cida. Nascendo na Terra para desempenho de de-terminada tarefa, mui-tas vezes de rudes lutas, a criatura sente não raro faltar-lhe coragem para arrostar certas amarguras e deserta pela porta falsa do suicídio, verdadeiro alçapão que precipita a ví-tima num trevoso abismo de maiores dores e com-pleto isolamento. A vida é uma grande realização de solidariedade humana. À semelhança do que ocor-re no reino vegetal, onde a cada planta correspon-de uma finalidade, assim toda criatura traz a sua tarefa de labor a executar, valendo pelo fruto que a árvore deve produzir. Atirada ao solo, a semente germina e dá o seu contin-gente para a vida comum. Se falha, é reabsorvida (na química insondável e subterrânea), para que de novo cons-titua elemento gerador dos frutos que não deu. Assim, o Espírito, lançado na

Suicídio – Solução Ineficaz“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”

(O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo V, item 14).

“Os motivos de suicídio são de ordem passageira e humana; as razões de viver são de ordem eterna e sobre-humana.” (Léon Denis, O Problema do Ser e do Destino, cap. X, Editora FEB).

vida dos mundos, tem de germinar em atos e sentimentos que valham por um labor progressivo, labor que o apri-mora e eleva cada vez mais na escala da ascese moral. Se fracassa, atraído e enrodilhado pelos sentimentos e pe-las ações inferiores, tem de renascer – para realizar esse progresso, que é

o fim supremo da Criação. Nessa lei incoercível, de renascimento e de re-paração dos erros das existências an-teriores, reside para muitos o mistério da Vida, mistério que uns julgam des-vendado pelas hipóteses da Ciência, e outros supõem resolvido pelos ritos e ensinamentos das religiões dogmáti-cas. Mas, uns e outros, quando se en-

contram nas garras do sofrimento, es-gotados todos os recursos da sapiência humana, muitas vezes apelam para o suicídio, na esperança ilusória de que, morto o corpo, cessam as torturas da enfermidade e do pensamento revolta-do contra o acicate da dor. Tão logo, porém, o incauto sofredor desfecha o

golpe contra a própria existên-cia, eis que o Espírito ou Alma, liberto dos liames restritos da carcaça humana, mostra ao in-feliz desertor que a vida de cada ser reside, não na carne do cor-po perecível, mas num princípio – indefinível na linguagem da Terra – imortal, eterno, subor-dinado a leis que lhe impõem deveres iniludíveis, obrigações que tem de cumprir através de vidas sucessivas, tantas quantas sejam necessárias para chegar ao ponto do destino espiritual. O Espírito não se separa do cor-po, porque a ruptura do laço que prende um ao outro só se opera – normalmente – quando o des-prendimento se faz sem a arbi-trária violência do ato suicida. Por muito que os sábios o ne-guem e os outros crentes o du-videm, a verdade é que cada um traz o seu tempo de existência terrena prefixado, e nenhum po-der – humano – pode alterá-lo, para mais ou para menos. O sui-

cídio detém a trajetória do Espírito, fa-zendo-o parar violentamente no rumo pré-traçado, até que possa retomar a marcha normal na sua trilha. (...).

Fonte: O Martírio dos Suicidas, Al-merindo Martins de Castro, Editora FEB.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 15

A Família na Visão Espírita

Realmente a condição de você tornar--se avô ou avó é daquelas experiências afetivas que lhe propiciam elevadas ale-grias ao coração.

Diz-se popularmente que ser avô ou avó é fazer-se pai ou mãe duas vezes, o que configura indiscutível verdade.

Ser agraciado com as honras de ver os filhos dos seus filhos, de poder-lhes acompanhar o desenvolvimento, de cooperar no processo de sua felicidade provoca sentimentos legítimos e enobre-cidos que ninguém ocorrerá opor-se ou condenar.

Há, entretanto, alguns pontos que se tornam tão profundos na situação dos avós, que vale a pena consideremos, ain-da que em rápidas ilações.

É importantíssimo que avós, a princípio, exercitem a virtude do respeito a seus filhos, no que se refere à orientação que desejem eles oferecer aos netos.

Compreende-se que os avós tenham mais e maiores experiências de vida que seus filhos, porém, agora é o tempo de permitirem que essas boas experiências coroem as frontes dos filhos, a fim de que não se façam continuados tontos re-lativamente aos próprios compromissos, porque os pais lhes tomam o papel.

Na atuação como avô ou avó será imprescindível que não tome sobre seus ombros o dever de criar, de educar os seus netos quando tudo esteja na faixa da normalidade, apenas justificando--se tal conduta nos casos de orfandade ou desajustes morais de tal monta que o bom senso e o amor ao próximo mais próximo assim o determinem.

Não se esqueça de que, como avô ou avó, você tem seus próprios deveres diante da sua existência, o que não deve-rá menosprezar, tendo em consideração que marcha para o fecho da vida terrena, tendo muito que realizar não apenas por seus netos, mas por todos os que neces-sitem de você.

Aprenda, no exercício do respeito a seus filhos, a não conduzir seus ne-tos pela rota das suas concepções, sem que os pais concordem com elas.

Por mais que admita que a sua po-sição é corretiva, a sua vez de ser pai ou mãe e de imprimir a sua orientação já passou.

Se desejar colocar-se ante seus ne-tos em questões graves ou definitivas, dialogue com seus filhos, primeira-mente, fazendo-os aceitar seus pontos de vista.

Nunca se olvide que na posição de avô ou avó, você será, forçosamente, sogro ou sogra, e é muito desagradá-vel, desrespeitosa mesmo, a sua intro-missão não solicitada.

Assim, se ao colocar-se em relação a esse ou àquele ponto, você perceber que não está sendo aceito ou está pro-vocando disfunções entre seus filhos e seus cônjuges, silencie, com naturali-dade, coibindo em si mesmo a mania de ter que opinar sobre tudo ou tudo determinar.

Seus genros ou noras não serão obrigados a acatar as suas posições. Terão o direito de discordar, caben-do a você o esforço por desenvolver sobriedade e autocrítica, que lhe per-mitirão manter um clima de paz com seus afins.

Procure não abarrotar os seus ne-tos com presentes caros. Pergunte, an-tes, aos pais o de necessitam ou o que os pequenos gostariam de ganhar, se já o anunciaram.

Busque não abafar psicologica-mente os seus netos com o conjunto de hábitos que caracterizam a sua épo-ca. Evite conflitá-los, quando eles es-tão recebendo a palavra dos próprios pais.

Quando haja ensejo, fale do bem e do amor, dos bons costumes e da nobre vivência; entretanto, nada im-ponha, nada exija, entendendo que a

responsabilidade direta com eles não lhe pertence.

Trate de não gerar insegurança na alma dos seus netos.

Assiste-os, contudo, com o seu ca-rinho, com a sua vivência alegre, ho-nesta e útil, para que sirva de exemplo aos rebentos dos seus filhos, caso seus netos não recebam exemplo no próprio lar ou para que reforce a diretriz que já os alumia, no âmbito doméstico.

Com sua maturidade, ame-os sem apego; ajude-os sem tomar-lhes os deveres; agrade-os sem envaidecê--los; fale-lhes de Jesus sem pieguice, para que sua participação na vida dos seus netos possa assemelhar-se a um rastro brilhante de espiritual cometa, apontando-lhes caminhos de honora-bilidade e de paz, discreta e inteligen-temente.

Não justifique que os pais de hoje não sabem educar, uma vez que o Cria-dor, tendo visão de tudo, consentiu--lhes a paternidade e a maternidade no roteiro terrestre. Tudo tem uma razão, creia-o.

Jamais se indisponha com seus fi-lhos e afins por causa dos netinhos, uma vez que estes estão juntos daque-les obedecendo às irreprocháveis Leis da Vida e do Destino.

Seja avô ou avó equilibrado, dando espaço para que seus filhos atuem no campo que Deus lhes deu para burila-rem-se e crescerem.

Ajude, apenas quando solicitado a fazê-lo.

Confie no Senhor que é o Grande Pai dos seus filhos, dos seus netos e de você mesmo.

Thereza de Brito

Fonte: Vereda Familiar, pelo médium J. Raul Teixeira, capítulo 31, Editora FRATER.

Para a sociedade o relaxamento dos laços de família seria uma recrudescência do egoísmo. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 775).

“Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”. Paulo (I Timóteo, 5:6)

Aos Avós

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 16

Notas Espirituais – Obras de Manoel P. de Miranda

“O mundo corporal é plasmado pelo espiritual, onde a vida é pulsante, permanente, original”.“Na generalidade, tudo quanto sucede na esfera física tem origem na realidade espiritual, tornando-a um mundo de efeitos, no qual as ocorrências se desencadeiam sob as mais variadas injunções”.

Fonte: Trilhas da Libertação, Manoel Philomeno de Miranda, psicografia de Divaldo Pereira Franco, Editora FEB.

Induções Hipnóticas ObsessivasNo transcurso da reunião mediúnica da noi-te de 29 de Junho de 2000, enquanto entidades perversas e técnicas na obsessão eram atendi-das, o Benfeitor espiritual grafou a mensagem que segue:

Ante os processos psicopatológicos que aturdem o ser humano, de forma alguma se podem eliminar os preponderantes fatores ce-rebrais, especialmente aqueles que afetam os neurotransmissores, facultando a instalação de distúrbios psíquicos de variada catalogação. Concomitantemente, a terapia especializada que visa a regularizar a produção de molécu-las neuroniais, não obstante consiga alcançar os resultados programados, é insuficiente para o completo restabelecimento da saúde men-tal, noológica e comportamental do indivíduo. Isto porque, na psicogênese desses processos encontra-se o espírito, como ser imortal que é, em recuperação de delitos morais perpetrados em existências passadas, que ora lhe cumpre al-cançar. Herdeiro das atitudes desenvolvidas no curso das experiências carnais anteriores, o ser elabora a maquinaria orgânica de que necessi-ta para o desenvolvimento dos compromissos da própria evolução. Assim sendo, ao iniciar--se o processo da reencarnação, imprime, nos códigos genéticos, as deficiências defluentes da irresponsabilidade, que se apresentarão no futu-ro, em momento próprio, como descompensa-ção nervosa, carência ou excesso de moléculas neurônicas (neuropeptídeos) responsáveis pelos correspondentes transtornos psicológicos ou de outra natureza. Além deles, as vítimas espolia-das que a morte não consumiu e nem lhes tirou a individualidade, ao identificar aqueles que as infelicitaram, em razão da afinidade vibrató-ria — campo de emoções dilaceradas — são atraídas, e a irradiação inferior do ódio ou do ressentimento, da ira ou da vingança permeia o perispírito do seu antigo algoz, produzindo-lhe inarmonia vibratória, que resulta em perturba-ção dos sistemas nervosos central e endocrínico, abrindo espaço para a consumação dos funestos planos de vindita. Simultaneamente, são dire-cionadas à mente do hospedeiro físico induções hipnóticas carregadas de pessimismo e de des-confiança, de inquietação e de mal estar, que es-tabelecerão as matrizes de futuras graves obses-

sões. Instalada a ideia perturbadora, e a hipnose contínua descarrega ondas mentais nefastas que se mesclam com as do paciente, confundindo--o, desestruturando-o, até o momento em que perde a própria identidade, terminando por ce-der área mental ao invasor, que passa a dirigir--lhe o pensamento, a conduta, a existência. Sob essa nefanda vibração monoideísta, as delicadas células neuroniais captam a energia magnética que as invade, alterando-lhes a produção das moléculas mantenedoras do equilíbrio. Subme-tidos aos tratamentos especializados, mas não afastados os agentes parafísicos promotores da desordem vibratória, tendem a permanecer in-sanos, mesmo que temporariamente experimen-tem melhoras no quadro enfermiço, tornando-se crônico o distúrbio. Somente quando haja uma alteração do comportamento mental e moral do enfermo, direcionado para o amor, para o bem, conseguindo sensibilizar aqueles que estejam na condição de perseguidores, é que ocorrerá a recuperação que os medicamentos auxiliam na reorganização dos equipamentos cerebrais. Porque se trate de esforço de alta magnitude, a maioria dos doentes, além de estar aturdida pela consciência de culpa, embora sem identi-ficar a causa, raramente se dispõe a esse magno empenho que, por outro lado, atrairia a atenção e o concurso edificante dos bons espíritos que iriam trabalhar para que fossem neutralizadas e mesmo eliminadas as energias deletérias ab-sorvidas do hóspede indesejado. A reencarnação é oportunidade de incomparável significado para o espírito que delinquiu, que se evade da responsabilidade, que se anestesia no prazer ou se homizia na inutilidade. O conhecimento dos objetivos existenciais do ponto de vista espiri-tual, constitui recurso valioso e educativo para o reequilíbrio e a identificação com a Consciência Cósmica libertadora.

Sucede, no entanto, que a indolência mental e a rebeldia moral, o pessimismo e o ressenti-mento, facilmente se instalam no pensamento e na conduta humanos, dificultando a aqui-sição real da saúde mental e fisica. Por isso, a hipnose espiritual obsessiva arrasta multidões de pacientes voluntários aos porões da depres-são, do distúrbio do pânico, da cleptomania, do exibicionismo, dos transtornos compulsivos, da

esquizofrenia, ou produz mutilados emocionais, hebetados mentais, sonâmbulos espirituais em triste espetáculo no proscênio terrestre, que as-cende com as conquistas da Ciência e da Tec-nologia, mas se demora nos pauis das paixões morais asselvajadas e das alucinações do in-sensato e perverso comportamento humano. É muito maior o número de hipnotizados espiri-tuais do que se pode imaginar. Deambulam de um para outro lado, transitam quase sem rumo entre esculápios e psicoterapeutas, na busca de soluções químicas ou mágicas, sem o esfor-ço moral em favor de uma introspecção pro-funda, para se poderem autolibertar ou serem liberados... Aos bandos, homens e mulheres, vitimados por induções hipnóticas impiedosas, atiram-se nas loucuras das drogas químicas e degenerativas, nas frustrações excêntricas, na violência quase insuportável, desejando fugir, sem identificarem a força mental que os vilipen-dia, consumindo-os e asselvajando-os. Jesus, para esses insensatos, prossegue sendo uma figura mítica, como inspirador de novas bacan-tes, que alguns desses telementalizados por di-versas dessas modernas fúrias, usam para atrair incautos, divertidos irresponsáveis e buscadores incessantes de novos prazeres... A humildade, o amor, o perdão, a caridade tornam-se para tais aficionados da coletiva obsessão, expressões de impacto verbal e sem sentido para a ação real, não poucas vezes, levadas ao ridículo. Torna-se urgente uma releitura do Evangelho de Jesus e a sua imediata aplicação como terapêutica valiosa para reverter a paisagem sofrida e triste da humanidade contemporânea. Ao tentá-lo, uma outra forma de hipnose se apresentará: aquela fomentada pelos Mensageiros da Luz, induzin-do as criaturas ao Bem, à paz, à felicidade. Há permanente intercâmbio psíquico entre os seres humanos e os espíritos, cada qual, porém, sinto-nizando na faixa correspondente às aspirações cultivadas e aos sentimentos mantidos.

Manoel Philomeno de Miranda

Fonte: Reencontro com a Vida, psicografia de Divaldo Pereira Franco,1ª parte, lição 1, Edi-tora LEAL.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 17

Seleção de textos :José Roberto Gouvêa

Fonte: Reflexões - Volume IEspírito : Antonio de AquinoPsicografia : Altivo Carissimi Pamphiro

Gotas de Luz

"Quando sentimos que estamos caminhando decisivamente para Deus, começamos a nos despojar daquilo que não nos interessa mais: orgulho, vaidade – coisas que não construam para o futuro; deixamos de fazer aos outros tantas exigências, para apenas aprendermos a doar; deixamos de lado certos valores, que não pertencem ao espírito, porque sentimos que devemos buscar o valor mais alto, o valor mais importante: a evolução contínua do ser."

“A emissora da Fraternidade”

Estrada do Dendê, nº 659Ilha do GovernadorRio de Janeiro - RJCEP: 21.920/000Fone: (21)3386.1400Visite o site e ouça a programação

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Yvonne Pereira - Uma Seareira de Jesus(24/12/1900 – 09/03/1984)

Pergunta: No Plano Espiritual as Casas Espíritas recebem algum tipo de identificação por parte dos Espíritos superiores?

Resposta: Indubitavelmente!Toda Casa Espírita séria merecerá a

identificação do trabalho redentor pela dedicação dos seus frequentadores e trabalhadores.

Os amigos espirituais superiores costumam catalogar os núcleos espíritas que se devotam com amor e renúncia à vivencia correta da Doutrina Espírita.

Frequentemente os nomes de nossos Centros figuram em listas sublimes ou registrados nos corações poderosos de espíritos nobres que, naturalmente, os destacam do comum.

Dia chegará em que todas as institui-ções espíritas, pela vivência do Evange-lho, pelo estudo sério e sistematizado do Espiritismo, merecerão seus nomes redigidos nos páramos de luz, junto aos responsáveis maiores pela doutrina no planeta.

Enquanto muitas Casas destacarem o fenômeno acima da transformação moral, os modismos de toda sorte ao es-tudo edificante, a aparência à essência,

“Esta mulher, extremamente corajosa, enfrentou, sem revoltas, uma encarnação de renúncias, de sofrimentos e de carências inomináveis e teve como prova mais dura, a meu ver, o conhecimento de várias encarnações passadas em que faliu sistematicamente”.

(Vera Leal Coutinho – Revista “O Médium”) - Fonte: O Voo de Uma Alma.

Ensinamentos de Yvonne

não conseguirão romper o ciclo vicioso dos interesses humanos, deixando de atingir regiões maiores em que o traba-lho redentor, profundamente enraizado em Kardec, é o grande escriba respon-sável pelo registro das instituições no-bres no reino dos céus.

Yvonne do Amaral Pereira

Fonte: O Zelo da Tua Casa, diver-sos Espíritos, psicografia de Emanuel Cristiano, Editora Allan Kardec.

Clareando / Ano XIV / Edição 159 / Dezembro . 2016 - Pág . 18

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O Livro dos Médiuns Allan Kardec

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Reflexão

À época do Natal, todos se re-cordam de Jesus como o amigo celeste. Muitos procuram homena-geá-lo, oferecendo dádivas aos de-serdados em louvor ao nascimento do Senhor. As instituições espí-ritas, de um modo geral, também recordam desse jeito a vinda do Mestre de Nazaré à Terra. Bolsas de mantimentos com roupas e brin-quedos são distribuídas sempre em memória de Jesus. É um modo de manifestarmos solidariedade ao próximo, em louvor ao Amor que encarnou entre nós.

Há muitos anos, seguramente há mais de 20, estávamos em meio a uma dessas festividades natalinas, juntando bolsas, orga-nizando, promovendo arrumações – enfim, tomando as providên-cias próprias da ocasião – quan-do, num dado momento, vimos, através da vidência mediúnica espontânea, um dos Benfeitores Espirituais da Casa. Surpresa e agradecimento. Orando singela-mente por aquela visita inespera-da, disse-lhe assim:

- “O Senhor nos visita para ver se está tudo sendo feito correta-mente?”.

Silêncio por parte do Benfeitor. Procurando vencer o mutismo

do visitante, mostrei as sacas de mantimentos ainda por arrumar, as sacolas de roupas para serem ma-nipuladas e disse-lhe:

- “O senhor está vendo todo o material que vamos distribuir? Não será uma boa distribuição?” Indaguei já um tanto aflito pelo si-lêncio do instrutor que a tudo ob-servava, gravemente, como, aliás, é do seu feitio.

- “Parece que os pobres do Brasil só passam necessidades por ocasião do Natal de Jesus”.

Foi a minha vez de emude-cer. Compreendi que o condutor da Casa me alertava para as ne-cessidades permanentes do povo sofrido que precisa de nossa de-monstração de solidariedade, não somente no Natal, mas sempre e sempre.

O Serviço Assistencial que rea-lizávamos, então, era feito correta-mente, mas, o que nos alertava o Benfeitor era sobre a necessidade de um estado mental de permanen-te solidariedade aos necessitados; que nosso coração não podia per-manecer satisfeito e reconforta-do, tão somente por termos feito uma, duas ou três distribuições de gêneros ou de roupas e nos darmos por satisfeitos.

Não, naquele instante percebi que Jesus espera muito mais de to-dos nós; espera que haja a noção de que, enquanto houver um necessi-tado sobre a Terra, não devemos, nem podemos descansar. Ainda ouvimos o Espírito Amigo recor-dar as palavras de Jesus contidas no Evangelho de Mateus: “Todas as vezes que vós fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeni-nos, a mim o fizestes”.

Tudo entendemos naquele rápi-do diálogo e, tão logo a visão des-vaneceu-se, tomamos ali mesmo a deliberação de agir de modo per-manente em favor da implantação de um serviço que socorresse dia-riamente as almas necessitadas que para ali se dirigissem. Passaríamos a comemorar um Natal com Jesus e não mais um Natal de Jesus.

Altivo Carissimi Pamphiro

Fonte: Boletim Informativo - CELD - Dez./92.

Natal com Jesus

“ Dedica uma das sete noites da semana ao

Culto do Evangelho no Lar, a fim de que Jesus

possa pernoitar em tua casa.”Joanna de ÂngelisFonte : S.O.S. FamíliaMédium: Divaldo Pereira Franco

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Suplemento Infantojuvenil

Vícios

Querido leitorIndicaremos mensalmente um bom livro doutrinário infantojuvenil, escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?

Dica do mês :

Ilusões,adrIana dável, edItora Celd.

1 - O que você acha do cigarro? Como dizia velho confrade, o cigarro é esse enroladinho de fumo que tem uma brasa de um lado e um bobo do outro.

2 - São milhões de bobos no Mundo? Em relação aos vícios existem em quantidade bem maior do que você imagina. Vastíssima parcela da população insiste em ouvir o canto da sereia, que representa o apelo às delícias da vida, mergulhan-do em tormentosos abismos. Procuram prazer no cigarro, no álcool, nas drogas, colhendo em breve doenças e sofrimentos.

3 - Por que os coroas ficam cutucando a gente em relação ao assunto? Afinal, também não cultivaram ou cultivam viciações? Justamente por isso devem ser ouvidos. Sentem na própria pele as consequências do vicio.

4 - E dai, não temos o direito de colher nossas próprias experiências? Sem dúvida. Afinal, um câncer no pulmão, uma cirrose hepática, um distúrbio nervoso e tantos outros males provo-cados por cigarros, bebidas e drogas talvez não lhe pareçam um preço muito alto a ser pago em futuro próximo pela satisfação efêmera do presente.

5 - Admitindo que você tenha razão, como vencer essa dependência? Parece algo obsessi-vo, quase uma segunda natureza... Toda pessoa que se inicia no vício é um obsidiado em potencial. Há viciados do Além que transformam os da Terra em instrumentos para satisfação do vício, numa associa-ção psíquica que é uma espécie de transe mediúnico

às avessas. Na função normal, o médium capta as impressões do Espírito. Na comunhão obsessiva o Espírito colhe as sensações do viciado.

6 - Tenho, então, parceiros invisíveis, como aproveitadores de uma bituca? Isso mesmo. Daí falharem frequentemente os tratamen-tos de desintoxicação do viciado. A pressão espiri-tual é muito forte.

7 - Os parceiros invisíveis não deixam? Os Espíritos não têm o poder irresistível de nos in-duzir ao vício ou alimentá-lo. É que dificilmente o vi-ciado se convence de que é imperioso deixar o vício, em favor de sua saúde. No fundo sempre imagina que não é tão mal assim.

8 - O que deve fazer o indivíduo que quer vencer o cigarro, as drogas, o álcool? Há vá-rios métodos, mas o que realmente funciona começa a partir de uma firme determinação nesse sentido. É preciso orar muito, ligando-se aos benfeitores espiri-tuais que trabalham por sua recuperação. Frequentar reuniões de assistência espiritual, no Centro Espíri-ta. Submeter-se ao passe magnético. Confiar em si mesmo e valorizar suas potencialidades como filho de Deus. Repetir sempre: “Com a proteção divina hei de conseguir”. Como está em “O Evangelho Se-gundo o Espiritismo”, ajuda-te que o Céu te ajudará. Pode parecer careta, mas funciona.

Fonte: Não Pise na Bola, Richard Simonetti, capí-tulo Família, Editora O Clari

“Quando você ensina, transmite. Quando você educa, disciplina. Mas, quando você evangeliza, salva”. (Amélia Rodrigues)