bem estar 11-03-12

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Page 1: Bem estar 11-03-12
Page 2: Bem estar 11-03-12

Editorial

Certamente você já leu ou ouviu de alguém queestamos aqui para aprender. Que esta experiênciaterrena marca tão somente um período de passagem.Em cima desta ideia, há de se considerar que, paraevoluírmos como ser humano, precisamos aprender aolhar mais para o nosso interior, onde reside a verdade,a essência do que verdadeiramente somos, à espera deser descoberta em sua plenitude. Por isso “arrume asmalas” e embarque para as páginas 4 e 5, destino dareportagem de capa deste domingo, em queespecialistas dão dicas de como se conhecer melhor eagir de fora para dentro, valorizando-se e,consequentemente, fortalecendo-se para os desafiosque nos esperam nas “estações” da vida. Uma boaviagem.

24

Paris, toujours Paris!... Ande sem rumopelos bairros Montmartre e Belleville edescubra seus encantos

20

Série “Louco por Elas”, que marca avolta de Eduardo Moscovis à tevê, falado universo feminino sob a ótica deles

15

Ortodontista estreia no time decolunistas da Bem-Estar com um artigosobre qual a melhor idade para seiniciar um tratamento ortodôntico

Poesia

POEMA PARA O FILHO QUE SE CASA

Que este sonho inaugurado

Em tua carne, em teus atos,

Não se dissolva, abstrato,

Ao contato dos cactos.

Que este intervalo de orvalho

Em teu sorriso espelhado,

Mesmo exaurido, restaure

Futuras noites de barro.

E nas urgências vividas

Em teu sonhar acordado,

Um pouco, muito persista

Desta brasa, desta brisa.

Que do sonho consumado

Nos embaraços dos laços

Reste um desfrute de vida

Como fruto da saudade.

Yone Giannetti Fonseca

EDUCAÇÃOColégios no Brasil usam programaescolar que facilita ingresso emuniversidades norte-americanasPágs. 6 e 7

CARREIRAVeja como não errar no currículo ena entrevista para conquistarespaço no mercado de trabalhoPágs. 8 e 9

COMPORTAMENTOEntenda o sentimento dacompaixão, que expressaproteção e acolhimentoPágs. 10 e 11

SAÚDEConheça os sintomas que podemindicar problemas de distúrbio delabirinto em bebes e criançasPág. 14

Agência O Globo/Divulgação

Luiza Dantas/Divulgação

Turismo

Hamilton Pavam

Televisão

Há um destinodentro de nós

Tadeu GuerraDIÁRIO DA REGIÃO

Editor-chefeFabrício Carareto

[email protected]

Editora-executivaRita Magalhães

[email protected]

CoordenaçãoLigia Ottoboni

[email protected]

Editor de Bem-Estar e TVIgor Galante

[email protected]

Editora de TurismoCecília Demian

[email protected]

Editor de ArteCésar A. Belisário

[email protected]

Diretora SuperintendenteRosana Polachini

[email protected]

Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa

DiagramaçãoCristiane Magalhães

Tratamento de ImagensYan Desidério

Matérias:

Agência EstadoAgência O GloboTV Press

2 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 3: Bem estar 11-03-12

É preciso ir para dentro

do próprio coração,

do próprio ser.

Lá, a consciência da alma,

que é universal, desde

sempre nos aguarda

José Trigueirinho Netto

Sabemos que o apego é um

obstáculo que um dia todos te-

remos de superar. Ele surge

quando não compreendemos o

lado interno da vida e não esta-

mos em contato com a essência

das coisas. Por falta desse conta-

to, ficamos habituados à forma

externa e nos apegamos a ela.

Em nosso convívio com

os demais, é como se conside-

rássemos somente o corpo, o

rosto, a personalidade das

pessoas, esquecemo-nos de

que em sua verdadeira essên-

cia elas são almas, e de que,

como almas, estão presentes

em todos os lugares.

Muitos de nós gostaríamos

de nos tornar mais desapega-

dos. Mas como fazer isso? Co-

mo encontrar a essência das coi-

sas, como não nos prender a

aparências?

Temos muitos vícios de

pensamento e hábitos de lin-

guagem, e chegamos a dizer coi-

sas que, se pensássemos me-

lhor, veríamos que não corres-

pondem à realidade. Dizemos,

por exemplo: “Aquela espécie

de pássaros desapareceu”; ou:

“Aquele homem morreu” e as-

sim por diante. Na verdade, é

um engano dizer que as coisas

acabam ou morrem, pois não é

isso o que de fato acontece: na

verdade, é a essência das coisas

que transmigra; sai de uma for-

ma e entra em outra. Portanto,

nada acabou quando uma espé-

cie de pássaros já não é vista no

plano físico. E nada acabou

quando se diz impropriamente

que uma pessoa morreu. Den-

tro das novas espécies de pássa-

ros permanece a essência das es-

pécies extintas; e dentro das

pessoas que estão nascendo ho-

je se encontra a essência que ha-

bitava corpos de outras épocas.

Nada se perde tudo evolui. Ter

consciência disso é o primeiro

passo para nos desapegarmos

das formas externas, concretas.

Depois, numa segunda etapa,

desapegamo-nos de coisas mais

sutis, como, por exemplo, as

afetivas.

A vida pode levar-nos a

mudar de atividade externa

várias vezes. Nossa intenção

de servir e de melhorar – e

não a forma externa das ativi-

dades – é o fio que as pode in-

terligar, dando-nos impres-

são de coerência e harmonia

e não de percalços e contras-

tes. Consideram-se as mudan-

ças como se fossem incômo-

das, as transformações po-

dem parecer-nos drásticas.

Entretanto, não há diferença

alguma entre as várias ativi-

dades quando as exercermos

com o mesmo espírito. O espí-

rito com que se fazem as coi-

sas, isso é o importante - e

não tanto o que se faz.

Convivem harmoniosa-

mente no universo energias

que constroem e energias que

destroem. As primeiras

criam e alimentam formas.

As últimas possibilitam que

a essência abandone as for-

mas que já não lhe correspon-

dem. Ambas as energias são

necessárias para que a vida

prossiga seu curso. Como o es-

pírito que nos move poderia

realizar um trabalho de cres-

cente qualidade, se a certa al-

tura não surgisse outra forma

para ele animar?

A cura dos apegos solucio-

na os mais diversos proble-

mas. Podemos então encon-

trar resposta para muitas per-

guntas: Como encontrar a es-

sência das coisas? Como faço

para me desapegar de uma

ideia? Como faço para me de-

sapegar de minha atual ma-

neira de ser? Como faço para

me soltar do que me prende?

Como faço para transcender

os meus defeitos? Como faço

com essa enfermidade que os

médicos não sabem tratar?

Como faço para preencher o

vazio que sinto em minha vi-

da? A resposta para todas es-

sas perguntas é uma só: ir pa-

ra dentro do próprio coração,

para dentro do próprio ser.

Lá a consciência da alma,

que é universal, desde sem-

pre nos aguarda.

É n o c o r a ç ã o q u e s e

curam os apegos, porque ali

está a essência de tudo. Ali

nada nos falta. �

Serviço

Extraído da Série “Sínteses depalestras” (Irdin Editora), de Trigueirinho(www.trigueirinho.org.br). Palestras doautor poderão ser ouvidas,gratuitamente, no site: www.irdin.org.br

Esoterismo

A CURA DOSAPEGOS

José Trigueirinho Netto éfilósofo espiritualista, autorde 77 livros, com cerca de2,5 milhões de exemplarespublicados até o momento,e mais de 1,7 mil palestrasgravadas ao vivo

Quem é

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 3

Page 4: Bem estar 11-03-12

Arrume as malas e embarque para

um destino especial: o seu interior.

É dentro de você que está a chave

para libertá-lo das amarras que

impedem sua transcendência

Autoconhecimento

VIAGEM DEIDA E VOLTA

Gisele [email protected]

Só temos chance de evoluir

e mudar verdadeiramente atitu-

des na vida se conseguirmos

olhar para dentro de nós mes-

mos. E a garantia de nos tornar-

mos seres humanos melhores -

um dos objetivos da vida, afi-

nal - é o que faz com que a via-

gem interior seja o melhor ro-

teiro que possamos escolher.

Para o psicólogo empresa-

rial Paulo Cesar Martins Gui-

marães, é percebendo constan-

temente nosso interior, exami-

nando e transcendendo os pa-

drões e os paradigmas herda-

dos da família, de nossa pró-

pria criação e da cultura e socie-

dade onde vivemos que podere-

mos reflexivamente encontrar

um sentido em nossas vidas e

descobrir a nossa missão no

mundo. Daí a importância de

termos consciência da necessi-

dade do autoconhecimento. “O

autoconhecimento nos conduz

a uma profunda viagem

interior, propiciando a com-

preensão do motivo de reagir-

mos de uma forma ou de outra

diante de uma determinada si-

tuação e, por consequência, in-

tensifica a capacidade de fazer

escolhas mais conscientes e ade-

quadas, que tragam maior satis-

fação pessoal.”

“A maior aventura de um

ser humano é viajar. E a maior

viagem que alguém pode em-

preender é para dentro de si

mesmo”, diz o psiquiatra e es-

critor Augusto Cury, um dos

autores que mais vendem li-

vros no Brasil.

A psicóloga clínica Rose-

meire Zago defende que, ao ele-

varmos o conhecimento sobre

quem somos, ficamos muito

mais conscientes do que quere-

mos para nós e paramos de cor-

rer atrás daquilo que nos ensi-

naram que deveríamos querer

e, assim, voltamos o foco para

onde ele nunca deveria ter saí-

do: dentro de nós mesmos.

“Não vivemos mais a mercê de

outras pessoas, mendigando

atenção, reconhecimento,

amor, aprovação, carinho, pois

aprendemos a nos nutrir com

nossos próprios recursos, e es-

tes, tenha certeza, são infini-

tos”, explica.

Busque as respostas dentro

de você, ressalta, isso fará com

que se conheça um pouco mais.

O respeito que temos por tudo

que somos e sentimos bem den-

tro de nosso mais profundo ser

é que irá delimitar até onde o

outro pode ou não chegar. Essa

viagem para dentro de nós mes-

mos permite aprendermos a

dar valor ao ser humano que so-

mos. Precisamos ter senso do nos-

so valor individual e não nos sen-

tirmos diminuídos diante do

mundo, ressalta Rosemeire. Con-

forme nos conhecemos, não fica-

mos mais vulneráveis às opiniões

alheias e muito menos nos deixa-

mos ser manipulados.

Mas essa viagem interior

que leva ao autoconhecimento

requer muito diálogo interno,

seja para identificar nossas

crenças ou as

máscaras que foram cria-

das para nos proteger, para de-

pois, sim, conseguirmos encon-

trar o verdadeiro eu, aquilo que

somos em essência, e que sem-

pre é muito melhor do que

aquela pessoa que nos fizeram

acreditar que somos. Mas para

atingirmos este estágio é preci-

so comprometimento em que-

rer realmente se conhecer, sem

medos, resistências, boicotes,

para que possamos atingir um

estágio de paz e harmonia inter-

na que todos ansiamos. Enfim,

o autoconhecimento é a base

primordial para alcançarmos a

verdadeira sabedoria.

Essa viagem para dentro de

nós mesmos nem sempre é fá-

cil, uma vez que o ser humano

é bastante dispersivo. Por isso,

nem todos conseguem. Assim,

como nas viagens de lazer, os

grupos com um orientador po-

dem facilitar a jornada. Mas in-

dependente da forma que será

utilizada, o resultado será sur-

preendente. Essa viagem inte-

rior permitirá a você perceber

melhor o que o motiva, os ins-

trumentos que você pode con-

tar para alavancar sua vida.

“Muitas vezes, não percebemos

as possibilidades e oportunida-

des que temos e, quando fecha-

mos os olhos para o externo e

nos interiorizamos, descobri-

mos coisas que não estavam

muito claras a nosso respeito”,

diz Berenice de Lara, psicólo-

ga, terapeuta floral e de cris-

tais, autora do livro “Elixires

de Cristais – Novo Horizonte

da Cura Interior” (ed. Pensa-

mento). Procure estar em silên-

cio, uma das grandes dificulda-

des da sociedade contemporâ-

nea. Se você consegue fazer is-

so , você vol tará dessa

interiorização muito mais tran-

quilo, fortalecido e se conhe-

cendo muito melhor.

4 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 5: Bem estar 11-03-12

Escolha um momento em que você poderá ficar relaxado, emsilêncio e que não será interrompido

Procure ler alguma coisa que seja de qualidade mais elevada,que permita que você entre em uma sintonia melhor

Ao fim da leitura, coloque uma música relaxante, acenda umincenso, feche os olhos e sinta o que vem do alto. Não descartequalquer coisa que lhe ocorrer

Não racionalize. Aceite o que vier como dicadoseu “eu superior”

Fonte: Berenice de Lara, psicóloga

Dicas para a jornada

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 5

Page 6: Bem estar 11-03-12

Pelo menos 25 escolas de 19 cidades brasileiras já oferecem o programa

“high school”, que segue a mesma cartilha de escolas norte-americanas

Gisele [email protected]

Cresce a cada dia o número de estu-

dantes de ensino médio no Brasil que

contam com um modelo que se destina

a manter o inglês na ponta da língua, co-

mo o mundo atual exige, e facilitar o in-

gresso dos jovens em uma universidade

do exterior. Trata-se do programa high

school, criado pela Texas Tech Univer-

sity, dos Estados Unidos, já presente

em 25 escolas de 19 cidades brasileiras.

O programa high school é a inclusão

do ensino médio norte-americano na esco-

las brasileiras. No período da manhã, os

alunos cursam normalmente as aulas com

o currículo regulamentado pelo Ministé-

rio da Educação e, no período da tarde, de

duas a três vezes por semana, voltam para a

escola e seguem o currículo das escolas nor-

te-americanas. No currículo, 17 discipli-

nas, todas em inglês, entre elas inglês, his-

tória, literatura e redação.

Em média, as mensalidades custam en-

tre US$ 250 e US$ 400, além da mensalida-

de do ensino médio, e os alunos terminam

o curso, que dura três anos (o nono do ensi-

no fundamental e o primeiro e o segundo

do ensino médio), com habilitação necessá-

ria para concorrer a uma vaga nas universi-

dades americanas. Os alunos têm o tercei-

ro ano livre para se dedicar ao vestibular.

Em situações normais, um estudante

brasileiro que quiser frequentar uma uni-

versidade americana precisa prestar o Toe-

fl, um teste de conhecimento da língua in-

glesa e fazer matérias complementares, de

acordo com a instituição escolhida.

A regra para ser professor do high

school brasileiro é ter nascido e cursado a

universidade em algum país de língua in-

glesa. Eles são treinados pela Texas Tech

University, que também é responsável pe-

lo material didático. As provas são envia-

das para os Estados Unidos, onde são corri-

gidas por uma equipe de professores, que fi-

cam responsáveis pelas notas. Para ter do-

mínio das matérias cursadas, os alunos pre-

cisam fazer 12 provas durante o curso, por

exigência do ministério da educação do Te-

xas, onde os estudantes do ensino médio

passam pelo mesmo processo de avaliação.

Os alunos só conseguem o diploma ameri-

cano se também forem aprovados no ensi-

no brasileiro. Se as notas forem adequadas,

ao final do curso recebem dois diplomas,

um brasileiro e um americano.

O programa tem seu foco no desenvol-

vimento de habilidades avançadas de escri-

ta, leitura e fala, orientadas para a geração

de credibilidade através da argumentação.

A sólida formação no currículo internacio-

nal oficial permite ao aluno, no futuro ime-

diato, trânsito em situações acadêmicas e

profissionais avançadas (congressos, semi-

nários, rodadas de negociação, cursos de es-

pecialização, mestrado, doutorado, bem co-

mo oportunidades profissionais em empre-

sas multinacionais localizadas no Brasil ou

fora dele).

O Centro Educacional Leonardo da

Vinci, em Vitória, no Espírito Santo, foi a

primeira escola brasileira a oferecer o pro-

grama high school. “Nossos alunos já fi-

cam na escola basicamente em período in-

tegral. Percebemos que os estudantes do

ensino médio buscavam algo que pudesse

permitir um trânsito acadêmico e cultural

significativo através de um currículo”, diz

Cristiano Bezerra de Carvalho, coordena-

dor da Texas Tech University High

School no Centro Educacional. Em 2008,

o centro foi autorizado a expandir o progra-

ma para outros colégios brasileiros com

perfil para oferecer a high school.

Os colégios Notre Dame Campinas,

em Campinas, e Luiz de Queiroz, em Pira-

cicaba, estão na lista de escolas paulistas

que oferecem o ensino.

“A globalização dos mercados ocorre

de forma acelerada, inclusive no mercado

de trabalho. A competição pelas boas opor-

tunidades profissionais hoje acontece de

forma global. Desse modo, o domínio ple-

no de um ou dois idiomas estrangeiros é

imperativo para o ingressante no mercado

de trabalho”, explica Lorenço Jungklaus,

diretor do Colégio Notre Dame. O conteú-

do programático das aulas especiais do hi-

gh school busca ampliar a visão do estu-

dante acerca do funcionamento dos merca-

dos de hoje, bem como treiná-lo no uso de

ferramentas essenciais para navegar nesse

universo. “Fazer o high school significa,

portanto, adquirir um grande diferencial

competitivo para o ingresso no mundo pro-

fissional.”

A aceitação do programa por parte das

famílias é grande: no colégio de Piracica-

ba, por exemplo, a high school começou

com 25 alunos em 2011 e hoje são 60 matri-

culados. No de Campinas, são 70 alunos.

Um dos grandes diferenciais apontados é a

forma como o estudante sai preparado pa-

ra a universidade e para o mercado de tra-

balho. O inglês que o aluno adquire com es-

sas aulas é o formal, não o coloquial das es-

colas de idiomas. Eles não fazem aula de in-

glês, mas em inglês.

O estudante Guilherme Ambrosano

cursa o primeiro ano do ensino médio no

CLQ em Piracicaba. “Decidi fazer o high

school porque eu acho que a fluência em

uma segunda língua, principalmente o

inglês, é importante em qualquer profis-

são e que um diploma do high school

iria me ajudar no mercado de trabalho”,

explica o jovem, que pretende fazer fa-

culdade no Brasil e a pós-graduação pro-

vavelmente nos Estados Unidos. A van-

tagem que acredita que irá levar em rela-

ção aos colegas que fazem o curso regu-

lar? “Acredito que o que aprendi sobre

a história americana, literatura, speech,

business information management, en-

tre outras matérias, será muito impor-

tante para minha vida profissional no fu-

turo”, complementa.

Serviço

Onde buscar informaçõesTexas Tech University-High School,www.hseducacional.com

Educação

Diploma do ‘Tio Sam’

Provas realizadas pelos

alunos no Brasil são

corrigidas por professores

da Texas Tech University

(foto), nos Estados Unidos

Divulgação

6 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 7: Bem estar 11-03-12

Permite ao aluno estudarsimultaneamente, no país, os currículosbrasileiro e americano

Ter trânsito local e global, oficialmentereconhecido

Ter a vivência real da língua, no convívio

com professores estrangeiros

Elevar seus níveis de escrita, leitura e falaa patamares internacionais

Adquirir habilidades para expor suas ideiascom clareza e força

Fonte: Eduardo Francini, assistente do Colégio NotreDame Campinas

ESCOLAS QUE OFERECEM HIGH SCHOOL NO BRASIL

Centro Educacional Leonardo da Vinci - Vitória-ES,www.davincivix.com.br

Colégio Pentágono - Santana de Parnaíba-SP,www.colegiopentagono.g12.br

Instituto Magno de Educação - São Paulo-SP,www.colmagno.com.br

Colégio Dante Alighieri - São Paulo-SP, www.colegiodante.com.br

Centro Educacional Edna Roriz - Belo Horizonte-MG,www.colegioednaroriz.com.br

Colégio Franciscano Pio 12 - São Paulo-SP,www.pioxiicolegio.com.br

Colégio Notre Dame de Campinas - Campinas-SP,www.notredamecampinas.com.br

Colégio Jean Piaget - Santos-SP, www.jeanpiaget.g12.br

Colégio Christus - Fortaleza-CE, www.christus.com.br

Escola Dinâmica - Florianópolis-SC, www.escoladinamica.com.br

Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo - São Paulo-SP,www.colegiosaomiguel.com.br

Colégio Luiz de Queiroz - Piracicaba-SP, www.clq.com.br

Colégio Portal de Limeira - Limeira-SP, www.anglolimeira.com.br

Colégio Damas - Recife-PE, www.colegiodamas.com.br

Colégio Santa Cecília – Fortaleza-CE, www.santacecilia.com.br

Colégio Master - Aracaju-SE, www.master.aju.com.br

Colégio Agostiniano São José - São Paulo-SP,www.agostinianosaojose.com.br

Instituto Gaylussac - Niterói-RJ, www.gaylussac.com.br

Centro de Ensino Upaon-Açu - São Luis-MA, www.upaon.com.br

Colégio Uirapuru - Sorocaba-SP, www.colegiouirapuru.com.br

Liceu Albert Sabin - Ribeirão Preto-SP, www.liceuasabin.br

Colégio Martha Falcão - Manaus-AM,www.colegiomarthafalcao.com.br

Colégio Villa-Lobos - Salvador-BA,www.colegiovillalobos-ba.com.br

Escola Harmonia - Campo Grande-MS,www.harmoniabilingue.com.br

Escola FourC - Bauru-SP, www.escolafourc.com.br �

O que é high school?

É o termo em inglês para Ensino Médio(secondary school). A grade curricular é formadapela junção dos currículos (brasileiro eamericano): as matérias do currículo brasileiroque encontram correspondente no currículoamericano (química, matemática, biologia, física,etc.) são convalidadas pela TexasTech UniversityHigh School e as disciplinas norte-americanasque não fazem parte dessa grade comum serãooferecidas pelo colégio no período da tarde

Quais as vantagens do curso de high School?

Garante ao aluno fluência plena no idioma

inglês em todas as habilidades comunicativas(tanto nas passivas, listening & reading, quantonas produtivas, speaking & writing) sem sair doBrasil. Tal processo é construído em cada auladevido à característica fundamental do curso: nãosão aulas de inglês, mas sim aulas em inglês

Quem pode fazer high school?

- O curso é opcional para os alunos do atual 8˚ano. Estão aptos a cursar aqueles que obtiveramdesempenho acima de 60% na prova deproficiência, uma vez que toda comunicação seráfeita em inglês

Fonte: Colégio Notre Dame Campinas e Colégio Luiz deQueiroz (Piracicaba)

Onde estudar

Colégio Leonardo

Da Vinci, em

Vitória, foi o

primeiro no Brasil

a oferecer o

programa

high school

Diferenciais do programa high school

Saiba mais

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 7

Page 8: Bem estar 11-03-12

Especialistas ensinam como evitar “pecados capitais” no currículo e

na entrevista para garantir a vaga que tanto deseja no mercado de trabalho

Elen [email protected]

A busca por uma vaga no mercado de trabalho

tem exigido cada vez mais dos candidatos. Mas as

exigências não se restringem à profissionalização

para acompanhar as mudanças constantes.

O preparo profissional é sim importante e conta

muito na hora da escolha entre um ou outro candida-

to, mas como conseguir destaque durante a apresenta-

ção do currículo e na entrevista? Quais são os princi-

pais erros cometidos por quem busca um novo desa-

fio na profissão?

Entre dúvidas e inseguranças, uma dica pri-

mordial é manter a organização para se preparar

para a entrevista. Tudo muito simples, mas essen-

cial, como a pontualidade, escolher uma roupa (e

maquiagem, para as mulheres) discreta e esquecer

o tal do nervosismo.

A sinceridade e clareza expressas do candidato

durante o contato com o examinador demonstram

que também há capacidade de buscar o aprendiza-

do. E é exatamente um dos pontos que as empre-

sas miram: profissionais com pré-disposição para

aprender e flexíveis a mudanças.

Mas para chegar à entrevista, outro processo se-

letivo é feito antes dos candidatos serem avaliados

pessoalmente: o currículo. É por meio dele que

muitas informações, mesmo que não estejam escri-

tas, são apontadas sobre o concorrente à vaga.

Textos longos, pretensões que fogem do fo-

co da vaga pretendida, informações desnecessá-

rias e erradas estão entre os principais equívo-

cos. Falta de objetividade e erros de português

são inadmissíveis, afirma a psicóloga e coach

de carreira e liderança Claudia Carraro, direto-

ra da consultoria Carreira&Cia.

Ela conta que informações erradas e falsas,

formatação colorida e confusa do documento do

currículo e qualificações pessoais incompletas são

alguns dos “pecados” mais comuns vistos nos cur-

rículos. Esse conjunto de dados já é suficiente pa-

ra indicar que o candidato não está bem prepara-

do profissionalmente, é desatento e não é ético

quando acrescenta mentiras no documento.

“Não se coloca no currículo termos que descre-

vam comportamento ou competências, como dina-

mismo, liderança, perfeccionista, etc. Ocupa espa-

ço e não agrega valor nenhum, pois isso não é uma

descrição que os antigos empregadores fazem de-

le”, explica Claudia.

O currículo tem de ser claro e conciso, direto ao

ponto, evitando estender as informações básicas e qua-

lificações em mais de duas folhas. Os dados pessoais

(nome completo, endereço, idade e e-mail), os cursos,

idiomas, as experiências e os resultados obtidos são su-

ficientes.

Aredaçãoelaboradanocurrículodeveserconvidati-

va e bem específica para atrair a atenção do examinador.

“Se o profissional tem como o seu curso principal en-

genharia e fez outros cursos que não são correlatos, e a

vaga que irá se candidatar é engenharia, é importante

somente colocar cursos e experiências no perfil que a

empresa solicita”, diz a presidente da Associação Bra-

sileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional),

Leyla Nascimento.

Como pensam os selecionadores?

Os candidatos costumam ensaiar o que dizer

para os selecionadores, mas o uso de frases prontas

que aparentemente soam bem aos ouvidos costumam

não convencer. Para comprovar o que está no currícu-

lo, algumas empresas optam em fazer testes práticos,

colocando os candidatos em situações cotidianas do

ambiente em que querem trabalhar.

Os selecionadores também podem fazer

perguntas de situações hipotéticas para ava-

liar como a pessoa se sairia em cada episódio.

Eles precisam apenas ser verdadeiros e mos-

trar suas habilidades.

“Escrever ou só falar não adianta. Tem de

explicar e provar que tem as determinadas

competências”, informa a psicóloga e coach

de carreira e liderança.

Redes sociais

É comum que no meio on-line sejam de-

monstradas algumas (ou muitas) característi-

cas de cada pessoa, de sua vida amorosa e pro-

fissional. Sim, isso é permitido, mas desde que

seja feito com cautela.

Para a presidente da Associação Brasileira de

Recursos Humanos (ABRH-Nacional), Leyla Nas-

cimento, as empresas buscam conhecer nos candi-

datos as competências individuais e as técnicas.

No entanto, não faz seu processo seletivo baseado

na mídia social.

“O processo seletivo é uma metodologia sé-

ria e que tem fundamentação científica. A

mídia social pode ser uma ferramenta de ratifi-

cação ou levantamento de dados de um deter-

minado requisito, mas não é determinante em

uma seleção”, afirma.

Carreira

ACERTE O ALVO!

8 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 9: Bem estar 11-03-12

Saiba mais

Fique atento aos princípioserros que acabam com o sonho

da vaga de emprego

NO CURRÍCULO

Falta de objetividade ou ser prolixo

Erros de português

Informações falsas

Colocar foto (somente quandoa vaga exige)

Acrescentar número de documentos

Indicar objetivo diferente ao que foipedido na vaga ou que não condiz com aexperiência

Fontes e cores diferentes naformatação do documento

Citar viagens culturais ou passeio

Informar e-mail ou telefone errados

Dar telefone para recado oureferência de alguém que nãoconhece bem

NA ENTREVISTA

Chegar atrasado

Desviar o olhar ou não olhar para oentrevistador

Se irritar com as perguntas

Demonstrar insegurança

Mentir

Falar mal do empregador anterior

Vestir roupa inadequada

Mascar chiclete

Falar gírias e palavrão

Mostrar postura corporal incorreta

Esquecer o que colocou no currículo

Não saber explicar as própriasexperiências

Não desligar o telefone celular

Desrespeitar os funcionáriosda empresa

Como se preparar para uma entrevista

ÀS VÉSPERAS

Verifique com antecedência o localda entrevista para analisar o tempopercorrido na distância

Pesquise sobre a empresa para ter omáximo de informações, o que podeenriquecer a entrevista

Escolha uma roupa discreta, masverifique se a peça está limpa e passada

Durma bem e tenha uma alimentaçãoleve na véspera da entrevista

NO ‘DIA D’

Tenha um cuidado especialcom a higiene

Cabelos devem estar limpos epenteados e unhas bem apresentáveis.No caso das mulheres, as unhas devemestar feitas e, de preferência, comesmalte neutro

Saia com antecedência para nãochegar atrasado

Leve o currículo impresso �

Fonte: Claudia Carraro, psicóloga ecoach de carreira e liderança

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 9

Page 10: Bem estar 11-03-12

Junto com outras virtudes, como a

amizade e a solidariedade, a compaixão

gera grupos sociais cuja base é de

proteção mútua. Para esse grupo, o

bem-estar do indivíduo é importante

para o equilíbrio de todos

Gisele [email protected]

“Cultivar estados mentais positi-

vos como a generosidade e a compai-

xão decididamente conduz à me-

lhor saúde mental e à felicida-

de”, disse Dalai Lama, autori-

dade máxima do budismo ti-

betano. Mas o que é esse senti-

mento que todo mundo fala, mas

pouco se sabe?

Apesar de o dicionário descrever co-

mo piedade, pena, dó e condolência, a

compaixão pode não ser exatamente o

que você pensa. Especialistas a descre-

vem como uma espécie particular de

amor e garantem que existem várias for-

mas de experimentá-la - a maioria de

forma surpreendente.

Você pode tentar exercitando a pa-

ciência e a tolerância estando perto de

alguém em silêncio, uma vez que ter

compaixão é olhar para o outro e ver a

necessidade dele. Pode ser um abraço ca-

rinhoso, uma ajuda material, uma orien-

tação em algum momento difícil ou até

mesmo uma bronca. É essencial apenas

que a ação parta do coração e que corres-

ponda ao que é preciso naquele instan-

te. Mas compaixão está muito distante

da pena. Quem tem pena, muitas vezes,

não ama verdadeiramente.

Compaixão é um valor e se expressa

através da nossa percepção ou consciên-

cia do mundo ao nosso redor, que con-

duz a nossa visão, nossa atitude, nossos

pensamentos, palavras e ações. Os valo-

res humanos funcionam como amorte-

cedores, que tornam a jornada da vida

mais prazerosa - eliminando o impacto

pesado e, por vezes, desconfortável dos

obstáculos que, inevitavelmente, fazem

parte do percurso.

O valor da compaixão é de grande

utilidade neste momento exigente do ce-

nário mundial. “Por ser um valor, a

compaixão conecta-se à minha grande-

za e a grandeza dos outros. É a minha

habilidade de estabilizar-me na minha

essência plena e me conectar com a es-

sência dos outros e das situações. E as-

sim, posso discernir melhor como me

posicionar diante de cada cena, perce-

Força transformadora

POR QUE NOSIMPORTAMOS?

10 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 11: Bem estar 11-03-12

bendo de maneira mais ampla e, ao

mesmo tempo, contextualizada, qual

é a resposta a ser dada naquele mo-

mento”, diz a jornalista Juliana Vila-

rinho Faria, professora de raja yoga

da Brahma Kumaris, entidade espiri-

tual fundada na Índia.

A compaixão não é uma resposta mo-

vida pela “dó”. É um sentimento de

que, quando estamos fortalecidos, pode-

mos compartilhar o que a situação soli-

cita sem nos influenciar por ela. Se hou-

ver negatividades envolvidas, damos a

resposta necessária e seguimos em fren-

te. “Neste momento atual, doar paz, es-

perança, cooperação e positividade é

uma atitude de compaixão com a famí-

lia global e o planeta Terra que nos aco-

lhe. Mesmo com tantas cenas de deses-

perança, mover-se rumo a uma meta po-

sitiva é possível”, explica Juliana.

Vale lembrar que quando aborda-

mos o universo dos valores, eles jamais

operam de maneira isolada. Quanto

mais somos capazes de nos estabilizar

na nossa essência de paz, amor, felicida-

de, verdade, equilíbrio, força interior,

pureza, ressalta Juliana Vilarinho, mais

alimentamos a fonte de cada um dos va-

lores nobres de maneira que eles este-

jam disponíveis em momentos de neces-

sidade. Sendo assim, apenas quando es-

tamos fortalecidos e estabilizados em

nosso estado de alinhamento interior

podemos efetivamente exercer a compai-

xão, bem como outros valores.

“Trata-se da habilidade que um indi-

víduo tem de perceber o sofrimento de

outro em toda a sua magnitude”, diz o

psicólogo cognitivo-comportamental

Alexandre Caprio.

“A compaixão tem poder de criar e

manter harmonia entre as pessoas. Não

permite que a pessoa seja indiferente

ou, no outro extremo, que transforme o

sofrimento em um ainda maior por seus

julgamentos”, completa a psicóloga Ire-

ne Araújo Corrêa.

“A compaixão não é um ato de des-

prendimento, mas um ato protetivo. Es-

tamos protegendo nossos afins para que

o grupo continue forte e se amparando

sempre. O abandono e a apatia geram in-

divíduos frios, individualistas e egoís-

tas, que aprenderão que salvar a própria

pele é a regra geral. O grupo social que

se pauta nisso se destruirá, ao invés de

se proteger”, complementa. Compai-

xão, empatia, amizade e solidariedade

gerarão grupos sociais bons, que terão

como base a proteção mútua. Para esse

grupo, o bem-estar do indivíduo é im-

portante para o equilíbrio de todos.

Compaixão é um sentimento de

acolhimento circunstancial com al-

guém que passa por alguma adversi-

dade que cause sofrimento. Embora

as circunstâncias possam ser adver-

sas e ligadas a sofrimento, a compai-

xão não é piedade ou pena, mas um sen-

timento de respeito pelo outro. Não há

compaixão sem respeito. É o respeito pe-

lo outro, pelo seu sofrimento, sem fazer

julgamentos, que torna a compaixão um

sentimento de igualdade. O entendi-

mento das razões e das escolhas do ou-

tro nem sempre será claro e respeitar is-

so é um ponto importante do sentimen-

to de compaixão.

Quem desenvolveu essa atitude

se compadece porque tem consciên-

cia de que não há equivalência no so-

frimento, pois cada um passa e sente o

que lhe acontece de maneira particu-

lar e única. A empatia pode lhe dar

uma ideia do que a outra pessoa está

passando, mas viver a situação é algo

particular. O desenvolvimento da

compaixão é transformador, tanto pa-

ra o indivíduo quanto para um mundo

melhor. É importante desenvolver a

capacidade de sentir a compaixão

exercitando a empatia (se colocar no

lugar do outro). Com isso, a pessoa

se permite alcançar um entendimen-

to de como poderá acolher. Não é jul-

gar o sofrimento do outro, mas refle-

tir sobre ele. A compaixão, ressalta

Irene, pode ser demonstrada por ges-

tos, palavras, acolhimento ou sim-

plesmente estando, solidariamente,

ao lado da pessoa. Ela se exercita em

pequenos gestos, em manter princí-

pios de amor próprio, de amor ao

próximo e, principalmente, de res-

peito. A compaixão fortalece e nos

dá oportunidade de nos tornarmos

melhores e transformadores. �

Respeite o próximo.Não há compaixão semrespeito

Lembre-se quecompaixão não é sofrer pelooutro. Você não sentirá o quea pessoa está sentindo, massaberá como se sentiria selhe acontecesse o mesmo

Evite julgar a dor dooutro baseado emsuposições

Evite aumentar aindamais o sofrimento alheio comcomportamentos de crítica ediscriminação

Mantenha uma visãopositiva em relação àssituações em suaprópria vida

Fortaleça o amor-próprioe o amor pelo próximo

Fonte: Irene Araújo Corrêa,psicóloga

Neste momento, doar paz, esperança,cooperação e positividade é uma atitudede compaixão com a família global e oplaneta que nos acolhe. Mesmo comtantas cenas de desesperança, mover-serumo a uma meta positiva é possível Juliana Vilarinho Faria, professora de raja yoga da Brahma Kumaris

Exercite acompaixão

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 11

Page 12: Bem estar 11-03-12

Transforme o remorso, esse sentimento de culpa que paralisa sua evolução,

em estímulo para buscar mudanças positivas e compreender melhor o ciclo da vida

Elen [email protected]

“Às vezes, uma dor me desespe-

ra... Nestas ânsias e dúvidas em que

ando. Cismo e padeço, neste outono,

quando calculo o que perdi na prima-

vera”. “Remorsos”, do poeta carioca

Olavo Bilac, expressa o sentimento

do autor de fazer escolhas diferentes

das quais poderia ter feito devido ao

desconhecimento anterior.

Toda pessoa é responsável por seus

atos, certos ou errados, e, por isso, quase

todo mundo já sentiu alguma vez na vi-

da aquela sensação ruim de ter provoca-

do uma situação que deixou a desejar,

com palavras ou atitudes que levaram a

uma decisão “torta” em sua vida. Ou o

afastamento de uma pessoa querida.

O questionamento do “se” cria possi-

bilidades que levam a reflexões e dúvi-

das que podem machucar, caso seja

transformado em uma obsessão. “E se

eu tivesse feito outro curso?”, “E se eu

tivesse feito as pazes com aquela pes-

soa?”, “Se tivesse saído mais cedo, o aci-

dente seria evitado?”, “Ah, se eu soubes-

se”, e tantos outros “se”.

Pois esse sentimento é resultado do re-

morso, que surge da ideia de que um cami-

nho diferente poderia ter sido traçado com

desdobramentos melhores. Essas dúvidas e

culpas, quando são cultivadas e mal admi-

nistradas, atormentam a consciência, que

deixa de ser tranquila, e podem destruir a

autoestima, provocar ansiedade, depressão

e até ações autodestrutivas.

A psicoterapeuta não-convencional

com foco em trabalho de reorganização

de vida Dalva Almeida também acres-

centa a angústia e a culpa que, muitas ve-

zes, ficam remoendo as lembranças, le-

vando ao pensamento obsessivo. O so-

no também começa a ser afetado, assim

como tudo que envolve quem está so-

frendo de remorso, por exemplo a pro-

dutividade na vida profissional.

O remorso pode ser fruto de má-

goas, injustiças, discordâncias e es-

colhas duvidosas ou inseguras. Já es-

sas situações podem ser causadas in-

tencionalmente ou por desatenção

própria, em eventos comuns do coti-

diano ou em decisões importantes

para a vida.

Isso ocorre porque, como a convi-

vência social é complexa, está suscetível

a ter expectativas sobre os atos de cada

um, assim como todos esperam que haja

comportamentos aceitáveis. “Devemos

‘domar’ nossos instintos e nos adaptar-

mos aos padrões mais razoáveis de socia-

lização”, diz a psicóloga clínica e psico-

dramatista Meire Pandim Ravazzi.

As expectativas mais comuns po-

dem estar relacionadas à carreira, rela-

cionamentos afetivos, busca por lazer,

educação de filhos ou desenvolvimento

pessoal. Isso porque as decisões toma-

das podem ter efeitos duradouros ou ir-

reversíveis, que abrem margem para du-

vidar das escolhas.

Para estar suscetível ao sentimen-

to de remorso, basta estar vivendo.

Segundo profissionais do Instituto

de Psicologia, Educação, Comporta-

mento e Saúde (IPECS), de Rio Pre-

to, acredita-se que a origem do re-

morso pode variar de acordo com a

faixa etária e o sexo das pessoas.

Entre as mulheres, os assuntos predomi-

nantes são as questões familiares e os relacio-

namentos. Já os jovens – com faixa etária en-

tre 19 e 29 anos – sentem mais remorso asso-

ciado a lazer e relacionamentos, enquanto

pessoas mais velhas relatam remorso com a

vida profissional e questões familiares.

Mas as mais doloridas são aquelas co-

metidas a um ente querido, como a mãe, o

pai, o filho, marido, a esposa ou um amigo,

conta Meire. “Esse remorso acontece pelo

ato cometido sem o perdão, quando perce-

bemos que magoamos ou prejudicamos

aqueles que nos cercam.”

Uma forma encontrada para

amortecer o remorso é primeiramen-

te pedir perdão, quando há a cons-

ciência desse erro. O fato de ter a ne-

cessidade de ser perdoado e sentir is-

so sendo dado já proporciona um

sentimento de “libertação”.

Por isso a importância do

autoperdão. Buscar o fim desse senti-

mento oferece a constatação de que er-

ros e acertos são atitudes humanas e fa-

zem parte da vida, assim como o cresci-

mento que está conectado a esses fatos.

A psicóloga clíni-

ca explica que muitasvezes ser perdoado ou per-doar a si mesmo é mais difícil

quando quem ferimos não estámais presente, por falecimento,doença ou em uma situação que im-

possibilita um novo contato.Com esse impedimento de reparar o

erro, é comum quem sofre por remorso

querer se punir com a esperança de redi-mir de seu erro ou para fugir de uma pu-nição ainda mais severa. No entanto, es-

sa estratégia pode gerar situações aindamais críticas e prejudiciais.

“O ideal é falar, desmistificar, mos-

trar que a atitude naquele momento é oque a pessoa tinha, não sabia ou não con-seguia fazer de forma diferente”, ensina

a psicoterapeuta.Mas quando o remorso é por situa-

ções não vividas, aquelas do “se”, o que

resta a fazer é tirar proveito desse senti-mento para o próprio crescimento. Issopode ser feito pedindo desculpas, reto-mando atividades antes abandonadas

ou evitadas – como voltar a estudar parase aprimorar, mudar o campo de atua-ção profissional –, tentar resgatar um re-

lacionamento abandonado (ou partir pa-ra um novo) e procurar resolver proble-mas familiares, orientam os profissio-

nais do IPECS.“De qualquer forma, uma boa saída

é sempre a reflexão sobre nós mesmos e

como podemos não repetir nossas fa-lhas e, se possível, nos esforçarmos pararetribuir ao outro o prejuízo que causa-

mos”, destaca a psicóloga clínica.

ReavaliaçãoReavaliação

CHEGA DECHEGA DEREMOERREMOER

12 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 13: Bem estar 11-03-12

Arrependimento

Impactos do remorso

A sensação de martírio que

corrói o peito provocada pelo

remorso não é a mesma senti-

da pelo arrependimento, expli-

ca a psicoterapeuta não-con-

vencional com foco em traba-

lho de reorganização de vida

Dalva Almeida.

A principal característica

do remorso é a superficialida-

de, mas que aprisiona os senti-

mentos, que machuca. Enquan-

to o arrependimento busca evi-

tar a repetição e se livrar do senti-

mento, conseguindo a cura, diz a

psicoterapeuta rio-pretense.

“O arrependimento é um

sentimento forte, de repulsa,

de negatividade. Aquele que se

arrepende não volta atrás e nor-

malmente não comete a mesma

ação duas vezes. Já o remorso é

como um corte no dedo que po-

de ser curado com um simples

curativo. Quem já se cortou

com uma faca por falta de aten-

ção não se arrepende de usar a

faça novamente em outra situa-

ção, porém, usa com mais aten-

ção”, explica Dalva. (EV)

Corrói a autoestima e motivação

Provoca experiências frustrantes e negativas

Causa depressão, ansiedade e autossabotagem

Gera sentimentos de impotência e hostilidade a si mesmo

Diminui a produtividade

Como lidar

Faça uma avaliação se as crenças envolvidas neste processosão reais ou imaginárias- Modifique as crenças, se forem imaginárias-Desenvolva habilidades sociais

Identifique estratégias mais eficazes de enfrentar os problemas-Busque uma boa rede de apoio social e seja mais assertivo- Procureajuda de um profissional �

Fonte: Instituto de Psicologia, Educação, Comportamentoe Saúde (IPECS), em Rio Preto

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 13

Page 14: Bem estar 11-03-12

Diagnóstico

correto e

treinamento

com exercícios

específicos

resgatam

qualidade de vida

de crianças que

sofrem com

distúrbios

do labirinto

Elen [email protected]

Engana-se quem pensa que as

crianças estão livres de distúrbios

do labirinto, popularmente co-

nhecidos como labirintites. O

problema, relatado mais por adul-

tos, merece atenção para ser detec-

tado também nos pequenos, uma

vez que pode causar sérios danos

na aprendizagem e socialização

da criança.

A dificuldade do diagnóstico

começa pela falta de reclamação

das crianças para relatar os sinto-

mas, o que chega a se tornar im-

possível quando ainda são tão pe-

quenas que nem falam. Em outros

casos, mesmo quando já têm cons-

ciênciaparaexplicarasdoresedifi-

culdadesque sentem, ospaise pro-

fessores podem chegar a interpre-

tar como manha ou até distração.

Os bebês, por exemplo, apre-

sentam um quadro típico: não

gostam de ficar no colo ou carri-

nho, e preferem ficar no berço,

onde conseguem se apoiar me-

lhor. Quando começam a crescer,

os distúrbios do labirinto podem

ser ainda maiores, diz o otorrino-

laringologista Ítalo Medeiros, res-

ponsável pelo Ambulatório de

Vertigem da Infância do Hospi-

tal das Clínicas, da Faculdade de

Medicina da Universidade de

São Paulo (USP).

Esses distúrbios do movimen-

to são responsáveis em dificultar

o andar da criança, gerar dores de

cabeça, irritabilidade, alterações

do sono, problemas no aprendiza-

do, tonturas, torcicolos e até atra-

palhar o desenvolvimento psíqui-

co. “Isso provoca dificuldades es-

colares também na socialização,

pois a criança não tem a mesma

disposição das demais”, afirma o

especialista.

Em meio a dúvidas, os pais se

confundem e também acabam

acreditando que o filho está pas-

sando por quadros de hiperativi-

dade, distúrbios psiquiátricos ou

problemas gastrointestinais. É co-

mum diante de crises causadas pe-

lo distúrbio ocorrer episódios de

vômitos nos pequenos, em espe-

cial em transportes, afastando

qualquer desconfiança relaciona-

da ao movimento e

equilíbrio.

Há nessa

questão uma varie-

dade de causas que de-

vem ser investigadas pelo

médico por meio de exames

e testes para então decidir

qual tipo de tratamento será utili-

zado. A observação deve ser feita

nos hormônios, na alimentação –

que pode ter origem na

metabolização de carboidratos –,

no uso de medicamentos e doen-

ças no ouvido, como otites.

“A alimentação influencia

quando há erros na escolha de ali-

mentos e longos períodos sem fa-

zer qualquer ingestão”, diz Me-

deiros. As otites, especificamente

a média aguda, é a segunda doen-

ça mais frequente em crianças, e

acabam produzindo grande inter-

ferência no equilíbrio, assim co-

mo uma alteração na tireoide.

Quando descoberta e tratada

a causa principal da tontura e do

mal-estar, uma terapia que pode

ser complementada ao tratamen-

to e tem muitos efeitos é a reabili-

tação vestibular. A técnica, com

base numa série de exercícios físi-

cos, pode trazer resultados entre

dois e três meses, período em que

é feita a reabilitação.

No Hospital das Clínicas, Me-

deiros conta que o tratamento é

feito na repetição de exercícios

que estimulam os movimentos

da cabeça, visão e caminhada. De-

pois do diagnóstico, essas ativida-

des podem ser aplicadas por três

profissionais: um otorrinolarin-

gologista, oftalmologista ou fisio-

terapeuta.

“É como um treinamento que

vai aumentando o grau de dificul-

dade aos poucos”, conta o otorri-

nolaringologista do Hospital das

Clínicas. Os exercícios são movi-

mentos simples para levantar a ca-

beça, virar para os lados, acompa-

nhar uma bola com o olhar, entre

outros, mas que devem ser feitos

sempre com acompanhamento

do médico, devido ao risco de

desestabilização do paciente.

Os exercícios podem resgatar

uma vida totalmente normal,

sem novos problemas, desde que

acompanhados os motivos desen-

cadeantes. Além disso, a reabilita-

ção vestibular impede que as

crianças sofram com efeitos cola-

terais comuns durante trata-

mentos feitos exclusivamen-

te com medicações, como so-

nolência e desatenção, preju-

diciais no período escolar.

“Não adianta somente fazer

os exercícios, mas também o

diagnóstico. Feito isso, há gran-

de melhora e o retorno de

uma vida normal”, destaca

o especialista.

Saúde infantil

SEM EQUILÍBRIOO QUE É O SISTEMAVESTIBULAR?

É um pequeno órgãolocalizado dentro de cadaorelha interna que auxiliano equilíbrio e permite umavisão estável durante osmovimentos com a cabeça.Infecções da orelha média(otite média) tambémpodem causar perda doequilíbrio e tontura, quemelhoram após acolocação de tubos deventilação na membranatimpânica. A enxaquecatambém pode causarsensações temporárias devertigem, sensibilidade aomovimento e desequilíbrio

COMO DESCOBRIR OPROBLEMA VESTIBULARNA CRIANÇA?

É preciso ter atenção,pois as crianças raramentereclamam ou sabemexplicar o que sentem.Crianças com problemasvestibulares podem terequilíbrio reduzido,causando algumas quedas,principalmente durantealgumas atividadesmotoras de alto nível, comopular e saltar. Elas tambémpodem ter problemas paramanter seus olhosfocalizados durante osmovimentos com a cabeçadurante a leitura ou umacaminhada, por exemplo.Os sintomas mais comunssão dores de cabeça,tontura, desequilíbrio,zumbido nos ouvidos edificuldade para falar. Nosbebês, os problemasvestibulares normalmentedemoram a aprender asentar, ficar em pée caminhar �

Fonte: Associação Americanade Fisioterapia – Neurologia

Principais reflexos do

distúrbio do labirinto

em crianças

Dores de cabeça

Alterações no sono

Irritabilidade

Tonturas

Vômitos

Dificuldade para

cultivar vida social

Baixo rendimentoescolar

Torcicolos

Fonte: Reportagem

Entenda

Saiba mais

Div

ulga

ção

14 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 15: Bem estar 11-03-12

O objetivo da consulta inicial em crianças é personalizar o caso de cada paciente

Tadeu GuerraOrtodontista

A primeira coisa com que os pais

devem se preocupar é com a

amamentação. Ela fornece estímu-

los importantes ao desenvolvimen-

to das crianças. Quando a criança

inicia a sucção do leite materno, ela

obrigatoriamente deve respirar pelo

nariz. Esse ar que passa pelas nari-

nas levará estímulos que auxiliarão

no desenvolvimento do maxilar su-

perior. Ainda durante a sucção, a

criança fará exercícios com a mandí-

bula para frente e para trás e movi-

mento ondulatório com a língua pa-

ra poder beber o leite. Toda essa di-

nâmica direciona o bom desenvolvi-

mento dos maxilares.

Um segundo ponto importante é

quando as crianças passam a utilizar

a mamadeira. Normalmente, as

mães procuram bicos de mamadeira

com furos grandes, isso é errado: as

crianças necessitam desse exercício

natural que realizam durante a

amamentação. O orifício do bico da

mamadeira deve ser pequeno para

exigir que as crianças realizem a suc-

ção corretamente.

Depois deste período, gradativa-

mente a mãe deve oferecer alimen-

tos pastosos, depois alimentos sóli-

dos e incentivar a criança a realizar

a mastigação. Devemos ainda ressal-

tar a observação de determinados há-

bitos que a criança possa adquirir,

como: chupar o dedo, deglutição atí-

pica, respiração bucal, entre outros.

Embora a Associação America-

na de Ortodontistas (AAO) reco-

mende que todas as crianças façam

um check-up com um ortodontista

entre os 6 e 7 anos de idade, minha

experiência clínica mostra que o

ideal é fazer este check-up um ano

mais cedo para a detecção precoce

de eventuais problemas. Os dentes

da criança podem parecer bem posi-

cionados aos olhos dos pais, mes-

mo assim, pode haver algum pro-

blema que só um ortodontista pode

encontrar.

Muitas vezes, o ortodontista não

irá atuar diretamente sobre o proble-

ma, mas poderá indicar a necessida-

de de acompanhamento por parte

do médico otorrino, no caso de uma

respiração bucal, ou o acompanha-

mento por uma fonoaudióloga, no

caso de uma deglutição atípica ou in-

terposição de língua, por exemplo.

Entre 6 e 7 anos de idade, as

crianças apresentam dentição mis-

ta, ou seja, dentes de leite e perma-

nentes. Nesta fase, um ortodontista

pode encontrar potenciais proble-

mas ortodônticos relacionados

com o crescimento das arcadas (ma-

xila e mandíbula) e erupção dos

dentes permanentes, como falta de

espaço, mordida cruzada anterior

ou posterior, etc.

O objetivo da consulta inicial

em pacientes nesta faixa etária é per-

mitir ao ortodontista, por meio de

sua experiência clínica e do exame

radiográfico, personalizar o caso de

cada paciente, julgando quais os que

se beneficiariam com uma interven-

ção ortodôntica precoce e aqueles

que devem esperar algum tempo a

mais para iniciar um tratamento.

Quando é necessário, iniciar o

tratamento precocemente. A vanta-

gem é poupar o paciente de trata-

mentos mais complexos no futuro,

visto que muitas más oclusões, quan-

do diagnosticadas no início, podem

ser tratadas mais facilmente, pois a

criança encontra-se em fase de cres-

cimento com estrutura óssea ma-

leável e consequentemente maior

facilidade e rapidez nos movimen-

tos ortopédicos.

O que acontece se problemas

ortodônticos não forem tratados?

Dentes mal posicionados podem

facilitar o aparecimento de cáries,

doença periodontal e perda do osso

ao redor dos dentes(osso alveolar)

devido a maior dificuldade de se hi-

gienizar. Dentes protruídos (dentes

para frente) são mais suscetíveis a

traumas e fraturas. Dentes desali-

nhados ou uma face afetada pela má

oclusão podem prejudicar a fala, au-

toestima do indivíduo e até provo-

car assimetrias faciais. Dores muscu-

lares na face, pescoço, região cervi-

cal (nuca) e outros problemas fun-

cionais podem ocorrer devido a fal-

ta de tratamento ortodôntico.

A interação destes problemas exi-

ge um diagnóstico, planejamento e

tratamento minucioso, pois o que à

primeira vista parece ser um caso

simples, pode ser mal planejado e

tornar-se uma questão de extrema

dificuldade de resolução.

Como sabemos, existem varias

técnicas e biomecânicas para trata-

mentos ortodônticos. Cabe ao orto-

dontista utilizá-los de maneira ade-

quada, ter conhecimento real do

problema de cada paciente por

meio da documentação e indicar o

melhor tratamento para cada caso.

A avaliação e o tratamento devem

ser individualizados.

Como orientação, todo este estudo

só será possível com a ajuda dos pais e

familiares próximos, incentivando a

criança sobre a importância na

higienização e visitas ao ortodontista

para avaliações periódicas. �

Quando visitaro ortodontista?

Hamilton Pavam

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 15

Page 16: Bem estar 11-03-12

Joana Lerner faz sucesso como a

médium Luana em “Fina Estampa”

TV Press

A mudança do figurino de

um personagem no decorrer da

novela costuma inspirar a atua-

ção de seu intérprete. Aconte-

ceu com Joana Lerner, que vi-

ve Luana em “Fina Estampa”.

Para dar vida à garota de pro-

grama, no início da trama, Joa-

na exibia “dreadlocks” nos ca-

belos. “Eu usava uma meia pe-

ruca de dreads e também al-

guns entre meu cabelo, para dis-

farçar”, conta a atriz, que tem

cabelos curtos e lisos. Na tra-

ma, Luana se mudou para a

pousada de Zambeze, de Totia

Meireles, ao descobrir o dom

da vidência. Além da prostitui-

ção, também abandonou os

dreads e as roupas sóbrias. “O

visual inicial era muito pesado.

Eu colocava aquela roupa e o

personagem já vinha. Agora ela

está mais leve”, compara.

Foi Aguinaldo Silva quem

convidou Joana para o papel.

Eles se conheceram durante

uma pequena participação da

atriz em “Senhora do Desti-

no”, de 2004. Mas foi em “Tem-

pos Modernos”, de Bosco Bra-

sil, que Aguinaldo pode conhe-

cer melhor o trabalho de Joana.

Ela interpretou a atrapalhada

Helô, secretária de Goretti, de

Regiane Alves. “Foi maravilho-

so porque era comédia e eu

nem sabia que podia fazer hu-

mor”, lembra. O convite para

viver uma garota de programa

não a intimidou. “Adorei, fi-

quei felicíssima!”. Para inter-

pretar Luana, a atriz leu “Fi-

lha, Mãe, Avó e Puta”, de Ga-

briela Leite, e assistiu à peça

homônima, com a atriz Alexia

Dechamps e inspirada no livro.

Quando soube do lado mís-

tico da personagem, Joana pes-

quisou sobre o médium califor-

niano James Van Praagh, escri-

tor do livro “Conversando

Com os Mortos”. “Ele explica

como é entender e aceitar ser as-

sim”, adianta. A atriz também

foi a um centro espírita para co-

nhecer um médium pessoal-

mente. “Fui para sentir como

era o negócio. Foi uma expe-

riência forte”, revela a atriz.

A repercussão de Luana en-

tre o público foi positiva. “Ago-

ra, com a mudança nos cabelos,

as pessoas me reconhecem na

rua”. A atriz se diverte ao lem-

brar das abordagens. “Dizem:

‘Prevê o meu futuro! Vou ficar

rica? Me diz os números da lo-

teria! ‘“. Mas as previsões só

acontecem mesmo na trama.

Joana ainda não sabe qual será

o destino de Luana. “Acho que

ela vai bater de frente com o Ál-

varo, mas depois vai ajudá-lo”,

calcula, referindo-se ao perso-

nagem de Wolf Maya. A atriz

também acha que Luana não te-

rá um final romântico. “Não ve-

jo a Luana com alguém, ela é

muito ranzinza”.

Depois de “Fina Estampa”,

Joana deve voltar aos palcos. A

atrizfazpartedacompanhiadetea-

tro Pequena Orquestra e estreia,

em maio, a peça “Dentro”. Joana

também vai produzir seu primeiro

espetáculo, “A Raiva”, que já conta

com 11 atores no elenco. “Fui pre-

tensiosa, começar com tantos ato-

res em cena foi maluquice da mi-

nha parte”, brinca ela, que escalou

Rogério Fróes, Laila Zaid e João

Velho, para citar alguns. O projeto

de Luana tem estréia prevista pa-

ra abril. �

“Fina Estampa” - De segunda a sábado,às 21h, na Globo

Close

CORPO E ALMA

Quando soube do lado místico

da personagem, Joana

pesquisou sobre o médium

James Van Praagh, escritor

do livro “Conversando

Com os Mortos”

Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação

TV - 16 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 17: Bem estar 11-03-12

Força dopensamentoCissa Guimarães está na correria. A atriz grava há

mais de um mês a primeira temporada de “Viver Com

Fé”, novo programa do GNT. “Estou bem animada

com esse projeto. Até terá a música ‘Andar Com Fé’,

do meu grande amigo Gilberto Gil, como tema de aber-

tura”, conta, em tom de orgulho. Cissa deixa claro que

“Viver Com Fé” não será um programa triste ou foca-

do no sofrimento. “Mas baseado na superação com ba-

se na crença e com exemplos emocionantes”, detalha,

enquanto se prepara para gravar um depoimento de

um adepto da umbanda. A estreia acontece no dia 11

de abril.

Contato imediatoJulio Rocha não se preocupa com eventuais cenas sem

camisa do seu personagem Enzo, de “Fina Estampa”,

da Globo. Na reta final da novela, Enzo enfim desco-

bre seus dotes profissionais como modelo fotográfico,

mas de cuecas. “Quando temos de estar com ou sem ca-

misa, aquilo é uma questão do autor ou do figurino, a

minha missão e a de todo ator é fazer e me preocupar

apenas com a essência daquele personagem”, defende.

O ator conta que não tem planos para quando termi-

nar de gravar o folhetim das nove. Ele, inclusive, ga-

rante que não planeja a carreira. “Não sei se vou acor-

dar vivo amanhã. A vida é uma surpresa. Eu não tenho

isso, o meu projeto é me superar no hoje, no meu traba-

lho”, acredita.

TrincaA atriz Dhu Moraes vai repetir a dobradinha com Isa-

belle Drummond em “Cheias de Charme”, próxima

novela das sete da Globo. Na trama de Filipe Miguez e

Izabel de Oliveira, Dhu interpretará a madrinha de Ci-

da Maria, papel de Isabelle. Elas já contracenaram no

“Sítio do Picapau Amarelo” e na novela “Caras & Bo-

cas”. O novo folhetim das sete tem previsão de estreia

para abril.

Novos temposEriberto Leão está se preparando para interpretar Ulis-

ses no “remake” “Guerra dos Sexos”, da Globo. O ator

tem frequentado aulas de artes marciais mistas para

compor seu personagem na novela de Silvio de Abreu.

O folhetim começa a ser gravado só em junho. A es-

treia deve acontecer em setembro. Na versão de 1983,

o boxe era o esporte do personagem Ulisses, que era vi-

vido por José Mayer.

Ao trabalhoO autor Luiz Fernando Carvalho recomeçou a pesqui-

sa para “A Aldeia”, título provisório da sua próxima sé-

rie na Globo. A pesquisa havia sido interrompida por

solicitação da emissora, que agora planeja a produção

para 2013. Fernanda Montenegro e Antônio Fagun-

des, entre outros, estão no elenco. A produção é basea-

da no livro homônimo do escritor russo Fiódor Dos-

toiévski.

A vez do BialDurante uma festa para anunciar a nova programação

da Globo para 2012, Pedro Bial anunciou que coman-

dará um programa semanal, na faixa das 23h, a partir

de junho. A produção vai mesclar entrevistas e deba-

tes. Além disso, a emissora confirmou a realização do

“Big Brother Brasil 13”.

A “estrela”O Universal Channel marcou para o próximo dia 28,

às 23h, a estreia da série “Smash”, de Steven Spiel-

berg. A produção americana mistura drama e musical

e mostra a competitividade entre duas atrizes que dis-

putam o papel de Marilyn Monroe na montagem de

um espetáculo da Broadway. Anjelica Huston, Kathe-

rine McPhee e Megan Hilty, entre outros estão no

elenco.

Contra-ataqueRafinha Bastos iniciou os preparativos para o seu pro-

grama na RedeTV!: a versão brasileira do “late show”

“Saturday Night Live”, que curiosamente será apre-

sentado aos domingos. O humorista, que também assi-

na como produtor executivo, está em busca de um ex-

tenso elenco de comediantes para participar da produ-

ção. O programa tem previsão de estrear a partir de

abril e deverá competir diretamente com o “Pânico”,

que será exibido na Band.

Mais emoçõesA partir do dia 4 de maio, às 22h30, o GNT estreia a

terceira temporada do “Chegadas e Partidas”. A

apresentadora Astrid Fontenelle, que recentemen-

te foi diagnosticada com lúpus – doença autoimu-

ne provocada por um desiquilíbrio no sistema

imunológico –, já retomou as gravações dos episódios

inéditos do programa.

Troca-trocaMateus Solano está confirmado no elenco de “Gabrie-

la”, próximo “remake” de Walcyr Carrasco. O ator in-

terpretará Mundinho Falcão, personagem que ante-

riormente estava cotado para Max Fercondini, que fa-

rá outro papel na trama. As gravações da novela come-

çam em junho. Vale lembrar que Mateus e Walcyr já

trabalharam juntos em “Morde & Assopra”, da Globo.

Está combinadoO “Esquadrão da Moda” voltará à grade do SBT. A

ideia do canal é aproveitar a dupla Isabella Fiorentino

e Arlindo Grund para novamente comandar a produ-

ção. A expectativa é de que o programa vá ao ar ainda

neste semestre.

Agora vaiA Band trabalha com o título “Quem Fica em Pé” para

o novo programa de José Luiz Datena. Por enquanto,

só foram feitos pilotos. Uma produção de conteúdo

mais leve era uma antiga reivindicação do apresenta-

dor do jornalístico policial “Brasil Urgente”. O

“Quem Fica em Pé” estreia em abril.

Pequenos em focoO quadro “Medida Certa” ainda rende frutos. A produ-

ção do “Fantástico” programa uma nova edição do pro-

jeto, que agora será com crianças – no ano passado, os

protagonistas foram os jornalistas Zeca Camargo e Re-

nata Ceribelli –, sob a orientação do professor de Edu-

cação Física Márcio Atalla. A próxima temporada do

quadro começa a ser gravada ainda este mês e os candi-

datos já foram escolhidos. O projeto deve ir ao ar a par-

tir do dia 8 de abril.

Questão políticaA RedeTV! escalou o jornalista Kennedy Alencar para

comandar parte de sua programação especial em torno

das eleições. A partir de abril, o apresentador do pro-

grama “Tema Quente” será responsável por interme-

diar os debates entre os candidatos a prefeito de cinco

cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,

Fortaleza e Recife.

Sem pararAssim que terminou de gravar “A Vida da Gente”, o

diretor Jayme Monjardim partiu para um novo traba-

lho. Ele começou os preparativos para rodar o filme

“O Tempo e O Vento”, baseado no livro homônimo

do escritor Érico Veríssimo. A produção será lançada

em janeiro de 2014 e, meses depois, vai virar minis-

série na Globo. �

ZappingTV Press

Luiza Dantas/Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 17 - TV

Page 18: Bem estar 11-03-12

Gabriel Braga Nunes se inspira no texto para interpretar

um domador de búfalos em “Amor Eterno Amor”

TV Press

Gabriel Braga Nunes foge do lu-

gar-comum. Normalmente, os ato-

res adotam um discurso mais defen-

sivo ao protagonizarem uma novela.

Já Gabriel se mostra seguro e con-

fiante. No lugar dos batidos discur-

sos de responsabilidade grande ou

intenso laboratório, o ator prefere

mergulhar no texto e na rotina da no-

vela para construir, aos poucos, seu

personagem. No caso, o rústico Car-

los de “Amor Eterno Amor”. Na tra-

ma de Elizabeth Jhin, ele vive o fi-

lho perdido de Verbena – de Ana Lú-

cia Torre – que possui o dom de acal-

mar os animais. E garante que não

se preocupou com qualquer tipo de

preparação para suas cenas. “No lu-

gar de ficar em casa lendo e pesqui-

sando como seria um domador, pre-

feri chegar no Pará para gravar e fa-

zer isso. Quando se ganha um papel

como esse, ou você confia na equipe

ou não funciona”, argumenta Ga-

briel, hoje um defensor da teledra-

maturgia. “Me formei sem pensar

em televisão. Mas agora, é o meu veí-

culo preferido. Não tem repetição

ou rotina, como no teatro”, justifica.

Pergunta – Entre “Insensato Co-ração” e “Amor Eterno Amor” vocêficou muito pouco tempo de férias.O que o fez aceitar logo fazer outranovela?

Gabriel Braga Nunes – O que

mais me chamou atenção nesse con-

vite foi sair do vilão e fazer o herói,

um contraste forte em tão curto espa-

ço de tempo. São personagens diame-

tralmente opostos. Nunca interpre-

tei esse tipo de pele queimada, cha-

péu, meio caubói sentado no cavalo

e galopando. Além disso, a previsão

é que a gente não ultrapasse 150 capí-

tulos. E sempre admirei o Papinha

(Rogério Gomes, diretor). Tinha

vontade de trabalhar com ele, fiquei

impressionado com o sucesso de “Es-

crito nas Estrelas”, última obra da

Elizabeth Jhin (autora) e também de-

sejava dividir cena com a Andréia

Horta, que já estava escalada. Ela fez

“Alice”, na HBO, junto com a mi-

nha mãe (a atriz Regina Braga) e fi-

quei extremamente fascinado com

seu talento.

Pergunta – O Carlos tem uma li-gação grande com os animais, fa-zendo com que você grave muitocom eles. Como tem sido essa ex-periência?

Nunes – Até onde eu recebi no

texto, o Carlos tem uma facilidade

no trato com os bichos. E é claro que

quando a gente está gravando, os ani-

mais não são dirigidos tão facilmen-

te quanto a gente gostaria que fos-

sem. Passamos por alguns imprevis-

tos, é normal. E são cenas mais de-

moradas, sem dúvida. Não é fácil vo-

cê falar para uma onça “para aqui”

ou “para ali”. Mas não tenho medo.

Decidi confiar. Até porque fazer um

personagem como esse e não se en-

tregar à equipe não seria possível. Já

aconteceu de tomar coice e cair do

cavalo, mas nada grave ou sério. In-

clusive diversos desses pequenos aci-

dentes foram incorporados à novela,

já que fazem parte da rotina de uma

fazenda.

Pergunta – Essas sequênciascom os animais têm sido suamaior dificuldade até agora?

Nunes – A minha maior dificul-

dade é o calor. O Rio de Janeiro –

principalmente nessa época – é mui-

to quente. E esse é um personagem

que vive basicamente de externas.

Eu quase não faço cenas de estúdio

por enquanto. E, como um bom pau-

lista de Higienópolis, adoro um ar-

Entrevista

NA CARA ENA CORAGEM

LuizaD

antas/D

ivulgação

Originário do

teatro, Gabriel

Braga Nunes

confessa que

hoje a tevê é

seu veículo

favorito

TV - 18 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 19: Bem estar 11-03-12

condicionado. Na nossa cidade

cenográfica não venta. Então, a

gente trabalha invariavelmente

sob muito calor.

Pergunta – Vocês grava-ram muitas externas no Parátambém...

Nunes – Sim. E devo dizer

que fiquei absolutamente des-

lumbrado com tudo que vi ali.

Gostei demais da Ilha de

Marajó. No último dia, me agar-

rei a uma árvore e disse “nin-

guém me tira daqui” (risos). É

tão bonito, uma mistura dife-

rente de floresta amazônica e

praia nordestina. Fomos ainda

a Alter do Chão, que tem um

povo extremamente doce e edu-

cado. Eles têm uma espécie de

ingenuidade ou pureza que é

bem cativante.

Pergunta – Além do tratocom os animais, o Carlos étambém o filho perdido de Ver-bena, personagem de Ana Lú-cia Torre. Você chegou a seinspirar em alguém ou emuma história parecida?

Nunes – Não, eu tenho um

pensamento que é o seguinte:

novela a gente aprende fazen-

do. A gente descobre o persona-

gem com o passar dos capítu-

los. É contracenando com a

mãe, com a mulher que ele

ama, com o inimigo, prestando

atenção nos cenários, na rela-

ção com os animais, são nesses

detalhes que o personagem vai

aparecendo. Sempre tendo a

achar que aquilo que você pre-

para ou faz em casa e leva para

um set acaba te afastando do

personagem de novela.

Pergunta – E, fisicamente,precisou fazer alguma coisa?Afinal, você mesmo citou a pe-le bronzeada...

Nunes – Não, eu evito mes-

mo fazer qualquer preparação

para televisão. E, nesse sentido,

foi muito importante começar

a gravar lá no Pará. Não tinha

como eu preparar um domador

de búfalos, eu necessariamente

faria alguma coisa errada. Foi

mais real simplesmente chegar

lá e domar um búfalo. É mais

real do que ficar na minha casa

imaginando e lendo como um

domador de búfalos seria.

Pergunta – Como vocêschegaram ao visual do Car-los? Foi uma sugestão suadeixar o cabelo e a barbacrescerem?

Nunes – Aconteceu natural-

mente. Quando terminei a no-

vela, fui para Nova Iorque e de-

cidi deixar crescer tudo porque

assim, quando eu voltasse, te-

ria material para trabalhar. É

melhor ter mais do que ter me-

nos, qualquer coisa é só cortar a

barba e o cabelo e você está

pronto. Então, cheguei cabelu-

do e barbudo e o pessoal olhou

para mim achando interessan-

te. Todos começaram a enxer-

gar o personagem e comprei es-

sa ideia também.

Pergunta – A novela falade espiritismo e você é umateu. Como funciona essa re-lação na sua cabeça?

Nunes – Aposto que essa

vai ser uma história bonita e en-

volvente. E que vai me trazer

os elementos necessários para

eu fazer de forma crível. Sou

ateu, mas acredito muito na

capacidade do texto da Eliza-

beth Jhin. Acho que tem in-

gredientes muito fortes para

envolver o telespectador bra-

sileiro, que tem uma inclina-

ção grande à fé.

Pergunta – Nos últimosanos, você vem praticamenteemendando uma novela emoutra. O que aconteceu paraque se rendesse à televisão?

Nunes – É curioso isso por-

que, realmente, o que me levou

a escolher a profissão de ator

foi o teatro. E exclusivamente

ele! Nem cogitava fazer tevê.

Ao longo dos anos, resolvi expe-

rimentá-la e começamos a vi-

ver uma história de cada vez

mais envolvimento. Hoje em

dia, é o meu veículo favorito.

Prefiro fazer novelas a teatro

ou cinema. Isso tem a ver com

a vida dinâmica que uma nove-

la nos proporciona. Eu, como

um bom aquariano, me incomo-

dava muito com a repetição, a

rotina do palco. O dinamismo

de gravar coisas diferentes a ca-

da dia foi me contagiando. E

também de poder fazer viagens

tão diferentes, como quando

fui à Sicília para “Poder Parale-

lo” e, agora, no Pará. É, sem dú-

vida, o que mais gosto de fazer.

Pergunta – Foi isso que ofez assinar um contrato longocom a Globo? Afinal, vocêsempre disse que preferia fi-car livre para tomar suas pró-prias decisões na carreira.

Nunes – Pela primeira vez

na minha história eu faço um

contrato que não seja por obra,

mas por tempo. E isso tem a

ver sim. Bem, sempre prezei

muito a minha liberdade e meu

poder de decisão. E sempre

achei complicado ficar atrelado

por anos a uma empresa sem sa-

ber exatamente o que iria fazer.

Preferia dar um passo de cada

vez. Nesse momento da minha

vida, quando acabou “Insensa-

to Coração”, enxerguei na rela-

ção com a Globo um bom diálo-

go e capacidade de realização

de trabalhos de qualidade.

Me vi respeitado e valoriza-

do, senti que tenho voz ativa

e achei que era um momento

bonito com a empresa. E que

merecia ser coroado com um

belo contrato, exatamente co-

mo o que fiz.

“Amor, Eterno Amor” - Globo -Segunda a sábado, às 18h20

“Razão de Viver” (SBT,1996) - Mário

“Por Amor e Ódio”(Record, 1997) - LucasToledo

“Anjo Mau” (Globo,1997) - Olavo Ferraz

“Terra Nostra” (Globo,1999) - Augusto NevesMarcondes

“Uga Uga” (Globo,2000) - Otacílio

“Estrela-Guia” (Globo,2001) - Guilherme Nunes

“O Quinto dos Infernos”(Globo, 2002) - Felício

“O Beijo do Vampiro”(Globo, 2002) - Victor

“Kubanacan” (Globo,2003) - Vitor

“Senhora do Destino”

(Globo, 2004) - Dirceu

“Essas Mulheres”

(Record, 2005) - FernandoSeixas

“Cidadão Brasileiro”

(Record, 2006) - AntônioMaciel

“Caminhos do Coração”

(Record, 2007) - Taveira

“Os Mutantes” (Record,2008) - Taveira

“Poder Paralelo”

(Record, 2009) - TonyCastelamare

“Insensato Coração”

(Globo, 2011) - Léo

“Amor Eterno Amor”

(Globo, 2012) - Carlos

Gabriel Braga Nunes cres-

ceu cercado por referências tea-

trais. Filho da atriz Regina Bra-

ga e do diretor Celso Nunes, co-

meçou a frequentar o meio ar-

tístico desde muito novo e, pro-

vavelmente por isso, se interes-

sou pela interpretação ainda

criança. As primeiras aulas de

Teatro aconteceram na escola,

quando tinha por volta de 13

anos. E ajudaram muito o jo-

vem na hora em que optou por

fazer uma faculdade de Artes

Cênicas. “Desde garoto eu acha-

va legal a vida do ator. Olhava

para alguns e ficava impressio-

nado, queria ser como eles”, re-

corda Gabriel, que fazia perfor-

mances no bandejão da univer-

sidade onde estudava.

Fascinado por teoria e pes-

quisa, Gabriel estreou na tevê

em 1996, na novela “Razão de

Viver”, do SBT, na pele do

“bad boy” Mário. No ano se-

guinte, integrou o elenco de

“Por Amor e Ódio”, na Record,

fazendo logo em seguida o en-

gomadinho Olavo de “Anjo

Mau”, sua estreia na Globo. Co-

meçou a emplacar inúmeros ou-

tros trabalhos na emissora, co-

mo em “Terra Nostra”, “Estre-

la-Guia” e “O Beijo do Vampi-

ro”. Mas ganhou prestígio e res-

peito na televisão após se tor-

nar o principal nome do elenco

masculino da Record, emissora

onde protagonizou “Essas Mu-

lheres”, “Cidadão Brasileiro” e

“Poder Paralelo”, além de inter-

pretar o vilão Taveira em “Ca-

minhos do Coração” e na conti-

nuação “Os Mutantes”. “Fiz

bons trabalhos ali, grandes per-

sonagens. Cresci muito como

ator e pude estreitar esse laço

com a televisão”, valoriza.

Em forma

Gabriel não se esforçou pa-

ra ficar mais forte para interpre-

tar um domador de búfalos em

“Amor Eterno Amor”. Mas o ator

assume que, depois de mudar seus

hábitos para perder os 30 quilos ga-

nhosnaépocade“CidadãoBrasilei-

ro”,começouamudarseucorpo.Pa-

raeliminarabarriga,setornouadep-

to da corrida. E chegou a disputar,

no final do ano passado, a tradicio-

nal corrida de São Silvestre, em

São Paulo. “Estou me preparando

para fazer, no segundo semestre,

umamaratona.NoRio,agenteaca-

ba correndo muito na esteira por

causa do calor. Ou você levanta

muito cedo ou tem de estar li-

vre à noite. E nem sempre es-

tou”, conta. �

Trajetória televisiva

Talento de berço

Com Glória Pires na pele do vilão Léo, de “Insensato Coração”, seu

trabalho anterior na Globo, que o colocou em evidência na emissora

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 19 - TV

Page 20: Bem estar 11-03-12

“Louco por Elas” explora o universo feminino pela perspectiva masculina

TVPress

A dramaturgia quase sempre

prioriza o universo feminino. E

“Louco por Elas” não é diferente.

Mas, ao contrário de outras séries

recentes da Globo, como “Afinal,

O Que Querem as Mulheres?”,

“As Cariocas”, “As Brasileiras” e

“Tapas & Beijos”, o autor e diretor

geral João Falcão se utiliza do

ponto de vista masculino para

falar delas. Tanto que em seu

elenco fixo, o programa conta

com cinco nomes, sendo ape-

nas um de homem: o de Eduar-

do Moscovis. “É uma comédia

sobre mulheres, mas através da

ótica masculina. Queria algo

contemporâneo, que fosse dife-

rente da comédia romântica do

casal”, explica João.

Afastado de compromissos

comatevêabertadesdequeviveuo

mocinho Rafael em “Alma Gê-

mea”, em 2005, Eduardo Moscovis

foi o escolhido para viver o atrapa-

lhado Léo. Na história, ele é um

treinador de um time feminino de

futebol de praia que mora com a

avó e as duas filhas. Na verdade,

Theodora, personagem de Laura

Barreto, é sua filha com Giovana, a

ex-mulhervividaporDeborahSec-

co.JáBárbara,vividaporLuisaAr-

raes – filha do diretor de núcleo,

GuelArraes–, foicriadaporeledes-

debemnova,maséfrutodeumare-

lação anterior de Giovana. A de-

cisão por Moscovis, Falcão as-

sume, não foi à toa. “Além da

vontade de trabalharmos jun-

tos há muito tempo, o João sa-

be que eu tenho uma realidade

parecida com a dele. Somos

pais de três filhas, vivemos cer-

cados de mulheres. É um uni-

verso já conhecido por nós

dois”, explica o ator.

Ocasal formadoporLéoeGio-

vana lembra muitos já explorados

pela tevê. Principalmente pela ve-

lha e batida fórmula dos mocinhos

que se amam, mas parecem não

combinar. As filhas moram com

ele porque a mãe, cansada da falta

de ambição do marido, decide lar-

gar o casamento e apostar em sua

carreira de jornalista e escritora. E

se torna bem-sucedida no ramo

dos livros de autoajuda. “Quando

li, tomei um susto, porque é uma

personagem que nunca fiz, mãe de

adolescente. Mas não me restrinjo

e é tão raro ter o João Falcão escre-

vendo para a tevê que não tive co-

mo pensar em mais nada”, valoriza

DeborahSecco,queemendouotra-

balho em “Louco por Elas” com a

reta final de gravações de “Insensa-

toCoração”,ondeinterpretouades-

lumbrada Natalie Lamour.

Inicialmente, a ideia era exibir

apenas oito episódios de “Louco

por Elas”. Mas logo que a equipe

terminou de gravá-los a emissora

encomendou mais seis. Por isso

mesmo, por agora, ninguém conta

que o trabalho vai acabar depois

queesses14iniciasestiverempron-

tos. “Eu acho que a gente vai ficar

gravandooanotodo,mascomalgu-

mas pausas no meio”, supõe Glória

Menezes, que parece ser uma das

principaissurpresasdahistória.Na

pele da tresloucada Violeta, a atriz

aposta em um tom de humor que,

jura, nunca explorou na tevê. Ga-

nha um destaque que lembra um

pouco o espaço conquistado por

Ítalo Rossi na pele do irreverente

seu Ladir, no seriado “Toma Lá,

Dá Cá”, exibido pela Globo entre

2007e2009.“Joãotemumestilode

humormuitopeculiar.Talvezopú-

blico não conheça esse lado de hu-

mor. Eu mesma acho que nunca

fiz. A mais sensata e sábia dentro

dessa casa é uma menina de 10

anos”, adianta Glória.

“Louco por Elas” - Estreia dia 13,terça-feira, às 23 horas, na Globo

Inside

Pela luz dos olhos deles

Léo (EduardoMoscovis) –Técnico deumtime de futebol de praiafeminino,não temgrandes ambições. Atrai a atenção demuitasmulheresde todas as idades, masé apaixonadopelaex-mulherGiovana.Moracoma avóVioleta e cria aenteada Bárbaraea filhaTheodora

Giovana (DeborahSecco) –Escritorabem-sucedida de livrosdeautoajuda, largou Léopor nãoaguentar maisas diferençasentre eles esua falta deambição.Mas vive tendo recaídas. É mãe deBárbaraeTheodora

Violeta (Glória Menezes) –Age como louca, o quecria umaenormeafinidadecomTheodora. É quemtem asatitudes mais insanasdacasa

Bárbara (LuisaArraes) – Típicaadolescente, nãoconhece opaibiológicoe vêLéocomo a figurapaterna. Por isso, mantémcomeleuma relação deamor eódio. Éuma dasestrelas do time de futebol depraiaque opadrasto treina

Theodora (LauraBarreto) – Pareceamais madurada família. Faladifícil e sente uma identificaçãograndecomaavó Violeta �

Quem é quem

Cenas de

“Louco por

Elas”, série de

oito episódios

estrelada por

Eduardo

Moscovis, que

não atuava na

tevê desde

2005

Fotos: Luiza Dantas/Divulgação

TV - 20 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 21: Bem estar 11-03-12

“Novas famílias”, do GNT, revela as diferentes formas de se viver junto no Brasil

TV Press

Papai já não sabe tudo há

umas três décadas no Brasil. É

o que mostra a série “Novas Fa-

mílias”, de João Jardim, que o

canal fechado GNT passou a

apresentar às sextas-feitas, às

22h. O modelo familiar tradi-

cional, com pais e filhos do

mesmo casamento morando

sob o mesmo teto, é cada vez

mais raro no Brasil. Na verda-

de, hoje representa menos que

35% dos lares do país.

Não há um único padrão pa-

ra a família brasileira, o que a

série do cineasta João Jardim

ilustra com visual macio e gos-

tosa luminosidade, para não

chocar algum telespectador dis-

traído com o que anda ocorren-

do mundo afora. Caso de duas

jovens de São Paulo que resol-

veram viver juntas e ter filhos.

São apresentadas sem o menor

ranço de gueto ou de comporta-

mento “desviante”. Vovôs e vo-

vós comemoram juntos ao ca-

sal “gay” o aniversário dos neti-

nhos, da mesma maneira que

em um núcleo familiar hetero.

A série revela com intimidade

como as pessoas se adaptam às

transformações e seguem a vi-

da adiante.

Em outro episódio, João

Jardim aponta a câmara para

os pais-avôs, como muitas ve-

zes são conhecidos homens

com mais de 50 anos – e, às

vezes, com mais de 70 – que

tem filhos em seus segundos

ou terceiros casamentos. E

ainda para os casais que reú-

nem sob o mesmo teto filhos

de relacionamentos anterio-

res, em delicadas equações de

espaço e afetividade.

A série jornalística chega

atrasada em relação à dramatur-

gia da teve e do cinema. “Os

Meus, Os Seus, Os Nossos”,

longa de Raja Gosnell estrela-

do por René Russo, já pensava

sobre a situação em 2005. E,

bem mais atrás, em 1986, o dire-

tor Bertrand Blier narrava a vi-

da a três no transgressivo “Meu

Marido de Batom”. Sem falar

em “A Gaiola das Loucas”, de

1978, sob a regência de

Édouard Molinaro. Aqui no

Brasil, os seriados também ten-

tam acompanhar essas altera-

ções da família, de “Malu Mu-

lher”, de 1979, a “Tapas & Bei-

jos”, que volta ao ar este ano

em nova temporada.

Nas fundações desses novos

lares brasileiros está aquela que

talvez seja a mudança mais radi-

cal do século 20: a independên-

cia da mulher. Sem depender

do marido provedor, a mulher

se tornou livre para decidir se

quer casar, ter filhos e que tipo

de vida deseja viver. Mais do

que os socialismos ou a criação

de novos estados na Ásia e na

África, foi a descoberta da mu-

lher que modificou de forma ra-

dical as sociedades de todo o

planeta. É uma força que retém

o crescimento populacional em

meio mundo, perturba a ordem

islâmica e ocupa cada vez mais

postos de trabalho em escala

global. Uma história que ainda

não terminou. �

“Novas Famílias” – GNT –Sexta, às 22h

Ponto de vista

Amores possíveis

Mariana Elisabetsky e Paula Izzo com os gêmeos Mia e Gael: com visual “macio”, série mostra que não existe mais um único padrão de família

Divulgação

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 21 - TV

Page 22: Bem estar 11-03-12

MALHAÇÃO - 17H50

Segunda-feira - Maruschka tentaconvencer Ana Girafa a desistirdo processo de reconhecimento.Vicente oferece seu apartamentopara Sebastião morar com Raís-sa. Sarita fica revoltada com aagressão de Rubinho a Ana Gira-fa e sugere que Alberto castigueo filho. Felizardo expulsa Locan-

da de casa. Eveva aconselha Be-lezinha a abrir seu coração. Cami-la encontra Agenor e Brigitte jun-tos em casa. Renato se declarapara Belezinha. Camila conta pa-ra Claudia que Bernadete estágrávida de Ricardo.Terça-feira - Maruschka resolvese aproximar de Ana Girafa. Orlan-

dinho conta para Belezinha quea viu beijando Renato. Saritadescobre que Otília está em co-ma por causa de Estela. Olgapressiona Estela a não aban-doná-la. Camila esbarra em Jo-selito e ele tem uma vidência.Locanda não vai ao casamentode Damiana. Estela fala mal de

Sarita para Raul. Raimundinhaconversa com Damiana antesdo casamento e arma um planopara roubar Felizardo. DoutorNebarian diz a Vicente que eletem chance de voltar a andar.Quarta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.

Quinta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.Sábado - Até o fechamento desta edi-ção, a emissora não divulgou o resu-modocapítulo.

FINA ESTAMPA - 21H00

AMOR ETERNO AMOR - 18H15

Segunda-feira - Celina protesta pornãopoderassistir àaudiênciadeDa-nielle. Zambeze reclama da presen-ça de Tereza Cristina na pousada.GuaracyflagraconversaentreRenêeGriselda. Chiara vai com Vilma aohospital.GriseldacomentacomAmá-lia que Renê ainda defende TerezaCristina.Esther agradeceaPauloporcuidar de Vitória. Chiara morre nosbraços de Vilma. Griselda reclamaporGuaracynãodeixá-la falarcomRe-nê. Danielle pede para falar antes

queseja anunciada suasentença.Terça-feira - Marilda acusa Íris de terroubadoTerezaCristina.Asocialite in-sinua que a empregada a roubou eelaameaçacontarparapolíciatudooquesabesobreavilã.PatríciaeRenêJr. vãomorar comGriselda.Odelega-do Paredes intercepta uma ligaçãoentreFerdinandeTerezaCristina. Írise Alice compram um caminhão. Da-nielle temseudiplomacassado.Teo-doraavisaaQuinzéquevaiemboraepede para ficar um dia com Quinzi-

nho. Griselda encontra a loira aosprantos.Quarta-feira - Teodora se recusaa fa-larcomGriselda.Pereirinhaseassus-ta ao ver Tereza Cristina no escurodentro da mansão. Baltazar ouvePezão elogiando Celeste e fica furio-so. Patrícia sugere que ela e Antenortenham um filho. Wallace beija Dag-mar. Griselda aceita o pedido de ca-samento de Guaracy. Renê beija Va-nessa. Letícia e Juan marcam a datado casamento. Baltazar se recusa a

fazer amor com Celeste. Crô flagraBaltazarolhandoparasua janela. Pe-droJorge fogedacasadeCelina.Ma-rilda pede para trabalhar na casa deGriselda.Quinta-feira - Renê e Tereza Cristinatrocamofensas.Danielle produzEn-zo para seu ensaio fotográfico. Pe-dro Jorge implora para que Danielleo tire da casa de Celina. Juan e Vil-ma comentam sobre o clima entreFábio e Carolina. Crô conta para Te-reza Cristina que Marilda trabalhará

na casa de Griselda. Paredes ouvea vilã marcando um encontro comseu cúmplice. A loura misteriosaconsegue avisar a Ferdinand queseu telefone está sendo rastreado.Tereza Cristina orienta Ferdinand alevar Griselda para o mesmo case-bre onde ele prendeu Antenor.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição,aemissoranãodivulgouo re-sumodo capítulo.Sábado-Atéo fechamentodestaedi-ção, a emissora não divulgou o resu-modocapítulo.

Segunda-feira - Carlos obriga Pe-dro a apagar todas as fotos que ti-rou dele. Tobias conta para o irmãopor que levou o jornalista para a Vi-la dos Milagres. Pedro avisa a Pris-cila que encontrou Rodrigo. Valériatenta descobrir o que pode sobre ahistória de Carlos. Priscila contra-ria a ordem de Dimas e conta so-bre o telefonema de Pedro para Mi-riam. Dimas conta para Melissa so-bre a ligação que Priscila recebeude Pedro. Valéria se oferece paralevar o jornalista à casa de Carlos.Fernando flagra Miriam ao telefonecom Pedro falando sobre Rodrigo.Terça-feira - Fernando convence Mi-

riam a não contar para Verbenaque Rodrigo pode ter sido encontra-do. Clara confessa para Zilda quenão gosta de Fernando. Gracinha fi-ca encantada com as histórias dePedro. Bruno e os amigos ignoramJáqui durante uma conversa sobrea viagem. Marlene pede para Gildatomar conta de Juninho e Laís. Pe-dro conversa com Miriam sobre Ro-drigo. Miriam afirma a Verbena quetrará Rodrigo de volta.Quarta-feira - Melissa ouve a con-versa de Deolinda e Tereza sobre osobrinho e decide ir à casa da ir-mã. Fernando exige que Miriam de-sista de viajar para Belém. Carlos

procura Carmem e Zé. Beatriz ten-ta convencer Gabriel de que Claraé uma criança especial. Marleneavisa que a reunião de condomínioserá adiada e todos ficam chatea-dos. Miriam se entristece por Fer-nando não aparecer no aeroporto.Pedro recepciona a jornalista emsua chegada a Belém.Quinta-feira - Miriam desconfia dasintenções de Pedro ao conversarcom ele. Fernando não atende aotelefonema da noiva. Miriam e Pe-dro chegam a Marajó. Valéria procu-ra os desenhos que Carlos fez deElisa. Gabi implica com Clara. Fer-nando finge acreditar na volta de

Rodrigo para Verbena. Valéria ten-ta intimidar Miriam por causa deCarlos. Carlos e Miriam se encon-tram no lago e se encantam umcom o outro.Sexta-feira - Carlos fica perturbadocom a presença de Miriam e deci-de ir embora. Pedro fica ansioso aosaber do encontro de Carlos e Mi-riam. Fernando pergunta a Priscilapor notícias de sua noiva. Carlospega os desenhos que fez de Elisae pensa em seu encontro com Mi-riam. A jornalista induz o peão a fa-lar sobre seu passado. Gabriel con-segue falar com Miriam. Clara diz aFernando que sonhou que a irmã

encontrava outro noivo. Carlos levaMiriam para contemplar as estre-las e os dois se aproximam.Sábado - Josué, Carlos e Miriamchegam ao estábulo, onde umabúfala está prestes a dar à luz.Gabriel fica preocupado com o es-tado de Verbena. Carlos se des-culpa com Miriam. Fernando re-serva uma passagem para Be-lém. Miriam promete ajudar Car-los a desvendar a história de suaorigem. Clara pede para Beatriznão contar nada sobre sua ses-são para Gabriel. Miriam tentaconvencer Carlos a ir para o Riode Janeiro com ela.

Segunda-feira - Fabiano convidaLaura para jantar em sua casa.Gabriel sugere a Alexia que elesfinjam uma briga para Cristal dei-xá-los em paz. Natália sugere queAlexia e Gabriel provoquem umabriga na frente de Moisés. Déboraafirma a Isabela que não quer sersua amiga. Cristal mente para Ba-bi e diz ter desistido de entrevis-tar Juninho. Moisés fica satisfeitoao ver Alexia discutir com Gabriel.Betão lê uma matéria em uma re-vista adolescente e acredita queBabi o esteja traindo. Débora vaiao jantar com Laura e fica mal-hu-

morada ao ver que Isabela é a fi-lha de Fabiano.Terça-feira - Sabiá interrompe aentrevista de Cristal. Gabriel éobrigado a deixar Alexia sozinhapara tomar conta de Kiko. Babi seimpressiona com a determinaçãode Guido, que não desiste de seunegócio, mesmo trabalhando noposto. Débora muda de compor-tamento ao descobrir que Fabia-no é o diretor do seriado dekung fu. Jefferson e Dieguinhocontam para Aparecida sobre aentrevista de Juninho que estáindo ao ar no rádio.

Quarta-feira - Cristal nega ter fala-do com Juninho. Fabiano repreen-de Kiko por ter se atrasado para agravação. Cristal confessa a Babique entrevistou Juninho. Filipenão acredita na mudança repenti-na de postura de Débora. Natáliatenta convencer Jefferson a nãofazer o show da forma comoMoisés mandou. Isabela leva Fili-pe a uma cachoeira. Guido acer-ta seu acordo com o advogadode Juarez. Natália consegue queseu irmão use a cozinha do barde Coxinha para fazer seus pas-téis. Filipe e Isabela se beijam.

Guido vê Fabiano próximo a Lau-ra e fica nervoso.Quinta-feira - Guido fica desapon-tado quando Laura o apresentapara Fabiano como seu amigo. Fili-pe confessa a Betão que estáapaixonado por Isabela. Kiko seaproxima das namoradas de trêshomens fortes e pede ajuda a Ga-briel. Moisés orienta Jefferson aentrar no palco na cadeira de ro-das e ficar de pé na frente da pla-teia. Juninho cobra de Cristal o di-nheiro que prometeu para conse-guir a entrevista.Sexta-feira - Cristal enrola Juni-

nho, diz que deu a grana paraMoisés e consegue a entrevista.Ao tentar ficar de pé, Jeffersoncai no palco, mas decide conti-nuar o show, mesmo sentindo do-res. Rose conta para Aparecidasobre Juninho e ela denuncia obandido à polícia. Guido fica ali-viado quando Laura afirma queFabiano é apenas um cliente dobrechó. Babi não encontra Cris-tal em casa e se preocupa. Umhelicóptero da polícia aparece eassusta a todos na Comunidadedos Anjos. Juninho consegue fu-gir, mas Cristal cai, sofre um aci-dente e fica desacordada.

Resumo das novelas

AQUELE BEIJO - 19H15

GLOBO

TV - 22 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 23: Bem estar 11-03-12

Segunda-feira -MicheleReginaencon-tram Eduardo acidentado na estrada.Emdelírio, Eduardo chamapelo nomede Amanda. O caseiro da fazenda deGlaucocolocaAmandaemumbarco–elesfogempelorio.VerapedeparaAli-ne usar o colar que ganhou da avó nodiadacerimôniadecasamento.Eduar-dofalaaMichelquesesentemelhorequer ir atrás de Amanda. Eduardopede para Luciano ir procurarAmanda. Dante entrega a caixa demúsica para Eduardo, que ao abrirvê as fotos de Rodrigo e Aline.Eduardo fica extremamente arre-pendido. Glauco vai ao quarto deAmanda e a convida para jantar.

Terça-feira - Dante conta a Eduardoque Amanda e Glauco estão de parti-da para São Paulo. Desconfiado, Vitorperguntaa Alineseela tem certeza deque Amanda namorou Rodrigo. Eduar-do se hospeda no mesmo hotel queAmanda e Glauco. Aline confirma a Vi-tor que Amanda namorou Rodrigo.Amanda descobre que Vitor e Alinevão se casar. Amanda promete nãodeixar Aline fazer mal a Vitor. Vitor vaiaoapartamentodeFlávio.Eduardoen-contraTitaeperguntaseAmandaestáescondidanamansão.Eletelefonapa-ra Bianca e diz que precisa falar comAmanda.Quarta-feira - Bianca afirma a Eduardo

que não vai ajudá-lo com Amanda. Elaconta a Amanda que Eduardo estáhospedado no mesmo hotel que ela.Ao subir para o quarto, Amanda e He-loísa se esbarram pelos corredores.Vera diz a Aline que Eduardo e Aman-da não receberam o convite de casa-mento. Olavo acha que foi proposital.HeloisaseperguntacomoAmandavaireagir quando souber que ela é suamãe. Amanda diz a Bianca e Glaucoque vai desmascarar Aline no dia docasamento. Eduardo afirma para Ola-vo que culpou Amanda pela morte deseu irmão e confessa o seu plano devingança.Quinta-feira -Chegaodiadocasamen-

to de Vitor e Aline. Vera pede para elacolocar o pingente da avó. Vera procu-raopingentenocofreeencontraacai-xa vazia. Aline coloca a culpa em Tita.Os primeiros convidados começam achegar à igreja. Amanda e Glauco fi-campresosnotrânsito.Opadredá iní-cio à cerimônia. Aflita, Amanda entrana igreja e desperta a atenção de to-dos.Alinepedeparaopadrecontinuarcomacerimônia.ElaeVitor trocamasaliançaseopadreosdeclaramaridoemulher. Ao sair da igreja, Aline é se-questradapor homens encapuzados.Sexta-feira - Aline é levada pelos se-questradores para uma casa abando-nada. Lucy pergunta a Heloisa o que

ela está fazendo na igreja, ela afirmaque está decidida a se apresentar aAmanda. Vitor pergunta a Olavo o queAmandaqueria quandoentrou na igre-ja. Vera diz que Amanda armou o se-questro por inveja. Amanda diz à tiaque ela irá se arrepender quando des-cobrir a verdade. Os sequestradoresfazem contato com Vitor. Eles pedemR$9milhõesparao resgate.Vitor per-guntaaAmandapor queelaentrounaigreja daquela maneira. Tita conta aAmanda que o pingente de Aline su-miu. Amanda afirma que o pingentevai aparecer. Flávio chega ao cativeiroemqueAlineestáeapontaumaarmacontraela.

Terça-feira - Davi e os outros conse-guemderrotarosamalequitaseresga-tamsuasmulheres.Jonatasmorredu-rante a batalha. Ao ver o filho morto,Saulolhaparaocéu,dizaDeusqueotronodeIsraelestá livreesemata.Osfilisteus atacam o acampamento.

Com o filho de Jonatas no colo, Tirsafogedeumfilisteu.Elatropeçaederru-baacriança.Ocavalopassaemcimadas pernas de Mefibosete, que gritade dor. Abner discursa para a popula-ção defendendo que Esbaal assumao trono. Davi chega e chama a aten-

çãodetodos.AitofelafirmaqueDaviéoungidodeDeusedeveseronovoreide Israel.Quinta-feira - Davi diz que não quer lu-tar pelo trono. Ele confia na vontadedeDeus.Amultidão ficadividida.Davisurpreende todos e entrega a coroa

de Saul para Esbaal. Mical corre atéDavi e diz que ele precisa dela parareunir as tribos de Israel. Com o tem-po, o reino de Davi prospera en-quanto a casa de Saul enfraque-ce. Um mensageiro diz a Davi queAbner aceita ajudá-lo e propõe

uma aliança. Ele diz que só aceita-rá a aliança se devolverem sua es-posa Mical. Itai chega ferido aoacampamento de Davi. Mical tam-bém chega ao acampamento ecumprimenta Davi com um tapano rosto.

Segunda-feira - Descontrolada, DivinabateemErnesto,exigindoqueelereve-le a localização de Jaqueline. Ele a se-gura, dizendo que não fez nada, masDivina não acredita. Jaqueline se apro-xima com Daniel. Ele mente que a me-nina havia se perdido. Patrícia fica ani-mada ao saber que foi encontradauma testemunha que vai depor contraRita.Eladecidedescobrirqueméessapessoa. Cacau, Renato, Grace e Fáti-masaemàprocuradeWellington.Elesencontram o jogador, que ainda tentafugir, mas acaba se entregando. Apósuma longa conversa, ele decide se in-ternar emuma clínica de reabilitação.

Terça-feira - Patrícia fica magoadacom as insinuações de Francisco. Elea ofende, fazendo comparações comRegina. Patrícia chora, mas Franciscodecide ver Miguel antes de ir embora.Rita firma um acordo com o homemque havia encontrado. Ela entrega umenvelope gordo, mas pede que elenão o abra em público. O homem afir-ma que vai acabar com a testemunhade Patrícia. Patrícia recebe uma caixa,semremetente, comoCDgravadope-lo assassino, onde Rita confessa es-tar aflita por conta da nova testemu-nha que surgiu.

Quarta-feira - Rita afirma que estimu-lou Ivan a sequestrá-la, mas explicaque fez tudo isso para se defender deRegina. Rita diz que pode tirar MigueldePatríciaeaindafazameaças.Noca-tiveiro, após uma distração de Lucas,Cleberoacertacomumacadeira.Oex-motorista de van desmaia, enquantoCleber foge do cativeiro. Regina pegaas chaves e consegue se libertar. Elasai cautelosapara ter certeza dequeoex-motorista de van não está por ali. Aturma do bolão se reúne para decidirseMargaridateráumanovachancedecumprir suamissão.

Quinta-feira - Jorge e Severino se posi-cionam contra a nova oportunidade deMargarida. Francisco decide dar umachance enquanto Carlos não tem mui-tasegurançadesuadecisão,mastam-bém dá um voto de confiança. O votodeMarizeteserádecisivoparadefiniroimpasse.Amilionáriadecidevotarcon-tra.Antesde ir embora,aex-namoradade Elton ameaça todos os que vota-ram contra. Francisco diz a Guilhermeque mandou fazer uma varredura emsua casa e descobriu uma mini câme-ra.Eleacreditaque Patríciaéa respon-sável pelaescuta.Sexta-feira - Rita afirma que precisa

provar que Patrícia pagou a testemu-nha que a viu no cativeiro. Nelize des-confia de Rita. Lúcia entrega objetospessoais a Regina no hotel. A empre-sária conta para Lúcia que Lucas se-questrou ela, Cleber e Elton. ReginaafirmaquenãodenunciaráLucas,poisdeseja que Cleber permaneça no cati-veiro. Carlos se dá conta de queWellingtonsumiudaclínica.Patríciade-termina que Miguel não ficará sob omesmo teto que Rita e Franciscoameaçabrigar na justiça. Regina suge-re para Margarida que elas matem osmembros da turma do bolão, com ex-ceçãode Francisco.

Segunda-feira - Até o fechamentodesta edição, a emissora não di-vulgou o resumo do último capí-tulo da primeira temporada de“Rebelde”.Terça-feira - Alice e Pedro chegama um acampamento. Vicente diz aTomás que vai viajar. Tomás seressente por não poder ir e acusaCarla de sufocá-lo. Carla lembraTomás que eles têm shows a fa-zer. Diego e Roberta comemoramo tempo livre em um hotel fazen-da. Pedro acha graça das reclama-ções de Alice sobre o acampa-mento. Leila chama Binho para

executar as tarefas no colégio. To-más diz a Leila que terminou comCarla e que quer ir para NovaYork. Pedro e Alice discutem assuas diferenças. Jonas recebe osnovos alunos.Quarta-feira - Pedro e Tomás fi-cam deslumbrados com a belezade Lucy. Roberta diz a Alice queLucy ficou encarando Diego. Asmeninas ficam empolgadas coma chegada de Miguel. Binho diz aPilar que foi expulso do antigo co-légio por causa de Miguel. Jonasanuncia Leila como membro da di-retoria do Elite Way. Vicente suge-

re que sejam oferecidas matériasextracurriculares ligadas às artese ela aprova. Roberta é desarma-da pela simpatia de Lucy. Jonasconfronta Leila sobre o seu apoioà prática de artes no colégio. Pilarrevela a Carla que ela e Binho es-tão apaixonados.Quinta-feira - Lucy conta para Car-la que ela e o irmão usam lentesde contato para proteger os olhosda luz do sol. Binho diz a Pilar queMiguel é perigoso. Miguel os vêaos beijos. Lucy provoca uma dis-cussão entre Roberta e Alice. Mi-guel corrige Marcelo durante a au-

la. Os alunos ficam impressiona-dos com o conhecimento dele so-bre História. Bernardo fica encan-tado com Carla. Carla tenta fazerciúmes em Tomás. Roberta falapara Diego que Binho não olha nacara de Miguel. Ela afirma que Bi-nho está diferente. Miguel e Lucyapostam em quem conquistaráAlice ou Diego primeiro.Sexta-feira - Lucy e Miguel convi-dam Carla para jogar na casa de-les. Alice fica mexida após conver-sar com Miguel. Pedro diz a Lucyque ela é diferente da maioria dasmeninas. Roberta questiona Lucy

sobre um caderno com aplica-ções de olhos vermelhos, mas elase esquiva. Roberta diz a Aliceque o objeto deve ter alguma rela-ção com vampiros. Binho diz quepedirá para trocar de quarto. Elefala para Pedro ter cuidado comMiguel. Pedro pede que ele proveo que diz. Jonas não permite queBinho mude de quarto. Leila afir-ma que ele deve estar se sentin-do ameaçado pelo bom históricode Miguel. Alice e Pedro e Tomáse Carla se estranham. Lucy e Mi-guel ficam satisfeitos ao veremos ex-casais brigando.

Resumo das novelas

CORAÇÕES FERIDOS - 20H30

REI DAVI - 23H00

VIDAS EM JOGO - 22H15

REBELDE - 20H30

RECORD

SBT

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 23 - TV

Page 24: Bem estar 11-03-12

Montmartre e Belleville revelam novos encantos

de uma das cidades favoritas dos brasileiros

Agência O Globo

Montmartre e Belleville, es-

palhados pelos 18, 19 e 20 ar-

rondissements, são dois bair-

ros ótimos para praticar a arte

de andar sem rumo, subindo la-

deiras e escadas e desvendando

novos ângulos da capital france-

sa. Você descobre padarias que

servem algumas melhores ba-

guetes de Paris, restaurantes ét-

nicos, lojas de design e galerias

de arte, além de endereços his-

tóricos, como La Mére Catheri-

ne, onde teria nascido a palavra

imensamente relevante para os

gauleses, bistrô, e o café Aux

Folies, frequentado por nin-

guém menos que Edith Piaf.

Turismo

BELAS VISTASDE PARIS

TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 25: Bem estar 11-03-12

Escadarias da Basilique

du Sacré Coeur de

Montmartre, principal

cartão-postal do bairro

Agência

OG

lobo

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 25 - TURISMO

Page 26: Bem estar 11-03-12

Nessa charmosa rua e seus arredores estão algumas das melhores boulangeries da capital francesa

Agência O Globo

Montmartre, mais especifica-

mente a Rue des Abbesses, é um

dos melhores lugares de Paris para

se começar um dia de maneira mui-

to parisiense. É que estão ali algu-

mas das melhores boulangeries da

capital francesa, como Le Grenier

à Pain, Coquelicot, La Flûte de

Pain e Au Levain d’Antan - este úl-

timo é o atual campeão do concur-

so de melhor baguete de Paris, que

faz dele o fornecedor oficial do Pa-

lácio do Eliseu, residência do casal

Nicolas Sarkozy e Carla Bruni.

Portanto, passear por Mont-

martre é uma ótima razão para dis-

pensar o café da manhã do hotel.

Não apenas pela qualidade de suas

padarias, mas também pela enor-

me oferta de lojas de alimentos,

tanto “traiteurs” que vendem pra-

tos prontos, quanto as casas espe-

cializadas (em queijos, em vinhos,

em pescados...).

Depois de comprar uma bela

baguete, croissant ou brioche, ou

mesmo os três, podemos sair em

busca de queijos, geleias, embuti-

dos, pastinhas e outros recheios

que a nossa imaginação permitir

pelas lojinhas da Rue de Abbesses.

Gostoso e prático, já que a esta-

ção Abbesses do metrô - em ponto

central, facilmente alcançada a par-

tir de diversas linhas - está a pou-

cos passos dessa coleção de lugares

deliciosos. Para achar a padaria Le

Grenier à Pain basta ficar atento à

fila, que está sempre à porta.

Ali perto, o imenso gramado

que desce as encostas da Basilique

du Sacré Coeur de Montmartre é

um convite irresistível para esticar

a toalha e fazer um piquenique ma-

tinal - há vários banquinhos de ma-

deira, com linda vista da cidade.

Montmartre é um bairro reple-

to de imigrantes, daí a quantidade

imensa de restaurantes étnicos: há

endereços chineses, tailandeses, ti-

betanos, cambojanos, indianos,

húngaros, italianos, gregos.

Na Rue de Abbesses e seus arre-

dores, encontramos uma babel gas-

tronômica, com pratos autênticos

e a bons preços, preparados por co-

zinheiros nativos desses lugares.

Muitos desses endereços são es-

pecializados em comida pronta, os

“traiteurs”, um achado para os que

planejam um piquenique por aque-

les lados: numa pequena área da

Rue des Abbesses encontra-se um

traiteur asiático, chamado Shan-

ghai; um outro italiano, La Botte-

ga di Piacenza, e outro grego, a Pe-

lops - além de uma bela “charcute-

rie”, a Nathalie et Christian Du-

rand; uma casa de chás, a Kusmi

Paris; e uma loja de queijos, Les

Fromages de Marie, com uma ad-

mirável coleção de exemplares de

diversas regiões da França.

Há outras vitrines tentadores,

que exibem vistosos sanduíches

(tem cada croque monsieur lindís-

simo), frangos assando lentamente

(há uma casa especializada em

aves, a Chicken Family), embuti-

dos pendurados, peixarias (na Pe-

pone, que prepara uma famosa so-

pa de pescados, é possível comprar

peixes e frutos do mar vistosos; pa-

ra as ostras, basta um limão para

uma bela brincadeira ao ar livre),

açougues (a Jack Gaudin vale a visi-

ta), mercadinhos com frutas visto-

sas, cafés, brasseries, bistrôs.

Amantes das ostras encontram

um porto seguro na tradicional La

Mascotte, um bar especializado

em peixes e frutos do mar, que tem

sempre uma ótima seleção delas,

exposta do lado de fora.

Paris

COMECE O DIA PELARUE DES ABBESSES

Balcão repletode pãesdeliciosos naLeGranier àPain, eleitaa melhorbaguetedeParis em 2010

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 27: Bem estar 11-03-12

A parte baixa de

Montmartre, repleta

de restaurantes

étnicos, bistrôs e

lojas de alimentos, é

pouco frequentada

por turistas

Um ótimo lugar para um

aperitivo depois do café da ma-

nhã e antes do almoço, na parte al-

ta de Montmartre, é o bar de vi-

nhos e loja Caves des Abbesses,

que tem uma ótima seleção de ró-

tulos (há mais duas lojas ali, Nico-

las e a De Verre en Vers).

Para os dias mais quentes,

duas mesinhas do lado de fora

convidam a ficar por ali, beberi-

cando ao sabor de pratos de pe-

tiscos, com queijos, embutidos

e conservas.

No frio, nos fundos da loja

há um pequeno e acolhedor sa-

lão, com algumas mesas. Para

um bom “gelato”, a Amorino

serve uma ótima seleção, sem

conservantes e corantes, no esti-

lo italiano.

Montmartre não é nenhum

Marais, mas existe ali um co-

mércio moderninho, com algu-

mas galerias de arte e lojinhas

de roupas e objetos que agra-

dam a turma que curte design e

afins, como a Pylones e a

Kiehl’s, uma marca de produ-

tos de beleza muito fashion.

Os fãs da gastronomia en-

contram diversão garantida na

Ets Lion, ainda na Rue des Ab-

besses. Inaugurada em 1895 é

loja de produtos alimentícios,

como ervas, geleias e objetos de

culinária e decoração de cozi-

nhas, como velas, potes e traves-

sas, além de plantas, sementes

e material para jardinagem.

Ainda que o maior burburi-

nho artístico esteja na parte al-

ta do bairro, na Rue des Abbes-

ses e cercanias também encon-

tram-se boas galerias, como a

Tableaux e a W Eric Landau.

A Yellow Korner é uma im-

perdível galeria de arte dedica-

da exclusivamente à fotografia,

com uma incrível seleção de

imagens, entre registros clássi-

cos de artistas famosos e impor-

tantes agências de imagens (co-

mo a americana Keystone) a no-

vos talentos nessa área.

Há por ali, ainda, algumas

lojas de suvenires com peças

bastante interessantes, como a

Montmartre Je t’aime, e até

uma casa especializada em obje-

tos angelicais, La Boutique des

Anges, com envelopes para car-

tas e abajures, passando por

ímãs de geladeira, velas e toda

a sorte de imagens.

Ainda na linha loja temáti-

ca, na Rue Tardieu, no cami-

nho para a Basilique du Sacré

Coeur de Montmartre, encon-

tra-se uma casa especializada

em frascos de perfume e talco,

a Belle de Jour.

Para se chegar à parte alta

do bairro há três possibilida-

des: usar o trenzinho branco

que circula por Montmartre

(com saída e chegada da Pla-

ce Blanche, bem próxima à

Rue des Abbesses), subir pe-

lo funicular que está aos pés

da igreja ou encarar os de-

graus da escadaria, num pro-

grama relativamente cansati-

vo, mas que revela aos poucos

lindos ângulos de Paris. (AG)

Croque Monsieur: vitrines das lojas nas ruas Abbesses e Lepic

guardam delícias como este clássico francês

Trattoria grega

Palops:

endereços

gastronômicos

de vários países

e lojas de

alimentos

prontos são

características

de Montmartre

Aux Folies: o bar

frequentado por

Edith Piaf fica ao

lado da

grafitadíssima Rue

Dénoyez

Lojas moderninhas

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 27 - TURISMO

Page 28: Bem estar 11-03-12

O bairro se desenvolveu como área pobre, frequentada por operários e

imigrantes: hoje, exagera no charme

Agência O Globo

Se o mundo está em Paris,

pode-se dizer que a sua diversi-

dade circula pelas ruas de Belle-

ville. O bairro no 20º arrondis-

sement, afastado do Centro,

viu nascer a cantora Edith Piaf

e tem no Aux Folies um ícone

da época em que ela se apresen-

tava por lá.

Hoje um museu guarda sua

memória. Excluído do grande

redesenho de Paris promovido

pelo Barão de Haussmann, que

enfeitou a capital francesa com

seus bulevares no século 19,

Belleville se desenvolveu como

um bairro pobre frequentado

por operários e imigrantes que

buscavam aluguéis baratos.

Por sua rica história, Belle-

ville inspira estudos sociológi-

cos. O bairro absorveu grandes

correntes migratórias a partir

dos anos 1950.

Sua comunidade chinesa é

uma das maiores de Paris - a outra

fica nos arredores da Place d’Italie,

no 13˚ arrondissement.

Por muitas décadas Belle-

ville sofreu com a violência.

Mas agora é candidato a

substituir o Marais em char-

me. Já começa atrair a aten-

ção de artistas plásticos, de-

signers e artesãos, que en-

contram nas ruas do 19º e

20º arrondissements, separa-

dos pela Rue de Belleville,

um custo de vida mais aces-

sível e alternativo ao de lo-

cais como o Marais, hoje

com preços inflacionados pe-

la presença de turistas e lo-

jas de grife.

A Rue de Belleville é o epi-

centro deste novo ponto borbu-

lhante, onde a mais importante

atração turística é o cemitério

Père-Lachaise. Apesar de guar-

dar túmulos famosos como os

de Chopin, Oscar Wilde, Mar-

cel Proust, Honoré de Balzac,

Jim Morrison e o da própria

Piaf, o cemitério está longe de

ser uma unanimidade turística

ou cartão-postal inevitável.

Mesmo estando a algumas esta-

ções de metrô, a Rue de Belle-

ville vale a esticada.

Paris aqui se apresenta um

pouco diferente porque não cir-

culam milhares de turistas de

todas as partes do mundo, mas,

sim, gente que mora na vizi-

nhança, das mais diversas ori-

gens. E quem vai dizer que ali

não bate um coração autentica-

mente parisiense?

A língua francesa se mistu-

ra aos dialetos. As placas em

francês de bistrôs, bares de vi-

nhos e boulangeries se interca-

lam a letreiros de dim sum, bal-

cões de sushi, boucheries mu-

çulmanas, restaurantes tunisia-

nos, argelinos, marroquinos,

etíopes.

Prateleiras de livros se reve-

zam com vitrines de tecidos

que envolvem rostos e corpos

africanos, indianos, árabes.

Paris

As cores do mundonas ruas de Belleville

Rue de Belleville: depois de grandes fluxos migratórios no século 20, a região do 20º hoje tem na diversidade cultural sua maior riqueza

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 29: Bem estar 11-03-12

Impassível às transformações

do tempo, está o Aux Folies,

cujas mesas na calçada estão sem-

pre ocupadas, de carona na fama

de Édith Piaf. Frequentadora do

local, ela costumava se apresentar

na porta ao lado, onde funciona-

va o cabaré Folies-Belleville, e ho-

je é um supermercado.

E a Rue Dénoyez, vizinha

ao café, é uma galeria de arte ur-

bana a céu aberto. Uma atração

à parte. Nem vasos de plantas

ou ferros de calçadas escapam

dos grafismos.

Vale um passeio sem pressa

para observar os desenhos e as de-

corações individuais das fachadas

de lojas e cafés que alinham, além

dos traços grafitados, objetos e pe-

quenos brinquedos, que dão colo-

rido e dramaticidade aos muros e

às fachadas. A rua estreita é uma

das poucas na cidade onde o grafi-

te é permitido.

Mas se o 20˚ arrondissement

parece pouco com a imagem gla-

mourosa de Paris que se cultua -

sempre abarrotada de turistas -

basta subir um pouquinho a Rue

de Belleville e olhar para trás, que

a Torre Eiffel, lá em baixo, vai

trazê-lo de volta a Paris.

Para uma vista melhor ainda,

típica paisagem de cartão-postal,

vale dar um pulo até um dos mi-

rantes do Parc de Belleville.

A Torre Eiffel desponta num

plano mais baixo, entre telhados

e murais marcados por grafites

que aliás, deixaram as paredes e

os muros da Rue Dénoyez, na es-

quina do Aux Folies, e já domi-

nam as vans de serviço que circu-

lam como painéis ambulantes gra-

fitados enquanto abastecem bou-

cheries e lojas diversas pelas ruas

da cidade.

Quem estiver disposto a ex-

plorar o 20º arrondissement em

mais do que um passeio de um

dia encontra variada oferta de

hospedagem.

Você pode escolher um hotel

ali por dois critérios: badalação

ou preço. A distância das áreas

mais valorizadas faz com que os

hotéis da região ofereçam diárias

mais em conta. O Armstrong é

um deles. Honesto, simples e

com serviço atencioso, carece de

atrativos ao redor, mas permite

boa economia. E, vale lembrar,

em Paris, há sempre uma estação

de metrô por perto.

Já o Mama Shelter é mais ba-

dalado. Hotel de design, localiza-

do bem pertinho do Pére-Lachai-

se, contribui para a onda de mo-

dernidade que encharca a região.

Tem quartos assinados por Phili-

ppe Starck, e é o segundo na lista

de “hotéis tendência” do Trip

Adivisor de 2012, depois do Ho-

tel Sublim Eiffel, lá na outra pon-

ta da cidade.

Oferece filmes gratuitos no

apartamento num sistema de en-

tretenimento que inclui aparelhos

de CD, DVD e computador com

acesso à internet. O hotel também

põeàdisposiçãodoshóspedesbici-

cletas, scooters e carros compactos

que podem ser alugados. (AG)

Letreiros

orientais: o

bairro absorveu

grandes

correntes

migratórias

Rue Dènoyez:

fachadas, muros,

vitrines e vasos de

plantas cobertos por

grafites

Père-Lachaise:

cemitério é

atração turística

mais famosa da

região

Saudade de Piaf

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 29 - TURISMO

Page 30: Bem estar 11-03-12

Variedade de restaurantes étnicos, diversidade no cardápio e o bom vinho francês

-

Agência O Globo

As influências multiculturais são visíveis

também na oferta gastronômica de Belleville. A

diversidade ganha lugar nos cardápios e nos am-

bientes dos restaurantes.

O molho de soja rega o peixe que vem acom-

panhado de arroz branco num bistrô, enquanto

no bar de vinhos a trilha escolhida para embalar

a noite inclui clássicos da Tropicália como

“Aquele abraço”.

Além da variedade de restaurantes étni-

cos, há ao menos dois bons bistrôs que estão

dando o que falar na região, Le Baratin e Cha-

peau Melon.

O Le Baratin fica numa ruazinha transversal

à Rue de Belleville. De ambiente informal, o lo-

cal está sempre cheio. Mas o clima é amigável

mesmo para quem chega sem avisar.

Com uma clientela que parece ser fiel, o Le

Baratin tem cardápio que muda todos os dias

“de acordo com o que se encontra no mercado”,

diz Raquel Carena, argentina, dona do restau-

rante e que comanda pessoalmente fogão e pane-

las na cozinha aberta à vista dos fregueses.

Enquanto Raquel se encarrega dos pedidos

na cozinha, o marido francês, Philippe Piñoton,

cuida da seleção de vinhos do lugar. Entre os

Borgonha, têm muita saída os aligotés - vinhos

mais rústicos, tradicionais da região de onde

saem alguns dos vinhos mais festejados e valio-

sos do mundo, os Grand Crus, como o Romanée-

Conti. É como se o aligoté fosse o vinho de todo

dia na refeição rotineira.

Para quem estica a visita até mais tarde, a di-

ca é jantar no Chapeau Melon. Mesmo se você

não estiver por ali, o restaurante vale o passeio

até essas bandas da cidade. Trata-se de um bar

au vin com cozinha caprichada, comandado por

Olivier Camus, que foi sócio de Raquel no Le

Baratin até 2001.

Olivier é um entusiasta dos vinhos naturais

e um dos precursores do movimento que valori-

za o cultivo natural e orgânico da bebida em Pa-

ris. Ele é responsável pela criteriosa seleção de

rótulos nas prateleiras de seu restaurante, onde

predominam os vinhos naturais. O local abriu

como bar de vinhos em 2003 e a comida entrou

para o cardápio da casa em 2005, quando Olivier

passou a cuidar também da cozinha.

Paris

Cozinha multiculturale vinhos naturais

Típica paisagem de

cartão-postal, a partir de

um dos mirantes do Parc de

Belleville, com a Torre Eiffel

ao fundo, entre os telhados

Fotos: Agência O Globo

TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO

Page 31: Bem estar 11-03-12

Como chegar

De avião: A Air France, KLM eTAM têm bilhetes de ida e volta a partirde R$ 1.583. Valores com taxas paraprimeira quinzena de abril.

MONTMARTRE

Onde ficar

My Hotel: Diárias a partir de 70euros para casal. Rue des Abbesses57. Fone 4251-5000.my-paris-hotel.com

Hôtel Bellevue Montmartre:Diárias a partir de 79 euros para casal.Rue d’Orsel 19. Fone 5341-3200.hotelbellevueparis.com

L’Hôtel Particulier deMontmartre: Diárias a partir de 390euros (o café da manhã custa mais 25euros). Avenue Junot 23 Pavillon D.Fone 5341-8140.hotel-particulier-montmartre.com

Restaurantes

La Mère Catherine: Place duTertre 6. Fone 4606-3269.lamerecatherine.com

Moulin de la Galette: Rue desMoulins 15. Fone 3980-6955.moulindelagalette.fr

Le Miroir: Rue des Martyrs 94.Fone 4606-5073.

Les Deux Moulins: Rue Lepic 15.Fone 4254-9050.

Padarias

Le Grenier à Pain: Rue desAbbesses 38. Fone 4606-4181.legrenierapain.com

Au Levain d’Antan: Rue desAbbesses 6. Fone 4264-97 83.

Coquelicot: Rue des Abbesses24. Fone 4606-1877.coquelicot-montmartre.com

Traiteurs

La Bottega di Piacenza: Rue desAbbesses 53. Fone 4492-9099.

Shanghai: Rue des Abbesses 50.Fone 4264-3658.

Pelops: Rue des Abbesses 44.Fone 5328-2669.

Nathalie et Christian Duran: Ruedes Abbesses 30. Fone 4606-4435.

Lojas

Les Fromages de Marie: Rue desAbbesses 32.

La Cave des Abbesses: Rue desAbbesses 43. Fone 4252-8154.cavesbourdin.fr

Ets Lion: Rue des Abbeses 7.Fone 4606-6471. epicerie-lion.fr

Yellow Corner: Rue des Abbesses44. Fone 4258-3128.fr.yellowkorner.com

Kusmi Tea: Rue des Abbesses38. Fone 4278-1196. kusmitea.com

La Boutique des Anges: RueYvonne le Tac 2. Fone 4257-7438.boutiquedesanges.fr

Belle de Jour: Rue Tardieu 7. Fone4606-1528. belle-de-jour.fr

Passeios

Basilique du Sacré Coeur deMontmartre: Entrada gratuita; fotossão proibidas. Aberto das 6h até as22h30 (entrada permitida até as22h15). Rue du Chevalier de la Barre35. Fone 5341-8900.sacre-coeur-montmartre.com

Espace Dalí: Ingresso: 11 euros.Rue Poulbot 11. Fone 4264-4010.daliparis.com

Le Petit Train de Montmartre: Otrenzinho circula pelo bairro, compartida e chegada da Place Blanche epassando por pontos turísticos como aPlace du Tertre, o Espace Dalí, abasílica e o cemitério de Montmartre.Preço: 6 euros. Fone 4262-5030.promotrain.fr

Casas de shows

Moulin Rouge: Só o show custa95 euros (há preços combinados comjantar, podendo chegar até 200 euros).Boulevard du Clichy 82. Fone5309-8282. moulinrouge.fr

Au Lapin Agile: Ingresso: 24euros, com direito a uma bebida. RueSaules 22. Fone 4606-8587.au-lapin-agile.com

BELLE VILLE

Onde ficar

Hotel Armstrong: Diárias a 75euros para casal com café da manhã.Metrô: Porte de Montreuil.hotelarmstrong.com

Hotel Mama Shelter: Diárias apartir de 109 euros. Café da manhã:15 euros. Rue de Bagnolet 109.75020. Metrô: Gambetta, Porte deBagnolet e Alexandre Dumas.mamashelter.com

Passeios

Museu Édith Piaf: Mantido pelobiógrafo da cantora, Bernard Marchois.Rue Crespin du Gast 5. Visitasagendadas: 4355-5272. Metrô:Menilmontant.

Cemitério Pére-Lachaise: Abertodas 8h30 às 17h30. Rue du Repos 16.Metrô: Père-Lachaise, AlexandreDumas, Pl. Gambetta.pere-lachaise.com �

Programe Paris

Le Baratin: clientela assídua e

bom movimento no almoço em

bistrô comandado pela argentina

Raquel Carena

Belleville: gastronomia de Paris e do mundo, com variedade de cardápios e restaurantes

Chapeau Melon: foie gras

delicado e seleção criteriosa de

vinhos naturais fazem valer o

passeio noturno até Belleville

DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 31 - TURISMO

Page 32: Bem estar 11-03-12

Paulo Coelho

Sobre aelegância

Escritor

Caminhe com firmezaealegria,

semmedo de tropeçar. Todos

osmovimentosestão sendo

acompanhadospelos seus

aliados, que oajudarãono que

for necessário

Às vezes eu me surpreendo com

os ombros curvados; e sempre que

estou assim, tenho certeza de que al-

go não está bem. Neste momento,

antes mesmo de procurar a razão

do que me incomoda, procuro mu-

dar minha postura – torná-la

mais elegante. Ao colocar-me de

novo em posição ereta, dou-me

conta de que este simples gesto

me ajudou a ter mais confiança no

que estou fazendo.

Elegância é geralmente confun-

dida com superficialidade, moda,

falta de profundidade. Isso é um gra-

ve erro: o ser humano precisa ter

elegância em suas ações e em sua

postura, porque esta palavra é sinô-

nimo de bom gosto, amabilidade,

equilibro, e harmonia.

É preciso ter serenidade e ele-

gância para dar os passos mais im-

portantes na vida. Claro, não vamos

ficar delirando, preocupados o tem-

po inteiro com a maneira como mo-

vemos as mãos, sentamos, sorri-

mos, olhamos ao redor; mas é bom

saber que nosso corpo fala uma lin-

guagem, e a outra pessoa – mesmo

inconscientemente – está entenden-

do o que dizemos além das pala-

vras.

A serenidade vem do coração.

Embora muitas vezes torturado por

pensamentos de insegurança, ele sa-

be que - através da postura correta,

pode tornar a equilibrar-se. A ele-

gância física, a qual estou me refe-

rindo neste artigo, vem do corpo, e

não é uma coisa superficial, mas a

maneira que o homem encontrou

para honrar a maneira com que colo-

ca seus dois pés sobre a terra. Por is-

so, quando às vezes você sentir que

a postura o está incomodando, não

pense que ela é falsa ou artificial:

ela é verdadeira porque é difícil. Ela

faz com que o caminho sinta-se hon-

rado pela dignidade do peregrino.

E por favor, nada de confundi-la

com arrogância ou esnobismo. A

elegância é a postura mais adequa-

da para que o gesto seja perfeito, o

passo seja firme, o seu próximo seja

respeitado.

A elegância é atingida quando

todo o supérfluo é descartado, e o

ser humano descobre a simplicida-

de e a concentração: quanto mais

simples e mais sóbria a postura,

mais bela ela será.

A neve é bonita porque tem ape-

nas uma cor, o mar é bonito porque

parece uma superfície plana – mas

tanto o mar como a neve são profun-

dos e conhecem suas qualidades.

Caminhe com firmeza e alegria,

sem medo de tropeçar. Todos os mo-

vimentos estão sendo acompanha-

dos pelos seus aliados, que o ajuda-

rão no que for necessário. Mas não

esqueça que o adversário também

está observando, e conhece a dife-

rença entre a mão firme e a mão tre-

mula: portanto, se estiver tenso, res-

pire fundo, acredite que está tran-

qüilo – e por um destes milagres

que não sabemos explicar, a tranqüi-

lidade logo se instala.

No momento em que você toma

uma decisão e a coloca em marcha,

procure rever mentalmente cada

etapa que o levou a preparar seu pas-

so. Mas faça isso sem tensão, por-

que é impossível ter todas as regras

na cabeça: e com o espírito livre, à

medida que revê cada etapa, irá dar-

se conta dos momentos mais difí-

ceis, e de como os superou. Isso irá

se refletir em seu corpo, portanto

preste atenção!

Fazendo uma analogia com o ti-

ro com arco: muitos arqueiros se

queixam que, apesar de praticarem

por anos a arte do tiro, ainda sen-

tem o coração disparar de ansieda-

de, a mão tremer, a pontaria falhar.

A arte do tiro faz com que nossos er-

ros sejam mais evidentes.

No dia que você estiver sem

amor pela vida, seu tiro será confu-

so, complicado. Verá que está sem

força suficiente para esticar ao máxi-

mo a corda, que não consegue fazer

o arco curvar-se como deve.

E ao ver que seu tiro é confuso

naquela manhã, vai tentar desco-

brir o que provocou tamanha impre-

cisão: isso fará com que enfrente

um problema que o incomoda, mas

que até então encontrava-se oculto.

Você descobriu este problema

porque seu corpo estava mais enve-

lhecido, menos elegante. Mude a pos-

tura, relaxe a testa, estique a coluna, en-

frente o mundo de peito aberto; ao

pensar no seu corpo, você também es-

tá pensando em sua alma, e uma coisa

ajudará a outra. �

32 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO