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entre MARGENS PUBLICIDADE AVENIDA SILVA ARAÚJO, 9011 4795-003 VILA DAS AVES Telf. 252 872 360 BIMENSÁRIO | 22 OUTUBRO 2015 | N.º 548 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDES APARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES. TELF. E FAX.: 252 872 953 EMAIL: [email protected] PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, CRL 1,00 EURO Cidade vai ter novo parque em Geão e nova Praça Camilo Castelo Branco CUMPRIDA A PRIMEIRA METADE DO MANDATO, JOAQUIM COUTO FEZ BALANÇO DO TRABALHO FEITO E LANÇOU DOIS PROJETOS QUE QUER VER CONCLUÍDOS ATÉ 2017 Conferência sobre Arte Pública marca encerramento dos simpósios de escultura Artistas, críticos e promotores de Arte Contemporânea em Santo Tirso este fim de semana. SANTO TIRSO // BALANÇO DE DOIS ANOS DE MANDATO MIEC - ST “Oferecia uma medalha de mérito ao eng. Castro Fernandes” INQUÉRITO A ASUIL CARNEIRO, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTO TIRSO (VERMELHOS) AVES EM MOVIMENTO // ERAM ESPERADOS 500, VIERAM MAIS DE DOIS MIL www.jorgeoculista.pt FOTO: VASCO OLIVEIRA

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Page 1: AVENIDA SILVA ARAÚJO, 9011 4795-003 VILA DAS AVES ......Locomotiva do funk de Marta Ren faz paragem em Famalicão Conhecida pelo seu registo vocal muitas vezes comparado ao das grandes

entreMARGENS

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AVENIDA SILVA ARAÚJO, 90114795-003 VILA DAS AVES

Telf. 252 872 360

BIMENSÁRIO | 22 OUTUBRO 2015 | N.º 548 DIRETOR: LUÍS AMÉRICO FERNANDESAPARTADO 19 . 4796-908 VILA DAS AVES.

TELF. E FAX.: 252 872 953EMAIL: [email protected]

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURALDE ENTRE-OS-AVES, CRL

1,00 EURO

Cidade vai ter novo parqueem Geão e nova PraçaCamilo Castelo BrancoCUMPRIDA A PRIMEIRA METADE DO MANDATO, JOAQUIM COUTO FEZ BALANÇO DOTRABALHO FEITO E LANÇOU DOIS PROJETOS QUE QUER VER CONCLUÍDOS ATÉ 2017

Conferência sobreArte Pública marcaencerramento dossimpósiosde esculturaArtistas, críticos e promotores deArte Contemporânea emSanto Tirso este fim de semana.

SANTO TIRSO // BALANÇO DE DOIS ANOS DE MANDATO MIEC - ST

“Oferecia umamedalha demérito ao eng.Castro Fernandes”INQUÉRITO A ASUIL CARNEIRO,PRESIDENTE DA DIREÇÃO DOSBOMBEIROS VOLUNTÁRIOSDE SANTO TIRSO (VERMELHOS)

AVES EM MOVIMENTO // ERAM ESPERADOS 500, VIERAM MAIS DE DOIS MIL

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GANHE UM ALMOÇO PARA DUAS PESSOAS

DEVE O PREMIADO RACLAMAR O SEU JANTAR NO PRAZO DE 3 SEMANAS (SALVO OS SORTEADOS QUE RESIDAM NO ESTRANGEIRO)

No restaurante ESTRELA DO MONTE o feliz contemplado nesta primeirasaída de outubro foi o nosso estimado assinante Manuel Ferreira Gonçalves,

residente na Calçada da Azenha do Pisco, n.º 73, em Vila das Aves.

O premiado com um almoço para duas pessoas desta quinzena,deve contactar a redação do Entre Margens

Restaurante Estrela do Monte | Lugar da Barca - Monte | Telf: 252 982 607

Alternativaàs camisasde flanelanos anos 90||||| TEXTO: MIGUELMIGUELMIGUELMIGUELMIGUEL MIRANDMIRANDMIRANDMIRANDMIRANDAAAAA

Grant Lee Buffalo é um nome que su-gere as pradarias americanas. Comum pouco de imaginação, consegui-mos visualizar uma manada de bison-tes (também chamados búfalos ame-ricanos) a correr em liberdade. Ou-vindo “Fuzzy”, de 1993, reparamosque a imagem não está assim tão lon-ge da realidade. O país de origemcorresponde, assim como encaixa umcountry-rock alternativo, característi-co da terra do Tio Sam.

Quando Grant Lee Phillips (voz eguitarra), Paul Kimble (baixo) e JoeyPeters (bateria) entraram em estúdiopara gravar, não eram uns novatos.Traziam já duas experiências com osShiva Burlesque. Daí se percebe amaturidade da estreia. Tinham algummaterial bem incubado, pronto a de-sovar num mercado musical onde im-perava o grunge. Sem camisas de fla-nela a declarar!

A faixa-título é talvez a mais apa-

Estha e Rahel quase nasceram num auto-carro: o carro em que Baba, o seu pai,transportava Ammu, a sua mãe, para ohospital de Shillong para ela dar à luz,avariou na estrada ziguezagueante da pro-priedade do chá em Assão.

“O Deus das Pequenas Coisas” apre-senta-nos um leque de personagensricas identificadas com a dureza davida de uma família da região deKerala, no sul da Índia.

Estha e Rahel são gêmeos e, aossete anos, são separados. Esse acon-tecimento marcou profundamente avida de ambos. Estha torna-se solitá-rio e evita o contato com o mundoexterior, Rahel cresce completamentealienada da vida.

A narrativa vai-se desenrolando comdestreza e revelando acontecimentosimportantes dos vários elementos dafamília dos gêmeos, dando a conhe-cer a complexa cultura indiana.

Tal como as bonecas russas, estelivro tem muitas histórias dentro emerece ser lido e relido. E não foipor acaso que ganhou o prémioBooker Price, em 1997. |||||||||||||||||||||||||

ratosa. Nela descobrimos uma vozpoderosa e solta, diferente e commaior grau de risco da “The ShiningHour”, esta muito próxima de MikeScott (o tal que andou pelo Louro,Famalicão, em julho deste ano). “DixieDrug Store” é outro poderio. Há umcontraste de vozes, mas numa comu-nhão sensual. Para mim, nem tudosão rosas. “Soft Wolf Tread” é irritantee dispensava-a sem arrependimentos.“You Just Have to Be Crazy” faz o en-cerramento, numa bonita balada, da-quelas que a cara-metade apreciaráem dias de romantismo. Aliás, quan-do os temas se aproximam do irresis-tível folk de Neil Young, há uma mai-or tendência para uma doce harmo-nia das canções. Se terminarem comguitarras um pouco mais estridentesmelhor ainda.

A glória dos GLB continuou com“Mighty Joe Moon, de 1994, mas de-pois foi caindo no esquecimento. Osdois seguintes registos não tiveramo êxito esperado, deixando o grupocaliforniano sem grande margem demanobra para o futuro. |||||

FIM DE SEMANA02 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

FAMALICÃO // MÚSICA

O Deus dasPequenas CoisasArundhati RoyEDIÇÕES ASA

POR // BELANITA ABREU

Dentro de portas - “Fuzzy”

MARTA REN ATUA ESTE SÁBADO NA CASA DAS ARTES

“Quando Grant LeePhillips (voz e guitar-ra), Paul Kimble(baixo) e Joey Peters(bateria) entraramem estúdio para gra-var, não eram unsnovatos. Traziam jáduas experiênciascom os ShivaBurlesque. Daí sepercebe a maturidadeda estreia.

Locomotiva do funkde Marta Ren fazparagem em Famalicão

Conhecida pelo seu registo vocalmuitas vezes comparado ao dasgrandes vocalistas negras da soule do funk, Marta Ren apresenta-se no próximo sábado na Casadas Artes de Famalicão. Funda-dora dos Sloppy Joe e integrantede projetos como os Bombazinee, mais recentemente, The Funkali-cious, com os quais explorou osclássicos da música negra norte-americana dos anos 60/70, MartaRen, lançou-se definitivamente asolo, num registo que vinca a suapaixão pelo soul e funk. Enquan-to não sai o álbum de estreia, aser gravado em modo totalmenteorgânico para preservar a identi-dade old school daquelas corren-tes, o síngle de estreia “Summer’sGone” e o tema “2 kinds of men”já fazem sucesso nas rádios.

Do seu multifacetado percur-so, destaque ainda para a sua co-laboração com os Trabalhadores

do Comércio na sua nova gera-ção que pretendeu quebrar coma imagem que os celebrizou nosanos 80. Ainda faz parte do pro-jeto Phalasolo, de New Max (dosExpensive Soul). Em 2010 MartaRen integra os Movimento. O gru-po, também composto por MiguelÂngelo, Gomo e Selma Uamusse,revisita uma série de clássicosnacionais dos anos 60 e 70, ten-do lançado o primeiro álbum naPrimavera de 2011. No concertode celebração dos 30 anos decarreira dos GNR, em 2011, Mar-ta Ren subiu ao palco para umdueto com Rui Reininho no tema‘Ana Lee’.

Marcado para as 21h30 dopróximo sábado, no concerto deFamalicão, Marta Ren é acompa-nhada pelos The Groovelvets. Osbilhetes custam 10 eruos (com50% de descontos para os porta-dores do cartão quadrilátero. ||||||

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SEXTA, DIA 23 SÁBADO, DIA 24Céu muito bublado. Vento fraco.Max: 24º / min. 11º

Céu nublado. Vento fraco.Máx. 21º / min. 13º

Céu pouco nublado. Vento fraco.Máx. 24º / min. 9º

DOMINGO, DIA 25

ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 03

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DECORAÇÕES

SANTO TIRSO // MÚSICA

SANTO TIRSO // EXPOSIÇÃO

Esta sexta-feira, começa em SantoTirso mais um ciclo de jazz - a oitavaedição - que se prolonga pelo pri-meiro semestre do próximo ano. Parajá, e até ao final de 2015, importa terem conta os concertos do quartetoMAP e, em novembro, do quintentoBounceLab.

Liderado pelo pianista Paulo Go-mes, os MAP juntam em palco gran-des nomes do jazz nacional, nomea-damente Miguel Moreira, na guitar-ra, Miguel Ângelo, no contrabaixo, eAcácio Salero, na bateria, para além

Quarteto do pianistaPaulo Gomes abreCiclo de Jazz de Santo TirsoOS MAP ATUAM ESTA SEXTA-FEIRA, 23 DE OUTUBRO, NA FÁBRICA DE SANTO THYRSO.O CONCERTO, DE ENTRADA LIVRE, ESTÁ MARCADO PARA AS 21H30

de Paulo Gomes. O grupo traz ao Ci-clo de Jazz de Santo Tirso música origi-nal, de forte influência jazzística, assi-nada pelos vários elementos do coleti-vo. Mas, mais do que isso, apresentampraticamente em primeira mão o seusegundo álbum, “Circo Voador”; um dis-co, como o próprio nome deixa adi-vinhar, inspirado nas artes circenses.

A atuação dos MAP no âmbitodeste ciclo de jazz, representa tam-bém o regresso do pianista Paulo Go-mes a Santo Tirso que, em 2013, noCentro Cultural de Vila das Aves pro-

tagonizou um dos mais brilhantes con-certos integrado na então sexta edi-ção desta iniciativa promovida pelo mu-nicípio em colaboração com a Asso-ciação Porta-Jazz; concerto no qualaprofundou os pontos de contactoentre o jazz e a música clássica. Porisso, curiosidade extra para o concer-to dos MAP desta sexta-feira, dia 23,na Fábrica de Santo Thyrso (NaveCultural). Com início às 21h30, o con-certo tem entrada livre.

A oitava edição do Ciclo de Jazzde Santo Tirso prossegue no dia 27de novembro, com a atuação deBounceLab, pelas 21h30 no CentroCultural de Vila das Aves. Dois pla-nos são justapostos no quinteto Boun-ceLab, liderado pelo guitarrista e com-positor Mané Fernandes. Um demúsica improvisada assente principal-mente na tradição jazzística, e outrode groove/beat/transe/ repetição, quereflete a música popular norte-ameri-cana do século XX, tradições maisantigas (música africana, afro-cuba-na, indonésia, indiana) e partes damúsica eletrónica contemporânea -hip-hop, drum‘n’bass, dubstep.

Mané Fernandes na guitarra, JoãoMortágua no saxofone alto, Gonça-lo Moreira, em fender rhodes, FilipeLouro, no contrabaixo, e Pedro Vas-concelos, na bateria, completam as-sim o quadro do painel que se apre-sentará em palco, para encantar umpúblico desejoso de música de gran-de qualidade, refere a autarquia emnota de imprensa.

“Durante estes dois dias, os aman-tes deste estilo musical poderão des-frutar de espetáculos diferentes en-tre si, mas com um denominadorcomum: a paixão pelo Jazz”, salienta,por sua vez, Joaquim Couto, presi-dente da Câmara de Santo Tirso, alu-dindo que a iniciativa “tem comoobjetivo promover o gosto pelo jazz,através da realização de concertoscom os mais destacados músicos, mastambém através da aposta na forma-ção de novos públicos”. |||||

O PIANISTA PAULO GOMES (OSEGUNDO À ESQUERDA) JÁPROTAGONIZOU EM 2013 UMDOS MAIS BRILHANTESCONCERTOS DO CICLO DEJAZZ. REGRESSA AGORA COMO QUARTETO MAP

Em 2008, a convite da empresa AmbarIdeias no Papel SA, Isabel MachadoGuimarães foi desafiada a ilustrar umlivro da autoria de José Jorge Letriaintitulado “Chapéus Há Muitos!.” De-vido ao encerramento do setor de edi-ção da referida empresa, o livro nãochegou a ser publicado, mas o con-junto de ilustrações originais conce-bidas pela artista-plástica para acom-panhar o texto, acabaram por ganharvida própria. São precisamente essaspinturas que estão até ao próximo dia7 de novembro em exposição na Bi-blioteca Muncicipal de Santo Tirso.

O Carapuço, o barrete, o borsalino,a cartola, a mitra, o bicórnio, a boina…e até o de chuva são aqui retratadospela artista-plástica, com recurso avárias técnicas manuais de pintura, deforma colorida e com alguns aponta-mentos de humor.

Embora ligada ao design têxtil, Isa-bel Machado Guimarães licenciou-se em 2011 em Artes Plásticas – Escul-tura, pela Faculdade de Belas Artesda Universidade do Porto onde tam-bém frequentou o Mestrado de Pin-tura. Tem vindo a participar em exposi-ções onde se destacam a mostra indi-vidual “Fios do Tempo” no Centro Cul-tural de Vila das Aves. |||||

Os Chapéussegundo IsabelMachadoGuimarães

Em outubro sê prudente:guarda pão,guarda semente

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04 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

DESTAQUESANTO TIRSO // BALANÇO DE DOIS ANOS DE MANDATO ||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

“Daqui a quatro anos haverá, segura-mente, problemas a resolver. A vidaé dinâmica. Contudo, estou convictoque, nessa altura, teremos um conce-lho com mais coesão social e comníveis de competitividade superioresaos de hoje”. A frase do presidenteda Câmara, Joaquim Couto, não é atual,integrou o discurso de tomada deposse que fez, a 15 de outubro de2013, no repleto átrio dos Paços doConcelho. Dois anos depois o balan-ço, garante, “é excelente”. O presiden-te explica que o executivo que lideraprocurou “imprimir um novo dinamis-mo ao município” e dar “importânciaa áreas que não tinham”. Couto lem-bra que, em 2013, se propuseram aconcretizar um conjunto de 100 me-didas e anuncia que 60 por centodelas estão cumpridas, 26 por centoestão em curso e apenas 14 por cen-to estão por concretizar. A lista de com-promissos concretizados é extensa eatinge várias áreas. Desde a educa-ção à ação social, passando pelo des-porto, pelo turismo, pela cultura oupela juventude Couto lembrou inves-timentos e conquistas que levaram acabo, “de um modo organizado, pla-neado, em diálogo constante com asociedade, invertendo um conjuntode procedimentos, mantendo o quese entendeu que deveria ser mantido,reformulando o que se entendeu quedeveria ser reformulado”.

O subsídio municipal de arrenda-mento duplicou, passaram a ser com-participadas vacinas, descentralizou-se os serviços de ação social, criaram-se bolsas de estudo, criou-se uma uni-dade de autistas no concelho, nasceuo Orçamento Participativo Jovem, o San-to Tirso Market, o Santo Tirso a Cores,o Mercado Nazareno, o Invest SantoTirso, o programa Mimar. Paralelamen-te alguns impostos desceram, os aces-sos a zonas indústrias estão a ser me-lhorados, avançaram obras como arequalificação da av. Dias Machado,

Cidade vai ter novo parqueem Geão e nova PraçaCamilo Castelo BrancoNO DIA EM QUE ULTRAPASSOU A FASQUIA DOS DOIS ANOS À FRENTE DO MUNICÍPIO, JOAQUIM COUTO JUNTOUA COMUNICAÇÃO SOCIAL PARA FALAR DO TRABALHO, DO EMPENHO, DAS INICIATIVAS E PROJETOS JÁPOSTOS EM PRÁTICA E PARA ANUNCIAR OUTROS QUE QUER VER CONCLUÍDOS ATÉ AO FINAL DO MANDATO

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ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 05

em Vila Nova do Campo e a Rua Sil-va Araújo, em Vila das Aves, estáagora em concurso público. “Conti-nuamos com as visitas às freguesias,às empresas, às instituições concreti-zando o conceito de poder de proxi-midade e concretizando o diálogosocial que às vezes não tem sido bemcompreendido por algumas oposi-ções”, sublinhou Couto. O trabalhodos últimos dois anos não é, na vozdo presidente, uma concretização ex-clusivamente sua, “é uma equipa, umaequipa de vereadores, uma equipa detécnicos, de diretores e de chefes deserviços da autarquia”. Couto não dei-xou, de resto, de enfatizar que váriosfatores contribuíram para que o traba-lho do seu executivo na gestão muni-cipal avançasse “em velocidade de cru-zeiro” logo em 2013. “Eu próprio co-nheço muito bem o município, conhe-ço os lugares, conheço as freguesias etenho uma experiência de dezenasde anos no contacto com as popula-ções”, explicou, sublinhando que ofacto de dois dos seus vereadores (AnaMaria Ferreira e José Pedro Macha-do) terem transitado do executivo an-terior foi, igualmente, preponderante.

Ainda em espírito de balanço, Cou-to faz questão de sublinhar a priori-dade na coesão social, o diálogo eo rigor orçamental. “Gastamos cercade 67 por cento do nosso orçamen-to com fornecedores do concelho, aocontrário do que se diz, e temos, nestemomento 95 por cento do orçamen-to em plano concluído”. O autarcaacredita estar a ser feito um “investi-mento inteligente” e de acordo comas prioridades estabelecidas.

NOVOS PROJETOS ARRANCAMJÁ NO PRÓXIMO ANOMas no dia em que se assinalaram osdois anos de governação, JoaquimCouto quis deixar bem claro que ain-da há um conjunto de projetos quequer ver concluídos até ao final domandato. Para além de referir a remo-delação da Praça Coronel Baptista

Coelho, para “adaptá-la às suas fun-ções atuais”, o autarca referiu aindadois grandes projetos que tem namanga: a requalificação da Praça Ca-milo Castelo Branco e a criação donovo parque de Geão.

O projeto da nova praça CamiloCastelo Branco onde estão duasobras do Museu Internacional de Es-cultura Contemporânea ao ar livre jáestá a concurso, rondará o milhãode euros e prevê a construção de umarotunda, alargamento de passeios ea criação de percursos pedonais ecicláveis. “Aquele cruzamento consti-tuiu um problema sobretudo depoisde 1989 com a abertura da autoes-trada e depois de 1994 com a cons-trução das variantes à cidade de San-to Tirso”, lembrou o presidente, su-blinhando que a obra irá eliminarvários constrangimentos rodoviários.A praça, que é uma das principaisentradas da cidade, é também conhe-cida pelo prédio junto à Central deCamionagem abandonado há anos.Couto garante que resolver o proble-ma é um objetivo da autarquia e quea solução passará por “comprar, alu-gar ou expropriar” o edifício. Ainda as-sim, assegura que se trata de um pro-cesso independente da requalificação.

A Quinta de Geão, junto à Bibli-oteca Municipal será, brevemente, umnovo parque urbano. Essa é a vonta-de do executivo municipal. Já em1991 foi elaborado um projeto nessesentido mas nunca chegou a ser exe-cutado e Joaquim Couto acredita seruma mais valia reformulá-lo e adaptá-los às necessidades atuais. “Pareceu-nos que este era um investimento ne-cessário para o equilíbrio da cidadee até ao final do mandato estará con-cluído”, refere. O investimento rondaos 650 mil euros e incluirá um con-junto de equipamentos. Haverá umaligação à Biblioteca, uma entrada paraa Escola Secundária D. Dinis, passa-gens pedonais sobre o ribeiro doSanguinhedo, áreas de jogos, circui-tos de manutenção, entre outros. |||||

Podemos hoje afirmarcom orgulho que das100 medidas a quenos propusemos, jácumprimos cercade 60%, temos 26% emcurso e o resto, 14%,está por concretizar,mas ainda estamos ameio do mandato”.

“Estamos em outubroe o orçamento em pla-no de 2015 têm umgrau de execuçãopróximo dos 95%.Isto nunca aconteceunos últimos 40 anosde gestão municipal”.

“Temos um parquena zona nascente,pareceu-nos que eramuito importantepara o equilíbriourbano e para oequilíbrio da cidadeque a poente tambémhouvesse um parqueurbano”.

JOAQUIM COUTO SOBRE OPARQUE DE GEÃO. NAS IMAGENS AOLADO, O AGORA E O DEPOIS DOREFERIDO PARQUE, LOCALIZADOJUNTO À BIBLIOTECA MUNICIPAL DESANTO TIRSO

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Dada a sua relevância municipal, naparte final do meu artigo de opinião,publicado neste jornal na edição de23 de julho passado, entendi desta-car a inauguração em 18-07-2015do Parque Desportivo da Rabada, re-ferindo, em síntese: que terá custadocerca de um milhão e 500 mil euros,incluindo a comparticipação dos fun-dos europeus; que se tratava de umequipamento cuja “iniciativa perten-ceu ao anterior executivo, presididopelo Engº Castro Fernandes, e quese esperava, usando as palavras doatual Presidente da Câmara, Dr. Joa-quim Couto, que o inaugurou, “pos-sa ser usufruído, respeitado e con-servado por todos nós”.

A Câmara não terá gostado e, pelapena do seu Presidente, veio, ao abri-

Réplica a propósitodo rescaldo dasFestas de S. Bento

Manuel Neto

go do direito de resposta, criticar a mi-nha referência ao empreendimento eà sua inauguração, com recurso a umalinguagem desprimorosa, no mínimo,para o autor do artigo, de que se des-taca, a título de exemplo: “O articulistanão resistiu à tentação de (…) fazeruma referência ao Parque DesportivoMunicipal da Rabada...”, “Importantepara o articulista não foi a obra, masatribuir a paternidade do projeto deconstrução daquela zona desportiva”.

Ora a verdade é que já não te-nho idade para tentações e, por ou-tro lado, em meia dúzia de linhasera impossível relatar todo o históri-co do empreendimento inaugurado,até pela circunstância de o mesmointegrar o Parque Urbano da Rabada(já existente desde 2005), e este, porsua vez, o Plano de Urbanização dasMargens do Ave (por abreviatura, PU-MA) que veio mais tarde a ser incor-porado na Parceria para a Regenera-ção Urbana de Santo Tirso – Margensdo Ave (por abreviatura, PRU – Mar-gens do Ave). Acho que a opção to-mada de salientar no artigo em apre-ço o Presidente que lançou a obra e

o Presidente que a inaugurou foi amais correta e ajustada. Traduz a ma-nifestação de uma opinião, que nãofoi desprimorosa para ninguém. E nãofoi minha intenção fazer uma rese-nha histórica, quer do PUMA, querdo PRU – Margens do Ave.

De qualquer modo, a Câmara nãopoderá ignorar que no meu artigo dopassado mês de janeiro qualifiqueio município de Santo Tirso como “ummunicípio amigo da natureza e doambiente”, opinião que aqui reitero,tendo ainda salientado, já nessa altu-ra, que o PRU – Margens do Ave era“um projeto inovador,” de parceriacom várias instituições (Escola Agrí-cola, Ministério da Educação e Mi-sericórdia de Santo Tirso, entre outras),cuja iniciativa partiu do executivo pre-sidido pelo Engº Castro Fernandes eteve a continuidade da atual Câma-ra presidida pelo Dr. Joaquim Couto.

É recorrente as empresas, as asso-ciações, os clubes, os partidos, os go-vernos, as Câmaras e outras organiza-ções, serem identificadas e reconhe-cidas pelos seus líderes ou principaisfiguras. No caso, os factos relatadosno artigo de 23-07-2015 são obje-tivos e encontram-se documentados.

Não se pode nem deve apagar ouretirar da narrativa histórica municipalque o Engº Castro Fernandes exer-ceu as funções de presidente dos exe-cutivos camarários no período com-preendido entre 1999 e 2013. E foino decurso desses mandatos que, sobproposta da Câmara, a AssembleiaMunicipal aprovou o Plano de Urba-nização das Margens do Ave (PUMA),

cuja candidatura apresentada aos fun-dos comunitários de 2000/2006não obteve, contudo, qualquer apoio.

Apesar do insucesso, a Câmaranão perdeu a oportunidade de secandidatar novamente aos fundoseuropeus em 2008, no quadro de“Parcerias para a Regeneração Urba-na”, com um novo projeto – em que éincorporado o PUMA – de parceriacom as entidades, entre outras, aci-ma referidas. Assim, em 2009 é apro-vada a candidatura que envolve em-preendimentos cujo custo global secifra em 10 milhões, 116 mil e 730euros, de que se destaca: o percursopedonal e ciclável ao longo da mar-gem direita do Ave, inaugurado em2012; o Parque Urbano da Rabada(2ª fase), que integra o Parque Des-portivo, inaugurado em julho passa-do; o Centro de Educação Ambientale Escola Profissional de Hotelaria nachamada Quinta de Fora (Misericór-dia), integrada na Escola Agrícola; oPasseio dos Frades; o Passeio da Ilha(ligação do Monte da Srª da Torre,Lama, à ínsua do Ave); a Nave Cul-tural (inaugurada em 2013), o Cen-tro Interpretativo da Indústria Têxtil erequalificação da frente fluvial daantiga Fábrica do Teles.

Os factos podem ser objeto de dis-cussão, valoração ou de crítica. A mi-nha opinião foi emitida ao abrigo deum direito constitucionalmente ga-rantido – a liberdade de expressão.

Vale o que vale, mas, parafrasean-do o feliz verso de Carlos de Olivei-ra “não há machado que corte a raizao pensamento”. |||||

Nome: ............................................................................................................................................................................

Morada: ................................................................................................................................................................

Código Postal: ......................... / .................... Localidade: ..............................................................................

Telefone: ............................................. Número de Contribuinte: .............................................................................

Data de Nascimento: ......... / .......... / ..........

Forma de pagamento: Cheque número (riscar o que não interessa): ....................................................................................

ou por transferência bancária para o NIB: 0035 0860 00002947030 05

Data ..... / ..... / ..... Assinatura: ........................................................................................................................................

FICHA DE ASSINATURA*FAÇA UMA ASSINATURA DO ENTRE MARGENS

* VALORES DAS ASSINATURAS // PORTUGAL - 15 EUROS; EUROPA - 27 EUROS; RESTO DO MUNDO - 30 EUROS

“A OPÇÃO TOMADA DE SALIEN-TAR NO ARTIGO EM APREÇO OPRESIDENTE QUE LANÇOU AOBRA E O PRESIDENTE QUE AINAUGUROU FOI A MAISCORRETA E AJUSTADA. TRADUZ AMANIFESTAÇÃO DE UMA OPINIÃO,QUE NÃO FOI DESPRIMOROSAPARA NINGUÉM”.

OPINIAO~06 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

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CARTOON // VAMOS A VER...

We are them*

Felisbela Freitas

ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 07

A entrada na Europa de pessoas àprocura de um futuro melhor não éde agora. Apesar de toda a “crise” eaumento de pobreza, temos, nos pa-íses da Europa, condições extraordi-nárias quando comparadas com inú-meros outros países de outros conti-nentes. Não é pois de admirar quehaja quem nos procure para tentarmelhorar a sua vida.

No passado, a origem dos imi-grantes era essencialmente de ex-co-lónias europeias, num processo queme parece de justiça, atendendo atudo o que lá foram explorar os paí-ses colonizadores.

Mas a instabilidade vivida em al-guns países africanos e do médio ori-ente levou a um fluxo bem diferente.

Estas pessoas que têm “dado àcosta” dos países mediterrânicos fo-gem de algo bem pior que a pobrezae a falta de emprego. Fogem da guer-ra! Fogem pela vida! Pela sua e pelados seus filhos.

Fogem de regimes que não seimportam de exterminar o seu pró-prio povo! Fogem de extremistas que,baseados numa qualquer leitura dis-torcida de religião, cometem as mai-ores atrocidades contra quem se lhesopuser (ou esteja simplesmente qui-eto no seu canto).

São pessoas que tinham casas,empregos, perspetivas de futuro, quede repente viram as suas vidas vira-das do avesso. Que se viram no meiode bombas e tiroteios, de gente mor-ta nas ruas, de edifícios desfeitos.

Qualquer um de nós faria tudopara fugir de uma situação destas egarantir a sobrevivência e um futuroaos filhos.

Quando se tem o inferno à porta,todos os caminhos, todas as dificul-dades parecem ter melhores perspe-tivas. Isso explica a quantidade decrianças que vemos nas imagens quenos entram todos os dias em casa pelatelevisão. “Ninguém mete os filhos naágua, se a terra for mais segura.”

Estas pessoas não são imigrantes.São refugiados. Mesmo que fossemimigrantes, já seria nosso dever - en-

quanto povos “privilegiados” e decultura cristã - aceitá-los e ajudá-los.Na situação em causa, ainda se co-loca mais esse dever.

Não podemos preocupar-nos comraças e credos. Não podemos focar-nos no facto de outros países maispróximos das origens destas pesso-as não estarem a recebê-los. Nãopodemos comparar-nos pela negati-va! Temos de nos comparar com pa-íses como o Líbano, que receberammais de 1 milhão de refugiados! 25%da sua população. Na Europa, esta-mos a falar de 1-2%.

Como podemos virar costas a es-tas pessoas? Como podemos simples-mente mandá-las de volta para paí-ses destruídos pela guerra? Comopodemos estar a deixá-las morrer emalto mar ou nas nossas praias? Comopodemos estar a criar muros, a atirar-lhes gás lacrimogéneo, a passar-lhesrasteiras quando fogem da polícia?

Como podem os nossos políticosestar há meses a decidir o que vãoou não fazer… quem recebe quantos…?

E como pode tanta gente ser con-tra receber estas pessoas?

Percebo o receio pela cultura tãodiferente, pela possibilidade de es-tarmos também a receber extremistasislâmicos, mas pode isso ser razãopara abandonarmos milhares de pes-soas inocentes, que apenas procu-ram uma hipótese de sobreviver?

Diria que temos “apenas” de criarmecanismos de prevenção e de ver-dadeira integração, para tentar garan-tir que nenhum dos piores receiosse revele verdadeiro.

Não percebo o argumento de ter-mos pobres dentro de portas, de ter-mos de os ajudar primeiro. A ajudatem de ser exclusiva? Só se pode aju-dar uns e não outros?

E quem define que uma vida, umadificuldade, por ser de um portuguêsé mais importante que a de um estran-geiro? Como se define este tipo deprioridades? Será que quem apresentaeste argumento alguma vez fez algopara ajudar quem precisa em Portugal?

Acredito que a nossa missão nestemundo passa por deixá-lo um pou-co melhor do que o encontramos.

Ajudar o próximo é uma das for-mas de o fazer. E o “próximo” é qual-quer pessoa que necessite, seja o vi-zinho do lado, seja alguém de umpaís distante que nos “bate à porta”.O “próximo” são eles! E nós somoseles. ||||| * Nos somos eles

Uma personagem de Herman Josétinha como principal característica afrase “Eu é que sou o presidente dajunta…” por isso Elisabete Faria podeestar descansada que esta minhaafirmação não é uma tentativa degolpe de Estado na junta de fregue-sia de Vila das Aves. Eu refiro-me aoutra tentativa de golpe de estado,em que António Costa (AC) tentade todas as formas chegar ao poder,nem que para isso seja necessárioatropelar a vontade dos portugue-ses, tirando elações levianas dosresultados das ilações legislativas e,com isso, querendo reverter umapesada derrota que teve, quem sabe,numa vitória poucochinha, mas mui-to pouco democrática.

A nossa constituição defendeque o Presidente da República devefazer a interpretação dos resultados

“Eu é que sou opresidente da junta...”

e convidar quem achar que tem con-dições de formar governo. Nestemomento a esquerda portuguesadefende que é quem está em con-dições de o fazer e que, por isso,deve ser AC primeiro-ministro. Masvamos por partes. Primeiro, e curio-samente defendido por AC em2009, existe um costume em Portu-gal de o Presidente convidar o par-tido (ou coligação) mais votado paraformar governo e, como diz a nossalei que uma das formas da lei existire ser aplicada é “o costume: regranão escrita que se forma pela repe-tição reiterada de um comportamen-to e pela convicção geral de que talcomportamento é obrigatório e ne-cessário”, o Presidente da Repúblicadeverá convidar o Líder da coligaçãoa formar governo em maioria simplesou tentar acordos com outros paraassegurar uma maioria absoluta.

Agora, olhemos para os argu-mentos de AC para formar gover-no: a existência de uma maioriaabsoluta de esquerda, aqui temosos mesmos dois caminhos, ou aformação de governo ou acordoparlamentar. No primeiro caso seráque AC pode mesmo assumir que

todos os votos que teve foram paracastigar a direita e por isso tem legi-timidade para convidar o BE e o PCpara governar com eles? Penso quenão é porque parta do princípio queas pessoas votaram no PS não porser alternativa, mas porque não que-riam votar na direita. Seguindo esseraciocínio, o que o PS defendia nãointeressava, interessava sim correr oanterior governo de um segundomandato. Isso não é, de todo, ver-dade. Muitas pessoas votaram noPS porque acreditavam no seu pro-jeto e não numa política de nega-ção e “bota abaixo” característico departidos mais radicalizados. A ou-tra hipótese é o acordo parlamen-tar. O governo formado unicamen-te pelo PS, o BE e o PC aprovariatodas as votações no parlamento.Neste caso bastará um dos partidosou um pequeno conjunto de depu-tados dos 3 partidos não estar deacordo para não existir a dita maio-ria. Será credível isto acontecer? Seráque quando o país precisar de cum-prir as metas que estamos obriga-dos a cumprir voltamos a ter umgoverno a prazo, sem a estabilida-de propalada por AC? |||||

Mário Machado Guimarães

Não percebo o argumento de termos pobres dentro deportas, de termos de os ajudar primeiro. A ajudatem de ser exclusiva? Só se pode ajudar uns e não outros?FELISBELA FREITAS

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08 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

ATUALIDADESANTO TIRSO // ESCOLA-HOTEL

INSCRITO NA D.G. DA C.S. SOB O Nº112933

DEPÓSITO LEGAL: 170823/01

PERIODICIDADE: BIMENSAL

DIA DE SAÍDA: QUINTA-FEIRA

TIRAGEM MENSAL: 4.000 EXEMPLARES.

ASSINATURAS: PORTUGAL - 15 EUROS / EUROPA - 27,00 EUROS / RESTO DO MUNDO - 30,00 EUROS

NÚMERO AVULSO: 1,00 EURO. PARA PAGAMENTO POR TRANSFERÊNCIA UTILIZAR NIB: 0035 0860

00002947 030 05. IBAN: PT50 0035 0860 00002947 030 05. BIC: CGDIPTPL

PROPRIEDADE: COOPERATIVA CULTURAL DE ENTRE-OS-AVES, C.R.L. NIF: 501 849 955

DIREÇÃO DA CCEA: PRESIDENTE: AMÉRICO LUÍS CARVALHO FERNANDES; TESOUREIRA: LUDOVINA SILVA;

SECRETÁRIO: JOSÉ CARVALHO. VOGAIS: JOAQUIM FANZERES E JOSÉ MACHADO.

DIREÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E REDAÇÃO: LARGO DR. BRAGA DA CRUZ, Nº 234 (ANTIGO EDIF. DA ESCOLA DA PONTE)

APARTADO 19 - 4796-908 AVES - TELEFONE E FAX: 252 872 953

DIRETOR: LUÍS AMÉRICO CARVALHO FERNANDES. CONSELHO DE REDAÇÃO: JOSÉ PEREIRA MACHADO, LUÍS ANTÓNIO

MONTEIRO, LUDOVINA SILVA. REDAÇÃO: LUÍS AMÉRICO FERNANDES, JOSÉ ALVES DE CARVALHO (C.P.N.º 4354),

CATARINA SOUTINHO (C.P.N.º 1391), LUDOVINA SILVA, ELSA CARVALHO (C.P.N.º 9845).

COLABORAM NESTE JORNAL: JOSÉ PACHECO, AMÉRICO LUÍS FERNANDES, PEDRO FONSECA, NUNO MOTA,

FERNANDO TORRES, MIGUEL MIRANDA, ANTÓNIO LEAL, ALBERTO GOUVEIA, BELANITA ABREU, CATARINA GONÇALVES,

MANUEL NETO, FERNANDO TORRES, FELISBELA FREITAS E FELISBELA LUÍS FREITAS.

DESIGNER GRÁFICO: JOSÉ ALVES DE CARVALHO

REPORTER FOTOGRÁFICO: VASCO OLIVEIRA.

COMPOSIÇÃO E PAGINAÇÃO: JORNAL ENTRE MARGENS

COBRANÇAS E PUBLICIDADE: LINO ALVES

IMPRESSÃO: EMPRESA DO DIÁRIO DO MINHO, LDA.

RUA CIDADE DO PORTO | PARQUE INDUSTRIAL GRUNDIG, LOTE 5 - FRACÇÃO A - 4700-087 BRAGA

ENTRE MARGENS - Nº 548 - 22 OUTUBRO 2015

Já se alugam quartosna Quinta de Fora

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

O projeto é uma parceria entre quatroentidades e isso mesmo fez questãode sublinhar o presidente da Câmara,

QUEM PASSA NA RUA EM FRENTE À QUINTA DE FORA, EM SANTO TIRSO, ESTÁLONGE DE IMAGINAR A MODERNIDADE QUE AS FACHADAS DO ANTIGOESPIGUEIRO E DA ANTIGA CASA DO CASEIRO ESCONDEM. AS OBRAS DEREQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO JÁ TERMINARAM E A INAUGURAÇÃO ACONTECEUNO PASSADO DIA 13.

Joaquim Couto, na cerimónia de inau-guração. “Esta obra personifica umagrande capacidade de diálogo porparte de várias instituições: a CâmaraMunicipal, a Santa Casa da Misericór-

dia [proprietária dos terrenos], o pró-prio Estado, e a escola. Se não fossemestas várias instituições chegarem aum consenso sobre aquilo que se pre-tendia fazer provavelmente hoje nãoestaríamos aqui”. A escola a que Joa-quim Couto se refere é a Escola Agrí-cola Conde S. Bento que irá utilizar oespaço para alguns dos cursos quetem, atualmente disponíveis.

O antigo espigueiro é agora aCasa do Sequeiro e para quem a visi-ta será, com certeza, difícil estabele-cer qualquer relação com a sua ante-rior função. Está dotada de um audi-tório, duas salas de exposições, umasala de formação para a área de res-taurante e bar, um bar, um centro deinterpretação ambiental das margensdo Ave e ainda um pequeno T2 quecompleta a oferta de três quartos dohotel-escola instalados na antiga casado caseiro. Também ela perdeu, deresto, essa designação, é agora a Casa

Rosae e alberga o restaurante-esco-la, a cozinha e os referidos quartos.

As obras começaram ainda sobrea alçada de Castro Fernandes e odiretor da Escola, Carlos Frutuosa,não deixou de lembrar isso mesmo.“Não ficava muito bem na minhaconsciência se não tivesse uma pala-vra de gratidão para o anterior execu-tivo que esteve no lançamento desteprojeto”, sublinhou. O presidente daCâmara explicou que nesta, como emoutras situações, a posição do seuexecutivo foi a de “dar continuidadeao processo”, pois ele “nasceu comum objetivo claro de criar emprego edotar a escola profissional agrícolade instalações dignas e o mais mo-dernas possível para o exercício da suaatividade”. Isso e a aposta pela recu-peração do património em detrimen-to da construção do novo.

“A nossa vocação é agrícola mastambém estamos atentos às necessi-dades do mercado”, garante CarlosFrutuosa que explica que, nesse sen-tido, a escola oferece agora, cursoscomo a pastelaria, a cozinha, restau-rante e bar. Com 370 alunos e seminfraestruturas disponíveis para aco-lher mais, a Escola Agrícola tem bemdefinidos os objetivos para os novosespaços na Quinta de Fora. Os quar-tos já podem ser alugados por quemo desejar, quanto ao restaurante eao bar, numa primeira fase, garante,“vai ser difícil ou quase impossíveltrabalharmos todos os dias por cau-sa da falta de pessoal”. Ainda assimassume: “no futuro quando estiver-mos com a estrutura toda montada etivermos todos os funcionários quenecessitamos este será um espaçocujo objetivo é que funcione todosos dias como restaurante pedagógi-co, como um bar pedagógico e este-ja aberto ao público todos os dias”.

A inauguração contou com a pre-sença de várias figuras de dentro efora do concelho e inclui um showcooking com a vencedora do Master-chef Portugal, Lígia Santos. ||||||

JOAQUIM COUTO E CARLOSFRUTUOSA, DIRETOR DA ESCOLAAGRÍCOLA, NA INAUGU-RAÇÃO DA QUINTA DE FORA

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Rua da Indústria, 24 - 4795-074 Vila das Avestelefone 252 820 350 | fax 252 820 359E-mail: [email protected]

ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 09

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ARVA com eleiçõesem dezembro

O dia 16 de outubro podia bem serum dia de aulas como tantos outrosna Escola de Bom Nome, em Vila dasAves. Podia, mas não foi. No dia daalimentação a escola quis proporcio-nar aos alunos uma atividade comple-tamente diferente, e a avaliar pelo en-tusiasmo com que a abraçaram, dir-se-ia que foi totalmente bem-sucedida.

O dia da alimentação foi celebra-do de várias formas dentro e fora dopaís mas a Escola de Bom Nome pre-parou uma iniciativa, no mínimo, ori-ginal. “Muitos dos alunos nunca vi-ram uma desfolhada e é uma formade passar as tradições”, explicou

Andreia Neto retomavisitas a empresas

O município de Santo Tirso já abriuo concurso para adjudicar a primei-ra fase da requalificação da Rua SilvaAraújo, em Vila das Aves, num valorque ronda os 860 mil euros.

A Câmara fixa o prazo contratualdas obras em 180 dias. A primeirafase da empreitada, a mais substanci-al do investimento, visa a repavimen-tação da rua, melhoramento e cons-trução de passeios e zonas pedonais,bem como o aumento da segurançarodoviária. A obra contempla aindao melhoramento dos muros evedações, nova arborização e ampli-ação dos espaços verdes e a instala-ção de mobiliário urbano.

“Esta é uma obra estruturante, rei-vindicada e ansiada há muito tempopelos avenses”, lembra o presidenteda Câmara, Joaquim Couto, que su-blinha que ”a requalificação da ruaSilva Araújo terá de ser executadapor fases, mas que acabará por qua-lificar uma importante via estruturanteurbana de Vila das Aves”.

Rua SilvaAraújo está aconcurso

A Associação de Reformados de Viladas Aves (ARVA) vai levar a cabo,ainda este ano, eleições gerais paraos seus órgãos sociais. O ato eleito-ral deverá acontecer em dezembro ea data definitiva, assim como a horae a restante informação acerca daslistas candidatas serão divulgadasdurante o próximo mês. |||||

V. AVES // ASSOCIAÇÃODE REFORMADOS

V. AVES // REDE VIÁRIA

||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Depois de, no passado dia 4 deoutubro, ter sido reeleita deputa-da da Assembleia da República,pela coligação Portugal à Frente, atirsense Andreia Neto, voltou aoterreno para retomar um conjuntode visitas a empresas que tem vin-do a levar a cabo nos últimos tem-pos. Primeiro na LMA - LeandroManuel Araújo, em Rebordões edepois, a dia 169, na Felpinter emVila Nova do Campo.

A deputada garante que o obje-tivo é conhecer “as perspetivas queos empresários do concelho têmrelativamente ao presente e ao fu-turo e apontar, também, as dificul-dades e constrangimentos com quese vão confrontando”. AndreiaNeto assegura que o feedback da-do pelas várias empresas por ondetem passado é de que “estão me-lhores, há mais investimento, há

mais criação de emprego”. O seuinverso - o desemprego -, esse, con-tinua a ser uma das preocupaçõesda deputada que lembra que, emSanto Tirso, ainda atinge valoreselevados. Por isso mesmo, garan-te, “é extremamente positivo quan-do podemos constatar que os em-presários que estão no terreno es-tão satisfeitos, as empresas estãoa crescer, estão a gerar investimen-to e consequentemente estão agerar postos de trabalho”.

Sobre a Felpinter, que atua nosetor têxtil, Andreia Neto sublinhatratar-se de uma empresa que “temcrescido exponencialmente, desig-nadamente no que toca a expor-tação, contando, neste momento,com cerca de 460 funcionários”.Para o crescimento, acredita, temsido determinante nas várias em-presas, “um forte investimento emtecnologia avançada, fruto, também,das exigências de mercado”. ||||||

ENQUANTO O PAÍS AGURDA POR UM VEREDITO FINALSOBRE QUEM É QUEM A LIDERAR OS DESTINOSDO PAÍS NOS PRÓXIMOS TEMPOS, ALGUNS DEPUTA-DOS ELEITOS NO DIA 4 JÁ ANDAM NO TERRENO

PSD // VISITA À EMPRESA FELPINTER

Desfolhada paracomemorar odia da alimentação

Urania Costa, professora do 2.º anoda escola e coordenadora do esta-belecimento. Em vez de ensinarem osalunos a confecionar um doce, umsalgado ou qualquer prato à sua es-colha, a escola decidiu, garante a co-ordenadora, “mostrar que os alimen-tos não surgem como estão no su-permercado”. Convidaram três ele-mentos do Ranho Etnográfico de Viladas Aves e juntos deram vida a umaanimada desfolhada no átrio da es-cola. Os alunos agarraram o desafiocom as duas mãos e celebraram, as-sim, um dia bem diferente do queestão habituados. ||||| ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

ESCOLAS // ALIMENTAÇÃO

ESCOLA DE BOM NOME, EM VILA DAS AVES, CONVOCOUALGUNS ELEMENTOS DO RANCHO ETNOGRÁFICO PARACELEBRAR COM OS MAIS NOVOS O DIA DA ALIMENTAÇÃO

É extremamente positivo quando constatamosque as empresas estão a gerar investimento econsequentemente estão a gerar postos de trabalho”.“ANDREIA NETO, DEPUTADA PSD

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ATUALIDADEEram esperados500, vierammais de dois mil

|||||| TEXTO: ELELELELELSSSSSAAAAA CARCARCARCARCARVVVVVALHOALHOALHOALHOALHO

Garante a organização que quandoa ideia de realizar uma corrida emVila das Aves surgiu o objetivo eraalcançar as 500 inscrições. Criaramum percurso de 10 quilómetros paraa corrida, um de seis para a caminha-da, trataram das t-shirts, das medalhas,da água e abastecimento. Trataram detodos os pormenores, mas as inscri-ções depressa passaram as 500, as mil,as mil e 300, e não o fosse as 2 milser o número limite devido à logísticadisponível, provavelmente tambémesse número seria ultrapassado.

No dia 18, o domingo amanhe-ceu com chuva mas nem isso afu-gentou os participantes. Ainda antesdas 10 horas já havia música juntoao estádio do Clube Desportivo dasAves e, enquanto uns se aventuravamnos exercícios de aquecimento queos vários ginásios da freguesia iamproporcionando, outros iam prepa-rando as pernas para a corrida. A par-tida aconteceu sem que a chuva des-se tréguas, pelas mãos da organiza-ção, da presidente da Junta, Elisabete

Roque Faria, do presidente da Câma-ra, Joaquim Couto, da vice-presiden-te, Ana Maria Ferreira e alguns vere-adores. Os atletas que disputavam opódio dos 10 quilómetros depressadesapareceram no cruzamento coma rua da Visitação e a mancha azul everde foi, aos poucos pintando, ruaapós rua, os vários pontos da fre-guesia. De guarda-chuva, chapéu ousem nada a proteger, o passo fez-seapressado entre cumprimentos a co-nhecidos que se encontravam nocaminho, nas varandas, nos toldosdos cafés. “Queres que chame umtáxi?” Lia-se num dos placards juntoà rua logo depois de ultrapassados

NO PRIMEIRO EVENTO DO GÉNERO REALIZADO EM VILA DAS AVES, NEM ACHUVA AFASTOU O SUCESSO. A PRIMEIRA CORRIDA ‘AVES EM MOVIMENTO’PERCORREU AS RUAS DA VILA NO ÚLTIMO DOMINGO, DIA 18, E CONTOU COMMAIS DE DOIS MIL PARTICIPANTES.

os dois primeiros quilómetros. En-contrar-se-iam frases de encoraja-mento recheadas de bom humor maisumas quantas vezes em todo o percur-so. “Não pares agora, está gente aver’, ‘está quaseee”, eram só algumasdelas. Para quem fez a caminhada, aav. de Paradela foi feita debaixo deuma chuva pesada que deixava pin-gos grossos escorrer pela face e per-derem-se no queixo. A velocidadeera, ainda assim, mantida e acompa-nhada de conversas e gargalhadas.Houve música também. Em frente daJunta de freguesia, uma banda tocavaao vivo e na Rua João Bento Padilhao passo fazia-se ao ritmo dos princi-pais êxitos das rádios. A chegada àmeta era feita num ambiente de totalboa disposição. Houve comida e águapara todos, massagens gratuitas e to-dos os participantes da corrida rece-beram medalhas. Sandra Veloso, umdos elementos da organização, foiinterrompida um bom par de vezesenquanto falava ao Entre Margens doquão bem tinha corrido o evento. “Pa-rabéns”, diziam-lhe uma e outra e ou-tra vez. “Foi tudo muito bem organi-zado”, continuavam. “O balanço é es-te”, dizia Sandra, “eu estive a falar comas pessoas e todas elas tiveram umcomentário bastante positivo, disseramque o percurso era bom, não obstanteo paralelo, que estava muito animadoe que foi espetacular, apesar da chu-va”. Mesmo lembrando as “muitashoras sem dormir, muita preocupação,muita logística para arranjar e muitoscontactos” o balanço, garante, “é mui-

to positivo e valeu muito a pena”.A entrega de prémios começou

quando a chuva deu alguns minutosde folga. Voltou pouco tempo depoismas nem isso impediu as pessoas,entre as quais a deputada tirsense,Andreia Neto, de abandonar o local.No final, a presidente da Junta, Elisa-bete Roque Faria, brincava: “a chuvaveio abençoar esta nossa primeirainiciativa, que correu muito bem”. Apresidente lembrou os cerca de 60voluntários que estiveram espalhadosao longo do percurso, o apoio daGuarda Nacional Republicana. “AGNR foi impecável. Ajudou a aperfei-çoar tudo porque tínhamos mais de70 cruzamentos que era preciso as-segurar”, sublinhou. Quanto aos Bom-beiros de Vila das Aves, assegura te-rem sido “incansáveis”. “Tínhamos umaforça empenhadíssima, quer no Está-dio do Aves, quer no quartel, quer mes-mo em algumas saídas. São coisasque passam despercebidas mas esta-vam lá e se houvesse alguma urgên-cia estavam garantidas as condições”.

Para Elisabete Faria “sucesso” é apalavra que melhor descreve a pri-meira corrida “Aves em Movimento”.E, por isso mesmo, já pensa na próxi-ma. “A nossa ideia era hoje dizer quala data da próxima mas não é possí-vel”, garante a presidente. “Temos quefazer uma análise porque não quere-mos fazer concorrência a ninguém; hádiferentes atividades de várias associ-ações da terra e queremos marcar acorrida numa data que não colida comabsolutamente nada”, concluiu. |||||

VILA DAS AVES // CORRIDA ‘AVES EM MOVIMENTO’

O PONTAPÉ DE SAÍDA PARA APRIMEIRA CORRIDA AVES EMMOVIMENTO FOI DADODEBAIXO DE CHUVA. MAS NEMPOR ISSO, A PROVA DEIXOUDE SER UM GRANDE SUCESSO

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As obras de saneamento ao longoda Estrada Nacional 105 e o conse-quente mau estado do pavimento,que tanta tinta já fez correr em jor-nais e redes sociais parece estar pró-xima do fim. Pelo menos é isso quepretende a autarquia, que garante que“a conclusão dos trabalhos da em-preitada na EN 105, uma das princi-pais via rodoviárias que atravessa oconcelho, está em linha com o quehavia ficado definido no plano deintervenção previsto para o alarga-mento da rede de saneamento”. Nareunião do executivo de dia 8, o pre-sidente da Câmara, Joaquim Couto,sublinhou que a autarquia “sempre

AUTARQUIA GARANTE QUE INTERVENÇÃO NA ESTRADAPARA A COLOCAÇÃO DE INFRA ESTRUTURASDE SANEAMENTO ESTÁ QUASE TERMINADA

fez sentir às entidades envolvidas naempreitada de alargamento da redede saneamento básico a necessidadedo cumprimento dos prazos estabe-lecidos, na tentativa de causar o me-nor impacto possível aos condutorese moradores que se servem da EN105”. A autarquia vê os trabalhos na105 como sendo “máxima importân-cia”, “não só porque permitem a in-fraestruturação das zonas interven-cionadas, mas também porque asse-guram o alargamento da rede de sa-neamento básico no concelho, atra-vés da empresa Águas do Norte” egarante que tem acompanhado os tra-balhos de colocação das infraestru-

turas de saneamento, “com o objetivode garantir que os prazos para a execu-ção da obra estejam a ser cumpridos”.

No período antes da ordem dodia, Couto não deixou de lamentar“que tenha havido uma tentativa deaproveitamento político” no que dizrespeito a este assunto. “É, pois, demau tom procurar aproveitar o natu-ral transtorno provocado pelas obras

nos utilizadores daquela estrada na-cional para fins políticos ou partidá-rios, fazendo inaceitáveis associaçõesentre os trabalhos a decorrer na viacom os pretensos índices de sinistra-lidade, pontos negros e número demortos e feridos ocorridos na EN105”, sublinhou o presidente. A Câ-mara assegura, ainda, que não hou-ve deficiente reposição do pavimen-

to na EN 105, “o que houve foi re-posição provisória do pavimento, deacordo com o que estava estabeleci-do no calendário da empreitada” egarante que falta “muito pouco tem-po para acabar com o transtorno cau-sado pela necessidade de seintervencionar aquela estrada nacio-nal para colocar as infraestruturas desaneamento” |||||

SANTO TIRSO // REDE VIÁRIA

“Transtorno” naEN 105 chegaráao fim “emmuito pouco tempo”

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ATUALIDADESANTO TIRSO // EMPRESAS

Intermarchédoou kitsno regressoàs aulas

É a primeira corrida e caminha soli-dária do Ave e inclui uma corrida de10 quilómetros e uma caminhada decinco. A iniciativa é do grupo PROEF,ODLO e AEBA e está marcada paradia 15 de novembro, às 10h. As duasprovas irão passar por várias fregue-sias do município da Trofa e sairãodo Parque Nossa Senhora das Do-

Como já começa a ser um hábito,reuniram-se nas imediações do Mos-teiro de Singeverga, um grupo de ci-dadãos que têm em comum o seuinício de formação académica naquelaEscola Claustral nos anos 60.

Reconhecem ter tido professoresde alta craveira científica (alguns commais de um curso superior em uni-versidades estrangeiras), viveram numregime austero, frugal, disciplinado,espartano, tipo de formação de Co-mandos, onde além da componentereligiosa, não possuíram (desde jo-vens) quaisquer mordomias. Além dese levantarem às 5h30 da manhã,deitavam-se às 21h30. Cuidavam dahigiene de todas as suas instalaçõesde vida e estudos. Praticavam tam-

II Encontro antigosalunos deSingevergaO ENCONTRO ACONTECEU NO CONHECIDO E BEMAPRECIADO RESTAURANTE UISCAS, EM RORIZ

bém muito desporto, faziam caminha-das de dezenas de quilómetros porentre montes e serras e todos os diasobrigatoriamente faziam uma cami-nhada higiénica depois das princi-pais refeições, estivesse sol, chuva outemporal. Hoje poderão ser conside-rados autênticos “survivors”.

Muitos são cidadãos empenhadose distintos da nossa sociedade, ondenas várias atividades que desenvol-vem, procuram ser referênciasedificantes e empenhadas, com o seuexemplo, não esquecendo nunca ocontributo que lhes foi dado pelossacerdotes beneditinos do Mosteirode Singeverga. O encontro aconte-ceu no Restaurante - Casa de PastoUiscas’, em Roriz. |||||

RORIZ // CONVÍVIO

Primeira corrida solidária doAve reverte em favor da ASAS

Castings do Modatirso2015/2016já arrancaram

Depois do término da campa-nha de regresso às aulas o In-termarché de Vila das Aves vaiagora doar 10 kits escolares aescola da região, nomeada-mente à Escola Básica de BomNome e de Quintão 1, que irãodepois distribui-los pelas famí-lias mais carenciadas.

A campanha teve início a 27de agosto, terminou no passa-do dia 16 de setembro e incluiuo kit escolar mochila por 5,99euros e composto por mochi-las, um estojo, duas borrachas,um lápis de carvão, quatro ca-netas, uma régua de 20 cm,duas colas, um apara-lápis, umcaderno A4 agrafado pautadoe uma bolsa de micas transpa-rentes. “O Intermarché quer es-tar próximo dos portuguesesaumentando a sua inserção nacomunidade e fomentando apoupança das famílias”, subli-nha Rui Bento Fonseca, respon-sável do Intermarché de Viladas Aves, sublinhando que acampanha de regresso às aulasé um bom exemplo desta vonta-de. “Nesta época do ano mui-tas famílias veem as suas des-pesas crescer e para ajudar aultrapassar este período de for-ma serena o Intermarché criouo kit a preço muito convidati-vo, que incluem tudo o que énecessário para um regresso àsaulas”, conclui. |||||

VILA DAS AVES //KITS ESCOLARES

Ao todo são 14 castings que irão serlevados a cabo nas várias escolas doconcelho para o Modatirso 2015/2016 e os primeiros já começaram.O Modatirso é um concurso de modaaberto a todos os alunos que frequen-tem as escolas do concelho ou resi-dam no mesmo. Podem participar to-dos os jovens que possuam uma al-tura mínima de 1m70 ou 1m75, casosejam, respetivamente, do sexo femi-nino ou masculino. Os jovens deve-rão ter entre 12 e 24 anos de idade.O próximo casting realiza-se amanhã,

dia 23, no Instituto Nun’Álvres.Além de um concurso, o Modatir-

so tem como objetivo contribuir paraa indústria criativa, nas áreas da mo-da, mas não só, envolvendo todasas áreas adjacentes, tais como a foto-grafia, o vídeo, a impressão digital, oenvolvimento social e a educação. Ainiciativa promovida pela Câmara deSanto Tirso, em parceria com a agên-cia One Models, pretende dar visibi-lidade a novas redes, novas ideias enovos negócios, promovendo destaforma o município de Santo Tirso. |||||

res. As inscrições para as provas po-dem ser feitas em desportiva.pt e têmum custo de 3 euros para a cami-nhada e 5 euros para a corrida. Odinheiro reverte, depois, a favor dosBombeiros Voluntários da Trofa, dosVicentinos da Trofa e da Associaçãode Solidariedade e Ação Social deSanto Tirso (ASAS). ||||||

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ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 13

VILA DAS AVES // ASSOCIAÇÕES

||||| TEXTO: AMÉIRICOAMÉIRICOAMÉIRICOAMÉIRICOAMÉIRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

O Grupo Etnográfico das Aves cele-brou o seu 60º aniversário no pas-sado dia 16 do corrente mês de outu-bro com uma singela cerimónia quedecorreu na sua sede. Nessa cerimó-nia pretendeu a direção da coletivi-dade lembrar fundadores e associadosque deram vida a este grupo folclóri-co empenhado em manter vivas tradi-ções e culturas antigas e nas semanasque antecederam a data comemora-tiva foi feito um esforço no sentido dereagrupar objetos, fotografias, discose tudo o que pudesse ajudar a reavivara memória de tempos já passados.

No seu discurso, o presidente da

GRUPO ETNOGRÁFICO DAS AVES REAVIVOU MEMÓRIAS, HOMENAGEOUSÓCIOS E BENFEITORES JÁ FALECIDOS E DISTRIBUI PELOSATUAIS ELEMENTOS A MEDALHA COMEMORATIVA DOS 60 ANOS

direção, Abílio Soares, salientou aabertura do grupo à participação detodos os interessados nas suas ativi-dades, que decorrem ao longo detodo o ano e agradeceu a todosquantos têm, de alguma maneira co-laborado para dar vida e movimentoà associação.

Associaram-se a esta comemoração,com palavras de incentivo e de para-béns, entre outros, a Câmara de SantoTirso, através de Nuno Olaio, dos Ser-viços Culturais, a Junta de Freguesiade Vila das Aves, pela presidente Eli-sabete Faria, a deputada da Assem-bleia da República, Andreia Neto, eCarlos Valente, presidente da direçãodos Bombeiros de Vila das Aves, para

além dos “apresentadores” JoaquimBaltazar Dias e Sebastião Lopes.

No domingo, dia 18, o grupo es-teve presente com os seus trajes naEucaristia Dominical e no fim da mis-sa foi feita romagem ao cemitério emhomenagem aos sócios, elementosdo grupo e benfeitores falecidos. Es-tiveram presentes os “padrinhos” dafundação do rancho, Isabel AraújoPimenta Machado e Alfredo Alvesda Silva Araújo e foi prestada ho-menagem a Deolinda Meireles maisconhecida como ‘Tia Linda’.

Seguiu-se um almoço no ‘Zé daQuinta’, com a presença de todos oselementos do grupo, a que se asso-ciaram o vereador do pelouro dacultura, Tiago Araújo e a presidenteda junta e outros convidados. Umamedalha comemorativa dos 60 anosdistribuída por todos os elementos eforam homenageados pela sua lon-ga permanência no Grupo Etnográ-fico das Aves os senhores João eAgostinho. Seguiu-se uma tarde deconvívio e de cantares. |||||

NO SEU DISCURSO, O PRESI-DENTE DA DIREÇÃO, ABÍLIOSOARES (AO CENTRO, NAIMAGEM), SALIENTOU A ABER-TURA DO GRUPO À PARTICIPAÇÃODE TODOS OS INTERESSA-DOS NAS SUAS ATIVIDADES

Funerária das AvesAlves da Costa

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Santo Tirso é um dos 15 municípiosque, no passado dia 19, assinou coma Universidade do Porto um proto-colo de colaboração no âmbito de umprojecto de apoio à empregabilidadede estudantes. Santo Tirso, Famalicão,Trofa, Felgueiras, Gondomar, Marcode Canaveses, Matosinhos, Oliveirade Azeméis, Ponte da Barca, Porto, S.João da Madeira, Sever do Vouga,Vila do Conde, Vila Nova de Gaia eVila Verde vão, assim, unir esforços coma Universidade para apoiar a transiçãodos estudantes para o mercado detrabalho e promover a integração dequadros qualificados nas autarquias.

Os estudantes terão a oportuni-dade de se integrar nos serviços dasautarquias, acompanhando um pro-fissional (mentor) para beneficiar deuma experiência laboral capaz demelhorar as suas competências parao exercício da atividade profissional.Por outro lado, esta será uma opor-tunidade para os municípios identifi-carem quadros qualificados que po-tencialmente preencham as suas ne-cessidades de recursos humanos.

As 15 autarquias serão os primei-ros parceiros do projeto que preten-de fomentar a aproximação entre ouniverso empresarial e a universida-de, permitindo uma maior convergên-cia entre a saída dos jovens do mun-do académico e a entrada da vidaprofissional. |||||

Santo Tirso eUniversidade doPorto unem--se pelo emprego

SANTO TIRSO // ACORDO

Fomentar a aproxima-ção entre o universoempresarial e a uni-versidade é o objetivo

Grupo Etnográfico dasAves celebrou os 60 anos

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VALE DO AVE14 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

FAMALICÃO // ENCONTRO IMPRENSA REGIONAL

||||| TEXTO: AMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICOAMÉRICO LUÍSLUÍSLUÍSLUÍSLUÍS FERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDESFERNANDES

Decorreu no passado dia 17, na Casadas Artes, em Famalicão, o 1º Encon-tro de Imprensa Regional, uma inici-ativa da Câmara Municipal em colabo-ração com os órgãos de comunicaçãolocais e em parceria com a Associa-ção Portuguesa de Imprensa. O EntreMargens não podia deixar de asso-ciar-se a esta iniciativa, participandono encontro e procurando dele reti-rar orientações e sugestões com vis-ta à consolidação da sua própria pre-sença junto dos seus leitores de for-ma continuada e sustentável.

De acordo com as palavras do pre-sidente da Câmara Municipal, PauloCunha, na abertura do encontro, “pa-ra os municípios não é indiferentehaver ou não haver imprensa regio-nal”, porque, para além do papel queesta representa na informação e nasociedade, contribui para a documen-tação histórica do povo da região aque pertence. E para o Presidente daRepública, de acordo com a mensa-gem enviada e oportunamente lida,“uma imprensa regional forte e ativaé um contributo fundamental para aliberdade de informação”. João Pal-meiro, presidente da Associação Por-tuguesa de Imprensa, falou dos de-

Famalicão juntoujornalistas paradebater imprensa regionalEMBORA COM FUTURO INCERTO, PARECE CONSENSUAL A IDEIA DE QUEIMPRENSA REGIONAL É FUNDAMENTAL PARA A PRÓPRIA DEMOCRACIA

safios que se colocam à imprensa ho-je, da inovação (ou da sua ausên-cia) e das ameaças que se anteveem,sendo que a maior ameaça vinda dainternet pode não ser ao nível dasnotícias, como se poderia supor, massobretudo a nível da publicidade.

Logo após esta sessão de abertu-ra procedeu-se a uma homenagem aum conjunto de jornais que mantêmpublicação continuada há mais de umséculo, contando-se entre eles o Jor-nal de Santo Thyrso, fundado em1882. A existência de um conjuntode 19 títulos portugueses com tal lon-gevidade, contou João Palmeiro, é casoúnico em toda a Europa e está a serpreparada a candidatura a patrimó-nio imaterial da humanidade destaimprensa regional, centenária e globalque corresponde a um persistente“desejo das populações de terem oseu jornal”, o qual acaba por conter“o rasto da história do pensamentoportuguês”.

A mesa redonda da manhã, àroda do tema “A imprensa regionalhoje”, foi moderada pelo muito co-nhecido jornalista José Carlos Vas-concelos, diretor do Jornal das Letrase teve como intervenientes, Vítor Fer-reira, Paulo Monteiro, Fernando Pau-louro e Rui Lima. Vítor Ferreira é jor-nalista do “Público” e a sua visão da“indústria” leva-o a considerar que aquebra na publicidade vai determi-nar o fim do “modelo de negócio” elevar à necessidade de pensar dou-tra maneira na forma de obter recei-tas, porque “só pode haver bom jor-nalismo se houver dinheiro, o bomjornalismo sai caro”. Paulo Monteiro,diretor do “Correio do Minho”, deuconta de que as mudanças em mui-tas autarquias nas últimas eleiçõeslocais conduziram a uma mudançaqualitativa na comunicação e maiorproximidade dos municípios com os

jornais regionais por via do reconhe-cimento de uma maior necessidadede comunicar e deu a conhecer queo seu jornal disponibiliza a versãodigital de forma gratuita como meiode obter o crescimento da audiênciapara valorizar a publicidade no jor-nal impresso. Fernando Paulouro, jor-nalista que foi diretor do Jornal doFundão até 2012, sentenciou que oêxito da imprensa regional se deveao mau trabalho da imprensa nacio-nal e que apesar dos bairrismos perni-ciosos que por vezes atrapalham aatividade do jornal regional, o inte-resse público deve ser determinante.O jornal deve explicar e não apenasdar notícia, deve contar histórias, re-ferindo também que partilha das “an-gústias da morte do papel”, isto é, dofim do jornal impresso. Rui Lima, di-retor do jornal famalicense, “Cidadehoje” referiu na sua intervenção que“somos todos muito iguais”, nomea-

damente os jornais da mesma cidadee região e que “estamos demasiadopróximos” das fontes de informação…

Em síntese, a visão dos mais pes-simistas sobre o futuro da imprensaescrita assegura que o “modelo de ne-gócio” de informação associado aopapel está moribundo e vai morrerenquanto os mais otimistas acredi-tam no futuro da indústria gráfica aque os jornais estão associados. Ou-tros dizem que, atendendo à funçãoda informação, os apoios dos pode-res políticos são indispensáveis, gara-ntindo que é possível distinguir quemtem qualidade de quem não tem…Outras vozes relevam o preconceitoexistente contra o que é regional (“re-gional é bom para passar férias”) ealertam para o “fim das redações” epara a estranha existência de jornaissem jornalistas. Houve quem referis-se magníficos projetos “online” cujadebilidade é não saber como gerar osmeios financeiros com que se pagamas contas. No rescaldo, o moderadorsentenciou que a imprensa regional éfundamental para a própria democra-cia, o que, demonstrou com exem-plos da sua própria vivência de mui-tos anos dentro do ambiente dos jor-nais e depois de ter tomado conheci-mento, através do testemunho presen-cial de alguns intervenientes de acon-tecimento caricato na vizinha Trofa, on-de os jornalistas convidados para umareunião pública foram convidados aprescindir de gravar as intervençõesdo senhor presidente…

A mesa redonda da tarde, sobreo papel das Tecnologias de Informa-ção na Imprensa foi moderada porPaulo Ferreira, do Porto Canal e nãohouve, a nosso ver, uma abordagemdinâmica dos problemas e dos desafi-os relacionados com os novos meiose algumas questões colocadas procu-raram abordar a integração rádio /imprensa escrita / televisão bem comoas potencialidades do que se costu-ma chamar “jornalismo-cidadão”, istoé, a produção de conteúdos infor-mativos independente de jornais…

É evidente que um encontro comoeste não resolve os problemas e asangústias com que se defronta cadaum dos órgãos de imprensa partici-pantes. Mas ajuda a consolidar obje-tivos e a acalentar esperanças de queé possível cumprir cada vez melhor umamissão baseada nas ideias-chave queretivemos: estamos a dar corpo à von-tade da nossa comunidade local dedispor de um jornal e garantimos oregisto da história e da cultura local,com um contributo essencial para aliberdade e para a democracia. |||||

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ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 15

´INQUERITO

Figura incontornável do PS local, AsuilDinis Linhares Carneiro é natural dafreguesia de Agrela, onde ainda hojereside. Licenciado em Teologia e Di-reito, preside atualmente aos Bombei-ros Voluntários de Santo Tirso. Foi vice-presidente da segunda comissão ad-ministrativa da Câmara Municipal deSanto Tirso e primeiro presidente elei-to para a mesma autarquia. Exerceuainda o cargo de presidente da As-sembleia Municipal. Profissionalmente,esteve durante 27 anos ligado à in-dústria têxtil.

Do que sente falta no concelho deSanto Tirso?Embora o diálogo e a abertura aodebate e participação construtiva detoda a comunidade tenha sido pro-messa prioritária do executivo cama-rário julgo que há ainda muito a ca-minhar…

O que gostava de ver no Centro Cul-tural de Vila das Aves?Nota prévia: nos fins da década desetenta, princípios de oitenta, do sécu-lo passado, tive oportunidade de co-nhecer profundamente a realidadede Vila das Aves, seus problemas eanseios. Hoje, de modo menos apro-fundado, vou acompanhando o seugrande desenvolvimento e não possopor este facto deixar de felicitar os au-tarcas municipais, locais e população.

Concretamente respondendo àpergunta: acho que o nível da ativi-dade cultural desenvolvida nos últi-mos anos merece continuar, esse pos-sível, ainda melhorar.

Qual das prometidas obras camará-rias sente mais falta?Sem falar na natural finalização dasobras de infraestruturas básicas desaneamento, permito-me concretizar:a) Em Santo Tirso – execução da ro-tunda da Praça Camilo Castelo Bran-co. É um projeto de grande qualida-de do falecido arquitecto João Ro-

cha e que virá dignificar muito a entra-da sul de Santo Tirso; b) Execução darotunda desnivelada da variante daEN105, junto à ponte de Frádegas,obra que o Estado se comprometeua realizar e para a qual o anterior execu-tivo camarário gastou 500 mil eurosna aquisição de casas e terreno; c)Melhorar, de modo significativo, asinfraestruturas das zonas industriais.

Não menosprezando as outras fre-guesias é natural que aqui especifi-que a Vila das Aves. Assim, a curtoprazo, a muito desejada concretizaçãoda requalificação da Rua Silva Araújo.A médio prazo a aquisição da Quin-ta da Tojela para a implantação digni-ficante e marcante dum Parque Urba-no Central da Vila das Aves. No mes-mo sentido a construção dum Centrode Estágio Desportivo e de um hotel,obras de qualidade que possam re-ceber desportistas não só nacionaismas também estrageiros.

Qual o seu palpite para o início dasobras do cineteatro de Santo Tirso?Creio que só com financiamento co-munitário é que podem ser iniciadas…

Eu gostava de ser presidente da Câ-mara por um dia para...Colocar as associações de bombeirosdo concelho no merecido lugar daspreocupações camarárias, ao mesmonível da Trofa, Famalicão, Gondomare muitos outros concelhos.

A casa de chá, no Parque D. Maria IIdá-lhe vontade de tomar um Xanaxou um Dom Pérignon?Antes um produto nacional, um bomespumante bruto português.

Complete a frase: eu ainda sou doempo em que…Era difícil arranjar gente para as lidesautárquicas.

Eu faria um abaixo-assinado para……para que a Câmara ajudasse as As-

sociações de Bombeiros nas obras doquartel e aquisição de material de mo-do a preservar o voluntariado, coisaquase específica de Portugal…

Onde se comem os melhores jesuí-tas?No “berço”, Confeitaria Moura.

Eu pagava para……não ter de falar mais do financia-mento aos Bombeiros Voluntários

Em que década vai o PSD conquistara Câmara de Santo Tirso?Na década em que o PS perder e eulamento…

Com quem é que nunca iria à bola(ou à missa)À bola, como me dizia ontem um em-pregado do restaurante, a minha reli-gião proíbe-me de dizer o nome. À

“Oferecia uma medalhade mérito ao eng.Castro Fernandes”INQUÉRITO A ASUIL CARNEIRO, PRESIDENTE DA DIREÇÃO DOSBOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SANTO TIRSO (VERMELHOS)

missa, tendo em conta que o abraçoda paz tem de ser sincero… reservo-me.

Sabe o nome da diretora do CentroCultural da Vila das Aves?Drª Maria do Céu, antiga diretorada biblioteca de Santo Tirso.

Quantas vezes já esteva na Rabada?Não tenho registo… muitas vezes.

Depois do Parque da Rabada, do Ri-beiro do Matadouro e do AmieiroGalego, que outro nome lhe ocorrepara um novo parque no concelho?Voltemos então à Vila das Aves: oParque Verdial.

Gostava que o Couto fosse interrom-pido?Sou pelo natural funcionamento…

A quem dava com um pau de selfie?Num tal “rosário”, à dita justiça…

Santo Tirso tem “pedalada” para tan-ta festa?É uma questão de proporcionalidade ede definição de prioridades: Santo Tirsotem um dos melhores marketing do país,senão mesmo o melhor que eu co-nheço. A “festa” tem o seu lugar masem ritmo intenso é sempre um risco.

A quem oferecia uma medalha demérito?Não é só por ser avense, sem maispalavras, Engº Castro Fernandes.

ASUIL CARNEIRO, PRESIDENTE DOSBOMBEIROS DE SANTO TIRSO

“Creio que só comfinanciamentocomunitário é quepodem ser iniciadasas obras do cineteatrode Santo Tirso”

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16 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

DESPORTO

FUTEBOL // DISTRITAIS

17 - MAFRA 12

18 - FAMALICÃO 12

19 - FEIRENSE 11

20 - VITÓRICA SCB 11

21 - FREAMUNDE 9

23 - ORIENTAL 8

22 - LEIXÕES 9

624 - OLIVEIRENSE

FUTEBOL // DISTRITAIS

9 - SC BRAGA B 15

10 - PENAFIEL 15

11 - AC VISEU 15

12 - SC FARENSE 14

13 - SANTA CLARA 14

15 - VARZIM SC 13

14 - OLHANENSE 14

1316 - COVILHÃ

FUTEBOL // DISTRITAIS

CLASSIFICAÇÃO II LIGA P1 - FC PORTO B 24

2 - ATÉTICO CP 20

3 - GD CHAVES 18

4 - SPORTING B 18

5 - PORTIMONENSE 17

7 - GIL VICENTE 15

6 - BENFICA B 17

158 - CD AVES

FUTEBOL // TAÇA DE PORTUGAL

||||| TEXTO: CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

Depois de mais uma vitória no cam-peonato frente ao Leixões (1-0), jogoesse que estava em atraso (disputa-do no domingo dia 11 de Outubro),

Desportivo das Aves“arrasa” MoreirenseAVES VENCE MOREIRENSE POR 3-2 (APÓS PROLONGAMENTO) NO JOGO ACONTAR PARA A 3ª ELIMINATÓRIA DA TAÇA DE PORTUGAL.

Sorteio da 4ª eliminatória reali-za-se sexta-feira (23 de outubro),pelas 12h00, na sede da Federa-ção Portuguesa de Futebol e es-tarão representados 32 clubes:15 clubes da Liga NOS, sete daSegunda Liga e dez do Campeo-nato Nacional de Seniores.

o CD Aves entrou em campo com umúnico sentido: passar a 3ª elimina-tória da Taça de Portugal frente ao vi-zinho e rival Moreirense.

Os avenses mostraram desde mui-to cedo quem mandava em Vila dasAves e dominaram a partida durantelargos períodos. A primeira parte teveapenas um sentido, ainda que a equi-pa de Ulisses de Morais, técnico aven-se, não tenha conseguido concreti-zar as oportunidades de golo.

Com o meio campo avense avas-salador, Tarcísio era o elemento cha-ve do Aves, que criava desequilíbriosnas jogadas ofensivas, tendo sido elepróprio a desperdiçar a primeira oca-sião de golo, após uma jogada comPerdigão, logo aos cinco minutos. OAves soube explorar e muito bem aincoerência organizativa do Moreiren-

se, nas saídas para o ataque e soubemanter até ao intervalo a sua supre-macia, tendo mesmo terminado a pri-meira parte com um remate perigosode Renato Reis.

Continuando o excelente desem-penho desde o início da partida, aequipa avense, viria a afirmar-se nocomando total do jogo, quando porintermédio de Pedró, decorridos 70minutos de jogo, na transformaçãode uma grande penalidade a punirfalta sobre Renato Reis.

Quando tudo parecia dar a elimi-natória como resolvida, aos 81 mi-nutos Rafael Martins transformaria emgolo uma grande penalidade quedeixa algumas dúvidas; mas o queconta é que o Moreirense, através dogolo do empate, ganhou outra força,e passados oito minutos, viria mes-mo, a colocar-se na frente do marca-dor, também de bola parada, na se-quência de um livre direto apontadopor Iúri Medeiros, quando estavamdecorridos 89 minutos.

Quando pensávamos que o re-sultado estava fechado, com a turmade Vila das Aves a apostar tudo atéao fim, veio ao de cima o fator confi-ança, que imperava nos homens doAves, pois, aos 93 minutos NélsonPedroso, transformou em golo um li-vre direto; golo digno de prémio e

que pôs todo o estádio em alvoroço.A partida estava, depois desse golaço,de novo empatada, forçando o pro-longamento.

Mal se dá o pontapé de saída noprolongamento, o CD Aves passoupara a frente no marcador, com umgolo apontado por Cássio na se-quência de um excelente cruzamen-to de trivela feito por Renato. Postoisto, a equipa de Moreira de Conégosficou anulada por completo.

No fim, a vitória é justa e mais quejusta e fica com a melhor equipa aolongo de toda a partida. Ulisses Mo-rais, treinador do Aves, salienta o apoiodos adeptos e afirma que “os jogosda taça, tem sempre um cariz especi-al. Só uma equipa de homens sériose de H grande, consegue alcançarestes resultados…” Mas, “nada distoacontece por acaso… não podia ter-minar, sem agradecer à estrutura, pe-las condições que nos tem dado, paraque o grupo de trabalho possa reali-zar o seu percurso com tranquilida-de. São os primeiros a vencer.” |||||

SORTEIO A 23DE OUTUBRO

NO FIM DO JOGO COM OMOREIRENSE, A VITÓRIAÉ JUSTA E MAIS QUEJUSTA E FICA COM AMELHOR EQUIPA AOLONGO DE TODA A PARTIDA

FOTO: VASCO OLIVEIRA

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TIRSENSE // NOVO TREINADOR

A equipa séniordo Desportivodas Aves ganhacom goleada

ORLANDO COSTA É O SENHOR QUE SE SEGUE NOFUTEBOL CLUBE TIRSENSE. DEPOIS DE TERCOMEÇADO A ÉPOCA COM O PÉ ESQUERDO O CLUBEAPOSTA AGORA NUM NOVO TREINADOR QUE SE DIZCONFIANTE NA EQUIPA E PROMETE LUTAR PELOSPRIMEIROS LUGARES DA TABELA CLASSIFICATIVAReconhece que a situação atualdo tirsense “não é a melhor”, masacredita que “há muito potencial”.Orlando Costa foi apresentadocomo treinador dos jesuítas nopassado dia 8 e não podia estarmais confiante no futuro. A com-petir no Campeonato Nacional deSeniores, o Tirsense tem somadoresultados pouco satisfatórios masOrlando Costa acredita que a si-tuação ainda pode ser revertida.“Faltam 13 jornadas, estão em dis-puta ainda 39 pontos e quandoestamos a falar de uma diferençapontual de 5 pontos para o se-gundo e 7 para o primeiro lugaré perfeitamente possível [alcançardos dois primeiros lugares da tabe-la], sublinhou o treinador. OrlandoCosta agradece a confiança de-positada nele e na sua equipa téc-nica e assegura que irá retribuir.“Como? Através do meu trabalhoe do da equipa técnica, através do

Orlando Costaà frente daequipa tirsense

Karatecas combons resultadosem torneirointernacional

Zumba “teima” mesmo em mudar omundo como muitas vezes ouvimosdizer na boca daqueles que vivemintensamente esta modalidade; eé cada vez mais recorrente ver-seZumba associada a causas nobres.Está na moda e é bem verdade!

No dia 24 de outubro, pelas20h30, vai realizar-se um megaevento, recheado de surpresas, noPavilhão da Escola de S. Tomé deNegrelos. A instrutora Teresa Abreué quem tomou a iniciativa de reu-nir vários instrutores certificados damodalidade numa Mega Aula,para beneficiar o IPO-Porto. O va-lor da inscrição é de 5 euros etodos os que quiserem participarterão direito a uma t-shirt e água.O evento conta com a presençade instrutores conceituados a ní-vel nacional e a animação está maisque garantida.

O instrutor André Alves (na fo-to) é um dos convidados do elencode luxo e deixa uma mensagempara todos aqueles que ainda es-tão indecisos: “Sinto-me muito bema participar neste evento, desde jáagradeço à organização por confi-ar em mim. Fazer o que se gosta eajudar o próximo ao mesmo tempoé maravilhoso. Zumba é mais queuma modalidade é uma forma devida, saudável e muito alegre, ve-nham experimentar, não se vão arre-pender. Apareçam para ajudar o pró-ximo da melhor forma, dançando.”

Teresa Abreu entregou-se decorpo e alma à organização desteevento porque gosta de ajudar econsidera-se uma pessoa solidá-ria. “É a primeira vez que irei parti-cipar e dar a cara por algo que seique ficará na memória das pesso-as e entidades, e todos querem osucesso na sua carreira profissio-nal, e como tal obter novas opor-tunidades de sucesso”, diz TeresaAbreu. Vê com gratidão o númerode participantes crescer e pede “atodos que colaborem, presencial-mente ou não, apenas não deixempassar em vão esta forma fácil edivertida de ajudar, pois “hoje eles,amanhã nós”. ||||| CACACACACATTTTTARINAARINAARINAARINAARINA GONÇALGONÇALGONÇALGONÇALGONÇALVESVESVESVESVES

FORMAÇÃO CD AVESRESULTADOS

JUNIORESFreamunde-1 CD Aves-1Golo: PaulinhoJUVENIS ATrofense-0 CD Aves-1Golo: MagalhãesJUVENIS BRinge-0 CD Aves-1Golo: FonsecaINICIADOS ACD Aves-6 Est. Fanzeres-0Golos: Francisco (4), Vitor Pinto eQuaresma.INICIADOS BCD Aves-1 Tirsense-1Golo: Rui ManuelINFANTIS F11CD Aves-0 Valonguense-1BENJAMINS BCD Aves-2 Folgosa Maia-0Golos: António e Afonso

Piratas de Creixomil 1 – 8 CD AvesA equipa sénior de futsal do CD Aves,continua sem dar hipóteses ao ad-versário que encontra pela frente.Depois de vencer com alguma difi-culdade o “Contacto”, Valpaços,Nogueirense, no passado domingofoi a vez dos Piratas de Creixomil.

Na tarde de domingo, os Piratasno seu pavilhão, foram “esmagados”pelo plano técnico/táctico do CDAves. Os da casa não tiveram qual-quer reacção, a equipa do Aves der-rotou-os pela mesma remessa, com quedespachou o Nogueirense 1 – 8.

A direção de futsal do CD Aves,pede a todos os associados e adep-tos do CD Aves, amantes do futsal enão só, para comparecerem no pró-ximo sábado pelas 17.30, no pavi-lhão do Clube Desportivo das Aves,para apoiarem a equipa no jogo terácomo adversário “Os Pioneiros”.

As equipas de juniores e juvenisdo Desportivo das Aves também con-tinuam vencedoras: os juniores ven-ceram por 3 - 1 o Esc. Gondomar, eos Juvenis ganharam por 9-1 o FCAliviada; partida realizada fora. |||||

FUTSAL // CD AVES

nosso rigor, da nossa competên-cia, da frontalidade, da lealdade”,sublinha. O mister tirsense esta con-victo de que poe ser feito “um tra-balho fantástico”, também pela con-fiança que tem no seu plantel. “Ire-mos conquistar não uma vitóriamas muitas vitorias ate ao final des-ta primeira fase do campeonato”.

Orlando Costa diz entender oafastamento de alguns adeptosdevido aos resultados mas nãodesmoraliza: “resta-nos a nós trei-nadores do tirsense e também aeste grupo de jogadores, dizer queestamos vivos e que iremos fazertudo por tudo”. Estar à frente dotirsense é, assegura, simultanea-mente um desafio e uma honra.Em mente tem o facto de acreditarnaquilo que é capaz “como ho-mem e como treinador”. Isso, otrabalho da equipa técnica e, es-sencialmente, remata, “porque acre-dito neste grupo de trabalho”. |||||

O Clube de Karate Aguçadourenseorganizou o seu 1º Torneio Interna-cional de Karaté, que decorreu nopavilhão municipal da Póvoa deVarzim no dia 11 de outubro.

O Karate Shotokan Vila das Avesesteve presente com vários atletas queobtiveram três primeiros lugares e oitopódios. Emma Barros conquistou o2º lugar de infantis, katas feminino;Lea Barros o 1º lugar de juvenis, ku-mite feminino (-30kg); Diogo Rodri-gues o 3º lugar kumite masculino (-55kg); e Júlio Silva o 1º lugar kumitejuvenis masculino (+55kg). TâniaBarros conquistou o 1º lugar kumitefeminino em cadetes (-53kg). Eva Silvao 3º lugar kumite (-63kg) Juniorese Ana Guimarães o 3º lugar kumite(+ 63kg). Em seniores, Manuel Ribei-ro alcançou o 3º lugar kumite mas-culino (+80kg). No torneio estiveramem competição cerca de 600 atletasnacionais e alguns de Espanha.

Mo mesmo torneiro, o concelhoesteve ainda representado pelas As-sociação de Karaté de Vilarinho (AKV)e a Negrelense. Daniel Azevedo, daAKV, acabou por alcançar o 2º Lu-gar, entre 80 atletas inscritos nestaprova. Luciano Pinto, no mesmo es-calão, quase alcançou o pódio, masficou-se pelo 5º Lugar.

Entretanto, no dia anterior, a Ne-grelense, esteve presente em mais umtreino da seleção Nacional da LigaPortuguesa de karate Shotokan, como atleta Bruno Fernandes, aguardan-do a convocatória para o Campeo-nato Europeu de karate Shotokanque se realizará no dia 28 e 29 deNovembro em Crawley, Inglaterra. |||||

KARATÉ

Zumba Solidáriaem S. Toméde Negrelos

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18 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

DIVERSOS

No passado dia 6 de outubro, faleceu a D. Maria daGlória Carneiro Gomes, com 87 anos, viúva do Sr. AugustoCoelho Ferreira de Almeida, residente na rua do Alto daBandeira.

D. Maria da Glória Carneiro GomesAgradecimento

Vila de Roriz

Suas filhas (os), netas (os) e demais família vêm assim, muito sensibi-lizados, agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas decarinho e amizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimentoda sua ente querida.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

No passado dia 4 de outubro, faleceu o Sr. Américo Pinheiroda Cunha, residente na Rua do Rioberto, com 79 anos deidade, casado com a D. Maria Madalena da Silva Fernandes.

Sr. Américo Pinheiro da Cunha

AgradecimentoVila das Aves

Sua esposa, filhas e demais família vêm assim, muito sensibilizados,agradecer a todos que se associaram à sua dor, e pelas provas de carinho eamizade que lhes foram endereçadas aquando do falecimento do seu entequerido.A Família.Funeral a cargo de: Agência Funerária Santos Godinho, L.da- Vila das Aves - Telf.: 252 872 140.

HORÓSCOPO ZODIACOSEGUNDA QUINZENA DE OUTUBRO DE 2015

Por: Maria Helena ||||| [email protected]

CARNEIRO (21/03 A 20/04)Carta Dominante: O Louco, que significaExcentricidade.Amor: No que se refere aoamor, seja responsável. Não faça alguém so-frer pela sua falta de atenção.Saúde: Tenhamais cuidados consigo e com a suasaúde.Dinheiro: Apesar de não dar muita im-portância aos bens materiais, esforce-se porconseguir um aumento de salário. Se mostrarempenho verá que consegue.Pensamentopositivo: Vivo o presente com confiança!

TOURO (21/4 a 20/05)Carta Dominante: 7 de Copas, que signifi-ca Sonhos Premonitórios.Amor: Surpre-enda o seu amor com uma viagem que vospermitirá partilhar maior intimidade. Estáa fazer falta à vossa relação uma maiorconvivência a dois, sem interferência deoutras pessoas.Saúde: Cuide da suaalimentação.Dinheiro: Reconheça o seu ver-dadeiro valor. Não permita que o subvalorizemnem que abusem da sua boavontade.Pensamento positivo: Eu tenho pen-samentos positivos e a Luz invade a minhavida!

GÉMEOS (21/5 a 20/06)Carta Dominante: A Torre, que significa Con-vicções Erradas, Colapso.Amor: O seu parpoderá exigir-lhe mais atenção. Procure serum pouco mais carinhoso. Por vezes está tão

embrenhado nos seus próprios projectosque se esquece de quem tanto lhe quer.Saúde:Tendência para as alergias. Previna-se anteci-padamente. Dinheiro: Poderá ter de reajustara sua forma de trabalhar. Elabore uma estra-tégia que lhe permita adaptar-se às novas re-alidades da sua empresa.Pensamento po-sitivo: procuro ser compreensivo com to-das as pessoas que me rodeiam.

CARANGUEJO (21/06 a 21/07)Carta Dominante: 3 de Espadas, que signi-fica Amizade, Equilíbrio. Amor: A sua cara-metade vai dar-lhe provas do amor que tempor si. Vai sentir-se muito feliz, aproveite esteperíodo de romance e amor.Saúde: Poderãosurgir alguns problemas relacionados com acoluna. Dinheiro: Faça valer os seus pontosde vista de uma forma civilizada. Não exijafazer prevalecer a sua opinião, saiba ouvir.Pensamento positivo: O Amor invade o meucoração.

LEÃO (22/07 a 22/08)Carta Dominante: Valete de Copas, que sig-nifica Lealdade, Reflexão. Amor: Poderá sen-tir necessidade de fazer um balanço da suarelação amorosa e perceber que afinal nãovaleu a pena ter lutado tanto. Procure aci-ma de tudo a sua felicidade, seja com quemfor. Saúde: Pense mais em si e cuide da sua

saúde. Dinheiro: Período protegido profis-sionalmente. Apresente os seus projectos comsegurança. Pensamento positivo: Eu sei queposso mudar a minha vida.

VIRGEM (23/08 a 22/09)Carta Dominante: Ás de Espadas, que sig-nifica Sucesso. Amor: Poderá conheceralguém que o fará pôr em causa a suaactual relação amorosa. Pense bem nasconsequências dos seus actos antes de selançar de cabeça na paixão. Saúde: Duranteeste período a tendência é para que tudocorra bem no domínio físico. Dinheiro: Defi-na os seus projectos e ponha-os em prática.O sucesso financeiro está favorecido, porisso não tenha medo de arriscar. Pensa-mento positivo: Sou optimista, espero queme aconteça o melhor!

BALANÇA (23/06 a 22/10)Carta Dominante: A Papisa, que significaEstabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Po-derá conhecer alguém que o deixará com-pletamente apaixonado. Avance com prudên-cia, procure conhecer melhor a pessoa antesde se envolver. Saúde: Evite alimentos de-masiado salgados. Dinheiro: Período deestabilidade financeira, contudo guardealgum dinheiro porque pode vir a preci-sar. Pensamento positivo: Eu tenho forçamesmo nos momentos mais difíceis!

ESCORPIÃO (23/10 a 21/11)Carta Dominante: Rainha de Ouros, quesignifica Ambição, Poder. Amor: Estejaatento ao seu coração e siga a sua intuição.Não fuja do amor, ele vai correr atrás desi.Saúde: Durante esta quinzena estará maissusceptível a sofrer pequenos acidentes do-mésticos. Acautele-se.Dinheiro: Boas opor-tunidades para iniciar um negócio na áreado turismo.Pensamento positivo: Eu acre-dito que todos os desgostos são passagei-ros, e todos os problemas têm solução.

SAGITÁRIO (22/11 a 21/12)Carta Dominante: 6 de Copas, que significaNostalgia.Amor: Poderá sentir-se um poucomelancólico e com saudades de um amorque o marcou muito no passado. Seja maisoptimista e concentre-se no que o presentelhe está a oferecer.Saúde: Período agitado eesgotante. Dinheiro: Esteja atento à sua contabancária e faça os possíveis por controlar osgastos. Não estará com uma boa capacidade degestão, por isso peça ajuda nesse sentido a al-guém da sua confiança.Pensamento positivo: OAmor enche de alegria o meu coração!

CAPRICÓRNIO (22/12 a 20/01)Carta Dominante: O Mágico, que significaHabilidade. Amor: Não se isole nem sefeche dentro de si mesmo. Abra as portasdo seu coração ao amor. Mostre a pessoa

maravilhosa que é, e pode fazer alguémmuito feliz.Saúde: Tendência para o desgas-te físico. Dinheiro: Estabilidade financeira.Aproveite para fazer algumas compras ou in-vestir em melhoramentos para a suacasa.Pensamento positivo: Vivo de acordocom a minha consciência.

AQUÁRIO (21/01 a 19/02)Carta Dominante: 8 de Ouros, que signifi-ca Esforço Pessoal.Amor: Preocupe-se maiscom o bem-estar da sua família. Esteja maispresente.Saúde: O bom humor e o optimis-mo pautarão a sua vida.Dinheiro: Viverá ummomento de prosperidade, no entanto pro-cure não emprestar dinheiro a alguém emquem não confie plenamente, oiça a suaintuição.Pensamento positivo: O meu úni-co Juiz é Deus.

PEIXES (20/02 a 20/03)Carta Dominante: Rainha de Espadas, quesignifica Melancolia, Separação.Amor: Umaseparação forçada poderá fazer com que sin-ta falta do carinho e conforto da sua família.Procure ser mais auto-confiante e seguro desi mesmo.Saúde: Não faça esforçosdesnecessários.Dinheiro: Poderá receber umconvite para chefiar um departamento. Pensebem se pretende tamanha responsabilidade.Pensamento positivo: Esforço-me por dar omeu melhor todos os dias.

José Miguel Torres

MassagistaRecuperação Física

Rua de Romão 183 | Vila das AvesTelm.: 93 332 02 93 | Telf.: 252 871 386

O Entre Margensendereça às

famílias enlutadasas suas mais

sentidascondolências

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ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015 | 19

Faço saber que TFGEST – GESTÃO E COMERCIO DEPRODUTOS PETROLIFEROS, LDA, pretende obter licen-ça para uma instalação de combustíveis constituída por Pos-to de Abastecimento destinada a Venda Público, sita em E.N319, km 8,000E – Lugar de Santa Luzia, freguesia de MonteCórdova, concelho de Santo Tirso e distrito de Porto.A referida instalação encontra-se abrangida pelas disposi-ções do Decreto- Lei n.º 267/2002, de 26 de Novembro ePortaria n.º 1188/2003, de 10 de Novembro, que estabele-cem os procedimentos de licenciamento das instalações dearmazenamento de produtos derivados de petróleo e postosde abastecimento de combustíveis e pelos respetivos regula-mentos de segurança.Em conformidade com as disposições da referida Portaria,convidam-se as entidades singulares ou coletivas a apresen-tar por escrito, dentro do prazo de 20 dias contados da datade publicação deste edital, as suas reclamações contra a con-cessão da licença requerida.

Porto, 12 de Outubro de 2015

O Chefe de Divisão de Instalaçõesde Combustíveis do Norte

Sérgio Ernesto Oliveira Ferreira

EDITAL

As ofertas de emprego divulgadas fazemparte da Base de Dados do Instituto doEmprego e Formação, IP. Para obter maisinformações ou candidatar-se dirija-se aoCentro de Emprego indicado ou pesquiseno portal http://www.netemprego.gov.pt/utilizando a referência (Ref.) associada acada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade deocorrência de situações em que a ofertade emprego publicada já foi preenchidadevido ao tempo que medeia a suadisponibilização e a sua publicação.

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A FECHAR20 | ENTRE MARGENS | 22 OUTUBRO 2015

Próxima ediçãodo Entre Margens

nas bancas a12 de novembro

A cidade reconhecívelpelas suas esculturase a relação destascom as pessoas e os lugares

No início deste ano, Jean-FrançoisChougnet, primeiro diretor do Mu-seu Berardo e atual responsável peloMuCem (Museu das Civilizações daEuropa e do Mediterrâneo), sediadoem Marselha, dizia haver em Portu-gal excelentes artistas e, entre eles,“um artista genial, com capacidadepara fazer projetos de dimensão ab-solutamente fora do comum”. Esseartista a que Jean-François Chougnetse refere é Pedro Cabrita Reis.

Em Santo Tirso, Cabrita Reis cons-truiu uma pequena edificação, dei-xando à vista, sem qualquer revesti-mento, os ordinários tijolos que aconstituem e que não permitem dú-vidas em relação à natureza precáriae à finalidade pseudo-utilitária daobra, que contrasta com o resto dasesculturas situadas na área envolven-te ao Parque D. Maria II.

Estávamos em 2001 e cumpria-se o VI Simpósio Internacional de Es-cultura Contemporânea de SantoTirso. Volvidos 14 anos, e na sua rela-ção com o grande público, a obra deCabrita Reis permanece como dasmais polémicas e mal-amadas escul-turas que integram o agora MuseuInternacional de Escultura Contempo-rânea. A “casa das máquinas” comodepreciativamente foi sendo baptiza-da – esquecendo-se o seu provoca-dor título original, “Uma Esculturapara Santo Tirso” - não deixa de gerar,ainda hoje, perplexidades e outrastantas questões no público, em parti-cular o menos familiarizado com asparticularidades da arte contemporâ-

DURANTE DOIS DIAS, A FÁBRICA DE SANTO THYRSO VAI REUNIR ARTISTAS, CRÍTICOSE PROMOTORES DE ARTE CONTEMPORÂNEA PARA UM DEBATE SUBORDINADO ATEMAS RELACIONADOS COM A ARTE PÚBLICA. OS TRABALHOS COMEÇAM ÀS 9 HORASDESTA SEXTA-FEIRA E INCLUEM A APRESENTAÇÃO DAS OBRAS QUE INTEGRAMO X.º E ÚLTIMO SIMPÓSIO DE ESCULTURA CONTEMPORÂNEA DE SANTO TIRSO

SANTO TIRSO // CONFERÊNCIA INTERNACIONAL

nea. O que, na realidade, e desde lo-go, legitima a sua existência.

“A natureza bastarda do construí-do”, escreveu-se na ocasião, “aosolhos dos mais intransigentes, pare-cerá fora de contexto. Porém, é total-mente lícito e pertinente que, numsimpósio de escultura pública, o ar-tista se confronte com os problemasreais que a obra de arte atravessanas suas relações com o público ecom o meio urbano”.

Passa muito por aqui o propósitoda conferência sobre Arte Pública arealizar esta sexta e sábado na Fábri-ca de Santo Thyrso e que assinala, decerta forma, o cumprimento do desa-fio lançado pelo escultor Alberto Car-neiro em finais dos anos de 1980 eque a Câmara Municipal de Santo Tirsodeu corpo, a partir da década seguin-te, dotando o seu Museu Internaci-onal de Escultura Contemporânea(MIEC-ST) de 54 obras que constitu-em hoje um património único a ní-vel nacional. “Poucas cidades euro-peias podem orgulhar-se de acolherum tal florescimento de obras ao al-cance do público”, escreve o críticode arte e curador Gérard Xuriguerano catálogo do MIEC-ST que seráapresentado no final dos trabalhos daconferência deste fim de semana.

As obras ao alcance do público deque fala Gérard Xuriguera não so-breviriam sem essa relação com o pú-blico, naturalmente, mas também como espaço e disso se dará conta namesma conferência internacional que,nem de propósito, convoca para títu-

lo as dimensões de “lugar”, “contex-to” e “participação”. O texto de apre-sentação do mesmo é, de resto, claroa esse nível: “tomando como pontode partida as particularidades de umdeterminado local, as intervenções noespaço público têm questionado inci-sivamente a relação entre a obra e oespaço que a acolhe – relação essaque cruza uma dimensão não ape-nas artística, mas também urbana,arquitetónica, política, económica esocial – ao mesmo tempo que têmdespoletado, por vezes, amplos de-bates por parte das populações quereconhecem os diversos níveis deimpacto – espacial e significativo – queela pode suscitar”.

Um dos oradores convidados docongresso, Javier Maderuelo, chegada Universidade de Alcalá (Madrid)para falar, às 10 horas de sexta-feirado “significado na arte pública”. O tam-bém historiador e crítico de arte doEl País vai adiantando ao que vem,no texto que assina no catálogo doMIEC-ST, no qual sublinha as novase diferentes relações que a esculturapública potencia entre a cidade e osseus habitantes. “Através das escul-turas, com as suas formas não utilitá-rias”, escreve Maderuelo, “a cidade

torna-se reconhecível através de umpercurso urbano que marca o territó-rio e fixa o carácter de certos locais,salientando as qualidades de umapraça, uma rua, um jardim ou uma árvo-re. As esculturas, de formas e materi-ais invulgares, obrigam o transeuntea olhar e reparar no horizonte lon-gínquo ou no pavimento e a vegeta-ção próximos. Toda a obra de arte éuma espécie de ‘escola do olhar’, quenos ensina a reparar e a descobrir”.

A esta proposta de descobertaconcorrem, a partir de agora, seis no-vas esculturas assinadas por outrostantos artistas provenientes, na suamaioria, do exterior. São eles os es-panhóis Miquel Navarro e Rafael Ca-nogar, o romeno Alexandru ArghiraCalinescu, os franceses Pierre MarieLejeune e Denis Monfleur e o portu-guês José Aurélio.

Para mais tarde, lá mais para o finaldo ano ou em inicios de 2016, se-gundo referiu esta semama o presiden-te do município, Joaquim Couto, de-verá ser inaugurado o edifício assi-nado por Siza Vieira, que se concre-tiza no prolongamento do Museu Mu-nicipal Abade Pedrosa e que vai aco-lher a sede do Museu Internacionalde Escultura Contemporânea numencontro feliz, diríamos, com as ori-gens do município como nota Álva-ro Moreira no catálogo do MIEC-ST.

O chefe de divisão da Cultura daCâmara Municipal de Santo Tirso falamesmo numa espécie de ilusão tem-poral. “Esta coincidência de trazer ocontemporâneo, através da construçãoda sede do Museu Internacional deEscultura Contemporânea, para omosteiro que está na génese de San-to Tirso, é um facto singular que con-tribuirá para o enriquecimento dahistória e cultura locais, iludindo o tem-po. Num mesmo local estarão presen-tes os arquitetos e escultores desdeo séc. XI até ao século XXI, sem queisso perturbe a leitura da história. Nolocal de origem de Santo Tirso, SantoTirso reconhece-se na sua história eprojeta-se internacionalmente”. |||||

“LE PORTEUR DE VIDE”ESCULTURA EM GRANITODO FRANCÊS DENIS MONFLEUR