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    CURSOS ON- LI NE ECONOM I A PROF. MOZART FOSCHETE

    w w w . p o n t o d o s c o n c u r s o s . c o m . b r 1

    Aula 5 : O Balano de Pagam ent os e a t axa de

    cmb io

    Vamos, nesta nossa 5 Aula, falar umpouco sobre comrcio exterior. Em comrcioexterior, apenas dois tpicos tm sido objeto

    de questes de provas de concursos pblicos:o balano de pagamentos e sua estrutura e ataxa de cmbio e sua influncia sobre obalano de pagamentos de um pas.

    A gente comea, primeiramente, peloBalano de Pagamentos, sua estrutura ecomposio e, depois, tratamos da taxa decmbio. Ento vamos l.

    I I Ba la n o d e Pa g am en t o s

    5.1 Con cei to s Bsicos

    O que e para que serve o Balano de Pagamentos? A resposta

    muito simples:O Ba lano de Pagam entos ( BP) de um pas nada mais que

    um registro sistematizado de todas as transaes comerciais efinanceiras de um pas com o resto do mundo. Ou, de acordo coma definio mais tcnica do Fundo Monetrio Internacional (FMI), eadotada pelo Banco Central do Brasil, o

    Ba lano de Pagamentos consiste no registrosistemtico de todas as transaes econmicasrealizadas, durante um certo perodo, entre

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    residentes do pas e residentes de outros pases ditosestrangeiros.

    O propsito principal desse registro informar s autoridadesmonetrias sobre a situao das contas externas do pas, de modoa auxili-las na formulao das polticas monetria, fiscal, cambiale comercial.

    Objetivamente, o BP contm o registro contbil de todas astransaes de bens e servios, as transferncias de propriedades,as variaes de ouro monetrio, as transferncias unilaterais dedivisas e as variaes de Direitos Especiais de Saque (DES) deuma economia com o resto do mundo.

    Os componentes do Balano de Pagamentos so comumenteapresentados em coluna, sendo os valores lanados em diferentesgrupos de contas. Como conseqncia da adoo do critrio das

    partidas dobradas, a soma do saldo de todas as contas, em seuconjunto, deve necessariamente ser igual a zero.

    Note-se que, a despeito dos esforos do FMI, a estrutura e oregistro do BP ainda diferem de um pas para outro. Neste texto,seguiremos a estrutura e nomenclatura adotada pelo BancoCentral do Brasil.

    5 .2 . A con t ab i l i dade do Balano de Pagam ent os

    No BP, utilizando o sistema de registro contbil, todas astransaes so registradas com duas entradas - ou seja, o sistemade "partidas dobradas": uma a dbito e outra a crdito. Emconseqncia, contabilmente, o BP est sempre em equilbrio, oque no significa que tenha havido equilbrio de fato entre

    pagamentos e recebimentos do exterior.Normalmente, qualquer transao de um residente no pas

    com um residente no exterior gera um "haver" (direito) ou uma"obrigao", no exterior. Assim, por exemplo, uma venda de cafao exterior (exportao) d lugar a um "haver" e registrada ac rd i t o, com sinal positivo, na balana comercial.Simultaneamente, haver um registro, com sinal negativo, naconta "haveres em moeda no exterior", significando uma sadadessas divisas para aplicao nas reservas do pas no exterior.

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    Isso se explica pelo simples fato de que as divisas (digamos,dlares) no entram, de fato, no pas: elas so depositadas numa

    conta do banco brasileiro (que intermediou a operao) em umbanco conveniado no exterior (Citybank, Bankboston, CreditLyonais, Mitsubishi Bank, etc). Assim, contabilmente, o BancoCentral registra a entrada (sinal positivo) das divisas no item

    exportaes da balana comercial e, simultaneamente, registrasua sada no item haveres em moeda no exterior, com sinalnegativo. O sinal desta sada negativo, mas na verdade, significaque as reservas do Brasil, no exterior, se elevaram naqueleinstante.

    Inversamente, a compra de uma mquina do exterior por umresidente no pas (uma importao) gera uma "obrigao" e lanada a db i t o no item "importaes", da balana comercial,com sinal negativo, e a c rd i t o , isto , com sinal positivo, naconta "haveres em moeda no exterior". Contabilmente, significaque foram sacadas divisas de nossas reservas no exterior, queforam internalizadas no Pas (por isso o sinal positivo) parapagamento da importao da mquina. O sinal positivo neste item

    haveres em moeda no exterior significa que houve umadiminuio das reservas internacionais aplicadas no exterior.

    Observe-se, ento, que a contrapartida (partidas dobradas) destasduas transaes corresponder, no caso, a um movimento decapitais, j que os pagamentos no so realizados em moedas esim atravs de movimentao de contas bancrias.

    5 .3 . A es t ru t u r a do balano de pagam entos

    O BP constitudo de diversas contas e subcontas, sendo duasas contas principais: a Conta (ou balana) de TransaesCorrentes e a Conta de Capital, como se v na Tabela 5.1.

    De acordo com os critrios de escriturao ou decontabilizao adotados pelo Banco Central, algumas observaesse fazem necessrias, relativamente s principais contas doBalano de Pagamentos que aparecem naquela Tabela, a saber:

    A- Cont a de t ran saes cor r ent es

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    Trata-se, sem dvida, da mais importante conta do BP, eengloba todas as transaes de mercadorias e servios e as

    transferncias unilaterais. Um supervit na conta de transaescorrentes significa que o pas "vendeu" mais mercadorias eservios do que "comprou" do exterior, possibilitando ao pasquitar obrigaes contradas anteriormente, ou adquirir ativos noexterior ou, ainda, aumentar suas reservas internacionais. Se forregistrado um dficit em conta corrente, as implicaes seroopostas s acima mencionadas. Conforme voc pode observar naTabela 5.1. a conta de transaes correntes ou, simplesmente,conta corrente do BP - se compem de:

    1. Ba lana comer c ia l A balana comercial registra todas as transaes referentes

    somentes exportaes e importaes de mercadorias. Como foidescrito acima, se uma determinada importao foi paga vista, aoperao registrada a dbito(sinal negativo) em importaes ea crdito(sinal positivo) no item haveres em moeda no exterior.Caso essa importao seja financiada - isto , no envolvepagamentos vista e, portanto, no afeta a posio das reservasinternacionais do pas (haveres em moeda no exterior) - faz-se olanamento a dbito em "importaes" e a crdito em"financiamentos", na conta de capital.

    2. Ba lana de serv ios

    Com relao ao registro dos diversos itens da conta deservios, vale mencionar o seguinte:

    i) Transpor tes : inclui todas as receitas e despesas com fretee o valor das passagens de viajantes, desde que se trate de umaoperao entre um residente e um no-residente. Ou seja, acompra de uma passagem area da VARIG, para a Frana, porbrasileiro residente no Brasil, no ser registrada no BP. Mas, seele comprar esta passagem da Air France, ainda que seja no Brasile em reais (R$), tal operao ser devidamente registrada naconta de transportes.

    TABELA 5.1

    __________________________________________________

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    ESTRUTURA D O BA LAN O DE PAGAMENTOS

    A ) Ba l an a d e t r a n s a e s co r r e n t e s ( = 1 + 2 + 3 )

    1 . Ba lana Com erc ial (= a+ b)a) Exportaesb) Importaes

    2 . B al an a d e Se r v io s ( = a + b + c+ d + e + f + g )

    a) transportes (fretes/passagens)b) segurosc) viagens internacionais (turismo)d)despesas governamentais (embaixadas,consulados, etc)

    e) pagamento de juros da dvida externaf) remessa de lucros e dividendosg)outros servios(royalties,patentes,bolsas de estudos,etc)

    3 . T ransfe rnc ias un i la te ra is (don a t i vos )

    B) Cont a de cap i ta i s ( a u t n o m o s )a) emprstimos de mdio e longo prazosb) financiamentosc) investimentos e reinvestimentos diretosd) amortizao da dvida externa

    e) outros capitais (de curto prazo).C) Er r os e om issesD) Resu l t ado do Balano de Pagament os ( = A+ B+ C)E) Demons t r a t i vo do Resu l t ado d o Ba lano de Pagament os

    ( cap i t a i s com pensa t r i os)a) Operaes de regularizao (FMI, BIRD, BID)b)Haveres em moeda no exterior:aumento(-)ou reduo(+)c) Ouro monetrio: aumento (-) ou reduo (+)d) Direitos especiais de Saque (DES)

    ii) Viagens in t e rnac iona is : registra as despesas e receitascom viajantes, no includas no item anterior, isto , em

    transportes. Exemplos: a compra de US$ 4.000,00 para viagem

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    de um brasileiro ao exterior ou a troca de dlares por reais feitapor turistas estrangeiros numa agncia bancria no Brasil.

    iii) Lucros e d iv i dend os: refere-se parte dos lucros que asempresas multinacionais, com investimentos no Brasil, remetemao exterior (despesa) ou que empresas brasileiras, cominvestimento no exterior, remetem para o Brasil (receita). Note-seque os "lucros reinvestidos"- isto , a parte dos lucros que no foiefetivamente remetida ao exterior - registrada, tambm, comoremessa de lucros (sinal negativo), sendo, em contrapartida,registrada como uma entrada (sinal positivo) no item"investimentos e reinvestimentos diretos", da conta de capital. Talprocedimento se explica pela necessidade de se manter umcontrole mais objetivo dos investimentos estrangeiros no pas.

    iv) Juros : refere-se ao pagamento dos juros da dvidaexterna (despesa) e dos juros de financiamentos de importaesadquiridas a prazo. Se o pas receber juros de fora, o registro,claro, feito com sinal positivo.

    v) Despesas govern am enta is : referem-se aos gastos commanuteno de embaixadas, consulados, etc., no exterior(despesas) e aos recebimentos de outros pases para suasrepresentaes diplomticas no Brasil (receitas).

    3 . T rans fe rnc ias un i la t e ra is

    Trata-se de donativos ou doaes, sem a contrapartida depagamentos por parte de quem recebe. Se forem feitas emmoeda, o registro normal, ou seja, a crdito - se for umrecebimento, - e a dbito - se for uma sada, lanando-se omesmo valor, com sinal trocado em "haveres em moeda noexterior". Se a doao for em espcie, isto , em mercadorias, sofeitos dois lanamentos: se se tratar de uma entrada ou

    recebimento de doaes, faz um registro a dbito em importaes,e outro a crdito (sinal positivo) em "doaes", no alterando,assim, o resultado do BP.

    B. Con t a de Capi t a is (autnomos)

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    Esta conta registra apenas o movimento dos chamadoscapitais autnomos- isto , os capitais que entram ou saem como

    resultado da livre operao das foras de mercado (oferta edemanda). Neste sentido, distinguem-se dos chamados capitaiscompensatrios - que so os capitais movimentadosexclusivamente pelo Banco Central e que aparecem no"Demonstrativo do Resultado do BP".

    Fazem parte da Conta de Capitais autnomos os seguintesmovimentos financeiros:

    a) Em prs t im o s: registra os emprstimos de curto, mdio elongo prazos, obtidos junto aos bancos privados, no exterior.

    b) Financ iamentos : referem-se aos financiamentos deimportaes adquiridas para pagamento a prazo. Neste caso, como

    j foi dito, h, tambm, dois registros: um a dbito, em"importaes", e outro, a crdito, em "financiamentos".

    c) I nves t im en t os e re invest im en tos d i re tos : referem-seaos chamados "capitais de risco" que as empresas estrangeirasaplicam no Brasil (entrada), ou que empresas nacionais aplicam noexterior (sada). Note-se que essas aplicaes tanto podem ser nosetor produtivo, como podem ocorrer no mercado de capitais

    (bolsas de valores) ou em ttulos do mercado financeiro.d) Amor t izaes : referem-se ao pagamento (ou

    recebimento) de parte do principal da dvida externa ou definanciamentos concedidos anteriormente.

    C - Err os e Om isses

    Como os registros do BP so feitos com base em estimativas

    ainda que bastante seguras - h sempre a possibilidade de"desvios" nos lanamentos. Assim, provvel que os dados sobreuma ou outra ou outra operao no seja oportuna e devidamenteregistrada, existindo, inclusive, a hiptese de operaes ainda em

    trnsito que no foram ainda registradas em todos oscomputadores dos diversos rgos envolvidos com o comrcioexterior. Este item procura minimizar os efeitos de tais falhas.

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    D - Resu l t ado do Balano de Pagam entos

    A soma do saldo em Transaes Correntes mais o saldo daConta de Capitais, mais Erros e Omisses, fornece o resultado doBP. Sendo positivo, o Balano de Pagamentos ter um supervit;se for negativo, haver um dficit; e se for nulo (isto , um saldozero), haver um equilbrio.

    E- Dem ons t r a t i vo d o Resu l t ado do BP

    Se houver um equilbrio no BP, as contas do Demonstrativodo Resultado no sero alteradas. Se, no entanto, houver umdficit, o Demonstrativo mostrar como foi financiado este dficit;e se houver um supervit, o Demonstrativo indicar para onde foienviado o saldo positivo obtido. Para tanto, existem as seguintessub-contas:

    a) Contas de regu lar izao: referem-se s operaes comorganismos internacionais (FMI, Banco Mundial, BancoInteramericano de Desenvolvimento, Eximbanks, etc), tendo comoobjetivo financiar possveis dficits do BP. Note-se que taisoperaes podem ocorrer mesmo se, ao final, o BP registrar um

    supervit, dado que tais financiamentos so contratadospreventivamente, antes de se fechar o BP.

    b) Have res em m oeda no ex te r io r : as AutoridadesMonetrias dispem de um estoque de moedas estrangeiras e dettulos externos de curto prazo aplicados no exterior, comoresultado de supervits do BP de anos anteriores. Assim, se o BPapresentar um supervit, haver um aumento desses haveres e ovalor aparecer com sinal negativo (indicando uma sada dehaveres para o exterior). Se houver um dficit, o contrrio

    ocorrer.c) Ouro m one t r io : registra as aquisies de ouro no-

    monetrio e as vendas de ouro pelas autoridades monetrias. Noprimeiro caso, o registro feito com sinal negativo no item

    variaes (sada de divisas) e, com sinal positivo no itemmonetizao do ouro; no segundo caso, com sinal positivo noitem variaes (entrada de divisas) e, com sinal negativo, em

    desmonetizao do ouro.

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    d) Dire i tos Especia is de Saque (DES) - trata-se de umtipo de moeda escritural criada pelo Fundo Monetrio

    Internacional. O pas dispe de um fundo de recursos em DES, noFMI, e pode moviment-lo se necessrio.

    5 .4 .Um exemp lo nu m r i co

    Para facilitar a compreenso da estrutura do balano depagamentos e seus respectivos lanamentos contbeis, vamos darum exemplo numrico hipottico. Assim, suponhamos que as

    operaes entre residentes e no-residentes de um certo pasforam, em determinado ano, as seguintes (valores em dlares):

    i) o pas importa mercadorias no valor de 300 milhes,sendo 250 milhes com pagamento vista e 50 milhesfinanciados a longo prazo;

    ii) o pas recebeu 30 milhes em investimento direto, sendo10 milhes sem cobertura cambial, isto , sob a forma deequipamentos.

    iii) as exportaes do pas atingiram, no perodo, 350

    milhes, pagas vista;iv) o pas pagou, vista, 30 milhes de fretes;

    v) o pas remeteu ao exterior 60 milhes, sendo 30 milhesreferentes a juros da dvida externa; 20 milhes deremessas de lucros e 10 milhes de amortizaes.

    vi) o pas recebeu 15 milhes como donativos, sendo que 5milhes foram em espcie, isto , em mercadorias.

    vii) o FMI emprestou ao pas 25 milhes para a regularizao

    do dficit do BP.viii) os gastos de turistas estrangeiros no pas atingiram a

    soma de 5 milhes, enquanto os turistas nacionaisgastaram no exterior 10 milhes.

    ix) o pas fez emprstimos no exterior no montante de 15milhes.

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    A tabela a seguir mostra a contabilizao das operaesacima:

    Cont ab i l izao do Ba lano de Pagam ent os_____________________________________________________

    _____Operaes________________

    i ! ii ! iii ! iv ! v ! vi ! vii ! viii ! ix

    --------------------------------------------------------------------------Exportaes +350

    Importaes -300 -10 -5

    Fretes -30

    Juros -30

    Lucros -20

    Amortizaes -10

    Transferncias Unilat. +15

    Turismo de brasileiros -10

    Turismo de estrangeiros +5

    Emprstimos do exterior +15

    Emprstimos do FMI +25

    Financiamentos +50

    Investimentos diretos +30

    Haveres no exterior+250 -20 350 +30 +60 -10 -25 -5 -15_____________________________________________________

    A montagem do balano de pagamentos fica, ento, assim:

    A - Balana de Transaes Correntes(= 1+2+3)..: -35

    1. Balana comercial: +35a) Exportaes: +350

    b) Importaes: -315

    2. Balana der servios: -85

    a) Fretes: -30

    b) Juros: -30

    c) Lucros: -20

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    d) Turismo: -5

    3. Transferncias unilaterais: +15

    B - Conta de Capitais (autnomos)..: +85

    a) Emprstimos do exterior: +15

    b) Financiamentos: +50

    c) Investimentos diretos: 30

    d) Amortizaes: -10

    C - Resultado do balano de pagamentos (= A+ B). .: + 50

    D- Demonstrativo do Resultado:-50

    a) Emprstimos do FMI: +25

    b) Haveres no exterior: -75

    5.5 . Tr ansaes Sob re a L inh a e Sob a L inh a

    As transaes internacionais de um pas podem serclassificadas em duas categorias:

    a) Transaes sobre (ou ac ima) da l inha - tambmchamadas operaes autnomas, so aquelas transaes que serealizam entre residentes e no-residentes, motivadas apenaspelas foras de mercado, espontaneamente, sem interferncia dasAutoridades Monetrias. So exemplos das transaes sobre alinha: as exportaes, as importaes, a captao de emprstimospor empresas nacionais, os investimentos diretos, osfinanciamentos, o pagamento de transportes, os seguros, asviagens internacionais1, etc..

    b) Transaes sob ou aba ixo d a l inha - tambm chamadasde movimentos compensatrios ou induzidos de capitais, soaquelas operaes destinadas a cobrir eventuais dficits dobalano de pagamentos (ou a aplicar eventuais supervits). Estasoperaes so decorrentes do saldo (positivo ou negativo) dastransaes autnomas. So exemplos de tais transaes osemprstimos obtidos pelas Autoridades Monetrias junto ao FMI

    1 Embora, tecnicamente, o termo operaes autnomas se aplique a todas essas operaes de mercado,geralmente o termo aplicado mais aos movimentos de capitais privados.

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    com a finalidade de financiar dficits do BP, ou ainda, as variaes,para mais ou para menos, ocorridas nas reservas internacionais do

    pas (inclusive ouro monetrio).Note-se que esses "movimentos compensatrios ou induzidos"

    so sempre um resultado da ao das Autoridades Monetrias paraequilibrar o BP ou mesmo para a formao de reservasinternacionais.

    5 .6 . Conce it o de equ i l b r io do ba lano de pagam entos

    Quando o BP est em equilbrio?Em princpio, considera-se o BP em equilbrio quando a soma

    do saldo da Conta de Transaes Correntes com o saldo da Contade Capitais (mais erros e omisses) se anulam.

    Um segundo conceito seria aquele que considera o BP sempreem equilbrio, aps o movimento de capitais compensatrios - isto, aps a Conta do Demonstrativo do Resultado. Alega-se, paratanto, que, por definio, o BP sempre encerrado em equilbrio,

    j que eventuais dficits decorrentes da soma das transaes

    correntes e da conta de capitais tero que ser cobertos ou poremprstimos ou por variaes dos havers no exterior.

    A despeito de todos esses conceitos, o que parece importarmesmo o conceito de equilbrio da Conta de TransaesCorrentes - j que esta conta que mostra, realmente, se o pascomprou mais mercadorias e servios do que vendeu ao exterior -isto , se o pas "gastou" mais divisas do que recebeu. Istoporque, se houver um dficit de transaes correntes, este dficitimplicar, necessariamente, ou mais endividamento do pas no

    exterior ou em mais investimentos externos no pas (significandoaumento de ativos nacionais de propriedade de estrangeiros).

    Assim considerado, importante que o pas mantenha umrelativo equilbrio de suas contas correntes, o que, em ltimaanlise, significa realizar um esforo maior para aumentar suasexportaes de mercadorias e obter um supervit na balanacomercial para compensar o crnico e inevitvel dficit da balanade servios.

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    O ajustamento do balano de pagamentos e as principaispolticas que se poderia adotar para se corrigir desequilbrios

    externos da economia so descritos a seguir.

    5 .7 . O sa ldo em con ta co r ren te : uma in te rp re tao

    econmica 2

    A balana de servios compreende duas categorias distintas:

    i) os serv ios no- fa to res que no representamremunerao aos fatores de produo e que so constitudos pelos

    transportes, seguros, turismo e despesas governamentais;ii) os serv ios fa to res que representam o pagamento aos

    fatores de produo, sendo constitudos pelos juros da dvidaexterna, as remessas de lucros, os pagamentos de salrios, osaluguis de equipamentos, os pagamentos de assistncia tcnica eroyalties.

    A balana de transaes correntes, como foi visto, seconstitui, basicamente, de vendas e de compras de bens eservios ao exterior. A diferena entre os pagamentos erecebimentos do exterior, nessa conta, d origem a dois conceitosque, embora na prtica s vezes so usados como sinnimos, sobastante distintos do ponto de vista econmico: a transferncialquida de recursos e a renda lquida recebida ou enviada aoexterior.

    Tecnicamente, a t rans fe rnc ia l qu ida de recursos ao ex te r io r corresponde diferena entre as exportaes de bens eservios no-fatores e as importaes de bens e servios no-fatores. Ou seja, corresponde ao saldo da balana comercial mais

    o saldo da balana de servios no-fatores. A essa diferena, comsinal trocado, se d o nome de h ia to de recursos que indica oquanto o pas consome a mais sobre aquilo que produz.

    De outra parte, a renda receb ida (+) ou env iada (-) aoexterior corresponde ao saldo de servios fatores mais astransferncias unilaterais.

    Assim, em sntese, tem-se:

    2 Vide M. H. Simonsen e R.P.Cysne Macroeconomia Ed. Atlas/FGV Editora, R.J., 1995, Cap. 2.

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    Saldo do BP em conta corrente = transferncia lquida derecursos para o exterior + renda lquida recebida (ou - renda

    enviada) ao exterior.Tomando o exemplo do exerccio numrico da seo 4.6.,

    constata-se que o saldo da balana comercial era de +35; o dabalana de servios era igual a 85, decomposto em -35 deservios no-fatores e 50 de servios fatores (juros e lucros),enquanto as transferncias unilaterais apresentaram um saldo de+15. Temos, assim:

    (a) Transferncia lquida de recursos ao exterior: 0

    (b) Renda lquida enviada ao exterior: -35

    (c) Saldo do BP em conta corrente (= a + b): -35.

    Deste modo, pode-se afirmar que, no perodo considerado,este pas no apresentou hiato de recursos, mas transferiu 35 derenda lquida para o exterior que, nesse exemplo, correspondeao saldo em conta corrente.

    Poupana ex t e rna

    Um aspecto importante a salientar que, caso o pas registresaldo nega t i vo na conta corrente do BP, tal fato exigir,necessariamente, uma entrada de capitais autnomos e/oucompensatrios para financi-lo. Por essa razo, se diz que,economicamente, um saldo negativo em transaes correntessignifica que o pas est poupana externa de igual valor,poupana esta que se destina ao financiamento de parte doinvestimento domstico. Pela mesma razo, caso aquele sa ldose ja pos i t i vo , significa que o pas est exportando poupanainterna para financiar investim entos no exterior.

    Nesse raciocnio, se o pas receber um volume de capitaisautnomos maior que seu saldo negativo em conta corrente apresentando, portanto, um saldo positivo no BP total esseexcesso de entrada de capitais externos no ser absorvido pelaeconomia, domesticamente, ficando depositado no exterior comoreservas adicionais que podero ser usadas no futuro.

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    I I - Ta xa d e C m b i o5 .8 . Mercado cam b ia l e tax a de cm b io : concei to

    Um dos aspectos que distingue o comrcio internacional docomrcio interno o fato de que aquele envolve moedas diferentesde diferentes pases. Quando algum brasileiro compra um aparelhode televiso dos Estados Unidos, ele tem de pag-la em dinheiro

    americano, isto , em dlar. Da mesma forma, se uma empresaamericana desejar adquirir caf brasileiro, ter que pagar suatransao em reais ao produtor brasileiro. esta necessidade defazer pagamentos no exterior em moedas diferentes da usada noprprio pas que faz surgir a taxa de cmbio e o mercado cambial.

    O m ercado de cm b io consiste de um grande nmero debancos, corretores e exportadores e importadores, alm doTesouro Nacional e bancos centrais, interessados na compra evenda de divisas estrangeiras. Como todo mercado, o mercado de

    cmbio conta com uma oferta e com uma demanda de divisas oumoedas estrangeiras.

    Do lado dos vendedores, ou ofertadores, temos osexportadores, os tomadores de emprstimos no exterior,vendedores de servios, turistas estrangeiros, investidores decapital de risco, etc.; do lado dos compradores, ou demandantesdas divisas estrangeiras, temos os importadores, compradores deservios do exterior, turistas nacionais, devedores no exterior, etc.

    Como qualquer mercadoria, a divisa estrangeira tem um preo

    (ou cotao) dado pela taxa de cmbio que pode assim serdefinida:

    Taxa de cm b io o preo, em termos da moedanacional, de um a unidade de moeda estrangeira.

    De uma forma geral, a taxa de cmbio entre duas moedasquaisquer deve refletir a relao entre os preos domsticos e ospreos praticados nos demais pases, dos bens, servios e fatoresde produo. Neste sentido, deve-se observar que as quantidadesde uma moeda em relao a outra, digamos, o dlar, no tem

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    qualquer significado ou implicao mais importante, pois tudodepende do padro monetrio interno de cada pas.

    Assim, por exemplo, se a taxa de cmbio entre o iene japons eo dlar americano , hoje, de 110 ienes por dlar, isto nosignifica, em absoluto, que o iene uma moeda mais fraca que amoeda americana. O que , de fato, importante, verificar se estataxa ou paridade est variando e em que direo. Note-se que halguns anos atrs um dlar equivalia a 220 ienes. Hoje, o iene sefortaleceu e o preo do dlar, na moeda japonesa, caiu a metade!

    Tambm importante observar se as variaes ocorridas nataxa de cmbio so explicadas por flutuaes de mercado

    (movimentos de oferta e demanda) ou por diferenciais de inflaoentre dois pases, e se tais variaes acarretam perdas ou ganhosreais do poder de compra da moeda nacional nas operaesexternas. Adicionalmente, no se pode classificar, a priori, taisvariaes como um mal em si, pois, s vezes, trata-se decorrees de distores anteriores.

    5.9 . Sis tem as cam bia is

    A questo que, de imediato, se coloca : como determinado ovalor da taxa de cmbio entre duas moedas de dois pasesdiferentes?

    Isto depende de cada pas. De uma forma geral, a taxa decmbio ou determinada pelo livre funcionamento das foras demercado ou fixada e administrada pela autoridade monetria,isto , pelo Banco Central. No primeiro caso, temos as chamadastaxas de cmbio flexveis ou flutuantes; no segundo, temos astaxas de cmbio fixas. Vejamos a operao de cada um dessessistemas.

    5 .9 .1 . Taxas de cm b io f i x as no padro-our o

    Para voc entender melhor como so fixadas as taxas decmbio, vamos relembrar um pouco como funcionava o sistemacambial h algumas dcadas atrs. No sculo XIX, o sistema

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    cambial predominante era baseado no chamado padro-ouro.Sob este sistema, as autoridades monetrias de cada nao

    fixavam o preo do ouro em termos da moeda nacional e secomprometiam a comprar e a vender qualquer quantidade de ouroa tal preo. Evidentemente, este preo era condicionado quantidade de moeda circulando e quantidade de ouro estocadono Banco Central do pas. Dada uma certa quantidade de ouro aliexistente, seu preo em moeda nacional seria tanto maior quantomaior fosse a quantidade de moeda nacional em circulao. Ouseja, a paridade entre a moeda nacional e o ouro dependia daquantidade existente de moeda e de ouro.

    A partir desta relao de preos entre o ouro e a moedanacional, tornava-se fcil estabelecer a taxa de cmbio entre duasmoedas de dois pases diferentes a chamada paridade decunhagem. Uma vez assim fixada, a taxa de cmbio s podiavariar acima ou abaixo desta paridade no montante do custo deembarcar ouro entre duas naes os chamados pontos doouro.

    Para entender melhor este sistema, suponha que a paridadecambial ou par metlico (no padro-ouro) entre o dlar americanoe o franco francs fosse a seguinte: US$ 1 = FF 5 (este valor era

    derivado do fato de que, nos Estados Unidos, um grama de ourodeveria custar um dlar, enquanto, na Frana, um grama custava5 francos). Caso, por qualquer razo, a demanda por dlares naFrana aumentasse, o preo da moeda americana subiria,digamos, para US$ 1 = FF 6, bem acima, portanto, da paridademetlica com o ouro.

    Vamos supor que o custo (despesas de frete, seguros, etc.) dese remeter ouro da Frana para os Estados Unidos fosse de FF0,50 por quantidade de ouro equivalente a um dlar. Se assim era,

    pode-se concluir que o francs preferir comprar ouro em seu pase remet-lo para pagar suas contas nos Estados Unidos, ao invsde trocar seis francos por um dlar. Em outras palavras, o limitesuperior de variao da taxa de cmbio de paridade era dado porFF 5,50 por dlar (isto , a taxa de cmbio mais a taxa detransporte do ouro). Acima deste valor, era prefervel trocar francopor ouro e remet-lo para os Estados Unidos.

    O mesmo raciocnio se aplicaria na hiptese de haver umaumento da demanda americana por franco francs, fazendo com

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    que a taxa de cmbio se reduzisse para, digamos, FF 4,00 pordlar. Neste caso, com o custo de enviar ouro dos Estados Unidos

    para a Frana situado nos mesmos FF 0,50 mencionadosanteriormente, era prefervel ao americano comprar ouro no seupas e remet-lo para a Frana, trocando neste pas um grama por5 francos. Como ele gastou FF 0,50 na remessa, receberia,liquidamente, FF 4,50 por um dlar (mais do que os FF 4,00 pordlar mencionado antes).

    $US

    FF

    S(gold point) 5,50

    (sada)

    5,00

    (gold point) 4,50(entrada) D

    US$

    Figur a 5 .1 .

    Assim, no padro-ouro, a taxa de cmbio entre duas moedasera relativamente fixa, podendo variar dentro de intervalosmnimos, definidos pelo custo de transporte do ouro de um paspara outro. Estes limites superior e inferior para variao da taxa

    de cmbio de paridade metlica eram chamados de pontos deouro (gold-points). No exemplo acima, e conforme mostrado naFigura 5.1., o limite superior seria FF 5,50 e o inferior seria FF4,50.

    Note-se que este sistema foi usado de forma generalizada nachamada era dourada, de 1870 a 1914. J na dcada de 20 eincio de 30 do sculo passado, seu uso foi espordico, entrandoem verdadeiro colapso durante a Grande Depresso. Depois da 2Grande Guerra, o Tratado de Bretton Woods (1944) criou um

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    sistema de cmbio fixo para os pases-membros do FundoMonetrio Internacional (FMI), composto pela maioria das

    economias de mercado. Pelo novo acordo, cada nao deveriadefinir o valor da respectiva moeda em relao ao dlar que, porsua vez, era conversvel em ouro taxa fixa de US$ 35,00 porona3. Depois de muitas idas e vindas, o Tratado de BrettonWoods caiu em 1971, quando o Presidente Nixon suspendeu aconversibilidade do dlar em ouro (ou seja, os Estados Unidos nomais converteriam dlares em ouro, seja para os governosestrangeiros, seja para as instituies financeiras estrangeiras ouno). Simultaneamente a esta medida, os Estados Unidosalteraram unilateralmente a paridade, isto , a taxa de cmbio

    do dlar em relao s demais moedas europias e japonesa.

    Desde 1973, as principais moedas do mundo industrializadotrabalham sob um esquema de cmbio flutuante, mas sob certocontrole da autoridade monetria do pas (a chamada flutuaosuja), onde as principais moedas dlar, marco alemo, francofrancs, iene japons flutuam entre si, de uma forma quaselivre, como se ver mais adiante, quando falarmos das taxas decmbio flexveis ou flutuantes. Antes, porm, convm falar um

    pouco sob um outro tipo de taxa de cmbio fixa ou administrada,usado nas economias em desenvolvimento.

    5 .9 .2 . Taxa de cmb io f i x a , ps-padro-ou ro

    A maioria dos pases em desenvolvimento, o Brasil, inclusive,por no terem moeda conversvel isto , uma moeda que sejaaceita nas trocas internacionais no pode se dar ao luxo deadotar um mercado cambial livre, sob o risco de se verem semreservas em divisas estrangeiras na quantidade necessria paraatender seus pagamentos no exterior.

    3 Vale observar que a conversibilidade do dlar em ouro era parcial, pois somente as instituies financeiras egovernos estrangeiros poderiam faz-lo. Os habitantes dos Estados Unidos no podiam possuir ouro

    monetrio e a Reserva Federal no era obrigada a converter dlares em ouro para a populao..

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    Neste caso, esses pases costumam adotar um regime cambialfixo, no sentido de que o valor da taxa de cmbio determinado

    pela autoridade monetria nacional que, a princpio, deveriavender e comprar a moeda estrangeira, em qualquer quantidade,ao preo por ela fixado. Assim, por exemplo, se o Banco do Mxicoresolver fixar a taxa de cmbio peso mexicano/dlar a P$ 3 = 1US$, garantindo a conversibilidade a esta taxa, isto significa que obanco mexicano se compromete a vender 3 pesos por um dlar,ou a pagar um dlar por trs pesos mexicanos.

    Na vida real, no entanto, em vrios pases em desenvolvimento,principalmente quando enfrentam dficits no balano depagamentos, no se consegue vender ou comprar a moedaestrangeira pelo valor fixado oficialmente, pelo menos naquantidade desejada, dado que, alm de fixar o valor do cmbio,muitas vezes a autoridade monetria limita a quantidade a sertransacionada no mercado oficial, dando margem, geralmente, aosurgimento de um mercado paralelo de divisas o chamado

    mercado negro.

    Uma observao importante que, no caso deste regime decmbio fixo, o arranjo mais comum um pas definir a taxa decmbio entre a moeda nacional e uma determinada moeda

    estrangeira (podendo ser o dlar ou o iene ou o franco francs,dependendo da rea de influncia econmica a que pertence opas), estabelecendo, aps isso, as taxas de cmbio com outrasmoedas a partir da relao entre estas e a moeda estrangeiraescolhida como ncora.

    Observe-se, tambm, que o fato de ser fixada pelo BancoCentral do pas no significa que a taxa de cmbio permanececonstante para sempre. Ao contrrio, seu valor pode ser alterado sempre pela autoridade monetria seja porque est havendo

    inflao domstica, seja por questes de balano de pagamentos.No caso brasileiro, por exemplo, at 1993, devido s altas taxas deinflao, o cmbio era alterado diariamente o chamado sistemade minidesvalorizaes cambiais de forma a manter a paridadereal do poder de compra da taxa de cmbio.

    Por fim, vale dizer ainda que, num regime de taxas de cmbiofixas, quando o Banco Central compra moeda estrangeira, ocorre,nesse momento, um aumento da chamada base monetria. Caso oBanco Central venda a moeda estrangeira para importadores,

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    turistas, etc. a base monetria se reduz. Em outras palavras, aoferta interna de moeda nacional aumenta ou diminui quando as

    reservas internacionais do pas aumentam ou se reduzem.

    5 .9 .3 . Taxas de cmb io f lex ve is ou f lu tu an tes

    Num regime ou sistema cambial de taxas flexveis ouflutuantes, o preo da divisa estrangeira, ou taxa de cmbio, determinado pelo livre jogo da oferta e da demanda de moedaestrangeira. Imaginemos como seria determinada a taxa decmbio entre o franco francs (FF) e o dlar americano (US$) nomercado de Paris: por trs da demanda da Frana por dlares esto desejo dos franceses de importar bens e servios dos EstadosUnidos e realizar outras transferncias de pagamentos para estepas. A demanda francesa por dlares tem inclinao negativa,como mostra a Figura 5.2, porque taxas de cmbio mais baixassignificam que os franceses despendero menos francos paraadquirir produtos e servios no mercado americano. Ou seja, osEstados Unidos se tornam, para os franceses, um lugar maisbarato para se comprar e se investir.

    Figur a 5 .2 .

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    De outro lado, por trs da oferta de dlares pelos EstadosUnidos est o desejo dos americanos de importar bens e servios

    franceses, ou de investir na Frana ou emprestar a empresasneste pas. Quanto mais francos forem trocados por um dlar,mais atrativo se torna o mercado francs para os americanos que, assim, ofertaro mais e mais dlares naquele mercado Istonos fornece uma curva de oferta de dlares positivamenteinclinado, como mostra na Figura 1.

    Como em qualquer mercado, a taxa de cmbio de equilbrio determinada pela interseco das curvas de oferta e de demanda.No caso da Figura 8.2, a taxa de cmbio de equilbrio ser FF 5,50= 1 US$. Qualquer valor acima desta taxa implicar um excessode oferta de dlares no mercado francs, enquanto qualquer valorabaixo implicar excesso de demanda pela moeda americana.

    Suponha, agora, que, mantida constante a demanda inicial(curva Do), ocorra, por qualquer razo, um aumento da ofertaamericana de dlares no mercado francs, como seria o caso deum aumento do fluxo turstico de americanos nos meses de veroeuropeu. Em conseqncia, a curva de oferta se deslocaria paraS1 o que provocar uma queda da taxa de cmbio para FF 4,00= 1 US$. Da mesma forma, se, por uma razo qualquer, houverum aumento da procura francesa por dlares, a curva de demandase deslocar para a direita, para D1 o que causar um aumentoda taxa de cmbio para FF 6,00 = 1 US$.

    Observe-se que, num mercado cambial livre, as alteraes naoferta e na demanda de divisas estrangeiras podem resultar tantode uma variao nas transaes normais realizadas com o exterior(aumento ou queda das exportaes ou das importaes, umamaior entrada de emprstimos ou de investimento de risco, etc.),como tambm podem ser o resultado de movimentosespeculativos de aplicadores interessados em tirar proveito dediferenciais de taxas de cmbio. De todo modo, ainda que asflutuaes cambiais no sejam incomuns, a tendncia normal dastaxas de cmbio, nos mercados livres, a de permanecer estveisa mdio e longo prazos.

    Um ponto importante a observar que, no mundo de hoje,praticamente inexiste um mercado onde a taxa de cmbio sejadeterminada de forma totalmente livre pelos movimentos da ofertae da demanda. Mesmo nos pases desenvolvidos Frana, Estados

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    Unidos, Inglaterra, Japo, Alemanha, Itlia, etc. o mercadofunciona razoavelmente livre, porm sob um certo controle das

    autoridades monetrias. a chamada flutuao suja dirtyfloating. O objetivo disso o de evitar que movimentosespeculativos provoquem distrbios ou perturbaes no mercadocambial internacional.

    5 .10 . Flu t uaes da t axa de cm b io

    Diversos fatores podem provocar variaes rotineiras no valor

    da taxa de cmbio. Geralmente, so fatores que alteram ouinfluenciam a demanda e a oferta de divisas estrangeiras. Assim,por exemplo, alm da taxa de cmbio, a demanda por divisas afetada pelas seguintes variveis:

    i) a expanso do produto interno (Y) do pas: se o produtointerno estiver crescendo, deve ocorrer um aumento dasimportaes o que induzir um aumento da demandapor moeda estrangeira; este aumento da demandaprovocar uma variao para mais do valor da taxa decmbio;

    ii) variaes do nvel de preos internos (Pi) ou dos preosexternos (Pe); caso Pi se eleve, as importaes ficarorelativamente mais baratas o que provocar umaumento das importaes e, conseqentemente, dademanda por divisas; caso Pe se eleve, ocorrer ocontrrio: as importaes ficaro mais caras, provocando,em conseqncia, uma queda nas importaes e, da, nademanda por divisas;

    iii) taxa de juros interna (ri) e ex terna (r

    e) : um aumento em r

    i

    certamente estimular a entrada de mais capitais no paspara aplicaes no mercado financeiro aumentando aoferta de divisas estrangeiras no mercado interno; caso ar e se eleve, haver um estmulo sada de capitais parao exterior o que provocar um aumento da demandapor divisas para esta remessa para fora.

    Podemos resumir essas colocaes afirmando que a demandapor divisas (Dd) pode ser representada pela seguinte equao:

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    Dd = f(e, Y, Pi, Pe, ri, re)- + + - - +

    onde,e = taxa de cmbio (e vem da palavra inglesa exchange, que

    significa cmbio);

    os sinais e + querem dizer que a demanda por divisa ,respectivamente, crescente ou decrescente em relao varivelconsiderada.

    Essas mesmas variveis afetam positiva ou negativamente aoferta de divisas, exceto que, no caso do produto, o que interessano o comportamento do produto interno (Y) e, sim, ocomportamento do produto ou renda do resto do mundo (YRM).

    Ou seja, a oferta de divisas (Sd) pode ser assim representada:

    Sd = f(e, YRM, Pi, Pe, ri, re)+ + - + + -

    Representao gr f ica

    O efeito de eventuais mudanas nessas variveis sobre ademanda e a oferta de divisas pode ser visualizado graficamentedo seguinte modo:

    Vamos imaginar que o mercado cambial esteja em equilbrio taxa de cmbio eo , tal como mostrado na Figura 5.3 que nadamais que uma repetio da Figura 5.2.

    e

    Sd

    eo

    Dd

    Qo Q

    Figura 5.3

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    Agora, vamos supor que ocorra um aumento dos preos internos(Pi) ou seja, houve inflao interna. Nesta hiptese, como j

    vimos anteriormente, a demanda por divisas dever aumentar oque, graficamente, representado por um deslocamento da curvade demanda (Dd) para a direita enquanto a oferta de divisasdever diminuir implicando um deslocamento da curva de oferta(Sd) para a esquerda

    4.

    Conforme se pode observar pela Figura 5.4., o resultadodesses deslocamentos foi um aumento da taxa de cmbio de eopara e1.

    e

    Dd1 Sd1Ddo Sdo

    e1

    eo

    Q

    Figura 5.4.Deixamos para voc a anlise e concluses, caso ocorresse oinverso, isto , se, ao invs de um aumento dos preos internos,ocorresse uma elevao dos preos dos preos externos (Pe).

    5.11 . Apr eciao e depr eciao da m oeda nac iona l e

    seus e fe i tos sobre o ba lano de pagam ent os .

    Concluses.

    No caso de um sistema de taxas de cmbio flexveis ouflutuantes, caso haja um aumento no valor da taxa de cmbio, diz-se que houve uma depreciao ou desvalorizao da moedanacional; ou seja, sero necessrios, agora, mais unidades damoeda nacional para se adquirir uma unidade da moeda do outropas.

    4 Se voc no entendeu o por qu desses deslocamentos dessas curvas, volte l em nossa Aula n 2 e releiaeste tpico.

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    Na hiptese inversa, isto , se houve uma reduo no valorda taxa de cmbio, diz-se que houve uma apreciao ou

    valorizaoda moeda nacional.De outra parte, se o sistema cambial adotado pelo pas for o

    de taxas de cmbio flexveis ou flutuantes, o total de divisasofertadas no mercado , automaticamente, igualado pelo total dedemanda por estas divisas. Isso se explica pela seguinte razo: se,ao preo vigente da taxa de cmbio, e por um motivo qualquer,houver um aumento na demanda por divisas, seu preo se elevar o que dever causar, de um lado, um aumento na oferta dedivisas e, de outro, reduzir, num segundo momento, umareduo do novo valor da taxa de cmbio, at que o mercado sereequilibre.

    Raciocnio inverso se aplica caso ocorra, por uma razoqualquer, um aumento da oferta de divisas. Nesta hiptese, opreo da taxa de cmbio cair, estimulando a demanda por divisase, num segundo momento, reduzindo a nova oferta de divisas (porque seu valor caiu) e, novamente, ao fim e ao cabo, o mercadoachar uma nova taxa de cmbio de equilbrio.

    De tudo isso se conclui que, num sistema de taxas de cmbioflexveis ou flutuantes, o saldo do Balano de Pagamentos (BP)estar automaticamente em equilbrio, sem necessidade de oBanco Central interferir ou alterar o volume das reservasinternacionais do pas, j que o total de divisas ofertadas semprese igualar ao total de divisas demandadas.

    Uma ltima questo antes de encerrarmos esta nossa 5 Aulade Economia: Qual o sistema cambial adotado atualmente peloBrasil?

    At 1994 quando da implantao do Plano Real o Brasil

    adotava o sistema de taxas de cmbio fixas ou administradas. Apartir do Plano Real, atravs de um processo de ajuste sucessivo,o Banco Central do Brasil foi introduzindo o sistema de taxas decmbio flexveis que nunca foi, na prtica, inteiramente adotado.Na realidade, o Brasil, hoje, utiliza um sistema que poderia serchamado de misto, mais conhecido como flutuao suja (dirtyfloating5). Por este sistema, o Banco Central deixa que as taxas de

    5 O sistema de taxas de cmbio totalmente flexveis, onde no h qualquer interferncia do Banco Central ou seja, o sistema puro denominado clean floating (flutuao limpa).

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    cmbio flutuem ao sabor da oferta e da demanda por divisas porm, dentro de um certo intervalo, com limite mximo e mnimo

    o chamado sistema de bandas.Nesse processo, se a taxa de cmbio ameaa romper o limite

    mnimo porque h um excesso de oferta de divisas o BancoCentral entra no mercado comprando divisas, provocando, emconseqncia, uma elevao no valor da taxa de cmbio eevitando, assim, que o limite mnimo seja rompido. Da mesmaforma, se houver uma ameaa de rompimento do limite mximo, oBanco Central entra no mercado oferecendo divisas estrangeiras,derrubando, assim, o valor da taxa de cmbio.

    Com essas colocaes, encerramos esta nossa 5 Aula. Aseguir, so apresentados alguns exerccios de reviso e fixaosobre balano de pagamentos e taxa de cmbio. At nossaprxima aula.

    ___________________

    EXERC CI OS DE REVI SO E FI XAO: ( gab ar i t o ao f in al)

    11.. CCoomm rreellaaoo aaooss rreeggiissttrrooss ccoonnttbbeeiiss nnoo BBaallaannoo ddee PPaaggaammeennttooss,, eessttooccoorrrreettaass aassaaffiirrmmaattiivvaass aabbaaiixxoo,, eexxcceettoo::

    aa)) ttooddaass aass ttrraannssaaeess ssoo rreeggiissttrraaddaass ccoomm dduuaass eennttrraaddaass,, uummaa aa ccrrddiittoo eeoouuttrraa aa ddbbiittoo;;

    bb)) qquuaallqquueerr ttrraannssaaoo ddee uumm rreessiiddeennttee nnoo ppaass ccoomm uumm rreessiiddeennttee nnoo eexxtteerriioorrggeerraa uumm hhaavveerr((ddiirreeiittoo)) nnoo eexxtteerriioorr;;

    cc)) ssee uumm rreessiiddeennttee nnoo ppaass ccoommpprraarr uummaa mmqquuiinnaa ddee uumm rreessiiddeennttee nnooeexxtteerriioorr,, eessttaa ooppeerraaoo ggeerraarr uummaa oobbrriiggaaoonnoo eexxtteerriioorr;;

    dd)) uummaa eexxppoorrttaaoo llaannaaddaa aa ccrrddiittoo,, nnoo BBaallaannoo ddoo PPaaggaammeennttoo..

    22.. AA bbaallaannaa ccoommeerrcciiaall ccoommpprreeeennddee::aa)) aass eexxppoorrttaaeess ee iimmppoorrttaaeess ddee bbeennss ee sseerrvviiooss;;bb)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass ee sseerrvviiooss;;cc)) ssoommeennttee aass iimmppoorrttaaeess ddee bbeennss ee sseerrvviiooss;;dd)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaeess ee iimmppoorrttaaeess ddee sseerrvviiooss;;ee)) ssoommeennttee aass eexxppoorrttaaeess ee iimmppoorrttaaeess ddee mmeerrccaaddoorriiaass..

    33..AA ccoonnttaa ddee ttrraannssaaeessccoorrrreenntteess ccoommpprreeeennddee::aa)) aass bbaallaannaass ccoommeerrcciiaall ee ddee ttrraannssffeerrnncciiaass uunniillaatteerraaiiss;;

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    CURSOS ON- LI NE ECONOM I A PROF. MOZART FOSCHETE

    d b 32

    .Fretes e seguros pagos 100

    .Juros pagos : 200

    .Investimentos externos no pas: 500

    .Venda de ouro monetrio: 50Com base nesses dados, os resultados da Balana Comercial (BC), da Balanade Transaes Correntes (BTC), para a Balana ou Conta de CapitaisAutnomos (BKA) e para o saldo do Balano de Pagamentos (BP) so,respectivamente:

    a) BC = 200; BTC = -100; BKA = 100; BP = 0.

    b) BC = 200; BTC = -100; BKA = -100; BP = -200.

    c) BC = -200; BTC = 0; BKA = -200; BP = 200.

    d) BC = 200; BTC = -100; BKA = -100; BP = 200.

    e) BC = -200; BTC = -100; BKA = -100; BP = -200.

    25. Suponha que o Balano de Pagamentos do Brasil registrou, emdeterminado ano, os seguintes dados:

    . Saldo da balana comercial: 450

    . Exportaes de servios (no-fatores): 250

    . Importaes de servios (no-fatores) : 150

    .Saldo das transaes correntes (dficit): 150

    . Donativos lquidos recebidos do exterior: 50

    . Movimento de capitais autnomos (entrada liquida): 100

    Nessas condies, a renda lquida enviada ao exterior igual a:

    a) 950; b) 750; c) 650; d) 700; e) 350.

    _______________

    GABARI TO:

    1. b; 2. e; 3. e; 4. d; 5. d; 6. a;7. d; 8. b; 9. c; 10. e; 11. b; 12. d;

    13. e; 14. a; 15. d; 16. c; 17. a; 18. b;

    19. a; 20. c; 21. c; 22. a; 23. c; 24. b;

    25. b.