economia pública (aula 6a)

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UMA 1 Economia Pública (Aula 6a) 3.3 O sistema fiscal português 3.3.1. Breve Caracterização. 3.3.2. Impostos sobre o rendimento: IRS e IRC. Conceitos a reter: IRS, taxa marginal e taxa média e IRC.

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Economia Pública (Aula 6a). 3.3 O sistema fiscal português 3.3.1. Breve Caracterização. 3.3.2. Impostos sobre o rendimento: IRS e IRC. Conceitos a reter: IRS, taxa marginal e taxa média e IRC. Bibliografia. Livro de EFP Cap. 9 pg. 269 a 279 Livro de EFP:TP Cap. 9 (Resumo). - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 1

Economia Pública (Aula 6a)

3.3 O sistema fiscal português 3.3.1. Breve Caracterização. 3.3.2. Impostos sobre o rendimento:

IRS e IRC.

Conceitos a reter: IRS, taxa marginal e taxa média e IRC.

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Bibliografia Livro de EFP

Cap. 9 pg. 269 a 279 Livro de EFP:TP

Cap. 9 (Resumo)

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Breve Caracterização do S.F. Português Principais tipos de impostos: Impostos sobre o rendimento

(IRS e IRC) Impostos sobre a despesa

Gerais sobre o consumo (IVA) Específicos (I. Autom., I.S. Prod. Petrolíf.)

Impostos sobre o património (IMI e IMT): Imposto Municipal sobre Imóveis (ex C.

Autárquica) e Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (ex-sisa).

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Sistema Fiscal PortuguêsQuadro- síntese

Impostos

Estaduais Locais

Rendimento Património Despesa Outros Rendimento Património Outros

IRSIRC

ISDoações:extinto

IVAISPITIA

IABAIJogo

DAduaneiros

ISeloICCamionagem Derrama

IMTIMI

IMVeículos

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Breve Caracterização do S.F. Português As Contribuições para a Segurança

Social (entregues pelos trabalhadores e entidade patronal). Podem também ser consideradas como

impostos sobre o rendimento, embora tenham uma natureza um pouco diferente.

Page 6: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve Caracterização do S.F. Português Impostos sobre o rendimento e

sobre a despesa são essencialmente receita do Estado e das Regiões Autónomas.

Impostos sobre o património são receitas municipais. Municípios podem ainda lançar derrama (0 a 10%) sobre o IRC.

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I. R. S. (conceito) O IRS é um imposto personalizado,

de características unitárias, progressivo, tributa os rendimentos das pessoas singulares residentes no território português e por não-residentes que obtenham rendimentos em Portugal.

Page 8: Economia Pública  (Aula 6a)

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I. R. S. (rendimentos) Rendimentos:

do trabalho dependente profissionais e empresariais de capitais Prediais Pensões

Incrementos patrimoniais (mais-valias, ganhos de jogo e lotaria, outros)

Page 9: Economia Pública  (Aula 6a)

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I. R. S. (cálculo) 1. Rendimento Bruto - 2. Custos de obtenção do rendimento= 3. Rendimento líquido (– deduções ao

rendimento=) 4. Rendimento colectável 5. (aplica-se taxas marginais progressivas e

quociente familiar) 6. Colecta 7. Deduções à colecta (-deduções à

colecta=) 8. Imposto liquidado.

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I. R. S. – taxas (2006)Rendimento Colectável

(em €)Taxa Marginal

ou “normal” (em %)

Taxa Média (*)(em %)

Até 4.451 ...........................> 4.451 e até 6.732 ............> 6.732 e até 16.692...........> 16.692 e até 38.391.........> 38.391 e até 55.639.........> 55.639 e até 60.000.........Sup. a 60.000 …..................

10,513

23,534

36,54042

10,500011,347118,598627,303730,154530,8701

-

* No topo do escalão

Page 11: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 11

I. R. S. – exemplo de cálculo

1. Rendimento Bruto: 40 000 € 2. Dedução Específica (11%): 4 400 3. Rendimento líquido [(1)-(2)] = 35 600 4. Rendimento colectável: 35 600 5. Quociente conjugal [(4)/2] = 17 800 6. Aplicação das taxas de imposto (indiv.): 3 481,2 7. Colecta [(6)*2] = 6962,4 8. Deduções à colecta: 1 290,26 9. IRS Liquidado [(7)-(8)] = 5 672,14 €

Page 12: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 12

I. R. S. – cálculo da colecta Contribuinte com rendimento colectável de 35

600 euros (linha 4) Taxas marginais relevantes 10.5, 13, 23.5, 34(equivale a taxa média do rendimento dos três

primeiros escalões (18,5986) e a taxa marginal do rendimento do quarto escalão 34%).

Colecta individual (casal): 3 481,2 (linha 6) “Imposto” (colecta do casal): 6962,4 (linha 7 NOTA: Verifique a importância da distinção entre

as taxas marginais e as taxas médias

Page 13: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 13

I. R. S. A importância da distinção taxa

marginal e taxa média:

O efeito distorcedor provêm da taxa marginal.

Page 14: Economia Pública  (Aula 6a)

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I. R. S. (deduções à colecta) -deduções pessoais (por contribuinte

solteiro, casado, dependentes, ascendentes);

-despesas de saúde e de educação e formação, encargos com habitação própria, com lares, com energias renováveis, com equipamentos informáticos;

-aplicações, em seguros (de vida e saúde), em contas poupança-habitação (CPH),

-outros benefícios e incentivos fiscais.

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UMA 15

I. R. C. O IRC é um imposto de taxa

“proporcional” que incide sobre os rendimentos obtidos, fundamentalmente, por pessoas colectivas (caso de sociedades por quotas e anónimas, cooperativas, empresas públicas ou privadas), que tenham sede ou direcção efectiva em território português, incluindo os obtidos fora deste território.

Page 16: Economia Pública  (Aula 6a)

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I. R. C. Taxas: Normal (2004)- actividade

comercial, industrial ou agrícola 25%

Interior 15%

Page 17: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 17

I. R. C. No IRC aplicam-se vários benefícios

fiscais:- investimento em bens do activo imobilizado corpóreo (equipamentos); Investimento em Investigação e

Desenvolvimento; Apoio à internacionalização das

empresas; Benefícios a grandes projectos de

investimento; etc.

Page 18: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 18

Finanças Públicas (Aula 6b)

3.3.3 Imposto geral sobre o consumo (IVA)

3.3.4 Impostos específicos sobre o consumo.

3.3.5 Benefícios fiscais (“despesa fiscal”).

3.3.6 Breve conclusão. Conceitos a reter: IVA, Impostos

específicos, benefícios fiscais, nível de fiscalidade e estrutura fiscal.

Page 19: Economia Pública  (Aula 6a)

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bibliografia Livro de EFP Cap 9,

pag. 280 - 296

Page 20: Economia Pública  (Aula 6a)

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IVA

O IVA é um imposto geral sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços, as importações, as aquisições intracomunitárias de bens e de meios de transporte novos, sendo aplicável, grosso modo, em todas as fases do circuito económico ocorrido no território português.

Page 21: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 21

IVA

Em Portugal Continental existem três taxas de IVA, a saber:

 taxa reduzida de 5%, aplicável aos bens alimentares essenciais, à água, electricidade, transportes de passageiros,...

- taxa intermédia de 12%, aplicável a alguns produtos para alimentação humana, às flores e plantas ornamentais, e à prestação de serviços de alimentação e bebidas (restauração);

taxa normal de 21%, aplicável a todas as transmissões de bens e prestações de serviços não abrangidas anteriormente ou que não beneficiem de isenção.

Page 22: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 22

Impostos específicos sobre consumo

ISP - Imposto sobre os produtos petrolíferos (“incorporado” no preço dos combustíveis)

IT - Imposto de consumo sobre o tabaco

Imposto sobre o consumo de bebidas alcoólicas (incluindo a cerveja)

Imposto especial sobre o álcool IA - Imposto automóvel . Imposto do selo

Page 23: Economia Pública  (Aula 6a)

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Impostos específicos sobre consumo

Os impostos específicos podem justificar-se por razões de eficiência, ou de equidade (ou ambas) ou ainda de puro encaixe financeiro.

Page 24: Economia Pública  (Aula 6a)

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Benefícios fiscais Benefícios fiscais, podem traduzir-se em

isenções, reduções de taxas, deduções ao rendimento ou à colecta de imposto, estão orientados para áreas como:

-         a poupança de médio/longo prazo; -         a criação de emprego; -         o investimento produtivo; -         a habitação; -         o sistema financeiro e o mercado de

capitais; -         o sector da economia social;

Page 25: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 25

Benefícios fiscais Os benefícios fiscais são antes do

mais uma “não receita”. Haverá implicitamente uma “não despesa” associada.

Donde serem designados também de “despesa fiscal”. Nota: a determinação exacta do montante

da despesa fiscal exigiria o conhecimento exacto das elasticidades da oferta e da procura. Porquê?

Page 26: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 26

Benefícios fiscais A razão de ser dos benefícios

fiscais é essencialmente relacionada com : Eficiência (pigouviana) ou equidade.

Não é contudo de excluir uma razão adicional: Satisfação de grupos de interesse.

Page 27: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 27

Breve conclusão do S.F. Português A análise do sistema fiscal

português pode ser feita: 1. Em termos agregados, usando

os conceitos de nível de fiscalidade e estrutura fiscal.

2. Em termos desagregados considerando cada tipo de imposto/benefício fiscal.

Page 28: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve conclusão do S.F. Português - Nível de fiscalidade (NF): O nível

de fiscalidade é definido, e calculado, como a relação percentual entre o total dos impostos cobrado a todos os níveis de Governo e uma grandeza que dê a medida da capacidade económica/riqueza criada num país (normalmente o PNB ou PIB).

Page 29: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve conclusão do S.F. Português

Países 1980 1990 2000

SUÉCIA 47,5 53,6 54,2

Dinamarca

43.9 47.1 48.8

Itália 30,4 38,9 42,0

Irlanda 31,4 33,5 31,1

Grécia 24,2 29,3 37,8

Portugal 24.1 29.2 34.5

Page 30: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve conclusão do S.F. Português - - Estrutura fiscal (EF): Por

estrutura fiscal entende-se a importância que os principais tipos ou grupos de impostos assumem no total das receitas fiscais.

(A análise da estrutura fiscal será objecto de análise na aula prática).

Page 31: Economia Pública  (Aula 6a)

UMA 31

Breve conclusão do S.F. Português Do ponto de vista da eficácia

financeira: IRS, IRC, IVA e CSS, são os que geram maior receita

Do ponto de vista da equidade: o IRS é o mais adequado (sobretudo sem evasão fiscal).

Do ponto de vista da eficiência: o IVA é um relativamente bom imposto.

Page 32: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve conclusão do S.F. Português Na lógica da eficiência

(pigouviana): os impostos específicos (Tabaco, Automóvel, Prod. Petrolíferos) são bons.

Certos benefícios fiscais justificam-se numa lógica de eficiência.

Outra “despesa fiscal” justifica-se numa lógica de equidade

Page 33: Economia Pública  (Aula 6a)

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Breve conclusão do S.F. Português Na lógica da eficiência e

equidade a contribuição autárquica (IMI), tem alguma justificação.

A sisa não se justifica plenamente nem em termos de equidade nem de eficiência.