6a. edição do o essencial

16
Crianças, televisão e a necessidade da supervisão dos pais. Pág: 11 A importância do amor às crianças. Pág: 05 Entrevista: Roberta Machado fala sobre Cultura e Produção em Divinópolis. Pág: 06 Os Mitos alimentares desvendados. Pág: 10 Informativo do GEEC Julho de 2009 - 6ª Edição

Upload: jomar-gontijo

Post on 22-Feb-2016

227 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Julho de 2009

TRANSCRIPT

Page 1: 6a. edição do O Essencial

Crianças, televisão e a necessidade da supervisão dos pais.

Pág: 11

A importância do amor às crianças.Pág: 05

Entrevista: Roberta Machado fala sobre Cultura e Produção em Divinópolis.

Pág: 06

Os Mitos alimentares desvendados.Pág: 10

Informativo do GEECJulho de 2009 - 6ª Edição

Page 2: 6a. edição do O Essencial

pág. 02 Julho de 2009

São muitos os temas polêmicos sobre os quais qualquer pessoa pode ter pelo me-nos uma opinião, um parecer ou um ponto de vista. Eutanásia, pena de morte, plane-jamento familiar e controle de natalidade, aborto e mais recentemente os temas ligados à clonagem, transgênicos e o uso de células-tronco embrionárias para fins terapêuticos e de pesquisa.

Ter pontos de vista é um direito de qual-quer pessoa. Afinal, mesmo sem informa-ções adequadas ou suficientes, precisamos nos manifestar diante dos muitos dilemas da vida atual. O problema se torna grave quan-do pontos de vista são apresentados como posicionamentos indiscutíveis e inquestio-náveis; particularmente quando envolvem premissas religiosas. Nesse campo, o espi-ritismo não é exceção.

“Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos”, ensina a antropologia. Os condicionamentos culturais, as tradições e costumes, influências do meio e outras tan-tas coisas subjetivas e invisíveis aos olhos, apresentam-se nos debates acalorados sobre as questões acima apresentadas. A falta de informações suficientes, de uma mentalida-de aberta ao novo e ao outro, com as argu-mentações e ponderações necessárias frente às novas realidades, levam os conflitos ver-bais para os confrontos ideológicos de longa duração.

Vivemos uma perigosa fase histórica, quando uma verdadeira crise de ética e de racionalidade se espalha pelo planeta. O chamado bom senso virou figura de retó-rica e está geralmente ausente de muitos debates, seja pela incapacidade do diálogo aberto e respeitoso, seja pelo não reconhe-cimento da existência do “outro”, com suas singularidades e motivações. Cada um se fecha em sua “província de significados” e atribui o sentido que lhe parece melhor a cada situação de modo radical e conclusivo, o que inviabiliza a realização da conciliação em favor de todos, independentemente de crença ou crendice.

O núcleo de todo debate saudável na atualidade, talvez esteja na realização da dignidade humana. Porém, não apenas do humano como ser biológico e psicológico, mas e – principalmente - como ser espiritu-al. Nesse sentido, qualquer debate que não considere as razões e motivações alheias se torna esquizofrênico, fundamentalista e, consequentemente, improdutivo.

Quando pensamos o ser humano, não

podemos pensá-lo como sendo espírita, evangélico, católico, umbandista, muçul-mano ou budista. Essas questões são cir-cunstanciais, portanto, passageiras. Fazem parte de um período de aprendizado nessa ou naquela corrente de pensamento. A cir-cunstância deve ser levada em conta, mas para atingir resultados mais duradouros em debates tão polêmicos, uma abertura míni-ma às razões alheias se torna indispensável.

Essa argumentação não visa buscar al-gum tipo de nivelamento, impossível no atual estágio evolutivo da humanidade. Cada um está onde deve, para aprender mais e exercitar o que já sabe. Porém, todo reducionismo deve ser evitado, mesmo que nunca totalmente eliminado dos debates.

O espiritismo tem explicações e argu-mentos sobre os temas mais polêmicos da atualidade. Porém, os espíritas devem manter-se abertos aos argumentos alheios; às razões e motivações alheias, sob pena de assumirem posturas de discutível superio-ridade, resvalando para os mesmos perigos fundamentalistas de outras crenças.

Apesar de tudo, temos avançado em vá-rios campos do conhecimento. Os pontos de vista iniciais, sob o estímulo dos debates se tornam argumentos que conduzem a mu-danças, revisões e reformulações, favore-cendo um provisório nivelamento um ponto acima do anterior.

Paulo R. SantosSociólogo e professor universitário

[email protected]

Cultura. Uma das palavras mais profícuas que existe. Se o Universo é a criação divina a cultura é o universo humano. Se a terra habita o homem, a cultura é o mundo do espírito. O ho-mem se torna Deus, co-criador do uni-verso cultural a que pertence.

Pertence a cultura tudo que é hu-mano, seus objetos de uso diário, as roupas, os produtos artesanais e in-dustrializados, as artes, em todas as linguagens, a ciência e a Filosofia, as línguas, a moral, as religiões, crenças e crendices, os costumes e as leis, os hábitos e as tradições.

O Essencial deste mês anuncia e enfatiza a cultura como espaço privile-giado de manifestação da alteridade e diversidade, onde o essencial humano se manifesta e se realiza.

Num mundo onde os valores do consumismo, do materialismo e da superficialidade parecem reinar sob o controle das mídias de massa, O Es-sencial ergue uma bandeira de resis-tência em nome da liberdade e da di-versidade, do respeito e da alteridade.

É necessário e urgente que apoie-mos as artes porque elas são as portas pelas quais pode-se visualizar o me-lhor do homem, o além dos sistemas e da razão opressora, serva do egoísmo e do orgulho.

É necessário e urgente que supere-mos a alienação que a mídia de massa nos impõe, fazendo com que se perca o sentido do trabalho, do lazer e da pró-pria vida.

Além destas reflexões este número traz uma nova diagramação e novos colaboradores.

O Essencial se torna cada vez mais um informativo com espaço aberto para novas idéias, tendências sociais e cultura.

Boa leitura.

Expediente:O informativo O Essencial é instrumento de divulgação do GEEG - Grupo Educação, Ética e Cidadania, localizado a Rua Cel. João

Notini, nº800. É um informativo anti-sectário, voltado para uma sociedade solidária e fraterna, com vistas à transformação social do novo milênio. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade de seus autores. Projeto Gráfico: Alexandre Carlos e Marol Lopes.

Tiragem: 2.000 exemplares - Distribuição Gratuita - Contato: [email protected]

Editorial

Opinião

Mirante

Page 3: 6a. edição do O Essencial

pág. 03Julho de 2009

Falso SequestroInformamos o modus operandi utiliza-

do para aplicação de diversos golpes, prin-cipalmente o do FALSO SEQUESTRO: Determinados elementos posicionam-se, dentro de Shoppings Centers (em todos os Estados brasileiros), próximos às entradas dos cinemas fazendo uma suposta pesquisa com os jovens (sobre algo “interessante”, como cinema, TV, um novo filme a ser lan-çado, para atraí-los). Pegam então o nome, o número dos telefones (fixo, residencial e celular), endereço e algumas características do (a) entrevistado (a), como: a roupa que estava trajando, a cor dos cabelos, etc.

Depois que os entrevistados entram no cinema, eles (os entrevistadores) esperam alguns minutos e ligam parao celular ano-tado, para verificar se o aparelho está des-ligado.

Caso positivo, ligam para a residência daquela pessoa. Com as anotações em mãos, o bandido diz o nome completo do entrevis-tado (filho, neto, sobrinho, etc.), as caracte-rísticas físicas (estatura, cor do cabelo, cor dos olhos, etc.), as roupas que estão usando e ainda sugere que, em caso de dúvida, o familiar tente fazer contato com o parente (vítima), informando nesta hora o número do celular e dizendo ser esta uma tentativa inútil, pois o aparelho estará desligado.

Com tanta informação, o familiar que recebe o telefonema fica totalmente de-sestruturado. Como um filme ou uma peça teatral dura em média umas duas horas, o contato com a suposta “vítima” demoraria muito pra ser feito.

Diante da presunção de verdade que essa conjuntura pode gerar, os familiares contatados ficam extremamente vulneráveis à aplicação de vários golpes, principalmente o do “Falso Seqüestro”.

Gilmar Alves BarbosaAdvogado e Assessor Júrídico do GEEC

[email protected]

“O físico alemão W.O. Schumann cons-tatou em 1952 que a Terra é cercada por um campo eletromagnético poderoso que se forma entre o solo e a parte inferior da io-nosfera, cerca de 100km acima de nós. Esse campo possui uma ressonância (dai chamar-se Ressonância Schumann), mais ou menos constante, da ordem de 7,83 pulsações por segundo. Funciona como uma espécie de marca-passo, responsável pelo equilíbrio da biosfera, condição comum de todas as for-mas de vida. Verificou-se também que todos os vertebrados e o nosso cérebro são dota-dos da mesma freqüência de 7,83 hertz.

Empiricamente fez-se a constatação de que não podemos ser saudáveis fora dessa freqüência biológica natural. Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da Ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à ação de um simulador Schumann recuperavam o equi-líbrio e a saúde.

Por milhares de anos as batidas do cora-ção da Terra tinham essa freqüência de pul-sações e a vida se desenrolava em relativo equilíbrio ecológico. Ocorre que a partir dos anos 80, de forma mais acentuada a partir dos anos 90, a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz p/segundo. O cora-ção da Terra disparou.

Coincidentemente, desequilíbrios ecoló-gicos se fizeram sentir: perturbações climá-ticas, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido à aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está passando rápido demais não é ilusória, mas teria base real nesse transtorno da ressonância Schumann.

Gaia, esse superorganismo vivo que é a Mãe Terra, deverá estar buscando formas de retornar a seu equilíbrio natural. E vai consegui-lo, mas não sabemos a que preço, a ser pago pela biosfera e pelos seres hu-manos. Aqui abre-se o espaço para grupos esotéricos e outros futuristas projetarem cenários com catástrofes terríveis, ora espe-rançadores, como a irrupção da quarta di-mensão, pela qual todos seremos mais intui-tivos, mais espirituais e mais sintonizados com o biorritmo da Terra.

Não pretendo reforçar esse tipo de lei-tura. Apenas enfatizo a tese recorrente en-

tre grandes cosmólogos e biólogos de que a Terra é, efetivamente, um superorganismo vivo, de que Terra e humanidade formam uma única entidade, como os astronautas testemunham de suas naves espaciais. Nós seres humanos, somos Terra que sente, pensa, ama e venera. Porque somos isso, possuímos a mesma natureza bioelétrica e estamos envoltos pelas mesmas ondas res-sonantes Schumann.

Se queremos que a Terra reencontre seu equilíbrio, devemos começar por nós mes-mos: fazer tudo sem estresse, com mais se-renidade, com mais amor, que é uma energia essencialmente harmonizadora. Para isso importa termos coragem de ser anticultura dominante, que nos obriga a ser cada vez mais competitivos e efetivos. Precisamos respirar juntos com a Terra, para conspirar com ela pela paz.” (autor - Leonardo Boff em http://soubem.forumais.com/assuntos-f1/ressonncia-schumann-t46.htm)

Freqüência alteradaUma vez generalizado o caos, devasta-

das as matas, poluídas as fontes, demarca-das as fronteiras concedidas ou não as ou-torgas, o uso civil dos recursos fica atrelado a instituições e ou a interesses de grupos / tribos / seitas / partidos.

Compete aos promotores do caos retro-agir para o equilíbrio.

Lázarro BuenoAtivista do meio ambiente e editor do

Jornal Águas [email protected]

Meio Ambiente

Teoria da Ressonância Schumann

Utilidade pública

Page 4: 6a. edição do O Essencial

pág. 04 Julho de 2009

“... não atireis pérolas aos porcos...”

(Mateus, 7:6). Aos tempos de Jesus os por-

cos viviam em meio à lama, na imundície,

sendo desprezível a sua condição entre os

animais. Porém, quando Jesus referiu-se ao

povo como tal, não quis diminuir o seu valor

como gente, apenas observou que o homem

está, cada um, no seu degrau, na escada da

evolução, e que não seria justo oferecer a

mensagem cristã àqueles que ainda não se-

riam capazes de entendê-la. Acontece com a

música. Existem músicas que também não

chegam aos ouvidos menos sensíveis. Exis-

tem músicas que não conseguem lotar uma

sala de cento e poucos lugares, no entanto

existem outras que enchem uma arena com

mais de quarenta mil pessoas. Vocês já se

perguntaram por quê? Beethoven, Mozart,

Bach, Vivaldi, os maiores músicos que já

passaram pelo nosso planeta, não se escu-

ta mais. Não se ouve em rádios, não se vê

nas tevês, e também não dispensamos a eles

um mínimo momento de nossas raríssimas

meditações. Mas, prestem atenção, não é

porque sua música ficou pra trás ou ultra-

passada. Realmente elas distanciaram. Por

quê? Aqui vai uma dica: prestem atenção

na música desses caras. Ouçam as “Quatro

Estações”, de Vivaldi. No começo de cada

uma dessas estações do ano, ouçam a faixa

correspondente e sintam o que Vivaldi sen-

tiu ao compô-las.

Voltando a Zé Rodrix, que

compunha com Sá e Guara-

byra, um dos maiores e melho-

res momentos da nossa música

popular, vale à pena investigar

e conhecer o seu trabalho. Ou-

çam, ainda do tempo do vinil,

o álbum “Passado, Presente &

Futuro” (1972). O álbum que

inaugura o chamado rock ru-

Falando de música ll(Roberta).

MÚSICOS DAQUI

FAZENDO BONITO LÁ

Um abraço para Vag-

ner Faria, baixista, inte-

grante da banda Quatro

por Quatro, professor de

baixo e violão na CCM,

divinopolitano que venceu

o prêmio “Música Instru-

mental 2009” pelo BDMG

ral que mistura de folk com rock e a música

caipira com canções que são verdadeiras

viagens descritas em poesias simples e de

exaltação à liberdade, quando o momento

era de repressão, pela Ditadura Militar. Vale

à pena buscar as várias opções de conhecer

melhor o trio através da internet (Youtube

e outros).

Divulgação: Aproveito para divulgar

que no dia 4 de julho, às 21 horas, no Babi-

lônia (casa de shows) estaremos, juntamen-

te com Renato Saldanha (guitarra), Vagner

Faria (baixo), Rodrigo Rios (bateria) e Eu

(violão e voz) lançando a banda “Quatro por

Quatro”, fazendo um “Tributo a Zé Rodrix”.

Além da música desses caras, mostraremos

algumas de nossas próprias composições.

Neste show contaremos com a participação

especialíssima de Túlio Mourão (teclados).

Contato para reservas de mesas: 9199 0813

Cultural, em Belo Horizonte.

Um beijo para Violeta Campos, filha de

Jairo Lara (músico, também divinopolita-

no, ex-integrante do AdCanto) que se apre-

sentou dia 14 passado, ao lado de Sílvia

Negrão (irmã de nossa querida Valéria Ne-

grão), no Cantoras Daqui, pelo BDMG, no

Teatro da Biblioteca (BH), interpretando

Dorival Caymmi, com arranjos e direção

de Túlio Mourão.

Agenda: Gê Lara e banda, no show

“Alma de Músico” e Uirapuru Canto Livre

no Festival de Inverno de Itapecerica, em

julho.

Gê Lara

Cantor, compositor e coordenador do

Uirapuru Canto Livre.

[email protected]

Pois é...

Page 5: 6a. edição do O Essencial

Este livro está à venda na Livraria do GEEC por 35,00. Ligue no 3222-7644

e peça o seu exemplar.Entregamos na sua casa.

pág. 05Julho de 2009

Um dos grandes lançamentos literá-rios deste ano no Brasil, sem dúvidas, foi este pequeno romance do alemão Bernhard Schilink, ‘O leitor’, que já chegou famoso as prateleiras devido ao estrondoso sucesso do filme homônimo baseado na sua história. Singelo mas forte, curto mas denso conta uma história de amor: Michael, um jovem de quinze anos conhece Hanna, 21 anos mais velha. A leitura de Tolstói, Dieckens e Goethe precede seus encontros amoro-sos até o desaparecimento súbito de Hanna. Sete anos depois, Michael, estudante de Di-reito, é convidado a assistir um julgamento contra criminosos do regime nazista. Uma das acusadas é Hanna. Ela guarda um segre-do que pode salva-la ou condená-la a morte. Ele desconfia de toda a verdade mas teme pela reação de Hanna caso conte o que sabe. O livro, que pode ser lido superficialmente como uma boa e apaixonante história, torna-se muito intrigante se analisado sob as luzes da ética e da moral. Conflitos de gerações, a complexidade da natureza humana, a culpa e o dever de agir frente à injustiça são temas abordados com delicadeza pelo autor que é professor e Juiz de Direito. Portanto, o mais tocante d’O leitor, acima do romance e do julgamento é o fato de, assistindo de forma privilegiada a toda a história, termos a opor-tunidade de concluirmos sobre a inexistên-cia do caminho certo entre os vários que a vida nos apresenta, tão somente existindo as conseqüências das ações por nós escolhidas.

Leia e apaixone-se!

Daniel BicalhoLivreiro da Boutique do Livro

[email protected]

Deveria ser óbvio, mas não é para mui-tos: para se pensar em colocar um filho no mundo ou para se escolher uma carreira na Educação, a primeira condição deveria ser a de amar as crianças. É verdade que todo ser humano deveria gostar de crianças, pois a afeição à descendência, a ternura desperta-da pela graça infantil, o instinto de proteção diante de sua fragilidade, são coisas naturais inerentes à espécie humana. No entanto, o homem tem a liberdade e a capacidade de contrariar até os seus instintos mais básicos, pelo menos temporariamente. E há muitos que não suportam crianças.

A característica básica da maioria dos inimigos de criança é o egoísmo feroz. A criança pede sempre cuidado, atenção. Uma criança, na vida do adulto, modifica-lhe os hábitos, requer que ele renuncie a alguns de seus prazeres e desejo de uma grande parte do seu tempo. Dá trabalho. E há gente que se encerra num egocentrismo tão doentio que não pode sequer pensar em doar algo de si em favor de um ser que dele dependa.

Outro aspecto de tais personalidades é geralmente uma falta de sensibilidade e de sentimento, que pode raiar pelo extre-mo da crueldade e da dureza. Pois quem não é capaz de se comover diante de um rostinho sorridente, quem não é capaz de apreciar a ternura e a sinceridade infantil revela um enorme atraso em sua evolução moral. Incluem-se nesse rol todos aqueles que não conseguem respeitar uma criança, exercendo violências inomináveis contra os próprios filhos ou contra os filhos alheios. Infelizmente, o estágio evolutivo do nosso planeta é ainda tão deficitário, que muitos Espíritos se encontram ainda nesse ponto de atraso e degeneração. Basta ver as bar-baridades praticadas contra as crianças nas guerras e, mesmo no cotidiano, o número de estupros, seviciações, rapto e assassinato de menores.

Mas entre esse extremo brutal e o verda-deiro amor às crianças, há enorme gradação. A maioria das pessoas sente uma inclinação natural pela infância, demonstra algum enternecimento diante da graça infantil. É o começo, mas não basta, pois a ternura inicial não exclui atitudes egoísticas. Uma manifestação de desamor às crianças, cons-tante mesmo entre aqueles que afirmam e até demonstram gostar delas, é considerá-las como um estorvo. Elas atrapalham a ordenação do ambiente, fazem barulho, têm necessidade de se movimentar, de correr, são perguntadeiras, pedem atenção, querem o nosso tempo... São uma perturbação na rotina, nos afazeres, na vida do adulto. A tendência é a chamada imposição de “limi-

tes” — muito citada por pedagogos atuais, que na realidade não passa de uma tentativa de estabelecer regras para que a criança não atrapalhe e deixe o maior usufruto possível do espaço e do tempo para o adulto. O ob-jetivo implícito é fazer a criança ver que ela tem de se conformar a ser uma pessoa se-cundária, uma natureza violentada, para se adequar ao mundo egoístico do adulto.

O amor pleno à criança é, acima de tudo, ter tempo para ela, aceitá-la como criança, dar-lhe inteira atenção e devotamento, não excluí-la nunca de nossa vida, fazendo-a ver que em qualquer tempo, ela pode estar pre-sente.

Além de aceitação de sua natureza in-fantil, amá-la significa enxergá-la como uma pessoa inteira, digna de respeito, com dignidade humana, liberdade de opinião e necessidade de afeto.

Quanto aos que se dedicam profissio-nalmente à Educação, é preciso que tenham uma grande paixão por crianças e especial prazer em estar com elas. Nenhuma esco-lha profissional deve ser fruto do acaso e da indiferença, menos ainda a tarefa da educa-ção. Ela deve brotar em primeiro lugar de um grande amor à criança e à humanidade em geral. Quem não se sinta à vontade, ale-gre e satisfeito com um bando de crianças correndo e gritando à sua volta, que as deixe em paz e procure outra atividade, para não se tornar rabugento, tirânico e frustrado.

Dora Incontri(Texto extraído do livro “A Educação

Segundo o Espiritismo”)

Para ler em voz altaLiteratura

O amor às criançasUm pensar sobre

Page 6: 6a. edição do O Essencial

pág. 06 Julho de 2009

O Essencial: Como você iniciou nessa área?RM: Desde muito nova sempre tive grande ligação com a música. Participava de corais e sempre assistia a peças teatrais e shows. Comecei trabalhando como assistente de produção local para grupos que vinham se apresentar em Divinópolis e daí, foi um pulo para a produção executiva. Tive uma grande experiência trabalhando em uma produtora de BH (ARTBHZ) atuando dire-tamente com vários grupos/artistas como: Grupo Galpão, Cia SeráQuê, Armatrux, Burlantis, Ponto de Partida, Zeca Baleiro, Ney Matogrosso, Cidade Negra, Skank, Milton Nascimento, Capital Inicial, Zé Ra-malho, UAKTI, Tizumba, Vander Lee, en-tre outros, além de projetos sócio-culturais como: Coro Corinho, Meninos de Minas, Circo de Todo Mundo.Desde 1993 sou produtora executiva do cantor e compositor Gê Lara e atualmente presto serviços de assessoria nas áreas de elaboração, execução e prestação de contas de projetos culturais via Leis de Incentivo.

O Essencial: No seu ponto de vista, o que tem de pontos positivos e negativos na área cultural em Divinópolis? RM: Divinópolis é uma cidade de grandes artistas com trabalhos reconhecidos em todo o país. Falando especificamente dos artistas locais acho que é preciso uma maior união entre os diversos segmentos da arte. Quem sabe a realização de produções em conjunto, a formatação de um grande pro-jeto divulgando os artistas de Divinópolis.

O Essencial: Como está o cenário cultural em Divinópolis atualmente?RM: Existe muita gente produzindo, porém precisa de mais profissionalismo. Não dá pra formar um grupo hoje e sair por aí fa-zendo shows. Muita gente não tem compro-misso com a qualidade e consequentemente nem respeito pelo público.

O Essencial: Qual é o grande desafio para a viabilização de um projeto cultural?RM: Todas as fases de um projeto são difí-ceis. Desde a elaboração, execução, capta-ção e prestação de contas. E para viabilizar um projeto cultural você deverá ter conhe-cimento de todas estas etapas para se obter um resultado positivo.

O Essencial: Sobre a questão orçamentária de verba destinada à cultura, em Divinópo-lis e Minas Gerais, qual sua opinião e como avalia esses números?RM: A Sec. de Estado sempre teve progra-mas de apoio às diversas áreas da cultura, mas com a criação da Lei de Incentivo, o Fundo, o Cena Minas, o Musica Minas, com certeza os valores destinados aumentaram. No município também já existe a Lei de In-

centivo e está em desenvolvimento a criação do Fundo. Acredito que a Adminstração atu-al irá criar novos mecanismos de execução de projetos culturais, mas é bom lembrar que nenhuma política deve se apoiar so-mente em Leis mas sim criar um programa permanente e com recursos próprios para as diversas áreas culturais.

O Essencial: Os orçamentos dos fundos de cultura em MG são insuficientes para a pro-dução artística. Como aumentar essa ver-ba? Como avalia a qualidade dos produtos lançados pela lei de incentivo e o que você mudaria?RM: Nesta semana tivemos aqui em Divi-nópolis um Treinamento sobre o fundo de Cultura o que foi muito importante para os agentes culturais e artistas locais. A verba destinada realmente não é suficiente para a grande demanda do Estado mas com certeza já é um grande avanço. A verba destinada para este ano é de R$9 milhões de reais e o edital está aberto para apresentação de pro-jetos até 17 de julho.Desde a implantação da Lei de Incentivo a produção cultural de Minas Gerais cresceu e se estruturou de uma maneira significativa. O que eu mudaria seria a negociação da con-trapartida da empresa, ou quem sabe trans-formar tudo em fundo e aí o Estado é que seria o grande incentivador dos projetos.

O Essencial: Está provado que a economia da cultura movimenta uma grande soma de dinheiro e de forma bem democrática. Está provado também que para a arte de uma re-gião ficar conhecida é preciso aparecer nas grandes mídias de SP e RJ. O que se deve fazer de concreto para divulgar os artistas além da fronteira?RM: Hoje, com a facilidade da internet acho que não é mais preciso aparecer em

SP ou RJ para fazer sucesso mas sim saber utilizar as diversas ferramentas disponíveis para a divulgação do seu trabalho. Quanta gente está sendo descoberta através de um vídeo ou um cd gravado em estúdio “casei-ro”, mas é claro, com um resultado de gran-de qualidade.É preciso ficar atento às oportunidades!!!

O Essencial: Comente a sua percepção so-bre descentralização e a criação de redes como os pontos de cultura.RM: Um dos pontos mais importantes da execução de projetos culturais se refere à descentralização. Permitir o acesso de todas as pessoas em eventos culturais e levar até as áreas periféricas atrações artísticas de qualidade é hoje o grande desafio da produ-ção cultural. Acredito que através das redes fica mais fá-cil a troca de experiências e a execução de projetos em conjunto. Também é importan-te lembrar que cada vez que você apresen-ta um espetáculo em regiões onde não há o costume da participação você está dando a oportunidade de acesso e iniciando um pro-cesso de formação de novo público.

O Essencial: Comente e divulgue sobre suas futuras produções.

RM: - Show Tributo a Zé Rodrix – show com a banda Quatro por Quatro (Renato Saldanha, Rodrigo Rios, Gê Lara e Vagner Faria) e participação especial de Túlio Mou-rão Data: dia 04/07 no espaço Babilônia.

- Projeto ARTE A GOSTO – diversos espe-táculos (música e teatro) no Teatro Gravatá com artistas mineirosData: mês de agosto

- Circuito Uirapuru – shows na região Cen-tro-Oeste de Minas com o grupo Uirapuru Canto Livre sob a coordenação e regência de Gê Lara Data: julho/2009 a julho 2010

- Encontros Musicais – shows no Teatro Gravatá com artistas locais e convidados: Jairo de Lara e Célio Balona / Anthonio e Telo Borges /Túlio Mourão e Chico Amaral / Gê Lara e Chico LoboData: agosto e setembro/2009

- Circuito Alma de Músico – shows com Gê Lara e banda pelo interior de MinasData: agosto/2009 a julho/2010

Contato: Roberta Machado(37) 9199-0813

[email protected]

Entrevista do mês

Roberta Machado SantosHá mais 20 anos no meio cultural, ela é referência na área. 41 anos, casada, uma filha.

Page 7: 6a. edição do O Essencial

pág. 07Julho de 2009

O Lar Santo Ambrosio de Araújos é uma instituição de longa permanência para idosos inaugurada em 2004. Abri-ga hoje 23 idosos.

A casa tem uma equipe funcional de 10 servidores. A idade mínima de cada morador da casa é 60 anos e os mais ve-lhos passam de 90 anos. A coordenação conta com o apoio de Geraldo Amador que rege, não somente o lar, mas os fun-cionários e idosos com habilidade de um maestro na orquestra do dia a dia.

Para fugir da ociosidade e depressão, nossos internos com mais aptidões fa-zem trabalhos manuais como tapetes em sacos plásticos e tiras de pano. Também bijuterias com miçangas (colares, brin-cos e pulseiras).

O Lar se orgulha de oferecer aos seus internos, carinho, dedicação res-peitando a individualidade de cada um. Pois, sabe-se que mesmo os jovens são limitados, imaginem os idosos.

Toda a diretoria e outros funcioná-rios são voluntários. Ninguém recebe pagamento financeiro, mas sim bênçãos

e recursos espirituais.As doações sempre são bem vindas.

Seja para a manutenção da casa ou para as obras de ampliação. As empresas de engenharia responsáveis pelos proje-tos da primeira parte e da ampliação, também foram doações de voluntários. A primeira parte pela Projer Engenha-ria, Dr. Geraldo César Rufo e equipe. A segunda parte, um filho de Araújos, dr. Tony Alonso da Silva e sua equipe. Bem como o terreno para esta constru-ção, doado pela Sociedade São Vicente de Paulo de Araújos.

O Lar Santo Ambrosio de Araújos

tem prazer em receber visitas e mostrar o que faz, pois mostrando qualidade e responsabilidade na execução das tare-fas, torna-se mais fácil conseguir ajuda de pessoas de bom coração , com es-pírito doador e que buscam amparar os menos favorecidos, seja pelo dinheiro ou cuidados especiais.

Doações e mais informações pelo telefone (37) 3288-1638 com Geraldo.

Nelson Antonio Ferreira Diretor Administrativo do Lar Santo

Ambró[email protected]

Quando entrei no Programa Estaciona-mento Rotativo eu era uma jovem sem pre-tensão nenhuma, não conhecia o tamanho do mundo e dos desafios que viria a enfren-tar em um mercado tão concorrido em que todos buscam o seu lugar ao sol, cheio de obstáculos e desafios, mas como sempre fui sonhadora e muito determinada decidi que não ia deixar essa oportunidade de ganhar experiência e passar pelos obstáculos do mercado de trabalho.

Foi através dos Grupos no “Projeto Ado-lescer” que ganhei estrutura psíquica e mo-ral para começar a pensar sobre os aspectos que envolviam o nosso cotidiano, com en-contros de 15 em 15 dias me interessei mais e mais, assim fui traçando os meus objetivos

melhorando a minha formação, a forma de ver o mundo e até mesmo meu vocabulário. Com o projeto eu conheci muitos amigos e pessoas que queriam nosso bem.

Com a ajuda dos orientadores, crescia para a vida. Tinha-os como grandes amigos, apesar de que em muitas vezes desempe-nhavam até papéis de pais. Eu não encaro o

Lar Santo Ambrósio de Araújos

Os benefícios do Programa Pró-AdolescenteEstacionamento Rotativo e Pró-adolescente como uma perda de tempo ou um trabalho forçado. Encaro esses projetos como uma grande chance que nós, jovens de 16 a 18 anos, temos para sermos reconhecidos pela sociedade e assim tornando-nos cidadãos, tendo em vista um futuro promissor.

Entrou nesse projeto uma menina sem objetivos grandes, que não conhecia o mun-do e sairá uma menina forte cheia de obje-tivos, uma menina que se sente como parte de uma sociedade. Eu só tenho a agradecer e aplaudir esse grande Programa que educa, ensina e faz crescer.

Adolescente Flávia Martins Nunes17 anos.

Projetos Sociais

Page 8: 6a. edição do O Essencial

pág. 08 Julho de 2009

Analisando com minúcias, todas

as ramificações do vasto campo cultural,

observaremos dois grandes pólos distin-

tos: a Cultura erudita e a Cultura popular.

Com certa intensidade, as duas expressam

a forma de pensar, sentir e agir de um povo.

Sendo que, há uma distância enorme entre

ambas. Causada por fatores sociais, políti-

cos e até mesmo por conflito de gerações.

Independe da salientação que ser culto é ter

razão, ter bom gosto ou, saber, ter conheci-

mento, estar informado; pois a maioria dos

jovens não se identifica nem com a cultura

erudita, nem com a cultura popular. É mas-

sa, enquanto agregado social, que formam

um valor cultural ou opinião pública, vol-

tado para o consumo de produtos e serviços

culturais dirigidos por uma indústria cultu-

ral forte economicamente. Ao qual a cultura

é vista como produto de um mercado capita-

lista que nos oferece o tempo todo, novos e

efêmeros produtos de pouca qualidade, mas

de forte apelo comercial e propagado pelos

veículos de comunicação de massa.

Se não bastasse, todo proces-

so histórico degradativo na nossa “rica”

herança cultural, quase nunca a cultura é

vista pelos governantes como algo impor-

tante. Formando uma consciência coletiva

que cultura é “coisa de quem não tem nada

para fazer”, ou “conjunto de sobras”. Em

todos os segmentos governamentais o de-

partamento de cultura está sempre como

último na prioridade de ações políticas.

Nada anormal, se considerarmos que falta

saneamento básico, atendimento de saúde

com qualidade e educação de qualidade

para a maioria da população. E que a elite

econômica nunca foi a elite cultural. As

pessoas que saem de casa para procurar

eventos culturais, seja da cultura popular

ou da cultura erudita, geralmente o fazem

porque já perceberam que a vida humana

não é só sobrevivência física e material.

Existe algo mais em todos os seres huma-

nos que busca transcender a sua condição

humana e se coligar com os seus pares

através de uma catarse, seja ela artística

ou religiosa. Talvez por isso que a religião

sempre esteve tão próxima da arte. Essas

pessoas que participam e ajudam a cons-

O Eletrodo Culturaltruir a cultura local já entenderam que para

criarmos uma interação fecunda das formas

cosmopolitas, com os marcos nacionais, ne-

cessitamos primeiro da consciência sólida

da nossa própria identidade cultural. Cultu-

ra deveria então ser prioridade em qualquer

plano de governo.

Formação de público crítico e sensi-

bilizado só é possível com vontade política

e aproximação da Educação e da Cultura.

Eliminando a separação que se encontra en-

tre estes dois segmentos e propondo ações

de aproximação da escola dos bons eventos

culturais que acontecem na cidade. Por ser

raros o modismo em tradições culturais po-

pulares, é importante termos um conceito

formado de como as raízes da nossa cultura

foram produzidas, os processos através dos

quais se constituem e o que elas expressam.

Assim poderemos conservar e transformar

os eventos culturais, dando continuidade

dentro da nossa realidade atual. Como o

filósofo italiano Antônio Gramsci, sonho

com uma Cultura erudita e Popular fundi-

da numa Cultural Humana, onde não have-

ria esta bifurcação: Civilizados e Bárbaros,

porque como ele mesmo afirmou: “Todos

são filósofos”.

SÉRGIO REZENDE COSTA

É executor de projeto cultural com formação filosófi-

ca, professor de Artes, Sociologia e é Agente Cultural.

sergiorango @yahoo.com.br

Page 9: 6a. edição do O Essencial

pág. 09Julho de 2009

Período: 03 à 31 de julho de 2009.Biblioteca Pública Municipal “Ataliba Lago”

Av. Sete de Setembro, 1.160 – centroHorário de Funcionamento: segunda a sexta de 8 as 21 horas.

Toda sexta-feira às 10 horas: “Hora do Conto”. Local: Praça Gov. Benedito Valadares

03/07 – 20 horas – NOITE DA POESIA, com a participação musical de Toni P@lladino – violão e voz. Local: Sala de Multimeios Adélia Prado.

06 a 17/07 – Exposição: “Direito a História. Direito a Memória” Fotografias da História de Divinópolis. Organizadora: Marli Rodrigues Local: 1º pavimento

20 a 31/07 – Exposição: Pinturas de óleo sobre tela da Artista: Terezinha Gonçalves Local: 1º pavimento

06/07 – 19 horas – Reunião da SAB – Sociedade Amigos da Biblioteca Local: Sala de Multimeios Adélia Prado

07/07 – 19h30min – Sarau da Confraria Cultural Brasil-Portugal Homenagem ao poeta Abílio Manoel Guerra Junqueiro, sob a coordenação da escritora Maria de Fátima Batista Quadros Local: Sala de Multimeios Adélia Prado

10/07 – 19 horas – Palestra: “Stress e Dores de Cabeça”, proferida pelo Nutricionista e Terapeuta Júnior Valadares Local: Sala de Multimeios Adélia Prado.

13/07 – 19 horas – Parada Coletivo Pulso: Debate sobre “Relação e Poder”, sob a coordenação de Felipe Prado e Karla Patrícia. Local: Sala de Multimeios Adélia Prado.

27/07 – 19 horas – Palestra: “Alquimia Interior”, proferida pelo palestrante Elismar José Alves, realização: Associação Cultural Nova Acrópole. Local: Sala de Multimeios Adélia Prado.

PROGRAMAÇÃO CULTURAL NA BIBLIOTECA PÚBLICA ATALIBA LAGO

ENSINO INFANTIL E FUNDAMENTAL

Clube da Fraternidade

Page 10: 6a. edição do O Essencial

pág. 10 Julho de 2009

Porque existem tantos mitos alimentares?

Infelizmente ainda existe muita desinfor-mação a respeito de alimentação e nutrição no país. O que acontece é que uma pessoa fala sem fundamento técnico-científico algo a respeito de determinado alimento, a par-tir deste comentário outra repassa e assim sucessivamente. Tem também os mitos cria-dos por interesses econômicos como forma de vender produtos mais caros que teorica-mente produzem “efeitos miraculosos”.

Como pode ser mudado este paradigma?

Para se modificar este paradigma de mitos e tabus alimentares requer a desconstrução de modelos antigos sem fundamentação teórico-científico e a reconstrução de novos modelos a partir do diálogo entre o nutri-cionista e o paciente. Isto é feito durante a reeducação alimentar, na qual é analisado quais são os tabus e mitos alimentares que o paciente traz para o consultório e assim lhe esclarece e direciona quais são os melhores opções alimentares para a prevenção de do-enças e promoção da saúde integral.

Exemplos comuns de mitos alimentares

Limão e abacaxi possuem poucas calorias, isto é verdade, mas não podemos afirmar que estes alimentos emagrecem por si só e não ainda, e nem se pode, ficar chu-pando limão e abacaxi toda manhã e passar o dia comendo erradamente como acontece

com algumas pessoas que fazem dietas sem orientação de um nutricionista.

Limão “raleia o sangue”, esta afir-mação não tem fundamentação científica, e remete a um grande erro de que limão é ruim para a anemia, pelo contrário, a vita-mina C contida no limão ajuda na absorção do ferro (sendo que a grande maioria das anemias são provenientes de algum tipo de deficiência de ferro no organismo, alteração na absorção ou na metabolização do mes-mo);

Afirmar que limão e o abacaxi ti-ram a gordura dos alimentos é uma “meio verdade”, pois na verdade estes alimentos ajudam na metabolização da gordura, mas não significa, de forma alguma, que se co-locar limão ou abacaxi em uma preparação gordurosa, que a gordura simplesmente se dissolverá;

Não existem alimentos “fortes ou fracos”, existem sim alimentos que são mais ricos em gorduras, e assim a digestão é mais lenta e outros com maior quantidade de fi-bras em que a digestão é mais rápida. Este fato tem relação direta com a velocidade em que a pessoa irá sentir fome, a chamada popularmente “sustança” que os alimentos mais gordurosos promovem. Lembrando que, ambos são essenciais para a manuten-

Mitos Alimentaresção e promoção da saúde humana; Outro mito é de que os obesos não possuem anemia, esclareço que a pessoa que está obesa também corre o risco de ter anemia, principalmente aquelas pessoas que fazem dietas sem a devida orientação do nu-tricionista;

A visão de que crianças magras não são sadias e sim as gordinhas já está fazendo parte de um passado ultrapassado e hoje até mesmo a mídia mudou as propa-gandas que davam a falsa idéia de que as crianças “fofinhas” (gordinhas) era as mais sadias. Este fato se deve, dentre outros fato-res, ao número crescente da obesidade in-fantil e também por causa de casos descritos na literatura científica relacionando direta-mente e indiretamente a obesidade infantil com o aumento da obesidade em adultos.

Colesterol alto é um problema que atinge um número cada vez maior de pesso-as hoje no país e devo ressaltar que este fato tem relação direta com o tipo de alimenta-ção que a pessoa consome e a não prática de atividade física, dentre outros fatores, e que tanto pessoas magras como obesas podem ter este problema.

Lembre-se: são inúmeros os benefícios que uma boa alimentação traz para a nossa saú-de!

Faça uma reeducação alimentar, aprenda a se alimentar corretamente e faça exercícios físicos, assim terá mais tempo e saúde para aproveitar a vida!

Júnior ValadaresNutricionista e Diretor de Ensino do ISTS

[email protected]

Page 11: 6a. edição do O Essencial

pág. 11Julho de 2009

Ouvimos todos os dias um enorme nú-mero de estórias através de alguém, de um amigo ou outro, da tradição popular que perpassa por gerações através dos contos orais. Dentre tantas histórias, estão as LEN-DAS URBANAS. Estas comumente estão presentes no folclore, no campo populário. Narrativas fastidiosas, de atitudes engana-doras, falsas, fraudulentas e mentirosas que se amplificam e transformam sob o efeito da evocação dramática, na crendice acerca de heróis ou de situações de perigo, vivencia-das por pessoas ou oriundas da imaginação popular.

Quando alguém relata estas histórias, elas crescem, tomam outras proporções, se tornam imortais, com acréscimos e reduções ao longo do tempo, de acordo com o lugar. As lições de moral no sentido negativo es-tão presentes em boa parte das Lendas, com o intuito de lembrar que estamos sempre “mal” acompanhados em nosso dia-a-dia. Dentre elas, a de que “tem um punhal dentro do boneco Fofão”, “o homem do saco pega crianças custosas”, “a boneca amaldiçoa-da”, e outras inúmeras que podem ser vistas por meio de programas de TV, rádio, livros, contos orais, os quais se propagam em suas mais diversas versões. Será que todos com-preendem que as lendas são estórias frau-dulentas ou que são irreais? E as crianças? Como entendem as LENDAS? Como absor-vemos estas estórias, este tipo de narrativa, as quais geram medo intenso, ansiedade, agitação e sentimentos negativos? Estes são questionamentos importantes a serem refle-tidos pela sociedade.

Comumente, a clínica de Psicologia ouve relatos de casos de crianças que são levadas para terapia por pais queixando que seus filhos estão ansiosos, com medo inten-so, não querem fazer as tarefas da escola, não vão ao banheiro sozinhas, não querem mais dormir em seus próprios quartos, que-rem estar sempre ao lado dos pais. Estes chegam até a relatarem que os comporta-mentos, as queixas surgiram após seu filho ter tido acesso a esse tipo de conteúdo – Lendas Urbanas.

No decorrer das entrevistas, anamnese, avaliação ou até mesmo durante o acom-panhamento psicoterápico é percebido as influências negativas desse tipo de estória, as quais as crianças tem tido acesso, pela TV, rádio ou mesmo pelos pais e familiares que as narram. Em alguns casos as crian-ças entram em pânico após assistirem pro-gramas que exibem Lendas. Um dos casos, por exemplo, a criança ficava em pânico ao passar na rua do cemitério, pois havia assis-tido uma lenda em que “a menina ao fazer visita ao cemitério com o pai, levara uma boneca que estava sob um túmulo e que du-rante a noite certa criatura assassina saiu do cemitério e foi buscar/ pegar a tal boneca de volta com a criança; que ficou em pânico, com medo intenso”.

Neste sentido, é importante que os pais supervisionem o que as crianças assistem na TV e que procurem evitar que suas crianças assistam determinados programas princi-palmente aqueles que evoquem sentimentos de medo e situações de pânico.

Cabe aos pais, educadores, e te-rapeutas, esclarecerem o que são Lendas e ajudar os pais no sentido de estabelecerem horários, regras a serem seguidas, tipos de

Lendas: até que ponto elas são apenas histórias?

programas de TV, rádio, internet, que são, poderão ou não ser assistidos e/ou acessa-dos pelos filhos. Procurar monitorá-los de perto, torna-se fundamental, no intuito de evitar o acesso a estas influências que po-dem ser negativas, causadoras de sofrimen-to na vida das crianças. Uma opção, dentre várias, pode ser aproveitar os momentos que as crianças despendem com estes conteú-dos e substituí-los por momentos positivos. Quem sabe resgatar o brincar, ensiná-las a criar coisas, um passeio, um piquenique, um bom papo em família, etc.

Lembrar que os significados, o mundo em que as crianças vivenciam é diferente do mundo dos adultos é muito importante nesse momento e, que estes últimos são res-ponsáveis por elas.

Caso seus filhos estejam apresentando sintomas fóbicos, ou parecidos com os ci-tados anteriormente procure ajuda de um profissional. O profissional da psicologia é um destes, que pode te ajudar.

Olimar R. SilvaPsicólogo e Diretor Clínico do ISTS

[email protected]

Page 12: 6a. edição do O Essencial

pág. 12 Julho de 2009

“Que vos parece? Se um homem tem

cem ovelhas e uma delas se extravia, não

deixa as noventa e nove e vai aos montes

procurar a que se extraviou?E se acontecer

acha-la, em verdade vos digo que se regozi-

ja mais por causa desta, do que pelas noven-

ta e nove que não se extraviaram. Assim não

é da vontade do vosso Pai que está nos Céus

que pereça nenhum destes pequeninos”.

Jesus, Mateus XVIII, 12-14 – Lucas,

XV, 3-7

Para entendermos os significados das

palavras de Jesus vamos ver os elementos

presentes nesta parábola.

a) Objetos:

Ovelhas e pequeninos: As ovelhas nesta

parábola são comparadas aos pequeninos.

Somos nós, a grande maioria da humanida-

de, mais ainda na época de Jesus, que pre-

cisam de apoio, de auxílio para crescer de

forma correta e segura. São todos aqueles

que ainda correm risco de se extraviarem do

caminho.

Montes: É o lugar para onde vão as

ovelhas e os pequeninos que se extravia-

ram. Representam as regiões de sofrimento

no mundo espiritual. Mesmo lá, Deus, por

meio dos espíritos superiores, estará presen-

te, para recuperar os extraviados e perdidos.

b)Ações:

Tem: O verbo ter significa, no contex-

to evangélico, usufruir algum bem, durante

certo tempo. Só possuímos verdadeiramente

aquilo que doamos. Ter cem ovelhas é, nesta

parábola, ter sob seus cuidados, sob sua res-

ponsabilidade.

Extraviar e perecer: Representa o erro,

a vitória das más tendências e a derrota da

consciência. Para Jesus a vida é a verdade e

a morte o erro. Aquele que se extraviou do

caminho, o que pereceu, é aquele que per-

manece no erro.

Deixar: Deixar não significa abandonar.

Os pais podem deixar seus filhos sozinhos

se já confiam neles e sabem que já tem con-

dições para isto. Isto é importante para o

crescimento deles.

Achá-la: Significa recuperá-la, trazê-la

de volta para o rebanho, voltar para o cami-

nho do bem, das leis divinas, que é o cami-

nho da felicidade.

Regozijar mais por ela: Os filhos enca-

minhados não trazem preocupação ao pai,

mas aquele que está perdido no sofrimento.

O pai que ama a todos, quando o recupe-

ra, encaminhando-o para o bem se felicita

imensamente.

c)Sujeitos:

O homem e o Pai que está nos Céus:

Jesus compara o homem que tem sob seus

cuidados as cem ovelhas ao Pai que está nos

Céus. Além, do Criador, podemos, também,

entender este pai que ‘está nos céus’ como

alguém mais próximo de nós. Um espírito

mais evoluído, que possui laços de amor

para conosco e que vela por nós. Seja Deus,

por meio de suas Leis, seja um espírito ben-

feitor, estamos cercados de cuidados e pro-

teção.

Nesta parábola Jesus ainda apresenta

Parábola da ovelha perdida

uma relação que é importante analisar:

Uma extraviada para 99 no caminho:

Esta relação, 1% (Um por cento – uma a

cada cem), representa a taxa extravio na lei

de evolução, ou seja, apenas um por cen-

to se extraviam. Vejam que o número dos

bons, ou seja, que não se extraviam, é muito

maior. Em outra análise, o número 1 mostra

a importância que tem cada um de nós para

o Criador. E que a lei divina, perfeita, exige

100% de sucesso.

Resumindo, a parábola ficaria assim:

“Se um espírito evoluído tem sob sua tu-

tela cem espíritos e um deles, errando, sai

do caminho do bem, ele se dedica a recupe-

rar aquele se extraviou, buscando inclusive

nas regiões de sofrimento. E se acontecer

que ele consiga recuperá-lo, em verdade vos

digo, que se sente imensamente feliz. Assim

quer o Criador que, mais cedo ou tarde, to-

dos os espíritos cheguem a perfeição”.

Jomar Teodoro Gontijo

Mestre em Educação e Diretor de Ensino

do IPENCEE

[email protected]

Parábola Comentada

Page 13: 6a. edição do O Essencial

pág. 13Julho de 2009

Uma conscientização da matriz fundan-te religiosa do Espiritismo se faz necessá-ria para banir conhecimentos equivocados. Estes permanecem no inconsciente influen-ciando de maneira perniciosa o cotidiano.

Por exemplo, o conceito de “salvação” que se encontra arraigado, pois julga-se que precisa-se ser salvo de alguma coisa por al-guém. Este conceito se originou no judaís-mo há mais ou menos uns quatro mil anos quando surgiu o mito do pecado original, passando depois para o Cristianismo. Se-gundo esta crença, todos nascem culpados e precisam de um salvador, portanto isso se tornou um dos motivos pelo qual Jesus foi constituído o Salvador. As doutrinas salva-cionistas são chamadas doutrinas Soteroló-gicas.

O Espiritismo que adota a ética cristã, mas não o cristianismo tradicional como instituição religiosa cultural, estabelece, contrapondo ao conceito de salvação, o pa-radigma da Evolução. Este novíssimo con-ceito que, inclusive antecedeu a Darwin, abole o mito do pecado original quando afirma que somos criados simples e igno-rantes com potencialidades iguais para evo-luirmos. Portanto o conceito de salvação não tem lugar na Doutrina Espírita, mas esta acaba sofrendo a sua influência porque os seres que a constituem são resultado de vá-rias reencarnações de adeptos das Doutrinas Soterológicas.

É necessário um grande esforço para desconstruir, de dentro para fora, este per-manente desejo de que algo ou alguém nos salve, porque este é o caminho mais fácil, mais imediatista. Quantos buscam, ainda, na Casa Espírita, um meio de ser salvos, na

utilização dos passes, da água fluidificada ou das reuniões de desobsessão? Será que se compreende, de fato, que o aperfeiçoamen-to de cada um é um processo de mudanças e transformações íntimas? Urge que se reflita se agem efetivamente e com coerência em relação ao conceito de evolução que é apre-sentado pela Doutrina dos Espíritos.

A evolução é uma Lei Natural que ao possibilitar o aperfeiçoamento espiritual dá sentido e sustentação ao objetivo das re-encarnações, que com a utilização do livre arbítrio, torna o ser responsáveis pelas suas ações, conscientes das conseqüências que delas advirão.

Após estas considerações podería-se questionar porque na Codificação é muito utilizada a palavra salvação, se o Espiritis-mo não adota o conceito da mesma. Para ex-plicar e compreender melhor esta ocorrên-cia é necessário que se conheça a realidade cultural, filosófica, religiosa e científica da época em que esta foi elaborada, assim como também a realidade do público para o qual Kardec escrevia.

Podemos concluir que sendo o Espiri-tismo a expressão humana da Doutrina dos Espíritos fica evidente que, na forma e não na sua essencialidade, sofre a ação da evo-lução cultural da humanidade. Cabe aos es-píritas desenvolver a massa crítica, para que num esforço permanente de atualização do conhecimento espiritista não permita que a forma ofusque a sua essencialidade.

Maria José GontijoQuímica e Diretora

Institucional do [email protected]

Evolução ou Salvação?Contextualizando o Espiritismo

SHO

WD

IA31

DE

JU

LHO NO TEATRO

USIN

AD

OG

RAVATÁ

DE 13 À 17 DE JULHO

“PRESERVE A VIDA”

Dia 13/07 ás 19:30 hs Tema: Aborto e o direito de viver.

Expositora: Gisele (Itaguara).Local: Teatro Municipal Usina do

Gravatá.Vereda Waldemar Rausch, 213 - B.

Santa Clara.

Dia 14/07 ás 19:30 hsTema: Eutanásia: decisões, ações e

responsabilidades.Expositor: Vicente de Paula Cardoso

(Divinópolis).Local: Teatro Municipal Usina do

Gravatá.Vereda Waldemar Rausch, 213 - B.

Santa Clara.

Dia 15/07 ás 19:30 hsEvento: NOITE DA ARTE

ESPÍRITA.Participantes: Grupos musicais de

Divinópolis e região.Local: Teatro Municipal Usina do

Gravatá.Vereda Waldemar Rausch, 213 - B.

Santa Clara.

Dia 16/07 ás 19:30 hsTema: Suicídio e suas conseqüências.

Expositor: Sérgio Bebiano (Divinópolis)

Local: Centro Espírita Casa Maria de Nazaré.

Rua Mestre Pedro da Silva, 31 Bairro Esplanada.

Dia 17/07 ás 19:30 hsTema: Porque adoecemos? A Saúde e

o adoecimento do Ser.Expositor: Dr. Andrei Moreira

(Associação Médica Espírita de Belo Horizonte).

Local: Câmara Municipal de Divinópolis

Rua São Paulo, 277 - Centro.

ENTRADA FRANCA

Realização: AME (ALIANÇA

MUNICIPAL ESPÍRITA DE DIVINÓPOLIS)

XXVI SEMANAESPÍRITA DEDIVINÓPOLIS

Faça a assinatura anual do informativo

por R$30,00 e receba mensalmente em sua casa.

Informações pelo telefone (37)3222-7644

Page 14: 6a. edição do O Essencial

pág. 14 Julho de 2009

Meu irmão desencarnou há 2 anos. O fato ocorreu no dia do aniversário do meu esposo. Foi um terrível acidente de moto. Sentimos muito sua falta e meu pai está em profunda depressão. Não sente mais gosto pela vida. Diz que nada presta deste então. Gostaria de ter notícias e ajuda espiritual se possível. Obrigada.

A. C.

Agradecemos sua participação.O telefone mediúnico toca em sua maio-

ria absoluta de lá para cá. E mesmo quando toca tem utilidades que transcendem as nos-sas compreensões.

O mais importante nessas horas é culti-var a esperança e não deixar a fé esmorecer.

Enquanto isso nos cabe o consolo de que, através do que chamamos de sonhos, muitas vezes são emancipações de nós es-píritos indo aos locais onde podemos nos encontrar com os entes amados no mundo espiritual.

É comum, durante o luto, o sentimento

Clube do LivroEspírita

Agosto

DoutrinárioO Espiritismo perante a Bíblia Autores: Sérgio Fernandes Aleixo e Lair Amaro FariaEditora: GEEC Publicações

Este livro tem como objetivo propor um exame reflexivo acerca das relações existentes entre o Espiritismo e a Bíblia. Analisar o conjunto de ensinamentos oferecidos à Humanidade pelos prepostos do Espírito de Verdade em comparação com as Sagradas Escrituras, constitui um empreendimento que conduz à certeza inamovível e inquestionável de que ser espírita é fazer parte de um projeto divino por excelência.

RomanceDesencantoAutor:mDário SandriJúnior, FénelonEditora: ALIANCA

O Espírito Fénelon narra a história de Laura, uma jovem italiana do século XIX que se-gue seus sonhos em um mundo convulsiona-do por graves mudanças sociais e políticas. Sem ter consciência das tramas do passado, Laura se vê às voltas com realidades insupe-ráveis e cai vítima de suas próprias escolhas. A tentativa dos mentores espirituais para sal-var essa encarnação, aparentemente perdida, é o pano de fundo de uma história de amor, guerra, romantismo, ganância e impiedade.

InfantilLá Vem Histórias... Para Contar e Encantar... Autor(es): Rosali GarciaEditora: MUNDO MAIOR

Histórias são metáforas que ilustram dife-rentes modos de pensar e ver a realidade. Quanto mais variadas e extraordinárias fo-rem, mais se ampliará o leque de abordagens possíveis para as diversas questões. Escutá-las é o início da aprendizagem e da formação do leitor. É ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo.

Atendimento Fraternode vazio ou solidão, a sensação de ansieda-de e irritabilidade são reais e normais, mas devem ser elaborados com a ajuda de um terapeuta ou de um grupo de apoio (família, amigos ou companheiros de religião). Isto passará e depois ficará uma saudade gostosa como se fosse uma manifestação constante de gratidão a Deus pelo tempo que pudemos compartilhar com os seres amados.

Não devemos nos excluir do convívio dos amigos nesses momentos.

Seja feliz fazendo os outros felizesAbraço,

José AmaralBacharel em Filosofia, Palestrista e

[email protected]

PROMOÇÃO: LIVROS A R$12,00 CADA

Mediador (O) Autor(es): Agnaldo CardosoEditora: MUNDO MAIORGênero: Obsessão/Desob-sessão

Um equívoco comumente cometido pelos espíritas é dizer: “Eu sou vítima de uma obsessão” ou “ -Fulano é ví-tima de uma obsessão”. Não há vítima! E não há cobra-dor se não existir devedor! Obsessor, não é inimigo. É quem mais precisa ser aju-dado. Só haverá obsessão, se houver sintonia.

Distante de Deus Autor(es):Fabio, Nadir GomesEditora: CRISTALISGênero: Romance

Fábio é um exemplo expres-sivo de como o poder e a ambição, associados a uma mente ágil e determinada, podem levar o homem aos limites da sua condição. Em-bora mergulhado em seu pro-jeto de sobrevivência, nunca perdeu a noção de que existe um “outro lado”, e os sinais da presença divina nunca lhe foram imperceptíveis.

Lado Obscuro da Alma (O) Autor:Lourdes Carolina GageteEditora: MUNDO MAIORGênero: Romance

A autora aborda de forma clara e acessível situações em que o ser humano colo-ca-se na vida por imprevi-dência, por total ou parcial desconhecimento de si mes-mo e dos acontecimentos que os acompanham na vida depois da vida.

LIVRARIA GEEC (37) 3222.7644

Canto Livre para crianças, jovens e adultos.Coordenação: Gê Lara e Roberta Machado.

3214-5275 ou 9199-0813

Participe dessa sessão!Envie sua pergunta [email protected]

Page 15: 6a. edição do O Essencial

pág. 15Julho de 2009

Programa Projeto Futuro

Julho - 2009 Dia 04/07/2009 – Tema – Pinga Fogo, com Vicente Cardoso. Aquelas per-guntas que não foram respondidas em programas anteriores devido ao nosso tempo que é curto serão respondidas neste programa, um programa dedicado somente ao ouvinte. Aproveite e mande sua pergunta!

Dia 11/07/2009 – Tema – O Centro Es-pírita, com Márcio Torres. O que é O Centro Espírita? Como funciona uma Casa Espírita, qual o objetivo do Cen-tro Espírita? Estão tentando introduzir algumas práticas no movimento espíri-ta, o que é prática espírita e o que não é prática espírita? Existem rituais em uma casa espírita, como na igreja, na umbanda e outros? Ouça este programa e conheça mais sobre o Centro Espírita!

Dia 18/07/2009 – Tema – O Movimen-to de Unificação Espírita, com Evaldo Santana. Será que os Centros Espíritas estão realmente unidos, o que falta para que este movimento de unificação se complete? Será que as práticas não es-píritas prejudicam o movimento de uni-ficação espírita? Vale a pena conferir!

Dia 25/07/2009 – Tema – O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXl, Ha-verá Falsos Cristos e Falsos Profetas, com equipe do GEEC. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e seduzirão a muitos. Levan-tar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; - e porque abundará a iniqüidade, a caridade de muitos esfriará.- Mas aquele que perseverar até o fim se salvará. ( S. Mateus, cap.XXlV, vv. 4, 5, 11 a 13, 23, e 24; S. Marcos, cap. Xlll, vv. 5, 6, 21 e 22.) O que realmen-te Jesus quis dizer com essas palavras, quem são os falsos profetas e quem são os verdadeiros profetas, como reconhe-cê-los. Não percam este programa!

Toda filosofia ou doutrina tem seus ob-

jetivos e finalidades. O Espiritismo não é

diferente neste aspecto. A proposta da Dou-

trina Espírita coordenada e coodificada no

campo físico pelo pedagogo francês Allan

Kardec que em sintonia com os Benfeitores

espirituais, traça uma metodologia simples

de trabalho, objetivando as revelações das

leis espirituais; numa didática simples, ra-

cional e coeza, promove aos seus estudantes

e leitores um despertar para a busca do co-

nhecimento, promovendo assim discursões,

debates, pesquisas e interatividade, desper-

tando o senso crítico e a busca de respostas

racionais, inteligentes e progressistas. Ele

é, ao mesmo tempo positivista, humanista e

espiritualista. Não se fecha em conceitos ou

pré conceitos, ou verdades definitivas, aliás,

em dado momento nos dizem os amigos ce-

lestes “ o Espiritismo anda lado a lado com

a Ciência, e se em algum momento ele esti-

ver equivocado em um ponto, ele deverá se

rever neste ponto”, isto evita de certa forma

que a Doutrina Espírita, se torne dogmática,

arcaica, pré conceituosa, protegendo assim

o seu aspecto progressista e evolucionista.

Porém, será que isto bastaria para tor-

nar-se útil o Espiritismo? Não será ele mais

uma vã filosofia com consequências religio-

sas? Evidentemente que não; toda razão ou

conhecimento não há sentido se não estiver

ao lado os sentimentos . Por isso nos orien-

ta o Espírito de Verdade , “ espíritas, amai-

vos e instruí-vos”. Do que adiantaria tanto

“Amai-vos e instruí-vos”conhecimento, tanta racionalidade se não

tivesse uma consequência. A finalidade do

Espiritismo portanto, é a transformação mo-

ral daqueles que o conhecem, e consolar os

aflitos. Quantos amigos são socorridos atra-

vés de uma palavra de conforto, de carinho;

quantos pais sofredores que perderam filhos

prematuramente, compreendem que o espí-

rito não morre jamais e que a vida continua

além do campo físico; quantos desalentados

e sofredores descobrem que as rudes provas

da vida são processos naturais de reajustes

, resgates e crescimento espiritual; quantos

doentes do corpo e do espírito, entendem

que as doenças são processos naturais de

cura da enfermidade do nosso espírito; quan-

tos desesperados que buscam no suicídio

a solução de seus problemas, e descobrem

que a morte não aniquila a vida do espírito e

que mais cedo ou mais tarde vão ter que que

equacioná-los por eles mesmos; quantos so-

fredores desencarnados encontram alento

e são amparados nas reuniões mediúnicas,

enfim, esclarecer, compreender, entender,

conhecer as leis naturais são objetivos do

Espiritismo, mas sua finalidade é de abraçar,

alentar, consolar e principalmente difundir o

amor entre os homens, pois o Amor é a lei

maior que emana de Deus e a Ele nos liga.

Alexandre Mol

Administrador e Diretor de Extensão do

IPENCEE

[email protected]

Todos os sábadosde 10hs às 11hs.

Rádio Minas AM, 1.140 Khtz.Radio Minas 99.3 FM

Pela Internet:www.projetofuturo.radio.br

Opinião

CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA PARA EDUCADORES E EVANGELIZADORAS

O GEEC convida a todos os interessados a fazerem parte da mais nova opção do

Clube do Livro. Voltado para educadores em geral, o Clube trás títulos com diversos textos e técnicas que acrescentam e auxi-liam na contribuição do desenvolvimento

das crianças e jovens.Ligue e faça parte: (37) 3222-7644.

Page 16: 6a. edição do O Essencial

pág. 16 Julho de 2009

Alunos do GEEC Arte e Cultura modalidade violão dia 7 de junho.

Coluna Social do GEEC

Valéria Negrão, Júnior Valadares e Olimar Silva em reunião do Institu-to Transdisciplinar de Saúde dia 20 de junho no GEEC.

Ronaldo, Humberto, Sérgio e Jomar em reunião da Aliança Municipal Espírita dia 06 de junho no CEPE. (Centro de Estudos e Pesquisas Espíri-tas).

Mural com fotos do beneficiados do Projeto Pro Adolescente decora a sede dos Conselhos em Junho de 2009.

Encontro com os pais dos jovens do Projeto Pró Adolescente na Câmara Municipal dia 29 de junho.