aula 4 economia

Upload: garvingx

Post on 04-Apr-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    1/26

    CURSOS ON-LINE ECONOMIA I PROF. MOZART FOSCHETE

    www.pontodosconcursos.com.br

    AULA 4 : I NTRODUO MACROECONOMI A

    Nas nossas trs primeiras aulas, ns fizemos uma

    introduo-reviso de alguns conceitos da Microeconomiaque certamente vo nos ajudar muito no entendimento da

    Macroeconomia que , a partir desta Aula 4, o objeto

    central de nosso curso. Ns, agora, vamos dar um salto, e

    passar a estudar a economia do pas como um todo,

    analisando as variveis que determinam o volume daproduo total de bens e servios, o nvel do emprego e o

    nvel geral de preos do sistema econmico.

    Nesta nossa Aula de n 4, ns vamos abordar osgrandes agregados da economia, como so chamados o

    produto interno bruto, o investimento bruto, a renda

    nacional, e outros conceitos relevantes.Bem-vindo, ento, ao maravilhoso mundo da

    Macroeconomia!

    4 .1 . O s is tem a econm ico : agen t es e f l ux os

    A teoria macroeconomia a parte da teoria econmica queestuda o funcionamento da economia como um todo. Cabe macroeconomia identificar e medir as variveis que determinam ovolume da produo total de bens e servios, o nvel do emprego eo nvel geral de preos do sistema econmico, bem como osagentes econmicos que atuam nesse sistema, realizandotransaes de todos os tipos e naturezas.

    Como foi dito em nossa Aula 1, uma descrio do sistemaeconmico como um todo deve considerar, de um lado, os tipos deagentes econmicosque nele atuam e, de outro, os fluxospor elegerados. Se considerarmos, por simplificao, uma economiafechada, isto , sem relaes econmicas com outros pases (semexportaes e importaes, por exemplo), podemos identificar osseguintes agentes que atuam no sistema econmico:

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    2/26

    2

    . As unidades familiares

    . As empresas

    . O governo

    No sistema econmico, s un idades fam i l ia res cabe o papelde fornecer os recursos produtivos s empresas (recursosnaturais, mo-de-obra, capital, capacidade empresarial, etc.),recebendo, em troca, uma remuneraoou renda (que pode ser:salrios, aluguis, juros e lucros) - que, num momento seguinte,ser voltada para adquirir das empresas bens e servios de quenecessitam.

    Asempresas

    , por seu turno, demandam das unidadesfamiliares os recursos produtivos de que precisam, remunerando-as com uma renda (salrios, aluguis, juros e lucros), enquantoofertam para as mesmas os bens e servios que produzem.

    Ao gove rno cabe o papel principal de regulador da atividadeeconmica e de provedor dos chamados bens pblicos- dos quaisso exemplos, como j vimos, a segurana nacional, o servio depolcia, a administrao da justia - alm de garantir ofornecimento dos denominados bens meritrios, como educaoe sade. Para o desempenho dessas atividades, o governo

    arrecada impostos dos agentes econmicos como, por exemplo, oimposto de renda (IR) e o imposto sobre produtos industrializados(IPI).

    Na contabilidade nacional, o governo constitudo pelosrgos da chamada Administrao Direta basicamente, osMinistrios e as Secretarias - considerados os trs nveis degoverno: federal, estadual e municipal. Como o governo, emregra, no tem o objetivo de auferir lucro, as empresas pblicas esociedades de economia mista, das quais o governo seja acionista,

    so includas no item empresas (no setor privado).Num modelo mais completo, teramos de incluir um quarto

    agente econmico, denominado comumente de r e st o d o m u n d o e que responde pelas importaes e exportaes de bens eservios do pas.

    4.2 . Conce i tos Bs icos : a Mensurao do Produto e da Renda e da Despesa

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    3/26

    3

    A contabilidade nacional proporciona medidas agregadas do

    valor de mercado dos bens e servios finais produzidos naEconomia durante um certo perodo, geralmente um ano.Dependendo dos itens computados nesta medio, obtm-sediferentes medidas deste produto.

    Assim, por exemplo, temos o conceito Produto Interno Brutoque pode ser definido assim:

    P r o d u t o i n t e r n o b r u t o (PIB) corresponde soma dos valores de todos os bens e servios

    finais produzidos em uma economia, durante um

    certo perodo.3

    H trs aspectos que devemos observar nessa definio:primeiro, que estamos falando de bens e servios f ina is o quequer dizer que, para evitar a dupla contagem, no podemos somaro valor da produo do ao e/ou o valor da produo da borracha,etc. que so matrias-primas com o valor do carro, pois novalor deste que um bem final j esto includos os valoresdas matrias-primas utilizadas em sua produo.

    Um outro aspecto a observar que, na contabilidade nacional, aproduo entendida como qualquer atividade que aumente aquantidade e/ou valor do bem ou servio. Assim, considera-seproduo no somente a transformao de uma matria-primanum produto novo, mas tambm as atividades de transporte, deintermediao financeira, de comercializao, e de prestao deservios em geral.

    Um terceiro ponto a ser observado que n o entram no clculodo valor do Produto as transaes que envolvam troca de ativosque no foram produzidos no ano ou perodo considerado, como,

    por exemplo, a compra e venda de imveis e de carros usados.

    E de onde vem o valor do produto de um pas?

    O valor do PIB o resultado do produto dos trs setoresprodutivos, a saber:

    I - Setor Primrio constitudo pela produo agropecuria,tendo como principais componentes a produo agrcolapropriamente dita (arroz, milho, soja, etc.), a produo da

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    4/26

    4

    pecuria(abate de gado, sunos, etc.) e a produo extrativavegetal(borracha, carvo vegetal, etc.);

    II - Setor Secundrio constitudo pela produo do setorindustrial e tendo como principais subsetores: indstriaextrativa mineral (petrleo, ouro, minrio de ferro, etc.),indstria da construo civil (prdios, estradas, barragens,etc.), indstria de transformao (mecnica, eletrnica,txtil, etc.) e servios industriais de utilidade pblica(energiaeltrica, saneamento, etc.);

    III - Setor Tercirio constitudo pelo setor de servios, tendocomo principais subsetores: transportes e comunicaes,intermediao financeira, setor governo (exceto empresasestatais), comrcio, sade e educao (privadas), turismo elazer, etc.

    4 .3 . Os d i ve rsos conce i tos de p r odu t o um a an l i se m a is de ta lhada

    O produto interno bruto (PIB) de um pas dado pelo valor detodos os bens e servios que foram produzidos durante um certoperodo de tempo, geralmente um ano. Seu valor medido pelolado dos custos de produo, traduzidos estes nas despesasrealizadas pelas empresas com a remunerao dos fatoresutilizados na produo (salrios, aluguis, juros e lucros). Acontrapartida do valor do produto global ou do valor agregadodessas despesas dada pela renda interna que corresponde soma daquelas rendas recebidas pelos proprietrios dos fatores deproduo. Se o produto for avaliado aos preos de mercado, deve-se acrescentar a essas rendas a receita auferida pelo governo, ouseja, os impostos indiretos, deduzidos os subsdios. Constata-se,ento, que o valor do produto e da renda so duas medidasdistintas do mesmo fluxo de bens e servios gerados na atividadeeconmica.

    Muitas vezes o estudante se v confuso diante de conceitoscomo produto interno, produto lquido, renda nacional,

    renda pessoal, e tantos outros. Mas, afinal, todos esses termosse referem mesma coisa ou so conceitos e medidas diferentes?

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    5/26

    5

    Na realidade, todos estes conceitos referem-se a coisassemelhantes, mas no iguais. O que distingue um conceito do

    outro so alguns itens que entram no clculo de um mas noentram no outro. Por exemplo, a diferena entre qualquer produtolquido e seu correspondente bruto consiste na depreciaoque entra no clculo somente deste ltimo.

    O Quadro I, a seguir, mostra de que forma so calculados osdiversos conceitos de produto e de renda, possibilitando umacomparao entre ambos.

    QUADRO I

    tica do produto tica da renda(+)Salrios pagos: 1.300 (+)Salrios pagos: 1.300

    (+)Aluguis: 900 (+)Aluguis: 900

    (+)Juros: 700 (+)Juros: 700(+)Lucros 1.100 (+)Lucros: 1.100

    = Produto Interno Lquidoa cust o de f a t o r es ( c f ) : 4.000 = Renda Interna Lquida: 4.000(+) Depreciao: 300 (+) Depreciao: 300

    =Prod. Interno Bruto(cf):4.300 =Renda Interna Bruta: 4.300

    (-) Renda lquida enviada (-) Renda lquida enviadaao exterior: -200 ao exterior: -200

    =Prod. Nacional Bruto (cf):4.100 =Renda Nacional Bruta: 4.100(+) Impostos indiretos(*): 600 (-) Depreciao: -300(-) Subsdios: -100 =Renda Nacional lquida: 3.800

    =Prod.Nacional Bruto(pm):4.600 (-) Lucros retidos: -500(-) Contr.Previdendencirias:-700

    (+) Transferncias Govern.: 600

    (+) Transf. Empresariais: 100

    = Renda Pessoal: 3.300

    (-) Impostos diretos(**): 400= Renda Pessoa Disponvel: 2.900

    (*) IPI/ICMS/ISS (**) IR/IPVA/IPTU

    Pelo Quadro I, acima, pode-se concluir que:

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    6/26

    6

    a) A diferena entre o produto a custo de fatores e oproduto a preos de mercado reside na incluso, neste

    ltimo, dos impostos indiretos e na retirada dos subsdios.b) A diferena entre o produto internoe o produto nacional

    e entre a renda internae a renda nacionalreside na rendalquida enviada ao exterior.

    c) A diferena entre o produto lquido e o produto brutoreside na depreciao;

    De uma forma geral, nos Estados Unidos e outros pasesdesenvolvidos, utiliza-se mais comumente, para efeito de anlise

    da atividade econmica, o conceito de Produto Nacional Bruto(PNB). Isso se explica porque o PNB desses pases costuma sermaior que o seu PIB porque eles recebem mais renda do exteriordo que enviam para o exterior.

    J nos pases subdesenvolvidos, o Brasil entre eles, usa-segeralmente o conceito de Produto Interno Bruto (PIB) - que, nocaso desses pases, costuma ser maior que o PNB, uma vez que arenda que esses pases recebem do exterior tende a ser menorque a renda por eles enviada ao exterior.

    A t ica das Despesas

    Como foi dito anteriormente, o valor do produto igual ao valorda renda gerada e, por sua vez, igual despesa agregada, isto, ao valor do fluxo de bens e servios transacionados naeconomia.

    As despesas agregadas se compem das seguintes categoriasde gastos:

    a) Despesas pessoais de consumo (C) incluindo a osgastos das famlias com bens de consumo (alimentos,automveis, etc.) e servios (sade, lazer, etc.).

    b) Investimento privado bruto (I) incluindo edificaes,fbricas, equipamentos, mquinas e variaes de estoques.Vale lembrar que s so computados os bens e servios

    novos, isto , produzidos e vendidos (ou comprados) no anoconsiderado. Assim, a compra de um edifcio com 5 anos deconstruo, ou de um carro usado no computada no valor

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    7/26

    7

    do PIB deste ano. Isto porque o valor deste edifcio e destecarro j foi apurado no PIB do ano em que foram produzidos.

    c) Gastos do governo (G) incluem os dispndios do governocom os seguintes itens:

    i) despesas correntes - a includas as compras de bens eservios para o funcionamento normal das agnciasgovernamentais e o pagamento de funcionrios civis emilitares.

    ii) despesas de capital - compra de bens e servios voltadospara investimentos (construo de escolas, hospitais,estradas, etc.). No entram nestes gastos do governo: as

    transferncias governamentais, nem os dispndios dasempresas pblicas (tipo Petrobrs, Vale do Rio Doce,Eletrobrs, etc.). Estes ltimos so contabilizados no setorsecundrio, como setor privado.

    d) Exportaes lquidas (X - M) aqui entendidas como ovalor total das exportaes de bens e servios menos o valordas importaes de bens e servios.

    Ou seja, pela tica ou abordagem da despesa, o valor doproduto interno bruto, a preos de mercado, dado pela equaoabaixo:

    PIBpm= C + I + G + X - M

    4.4 . O Va lor Ad ic ionado

    Para calcular o valor do PIB, todos os bens e servios devemser contados s uma e nica vez. Para tanto, deve-se computar

    somente os valores dos bens finais j que estes incluem todos oscustos intermedirios (matrias-primas) das diversas etapas doprocesso produtivo.

    Assim, por exemplo, as estatsticas oficiais contam o valor dopo vendido ao consumidor, mas no somam a este valor o preoda farinha de trigo, j que este est includo no preo final do po.Da mesma forma, se se computa o preo do automvel vendido aoconsumidor, no se deve adicionar a este o preo do ao e outros

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    8/26

    8

    componentes do carro. Do contrrio, haveria o problema da duplacontagem.

    Aparentemente, a maneira mais fcil de se medir o valor do PIB considerar os valores dos bens finais. Mas, alternativamente,pode-se chegar ao mesmo resultado somando o valor adicionadopela empresa em cada estgio do processo produtivo.

    Valor adicionado igual ao valor do produto vendido pelaempresa menos o custo dos produtos intermedirios compradospela empresa e seus fornecedores.

    Um exemplo de clculo do valor adicionado:

    Tabela 1

    (PRODUO HIPOTTICA DE CIGARROS)

    Pela Tabela 1, verifica-se que o valor do PIB igual ao valor dobem final (=100), vendido pela loja ou bar ao consumidor.Alternativamente, se somarmos os valores adicionados ouacrescidos por cada empresa em cada etapa ou estgio,encontraremos o mesmo valor para o produto (24 + 27 + 18 + 12+ 19 = 100).

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    9/26

    9

    4 .5 . Produ t o nom ina l X p rodu t o rea l

    O valor do produto varia de um ano para outro. Geralmente,o valor do produto no ano t nominalmente maior do que o valordo produto registrado no ano t1, isto , no ano anterior. Estadiferena de valor pode ser explicada por duas variveis: porvariao dos preos (P) e/ou por variaes nas quantidadesproduzidas (Q).

    A partir desta constatao, possvel distinguir doisconceitos muito importantes da contabilidade nacional: o produto

    nominale o produto real.O produto nominal tambm chamado de produto a preos

    correntes - corresponde ao valor do produto medido aos preosvigentes no ano de referncia. Matematicamente, obtido pelosomatrio do valor da produo de todos os bens e servios finaisde uma economia. Ou formalmente:

    Produto nominal = Pi x Qi

    onde i varia de 1 a nprodutos.

    Pela frmula acima, verifica-se que o produto nominal podeaumentar ou diminuir em funo tanto dos preos quanto dasquantidades produzidas dos bens e servios finais.

    J o produto real tambm chamado de produto a preosconstantes - corresponde quantidade fsica de bens e serviosproduzidos pela economia. Ou seja, o produto real somente variase houver uma variao na quantidade fsica efetivamenteproduzida. E parece bvio que quanto maiores as quantidadesproduzidas de todos os bens ou servios, maiores e melhores so

    as condies mdias de vida dos cidados, j que aumentos naproduo implicam aumentos no nvel de renda e, porconseqncia, do nvel de consumo da populao.

    Assim, o que interessa saber no se o produto nominalestcrescendo de um ano para o outro j que este aumento pode sercausado simplesmente por um aumento dos preos e sim saberse o produto realest tambm crescendo ou no.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    10/26

    10

    Como o valor do produto nominal de um determinado anoembute variaes no nvel mdio de preos e tambm eventuais

    variaes no quantum fsico produzido, para que possamos saber ovalor do produto real daquele ano e podermos verificar se estevalor ou no maior do que o do ano anterior, necessrio quesejam anuladas ou isoladas as variaes no produto provocadaspor variaes nos preos. Se fizermos isso, qualquer variao paramais ou para menos no valor do produto ser explicada porvariaes nas quantidade produzidas. Este processo no muitocomplicado. Ao contrrio, at muito simples, conformemostraremos a seguir.

    Considere, primeiramente, os dados constantes da Tabela 2,abaixo:

    Tabela 2

    (1)

    Anos

    (2)

    Produtonominal(R$ mil)

    (3)

    Deflatorimplcito do

    Produto

    (4)

    Produto real

    (base: 2001)

    (5)

    Taxa decrescimento

    real (%)

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    275.000

    343.750

    395.312

    420.080

    454.430

    132,0

    158,4

    177,4

    191,6

    202,5

    369.583

    384.982

    395.312

    388.946

    398.103

    --

    4,2

    ?

    ?

    ?

    A ttulo de exerccio, suponha que, para os anos

    compreendidos entre 1999 e 2003, o produto nominal registrou osvalores que aparecem na Coluna 2. Como se pode ver, os valoresnominais do produto cresceram muito de um ano para o outro oque certamente pode ser explicado por aumentos de preos etambm por aumentos na quantidade fsica de bens e serviosproduzidos. Temos, ento, de isolar ou eliminar as variaes doproduto nominal causadas por aumentos de preos o chamado

    efeito-preo. Depois que fizermos isso, as eventuais diferenasentre os valores do produto de um ano para o outro sero

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    11/26

    11

    creditadas exclusivamente a variaes no quantum fsicoproduzido isto , no produto real.

    Para eliminarmos o efeito-preo, preciso que adotemos umndice de preos qualquer. No caso do produto interno ou nacional,geralmente utilizado o chamado deflator implcito do produto(DIP) que calculado tomando por base as variaes de preosdos produtos agrcolas, dos produtos industriais e dos servios(setores que formam o PIB), ponderados pelo tamanho de cadasetor.

    Por hiptese, imaginamos que o ndice mdio anual do DIPque, num determinado ano-base, digamos 1995, era 100,0, com o

    aumento dos preos registrou, de 1999 a 2003, os valoresconstantes da Coluna 3, da Tabela 2. A diferena percentual dondice de um ano para o outro seria, grosso modo, a taxa deinflao do ano, medida por este DIP.

    Vamos, ento, calcular agora o valor do produto real paracada ano daquela srie. Para tanto, j temos duas variveisimportantes: os valores do produto nominal e o ndice de preos.Para encontrarmos o valor do produto real usamos a seguintetcnica:

    1 - escolhemos um determinado ano da srie para servircomo referncia ou, como se diz em economia, como ano-base.Esta escolha aleatria, podendo ser qualquer ano. No exemploacima, tomamos como ano-base o ano de 2001;

    2 - uma vez escolhido o ano-base, o prximo passo multiplicar o valor do produto nominal de cada ano pelo ndice depreo do ano-base (no caso presente, por 117,4) e dividir oresultado encontrado pelo ndice de preo do respectivo ano. Paraum melhor entendimento, vamos achar o valor do produto real doano 2000:

    1 passo: multiplicamos o valor do produto nominal desteano 343.750 por 177,4, encontrando 60.981.250;

    2 passo: dividimos o valor encontrado acima pelo ndice depreo do ano 2000, ou:

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    12/26

    12

    60.981.250 : 158,4 = 384.982 >> que o valor do produtoreal do ano 2000, quando medido aos preos vigentes no ano

    2001.Procedendo assim para todos os demais anos da srie,

    encontramos os valores constantes da Coluna 4. Pelo que se podeverificar, agora os valores dos produtos so mais prximos um dooutro, j no havendo as discrepncias observadas nos valores doproduto nominal da Coluna 2 discrepncias estas decorrentesdas variaes de preo de um ano para outro.

    Como, agora, todos os produtos esto medidos aos preosvigentes em 2001 (ano escolhido para ser o ano-base), qualquer

    diferena entre eles real. Para calcularmos a taxa de crescimentoreal de um ano para o outro, basta dividir o valor do produto realdo ano t + 1 pelo valor produto real do ano t; em seguida,subtramos uma unidade do quociente encontrado e multiplicamoso resultado por 100.

    Vamos calcular, por exemplo, a taxa de crescimento real em2000:

    384.982 : 369.583 = 1,04171,0417 1,0 = 0,0417

    0,0417 x 100 = 4,17% ou 4,2%.

    Deixamos para voc o clculo da taxa de crescimento realpara os demais anos1.

    4.6 . As Con t as Nacion ais do Bras i l

    As Contas Nacionais do Brasil sempre foram calculadas pelaFundao Getlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), mas a partirde 1986, esta tarefa passou a ser da responsabilidade do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE).

    O Sistema de Contas Nacionais no Brasil adotado pelo IBGE,segue grosso modo o sistema criado por Richard Stone que ,tambm, o sistema adotado e recomendado pelas Naes Unidas

    1 Voc acertou se encontrou os seguintes resultados: 2,7% para 2001; -1,6% para 2002 e 2,4% para 2003.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    13/26

    13

    para seus pases-membros sistema este que se baseia emquatro contas, a saber:

    i. Conta 1 Produto Interno Bruto (ou Conta daProduo);

    ii.Conta 2 Renda Nacional Disponvel Bruta (ou Contada Apropriao);

    iii.Conta 3 Conta de Capital;iv. Conta 4 Conta Transaes Correntes com o Resto do

    Mundo.

    Existe, ainda, uma Conta 5 que corresponde Conta doGoverno mas que apresentada parte, denominada ContaCorrente das Administraes Pblicas e cujos lanamentosno tm contrapartida com as demais contas do Sistema deContas Nacionais.

    Os lanamentos dos valores dessas contas seguem ospreceitos contbeis das partidas dobradas que obedecem a doisprincpios:

    i) em cada conta, o total de dbitos deve ser igual ao totalde crditos;

    ii) a todo crdito lanado em um conta corresponde umdbito lanado em outra conta e vice-versa.

    Com essas consideraes, apresentamos, a seguir, ummodelo das Contas Nacionais utilizado no Brasil, tendo comoreferncia as quatro Contas mencionadas acima, alm da Conta doGoverno, seguido de um comentrio sucinto sobre cada Conta.

    (Observao: Estas contas so mostradas aqui mais para voc ter uma viso de

    como so apresentadas as Contas Nacionais do Brasil, do que por qualquer outra razo.Voc no deve se preocupar muito em entender essas contas, exceto, talvez, no tocante

    Conta de Capital (formao bruta de capital fixo X poupana) que, recorrentemente temsido objeto de questes nas provas de concursos pblicos de Macroceconomia).

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    14/26

    14

    Conta 1 Conta Produto Interno Bruto

    Dbito Crdito1.1.Produto Interno Bruto, a custo de

    fatores (2.4)

    1.1.1.Remunerao dos empregados

    (2.4.1)

    1.1.1. Excedente operacional bruto(2.4.2)

    1.2. Tributos Indiretos (2.7)1.3. (-) Subsdios (2.8)

    1.4. Consumo Final das Famlias (2.1)1.5. Consumo Final das Administraes

    Pblicas (2.2)

    1.6.Formao Bruta de Capital Fixo (3.1)

    1.7.Variao de estoques (3.2)1.8.Exportaes de Bens e Servios

    no-fatores (4.1)

    1.9.(-) Importaes de Bens e Serviosno-fatores (4.5)

    Produto Interno Bruto (PIB) Dispndio Correspondente ao PIB

    Comentr ios : Como se pode ver, a Conta do Produto InternoBruto apresenta, do lado do dbito, o pagamento das empresas aosfatores de produo, valendo observar que o excedente operacionalbruto corresponde a todas as rendas pagas na economia, excludos ossalrios e ordenados pagos aos empregados. Ainda do lado do dbitoso somados os impostos indiretos (IPI/ICMS/ISS) e retirados ossubsdios. O resultado final corresponde, assim, ao produto internobrut o a preos de mercado.

    Do lado do crdito, o que as empresas receberam dos agentes queadquiriram os bens e servios finais que elas produziram, perfazendo o

    chamado dispndio correspondente ao PIB que, em termoseconmicos, equivale despesa interna brut a, a preos de mercado.

    Conta 2 Renda Nacional Disponvel Bruta

    Dbito Crdito2.1. Consumo final das famlias (1.4)

    2.2. Consumo final das adm.pblicas (1.5)

    2.3. Poupana bruta (3.3)

    2.4. Produto Interno Bruto a custo de fa-

    tores (1.1)

    2.4.1.Remunerao dos empregados

    (1.1.1)

    2.4.2. Excedente operacional bruto

    (1.1.2)

    2.5. Remunerao de empregados, lquida,

    recebida do Resto do Mundo(4.2-4.6)

    2.6.Outros rendimentos, lquidos, recebi-

    dos Resto do Mundo (4.3-4.7)

    2.7. Tributos indiretos (1.2)

    2.8. (-) Subsdios (1.3)

    2.9. Transferncias unilaterais, lquidas,

    recebidas do Resto do Mundo(4.4-4.8)

    Utilizao da Renda NacionalDisponvel Bruta

    Apropriao da Renda NacionalDisponvel Bruta

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    15/26

    15

    Comentr ios : A conta acima descreve, do lado do dbito, como as

    famlias e o governo utilizam a renda recebida destinando parte aoconsumo e parte poupana; j do lado do crdito, aparecem as rendasrecebidas pelas famlias e pelo governo (impostos lquidos dos subsdios)mais o resultado lquido dos recebimentos e transferncias do e para oexterior.

    Conta 3 Conta de Capital

    Dbito Crdito3.1. Formao bruta de capital fixo (1.6)

    3.1.1 Construo3.1.1.1 Administraes pblicas3.1.1.2 Empresas e famlias

    3.1.2 Mquinas e equipamentos3.1.2.1 Administraes Pblicas3.1.2.2 Empresas e famlias

    3.1.3 Outros3.2. Variao dos estoques (1.7)

    3.3. Poupana bruta (2.3)

    3.4. Menos: Saldo em transaes corren-tes com o Resto do Mundo (4.9)

    Acumulao Bruta Interna Financiamento da AcumulaoBruta Interna

    Coment r i os : Na Conta de Capital, so lanados do lado do dbito asaplicaes da economia na formao bruta de capital fixo (investimentosbrutos) e nas variaes de estoques (contabilmente considerados comoinvestimentos para as empresas); j do lado do crdito, so lanadas asfontes de financiamento daquelas aplicaes, constitudas da poupana b r u t a da economia (valendo notar que esta composta pela poupanabruta do setor privado- que igual poupana lquida do setor privadomais a depreciao - mais a poupana do Governo em conta corrente) ,mais a poupana ex t e r na representada esta ltima pelo saldo emconta corrente do balano de pagamentos.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    16/26

    16

    Conta 4 Transaes Correntes com o Resto do Mundo

    Dbito Crdito4.1. Exportaes de bens e servios (1.8)4.2. Remunerao dos Empregados rece-

    bida do Resto do Mundo (2.5 + 4.6)

    4.3. Outros rendimentos recebidos do

    Resto do Mundo (2.6 + 4.7)

    4.4. Transferncias unilaterais recebidas

    do Resto do Mundo (2.9 + 4.8)

    4.5. Importaes de bens e servios (1.9)4.6. Remunerao dos empregados paga

    ao Resto do Mundo (4.2 2.5)

    4.7. Outros rendimentos pagos ao Resto

    do Mundo (4.3 2.6)

    4.8. Transferncias Unilaterais pagas ao

    Resto do Mundo (4.4 2.9)

    4.9. Saldo das transaes correntes com o

    Resto do Mundo (3.4)

    Recebimentos Correntes Utilizao dos recebimentoscorrentes

    Coment r i os : Nessa conta, so registrados, do lado do dbito, osgastos dos no-residentes (estrangeiros) com a aquisio dos bens eservios produzidos internamente (exportaes de bens e servios),alm dos rendimentos e transferncias (rendas e donativos) recebidosdo Resto do Mundo. Do lado do crdito, so lanados os pagamentospelos bens e servios importados pelo pas, mais as rendas etransferncias (doaes) enviadas para o Resto do Mundo, aparecendo,ainda, deste lado, o saldo do balano de pagamentos em conta corrente.

    A con ta co r r en te das Adm in is t r aes Pb l i cas

    Comentrio: A Conta Corrente das Administraes Pblicas apresentada em separado, complementando as quatro contasanteriores, e nela so mostradas as transaes correntes do governo.

    Do lado do dbito, so lanados os itens de despesa do governo traduzidas no consumo final (que composto dos gastos correntes compessoal e na compra de bens e servios), alm do subsdios concedidospelo governo ao setor produtivo e aos consumidores, mais astransferncias (sendo essas constitudas das penses e aposentadorias

    pagas pelo INSS) e o pagamento de juros da dvida interna pblica que,tecnicamente so tambm considerados como transferncias do governoao setor privado. Note-se que nesta conta no aparecem as despesas decapital do governo que, na realidade so includas no item formaobruta de capital fixo, na Conta Produto Interno Bruto.

    Do lado do crdito, aparecem as receitas correntes do governo, aincludos os impostos indiretos e diretos e outras receitas correntes valendo lembrar que as contribuies previdencirias esto includasnessas ltimas.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    17/26

    17

    Conta Corrente das Administraes Pblicas

    Dbito CrditoConsumo final das Administraes Pblicas

    .Salrios e encargos

    .outras compras de bens e servios

    Subsdios

    Transferncia de Assistncia e Previdncia

    Juros da Dvida Pblica Interna

    Poupana em Conta Corrente

    Tributos indiretos

    Tributos diretos

    Outras receitas correntes lquidas

    Total da utilizao da receita corrente Total da receita corrente

    4 .7 . O i nves t imen to b ru to t o ta l e a poupana da econom ia

    Um tpico que, recorrentemente, tem aparecido nas provasde Macroeconomia a questo do investimento bruto2 versus aformao da poupananecessria para ao seu financiamento.

    O i n v e s t i m e n t o t o t a l b r u t o da economia que

    corresponde aos gastos totais da economia com bens de capital(mquinas, equipamentos, edificaes, construes deinfraestrutura) assim se decompe:

    i) Investimento bruto que constitudo pelosinvestimentos do governo e do setor privado; e,

    ii)Variao de estoques.

    I n ves t im en t o b ru t o X i nvest im en to l qu ido

    O termo investimento bruto corresponde, em Economia, scompras de bens de capital novospelas empresas e pelo governo,com o objetivo de ampliar ou melhorar a sua capacidadeprodutiva.

    2 Na Contabilidade nacional, o investimento bruto chamado de formao bruta de capital fixo. Paraefeitos didticos, continuaremos usando neste texto o termo investimento bruto que o mais comumenteusado nos textos de macroeconomia.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    18/26

    18

    Ocorre, no entanto, que uma parte dos bens de capital emuso na economia sofre desgaste fsico no processo produtivo o

    que representa uma perda ou decrscimo no valor do estoque decapital. A esse fenmeno se d o nome de depreciao.

    Se retirarmos do investimento bruto o valor da depreciao,encontraremos o chamado investimento lquido que representa oacrscimo lquido ocorrido no estoque de capital da economia noperodo considerado.

    Ou seja,

    I nvestimento brutomenos depreciao = investimento lquido

    Um exemplo: Suponha que a economia disponha de 20mquinas no incio do ano, sendo este, portanto, o seu estoque decapital naquele momento. Se, ao longo do ano, so produzidas ecompradas cinco mquinas novas, mas duas das mquinasexistentes no incio do ano, de tanto serem usadas, se tornamimprestveis para a produo e tm de ser substitudas por duasdas mquinas novas, teremos a seguinte situao:

    O investimento bruto da economia foi de 5 mquinas novas,mas o investimento lquido foi de apenas 3 novas mquinas que

    corresponde ao acrscimo de fato ocorrido no estoque de capital.

    A var iao de estoqu es X o inves t im en to

    Quando a produo no totalmente vendida no ano,ocorrem as chamadas variaes positivas de estoques naeconomia. Esses bens que no foram vendidos, estarocertamente disponveis para vendas no futuro mais ou menosbreve. Mas, at que isso acontea, essas variaes de estoques

    constituem um aumento no patrimnio das empresas e, como tal,so consideradas como investimentoda economia.

    Somando-se esta variao de estoques aos investimentosbrutos, tem-se o chamado investim ento t otal.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    19/26

    19

    A poupana da econom ia

    E de onde vem os recursos para financiar o investimento daeconomia? A resposta muito simples: da poupana.

    Numa economia aberta e com governo, a poupana daeconomia vem de quatro fontes principais:

    i) poupana l qu ida do se to r p r ivado que se compeda poupana das famlias que corresponde parte dasua renda que elas no gastam e que geralmente aplicada no mercado financeiro e da poupana dasempresas que resulta dos lucros no-distribudos;

    ii) deprec iao3;i i i ) poupana do gove rno em con ta co r ren te ( Sg ) ; i v ) poupana ex te rna (Se ) que corresponde

    diferena entre os recebimentos e os pagamentosefetuados pelo Resto do Mundo relativos s transaescorrentes4

    A soma da poupana lquida do setor privado com a

    depreciao denominada de poupana bruta do setor privado(Sp) .

    Por outro lado, a soma da poupana bruta do setor privadocom a poupana do governo em conta corrente denominada depoupana interna brutaou simplesmente poupana interna.

    A iden t idade en t re a poupana e o inves t im en to

    As definies contidas no item anterior podem,contabilmente, ser resumidas no seguinte quadro quepoderamos chamar de Conta Consolidada de Capital:

    3 Lembre-se que as empresas registram a depreciao, em sua contabilidade, como uma despesa, mas naverdade isso no representa nenhum desembolso monetrio para a empresa resultando, assim, em ltimaanlise, como mais um recurso disposio da empresa para o financiamento de seus investimentos.4 Observe-se que uma poupana externa positiva equivale, na verdade, a um dficit no Balano dePagamentos em Conta Corrente do pas. Ou seja, o pas estar, nesta hiptese, recebendo poupana exaternapara financiar seus gastos a maiores.

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    20/26

    20

    Gastos de investimento PoupanaInvestimento bruto / setor privado(Ip)Investimento do governo (Ig)Variao de estoques (est)

    Poupana bruta do setor privado (Sp)1Poupana do governo em c.corr. (Sg)Poupana externa (Se)

    Investimento total bruto Poupana total1

    Lembre-se que a poupana bruta do setor privado igual soma da poupanalquida + a depreciao.

    Logo,

    Ip + Ig + est. = Sp + Sg + Se (1)

    Para simplificar, podemos incluir a variao de estoques no iteminvestimento privado (Ip), assim:

    Ip + Ig = Sp + Sg + Se (2)

    Df ici t pb l i co

    Uma observao importante que deve ser feita que apoupana do governo em conta corrente, registrada nas contasnacionais, o resultado apenas da receita corrente do governomenos os seus gastos correntes (gastos de custeio, subsdios,transferncias e pagamento de juros), no se computando osgastos com bens de capital, isto , os gastos de investimento dogoverno.

    Para se apurar o dficit do governo ou melhor, o dficitpblico (DP) - necessrio acrescentar as despesas deinvestimento do governo queles gastos correntes, deduzindo ototal encontrado da receita corrente do governo. Ou, dito de outraforma:

    DP = Ig Sg (3)

    E substituindo a equao (3) na equao (2) e mudando asvariveis de lado, pode-se ter:

    Ig Sg = Sp + Se Ip

    Ou,

    DP = (Sp Ip) + Se (4).

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    21/26

    21

    Pela equao (4), pode-se perceber que, pela tica daContabilidade Nacional, o dficit pblico financiado pelo excesso

    da poupana bruta sobre o investimento privado e pela poupanaexterna, isto , pela poupana do Resto do Mundo que, como jfoi dito, corresponde ao dficit do pas no balano de transaescorrentes.

    4 .8 . Carga Tr ibu t r ia

    Um tema que tem sido objeto de discusses permanentes nasociedade a questo do alto nvel de impostos cobrados pelo

    governo, isto , a carga tributria. Alguns afirmam que a cargatributria no Brasil por demais elevada; outros afirmamexatamente o contrrio.

    Obviamente, quando se diz que a carga tributria elevada ou baixa, deve-se ter em mente algum padro de comparao. Nocaso, a comparao com outros pases. Mas, para que estacomparao seja feita, necessrio que todos os pases usem omesmo critrio de clculo, do contrrio estaremos comparandolaranjas com abacaxis. Assim, o que se tem feito seguir os

    modelos aceitos pelas Naes Unidas no tocante aos critrios demedio das contas nacionais.

    Com relao carga tributria, h dois conceitos: o de cargatributria bruta (CTB) e o de carga tributria lquida (CTL). Para oclculo desses dois conceitos, usam-se as seguintes frmulas:

    CTB = Total de impostos

    PIBpm

    CTL = Total de impostos transferncias subsdios

    PIBpm

    Vale lembrar que no total dos impostos devem ser includos osimpostos diretos e indiretos bem como as contribuiesprevidencirias.

    No Brasil, de acordo com as estatsticas oficiais, a cargatributria (bruta e lquida) cresceu sistematicamente nas ltimas

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    22/26

    22

    trs dcadas, acentuando-se este crescimento mais ainda a partirdo governo Fernando Henrique. As estatsticas indicam que, ao

    final de 2004, a carga tributria bruta atingiu algo como 38% doPIB a mais alta entre todos os pases em desenvolvimento e umadas maiores do mundo, equiparando-se de pases altamentedesenvolvidos, como a Sucia e Noruega pases onde o retornoque a sociedade recebe do setor pblico sob a forma deeducao, sade, lazer, transporte coletivo reconhecidamenteelevado, nada comparado com o que ocorre em pases como oBrasil onde servio prestado pelo Governo populao est longede ser satisfatrio.

    ______________________

    EXERCCIOS DE REVISO:

    I)Exerccios resolvidos:-- CCoomm bbaassee nnooss sseegguuiinntteess ddaaddooss hhiippoottttiiccooss ddaass ccoonnttaass nnaacciioonnaaiiss,, rreessppoonnddaa ss qquueesstteess ddee 11aa 1100::

    ssaallrriiooss ppaaggooss ppeellaass eemmpprreessaass pprriivvaaddaass:: 330000ssaallrriiooss ppaaggooss ppeelloo ggoovveerrnnoo:: 111100ddeepprreecciiaaoo ddooss eeqquuiippaammeennttooss 4400jjuurrooss:: 110000lluuccrrooss ttoottaaiiss:: 440000aalluugguuiiss:: 115500rreennddaa llqquuiiddaa eennvviiaaddaa aaoo eexxtteerriioorr:: 5500iimmppoossttooss ddiirreettooss:: 9900iimmppoossttooss iinnddiirreettooss:: 220000ssuubbssddiiooss:: 5500ccoonnttrriibbuuiieess pprreevviiddeenncciirriiaass:: 7700lluuccrrooss rreettiiddooss:: 115500ccoommpprraass ddee bbeennss ee sseerrvviiooss ppeelloo ggoovveerrnnoo:: 9900ffoorrmmaaoo bbrruuttaa ddee ccaappiittaall ffiixxoo ((FFBBKKFF)):: 112200eexxppoorrttaaeess:: 118800iimmppoorrttaaeess:: 113300ggaassttooss ddee ccoonnssuummoo pprriivvaaddoo:: 880000ttrraannssffeerrnncciiaass ggoovveerrnnaammeennttaaiiss:: 111100ttrraannssffeerrnncciiaass eemmpprreessaarriiaaiiss:: 3300

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    23/26

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    24/26

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    25/26

    25

    ee)) ppeellaa ddiiffeerreennaa eennttrree iimmppoossttooss iinnddiirreettooss ee ssuubbssddiiooss..

    1100.. AAssssiinnaallee aa ooppoo ccoorrrreettaa..

    aa)) AAss ttrraannssffeerrnncciiaass llqquuiiddaass ddee rreennddaa aaoo eexxtteerriioorr eeqquuiivvaalleemm ddiiffeerreennaa eennttrree rreennddaassddee ffaattoorreess pprroodduuttiivvooss ppaaggooss aaoo eexxtteerriioorr ee rreennddaass ddee ffaattoorreess rreecceebbiiddaass ddoo eexxtteerriioorr..

    bb)) EEmm uummaa eeccoonnoommiiaa aabbeerrttaa,, aass eexxppoorrttaaeess rreepprreesseennttaamm uummaa pprrooppoorroo ccoonnssttaannttee ddooPPIIBB..

    cc)) EEmm ggeerraall,, nnaass eeccoonnoommiiaass ddeesseennvvoollvviiddaass,, oo PPNNBB mmeennoorr qquuee oo PPIIBB..dd)) AA rreennddaa llqquuiiddaa eennvviiaaddaa oouu rreecceebbiiddaa ddoo eexxtteerriioorr ccoorrrreessppoonnddee,, eemm vvaalloorr,, ddiiffeerreennaa

    eennttrree oo ttoottaall ddaass eexxppoorrttaaeess ee oo ttoottaall ddaass iimmppoorrttaaeess..ee)) TTooddaass aass aaffiirrmmaattiivvaass eessttoo eerrrraaddaass..

    1111.. SSee uummaa eemmpprreessaa ccoommpprraa uummaa mmeerrccaaddoorriiaa ppoorr CCRR$$ 22..000000,,0000 ee aappeennaass aa rreevveennddee,, sseemmqquuaallqquueerr ttrraannssffoorrmmaaoo ffssiiccaa,, ppoorr CCRR$$ 22..550000,,0000,, eennttoo oo vvaalloorr aaggrreeggaaddoo oouu aaddiicciioonnaaddoo

    ppeellaa eemmpprreessaa iigguuaall aa::aa)) zzeerroo;; bb)) 22..550000;; cc)) 550000;; dd)) 44..550000;; ee)) 22..000000..

    GGaabbaarriittoo ddaass qquueesstteess ddee 66aa 1111::

    66.. aa;; 77.. dd;; 88.. bb;; 99.. bb;; 1100.. bb;; 1111.. aa

    At a semana que vem, com a nossa 5 aula queversar sobre o Balano de Pagamentos e Taxa deCmbio. Um abrao para voc, e at l!

  • 7/29/2019 Aula 4 Economia

    26/26

    26