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DO PENSAMENTO ECONÔMICO

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DO PENSAMENTO ECONMICO

DO PENSAMENTO ECONMICO

Quase Pr-HistriaA histria da Economia evoluiu pari passu com os perodos que caracterizam a histria da humanidade. desnecessrio dizer da importncia da histria econmica da humanidade, tanto pr-clssica quanto a mais atual, para os economistas. Entretanto, somente entendendo a dinmica da histria econmica das civilizaes que se poder compreender toda complexidade que domina a cincia econmica e a sociedade atual.Desde Moiss at os mercantilistas, a sociedade mundial viveu em complexidades. E foi dessa complexidade que, um sculo depois, aps o fim dos ideais mercantilistas do sculo XVII, o mundo percebeu a necessidade de ter economistas.

Esse perodo da Antiguidade Clssica, em sua primeira fase, abrange os 4000 a 1000 antes da era de Cristo. Os povos predominantes eram os da China, ndia, ustria, Babilnia, Mesopotmia e Egito. Nesse perodo no se podia cogitar que a atividade econmica fosse sofisticada; longe disso. Predominava a economia de subsistncia e o autoconsumo. As sociedades por sua vez, ainda eram desestruturadas, sem caractersticas, inclusive de sociabilidade. Predominava o nomandismo tribal.Aps essa fase inicial, o homem comeou a pensar em se fixar em algum lugar. Teve incio assim, a fixao dos primeiros agrupamentos humanos na sociedade patriarcal, surgindo o consequente direito de propriedade na economia agrria. O trabalho nessas sociedades era do tipo escravo, sendo raro ou reduzido o comrcio entre os diferentes agrupamentos, prevalecendo uma economia de subsistncia ou de autoconsumo, sem a preocupao da formao de sobras ou excedente destinado as trocas ou escambo. Tudo o que se produzia tendia a ser consumido. Ningum pensava em lucro, em riqueza, em capitalismo ou em capitalizar. Muito menos em globalizao.

Os regimes, nessas civilizaes da Antiguidade, eram, em geral, teocrticos (forma de governo segundo o qual o povo controlado por um sacerdote ou lder religioso segundo o desejo da divindade); e obedientes frrea disciplina e ao controle total do comrcio pelos dirigentes. Embora existindo intercmbio econmico rudimentar (permuta entre pessoas e povoados), e a moeda, como facilitadora das trocas, tivesse j evoludo para as suas caractersticas mais sensveis, com a utilizao j de alguns metais, os fatos econmicos ainda no mereciam estudos especiais, o mesmo ocorrendo com a atividade econmica.Nesse perodo, ainda no havia um clima propcio para o surgimento de uma cincia econmica. Os fatos e fenmenos econmicos estavam adstritos s cincias filosficas, religiosas e jurdicas, moral e poltica, tambm no totalmente estruturadas.

Contribuies da Civilizao Greco-Romana para o pensamento econmicoA partir da civilizao greco-romana. No ano 1000 aC, nota-se uma preocupao mais concreta com os fatos econmicos, surgindo estudos embrionrios sobre riqueza, valor econmico e moeda.Xenofonte, pensador grego, escreveu a obra Os econmicos discorrendo sobre a utilidade e as riquezas econmicas, sobre a agricultura e sua importncia econmica por exemplo, afirmava que a riqueza estava intimamente relacionada com as necessidades humanas. Plato e Aristteles tambm deram a sua contribuio para a Economia. Plato, alis, delineou de um Estado a ser governado por filsofos. Tambm aprovava a escravido e preconizava a diminuio das populaes por uma depurao de raas. Foi um autntico precursor de Malthus, acentuava a importncia da diviso de trabalho ou da especializao de funes e ressaltava o papel de destaque a ser emprestado s elites culturais.

Xenofonte (427-355 aC). Discpulo de Scrates, conhecido por seus escritos sobre a histria do seu prprio tempo, pelos discursos de Scrates e sobre a Grcia. A dissertao histrica de Xenofonte faz da obra Anabasis um dos exemplos mais antigos de anlise de carter de um lder feita por um historiador. Esse tipo de anlise se tornou conhecido nos dias de hoje como a Teoria dos Grandes Homens. Thomas Robert Malthus (1766-1834). Economista britnico, cujas obras exerceram influncia em vrios campos do pensamento e forneceram a chave para as teorias evolucionistas de Darwin e Wallace. Defendia que qualquer melhoria no padro de vida de uma grande massa temporria, pois ela ocasiona um inevitvel aumento da populao, que acaba impedindo qualquer possibilidade de melhoria. Escreveu Princpios de Economia Poltica (1820), e Definies de Economia Poltica (1827). Da civilizao grega ficaram muitos ensinamentos. De Plato. Ficou o Comunismo utpico, em sua Repblica, e seus escritos sobre a produo, e a riqueza e os seus limites. De Aristteles, suas anlises sobre a sociedade privada, declarando que a propriedade comunal, preconizada por seu mestre Plato, retiraria o incentivo produo. Procedeu a profundas anlises sobre a Teoria do Dinheiro, as trocas e o valor e as funes da moeda.

Imprio Romano e sua contribuio ao pensamento econmicoGastaldi (1999) assinala que, na histria da civilizao de Roma, se encontram muitos elementos que caracterizariam o moderno capitalismo. Os romanos foram os principais estadistas, juristas e construtores de imprio. Entretanto, embora a histria romana tenha se evidenciado por lutas de conquistas, construindo em seu primeiro estgio uma Repblica e depois um imprio mundial, suas contribuies no podem ser subestimadas, ainda que no possam ser comparadas s da Grcia, que enriqueceu muito mais enquanto civilizao.Um dos traos da civilizao romana foi a expanso agrcola, que favoreceu a economia e, notadamente, a sua agricultura, e que foi um dos determinantes da expanso do poderia do poltico do Imprio. De uma outra forma, o declnio de sua agricultura foi a principal causa de sua queda. Agressiva foi a poltica de expanso comercial de Roma, que proporcionou vultosos lucros, ao mesmo tempo em que despertou a rivalidade com o poder comercial de outros povos, notadamente em Cartago. Isto posto, os acordos internacionais foram substitudos por conflitos armados. Com o Imprio romano:

Consolidava-se a expanso comercial;Consolidava-se as funes do dinheiro;Criavam-se impostos mais elevados;Aumentavam as despesas do Governo,Tambm foi no Imprio Romano que nasceu a agiotagem (pessoa que faz prtica da usura, empresta dinheiro a outra no mercado, sem autorizao legal para isso), e a riqueza passou a se concentrar nas mos de uma minoria. As economias dos pases subdesenvolvidos, tal como o Brasil, apresentam semelhanas com a histria do Imprio Romano. De um lado h pessoas abastadas e profundamente ricas, de outro, h pessoas pobres, absolutamente carente de recursos financeiros. As magnficas obras do Imprio refletiam apenas, o consumo ostensivo dos grupos mais ricos ou do Estado mais poderoso.

Toda essa situao de decadncia do Imprio conduziu o povo a uma elevada crise de escassez, quando aumentaram, e muito, as necessidades urbanas em alimentos. Podemos apontar as causas econmicas do declnio do Imprio Romano:Grande concentrao de riquezas por grupos minoritrios;Grandes propriedades rurais improdutivas;Servido de pequenos e mdios agricultores;Separao sempre maior entre classes: ricos e pobres;Crescente escassez de alimentos.Portanto, pode-se concluir que essas causas econmicas, conjugadas com causas polticas, determinaram a queda do imprio romano e a subjugao pelas hordas brbaras vindas de todas as direes.

Economia na Era Medieval (ou Economia na Idade Mdia)Com a queda e o profundo declnio do imprio romano, no ano de 476. Teve incio uma fase importante da histria da humanidade, conhecida por Idade Mdia ou Idade Medieval. Esse perodo, um dos mais longos da histria, durou entre 500 a 1500 (ano do descobrimento do Brasil). Os cinco sculos seguintes queda de Roma, ano 500 ao ano 1000, foram de grande ebulio, assinalados por migraes, guerras, absoro de povos conquistados, com fuso de povos e culturas.Com a Idade Mdia, portanto, abriu-se uma nova era para a humanidade. Uma nova concepo de vida, o cristianismo, nasceu com a queda de Roma. Seus ensinamentos, a partir de sua legalizao por um decreto do ano 311, por parte do Imperador Constantino, passaram a ser disseminados por toda Europa, crescendo em vigor e em influncia. Segundo Gastaldi (1999), as igrejas e os mosteiros tornaram-se poderosos nessa poca. A igreja tornou-se o maior agente de perpetuao da cultura, de disseminao do saber e de desenvolvimento da administrao pblica.

Diferente do pensamento capitalista, o pensamento cristo condenava a acumulao de capital (riqueza) e a explorao do homem pelo homem. A opo da Igreja, ento, foi pelo retorno atividade rural, ao contrrio de Roma. Na verdade, a Igreja, atravs de seus conventos e mosteiros. Tornou-se proprietria de grandes reas de terra.A terra transformou-se na riqueza por excelncia. Nascia, assim, o regime feudal, caracterizado por propriedades rurais, autossuficientes econmica e politicamente, obedientes autoridade do senhor ou proprietrio, e nas quais os servos exerciam suas atividades agrcolas ou artesanais.O rei, embora dirigisse o Estado, no possua influncia ou poder de deciso nos feudos, onde a autoridade mxima era a do senhor da gleba (os exploradores) e onde labutavam os servos (explorados).Flavius Valerius Constantino (272-337). Governou uma poro crescente do Imprio Romano at sua morte. Foi o primeiro imperador romano a confirmar o cristianismo e influenciou em grande parte a incluso da Igreja crist em dogmas baseados nas tradies. Uma das mais conhecidas foi o Edito de Constantino, promulgado em 321, que determinou oficialmente o domingo como dia de repouso aos cristos, em honra ressureio de Jesus Cristo. MercantilismoCom a descoberta do Mundo Novo (inclusive o Brasil nas Amricas), com o crescimento e o desenvolvimento das cidades, a fisionomia social, poltica e econmica da poca, to profundamente moldada na Idade Medieval, passou a sofrer profundas transformaes. Novos conceitos passaram a surgir em matria comercial e de produo.E, na mesma proporo em que se enfraquecia o pensamento religioso, operava-se uma forte centralizao poltica, ocorrendo a criao das naes modernas e das monarquias absolutas, germes do capitalismo moderno.

A fase do mercantilismo foi uma decorrncia do crescimento do capitalismo comercial, representando, com o capitalismo industrial do incio do sculo XVIII, a Economia poltica pr-clssica. O mercantilismo foi um regime de nacionalismo econmico. Fazia da riqueza o principal fim do Estado. Assinalou, na histria econmica da humanidade, o incio da evoluo dos Estados modernos e das novas concepes sobre os fatos econmicos, notadamente sobre a riqueza.A finalidade principal do Estado, no entender dos mercantilistas, deveria ser, a de encontrar os meios necessrios para que o respectivo pas adquirisse a maior quantidade de ouro e prata. Os mercantilistas pretendiam disciplinar a indstria e o comrcio, de tal forma que sempre fossem favorecidas as exportaes em detrimento das importaes. Isto feito, procurava-se manter a balana comercial sempre favorvel.

O mercantilismo recebeu seu nome da palavra latina mercator (mercador) , portanto, considerava o comrcio como base fundamental para o aumento das riquezas. A prtica mercantilista predominou at incio do sculo XVII, quando ocorreu uma reao contra os excessos do absolutismo e das regulamentaes. O Brasil-colnia foi influenciado pelo ideal mercantilista, o qual obrigava o comrcio colonial exclusivamente por intermdio das metrpoles. Somente com a chegada de D. Joo VI ao Brasil que foram eliminadas as restries mercantilistas, permitindo-se a instalao de indstrias nativas e comrcio direto com as demais naes.Mercantilismo- uma das primeiras doutrinas econmicas, muito usada at o final do sculo XVIII. No foi uma doutrina consistente e coerente, mas um conjunto de ideias econmicas de cunho protecionista, desenvolvidas em diversos pases, as quais variavam um pouco em funo de cada pas. Fonte: Wikipdia (2013).

FisiocratasPodemos conceituar fisiocratas como um grupo de economistas franceses do sculo XVIII que combateu as ideias mercantilistas e formulou, pela primeira vez, a chamada teoria do liberalismo econmico. Ou seja, podemos entender, desde j, que o pensamento fisiocrata uma anttese do mercantilismo, ou seja, uma reao ou resposta direta ao mercantilismo.Dentre suas caractersticas, destacam-se:Nada de livre comrcio;Toda atividade econmica controlada pelo Estado;O comrcio a rea dominante, ou seja, o reino do comrcio.

Conhecendo a origem da palavra Fisiocrata

Fisiocrata vem de fisiocracia, que significa, reino da natureza. Os fisiocratas no acreditavam que uma nao pudesse se desenvolver mediante, apenas, o acmulo de metais preciosos e estmulos diretos ao comrcio. Era necessrio o investimento em produo. No na produo industrial ou comercial, mas na produo agrcola, pois somente nessa eram possveis a gerao e a ampliao de excedentes.

O objeto da investigao dos fisiocratas o sistema econmico em seu conjunto, sendo este conjunto regido por uma ordem natural, semelhana da ordem que rege a natureza fsica. Nesse pensamento, o conjunto dos homens uma sociedade, isto , uma unidade regida por leis atravs de um processo que somente a troca pode realizar.

A realidade da troca o ponto de partida da fisiocracia e uma interpretao (porque no dizer?) da interpretao marxista da histria.

O que podemos entender at aqui?Podemos perceber que os fisiocratas concedem ordem da natureza uma economia inteiramente de mercado (capitalista), na qual cada um trabalha para os demais, ainda que acredite que trabalhe apenas para si mesmo. bom destacar que essa elevada meno aos que os fisiocratas atriburam ordem natural decorrente da estrutura econmica francesa por volta de meados do sculo XVIII. Tratava-se de uma economia predominamente agrcola, sendo a terra propriedade de carter eminentemente senhorial.O capitalismo j se desenhava na agricultora, e existia uma bem definida classe de arrendatrios (pessoas que alugavam terras de senhores para trabalhar). Tambm existiam muitos camponeses em boa parte do pas.

Pois bem, do confronto entre a agricultura capitalista e a camponesa, obtinha-se a superioridade da agricultura capitalista em termos de capacidade produtiva. Naturalmente isso levava crena de que agricultura baseada na perspectiva capitalista e no mais feudal, e na capacidade dos arrendatrios burgueses constitua a mais avanada e mais desejvel forma de produo.O nico trabalho produtivo para os fisiocratas o trabalho agrcola. E est na terra o poder de dar origem a um produto lquido que se liga, fundamentalmente, renda fundiria. Talvez, nesse ponto, resida a grande limitao terica dos fisiocratas, na medida em que consideravam apenas produtivo o trabalho agrcola.Voltando ao liberalismo, destaque-se que, para os fisiocratas , a sociedade governada por leis naturais semelhantes s que existem na natureza. Portanto, o Estado, atravs de vrios governos, no deve intervir nesta ordem natural. Com isso, conforme dito anteriormente, criticavam o intervencionismo estatal do mercantilismo.

Escola ClssicaA Escola clssica foi uma linha de pensamento econmico fundada por Adam Smith e David Ricardo, autores, j mencionados. Com esta escola, a economia adquiriu carter cientfico integral medida que passou a centralizar a abordagem terica do valor, cuja nica fonte original era identificada no trabalho em geral.Alm da teoria valor-trabalho, a escola clssica baseou-se nos preceitos filosficos do liberalismo, e firmou princpios da livre-concorrncia, que exerceram decisiva influncia no pensamento revolucionrio burgus.

A escola clssica foi uma escola que caracterizou a produo, deixando a procura e o consumo para o segundo plano. Para Smith, considerado o maior dos clssicos e o pai da cincia econmica, o objeto da economia estender bens e riqueza a uma nao. Nesse sentido, entende que a riqueza somente pode ser conseguida mediante a posse do valor de troca. Valor de troca, para Smith (1981) capacidade de obter riquezas, ou seja, a faculdade que a posse de determinado objeto oferece de comprar com eles outras mercadorias.Smith tambm refutou ideias mercantilistas argumentando que a riqueza constituda pelos valores de troca, e no pela moeda, na medida em que esta apenas um meio que permite a circulao de bens. Portanto, para Smith (1981), a verdadeira fonte de riqueza de um pas somente pode ser alcanada mediante o trabalho, e essa fonte somente pode ser elevada com:O aumento da produtividade;A extenso de sua especializao;A acumulao do produto sob a forma de capital.

Na escola clssica, como se daria a distribuio da riqueza? A distribuio do produto nacional?A distribuio do produto nacional, no pensamento clssico, continuou sendo tratada de forma tradicional. Os remunerados seguiam esse padro:Trabalho--------- salrio.Capital ----------- lucroTerra ------------- rendaDeve ser assinalado que a teoria clssica elaborada em funo de um equilbrio automtico, que ignora as crises e os ciclos econmicos. Desse modo, a oferta deve criar, necessariamente sua prpria LEI DE SAY, e a soma dos salrios e dos ganhos retidos pelos consumidores deve corresponder quantidade global de bens oferecidos pelo mercado.

Lei de Say. Desenvolvida no campo econmico, estabeleceu que, quando um produtor vende seu produto, o dinheiro que obtm com essa venda ser gasto com a mesma vontade da venda de seu produto- sinteticamente, a oferta cria a sua prpria demanda.

Smith concebia a funo do Estado no sistema econmico, considerando que a sua obra clssica contm vrios pressupostos atuais do neoliberalismo econmico. As ideias de Smith correspondiam aos anseios da burguesia, e como um liberal ele defendia que:Deveria haver mais ampla liberdade individual;Direito inalienvel propriedade;Livre iniciativa e livre concorrncia;No interveno do Estado na Economia.

Para Smith o Estado deveria ter 3 (trs) funes:Proteger a sociedade da violncia e da invaso de outras sociedades independentes;Proteger, na medida do possvel, todo membro da sociedade da injustia e da opresso de qualquer de seus membros ou a funo de oferecer uma perfeita administrao da justia;Fazer e conservar certas obras pblicas, e criar e manter certas instituies pblicas, cuja criao e manuteno nunca despertariam o interesse de qualquer indivduo ou de um grupo de indivduos, porque o lucro nunca cobriria as despesas que teriam esses indivduos, embora, quase sempre, tais despesas pudessem beneficiar e reembolsar a sociedade como um todo.Na anlise histrica e sociolgica, Smith acreditava que, embora os indivduos pudessem agir de forma egosta e estritamente em proveito prprio, existia uma mo invisvel decorrente da providncia divina que levava esses conflitos harmonia. A mo invisvel era o prprio funcionamento sistemtico das leis naturais.

O que realmente fundamental no pensamento smithiano o fato de haver indicado quase todos os problemas que viriam a ser objetos de reflexo cientfica subsequente. De Smith partem todas as linhas de pesquisa que sero tratadas por todos os outros economistas, como Marx e Keynes.Adam Smith teve muitos seguidores, dos quais destacamos os seguintes:Thomas Robert Malthus (1766-1834);David Ricardo (1772-1823);John Stuart Mill;Jean Baptiste Say.John Stuart Mill (1806-1873). Filsofo e economista ingls, um dos pensadores liberais mais influentes do sculo XIX. Tornou-se contribuinte influente da nova cincia da Psicologia, defendendo que a mente exercia um papel ativo na associao de ideias. Mill desenvolveu em seu livro A system of logic, os cinco mtodos de induo de suas teorias seriam conhecidos como mtodos de Mill. Fonte: Wikipdia (2013).Jean Baptiste Say (1767-1832). Economista francs que estudou a obra do fundador da Escola Clssica, Adam Smith. Defensor da Liberdade de Produo e de consumi, e convicto de que o capitalismo sempre se ajustaria s crises, formulou a LEI DE SAY, que a oferta cria a prpria demanda, que foi um dos pilares da economia ortodoxa at a grande depresso de 1930. Fonte: Wikipdia (2013).

Pensamento MarxistaO representante maior desta escola foi Karl Marx. Nascido no sul da Alemanha, teve sua principal obra O capital, publicada em 1867 estudava principalmente o processo capitalista. Marx trouxe interpretaes consistentes sobre a teoria do valor-trabalho e buscou compreender de forma profunda a realizao do capital.No estudo do processo de acumulao capitalista, Marx observou a gnese das crises, ora de superproduo, ora de estagnao, bem como a distribuio de renda. Para ele, o valor da fora de trabalho despendido para produzir uma mercadoria era determinado pelo tempo de trabalho empregado na produo da mercadoria. Trata-se, portanto, de compreenso de um valor social.De acordo com a concepo do materialismo histrico, a transformao social est ligada ao desenvolvimento de foras produtivas. O livro O Manifesto do Partido Comunista de Marx em co-autoria com Engels, inaugura a era da modernidade para a economia. Tanto que as crticas de Marx sobre o capitalismo ainda hoje possuem grande repercusso, como por exemplo, a lei geral da acumulao e a ideia de globalizao financeira.

Pensamento NeoclssicoPode-se dizer que o desenvolvimento deste pensamento teve seu florescimento em 1870, ano que marcou a mundializao das relaes econmicas e se estendeu at 1929, quando uma grande crise na Bolsa de Nova Iorque atingiu economias do mundo inteiro, colocando em suspense os pressupostos da Cincia econmica dos clssicos.Segundo essa escola, que se utilizou bastante de mtodos matemticos, as unidades econmicas devem agir de forma integrada e no podem isolar as famlias das empresas. Houve o apontamento em algumas obras de que a interferncia do Estado em algumas atividades era necessria, tendo em vista a gerao de bens e servios.

Pensamento KeynesianoO ponto de partida do pensamento de Keynes que o sistema capitalista tem um carter profundamente instvel. Ou seja, a operao da mo invisvel ao contrrio do que afirmava os economistas clssicos no produz harmonia no mercado.At porque, nos momentos de crise, a interveno do Estado pode gerar demanda, mediante investimentos, com vistas a garantir elevados nveis de emprego.O pensamento de Keynes comandou as bases do capitalismo mundial entre a dcada de 1940 at final dos anos 70. No Brasil, o pensamento kenesiano diz respeito um estado interventor, o que foi realizado no pas entre 50 e 80 pelos governos nacionais.A anlise keysiana veio opor-se aos postulados da Economia clssica e neoclssica, que tinham por base a LEI DE SAY. ( para relembrar, a lei de say estabelece que toda produo encontra uma demanda, portanto, que toda renda gasta na compra de bens e servios, por isso no pode haver excesso na produo ou renda ou em relao demanda, pois assim, as despesas podem ser comprometidas.

Observando a Lei de Say, muitos economistas deduzem que ele vlido para uma economia simples, de troca e de escambo, pois assim, cada famlia seria proprietria de seus meios de produo, trocando apenas o excedente e utilizando a moeda como meio de troca, sendo gasto imediatamente. Para Say ningum teria como conservar o dinheiro (moeda) como reserva de valor, servindo apenas para consumo.Obviamente que essa teoria se resta infundada quando se fala nos dias atuais sobre variedade de produtos e valorao do dinheiro. notrio que nem todo produto produzido encontra mercado, e o dinheiro tem valorao monetria internacional enquanto moeda.A demanda no ilimitada e nem toda renda gasta no consumo. Assim, uma parte da renda pode ser destinada ao consumo e outra pode ser poupada. Outro furo na teoria a taxa de desemprego que no aumenta e produo e os nveis de inflao que influem diretamente no preo do produto, desvalorizando o dinheiro e por conseguinte o consumo.

Para os que confirmavam a Lei de Say, tambm os gastos pblicos no eram levados em conta, no exercendo papel na economia. Acreditavam que o Estado poderia ser um entrave ao crescimento econmico, visto que aplicava dinheiro em outros setores que no o econmico.

O pensamento de Keynes, na realidade, revolucionou as ideias econmicas, negando vrios pensamentos clssicos. considerado o economista mais clebre do sculo XX pioneiro na Macroeconomia.Keynes remodelou o pensamento econmico no com base na teoria do valor-trabalho, mas com base em questes prticas (como desemprego e inflao) e que as questes governamentais e suas aplicaes influenciavam sobremaneira, os ndices econmicos. Para ele, o Estado tem papel acentuado na economia, e que sem ao efetiva do mesmo, no poderiam haver mudanas no setor produtivo, principalmente quando se fala em investimentos.John Maynard Keys (1883-1946). Criador da Macroeconomia, foi um dos mais influentes economistas do sculo XX. Suas ideias chocaram-se com as doutrinas econmicas vigentes em sua poca e estimularam a adoo de polticas intervencionistas sobre o funcionamento da economia. Fonte: Wikipdia (2013).

Era ContemporneaO neoliberalismo apoiou e apoia nos dias atuais, (ps dcada de 80) uma menor participao do Estado na economia. Da advm as privatizaes vividas mundialmente e o individualismo em curso, com a crena de pessoas nicas no mercado.Para onde temos nos conduzido? Essa a nova investigao da Economia.