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7/23/2019 Aula 03 Economia http://slidepdf.com/reader/full/aula-03-economia 1/97  CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ INSPETOR E ANALISTA DE MERCADO DE CAPITAIS DA CVM PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI www.pontodosconcursos.com.br 1  Au la Tr ês Digníssimos (as) Alunos (as), Como vão os estudos? E a aula dois, muitas dúvidas? Espero que vocês estejam entendendo e fixando bem os conteúdos até agora desenvolvidos. Nesta aula três serão abordados os seguintes pontos do conteúdo programático: 5. Dinâmica Econômica. Funções da Moeda. 6. Conceitos de Oferta e Demanda Monetária. 7. Taxas de Juros. 8. Sistema Financeiro Nacional. Funções do Banco Central do Brasil. Instrumentos de Política Monetária. Modelos IS-LM. 4. Análise de política monetária e fiscal em economias fechadas e abertas sob diferentes regimes cambiais. Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes agregados e os ciclos econômicos, segundo as concepções Clássicas (Neoclássicas), Keynesiana, Monetarista, Pós-Keynesiana, Novoclássica e Novo keynesiana. Em relação ao conteúdo programático, quero fazer uma observação em relação ao ponto “8”, referente ao Sistema Financeiro Nacional, Funções do Banco Central do Brasil e dos Instrumentos de Política Monetária. Abordaremos nesta aula apenas os pontos relacionados especificamente ao BACEN, sem analisarmos de forma pormenorizada os demais componentes do SFN. Esta opção é devida ao fato de que o SFN é tratado (e cobrado) de forma extensiva na matéria de Estrutura de Financiamento do Mercado de Valores Mobiliários, matéria esta exigida a todos os cargos afetos ao concurso da CVM. Ainda em relação ao conteúdo programático, destaco que, na parte final da aula, foram feitas algumas considerações referentes às principais abordagens das correntes de interpretação econômica quanto à análise de Determinação da Renda e a relação entre os grandes agregados e os ciclos econômicos. Estas abordagens são realizadas direta ou indiretamente ao longo dos pontos 1 a 5 da aula. Quero apenas destacar, por oportuno, que, em minha opinião, vocês não devem se preocupar com estes pontos, uma vez que as questões de prova, conforme será

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CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ INSPETOR E ANALISTA DE MERCADO DECAPITAIS DA CVM

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1

 Au la Três

Digníssimos (as) Alunos (as),

Como vão os estudos? E a aula dois, muitas dúvidas? Espero que vocês

estejam entendendo e fixando bem os conteúdos até agora desenvolvidos.

Nesta aula três serão abordados os seguintes pontos do conteúdo

programático:

5. Dinâmica Econômica. Funções da Moeda. 6. Conceitos de Oferta e Demanda

Monetária. 7. Taxas de Juros. 8. Sistema Financeiro Nacional. Funções do BancoCentral do Brasil. Instrumentos de Política Monetária. Modelos IS-LM. 4. Análise de

política monetária e fiscal em economias fechadas e abertas sob diferentes regimes

cambiais. Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes agregados

e os ciclos econômicos, segundo as concepções Clássicas (Neoclássicas),

Keynesiana, Monetarista, Pós-Keynesiana, Novoclássica e Novo keynesiana.

Em relação ao conteúdo programático, quero fazer uma observação em

relação ao ponto “8”, referente ao Sistema Financeiro Nacional, Funções do Banco

Central do Brasil e dos Instrumentos de Política Monetária. Abordaremos nesta aula

apenas os pontos relacionados especificamente ao BACEN, sem analisarmos de

forma pormenorizada os demais componentes do SFN. Esta opção é devida ao fato

de que o SFN é tratado (e cobrado) de forma extensiva na matéria de Estrutura de

Financiamento do Mercado de Valores Mobiliários, matéria esta exigida a todos os

cargos afetos ao concurso da CVM.

Ainda em relação ao conteúdo programático, destaco que, na parte final da

aula, foram feitas algumas considerações referentes às principais abordagens das

correntes de interpretação econômica quanto à análise de Determinação da Renda e

a relação entre os grandes agregados e os ciclos econômicos. Estas abordagens

são realizadas direta ou indiretamente ao longo dos pontos 1 a 5 da aula. Quero

apenas destacar, por oportuno, que, em minha opinião, vocês não devem se

preocupar com estes pontos, uma vez que as questões de prova, conforme será

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visto e constatado por vocês, baseiam-se nas correntes tradicionais de interpretação

econômica, as teorias clássica e keynesiana.

Por fim, ressalto a vocês que mais uma vez teremos uma aula extensa. De

todo modo, entendo que esta é a melhor forma de otimizarmos o estudo

preparatório, cobrindo todas as possíveis lacunas sujeitas à cobrança por parte da

ESAF.

Feitos estes comentários, passemos agora à aula.

Grande abraço a todos vocês,

Mariotti

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1. Dinâmica Econômica

Conforme verificado na aula dois, o governo possui como interesse maior na

sua intervenção no processo econômico, a realização de políticas que visem

estimular o crescimento da renda e do emprego. Esse crescimento é caracterizado

pela expansão do Produto Interno Bruto – PIB da economia. Ainda de acordo com o

descrito na aula dois, uma das variáveis componentes do PIB é representada pelos

gastos do governo (G). Estes gastos têm a função de gerar impactos diretos na

atividade econômica, a exemplo da realização de investimentos nas áreas de infra-

estrutura (Programa de Aceleração do Crescimento – PAC), melhoria dos serviços

de Saúde e Educação, bem como na realização de uma série de outras medidas de

cunho fiscal, assim denominadas por se constituírem no que a literatura econômica

denomina de Política Fiscal.

Em 2009 o governo federal resolveu expandir os seus gastos na área de

Construção Civil, realizada em função da necessidade de estímulos à atividade

econômica ora impactada pela crise internacional. Como se sabe, o setor da

Construção Civil é um grande gerador de emprego e renda. A criação de novos

postos de trabalho decorrentes desta política permite aos trabalhadores beneficiados

a obtenção de renda destinada ao atendimento de novas demandas por bens e

serviços em diversos outros setores da economia. A política fiscal realizada pelo

governo promove o efeito multiplicador da renda, o que contribui diretamente para o

crescimento do PIB.

Associada à Política Fiscal, a Política Monetária exercida pelo Banco Centralvisa também estimular a expansão da atividade econômica, associada à

manutenção dos preços de bens e serviços ofertados. Como instrumento principal

de controle da política monetária, o BACEN utiliza a taxa básica de juros e,

associados a esta, os instrumentos auxiliares1, como forma de evitar que o estímulo

à atividade econômica acabe tão somente gerando inflação, ou seja, aumento dos

1  Os instrumentos tradicionais utilizados pelo BACEN para fazer política monetária são as operações de

redesconto, os depósitos compulsórios e as operações de mercado aberto (compra e venda de títulos públicos).No tópico seguinte teceremos maiores comentários sobre estes.

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ganhos por apenas uma parte da sociedade sem correspondência positiva sobre a

renda e o emprego.

Dando continuidade à aula e previamente à conceituação dos modelos

econômicos que caracterizam as interações entre as políticas fiscal e monetária,

destacamos alguns pontos importantes relacionados ao papel do BACEN bem como

os motivos que justificam a interferência da Autoridade Monetária sobre a

quantidade de dinheiro em circulação.

1.1 Funções da Moeda e Taxa de Juros

A autoridade monetária é responsável pela condução da política monetária,

ajustando o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia.

Um excesso de moeda em circulação tende a provocar um aumento dos preços,

dado que maior será o volume financeiro de recursos nas mãos dos consumidores

para a compra de bens e serviços. Por meio da política monetária o BACEN pode

controlar o preço do dinheiro, denominado  ju ros, estimulando ou desestimulando o

uso deste por parte de consumidores. Quanto maior for o patamar dos juros, menor

será o interesse dos consumidores poupadores em gastar os seus recursos,

preferindo receber o rendimento proporcional à manutenção do seu dinheiro no

banco. Do mesmo modo, para os clientes tomadores de recursos, menor será a

intenção de tomada de empréstimos, dado o aumento do preço do dinheiro.

Para a condução da política monetária o BACEN lança mão dos instrumentosa ele disponíveis. De todo modo, para que possamos compreender os objetivos bem

como os instrumentos de política monetária, é importante conhecermos os motivos

que levam os agentes econômicos a demandar moeda. Estes motivos caracterizam,

em si, as funções exercidas pela moeda. 

Podemos dizer que a demanda (procura) por moeda é derivada dos seguintes

motivos:

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i. Motivo transação:

Os agentes econômicos necessitam realizar a compra de bens e serviços

para o atendimento de suas necessidades;

ii. Motivo precaução:

As famílias procuram guardar parte dos seus recursos financeiros como forma

de se prevenirem de imprevistos.

iii. Motivo especulação:

Grande parte dos consumidores utiliza seus recursos financeiros para ganhos

por meio da realização de aplicações financeiras.

O movimento de demanda por moeda no processo econômico visa atender

em geral às necessidades dos agentes por bens e serviços, questão na qual o

próprio Banco Central deve dispensar especial atenção.

O primeiro parâmetro definidor dos agentes econômicos na demanda por

moeda é o custo do dinheiro, conhecido na economia como taxa de juros (i). Diz-se

preço do dinheiro porque quanto mais alta for a taxa de juros, menor será o interesse

dos agentes em utilizar a moeda. A primeira explicação é dada em relação aos

consumidores. Estes fazem a opção de consumir ou de depositar seus recursos em

aplicações financeiras. Quanto maior o rendimento obtido, maior será o interesse emeconomizar. Já para os consumidores que desejam tomar recursos emprestados,

quanto maior for a taxa de juros, maior será o custo do empréstimo (financiamento)

tomado.

Quando a análise se dá para as empresas e seus investimentos, também

temos que analisar de duas formas. As empresas que possuem capital próprio e que

desejam investir em produção e comercialização de bens e serviços estimam qual

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será o seu retorno financeiro (percentualmente) frente ao investimento feito. Toda

vez que o retorno previsto com o investimento produtivo for inferior à taxa de juros

que estas empresas podem obter com a aplicação destes recursos em um banco,

menor tenderá a ser o estímulo a realização de investimentos produtivos e por

consequência maior será o volume de aplicações financeiras por estas.

No caso de uma empresa que visa tomar recursos emprestados no sentido da

realização de investimentos, menor será seu interesse, dado o aumento do custo do

próprio dinheiro.

Adicionalmente à relação existente entre taxa de juros e demanda por moeda,

podemos dizer que esta apresenta relação direta com o nível de crescimento da

renda ou PIB da economia. Assim, toda vez que ocorrer um aumento do total de

riquezas geradas na economia, maior será a demanda por moeda.

2. Funções do Banco Central do Brasil . Instrumentos de Política Monetária

O Banco Central do Brasil é o principal executor das orientações do Conselho

Monetário Nacional2, e responsável por garantir o poder de compra da moeda

nacional. O BACEN tem por objetivos:

1. zelar pela adequada liquidez da economia;

2. manter as reservas internacionais3 em nível adequado;

3. estimular a formação de poupança;

2 O Conselho Monetário Nacional é responsável por adaptar o volume dos meios de pagamento às reais

necessidades da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos;

orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos

instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; e coordenar as políticas

monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa.

3  As reservas internacionais referem-se ao quantitativo de moeda estrangeira, especialmente dólares norte-

americanos que o país possui. Estas reservas possuem o papel de ser o “seguro” do Brasil frente à necessidadede quitação de compromissos (pagamentos de importações, empréstimos, etc.)

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4. zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do

sistema financeiro nacional.

Dentre as atribuições do Banco Central estão, em especial, a emissão de

papel-moeda, o recebimento dos recolhimentos compulsórios e voluntários das

instituições financeiras e bancárias - trata-se dos valores obrigatórios a serem

recolhidos pelas instituições financeiras ao BACEN por conta da chamada política

monetária realizada pela Autoridade -; a realização de operações de redesconto e

empréstimo às instituições financeiras.

Ainda destacam-se como atribuições do BACEN: efetuar operações de compra

e venda de títulos públicos federais (com fins de realização de política monetária, uma

vez que a partir de 2002 a autoridade monetária foi proibida pela Lei de

Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar 101/2000) de financiar o Tesouro

Nacional por meio da compra de títulos públicos e consequente entrega de moeda);

exercer o controle de crédito, autorização e a fiscalização das instituições financeiras;

estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas

instituições financeiras; vigiar a interferência de outras empresas nos mercados

financeiros, além de controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país (contabilização

dos recursos financeiros oriundos do exterior).

A chamada Conta Única do Tesouro Nacional é mantida no Banco Central do

Brasil, sendo operacionalizada pelo Banco do Brasil - BB. É através dela que são

recolhidas todas as disponibilidades financeiras da União, inclusive fundos, das suas

autarquias e fundações, e também pagos os compromissos da União.

A Constituição Federal de 1988 atribui ao Banco Central do Brasil algumas

competências e faculdades, conforme destacado no art. 164 da Carta Magna. Entre

estas se destaca que a competência da União para emitir moeda será exercida

exclusivamente pelo BACEN. Ainda de acordo com os parágrafos 1º, 2º e 3º do

mesmo artigo, temos o seguinte:

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1. É vedado ao Banco Central conceder, direta ou indiretamente,

empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não

seja instituição financeira.

O parágrafo 1º do art. 164 pretendeu anular a possibilidade do Tesouro

Nacional e, dessa forma, à União, de financiarem suas necessidades de recursos

financeiros por meio da emissão de moeda pelo BACEN.

2. O Banco Central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro

Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.

A compra e venda de títulos públicos pelo BACEN para a realização da

regulação da oferta de moeda na economia foi normatizada e regulada efetivamente

somente com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF de 2000. A partir

de dois anos da publicação da referida Lei, o BACEN não mais pôde emitir títulos,

necessitando utilizar os títulos emitidos pelo Tesouro para o devido fim. Perceba que

o ponto crucial que levou a proibição da emissão de títulos pelo BACEN somente em

2000, foi que a CF utilizou a palavra “poderá” e não “deverá”, dando brecha para que

a Autoridade Monetária se utilizasse na maior parte das vezes dos títulos emitidos

por si mesma para regular a oferta de moeda e consequentemente a taxa de juros.

3. As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no Banco Central

(...).

Em nível legal o BACEN possui algumas atribuições, destacadasespecialmente nas Leis 4.595/64, 9069/95 – Lei do Plano Real e na Lei

Complementar 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal, não merecedoras de

destaque em nosso estudo.

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  2.1 Os instrumentos de política monetária - Taxa de Redesconto,

Reservas Obrigatórias (compulsórias) e Operações de Mercado Aberto – Open

Market 

Para que seja instrumentalizada a política monetária via controle dos meios

de pagamento o BACEN se utiliza dos chamados instrumentos de política monetária.

São eles:

• Recolhimentos Compulsórios (reservas obrigatórias);

Redesconto; e• Operações de Mercado Aberto (Gerência da Dívida Pública).

2.1.1 Recolhimentos Compulsórios

Para todo depósito à vista feito pela população em suas contas correntes,

uma fração deste valor deve ser depositado de forma compulsória pelos bancos

 junto ao BACEN

4

. O objetivo deste instrumento está em permitir que a AutoridadeMonetária regule o excesso de dinheiro disponível aos bancos para a realização de

empréstimos e financiamentos. Assim, quando o Banco Central realiza uma política

monetária de redução das alíquotas do recolhimento compulsório sobre os depósitos

à vista, visando o estímulo à atividade econômica (PIB), podemos concluir que está

sendo realizada uma política monetária expansionista dos meios de pagamento.

Em situações que em é nítida a probabilidade de geração de aumento de

preços devido ao excesso de crédito concedido pelos bancos aos agentes

econômicos, o BACEN pode promover um aumento da alíquota sobre os

recolhimentos compulsórios, reduzindo assim o efeito multiplicador do excesso de

crédito em circulação.

4

 Este conceito é o mesmo referente às reservas compulsórias narradas anteriormente quando da abordagemdos agregados monetários.

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  2.1.2 Operações de Redesconto (Taxa de Redesconto)

O Redesconto consiste no que definimos por assistência financeira de

liquidez. Conforme sabemos os bancos realizam a intermediação de recursos

entre os agentes poupadores e devedores de recursos, cobrando por isto uma

determinada taxa de juros. Ocorre que em algumas situações os bancos podem

se ver diante de problemas de liquidez, em que são feitos sucessivos saques dos

clientes credores e, conjuntamente, o não pagamento dos recursos financeiros

tomados por parte dos clientes devedores. Diante desta situação um banco

acaba por necessitar de assistência financeira, solicitando ao BACEN a utilização

de linha de Redesconto.

Este tipo de operação de empréstimo realizada pelo BACEN é de caráter

emergencial, tendo a si associada à cobrança de uma taxa de juros punitiva ao

banco tomador dos recursos, já que se entende que a necessidade de recursos

foi derivada em maior parte pela falta de administração responsável dos recursos

de terceiros pelo banco.

Destaca-se que quando a autoridade monetária deseja realizar uma

política monetária expansionista, ela pode reduzir a taxa de juros cobrada sobre

as operações de redesconto, o que por si só estimula os bancos a emprestarem

mais, uma vez que sabem que, em caso de necessidade, poderão obter recursos

com taxa de juros menos punitiva.

2.1.3 Operações de Mercado Aberto – Gerência da Dívida Pública(Colocação e Retirada (recompra) de títulos Públicos)

As operações de mercado aberto se constituem na colocação (venda) e

retirada (recompra) de títulos públicos federais junto aos bancos. Denomina-se de

gerência da dívida pública pelo fato de que os títulos públicos federais em circulação

no mercado financeiro são todos de emissão do Tesouro Nacional, sendo a emissão

condicionadora da geração de dívida pública.

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que ainda analisa os impactos da política fiscal sobre a economia. Inicialmente a

abordagem se dará em termos das políticas conduzidas no âmbito de uma economia

fechada, em que não existe relacionamento comercial com o exterior.

Posteriormente, voltaremos nossa análise para o caso mais realista, no qual a

economia do país é aberta ao comércio internacional, o que tende a tornar

importante o conhecimento do regime cambial vigente no país, ou seja, como se

comporta a relação entre a moeda nacional e a moeda estrangeira e seus impactos

sobre o balanço de pagamentos.

3. Modelo IS- LM. Análise de política monetária e fiscal em economias fechadas

Uma forma útil de deduzir o padrão da demanda agregada e de verificar os

efeitos das políticas macroeconômicas é através do modelo chamado IS-LM. Este

estuda o equilíbrio do PIB, incorporando, além do mercado de bens e serviços, o

mercado monetário, mercado este que possui como orientação as taxas de juros

aplicadas na economia.

No mercado de bens e serviços (curva IS), o equilíbrio, conforme verificamos

na aula um, se dá no ponto em que a poupança (privada, pública e externa) da

economia é igual ao investimento agregado (investimento bruto). Diferentemente, no

mercado monetário (curva LM), o equilíbrio se dá quando a demanda por moeda é

igual à oferta por moeda.

No estudo do modelo IS-LM, vamos considerar que o investimento agregadodepende da taxa de juros de mercado (isto é, aumentos da taxa de juros devem

inibir investimentos, seja pelo aumento do custo dos empréstimos, seja porque é

relativamente mais atrativo aplicar recursos no mercado financeiro). Veremos

também que não é mais possível determinar a renda da economia apenas no

mercado de bens e serviços, pois o modelo passa a incluir uma nova variável (a taxa

de juros), que é determinada no mercado monetário.

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A partir da interação entre os mercados de bens e o monetário, torna-se

possível a determinação da renda de equilíbrio da economia (Y) a um determinado

nível de taxa de juros de equilíbrio.

3.1. O Equilíbrio no mercado de bens - A Curva IS

A curva IS (Investment-Saving) representa as infinitas combinações de renda

e taxas de juros existentes no mercado de bens e serviços. Em termos de equação,

a sua expressão é dada pela fórmula que já conhecemos muito bem, referente à

demanda agregada.

IS (Y) = C + I + G + (X - M)

Se considerarmos que o investimento agregado depende da taxa de juros de

mercado (isto é, aumentos da taxa de juros devem inibir investimentos, seja pelo

aumento do custo dos empréstimos utilizados na produção, seja porque

relativamente é mais atrativo aplicar recursos no mercado financeiro), o mercado de

bens deve sofrer impactos diretos diante de variações nos juros. Dessa maneira,

aumentos nas taxas de juros tendem a resultar na diminuição da produção e doconsumo de bens e serviços.

Esclarecimento 1:

 A maior ou menor incl inação da curva IS está associada à sensibi lidade do

investimento em relação à taxa de juros. Em mercados de bens e serviços

diretamente dependentes de crédito e consequentemente das taxas de juros,

Y (Produção = Q)

i

IS

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são mais sensíveis as variações na taxa, de forma que pequenos aumentos

podem representar grande diminuição do produto agregado.

Tendo-se em mente que os juros interferem diretamente no resultado da

economia, podemos calcular o impacto que este provoca sobre o nível de renda.

Para isso voltamos a lembrar da igualdade definida na Contabilidade Nacional em

que o investimento (I) é igual à poupança (S).

Exemplo:

Função Investimento I = 55 – 200i

Função Poupança S = -40+0,20Y

Situação I: Taxa de Juros = 9% ou 0,09

Equilíbrio S = I 55 - 200(0,09) = - 40 +0,20Y 77 = 0,2Y Y = 385

Uma diminuição dos juros levará a um aumento dos bens e serviços

produzidos na economia.

Juros de 7% ou 0,07

Equil íbr io S = I 55 - 200(0,07) = - 40 + 0,20Y = 0,2Y Y = 405

Y (Produção = Q)

i

IS

10

8

1000 2000

Veja pela fórmula que quanto maior os

 juros, menor o nível de investimento.

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P e t r u c i a R i b e i r o , C P F : 1 8 5 4 2 5 1 4 4 9 1

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De acordo com o gráfico da pagina anterior, uma pequena variação nos juros

provocou um aumento da renda da economia. Corroborando esse entendimento,

verificamos que as alterações nos juros fizeram a renda da economia aumentar de

385 para 405.

É importante destacar que para alguns modelos econômicos mais

simplificados (modelo keynesiano básico), os investimentos não são sensíveis às

variações nas taxas de juros. Isso se reflete em uma situação em que os

investimentos são autônomos. Nesta condição a curva IS torna-se vertical, dado que

aumentos nas taxas de juros não geram impactos negativos sobre a renda da

economia.

3.2 O aumento dos gastos do governo em uma economia fechada e a

curva IS

Considerando que a renda de uma economia fechada é formada pelas

variáveis consumo (C), investimentos (I) e gastos do governo (G), é possível saber,por exemplo, qual seria o impacto sobre a renda caso o governo resolvesse

aumentar os seus gastos. A essa ação dá-se o nome de política fiscal expansionista.

Y = C + I + G

O resultado do aumento dos gastos é a geração do efeito multiplicador sobre

a renda da economia e o consequente deslocamento da curva IS. O processo ocorre

Y (Produção = Q)

i IS

Quando o investimento é autônomo,

ou seja, não depende das taxas de

 juros, o impacto da política fiscal e

máximo. Essa situação ocorre diante

da análise de um modelo keynesiano

simplificado.

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t r u c i a R i b e i r o , C P F : 1 8 5 4 2 5 1 4 4 9 1

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da seguinte maneira: o aumento inicial em um determinado setor da economia

provoca a geração de renda naquele setor (ex: gastos do governo no setor da

construção civil). O aumento da renda se reflete no aumento dos trabalhadores

contratados bem como no aumento dos seus salários. Em decorrência deste

aumento os assalariados demandaram outros bens em diversos outros mercados,

gerando por consequência um efeito multiplicador derivado do gasto inicial realizado

pelo governo no setor da construção civil.

Adiante será visto como o aumento dos gastos governamentais, realizados

por meio de uma política fiscal expansionista, gera resultados diretos não somente

no mercado de bens, mas também no mercado monetário, o qual é representado

pela curva LM.

A priori, destacamos, para fins de fixação, que a curva IS mostra a relação

inversa existente entre renda e taxa de juros, representando o lado real da

economia.

3.3 O equilíbrio no mercado monetário – A Curva LM

No chamado mercado monetário o equilíbrio se dá quando a oferta de moeda

é igual à demanda por moeda. O aumento da oferta de moeda é representado pela

colocação de mais dinheiro na economia para circulação, sendo o próprio ato de

colocação realizado pela autoridade monetária, que no nosso país é o Banco

Central.

Y (Produção = Q)

i

IS

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O aumento da oferta monetária é exógeno, ou seja, não depende de

nenhuma outra variável, mas apenas das decisões de política econômica tomadas

pelo BACEN.

Ressalta-se que o mercado monetário é o local onde são realizadas e

analisadas as interações entre a demanda por moeda por parte dos agentes

econômicos e a oferta de moeda realizada inicialmente pelo Banco Central. Diz-se

que o mercado monetário está em equilíbrio quando a oferta de moeda é igual à

demanda por moeda.

Vejamos o gráfico abaixo que exemplifica a oferta de moeda, tendo no eixo

das abscissas a quantidade de moeda em circulação e no eixo das ordenadas a taxa

de juros que determina o preço do dinheiro:

Destaca-se agora o gráfico que procura exemplificar o comportamento da

demanda por moeda, demonstrando que esta apresenta relação inversa com a taxa

de juros (i) e direta com o nível de renda da economia (Y). Esta peculiaridade se

explica por que se considerarmos que sempre podemos obter um rendimento (juros)

ao aplicarmos os nossos recursos financeiros, passa a existir um custo (custo de

oportunidade) de retenção dessa moeda em mãos. Este custo é maior a cada vez

que a taxa de juros aumenta. O mesmo raciocínio é válido para a queda nos juros,

que acaba por estimular a retenção de moeda nas mãos das famílias.

Adicionalmente, destaca-se que quanto maior o nível de renda, maior será a

i

M (Quantidade de Moeda)

M

A oferta de moeda é independente dequalquer outra variável (exógena).

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Me = 50 - 200 i (demanda especulativa de moeda)

a) Equi líbrio Monetário: Ms = Mt + Me

180 = 0,25 Y + 50 - 200 i 200 i = 0,25 Y - 130 (/2)

100i = 0,125Y - 65

b) Equilíbrio no mercado de bens e serviços

Y = C + I + G

Y = 90 + 0,625 Y + 150 - 100 i + 0

Y - 0,625 Y = 90 + 150 - 100i + 0 0,375 Y = 240 - 100 i100 i = 240 – 0,375 Y

c) Resolvendo as duas equações simultaneamente:

100 i = 240 - 0,375 Y 100i= 0,125Y - 65 240 – 0,375Y = 0,125Y - 65

Y = 610

Substituindo-se a renda Y = 610 nas equações IS ou LM, teremos:

Taxa de Juros de Equilíbrio:

100 i = 0,125 Y - 65 100 i = 0,125*(610) - 65

100 i = 11,25 = i = 11,25%

Nível de Investimento de Equilíbrio:

I = 150 - 100 i

I = 150 - 100(0,1125) I = 138,75 (Com uma taxa alta de juros, não vale a penainvestir)

Nível de Consumo de Equilíbrio:

C = 90 + 0,625 Y

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O resultado de uma política monetária expansionista pode ser visto a partir

do gráfico abaixo.

Dentro da análise econômica existem argumentações contrárias à eficácia de

uma política monetária expansionista. Trata-se da explicação keynesiana5

denominada armadilha da liquidez (em que a demanda por moeda é

infinitamente elástica em relação à taxa de juros)6. Para Keynes, uma vez que a

economia esteja em depressão, ou seja, os consumidores não compram e as

empresas não vendem, o nível de taxa de juros esteja muito baixo, e mesmo assim

os consumidores preferem manter os recursos em suas mãos, sem gastá-los, oresultado de uma política monetária expansionista seria inócuo (ponto A), sem o

crescimento do consumo e, consequentemente, dos investimentos (a curva LM é

horizontal).

5  Proposição realiza por John Maynard Keynes, famoso economista inglês que revolucionou o estudo do

comportamento dos mercados.

6 Uma demanda totalmente elástica é aquela em que pequenas variações nas taxas de juros, por exemplo, para

cima, podem reduzir infinitamente a demanda por moeda, fazendo com que os agentes econômicos prefiram

guardá-la. No caso em foco, em que estímulos via aumento da oferta monetária não são eficazes para que os

agentes econômicos consumam mais, a demanda por moeda pelo motivo transação da moeda será nulo,prevalecendo apenas o motivo especulação, em que os agentes econômicos retêm moeda ao invés de utilizá-la.

Y

iLM1

i1

Y1

IS

Equilíbrio inicial

LM2

I2

Y2

Um aumento da disponibilidade de

moeda estimula os investimentos e o

consumo, trazendo como resultado

final o aumento da demanda agregada

em um nível de taxa de juros mais

baixo.

Equilíbrio final

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produção (mão-de-obra, máquinas). Na verdade, caso todos os fatores de produção

estejam operando em sua capacidade máxima (fábricas produzindo em nível

máximo, não existência de desemprego involuntário), o impacto de uma política de

estímulo à atividade economia gerará somente inflação, dado que a própria falta de

oferta de novos bens produzidos tende a contribuir para o aumento dos preços.

Tendo sido finalizada a abordagem do modelo IS/LM para uma economia

fechada, destaco abaixo um resumo das eficácias das políticas fiscal e monetária

dentro do contexto dos modelos clássico e keynesiano. Fizemos o destaque destes

resumos em folha específica de forma que vocês possam consultá-los a qualquer

momento até a data da prova. Não menos importante, após a apresentação dos

resumos são apresentadas questões de provas anteriores.

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RESUMO 1 DAS POLÍTICAS MONETÁRIA E FISCAL E AS EFICÁCIAS DAS

POLÍTICAS KEYNESIANA E CLÁSSICA

Lembre-se que para uma economia fechada o produto é representado pela

seguinte equação:

DA = (Y) = C + I + G

Verificamos que as taxas de juros exercem resultados diretos sobre a

eficácia das políticas monetária a fiscal.

De acordo com a interpretação “clássica”, a curva LM não é sensível à

variação nas taxas de juros, o que importa dizer que a demanda por moeda para fins

de especulação é nula. Deste entendimento podemos afirmar que a elasticidade de

demanda por moeda é igual a zero, também chamada de inelasticidade

(verticalidade).

De forma contrária à visão clássica, temos a chamada “armadilha daliquidez”, situação caracterizada por Keynes quando a economia se encontra em

um profundo processo de recessão, sendo a curva LM totalmente elástica

(horizontal). A definição desse resultado é a de que como a economia não vai bem,

a execução de atividades pela iniciativa privada é nula. Quando o governo resolver

realizar uma política monetária colocando mais moeda na economia, com o objetivo

de aumentar as trocas e retirar o país da depressão, toda a moeda adicional será

retida por especuladores, tornando inócuos os efeitos da política monetária.

Como o aumento da oferta de moeda leva, em tese, a diminuição da taxas de

 juros estimulando o consumo e o investimento, na armadilha da liquidez isso não

acontece, devido ao fato de que toda moeda seria retida pelos especuladores. Nesta

situação poderíamos dizer que a demanda por moeda é totalmente elástica, ou

mesmo infinita.

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6 – ((EPPGG/MPOG – ESAF/2002) A demanda real de moeda e expressa por

(M/P) = 0,3Y – 40r, onde Y representa a renda real e r a taxa de juros. A curva IS

é dada por Y = 600 – 800r, a renda real de pleno emprego é de 400, enquanto o

nível de preços se mantém igual a 1. Indique o valor da oferta de moeda

necessário para o pleno emprego.

a) 80

b) 90

c) 100

d) 110

e) 120

7 – (APO/MPOG – ESAF/2008) Com relação à política monetária, identifique a

única opção incorreta.

a) A política monetária apresenta maior eficácia do que a política fiscal quando o

objetivo é uma melhoria na distribuição de renda.

b) Se o objetivo é o controle da inflação, a medida apropriada de política monetária

seria diminuir o estoque monetário da economia, como, por exemplo, o aumento da

taxa de reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos

comerciais devem colocar à disposição do Banco Central).

c) A política econômica deve ser executada por meio de uma combinação adequada

de instrumentos fiscais e monetários.

d) Uma vantagem, freqüentemente apontada, da política monetária sobre a fiscal é

que a primeira pode ser implementada logo após a sua aprovação, dado que

depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto que a

implementação de políticas fiscais depende de votação do Congresso.e) A política monetária refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de

moeda e títulos públicos.

8 – (ECONOMISTA/DNOCS – FCC/2010) No modelo IS-LM para uma economia

fechada, se a curva IS e a curva LM apresentam declividades normais e a

economia estiver em equilíbrio, mas com desemprego, um aumento da oferta

de moeda provocará no curto prazo, tudo o mais permanecendo constante,

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c) Quanto maior a propensão marginal a consumir, maior é o efeito do aumento dos

gastos do governo sobre o nível de renda agregada.

d) Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, maior é o

efeito de uma contração monetária sobre a taxa de juros.

e) Quanto maior a elasticidade de demanda de moeda em relação à taxa de juros,

maior é o efeito da expansão monetária sobre o nível de renda agregada.

12 – (APO/SEPLAG – CEPERJ/2009) De acordo com os modelos

macroeconômicos de determinação da renda, no caso da armadilha da

liquidez, é correto afirmar que:

a) A demanda de moeda é perfeitamente inelástica em relação à taxa de juros.

b) É o caso de total ineficácia da política fiscal.

c) O maior gasto público não leva a qualquer alteração na renda.

d) A taxa de juros se altera em reposta ao deslocamento da curva IS.

e) A demanda de moeda é infinitamente elástica em relação à taxa de juros.

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4. Análise de política monetária e fiscal em economias abertas sob diferentes

regimes cambiais

Quando a economia de um país realiza transações com o exterior, nos

moldes das operações de exportação e importação, torna-se necessário mensurar o

valor do produto estrangeiro em moeda nacional, nos casos em que este será

importado, da mesma forma que quando um produto for exportado, torna-se

necessária a mensuração do produto nacional em moeda estrangeira. A forma

encontrada para realizar estas mensurações é por meio da taxa de câmbio, que

representa o preço da moeda estrangeira em moeda nacional7.

Feita esta consideração inicial, podemos destacar frases que rotineiramente

escutamos nos telejornais, como:

“O real se desvalorizou perante o dólar, fechando cotado a R$ 2,25!”

O que se pode entender desta afirmação é que agora, para se comprar uma

unidade de dólar americano, é necessário mais unidades de reais. Para que tenha

ocorrido uma desvalorização do real, conforme o caso acima, é necessário que

anteriormente à desvalorização fosse preciso menos do que R$ 2,25 para se

comprar o mesmo dólar (Ex: R$ 2,00).

4.1 Taxa Nominal de Câmbio

O que determina a variação no valor da moeda estrangeira em relação àmoeda nacional é a oferta e a demanda por dólares. A oferta de dólares representa

o total de divisas estrangeiras à disposição do país. A origem da entrada de dólares

é advinda da exportação de mercadorias e serviços, dos empréstimos,

financiamentos e investimentos estrangeiros realizados no país. A característica

peculiar do dólar é que esta é a principal moeda de negociação internacional, devido

7

 Para fins de entendimento, deve-se sempre pensar quantas unidades de real são necessárias para realizar acompra de uma unidade de moeda estrangeira, mesmo que esta relação seja menor do que 1.

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Para que exista igualdade de preço do produto no Brasil e nos Estados

Unidos é necessário que a taxa nominal de câmbio seja igual a 2,5, “e” = 2,5.

Vejamos:

E = e P*/P = 2,5*8/20 = 1

Uma taxa nominal de câmbio igual a R$ 2,50 por US$ garante o que a

literatura denomina de Paridade de Poder de Compra  (Purchasing Power Parity  -

PPP).

4.3 Regime de câmbio flexível ou flu tuante

Em economia é comum denominarmos a taxa de câmbio a partir do regime

vigente, ou seja, uma taxa de câmbio flexível está associada a um regime de câmbio

flexível.

Considerado este ponto inicial, temos que um regime de câmbio flexível ou

flutuante é representado pela taxa de câmbio que varia “ao sabor” das variações na

oferta e na demanda de divisas estrangeiras. Alguns exemplos da realidade

econômica ajudam a entender o comportamento da taxa de câmbio em um regime

flexível ou flutuante. Caso tenhamos a diminuição do imposto de importação,

ocorrerá naturalmente um aumento na demanda por câmbio, uma vez que se tornou

mais barato comprar produtos do exterior. Esse aumento do câmbio tende a

provocar uma desvalorização da taxa.

A ocorrência da diminuição do imposto de importação é representada pelo

seguinte comportamento gráfico da oferta e da demanda por divisas estrangeiras:

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Caso o governo tome medida inversa, aumentando o imposto de importação,

ocorrerá a diminuição da demanda por câmbio, valorizando a moeda nacional, uma

vez que estamos diante de um regime flexível. Vejamos graficamente:

Imagine agora que ocorra um aumento na oferta de divisas provocada por

políticas de exportação agressivas e pelo crescimento de investimentos estrangeiros

no país. O resultado será um aumento da oferta de moeda estrangeiro, valorizando

novamente a taxa de câmbio, conforme verificado pelo gráfico abaixo.

quantidade de divisas

Taxa decâmbio ODIVISAS

Q1 

2,50 

Q2

DDIVISAS2

DDIVISAS 1 

Equilíbrio

inicialEquilíbrio

Final

2,25

2,00 

quantidade de divisas

Taxa de câmbio

ODIVISAS

Q2

2,50 

Q1

DDIVISAS1

DDIVISAS 2 

Equilíbrio

finalEquilíbrio

inicial

2,25

2,00 

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Finalmente, imagine o caso em que ocorra uma saída de capitais estrangeiros

do país ou mesmo uma política agressiva no exterior contra a entrada de produtos

exportados pelo Brasil. Nessa hipótese haverá uma desvalorização do câmbio.

4.4 Regime de câmbio fixo

No regime de câmbio fixo a taxa de troca entre a moeda nacional e a moeda

estrangeira é fixa, sendo definida pela autoridade monetária, no caso o Banco

Central, através de lei que assim o autoriza. Para manter a taxa de câmbio fixa, o

Quantidade de divisas

Taxa decâmbio

ODIVISAS 1

Q1

2,50 

Q2

DDIVISAS 1 

Equilíbrio

final

Equilíbrio

inicial

2,25

2,00 

ODIVISAS 2

Quantidade de divisas

Taxa decâmbio

ODIVISAS 2 

Q2 

2,50 

Q1

DDIVISAS 1 

Equilíbrio

inicial

Equilíbrio

final

2,25 

2,00 

ODIVISAS 1

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4.5 A taxa de câmbio, a elasticidade da oferta e da demanda de divisas e

a formação da curva BP.

O quantum da variação na taxa de câmbio no sentido de valorização ou

desvalorização está diretamente relacionado à sensibilidade que a oferta e a

demanda de divisas possuem em relação aos fatores externos. Conforme dissemos

anteriormente, na medida em que ocorram aumentos e diminuições de impostos

sobre o comércio exterior, maiores ou menores serão os impactos sobre o câmbio.

Ocorrido um aumento na demanda por moeda, para uma mesma oferta, os

impactos sobre a depreciação da taxa de câmbio atingem diferentes magnitudes em

função da elasticidade da oferta. Na análise do modelo IS-LM para uma economia

aberta, adicionaremos à análise a denominada curva BP, representativa do

resultado das políticas econômicas sobre o Balanço de Pagamentos. O grau dosimpactos da entrada e saída de recursos via balanço de pagamentos será

representada pela curva BP que, quanto mais elástica, demonstrará que maior é a

chamada mobilidade de capitais, ou seja, eles podem entrar e sair do país

livremente, sem a existência de restrições de ordem legal, técnica ou comercial.

D1  D2 

O2 

O1 

22,20

2,7

Q1  Q2  Q3 

Taxa decâmbio

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O aumento do dólar pressionou os preços dos produtos que possuíam

componentes importados e a taxa de juros básica foi fixada em 45%. O reforço das

reservas, promovido pelo FMI, o controle do déficit público e o anúncio de medidas

de política econômica devolveram o otimismo à economia, acompanhados da volta

dos capitais estrangeiros e da taxa de câmbio mantendo-se por volta de R$ 1,80 no

final de 1999.

A partir do início do regime de liberdade cambial, a taxa de câmbio tem subido

de uma forma mais ou menos acelerada, embora com alguns recuos ocasionais. O

efeito positivo de tal situação é o maior estímulo às exportações e ingresso de

capitais estrangeiros. Do lado das importações, o seu encarecimento resultou em

maior estímulo à produção interna de bens similares. Os produtos com baixo poder

de substituição na produção, como o trigo, o petróleo e máquinas e equipamentos,

provocaram impulsos de custos que acabaram por contaminar as taxas

inflacionárias.

O repasse da variação do dólar para esses preços só não foi maior em função

da não aceitação de preços maiores por parte do setor varejista e do próprio

consumidor. O Banco Central, para evitar maiores pressões sobre a demanda de

dólares, procura evitar elevações exageradas no câmbio, emitindo títulos públicos

com correção cambial.

Em 2002, devido a diversos problemas mundiais, como a recessão nos

Estados Unidos, a crise na Argentina e a expectativa quanto à eleição de um

candidato oposicionista ao cargo de presidente da República fizeram aumentar ademanda por dólares, cujo valor ultrapassou R$ 3,00 em agosto do mesmo ano. A

queda nas Reservas Internacionais e a necessidade de manter a confiança dos

investidores no País fez as autoridades econômicas brasileiras recorrerem a uma

nova ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional.

A economia internacional ainda passa por um período turbulento,

especialmente devido à crise de crédito originada na economia norte-americana. Tal

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economia, considerando para isto o regime cambial adotado. O modelo em questão

é válido para uma pequena economia aberta, como no caso do Brasil.

Para que a análise do modelo Mundell-Fleming seja fundamentada, é

importante que façamos algumas ressalvas quanto às curvas IS e LM. Em relação à

curva representativa do mercado de bens (IS), esta passa a ser estruturada por

cinco componentes, quais sejam o consumo agregado (C), o investimento agregado

(I), os gastos do governo (G), as exportações (X) e as importações (M).

IS = C + I + G + (X – M)

Esta consideração é feita devido ao fato de a curva IS é agora diretamente

dependente também do regime cambial vigente, uma vez que esta variável atua

diretamente sobre o resultado do balanço de bens e serviços não fatores (X – M).

Conforme verificado, na ocorrência de uma valorização ou apreciação da taxa

de câmbio, ou seja, na necessidade de menos unidades de moeda nacional para

comprarmos uma unidade de moeda estrangeira, as importações de bens e serviços

serão estimuladas. De forma inversa, caso ocorra uma desvalorização ou

depreciação da moeda nacional frente à moeda estrangeira, o resultado é um

estimulo as exportações do país. Com o aumento das importações, teremos a saída

de recursos do país para o exterior, impactando negativamente a renda da

economia. Já quando ocorrer o aumento das exportações, teremos a entrada

adicional de renda na economia.

5.1  A curva BP

Uma conceituação adicional é a de que existe uma relação direta entre a taxa

de juros e o volume de capitais externos ingressantes. Em situações em que a taxa

de juros encontra-se alta, maior é o fluxo de capitais destinados ao país. É como se

estivéssemos pensando em uma poupança, que, diante de um aumento dos juros,

ocorre um incremento nos saldos dos recursos aplicados.

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49

Sobre o impacto do aumento dos juros nos fluxos de capitais estrangeiros,

leva-se em consideração o grau de abertura da economia, ou seja, se a legislação

do país é rígida quanto à mobilidade desses capitais (entrar é fácil, e sair?). Essa

interpretação se traduz em dizer se o país possui uma alta mobilidade de capital

(inexistência de amarras a entrada e saída de capitais estrangeiros) ou baixa

mobilidade de capitais estrangeiros (dificuldade de saída dos capitais).

O grau de mobilidade dos capitais é importante pois é através desta

característica que se saberá como o resultado das variações nos juros

remuneratórios impactam a taxa de câmbio e, consequentemente, o balanço de

pagamentos.

Com estas considerações é possível derivarmos a nova formatação dos

gráficos que serão utilizados na verificação dos impactos das políticas fiscal e

monetária sobre a taxa de juros e o nível de renda de equilíbrio. Assim, iniciamos

com a situação em que o país possui uma perfeita mobilidade de capital, ou seja, a

curva representativa do Balanço de Pagamentos é infinitamente elástica. Vejamos o

gráfico abaixo:

Existem países que apresentam amarras a saída de capitais estrangeiros

ingressados, caracterizadas por quarentenas, ou seja, o investimento entrante no

país não pode ser remetido de volta no dia seguinte, respeitando apenas os

interesses do investidor, devendo ficar aplicado na economia do país no mínimo por

quarenta dias. Trata-se de uma medida arbitrária dos governos, mas utilizada como

Y

iLM 

i1

Y1

IS

Pode afirmar que a condição padrão

de uma análise econômica do modelo

IS-LM-BP refere-se a uma economia

que apresenta perfeita mobilidade de

capitais, conforme disposto no gráfico.

BP com mobilidadeperfeita de capitais 

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5.2.1 Política monetária expansionis ta em um regime de cambio fixo

Um importante conceito adicional a ser tratado na análise dos impactos das

políticas econômicas diante do regime de câmbio fixo refere-se novamente a

operacionalização da manutenção do valor da taxa em patamar único. Conforme

afirmado quando conceituamos o regime cambial fixo, o BACEN utiliza-se das

reservas internacionais como ferramenta de manutenção da taxa, ou seja, caso a

demanda seja maior do que a oferta de câmbio, para que não haja pressões no

sentido de desvalorização da taxa, o BACEN vende reservas internacionais,

voltando a equilibrar a oferta à demanda por câmbio num mesmo patamar de taxa.

Ocorre, no entanto, que como a taxa de câmbio é fixa, a quantidade de reais

necessária para se comprar uma unidade de moeda estrangeira deve ser a mesma,

sempre.

Em situações na qual a demanda por moeda estrangeira é maior do que a

oferta, ou seja, os agentes econômicos estão utilizando reais para comprar dólares,

para que o BACEN mantenha a cotação fixa, toda vez que ele entregar uma unidade

de moeda estrangeira ao demandante de câmbio, que retirará estes dólares do país,

o BACEN deverá obrigatoriamente retirar de circulação o equivalente em reais, afinal

de contas esta é única forma da Autoridade Monetária manter a cotação fixa,

especialmente porque se os dólares não circulam mais na economia nacional, não

há porque os reais também circularem pois, se assim fosse, haveria quebra da

relação fixa da taxa de câmbio.

Sendo assim, vejamos qual será o impacto de uma política monetáriaexpansionista em uma economia em que vigora a taxa de câmbio fixa, considerando

na abordagem um país que apresenta perfeita mobilidade de capitais (BP

horizontal).

Com o aumento da oferta de moeda, a curva LM desloca-se para a direita e

para baixo, elevando a renda para o nível Y2. Quando um país enriquece é padrão o

aumento das importações. No exemplo em questão, como não há razão para supor

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que as exportações tenham-se alterado, uma vez que a taxa de câmbio é fixa, o

saldo do balanço de pagamentos (balanço comercial) certamente piora.

A segunda consequência refere-se à queda dos juros. Esta leva à saída de

capitais do país, dada a existência de uma taxa de juros remuneratória no exterior

mais atraente que no país. Adicionalmente, como a economia opera em um regime

de câmbio fixo, a saída de capitais provoca automaticamente a redução do crédito

interno, uma vez que para cada moeda estrangeira que sai da economia, torna-se

necessário para a Autoridade Monetária a diminuição de uma unidade de moeda

nacional.

Diante da retirada forçada de moeda da economia, toda a expansão

monetária realizada anteriormente pelo Banco Central é anulada, dado que ocorre

uma saída de divisas gerada pela redução dos juros. Necessitando manter a

paridade entre a moeda estrangeira e a moeda nacional, o Banco Central vende

câmbio reduzindo a oferta de moeda na economia. (No gráfico, a renda volta de Y2 

para Y1).

Pelo exposto, se pode concluir que a política monetária é ineficaz no

objetivo de elevar a renda da economia diante de um regime de câmbio fixo e

com perfeita mobilidade de capitais. Um destaque importante a ser feito referente

à efetividade da política monetária em um regime de câmbio fixo é o de que quando

a mobilidade de capital é nula (totalmente imperfeita (BP vertical)), o resultado da

Y

i LM1

i1

Y1

IS

A política monetária executada em um

ambiente de câmbio fixo é ineficiente

no sentido do aumento da renda e do

emprego dos fatores de produção.

BP

LM2

Y2

i2

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e t r u c i a R i b e i r o , C P F : 1 8 5 4 2 5 1 4 4 9 1

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aumento da renda do país, dado vez que existe maior disponibilidade de crédito

estimulador do consumo.

É importante ressaltar que a política fiscal em um regime de câmbio fixo é um

instrumento eficaz! A entrada líquida de divisas aumenta a oferta de moeda, a LM se

desloca para a direita até o ponto onde os mercados de bens, o monetário e o

cambial estão em equilíbrio.

Resumo:

Em um regime de taxas FIXAS de câmbio, somente a POLÍTICA FISCAL gera

impactos sobre o crescimento da renda (Y). A magnitude desse crescimento é

dependente da mobilidade que os capitais estrangeiros possuem na sua “estadia”

(entrada e saída) do país.

5.2.4 Política monetária expansionista em uma economia com regime decâmbio flutuante/flexível e com mobilidade de capital plena

Conforme verificamos, quando a taxa de câmbio é determinada

exclusivamente pelo mercado de divisas, sem interferência das autoridades

monetárias, temos um regime de taxas flutuantes de câmbio.

Sendo assim, imaginemos que o governo queira estimular o emprego e a

renda do país via aumento da oferta de moeda. Dessa forma, necessitamos saber

Y

i

LM2

i1

Y1

IS1

IS2

I2

Y3

Com grande mobilidade de capital, os

impactos sobre a entrada de divisas são

maiores do que a saída de divisas

provenientes das importações, o que gerará

um resultado positivo sobre o aumento da

renda do país, uma vez que existe maior

disponibilidade de crédito estimulador do

consumo.

LM1

Y2

I3

BP

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Um aumento nos gastos do governo desloca a curva IS (mercado de bens)

para um nível maior de renda. Com a nova intersecção do mercado monetário, as

taxas de juros domésticas ficam mais altas que as internacionais (lembre-se que os

 juros sobem porque a oferta de moeda da economia (LM) não foi alterada), atraindo

capitais devido à alta rentabilidade. Em resultado da entrada de divisas ocorre uma

apreciação da taxa de câmbio, desestimulando as exportações e estimulado às

importações.

Verifica-se assim que o estímulo expansionista realizado pelo governo é

contrabalanceado pela redução das exportações e aumento das importações,

levando a curva IS a retornar para o equilíbrio inicial. Destaca-se que as transações

correntes ficaram deficitárias e o fechamento (equilíbrio) do balanço de pagamentos

(curva BP) será todo derivado da entrada massiva de capital.

Resumo: 

Pode se concluir que a adoção de uma POLITICA FISCAL em um regime de

câmbio flutuante é ineficaz no intuito de geração do crescimento da renda no país.

6. Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes agregados e

os ciclos econômicos, segundo as concepções Clássicas (Neoclássicas),

Keynesiana, Monetaris ta, Pós-Keynesiana, Novoclássica e Novo keynesiana.

Obs.:  Iniciamos esta abordagem ressaltando que concentraremos nossas análises

nas teorias econômicas ainda não abordadas exaustivamente ao longo da aula dois

i

LM1

i1

Y1

IS1

IS2

I2

Y2 Y 

BP 

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da estimação dos coeficientes das equações estruturais de

um modelo macroeconômico em larga escala (+/- 2000

equações).

Durante o período compreendido entre 1940 e 1970 a síntese neoclássica

foi o “consenso” prevalecente entre os macroeconomistas.

6.2 Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes

agregados e os ciclos econômicos e a concepção monetarista

A concepção Monetarista e a sua relação entre os grande agregados e os

ciclos econômicos parte de algumas proposições básicas, a saber:

1) No longo-prazo a inflação é um fenômeno monetário. No curto-prazo as

variações da quantidade de moeda tem efeitos reais. Segundo Milton Friedman,

maior expoente do monetarismo, não existe um trade-off   permanente entre

inflação e desemprego. Com base na curva de Phillips expandida pelas

expectativas, a única forma de se manter a taxa de desemprego

sistematicamente abaixo da taxa natural é por intermédio de uma aceleração da

inflação;

2) A política de estabilização é indesejável e pode causar instabilidade,

de forma que a política econômica deve ser conduzida mediante regras,

preferencialmente uma taxa de crescimento constante para a oferta de moeda.

Assim, o objetivo intermediário da política monetária é a regulação daquantidade de moeda, não a regulação da taxa de juros;

3) A política fiscal tem um papel secundário na administração da

demanda agregada (o efeito riqueza do financiamento via títulos dos déficits do

governo reduz a eficácia da política fiscal : deslocamento da LM para a

esquerda).

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Até o início dos anos 70, o monetarismo não era uma ameaça séria ao

“consenso keynesiano”. De todo modo, dois eventos foram fundamentais para a

quebra desse consenso. O primeiro referia-se ao fato da macroeconomia

tradicional não poder explicar de forma adequada o aumento simultâneo das

taxas de inflação e de desemprego da década de 1970. O segundo referente à

ausência de fundamentos microeconômicos adequados para a macroeconomia.

Esta relação pode ser explicada pelo entendimento da inflação de custos, que

levaram ao aumento dos preços e, ao mesmo tempo, ao aumento do

desemprego.

6.3 Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes

agregados e os c iclos econômicos e a concepção Novoclássica

A teoria Novo-Clássica faz uma crítica aos modelos keynesianos e aos

modelos que tiverem qualquer resquício keynesiano, incluindo o Monetarismo, ao

eliminar as divisões teóricas entre curto e longo prazo expressas na curva

de Phillips.

Dois importantes economistas, Robert Lucas e Thomas Sargent

elaboraram estas críticas e aplicaram na economia uma nova visão sobre

expectativas, discordante da Hipótese das Expectativas Adaptativas. Para esta, a

política monetária no curto prazo poderia produzir efeitos reais mediatos, em

vários períodos, enquanto os agentes reagem à política.

De acordo com a visão Novo-Clássica, uma política monetária no curtoprazo só poderia ter efeitos reais se fosse imprevista, visto que, de outra

forma, os agentes agiriam antecipadamente e não haveria efeitos defasados,

uma vez que o aprendizado impediria efeitos mediatos. Os agentes, portanto,

aprenderiam com a experiência, e não seria racional a ocorrência de erros

sistemáticos. Com base nestas críticas, foi construída a Hipótese das

Expectativas Racionais (HER). 

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c) Expectativas racionais;

d) Informação podem ser imperfeita (Lucas), mas não assimétrica.

2) Quanto aos Mercados:

a) Market-clearing em todos os mercados;

b) Concorrência perfeita em todos os mercados

Duas vertentes principais explicam o Novo-clássica, sendo elas os

Modelos de informação imperfeita e de ciclos monetários de negócios.

• Informação imperfeita quanto aos preços dos bens. Os

indivíduos têm mais informação a respeito dos preços dos

bens que eles produzem do que com respeito aos preços dos

bens que eles consomem. Dessa forma, eles confundem

movimentos no nível geral de preços com movimentos nos

preços relativos (problema de extração de sinal);

• Um choque monetário não antecipado gera um aumento no

nível geral de preços que é interpretado pelos agentes

econômicos como sendo em parte uma mudança nos preços

relativos.

6.4 Análise de Determinação da Renda, a relação entre os grandes

agregados e os ciclos econômicos e a concepção Novokeynesiana

Trata-se do ressurgimento do Keynesianismo na segunda metade dos anos

80. O termo “Keynesiano” refere-se simplesmente a crença de que as flutuações

econômicas não são a resposta eficiente às variações nas preferências e na

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empresários, ocasionando um aumento na taxa de crescimento de longo prazo,

levará um aumento da participação dos lucros na renda. Aumentando uma parte da

renda sob a forma de lucro, induz os capitalistas a pouparem mais de forma a

restaurar o equilíbrio no mercado de bens;

Modelos de segunda geração: O ajuste entre poupança e investimento é feito

através de variações no grau de utilização da capacidade produtiva. A distribuição

da renda entre salários e lucro é determinada pela política de formação de preços

das firmas, ou seja, pelas suas decisões a respeito do nível de ganho sobre os

custos diretos de produção. A taxa de mark-up (margem de ganho acima dos custos)

é tida como uma variável exógena (variável dependente). Neste modelo de segunda

geração analisamos a determinação da taxa de inflação e analisamos os efeitos

macroeconômicos a respeito da incorporação desses modelos do lado financeiro da

economia;

Modelos de terceira geração:  Este modelo introduz relações não lineares

entre as variáveis macroeconômicas na estrutura básica dos modelos de segunda

geração, de forma a se obter múltiplas posições de equilíbrio. Nesta terceira geração

se dá uma grande importância para propriedades dinâmicas das economias

capitalistas em desequilíbrio. Há algumas deficiências nesta terceira geração, pois

esta classe de modelos não faz, em geral, uma distinção entre o grau desejado e o

grau efetivo de utilização da capacidade produtiva; e quando o faz, considera o grau

desejado de utilização da capacidade produtiva como dado. Há uma perspectiva

possível de avanço nos modelos pós keynesianos de terceira geração, a qual

consiste na análise dos efeitos que o grau de concentração bancária tem sobre adinâmica de longo prazo das economias capitalistas.

E com base nestas exaustivas, mas necessárias informações, podemos dar

por encerrada a aula três.

Destaco que estou à disposição de vocês no fórum de dúvidas.

Um grande abraço, Mariotti

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d) se o regime for de câmbio fixo, tanto a política monetária quanto a política

fiscal exercem influência sobre a renda agregada, já que as taxas de câmbio

real e nominal são iguais.

e) independentemente do regime cambial, a política fiscal é a única capaz de

exercer influência sobre o produto, já que, no modelo, está implícita a hipótese

de que a taxa de inflação é zero.

15 – (ACE/TCU – ESAF/2000) Supondo que haja livre mobilidade de capital,

os efeitos de uma política monetária expansionista em um país sobre o

nível de renda desse país será

a) nenhum, se houver um regime de câmbio flexível.

b)nenhum, se houver um regime de câmbio fixo.

c) positivo, só se houver um regime de câmbio fixo.

d) positivo, não importando qual regime cambial seja adotado.

e) negativo, se houver um regime de câmbio flexível.

16 – (AFC/STN – ESAF/2000) o modelo “ Mundell-Fleming” representa o

modelo IS/LM aplicado a uma pequena economia aberta. Tal modelo

considera o nível de preços fixo e analisa as causas das flutuações da

renda e da taxa de câmbio. Com base nesse modelo, e supondo livre

mobil idade de capital, é correto afirmar que

a) a política fiscal é a mais adequada para estabilizar a renda,

independentemente de o regime ser de taxas fixas ou flexíveis.

b) quando as taxas são flutuantes, a política monetária não exerce qualquer

influência sobre a renda agregada.c) quando as taxas de câmbio são fixas, a política fiscal não exerce não exerce

qualquer influência sobre a renda agregada.

d) quando as taxas de câmbio são fixas, a política monetária é a única capaz de

influenciar a renda agregada.

e) quando as taxas de câmbio são flutuantes, a política fiscal não exerce

qualquer influência sobre a renda agregada.

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e) uma expansão monetária exerce influência sobre a renda, se a economia

trabalha com um regime de taxas de câmbio fixas.

19 – (Fiscal de Rendas/ Séc. Fazenda – FGV/2007) Considere uma

economia aberta, com câmbio flutuante e sob perfeita mobilidade de

capitais. Qual é o impacto de uma política fiscal expansioni sta sobre a taxa

de câmbio e o nível de produção?

a) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção aumenta.

b) A taxa de câmbio se aprecia, e o nível de produção permanece inalterado.

c) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção permanece inalterado.

d) A taxa de câmbio se deprecia, e o nível de produção diminui.

e) A taxa de câmbio permanece inalterada, e o nível de produção aumenta.

20 – (AGENTE FISCAL DE RENDAS /SEC. FAZENDA – FCC/2006) Os setores

real e monetário de uma determinada economia em que o nível geral de preços

é igual a 1 podem ser representados por um modelo IS-LM descrito pelas

equações a seguir:

C = 200 + 0,8 Yd

I = 300 – 2000i

G = 400

T = 400

X = 200

M = 100 + 0,2 Y

Md = 0,25Y – 1.000iMs = 200

Onde:

X = exportações

M = importações

Md = demanda de moeda

Ms = oferta de moeda

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i = taxa unitária de juros nominal

No equilíbrio da economia, 

a) a taxa de juros nominal é de 8%.

b) o nível de renda é 1.500.

c) as importações são 200.

d) o consumo é 1.000.

e) o investimento é 100.

21 - (ECONOMISTA/PETROBRAS – CESGRANRIO/2008) No regime cambial

de taxa flutuante (ou fl exível), uma subida dos juros domésticos

a) tende a desvalorizar a moeda do país.

b) tende a prejudicar as importações.

c) tende a prejudicar as exportações.

d) aumenta o preço dos produtos importados.

e) causa fuga de capitais do país.

22 - (ECONOMISTA/BNDES – CESGRANRIO/2009) No modelo IS-LM-BP com

câmbio fixo e ausência de mobilidade de capital, uma política monetária

expansioni sta fará o produto:

a) ficar inalterado.

b) se contrair.

c) se expandir.

d) se expandir ao nível de pleno emprego.

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Gabarito Comentado:

1 – (AFRFB/SRF – ESAF/2009) Considere o modelo IS/LM sem os casos

clássico e da armadilha da liquidez. É incorreto afirmar que:

a) quanto maior a taxa de juros, menor a demanda por moeda.

b) um aumento da base monetária reduz a taxa de juros.

c) uma política fiscal expansionista reduz a demanda por moeda.

d) quanto maior a renda, maior a demanda por moeda.

e) um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de juros.

Comentários

Essa questão necessita ser resolvida a partir de cada uma das assertivas.

a – Quanto maior a taxa de juros, menor é o interesse dos demandantes de moeda

em tomar recursos emprestados, ou seja, quanto maiores os juros, menor será a

demanda por moeda.

b – O aumento da base monetária significa o aumento da quantidade (da oferta) de

moeda em circulação, o que tende a reduzir o preço da moeda, os juros.

c – A realização de uma política fiscal expansionista (aumento dos gastos do

governo ou redução dos tributos), leva a um aumento da demanda agregada (curva

IS), estimulando o crescimento da produção de bens e serviços. O aumento do nível

da renda leva ao aumento da procura por moeda, promovendo um aumento dos

 juros.

d – A letra “d” está explicada pela resolução da alternativa “c”.e – A letra “e” está explicada pela resolução da alternativa “c”.

Gabarito: letra “ c” .

2  – (AFRFB/SRFB – ESAF/2005)  Não é verdadeiro no modelo IS/LM sem os

“ casos extremos”:

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a) mantidas as condições de equilíbrio do modelo, um aumento no nível geral de

preços tem que ser compensado por uma queda na demanda agregada ou, em

outras palavras, podemos determinar a curva de demanda agregada a partir do

modelo IS/LM.

b) a demanda por moeda aumenta com o aumento da renda, o que explica os

impactos de uma política fiscal expansionista sobre as taxas de juros.

c) um aumento do nível de investimento autônomo eleva a taxa de juros.

d) um aumento dos gastos do governo eleva a taxa de juros.

e) a demanda por moeda aumenta com a taxa de juros. 

Comentários

Na verdade a demanda por moeda diminui diante do aumento das taxas de juros

uma vez que o custo do dinheiro se torna mais alto, estimulando o aumento da

poupança.

Gabarito: letra “e”.

3 - Fiscal de Rendas/Séc. Fazenda – FGV/2007) Suponha que as seguintes

equações descrevam o comportamento da economia no curto prazo:

C = 0,8(1 – t)Y

t = 0,25

I = 900-50i

G = 800L = 0,25Y – 62,5i

M/P = 500

Notação: C é o consumo agregado, t é a taxa de imposto sobre a renda, Y é a

renda, I é o investimento pr ivado, i é a taxa de juros, G é o gasto do governo, L

representa a demanda por moeda e M/P é a oferta de moeda. Dessa forma,

pode-se afirmar que a renda de equil íbrio nessa economia será: 

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a) 1.500.

b) 2.000.

c) 2.500.

d) 3.000.

e) 3.500.

Comentários

Essa questão faz referência as equações da curva IS e da curva LM. No caso desta

última, sua formação se dá em função da relação entre a oferta e a demanda por

moeda.

Com isso, deve-se encontrar a renda de equilíbrio, obtida por meio da igualdade

entre a oferta e a demanda por moeda.

L = 0,25Y – 62,5i

M/P = 500

500 = 0,25Y - 62,5i

Y = 2000 + 250i

Posteriormente, deve-se obter a renda de equilíbrio por meio da formação da curva

IS:

Y = 0,8(1 – 0,25)Y + 900 – 50i + 800

Y = 0,6Y + 900 – 50i + 800

0,4Y = 1700 – 50i

y = 4250 – 125i

Igualando-se as equações da LM e da IS, temos a seguinte taxa de juros de

equilíbrio:

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liquidez"; a curva IS é dada pelo "modelo keynesiano simplificado" supondo

que os investimentos não dependam da taxa de juros. Com base nestas

informações, é incorreto afirmar que:

a) aumento nos investimentos autônomos eleva o produto.

b) uma política monetária contracionista reduz o produto.

c) um aumento no consumo autônomo eleva o produto.

d) uma elevação nas exportações eleva as taxas de juros.

e) uma política fiscal expansionista eleva as taxas de juros.

Comentários

Vale lembrar   no modelo keynesiano simplificado a curva IS é vertical, em que a

variável investimento não depende da taxa de juros, de tal modo que uma política

monetária contracionista não altera o produto da economia.

Gabarito: letra “ b” .

6 – ((EPPGG/MPOG – ESAF/2002) A demanda real de moeda e expressa por

(M/P) = 0,3Y – 40r, onde Y representa a renda real e r a taxa de juros. A curva IS

é dada por Y = 600 – 800r, a renda real de pleno emprego é de 400, enquanto o

nível de preços se mantém igual a 1. Indique o valor da oferta de moeda

necessário para o pleno emprego.

a) 80

b) 90

c) 100d) 110

e) 120

Comentários

O primeiro objetivo desta questão é obter a taxa de juros de equilíbrio. A forma ideal

de fazer isso é igualar a renda de pleno emprego à curva IS. Sendo assim, temos:

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80

400 = 600 – 800r

r = 200/800 = 0,25 ou 25%

A partir deste dado deve-se lembrar que em equilíbrio a oferta de moeda é igual à

demanda por moeda. Como temos disponível na questão a fórmula da demanda por

moeda, fica fácil encontrarmos também o valor da oferta de moeda. Senão vejamos:

(M/P) = 0,3Y – 40r

(M/P) = 0,3(400) – 40(0,25)

(M/P) = 110

Gabarito: Letra “ d” .

7 – (APO/MPOG – ESAF/2008) Com relação à política monetária, identifique a

única opção incorreta.

a) A política monetária apresenta maior eficácia do que a política fiscal quando o

objetivo é uma melhoria na distribuição de renda.

b) Se o objetivo é o controle da inflação, a medida apropriada de política monetária

seria diminuir o estoque monetário da economia, como, por exemplo, o aumento da

taxa de reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos

comerciais devem colocar à disposição do Banco Central).

c) A política econômica deve ser executada por meio de uma combinação adequada

de instrumentos fiscais e monetários.d) Uma vantagem, freqüentemente apontada, da política monetária sobre a fiscal é

que a primeira pode ser implementada logo após a sua aprovação, dado que

depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto que a

implementação de políticas fiscais depende de votação do Congresso.

e) A política monetária refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de

moeda e títulos públicos.

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Resolução:

Trata-se pois de mais uma pergunta melhor relacionada às finanças públicas do que

à economia. De todo modo, considerando a possível vertente a que a assertiva

possa fazer referência, cabe a aplicação desta questão.

A política monetária não consegue diferenciar que parte da população será mais ou

menos atingida com a sua adoção. O aumento da oferta de moeda se dissemina

sobre o sistema financeiro, sendo alocado para a população tomadora de crédito,

sem relação direta com a distribuição da renda gerada em função do aumento do

consumo derivado da maior oferta de moeda.

No caso da política fiscal, o governo pode direcionar a sua aplicação de forma a

estimular as classes de menor poder aquisitivo, gerando como contrapartida a

melhoria da distribuição da renda. É o caso por exemplo da própria tabela de

imposto de renda, que visa tributar menos aqueles que ganham menos.

Gabarito: Letra “ a” .

8 – (ECONOMISTA/DNOCS – FCC/2010) No modelo IS-LM para uma economia

fechada, se a curva IS e a curva LM apresentam declividades normais e a

economia estiver em equilíbrio, mas com desemprego, um aumento da oferta

de moeda provocará no curto prazo, tudo o mais permanecendo constante,

a) deslocamento da curva LM para a esquerda e aumento da taxa de desemprego.

b) deslocamento da curva IS para a direita e diminuição da taxa de desemprego.

c) diminuição da renda de equilíbrio e aumento da taxa de desemprego.d) deslocamento da curva IS para a esquerda e aumento da renda de equilíbrio.

e) deslocamento da curva LM para a direita e aumento da renda de equilíbrio.

Comentários

Conforme já destacado, um ponto fundamental para que as políticas econômicas

sejam ativas e gerem impactos positivos sobre a economia é a de que exista

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desemprego dos fatores de produção. Adicionalmente, destaca-se que o aumento

da oferta de moeda constitui uma política monetária expansionista, representada

pelo deslocamento da curva LM para a direita. Este deslocamento configura-se na

redução dos juros e no aumento da renda de equilíbrio.

Gabarito: Letra “ e” .

9 - (ECONOMISTA/INFRAERO – FCC/2009) Considere uma economia em que a

taxa de juros é endógena. Se o objetivo do governo for estimular

investimentos e tanto a demanda por moeda quanto a demanda por

investimentos forem elásticas em relação à taxa de juros, um dos

procedimentos de política econômica que poderá ser utilizado é

a) aumentar os impostos diretos.

b) diminuir os gastos do governo e os impostos no mesmo montante.

c) resgatar títulos públicos no mercado aberto.

d) conceder subsídios aos importadores.

e) recolher parte do papel moeda em circulação.

Comentários

Repare que a questão não fala de elasticidade infinita da demanda por moeda em

relação à taxa de juros nem tão quanto de elasticidade infinita do investimento em

relação ao investimento. Assim sendo, tanto a curva IS quanto a curva LM não

devem ser vertical nem tão quanto horizontal. Trata-se pois da análise simples do

modelo IS/LM de uma economia fechada, sendo esta última conclusão derivada dofato de que a própria questão não fala de taxa de câmbio, condição necessária,

conforme veremos, para afirmarmos que estamos diante de uma economia aberta.

Dentre as opções destacadas nas alternativas dispostas entre as letras “a” e “e”,

temos o seguinte:

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a) O aumento dos impostos caracteriza-se como uma política fiscal contracionista,

uma vez que diminui a renda dos consumidores e, consequentemente, o consumo.

b) segundo a teoria econômica e a comprovação empírica, a redução dos impostos

no mesmo montante da redução dos gastos do governo, leva obrigatoriamente a

redução do PIB.

c) O resgate de títulos públicos leva a expansão da quantidade de moeda em

circulação promovendo um deslocamento da curva LM para a direita e para baixa,

reduzindo a taxa de juros e estimulando o investimento e o PIB.

d) Como estamos diante de uma economia fechada, conclusão embasada

anteriormente, não há que se falar em importações na análise da questão.

e) O recolhimento de parte do papel moeda em circulação significa reduzir a oferta

de moeda e, consequentemente, aumentar a taxa de juros, impactando diretamente

o investimento e o PIB.

Gabarito: Letra “ c” .

10 - (ECONOMISTA/MPU – FCC/2007) No modelo IS-LM para uma economia

fechada, o efeito de uma política fiscal contracionista praticada pelo governo

é:

a) aumento da taxa de juros e da renda real de equilíbrio.

b) aumento da taxa de câmbio e da taxa de juros.

c) diminuição da taxa de juros e da renda real de equilíbrio.

d) diminuição da taxa de juros e aumento da renda real de equilíbrio.

e) diminuição da renda real de equilíbrio e aumento da taxa de juros.

Comentários

Uma política fiscal contracionista pode se dar por meio ou da redução dos gastos do

governo ou pelo aumento da tributação. Dessa forma, considerando que estamos

tratando de uma economia fechada, uma política fiscal expansionista tende a

aumentar a renda real de equilíbrio e a taxa de juros. Sendo assim, o efeito de uma

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política fiscal contracionista só poderá levar à redução da renda real e da própria

taxa de juros.

Gabarito: Letra “ c” .

11 – (EPS/SEPLAG – CEPERJ/2009) As afirmativas se referem ao modelo IS-

LM, para uma economia fechada, estando incorreta a seguin te:

a) através de combinação de políticas caracterizada por expansão fiscal e expansão

monetária, é possível o nível de renda mantendo a taxa de juros constante.

b) Em uma situação de “armadilha da liquidez”, uma expansão fiscal é capaz de

elevar o nível de renda agregada.

c) Quanto maior a propensão marginal a consumir, maior é o efeito do aumento dos

gastos do governo sobre o nível de renda agregada.

d) Quanto maior a elasticidade do investimento em relação à taxa de juros, maior é o

efeito de uma contração monetária sobre a taxa de juros.

e) Quanto maior a elasticidade de demanda de moeda em relação à taxa de juros,

maior é o efeito da expansão monetária sobre o nível de renda agregada.

Comentários

Essa questão engloba praticamente toda a matéria estudada anteriormente.

Vejamos cada uma das alternativas:

a) A realização de uma política fiscal expansionista, via aumento de gastos, estimula

o aumento do produto do PIB. A conseqüência negativa deste aumento é derivadado aumento da taxa de juros, uma vez que a demanda por moeda, devido às novas

transações, aumentou, mas a oferta de moeda permaneceu constante. Em conjunto

com a política fiscal, uma política monetária expansionista fará com que ocorra um

aumento da quantidade de moeda em circulação, reduzindo a taxa de juros e

aumentando, ainda mais, o PIB.

b) A armadilha da liquidez se caracteriza pela situação em que a política monetária é

ineficiente no sentido do aumento da renda. Diante desta situação, conforme

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defendido por Keynes, a única forma de promover estímulos na demanda agregada

será por meio do aumento dos gastos do governo, os quais caracterizam uma

política fiscal expansionista.

c) A propensão marginal a consumir reflete qual a fração da renda o consumidor

gasta com a compra de bens e serviços. Na medida em que o governo realiza

gastos em um determinado setor econômico, este tende a ser estimulado, gerando

renda aos trabalhadores. Diante do aumento da renda, estes trabalhadores

consumiram mais bens e serviços. Naturalmente, com o aumento da propensão

marginal a consumir, maior será o efeito do aumento dos gastos por todo o processo

econômico.

d) O investimento é diretamente dependente da taxa de juros. Na medida em que os

 juros sobem, os impactos sobre os níveis de investimento tendem a ser maiores em

função do quanto mais elástico é o próprio investimento (sensibilidade deste). O

conceito de contração monetária associa-se à retirada de dinheiro de circulação.

Com a diminuição da oferta de fundos emprestáveis frente uma mesma demanda, é

natural a subida dos juros. Partindo do entendimento de que um grande número de

empresas tomam capital emprestado para realização de investimentos, maior passar

o custo para estas mesmas empresas. Assim sendo, quanto maior for a elasticidade

(a reação das empresas ao aumento dos juros), maior será o impacto negativo sobre

o investimento.

e) Essa alternativa é um pouco mais chatinha de ser interpretada. A situação

descrita na assertiva refere-se ao caso denominado de armadilha da liquidez, em

que a curva LM é horizontal, ou seja, infinitamente elástica. Conforme verificado, a

curva LM é formada pela oferta e pela demanda por moeda. No caso da oferta de

moeda, ela é totalmente inelástica, uma vez que a quantidade de moeda emcirculação é meramente definida pelo BACEN. Uma demanda totalmente elástica é

aquela em que pequenas variações nas taxas de juros, por exemplo, para baixo,

podem aumentar infinitamente a demanda por moeda. De todo modo, no caso em

foco, em que estímulos via aumento da oferta monetária não são eficazes para que

os agentes econômicos consumam mais, a demanda por moeda pelo motivo

transação da moeda é nulo, prevalecendo apenas o motivo especulação, em que os

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a) Conforma já verificado, no caso da armadilha da liquidez a demanda por moeda é

totalmente elástica em relação à taxa de juros.

b) É o caso da total eficácia da política fiscal, uma vez que a política monetária não

gera estímulos em termos de aumento da renda.

c) Conforme dito acima, o aumento do gasto leva ao aumento da renda.

d) A taxa de juros se mantém constante (não muda de patamar).

e) Gabarito da questão, a demanda por moeda é infinitamente elástica em relação à

taxa de juros.

Gabarito: Letra “ e” .

13 – (APO/MPOG – ESAF/2010) Com relação a regimes cambiais, não é correto

afirmar que:

a) o regime de flutuação das moedas com intervenções esporádicas dos Bancos

Centrais para amenizar as oscilações especulativas das taxas de câmbio é chamado

de flutuação suja (dirty floating).

b) a taxa de câmbio nominal é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um

país pelos bens e serviços de outro país.

c) a teoria da paridade do poder de compra afirma que uma unidade de qualquer

moeda dada tem que poder comprar a mesma quantidade de bens em todos os

países.

d) no regime de taxas puramente flutuantes, o Banco Central nem compra nem

vende moedas estrangeiras, a taxa de câmbio oscila ao sabor das forças de

mercado.

e) a grande vantagem do regime de taxas de câmbio fixas é facilitar a tomada dedecisões pelos agentes econômicos.

Comentários

O que determina a variação no valor da moeda estrangeira em relação à moeda

nacional é a oferta e a demanda por dólares. A oferta de dólares representa o total

de divisas estrangeiras à disposição do país. A origem da entrada de dólares é

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advinda da exportação de mercadorias e serviços, dos empréstimos, financiamentos

e investimentos estrangeiros realizados no país. A característica peculiar do dólar é

que esta é a principal moeda de negociação internacional, devido especialmente ao

tamanho da economia americana e a relativa estabilidade da moeda estrangeira.

A demanda de divisas é exatamente o caso contrário da oferta. As importações de

bens e serviços, as viagens internacionais, os empréstimos e investimentos

realizados no exterior são as motivações de demanda por moeda estrangeira dentro

da economia nacional. Assim, partindo-se da relação entre oferta e demanda por

moeda estrangeira podemos derivar o seguinte gráfico, em que no eixo das

abscissas encontra-se a quantidade de moeda estrangeira e no eixo das ordenadas

a taxa de câmbio de negociação.

Pode-se definir que a taxa de câmbio em questão é a taxa nominal (e), ou seja, a

taxa que simplesmente demonstra quantos reais são necessários para comprar uma

unidade de dólar dentro do país.

A taxa de câmbio real demonstra a relação entre os preços de um mesmo bem em

duas economias distintas, uma nacional e outra estrangeira. Matematicamente

podemos representar a taxa de câmbio real por “E”, sendo o seu resultado derivado

da relação existente entre a taxa de câmbio nominal por “e”, o preço do bem

no país estrangeiro “P*” e o preço do bem nacional “P”. Sendo assim, tem-se

que:

Quantidade de divisas

Taxa de câmbio

ODIVISAS

q*

DDIVISAS

e*

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E = e.P*/P

Pelo exposto até aqui e, em relação ao gabarito da questão, temos que a taxa decâmbio real é a taxa à qual se pode trocar os bens e serviços de um país pelos

bens e serviços de outro país. Ela de fato demonstra se é interessante para o país

comprar ou vender um determinado produto ou serviço ao exterior. Senão vejamos:

Imaginemos que a taxa de câmbio nominal que equilibra o mercado de divisas seja

igual a 2,25 reais por dólar e que um determinado bem, por exemplo, soja, custe 20

reais no Brasil e 8 dólares nos Estados Unidos. Nessas condições temos

determinada a seguinte taxa real de câmbio:

E = 2,25 x 8 / 20 = 0,9

Conforme se verifica, o preço da soja em reais nos EUA é de R$ 18,00, ou seja, dois

reais a menos do que o preço da soja no Brasil. Nestas condições, abstraindo-se os

custos de transação envolvidos (frete, seguro, etc.), o Brasil seria importador de soja

dos EUA.

Gabarito: letra “ b” .

14 – (AFRF/SRF – ESAF/2000) Considere o modelo IS/LM com as seguintes

hipóteses: I) economia pequena e aberta; II) livre mobilidade capitais; III)

taxa de câmbio nominal igual à taxa de câmbio real. Suponha que a

autoridade econômica disponha de dois tradicionais instrumentos de

política econômica. Pode-se então afirmar que

a) os impactos de um e outro instrumento sobre a renda agregada dependem do

regime cambial adotado no modelo.

b) ambos os instrumentos exercem impactos sobre a renda, independentemente

do regime cambial adotado, já que as taxas de câmbio real e nominal são

iguais.

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c) independentemente do regime cambial, a política monetária é a única capaz

de exercer influência sobre o produto, já que se verifica uma situação de total

estabilidade nos preços internos.

d) se o regime for de câmbio fixo, tanto a política monetária quanto a política

fiscal exercem influência sobre a renda agregada, já que as taxas de câmbio

real e nominal são iguais.

e) independentemente do regime cambial, a política fiscal é a única capaz de

exercer influência sobre o produto, já que, no modelo, está implícita a hipótese

de que a taxa de inflação é zero.

Comentários

Conforme verificamos, diante de um regime de taxa de câmbio fixa somente a

política fiscal é eficiente no sentido de estimular o crescimento do produto ou

renda. Já no regime de câmbio flexível ou flutuante, apenas a política monetária

é eficiente no sentido de estimular o crescimento do produto.

Gabarito: letra “ a”.

15 – (ACE/TCU – ESAF/2000) Supondo que haja livre mobilidade de capital,

os efeitos de uma política monetária expansionista em um país sobre o

nível de renda desse país será

a) nenhum, se houver um regime de câmbio flexível.

b)nenhum, se houver um regime de câmbio fixo.

c) positivo, só se houver um regime de câmbio fixo.d) positivo, não importando qual regime cambial seja adotado.

e) negativo, se houver um regime de câmbio flexível.

Comentários

A resposta se baseia na própria explanação da questão 14.

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C = 200 + 0,8 Yd

I = 300 – 2000i

G = 400

T = 400

X = 200

M = 100 + 0,2 Y

Md = 0,25Y – 1.000i

Ms = 200

Onde:

X = exportações

M = importações

Md = demanda de moeda

Ms = oferta de moeda

i = taxa unitária de juros nominal

No equilíbrio da economia, 

a) a taxa de juros nominal é de 8%.

b) o nível de renda é 1.500.

c) as importações são 200.

d) o consumo é 1.000.

e) o investimento é 100.

Comentários

Essa questão é muito parecida com a resolução da questão 9 da primeira parte da

aula. Faz referência também às equações da IS e da curva LM, mas agora para uma

economia aberta.

Primeiramente devemos encontrar a renda de equilíbrio, obtida por meio da

igualdade entre a oferta e a demanda por moeda.

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Md = 0,25Y – 1.000i 

Ms = 200

Igualando a demanda de moeda à oferta de moeda, temos:

200 = 0,25Y – 1000i

0,25Y = 200 + 1000i x (4)

Realizamos a multiplicação de todos os termos por “4” para encontrarmos “Y”.

Y = 800 + 4000i (LM)

Posteriormente, deve-se obter a renda de equilíbrio por meio dos componentes que

formam a curva IS:

C = 200 + 0,8 Yd

I = 300 – 2000i

G = 400

T = 400

X = 200

M = 100 + 0,2Y

Y = 200 + 0,8(Y - T) + 300 – 2000i + 400 + 200 – 100 – 0,2YY = 200 + 0,8(Y - 400) + 300 – 2000i + 400 + 200 – 100 – 0,2Y

Y = 200 + 0,8Y - 320 + 300 – 2000i + 400 + 200 – 100 – 0,2Y

Y = 0,6Y + 680 – 2000i

0,4Y = 680 – 2000i x (2,5)

Y = 1700 – 5000i (IS)

Igualando-se as equações da LM e da IS, temos a seguinte taxa de juros de

equilíbrio:

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Y = 800 + 4000i (LM)

Y = 1700 – 5000i (IS)

800 + 4000i = 1700 – 5000i

900 = 9000i

i = 0,1 ou 10%

Substituindo a taxa de juros em qualquer uma das duas equações, temos a seguinte

renda de equilíbrio:

LM = 800 – 4000 (0,1) = 400

I = 300 – 2000i

I = 100 = gabarito

Gabarito: letra “e”.

21 - (ECONOMISTA/PETROBRAS – CESGRANRIO/2008) No regime cambial

de taxa flutuante (ou fl exível), uma subida dos juros domésticos

a) tende a desvalorizar a moeda do país.

b) tende a prejudicar as importações.

c) tende a prejudicar as exportações.

d) aumenta o preço dos produtos importados.

e) causa fuga de capitais do país.

Comentários

Um aumento dos juros domésticos tende a promover uma entrada maciça de

capitais, o que, no regime de câmbio flutuante, tende a apreciar a moeda

nacional. A apreciação da moeda nacional tende a desestimular as exportações

uma vez que menor será a quantidade de bens e serviços nacionais que a

moeda estrangeira poderá comprar do país.

Gabarito: letra “ c” .

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CURSO ON-LINE – ECONOMIA P/ INSPETOR E ANALISTA DE MERCADO DECAPITAIS DA CVM

PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

97

22 - (ECONOMISTA/BNDES – CESGRANRIO/2009) No modelo IS-LM-BP com

câmbio fixo e ausência de mobilidade de capital, uma política monetária

expansioni sta fará o produ to:

a) ficar inalterado.

b) se contrair.

c) se expandir.

d) se expandir ao nível de pleno emprego.

Comentários

A abordagem desta questão foi feita na aula. Reproduzimos literalmente:

“Um destaque importante a ser feito referente à efetividade da política monetária em

um regime de câmbio fixo é o de que quando a mobilidade de capital é nula

(totalmente imperfeita (BP vertical)), o resultado da política monetária será

positivo. Esta situação acaba por caracterizar uma economia fechada, em que os

impactos da política monetária são positivos sobre a renda, conforme visto por nós

anteriormente. Para que fique claro para vocês, como não há qualquer mobilidade

de capital, entende-se que o BP está em equilíbrio, não sendo necessário sequer a

sua representação no gráfico.”

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