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ECONOMIA INTERNACIONAL Introdução
Prof. Reginaldo Brito Economia Internacional. Paul R. Krugman, Maurice Obstfeld, Mark J. Melitz. São Paulo : Pearson Education do Brasil, 2015.
Economia Internacional. Armando João Dalla Costa, Elson Rodrigo de Souza Sabtos. Curitiba : InterSaberes, 2012.
Introdução à Economia. N. Gregory Mankiw. São Paulo: Cengagi Learning. 2009.
Economia Internacional é o fenômeno que estrutura a cooperação entre países, num sistema de interdependência entre as várias áreas onde a Economia Mundial influencia a política, o comércio, a saúde, as populações, a sociedade e o meio ambiente, entre outros fatores fundamentais para o ser humano contemporâneo.
Didaticamente, a Economia Internacional é parte dos estudos de Ciência Política e Relações Internacionais. Seu principal objetivo será o estudo da estruturação das relações econômicas globais .
DAVID HUME (1711-1776) Filósofo e historiador escocês
Do equilíbrio das negociações – 1758
ADAM SMITH (1723-1790) Filósofo e economista escocês
A riqueza das nações - 1776
18 anos
A economia de hoje teve inicio com o estudo do comércio e das finanças internacionais. Historiadores do pensamento econômico costumam descrevem o ensaio Do equilíbrio das negociações, de Hume, como a 1ª exposição real de um modelo econômico.
O comércio internacional (3 perguntas indispensáveis):
1. O porquê da especialização das nações? 2. Porque os países mantêm relações comerciais entre si? 3. Porque o comércio internacional afeta a distribuição de renda e o
nível de bem estar das nações?
Os debates sobre a política mercantil britânica no começo do século XIX tiveram grande contribuição para converter a economia de um campo informal e discursivo para uma disciplina orientada por modelos, como se tornou desde então. Contudo, o estudo da economia internacional nunca foi tão importante quanto agora.
O Great Eastern foi um dos maiores navios construído em todo o século XIX.
Navio típico do século XV
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O mercantilismo era mais um doutrina política do que uma teoria econômica, com objetivos não só econômicos como também político-estratégicos. Na visão mercantilista uma nação seria tanto mais rica quanto maior fosse sua população e seu estoque de metais preciosos.
Ainda considerava 3 pressupostos: 1. Intenso protecionismo Estatal com
intervenção na economia; 2. Fortalecimento do poder militar para o
Estado; 3. Acúmulo de riquezas (ouro e prata) para a
burguesia (em contraposição à posse de terras pela Igreja e pela nobreza).
Houve uma série de princípios comuns que orientaram a política econômica mercantilista, particularmente no que diz respeito ao comércio com outras nações. Os principais traços da política mercantilista foram:
1. 2. 3. 4. 5. 6.
O metalismo; A balança comercial favorável; O protecionismo alfandegário; A intervenção do Estado na ordem econômica; O monopólio e; O colonialismo.
TEMAS DA ECONOMIA INTERNACIONAL A SEREM TRATADOS: 1) Ganhos decorrentes do comércio; 2) Padrão de comércio; 3) Protecionismo; 4) Equilíbrio dos pagamentos;
5) Determinação da taxa de câmbio; 6) Coordenação da política internacional e; 7) Mercado de capitais internacional.
1) Ganhos decorrentes do comércio
O comércio é bom para todos: “O comércio permite que as pessoas se especializem na atividade em que são melhores, seja ela a agri-cultura, a costura ou a construção. Ao comerciar com os outros, as pessoas podem comprar uma maior variedade de bens e serviços a um custo menor” - MANKIW, p. 9.
1) Ganhos decorrentes do comércio (EXTRA)
Segundo publicação de Croline, em um artigo de 1985, vários antropó-logos têm apontado que o escambo nunca foi testemunhada por pes-quisadores que viajaram para partes subdesenvolvidas do mundo.
Sobre o Escambo: “Nenhum exemplo de uma economia de escambo, pura e simples, já foi descrito, e muito menos o aparecimento de dinheiro a partir dela [...] Toda etnografia disponível sugere que nunca houve tal coisa”.
Dame Caroline Humphrey (1943) - Antropóloga britânica e acadêmica.
- Fonte artigo de 1985: https://www.jstor.org/stable/2802221?seq=1#page_scan_tab _contents
- Fonte: http://informadordeopiniao.blogspot.com/2016/09/o-mito-da-economia-do-escambo.html
1) Ganhos decorrentes do comércio
Fonte: http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/RN/Anexos/Boletim_rev_Anual_de_Comercio_Exterior_2016_.pdf
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1) Ganhos decorrentes do comércio
Segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a agroindústria é responsável por 7 entre os 10 produtos da lista. Os valores são correspondentes ao período janeiro/maio de 2017, com receitas e participação nas exportações totais do país. Confira!
http://bmundi.com.br/quais-os-produtos-mais-exportados-pelo-brasil
2) O padrão do comércio
“[...] o padrão de comércio internacional — quem vende o que para quem — tem sido uma preocupação maior dos economistas internacionais. Alguns aspectos do padrão do comércio são fáceis de serem entendidos [...] Contudo, a maior parte do padrão do comércio é muito sutil.”- KRUGMAN, p. 4.
2) O padrão do comércio
Segundo David Ricardo, todos os países apresentam alguma vantagem, seja ela natural ou artificial. A valorização dessa vantagem é que determinará o produto que poderá ser desenvolvido com menor custo. Ricardo defende a livre concorrência, sem a interferência do Estado.
David Ricardo (1772 - 1823) economista e político britânico. “Sucessor de Adam Smith”
Atualmente as relações de importa-
ção e exportação são importantes
para a economia de um país?
https://www.gazetadopovo.com.br/agronegocio/mercado/arabia-saudita-veta-frigorificos-brasileiros-declaracoes-de-bolsonaro-nao-ajudaram-5m16lxv352zispd8lvg3dcuks/
https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2018/09/04/brasil-pode-ser-2o-maior-exportador-de-algodao-em-201819-dizem-produtores.ghtml
2) O padrão do comércio
3) Protecionismo
30 nov 18 - Os EUA, o Canadá e o México assinaram, em Buenos Aires, a autorização para o novo acordo de comércio entre os três países, que substitui o antigo Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte). O novo tratado, agora chamado de U.S.-Mexico-Canada Agreement , foi apresentado pelos presidentes Donald Trump e Enrique Pefia Nieto e o primeiro-ministro Justin Trudeau. Boa parte dos itens, porém, ainda precisa passar pelas equipes técnicas dos três países e pelos respectivos congressos.
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/11/eua-mexico-e-canada-assinam-autorizacao-para-novo-nafta.shtml
3) Protecionismo
“Alguns aspectos do padrão do comércio são fáceis de serem entendidos. Clima e recursos explicam com clareza por que o Brasil exporta café e a Arábia Saudita exporta petróleo. Contudo, a maior parte do padrão do comercio é muito sutil.” - KRUGMAN, p. 4.
O NAFTA, atualmente U.S.-Mexico-Canada Agreement, é um acordo de livre comércio dos EUA, Canadá e México criado (de fato) em 1994, objetiva:
a. O fortalecimento das relações comerciais entre esses países;
b. Enfrentar a concorrência dos mercados europeu e especialmente o asiático;
c. Livre comércio; d. Aumentar a exportação
e. Aquecer a economia; f. Eliminar barreiras alfandegárias; g. Reduzir custos comerciais; h. Maior integração dos países; i. Aumentar as oportunidades de
investimentos; j. Diminuir a entrada de imigrantes
ilegais.
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3) Protecionismo
https://www.mercosur.int/pt-br/ http://www.naftanow.org/
https://ustr.gov/ https://europa.eu/european-union/index_pt
4) Equilíbrio dos pagamentos
Balança comercial é um termo usado para descrever a relação entre a importação e exportação de bens para uma determinada nação. Para a economia nacional, essa relação será melhor quanto mais for positiva.
DEFICIT SUPERAVIT
4) Equilíbrio dos pagamentos
https://g1.globo.com/economia/noticia/balanca-comercial-tem-superavit-us-67-bilhoes-em-2017-o-maior-em-29-anos.ghtml
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-01/ministerio-estima-em-us-50-bilhoes-superavit-da-balanca-comercial-em-2018
5) Determinação da taxa de câmbio
“Uma diferença fundamental entre a economia internacional e outras áreas da economia é que os países geralmente têm suas próprias moedas* [...] Antes da Primeira Guerra Mundial, os valores das princi-pais moedas do mundo eram fixados com base no ouro.” - KRUGMAN, p. 5.
Yuan - China Rublo - Rússia
Após a 2º Guerra
Mundial, o US$
passou a ser a
referência para as
principais moedas,
uma espécie de
“moeda universal
de referência”.
6) Coordenação política internacional
“A economia internacional abrange as nações soberanas [...] Infe-lizmente, em uma economia mundial integrada, as políticas econô-micas de um país costumam afetar igualmente outros países [...] Um problema fundamental na economia internacional é determinar como produzir um grau aceitável de harmonia entre o comércio interna-cional e as políticas monetárias dos diferentes países, na ausência de um governo mundial que diga aos países o que eles devem fazer. ” – KRUGMAN, p. 6.
6) Coordenação política internacional
foram publicados nesta terça-feira, 11/12, pela OMC, que destaca uma proli-feração do protecionismo pelo mundo e alerta os países para que tomem iniciativas para ‘desescalar’ a tensão. No total, o governo de Michel Temer adotou 16 medidas para facilitar o comércio, incluindo reduções de tarifas de importação [...]”
Fonte: https://www.infomoney.com.br/mercados/noticia/7810657/brasil-foi-o-pais-que-mais-abriu-seu-mercado-em-2018-diz-omc
“O Brasil foi o país que mais medidas adotou para abrir seu mercado a produtos estrangeiros, entre outubro de 2017 e outubro de 2018. Os dados
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7) Mercado de capital internacional
Com a crise imobiliária nos EUA em 2007, “[...] a Europa rapidamente também teve problemas no mercado imobiliário. E embora esses problemas tenham ocorrido no sul [da Europa], logo tornou-se aparente que muitos bancos europeus do norte — como os bancos da Alemanha que haviam emprestado dinheiro para os da Espanha — também ficaram expostos às consequências financeiras” – KRUGMAN, p. 6.
7) Mercado de capital internacional
Fonte: https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,crise-imobiliaria-dos-eua-derruba-bolsas-mundiais,24490b -
Fonte: https://www.dw.com/pt-br/crise-financeira-norte-americana-repercute-na-europa/a-3200766 - 18 março 2008
7) Mercado de capital internacional
1. Em 2007 nos EUA, investidores compraram segu-ros tendo como garantia hipotecas.
2. Muito dinheiro no mercado, preços das hipotecas subiram gerando inadimplência.
3. Investimentos lastreados por hipotecas toraram-se de alto risco...
4. Para se desfazer da dívida, pessoas vendem imóveis mas baratos. Preço cai...Inadimplência!
5. Muitas apólices perten-ciam aos bancos. Problemas para os bancos.
6. Bancos europeus investiram...
“A ciência econômica da economia internacional pode ser subdividida em dois subcampos amplos: o estudo do comércio internacional e o estudo monetário internacional. A análise do comércio internacional enfoca primariamente as transações reais na economia internacional, ou seja, as transações envolvendo o movimento físico de mercadorias ou um compromisso tangível de recursos econômicos. A análise mone-tária internacional enfoca a face monetária da economia internacional, ou seja, transações financeiras como compras estrangeiras de dólares americanos [...] No mundo real, não existe uma linha divisória simples entre os problemas comerciais e monetários. [...] ” – KRUGMAN, P. 7.
“Um exemplo de um problema de comércio internacional é o conflito entre os Estados Unidos e a Europa sobre as exportações subsidiadas de produtos agrícolas da Europa” – KRUGMAN, P.7.
“[...] um exemplo de um problema monetário inter-nacional é a disputa entre a opinião de que se deve deixar que o valor do câmbio estrangeiro do dólar flutue livremente ou de que ele seja estabilizado por ação governamental” – KRUGMAN, P.7.
Alguma dúvida?