aula 4 (flora intestinal)

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  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    ndice da parte referente aos alimentosfuncionais

    1. Um conceito cientfico e uma estratgia de desenvolvimento2. Os alimentos funcionais e a luta contra as doenas cardiovasculares3. A importncia nutricional dos cidos graxos poliinsaturados :

    necessidade de desenvolver alimentos funcionais

    4. Os alimentos funcionais destinados a modelar a funo intestinal5. Os alimentos que oferecem uma defesa contra as espcies reativas do

    oxignio6. Os alimentos que permitem reduzir o risco de cnceres

    7. Desenvolvimento de alimentos funcionais a partir da matriagordurosa do leite de ruminantes8. A questo da comunicao junto ao consumidor

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    O intestino grosso

    Lembrana anatmica:

    Comprimento: 1,5 m

    Dimetro: 6 cm

    4 partes:

    cego (6 cm)

    apndice (8 cm) clon

    ascendente transversal descendente

    sigmidal reto (20 cm)

    canal anal (3 cm)

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    O intestino grosso

    Lembrana histolgica:

    Clula em forma de

    colunas

    absoro

    Clula em forma de copo

    Secreo de muco

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    O intestino grosso Funes:

    Fim da absoro (gua!!!, eletrlitos; ) Sntese de certas vitaminas pela flora (B12, K, )

    Formao das fezes

    Expulso das fezes

    Componente mecnico da digesto: Regulao da abertura do esfncter leocegal

    o peristaltismo aumenta em conseqncia a um reflexo post-prandial

    a gastrina estimula a abertura

    a distenso do cego estimula o fechamento

    Movimentos no clon

    Progresso regular

    descarga 3 a 4 vezes/dia (Reflexo post-prandial)

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    O intestino grosso

    Componente qumico da digesto: ao das bactrias

    Fermentao dos carboidratos produo de gases (H

    2, CO

    2, CH

    4)

    eliminados pelo nus ou pelos pulmes (por intermdio do sangue)

    produo de cido lctico e de cidos graxos volteis

    Fermentao dos lipdeos: pouco conhecida

    Degradao das protenas em aminocidos

    produo de aminas por decarboxilao

    produo de NH3=> sangue => fgado => uria

    Caso do triptofano => indol e metil-indol (escatol)

    Caso da cistena => mercaptanos (CH3-SH; CH

    3-CH

    2-SH)

    reduo final em CH4e H

    2S

    Decomposio da bilirrubina: cor das fezes

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Papis da microflora intestinal :

    1. Barreira contra invaso do trato gastro-intestinalpor bactrias patognicas

    2. Recuperao da energia dos carboidratos no

    digeridos no trato superior=> AGV como o butirato

    3. Produo de vitaminas (K + grupo B)

    4. Formao das matrias fecais5. Estmulo do sistema imunolgico

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Poliosdeos complexos fragmentos

    Bactrias fibrolticas Bactrias glicolticas

    Produtos intermedirios de fermentao (lactato, succinato...)

    acetato propionato butirato CO2 H2

    Microorganismos hidrogentrofos

    Metangenos

    (CH4)Acetgenos

    (acetato)

    Sulfato-redutores

    (H2S)

    Produtos finais de fermentao

    Processo de fermentao no clon

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Doenas potencialmente influenciadas pormodificaes da flora bacteriana

    1. Infeces gastro-intestinais

    2. Constipao

    3. Irritaes intestinais

    4. Doenas inflamatrias intestinais5. Cncer coloretal

    As bactrias potencialmente benficas so

    principalmente as bifidobactrias e os lactobacilos

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    Estratgia nutricional para melhorar ofuncionamento do clon

    1. Probitico = componente alimentar microbianovivo benfico a sadeMais precisamente: bactrias que sobrevivem ao trnsito

    gastro-intestinal e colonizam o clon em detrimento debactrias menos favorveis

    Resoluo RDC n. 02/2002 :

    microrganismos vivos capazes de melhorar o equilbrio microbianointestinal produzindo efeitos benficos sade do indivduo.

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    2. Pr-bitico = componente alimentar nodigestvel que afeta favoravelmenteo hospede estimulando de formaseletiva o crescimento e/ou a

    atividade de uma ou algumasespcies de bactrias do clondotadas de um potencial paramelhorar a sade do hspede

    3. Simbitico = mistura de probiticos e deprbiticos

    (Gibson & Roberfroid, 1995)

    Estratgia nutricional para melhorar ofuncionamento do clon

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Digesto e absoro dos carboidratoscellulose - glucose polymer linked 14

    OOH

    OH

    CH2OH

    O

    OOH

    OH

    CH2OH

    OOH

    OH

    CH2OH

    OOH

    OH

    CH2OH

    O O O O

    chitin - N-acetylglucosamine polymer linked 14

    OOH

    CH2OH

    O

    O

    OH

    CH2OH

    O

    OH

    CH2OH

    O

    OH

    CH2OH

    O O O O

    HN C CH3

    O

    HN C CH3

    O

    HN C CH3

    O

    HN C CH3

    O

    pectin - galacturonic acid polymer linked 14, partially methylated;some glactose and/or arabinose branches

    O

    OH

    OH

    COOH

    O

    OH

    OH

    COOH

    O

    OH

    OH

    CO CH3

    O

    OH

    OH

    COOH

    O O O OO

    O CH2

    OH

    OH

    O

    HOCH2

    O CH2

    OH

    OH

    HOCH2

    O CH2

    OH

    OH

    HOCH2

    OCH

    2

    OH

    OH

    HOCH2

    O

    O

    O

    O

    inulin - fructose polymer linked 21

    C i i d l d bi i

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Origem humana Resistir a acidez (pH 1,5 do estmago) e a toxicidade biliar

    (concentrao de blis de 4%)Nem todas as linhagens so tolerantes: TESTAR

    Aderir as clulas intestinais epiteliais ecolonizar o tubo

    digestivo, multiplicando-se (B. infantis e B. longum) Entrar em competio com os germes patognicos Produzir agentes antimicrobianos (Inibem Gram + :

    Staphilococcus e Clostridium e Gram -:Salmonella eE. coli)

    Modular o sistema imunolgico Apresentar efeitos demonstrados no Homem Ser aceito de um ponto de vista regulamentar

    Critrios de seleo dos probiticos

    C it i d l d biti

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    Viabilidade: para ter efeitos benficos deve ter viabilidadeem alta concentrao: 106 UFC/g de produto. Fatores que

    afetam a viabilidade: acidez do produto ps acidificao concentrao de oxignio permeabilidade da embalagem ao oxignio sensibilidade a antimicrobianos endgenos poucos nutrientes

    Antagonismo: testar a simbiose entre bactrias do iogurte eprobiticos

    - L. acidfilos = cido lctico

    - Bifidobactrias= c. lctico e c. actico (1:3) cido rico, hiprico, ctrico gua oxigenada diacetil bacteriocinas

    Critrios de seleo dos probiticos

    C it i d l d biti

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Atividade proteoltica e beta galactosidase:o bactrias do iogurte possuem alta atividade enzimtica: crescem rpido

    utilizando protenas e lactose do leite: 4Ho probiticos crescem lentamente, baixa atividade proteoltica e galactosidase:

    24H

    Simbiose entre as colnias Antimutagnica: j existia uma correlao negativa entre a

    ocorrncia de alguns tipos de cncer e consumo de produtosfermentados.

    o Mecanismo especulativo no elucidadoo 1998 (Lankaputhra): Teste com atividade antimutagnica dos cidos actico,

    lctico, pirvico e butrico: ACTICO MAIOR ATIVIDADE

    Observou que clulas vivas das bactrias parecem metabolizar ou quelar agentesmutagnicos.

    Clulas mortas, no o fazem: CONSUMO DE CLULAS VIVASIMPRESCINDVEL

    Critrios de seleo dos probiticos

    Ef it bi l i d biti

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    As pessoas que sofrem de mal-absoro da lactose

    (intolerantes lactose) no possuem atividade galactosidase (60 - 90 % no caucasianos) levando aflatulncia, diarria, disteno abdominala lactase de certas bactrias lcticas liberada pela lisecelular no intestino delgado

    Este o benefcio melhor comprovado.Alimentos lcteos com probiticos so tolerados pelosindivduos doentes.

    Estmulo da imunidade mucosal e sistmicaEx : Melhoramento do tratamento das diarrias devidas a rotavirus -

    diminuio da durao ( menor falta na escola...)- efeito preventivo de

    Bifidobacterium animalis

    Efeitos biolgicos de probiticos

    Ef it bi l i d biti

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Efeitos biolgicos de probiticos

    Modificao da flora endgena :

    Efeito potencial sobre os cnceres do clonSupresso das enzimas bacterianas que catalizam aconverso de prcarcingenos em carcingenos:nitrosaminas => diminuio das -glucuronidases,nitroredutases, => diminuio da mutagenicidade do

    contedo intestinal

    Reduo do pH intestinal: reduz a solubilidade de cidosbiliares que se conjugam com substratos e forma compostoscarcinognicos (cidos biliares secundrios) porestimularem a proliferao celular e promoverem tumores

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    Dois grupos de prebiticos disponveis :

    Fructo-oligosaccardeos & -galacto-oligosaccardeos

    Aumento da biomassa bacteriana Acidificao do clon proximal (FOS) ou distal (Inulina) Estmulo seletivo das bifidobactrias Reduo do nmero das outras populaes (bacterides,

    clostridium, fusobactrias)

    Conseqncias : - tempo do trnsito- biomassa fecal

    - produo de AGV- absoro Ca++ , pq pH - modif. metabolismo nitrognio- efeito sistmico sobre [TAG]

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    Critrios para seleo de probiticos

    O material desta parte da Profa. Dra. Gabriela AlvesMacedo (UNICAMP/FEA)

    Aspectos gerais: Origem/Caracterizao/Linhagem e gnero

    Segurana e estabilidade :Atividade e viabilidade em produtos, aderncia epotencial invasivo

    Aspectos funcionais e fisiolgicos

    Aderncia ao epitlio intestinal; atividadeantimicrobiana, estmulo ao sistema imune; efeitosclnicos secundrios

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Desafios tecnolgicos para os futurosalimentos probiticos

    Aspectos que afetam a funcionalidade dosprodutos

    Probiticos

    Estabilidade

    Viabilidade

    MicroencapsulaoPrebiticos

    Tec. fermentao

    Tec. secagem

    Matriz

    Dosagem

    Linhagem

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Aspectos tecnolgicos a serem verificados naseleo da cultura:

    No afetar as caractersticas sensoriais do produto Resistente a fagos Viabilidade ao processo

    Estabilidade durante estocagem

    Desafios tecnolgicos para os futurosalimentos probiticos

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Como so comercializadas as culturas?

    Pura ou um mix de culturas Liofilizadas Base gua ou leite 1011cfu/g DVS : direct vat set

    Desafios tecnolgicos para os futurosalimentos probiticos

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    Encapsulao de culturas probiticas

    Liberao lenta: s no intestinoAmido de batata tratado enzimaticamenteLiofilizaoT amb. 6 mesesCongelados: 18 meses

    Qual o grande desafio tecnolgicoatual?

  • 8/14/2019 Aula 4 (Flora Intestinal)

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    Evoluo dos desenvolvimentos emtecnologias para Pr e Prbiticos

    Prbiticos

    Prbiticos

    Linhagens exgenasConhecimento propriedades

    sadeColonizao?

    Proliferao de linhagensendgenasEfeito microbiotaEspecificidade?Oligossacardeos

    Simbiticos

    Integrao Simbiticos

    Sinergia entre pre e proefeitos no trato gastrointestinalEspecificidade limitada dos pr

    Sinergias especficasPrebiticos que protegem

    tecnologicamenteLiberao controlada

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