uso indiscriminado de antibiÓticos pelos … · administradas permanece na luz do intestino...

13
USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS ESTUDANTES DE UMA UNIVERSIDADE DO NORDESTE DE MINAS GERAIS Alan Pereira dos Santos – Graduando em Farmácia – UNEC – Centro Universitário de Caratinga - E-mail - [email protected] – Campus UNEC de Nanuque Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica, Enfermagem, Biomedicina e Ciências Biológicas, Mestre e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário de Caratinga – e-mail - [email protected] – Campus UNEC de Nanuque Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected] Roberto Santos Barbiéri - Graduado em Química, Mestre e Doutor em Química, Pró-Reitor de graduação do Centro Universitário de Caratinga, [email protected] Resumo: O uso indiscriminado de antibióticos vem acarretando grande impacto na área de saúde, devido ao potencial desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos convencionais. A resistência bacteriana tem sido alvo de questionamentos nas áreas de saúde pública, pois isto implica na necessidade da descoberta e síntese de novos fármacos tornando esses medicamentos mais escassos e com maior custo. Este trabalho teve como objetivo investigar se existe o uso indiscriminado de antibacterianos orais em uma determina Universidade do Nordeste de Minas Gerais. Foi realizada, uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa de campo quantitativa, com aplicação de um questionário para 155 estudantes de uma Universidade do Nordeste de Minas Gerais no qual foi evidenciado que o antibiótico mais utilizado é a amoxicilina. A finalidade do estudo diante desses achados é colaborar com os profissionais de saúde e assim contribuir para o uso racional de antibiótico. Palavras-chave: Antibióticos. Resistência bacteriana. Uso indiscriminado. Uso racional. 1. Introdução Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos que são capazes de inibir o crescimento ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas ou bacteriostáticos (GUIMARÃES et al., 2010). São largamente prescritos em atenção primária, ocupando sempre uma das primeiras posições entre as classes de fármacos mais consumidas (ABRANTES, et al., 2007). O uso indiscriminado de antibióticos vem acarretando grande impacto na área de saúde pública e ambiental, devido ao potencial desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos convencionais, inclusive com a detecção de multirresistência e ocorrência de infecções hospitalares levando à morte por bactérias polirresistentes (DEPIZZOL, 2010). Existem vários mecanismos de resistência bacteriana, dentre os quais se destacam: redução da permeabilidade da membrana, e fluxo da droga, degradação ou modificação do antibiótico, síntese de altos níveis da enzima cuja ação é bloqueada pela droga e presença de uma segunda enzima que executa a reação metabólica inibida (VERMELHO et al., 2007). Deste modo, a resistência bacteriana, tem sido alvo de questionamentos nas áreas de saúde pública, pois isto implica na necessidade da descoberta e síntese de novos fármacos que, atualmente, encontra grandes dificuldades através dos métodos clássicos de triagens, a partir de fungos e bactérias. Este fato torna esses medicamentos mais escassos e com maior custo (FERRONATTO, 2007). “O fenômeno da resistência a antibióticos decorre, principalmente, da

Upload: truongdat

Post on 26-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS ESTUDANTES DE

UMA UNIVERSIDADE DO NORDESTE DE MINAS GERAIS

Alan Pereira dos Santos – Graduando em Farmácia – UNEC – Centro Universitário de Caratinga - E-mail -

[email protected] – Campus UNEC de Nanuque

Daniel Rodrigues Silva - Graduado em Farmácia – Bioquímica, Enfermagem, Biomedicina e Ciências Biológicas,

Mestre e Doutor em Ciências Farmacêuticas - Coordenador do curso de Farmácia do Centro Universitário de

Caratinga – e-mail - [email protected] – Campus UNEC de Nanuque

Danilo Ramaciotti Caires - Graduado em Enfermagem – UNEC, Especialista em Enfermagem do Trabalho - FASE

e Graduando em Farmácia - UNEC - Centro Universitário de Caratinga - e-mail - [email protected]

Roberto Santos Barbiéri - Graduado em Química, Mestre e Doutor em Química, Pró-Reitor de graduação do

Centro Universitário de Caratinga, [email protected]

Resumo: O uso indiscriminado de antibióticos vem acarretando grande impacto na área de saúde, devido

ao potencial desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos convencionais. A resistência

bacteriana tem sido alvo de questionamentos nas áreas de saúde pública, pois isto implica na necessidade

da descoberta e síntese de novos fármacos tornando esses medicamentos mais escassos e com maior

custo. Este trabalho teve como objetivo investigar se existe o uso indiscriminado de antibacterianos orais

em uma determina Universidade do Nordeste de Minas Gerais. Foi realizada, uma pesquisa bibliográfica

e uma pesquisa de campo quantitativa, com aplicação de um questionário para 155 estudantes de uma

Universidade do Nordeste de Minas Gerais no qual foi evidenciado que o antibiótico mais utilizado é a

amoxicilina. A finalidade do estudo diante desses achados é colaborar com os profissionais de saúde e

assim contribuir para o uso racional de antibiótico.

Palavras-chave: Antibióticos. Resistência bacteriana. Uso indiscriminado. Uso racional.

1. Introdução

Antibióticos são compostos naturais ou sintéticos que são capazes de inibir o crescimento

ou causar a morte de fungos ou bactérias. Podem ser classificados como bactericidas ou

bacteriostáticos (GUIMARÃES et al., 2010).

São largamente prescritos em atenção primária, ocupando sempre uma das primeiras

posições entre as classes de fármacos mais consumidas (ABRANTES, et al., 2007).

O uso indiscriminado de antibióticos vem acarretando grande impacto na área de saúde

pública e ambiental, devido ao potencial desenvolvimento de bactérias resistentes aos

antibióticos convencionais, inclusive com a detecção de multirresistência e ocorrência de

infecções hospitalares levando à morte por bactérias polirresistentes (DEPIZZOL, 2010).

Existem vários mecanismos de resistência bacteriana, dentre os quais se destacam:

redução da permeabilidade da membrana, e fluxo da droga, degradação ou modificação do

antibiótico, síntese de altos níveis da enzima cuja ação é bloqueada pela droga e presença de uma

segunda enzima que executa a reação metabólica inibida (VERMELHO et al., 2007).

Deste modo, a resistência bacteriana, tem sido alvo de questionamentos nas áreas de

saúde pública, pois isto implica na necessidade da descoberta e síntese de novos fármacos que,

atualmente, encontra grandes dificuldades através dos métodos clássicos de triagens, a partir de

fungos e bactérias. Este fato torna esses medicamentos mais escassos e com maior custo

(FERRONATTO, 2007). “O fenômeno da resistência a antibióticos decorre, principalmente, da

Page 2: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

2

seleção de cepas bacterianas em ambientes que apresentam concentrações destes quimioterápicos

[...]” (DEPIZZOL, 2010).

Existem vários mecanismos de resistência bacteriana, dentre os quais se destacam:

redução da permeabilidade da membrana, e fluxo da droga, degradação ou modificação do

antibiótico, síntese de altos níveis da enzima cuja ação é bloqueada pela droga e presença de uma

segunda enzima que executa a reação metabólica inibida (VERMELHO et al., 2007).

Segundo a OPAS – Organização Pan Americana da Saúde (2010), a resistência

bacteriana resulta em redução da eficácia dos antibacterianos, aumenta o período de internação e

o custo do tratamento; este fato tem como consequência à escolha de fármacos menos eficientes,

mais tóxicos e de maior custo.

Portanto, é de fundamental importância para todos os profissionais da saúde o

conhecimento sobre o assunto, com o intuito de promover uma melhor assistência ao paciente, já

que o uso correto desses medicamentos contribui para a redução de internações hospitalares e

consequentemente para a diminuição dos custos do sistema de saúde.

Pretendeu-se com o desenvolvimento desta pesquisa investigar se existe o uso

indiscriminado de antibacterianos pelos estudantes de graduação de um Centro Universitário do

Nordeste de Minas Gerais. Para isso foi realizado uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa

quantitativa, na qual foi feita a aplicação de um questionário para 155 estudantes.

2. Referencial Teórico

2.1 Medicamentos Antibacterianos

A maioria dos medicamentos antibacterianos age seletivamente na célula bacteriana

possuindo como alvo de ação estruturas celulares vias metabólicas ou enzimas específicas para

as bactérias (VERMELHO et al., 2007).

Existem diversas maneiras de classificar os antibacterianos: de acordo com a estrutura

química, quanto ao espectro de ação em largo, baixo ou intermediário dependendo da espécie

bacteriana os quais estes são ativos. Porém, a forma mais comum de classificação é de acordo

com o seu modo de ação (DEPIZZOL, 2010).

Amoxicilina:

A amoxicilina se liga às proteínas plasmáticas na taxa de cerca de 20%. Distribui-se

primariamente no líquido extracelular e atinge elevadas concentrações na bile e na urina. É

excretada rapidamente por secreção tubular renal. A amoxicilina é inativada pelas betas-

lactamases produzidas por diversas bactérias com Staphylococcus aureus, Haemophilus

influenzae, Neisseria gonorrhoeae e várias enterobactérias, como Escherichia coli e Salmonella

sp (SILVA, 2006).

“O mecanismo de ação da amoxicilina é a inibição da síntese da parede celular

bacteriana. É um antibiótico bactericida com pico de ação de 1 hora e duração de 6 a 8 horas,

meia – vida 60 a 80 minutos; excretada em sua maior parte pela urina, de forma inalterada”

(FONSECA, 2009, P. 120).

Page 3: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

3

Segundo Fonseca (2009, P.121):

Absorção embora seja do mesmo grupo da ampicilina, a amoxicilina é mais absorvida

pelo trato grasto intestinal, atingem maiores concentrações nos tecidos e no sangue após

administração oral exige menor número de doses diárias e provoca diarreia em

incidência mais baixa. Caso a aconteça superdosagem, não há necessidade de nenhum

tratamento especial, apenas medidas de suporte. Em casos de ingestão de até 250mg/kg

em pacientes pediátricos, assim não há necessidade de uma lavagem gástrica.

Azitromicina:

A azitromicina inibe a síntese protéica pela ligação à subunidade 50S dos ribossomos de

microrganismos, sensíveis, de modo similar à eritromicina. É um antibiótico de largo espectro,

agindo contra bactérias Gram-positivas algumas Gram-negativas, micoplasma, clamídias e

algumas espiroquetas. A azitromicina é duas a quatro vezes menos ativa que a eritromicina

contra estafilococos e estreptococos (KATZUNG, 2006).

“Usualmente é bacteriostática, podendo ser bactericida em concentrações elevadas contra

algum micro–organismo, como Streptococcuspyogenes, S. pneumoniae e

Haemophilusinfluenzae. A azatioprina inibe a síntese proteica nos micros–organismos

susceptíveis” (FONSECA, 2009, P. 178).

“Penetra na parede celular, ligando-se às subunidades 50S de ribossomos, inibindo a

síntese de polipeptídios. Esse local de ação parece ser o mesmo de outros macrolídeos, como

eritromicina, claritromicina e também da clindamicina, da lincomicina e do cloranfenicol. A

azatioprina concentra-se nos leucócitos, monócitos macrófagos e fibrobrastos” (FONSECA,

2009, P. 177, 178).

“A azitromicina se caracteriza por baixa concentração plasmática e alta e persistente

contração tissular. É rapidamente absorvida pelo trato GI; a absorção e incompleta, mais excede

a da eritromicina” (FONSECA 2009, P. 177).

“Os alimentos não tem efeito substancial sobre a quantidade absorvida de azitromicina,

embora a velocidade de absorção possa ser aumentada. Distribui-se na maioria dos tecidos e

fluidos do organismo. Eliminada primariamente inalterada por excreção biliar. Meia-vida de 68

horas” (FONSECA, 2009, P. 177).

Tetraciclina:

“Penetra no microrganismo por parte da difusão e parte por um processo de transporte

ativo dependente de energia. As células susceptíveis concentram a droga a no seu interior; dentro

da célula, a tetraciclina liga-se a subunidades 30S do ribossomo bacteriano, impedindo a adição

de aminoácidos no crescimento peptídeo” (FONSECA, 2009, P. 1115).

“A absorção a partir do trato gastrointestinal é boa, mas pode ser afetada pela presença

de alimento ou alguns medicamentos contendo cátions divalentes, uma parte das doze orais

administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes.

Uma dose oral de 500mg a cada 6 horas produz pico sanguíneo de 4 a 6 mcg após 2 a 3 horas”

(FONSECA, 2009, P. 1115).

Sulfametaxol + Trimetropina:

A atividade antibacteriana da associação sulfametoxazol - trimetoprima deve-se ao bloqueio de

duas enzimas, na mesma cadeia de reações, no metabolismo bacteriano. As sulfonamidas

impedem a síntese do ácido fólico indispensável ao metabolismo bacteriano. A trimetoprima

Page 4: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

4

intervém em outra fase do mesmo processo, inibe de forma quase específica a enzima

diidrofólico em ácido tetraidrofólico (SILVA, 2006).

A associação de sulfametaxazol/trimetropina bloqueia duas etapas consecutivas da

síntese de ácidos nucleicos e proteínas pelas bactérias. O sulfametoxazol inibe a síntese

bacteriana do ácido di-hidrofólicopela competição com o ácido para-aminobenzoico

(PABA). Timetroprim bloqueia a produção da enzima necessária, de-

hidrofolatoredutase. Portando, a associação de sulfametaxazol/trimetropina bloqueia

duas etapas consecutivas da síntese de ácidos nucleicos e proteínas pelas bactérias

(FONSECA, 2009, P. 1067).

Cefalexina:

Inibição da síntese da parede bacteriana; bactericida. Seu pico da ação após administração

oral é de 1 hora; com duração da ação após administração6 a 8 horas, meia-vida de 30 a 72

minutos. (FONSECA, 2009, P. 264).

A superdosagem com a cefalexina pode causar náuseas, vômitos, dor epigástrica, diarreia

e hematúria. Caso haja outros sintomas provavelmente, devem-se a doença subjacente, ou a

reação alérgica ou mesmo concomitantes. Quando a superdosagem for superior a cinco vezes a

quantidade usual precisa-se fazer lavagem gástrica. (FONSECA, 2009, P. 264).

Cipofloxacino:

“Interfere na síntese do DNA da bactéria, bactericida; seu pico de ação após

administração oral: 1 a 2 horas. Meia vida plasmática em 4 horas; eliminação pela urina na forma

de droga ativa e por excreção biliar nas fezes” (FONSECA, 2009, P. 298).

Os dados sobre a toxidade aguda da ciprofloxacina em seres humanos são limitados. Em

caso de superdosagem, deve-se proceder a indução de vômitos ou lavagem gástrica. O

paciente deve ser mantido bem hidratado para diminuir o risco de cristalúria. Há

controvérsia contra o valor da diálise para retirada da droga (FONSECA, 2009, P. 298).

O Norfloxacino:

É um novo ácido-quinolino-carboxílico com ação antibacteriana e de administração

oral. Tem amplo espectro de atividade antibacteriana contra patógenos aeróbios Gram-

positivos e Gram-negativos. O átomo de flúor na posição 6 proporciona potência

superior contra organismos Gram-negativos, e o núcleo piperazínico na posição 7 é

responsável pela atividade antipseudomonas (YUI, 2005).

“O Norfloxacino inibe a síntese de ácido desoxirribonucleico bacteriano e é bactericida

em nível molecular, três eventos específicos foram atribuídos

ao Norfloxacino em células de Escherichia coli” (YUI, 2005).

“Em caso de superdosagem deve-se manter hidratação adequada.

Em caso de superdosagem aguda, deve-se esvaziar o estômago por vômito ou lavagem gástrica”

(YUI, 2005).

Oxitetraciclinica:

E um produto do metabolismo de Streptomycesrimosus, sendo um membro da família

de antibióticos das tetraciclinas, acredita-se que seu efeito antimicrobiano se devido à

inibição da síntese proteica. A oxitetraciclinica e seus sais são facilmente absorvidos por

via oral e uma porcentagem de 10 a 40% liga-se às proteínas plasmáticas. Entre 40 e

70% é excretada inalterada na urina via filtração glomerular. Foi relatada uma meia-

vida sérica de 6 a 10 horas para a oxitetraciclinica em pacientes com função renal

normal (BUMERAD 2012).

Page 5: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

5

Eritromicina:

“Inibe a síntese proteica das bactérias ligando-se às subunidades dos ribossomos.

Seu pico de ação é de 4 horas. Duração: 6 horas. Meia vida: 1 a 3 horas metabolização

hepática” (FONSECA, 2009, P. 472).

“Em caso de superdosagem, a droga deve ser suspensa imediatamente e tomadas todas as

medidas para eliminar o que ainda não foi absorvido (emese, lavagem gástrica). A eritromicina

não pode ser retirada por diálise” (FONSECA, 2009, P. 472).

Vancomicina:

A vancomicina afeta o metabolismo de construção da parede celular das bactérias. Para

tanto, ela liga-se na porção terminal D-Ala-D-Ala de um pentapeptídeo encontrado em

precursores de peptidoglicano, interferindo na etapa de transpeptidação (Silveira et al., 2006).

“Inibe a síntese da parede bacteriana, a permeabilidade da membrana celular e a síntese

de DNA. E bactericida contra germes gram-positivos, exceto no caso de enterococos, em que

atua como bacteriostático” (FONSECA, 2009, P. 1156).

“Seu pico de ação após administração endovenosa: imediata ao final da infusão (que

devem durar 60 minutos). Meia-vida: 4 a 8 horas. Excretada pela urina na forma ativa.

Penetra em meninges inflamadas e coleções líquidas de derrame pleural pericárdico,

ascético e sinovial, bem como a urina, no líquido de diálise peritoneal e na bile”

(FONSECA, 2009, P. 1156).

Claritromicina:

A claritromicina é bacteriostática, podendo ser bactericida em altas concentrações. Ele

inibe a síntese proteica, penetrada na parede celular ligando-se às subunidades de ribossoma 50S.

A sua absorção é por via oral e maior que a eritromicina, com biodisponibilidade de 50%

a 55%, após 250mg oral. Sofre rápida passagem para um metabólico ativo; os alimentos causam

um pequeno retardo na absorção, mas a quantidade absorvida é aumentada ou não afetada pelos

alimentos.

A distribuição é pouca conhecida; a concentração tissular é maior que a sérica,

extensamente metabolizada no fígado. Seu pico de ação em 2 a 4 horas. Meia-vida de 3 a 7

horas. (FONSECA, 2009, P. 305).

Acido Clavulânico:

O ácido clavulânico (AC) é um excelente inibidor de β-lactamases, que são enzimas

responsáveis pela resistência bacteriana aos antibióticos β-lactâmicos. É constituído por um anel

ß-lactâmico condensado a um anel oxazolidina. O uso combinado do AC com antibióticos ß-

lactâmico tornou possível a cura de várias infecções resistentes a terapias convencionais, sem

necessitar de utilização de medicamentos com fortes efeitos colaterais (OLIVEIRA, et al., 2009).

A combinação do AC com a amoxicilina é o exemplo de maior sucesso do uso de um

antibiótico β-lactâmico sensível à β-lactamase, juntamente com um inibidor desta enzima. O

Acido Clauvulânico funciona como proteção do antibiótico, protegendo-o do ataque de bactérias

que possuem resistência aos antibióticos (OLIVEIRA, et al., 2009).

Page 6: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

6

2.3 Mecanismos Bacterianos de Resistência a Drogas

Segundo Wannmacher (2004) a resistência bacteriana é caracterizada pela capacidade de

cepas bacterianas se multiplicarem mesmo na presença de concentrações mais elevadas de

antibacterianos do que as doses terapêuticas utilizadas em humanos. Esse fenômeno é

considerado natural e se deu a partir da iniciação na prática clínica desses medicamentos.

Acredita-se que o uso indiscriminado dos antibacterianos em gados e humanos foi

responsável pelo rápido desenvolvimento da resistência bacteriana (OLIVEIRA, 2008).

Atualmente é relevante a preocupação em relação à resistência aos antimicrobianos, pois

esta pode levar a graves consequências no tratamento de doenças infecciosas. A exposição da

microbiota intestinal do homem aos antibacterianos pode aumentar a resistência, pois estas

bactérias reservam genes de resistência para microrganismos patogênicos (POETA e

RODRIGUES 2008).

Vale ressaltar que a resistência bacteriana tem se agravado principalmente no âmbito

hospitalar, mas também tem se distribuído pelas comunidades humanas. Um fator que tem

contribuído por essa disseminação é a pressão seletiva – resultante do uso clínico dos

antibióticos e como agente do crescimento de animais; além das viagens nacionais e

internacionais (VERMELHO et al., 2007).

Existem dois tipos de resistência bacteriana (VERMELHO et al., 2007).

Resistência intrínseca - resulta do estado fisiológico das bactérias ou da sua organização

estrutural. Este processo é natural e também herdado pelas células, está presente na maioria das

cepas que compõem um grupo, gênero ou espécie (VERMELHO et al., 2007).

Resistência adquirida - ocorrem mutações no material genético ou aquisição de material

genético que codificam genes de resistência; ocorre apenas em algumas cepas de uma

determinada espécie bacteriana. Com isso, as bactérias adquirem genes de resistência com muita

facilidade tornando-as resistentes às drogas (VERMELHO et al., 2007).

Existem vários mecanismos de resistência bacteriana, dentre os quais se destacam:

Reprogramação e modificação da estrutura-alvo - ocorre quando o sítio-alvo do

antibiótico sofre alteração estrutural a partir de genes que o expressa, impedindo a ligação do

fármaco no seu alvo de ação, uma vez que a interação do fármaco com seu sítio-alvo é bastante

especifica. Os antibióticos eritromicina e vancomicina são exemplos de drogas para as quais este

tipo de resistência já foi mencionado (SILVEIRA et al., 2006).

Síntese de altos níveis da enzima cuja ação é bloqueada pela droga - os cromossomos

sofrem mutações levando a produção de um excesso da enzima inibida, apesar de uma parte das

moléculas da enzima ser bloqueada pela droga, outra parte fica livre para atuar na via metabólica

correspondente. Neste tipo de resistência destacam-se os antibióticos β-lactâmicos

(VERMELHO et al., 2007).

Redução da permeabilidade celular em relação à droga em questão - por este tipo de

mecanismo, [...] a maioria das bactérias gram-negativas é resistente à penicilina G por ser

impermeável à droga, ou por apresentar alteração em proteínas de ligação à penicilina. No caso

das sulfonamidas, o microrganismo pode também apresentar uma menor permeabilidade à droga

(DEPIZZOL, 2006).

Mecanismo de fluxo da droga - ocorre a remoção ativa de antibióticos de dentro da

célula - bomba de fluxo. O antibiótico é imediatamente lançado para fora da célula, reduzindo

Page 7: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

7

assim expressivamente a eficácia antibacteriana. Tetraciclinas, fluoroquinolonas, cloranfenicol e

β-lactâmicos são drogas que representam este tipo de resistência (DEPIZZOL, 2006, apud ANG

et al.,, 2004).

Presença de uma segunda enzima que executa a reação metabólica inibida - as sulfas e o

trimetropim são exemplos de antibióticos em que ocorre este tipo de resistência. Ambos estão

envolvidos na inibição da síntese do folato, as bactérias resistentes produzem uma segunda

enzima que executa a síntese do folato enquanto a primeira enzima está inibida pela droga

(VERMELHO et al., 2007).

Produção de enzimas modificadoras ou destruidoras das drogas - algumas enzimas são

capazes de degradar o antibiótico ou modificar os grupamentos farmacologicamente ativos

inativando-o e impedindo a sua interação com sítio-alvo, é o que ocorre, por exemplo, com a

dalfopristina e com as penicilinas (SILVEIRA et al., 2006).

Além disso, [...] através de mecanismos de troca genética, muitas bactérias tornam-se

resistentes a várias classes de antimicrobianos. A emergência de cepas de germes

multirresistentes é consequência natural da pressão seletiva resultante do uso de antimicrobianos,

sendo um problema cada vez mais preocupante (JACOBY, 2008).

3. Metodologia e resultados

A pesquisa realizada no período de 03 de março a 05 de abril de 2017 com os estudantes

universitarios de um centro universitário do nordeste de Minas Gerais. Foram entrevistandos 155

alunos de forma aleatória simples, sem destiguir turma, sexo, idade, religião ou classe

econônomica.

A metodologia para levantamento dos dados foi por levantamento bibliografico e a

aplicação de questionários quantitativos (anexo I) no campus institucional. Foram realizadas as

perguntas a seguir: (1) Idade por Pessoa (2) Prevalência das causas da ingestão de antibióticos

(3) Prevalência dos agentes viabilizadores da utilização de antibacterianos orais (4) Distribuição

dos medicamentos utilizados (5) Frequência do período de utilização de antibióticos (6)

Assinatura do termo de consetimento. Após coleta dos dados, procedeu-se o tratamento e escrita

do presente trabalho.

Tabela I – Resultado do questionário aplicado

Distribuição da amostra por idade

Quantidade %

Menos de 20 anos 39 25,16

20 a 30 anos 90 58,06

31 a 40 anos 15 9,68

41 a 50 anos 7 4,52

51 a 60 anos 4 2,58

61 anos ou mais 0 0

Total 155 100

Page 8: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

8

Prevalência das causas da ingestão de antibióticos

Quantidade %

Indicação médica 101 57,71

Indicação de amigos 8 4,57

Indicação de Balconista de Farmácia 19 10,86

Indicação do Profissional da Saúde 13 7,42

Conta própria 25 14,29

Não ingere 9 5,15

Total *175 100

Prevalência dos agentes viabilizadores da utilização de

antibacterianos orais

Quantidade %

Infecção Intestinal 13 6,7

Dor de garganta ou gripe 75 38,66

Infecção na pele 11 5,67

Infecção Urinaria 30 15,46

Infecção de garganta 28 14,43

Sinusite 15 7,74

Outras situações 22 11,34

Total *194 100

Distribuição dos medicamentos utilizados

Quantidade %

Amoxicilina 100 48,78

Azitromicina 21 10,25

Cefalexicina 19 9,27

Oxitetraciclina 1 0,49

Sulfametoxazol 3 1,46

Ciprofloxacino 8 3,9

Norfloxacino 3 1,46

Trimetoprima 0 0

Tetraciclina 7 3,41

Page 9: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

9

Não faz uso 14 6,83

Não se lembra 20 9,76

Outras 9 4,39

Total *205 100

Frequência do período de utilização de antibióticos

Quantidade %

Dose única 3 1,94

02 a 06 dias 35 22,58

07 dias a 10 dias 48 30,97

Acima de 10 dias 0 0

Não sabem por quantos dias fez uso 13 8,39

Conformeprescrição indicação médica 56 36,12

Total 155 100

Fonte: Os autores (2017).

*Houve mais de uma resposta por entrevistado = 155

Dados obtidos na pesquisa foram 25,16 % possuem idade até 20 anos, 58,6 % têm idade

de 20 e 30 anos, 9,68 % estão entre 31 e 40 anos, 4,72 % entre 41 a 50 anos e 2,68 % estão entre

51 a 60 anos. Verificou-se que 5,19 % não faziam uso de antibióticos. Quanto ao sintoma que

mais motivou esse procedimento, “dor de garganta ou gripe” recebeu o maior número de

referências, 38,66 %. O antibiótico mais utilizado foi a amoxicilina, com 48,78 % conforme

discriminados na Tabela I.

4. Resultados discussões

A pesquisa apresentou um índice de automedicação elevado de antibiótico, e verificou-se

que 42,29% utilizaram antibiótico sem prescrição médica. A propagação da automedicação está

relacionada a fatores econômicos, políticos e culturais, que se relacionam com: a elevada

disponibilidade de produtos; simbolismo da saúde representada pelo medicamento; propaganda

irresponsável; venda sem apresentação da receita; qualidade da assistência à saúde; o acesso

dificultado da população aos serviços de atenção formal à saúde em países mais pobres ( Pereira

et al., 2007). E os antibióticos constituem parte dos medicamentos não prescritos mais

consumidos.

É comum o uso de antibióticos para tratamentos de enfermidades de etiologia viral, pois:

são de difícil diferenciação clínica das enfermidades de etiologia bacterianas, existe a falsa

crença que a profilaxia de antibióticos evita complicações bacterianas, há grande pressão dos

familiares pela prescrição de antibióticos, a venda desses medicamentos é descontrolada, os

eventos adversos decorrentes do uso inadequado desses medicamentos são desconhecidos

(BRICKS, 2003).

Page 10: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

10

A prescrição de antibióticos para infecções virais como tentativa de impedir possíveis

complicações bacterianas é ineficaz e, além disso, o uso excessivo de antibióticos contribuiu para

o surgimento e disseminação da resistência bacteriana. Pois em um longo uso contí=nuo dessa

droga não ocorrera mais efeito e sim a proliferação bacteriana, por isso devemos controlar o uso

inadequado de antibiótico.

A amoxicilina também foi descrita em um estudo sobre avaliação da qualidade das

prescrições de antimicrobianos dispensadas em unidades públicas de saúde (ABRANTES, et al.,

2007). Diante disso, vale destacar a importância da sua indicação para melhor emprego desta

droga e ainda rever o potencial de resistência relacionada a ela.

Quanto aos erros de dosagem e duração de tratamento, no meio hospitalar, a posologia

inadequada tem sido apontada pela maior parte dos erros de prescrição desses medicamentos

(ABRANTES et al., 2007). Informações posológicas e do tempo de tratamento inadequados

contribui para a não adesão aos protocolos de antibacterianos preconizados no âmbito hospitalar

(ABRANTES et al., 2007).

Em vários países dois terços dos antimicrobianos são utilizados sem prescrição médica e

mais de 50 % das prescrições desses medicamentos se mostram inapropriadas, 50 % dos

consumidores utilizam o medicamento por um dia e 90 % utilizam aproximadamente por três

dias (NICOLINI, et al., 2008).

5. Conclusão

Muitos antibióticos são utilizados para diversos fins, sendo necessário rever os critérios

para sua indicação. O uso indiscriminado está associado a vários problemas destacando a

resistência bacteriana.

Apesar da maioria dos entrevistados 57,71 % consumir antibióticos somente mediante

prescrição médica, é fundamental rever as práticas de prescrição e políticas de saúde

relacionadas ao uso desses medicamentos, principalmente na indicação, seleção do antibiótico

mais adequado para o caso e o período de tratamento, tendo em vista que a utilização

desnecessária e incorreta desses medicamentos pode causar riscos para a saúde, além do

desperdício dos recursos que poderiam ser mais bem empregados para a prevenção de doenças.

Também são necessários métodos mais criteriosos para diagnosticar e tratar as infecções

bacterianas é necessário também usar, com bastante cuidado, os antimicrobianos, pois a

capacidade das bactérias desenvolverem resistência é grande e o processo da indústria para

desenvolvimentos de novos fármacos é dispendioso.

Diante disso vale destacar a importância do profissional farmacêutico no estabelecimento

de dispensação de antibióticos. Pois apesar de muitos afirmarem a utilização de antibacterianos

somente mediante indicação médica relataram o consumo antibacterianos na gripe e resfriados

que são de etiologia viral.

Page 11: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

11

6. Referências

ABRANTES, P. de M. et al., Avaliação da qualidade das prescrições de antimicrobianos dispensadas em

unidades públicas de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 2002.Cad. Saúde Pública vol.23 n.1 Rio de

Janeiro Jan. 2007.

ANVISA. 2012. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC no 20, de 05 de maio de 2012. Dispõe sobre o controle

de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas ou

em associação. Diário Oficial da União de 09 de maio de 2012.

BRAOIOS, A. P. et al Uso de Antimicrobianos pela população da cidade de Jataí (GO). Revista Ciência &

Saúde Coletiva. v. 18, n. 10, p. 3055-3060, 2013. ISSN: 2236-0867 Acta Biomédica Brasiliensia / Volume 6/ no 2/

Dezembro de 2015. www.actabiomedica.com.br 93

BRICKS, L. F. Uso judicioso de medicamentos em crianças. Jornal de Pediatria 0021-7557/03/79-Supl.1/S107

2003.

BUMERAD, J. C. CRF-SP nº43746 – Bula da Oxitetraciclinica do Laboratório PFIZER LTDA, 2014.

CORREA, A. D et al., Uma abordagem sobre o uso de medicamentos nos livros didáticos de biologia como

estratégia de promoção de saúde. Revista Ciência & Saúde Coletiva. v.18, n.10, p.3071-3081, 2013.

DANDOLINI, B. W et al., Uso Racional de Antibióticos: uma experiência para educação em saúde com

escolares. Ciência & Saúde Coletiva. v.17, n. 5, p. 1323-1331, 2012.

DEPIZZOL, F. Avaliação da resistência aos antibióticos emisolados de Escherichia coli provenientes de esgoto

hospitalar e sanitário. Maringá, v. 32, n. 1, p. 1-5, 2010

FERRONATO, R: Atividade antimicrobiana de óleos essenciais produzidos por Baccharisdracunculifolia D.C.

e Baccharisuncinella D.C. (Asteraceae) Revista Brasileira de Farmacognosia 17(2): 224-230, Abr./Jun. 2007.

FONSECA, A. L. Guia FUNED de Medicamentos 2009, paginas 120,121, 177, 178, 1115, 1067, 264, 472 e 1156.

GUIMARÃES, D. O.et al., Antibióticos: importância terapêutica e perspectivas para a descoberta e

desenvolvimento de novos agentes. Quím. Nova vol.33 no. 3 São Paulo 2010.

JACOBY, T. S. Associação entre consumo de antimicrobianos e multirresistência bacteriana em centro de

terapia intensiva de hospital universitário brasileiro, 2004 – 2006. 108f Dissertação apresentada ao Programa de

Pós Graduação em Ciência Medica Universidade Federal de Santa Catarina como requisito parcial para obtenção

grau Mestre em Medicina (2008).

YUI, C. M. S. - CRF-SP nº 5.115 MS - 1.0181.0409, Bula Norfloxacino, Importado, embalado e distribuído por:

Medley S.A. Indústria Farmacêutica Rua Macedo Costa 09/06/2005.

MONTEIRO, C et al.,Utilização de Antibióticos numa amostra da população de Lisboa. Revista Lusófona de

Ciências e Tecnologias da Saúde. v. 7, n.1, p.21-35, 2010.

NOVARETTI, M. C. Z et al., Controle de Vendas de Antibióticos no Brasil: Análise do efeito dos atos

regulatórios no uso abusivo pelos consumidores. Revista Acadêmica São Marcos. v.4, n.2, p. 25-39, jul. /Dez.,

2014.

NICOLINI, P. et al., Fatores relacionados à prescrição médica de antibióticosem farmácia pública da região

Oeste da cidade de São Paulo. Ciência & Saúde Coletiva, 13(Sup):689-696 2008.

OLIVEIRA, J. H. H. L. Et al., Ácido clavulânico e cefamicina c: uma perspectiva da biossíntese, processos de

isolamento e mecanismo de ação Quím. Nova vol.32 no.8 São Paulo 2009

OPAS – Organização Pan Americana da Saúde. Resistência Microbiana/Antimicrobianos. Disponível

em:<http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=426&Itemid=538>. Acesso em:

12/04/2017 às 13h33min horas.

PAIVA, C. L et al., Uso Indiscriminado de Antibióticos e Superbactérias KPC: Temas CTS Controverso no

Ensino de Biologia. Revista Eletrônica Debate em Educação Científica e Tecnológica. v.03, n.01, p. 32-40, junho

de 2013.

Page 12: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

12

POETA P.; RODRIGUES J. Detecção da resistência a antibióticos de bactérias isoladas de casos clínicos

ocorridos em animais de companhia. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.60, n.2, p.506-508, 2008.

PEREIRA, F. S. V. T. et al., (2007). Automedicação em crianças e adolescentes. Jornal de Pediatria 0021-

7557/07/83-05/453 2007.

SILVA, D. N. D. R et al.,.Análise do Conhecimento e opinião da população sobre a atual regulamentação para

a venda de antibióticos no Brasil. Cadernos Acadêmicos. v.4, n.2, p.218-221, ago. /Dez, 2012.

SILVA, P. Farmacologia. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

SILVEIRA, G. P. et al., Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana. Quim. Nova, Vol. 29, No. 4,

844-855, 2006.

WANNMACHER, L. Uso indiscriminado de antibióticos e resistência microbiana: Uma

guerra perdida? ISSN 1810-0791 vol. 1, n° 4. Brasília, março 2004.

Page 13: USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS PELOS … · administradas permanece na luz do intestino modifica a flora intestinal e é excretada nas fezes. ... quantidade usual precisa-se

13

7. Anexo I

Termo de Compromisso Livre e Esclarecido

Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa para Trabalho de conclusão de curso

de farmácia e para publicação de um artigo cientifico. O objetivo é elabora uma pesquisa sobre

Uso Indiscriminados de Antibióticos por estudantes de nível superior de uma determinada

universidade do centro Universitário do Nordeste de Minas Gerais. Sua participação é

completamente voluntaria, não existindo nenhuma forma de remuneração para sua participação.

Se você concorda em participar do trabalho, basta apenas responder um questionário

padronizado que se encontra a seguir, sobre informações obre “Antibióticos”. Assim peço sua

colaboração de ser o mais fidedigno possível em suas respostas. Os resultados serão utilizados

para elaboração do trabalho de conclusão de Curso TCC e para publicação de um artigo

cientifico. Todos os questionários utilizados na pesquisa ficarão sob a guarda do pesquisador

responsável. Se você tiver qualquer dúvida em relação a pesquisa, poderá contatar o Estudante

Alan Pereira dos Santos, por e-mail [email protected] ou Prof. Orientador Dr. Daniel

Rodrigues Silva, por e-mail [email protected]

( ) Concordo ( )Não concordo Data: ____/____/2017

1) Distribuição da amostra por idade;

( ) menos de 20 anos; ( ) 20 anos a 30 anos; ( ) 31 anos a 40 anos;

( ) 41 anos a 50 anos; ( ) 51 anos a 60 anos; ( ) 61 anos ou mais;

2) Prevalência das causas da ingestão de antibióticos

( ) Indicação medica; ( ) Indicação de amigos;

( ) Indicação de Balconista de Farmácia; ( ) Indicação do Profissional da Saúde;

( ) Conta própria; ( ) Não ingere;

3) Prevalência dos agentes viabilizadores da utilização de antibacterianos orais

( ) Infecção Intestinal; ( ) Dor de garganta ou gripe; ( ) infecção na Pele;

( ) Infecção urinaria; ( ) Infecção de garganta; ( ) Sinusite;

( ) outra situação;

4) Distribuição dos medicamentos utilizados

( ) Amoxicilina; ( ) Azitromicina; ( ) Cefalexicina; ( ) Oxatetraciclina;

( ) Sulfametoxazol; ( ) Ciprofloxacino; ( ) Norfloxacino; ( ) Trimetoprima;

( ) Tetraciclina; ( ) Não faz uso; ( ) Não se lembra; ( ) Outros;

5) Frequência do período de utilização de antibióticos.

( ) dose única; ( ) 02 a 6 dias; ( ) 7 dias a 10 dias ( ) acima de 10 dias;

( ) não sabem por quantos dias utilizam o antibiótico;

( ) conforme prescrição, indicação médica.

Assinatura (preencher somente com as iniciais do seu nome. Exemplo Alan Pereira dos Santos =

A.P.S.). Aluno (a) ______________________________________________