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Administração Financeira e Orçamentária Curso Regular 2019 Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 13 Prof. Dr. Giovanni Pacelli www.3dconcursos.com.br 1 de 110 AULA 13: Intervenção do Estado na Economia: Falhas de Mercado. Funções Econômicas do Orçamento. Hipóteses teóricas do crescimento das despesas públicas. SUMÁRIO PÁGINA 1.Apresentação 1 2.Intervenção do Estado na Economia e falhas de mercado 2 2.1. Bens Públicos 6 2.2. Externalidades 9 2.3. Mercados Incompletos 14 2.4. Poder de Mercado 16 2.5. Monopólios naturais 19 2.6. Assimetria de Informações 21 2.7. Ocorrência de desemprego e inflação 22 3.Atribuições Econômicas do Estado 23 3.1.Função Alocativa 24 3.2.Função Distributiva 26 3.3.Função Estabilizadora 32 4. Hipóteses teóricas do crescimento das despesas públicas 37 4.1. Interpretações neoclássicas e keynesianas 37 4.2. Interpretações neoinstitucionais 52 5.Lista das questões apresentadas 54 6.Lista das questões comentadas 77 1. APRESENTAÇÃO Pessoal, na aula de hoje veremos as falhas de mercado que justificam a intervenção do Estado na Economia. Na segunda parte da aula, apresentarei as atribuições econômicas do Estado representadas pelas três funções clássicas do orçamento. Ao final encerrando a aula, veremos as hipóteses teóricas do crescimento das despesas públicas. Além das questões de provas anteriores, as duas fontes principais de pesquisa desta aula foram: o livro do Giacomoni (Orçamento Público) e o livro do Fernando Rezende (Finanças Públicas).

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AULA 13: Intervenção do Estado na Economia: Falhas de Mercado. Funções Econômicas do Orçamento. Hipóteses teóricas do crescimento das despesas públicas.

SUMÁRIO PÁGINA

1.Apresentação 1

2.Intervenção do Estado na Economia e falhas de

mercado 2

2.1. Bens Públicos 6

2.2. Externalidades 9

2.3. Mercados Incompletos 14

2.4. Poder de Mercado 16

2.5. Monopólios naturais 19

2.6. Assimetria de Informações 21

2.7. Ocorrência de desemprego e inflação 22

3.Atribuições Econômicas do Estado 23

3.1.Função Alocativa 24

3.2.Função Distributiva 26

3.3.Função Estabilizadora 32

4. Hipóteses teóricas do crescimento das despesas

públicas 37

4.1. Interpretações neoclássicas e keynesianas 37

4.2. Interpretações neoinstitucionais 52

5.Lista das questões apresentadas 54

6.Lista das questões comentadas 77

1. APRESENTAÇÃO

Pessoal, na aula de hoje veremos as falhas de mercado que

justificam a intervenção do Estado na Economia.

Na segunda parte da aula, apresentarei as atribuições econômicas

do Estado representadas pelas três funções clássicas do orçamento.

Ao final encerrando a aula, veremos as hipóteses teóricas do

crescimento das despesas públicas.

Além das questões de provas anteriores, as duas fontes principais

de pesquisa desta aula foram: o livro do Giacomoni (Orçamento Público) e

o livro do Fernando Rezende (Finanças Públicas).

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2. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA: FALHAS DE

MERCADO

A Escola Keynesiana defendia que o governo deveria interferir na

economia por meio de políticas fiscais e monetárias, a fim de promover o

pleno emprego, a estabilidade dos preços e o crescimento econômico

(KEYNES, 1996).

Para combater a recessão ou a depressão, o governo deveria

aumentar seus gastos ou reduzir os impostos (sendo que esta última

opção aumentaria os gastos com consumo privado). Para conter a

inflação ocasionada por gastos agregados excessivos, o governo deveria

reduzir seus próprios gastos, aumentar os impostos para reduzir os

gastos com consumo privado ou reduzir a oferta de moeda para elevar as

taxas de juros, o que refrearia os gastos excessivos com investimentos

(BRUE, 2005).

As figuras 1 e 2 ilustram respectivamente as formas direta e

indireta do Estado intervir na economia.

Figura 1: Formas Intervenção Direta Estatal na Economia.

ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO ESTATAL

Intervenção Direta:

- Produção de bens e serviços

-Processo de acumulação de capital

Política de GastosEmpresas

Governamentais

-Produção de bens público;

- Produção de serviços sociais;

-Investimentos em infraestrutura econômica

-Instituições Financeiras;

-Provisão de Serviços Urbanos;

-Provisão de Serviços de Transportes.

Fonte: Adaptado de Rezende (2001).

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Figura 2: Formas Intervenção Indireta Estatal na Economia.

ALTERNATIVAS DE INTERVENÇÃO ESTATAL

Intervenção Indireta:

-Interfere nas decisões de produção do setor privado

mediante alteração dos preços relativos.

Regulação

(“Direta”)

Política

Macroeconômica

(“Indireta”)

Uso de medidas legais e traduz-se em

tabelamentos, quotas ou regulamentação

sobre preço, qualidade e quantidade.

-Política Fiscal;

-Política Monetária;

-Política Cambial.

Observa-se, pela Figura 1, que o Estado pode intervir na economia

de forma direta e indireta. Dentre as formas de intervenção direta

destacam-se a política de despesas e as empresas estatais (REZENDE,

2001). Na política de despesas, a qual é refletida no orçamento, o Estado

atua como principal cliente do mercado interno1; enquanto as estatais

atuam em setores estratégicos da indústria.

1 Na União Europeia 15% do PIB são compras governamentais, enquanto no Brasil as compras governamentais são perto de 10% do PIB (TORRES, 2012).

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Dentre as formas de intervenção indireta destacam-se a política de

receitas e regulação (REZENDE, 2001). A política de receita, que está

relacionada diretamente ao sistema tributário, compreende entre outras

medidas o aumento de impostos ou a renúncia de receitas2; enquanto na

regulação o governo, representado pelas agências reguladoras, interfere

no preço, na qualidade e na quantidade das concessões públicas.

A Literatura destaca 4 (quatro) objetivos da intervenção do Estado

na Economia:

1. Satisfação das Necessidades Coletivas;

2. Manutenção da Estabilidade Econômica;

3. Promoção do Crescimento Econômico;

4. Melhoria da Distribuição de Renda.

Por que o Estado faz a intervenção?

No mundo real, mercados perfeitamente competitivos são raros,

existindo falhas de mercados que justificam a intervenção do governo.

Segundo Mankiw (2011), Falha de Mercado seria uma situação em que

o mercado por si só fracassa ao alocar recursos com eficiência. Ou

seja, seria qualquer situação ou evento que não possa ser solucionada

pela mão invisível do mercado: a lei da oferta e da demanda. Em

determinadas situações como os bens públicos a falha de mercado é

necessária.

2 Em 2016 o governo estimou uma renúncia em torno de R$ 295 bilhões de reais (Lei 13242/2015) o que equivale a 10% do orçamento fiscal e da seguridade social que totaliza R$ 2,95 trilhões de reais.

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Quadro 1: Falhas de Mercado identificadas na literatura

Rezende (2001) Giacomoni (2012)

-Bens Públicos;

-Externalidades;

-Assimetria de Informações;

-Poder de Mercado.

-Bens públicos (Existência de);

-Externalidades;

-Falhas de informação;

-Monopólios naturais;

-Mercados incompletos;

-Ocorrência de desemprego e

inflação.

2.1. Bens Públicos

Os bens na economia podem ser agrupados segundo duas

características: propriedade da exclusão e propriedade da rivalidade.

A propriedade da exclusão significa a propriedade de um bem

segundo a qual uma pessoa pode ser impedida de usá-lo.

A propriedade da rivalidade significa a propriedade de um bem

segundo a qual sua utilização por uma pessoa impede outra de usá-lo. O

Quadro 2 ilustra as possibilidades segundo Mankiw (2011).

Quadro 2: Categoria dos bens na economia

Propriedade Rival?

Excludente?

Sim Não

Sim

Bens Privados

Exemplo:

1. Estradas com pedágio

e congestionadas

2. Sapato

Monopólios Naturais

Exemplo:

1. Estradas com pedágio e

sem congestionamento

2. Fornecimento de água e luz

Não

Recursos Comuns

Exemplo:

1. Estradas sem pedágio

e congestionadas

2. Peixes do Mar

Bens Públicos Puros

Exemplo:

1. Estradas sem pedágio e

sem congestionamento

2. Defesa Nacional

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O limite entre as quatro categorias é por vezes confuso, e depende

de gradação quanto às propriedades: da exclusão e da rivalidade. Paul

Samuelson, utiliza classificação similar de bens.

Quadro 3: Bens na visão de Samuelson

Bens Descrição

Bens Privados →

Rivais e

Excludentes

Consumo de maior quantidade de um bem privado por um

consumidor, dada a oferta, implica menor consumo para os

demais consumidores (RIVALIDADE). Por outro lado, só

tem acesso ao consumo do bem privado os consumidores

que pagarem por ele (EXCLUSÃO).

Bens Públicos

puros → Não rivais

e não excludentes

Não apresenta rivalidade no consumo e nem exclusão para

quem não paga (espontaneamente) por ele. É o caso da

defesa nacional, da segurança pública, do corpo de

bombeiros, da saúde pública, da justiça pública, da

qualidade ambiental etc. Para esses bens o usuário atribui

utilidade, mas “não revela sua preferência”, pois, decidindo

não pagar, o usuário não pode ser excluído do consumo do

serviço. Não é possível, portanto, a estimativa da curva de

demanda. O financiamento do custo de produção não pode

ser feito pelo mercado, mas por tributos.

Bens Semipúblicos

→ Podem ser rivais

e excludentes

Os bens semipúblicos, como os serviços de educação e

saúde, apresentam consumo rival e excludente, mas

apresentam também externalidades. Ou seja, o benefício

social é maior que o benefício privado (internalizado pelo

consumidor), o que também justifica a intervenção

governamental.

Exemplos: Saúde e Educação.

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Assim, o bem privado é oferecido por meio dos mecanismos

próprios do sistema de mercado. Há uma troca entre vendedor e

comprador e uma transferência da propriedade do bem. O não-

pagamento por parte do comprador impede a operação e, logicamente, o

benefício. A operação toda é, portanto, eficiente.

No caso do bem público, o sistema de mercado não teria a

mesma eficiência. Os benefícios geralmente não podem ser

individualizados nem recusados pelos consumidores. Não há rivalidade no

consumo de iluminação pública, por exemplo, e como tal não há como

excluir o consumidor pelo não-pagamento. Aqui, o processo político

substitui o sistema de mercado. Ao eleger seus representantes

(legisladores e administradores) o eleitor-consumidor aprova determinada

plataforma (programa de trabalho) para cujo financiamento irá contribuir

mediante tributos. Em função de regra constitucional básica, o programa

de bens públicos aprovado pela maioria será coberto também com as

contribuições tributárias da minoria.

Porém, há situações em que o Estado utiliza recursos

orçamentários na provisão de bens com todas as características

de bens privados. É o caso de bens mistos/meritórios como

educação ou saúde.

Os bens meritórios são bens que, apesar de possuírem

natureza de bem privado, predomina a sua característica de

possuírem utilidade social, justificando assim sua provisão

(financiamento) pelo Governo. É o caso dos subsídios ao trigo e ao leite,

serviços de saúde e educação, etc.

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1. (Cespe/CNJ/2013/Analista) A atuação em situações conhecidas como

falhas de mercados é uma forma clássica de intervenção da

administração na economia, sendo a provisão de bens públicos puros,

cujo consumo é não excludente e não rival, um exemplo desse tipo de

ação. Nesses termos, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser

definida como típico caso de provisão de bens públicos.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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1. (Cespe/CNJ/2013/Analista) A atuação em situações conhecidas como

falhas de mercados é uma forma clássica de intervenção da

administração na economia, sendo a provisão de bens públicos puros,

cujo consumo é não excludente e não rival, um exemplo desse tipo de

ação. Nesses termos, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser

definida como típico caso de provisão de bens públicos.

ERRADO, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser

definida como típico caso de provisão de bens semipúblicos ou

meritórios.

2.2. Externalidades

Segundo Mankiw (2011), externalidade seria o impacto das ações

de uma pessoa sobre o bem-estar de outras que não tomem parte na

ação. Nestas situações, o valor social/ambiental difere do valor

privado/econômico.

Se valor social/ambiental for maior que o valor privado, há uma

externalidade positiva.

Se o valor ambiental/social for maior que o valor privado, há uma

externalidade negativa.

O Quadro 4 contém as formas de lidar com as externalidades.

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Quadro 4: Formas de tratar as externalidades

Forma Descrição Aplicação para

externalidade negativa

Políticas

Públicas

Políticas de

comando e

controle

Regulamentação

O governo pode tornar obrigatório

(externalidades positivas) ou

proibido (externalidades negativas)

determinados comportamentos.

O governo estabelece um

teto máximo de 300

toneladas de poluição.

Políticas

baseadas no

mercado

Taxas Corretivas e

Subsídios

Os impostos corretivos se destinam

a induzir os decisores privados a

considerar os custos sociais que

surgem a partir de uma

externalidade negativa.

A cada tonelada de poluição

a empresa paga imposto

sobre isso.

Licenças de

Poluição

negociáveis

As empresas possuem licenças e

podem negociar entre elas.

Uma empresa pode ceder

50 toneladas seu teto de

poluição com outra empresa

que já alcançou o teto.

Soluções

Privadas

Códigos e morais e sanções sociais.

Contratos entre as partes interessadas.

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O que são impostos pigouvianos?

Seriam os impostos corretivos voltados para compensar o custo externo

de uma externalidade negativa. Foi defendido por Arthur Pigou (1877-

1959).

O que seria o teorema de coase?

Qual seu papel nas externalidades?

Teorema desenvolvido por Ronald Coase que estabelece que o próprio

mercado privado pode solucionar a questão das externalidades

respeitada duas premissas: (i) garantia do direito de propriedade; (ii)

capacidade de os agentes econômicos negociarem sem custo de alocação

de recursos.

Segundo o teorema: “se os agentes econômicos privados puderem

negociar sem custo a alocação de recursos, então o mercado privado

sempre solucionará o problema das externalidades e alocará recursos

com eficiência”.

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2. (Cespe/2012/TCE-ES/ACE) Proibir a produção ou consumo de um bem

considerado nocivo a terceiros é uma forma comum de intervenção da

administração pública na economia. Segundo o Teorema de Coase, em

condições ideais, esse tipo de intervenção não seria necessária no caso

de haver externalidades negativas, sendo suficientes, nesse caso, a

definição clara dos direitos de propriedade e a possibilidade de livre

negociação entre as partes afetadas pelo consumo do bem.

3. (MPS/2010/Analista) A existência de externalidades justifica a

intervenção do Estado; contudo, de acordo com o teorema de Coase, as

externalidades ou ineficiências econômicas podem ser, em determinadas

circunstâncias, corrigidas e internalizadas pela negociação entre as

partes afetadas, sem necessidade de regulação estatal.

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COMENTÁRIOS À QUESTÃO

2. (Cespe/2012/TCE-ES/ACE) Proibir a produção ou consumo de um bem

considerado nocivo a terceiros é uma forma comum de intervenção da

administração pública na economia. Segundo o Teorema de Coase, em

condições ideais, esse tipo de intervenção não seria necessária no caso

de haver externalidades negativas, sendo suficientes, nesse caso, a

definição clara dos direitos de propriedade e a possibilidade de livre

negociação entre as partes afetadas pelo consumo do bem.

CERTO, se garantido o direito de propriedade e os custos de

transações forem irrelevantes, as externalidades são resolvidas

não a necessidade de intervenção estatal.

3. (MPS/2010/Analista) A existência de externalidades justifica a

intervenção do Estado; contudo, de acordo com o teorema de Coase, as

externalidades ou ineficiências econômicas podem ser, em determinadas

circunstâncias, corrigidas e internalizadas pela negociação entre as

partes afetadas, sem necessidade de regulação estatal.

CERTO, se garantido o direito de propriedade e os custos de

transações forem irrelevantes, as externalidades são resolvidas

não a necessidade de intervenção estatal.

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2.3. Mercados Incompletos

Nem sempre o setor privado está disposto a assumir riscos. Desse

modo, em determinadas circunstâncias, há a necessidade de intervenção

do Estado mediante processo de planejamento exercendo a função

coordenadora.

Um exemplo que uso em sala de aula

Imagine que determinada região de ou país possui população com

elevando número de habitantes, mas que poucas empresas se prestem a

se fixar na região por falta de infraestrutura e difícil acesso, o que

tornaria seus produtos mais caros inviabilizando o consumo por aquela

população. Há demanda, mas não há oferta proporcional, ou seja: o

mercado está incompleto.

Neste caso, o Estado pode incentivar as empresas a se instalar e

comercializar na região reduzindo os impostos ou concedendo

financiamentos com taxas menores.

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4. (MPS/2010/Analista) Na área social, no Brasil, existe um mercado

incompleto no que concerne à oferta dos serviços previdenciários. Isso

ocorre porque o setor privado está disposto a assumir riscos, mesmo com

o custo de produção acima do preço que os potenciais consumidores

estão dispostos a pagar por planos de previdência complementares.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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4. (MPS/2010/Analista) Na área social, no Brasil, existe um mercado

incompleto no que concerne à oferta dos serviços previdenciários. Isso

ocorre porque o setor privado está disposto a assumir riscos, mesmo

com o custo de produção acima do preço que os potenciais

consumidores estão dispostos a pagar por planos de previdência

complementares.

ERRADO. De fato, como existem cidadãos que ganham mais que o

teto do INSS, existe um mercado para fundos previdenciários

para suprir essa demanda. Há dúvidas se este mercado está ou

não saturado. No entanto, estas empresas só assumem riscos se

o retorno for superior ao custo investido.

2.4. Poder de Mercado

Consiste na capacidade de um único agente econômico ou um

pequeno grupo de agentes econômicos tem de influenciar

significativamente os preços de mercado.

A existência de produtores e consumidores atomizados (diversos e

pulverizados) não é comum no mundo real;

Em regra, há competição imperfeita (monopólio e oligopólio). Essas

estruturas fazem a produção ser menor e o preço ser maior.

O papel do governo é limitar o poder de mercado das firmas

mediante as várias formas de regulação existentes: fixação de preço

máximo, de lucro máximo, estímulo à concorrência, seja com incentivos

diretos à instalação de competidores, seja pela limitação de fusões.

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Quadro 5: Estruturas de mercado

Estrutura Características

Concorrência Perfeita Número infinito de firmas, sem barreiras.

Concorrência

monopolística ou

imperfeita

Inúmeras empresas, produtos homogêneos ou

diferenciados, livre acesso.

Oligopólio: Pequeno número de empresas, produtos

homogêneos ou diferenciados, com barreiras.

Monopólio Uma única empresa, um produto sem

substitutos, com barreiras.

5. (Cespe/IPEA/2008) O objetivo do governo, quando procura interferir

no mercado de instituições privadas de previdência, geralmente, é

impedir a formação da concorrência monopolística.

6. (Cespe/IPEA/2008) A intervenção do governo na economia ao

promover a fusão e a incorporação de bancos estatais pode ser

justificada como reação a uma imperfeição de mercado, gerada pela

maior concentração de instituições privadas no setor, e, portanto, como

uma forma de limitar a capacidade dessas empresas na formação de

preços. Uma alternativa seria limitar as fusões e incorporações no setor

privado.

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COMENTÁRIOS À QUESTÃO

5. (Cespe/IPEA/2008) O objetivo do governo, quando procura interferir

no mercado de instituições privadas de previdência, geralmente, é

impedir a formação da concorrência monopolística.

ERRADO, a concorrência monopolística é aceitável. Devem ser

combativos monopólios e oligopólios.

6. (Cespe/IPEA/2008) A intervenção do governo na economia ao

promover a fusão e a incorporação de bancos estatais pode ser

justificada como reação a uma imperfeição de mercado, gerada pela

maior concentração de instituições privadas no setor, e, portanto, como

uma forma de limitar a capacidade dessas empresas na formação de

preços. Uma alternativa seria limitar as fusões e incorporações no setor

privado.

CERTO, a literatura cita limitar as fusões e aquisições, limitar

lucro máximo no setor. A questão inova na questão do setor

público também realizar fusões de bancos estatais.

2.5. Monopólios naturais

Esta falha surge porque uma só empresa consegue ofertar um bem

ou um serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que ocorreria

se existissem duas ou mais empresas no mercado.

Dependendo do mercado consumidor pode ser vantajoso apenas

uma empresa produtora. O Governo pode atuar de duas formas:

regulação (impedindo preços abusivos) e produção direta (ele mesmo

estabelece o preço).

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Um exemplo que uso em sala de aula

Fornecimento de Água pelo Estado. Para se levar água a comunidade

uma empresa precisa construir uma rede de tubulações. Assim, se duas

ou mais empresas competissem, cada empresa teria que pagar pelo o

custo fixo da construção das tubulações. Neste caso, o custo total médio

da água seria menor se apenas uma empresa suprisse o mercado.

7. (MPS/2010/Analista) Na existência de um monopólio natural, ou seja,

quando se configura situação de mercado em que o tamanho ótimo de

instalação e de produção de uma empresa é suficientemente grande para

atender todo o mercado, o Estado pode responsabilizar-se diretamente

pela produção do bem ou do serviço.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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7. (MPS/2010/Analista) Na existência de um monopólio natural, ou seja,

quando se configura situação de mercado em que o tamanho ótimo de

instalação e de produção de uma empresa é suficientemente grande para

atender todo o mercado, o Estado pode responsabilizar-se diretamente

pela produção do bem ou do serviço.

CERTO, os monopólios naturais devem ficar a cargo do Estado.

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2.6. Assimetria de Informações

O mercado por si só não fornece dados suficientes para que os

consumidores tomem suas decisões. Assim, considerando que a

informação é um bem público, o Estado deve introduzir legislações que

forneça maior transparência nas transações no mercado. Dois fenômenos

de destacam quando se trata de assimetria informacional: Risco Moral e

Seleção Adversa. O quadro 6 mostra as diferenças.

Quadro 6: Fenômenos de assimetria informacional

Fenômeno Descrição Exemplo

Seleção

Adversa

Uma ou mais partes em uma

transação ou potencial

transação possuem

informações vantajosas sobre

as demais partes

Os gerentes ao tomarem

conhecimento de informações

ruins não disponibilizam evitando

ou postergando as consequências

negativas para a entidade

Ocorre antes da transação.

Um cliente não informa sua

situação completa de debilidade

antes de contratar plano de saúde.

Risco Moral

Uma ou mais partes em uma

transação ou potencial

transação podem observar o

cumprimento de suas

obrigações, mas as demais

partes não.

Um gestor com um histórico

transparente e correto, após ser

nomeado adota posturas

incompatíveis com os interesses

da empresa, mas compatíveis com

seus interesses.

Ocorre após a transação.

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2.7. Ocorrência de desemprego e inflação

Em economias em desenvolvimento a ação governamental é muito

importante na geração crescimento econômico através de bancos de

desenvolvimento, na criação de postos de trabalho e na busca da

estabilidade econômica.

Em determinadas situações a eficiência do mercado pode em um

primeiro momento gerar desemprego para determinado grupo de

pessoas, para em um segundo momento gerar mais empregos para outro

grupo de pessoas. Compete ao Estado amparar aquelas pessoas e

viabilizar sua inserção do mercado de trabalho.

Um exemplo simplório que uso em sala de aula

Uma fábrica de sapatos adquire nova máquina que produz a mesma

quantidade de sapatos com 25% da mão-de-obra inicial, mas com a

contratação de dois novos operadores para a mesma. Assim, novos

empregos podem ser gerados pela tecnologia ao passo que alguns postos

de trabalho podem ser fechados. Assim, faz-se necessário que o Estado

faça intervenções para ajudar e realocar essas pessoas no mercado de

trabalho.

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3. ATRIBUIÇÕES ECONÔMICAS DO ESTADO

Seguindo linha similar de intervenção estatal na economia,

Musgrave e Musgrave (1980) estabeleceram que é de competência do

estado a execução de três funções típicas: (i) Promover ajustamentos na

alocação de recursos (função alocativa); (ii) Promover ajustamentos na

distribuição de renda (função distributiva); (iii) Manter a estabilidade

econômica (função estabilizadora).

3.1.Função Alocativa

A atividade estatal se justifica na alocação de recursos justifica-se

naqueles casos em que não houver a necessária eficiência por parte do

mecanismo de ação privada (sistema de mercado), ou seja, ocorrer uma

falha de mercado.

Dessa forma, seguem dois exemplos de aeras que justificam tal

atuação estatal: investimentos na infraestrutura econômica e a

provisão de bens públicos e bens meritórios:

Os investimentos na infraestrutura econômica, tais como

energia, transportes e comunicações, impulsionam o desenvolvimento

regional e nacional, e os altos investimentos necessários, aliados ao longo

período para obtenção de retorno do investimento, desestimulam a

iniciativa do setor privado nesses setores.

Já a demanda por bens públicos e bens meritórios possui

características peculiares que tornam inviável seu fornecimento pelo

sistema de mercado.

Por fim o Quadro 7 mostra a diferença conceitual entre os termos

produção e provisão aplicados aos bens públicos e mistos.

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Quadro 7: Produção e Provisão

Produção

Pode estar relacionado à produção e comercialização de bens

privados por empresas privadas ou empresas estatais: energia,

petroquímica, mineração, informática, siderurgia.

Pode estar relacionado à produção dos bens públicos pelas

repartições públicas como: justiça, segurança. Apesar de

alguns casos serem produzidos por empresas privadas que

mediante contrato ou acordo vendem para o Estado:

armamento, obras públicas.

Está relacionado aos bens privados e aos bens públicos.

Provisão

Os bens e serviços não são necessariamente produzidos pelo

governo, mas financiados (pagos) pelo orçamento público, tais

como: educação e saúde.

Está relacionado aos bens mistos.

Vamos fazer uma questão sobre este tema.

8. (Cespe/TCU/2008/AUFC) A teoria de finanças públicas consagra ao

Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva

e estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do mercado

de suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo. Como

esses bens e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao

Estado destinar recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer

sua demanda.

9. (Cespe/MJ/2013/Administrador) A intervenção direta do setor público

em setores de infraestrutura, que caracteriza o exercício da função

alocativa, justifica-se pela dificuldade do setor privado para aplicar

recursos em projetos de grande porte.

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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

8. (Cespe/TCU/2008/AFCE) A teoria de finanças públicas consagra ao

Estado o desempenho de três funções primordiais: alocativa, distributiva,

e estabilizadora. A função distributiva deriva da incapacidade do

mercado de suprir a sociedade de bens e serviços de consumo coletivo.

Como esses bens e serviços são indispensáveis para a sociedade, cabe ao

Estado destinar recursos de seu orçamento para produzi-los e satisfazer

sua demanda.

ERRADO. A função alocativa é que deriva da incapacidade do

mercado de suprir a sociedade de bens e serviços de consumo

coletivo.

9. (Cespe/MJ/2013/Administrador) A intervenção direta do setor público

em setores de infraestrutura, que caracteriza o exercício da função

alocativa, justifica-se pela dificuldade do setor privado para aplicar

recursos em projetos de grande porte.

CERTO, os bens de infraestrutura são bens públicos puros e

devem ter seus custos suportados pelo Estado.

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3.2.Função Distributiva

As doutrinas de bem-estar integradas na análise econômica

convencional derivam da formulação consagrada pelo nome de “ideal de

Pareto”. Segundo ela, há eficiência na economia quando a posição

de alguém sofre uma melhoria sem que nenhum outro tenha sua

situação deteriorada.

Assim, a função pública de promover ajustamentos na

distribuição de renda justifica-se, pois, como correção às falhas de

mercado (desigualdades sociais, monopólios empresariais, etc.), inerentes

ao sistema econômico capitalista. Para tanto, deve-se fugir da

idealização de Pareto, pois a melhoria da posição de certas

pessoas é feita a expensas de outras.

Por uma série de razões, a apropriação da renda e da riqueza

se dá de forma diferenciada na sociedade e, na maioria dos casos,

ela se apresenta de forma bastante concentrada. As forças do mercado,

ao invés de amenizarem este fato tendem a perpetuá-lo, quando

não o acentuam ainda mais. O Quadro 8 contém as formas do Estado

alterar esse cenário.

Quadro 8: Formas da função distributiva

Instrumentos da Função Distributiva

Segundo Rezende Segundo Giacomoni

Sistema tributário (impostos

progressivos) e política de

gastos governamentais

(despesas que beneficiem

direta ou indiretamente as

classes de renda mais baixa).

-Transferências diretas:

Exemplo: programas de redistribuição

direta de renda - Bolsa Família

-Impostos progressivos:

Exemplo: Imposto de Renda,

Impostos sobre Grandes Fortunas

-Subsídios:

Exemplo: tarifas baixas para produtos

da cesta básica

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A função de distribuição do governo tem como principal objetivo

utilizar mecanismos que visem ajustar a distribuição da renda e da

riqueza na sociedade, tornando-a menos desigual possível, fazendo-a

socialmente aceitável e economicamente funcional. Assim, pode-se

utilizar mecanismos como: transferências, tributação com impostos

progressivos ou subsídios. O ajustamento na redistribuição da renda e

da riqueza na sociedade só poderia ser feito por intermédio da

participação do governo, já que somente ele pode compulsoriamente

estabelecer mecanismos que efetivamente contribuam para o combate às

desigualdades.

Como exemplo de medidas distributivas, tem-se o imposto de

renda progressivo para financiar programas de alimentação, transporte

e moradia populares.

Tem-se ainda, concessão de subsídios aos bens de consumo

popular financiados por impostos incidentes sobre os bens consumidos

pelas classes de mais alta renda.

Vamos fazer uma questão sobre o ótimo de pareto.

10. (ANEEL/2010/Analista Administrativo) De acordo com a solução de

Pareto, considera-se que a economia atinge a máxima eficiência quando

modificações em determinada alocação de recursos se revelam capazes

de melhorar o nível de bem-estar de uma comunidade sem prejudicar o

bem-estar individual.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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10. (ANEEL/2010/Analista Administrativo) De acordo com a solução de

Pareto, considera-se que a economia atinge a máxima eficiência quando

modificações em determinada alocação de recursos se revelam

capazes de melhorar o nível de bem-estar de uma comunidade sem

prejudicar o bem-estar individual.

ERRADO. Uma situação econômica é ótima, no sentido de Pareto, se não

for possível melhorar a situação de um agente sem degradar a

situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico. O

ótimo de pareto é voltado para agentes econômicos. Uma

comunidade não representa um agente econômico.

A tributação e as transferências são os mecanismos mais

utilizados e, de certa forma, produzem resultados mais

satisfatórios.

Paralelamente aos tributos e às transferências, o governo

utiliza as legislações específicas sobre a determinação do salário mínimo,

as proteções tarifárias, os subsídios etc, como instrumentos de

redistribuição da renda. Esses mecanismos mencionados têm a

característica principal de REDISTRIBUIR RECURSOS ENTRE OS

INDIVÍDUOS NA SOCIEDADE. Assim, o governo, por um lado, retira

recursos de uma camada da sociedade por meio dos tributos e os

transfere para outra camada.

Porém, a redistribuição da renda na sociedade pode dar-se de

forma diferente mediante função de alocação. Assim, quando o

governo aplica seus recursos, obtidos através dos tributos progressivos,

em atividades ligadas a educação, saúde, transporte, que beneficiam as

camadas mais pobres da população, ele está, de certa forma, também

redistribuindo renda na sociedade via oportunidades de acesso a

esses bens para todos os indivíduos.

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O que é um imposto progressivo?

Basicamente é um imposto de quem possui mais paga mais. Geralmente

incidem sobre a renda e sobre a propriedade. Seriam os impostos

diretos. Vejamos o Quadro abaixo.

Tipo de

Imposto Característica Simplificação

Propriedade

Direto

São os tributos em que os

contribuintes são os mesmos que arcam com o

ônus da respectiva

contribuição.

Tributos cuja base econômica seja a

renda ou patrimônio.

Tendem a ser

progressivos.

Indireto

São os tributos para os

quais os contribuintes poderiam transferir total

ou parcialmente o ônus da contribuição para

terceiros.

Tributos cuja base econômica é a

transação com mercadorias ou

serviço.

Tendem a ser

regressivos.

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11. (Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os

tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem

ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de

transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público.

12. (Cespe/MJ/2013/Administrador) Ao empregar recursos públicos em

programas de construção de moradias populares para a população de

baixa renda, o Estado exerce a função distributiva.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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11. (Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os

tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem

ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de

transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público.

ERRADO, as transferências diretas e os impostos progressivos

fazem a redistribuição de renda dentro da iniciativa privada.

12. (Cespe/MJ/2013/Administrador) Ao empregar recursos públicos em

programas de construção de moradias populares para a população de

baixa renda, o Estado exerce a função distributiva.

CERTO, como se busca atingir a pessoas mais desfavorecidas,

trata-se da função distributiva.

3.3. Função estabilizadora

Antes acreditava-se que o mercado tinha a capacidade para auto

ajustar-se ao pleno emprego da economia. A flexibilidade de preços e de

salários garantiria esse equilíbrio.

Depois se constatou que o mercado não é capaz de assegurar altos

níveis de emprego, estabilidade nos preços e altas taxas de crescimento

econômico.

Assim, a função estabilizadora, a mais moderna das três funções,

utiliza instrumentos macroeconômicos para manter certo nível de

utilização de recursos, estabilizar o valor da moeda, assegurar o nível de

emprego e a estabilidade dos preços que não são resultados automáticos

do funcionamento do sistema de mercado, mas exigem intervenção do

poder público.

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O orçamento público na década de 30 constitui-se em importante

instrumento de combate à depressão dos anos 30 e a partir daí esteve

sempre em cena, lutando contra pressões inflacionárias e contra o

desemprego, fenômenos recorrentes nas economias capitalistas do pós

guerra. Em qualquer economia, os níveis de preços e de emprego

resultam dos níveis da demanda agregada, isto é, da disposição de gastar

dos consumidores, das famílias, dos capitalistas, enfim, de qualquer tipo

de comprador. Se a demanda for superior a capacidade nominal

(potencial) da produção, os preços tenderão a subir; se for inferior,

haverá desemprego. O mecanismo básico da política de estabilização é,

portanto, a ação estatal sobre a demanda agregada, aumentando-a

e reduzindo-a conforme as necessidades.

Vamos a mais uma questão.

13. (Cespe/2007/TST/Analista/Área Administrativa) O orçamento público

passa a ser utilizado sistematicamente como instrumento da política

fiscal do governo a partir da década de 30 do século XX, por influência da

doutrina keynesiana, tendo função relevante nas políticas de

estabilização da economia, na redução ou expansão do nível de

atividade.

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COMENTÁRIO À QUESTÃO

A doutrina keynesiana, pregava, em linhas bem gerais, a intervenção

estatal na vida econômica, e se contrapunham às teorias da

política de livre mercado (ou laissez-faire). Keynes desenvolve sua

teoria baseado no pressuposto de que é necessária a intervenção do

estado na economia, pois o mercado, devido a vazamentos como a

formação de estoques e redução de produção, não seria capaz de

coordená-la. Sua primeira suposição foi a existência de

desemprego. Os antigos economistas acreditavam apenas no

desemprego voluntário. Keynes, ao contrário, acreditava que a

economia estaria funcionando abaixo de seu potencial, deixando

assim uma capacidade ociosa.

Assim, o Estado, por meio do orçamento público (principal

instrumento de ação estatal na economia), intervém na atividade

econômica com basicamente três finalidades, dentre elas, a de manter

a estabilidade econômica (função estabilizadora). Essa foi a função

do orçamento aludida na questão, que pode ser observada na expressão

“função relevante nas políticas de estabilização da economia, na redução

ou expansão do nível de atividade”.

O Estado passa a intervir na economia principalmente a partir da década

de 30, época da Depressão Econômica (crise de 29 – queda da bolsa de

Nova Iorque), influenciado pela doutrina keynesiana.

Assim, a questão está certa.

Dentre os principais instrumentos para agir sobre a demanda

agregada, o governo poderá utilizar instrumentos fiscais (gastos e

tributos), de política cambial e monetária e de controle sobre preços e

salários. A Figura 3 mostra possíveis atuações da política fiscal sobre a

demanda agregada, enquanto a Figura 4 mostra possíveis atuações da

política monetária sobre a demanda agregada.

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Figura 3: Atuação da política fiscal sobre a demanda agregada

A política fiscal deve ser formulada objetivando alcançar ou manter

um elevado nível de emprego, uma razoável estabilidade no nível de

preços, o equilíbrio na balança de pagamentos e ainda uma taxa aceitável

de crescimento econômico. Desses quatro, os dois primeiros configuram o

campo de ação da função estabilizadora.

Na Figura 3 observa-se que em situações de excesso demanda

agregada, o governo pode atuar diretamente reduzindo os gastos públicos

em consumo e investimento, ou indiretamente por meio do aumento da

alíquota de impostos.

Em situações de demanda agregada recessiva, o governo pode

atuar diretamente aumentando os gastos públicos em consumo e

investimento, ou indiretamente por meio da redução da alíquota de

impostos.

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Figura 4: Atuação da política monetária sobre a demanda agregada

Na Figura 4 observa-se que em situações de excesso demanda

agregada, o governo pode atuar aumentando a taxa de juros. Em

situações de demanda agregada recessiva, o governo pode. pode atuar

diminuindo a taxa de juros. O Quadro 9 traz um resumo.

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Quadro 9: Formas da Função Estabilizadora

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4. RAZÕES DO CRESCIMENTO DAS DESPESAS PÚBLICAS

As mais diversas correntes doutrinárias no campo da economia têm

procurado as causas que determinam o crescimento das despesas

públicas e, assim, o próprio aumento da participação do Estado na

economia. De um lado, existem orientações ligadas às correntes

neoclássicas e keynesianas e, de outro, certas posições neoinstitucionais.

4.1. Interpretações neoclássicas e keynesianas

A mais antiga contribuição ao estudo do tema é geralmente

atribuída ao economista alemão Adolf Wagner. Ainda nos anos de 1880,

Wagner formulou a chamada “Lei do Crescimento Incessante das

Atividades Estatais”, com o seguinte enunciado básico:

À medida que cresce o nível de renda em países

industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais

elevadas, de tal forma que a participação relativa do

governo na economia cresce com o próprio ritmo de

crescimento econômico do país.

A lei de Wagner foi comprovada empiricamente por Richard BIRD ao

verificar que a elasticidade das despesas públicas em relação à Renda

Nacional foi sempre superior à unidade em países como Reino Unido,

Alemanha e Suécia nos períodos compreendidos entre 1910 e 1960.

Em diversas funções, os coeficientes de elasticidade renda foram

elevados, como no caso das despesas com serviços sociais e com meio

ambiente que alcançaram coeficientes respectivamente de: 5,10 e 3,40.

Ou seja, bem maior que 1.

Bird aponta três causas determinantes para a evidência formulada

por Wagner e constam no quadro 10.

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Quadro 10: Causas para crescimento das despesas para Bird

Causas Justificativa

1

O crescimento das funções

administrativas e de

segurança.

Decorrem da complexidade trazida à

vida moderna pela urbanização e pela

industrialização; as cidades

favoreceram a difusão de novos

padrões de comportamento e a

articulação de interesses por parte dos

grupos sociais de atuante presença

reivindicatória junto ao governo.

2

As crescentes demandas por

maior bem-estar social,

especialmente educação e

saúde.

3

A maior intervenção direta e

indireta do governo no

processo produtivo.

Decorre do papel dinamizador do

desenvolvimento econômico por parte

do setor público, especialmente no

fornecimento de infraestrutura

econômica, bem como da ação

intervencionista do Estado, concebida

para neutralizar certos excessos

monopolizadores de parcelas do setor

privado.

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14. (Cespe/TCU/2008/AUFC) A chamada lei de Wagner preconiza que,

em países industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais

elevadas que o nível de renda, de tal forma que a participação relativa do

governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento

econômico do país.

15. (Cespe/MPS/2010/Analista) Segundo a chamada Lei de Wagner, o

ritmo de crescimento do Estado não acompanha a evolução da renda nos

países industrializados, o que promove uma defasagem temporária entre

as despesas do governo e a sua capacidade de financiá-las.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

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14. (Cespe/TCU/2008/AUFC) A chamada lei de Wagner preconiza que,

em países industrializados, o setor público cresce sempre a taxas mais

elevadas que o nível de renda, de tal forma que a participação relativa do

governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento

econômico do país.

CERTO, a Lei do Crescimento Incessante das Atividades Estatais

de Wagner possui o seguinte enunciado básico: À medida que

cresce o nível de renda em países industrializados, o setor público cresce

sempre a taxas mais elevadas, de tal forma que a participação relativa

do governo na economia cresce com o próprio ritmo de crescimento

econômico do país.

15. (Cespe/MPS/2010/Analista) Segundo a chamada Lei de Wagner, o

ritmo de crescimento do Estado não acompanha a evolução da renda

nos países industrializados, o que promove uma defasagem

temporária entre as despesas do governo e a sua capacidade de financiá-

las.

ERRADO, na verdade a participação relativa do governo na

economia cresce com o próprio ritmo de crescimento econômico

do país.

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Gerhard Colm cita quatro causas para o aumento das despesas

estatais constantes no Quadro 11.

Quadro 11: Causas para crescimento das despesas para Colm

Causas Justificativa

1 Necessidade de Serviços

Públicos.

O governo aumenta seu raio de ação,

já que existe a demanda por seus serviços.

2 Desejo de melhores serviços públicos.

3 Os recursos disponíveis para a utilização pelo governo.

O governo possui facilidades na geração de recursos, o que estimula a

oferta de bens e serviços.

4 O custo dos serviços públicos.

Os serviços públicos são pouco suscetíveis ao emprego de fórmulas

racionalizadoras que visam à redução de seus custos.

Lei de Wagner na visão de Musgrave, Rostow e Herber

A magnitude dos gastos públicos está relacionada com

os estágios de desenvolvimento dos países. Em situações de

baixo desenvolvimento, a participação do governo na economia é

relevante, o que gera maiores gastos públicos. Por sua vez, em

situações de médio desenvolvimento, o governo atuaria de forma

complementar à iniciativa privada. Dessa forma, os gastos públicos não

seriam tão elevados no estágio de médio desenvolvimento. Agora, no

estágio de alto desenvolvimento, os gastos públicos voltariam a

crescer, por conta dos fatores da Lei de Wagner (urbanização, mudanças

demográficas e concentração da atividade econômica).

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Outro estudo de Peacock & Wiseman formularam a seguinte

hipótese básica:

O crescimento dos gastos totais do governo em

determinado país é muito mais uma função das

possibilidades da obtenção de recursos do que da expansão

dos fatores que explicam o crescimento da demanda de

serviços produzidos pelo governo.

Essa hipótese, vinculada a uma espécie de “teoria da oferta de bens

públicos” ensejou aos autores engenhosa explicação sobre o mecanismo

de geração de recursos, condição indispensável para a expansão da

oferta.

A demanda de bens e serviços públicos por parte dos indivíduos é

anulada pela não disposição dos mesmos indivíduos em contribuir via

sistema tributário para o financiamento dos encargos decorrentes desses

bens e serviços.

Tal equilíbrio é encontrado em época de normalidade e de

estabilidade econômica. Em situações de caráter excepcional

gravidade, o equilíbrio é rompido, pois os indivíduos reconhecendo a

importância da ação pública nesse momento, não opõem maior

resistência ao aumento da carga tributária; posteriormente ao cessar a

anormalidade, continuam aceitando os novos níveis tributários. Esse é o

efeito translação de Peacock & Wiseman.

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Musgrave & Musgrave testaram o efeito transação no caso

americano. Eles identificaram que a razão entre os gastos totais e no PNB

(Produto Nacional Bruto) cresceu bastante nos dois conflitos mundiais.

Esses níveis caíram após os conflitos, mas se mantiveram num patamar

superior antes dos conflitos. Eles rotularam o efeito translação de

“efeito limite”.

Musgrave & Musgrave testaram mais uma vez o “efeito limite” na

Guerra no Vietnã, porém não identificaram sua presença. Assim, eles

concluíram que a hipótese do efeito translação ou do efeito limite não

é uma explicação definitiva para o crescimento das despesas, pelo

menos no caso americano.

Fernando Rezende afirma que o efeito de translação pode ser

consequência também das fortes depressões econômicas e dos

surtos inflacionários agudos.

Rezende identifica o efeito transação no Brasil em três momentos:

(i) crescimento da despesa pública decorrente a participação do país na

segunda guerra mundial; (ii) no período de 1955/1960 decorrente do

programa desenvolvimentista; (iii) no período de 1965/1969 decorrente

de políticas econômicas que visaram simultaneamente o combate à

inflação e ao crescimento econômico.

Assim, como Musgrave & Musgrave, Rezende não vê no “efeito

translação” a explicação definitiva para o crescimento das

despesas públicas.

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A hipótese de do efeito translação de Peacock & Wiseman passa por

cima de uma questão chave: quais atribuições econômicas do

governo têm crescido nos períodos caracterizados pelo efeito

translação?

Estudo de Baer, Newfarmer e Trebat chama a atenção para a

vitalidade do capitalismo estatal brasileiro que divide com a empresa

multinacional e com o capital privado nacional as responsabilidades pelo

processo de alocação de recursos na economia as responsabilidades pela

alocação de recursos na economia. Essa composição deveria ser mais

bem conhecida, especialmente vista pelo lado do governo, principal

dinamizador do processo.

Os autores identificam três hipóteses alternativas,

denominadas “polares” constantes no Quadro 12, sobre como se dá

o controle do processo de alocação de recursos.

Quadro 12: Polares como se dá o controle do processo de alocação de recursos

Polares

1

O forte aparato econômico do governo é coadjuvante do mercado,

cujas forças orientam o crescimento econômico. As empresas estatais

surgem e se expandem em função de uma demanda não atendida pelo setor

privado, e o planejamento governamental tem como objetivo básico facilitar o

aporte de poupança para os setores privados produtivos mais importantes.

2

A ação governamental está a serviço dos setores privados nacionais e

estrangeiros. O setor público seria controlado pelo capital privado, que

necessitaria do planejamento público e de investimentos de infraestrutura

para os setores produtivos importantes.

3

A Tecnocracia se constitui em elemento novo e importante no

processo de alocação de recursos. Atrás de uma retórica defesa da livre

iniciativa, foram criadas condições para a expansão do Estado por meio da

multiplicação da unidade descentralizadas: as estatais. A tecnoburocracia

comandaria uma espécie de “Estado dentro do Estado”.

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A seguir consta Tabela-Resumo para as explicações quanto ao crescimento das funções do Estado.

Explicação Justificativa

O crescimento da renda per capita o aumento da

demanda por bens e serviços públicos.

O crescimento da renda per capita geraria aumento da

demanda de bens públicos de consumo (reivindicações

por programas culturais, lazer, educação superior).

Mudanças tecnológicas.

Alguns saltos tecnológicos são geradores de grande aumento

dos gastos públicos. Exemplo: a invenção do motor

combustível significou total revolução nos métodos de

transporte exigindo rodovias que são de competência do

Estado.

Mudanças populacionais.

Alterações na taxa de crescimento populacional refletem-se

no gasto público. Exemplo: se a taxa de natalidade é alta, o

Estado aumentará suas despesas com educação; se a

expectativa de vida aumenta, aumentam as despesas

previdenciárias.

Os custos relativos aos serviços públicos.

As atividades estatais são pouco suscetíveis ao emprego de

técnicas de racionalização e de novas tecnologias que visam

à diminuição de custos.

Mudanças no alcance das transferências sociais.

Os benefícios sociais (atendimento médico hospitalar,

diminuição do tempo de serviço para aposentadoria,

incorporação de vantagens concedidas aos empregados em

atividades) foram sendo ampliados sem a devida fonte de

financiamento.

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Efeito limite e finanças de guerra. Já visto.

Fatores políticos e Sociais.

Novos grupos sociais que passam a ter

representatividade e força política gerando novas

demandas por empreendimentos públicos.

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16. (ESAF/CGU/2005/AFFC) Os modelos macroeconômicos procuram analisar o

comportamento dos gastos públicos durante o tempo. Os modelos que tentam

associar o crescimento dos gastos públicos com os estágios de crescimento do

país foram desenvolvidos por:

a) Peacock , Wiseman e Wagner.

b) Adolpho Wagner.

c) Peacock, Wiseman e Herber.

d) Musgrave, Rostow e Herber.

e) Musgrave, Rostow e Kay

17. (FCC/2008/TCE-SP/Auditor) As dimensões do setor público no Brasil vêm

aumentando nas últimas décadas. Uma das possíveis explicações é a chamada

Lei de Wagner, a qual estabelece que:

a) o setor público cresce sempre que o nível de renda do país diminui.

b) a demanda global dos bens e serviços produzidos pelo governo tem

elasticidade-renda maior que a unidade.

c) os gastos do setor público aumentam devido a fatores exógenos à economia

(efeito-translação).

d) o crescimento das despesas do setor público se dá porque o nível do produto

per capita real da economia diminui.

e) os gastos com a defesa nacional aumentam menos proporcionalmente do que

o produto.

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18. (ESAF/2008/MPOG/APO) Com relação às hipóteses teóricas do crescimento

das despesas públicas, indique a única opção falsa.

a) Os modelos microeconômicos do crescimento dos gastos públicos são

desenvolvidos com a finalidade de explicar as variações nas demandas pelos

produtos finais do setor público.

b) As mudanças demográficas são uma importante variável para explicar as

alterações e o crescimento dos gastos públicos, seja pelo acréscimo absoluto da

população ou por sua própria distribuição etária.

c) Wagner estabeleceu como lei de expansão das atividades do Estado uma

situação em que os gastos cresceriam inevitavelmente mais rápido do que a

renda nacional, em qualquer Estado progressista.

d) Peacock e Wiseman estabeleceram que o crescimento do setor público, em

que pese o crescimento da oferta, estaria limitado pelas possibilidades de

expansão da demanda, a qual, por sua vez, é limitada pela possibilidade de

crescimento da tributação.

e) O grau de urbanização é destacado como variável importante na análise e

determinação do crescimento dos gastos nas diferentes funções exercidas pelo

governo.

19. (FCC/TRE-PR/2012/Analista/Contabilidade) Existem várias teorias que

procuram explicar o aumento histórico dos gastos públicos nas sociedades

contemporâneas. A teoria elaborada pelos economistas Peacock e Wiseman é

que

A) os gastos do setor público aumentam devido a fatores exógenos à economia,

tais como guerras, revoluções e depressões e depois se estabilizam nesse novo

patamar.

B) a demanda global dos bens produzidos pelo governo tem elasticidade-renda

maior que a unidade.

C) o setor público cresce sempre que o nível de renda do país diminui, porque a

carga tributária aumenta em função da retração do PIB.

D) o setor público absorve muito lentamente inovações tecnológicas, de modo

que a produtividade do funcionário público é menor que a dos trabalhadores em

empresas privadas.

E) os contribuintes subestimam o verdadeiro valor que pagam de impostos

(ilusão fiscal) e aceitam passivamente aumentos da carga tributária.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

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16. (ESAF/CGU/2005/AFFC) Os modelos macroeconômicos procuram

analisar o comportamento dos gastos públicos durante o tempo. Os

modelos que tentam associar o crescimento dos gastos públicos com os

estágios de crescimento do país foram desenvolvidos por:

a) Peacock , Wiseman e Wagner.

b) Adolpho Wagner.

c) Peacock, Wiseman e Herber.

d) Musgrave, Rostow e Herber.

e) Musgrave, Rostow e Kay

O grau de desenvolvimento do país afeta o crescimento das

despesas públicas na visão de Musgrave, Rostow e Herber.

Gabarito D.

17. (FCC/2008/TCE-SP/Auditor) As dimensões do setor público no Brasil

vêm aumentando nas últimas décadas. Uma das possíveis explicações é

a chamada Lei de Wagner, a qual estabelece que:

a) o setor público cresce sempre que o nível de renda do país

diminui.

ERRADO, o setor público cresce proporcionalmente mais que o

nível de renda quando este cresce.

b) a demanda global dos bens e serviços produzidos pelo governo tem

elasticidade-renda maior que a unidade.

CERTO, é exatamente o conceito.

c) os gastos do setor público aumentam devido a fatores exógenos à

economia (efeito-translação).

ERRADO, esse é o efeito translação de Peacock & Wiseman.

d) o crescimento das despesas do setor público se dá porque o nível do

produto per capita real da economia diminui.

ERRADO, aumenta.

e) os gastos com a defesa nacional aumentam menos

proporcionalmente do que o produto.

ERRADO, não há diferenciação de gastos na lei de Wagner. Assim,

todos os aumentam mais que proporcionalmente que a renda.

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18. (ESAF/2008/MPOG/APO) Com relação às hipóteses teóricas do

crescimento das despesas públicas, indique a única opção falsa.

a) Os modelos microeconômicos do crescimento dos gastos públicos são

desenvolvidos com a finalidade de explicar as variações nas demandas

pelos produtos finais do setor público.

CERTO. Todos os teóricos buscam explicar o aumento das

despesas públicas.

b) As mudanças demográficas são uma importante variável para explicar

as alterações e o crescimento dos gastos públicos, seja pelo acréscimo

absoluto da população ou por sua própria distribuição etária.

CERTO, consta como uma das causas do Quadro 10 que trata de

Richard Bird.

c) Wagner estabeleceu como lei de expansão das atividades do Estado

uma situação em que os gastos cresceriam inevitavelmente mais rápido

do que a renda nacional, em qualquer Estado progressista.

CERTO. O modelo não se aplica a estados autoritários ou

ditatoriais.

d) Peacock e Wiseman estabeleceram que o crescimento do setor

público, em que pese o crescimento da oferta, estaria limitado pelas

possibilidades de expansão da demanda, a qual, por sua vez, é

limitada pela possibilidade de crescimento da tributação.

ERRADO. Para eles, o crescimento dos gastos totais do governo

em determinado país é muito mais uma função das possibilidades

da obtenção de recursos do que da expansão dos fatores que

explicam o crescimento da demanda de serviços produzidos pelo

governo.

e) O grau de urbanização é destacado como variável importante na

análise e determinação do crescimento dos gastos nas diferentes funções

exercidas pelo governo.

CERTO, consta como uma das causas do Quadro 10 que trata de

Richard Bird.

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19. (FCC/TRE-PR/2012/Analista/Contabilidade) Existem várias teorias que

procuram explicar o aumento histórico dos gastos públicos nas sociedades

contemporâneas. A teoria elaborada pelos economistas Peacock e Wiseman é

que

A) os gastos do setor público aumentam devido a fatores exógenos à economia,

tais como guerras, revoluções e depressões e depois se estabilizam nesse novo

patamar.

CERTO, é exatamente essa teoria de Peacock e Wiseman que justificam

o efeito translação.

B) a demanda global dos bens produzidos pelo governo tem elasticidade-renda

maior que a unidade.

ERRADO, seria a lei de Wagner esse teorema.

C) o setor público cresce sempre que o nível de renda do país diminui, porque a

carga tributária aumenta em função da retração do PIB.

ERRADO, sem relação com o efeito translação.

D) o setor público absorve muito lentamente inovações tecnológicas, de modo

que a produtividade do funcionário público é menor que a dos trabalhadores em

empresas privadas.

ERRADO, sem relação com o efeito translação.

E) os contribuintes subestimam o verdadeiro valor que pagam de impostos

(ilusão fiscal) e aceitam passivamente aumentos da carga tributária.

ERRADO, sem relação com o efeito translação.

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4.2. Interpretações neoinstitucionais e a importância da

burocracia

São relativamente recentes os estudos sobre as influências

institucionais, organizacionais e do comportamento da burocracia no

crescimento do aparato do Estado.

Como decorrência das concepções: neoclássica e keynesiana, o

pensamento econômico nos países capitalistas, neste século, geralmente

tem visto a alocação de recursos pelo setor público como um

processo cumpridor da racionalidade intrínseca do sistema de

mercado.

Essa corrente racionalista tem recebido críticas da corrente

neoinstitucionalista que afirma que: a teoria política keynesiana é

estabelecida como se emanasse de déspotas benevolentes e oniscientes.

Uma das correntes neoinstitucionalistas de maior notoriedade é a

“public choice” que considera como causa principal do crescimento

das despesas públicas a diversidade existente entre o processo

político e o processo de mercado. Dentro dessa ótica, as classes de

menor renda utilizaram o processo político na busca de um incremento,

mesmo indireto, de suas rendas.

Outro estudo importante da corrente neoinstitucionalista é o

de William Niskanen que afirma que os burocratas configuram a

organização produto produtora encarregada da provisão de bens e

serviços a certa clientela, recebendo do setor patrocinador (os níveis

políticos do governo, inclusive Legislativo) determinado volume de

recursos programados (o orçamento). Neste modelo, o burocrata é um

maximizador do orçamento.

De acordo com Giacomoni, não existem estudos na linha econômica

da burocracia. Em um plano mais geral, estão os estudos de Bresser

Pereira que afirma que o modo de produção capitalista (MPC), mais

presente na Inglaterra, está sendo substituído pelo modo de produção

tecnoburocrático (MPT), sistema de dominante nas sociedades

soviética e chinesa.

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Nas situações intermediárias, países em desenvolvimento e mesmo

desenvolvidos encontram-se traços dos dois modos de produção. Esse

sistema híbrido pode ser observado no Brasil e contempla as seguintes

características constantes no Quadro 13.

Quadro 13: Características de um Sistema Híbrido (MPC para MPT)

Características

1 O capital privado é dominante, mas é evidente a progressiva ocupação

de espaços econômicos pelo capital estatal.

2

O mercado se responsabiliza pela formação de alguns preços, mas boa

parte deles é fixado, seja por meio dos controles e da ação monopolista

do Estado, seja pelos Oligopólios Privados.

3

Ao lado das classes burguesa e trabalhadora começa a surgir, de forma

bem delineada, a classe tecnoburocrática, isto é, os técnicos das mais

diversas áreas que, baseados no conhecimento (competência),

ascendem ao comando das organizações privadas e públicas.

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6. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

BATERIA Cespe

(TCU/2008/AUFC) A Aspectos culturais, históricos, sociais e políticos

evoluem ao longo do tempo, alterando a intensidade e a natureza das

demandas da sociedade por maior ou menor intervenção do Estado na

vida socioeconômica de um país. Em economias de mesmo tamanho, as

necessidades de atuação estatal sofrem a influência de desigualdades

regionais e sociais, cuja correção não dispensa a ação coletiva voltada

para a eliminação dos fatores que concorrem para a preservação dessas

disparidades. Fernando Rezende. Finanças públicas. 2.ª ed., São Paulo:

Atlas, 2001, p. 34-5 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os itens

a seguir.

1. A teoria de finanças públicas consagra ao Estado o desempenho de três

funções primordiais: alocativa, distributiva e estabilizadora. A função

distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de

bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e serviços são

indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu

orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.

Em relação às funções do governo, julgue os itens a seguir.

2. (IPEA/2008) O objetivo do governo, quando procura interferir no

mercado de instituições privadas de previdência, geralmente, é impedir a

formação da concorrência monopolística.

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3. (Cespe/IPEA/2008) Após a Segunda Guerra Mundial, os déficits

públicos excessivamente altos e a crise econômica mundial levaram à

assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do Banco Mundial e do

Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas

circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas

públicas devia ser com a função alocativa dos governos.

Com relação às funções de governo e às políticas econômicas, julgue os

itens a seguir.

4. (IPEA/2008) Os mecanismos de mercado são insatisfatórios para o

atendimento das necessidades sociais. Isso significa que os consumidores

dos bens e serviços que satisfazem essas necessidades não podem estar

sujeitos ao princípio da exclusão. Nessas circunstâncias, a condição é de

igual consumo para todos, paguem ou não por tais bens e serviços.

5. (Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os

tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem

ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de

transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público.

6. (IPEA/2008) A intervenção do governo na economia ao promover a

fusão e a incorporação de bancos estatais pode ser justificada como

reação a uma imperfeição de mercado, gerada pela maior concentração

de instituições privadas no setor, e, portanto, como uma forma de limitar

a capacidade dessas empresas na formação de preços. Uma alternativa

seria limitar as fusões e incorporações no setor privado.

7. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) O orçamento público é um

importante instrumento da política de estabilização econômica. Por isso,

não se recomenda a realização de mudanças nas receitas e nas despesas

públicas, visando o controle da inflação e do crescimento econômico.

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8. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A atividade do Estado na

alocação de recursos justifica-se naquelas situações em que são utilizadas

as receitas orçamentárias para provisão de bens que tenham as

características de bens privados, mas que momentaneamente não estão

sendo produzidos pelo mercado.

9. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A oferta do serviço público

de justiça eleitoral é um exemplo de um bem semipúblico, inerente à

função estabilizadora exercida pelo governo de assegurar condições

democráticas no país e estabilidade política.

10. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) O governo pode realizar

ajustamento na redistribuição da renda e da riqueza do país utilizando

instrumentos como transferências, impostos e subsídios. Por exemplo, o

Estado pode tributar indivíduos de alta renda e utilizar os recursos

captados para o financiamento de programas para a parcela de baixa

renda da população.

11. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A chamada função

estabilizadora exercida pelo governo visa o provimento de bens públicos

para todos os consumidores, em face das imperfeições inerentes à própria

lógica de mercado, que determina o tipo e a quantidade de bens públicos

a serem ofertados à população.

12. (BB/Certificação/2009/Setor Público) O fornecimento de bens e

serviços públicos está diretamente ligado a duas das funções do governo

relacionadas à forma e à intensidade de sua intervenção na economia,

quais sejam, as funções alocativa e distributiva.

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13. (BB/Certificação/2009/Setor Público) Em uma economia de mercado,

quando o governo realiza a tributação progressiva dos indivíduos de

maior renda e subsidia aqueles com menores rendimentos, está

exercendo a função de estabilizar a economia, em decorrência dos

desequilíbrios do sistema.

14. (ABIN/2010/Contabilidade) A ação do governo por meio da política

fiscal abrange as funções alocativa, distributiva e fiscalizadora.

15. (ABIN/2010/Contabilidade) Fatores demográficos podem explicar o

crescimento do gasto público, como ocorre, por exemplo, quando os

gastos com saúde e previdência aumentam à medida que a população se

torna idosa.

16. (ABIN/2010/Contabilidade) As externalidades positivas ou negativas

são os efeitos diretos e indiretos sobre determinados agentes do sistema

econômico e decorrem de transações sobre as quais esses agentes não

exercem controle.

17. (MPS/2010/Analista) Na área social, no Brasil, existe um mercado

incompleto no que concerne à oferta dos serviços previdenciários. Isso

ocorre porque o setor privado está disposto a assumir riscos, mesmo com

o custo de produção acima do preço que os potenciais consumidores

estão dispostos a pagar por planos de previdência complementares.

18. (Cespe/ABIN/2010/Contabilidade) Como instrumento da política de

estabilização econômica, o orçamento pode apontar ora na promoção de

uma expansão da demanda, gerando superávit, ora na contração da

demanda, gerando déficits.

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19. (Cespe/ANEEL/2010/Analista Administrativo) Uma das atribuições

econômicas governamentais é a de promover ajustamentos na alocação

de recursos, por exemplo, nas atividades relacionadas à expansão da

infraestrutura econômica. A intervenção governamental é justificada pela

ausência de condições no mercado que assegurem maior eficiência na

utilização dos recursos econômicos.

20. (Cespe/ANEEL/2010/Analista Administrativo) No cumprimento da

função da estabilizadora da economia, o governo pode fazer uso de

instrumentos macroeconômicos, como a política fiscal e a monetária. A

política fiscal pode-se manifestar diretamente por meio da variação dos

gastos públicos em consumo e investimento, ou indiretamente pela

alteração das alíquotas de impostos.

21. (ANEEL/2010/Analista Administrativo) De acordo com a solução de

Pareto, considera-se que a economia atinge a máxima eficiência quando

modificações em determinada alocação de recursos se revelam capazes

de melhorar o nível de bem-estar de uma comunidade sem prejudicar o

bem-estar individual.

22. (Cespe/MPS/2010/Analista) Uma situação econômica é ótima, no

sentido de Pareto, se não for possível melhorar a situação de um agente

sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente

econômico. Assim, o que é produzido na economia é distribuído de forma

eficiente pelos agentes econômicos, possibilitando que não sejam

necessárias mais trocas entre indivíduos.

23. (MPS/2010/Analista) Por meio da política alocativa, o governo pode

reduzir os gastos públicos, com o objetivo de inibir o consumo na

sociedade, e elevar a alíquota de impostos, visando assegurar o controle

dos preços na economia.

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24. (MPS/2010/Analista) (Cespe/MPS/2010/Analista) O aumento da carga

tributária incidente sobre a renda e o patrimônio nos últimos anos no

Brasil é um exemplo da função distributiva do governo, que passou a

promover redistribuição de renda tributando, em maior medida, os

indivíduos pertencentes às camadas de renda mais alta, transferindo-se

os recursos para o pagamento de benefícios previdenciários.

25. (Cespe/MPS/2010/Analista) O desenvolvimento do sistema de

seguridade social no Brasil após a Constituição Federal de 1988 é um

exemplo do cumprimento da função distributiva do governo.

26. (Cespe/MPS/2010/Analista) A intervenção direta do setor público na

produção de bens e serviços privados, principalmente nos setores de

infraestrutura, está em consonância com a função alocativa do governo.

27. (Cespe/MPS/2010/Analista) As políticas públicas do Estado,

principalmente a monetária e a fiscal, com vistas a promover um alto

nível de emprego na economia, são exemplos da função estabilizadora

exercida pelo governo.

28. (MPS/2010/Analista) As políticas keynesianas defendem a presença

do Estado na economia, por meio da implementação de políticas indutoras

de investimentos e geradoras de renda e emprego, combinadas com

políticas de conteúdo redistributivo.

29. (MPS/2010/Analista) Os gastos com saúde no âmbito da seguridade

social brasileira são um exemplo da provisão, por parte do setor público,

de bens meritórios, para os quais os recursos são obtidos

compulsoriamente por meio da tributação.

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30. (MPS/2010/Analista) A existência dos bens públicos é que permite a

alocação ótima de recursos na economia, superando a ineficiência do

mercado na garantia adequada de produtos e serviços que são

necessários à sociedade.

31. (MPS/2010/Analista) Uma diferença essencial entre o bem público e o

bem privado diz respeito à exclusão de determinados indivíduos do

consumo desse bem. Na medida em que o Estado regula a produção de

um bem privado, assegurando sua oferta pelo mercado, todos os

indivíduos poderão consumi-lo, sem exclusão.

32. (MPS/2010/Analista) A característica essencial dos bens semipúblicos

é seu elevado conteúdo de externalidades. Isso significa que os benefícios

advindos de seu consumo não são totalmente internalizados pelo

indivíduo que consome esses bens, espalhando-se uma parcela

considerável desses benefícios por toda a coletividade.

33.(BB/Certificação/2010/Setor Público) Existem serviços que, pela sua

natureza, são intrinsecamente públicos, mesmo que o seu fornecimento

seja privado, situação em que o Estado deve assumir a responsabilidade

como regulador ou fiscal do serviço. Por meio da regulação, busca-se,

prioritariamente, tratar, com autonomia, dos conflitos entre prestadores e

usuários dos serviços.

34.(BB/Certificação/2010/Setor Público) As circunstâncias caracterizadas

como falhas de mercado impedem a alocação eficiente ou ótima dos

recursos. A provisão de bens públicos é financiada pela tributação, por

não ser aplicável a eles o sistema de preços.

35.(BB/Certificação/2010/Setor Público) Os bens semipúblicos ou

meritórios não se submetem ao princípio da exclusão.

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36.(BB/Certificação/2010/Setor Público) O fornecimento de bens e

serviços públicos está diretamente ligado a funções do governo

relacionadas à forma e à intensidade de sua intervenção na economia.

Uma medida relacionada à função distributiva é a regulamentação do

imposto sobre grandes fortunas.

37. (MPS/2010/Analista) Na existência de um monopólio natural, ou seja,

quando se configura situação de mercado em que o tamanho ótimo de

instalação e de produção de uma empresa é suficientemente grande para

atender todo o mercado, o Estado pode responsabilizar-se diretamente

pela produção do bem ou do serviço.

38. (ANAC/2012/Analista) A função alocativa do orçamento público liga-se

à provisão de bens e serviços pelo Estado.

39. (ANAC/2012/Analista) A função estabilizadora, que corresponde à

utilização dos recursos públicos para estimular a estabilidade

macroeconômica do país, é a mais antiga das funções de orçamento

público.

40. (Cespe/MJ/2013/Analista) A intervenção direta do setor público em

setores de infraestrutura, que caracteriza o exercício da função alocativa,

justifica-se pela dificuldade do setor privado para aplicar recursos em

projetos de grande porte.

41. (Cespe/MJ/2013/Analista) Ao empregar recursos públicos em

programas de construção de moradias populares para a população de

baixa renda, o Estado exerce a função distributiva.

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42. (Cespe/CNJ/2013/Analista) A atuação em situações conhecidas como

falhas de mercados é uma forma clássica de intervenção da administração

na economia, sendo a provisão de bens públicos puros, cujo consumo é

não excludente e não rival, um exemplo desse tipo de ação. Nesses

termos, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser definida como

típico caso de provisão de bens públicos.

43. (Cespe/FUB/2013) O Estado, no cumprimento das suas atribuições

econômicas alocativa, distributiva e estabilizadora, tem como principal

fonte de receita a exploração do patrimônio público com a geração de

bens e serviços.

(Cespe/MPOG/2013/Técnico) Acerca de orçamento público, julgue os itens

a seguir.

44. A União exerce a função alocativa quando adota medidas e realiza

investimentos para criar condições favoráveis que permitam ao setor

privado oferecer produtos à sociedade.

45. A manutenção do nível de emprego e a estabilidade dos preços são

objetivos característicos da função distributiva.

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46.(TRE-MS/2013/Analista) Tendo em vista que as funções econômicas

do Estado são os principais instrumentos de ação estatal na economia,

assinale a opção correta.

a) A função estabilizadora ocorre, principalmente, nas situações em que

o governo se utiliza do orçamento para a provisão de bens mistos.

b) Para o exercício da função estabilizadora, o governo tem à disposição

dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política

monetária.

c) A função alocativa do governo justifica-se nos casos em que existe

eficiência por parte do mecanismo de ação privada (sistema de mercado).

d) A função estabilizadora, que promove o ajustamento da distribuição

de renda, visa o chamado ideal de Pareto, que preconiza a melhoria do

indivíduo sem que a situação dos demais seja deteriorada.

e) Para o exercício da função distributiva, o governo tem um único

instrumento, denominado imposto de renda progressivo por faixas de

renda.

47. (TRT-8ª Região/2013/Analista A função do orçamento que se

relaciona ao exercício de atividade empresarial por parte do Estado

denomina-se função

a) alocativa.

b) fiscal.

c) de seguridade.

d) distributiva.

e) estabilizadora.

48. (Cespe/ICMBIO/2014/Analista) A função alocativa do orçamento

justifica-se nos casos de provisão de bens públicos.

49. (Cespe/ANTAQ/2014/Analista) Uma das funções do Estado, em

relação às falhas de mercado, é reprimir o surgimento de assimetria de

informações entre os agentes econômicos de produção e de consumo.

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50. (TRE-MT/2015/Analista) Entre as funções econômicas do Estado, a

defesa nacional mediante manutenção das Forças Armadas com recursos

do orçamento público cumpre a função

a) de segurança nacional.

b) alocativa.

c) distributiva.

d) estabilizadora.

e) de especialização.

51.(DPU/2016/Contador) A função alocativa do orçamento visa à

intervenção do governo na economia, com o objetivo de diminuir as

desigualdades sociais no que se refere ao acesso a renda, bens e serviços

públicos e benefícios da vida em sociedade.

52.(TCE-PR/2016/Auditor) A função do orçamento público que visa

melhorar a posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com

isso, corrigir falhas do mercado é denominada função

a) controladora.

b) alocativa.

c) distributiva.

d) estabilizadora.

e) econômica.

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BATERIA ESAF

1. (ESAF/SEFAZ-PI/2001) A necessidade da atuação econômica do setor

público prende-se à constatação de que o sistema de preços não

consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. Entre as

opções abaixo, aponte aquela corretamente associada à função alocativa

do governo.

a) A função alocativa está associada ao fornecimento de bens e serviços

não oferecidos eficientemente pelo mercado.

b) O sistema de preços não consegue se auto - regular e, por isso, o

Estado deve atuar visando estabilizar tanto a produção quanto o

crescimento de preços.

c) A função alocativa é aquela que provoca a transferência de recursos

entre grupos da sociedade (entre classes de renda, entre trabalhadores e

empresários).

e) O sistema de preços, via de regra, não leva a uma justa distribuição de

renda e daí há a necessidade da intervenção estatal.

e) A função alocativa diz respeito às políticas relacionadas à formação de

capital, objetivando o crescimento econômico de longo prazo.

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2. (ESAF/CGU/2004) A necessidade de atuação econômica do setor

público prende-se à constatação de que o sistema de preços não

consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. Assim, é

correto afirmar que

a) a função distributiva do governo está associada ao fornecimento de

bens e serviços não oferecidos eficientemente pelo sistema de mercado.

b) a função alocativa do governo está relacionada com a intervenção do

Estado na economia para alterar o comportamento dos níveis de preços e

emprego.

c) o governo funciona como agente redistribuidor de renda através da

tributação, retirando recursos dos segmentos mais ricos da sociedade e

transferindo-os para os segmentos menos favorecidos.

d) a função estabilizadora do governo está relacionada ao fato de que o

sistema de preços não leva a uma justa distribuição de renda.

e) a distribuição pessoal de renda pode ser implementada por meio de

uma estrutura tarifária regressiva.

3. (ESAF/STN/2005) Devido a falhas de mercado e tendo em vista a

necessidade de aumentar o bem-estar da sociedade, o setor público

intervém na economia. Identifique a opção correta inerente à função

alocativa.

a) O setor público oferece bens e serviços públicos, ou interfere na oferta

do setor privado, por meio da política fiscal.

b) O setor público age na redistribuição da renda e da riqueza entre as

classes sociais.

c) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura aumentar o

nível de emprego e reduzir a taxa de inflação.

d) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura manter a

estabilidade da moeda.

e) O governo estabelece impostos progressivos, com o fim de gastar mais

em áreas mais pobres e investir em áreas que beneficiem as pessoas

carentes, como a educação e saúde.

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4. (ESAF/MPOG/2005) De acordo com a teoria das Finanças Públicas,

existem algumas circunstâncias conhecidas como falhas de mercado, que

impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto. Assinale a opção

falsa no tocante a tais circunstâncias.

a) Existência de bens públicos.

b) Externalidades.

c) Existência de monopólios naturais.

d) Maior transparência dos mercados.

e) Mercados incompletos.

5. (ESAF/CGU/2006) No mundo real, mercados perfeitamente

competitivos são raros, existindo falhas de mercado que justificam a

intervenção do governo. Identifique a opção falsa.

a) São exemplos de falhas de mercado a existência de bens públicos e de

externalidades.

b) Os bens públicos puros possuem as características de não-rivalidade e

de impossibilidade de exclusão de seu consumo.

c) O sistema de preços reflete apenas os custos e os benefícios privados,

sendo necessária a presença do governo para incorporar as

externalidades ao custo privado, mediante, por exemplo, a tributação ou

incentivo fiscal.

d) Diz-se que uma externalidade tem lugar quando a atividade econômica

dos indivíduos, na produção, consumo ou troca, não afeta e não interfere

com o interesse dos outros indivíduos.

e) Há externalidades positivas que podem demandar a intervenção

do governo para que não haja uma suboferta.

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6. (ESAF/STN/2008) Sob determinadas condições, os mercados privados

não asseguram uma alocação eficiente de recursos. Em particular, na

presença de externalidades e de bens públicos, os preços de mercado não

refletem, de forma adequada, o problema da escolha em condições de

escassez que permeia a questão econômica, abrindo espaço para a

intervenção do governo na economia, de forma a restaurar as condições

de eficiência no sentido de Pareto. Nesse contexto, é incorreto afirmar:

a) externalidades ocorrem quando o consumo e/ou a produção de um

determinado bem afetam os consumidores e/ou produtores, em outros

mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado

do bem em questão.

b) consumidores podem causar externalidades sobre produtores e vice-

versa.

c) a correção de externalidades, pelo governo, pode ser feita mediante

tributação corretiva, no caso de externalidades positivas, ou aplicação de

subsídios, no caso de externalidades negativas.

d) um exemplo de bem público puro é o sistema de defesa nacional, cujo

consumo se caracteriza por ser não-excludente e não-rival.

e) falhas de mercado são fenômenos que impedem que a economia

alcance o estado de bem-estar social, por meio do livre mercado, sem

interferência do governo.

7. (ESAF/STN/2008) A aplicação das diversas políticas econômicas a fim de

promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da

incapacidade do mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos,

compreende a seguinte função do Governo:

a) Função Estabilizadora.

b) Função Distributiva.

c) Função Monetária.

d) Função Desenvolvimentista.

e) Função Alocativa.

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8. (ESAF/STN/2008) Com base nas funções clássicas do Estado, assinale a única

opção falsa.

a) As necessidades meritórias são aquelas que também são atendidas pelo setor

privado e, portanto, não estão sujeitas ao princípio da exclusão.

b) A função estabilizadora do governo concentra seus esforços na manutenção

de um alto nível de utilização de recursos e de um valor estável da moeda.

c) As necessidades meritórias e as necessidades sociais são atendidas,

no Brasil, pelas três esferas de governo.

d) Na atual conjuntura brasileira, verifica-se atividade governamental no que se

refere à distribuição de renda, via ações compensatórias, tais como as

transferências de renda por meio da distribuição de cestas básicas.

e) A função alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e

serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

9. (ESAF/MPOG/APO/2008) De acordo com os fundamentos teóricos das

finanças públicas, assinale a única opção correta com relação aos

objetivos da política orçamentária.

a) A alocação dos recursos por parte do governo tem como objetivo

principal a oferta de determinados bens e serviços, que são necessários e

desejados pela sociedade.

b) Outro objetivo da função de alocação de recursos por parte do governo

refere-se à oferta de bens sociais.

c) A função de distribuição do governo tem como objetivo principal utilizar

mecanismos que visem ajustar a distribuição da renda e da riqueza da

sociedade, principalmente por meio da tributação e das transferências.

d) Por meio da utilização dos instrumentos fiscais, o governo intervém no

nível de emprego, nos gastos privados, no nível de renda, entre outros,

tendo como objetivo principal a manutenção de determinada estabilidade

no nível de emprego e dos preços.

e) Na tentativa de assegurar a distribuição eficiente dos recursos, o

governo pode produzir diretamente os produtos ou utilizar-se de

mecanismos que façam com que sejam oferecidos pelo setor privado.

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10.(CGU/2008/AFFC) O Orçamento é um dos principais instrumentos da

política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos

objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que não se

enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas funções clássicas

do orçamento.

a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre

os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções

elementares do Estado, como justiça e segurança.

b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e

serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último

principalmente nas situações em que os bens não são providos pelo setor

privado.

c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.

d) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de

Responsabilidade Fiscal.

e) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar

os seus efeitos.

11. (ESAF/APO/2015) Identifique a opção incorreta sob o ponto de vista

das funções clássicas do Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora.

a) A função alocativa tem a característica de não excluir ninguém e nem

de concorrer com os bens privados.

b) A função distributiva visa determinar o tipo e a quantidade de bens

públicos a serem ofertados.

c) A função estabilizadora tem como objetivo o uso da política econômica

visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à

obtenção de uma taxa apropriada de crescimento econômico.

d) O processo político surge como substituto do mecanismo do sistema de

mercado no caso das funções clássicas do Estado.

e) Existe também a provisão por parte do setor público dos chamados

bens “semipúblicos” ou “meritórios”, que constituem um caso

intermediário entre os bens privados e os bens públicos.

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12. (ESAF/APO/2015) Com relação à função do Estado moderno, não é

correto afirmar que:

a) existem bens públicos.

b) a falha de competição se reflete na existência de monopólios naturais.

c) os mercados são completos.

d) ocorrem externalidades.

e) temos falhas de informação.

13. (ESAF/ANAC/2016) A ação do governo por meio da política fiscal

abrange três funções básicas: a função alocativa, a função distributiva e a

função estabilizadora. Com relação às políticas alocativa, distributiva e

estabilizadora do governo, assinale a opção incorreta.

a) A alocação dos recursos pelo governo tem como objetivo principal a

oferta de determinados bens e serviços, que são necessários e desejados

pela sociedade e não são providos pelo setor privado.

b) A política distributiva altera a distribuição de renda ditada pelos

mercados na medida em que se torna socialmente inaceitável.

c) A política estabilizadora busca a equidade.

d) A ação distributiva da renda é feita por meio de oportunidades

educacionais, pagamentos em dinheiro e gastos públicos sociais.

e) As medidas de estabilização dizem respeito às grandes variáveis

macroeconômicas, cujo desempenho afeta a economia em uma dimensão

nacional.

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14. (ESAF/ANAC/2016) A diversificação dos objetivos da intervenção

governamental na atividade econômica requer um esforço organizado de

planejamento e organização. Tais objetivos podem ser agrupados em

quatro grandes categorias, exceto:

a) satisfação das necessidades coletivas.

b) aumento da carga tributária.

c) manutenção da estabilidade econômica.

d) promoção do crescimento econômico.

e) melhoria na distribuição de renda.

15. (ESAF/ANAC/2016) Com base na Teoria das Finanças Públicas,

identifique a única característica que não pertence a um bem público.

a) É um bem não rival.

b) O consumo do bem é coletivo.

c) É um bem indivisível.

d) São bens tangíveis e intangíveis.

e) São bens sujeitos ao princípio da exclusão.

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BATERIA FCC

1. (FCC/TRE-RN/2005) São atribuições econômicas governamentais:

a) promover o bem estar social, saúde e educação; manter a estabilidade

econômica.

b) controlar a dívida externa, produção, câmbio e a inflação, bem como

manter a liquidez do mercado de capitais.

c) controlar a dívida externa, produção, câmbio e a inflação, bem como

manter a estabilidade econômica.

d) promover ajustamentos na alocação de recursos e na distribuição de

renda, bem como manter a estabilidade econômica.

e) promover o bem estar social, controlar a dívida externa, produção,

câmbio e a inflação, bem como manter a estabilidade econômica.

2. (FCC/APO/SEFAZ-SP/2010) O principal instrumento de ação estatal na

economia é o orçamento público, cujas funções, coincidentes com as

próprias funções do Estado, classicamente, são divididas em alocativa,

distributiva e estabilizadora. Sobre este assunto, considere:

I. A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos

em que não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo da

ação privada, como no caso de investimentos em infraestrutura

econômica.

II. O sistema de mercado não tem a mesma eficiência na provisão de

bens públicos, como na de bens privados, daí a necessidade de atuação

do Estado na prestação de serviços de segurança pública, por exemplo.

III. A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos

níveis de preços configuram o campo de ação da função distributiva.

IV. Os tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e as

transferências de recursos paras as classes de renda mais baixa são

mecanismos fiscais para viabilização das políticas públicas de distribuição

de renda.

Está correto o que se afirma APENAS em

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a) I, II e IV.

b) I, III e IV.

c) II, III e IV.

d) II e IV.

e) III e IV.

3.(FCC/2012/PGE-SP/Procurador) As agência de fomento constituem-se

em instrumento de atuação do Estado na economia, visando suprir falhas

de mercado mediante atuação como agente indutor de desenvolvimento,

propiciando externalidades sociais positivas que não são valoradas pelo

setor financeiro privado.

4. (FCC/2013/MPE-AM/Agente) A Lei Orçamentária Anual (LOA) tem como

funções do orçamento a alocativa, a distributiva e a estabilizadora.

5. (FCC/2018/CLDF/Consultor) Uma forma de analisar a ação pública na

economia se dá ao considerar o papel do Estado

(A) no tratamento de monopólios naturais, em sua função tipicamente

distributiva.

(B) em sua função tipicamente estabilizadora, ao regular a provisão de

bens públicos.

(C) na utilização da política monetária, em sua função estabilizadora.

(D) na regulação de bens onde inexistam falhas de mercado, o que

caracteriza um exemplo típico de sua função distributiva.

(E) em face da distribuição de renda, que caracteriza típico exemplo de

sua função alocativa.

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BATERIA FGV

1. (FGV/AL-MA/2013) No planejamento governamental, o orçamento

recebe grande destaque em seu aspecto econômico, revelando-se um

instrumento de ação estatal na economia de forma a executar suas

diversas funções. Com relação à finalidade da função distributiva,

assinale a afirmativa correta.

a) Manter a estabilidade econômica tendo como finalidade principal o

combate à inflação e o consequente aumento de renda da população

economicamente ativa

b) Buscar o equilíbrio entre as execuções da receita e despesa públicas a

fim de distribuir as políticas públicas conforme a capacidade de

arrecadação

c) Promover ajustamentos na alocação de recursos orçamentários

buscando a manutenção dos gastos com custeio e os investimentos

necessários para a melhoria da qualidade das ofertas de bens e serviços.

d) Promover o ajustamento na distribuição de rendas na busca da

melhoria progressiva da qualidade de vida das camadas mais pobres da

população

e) Ampliar a atuação do Estado nos três níveis de poder de forma a

atender satisfatoriamente todas as demandas da população apresentadas

pelas lideranças partidárias.

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2. (FGV/ISS/2016) Em relação às funções do governo, analise as

afirmativas a seguir.

I. A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função

distributiva ou estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os

valores arrecadados.

II. A expansão do sistema de água e esgoto para áreas desfavorecidas

está relacionada à função distributiva.

III. Um programa de estímulo às contratações de jovens por empresas,

em contrapartida de abono fiscal, é considerado função estabilizadora.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

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6. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

BATERIA Cespe

(TCU/2008/AUFC) A Aspectos culturais, históricos, sociais e políticos

evoluem ao longo do tempo, alterando a intensidade e a natureza das

demandas da sociedade por maior ou menor intervenção do Estado na

vida socioeconômica de um país. Em economias de mesmo tamanho, as

necessidades de atuação estatal sofrem a influência de desigualdades

regionais e sociais, cuja correção não dispensa a ação coletiva voltada

para a eliminação dos fatores que concorrem para a preservação dessas

disparidades. Fernando Rezende. Finanças públicas. 2.ª ed., São Paulo:

Atlas, 2001, p. 34-5 (com adaptações).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue os itens

a seguir.

1. A teoria de finanças públicas consagra ao Estado o desempenho de três

funções primordiais: alocativa, distributiva e estabilizadora. A função

distributiva deriva da incapacidade do mercado de suprir a sociedade de

bens e serviços de consumo coletivo. Como esses bens e serviços são

indispensáveis para a sociedade, cabe ao Estado destinar recursos de seu

orçamento para produzi-los e satisfazer sua demanda.

ERRADO, seria a função alocativa.

Em relação às funções do governo, julgue os itens a seguir.

2. (IPEA/2008) O objetivo do governo, quando procura interferir no

mercado de instituições privadas de previdência, geralmente, é impedir a

formação da concorrência monopolística.

ERRADO, é impedir a formação de monopólio e oligopólio.

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3. (Cespe/IPEA/2008) Após a Segunda Guerra Mundial, os déficits

públicos excessivamente altos e a crise econômica mundial levaram à

assinatura do Acordo de Bretton Woods e à criação do Banco Mundial e do

Fundo Monetário Internacional (FMI). É correto afirmar que, nessas

circunstâncias, a maior preocupação dos formuladores de políticas

públicas devia ser com a função alocativa dos governos.

ERRADO, seria a função estabilizadora

Com relação às funções de governo e às políticas econômicas, julgue os

itens a seguir.

4. (IPEA/2008) Os mecanismos de mercado são insatisfatórios para o

atendimento das necessidades sociais. Isso significa que os consumidores

dos bens e serviços que satisfazem essas necessidades não podem estar

sujeitos ao princípio da exclusão. Nessas circunstâncias, a condição é de

igual consumo para todos, paguem ou não por tais bens e serviços.

CERTO, os bens públicos destinados a atender as necessidades

sociais devem ser disponibilizados a todos mesmo que não

paguem os impostos.

5. (Cespe/IPEA/2008) As transferências, da mesma forma que os

tributos, são mecanismos utilizados pelos governos para promoverem

ajustes na distribuição de renda de uma população, com o objetivo de

transferirem recursos da iniciativa privada para o setor público.

ERRADO, o objetivo seria redistribuir os recursos dentro do setor

privado.

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6. (IPEA/2008) A intervenção do governo na economia ao promover a

fusão e a incorporação de bancos estatais pode ser justificada como

reação a uma imperfeição de mercado, gerada pela maior concentração

de instituições privadas no setor, e, portanto, como uma forma de limitar

a capacidade dessas empresas na formação de preços. Uma alternativa

seria limitar as fusões e incorporações no setor privado.

CERTO, a literatura cita limitar as fusões e aquisições, limitar lucro

máximo no setor. A questão inova na questão do setor público

também realizar fusões de bancos estatais.

7. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) O orçamento público é um

importante instrumento da política de estabilização econômica. Por isso,

não se recomenda a realização de mudanças nas receitas e nas

despesas públicas, visando o controle da inflação e do crescimento

econômico.

ERRADO, o aumento ou redução de receitas ou despesas são

mecanismos da política fiscal para controlar a inflação e promover

o crescimento econômico.

8. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A atividade do Estado na

alocação de recursos justifica-se naquelas situações em que são utilizadas

as receitas orçamentárias para provisão de bens que tenham as

características de bens privados, mas que momentaneamente não

estão sendo produzidos pelo mercado.

ERRADO, se justifica apenas na produção de bens público e

provisão de bens semipublicos, ou seja, bens privados, mas que

gerem externalidades positivas.

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9. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A oferta do serviço público

de justiça eleitoral é um exemplo de um bem semipúblico, inerente à

função estabilizadora exercida pelo governo de assegurar condições

democráticas no país e estabilidade política.

ERRADO, seria um bem público puro inerente a função alocativa.

10. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) O governo pode realizar

ajustamento na redistribuição da renda e da riqueza do país utilizando

instrumentos como transferências, impostos e subsídios. Por exemplo, o

Estado pode tributar indivíduos de alta renda e utilizar os recursos

captados para o financiamento de programas para a parcela de baixa

renda da população.

CERTO, os impostos progressivos e as transferências de renda são

instrumentos da função distributiva.

11. (TRE/MG/2009/Técnico em Contabilidade) A chamada função

estabilizadora exercida pelo governo visa o provimento de bens públicos

para todos os consumidores, em face das imperfeições inerentes à própria

lógica de mercado, que determina o tipo e a quantidade de bens públicos

a serem ofertados à população.

ERRADO, seria função alocativa.

12. (BB/Certificação/2009/Setor Público) O fornecimento de bens e

serviços públicos está diretamente ligado a duas das funções do governo

relacionadas à forma e à intensidade de sua intervenção na economia,

quais sejam, as funções alocativa e distributiva.

CERTO, os bens públicos naturalmente são relacionados a função

alocativa. Porém, os bens públicos podem ser direcionados a

parcelas da população mais desfavorecidas. Neste caso, se

caracteriza a função distributiva.

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13. (BB/Certificação/2009/Setor Público) Em uma economia de mercado,

quando o governo realiza a tributação progressiva dos indivíduos de

maior renda e subsidia aqueles com menores rendimentos, está

exercendo a função de estabilizar a economia, em decorrência dos

desequilíbrios do sistema.

ERRADO, neste caso seria função distributiva.

14. (ABIN/2010/Contabilidade) A ação do governo por meio da política

fiscal abrange as funções alocativa, distributiva e fiscalizadora.

CERTO, sem comentários adicionais.

15. (ABIN/2010/Contabilidade) Fatores demográficos podem explicar o

crescimento do gasto público, como ocorre, por exemplo, quando os

gastos com saúde e previdência aumentam à medida que a população se

torna idosa.

CERTO, esses gastos sociais dependem das características

populacionais.

16. (ABIN/2010/Contabilidade) As externalidades positivas ou negativas

são os efeitos diretos e indiretos sobre determinados agentes do sistema

econômico e decorrem de transações sobre as quais esses agentes não

exercem controle.

CERTO, ocorrem quando o valor econômico não é capaz de

capturar o valor social ou ambiental associado a transação do

agente econômico.

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17. (MPS/2010/Analista) Na área social, no Brasil, existe um mercado

incompleto no que concerne à oferta dos serviços previdenciários. Isso

ocorre porque o setor privado está disposto a assumir riscos, mesmo

com o custo de produção acima do preço que os potenciais

consumidores estão dispostos a pagar por planos de previdência

complementares.

ERRADO. De fato, como existem cidadãos que ganham mais que o

teto do INSS, existe um mercado para fundos previdenciários para

suprir essa demanda. Há dúvidas se este mercado está ou não

saturado. No entanto, estas empresas só assumem riscos se o

retorno for superior ao custo investido.

18. (Cespe/ABIN/2010/Contabilidade) Como instrumento da política de

estabilização econômica, o orçamento pode apontar ora na promoção

de uma expansão da demanda, gerando superávit, ora na

contração da demanda, gerando déficits.

ERRADO, se o governo optar por promover uma expansão da

demanda agregada deverá reduzir os impostos e aumentar os

gastos, o que acarretará um déficit.

19. (Cespe/ANEEL/2010/Analista Administrativo) Uma das atribuições

econômicas governamentais é a de promover ajustamentos na alocação

de recursos, por exemplo, nas atividades relacionadas à expansão da

infraestrutura econômica. A intervenção governamental é justificada pela

ausência de condições no mercado que assegurem maior eficiência na

utilização dos recursos econômicos.

CERTO, é uma das justificativas da função alocativa.

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20. (Cespe/ANEEL/2010/Analista Administrativo) No cumprimento da

função da estabilizadora da economia, o governo pode fazer uso de

instrumentos macroeconômicos, como a política fiscal e a monetária. A

política fiscal pode-se manifestar diretamente por meio da variação dos

gastos públicos em consumo e investimento, ou indiretamente pela

alteração das alíquotas de impostos.

CERTO, conforme vimos no Quadro 9, a literatura considera a

decisão dos gastos uma relação direta, e a decisão de alíquotas

uma relação indireta.

21. (ANEEL/2010/Analista Administrativo) De acordo com a solução de

Pareto, considera-se que a economia atinge a máxima eficiência quando

modificações em determinada alocação de recursos se revelam

capazes de melhorar o nível de bem-estar de uma comunidade sem

prejudicar o bem-estar individual.

ERRADO. Uma situação econômica é ótima, no sentido de Pareto, se não

for possível melhorar a situação de um agente sem degradar a

situação ou utilidade de qualquer outro agente econômico. O

ótimo de pareto é voltado para agentes econômicos. Uma

comunidade não representa um agente econômico.

22. (Cespe/MPS/2010/Analista) Uma situação econômica é ótima, no

sentido de Pareto, se não for possível melhorar a situação de um agente

sem degradar a situação ou utilidade de qualquer outro agente

econômico. Assim, o que é produzido na economia é distribuído de forma

eficiente pelos agentes econômicos, possibilitando que não sejam

necessárias mais trocas entre indivíduos.

CERTO. Quando se alcança o ponto ótimo não faz sentido ter mais

trocas, pois a distribuição econômica da riqueza foi eficiente.

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23. (MPS/2010/Analista) Por meio da política alocativa, o governo

pode reduzir os gastos públicos, com o objetivo de inibir o consumo na

sociedade, e elevar a alíquota de impostos, visando assegurar o controle

dos preços na economia.

ERRADO, seria a política estabilizadora.

24. (MPS/2010/Analista) (Cespe/MPS/2010/Analista) O aumento da carga

tributária incidente sobre a renda e o patrimônio nos últimos anos no

Brasil é um exemplo da função distributiva do governo, que passou a

promover redistribuição de renda tributando, em maior medida, os

indivíduos pertencentes às camadas de renda mais alta, transferindo-se

os recursos para o pagamento de benefícios previdenciários.

ERRADO, a carga tributária nos últimos anos afetou mais as

camadas de renda mais baixa, haja vista a existência mais

impostos indiretos do que impostos diretos, e existirem poucos

impostos progressivos (IR, IPVA e IPTU). O erro da questão a meu

ver reside do fato de que os recursos do Imposto de renda são

destinados para: FPE, FPM, FCO, FNE, FNO, educação.

Originalmente não há recursos do IR para os benefícios

previdenciários.

25. (Cespe/MPS/2010/Analista) O desenvolvimento do sistema de

seguridade social no Brasil após a Constituição Federal de 1988 é um

exemplo do cumprimento da função distributiva do governo.

ERRADO, o sistema de seguridade social já existia antes da

CF/1998.

26. (Cespe/MPS/2010/Analista) A intervenção direta do setor público na

produção de bens e serviços privados, principalmente nos setores de

infraestrutura, está em consonância com a função alocativa do governo.

CERTO, os bens de infraestrutura justifica a função alocativa.

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27. (Cespe/MPS/2010/Analista) As políticas públicas do Estado,

principalmente a monetária e a fiscal, com vistas a promover um alto

nível de emprego na economia, são exemplos da função estabilizadora

exercida pelo governo.

CERTO, esses são exemplos clássicos da função estabilizadora.

28. (MPS/2010/Analista) As políticas keynesianas defendem a presença

do Estado na economia, por meio da implementação de políticas indutoras

de investimentos e geradoras de renda e emprego, combinadas com

políticas de conteúdo redistributivo.

CERTO, os keynesianistas defendem a intervenção da economia.

29. (MPS/2010/Analista) Os gastos com saúde no âmbito da seguridade

social brasileira são um exemplo da provisão, por parte do setor público,

de bens meritórios, para os quais os recursos são obtidos

compulsoriamente por meio da tributação.

CERTO, os bens públicos (infraestrutura, defesa nacional, etc) e

semipublicos (saúde, educação) são financiados via tributos.

30. (MPS/2010/Analista) A existência dos bens públicos é que permite a

alocação ótima de recursos na economia, superando a ineficiência do

mercado na garantia adequada de produtos e serviços que são

necessários à sociedade.

ERRADO, a existência de bens públicos é a própria ineficiência de

mercado.

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31. (MPS/2010/Analista) Uma diferença essencial entre o bem público e o

bem privado diz respeito à exclusão de determinados indivíduos do

consumo desse bem. Na medida em que o Estado regula a produção de

um bem privado, assegurando sua oferta pelo mercado, todos os

indivíduos poderão consumi-lo, sem exclusão.

ERRADO, a regulação não altera a propriedades de um bem

privado que continua sujeito a exclusão e rivalidade.

32. (MPS/2010/Analista) A característica essencial dos bens semipúblicos

é seu elevado conteúdo de externalidades. Isso significa que os benefícios

advindos de seu consumo não são totalmente internalizados pelo

indivíduo que consome esses bens, espalhando-se uma parcela

considerável desses benefícios por toda a coletividade.

CERTO, os bens semipublicos geram externalidades.

33.(BB/Certificação/2010/Setor Público) Existem serviços que, pela sua

natureza, são intrinsecamente públicos, mesmo que o seu fornecimento

seja privado, situação em que o Estado deve assumir a responsabilidade

como regulador ou fiscal do serviço. Por meio da regulação, busca-se,

prioritariamente, tratar, com autonomia, dos conflitos entre prestadores e

usuários dos serviços.

CERTO, um exemplo clássico seriam as agências reguladoras que

intermediam conflitos entre prestadores e usuários dos serviços.

34.(BB/Certificação/2010/Setor Público) As circunstâncias caracterizadas

como falhas de mercado impedem a alocação eficiente ou ótima dos

recursos. A provisão de bens públicos é financiada pela tributação, por

não ser aplicável a eles o sistema de preços.

CERTO. As falhas de mercado surgem nos casos em que o sistema

de mercado não atua com eficiência. Os bens públicos devem ser

financiados via tributos.

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35.(BB/Certificação/2010/Setor Público) Os bens semipúblicos ou

meritórios não se submetem ao princípio da exclusão.

ERRADO, se submetem uma vez que são bens privados. A sua

diferença em relação aos privados, é que os bens semipúblicos

possuem externalidades positivas.

36.(BB/Certificação/2010/Setor Público) O fornecimento de bens e

serviços públicos está diretamente ligado a funções do governo

relacionadas à forma e à intensidade de sua intervenção na economia.

Uma medida relacionada à função distributiva é a regulamentação do

imposto sobre grandes fortunas.

CERTO, o imposto sobre grandes fortunas tende a incidir sobre a

população de maior renda e patrimônio. Este recurso pode ser

utilizado para políticas públicas voltadas a população menos

favorecida.

37. (MPS/2010/Analista) Na existência de um monopólio natural, ou seja,

quando se configura situação de mercado em que o tamanho ótimo de

instalação e de produção de uma empresa é suficientemente grande para

atender todo o mercado, o Estado pode responsabilizar-se diretamente

pela produção do bem ou do serviço.

CERTO, os monopólios naturais devem ficar a cargo do Estado.

38. (ANAC/2012/Analista) A função alocativa do orçamento público liga-se

à provisão de bens e serviços pelo Estado.

CERTO, a provisão de bens pelo estado caracteriza a função

alocativa.

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39. (ANAC/2012/Analista) A função estabilizadora, que corresponde à

utilização dos recursos públicos para estimular a estabilidade

macroeconômica do país, é a mais antiga das funções de orçamento

público.

ERRADO, a mais antiga seria a função alocativa. A mais moderna

seria a função estabilizadora.

40. (Cespe/MJ/2013/Analista) A intervenção direta do setor público em

setores de infraestrutura, que caracteriza o exercício da função alocativa,

justifica-se pela dificuldade do setor privado para aplicar recursos em

projetos de grande porte.

CERTO, bens de infraestrutura são bens públicos e caracterizam a

função alocativa.

41. (Cespe/MJ/2013/Analista) Ao empregar recursos públicos em

programas de construção de moradias populares para a população de

baixa renda, o Estado exerce a função distributiva.

CERTO, como a ênfase foi a população de baixa renda, caracteriza-

se a função distributiva.

42. (Cespe/CNJ/2013/Analista) A atuação em situações conhecidas como

falhas de mercados é uma forma clássica de intervenção da administração

na economia, sendo a provisão de bens públicos puros, cujo consumo é

não excludente e não rival, um exemplo desse tipo de ação. Nesses

termos, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser definida

como típico caso de provisão de bens públicos.

ERRADO, a oferta de serviços públicos de saúde poderia ser

definida como típico caso de provisão de bens semipúblicos ou

meritórios.

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43. (Cespe/FUB/2013) O Estado, no cumprimento das suas atribuições

econômicas alocativa, distributiva e estabilizadora, tem como principal

fonte de receita a exploração do patrimônio público com a geração

de bens e serviços.

ERRADO, a fonte principal seria compulsoriamente via tributos.

(Cespe/MPOG/2013/Técnico) Acerca de orçamento público, julgue os itens

a seguir.

44. A União exerce a função alocativa quando adota medidas e realiza

investimentos para criar condições favoráveis que permitam ao setor

privado oferecer produtos à sociedade.

CERTO, por exemplo, a União ao construir rodovias e outros

modais, favorecer o escoamento da produção e aumenta o

interesse das empresas em se instalar em determinada região.

45. A manutenção do nível de emprego e a estabilidade dos preços são

objetivos característicos da função distributiva.

ERRADO, função estabilizadora.

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46.(TRE-MS/2013/Analista) Tendo em vista que as funções econômicas

do Estado são os principais instrumentos de ação estatal na economia,

assinale a opção correta.

a) A função estabilizadora ocorre, principalmente, nas situações em

que o governo se utiliza do orçamento para a provisão de bens mistos.

ERRADO, seria função alocativa.

b) Para o exercício da função estabilizadora, o governo tem à disposição

dois instrumentos macroeconômicos: a política fiscal e a política

monetária.

CERTO, são os dois instrumentos da função estabilizadora.

c) A função alocativa do governo justifica-se nos casos em que existe

eficiência por parte do mecanismo de ação privada (sistema de

mercado).

ERRADO, nos casos em que há ineficiência por parte do

mecanismo de ação privada (sistema de mercado).

d) A função estabilizadora, que promove o ajustamento da distribuição

de renda, visa o chamado ideal de Pareto, que preconiza a melhoria

do indivíduo sem que a situação dos demais seja deteriorada.

ERRADO, a função distributiva promove o ajustamento da

distribuição de renda e vai contra o chamado ideal de Pareto.

e) Para o exercício da função distributiva, o governo tem um único

instrumento, denominado imposto de renda progressivo por faixas de

renda.

ERRADO, existem outros, por exemplo: subsídios, transferências

de renda direta.

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47. (TRT-8ª Região/2013/Analista A função do orçamento que se

relaciona ao exercício de atividade empresarial por parte do Estado

denomina-se função

a) alocativa.

b) fiscal.

c) de seguridade.

d) distributiva.

e) estabilizadora.

O estado como produtor de bens públicos está na função

alocativa, gabarito A.

48. (Cespe/ICMBIO/2014/Analista) A função alocativa do orçamento

justifica-se nos casos de provisão de bens públicos.

CERTO, sem comentários adicionais.

49. (Cespe/ANTAQ/2014/Analista) Uma das funções do Estado, em

relação às falhas de mercado, é reprimir o surgimento de assimetria de

informações entre os agentes econômicos de produção e de consumo.

ERRADO, seria regular o grau de assimetria de informações.

50. (TRE-MT/2015/Analista) Entre as funções econômicas do Estado, a

defesa nacional mediante manutenção das Forças Armadas com recursos

do orçamento público cumpre a função

a) de segurança nacional.

b) alocativa.

c) distributiva.

d) estabilizadora.

e) de especialização.

A defesa nacional é um bem público, logo caracteriza a função

alocativa, gabarito B.

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51.(DPU/2016/Contador) A função alocativa do orçamento visa à

intervenção do governo na economia, com o objetivo de diminuir as

desigualdades sociais no que se refere ao acesso a renda, bens e serviços

públicos e benefícios da vida em sociedade.

ERRADO, seria função distributiva.

52.(TCE-PR/2016/Auditor) A função do orçamento público que visa

melhorar a posição de algumas pessoas em detrimento de outras e, com

isso, corrigir falhas do mercado é denominada função

a) controladora.

b) alocativa.

c) distributiva.

d) estabilizadora.

e) econômica.

A função que vai contra o ótimo de pareto é a função distributiva.

Gabarito C.

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BATERIA ESAF

1. (ESAF/SEFAZ-PI/2001) A necessidade da atuação econômica do setor

público prende-se à constatação de que o sistema de preços não

consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. Entre as

opções abaixo, aponte aquela corretamente associada à função alocativa

do governo.

a) A função alocativa está associada ao fornecimento de bens e serviços

não oferecidos eficientemente pelo mercado.

CERTO, está associada ao fornecimento de bens e serviços de bens

públicos e semipúblicos que não seriam fornecidos pelo mercado.

b) O sistema de preços não consegue se auto - regular e, por isso, o

Estado deve atuar visando estabilizar tanto a produção quanto o

crescimento de preços.

ERRADO, seria função estabilizadora.

c) A função alocativa é aquela que provoca a transferência de recursos

entre grupos da sociedade (entre classes de renda, entre trabalhadores e

empresários).

ERRADO, seria função distributiva.

e) O sistema de preços, via de regra, não leva a uma justa distribuição de

renda e daí há a necessidade da intervenção estatal.

ERRADO, seria função distributiva.

e) A função alocativa diz respeito às políticas relacionadas à formação de

capital, objetivando o crescimento econômico de longo prazo.

ERRADO, seria função estabilizadora.

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2. (ESAF/CGU/2004) A necessidade de atuação econômica do setor

público prende-se à constatação de que o sistema de preços não

consegue cumprir adequadamente algumas tarefas ou funções. Assim, é

correto afirmar que

a) a função distributiva do governo está associada ao fornecimento de

bens e serviços não oferecidos eficientemente pelo sistema de mercado.

ERRADO, seria função alocativa.

b) a função alocativa do governo está relacionada com a intervenção do

Estado na economia para alterar o comportamento dos níveis de preços e

emprego.

ERRADO, seria função estabilizadora.

c) o governo funciona como agente redistribuidor de renda através da

tributação, retirando recursos dos segmentos mais ricos da sociedade e

transferindo-os para os segmentos menos favorecidos.

CERTO, seria a função distributiva.

d) a função estabilizadora do governo está relacionada ao fato de que o

sistema de preços não leva a uma justa distribuição de renda.

ERRADO, seria a função distributiva.

e) a distribuição pessoal de renda pode ser implementada por meio de

uma estrutura tarifária regressiva.

ERRADO, uma estrutura tarifária progressiva.

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3. (ESAF/STN/2005) Devido a falhas de mercado e tendo em vista a

necessidade de aumentar o bem-estar da sociedade, o setor público

intervém na economia. Identifique a opção correta inerente à função

alocativa.

a) O setor público oferece bens e serviços públicos, ou interfere na oferta

do setor privado, por meio da política fiscal.

Gabarito.

b) O setor público age na redistribuição da renda e da riqueza entre as

classes sociais.

ERRADO, seria a função distributiva.

c) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura aumentar o

nível de emprego e reduzir a taxa de inflação.

ERRADO, seria função estabilizadora.

d) Adotando políticas monetárias e fiscais, o governo procura manter a

estabilidade da moeda.

ERRADO, seria função estabilizadora.

e) O governo estabelece impostos progressivos, com o fim de gastar mais

em áreas mais pobres e investir em áreas que beneficiem as pessoas

carentes, como a educação e saúde.

ERRADO, seria a função distributiva.

4. (ESAF/MPOG/2005) De acordo com a teoria das Finanças Públicas,

existem algumas circunstâncias conhecidas como falhas de mercado, que

impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto. Assinale a opção

falsa no tocante a tais circunstâncias.

a) Existência de bens públicos.

b) Externalidades.

c) Existência de monopólios naturais.

d) Maior transparência dos mercados.

e) Mercados incompletos.

A única opção que não é falha de mercado consta na opção D.

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5. (ESAF/CGU/2006) No mundo real, mercados perfeitamente

competitivos são raros, existindo falhas de mercado que justificam a

intervenção do governo. Identifique a opção falsa.

a) São exemplos de falhas de mercado a existência de bens públicos e de

externalidades.

CERTO, sem comentários adicionais.

b) Os bens públicos puros possuem as características de não-rivalidade e

de impossibilidade de exclusão de seu consumo.

CERTO, sem comentários adicionais.

c) O sistema de preços reflete apenas os custos e os benefícios privados,

sendo necessária a presença do governo para incorporar as

externalidades ao custo privado, mediante, por exemplo, a tributação ou

incentivo fiscal.

CERTO, sem comentários adicionais.

d) Diz-se que uma externalidade tem lugar quando a atividade econômica

dos indivíduos, na produção, consumo ou troca, não afeta e não interfere

com o interesse dos outros indivíduos.

ERRADO, ocorre quando a atividade econômica dos indivíduos, na

produção, consumo ou troca, afeta e não interfere com o interesse

dos outros indivíduos.

e) Há externalidades positivas que podem demandar a intervenção

do governo para que não haja uma suboferta.

CERTO, as externalidades positivas devem ser incentivadas.

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6. (ESAF/STN/2008) Sob determinadas condições, os mercados privados

não asseguram uma alocação eficiente de recursos. Em particular, na

presença de externalidades e de bens públicos, os preços de mercado não

refletem, de forma adequada, o problema da escolha em condições de

escassez que permeia a questão econômica, abrindo espaço para a

intervenção do governo na economia, de forma a restaurar as condições

de eficiência no sentido de Pareto. Nesse contexto, é incorreto afirmar:

a) externalidades ocorrem quando o consumo e/ou a produção de um

determinado bem afetam os consumidores e/ou produtores, em outros

mercados, e esses impactos não são considerados no preço de mercado

do bem em questão.

CERTO, sem comentários adicionais.

b) consumidores podem causar externalidades sobre produtores e vice-

versa.

CERTO, sem comentários adicionais.

c) a correção de externalidades, pelo governo, pode ser feita mediante

tributação corretiva, no caso de externalidades positivas, ou aplicação de

subsídios, no caso de externalidades negativas.

ERRADO, pode ser feita mediante tributação corretiva, no caso de

externalidades negativas, ou aplicação de subsídios, no caso de

externalidades positivas.

d) um exemplo de bem público puro é o sistema de defesa nacional, cujo

consumo se caracteriza por ser não-excludente e não-rival.

CERTO, sem comentários adicionais.

e) falhas de mercado são fenômenos que impedem que a economia

alcance o estado de bem-estar social, por meio do livre mercado, sem

interferência do governo.

CERTO, sem comentários adicionais.

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7. (ESAF/STN/2008) A aplicação das diversas políticas econômicas a fim de

promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade, diante da

incapacidade do mercado em assegurar o atingimento de tais objetivos,

compreende a seguinte função do Governo:

a) Função Estabilizadora.

b) Função Distributiva.

c) Função Monetária.

d) Função Desenvolvimentista.

e) Função Alocativa.

Gabarito A. sem comentários adicionais.

8. (ESAF/STN/2008) Com base nas funções clássicas do Estado, assinale a única

opção falsa.

a) As necessidades meritórias são aquelas que também são atendidas pelo setor

privado e, portanto, não estão sujeitas ao princípio da exclusão.

ERRADO, os bens meritórios estão sujeitos à exclusão, mas geram

externalidades positivas.

b) A função estabilizadora do governo concentra seus esforços na manutenção

de um alto nível de utilização de recursos e de um valor estável da moeda.

CERTO, sem comentários adicionais.

c) As necessidades meritórias e as necessidades sociais são atendidas,

no Brasil, pelas três esferas de governo.

CERTO, as três esferas gastam em educação e saúde.

d) Na atual conjuntura brasileira, verifica-se atividade governamental no que se

refere à distribuição de renda, via ações compensatórias, tais como as

transferências de renda por meio da distribuição de cestas básicas.

CERTO, as transferências de renda por meio da distribuição de cestas

básicas fazem parte da função distributiva.

e) A função alocativa do governo está associada ao fornecimento de bens e

serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.

CERTO, sem comentários adicionais.

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9. (ESAF/MPOG/APO/2008) De acordo com os fundamentos teóricos das

finanças públicas, assinale a única opção correta com relação aos

objetivos da política orçamentária.

a) A alocação dos recursos por parte do governo tem como objetivo

principal a oferta de determinados bens e serviços, que são necessários

e desejados pela sociedade.

ERRADO, que não são fornecidos adequadamente pelo sistema de

mercado.

b) Outro objetivo da função de alocação de recursos por parte do governo

refere-se à oferta de bens sociais.

ERRADO, a função de alocação de recursos por parte do governo

refere-se tem como objetivo principal a oferta de determinados

bens e serviços que não são fornecidos adequadamente pelo

sistema de mercado.

c) A função de distribuição do governo tem como objetivo principal utilizar

mecanismos que visem ajustar a distribuição da renda e da riqueza da

sociedade, principalmente por meio da tributação e das transferências.

ERRADO, que visem ajustar a distribuição da renda e da riqueza na

sociedade.

d) Por meio da utilização dos instrumentos fiscais, o governo intervém

no nível de emprego, nos gastos privados, no nível de renda, entre

outros, tendo como objetivo principal a manutenção de

determinada estabilidade no nível de emprego e dos preços.

ERRADO, o governo intervém na demanda agregada tendo como

objetivo principal de controlar a inflação e promover o

crescimento: aumentar o nível de emprego.

e) Na tentativa de assegurar a distribuição eficiente dos recursos, o

governo pode produzir diretamente os produtos ou utilizar-se de

mecanismos que façam com que sejam oferecidos pelo setor privado.

CERTO, ele pode produzir os bens públicos ou utilizar mecanismos

que os bens semipublicos sejam oferecidos pelo setor privado.

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10.(CGU/2008/AFFC) O Orçamento é um dos principais instrumentos da

política fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos

objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que não se

enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas funções clássicas

do orçamento.

a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos, entre

os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções

elementares do Estado, como justiça e segurança.

CERTO, este é a função alocativa.

b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens e

serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este último

principalmente nas situações em que os bens não são providos pelo setor

privado.

CERTO, este é a função alocativa.

c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.

CERTO, este é a função estabilizadora.

d) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de

Responsabilidade Fiscal.

ERRADO, não está entre as atribuições das funções clássicas.

e) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou atenuar

os seus efeitos.

CERTO, esta é uma característica comum das três funções.

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11. (ESAF/APO/2015) Identifique a opção incorreta sob o ponto de vista

das funções clássicas do Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora.

a) A função alocativa tem a característica de não excluir ninguém e nem

de concorrer com os bens privados.

CERTO, os bens públicos não excluem e não concorrem com os

bens privados.

b) A função distributiva visa determinar o tipo e a quantidade de bens

públicos a serem ofertados.

ERRADO, seria a função alocativa.

c) A função estabilizadora tem como objetivo o uso da política econômica

visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à

obtenção de uma taxa apropriada de crescimento econômico.

CERTO, sem comentários adicionais.

d) O processo político surge como substituto do mecanismo do sistema de

mercado no caso das funções clássicas do Estado.

CERTO, sem comentários adicionais.

e) Existe também a provisão por parte do setor público dos chamados

bens “semipúblicos” ou “meritórios”, que constituem um caso

intermediário entre os bens privados e os bens públicos.

CERTO, sem comentários adicionais.

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12. (ESAF/APO/2015) Com relação à função do Estado moderno, não é

correto afirmar que:

a) existem bens públicos.

b) a falha de competição se reflete na existência de monopólios naturais.

c) os mercados são completos.

d) ocorrem externalidades.

e) temos falhas de informação.

Na verdade, existem mercados incompletos que justificam o

Estado financiar empresas em regiões ou setores que há elevada

demandas e baixa oferta. Gabarito C. Todos os demais são falhas

de mercado

13. (ESAF/ANAC/2016) A ação do governo por meio da política fiscal

abrange três funções básicas: a função alocativa, a função distributiva e a

função estabilizadora. Com relação às políticas alocativa, distributiva e

estabilizadora do governo, assinale a opção incorreta.

a) A alocação dos recursos pelo governo tem como objetivo principal a

oferta de determinados bens e serviços, que são necessários e desejados

pela sociedade e não são providos pelo setor privado.

CERTO, sem comentários adicionais.

b) A política distributiva altera a distribuição de renda ditada pelos

mercados na medida em que se torna socialmente inaceitável.

CERTO, sem comentários adicionais.

c) A política estabilizadora busca a equidade.

ERRADO, seria a função distributiva.

d) A ação distributiva da renda é feita por meio de oportunidades

educacionais, pagamentos em dinheiro e gastos públicos sociais.

CERTO, sem comentários adicionais.

e) As medidas de estabilização dizem respeito às grandes variáveis

macroeconômicas, cujo desempenho afeta a economia em uma dimensão

nacional.

CERTO, sem comentários adicionais.

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14. (ESAF/ANAC/2016) A diversificação dos objetivos da intervenção

governamental na atividade econômica requer um esforço organizado de

planejamento e organização. Tais objetivos podem ser agrupados em

quatro grandes categorias, exceto:

a) satisfação das necessidades coletivas.

b) aumento da carga tributária.

c) manutenção da estabilidade econômica.

d) promoção do crescimento econômico.

e) melhoria na distribuição de renda.

Apenas opção B foge da doutrina.

15. (ESAF/ANAC/2016) Com base na Teoria das Finanças Públicas,

identifique a única característica que não pertence a um bem público.

a) É um bem não rival.

b) O consumo do bem é coletivo.

c) É um bem indivisível.

d) São bens tangíveis e intangíveis.

e) São bens sujeitos ao princípio da exclusão.

Os bens públicos são: não rivais e não excludentes. Gabarito E.

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BATERIA FCC

1. (FCC/TRE-RN/2005) São atribuições econômicas governamentais:

a) promover o bem estar social, saúde e educação; manter a estabilidade

econômica.

b) controlar a dívida externa, produção, câmbio e a inflação, bem como

manter a liquidez do mercado de capitais.

c) controlar a dívida externa, produção, câmbio e a inflação, bem como

manter a estabilidade econômica.

d) promover ajustamentos na alocação de recursos e na distribuição de

renda, bem como manter a estabilidade econômica.

e) promover o bem estar social, controlar a dívida externa, produção,

câmbio e a inflação, bem como manter a estabilidade econômica.

A Literatura destaca 4 (quatro) objetivos da intervenção do

Estado na Economia:

1. Satisfação das Necessidades Coletivas;

2. Manutenção da Estabilidade Econômica;

3. Promoção do Crescimento Econômico;

4. Melhoria da Distribuição de Renda.

Gabarito D.

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2. (FCC/APO/SEFAZ-SP/2010) O principal instrumento de ação estatal na

economia é o orçamento público, cujas funções, coincidentes com as

próprias funções do Estado, classicamente, são divididas em alocativa,

distributiva e estabilizadora. Sobre este assunto, considere:

I. A atividade estatal na alocação de recursos justifica-se naqueles casos

em que não houver a necessária eficiência por parte do mecanismo da

ação privada, como no caso de investimentos em infraestrutura

econômica.

CERTO, é o caso da função alocativa.

II. O sistema de mercado não tem a mesma eficiência na provisão de

bens públicos, como na de bens privados, daí a necessidade de atuação

do Estado na prestação de serviços de segurança pública, por exemplo.

CERTO, é o caso da função alocativa.

III. A manutenção de elevado nível de emprego e a estabilidade nos

níveis de preços configuram o campo de ação da função distributiva.

ERRADO, função estabilizadora.

IV. Os tributos progressivos sobre as classes de renda mais elevada e as

transferências de recursos paras as classes de renda mais baixa são

mecanismos fiscais para viabilização das políticas públicas de distribuição

de renda.

CERTO, caracteriza a função distributiva.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e IV.

b) I, III e IV.

c) II, III e IV.

d) II e IV.

e) III e IV.

Gabarito A.

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3.(FCC/2012/PGE-SP/Procurador) As agência de fomento constituem-se

em instrumento de atuação do Estado na economia, visando suprir falhas

de mercado mediante atuação como agente indutor de desenvolvimento,

propiciando externalidades sociais positivas que não são valoradas pelo

setor financeiro privado.

CERTO, conforme consta na figura 1 as empresas governamentais

são formas de intervenção do Governo na economia.

4. (FCC/2013/MPE-AM/Agente) A Lei Orçamentária Anual (LOA) tem como

funções do orçamento a alocativa, a distributiva e a estabilizadora.

CERTO, sem comentários adicionais.

5. (FCC/2018/CLDF/Consultor) Uma forma de analisar a ação pública na

economia se dá ao considerar o papel do Estado

(A) no tratamento de monopólios naturais, em sua função tipicamente

distributiva.

Errado, tratamento de monopólios naturais está para a função

alocativa.

(B) em sua função tipicamente estabilizadora, ao regular a provisão de

bens públicos.

Errado, trata-se da função alocativa.

(C) na utilização da política monetária, em sua função estabilizadora.

Gabarito.

(D) na regulação de bens onde inexistam falhas de mercado, o que

caracteriza um exemplo típico de sua função distributiva.

Errado, trata-se da função alocativa.

(E) em face da distribuição de renda, que caracteriza típico exemplo de

sua função alocativa.

Errado, trata-se da função distributiva.

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BATERIA FGV

1. (FGV/AL-MA/2013) No planejamento governamental, o orçamento

recebe grande destaque em seu aspecto econômico, revelando-se um

instrumento de ação estatal na economia de forma a executar suas

diversas funções. Com relação à finalidade da função distributiva,

assinale a afirmativa correta.

a) Manter a estabilidade econômica tendo como finalidade principal o

combate à inflação e o consequente aumento de renda da população

economicamente ativa

ERRADO, seria a função estabilizadora.

b) Buscar o equilíbrio entre as execuções da receita e despesa públicas a

fim de distribuir as políticas públicas conforme a capacidade de

arrecadação

ERRADO, nenhuma das funções.

c) Promover ajustamentos na alocação de recursos orçamentários

buscando a manutenção dos gastos com custeio e os investimentos

necessários para a melhoria da qualidade das ofertas de bens e serviços.

ERRADO, seria a função alocativa.

d) Promover o ajustamento na distribuição de rendas na busca da

melhoria progressiva da qualidade de vida das camadas mais pobres da

população

CERTO, gabarito.

e) Ampliar a atuação do Estado nos três níveis de poder de forma a

atender satisfatoriamente todas as demandas da população apresentadas

pelas lideranças partidárias.

ERRADO, nenhuma das funções.

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2. (FGV/ISS/2016) Em relação às funções do governo, analise as

afirmativas a seguir.

I. A tributação sobre grandes fortunas e heranças pode ter função

distributiva ou estabilizadora, a depender de como o governo irá alocar os

valores arrecadados.

CERTO, se os recursos forem para transferências diretas seria

função distributiva. Se for usado para controle de inflação e

geração de emprego seria função estabilizadora.

II. A expansão do sistema de água e esgoto para áreas desfavorecidas

está relacionada à função distributiva.

ERRADO. Discordo do gabarito.

III. Um programa de estímulo às contratações de jovens por empresas,

em contrapartida de abono fiscal, é considerado função estabilizadora.

CERTO, pois está se gerando empregos.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

Gabarito Oficial: E.

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Gabarito das questões comentadas Cespe

1-Errado 2-Errado 3-Errado 4-Certo 5-Errado

6-Certo 7-Errado 8-Errado 9-Errado 10-Certo

11-Errado 12-Certo 13-Errado 14-Certo 15-Certo

16-Certo 17-Errado 18-Errado 19-Certo 20-Certo

21-Errado 22-Certo 23-Errado 24-Errado 25-Errado

26-Certo 27-Certo 28-Certo 29-Certo 30-Errado

31-Errado 32-Certo 33-Certo 34-Certo 35-Errado

36-Certo 37-Certo 38-Certo 39-Errado 40-Certo

41-Certo 42-Errado 43-Errado 44-Certo 45-Errado

46-B 47-A 48-Certo 49-Errado 50-Certo

51-Errado 52-C

Gabarito das questões comentadas ESAF

1-A 2-C 3-A 4-D 5-D

6-C 7-A 8-A 9-E 10-D

11-B 12-C 13-C 14-B 15-E

Gabarito das questões comentadas FCC

1-D 2-A 3-Certo 4-Certo 5-C

Gabarito das questões comentadas FGV

1-D 2-E

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