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Contabilidade Aplicada ao Setor Público Curso Regular 2019 Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 10 Prof. Dr. Giovanni Pacelli www.3dconcursos.com.br 1 de 57 SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2. Regimes Contábeis 2 3. Receita sob o enfoque patrimonial 16 4. Despesa sob o enfoque patrimonial 21 5. Dicas finais 27 6. Questões comentadas 31 7. Lista das questões apresentadas 42 1. APRESENTAÇÃO Pessoal, na aula de hoje aprofundaremos os estudos sobre regimes contábeis e posteriormente sobre estudo da receita e da despesa sobre o enfoque patrimonial. Veremos a diferença entre a apropriação da receita e despesa pelo enfoque patrimonial em comparação com o reconhecimento da receita e despesa no enfoque orçamentário. AULA 10: Receita e despesa sob o enfoque patrimonial (MCASP Parte I e II). Regimes Contábeis: Orçamentário e Patrimonial (Lei 4320/1964; LRF; MCASP Parte II).

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SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2. Regimes Contábeis 2

3. Receita sob o enfoque patrimonial 16

4. Despesa sob o enfoque patrimonial 21

5. Dicas finais 27

6. Questões comentadas 31

7. Lista das questões apresentadas 42

1. APRESENTAÇÃO

Pessoal, na aula de hoje aprofundaremos os estudos sobre regimes

contábeis e posteriormente sobre estudo da receita e da despesa sobre o

enfoque patrimonial. Veremos a diferença entre a apropriação da receita e

despesa pelo enfoque patrimonial em comparação com o reconhecimento

da receita e despesa no enfoque orçamentário.

AULA 10: Receita e despesa sob o enfoque patrimonial (MCASP Parte I e II). Regimes Contábeis: Orçamentário e Patrimonial (Lei 4320/1964; LRF; MCASP Parte II).

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2. REGIMES CONTÁBEIS NA CONTABILIDADE PÚBLICA

Durante muito tempo quando se perguntava em prova: Qual o

regime da contabilidade pública? A sua resposta deveria ser: o

regime misto. Hoje se cai essa pergunta na sua prova, você deve

indagar-se: Sob o enfoque orçamentário ou sob o enfoque

patrimonial?

Se for sob o enfoque orçamentário a resposta é regime misto, e

se for sob o enfoque patrimonial a resposta é regime de

competência.

Professor, dá para explicar melhor? DÁ SIM. Mas antes de

explicar, quero jogar um aperitivo na nossa análise e que foi cobrado na

prova discursiva de Contador do concurso do STM em 2011:

REGIME CONTÁBIL APLICADO À CONTABILIDADE PÚBLICA

Ao elaborar seu texto, aborde, necessariamente, os seguintes tópicos:

-interpretação do art. 35 da Lei n.º 4.320/1964;

-interpretação do art. 50 da Lei de Responsabilidade Fiscal;

-interpretação do Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público da

Secretaria do Tesouro Nacional.

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2.1. Regime orçamentário

Inicialmente quero deixar claro que no regime orçamentário, o

regime contábil aplicado à contabilidade pública é o misto. O

regime misto decorre devido ao fato de que as receitas são reconhecidas

quando da arrecadação e as despesas são reconhecidas quando

legalmente empenhadas.

Vamos ao que prescreve a lei 4320/1964 em seu art. 35º:

Art. 35º Pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; (Caixa/Gestão)

II- as despesas nele legalmente empenhadas. (Competência)

Agora vamos a lei complementar 101/2000 que estabelece em seu

art. 50º que:

Art. 50º Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as

seguintes: [...] II - a despesa e a assunção de compromisso serão

registradas segundo o regime de competência, apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros

pelo regime de caixa;

No Brasil o exercício financeiro coincide com o civil, ou seja,

de 1º de janeiro a 31 de dezembro1.

Respondendo então a questão discursiva tanto na visão do art. 35º

da lei 4320/1964 quanto na visão da lei complementar 101/2000 o

regime da CASP é o regime misto.

1 Art. 34 da lei 4320/1964.

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(Cespe/TCU/2011/AFCE) Julgue os itens consecutivos, referentes à

análise das demonstrações contábeis do setor público.

1. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a

competência para as receitas e o regime de caixa para despesas.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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(Cespe/TCU/2011/AFCE) Julgue os itens consecutivos, referentes à

análise das demonstrações contábeis do setor público.

1. O regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota a

competência para as receitas e o regime de caixa para despesas.

ERRADO, o regime contábil da contabilidade pública no Brasil adota o

regime de caixa para as receitas e o regime de competência para

despesas.

Observa-se que a questão não perguntou qual o regime da CASP

(orçamentário ou patrimonial). Neste caso, consideramos o enfoque

orçamentário.

2.2. Regime patrimonial

No regime patrimonial o regime contábil aplicado à contabilidade

pública é o regime de competência.

Pelo regime patrimonial, as transações no setor público devem

ser reconhecidas e registradas integralmente no momento em que

ocorrerem.

Dessa forma, os registros contábeis devem ser realizados e os seus

efeitos evidenciados nas demonstrações contábeis do período com os

quais se relacionam, reconhecidos, portanto, pelos respectivos fatos

geradores, independentemente do momento da execução

orçamentária.

Em resumo não importa o momento em que a receita é arrecadada

para se registrar os efeitos patrimoniais, mas sim o momento em que

ocorre o fato gerador que dá origem o direito que pode em alguns casos

coincidir com o momento da arrecadação. Quanto à despesa, seja no

regime orçamentário, seja no regime patrimonial, o regime contábil é o

de competência. Porém, o regime de competência da despesa no enfoque

patrimonial considera o fato gerador da transação, enquanto o regime de

competência da despesa no enfoque orçamentário considera que foi

reconhecida a despesa antes do pagamento.

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Aprofundando agora a análise da questão discursiva, observemos

que na visão do MCASP, o mesmo considera que o art. 35º refere-se ao

regime orçamentário e não ao regime patrimonial, pois a

contabilidade é tratada em título específico da citada lei, no qual se

determina que as variações patrimoniais devam ser evidenciadas, sejam

elas independentes ou resultantes da execução orçamentária.

O MCASP reforça que a parte que se refere à CASP inicia-se no art.

85 da lei 4320/1964 conforme se observa a seguir:

Título IX – Da Contabilidade

Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma

a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o

conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos

custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços

gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e

financeiros.

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à

administração orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

Art. 100. As alterações da situação líquida patrimonial, que

abrangem os resultados da execução orçamentária, bem como

as variações independentes dessa execução e as

superveniências e insubsistências ativas e passivas,

constituirão elementos da conta patrimonial.

Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará

as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou

independentes da execução orçamentária, e indicará o

resultado patrimonial do exercício.

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Observa-se que, além do registro dos fatos ligados à execução

orçamentária, exige-se a evidenciação dos fatos ligados à administração

financeira e patrimonial, de maneira que os fatos modificativos sejam

levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o

conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e

financeiros de determinado exercício.

Por fim, a contabilidade deve evidenciar, tempestivamente, os

fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial,

gerando informações que permitam o conhecimento da composição

patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros. Portanto, com o

objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio, deve haver o

registro da variação patrimonial aumentativa, independentemente

da execução orçamentária, em função do FATO GERADOR,

observando-se os princípios da competência e da oportunidade.

O que posso adiantar e que cai em prova é a comparação entre o

regime orçamentário e patrimonial quanto às receitas e despesas

pertencentes em cada exercício. Para melhor compreensão da nossa

análise, vou me utilizar do Quadro 1.

Quadro 1: Etapas e subníveis da receita e da despesa

Etapa Receita Despesa

Planejamento Metodologia de projeção das

receitas orçamentárias

Fixação

Descentralizações de créditos

orçamentários

Programação orçamentária e

financeira

Processo de licitação e

contratação

Execução

Lançamento Empenho

Arrecadação Liquidação

Recolhimento Pagamento

Controle e

Avaliação Controle e Avaliação Controle e Avaliação

Fonte: MCASP – Parte I; MTO.

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No regime orçamentário a receita pertence ao exercício em que é

arrecadada e a despesa ao exercício que é legalmente empenhada (a STN

considera no momento da liquidação, inclusive nas análises do MCASP);

enquanto que no regime patrimonial A APROPRIAÇÃO DA RECEITA

pertence ao momento que ocorre Fato Gerador que pode ser antes da

arrecadação, na arrecadação ou após a arrecadação, E A APROPRIAÇÃO

DA DESPESA pertence ao momento que ocorre Fato Gerador que pode

ser antes da liquidação, na liquidação ou após a liquidação.

Professor dá para explicar mais alguma coisa sem ser muito

complicado? Dá sim.

O que o concurseiro “o bom aluno” (que é você lógico) deve saber

são os exemplos (são poucos) e os respectivos lançamentos de eventos

em que o Fato Gerador (o momento da apropriação) ocorre no caso das

receitas antes, na e após a arrecadação; e que o Fato Gerador ocorre no

caso das despesas: antes, na e após a liquidação. O Quadro 2 mostra os

exemplos.

Quadro 2: Exemplos de eventos

Momento da “Apropriação da

Receita” → Fato Gerador

Momento da “Apropriação da

Despesa” → Fato Gerador

Antes da

Arrecadação

Registro do IPTU a

receber, aplicação de

multa.

Antes do

empenho

Reconhecimento das

despesas do 13º

salário em janeiro a

ser liquidado e pago

em dezembro;

precatórios.

Na arrecadação Receita de serviços Na Liquidação Despesas com serviços

de limpeza

Após a

arrecadação

Venda a termo

(similar a receitas a

vencer da

Contabilidade Geral)

Após o

pagamento

Despesas com material

de consumo; despesas

com aquisição de

periódicos; suprimento

de fundos.

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As Figuras a seguir comparam as duas visões:

Figura 1: Visão da STN sobre os 2 regimes

Retornando a questão discursiva da prova do STM/2011, observa-se

que na visão da lei 4320/1964 e da lei 101/2000 o regime contábil é

misto; enquanto que na visão do MCASP e da estrutura conceitual o

regime contábil é o de competência.

Não confunda “apropriação da receita” com receita arrecadada e

pertencente ao exercício; assim como não confunda “apropriação da

despesa” com despesa empenhada e pertencente ao exercício.

O termo “apropriação da receita” está relacionado ao fato gerador do regime

patrimonial e ao momento em que ocorre a variação patrimonial aumentativa

que pode ser antes, na ou após a arrecadação do regime orçamentário.

O termo “apropriação da despesa” está relacionado ao fato gerador do regime

patrimonial e ao momento em que ocorre a variação patrimonial diminutiva

que pode ser antes, na ou após o empenho/liquidação do regime orçamentário.

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Um questionamento interessante seria: o regime patrimonial a

ser adotado integralmente desde 01.01.2015 tornou sem efeito o

regime orçamentário?

A resposta é NÃO. Isso por conta do estabelecido na Portaria

Conjunta STN-SOF nº 2, de 13 de julho de 2012.

Art. 9º As variações patrimoniais serão reconhecidas

pelo regime de competência patrimonial, visando

garantir o reconhecimento de todos os ativos e passivos das

entidades que integram o setor público, conduzir a

contabilidade do setor público brasileiro aos padrões

internacionais e ampliar a transparência sobre as contas

públicas.

Parágrafo único. São mantidos os procedimentos

usuais de reconhecimento e registro da receita e da

despesa orçamentárias, de tal forma que a

apropriação patrimonial:

I - não modifique os procedimentos legais

estabelecidos para o registro das receitas e das

despesas orçamentárias;

II - não implique necessariamente modificação dos critérios

estabelecidos no âmbito de cada ente da Federação para

elaboração das estatísticas fiscais e apuração dos resultados

fiscais de que trata a Lei Complementar nº 101, de 2000; e

III - não constitua mecanismo de viabilização de execução

de despesa pública para a qual não tenha havido a devida

fixação orçamentária.

Dessa forma, observamos que um conceito é o reconhecimento

da variação patrimonial no momento do fato gerador e outro

conceito é o reconhecimento e registro usual da receita e despesa

orçamentária.

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Assim, você deve entender que o regime patrimonial das variações

patrimoniais, não encerra o regime orçamentário aplicável às receitas e

despesas. E o mais importante, você deve saber que existem eventos em

que O FATO GERADOR DA RECEITA (o momento da apropriação da

variação patrimonial) ocorre antes da arrecadação, na arrecadação e após

a arrecadação; e que existem eventos em que O FATO GERADOR DA

DESPESA ocorre antes da liquidação (em alguns casos antes do

empenho), na liquidação e após a liquidação.

Quadro 3: Terminologia aplicada aos regimes

Terminologias Significado no Plano de Contas

Reconhecimento da Receita = Receita

enfoque orçamentário

Receita Arrecadada

Reconhecimento da Despesa =

Despesa enfoque orçamentário

Despesa Empenhada

Fato gerador da Receita = Apropriação

da Receita = Receita enfoque

patrimonial = Receita na Estrutura

Conceitual

Variação Patrimonial Aumentativa

Fato gerador da Despesa =

Apropriação da Despesa = Despesa

enfoque patrimonial = Despesa na

Estrutura Conceitual

Variação Patrimonial Diminutiva

Façamos mais duas questões para fixar este aprendizado.

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2.(CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita orçamentária, em

contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento do fato gerador da

receita pública.

3.(ANAC/Cespe/2009/Área 1) Na entrega de bens de consumo imediato ou

de serviços contratados, o reconhecimento da despesa orçamentária não

deve coincidir com a apropriação da despesa pelo enfoque patrimonial, dada

a ocorrência de redução na situação líquida patrimonial.

COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

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2. (CEHAP PB/Cespe/2009/Contador) O registro da receita orçamentária,

em contas orçamentárias, deverá ocorrer no momento do fato

gerador da receita pública.

ERRADO, o registro da receita orçamentária em contas orçamentárias

(regime orçamentário) deve ocorrer no momento da arrecadação e

não no momento do fato gerador que é inerente ao regime patrimonial.

3.(ANAC/Cespe/2009/Área 1) Na entrega de bens de consumo imediato

ou de serviços contratados, o reconhecimento da despesa orçamentária

não deve coincidir com a apropriação da despesa pelo enfoque

patrimonial, dada a ocorrência de redução na situação líquida

patrimonial.

ERRADO, conforme adiantei no Quadro 2 a apropriação da despesa pelo

enfoque patrimonial pode ocorrer antes do reconhecimento da despesa

orçamentária, no momento do reconhecimento da despesa

orçamentária (aqui coincide), e após o reconhecimento da despesa

orçamentária. O exemplo dado se encaixa na situação em que

coincide o reconhecimento da despesa orçamentária com a

apropriação da despesa pelo enfoque patrimonial razão pela qual a

assertiva está errada.

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4. (VUNESP/2012/IAMSPE/Contador) No Brasil, a contabilidade pública,

isto é, a administração pública adota o regime de escrituração contábil

misto, ou seja, o regime de caixa para a arrecadação das receitas e o

regime de competência para a realização das despesas. Esse regime está

previsto na (s) seguinte (s) norma(s):

(A) Lei n.º 6.404/76, somente.

(B) Lei n.º 4.320/64, somente.

(C) Lei Complementar n.º 101/00, somente.

(D) Lei n.º 4.320/64 e Lei Complementar n.º 101/00.

(E) LDO e Constituição Federal.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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Essa questão traz um entendimento importante. O enfoque

orçamentário é suportado pela lei 4320/1964 e pela LRF (Lei de

responsabilidade fiscal – Lei complementar 101/2000). Gabarito

D.

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3.RECEITA SOB O ENFOQUE PATRIMONIAL

Observou-se na seção anterior que, além do registro dos fatos

ligados à execução orçamentária, deve-se proceder à evidenciação

dos fatos ligados à administração financeira e patrimonial, de

maneira que os fatos modificativos sejam levados à conta de resultado e

que as informações contábeis permitam o conhecimento da composição

patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de determinado

exercício.

Nesse sentido, a contabilidade deve evidenciar,

tempestivamente, os fatos ligados à administração orçamentária,

financeira e patrimonial, gerando informações que permitam o

conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e

financeiros.

Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no

patrimônio, deve haver o registro da variação patrimonial

aumentativa, INDEPENDENTEMENTE da execução orçamentária,

em função do fato gerador, observando-se os princípios contábeis da

competência e da oportunidade2.

A legislação admite que o reconhecimento do crédito apresenta-se

como a principal dificuldade a determinação do momento de ocorrência do

fato gerador. Na sequência detalharei os lançamentos dos eventos

mostrados no Quadro 2: fato gerador antes da arrecadação (Registro

do IPTU a receber, aplicação de multa); fato gerador na arrecadação

(Receita de serviços); fato gerador após a arrecadação (Venda a

termo).

2 Lembro que essa obrigatoriedade não encerrou o regime orçamentário. Este passou a coexistir com o regime patrimonial.

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3.1. Fato gerador da receita antes da arrecadação: IPTU a receber

Apesar da dificuldade de reconhecimento do crédito, no âmbito da

atividade tributária pode-se utilizar o momento do lançamento como

referência para o seu reconhecimento, pois é por esse procedimento que:

- verifica-se a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente;

- determina-se a matéria tributável;

- calcula-se o montante do tributo devido; e

- identifica-se o sujeito passivo.

Ocorrido o fato gerador, pode-se proceder ao registro contábil do

direito a receber em contrapartida de variação patrimonial aumentativa, o

que representa o registro da variação patrimonial aumentativa por

competência.

Por exemplo, a legislação que regulamenta o Imposto sobre a

Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) estabelece, de modo geral,

que o fato gerador deste tributo ocorrerá no dia 1º de janeiro de cada

ano. A Figura 1 contém os registros contábeis sob a ótica do Plano de

Contas Aplicado ao Setor Público quando da previsão da receita; a Figura

2 os registros contábeis quando do lançamento e a Figura 3 os registros

contábeis quando da arrecadação.

Figura 1: Registro da Previsão da Receita de IPTU

Figura 2: Registro do Lançamento da Receita de IPTU → Variação Quantitativa

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Figura 3: Registro da Arrecadação da Receita de IPTU → Variação

Qualitativa

A partir dos lançamentos, vamos nos questionar. Em que

momento ocorreu o fato gerador (a variação patrimonial

quantitativa)?

Isso mesmo, quando ocorreu o lançamento.

Em que momento a receita orçamentária será registrada?

Isso mesmo, quando da arrecadação.

Dessa forma, concluímos que a apropriação da receita ocorreu

antes da arrecadação.

3.2. Fato gerador da receita na arrecadação

A seguir apresento nas Figuras 4 e 5 um exemplo de receita cujo

fato gerador coincide com o momento da arrecadação.

Figura 4: Registro da Previsão da Receita de Serviços

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Figura 5: Registro da Arrecadação da Receita de Serviços → Variação

Quantitativa

3.3. Fato gerador da receita após a arrecadação

Por fim, encerrando a análise da receita, apresento nas Figuras 6, 7

e 8 um exemplo de receita cujo fato gerador ocorre após a arrecadação.

Figura 6: Registro da Previsão da Receita de Serviços a Termo

Figura 7: Registro da Arrecadação da Receita de Serviços a Termo →

Variação Qualitativa

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Figura 8: Registro do Fato Gerador: momento em que o serviço de fato é

prestado → Variação Quantitativa

Alguém aí mais curioso deve estar me perguntando, se eu teria um

exemplo dessa situação na Contabilidade Pública. A resposta é sim.

Suponha que você é um atleta ou colecionador de armas e deseja

que a IMBEL (Indústria de Material Bélico) que é uma empresa estatal

dependente fabrique uma arma com características específicas. A

fabricação é feita por encomenda e por depósito prévio.

Ocorre que a IMBEL fruto da séria histórica dos anos anteriores, já

tem uma estimativa anual desse tipo de receita quando da aprovação da

LOA (isso foi registrado na Figura 6).

Quando o atleta ou colecionador deposita o recurso via GRU (Guia

de Recolhimento da União) e dá entrada na papelada ocorre o registro da

Figura 7. Note que a IMBEL ainda irá entregar o produto, ou seja, é uma

venda a termo, pois o dinheiro foi recebido antes da prestação do serviço.

Quando a IMBEL entrega o produto ao cliente ocorre o registro da

Figura 8. Aqui é que de fato ocorre a variação patrimonial aumentativa, o

fato gerador da receita.

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4.DESPESA SOB O ENFOQUE PATRIMONIAL

Observou-se na seção 2 que, além do registro dos fatos ligados à

execução orçamentária, exige-se evidenciar os fatos ligados à execução

financeira e patrimonial, exigindo que os fatos modificativos sejam

levados à conta de resultado e que as informações contábeis permitam o

conhecimento da composição patrimonial e dos resultados econômicos e

financeiros de determinado exercício.

Portanto, com o objetivo de evidenciar o impacto no patrimônio,

deve haver o registro da variação patrimonial diminutiva em razão do fato

gerador, observando os Princípios Contábeis da Competência e da

Oportunidade.

A STN considera três tipos de relacionamento entre o segundo

estágio da execução da despesa orçamentária (liquidação) e o

reconhecimento da variação patrimonial diminutiva (fato gerador, a

apropriação da despesa pelo regime patrimonial).

4.1. Fato gerador da despesa antes do empenho

O exemplo clássico deste primeiro relacionamento (fato gerador e

liquidação) seria o reconhecimento e pagamento de precatórios. A Figura

8 mostra os registros contábeis quando da fixação da despesa, a Figura 9

mostra os registros contábeis quando do fato gerador (reconhecimento da

provisão), a Figura 10 mostra os registros quando do empenho, a Figura

11 quando da liquidação e a Figura 12 quando do pagamento.

Figura 8: Registro da Fixação da Despesa

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Figura 9: Registro do Fato Gerador: momento em que do FG do 13º

salário é reconhecido→ Variação Quantitativa

Figura 10: Registro do Empenho → Variação Qualitativa

Ressalto que o lançamento da Figura 10 está condizente com o que

aprendemos na aula de operações típicas.

Figura 11: Registro da Liquidação → Variação Qualitativa

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Figura 12: Registro do Pagamento → Variação Qualitativa

4.2.Fato gerador da despesa na liquidação

O exemplo clássico deste segundo relacionamento (fato gerador e

liquidação) é a despesa com serviços de terceiros. A Figura 13 mostra os

registros contábeis quando da fixação da despesa, a Figura 14 quando do

empenho, a Figura 15 quando da liquidação e fato gerador e a Figura 16

quando do pagamento.

Figura 13: Registro da Fixação da Despesa

Figura 14: Registro do Empenho

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Figura 15: Registro da Liquidação e Fato Gerador → Variação

Quantitativa

Figura 16: Registro do Pagamento → Variação Qualitativa

4.3.Fato gerador da despesa após a liquidação (em alguns casos

após o pagamento)

O exemplo clássico deste terceiro relacionamento (fato gerador e

liquidação) é a despesa com material de consumo para estoque. A Figura

17 mostra os registros contábeis quando da fixação da despesa, a Figura

18 quando do empenho, a Figura 19 quando da liquidação, Figura 20

quando do pagamento e a Figura 21 quando do fato gerador.

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Figura 17: Registro da Fixação da Despesa

Figura 18: Registro do Empenho

Figura 19: Registro da Liquidação → Variação Qualitativa

Neste caso específico, a entrega coincidiu com a liquidação.

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Figura 20: Registro do Pagamento → Variação Qualitativa

Figura 21: Registro do Fato Gerador → Variação Quantitativa

5. DICA FINAL

-Quando há um fato permutativo (ou seja, quando ocorrem as variações

qualitativas) não se utilizam as classes 3 e 4;

-Nos registros das seções 3 e 4, o fato gerador da receita e da despesa (a

apropriação da receita - VPA e a apropriação da despesa - VPD sob o

enfoque patrimonial) exige o uso da classe 4 ou 3, respectivamente.

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5. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo) Analise os

lançamentos a seguir:

I. O lançamento D - Receita a realizar; C – Previsão inicial corresponde

ao lançamento inicial da previsão da receita;

II. O lançamento D - Dotação Orçamentária; C – Crédito disponível

corresponde ao lançamento da despesa fixada para o período;

III. O lançamento D - Créditos tributários a receber (P); C - Impostos

sobre o patrimônio e a renda/IPTU corresponde ao reconhecimento, sob

o enfoque patrimonial, do crédito tributário relativo ao IPTU (Variação

patrimonial aumentativa e receita tributária por competência);

IV. O lançamento D - Caixa (F); C - Créditos tributários a receber (P)

corresponde ao registro da arrecadação após o reconhecimento do fato

gerador por competência.

Estão corretos os lançamentos:

A) apenas I e II;

B) apenas I, II e III;

C) apenas I, III e IV;

D) apenas II, III e IV;

E) I, II, III, IV.

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6. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo) Considerando

que no município de Novas Regras houve arrecadação de receita

tributária prevista, no montante de $2.000, concomitante ao fato

gerador, analise os lançamentos a seguir:

I.

D - Caixa (F)

C - Impostos sobre o patrimônio e a renda/IPTU; natureza da

informação: financeira;

II.

D - Receita a realizar

C - Receita realizada; natureza da informação: orçamentária;

III.

D - Controle da disponibilidade de recursos;

C - Execução da disponibilidade de recursos - disponibilidade por

destinação de recursos; natureza da informação: controle;

Estão corretos somente os lançamentos:

A) I;

B) II;

C) III;

D) I e II;

E) II e III.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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5. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo) Analise os

lançamentos a seguir:

I. O lançamento D - Receita a realizar; C – Previsão inicial

corresponde ao lançamento inicial da previsão da receita;

ERRADO. O lançamento inicial seria D - Previsão inicial; C - Receita a

realizar.

II. O lançamento D - Dotação Orçamentária; C – Crédito disponível

corresponde ao lançamento da despesa fixada para o período;

CERTO.

III. O lançamento D - Créditos tributários a receber (P); C - Impostos

sobre o patrimônio e a renda/IPTU corresponde ao reconhecimento, sob

o enfoque patrimonial, do crédito tributário relativo ao IPTU (Variação

patrimonial aumentativa e receita tributária por competência);

CERTO.

IV. O lançamento D - Caixa (F); C - Créditos tributários a receber (P)

corresponde ao registro da arrecadação após o reconhecimento do fato

gerador por competência.

CERTO. Note que ele fez referência que o FG ocorreu antes da

arrecadação. Assim neste caso, na arrecadação ocorre um fato

permutativo.

Estão corretos os lançamentos:

A) apenas I e II;

B) apenas I, II e III;

C) apenas I, III e IV;

D) apenas II, III e IV;

E) I, II, III, IV.

Diante da análise, a resposta correta foi a opção D.

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6. (FEMPERJ/TCE-RJ/2012/Analista de Controle Externo) Considerando

que no município de Novas Regras houve arrecadação de receita

tributária prevista, no montante de $2.000, concomitante ao fato

gerador, analise os lançamentos a seguir:

I.

D - Caixa (F)

C - Impostos sobre o patrimônio e a renda/IPTU; natureza da

informação: financeira;

ERRADO. O lançamento está correto. O erro é que se trata de uma

informação patrimonial.

II.

D - Receita a realizar

C - Receita realizada; natureza da informação: orçamentária;

CERTO.

III.

D - Controle da disponibilidade de recursos;

C - Execução da disponibilidade de recursos - disponibilidade por

destinação de recursos; natureza da informação: controle;

CERTO.

Estão corretos somente os lançamentos:

A) I;

B) II;

C) III;

D) I e II;

E) II e III.

Diante da análise, a resposta correta foi a opção E.

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6. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

BATERIA Cespe

(Cespe/IBRAM/2009/Contador) Acerca dos regimes orçamentário e de

competência, julgue os itens a seguir.

1. Conforme o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

ao setor público, as transações no setor público devem ser reconhecidas e

registradas integralmente no momento em que ocorrerem, utilizando,

portanto, o regime contábil misto.

2. Ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do direito em

contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema patrimonial, o

que representa o registro da receita por competência.

3. (Cespe/TCU/2009/Técnico de Controle Externo) Na assinatura de um

contrato de seguro para cobertura de riscos que poderão afetar o

patrimônio de um ente público no exercício subsequente, o empenho, a

liquidação e o pagamento ocorrem antes do fato gerador na ótica do

regime de competência, de acordo com a doutrina e a legislação

contábeis.

4. (Cespe/ANAC/2009) Ao se efetuar o registro de despesas antecipadas,

deve-se proceder ao registro do empenho, da liquidação e do pagamento

em contas específicas no momento da ocorrência do fato gerador.

5. (Cespe/ANAC/2009) Independentemente da forma de recebimento da

receita, quando for anteriormente reconhecido um direito, mesmo com

valor estimado, deverá haver registro do crédito a receber precedido do

recebimento. No momento do recebimento, deverá haver registros

simultâneos de baixa dos créditos a receber e do respectivo recebimento.

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6. (Cespe/ANAC/2009) Caso a administração pública efetue assinatura

anual de periódico (revista), o momento da liquidação da despesa

orçamentária não coincidirá com o fato gerador. Nesse caso, o empenho e

a liquidação (reconhecimento da despesa orçamentária) ocorrerão em

momento anterior ao do fato gerador, sendo apropriado um ativo relativo

ao direito à assinatura anual, e o reconhecimento da despesa, por

competência, deve ser feito mensalmente.

7. (Cespe/ANAC/2009) O reconhecimento da despesa por competência

deve ocorrer ainda que pendentes as fases de execução da despesa

orçamentária, ou seja, ocorrido o fato gerador, deve haver o registro da

obrigação no sistema patrimonial até que seja empenhada e liquidada a

despesa orçamentária, quando então deverá ser reclassificada obrigação

para o passivo financeiro.

8. (Cespe/2013/ANS/Analista) O adiantamento de valores a título de

suprimento de fundos constitui despesa pelo enfoque patrimonial, pois no

momento da concessão ocorre redução no patrimônio líquido da entidade.

9. (Cespe/2013/ANS/Analista) Na utilização do enfoque patrimonial na

contabilidade pública, a receita é reconhecida quando ocorre aumento da

situação líquida patrimonial, decorrente do registro da previsão da

receita.

10. (Cespe/MPU/2013/Analista) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque orçamentário, ocorre no momento da arrecadação, de acordo

com o regime de caixa.

11. (Cespe/MPU/2013/Analista) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque patrimonial, tem como fato gerador o ato de verificação da

procedência do crédito e a identificação do devedor.

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12. (Cespe/Unipampa/2013/Contador) Na utilização do enfoque

patrimonial na contabilidade pública, a receita é reconhecida quando

ocorre aumento da situação líquida patrimonial, decorrente do registro da

previsão da receita.

13. (Cespe/MTE/2014) Quando uma obrigação a pagar ocorrer antes do

empenho, ela deverá ser registrada como passivo financeiro no momento

do fato gerador.

14. (Cespe/TCDF/2014) No momento em que ocorre o fato gerador de

determinado tributo, antes de sua efetiva arrecadação, o lançamento

contábil a ser feito de acordo com a estrutura do plano de contas da

União envolve exclusivamente o subsistema patrimonial.

15. (Cespe/CADE/2014) Nas etapas de concessão e de liquidação da

despesa de suprimento de fundos, ocorre a despesa sob o enfoque

orçamentário, mas não sob o enfoque patrimonial.

16. (Cespe/CADE/2014) O suprimento de fundos é caracterizado como

adiantamento concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza de

despesa orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque

patrimonial, visto que, no momento de sua concessão, não ocorre

redução no patrimônio líquido.

17. (Cespe/DPF/2014) De acordo com o princípio contábil da competência

e com a Lei n.º 4.320/1964, a inscrição de despesa de serviços em restos

a pagar reduz o patrimônio líquido, haja vista a ocorrência do fato

gerador que dá suporte ao registro.

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18. (Cespe/MTE/2014) O controle em liquidação será utilizado quando

houver a ocorrência do fato gerador do passivo simultaneamente à

liquidação.

19. (Cespe/TRE-MT/2015/Analista) A respeito da classificação e realização

das variações patrimoniais, assinale a opção correta.

a) A contratação de operação de crédito em moeda estrangeira para

pagamento no longo prazo ensejará o registro de uma variação

patrimonial quantitativa diminutiva.

b) A baixa de um bem de uso considerado inservível não representa uma

variação patrimonial.

c) A extinção de um passivo, em razão do seu pagamento, deve ser

registrada como uma variação patrimonial quantitativa aumentativa.

d) Uma variação patrimonial aumentativa deve ser reconhecida no

momento da ocorrência do fato gerador do imposto, independentemente

de sua arrecadação.

e) O recebimento de veículo em doação para uso na atividade

operacional da entidade pública deve ser registrado como uma variação

patrimonial qualitativa.

20. (Cespe/TRT 8ª Região/2016/Analista) O reconhecimento da variação

patrimonial aumentativa será efetivado após a arrecadação orçamentária

no caso de

a) concessão de suprimentos de fundos.

b) aquisição de veículo com pagamento à vista.

c) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de

serviços.

d) ocorrência do fato gerador de determinado imposto.

e) reconhecimento mensal do décimo terceiro salário, a ser pago no final

do ano.

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21. (Cespe/TCE-PE/2017/Auditor) É correto utilizar o momento do lançamento

para determinar a data da ocorrência do fato gerador no âmbito de uma

atividade tributária.

22. (Cespe/TCE-PB/2018/Auditor) As fases da receita orçamentária e da

despesa orçamentária em que há o reconhecimento contábil desses eventos

pelas entidades do setor público são, respectivamente, as fases de

A recolhimento e de liquidação.

B arrecadação e de empenho.

C recolhimento e de empenho.

D lançamento e de liquidação.

E arrecadação e de pagamento.

(Cespe/2018/CGM-João Pessoa/Auditor) Julgue os itens a seguir.

23. Do ponto de vista orçamentário, as receitas são reconhecidas a partir

da sua arrecadação.

24. No regime contábil patrimonial, as receitas dos entes públicos

obedecem ao regime de competência, devendo ser registradas como

variações patrimoniais ativas ou aumentativas.

25. O reconhecimento da receita no regime contábil orçamentário ocorre

no momento de sua arrecadação, em obediência ao regime de

competência.

26. Uma despesa que tenha sido empenhada em 2016, mas cujo

pagamento tenha sido efetuado somente em 2017, deverá ser

considerada como pertencente ao exercício financeiro de 2017.

27. Serão contemplados no exercício financeiro de 2017 todos os eventos

contábeis ocorridos no período de 1.º de janeiro a 31 de dezembro do

referido ano.

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28. O recebimento antecipado de tributos gera lançamentos em contas de

natureza patrimonial, reconhecendo-se a variação patrimonial

aumentativa em contrapartida a caixa e equivalentes de caixa, além de

lançamentos em contas de natureza orçamentária e de controle.

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BATERIA ESAF

1. (ESAF/MDIC/2012/Analista de Comércio Exterior) Assinale a opção que

indica o par de lançamentos correto para a escrituração contábil da

apropriação dos encargos nas operações de créditos da dívida mobiliária.

a) ( d ) Encargos Financeiros ( c ) Variação patrimonial qualitativa -

Financeira

b) ( d ) Variação patrimonial diminutiva - Financeira ( c ) Encargos

Financeiros

c) ( d ) Variação patrimonial aumentativa - Financeira ( c ) Encargos

Financeiros

d) ( d ) Encargos Financeiros ( c ) Variação patrimonial diminutiva -

Financeira

e) ( d ) Passivo Circulante - Títulos ( c ) Variação patrimonial aumentativa

– Financeira.

2. (ESAF/2015/APO) As variações patrimoniais são transações que

promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor

público. No que diz respeito ao reconhecimento de variações patrimoniais

quantitativas, é correto afirmar que:

a) no caso do IPVA, o reconhecimento se dá antes da arrecadação da

receita orçamentária.

b) quando o recebimento de valores ocorre paralelamente à prestação a

termo de serviço, o reconhecimento se dá após a arrecadação da receita

orçamentária.

c) o reconhecimento do direito ao 13º salário do servidor deve ser feito

até o final de cada exercício, exceto se o pagamento for antecipado.

d) no suprimento de fundos, o reconhecimento da variação patrimonial se

dá no momento da concessão do suprimento, juntamente com a despesa

orçamentária.

e) no caso de Restos a Pagar processados, o reconhecimento da despesa

ocorre por ocasião do seu pagamento.

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BATERIA FCC

1. (FCC/TRT/2011/Analista Judiciário) O regime orçamentário aplicado ao

reconhecimento da receita é o

a) financeiro.

b) misto.

c) de competência.

d) patrimonial.

e) de caixa.

2. (FCC/TRT/2011/Analista Judiciário) De acordo com o regime

orçamentário de reconhecimento da despesa, pertence ao exercício

financeiro

a) apenas a despesa total liquidada.

b) a despesa nele legalmente empenhada.

c) somente a despesa efetivamente paga.

d) a despesa liquidada, porém, ainda não empenhada em restos a pagar.

e) somente os valores nele inscritos em restos a pagar processados.

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3. (FCC/MPE-SE/2009) Configura o reconhecimento de despesa por

competência, tendo ocorrido o fato gerador sem a existência de dotação

orçamentária.

a) Débito - Variação Passiva Extraorçamentária Crédito - Passivo

Circulante Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

b) Débito - Despesa Crédito - Passivo Circulante Sistema de Contas

Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

c) Débito - Variação Passiva - Orçamentária Crédito - Passivo Circulante

Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

d) Débito - Variação Passiva - Orçamentária Crédito - Passivo Circulante

Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Financeiro.

e) Débito - Despesa Crédito - Variação Ativa Extra Orçamentária Sistema

de Compensação Sistema de Contas Financeiro.

4. (FCC/TCE-RS/2014) No registro contábil do reconhecimento do Crédito

Tributário relativo ao IPTU, por competência efetivado no início do

exercício, no subsistema patrimonial, debita e credita, os seguintes títulos

de contas:

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5. (FCC/TCE-GO/2014) O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -

IPTU de determinado contribuinte, referente ao exercício de 2014, foi pago à vista, no

mês de março, no valor de R$ 3.500,00. O reconhecimento da variação patrimonial

ocorreu no momento do fato gerador do imposto (1º de janeiro), ou seja, antes da

arrecadação da receita. Nestas condições, a receita arrecadada com o IPTU, sob o

aspecto patrimonial,

a) provocou variação patrimonial qualitativa.

b) alterou o valor total do ativo não circulante.

c) reduziu o valor total do saldo patrimonial.

d) provocou variação patrimonial aumentativa.

e) alterou o valor do ativo e passivo circulante.

6. (FCC/TCM-GO/2015) Os valores registrados na etapa em liquidação referem-se a

despesa

a) liquidada cujo fato gerador não ocorreu.

b) empenhada para qual já ocorreu o fato gerador.

c) paga para qual já ocorreu o fato gerador.

d) empenhada para qual não ocorreu o fato gerador.

e) liquidada cujo fato gerador já ocorreu.

7. (FCC DPE-AM Contador 2015) Considere as informações a seguir referentes à

aquisição e utilização de um lote de pastas para processos judiciais por uma

determinada entidade pública:

− 20/10/2017: empenho da despesa para a aquisição do lote de pastas.

− 26/10/2017: entrega do lote de pastas pelo fornecedor e início da fase da execução da

despesa “em liquidação”.

− 30/10/2017: liquidação da despesa com a aquisição do lote de pastas.

− 10/11/2017: utilização das pastas na prestação de serviços de assistência jurídica

para a população.

− 14/11/2017: pagamento da despesa com a aquisição do lote de pastas.

De acordo com o Regime Contábil (Patrimonial), um fato modificativo ocorreu na

entidade pública em

(A) 14/11/2017.

(B) 20/10/2017.

(C) 26/10/2017.

(D) 30/10/2017.

(E) 10/11/2017.

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BATERIA FGV

1. (FGV/IBGE/2016) O reconhecimento contábil de uma receita tributária

(impostos) sob o enfoque patrimonial a partir da ocorrência do fato

gerador tem o seguinte lançamento:

(A) D: 4 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 1 - VPA – Impostos

(B) D: 1 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 1 - Créditos tributários a receber

(C) D: 1 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 6 - Receita realizada

(D) D: 1 - Créditos tributários a receber

C: 6 - Receita a realizar

(E) D: 1 - Créditos tributários a receber

C: 4 - VPA – Impostos

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4. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

BATERIA Cespe

(Cespe/IBRAM/2009/Contador) Acerca dos regimes orçamentário e de

competência, julgue os itens a seguir.

1. Conforme o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

ao setor público, as transações no setor público devem ser reconhecidas e

registradas integralmente no momento em que ocorrerem, utilizando,

portanto, o regime contábil misto.

ERRADO, pelo MCASP e pela estrutura conceitual, o regime contábil é

o de competência.

2. Ocorrido o fato gerador, procede-se ao registro contábil do direito em

contrapartida a uma variação ativa, em contas do sistema patrimonial, o

que representa o registro da receita por competência.

CERTO, vimos na seção 3 que o que caracteriza o fato gerador na receita

é a variação patrimonial aumentativa a qual é registrada no subsistema

patrimonial.

3. (Cespe/TCU/2009/Técnico de Controle Externo) Na assinatura de um

contrato de seguro para cobertura de riscos que poderão afetar o

patrimônio de um ente público no exercício subsequente, o empenho, a

liquidação e o pagamento ocorrem antes do fato gerador na ótica do

regime de competência, de acordo com a doutrina e a legislação

contábeis.

CERTO, na assinatura do contrato do seguro e após a execução

orçamentária, surge o direito “prêmios de seguros”. Esse direito

vai diminuindo (VPD) na medida em que os meses passam.

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4. (Cespe/ANAC/2009) Ao se efetuar o registro de despesas antecipadas,

deve-se proceder ao registro do empenho, da liquidação e do pagamento

em contas específicas no momento da ocorrência do fato gerador.

ERRADO, no caso de despesas antecipadas como seguros e material e

consumo, o empenho, a liquidação e o pagamento ocorrem antes do

fato gerador: VPD que ocorre a posteriori.

5. (Cespe/ANAC/2009) Independentemente da forma de recebimento da

receita, quando for anteriormente reconhecido um direito, mesmo com

valor estimado, deverá haver registro do crédito a receber precedido do

recebimento. No momento do recebimento, deverá haver registros

simultâneos de baixa dos créditos a receber e do respectivo recebimento.

CERTO, basta aplicarmos o IPTU a receber visto na seção 3 na

assertiva. No estágio do lançamento ocorre VPA e na arrecadação

uma variação patrimonial qualitativa.

6. (Cespe/ANAC/2009) Caso a administração pública efetue assinatura

anual de periódico (revista), o momento da liquidação da despesa

orçamentária não coincidirá com o fato gerador. Nesse caso, o empenho e

a liquidação (reconhecimento da despesa orçamentária) ocorrerão em

momento anterior ao do fato gerador, sendo apropriado um ativo relativo

ao direito à assinatura anual, e o reconhecimento da despesa, por

competência, deve ser feito mensalmente.

CERTO, basta aplicarmos o exemplo do material de consumo para

estoque visto na seção 4 que segue a mesma lógica de assinatura

de periódico ou formalização de contrato de seguro.

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7. (Cespe/ANAC/2009) O reconhecimento da despesa por competência

deve ocorrer ainda que pendentes as fases de execução da despesa

orçamentária, ou seja, ocorrido o fato gerador, deve haver o registro da

obrigação no sistema patrimonial até que seja empenhada e liquidada a

despesa orçamentária, quando então deverá ser reclassificada obrigação

para o passivo financeiro.

CERTO, esse é caso do precatório. Lembre-se que no momento do

empenho, ocorre a mudança da obrigação de uma conta do

Passivo Permanente para uma conta do Passivo Financeiro. Esses

conceitos de passivo financeiro e passivo permanente podem ser

revisados na aula de Balanço Patrimonial.

8. (Cespe/2013/ANS/Analista) O adiantamento de valores a título de

suprimento de fundos constitui despesa pelo enfoque patrimonial, pois

no momento da concessão ocorre redução no patrimônio líquido da

entidade.

ERRADO, a redução do PL, VPD, fato gerador, ocorre após o

pagamento quando da prestação de contas do agente suprido.

9. (Cespe/2013/ANS/Analista) Na utilização do enfoque patrimonial na

contabilidade pública, a receita é reconhecida quando ocorre aumento da

situação líquida patrimonial, decorrente do registro da previsão da

receita.

ERRADO, pelo enfoque patrimonial da receita, o fato gerador é

reconhecido quando do aumento do PL. Esse aumento não

coincide com a previsão. Em alguns casos coincide com o

lançamento, em outros coincide com a arrecadação e em outros

coincide com a prestação do serviço a posteriori (venda a termo).

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10. (Cespe/MPU/2013/Analista) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque orçamentário, ocorre no momento da arrecadação, de acordo

com o regime de caixa.

CERTO, esse é o enfoque orçamentário.

11. (Cespe/MPU/2013/Analista) O reconhecimento da receita, sob o

enfoque patrimonial, tem como fato gerador o ato de verificação da

procedência do crédito e a identificação do devedor.

ERRADO, isso se aplica nas receitas tributárias. Na receitas de

serviços coincide com a arrecadação e na venda a termo após a

arrecadação.

12. (Cespe/Unipampa/2013/Contador) Na utilização do enfoque

patrimonial na contabilidade pública, a receita é reconhecida quando

ocorre aumento da situação líquida patrimonial, decorrente do registro

da previsão da receita.

ERRADO, a previsão da receita não altera o PL em nenhuma

hipótese.

13. (Cespe/MTE/2014) Quando uma obrigação a pagar ocorrer antes do

empenho, ela deverá ser registrada como passivo financeiro no

momento do fato gerador.

ERRADO, ela é reconhecida com o atributo “P” - Permanente.

14. (Cespe/TCDF/2014) No momento em que ocorre o fato gerador de

determinado tributo, antes de sua efetiva arrecadação, o lançamento

contábil a ser feito de acordo com a estrutura do plano de contas da

União envolve exclusivamente o subsistema patrimonial.

CERTO, seria o registro do crédito a receber do IPTU.

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15. (Cespe/CADE/2014) Nas etapas de concessão e de liquidação da

despesa de suprimento de fundos, ocorre a despesa sob o enfoque

orçamentário, mas não sob o enfoque patrimonial.

CERTO, pelo enfoque patrimonial a despesa ocorre na prestação

de contas do suprimento.

16. (Cespe/CADE/2014) O suprimento de fundos é caracterizado como

adiantamento concedido ao suprido; contudo, embora possua natureza de

despesa orçamentária, não representa uma despesa pelo enfoque

patrimonial, visto que, no momento de sua concessão, não ocorre

redução no patrimônio líquido.

CERTO, pelo enfoque patrimonial a despesa ocorre na prestação

de contas do suprimento.

17. (Cespe/DPF/2014) De acordo com o princípio contábil da competência

e com a Lei n.º 4.320/1964, a inscrição de despesa de serviços em restos

a pagar reduz o patrimônio líquido, haja vista a ocorrência do fato

gerador que dá suporte ao registro.

ERRADO, pelo novo plano de contas a inscrição de restos a pagar

envolve apenas o subsistema orçamentário. O subsistema

patrimonial não é afetado, logo não há que se falar em redução do

PL.

18. (Cespe/MTE/2014) O controle em liquidação será utilizado quando

houver a ocorrência do fato gerador do passivo simultaneamente à

liquidação.

ERRADO, o controle em liquidação será utilizado quando o fato

gerador ocorre entre o empenho e a liquidação.

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19. (Cespe/TRE-MT/2015/Analista) A respeito da classificação e realização das

variações patrimoniais, assinale a opção correta.

a) A contratação de operação de crédito em moeda estrangeira para pagamento

no longo prazo ensejará o registro de uma variação patrimonial quantitativa

diminutiva.

ERRADO, será uma variação qualitativa.

b) A baixa de um bem de uso considerado inservível não representa uma

variação patrimonial.

ERRADO, patrimonial quantitativa diminutiva.

c) A extinção de um passivo, em razão do seu pagamento, deve ser registrada

como uma variação patrimonial quantitativa aumentativa.

ERRADO, será uma variação qualitativa.

d) Uma variação patrimonial aumentativa deve ser reconhecida no momento da

ocorrência do fato gerador do imposto, independentemente de sua arrecadação.

CERTO, seria o caso do IPTU a receber no estágio do lançamento.

e) O recebimento de veículo em doação para uso na atividade operacional da

entidade pública deve ser registrado como uma variação patrimonial

qualitativa.

ERRADO, patrimonial quantitativa aumentativa.

20. (Cespe/TRT 8ª Região/2016/Analista) O reconhecimento da variação

patrimonial aumentativa será efetivado após a arrecadação orçamentária no

caso de

a) concessão de suprimentos de fundos.

ERRADO, neste caso ocorre uma variação qualitativa na concessão e

uma VPD na prestação de contas.

b) aquisição de veículo com pagamento à vista.

ERRADO, neste caso ocorre uma variação qualitativa .

c) recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo de

serviços.

CERTO, é o exemplo padrão.

d) ocorrência do fato gerador de determinado imposto.

ERRADO, neste caso a VPA ocorre antes da arrecadação.

e) reconhecimento mensal do décimo terceiro salário, a ser pago no final do

ano.

ERRADO, neste caso, a VPD ocorre antes do empenho.

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21. (Cespe/TCE-PE/2017/Auditor) É correto utilizar o momento do lançamento

para determinar a data da ocorrência do fato gerador no âmbito de uma

atividade tributária.

CERTO, nos tributos, o fato gerador (VPA) ocorre no estágio do

lançamento.

22. (Cespe/TCE-PB/2018/Auditor) As fases da receita orçamentária e da

despesa orçamentária em que há o reconhecimento contábil desses eventos

pelas entidades do setor público são, respectivamente, as fases de

A recolhimento e de liquidação.

B arrecadação e de empenho.

C recolhimento e de empenho.

D lançamento e de liquidação.

E arrecadação e de pagamento.

Seria o reconhecimento da receita e da despesa. Como não mencionou

fato gerador, deve ser receia arrecadada e despesa empenhada.

Gabarito B.

(Cespe/2018/CGM-João Pessoa/Auditor) Julgue os itens a seguir.

23. Do ponto de vista orçamentário, as receitas são reconhecidas a partir

da sua arrecadação.

CERTO, sem comentários adicionais.

24. No regime contábil patrimonial, as receitas dos entes públicos

obedecem ao regime de competência, devendo ser registradas como

variações patrimoniais ativas ou aumentativas.

CERTO, essa é a exata metodologia do enfoque patrimonial da receita.

25. O reconhecimento da receita no regime contábil orçamentário ocorre

no momento de sua arrecadação, em obediência ao regime de

competência.

ERRADO, pelo enfoque orçamentário a arrecadação caracteriza o

regime de caixa.

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26. Uma despesa que tenha sido empenhada em 2016, mas cujo

pagamento tenha sido efetuado somente em 2017, deverá ser

considerada como pertencente ao exercício financeiro de 2017.

ERRADO, pois empenho segue enfoque orçamentário e de competência,

logo essa despesa empenhada em 2016, pertence a 2016.

27. Serão contemplados no exercício financeiro de 2017 todos os eventos

contábeis ocorridos no período de 1.º de janeiro a 31 de dezembro do

referido ano.

CERTO, pois evento se relaciona com transação que segue regime de

competência.

28. O recebimento antecipado de tributos gera lançamentos em contas de

natureza patrimonial, reconhecendo-se a variação patrimonial

aumentativa em contrapartida a caixa e equivalentes de caixa, além de

lançamentos em contas de natureza orçamentária e de controle.

ERRADO, no recebimento antecipado ocorre um fato permutativo, seria

equivalente a venda a termo vista nesta aula.

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BATERIA ESAF

1. (ESAF/MDIC/2012/Analista de Comércio Exterior) Assinale a opção que

indica o par de lançamentos correto para a escrituração contábil da

apropriação dos encargos nas operações de créditos da dívida mobiliária.

a) ( d ) Encargos Financeiros ( c ) Variação patrimonial qualitativa -

Financeira

b) ( d ) Variação patrimonial diminutiva - Financeira ( c ) Encargos

Financeiros “P”

c) ( d ) Variação patrimonial aumentativa - Financeira ( c ) Encargos

Financeiros “P”

d) ( d ) Encargos Financeiros ( c ) Variação patrimonial diminutiva -

Financeira

e) ( d ) Passivo Circulante - Títulos ( c ) Variação patrimonial aumentativa

– Financeira.

O reconhecimento de juros antes do empenho gera débito - VPD e

crédito - obrigação com atributo P. Gabarito B.

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2. (ESAF/2015/APO) As variações patrimoniais são transações que

promovem alterações nos elementos patrimoniais da entidade do setor

público. No que diz respeito ao reconhecimento de variações patrimoniais

quantitativas, é correto afirmar que:

a) no caso do IPVA, o reconhecimento se dá antes da arrecadação da

receita orçamentária.

CERTO, no estágio do lançamento.

b) quando o recebimento de valores ocorre paralelamente à prestação a

termo de serviço, o reconhecimento se dá após a arrecadação da receita

orçamentária.

ERRADO, neste caso coincide o FG com a arrecadação.

c) o reconhecimento do direito ao 13º salário do servidor deve ser feito

até o final de cada exercício, exceto se o pagamento for antecipado.

ERRADO, deve ser feito mensalmente desde janeiro até chegar em

dezembro.

d) no suprimento de fundos, o reconhecimento da variação patrimonial se

dá no momento da concessão do suprimento, juntamente com a despesa

orçamentária.

ERRADO, a VPD ocorre na prestação de contas.

e) no caso de Restos a Pagar processados, o reconhecimento da despesa

ocorre por ocasião do seu pagamento.

ERRADO, segue a mesma lógica da despesa orçamentária. Pelo

enfoque orçamentário no empenho, pelo enfoque patrimonial na

VPD.

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BATERIA FCC

1. (FCC/TRT/2011/Analista Judiciário) O regime orçamentário aplicado ao

reconhecimento da receita é o

a) financeiro.

b) misto.

c) de competência.

d) patrimonial.

e) de caixa.

No enfoque orçamentário o reconhecimento da receita segue

o regime de caixa. Gabarito E.

2. (FCC/TRT/2011/Analista Judiciário) De acordo com o regime

orçamentário de reconhecimento da despesa, pertence ao exercício

financeiro

a) apenas a despesa total liquidada.

b) a despesa nele legalmente empenhada.

c) somente a despesa efetivamente paga.

d) a despesa liquidada, porém, ainda não empenhada em restos a pagar.

e) somente os valores nele inscritos em restos a pagar processados.

No enfoque orçamentário o reconhecimento pertencem ao

exercício as despesas nele legalmente empenhadas. Gabarito B.

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3. (FCC/MPE-SE/2009) Configura o reconhecimento de despesa por

competência, tendo ocorrido o fato gerador sem a existência de dotação

orçamentária.

a) Débito - Variação Passiva Extraorçamentária Crédito - Passivo

Circulante Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

b) Débito - Despesa Crédito - Passivo Circulante Sistema de Contas

Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

c) Débito - Variação Passiva - Orçamentária Crédito - Passivo Circulante

Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Patrimonial.

d) Débito - Variação Passiva - Orçamentária Crédito - Passivo Circulante

Sistema de Contas Patrimonial Sistema de Contas Financeiro.

e) Débito - Despesa Crédito - Variação Ativa Extra Orçamentária Sistema

de Compensação Sistema de Contas Financeiro.

Deve-se debitar VPD e creditar em passivo com atributo “P”. A

opção correta é a alternativa A.

4. (FCC/TCE-RS/2014) No registro contábil do reconhecimento do Crédito

Tributário relativo ao IPTU, por competência efetivado no início do

exercício, no subsistema patrimonial, debita e credita, os seguintes títulos

de contas:

Ele cobrou enfoque patrimonial. O registro do estágio do

lançamento do IPTU, consta na opção C.

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5. (FCC/TCE-GO/2014) O Imposto sobre a Propriedade Predial e

Territorial Urbana - IPTU de determinado contribuinte, referente ao

exercício de 2014, foi pago à vista, no mês de março, no valor de R$

3.500,00. O reconhecimento da variação patrimonial ocorreu no momento

do fato gerador do imposto (1º de janeiro), ou seja, antes da arrecadação

da receita. Nestas condições, a receita arrecadada com o IPTU, sob o

aspecto patrimonial,

a) provocou variação patrimonial qualitativa.

b) alterou o valor total do ativo não circulante.

c) reduziu o valor total do saldo patrimonial.

d) provocou variação patrimonial aumentativa.

e) alterou o valor do ativo e passivo circulante.

Se a VPA ocorreu no estágio do lançamento, na arrecadação

ocorre VP qualitativa. Gabarito A.

6. (FCC/TCM-GO/2015) Os valores registrados na etapa em liquidação

referem-se a despesa

a) liquidada cujo fato gerador não ocorreu.

b) empenhada para qual já ocorreu o fato gerador.

c) paga para qual já ocorreu o fato gerador.

d) empenhada para qual não ocorreu o fato gerador.

e) liquidada cujo fato gerador já ocorreu.

Utiliza-se a conta em liquidação quando o FG ocorre entre o

empenho e a liquidação. Gabarito B.

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7. (FCC DPE-AM Contador 2015) Considere as informações a seguir

referentes à aquisição e utilização de um lote de pastas para processos

judiciais por uma

determinada entidade pública:

− 20/10/2017: empenho da despesa para a aquisição do lote de pastas.

− 26/10/2017: entrega do lote de pastas pelo fornecedor e início da fase

da execução da despesa “em liquidação”.

− 30/10/2017: liquidação da despesa com a aquisição do lote de pastas.

− 10/11/2017: utilização das pastas na prestação de serviços de

assistência jurídica para a população.

− 14/11/2017: pagamento da despesa com a aquisição do lote de pastas.

De acordo com o Regime Contábil (Patrimonial), um fato modificativo

ocorreu na entidade pública em

(A) 14/11/2017.

(B) 20/10/2017.

(C) 26/10/2017.

(D) 30/10/2017.

(E) 10/11/2017.

A VPD ocorre na distribuição das pastas em 10/11/2017. Gabarito

E.

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BATERIA FGV

1. (FGV/IBGE/2016) O reconhecimento contábil de uma receita tributária

(impostos) sob o enfoque patrimonial a partir da ocorrência do fato

gerador tem o seguinte lançamento:

(A) D: 4 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 1 - VPA – Impostos

(B) D: 1 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 1 - Créditos tributários a receber

(C) D: 1 - Caixa e equivalentes de caixa

C: 6 - Receita realizada

(D) D: 1 - Créditos tributários a receber

C: 6 - Receita a realizar

(E) D: 1 - Créditos tributários a receber

C: 4 - VPA – Impostos

Ele cobrou enfoque patrimonial. O registro do estágio do

lançamento do IPTU, consta na opção E.

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Gabarito das questões comentadas Cespe

1- Errado 2- Certo 3- Certo 4- Errado 5- Certo

6- Certo 7- Certo 8- Errado 9- Errado 10-Certo

11- Errado 12- Errado 13- Errado 14- Certo 15- Certo

16- Certo 17- Errado 18- Errado 19- D 20- C

21-Certo 22-B 23-Certo 24-Certo 25-Errado

26-Errado 27-Certo 28-Errado

Gabarito das questões comentadas ESAF

1- B 2- A

Gabarito das questões comentadas FCC

1- E 2- B 3- A 4- C 5- A

6- B 7-E

Gabarito das questões comentadas FGV

1- E

Pessoal o prazer foi meu. Até a próxima aula.

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