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Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Auditor Federal de Controle Externo/TCU Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 00 Prof. Dr. Giovanni Pacelli www.3dconcursos.com.br 1 de 66 AULA 00: Entidades do Setor Público, RCPGs, Características do Setor Público, Campo de Aplicação (NBCT SP Estrutura Conceitual). Elementos das Demonstrações Contábeis: Ativo e Passivo (NBCT SP Estrutura Conceitual e MCASP 8ª edição – Parte II). Bens Públicos. Processo de convergência às normas internacionais de contabilidade: Estágio atual de acordo com as orientações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). SUMÁRIO PÁGINA 1. Apresentação 1 2.Cronograma 2 3. Entidades do Setor Público e os RCPGs 5 4. Elementos das Demonstrações Contábeis: ativo e Passivo 14 5. Bens Públicos 18 6. Processo de convergência às normas internacionais de contabilidade: estágio atual de acordo com as orientações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN). 22 7.Dicas Finais 33 8. Lista das questões apresentadas 34 9. Lista das questões comentadas 39 1. APRESENTAÇÃO Pessoal tudo bem? Meu nome é Giovanni Pacelli e JUNTOS (eu e você concurseiro/concurseira) desenvolveremos o aprendizado da disciplina “Contabilidade Aplicada ao Setor Público” voltado ao concurso de Auditor Federal de Controle Externo/TCU cuja provável banca será o Cespe. Antes, porém vou me apresentar. Sou auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União e professor de Contabilidade Pública e de Administração Financeira e Orçamentária em cursos preparatórios de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. Já fui professor de Introdução à Contabilidade no Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da UnB e Professor de Contabilidade Pública do IDP.

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Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Auditor Federal de Controle Externo/TCU

Prof. Dr. Giovanni Pacelli – Aula 00

Prof. Dr. Giovanni Pacelli www.3dconcursos.com.br 1 de 66

AULA 00: Entidades do Setor Público, RCPGs, Características

do Setor Público, Campo de Aplicação (NBCT SP Estrutura

Conceitual). Elementos das Demonstrações Contábeis: Ativo e Passivo (NBCT SP Estrutura Conceitual e MCASP 8ª edição

– Parte II). Bens Públicos. Processo de convergência às

normas internacionais de contabilidade: Estágio atual de acordo com as orientações do Conselho Federal de

Contabilidade (CFC) e da Secretaria do Tesouro Nacional

(STN).

SUMÁRIO PÁGINA

1. Apresentação 1

2.Cronograma 2

3. Entidades do Setor Público e os RCPGs 5

4. Elementos das Demonstrações Contábeis: ativo e

Passivo 14

5. Bens Públicos 18

6. Processo de convergência às normas internacionais

de contabilidade: estágio atual de acordo com as orientações do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)

e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

22

7.Dicas Finais 33

8. Lista das questões apresentadas 34

9. Lista das questões comentadas 39

1. APRESENTAÇÃO

Pessoal tudo bem? Meu nome é Giovanni Pacelli e JUNTOS (eu e

você concurseiro/concurseira) desenvolveremos o aprendizado da

disciplina “Contabilidade Aplicada ao Setor Público” voltado ao concurso

de Auditor Federal de Controle Externo/TCU cuja provável banca será o

Cespe.

Antes, porém vou me apresentar. Sou auditor federal de finanças e

controle da Controladoria-Geral da União e professor de Contabilidade

Pública e de Administração Financeira e Orçamentária em cursos

preparatórios de Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza. Já fui

professor de Introdução à Contabilidade no Departamento de Ciências

Contábeis e Atuariais da UnB e Professor de Contabilidade Pública do IDP.

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Contabilidade Aplicada ao Setor Público p/ Auditor Federal de Controle Externo/TCU

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Sou oficial da reserva do Exército Brasileiro. Fui aprovado no

concurso da Controladoria Geral da União (ESAF), no concurso da ANTAQ

(Cespe/UnB) e, em primeiro lugar, no concurso do Tribunal de Contas do

Estado do Ceará (FCC).

Sou bacharel em Ciências Militares, pela Academia Militar, e em

Administração de Empresas, pela Universidade Estadual do Ceará, pós-

graduado em operações militares pela ESAO, e mestre e doutor em

Ciências Contábeis pela UnB.

2. CRONOGRAMA DAS AULAS

A seguir apresento o cronograma das aulas que se fundamenta no

edital atualizado do último concurso:

Aula Tema Data

00

Entidades do Setor Público, RCPGs, Características do Setor Público,

Campo de Aplicação (NBCT SP Estrutura Conceitual). Elementos das

Demonstrações Contábeis: Ativo e Passivo (NBCT SP Estrutura

Conceitual e MCASP 8ª edição – Parte II). Bens Públicos. Processo de

convergência às normas internacionais de contabilidade: Estágio atual

de acordo com as orientações do Conselho Federal de Contabilidade

(CFC) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

28/02/2020

01

Gestão organizacional da contabilidade pública no Brasil: papéis da

Secretaria do Tesouro Nacional e dos órgãos setoriais de Contabilidade

constantes da Lei n.º 10.180/2001. Decreto 6.976/2009 (sistema de

contabilidade federal)

28/02/2020

02 Receita pública (MCASP Parte I). 28/02/2020

03 Despesa pública (MCASP Parte I). 28/02/2020

04

Título IX da Lei n.º 4.320/1964. Tópicos selecionados da Lei

Complementar n.º 101/2000: conceitos de dívida pública e restos a

pagar, escrituração e consolidação das contas.

28/02/2020

05 Dos Sistemas até a Natureza das Contas. 28/02/2020

06 Transações no Setor Público. 28/02/2020

07 Plano de contas aplicado ao setor público (MCASP - Parte IV). 28/02/2020

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08 Características das informações contábeis. 31/03/2019

09 Registros Contábeis de Operações Típicas do Setor Público (MCASP –

Parte IV). 28/02/2020

10

Receita e despesa sob o enfoque patrimonial (MCASP Parte I e II).

Regimes Contábeis: Orçamentário e Patrimonial (Lei 4320/1964;

LRF; MCASP 8ª edição – Parte II).

28/02/2020

11 Elementos dos RCPGs à luz da estrutura conceitual. 28/02/2020

12 Balanço orçamentário e Balanço financeiro conforme a Lei nº 4.320/64 e

anexos, e conforme o MCASP Parte V. 28/02/2020

13 Balanço patrimonial, Demonstração das Variações Patrimoniais

conforme a Lei nº 4.320/64 e anexos, e conforme o MCASP Parte V. 28/02/2020

14

Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do

Patrimônio Líquido conforme a Lei nº 4.320/64 e anexos, conforme o

MCASP Parte V . Notas explicativas às demonstrações contábeis.

28/02/2020

15 Consolidação das Demonstrações Contábeis (NBCT 16.7). 28/02/2020

16

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Público (NBCT SP

Estrutura Conceitual, 03, 04, 06, 07, 08, 09, 10, 15). Avaliação de Itens

Patrimoniais. Depreciação, Amortização e Exaustão. Estoques. Provisões.

28/02/2020

17 Sistema de Custos (NBCT 16.11). 28/02/2020

18 Deduções e Renúncia de Receita Orçamentária. Destinação de

Recursos. 28/02/2020

19 Receitas de transações sem contraprestação - NBCT SP 01. Receitas de

transações com contraprestação - NBCT SP 02. MCASP – Parte II). 28/02/2020

20

Relatório de gestão fiscal de acordo com a Lei Complementar n.º

101/2000: estrutura, composição. Relatório resumido da execução

orçamentária a que se refere à Lei Complementar n.º 101/2000:

estrutura, composição.

28/02/2020

21 Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – 28/02/2020

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SIAFI: conceito, objetivos, usuários e segurança do sistema (princípios e

instrumentos)

Encerrando essa parte gostaria de lhe dar as boas vindas e alertá-lo

que nosso conteúdo é completo. A cada aula buscarei trazer o máximo de

questões (tendo disponibilidade sobre o tema, pelo menos 30 questões)

da banca CEBRASPE.

Nosso curso já contemplará as alterações realizadas pelo CFC

(Conselho Federal de Contabilidade) sobre as NBC T SP: estrutura

conceitual, 01 a 151; MTO (Manual Técnico do Orçamento) 2020 e o

MCASP (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público) 8ª edição.

1 https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/nbc-tsp-do-setor-publico/

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais

(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida

a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Grupos de rateio e pirataria são ilegais e prejudicam os professores

que elaboram os cursos. Valorize nosso trabalho e adquira nossos cursos

apenas pelo site do 3D CONCURSOS!

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3. ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO E OS RCPGs

Em 2016 foi introduzida a estrutura conceitual aplicada ao setor

público que serve de norma de referência a partir de 2017 para as

entidades do setor público.

A estrutura conceitual define que o objetivo principal da maioria

das entidades do setor público é prestar serviços à sociedade, em

vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores.

Assim, o desempenho de tais entidades pode ser apenas

parcialmente avaliado por meio da análise da situação patrimonial, do

desempenho e dos fluxos de caixa.

Os “Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Entidades do

Setor Público” RCPGs fornecem informações aos seus usuários para

subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e

responsabilização (accountability).

Quadro 1: Objetivos do RCPGs

Fornecer

informações aos

usuários para

subsidiar

Processos decisórios.

A prestação de contas e responsabilização

(accountability).

Geralmente a governança no setor público envolve a realização de

prestação de contas do Poder Executivo para o Poder Legislativo.

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Quadro 2: Exemplos de RCPGs

Demonstrações

Contábeis:

Balanço

Orçamentário

Por intermédio do Balanço Orçamentário pode-se verificar as

receitas arrecadadas e as despesas empenhadas; pode-se

verificar o resultado primário; a obediência a regra de ouro.

Demonstrativo

Gerencial:

Demonstração

do Resultado

Econômico

Por intermédio do resultado econômico pode-se verificar que

determinada ação governamental poder ser mantida ou

encerrada.

Demonstrativo

Fiscal:

Relatório de

Gestão Fiscal

Por intermédio da verificação dos limites da despesa com

pessoal (alerta, prudencial ou total) o Poder ou Ente está

sujeito a restrições e deve adotar medidas de

responsabilidade fiscal.

Vimos nesse início: o objetivo principal das entidades do setor

público e os objetivos dos RCPGs. Porém, a estrutura conceitual

aplicada ao setor público obriga sua adoção a quais entidades?

Vejamos o Quadro 3.

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Quadro 3: Escopo do campo de aplicação estrutura conceitual do setor público

Aplicabilidade Entidades Abrangidas

Obrigatoriamente às entidades do setor

público quanto à elaboração e divulgação dos

RCPGs. Ou seja, entidades do orçamento fiscal

e seguridade social.

Os governos nacionais,

estaduais, distrital e municipais

e seus respectivos poderes

(abrangidos os tribunais de

contas, as defensorias e o

Ministério Público).

Órgãos, secretarias,

departamentos, agências,

autarquias, fundações

(instituídas e mantidas pelo

poder público).

Fundos, consórcios públicos

e outras repartições públicas

congêneres das administrações

direta e indireta (inclusive as

empresas estatais

dependentes).

Não estão abrangidas, mas poderão

aplicar esta estrutura conceitual e as demais

NBCs TSP de maneira facultativa ou por

determinação dos respectivos órgãos

reguladores, fiscalizadores e congêneres.

Ou seja, entidades do orçamento de

investimentos.

As empresas estatais

independentes

Demais entidades.

Afinal, o que seria uma Empresa Estatal Dependente - EED? Uma

EED é uma empresa controlada que recebe do ente controlador recursos

financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio

em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles

provenientes de aumento de participação acionária2. A Figura 1

mostra todas as empresas estatais dependentes da administração pública

federal em 2016.

2 Inciso II do art. 1º da lei complementar 101/2000.

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Figura 1: Empresas Estatais Dependentes no âmbito federal

Fonte: SEST Legenda: Necessidade de Recursos: Percentual das despesas não cobertas com as receitas geradas pela empresa. Fórmula: [(Despesas totais – Receitas

totais*)/Despesas totais]

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Situação Prática de uma EED: Embrapa.

Só para não deixar dúvidas, neste caso a Embrapa deve atender

simultaneamente a lei 6404/1976 (contabilidade geral) e a lei

4320/1964 + estrutura conceitual (contabilidade pública). Assim as

EED são exemplos de entidades que simultaneamente devem atender a

lei 6404 e a lei 4320 + estrutura conceitual 3.

A grande dica é a seguinte: integrou o Orçamento Fiscal e da

Seguridade Social deve adotar a estrutura conceitual aplicada ao

setor público (contabilidade pública); integrou o Orçamento de

Investimento não obriga a adoção da contabilidade pública.

Professor já que você deu exemplo de empresa estatal dependente,

daria para dar exemplos de entidades que pertencem apenas ao

Orçamento de Investimento (logo não integram o Orçamento Fiscal e

da Seguridade Social, e não adotam a contabilidade pública)?

Dá sim, vejamos a Figura 2.

3 Isso inclusive está ratificado pela STN no Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público.

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Figura 2: Instituições Financeiras Federais que integram o orçamento de

investimento

Diferentemente da Figura 1 que contém todas as EED federais, a

Figura 2 é apenas exemplificativa quanto às entidades integrantes do

Orçamento de Investimento (OI).

Reforçando este entendimento de que as entidades integrantes

do Orçamento de Investimento não utilizam a CASP quanto ao

REGIME CONTÁBIL, EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO E

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, segue o disposto no art. 44 da lei

13.707/2018 (Lei de Diretrizes Orçamentárias):

Artigo 44 [...]

§5º As empresas cuja programação conste integralmente

no Orçamento Fiscal ou no da Seguridade Social, de acordo

com o disposto no art. 5º desta Lei, não integrarão o

Orçamento de Investimento.

§6º Não se aplicam às empresas integrantes do orçamento

de investimento as normas gerais da Lei nº 4.320, de 1964,

no que concerne ao regime contábil, execução do orçamento

e demonstrações contábeis.

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Como são tratados pela estrutura conceitual os conselhos de

regulamentação profissional?

No entendimento do CFC – Conselho Federal de Contabilidade, os

Conselhos Profissionais são autarquias e, portanto, estão enquadrados

no item 1.8A da NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura

Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de

Propósito Geral pelas Entidades do Setor Público.

Como são tratados pela estrutura conceitual os serviços sociais

autônomos?

O Tribunal de Contas da União (TCU), com base no Acórdão 991, de 06

de maio de 2019, do Plenário do TCU, determinou que as entidades do

Sistema S utilizem as normas contábeis aplicadas ao setor público,

estabelecidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).

O TCU admitirá “a utilização concomitante da contabilidade empresarial,

se assim entender necessário e conveniente” a entidade componente do

Sistema S.

As demonstrações contábeis, elaboradas de acordo com a NBC TSP EC,

sejam assinadas pelos contadores responsáveis e com a indicação dos

nomes dos dirigentes do sistema.

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Em 2020, o Tribunal de Contas da União (TCU), com base no Acórdão

1567, de 17 de junho, do Plenário do TCU, determinou aplicam-se as

entidades do Sistema S as normas de contabilidade pública emitidas pela

Secretaria do Tesouro Nacional.

Agora, vamos fazer quatro questões.

1. (Cespe/MPU/Analista) Cabe ao Ministério Público da União garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização

do controle social, sendo a ele facultativa a aplicação integral das

técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

2. (Cespe/MPU/Cargo 13) As empresas de capital aberto que não estão

contempladas no orçamento de investimentos, mas constam do

orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da

contabilidade pública e são isentas das exigências da contabilidade

empresarial.

3. (Questão Simulada) O desempenho das entidades do setor público

pode ser plenamente avaliado por meio da análise da situação

patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa.

4. (Questão Simulada) Os Relatórios Contábeis de Propósito Geral das

Entidades do Setor Público” RCPGs fornecem informações aos seus

usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e

responsabilização (accountability).

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COMENTÁRIOS ÀS QUESTÕES

1. (Cespe/MPU/Analista) Cabe ao Ministério Público da União garantir

procedimentos suficientes de prestação de contas e instrumentalização

do controle social, sendo a ele facultativa a aplicação integral das

técnicas próprias da contabilidade aplicada ao setor público.

ERRADO, os governos nacionais, estaduais, distrital e municipais

e seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as

defensorias e o Ministério Público) devem adotar a contabilidade

pública integralmente.

2. (Cespe/MPU/Cargo 13) As empresas de capital aberto que não estão

contempladas no orçamento de investimentos, mas constam do

orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da

contabilidade pública e são isentas das exigências da contabilidade

empresarial.

ERRADO, as empresas estatais dependentes devem utilizar ambas

as contabilidades: pública e geral.

3. (Questão Simulada) O desempenho das entidades do setor público

pode ser plenamente avaliado por meio da análise da situação

patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa.

ERRADO, pode ser parcialmente avaliado.

4. (Questão Simulada) Os Relatórios Contábeis de Propósito Geral das

Entidades do Setor Público” RCPGs fornecem informações aos seus

usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e

responsabilização (accountability).

CERTO, é a cópia da estrutura conceitual e são os dois objetivos

dos RCPGs.

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4. ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Enquanto as normas anteriores revogadas se preocupavam em

conceituar inicialmente patrimônio público, a estrutura conceitual não

entra nesse mérito e conceitua 6 (seis) elementos das demonstrações

contábeis, dos quais serão conceituados apenas 2: ativo e passivo.

A fim de realizarmos uma análise mais completa, vamos comparar o

conceito de ativo e passivo pela estrutura conceitual e pelo MCASP

(Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público).

Quadro 4: Conceitos de Ativo e Passivo pela Estrutura Conceitual e

MCASP

Item Descrição

Ativo É um recurso controlado no presente pela entidade como

resultado de evento passado.

Passivo É uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja

extinção deva resultar na saída de recursos da entidade.

Patrimônio

Líquido

É a diferença entre os ativos e os passivos após a inclusão de

outros recursos e a dedução de outras obrigações.

A estrutura conceitual segrega o ativo e passivo em circulante e

não circulante?

Não. Porém no MCASP (Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor

Público) consta tal segregação. Vejamos a seguir.

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Os ativos devem ser classificados como circulante quando

satisfizerem a um dos seguintes critérios:

a. Estiverem disponíveis para realização imediata; e

b. Tiverem a expectativa de realização até doze meses após a data

das demonstrações contábeis.

Os demais ativos devem ser classificados como não circulantes.

Os passivos devem ser classificados como circulantes quando

corresponderem a valores exigíveis até doze meses após a data das

demonstrações contábeis.

Os demais passivos devem ser classificados como não

circulantes.

Esta nomenclatura segue a atual classificação da lei 6.404/76

modificada pelas leis 11.637/2007 e 11.941/2009, que é similar (igual no

1º e 2º nível das contas) ao plano de contas aplicado ao setor público.

Assim tanto no plano de contas novo da CASP quanto no plano de

contas na contabilidade geral tem-se estrutura disposta no Quadro 5

abaixo.

Quadro 5: Estrutura do Patrimônio Público conforme o Plano de Contas novo

1.Ativo 2.Passivo 1.1. Ativo Circulante 2.1. Passivo Circulante

1.2. Ativo não circulante 2.2. Passivo Não Circulante

2.3. Patrimônio Líquido

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(Cespe/2015/TRE-MT/Adaptada) Julgue os itens a seguir.

5. Para que sejam reconhecidos como ativos no setor público os recursos

não precisam ser resultado de eventos passados.

6. Os passivos quando corresponderem a valores exigíveis até doze

meses após a data das demonstrações contábeis devem ser classificados

no grupo não circulante.

7. Entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade

detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes, ainda que

não tenha o direito de propriedade.

8. Os consórcios públicos devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da CASP com vistas a garantir procedimentos

suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle

social.

COMENTÁRIOS À QUESTÃO

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(Cespe/TRE-MT/Adaptada) Julgue os itens a seguir.

5. Para que sejam reconhecidos como ativos no setor público os recursos

não precisam ser resultado de eventos passados.

ERRADO, para ser um ativo um dos critérios é que os recursos

sejam decorrentes de eventos passados.

6. Os passivos quando corresponderem a valores exigíveis até doze

meses após a data das demonstrações contábeis devem ser classificados

no grupo não circulante.

ERRADO, seria circulante neste caso.

7. Entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade

detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes, ainda que

não tenha o direito de propriedade.

CERTO, a essência prevalece sobre a forma na contabilidade. A

propriedade legal do recurso não é uma característica essencial

de um ativo, mas é um indicador de controle.

8. Os consórcios públicos devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da CASP com vistas a garantir procedimentos

suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle

social.

ERRADO, os consórcios públicos devem observar integralmente as

normas e técnicas da CASP.

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5. BENS PÚBLICOS

Tão importante quanto saber os elementos básicos patrimoniais é

saber os tipos de bens públicos. De acordo com o Código Civil os bens

públicos se dividem em:

-Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e

praças;

- Os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a

serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial

ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

-Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de

direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma

dessas entidades.

O código civil reforça ainda que os bens públicos de uso comum

do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto

conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Já os

bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as

exigências da lei. Ressalta-se que não dispondo a lei em contrário,

consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas

de direito público a que se tenha dado estrutura de direito

privado. Os bens públicos das três categorias não estão sujeitos a

usucapião.

Ainda pelo Código Civil que o uso comum dos bens públicos

pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente

pela entidade a cuja administração pertencerem.

Além desses exemplos tradicionais dos tipos de bens especiais, a

STN considera bens de uso especial da União os ativos tangíveis utilizados

na produção ou para fins administrativos e se espera que sejam utilizados

por mais de um exercício. Considera-se nessa condição, também o

equipamento militar especializado e os ativos de infraestrutura.

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Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos

públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser

incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua

administração ou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade

operacional. Estão nessa situação: ativos de infraestrutura e bens

de patrimônio cultural.

O Quadro 6 mostra as principais diferenças quanto à contabilização

e ao registro dos bens públicos.

Quadro 6: Diferenças na contabilização dos bens públicos

Tipo de bens

Contabilização no Plano de contas

desde 01 de janeiro

de 2016

Sistema utilizado no

caso da

União

Podem ser alienados?

Especiais Ativo não circulante SPIU net Não

Dominiais Ativo não circulante SIAPA Sim

Uso comum: ativos de

infraestrutura Ativo não circulante - Não

Uso comum: patrimônio

cultural Ativo não circulante - Não

Uso comum: absorveram

ou absorvem recursos

públicos, ou aqueles

eventualmente recebidos

em doação

Ativo não circulante - Não

Uso comum: demais casos Não são contabilizados - Não

Assim, no novo plano de contas, os bens especiais serão

registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.01.00, os bens dominiais serão

registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.03.00 e os bens de uso

comum4 serão registrados no SIAFI na conta 1.2.3.2.1.05.00.

Por fim, o registro dos imóveis de uso especial no SIAFI tem como

fonte alimentado o registro no SPIUnet (Sistema de Patrimônio Imobiliário

da União); enquanto que os imóveis Dominiais/Dominicais da União são

cadastrados no Sistema da Secretaria do Patrimônio da União chamado

SIAPA - Sistema Integrado de Administração Patrimonial que também é

integrado ao SIAFI. Não há ainda um sistema para os bens de uso

comum.

4 Que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação.

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9. (Cespe/TRE-RJ/Analista) Uma ponte, estrada ou praça pública,

construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não

circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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9. (Cespe/TRE-RJ/Analista) Uma ponte, estrada ou praça pública,

construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não

circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

CERTO, pois é um bem de uso comum que utilizou recursos públicos e

deve ser registrado no ativo não circulante.

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6. PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS NORMAS INTERNACIONAIS DE

CONTABILIDADE: ESTÁGIO ATUAL DE ACORDO COM AS ORIENTAÇÕES

DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) E DA SECRETARIA

DO TESOURO NACIONAL (STN).

A implantação de um “Novo de Modelo de Contabilidade Aplicada ao

Setor Público” tem como objetivo convergir as práticas de contabilidade

vigentes aos padrões estabelecidos nas Normas Internacionais de

Contabilidade Aplicadas ao Setor Público. Esse novo modelo visa resgatar

a Contabilidade como ciência, e o patrimônio da entidade pública como

objeto de estudo.

Sobre o processo de convergência, a portaria 184/2008 do

Ministério da Fazenda determinou à Secretaria do Tesouro Nacional - STN,

órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, o desenvolvimento

das seguintes ações no sentido de promover a convergência às Normas

Internacionais de Contabilidade publicadas pela International Federation

of Accountants - IFAC e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas

ao Setor Público editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC,

respeitados os aspectos formais e conceituais estabelecidos na legislação

vigente:

I - identificar as necessidades de convergência às normas internacionais

de contabilidade publicadas pela IFAC e às normas Brasileiras editadas

pelo CFC;

II - editar normativos, manuais, instruções de procedimentos contábeis e

Plano de Contas Nacional, objetivando a elaboração e publicação de

demonstrações contábeis consolidadas, em consonância com os

pronunciamentos da IFAC e com as normas do Conselho Federal de

Contabilidade, aplicadas ao setor público;

III - adotar os procedimentos necessários para atingir os objetivos de

convergência estabelecido no âmbito do Comitê Gestor da Convergência

no Brasil, instituído pela Resolução CFC n° 1.103, de 28 de setembro de

2007.

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Dessa forma, a STN, na qualidade de Órgão Central do Sistema de

Contabilidade Federal, nos termos da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de

2001, e do Decreto nº 3.589, de 6 de setembro de 2000, vem emitindo

normas gerais para atender ao disposto no parágrafo 2º, do art. 50 da Lei

Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, de forma a padronizar

procedimentos para a consolidação das contas públicas e apresentar

entendimentos gerais sobre os procedimentos contábeis nos três níveis de

governo.

O Decreto nº 6.976, de 7 de outubro de 2009, por sua vez,

estabeleceu alguns objetivos com o intuito de promover as adequações

necessárias para a convergência aos padrões internacionais de

contabilidade, entre as quais:

(i) estabelecer normas e procedimentos contábeis para a Federação, por

meio da elaboração, discussão, aprovação e publicação do Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público – MCASP;

(ii) manter e aprimorar o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público;

(iii) padronizar as prestações de contas e os relatórios e demonstrativos

de gestão fiscal, por meio da elaboração, discussão, aprovação e

publicação do Manual de Demonstrativos Fiscais – MDF;

(iv) disseminar, por meio de planos de treinamento e apoio técnico, os

padrões estabelecidos no MCASP e no MDF para a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios;

(v) elaborar as demonstrações contábeis consolidadas da União e demais

relatórios destinados a compor a prestação de contas anual do Presidente

da República.

Ante o exposto, observa-se que o Manual de Contabilidade Aplicada

ao Setor Público – MCASP faz parte das ações da Secretaria do Tesouro

Nacional que se apresenta em consonância com as “Orientações

Estratégicas para a Contabilidade aplicada ao Setor Público no Brasil”,

documento elaborado pelo Conselho Federal de Contabilidade com vistas

à:

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a) convergência aos padrões internacionais de contabilidade aplicados ao

setor público;

b) implementação de procedimentos e práticas contábeis que permitam o

reconhecimento, a mensuração, a avaliação e a evidenciação dos

elementos que integram o patrimônio público;

c) implantação de sistema de custos no âmbito do setor público brasileiro;

d) melhoria das informações que integram as Demonstrações Contábeis e

os Relatórios necessários à consolidação das contas nacionais;

e) possibilitar a avaliação do impacto das políticas públicas e da gestão,

nas dimensões social, econômica e fiscal, segundo aspectos relacionados

à variação patrimonial.

O referido documento estabelece três grandes diretrizes

estratégicas, desdobradas em macro objetivos, que contribuem para o

desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, cujas

implantações deverão ocorrer a partir da celebração de parcerias entre o

Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e instituições que atuam, de

forma direta ou indireta, com a Contabilidade aplicada ao Setor Público:

a) Diretriz 1 - Promover o Desenvolvimento Conceitual da Contabilidade

Aplicada ao Setor Público no Brasil.

b) Diretriz 2 - Estimular a Convergência às Normas Internacionais de

Contabilidade aplicadas ao Setor Público (IPSAS).

c) Diretriz 3 - Fortalecer institucionalmente a Contabilidade Aplicada ao

Setor Público.

O produto que emerge dessa construção coletiva, fruto de parcerias

e debates no âmbito do Grupo Técnico de Padronização de Procedimentos

Contábeis, é o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.

Assim, o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

(MCASP), busca promover o desenvolvimento conceitual da contabilidade

aplicada ao setor público no Brasil, com o objetivo de tornar-se obra de

referência para a classe contábil brasileira.

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Em 2018 foram publicadas: Portaria Conjunta SOF/STN nº 6/2018

(Aprova a Parte I) e Portaria STN nº 877/2018 (Aprova a Parte Geral e as

Partes II, III, IV e V) que definem que o MCASP 8ª edição deve ser

utilizado por todos os entes da federação em 2019 e 2020.

Quadro 7: Volumes do MCASP

Parte Descrição

Parte I Procedimentos Contábeis Orçamentários

Parte II Procedimentos Contábeis Patrimoniais

Parte III Procedimentos Contábeis Específicos

Parte IV Plano de Contas Aplicado ao Setor Público

Parte V Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público

Por fim, apresento a Figura 3 que contém a linha do tempo

contendo os principais normativos que afetaram a Contabilidade Aplicada

ao Setor Público os últimos anos.

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Figura 3: Principais alterações normativas relacionadas ao processo de convergência

2007 2008

Interpretação dos

princípios de

contabilidade sob

a perspectiva do

setor público

Resolução CFC nº 1.111/2007(29/11/2007)

Publicação das NBCT 16 com efeito a partir de 1/1/2009

Resoluções CFC nº 1.128 a

1.137 (21/11/2008)

2009

Resolução CFC nº 1.268

(10/12/2009)

Alteração das NBCT 16 com efeito a partir de 1/1/2010

Portaria STN 749 de 15/12/2009

Resolução CFC nº 1.103

(28/09/2007)

Criação do

Comitê Gestor da

Convergência

Brasil

Atualização dos Anexos da lei 4320/1964

Publica a 2ª edição do MCASP

Portaria STN 467 e Portaria Conjunta

STN/SOF 2 de 6/8/2009

Publicação da 1ª edição do MCASP

(Manual da Receita Nacional e Manual da

Despesa Nacional)

Portaria Conjunta STN/SOF 3 de 14/10/2008

Portaria STN 184 de 25/08/2008

Ministério da Fazenda determina à STN o desenvolvimento de ações de promoção da convergência às Normas Internacionais de Contabbilidade Publicadas pela International Federation of Accountants - IFAC e às Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas pelo CFC.

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2011

Resolução CFC nº 1.367

(25/11/2011)

Interpretação dos princípios de

contabilidade sob a perspectiva do setor público conforme a

resolução 1.282

2010

Portaria STN 665 de 30/11/2010

Nova atualização dos Anexos da lei

4320/1964

Portaria STN 157 de 09/03/2011

Criação do Sistema de Custos

do Governo Federal

Portaria STN 864 de 30/12/2011

Criação do Macroprocesso do Sistema de Custos

do Governo Federal

Portaria STN 828 de 14/12/2011

Altera o prazo para adoção do Plano de Contas

Aplicado ao Setor Público

Portaria STN 406 e Portaria Conjunta

STN/SOF 1 de 20/06/2011

Publica a 4ª edição do MCASP

Portaria STN 664 e Portaria Conjunta

STN/SOF 4 de 30/11/2010

Publica a 3ª edição do MCASP

Resolução CFC nº 1.366

(25/11/2011)

Publicação da NBCT 16.11: Dispõe sobre

o Sistema deInformação de Custos do Setor

Público

2012

Portaria STN 437 e Portaria Conjunta

STN/SOF 2 de 12/07/2012

Publica a 5ª edição do MCASP

Portaria STN 753 de 21/12/2012

Estabelce novo prazo de adoção os MCASP:

iníciando em 01/01/2013 e com término

limite em 31/12/2014

2013

Resolução CFC nº 1.366

(02/04/2013)

Alteração das NBCs T 16.1, 16.2, 16.4,

16.5, 16.6, 16.10 e 16.11

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2014

Portaria STN 700 e Portaria Conjunta STN/

SOF 1 de 10/12/2014

Publica a 6ª edição do MCASP

2015 2016

Republicação da 6ª edição do MCASP em 13/07/2015

Alteração da classificação da receita quanto à

natureza pela Portaria SOF e STN

de 25/08/2015

Portaria STN 840 e Portaria Conjunta STN/

SOF 2 de 22/12/2016

Publica a 7ª edição do MCASP

NBCT SP: estrutura conceitual, 01, 02, 03, 04 e

05

2017 e 2018

NBCT SP: 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12, 13, 14 e 15

Portaria STN 877 e Portaria Conjunta STN/

SOF 6 de 18/12/2018

Publica a 8ª edição do MCASP

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Na parte superior da Figura estão os normativos do CFC (Conselho

Federal de Contabilidade) e na parte inferior os normativos da STN

(Secretaria do Tesouro Nacional).

Em 2007 observa-se a criação do Comitê Gestor da Convergência

Brasil pelo CFC. Ainda em 2007 foram interpretados os princípios

fundamentais da contabilidade aplicados ao setor público.

Em 2008 nota-se a determinação à STN que desenvolva ações

integradas ao Comitê Gestor da Convergência Brasil. Ainda nesse ano a

STN em Conjunto com a SOF (Secretaria de Orçamento Federal) editam a

primeira versão do MCASP (Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor

Público) com dois volumes. Em 2008 o CFC publica as NBC T 16: as

Normas Brasileiras Contábeis Técnicas aplicadas ao Setor Público.

Em 2009 é publicada a segunda edição do MCASP e é alterada a

NBCT 165. Ainda nesse ano, a STN altera pela primeira vez os anexos

constantes da lei 4320/1964. A STN usa como fundamento para alterar

uma lei materialmente complementar por meio de portaria o artigo 113º

da lei 4320/1964.

Art. 113. Para fiel e uniforme aplicação das presentes normas, o

Conselho Técnico de Economia e Finanças do Ministério da

Fazenda atenderá a consultas, coligirá elementos, promoverá o

intercâmbio de dados informativos, expedirá recomendações

técnicas, quando solicitadas, e atualizará sempre que julgar

conveniente, os anexos que integram a presente lei.

Parágrafo único. Para os fins previstos neste artigo, poderão ser

promovidas, quando necessário, conferências ou reuniões

técnicas, com a participação de representantes das entidades

abrangidas por estas normas.

5 A principal mudança ocorrida nas normas de 2009 foi a supressão do subsistema financeiro das NBCT 16 e

criação do subsistema de custos. Veremos isso com mais detalhes nas aulas seguintes.

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Em 2010 foi publicada a terceira edição do MCASP que também já

previu a supressão do subsistema financeiro. Além disso, os anexos da lei

4320/1964 mais uma vez foram alterados.

Em 2011 pode-se observar que houve uma ênfase maior em tornar

mais objetiva a implantação do subsistema de custos que antes estava

mais no nível conceitual. Ainda em 2011, o CFC atualizou a interpretação

dos princípios fundamentais da contabilidade aplicados ao setor público.

Por fim, nos anos de 2012 a 2013, o prazo para adoção do Plano de

Contas foi prorrogado diversas vezes até culminar com a adoção

obrigatória em 2015. Ressalta-se que a NBCT 16 foi novamente

atualizada em 2013.

A última atualização do MCASP 8ª edição ocorreu em 2018.

(ESAF/ANAC/Analista) Considerando o definido no Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP ─ 6ª edição), julgue o

item a seguir:

10. O Manual não é aplicável à Contabilidade Pública adotada em

municípios.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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(ESAF/ANAC/Analista) Considerando o definido no Manual de

Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP ─ 6ª edição), julgue o

item a seguir:

10. O Manual não é aplicável à Contabilidade Pública adotada em

municípios.

ERRADO, o MCASP é obrigatório a todos os entes da federação.

(Simulada) Considerando o definido no Manual de Contabilidade Aplicada

ao Setor Público (MCASP ─ 7ª edição), julgue o item a seguir:

11. O Manual não é de uso obrigatório aos conselhos de regulamentação

profissional.

COMENTÁRIO À QUESTÃO

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CERTO, os Conselhos Profissionais e as demais entidades não

compreendidas no conceito de entidades do setor público,

incluídas as empresas estatais independentes, poderão aplicar as

normas estabelecidas no MCASP de maneira facultativa ou por

determinação dos respectivos órgãos reguladores, fiscalizadores

e congêneres.

Assim, no entendimento da STN que não possui jurisdição sobre

os conselhos, estes podem utilizar o MCASP caso queiram.

O CFC entende que os conselhos devem utilizar a estrutura

conceitual.

Assim, os conselhos devem seguir a estrutura conceitual, mas

não necessariamente o MCASP.

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7. DICAS FINAIS

O Quadro a seguir mostra como era e como deve ser o tratamento

dado às Empresas Estatais Dependentes, aos Conselhos Profissionais e ao

sistema S.

Quadro 10: Aplicação da Contabilidade Pública aos Conselhos

Profissionais Sistema S antes e depois da estrutura conceitual

Antes da Estrutura Conceitual

(até 31.12.2016)

Após Estrutura Conceitual

(a contar de 01.01.2017)

Entidade NBCT 16.1 MCASP 6ª

edição Entidade

Estrutura

Conceitual

MCASP 7ª

e 8ª

edições

Empresa

Estatal

Dependente

Obrigatório –

Integralmente Obrigatório

Empresa

Estatal

Dependente

Obrigatório –

Integralmente Obrigatório

Conselhos

Profissionais

Obrigatório –

Integralmente Facultativo

Conselhos

Profissionais Obrigatório Facultativo

Sistema S Obrigatório –

Integralmente Facultativo Sistema S

Obrigatório

pelo Acórdão

TCU Plenário

991, de 06 de

maio de 2019

Obrigatório

pelo

Acórdão

TCU

Plenário

1567, de

17 de

junho de

2020

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8. LISTA DAS QUESTÕES APRESENTADAS

Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima

aula.

BATERIA CESPE

1.(SEGER-ES/CESPE/2009/Contador/Adaptada) O alcance da estrutura

conceitual aplicada ao setor público limita-se aos órgãos e entidades

integrantes do orçamento da seguridade social e de investimento em

empresas estatais dos governos federal, estadual e municipal.

2. (SAD/PE/Cespe/2010) Os conselhos profissionais devem observar

parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao

setor público.

3. (SAD/PE/Cespe/2010/Adaptada) O alcance da estrutura conceitual

aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as

pessoas jurídicas de direito público.

4. (Cespe/ABIN/2010/Agente Técnico de Inteligência/Adaptada) São

elementos das Demonstrações Contábeis de Propósito Geral: ativo e

passivos.

5. (PREVIC/Cespe/2011/Contador/Adaptada) O alcance da estrutura

conceitual aplicada ao setor público abrange obrigatoriamente os

consórcios públicos e os fundos em todos os seus aspectos operacionais.

6. (PREVIC/Cespe 2011/Contador/Adaptada) Em um município que

disponha de uma praça onde estejam instalados diversos brinquedos

comunitários fixos, a própria praça não integra o objeto de estudo da

contabilidade pública, mas os brinquedos instalados, sim.

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7. (Cespe/TRE-ES/2011/Analista Judiciário) De acordo com o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP)

e na Lei n 4.320/1964, os serviços sociais devem observar integralmente

as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

8. (Cespe/TRE-ES/2011/Técnico Judiciário/Adaptada) O alcance da

estrutura conceitual aplicada ao setor público se estende a entidades de

direito privado - inclusive, para fora do âmbito do setor público

propriamente dito -, mas que, por disporem de recursos públicos, estão

sujeitas a prestação de contas contábil.

9. (Cespe/SSP-CE/2012/ Perito Criminal/Adaptada) Um dos objetivos dos

Relatórios Contábeis de Propósito Geral em fornecer ao usuário

informações para tomada de decisão e para prestação de

contas/responsabilização.

10. (Cespe/TRE-RJ/2012/Analista) Uma ponte, estrada ou praça pública,

construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não

circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

11. (Cespe/MPU/2013/Cargo 8/Adaptada) Conforme a estrutura

conceitual aplicada ao setor público da contabilidade aplicada ao setor

público, os elementos patrimoniais são segregados no grupo circulante,

realizável a longo prazo, e no grupo investimentos, imobilizado e diferido,

com base em atributos de conversibilidade e exigibilidade.

12. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) As empresas de capital aberto que não

estão contempladas no orçamento de investimentos, mas constam do

orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da

contabilidade pública e são isentas das exigências da contabilidade

empresarial.

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13. (SUFRAMA/Cespe/2014/Adaptada) As entidades governamentais, os

serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar

obrigatoriamente estrutura conceitual aplicada ao setor público.

14. (TCU/Cespe/2015/AFCE/ Adaptada) As entidades do setor público

são abrangidas pelo campo de aplicação estrutura conceitual aplicada ao

setor público. As entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais devem observar o escopo de forma integral.

(Cespe/2015/MPU/ Adaptada) Julgue os itens a seguir, acerca do papel do

Ministério Público da União (MPU) relativamente ao campo de atuação e

objetivo no âmbito da contabilidade aplicada ao setor público

15. Por ser uma entidade governamental, os Relatórios Contábeis de

Propósito Geral - RCPGs do MPU devem disponibilizar informações para

tomada de decisão.

(Cespe/2015/TRE-MT/Adaptada) Julgue os itens a seguir.

16. Para que sejam reconhecidos como ativos no setor público os

recursos não precisam ser resultado de eventos passados.

17. Os passivos quando corresponderem a valores exigíveis até doze

meses após a data das demonstrações contábeis devem ser classificados

no grupo não circulante.

18. Entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade

detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes, ainda que

não tenha o direito de propriedade.

19. Os consórcios públicos devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da CASP com vistas a garantir procedimentos suficientes

de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

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20. (Cespe/2016/TCE-PR/Auditor/Adaptada) Conversibilidade e

exigibilidade são os atributos, constantes na estrutura conceitual aplicada

ao aplicada ao setor público, adotados para classificar os elementos

patrimoniais na segregação de ativos e passivos descritos como

circulantes ou não circulantes.

21. (TRE-BA Técnico – Contabilidade 2017 - Adaptada): As normas da

contabilidade aplicada ao setor público regulamentam as atividades

contábeis de todas as entidades desse setor, não se aplicando

obrigatoriamente:

A nas fundações públicas.

B nos conselhos profissionais.

C nos serviços sociais.

D nas empresas públicas independentes.

E nas autarquias.

22. (TRE-BA Técnico – Contabilidade 2017): A contabilidade aplicada ao

setor público tem como objeto

A o caixa do setor público.

B o balanço patrimonial do setor público.

C a dívida pública.

D o orçamento público.

E o patrimônio público.

(CGM - João Pessoa Auditor de Controle Interno Cespe 2018)

Julgue os itens a seguir.

23. Os conselhos profissionais estão entre as entidades que devem

observar parcialmente as normas próprias da Contabilidade Aplicada ao

Setor Público, utilizando-as como ferramenta de prestação de contas e de

instrumentalização do controle social.

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24. Pessoas jurídicas de direito privado deverão ser tratadas

contabilmente como entidades do setor público se, no exercício de suas

atividades, vierem a receber dinheiro público.

25. (CAGE-RS Auditor do Estado do RS, classe A - 2018) A

consolidação de patrimônios do grupo econômico estatal inclui as

operações de entidades da administração descentralizada, entre as quais

se incluem

A as autarquias.

B as assembleias legislativas.

C os ministérios.

D os municípios.

E os tribunais de contas.

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9. LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS

Nada como fazer umas questões enquanto se espera a próxima

aula.

BATERIA CESPE

1.(SEGER-ES/CESPE/2009/Contador/Adaptada) O alcance da estrutura

conceitual aplicada ao setor público limita-se aos órgãos e entidades

integrantes do orçamento da seguridade social e de investimento em

empresas estatais dos governos federal, estadual e municipal.

ERRADO, primeiro que as empresas estatais independentes estão

via de regra fora do alcance da estrutura conceitual. Segundo que

os conselhos profissionais estão ao alcance da estrutura

conceitual e não integram o orçamento fiscal e da seguridade

social.

2. (SAD/PE/Cespe/2010) Os conselhos profissionais devem observar

parcialmente as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao

setor público.

ERRADO. Os conselhos profissionais devem observar

integralmente.

3. (SAD/PE/Cespe/2010/Adaptada) O alcance da estrutura conceitual

aplicada ao setor público abrange apenas os órgãos, os fundos e as

pessoas jurídicas de direito público.

ERRADO. Abrange as demais as empresas estatais dependentes

que são de direito privado.

4. (Cespe/ABIN/2010/Agente Técnico de Inteligência/Adaptada) São

elementos das Demonstrações Contábeis de Propósito Geral: ativo e

passivos.

CERTO, são 2 dos 6 elementos.

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5. (PREVIC/Cespe/2011/Contador/Adaptada) O alcance da estrutura

conceitual aplicada ao setor público abrange obrigatoriamente os

consórcios públicos e os fundos em todos os seus aspectos operacionais.

CERTO, tais entidades estão obrigadas a adotar a estrutura

conceitual aplicada ao setor público.

6. (PREVIC/Cespe 2011/Contador/Adaptada) Em um município que

disponha de uma praça onde estejam instalados diversos brinquedos

comunitários fixos, a própria praça não integra o objeto de estudo da

contabilidade pública, mas os brinquedos instalados, sim.

ERRADO, a praça que é um bem de uso comum que absorveu

recursos públicos e integra o objeto de estudo da CASP.

7. (Cespe/TRE-ES/2011/Analista Judiciário) De acordo com o disposto nas

Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas ao setor público (NBCASP)

e na Lei n 4.320/1964, os serviços sociais devem observar integralmente

as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público.

CERTO, conforme acórdão TCU 991/2019.

8. (Cespe/TRE-ES/2011/Técnico Judiciário/Adaptada) O alcance da

estrutura conceitual aplicada ao setor público se estende a entidades

de direito privado - inclusive, para fora do âmbito do setor público

propriamente dito -, mas que, por disporem de recursos públicos,

estão sujeitas a prestação de contas contábil.

ERRADO, se uma pessoa jurídica receber recursos públicos ela não

adota a estrutura conceitual. Porém, existem pessoas jurídicas de

direito privado que devem adotar obrigatoriamente a estrutura

conceitual: Empresas Estatais Dependentes e o Sistema S.

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9. (Cespe/SSP-CE/2012/ Perito Criminal/Adaptada) Um dos objetivos dos

Relatórios Contábeis de Propósito Geral em fornecer ao usuário

informações para tomada de decisão e para prestação de

contas/responsabilização.

Certo, sem comentários adicionais.

10. (Cespe/TRE-RJ/2012/Analista) Uma ponte, estrada ou praça pública,

construídas com recursos públicos, deve ser incluída no ativo não

circulante da entidade responsável pela sua administração e controle.

CERTO, pois é um bem de uso comum que utilizou recursos

públicos e deve ser registrado no ativo não circulante.

11. (Cespe/MPU/2013/Cargo 8/Adaptada) Conforme a estrutura

conceitual aplicada ao setor público da contabilidade aplicada ao setor

público, os elementos patrimoniais são segregados no grupo

circulante, realizável a longo prazo, e no grupo investimentos,

imobilizado e diferido, com base em atributos de conversibilidade

e exigibilidade.

ERRADO, na estrutura conceitual aplicada ao setor público o que

existem são elementos das Relatórios Contábeis de Propósito

Geral. Dentre eles estão: ativo e passivo. Não existe na estrutura

conceitual segregação do ativo e passivo em circulante e não

circulante. Tal segregação consta no MCASP Parte II.

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12. (Cespe/MPU/2013/Cargo 13) As empresas de capital aberto que não

estão contempladas no orçamento de investimentos, mas constam do

orçamento fiscal e da seguridade social estão no campo de aplicação da

contabilidade pública e são isentas das exigências da contabilidade

empresarial.

ERRADO, as empresas estatais dependentes devem utilizar ambas

as contabilidades: pública e geral.

13. (SUFRAMA/Cespe/2014/Adaptada) As entidades governamentais, os

serviços sociais e os conselhos profissionais devem observar

obrigatoriamente estrutura conceitual aplicada ao setor público.

CERTO, ambos devem adotar a estrutura conceitual.

14. (TCU/Cespe/2015/AFCE/ Adaptada) As entidades do setor público

são abrangidas pelo campo de aplicação estrutura conceitual aplicada ao

setor público. As entidades governamentais, os serviços sociais e os

conselhos profissionais devem observar o escopo de forma integral.

CERTO, todos os citados devem adotar a estrutura conceitual.

(Cespe/2015/MPU/ Adaptada) Julgue os itens a seguir, acerca do papel do

Ministério Público da União (MPU) relativamente ao campo de atuação e

objetivo no âmbito da contabilidade aplicada ao setor público

15. Por ser uma entidade governamental, os Relatórios Contábeis de

Propósito Geral - RCPGs do MPU devem disponibilizar informações para

tomada de decisão.

CERTO, os dois objetivos dos RCPGs consistem em fornecer ao

usuário informações para tomada de decisão e para prestação de

contas/responsabilização.

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(Cespe/2015/TRE-MT/Adaptada) Julgue os itens a seguir.

16. Para que sejam reconhecidos como ativos no setor público os

recursos não precisam ser resultado de eventos passados.

ERRADO, para ser um ativo um dos critérios é que os recursos

sejam decorrentes de eventos passados.

17. Os passivos quando corresponderem a valores exigíveis até doze

meses após a data das demonstrações contábeis devem ser classificados

no grupo não circulante.

ERRADO, seria circulante neste caso.

18. Entende-se por recursos controlados os ativos em que a entidade

detém o controle, os riscos e os benefícios deles decorrentes, ainda que

não tenha o direito de propriedade.

CERTO, a essência prevalece sobre a forma na contabilidade. A

propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de

um ativo, mas é um indicador de controle.

19. Os consórcios públicos devem observar parcialmente as normas e

técnicas próprias da CASP com vistas a garantir procedimentos suficientes

de prestação de contas e instrumentalização do controle social.

ERRADO, os consórcios públicos devem observar integralmente as

normas e técnicas da CASP.

20. (Cespe/2016/TCE-PR/Auditor/Adaptada) Conversibilidade e

exigibilidade são os atributos, constantes na estrutura conceitual

aplicada ao aplicada ao setor público, adotados para classificar os

elementos patrimoniais na segregação de ativos e passivos descritos

como circulantes ou não circulantes.

ERRADO, não existe na estrutura conceitual segregação do ativo e

passivo em circulante e não circulante. Tal segregação consta no

MCASP Parte II.

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21. (TRE-BA Técnico – Contabilidade 2017 - Adaptada): As normas da

contabilidade aplicada ao setor público regulamentam as atividades

contábeis de todas as entidades desse setor, não se aplicando

obrigatoriamente:

A nas fundações públicas.

B nos conselhos profissionais.

C nos serviços sociais.

D nas empresas públicas independentes.

E nas autarquias.

Apenas não se aplica às empresas estatais independentes.

Gabarito D.

22. (TRE-BA Técnico – Contabilidade 2017): A contabilidade aplicada ao

setor público tem como objeto

A o caixa do setor público.

B o balanço patrimonial do setor público.

C a dívida pública.

D o orçamento público.

E o patrimônio público.

Em que pese a evolução da contabilidade pública para ciência

informacional voltada a prestação de contas e tomada de decisão,

não está errado afirmar que um dos objetos seria o patrimônio

público. Gabarito E.

(CGM - João Pessoa Auditor de Controle Interno Cespe 2018)

Julgue os itens a seguir.

23. Os conselhos profissionais estão entre as entidades que devem

observar parcialmente as normas próprias da Contabilidade Aplicada ao

Setor Público, utilizando-as como ferramenta de prestação de contas e de

instrumentalização do controle social.

Errado, os Conselhos Profissionais devem aplicar integralmente a

estrutura conceitual.

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24. Pessoas jurídicas de direito privado deverão ser tratadas

contabilmente como entidades do setor público se, no exercício de suas

atividades, vierem a receber dinheiro público.

Errado, tais entidades podem aplicar facultativamente a estrutura

conceitual. Seriam, por exemplo, os fornecedores que são

contratados pelos órgãos públicos.

25. (CAGE-RS Auditor do Estado do RS, classe A - 2018) A

consolidação de patrimônios do grupo econômico estatal inclui as

operações de entidades da administração descentralizada, entre as quais

se incluem

A as autarquias.

B as assembleias legislativas.

C os ministérios.

D os municípios.

E os tribunais de contas.

Apenas entidades da administração indireta estão sujeitas a

descentralização. Questão mais de Direito Administrativo que de

Contabilidade Pública. Gabarito A, pois as demais opções

pertencem ao grupo da administração direta.

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Gabarito das questões comentadas Cespe

1-Errado 2-Errado 3-Errado 4-Certo 5-Certo

6-Errado 7-Certo 8-Errado 9-Certo 10-Certo

11-Errado 12-Errado 13-Certo 14-Certo 15-Certo

16-Errado 17-Errado 18-Certo 19-Errado 20-Errado

21-D 22-E 23-Errado 24-Errado 25-A

Pessoal o prazer foi meu. Até a próxima aula.

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