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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL NAS 5 FONTES PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 6: Olá Pessoal, tudo certo? Gostando do curso? Hoje vamos fechar os direitos e deveres individuais e coletivos. Vamos nessa. Direito de informação em órgãos públicos: XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Essas informações são de relevância para a pessoa ou para a coletividade. Se negado este direito, poderá ser impetrado habeas data, no caso de ser uma informação pessoal do impetrante, ou mandado de segurança, no caso de uma informação, que embora seja de seu interesse, não seja estritamente ligada à sua pessoa. 1. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Comentários: É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5°, XXXIII, da CF/88. Gabarito: Correto. 2. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Comentários: A banca usou a disposição literal encontrada no art. 5.º, XXXIII. O direito de informação permite que todas as pessoas, que assim necessitarem, possam se dirigir a órgãos públicos e pedir informações que sejam de seu interesse particular ou de interesse da coletividade. Importante notar que a autoridade pública deve prestar estas informações no prazo legal, sob pena de ser responsabilizada. A

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Aula 6:

Olá Pessoal, tudo certo? Gostando do curso?

Hoje vamos fechar os direitos e deveres individuais e coletivos.

Vamos nessa.

Direito de informação em órgãos públicos:

XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

Essas informações são de relevância para a pessoa ou para a coletividade. Se negado este direito, poderá ser impetrado habeas data, no caso de ser uma informação pessoal do impetrante, ou mandado de segurança, no caso de uma informação, que embora seja de seu interesse, não seja estritamente ligada à sua pessoa.

1. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Comentários:

É isso aí. Trata-se do direito de informação, previsto no art. 5°, XXXIII, da CF/88.

Gabarito: Correto.

2. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Comentários:

A banca usou a disposição literal encontrada no art. 5.º, XXXIII. O direito de informação permite que todas as pessoas, que assim necessitarem, possam se dirigir a órgãos públicos e pedir informações que sejam de seu interesse particular ou de interesse da coletividade. Importante notar que a autoridade pública deve prestar estas informações no prazo legal, sob pena de ser responsabilizada. A

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autoridade não está obrigada a prestar aquelas informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Gabarito: Correto.

3. (FGV/Advogado-Senado/2008) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

Comentários:

Novamente a banca explorou o teor do dispositivo encontrado no art. 5.º, XXXIII, literalmente.

Gabarito: Correto.

Direito de petição e direito de obter certidões

XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e "pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder.

Não se deve confundir o direito de petição, que é o direito de pedir que o Poder Público (seja o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou ainda o Ministério Público) tome certas providências, com o direito de ingressar com uma ação judicial ou de postular em juízo. Muitas bancas tentam confundir o candidato associando erroneamente estes institutos.

Embora a literalidade da Constituição pareça conceder uma imunidade ao pagamento de taxas, essa imunidade parece ser defendida com força apenas pela doutrina tributarista, boa parte da doutrina de direito constitucional entende que o legislador constituinte pretendia dar gratuidade geral de quaisquer custas referentes a esses institutos e não apenas dispensar o pagamento de taxas (que é apenas uma das espécies de tributos). Em provas de concursos, as bancas não têm entrado nesse mérito, limitando-se a cobrar os seguintes pontos sobre o direito de petição e certidão:

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1. Não precisa de lei regulamentadora;

2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui caráter restritivo, ou seja, TODOS são isentos, e não apenas os pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade.

3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos em nome próprio ou da coletividade.

4. É um direito fundamental perfeitamente extensível aos estrangeiros que estejam sob a tutela das leis brasileiras.

5. Estes direitos, se negados, também poderão dar motivo à impetração de Mandado de Segurança.

4. (FCC/AJAA - TRT 4ª/2009) O Direito de Petição previsto na Constituição Federal é:

a) exercido tão somente no âmbito do Poder Judiciário.

b) assegurado aos brasileiros natos, maiores de vinte e um anos.

c) extensivo a todos, nacionais ou estrangeiros, mediante o pagamento de taxas.

d) destinado ao cidadão em face dos Poderes Públicos e exercido judicialmente apenas por advogado constituído.

e) garantido a todos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

Comentários:

Letra A - Errado. Pode ser exercido perante qualquer Poder.

Letra B - Errado. Não existe tal restrição.

Letra C - Errado. Realmente todos podem exercê-lo, mas não precisa pagar taxas.

Letra D - Errado. Qualquer um pode exercer este direito, independentemente de constituir advogado.

Letra E - Agora sim... está está correta.

Gabarito da questão: Letra E.

5. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

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Correto. Todos tem o direito de pedir providências aos poderes públicos, sem que se precise pagar nada por isso, da mesma forma, terão também o direito de obter certidões. É a previsão do art. 5º, XXXIV.

6. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas.

Comentários:

A Constituição não assegura o direito de certidão para esclarecer situações de interesse de terceiros, apenas as de interesse pessoal (CF, art. 5º, XXXIV, "b").

Gabarito: Errado.

7. (ESAF/Procurador PGFN/2012) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

Comentários:

Isso aí... é o teor do art. 5º,XXXIV, “a” e “b”.

Gabarito: Correto.

8. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) O direito de petição garante a todo indivíduo, independentemente de ser advogado, a defesa, por si mesmo, de qualquer interesse seu em juízo.

Comentários:

Defender interesse em juízo é a capacidade postulatória, esta só os advogados possuem. O direito de petição não é para postular em juízo, mas para pedir que o poder público (seja o Poder Executivo, Legislativo, Judiciário ou ainda o Ministério Público) tome providências para a defesa de seus direitos ou contra ilegalidade ou abusos.

Gabarito: Errado.

9. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) São a todos assegurados, condicionado ao pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em

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repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

Comentários:

Esses direitos são idependentes do pagamento de taxas.

Gabarito: Errado.

10. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) O direito de petição assegurado na Constituição Federal:

a) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado.

b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros.

c) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para tomada de providências.

d) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a atividade necessária ao seu atendimento.

e) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as suas instâncias e esferas federativas.

Comentários:

O direito de petição é o direito que QUALQUER pessoa (física ou jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e "pedir" (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder.

Letra A - Errado. Ele é auto-aplicável, não precisa de uma lei regulamentadora para ser exercível.

Letra B - Correto. O Direito de Petição é também assegurado àqueles estrangeiros em território nacional, sob as leis brasileiras.

Letra C - Errado. Endereçamento é aquela formalidade que existe nas peças judiciais, onde o advogado endereça a petição ao "Excelentíssimo Senhor Juiz blá blá blá"... O direito de petição não tem nenhuma formalidade rígida, é um pedido mais simples de tomada de providências.

Letra D - Errado. Segundo a Constituição, art. 5º, XXXIV, o direito de petição é assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas.

Letra E - Errado. A autoridade pública, destinatária da petição, não precisa ser do Poder Executivo. Pode ser qualquer Poder.

Gabarito: Letra B.

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11. (CESGRANRIO/Advogado Junior/2008) Observe as afirmativas abaixo, sobre o direito de petição previsto na Constituição Federal.

I - Aplica-se às pessoas físicas e pessoas jurídicas.

II - Cabe aos nacionais e aos estrangeiros.

III - Pode ser dirigida a qualquer autoridade do Legislativo, Executivo ou Judiciário.

IV - A Constituição prevê sanção à falta de resposta e pronunciamento da autoridade.

a) I e III, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

Comentários:

Os itens I, II e III estão corretos, apenas o item IV é falso, já que a CF não menciona qualquer sanção à recusa da tomada das providências pedidas. Esta sanção ocorrerá apenas no uso do

direito de informação. Esta sim, se não for prestrada no prazo legal sujeitará o agente público a punições:

Art. 5º, XXXIII - todos tem direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível a segurança da sociedade e do Estado;

Gabarito da questão: Letra B.

12. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) Caso uma determinada autoridade administrativa se recusar-se (ilegalmente) a fornecer certidão de tempo de serviço, requerida por funcionário público que dela necessitasse, a fim de solicitar sua aposentadoria, seria cabível ajuizar

(A) Habeas Data.

(B) Ação Civil Pública.

(C) Ação Popular.

(D) Mandado de Injunção.

(E) Mandado de Segurança.

Comentários:

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A Constituição assegura em seu art. 5º, XXXIV, b, que é direito de todo indivíduo a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;

Assim, o direito de obter certidões é um direito líquido e certo do indivíduo para que ele receba atestados e certificações de forma que possam ser usadas para defender direitos ou esclarecer situações de interesse pessoal.

Se este direito for negado caberá à pessoa lesada impetrar um Mandado de Segurança.

É comum que as pessoas se confundam e marquem "habeas data". Este remédio seria usado caso a pessoa fosse pedir uma informação que consta em bancos de dados de caráter público, e essa informação (se for pessoal do indivíduo) seja negada.

No caso em tela, a pessoa não quer uma simples informação ou retificação de seus dados, ela quer uma "certidão", um atestado que comprove a outros órgãos o que ele está dizendo, por isso dizemos que se trata de um direito a ser defendido por mandado de segurança e não HD.

Gabarito Letra E.

13. (CESGRANRIO/Técnico - BACEN/2010) Juan, cidadão argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de encaminhar uma petição dirigida a determinada autoridade, reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, a Constituição:

(A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa correspondente ao serviço.

(B) permite a Juan exercer tal direito.

(C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou naturalizados).

(D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos políticos.

(E) não assegura tal direito.

Comentários:

Estamos novamente tratando do Direito de Petição.

O direito de petição é isento de taxas - Letra A está errada.

A letra B está correta, já que tal direito também é concedido aos estangeiros que estejam sob leis brasileiras, e por consequência, as letras C, D e E estão erradas.

Gabarito: Letra B.

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Inafastabilidade do Judiciário

XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio importantíssimo para o Estado democrático de direito. Pois ao garantir que toda lesão ou ameaça a direito estará sujeita a apreciação do Poder Judiciário, a Constituição impede os usos arbitrários de poder que ameaçam a democracia.

Vamos tecer algumas considerações sobre o princípio:

O princípio da inafastabilidade do Judiciário é um princípio expresso na Constituição?

Sim, está no art. 5º, XXXV: "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".

O entendimento deste artigo é que, por este princípio, alguém poderá acessar o Poder Judiciário sem necessariamente esgotar as esferas administrativas e será apenas o Poder Judiciário que fará a “coisa julgada” em definitivo, típico do direito inglês, diferentemente do franCês, onde há o “Contencioso administrativo”. (no contencioso administrativo, a esfera administrativa é capaz de proferir decisões definitivas, sem que sejam apreciadas pelo Poder Judiciário).

2- Existem exceções a este princípio?

Sim:

A) CF, art. 217 §1º → O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.

B) Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2)

C) Lei no 11.417/06 → Contra omissão ou ato da administração pública (contrário ao teor de súmula vinculante do STF), o uso da reclamação (impugnação ao Supremo de descumprimento da decisão) só será admitido após esgotamento das vias administrativas. 3- Por que este princípio existe?

O Brasil é um Estado Democrático de Direito. Assim, para que esta característica se concretize, precisa-se de um Poder Judiciário efetivo, que realmente tome conhecimento das demandas, e assim sirva de "balança" nas relações internas. Assim, o Poder Judiciário é peça importantíssima para efetivação do sistema de "freios e contrapesos",

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pois, impede que haja abusos e autoritarismos por parte dos Poderes Executivo e Legislativo.

14. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Comentários:

Esta é a literalidade do princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, presente na Constituição Federal em seu art. 5º, XXXV.

Gabarito: Correto.

15. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da apreciação do Poder Judiciário as decisões administrativas, enquanto não forem esgotadas as instâncias administrativas.

Comentários:

Isso contraria o princípio da inafastabilidade do judiciário. Segundo este princípio, não existe necessidade para o esgotamento das esferas administrativas, ressalvando-se duas exceções:

- Ajuizamento de habeas data (Segundo o STF, precisa haver prévia recusa administrativa em fornecer as informações);

- Ajuizamento de questões desportivas, precisa esgotar as instâncias da Justiça Desportiva (CF, art. 217, §1º).

Gabarito: Errado.

16. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da apreciação do Poder Judiciário as ações relativas à disciplina e às competições desportivas enquanto não se esgotarem as instâncias da justiça desportiva.

Comentários:

Trata-se de expressa exceção constitucional ao princípio da inafastabilidade do Judiciário. Tal exceção é encontrada no art. 217 §1º da Constituição.

Gabarito: Correto.

17. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não poderá excluir da aprecição do Judiciário lesão ou ameça de direito, mas a própria Constituição pode fazê-lo.

Comentários:

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Item correto, veja que o dispositivo constitucional veda que a lei possa afastar a apreciação de um conflito pelo judiciário, mas a Constituição pode fazer.

Gabarito: Correto.

18. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, mas pode condicionar tal acesso ao prévio esgotamento das instâncias administrativas.

Comentários:

Isso também seria um obstáculo ao acesso ao Poder Judiciário, sendo que somente a própria Constituição pode fazê-lo, a lei não tem esse Poder.

Gabarito: Errado.

19. (CESGRANRIO/Advogado Jr - EPE/2007) Está INCORRETO afirmar, sobre o princípio constitucional do controle judiciário, também conhecido por princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, que:

a) é fundamentado no princípio da separação de poderes.

b) possibilita o ingresso em juízo para assegurar direitos simplesmente ameaçados.

c) constitui princípio constitucional expresso.

d) garante o acesso ao Judiciário contra lesões a direitos coletivos.

e) não ampara direitos de pessoa jurídica.

Comentários:

Comentários sobre a questão:

Letra A - Perfeito. O princípio da "separação dos poderes" na verdade reflete a independência e harmonia entre as funções do Poder Político. O Judiciário, ao estar constitucionalmente assegurado de conhecer de todas as demandas, pode agir como o "fiel da balaça" e assim efetivar esta harmonia.

Letra B - Correto. A pessoa que possuir um direito que se encontra sob ameça, pode recorrer ao Judiciário para requerer a proteção, o direito não precisa estar sendo "efetivamente lesado" já que não se excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

Letra C - Correto. Encontra-se expressamente previsto no art. 5º, XXXV da Constituição.

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Letra D - Correto. O principio é uma garantia fundamental que protege o exercício dos outros direitos, sejam estes direitos individuais ou coletivos.

Letra E - Errado. O princípio da inafastabilidade do Judiciário é uma garantia fundamental expressa na Constituição. Estes direitos e garantias, sempre que possível são aplicados às pessoas jurídicas.

Gabarito: Letra E.

20. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) Em relação ao princípio constitucional da separação dos poderes, está correto afirmar que ele serve de fundamento para o:

a) direito de greve.

b) direito de liberdade.

c) princípio da legalidade.

d) princípio da impessoalidade.

e) princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.

Comentários:

A resposta correta seria letra E. O princípio da inafastabilidade do judiciário - que significa que todos poderão ter acesso ao Judiciário e somente este é que fará a coisa julgada (decisão definitiva) - é um elemento que põe o Poder Judiciário como a balança de harmonização dos Poderes Executivo e Legilslativo.

Gabarito: Letra E.

21. (FGV/Advogado-Senado/2008) A apreciação pelo Poder Judiciário de lesão ou ameaça a direito será assegurada na forma e observados os limites previstos em lei complementar.

Comentários:

A questão subverteu o princípio da inafastabilidade do Judiciário, garantia constitucional que se manifesta em norma de eficácia plena.

Não existe essa de “observados os limites previstos em lei complementar”.

Gabarito: Errado.

22. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) Em situações excepcionais justificadas pela relevância e urgência, a lei poderá limitar a apreciação do Poder Judiciário no que tange a lesão ou ameaça ao direito.

Comentários:

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Como vimos, a garantia constitucional da inafastabilidade do Judiciário se manifesta em norma de eficácia plena, não sendo permitido pela Constituição o seu condicionamento legal.

Gabarito: Errado.

Limitação a retroatividade da lei

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

Esses conceitos não são consensuais e frequentemente ocorrem brigas judiciais tentando reconhecer direitos adquiridos diversos.

Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC): a lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada e define os conceitos:

• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso.

O caso do ato jurídico perfeito (aquela coisa que já está consumada no termos da lei, logo não pode ser alterada, pois "já se foi", já se consumou) e o caso da coisa julgada são de fácil entendimento. A grande discussão se dá no caso do direito adquirido. Vamos ver algumas discussões:

Direito adquirido X nova constituição:

Observe que a Constituição fala no termo "lei", assim, não se poderão invocar direitos adquiridos face à entrada em vigor de uma nova Constituição, até porque sabemos que o Poder Constituinte Originário é ilimitado, não há barreiras intransponíveis.

Já em se tratando de Emendas Constitucionais, a questão é controversa, pois esta não é ilimitada como a Constituição originária e deve respeitar limitações constitucionais, como os direitos individuais. Sendo assim, a posição majoritária é que as emendas constitucionais devem respeitar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

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Direito adquirido X lei de ordem pública:

STF – ADI 493 → O disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Fede-ral, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva.

O que se quer dizer com esse julgado é que "qualquer lei infraconstitucional deve respeitar o disposto no art. 5º, XXXVI da Constituição". Assim, o direito adquirido e o ato jurídico perfeito aplicam-se inclusive às leis de ordem pública.

Desta forma, conforme salientado por José Afonso da Silva, o correto seria dizer que não há direito adquirido individual que prevaleça sobre o interesse geral. Estando incorreto falar que não se pode invocar o direito adquirido face à lei de ordem pública ou lei de direito público.

Para fins de elucidação dos termos:

A lei pode ser classificada como direito público ou direito privado:

Lei de direito privado - são leis que regulamentam relações estritas entre particulares, não envolvem interesses da sociedade como um todo nem os interesses do Estado.

Leis de direito público - estabelecem relações envolvendo o Estado e defendendo o interesse público.

Quanto à sua obrigatoriedade, as lei podem ser:

Leis de ordem pública (ou imperativas) - são também chamadas de cogentes, são aquelas leis imperativas que organizam a sociedade, proibindo ou autorizando condutas. Sendo de observância obrigatória, a autonomia particular não pode se opor a elas.

Leis dispositivas - são aquelas leis não imperativas, estabelecem direcionamentos, mas sem negar a autonomia privada. São as normas que irão vigorar em caso de silêncio das partes.

Mais uma vez ratificando: qualquer lei, independentemente do seu teor ou classificação deve respeitar o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.

Direito adquirido X regime jurídico:

A recorrente frase "não existe direito adquirido a regime jurídico" decorre de diversos julgados onde o STF reconheceu que a mudança das relações institucionais entre o Estado e seus servidores não podem ser impugnadas sob a alegação de que os servidores teriam

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direito adquirido àquelas relações vigentes no momento em que entraram em serviço.

Por exemplo, se uma lei federal viesse a substituir ou modificar a lei 8112/90 (regime jurídico dos servidores federais) alterando alguns direitos previstos nesta norma, não poderiam os servidores federais alegar que pelo fato de terem entrado em serviço sob a vigência daquela norma teriam adquirido o direito a fazer jus aos benefícios contidos naquele diploma.

Irretroatividade da lei X ente público que editou a lei:

STF – Súmula nº 654 → A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º XXXVI, da Constituição, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

Essa súmula, deriva de alguns julgados do STF, principalmente sobre a aposentadoria especial. Ela visa fazer com que o Estado cumpra compromissos criados por ele mesmo, não podendo se proteger com a garantia constitucional quando ele próprio editou a lei que cria o ônus.

Vamos citar um exemplo: imagine o fato de que exista uma lei dizendo: é garantida a aposentadoria especial para as classes de trabalhadores X e Y, por realizarem atividades insalubres durante 25 anos.

Bom, posteriormente a entidade estatal edita uma lei declarando que a atividade dos trabalhadores da classe Z também é insalubre.

O Estado é obrigado a reconhecer retroativamente os direitos da classe Z. Ele não pode dizer: "calma ae, a lei é irretroativa, antes disso não vou mudar nada, só vale daqui pra frente". Não pode! Porque para o STF a garantia da irretroatividade da lei não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

23. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXXVI da Constituição: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

Gabarito: Correto.

24. (FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido

a) é a expectativa de direito.

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b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação.

c) emana diretamente da lei em favor de um titular.

d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido.

e) é o ato jurídico stricto sensu.

Comentários:

Segundo o art. 5º, XXXVI da Constituição, a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

Segundo o art. 6º da Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB – antiga Lei de Introdução ao Código Civil - LICC):

• (§1º) Reputa-se ato jurídico perfeito: o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.

• (§2º) Consideram-se adquiridos: assim os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo ("data") pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem.

• (§3º) Chama-se coisa julgada ou caso julgado: a decisão judicial de que já não caiba recurso.

Letra A – Errado. Expectativa de direito é aquele direito que ainda não foi adquirido, mas que a pessoa espera que um dia possa alcançar por haver alguma previsão normativa para tal.

Letra B – Errado. A coisa que já foi consumada não é direito adquirido, é ato jurídico perfeito (ato que já se consumou, logo, não pode ser alterado).

Letra C – Correto. Direitos adquiridos são os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, já possa exercer, pois cumpriu todos os requisitos previstos na lei.

Letra D – Errado. O direito adquirido realmente é aquele que já se incorporou ao patrimônio da pessoa, porém “já foi exercido” dá idéia de algo consumado! O direito adquirido é algo que está em fruição ou que se adquiriu o direito para exercer.

Letra E – Errado. ato jurídico stricto sensu é um conceito muito amplo. Trata-se de qualquer comportamento, previsto em lei, do qual decorram efeitos jurídicos. Não pode ser usado para definir “direito adquirido”.

Gabarito: Letra C.

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25. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) No ordenamento jurídico vigente, a legislação infraconstitucional, ainda quando de ordem pública, não pode retroagir para alcançar ato jurídico perfeito.

Comentários:

Dispõe o art. 5º, XXXVI: a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. Segundo o STF no julgamento da ADI 493: o disposto no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva.

Gabarito: Correto.

26. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que Maria, viúva de servidor público estadual, estivesse recebendo, com base em lei estadual, pensão de 100% do valor da remuneração do cargo efetivo do falecido marido e que lei estadual superveniente tenha reduzido esse percentual para 50% do valor da remuneração do cargo. Nessa situação hipotética, a redução legal alcança o benefício recebido por Maria, já que não há direito adquirido a regime jurídico.

Comentários:

No caso em tela, a pensionista já está com o seu direito adquirido, fruindo dele, não pode ser alcançada pela retroação da lei. A redução da pensão iria ferir a "irredutibilidade dos vencimentos", logo, não seria possível, segundo o STF.

Gabarito: Errado.

27. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no texto constitucional, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

Comentários:

É a literalidade da súmula 654 do STF: “A garantia da irretroatividade da lei, prevista no art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado".

Gabarito: Correto.

28. (ESAF/APO-MPOG/2010) É constitucional a redução de percentual de gratificação paga a servidor público, respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a regime jurídico.

Comentários:

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Percebemos que a assertiva trazida pela banca claramente se refere a um julgamento do STF, em 2009 (RE 563965), ocorrido pouco antes do concurso que caiu esta questão. Neste julgamento, o STF decidia sobre a constitucionalidade da redução de uma gratificação de uma servidora pública pela entrada em vigor de uma lei que modificava o regime jurídico vigente, alterando a fórmula de se calcular a gratificação. O STF decidiu que o direito adquirido pela servidora seria tão somente a irredutibilidade de vencimento, não havendo direito adquirido em relação à forma de calcular esse vencimento. O STF salientou, que no cálculo geral do vencimento, não se tinha ferido à irredutibilidade salarial e dessa forma, considerou legítima a mudança afirmando que é constitucional a redução de percentual da gratificação paga, desde que respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a regime jurídico.

Gabarito: Correto.

29. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Uma lei nova, desde que seja de ordem pública, pode incidir sobre prestações futuras de um contrato preexistente, admitindo-se, portanto, que assuma caráter retroativo.

Comentários:

Segundo o STF, o disposto na Constituição, em seu art. 5º, XXXVI (irretroatividade das leis) se aplica a toda e qualquer lei infraconstitucional, sem qualquer distinção entre lei de direito público e lei de direito privado, ou entre lei de ordem pública e lei dispositiva. Desta forma, a lei, independentemente de ser de ordem pública, é irretroativa (em regra) não podendo atingir situações estabelecidas anteriormente à sua publicação.

Gabarito: Errado.

30. (FGV/Juiz Substituto – TJ-MS/2008 – Adaptada) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no artigo 5.º, XXXVI, da Constituição Federal de 1988, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

Comentários:

Mais uma súmula do STF. Agora, a banca expôs a literalidade da Súmula 654, que deriva de alguns julgados do Supremo, principalmente sobre a aposentadoria especial.

Tal orientação jurisprudencial impede que o Estado reconheça um direito mediante a edição de uma lei e, aproveitando-se do caráter irretroativo que esta lei a priori possuiria, venha a se eximir do pagamento de custos de forma retroativa.

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Gabarito: Correto.

Juiz Natural

XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

Juiz natural nada mais é do que dizer: para se julgar alguém já existe um órgão determinado previamente para tal, não podendo haver julgamento por órgãos excepcionais, pois isso seria parcial e arbitrário.

Ressalta-se que este conceito não abrange somente os julgamentos do Judiciário. Por exemplo, o Senado Federal é o juízo natural para o julgamento do Presidente da República nos crimes de responsabilidade.

Outra face deste princípio se encontra no inciso LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

Tribunal de exceção → Aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também chamado de tribunal “ad hoc”, expressão latina que significa “específico”, “para isto” etc.

STF – Súmula nº 704 → Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal, a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

31. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Não haverá juízo ou tribunal de exceção.

Comentários:

Vimos que pelo art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. E vimos também que Tribunal de exceção é aquele que é

criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc".

Gabarito: Correto.

32. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Admitir-se-á, nos termos da lei, juízo ou tribunal de exceção.

Comentários:

Isto contraria a garantia individual prevista na Constituição Federal em seu art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção.

Como vimos, tribunal de exceção é aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc".

Gabarito: Errado.

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33. (CESPE/TJAA-STM/2011) A imparcialidade do Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas.

Comentários:

Isso aí. Quando alguém está sendo acusado de algo, já deve existir um foro pré-determinado para seu julgamento, não se poder criar um órgão julgador "de exceção", apenas para julgar o referido caso, isso seria parcial e arbitrário.

Esse direito abrange também pessoas jurídicas e estrangeiros, já que ambos são destinatários de direitos fundamentais (sempre que a eles não seja vedada a aplicação por decorrência lógica ou expressa).

Gabarito: Correto.

34. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho - MTE/ 2010) O princípio do juiz natural deve ser interpretado buscando não só evitar a criação de tribunais de exceção, mas também de respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não sejam afetadas a independência e imparcialidade do órgão julgador.

Comentários:

Perfeita a assertiva, estes realmente são os escopos de tal princípio.

Gabarito: Correto.

Promotor natural:

É entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença.

1. Para sentenciar ou processar alguém, só autoridade competente.

2. Para dar respaldo a isso, a CF também garantiu:

a) é privativa do Ministério Público a ação penal pública (art. 129 da CF);

b) os membros do MP gozarão de inamovibilidade, salvo por interesse público (art. 128, § 5º da CF)

Tudo isso para garantir que não haja processo de exceção na justiça brasileira. Os cargos do Ministério Público são previstos em lei, fixos, não se admite cargos genéricos.

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Uadi Lammêgo Bulos ensina que o fundamento deste princípio é que o acusado possa ter o seu processo analisado de forma livre e independente, de acordo com a legalidade.

35. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição.

Comentários:

O princípio do promotor natural é entendido como desdobramento do Juiz natural, mas é referente ao processo, e não à sentença. São todas as disposições que garantem que não haja processo de exceção na justiça brasileira.

Gabarito: Correto.

36. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade.

Comentários:

O promotor natural é um princípio implícito que decorre do princípio do Juiz Natural e da Inamovibilidade dos membros do MP, impedindo que haja processo de exceção.

Gabarito: Errado.

Tribunal do Júri

XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

A ideia do instituto do juri é um importante ponto do Estado Democrático de Direito, dando oportunidade à própria sociedade de julgr seus membros que cometerem garaves crimes.

Aqui importante destacar que a “plenitude da defesa” tem uma abrangência maior que a ampla defesa e o contraditório, considerando que o acusado e o seu defensor podem utilizar de argumentos não jurídicos para a obtenção de sua absolvição, como por exemplo evocar questões de ordem sentimental, sociológica ou de política criminal.

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Importante destacar que tal soberania se refere aos fatos criminosos, haja vista que as questões relacionadas à aplicação da pena quem julga é o juiz presidente do tribunal do juri, desta forma, a pena imposta no tribunal do juri pode ser aumentada em grau de recurso pelo tribunal respectivo para julgar o recurso, o que este tribunal não pode fazer é condenar/ absolver o réu contrariando a decisão dos jurados.Assim, está errado falar que as decisões do juri são irrecorríveis ou imutáveis (essa pegadinha cai muito em concursos).

Cabe recurso da decisão do Júri, quando (art. 593, III, do Código de Processo Penal):

a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;

b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;

c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;

d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.

Por favor, não quero ninguém decorando essas coisas do Código de Processo Penal, eu coloquei apenas de forma a exemplificar a possibilidade de recurso da decisão do Júri. Beleza?? Ninguém vai ficar me perguntando: "Professor, não entendi o art. 593, III do CPP...", não é pra entender mesmo não, é só pra saber que existe. Valeu?!

Só para fins de exemplificação novamente, no caso de recurso, poderá se convocar um novo Júri para fazer novo julgamento. Se for somente retificar algum erro na aplicação da pena, o tribunal faz, mas para julgar novamente, só se for outro Júri, justamente pela soberania dos veredictos.

Um outro ponto bastante cobrado em concursos é o fato de a competência do tribunal do Júri não prevalecer sobre as “prerrogativas de foro” conferidas pela própria Constituição

Federal. Assim, ainda que nesses crimes dolosos contra a vida, o Pre-sidente da República, por exemplo, será julgado pelo STF, devido à sua prerrogativa e não pelo Júri.

Porém, lembramos que apenas a Constituição Federal poderá estabelecer “prerrogativas de foro” que prevalecerão sobre o Júri. Consoante a isso, dispõe a Súmula nº 721:

STF – Súmula nº 721 → A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

STF – Súmula nº 603 → A competência para o processo e julgamento de latrocínio* é do juiz singular e não do júri.

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*Latrocínio, (roubo seguido de morte) é considerado crime contra o patrimônio e não crime doloso contra a vida.

37. (FCC/Técnico-TJ-PI/2009) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo

a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. b) a plenitude de defesa.

c) o sigilo das votações.

d) a soberania dos vereditos.

e) o juízo ou o tribunal de exceção.

Comentários:

Segundo o art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;"

A letra E, é a única não elencada. Refere-se ao art. 5º, XXXVII: Não haverá juízo ou tribunal de exceção. Tribunal de exceção é aquele que é criado especificamente para julgar um crime, sem que existisse previamente. Também é chamado de tribunal "ad hoc".

Gabarito: Letra E.

38. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

Comentários:

Teor do art. 5º, XXXVIII:"É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;"

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Gabarito: Correto.

39. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O julgamento dos crimes dolosos contra a vida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede que outros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão.

Comentários:

A Constituição estabeleceu no art. 5º XXXVIII que o júri tem a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Mas realmente não restringiu esta competência a somente estes crimes.

Gabarito: Correto.

40. (ESAF/ENAP/2006) A Constituição Federal reconhece a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurando a imutabilidade dos seus veredictos.

Comentários:

O correto seria “soberania” dos veredictos e não imutabilidade, já que cabe recurso às decisões do tribunal do juri, tal recurso, porém, deverá ser feito novamente a um juri, pois ele é o competente para proferir as sentenças de julgamento de crimes dolosos contra vida (CF, art. 5º, XXXVIII).

Gabarito: Errado.

41. (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A Constituição Federal reconhece expressamente a instituição do júri popular, com a organização que lhe der a lei, não assegurando

a) a plenitude de defesa.

b) o sigilo das votações.

c) a soberania dos veredictos.

d) a irrecorribilidade de suas decisões.

e) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

Comentários:

Não podemos falar em irrecorribilidade nem imutabilidade das decisões do júri, já que elas são recorríveis.

Gabarito: Letra D.

Legalidade penal e Irretroatividade da lei penal:

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XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

STF – Súmula nº 711 → A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, caso ela entre em vigor anteriormente à cessação da continuidade ou da permanência.

O crime continuado é aquele crime que perdura por um espaço de tempo, ele não é instantâneo. Exemplo típico é o tráfico de drogas. Não se pode falar que alguém "cometeu tráfico de drogas às 14:00 de ontem", mas sim que a pessoa "está traficando" ou "estava traficando" durante um certo período de tempo, que pode ser de, horas, dias, meses, anos (se bem que falar em anos já é difícil, geralmente traficante tem vida curta!). Assim, se uma lei penal é publicada durante este espaço de tempo em que o crime está ocorrendo, ela será aplicável ainda que prejudicial ao infrator.

A lei penal mais grave só não será aplicável ao crime continuado quando este crime cessar antes da publicação da lei.

42. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.

Comentário:

Trata-se do princípio da legalidade penal, previsto no inciso XXXIX do art. 5º da Constituição.

Gabarito: Correto.

43. (FCC/Técnico - informática - TRF 5ª/2008) A lei penal somente retroagirá em prejuízo do réu.

Comentário:

Justamente o contrário. A lei penal não poderá retroagir, a não ser que seja para beneficiar o réu (CF, art. 5º, XL).

Gabarito: Errado.

44. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) É correto afirmar que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Comentários:

Trata-se do princípio da irretroatividade da lei penal, disposto no art. 5º, XL da Constituição.

Gabarito: Correto.

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45. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal pode retroagir para beneficiar ou prejudicar o réu.

Comentários:

A lei penal não retroagirá, salvo para "beneficiar" o réu. Para prejudicar o réu nunca poderá(CF, art. 5°, XL).

Gabarito: Errado.

46. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

Comentários:

Mais uma questão de súmula, o que mostra a importância de saber a literalidade destes pensamentos fixados pelo tribunal. Trata-se da súmula 711 do STF: “A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.”

Gabarito: Correto.

Proteção aos direitos e liberdades fundamentais

XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;

47. (CESPE/ANAC/2009) É imprescritível a ação tendente a reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais da pessoa humana.

Comentários:

Decorrente dos princípio fundamental da dignidade da pessoa humana, e pelo fato da ausência de disposição constitucional, temos que as violações aos direitos humanos podem ser punidas a qualquer tempo, não podendo se falar em prescrição do direito do Estado de puni-las.

Gabarito: Correto.

Crimes inafiançáveis

XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;

XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos

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como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

• Anistia: o Estado renuncia ao seu direito de punir determinados fatos. A anistia não é pessoal, direciona-se aos fatos.

• Graça: concedida pessoalmente, extingue diretamente a pena imposta em sentença judicial transitada em julgado.

• Indulto: ocorre da mesma forma que graça, porém é coletivo e não individual.

• Competência para conceder anistia: privativa da União (art. 21, XVII) sempre através de lei federal com deliberação no CN (art. 48, VIII).

• Competência para conceder indulto (e graça): é de discricionariedade do Presidente da República (art. 84, XII) podendo ainda ser delegada aos Ministros de Estado, PGR ou AGU (art. 84, § único).

Pulo do Gato:

Em meu livro "Constituição Federal Anotada para Concursos", eu proponho um método para facilitar a memorização destes crimes pre-vistos na CF/88. Perceba que todos eles são inafiançáveis. Agora, existe uma diferença nos outros tratamentos. Deste modo os crimes se dividiriam em 3 grupos: racismo, ação de grupos armados, e o que chamaria de 3TH (tortura, tráfico, terrorismo e hediondos). A Constituição estabeleceu para eles o seguinte tratamento:

• ação de grupos armados contra o Estado – imprescritível;

• racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – racismo X R – reclusão);

• 3TH – insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do “H” – “A–GA”– para lembrar de “Graça” ).

48. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Segundo a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a prática de:

a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

b) tortura.

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c) racismo.

d) latrocínio.

e) terrorismo.

Comentários:

As letras A, B, e E formam o "3T" do 3TH - logo, são insuscetíveis de graça ou anistia, mas não são imprescritíveis.

O latrocínio, na letra D, não foi expressamente elencado pela Constituição.

A Letra C é a resposta, já que o racismo é crime inafiançável, imprescritível e que ainda sujeita o infrator à pena de reclusão.

Gabarito: Letra C.

49. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito às penas de reclusão, detenção ou multa.

Comentários:

Constitui crime inafiançável e imprescretível, e que ainda sujeita o infrator a pena de reclusão, nos termos da lei (CF, art. 5º, XLII).

Gabarito: Errado.

50. (CESPE/Advogado OAB–SP/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível:

a) a prática da tortura

b) a prática do racismo

c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

d) o definido em lei como hediondo

Comentários:

Inafiançável, já sabemos que todos são. Falta saber qual é imprescritível

a) a prática da tortura – É um dos “T” do 3TH.

b) a prática do racismo – Resposta CERTA e como visto ainda sujeita o infrator à reclusão.

c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins – É um dos “T” do 3TH.

d) o definido em lei como hediondo – É o “H” do 3TH

Gabarito: Letra B.

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51. (CESPE/MEC/2009) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

Comentários:

Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte:

• Ação de grupos armados contra o Estado - Imprescritível;

• Racismo - Imprescritível e sujeito a Reclusão (R - Racismo X R - Reclusão);

• 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do "H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça").

Gabarito: Correto.

52. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Todos os crimes estão sujeitos a prescrição.

Comentários:

A Constituição prevê que a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. Prevê ainda que constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (CF, art. 5º, XLII e XLIV). Desta forma, estes crimes poderão ser punidos a qualquer tempo, não podendo os infratores alegar perda do direito do Estado para punir.

Gabarito: Errado.

53. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) São inafiançáveis os crimes de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

Comentários:

Todos os crimes que estão expressamente citados pela Constituição são inafiançáveis, embora haja diferença em um segundo tratamento. A Constituição estabeleceu para tais crimes o seguinte:

• Ação de grupos armados contra o Estado - Imprescritível;

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• Racismo - Imprescritível e sujeito a Reclusão (R - Racismo X R - Reclusão);

• 3TH (Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos) - Insuscetível de graça ou anistia (tente relacionar a fonética do "H" - "A-GA"- para lembrar de "Graça").

Gabarito: Correto.

54. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível a prática da tortura.

Comentários:

A pratica de tortura não seria imprescritível, seria insuscetível de graça ou anistia.

Gabarito: Errado.

55. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a Constituição de 1988 a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeitando o infrator à pena de detenção.

Comentários:

O racismo realmente é crime inafiançável e imprescritível, porém, sujeita o infrator à pena de reclusão (CF, art. 5º, XLII).

Gabarito: Errado.

56. (FCC/MPE–RS/2008) Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Comentários:

Usando o método que eu propus, vemos que a questão está correta.

Gabarito: Correto.

57. (ESAF/CGU/2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

Comentários:

Da mesma forma, trata-se da perfeita disposição do que vimos.

Gabarito: Correto

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Obs.: Atualmente defende-se que não existem divisões de "raça", só existiria uma raça: a raça humana. Desta forma, para definirmos a noção de racismo não há nenhum critério

objetivo e científico que nos permita fazer uma separação entre diferentes raças. Assim, o conceito de racismo deve ser considerado amplo, não no sentido de apenas "cor de pele" ou outras características físicas, mas também devido a traços culturais e etnia.

Veja o que diz o art. 1º da Lei nº 7.716/89: “Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

Assim é possível perceber a vedação à discriminação resultante várias origens, e não somente pela cor da pele.

Por fim, importante ainda não confundir o crime de racismo com o crime de injúria classificada por racismo ("injúria racial"). A mencionada lei pune com reclusão de até 5 anos os crimes resultantes de discriminação quando empregados como uma ofensa geral e não só a um indivíduo isoladamente.

Já o crime de injúria qualificada por racismo está prevista no Código Penal, art. 140, §3º, é um crime contra a honra, em que o agente ofende uma pessoa isoladamente, como ocorreu no famoso caso do jogador Grafite que foi xingado pelo zagueiro argentino de macaco e por isso foi preso em São Paulo há uns anos atrás.

58. (CESPE/Agente - ABIN/2008) Um romancista famoso publicou, no Brasil, um livro no qual defende a tese de que as pessoas que seguem determinada religião seriam menos evoluídas do que as que seguem outra religião. Nessa situação, tal afirmação poderia ser enquadrada como racismo, embora, tecnicamente, religião não constitua raça.

Comentários:

Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção.

Gabarito: Correto

59. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009 - Adaptada) O antissemitismo pode ser considerado como crime de racismo.

Comentários:

Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção.

Gabarito: Correto

60. (FJG/Estágio Forense - PM - RJ/2009 - Adaptada) A Constituição da República qualifica a prática do racismo como crime

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inafiançável e imprescritível. O conceito de racismo deve ser amplo, alcançando qualquer discriminação, baseada não apenas em características físicas, mas também em origem étnica e traços culturais.

Comentários:

Trata-se do conceito amplo de "raça", para fins de proteção.

Gabarito: Correto

61. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, sendo permitida a instituição de tribunais excepcionais para o julgamento desses crimes.

Comentários:

Esta questão possui duas partes, vamos separá-las:

1– A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

Esta parte está correta, nos termos do art. 5.º, XLIII, da Constituição.

2– (...), sendo permitida a instituição de tribunais excepcionais para o julgamento desses crimes.

Esta parte está errada, pois viola os preceitos constitucionais. Segundo nossa Carta Magna, não haverá juízo ou tribunal de exceção (CF, art. 5.º, XXXVII).

Gabarito: Errado.

62. (FGV/Analista Legislativo – Senado Federal/2008) São imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra o Estado, tortura e terrorismo.

Comentários:

Embora o racismo e a ação de grupos armados contra o Estado sejam crimes imprescritíveis, a tortura e terrorismo não o são, estes fazem parte do “3TH”, recebendo pela Constituição o tratamento de insuscetíveis de graça ou anistia.

Gabarito: Errado.

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Sucessão da pena

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Baseado neste dispositivo, vemos que a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.).

63. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Pitágoras foi condenado a reparar os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal cobrança em face de Tibério é

a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens.

c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente.

d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens.

e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados pelo falecido à titulo de herança.

Comentário:

A questão tentava extrair do candidato o conhecimento sobre o teor do art. 5º, XLV da Constituição:

Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens

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ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Assim, a pena é intransferível, deve ser aplicada somente àquele que cometeu a infração, não podendo ser passada aos seus sucessores. A Constituição, no entanto, admite que haja uma “sanção patrimonial” a estes sucessores (filhos, herdeiros e etc.) que consiste na obrigação de reparar danos e no perdimento de bens limitado ao valor que foi recebido pela sucessão, para o caso de penas com consequências patrimoniais (multas, indenizações e etc.).

Gabarito: Letra A.

64. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de reparar danos e a decretação do perdimento de bens.

Comentários:

A Constituição diz em seu art. 5º, XLV que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, mas, poderá a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Gabarito: Errado.

65. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

Comentários:

A pena é pessoal e intransferível por sucessão, a única coisa que se pode transferir é a obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens, sempre no limite do patrimônio transferido. O enunciado traz a literalidade do disposto na Constituição, art. 5º XLV.

Gabarito: Correto

66. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, estando, porém, os seus sucessores obrigados a reparar o dano do crime, sendo-lhes aplicada a decretação do perdimento de bens até o limite do patrimônio do criminoso que tiver sido transferido àqueles.

Comentários:

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A assertiva busca o seu fundamento na Constituição, art. 5.º, XLV. Neste artigo, percebemos a personalização da pena, que não deve ser transferida para nenhuma outra pessoa, senão aquela que cometeu o ilícito. Porém, no caso do patrimônio transferido por sucessão, este patrimônio poderá ser usado para reparar o dano, mas deve-se notar que a execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite do patrimônio transferido, nunca além deste.

Gabarito: Correto.

Individualização da pena

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos;

Por exemplo, uma pessoa condenada por crime de improbidade administrativa terá seus direitos políticos suspensos por força do art. 37, § 4º, e pelo art. 15 da CF.

XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

(CF, art. 84, XIX) → Compete privativamente ao Presidente da República declarar guerra e a mobilização nacional (total ou parcialmente), no caso de agressão estrangeira:

• autorizado pelo CN; ou

• referendado pelo CN, quando ocorrer no intervalo das sessões legislativas;

67. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que:

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a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos.

b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.

c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia a prática da tortura.

d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido.

Comentários:

Letra A - Correta. Pelo art. 5º, XLVI, temos que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

Letra B - Errado. O "R" de racismo deve ser associado ao "R" de reclusão. Assim, está errado falar que sujeita o infrator à pena de detenção, já que o correto seria reclusão.

Letra C - Errado. Todo o crime que começa com T ou H (3TH - Tortura, Tráfico, Terrorismo, ou Hediondo), é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. O erro da questão é falar que é "suscetível" de graça ou anistia.

Letra D - Errado. Trata-se de crime inafiançável e imprescritível, nos termos do art. 5º, XLIV.

Letra E - Errado. A execução (perdimento dos bens) ocorrerá somente até o limite do patrimônio transferido (CF, art. 5º, XLV).

Gabarito: Letra A.

68. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Constituição proíbe a instituição de pena de:

a) morte, sem exceção

b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada.

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c) trabalhos forçados.

d) restrição de liberdade.

e) restrição de direitos.

Comentários:

A questão trata de uma disposição constitucional que está na CF, art. 5º XLVI e XLVII. A Constituição então diz:

XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-tras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

XLVII – não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis.

Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de morte é admitida se estivermos em guerra externa declarada.

Voltando à questão:

Letra A - Errado. Existe a exceção da guerra externa declarada.

Letra B - Errada. A exceção da guerra é para a pena de morte e não para a pena perpétua.

Letra C - Correto.

Letra D e E - Estas podem pelo inciso XLVI.

Gabarito: Letra C.

69. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, não haverá pena de

a) banimento.

b) perda de bens.

c) suspensão de direitos.

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d) prestação social alternativa.

e) multa.

Comentários:

Agora ficou bem fácil, não é mesmo?

Usando os comentários da questão anterior: gabarito: letra A.

70. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É proibida a instituição de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional.

Comentários:

A questão é confusa, pois a regra é ser proibida a instituição de pena de morte no Brasil. Porém, a banca entendeu que a questão estaria incorreta, pois existe o caso de pena de morte em tempo de guerra externa declarada. O CESPE costuma usar esta assertiva como incorreta, sempre olhando para a exceção, por isso, já se pode adotar esta postura em relação à banca.

Gabarito: Errado.

71. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A pena de trabalhos forçados em estabelecimentos prisionais de segurança máxima depende de regulamentação por meio de lei complementar para ser implementada no ordenamento jurídico brasileiro.

Comentários:

Não há possibilidade para que a lei estabeleça este tipo de pena, já que segundo a Constituição, art. 5º, XLVII, não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis.

Gabarito: Errado.

72. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento.

Comentários:

Não permite não. Tal modalidade é expressamente vedada pelo art. 5º, XLVII, d.

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Gabarito: Errado.

73. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Para a Constituição, a sobrevivência da nacionalidade é valor mais importante que a vida individual de quem porventura venha a trair a pátria em momentos cruciais.

Comentários:

Isso mesmo, o único caso de pena de morte no Brasil é a deserção em presença do inimigo, previsto no art. 392 do Código Penal Militar, com o respaldo do art. 5º da Constituição quando prevê que não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra declarada.

Desta forma, a Constituição coloca a vida do desertor em um patamar de importância abaixo da preservação da nação.

Gabarito: Correto.

74. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal proíbe a aplicação de pena de morte em caso de guerra declarada.

Comentários:

No caso de guerra declarada, pode haver pena de morte, como vimos, é uma exceção à regra de ser vedada a pena de morte(CF, art. 5°, XLVII, “a”).

Gabarito: Errado.

75. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) Somente em casos de guerra declarada pelo Congresso Nacional a Constituição admite a tortura, como meio de obtenção de informações relevantes.

Comentários:

Tortura nunca poderá ser usada. Em caso de guerra externa declarada poderá a pena de morte, mas tortura não (CF, art. 5º, III e XLVII).

Gabarito: Errado.

76. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) A Constituição prevê, entre os direitos e garantias fundamentais, que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

I - perda de bens;

II - interdição de direitos;

III - trabalhos forçados;

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IV - banimento.

Estão corretas:

(A) I e II, apenas.

(B) I e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, III e IV, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

Comentários:

A Constituição diz em seu art. 5º:

XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre ou-tras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade;

b) perda de bens;

c) multa;

d) prestação social alternativa;

e) suspensão ou interdição de direitos.

XLVII – não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis.

Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de banimento, trabalho forçado ou perpétua. Porém, no caso de pena de morte é admitida se estivermos em guerra externa declarada.

Gabarito: Letra A.

77. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a prestação social alternativa, a suspensão ou interdição de direitos e o banimento.

Comentários:

Errada. A questão mistura dispositivos constitucionais previstos no art. 5.º, XLVI e XLVII.

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Perceba que em hipótese alguma podemos ter penas cruéis, de banimento, trabalho forçado ou, ainda, perpétuas. Porém, no caso de pena de morte, é admitida se estivermos em guerra externa declarada.

A questão erroneamente incluiu o banimento entre as hipóteses possíveis de pena. Desta forma, está incorreta.

Gabarito: Errado.

78. (FGV/Técnico Legislativo – Senado Federal/2008) A Constituição Federal proíbe a pena de morte no Brasil, exceto na hipótese de:

a) condenação por crime de terrorismo.

b) em caso de decretação de estado de sítio.

c) condenação por crimes hediondos, na forma da lei.

d) condenação por crime de tortura.

e) em caso de guerra declarada.

Comentários:

Das penas que são vedadas pela Constituição, a única que pode ser relativizada é a pena de morte, e somente no caso de guerra externa declarada.

Para fins de elucidação, a pena de morte será permitida, nos termos do Código Penal Militar, art. 392, que estabelece o crime de “deserção em presença do inimigo”.

Gabarito: Letra E.

Direitos dos presos

XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

Demais direitos dos presos:

� LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

� LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado;

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� LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial;

� LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal;

� LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança;

� LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença;

Extradição

LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

Extradição: É um pedido que um país faz a outro, quando alguém que está no território deste foi condenado ou está sendo processado por alguma infração penal no país que pediu a extradição, para que, assim, possa ser processado ou cumpra pena em seu território. Geralmente ocorre nos termos de tratados internacionais bilaterais de extradição. Para países sem tratados com o Brasil, deverá ser observado o “Estatuto do Estrangeiro” (Lei nº 6.815/80).

A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral:

1- Não ser crime político nem crime de opinião;

2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil);

3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos).

A extradição pode ser classificada como ativa ou passiva:

• ativa – quando solicitada pelo Brasil a outro Estado (Brasil fez o pedido = ativa);

• passiva – quando requerida por outro Estado ao Brasil (o Brasil recebeu o pedido = passiva);

A Constituição só previu regras para a extradição passiva, ou seja, os casos de um país estrangeiro pedir a extradição de alguém que se encontra no território nacional, essa extradição passiva será julgada pelo STF, nos termos da Constituição, art. 102, I, g: "Compete ao STF, julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro".

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Não compete ao STF julgar, porém, a extradição ativa, que deve ser pedida diretamente pelo Presidente da República sem intervenção do Judiciário.1

Então, podemos organizar a extradição da seguinte forma:

Extradição passiva de brasileiro:

• nato → nunca;

• naturalizado → pode, se cometer:

� crime comum antes da naturalização;

� tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei.

• Extradição passiva de estrangeiro: pode ser extraditado, salvo se o motivo for crime político ou de opinião;

Conceitos conexos

Deportação: Ato compulsório de competência da Polícia Federal, que ocorre quando algum estrangeiro entrou irregular no País ou nele permanece sem a devida autorização (os “vistos”). É um ato para coibir a clandestinidade. Se um deportado futuramente conseguir o visto poderá ingressar no território nacional.

Expulsão: A expulsão é um ato discricionário, mas ocorre quando um estrangeiro regularmente inserido no território nacional pratica um ato que torne sua permanência “inconveniente” ou por ter praticado algum delito ou infração prevista em lei que justifique tal medida. Segundo o “Estatuto do Estrangeiro”, compete ao chefe do Executivo Federal decretar a expulsão ou revogá-la segundo seus critérios de oportunidade e conveniência (art. 66).

Entrega: É um ato feito por um Estado a um tribunal internacional de jurisdição permanente, como por exemplo o Tribunal Penal Internacional de Roma (conforme previsto na CF, art, 5º, §4º), a entrega de brasileiros, em princípio, é permitida.

Jurisprudência relevante:

Embora caiba ao STF julgar a extradição passiva, o Supremo decidiu que esta decisão está sujeita ao crivo do Presidente da República e que a decisão do Presidente da República em negar extradição é um ato político de soberania nacional, não podendo ser revisto pelo Supremo2.

1 Pet 3569 / MS – Mato Grosso do Sul / 2006: “Não compete, ao STF, apreciar, nem julgar da

legalidade de extradições ativas. Estas deverão ser requeridas, diretamente, pelo Estado brasileiro, aos

Governos estrangeiros, em cujo território esteja a pessoa reclamada pelas autoridades nacionais” 2 STF - EXT 1085.

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79. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) O ato de entregar o estrangeiro a outro Estado por delito nele praticado é denominado deportação.

Comentários:

Este seria o conceito de extradição. Deportação é a "devolução" de alguém que entrou clandestinamente no país.

Gabarito: Errado.

80. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A espécie de extradição requerida por um Estado soberano estrangeiro ao Brasil é classificada de:

a) bilateral.

b) unilateral.

c) objetiva.

d) fundamental.

e) passiva.

Comentários:

A extradição pode ser ativa ou passiva:

• ativa – quando solicitada pelo Brasil a outro Estado (Brasil fez o pedido = ativa);

• passiva – quando requerida por outro Estado ao Brasil (o Brasil recebeu o pedido = passiva);

Lembrando que a Constituição só previu regras para a extradição passiva, ou seja, os casos de um país estrangeiro pedir a extradição de alguém que se encontra no território nacional, essa extradição passiva será julgada pelo STF, nos termos da Constituição, art. 102, I, g: "Compete ao STF, julgar a extradição solicitada por Estado estrangeiro".

Não compete ao STF julgar, porém, a extradição ativa, que deve ser pedida diretamente pelo Presidente da República sem intervenção do Judiciário.

Gabarito: Letra E.

81. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Será, em qualquer hipótese, concedida a extradição de estrangeiro por crime político.

Comentários:

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Justamente o contrário. É vedada a extradição por crime político ou de opinião (CF, art. 5º, LII).

Gabarito: Errado.

82. (FCC/Técnico Judiciário TRE-AC/2003) Considere:

I. Modo de entregar o estrangeiro a outro Estado, a partir de requerimento deste, em razão de delito lá praticado.

II. Devolução de estrangeiro ao exterior, por meio de medida compulsória adotada pelo Brasil, quando o estrangeiro entra ou permanece irregularmente no nosso território.

Tais situações dizem respeito, respectivamente, a

a) extradição e deportação.

b) deportação e extradição.

c) expulsão e extradição.

d) deportação e repatriação.

e) repatriação e expulsão.

Comentários:

Deveria se assinalar, respectivamente: extradição e deportação.

Gabarito: Letra A.

83. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Homero obteve a cidadania brasileira, após processo de naturalização, porém seu país de origem, Jamaica, requereu ao Brasil sua extradição por crime comum. Segundo a Constituição Federal, sua extradição só será concedida no caso

a) de crime de opinião praticado antes do processo de naturalização.

b) de crime político praticado antes do processo de naturalização.

c) do delito ter sido praticado antes da naturalização.

d) de crime político praticado depois do processo de naturalização.

e) de crime de opinião praticado depois do processo de naturalização.

Comentário:

Homero é um cidadão brasileiro! É naturalizado, mas é brasileiro. Como é a Extradição passiva de brasileiro?

• nato → nunca;

• naturalizado → pode, se cometer:

� crime comum antes da naturalização;

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� tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei.

Lembrando que, seja brasileiro ou estrangeiro, não se pode extraditar ninguém se o motivo for crime político ou de opinião;

Sabendo-se que crime político e de opinião impedem qualquer extradição, já se eliminam as letras A, B, D e E, sobrando somente a C.

Gabarito: Letra C.

84. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A pessoa que tiver cometido um ato no exterior considerado como crime pelo Estado estrangeiro e como contravenção penal pelo ordenamento jurídico do Brasil

a) não será extraditada em respeito ao princípio da autodeterminação dos povos.

b) não será extraditada em respeito ao principio da presunção de inocência.

c) não será extraditada, porém permanecerá presa no Brasil, onde responderá pelo ato praticado no exterior em respeito ao princípio da cooperação mútua.

d) será extraditada em respeito ao princípio da cooperação mútua.

e) não será extraditada, face ao não preenchimento do requisito da dupla tipicidade.

Comentário:

A extradição geralmente é efetuada observando tratados bilaterais, mas está condicionada a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral:

1- Não ser crime político nem crime de opinião;

2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil);

3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos).

Desta forma, como o ato cometido pela pessoa não é considerado crime no Brasil, ela não poderá ser extraditada.

Gabarito: Letra E.

85. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição da República prevê que o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado na hipótese de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

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Comentários:

A regra é que o brasileiro, ainda que naturalizado, não será extraditado. Porém, existem duas hipóteses para a extradição do naturalizado. As hipóteses ocorrem caso ele cometa:

• crime comum antes da naturalização; ou

• tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei.

Gabarito: Correto.

86. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Dentre outras hipóteses, será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Comentários:

Embora o estrangeiro possa ser extraditado, diferentemente do que ocorre para o brasileiro. É vedada a extradição do estrangeiro por crime político ou de opinião (CF, art. 5º, LII).

Gabarito: Errado.

87. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O brasileiro nato não poderá ser extraditado para outro país em nenhuma hipótese.

Comentários:

A Constituição não previu a extradição passiva de brasileiro nato. Somente de estrangeiros e de brasileiros naturalizados, sendo os naturalizados só poderão ser extraditados em caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Lembrando ainda que nunca poderá extraditar ninguém se o crime cometido for “político” ou “de opinião”.

Gabarito: Correto.

88. (CESPE/MMA/2009) Se um brasileiro nato viajar a outro país estrangeiro, lá cometer algum crime, envolvendo tráfico ilícito de entorpecentes, e voltar ao seu país de origem, caso aquele país requeira a extradição desse indivíduo, o Brasil poderá extraditá-lo.

Comentários:

O brasileiro nato nunca poderá ser extraditado, isso já é suficiente para acertar a questão, mas, a título de informação lembramos que caso ele fosse naturalizado, isso poderia acontecer, já que a CF diz

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em seu artigo LI que nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Gabarito: Errado.

89. (CESPE/FINEP/2009) Dispõe a CF que nenhum brasileiro pode ser extraditado, nem concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Comentários:

Em regra, nenhum brasileiro pode ser extraditado, mas, de forma absoluta, isso só vale para o brasileiro nato, ou seja, a questão peca ao afirmar "nenhum brasileiro pode ser extraditado", já que poderá sim, desde que seja um brasileiro naturalizado.

A segunda parte que fala "nem concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião" está correta, já que, embora o estrangeiro possa, sem grandes empecilhos, ser extraditado, isso não ocorrerá, por vedação constitucional, quando se tratar de crime político ou de opinião.

Gabarito: Errado.

90. (CESPE/TRT-17ª/2009) No Brasil, não há deportação nem expulsão de brasileiro.

Comentários:

Deportação é a "devolução" do estrangeiro que tentou ingressar ilegalmente no país. Expulsão é a "retirada" do estrangeiro que cometeu algum ato no país que torna a sua permanência inconveniente. Assim, são dois institutos não aplicáveis ao brasileiro.

Gabarito: Correto.

91. (OAB/OAB-DF/2006) A expulsão é a entrega de uma pessoa por um Estado em favor de outro, no qual aquela já está condenada ou é acusada de ter praticado algum delito.

Comentários:

Esse é o conceito de extradição

Gabarito: Errado.

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92. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Somente após decisão do STF, a expulsão ou a extradição de pessoa do território nacional poderá ser efetivada.

Comentários:

Cabe ao STF julgar a extradição passiva, porém, a expulsão (retirada de um estrangeiro do território nacional devido à inconveniência de sua presença) é ato do Poder Executivo, discricionário.

Gabarito: Errado.

93. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A CF não admite a extradição de brasileiro.

Comentários:

Poderá se extraditar o brasileiro naturalizado, em caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Gabarito: Errado.

94. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de crime político por estrangeiro radicado no Brasil enseja a concessão de extradição solicitada por Estado estrangeiro, desde que os efeitos penais ainda estejam ocorrendo.

Comentários:

A Constituição é clara em seu art. 5º, LII, ao afirmar que não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Gabarito: Errado.

95. (CESPE/ABIN/2008) Pedro, filho de João e Maria, nasceu em um país da América Latina onde seu pai exercia o cargo de embaixador do Brasil e trabalha, atualmente, em outro país da América Latina como humorista, onde critica o governo local. Sentindo-se perseguido nesse país, Pedro veio para o Brasil. Nessa situação, Pedro poderá ser preso e extraditado, pois a injúria caracteriza-se como crime comum, caso em que é permitida a extradição.

Comentários:

Não será concedida a extradição por crime político ou de opinião (CF, art. 5º, LII).

Gabarito: Errado.

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96. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os crimes de opinião praticados por estrangeiros são passíveis de extradição, desde que cometidos contra a integridade nacional.

Comentários:

A Constituição é clara em seu art. 5º, LII, ao afirmar que não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

Gabarito: Errado.

97. (ESAF/ATRFB/2012) A extradição será deferida pelo STF no caso de fatos delituosos puníveis com prisão perpétua, não sendo necessário que o Estado requerente assuma o compromisso de comutá-la em pena não superior à duração máxima admitida na lei penal do Brasil.

Comentários:

O erro está em dizer que é desnecessário que o estado requerente assuma o compromisso de comutar a pena de prisão perpétua em pena não superior a 30 anos de reclusão, pena máxima aplicada no Brasil, tal entendimento foi inaugurado no julgamento da Extradição nº 855, caso do pedido de extradição por parte da República do Chile dos sequestradores do publicitário Washington Olivetto.

Sabemos que extradição requer a observância de 3 requisitos básicos, de ordem geral:

1- Não ser crime político nem crime de opinião;

2- O crime a ele imputado deve ter dupla tipificação (ou seja, tem que ser algo que seja considerado crime tanto no país que pede a extradição quanto no Brasil);

3- A pena imposta ao extraditado não pode ser superior ao máximo da lei brasileira (30 anos).

Gabarito: errado.

98. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes ou depois da naturalização.

Comentários:

Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de:

• Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

• Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

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Então, existem dois erros na questão. A extradição pode ocorrer por crime comum antes da naturalização e ainda por comprovado envolvimento em tráfico ilícito. (CF, art. 5º LI).

Gabarito: Errado.

99. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos da Constituição Federal de 1988, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo, praticado antes da naturalização.

Comentários:

Questão literal, mas discutível. A CF diz em seu art. 5º LI que nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de:

• Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

• Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Ora, se analisada a literalidade, a questão está errada, pois a CF fala em crime "comum". Porém, se poderá extraditar por crime comum, por que não se poderia por um crime hediondo? A posição da ESAF foi considerar a resposta como incorreta.

Gabarito: Errado.

100. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível a extradição de estrangeiro por crime político.

Comentários:

Em regra, o estrangeiro poderá ser extraditado, porém, a Constituição veda a extradição caso o pedido seja fundado em crime político ou de opinião (CF, art. 5°, LI).

Gabarito: Errado.

101. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político, salvo se esse crime político tiver sido tipificado em tratado internacional.

Comentários:

A Constituição não permite a extradição por crime político em qualquer caso (CF, art. 5º, LII)

Gabarito: Errado.

102. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A pena de banimento refere-se à expulsão de estrangeiro do país, nas situações em que cometer

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infração que atente contra a segurança nacional, a ordem política e social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular.

Comentários:

O conceito de expulsão (ato que recai sobre um estrangeiro) não se confunde com o de banimento (ato que recai sobre um nacional) que seria a perda definitiva dos direitos referentes à nacionalidade impostas a um cidadão brasileiro – lembrando que o banimento é vedado pela Constituição. A expulsão é um ato discricionário, ocorre quando um estrangeiro regularmente inserido no território nacional pratica um ato que torne sua permanência “inconveniente” ou por ter praticado algum delito ou infração prevista em lei que justifique tal medida. Segundo o “Estatuto do Estrangeiro”, compete ao chefe do Executivo Federal decretar a expulsão ou revogá-la segundo seus critérios de oportunidade e conveniência (art. 66).

Gabarito: Errado.

103. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado sempre que tiver sido comprovada a prática de crime grave após a naturalização.

Comentários:

A Constituição estabelece que o brasileiro nato nunca poderá ser extraditado. Diferentemente ocorre para o naturalizado, para o qual a extradição poderá acontecer. A Constituição estabelece, então, em art. 5.º, LI, que, embora a regra seja a não extradição de brasileiros, o naturalizado poderá ser extraditado em caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Gabarito: Errado.

104. (FGV/Analista Legislativo – Senado Federal/2008) Relativamente aos direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas a seguir:

I. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

II. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões

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em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

III. São imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra o Estado, tortura e terrorismo.

IV. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo praticado após a naturalização.

Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I- Correto. A questão traz o caput do art. 5.º da Constituição. Lembrando que, como já foi visto, segundo o Supremo Tribunal Federal, o estrangeiro não precisa mais ser residente para ter os mesmos direitos dos brasileiros, basta que esteja em território nacional, sob as leis brasileiras.

II- Correto. Como vimos, o direito de petição é o direito que qualquer pessoa (física ou jurídica) possui de se dirigir ao Poder Público (qualquer poder) e “pedir” (petição) que se tome alguma atitude em defesa de seus direitos, ou contra alguma ilegalidade ou abuso de poder. O direito de petição, tal qual o direito de obter certidões, são garantidos independentemente do pagamento de taxas.

III- Errado. Embora o racismo e a ação de grupos armados contra o Estado sejam crimes imprescritíveis, a tortura e terrorismo não o são, recebendo pela Constituição o tratamento de insuscetíveis de graça ou anistia.

IV- Errado. O erro foi o uso do “após” em vez do “antes”. Como visto, baseado no art. 5.º, LI, da Constituição, o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado em caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Gabarito: Letra A.

Juiz natural (e promotor natural) – outra face

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;

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Devido processo legal (“due process of law”)

LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

Mas o que seria o devido processo legal? Segundo o Ministro do STF Celso de Mello3, os elementos da garantia constitucional do “due process of law” seriam:

� direito ao processo (garantia de acesso ao Judiciário);

� direito à citação e ao conhecimento prévio do teor da acusação;

� direito a um julgamento público e célere, sem dilações indevidas;

� direito ao contraditório e a ampla defesa (direito à autodefesa e à defesa técnica – advogado);

� direito de não ser processado com fundamento em provas revestidas de ilicitude;

� direito de igualdade entre as partes;

� direito ao benefício da gratuidade;

� direito à observância do princípio do juiz natural;

� direito ao silêncio (privilégio contra a autoincriminação);

� direito à prova;

� direito de presença e de participação ativa nos atos de interrogatório judicial dos demais litisconsortes penais passivos, quando existentes.

Em outras ocasiões, já foi demonstrado que este princípio constitucional também é o responsável por trazer implicitamente o princípio da razoabilidade e proporcionalidade, muito cobrado em concurso, pois é essencial para uma administração pública eficiente, célere e que respeita o Estado Democrático.

105. (CESPE/TFCE-TCU/2012) O princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade é um princípio constitucional não positivado.

Comentários:

Os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade, segundo a doutrina, encontram-se presentes no ordenamento constitucional brasileiro, porém, eles estão "implícitos" no devido processo legal, e não "positivados" (expressos) no texto constitucional.

3 em decisão de 2008, no HC 94601 MC/CE.

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Gabarito: Correto.

Duplo grau de jurisdição:

Duplo grau de jurisdição, à sua moda clássica, é a possibilidade de um reexame integral da sentença por um órgão diverso do que a proferiu e de hierarquia superior na ordem judiciária4.

No Brasil, existe possibilidade de ocorrência do duplo grau de jurisdição. Porém, segundo o Supremo, o duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional5 (questão recorrente do CESPE). Isso porque existem julgados que não poderão ser revistos, como, por exemplo, aqueles de competência originária do STF, onde não é admitida a recorribilidade a instância superior. Ainda nas palavras do STF, não é possível, sob as sucessivas Constituições da República, erigir (instituir) o duplo grau em princípio e garantia constitucional, tantas são as previsões, na própria Lei Fundamental, do julgamento de única instância ordinária6.

Para sintetizar o tema, Uadi Lammêmgo Bulos traz um importante ensinamento: "No Brasil, somente a carta de 1824 consagrou o duplo grau de jurisdição de modo pleno e irrestrito (...). As demais Constituições não prescreveram, in verbis, o vetor deixando-o implícito na ordem jurídica. É o caso do Texto Magno de 1988"7.

106. (CESPE/OAB/2009.1) O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional.

Comentários:

Exato.

Gabarito: Correto.

107. (ESAF/MPOG/2002) O duplo grau de jurisdição não foi erigido pelo constituinte de 1988 ao nível de direito individual fundamental.

Comentários:

Isso mesmo.

Gabarito: Correto.

4 79.785, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 29-03-00, Plenário, DJ de 22-11-02

5 AI 209.954-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 15-9-98,

6 AI 601.832-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 17-3-09,

7 Bulos, Uadi Lammêgo. Constituição Federal Anotada 8ª ed. - São Paulo: Saraiva, 2008.

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108. (TRT 14º/Juiz do Trabalho Substituto/2008) O princípio do duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, constitui uma garantia constitucional irrestrita.

Comentários:

Ele "não" constitui.

Gabarito: Errado.

Contraditório e a ampla defesa

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Súmula Vinculante nº 5 → A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.

Súmula Vinculante nº 14 → É direito do defensor do representado ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.

109. (CESPE/AGU/2009) Segundo o STF, a falta de defesa técnica por advogado, no âmbito de processo administrativo disciplinar, não ofende a CF. Da mesma forma, não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se, durante o processo administrativo, forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar, desde que rigorosamente observados os princípios do contraditório e da ampla defesa. O referido tribunal entende, também, que a autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão de processo administrativo disciplinar.

Comentários:

O primeiro período trata da súmula vinculante de nº 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Em relação ao segundo e terceiro períodos , trata-se da completa literalidade do julgado do recurso em mandado de segurança (RMS) 24526 / DF - DISTRITO FEDERAL: "...1.Não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se durante o processo administrativo forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar. O princípio do contraditório e da ampla defesa deve ser rigorosamente observado. 2. É permitido ao agente administrativo, para complementar suas razões, encampar os termos de parecer exarado por autoridade de menor hierarquia. A autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão processante.

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Gabarito: Correto.

110. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) São de observância obrigatória os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, configurando cerceamento de defesa a ausência de defesa técnica, por advogado, em tal hipótese.

Comentários:

O erro da questão figura no fato de que, segundo a Súmula Vinculante nº 5, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição, não se configurando cerceamento de defesa.

Gabarito: Errado.

111. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Considere que Paulo tenha respondido a processo administrativo disciplinar e optado por nomear como seu defensor um colega de trabalho que não era nem advogado nem bacharel em direito. Nessa situação hipotética, caracteriza-se violação ao princípio da ampla defesa.

Comentários:

Pois a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a garantia constitucional da ampla defesa. (consoante com a súmula vinculante nº 5)

Gabarito: Errado.

112. (ESAF/ATRFB/2009) O defensor do indiciado não tem acesso aos elementos de prova já documentados em procedimento investigatório realizado pela polícia judiciária.

Comentários:

O estudo das súmulas é sempre muito importante, principalmente as vinculantes! O enunciado está errado, pois contraria a súmula vinculante 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

Gabarito: Errado.

113. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2009) São assegurados o contraditório e a ampla defesa:

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a) apenas aos litigantes em processos judiciais.

b) aos acusados em geral e aos litigantes, tanto em processos judiciais como em administrativos.

c) apenas aos acusados em processos criminais.

d) aos litigantes e acusados apenas em processos judiciais.

e) aos acusados em processos judiciais e administrativos, quando demonstrarem necessidade financeira.

Comentários:

O contraditório e a ampla defesa são princípios insculpidos no art. 5.º da Constituição, em seu inciso LV. Tal inciso dispõe que: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”.

Desta forma, percebemos que qualquer litígio, judicial e administrativo, e para os acusados em geral, devem ser aplicados o contraditório e a ampla defesa sob pena de nulidade do processo.

Gabarito: Letra B.

114. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2009) Com relação ao art. 5.º, inc. LV, da Constituição Federal, segundo o qual “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa”, assinale a alternativa correta.

a) O administrado tem o direito de mentir no processo administrativo.

b) A aplicação de sanção “por verdade sabida” é legítima.

c) A falta de participação de advogado na apresentação de defesa do acusado é fator de invalidação de processo administrativo.

d) É inválida a exigência legal de depósito prévio do valor da multa como condição de admissibilidade de recurso administrativo.

e) O interessado tem sempre o direito à participação em processo meramente preparatório de processo administrativo.

Comentários:

Letra A – Errada. Como decorrência do contraditório e da ampla defesa, o acusado possui o direito de não produzir provas contra si (direito ao silêncio) e também o direito de se defender de uma mentira sobre si, ou até mesmo de uma verdade (direito de mentir). O STF possui precedente de que, em âmbito do processo criminal,

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pode o acusado manter-se calado, mentir, e inclusive não será ilícita a falsidade ideológica usada para se defender8.

A questão, porém, explora este direito no âmbito administrativo e não no âmbito penal. Sendo assim, o tema encontra-se ainda mais delicado. Embora pendente de pacificação, deve-se guardar a posição defendida pela FGV de que, em processos administrativos, ao contrário dos processos criminais, não possui o administrado o direito em questão.

Letra B – Errada. O contraditório e a ampla defesa são justamente os princípios que jogam por terra a “verdade sabida” que é a condenação arbitrária de alguém, sem que o acusado tenha o direito de defesa.

Letra C – Errado. Consoante à Súmula Vinculante n.º 5, a falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. Desta forma, o Supremo pacificou o tema, antes controverso, deixando incorreta a assertiva.

Letra D – Correto. Trata-se do teor da Súmula Vinculante n.º 21, segundo a qual o STF afirma que é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo, pelo fato de se caracterizar uma afronta ao direito de defesa.

Letra E – Errado. A assertiva, só de usar a palavra “sempre”, já se torna muito arriscada. Durante a sindicância, tentar-se-á elucidar os fatos ocorridos para que se decida ou não pela abertura do processo, não há a necessidade de que nesses procedimentos administrativos preliminares se conceda um contraditório, pois ainda não há a figura do acusado.

Gabarito: Letra D.

115. (FGV/Juiz Substituto – TJ-MS/2008) Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa (Certo/Errado).

Comentários:

Esta é literalidade da Súmula 667 do STF. É comum que a banca FGV, assim como as demais bancas examinadoras, costumem cobrar as súmulas do STF que foram recentemente publicadas. Como tal concurso é de 2008, esta súmula era uma relevante novidade. Assim, é necessário que o candidato tenha muita atenção às mudanças recentes nas legislações e nas jurisprudências dos tribunais.

De acordo com a Súmula 667, então, a taxa judiciária, que é cobrada para custear os serviços forenses, deve ser razoável e proporcional

8 HC 75.257/RJ – Rio de Janeiro – Relator: Min. Moreira Alves – Julgamento 17.06.1997.

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ao custo da atividade. Deve possuir um limite, para que não obste o acesso ao Judiciário.

Gabarito: Correto.

Presunção de inocência

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

Trânsito em julgado significa “quando não houver mais como recorrer da sentença”.

O princípio da presunção de inocência também pode ser enxergado sob um outro prisma: “ninguém precisa provar que não fez alguma coisa”, o dever de provar se dá em relação à ocorrência dos fatos, quem acusa alguém de algo é que deve provar que este algo aconteceu.

116. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) Decorre da presunção de inocência, consagrada no art. 5º, da Constituição Federal, a impossibilidade de exigência de produção, por parte da defesa, de provas referentes a fatos negativos.

Comentários:

Ninguém precisa provar que não fez algo, pois, todos presumem-se inocentes.

Gabarito: Correto.

Identificação criminal

LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;

Este inciso foi regulamentado pela lei 12037/09 que dispõe que a identificação civil é atestada por qualquer documento público que permita a identificação, como: carteira de identidade, carteira de trabalho, passaporte e etc.

A disposição não é absoluta, pois ainda que apresentado o documento público, poderá se promover a identificação criminal caso este contenha rasuras, indícios de falsificação, for constatada de pluralidade de nomes, a identificação criminal for essencial às investigações e etc.

117. (ESAF/ATA-MF/2009) O civilmente identificado pode ser submetido à identificação criminal, nos termos da lei.

Comentários:

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Desde que nos termos da lei, será possível submeter o civilmente identificado à identificação criminal (CF, art. 5º, LVIII). A lei que regulamenta tal identificação é a lei 12037/09.

Gabarito: Correto.

118. (FUNIVERSA/Analista-APEX/2006 - Adaptada) Jamais o civilmente identificado será submetido à identificação criminal.

Comentários:

Vimos que a disposição não é absoluta, pois ainda que apresentado o documento público, poderá se promover a identificação criminal caso este contenha rasuras, indícios de falsificação, for constatada de pluralidade de nomes, a identificação criminal for essencial às investigações e etc.

Gabarito: Errado.

Ação penal privada subsidiária da pública

LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;

Em regra, os crimes são de ação penal pública. A ação penal pública é privativa do Ministério Público (art. 129, I), mas esta deve ser intentada no prazo legal (regra geral: 5 dias se o indiciado estiver preso e 15 dias se estiver solto, a partir do recebimento do inquérito policial), se excedido este prazo, o particular poderá agir com a ação privada subsidiária da pública.

119. (ESAF/ATA-MF/2009) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.

Comentários:

Exato teor do inciso LIX do art. 5º.

Gabarito: Correto.

120. (ESAF/ENAP/2006) Em razão da titularidade da ação penal, conferida pela Constituição Federal ao Ministério Público, não há possibilidade de ser proposta ação privada nos crimes de ação pública. Comentários:

A Constituição permite em seu art. 5º, LIX a chamada “ação penal privada subsidiária da pública”, que é uma ação penal interposta pelo particular para poder suprir a ação penal pública que o Ministério Público deveria ter proposto, mas não propôs no prazo legal.

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Gabarito: Errado.

Publicidade dos atos processuais

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;

121. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A publicidade dos atos processuais não pode ser restringida pela lei.

Comentários:

Poderá ser restringida quando a defesa da intimidade ou o interesse social assim exigir (CF, art. 5º, LX).

Gabarito: Errado.

122. (ESAF/ATA-MF/2009) A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais.

Comentários:

Embora em regra seja vedada tal restrição (CF, art. 5º LX), poderá ocorrer nas hipóteses constitucionais de preservação da intimidade e do interesse social. Como já dito, recomenda-se que em questões objetivas o candidato sempre analise todas as opções para verificar se a questão está tentando buscar do candidato o conhecimento sobre as regras ou sobre as exceções.

Gabarito: Errado.

Prisão

LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;

CF, art. 228 → São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação especial.

LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;

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LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;

123. (FCC/TJAA-TRF1ª/2011) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo, além de outra hipótese, no caso de

a) tráfico de drogas.

b) tortura.

c) racismo.

d) terrorismo.

e) transgressão militar, definida em lei.

Comentários:

Na Constituição, art. 5º, LXI temos uma proteção que garante que ninguém seja preso, a não ser que tenha sido pego em flagrante ou que uma autoridade judiciária competente para tal, através de ordem escrita e fundamentada, ordene a sua prisão. Porém, essa regra admite uma única exceção, é o caso dos militares. Os militares possuem algumas regras especiais de conduta e estão sujeitos a prisão, ordenada pelo superior hierárquico, caso cometam transgressões a determinados pontos de seus regulamentos.

Vale lembrar, que essa prisão “especial” dos militares, por expressa disposição constitucional (CF, art. 142 §2º) não se sujeita (em regra) à habeas corpus, pois ela se insere no poder disciplinar de seus superiores. No entanto, atualmente, alguns tribunais já estão admitindo este habeas corpus quando o pedido se fundar em ilegalidades.

Gabarito: Letra E.

124. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Bernardino foi preso, porém os policiais que o prenderam estavam encapuzados sendo impossível identificá-los. Segundo a Constituição Federal, Bernardino

a) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, porque no caso prevalece a segurança dos policiais.

b) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão.

c) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão apenas no ato do seu interrogatório em juízo e desde que a tenha requisitado à autoridade judiciária, sob pena de preclusão, medida essa preventiva à segurança dos policiais e para evitar a prescrição penal.

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d) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão porque a Constituição Federal confere aos policiais o direito de sigilo independentemente do motivo.

e) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, desde que no seu depoimento pessoal prestado à autoridade policial, a tenha requisitado, sob pena de preclusão, porque é irrelevante saber quem o prendeu com o fim de evitar a ocorrência da prescrição penal.

Comentários:

Essa questão nos remete aos direitos dos presos, vamos relembrá-los:

• XLVIII - ter a sua pena cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

• XLIX - ter respeitada a sua integridade física e moral;

• L - No caso de "presidiárias", devem ter condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

• LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

• LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado;

• LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial;

• LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal;

• LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança;

• LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença;

Veja que a Constituição garante ao preso o direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial e não faz para isso nenhuma ressalva ou condição.

Dessa forma a resposta é seca: Segundo a Constituição Federal, Bernardino tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão.

Gabarito: Letra B.

125. (FCC/AJAA-TRT-23ª/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, conforme prevê o artigo 5º da Constituição Federal,

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a) não poderá ser restringida a publicidade dos atos processuais, inexistindo exceções.

b) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.

c) nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será preso em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.

d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre não serão comunicados imediatamente à família do preso ou à pessoa por ele indicada, cuja comunicação só será realizada após o preso prestar depoimento perante a autoridade policial.

e) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada apenas a assistência de advogado, vedada à da família.

Comentário:

Letra A - Errado. A assertiva nos remete ao art. 5º da Constituição, quando ele diz no seu inciso LX: a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

Letra B - Correto. Essa é a "ação privada subsidiária da pública". Em regra, os crimes são de ação penal pública. A ação penal pública é privativa do Ministério Público (art. 129, I), mas esta deve ser intentada no prazo legal, se excedido este prazo, o particular poderá agir com a ação privada subsidiária da pública, já que a Constituição estabelece em seu art. 5º, LIX: será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.

Letra C - Errado. Vejam só o que diz a Constituição estabelece em seu art. 5º, LXI: ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei.

Ou seja, os militares, quando cometerem crimes próprios de militares ou aquelas transgressões internas, poderão ser presos internamente através do poder hierárquico e disciplinar de seus superiores, sem que seja preciso uma ordem judicial.

Letra D e E - Erradas. É aquela listinha de direitos dos presos:

• XLVIII - ter a sua pena cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;

• XLIX - ter respeitada a sua integridade física e moral;

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• L - No caso de "presidiárias", devem ter condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;

• LXII - ter a sua prisão comunicada imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;

• LXIII → Ser informado sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, e ser assistido pela família e pelo advogado;

• LXIV → Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial;

• LXV → Ter sua prisão relaxada imediatamente se ela for ilegal;

• LXVI → Não ser levado à prisão, ou não ser mantido nela, caso a lei admita liberdade provisória, seja com ou sem fiança;

• LXXV → Receber indenização por erro judiciário, ou se ficar preso além do tempo fixado na sentença;

Gabarito: Letra B.

126. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu interrogatório policial.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 5º LXIV que é direito do preso a Identificação dos responsáveis por sua prisão ou interrogatório policial.

Gabarito: Correto.

Prisão ilegal

LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;

Liberdade provisória

LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;

Prisão civil por dívida:

LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

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Então temos que a prisão civil por dívida, na literalidade do texto constitucional segue o seguinte:

• regra → Não pode haver;

• exceção → Poderá prender o responsável por inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e o depositário infiel.

Nas palavras do Supremo, "a norma que se extrai do inciso LXVII do artigo 5º da Constituição Federal é de eficácia restringível (contida). Pelo que as duas exceções nela contidas podem ser aportadas por lei, quebrantando, assim, a força protetora da proibição, como regra geral, da prisão civil por dívida".

Desta forma, temos a regra: Não cabe prisão civil por dívida. Essa proibição pode ser relativizada caso haja alguma lei que preveja a prisão por inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel. Se a lei prever a prisão nestes casos, estará restringindo a proibição da norma.

Muita atenção!

Em 2008, o Supremo passou a entender não ser mais possível no Brasil a prisão civil por dívida do depositário infiel, o que motivou inclusive a edição da súmula vinculante 25:

Súmula Vinculante nª25 → É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

1- Mas porque o Supremo, passou a entender que, mesmo expresso na Constituição, tal prisão não seria válida?

Tudo isso devido a um tratado internacional (pacto de San Jose da Consta Rica) assinado pelo Brasil.

2- Mas este tratado teve força para revogar a Constituição?

Não. Para entender o tema, primeiro, é necessário observar o §3º deste art. 5º. Nele, vemos que a regra é que os tratados internacionais após serem internalizados serão equivalentes às leis ordinárias, mas, eles serão equivalentes às emendas constitucionais (status constitucional), se "versarem sobre direitos humanos" e "forem internalizados com a mesma votação de uma emenda constitucional".

3- E o pacto de San Jose? Ele foi votado por este procedimento de emendas?

Não, pois na época não existia esta previsão constitucional do art. 5º §3º. O STF passou, então, a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não passem pelo rito de votação de uma emenda constitucional, não irá adquirir o status constitucional (emenda constitucional), porém, por si só já possuem um status de “supralegalidade” (estágio acima das leis, e abaixo da Constituição)

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podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Esse entendimento foi a partir do final de 2008. Veja o julgado:

“... Prevaleceu, no julgamento, por fim, a tese do status de supralegalidade da referida convenção, inicialmente defendida pelo Ministro Gilmar Mendes no julgamento do RE 466343/SP, (...). Vencidos, no ponto, os Ministros Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Eros Grau, que a ela davam a qualificação constitucional, perfilhando o enten-dimento expendido pelo primeiro no voto que proferira nesse recurso. O Min. Marco Aurélio, relativamente a essa questão, se absteve de pronunciamento.”9

Como nós vimos que a prisão do depositário infiel ou do inadimplente de alimentos só seria possível através de uma previsão legal, esta lei que porventura esteja prevendo a prisão do depositário infiel ficaria sem efeitos, pois estaria sendo inaplicável pelo pacto de San Jose, o qual tem status supralegal (acima das leis).

Conclusão e observação:

• Atualmente, é possível a prisão civil do depositário infiel? Não. Pois com base na tese da norma supralegal dos tratados internacionais de direitos humanos que não passaram pelo rito previsto no art. 5º, § 3º da CF, como ocorreu com o Pacto de San José da Costa Rica, a legislação infraconstitucional que previa tal prisão e estava em contrário com o Pacto ficou revogada. Tal entendimento deu origem a súmula vinculante 21.

• A Constituição prevê a prisão do depositário infiel? Sim, porém, esta prisão é inaplicável.

127. (FCC/MPE–RS/2008 - Adaptada) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.

Comentários:

O gabarito desta questão foi dado como correto pela banca. Mas, hoje ele estaria errado! Por que isso, professor?

Este concurso foi em Novembro de 2008. Em Dezembro de 2008, o Supremo passou a entender não ser mais possível no Brasil a prisão civil por dívida do depositário infiel, o que motivou inclusive a edição da súmula vinculante 25:

9 HC 87585/TO, Rel. Min. Marco Aurélio, 3.12.2008

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Súmula Vinculante nª25 → É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

Gabarito atual: Errado.

128. (CESPE/ANAC/2009 - Adaptada) É vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel.

Comentários:

"Segundo o STF" a única possibilidade é o inadimplente voluntário e inescusável (injustificável) de obrigação alimentícia.

Gabarito: Errado.

129. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Consoante entendimento do STF, a norma constitucional segundo a qual não há prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, não é de eficácia restringível.

Comentários:

Ela é de eficácia restringível (contida), pois, se houver lei, poderá haver prisão civil por dívida, relativizando a proibição da regra geral.

Gabarito: Errado.

130. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O STF considera lícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

Comentários:

Isto contraria diretamente a súmula vinculante nº 25, que dispões que é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

Gabarito: Errado.

131. (CESPE/ANAC/2009) Embora seja possível a restrição da liberdade de locomoção dos indivíduos nos casos de prática de crimes, é vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel.

Comentários:

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Embora a Constituição Federal permita a prisão civil por dívida tanto em caso de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia quanto no caso do depositário infiel, não há, segundo posicionamento do STF, a aplicação desta possibilidade (prisão do depositário infiel) em nosso país, já que o Supremo considerou que o Pacto de San José da Costa Rica, tratado sobre direitos humanos assinado pelo Brasil, possui status de norma "supralegal", que embora não revogue a Constituição, deixa inaplicável todo o ordenamento infraconstitucional que for com ele incompatível, assim, todas as normas infraconstitucionais sobre a prisão civil do depositário infiel estão inaplicáveis.

Gabarito: Errado.

132. (CESPE/PGE-AL/2008) Ao analisar a constitucionalidade da legislação brasileira acerca da prisão do depositário que não adimpliu obrigação contratual, o STF, recentemente, concluiu no sentido da derrogação das normas estritamente legais definidoras da custódia do depositário infiel, prevalecendo, dessa forma, a tese do status de supralegalidade do Pacto de San José da Costa Rica.

Comentários:

O Supremo considerou que o Pacto de San José da Costa Rica, tratado sobre direitos humanos assinado pelo Brasil, possui status de norma "supralegal", que embora não revogue a Constituição, deixa inaplicável todo o ordenamento infraconstitucional que for com ele incompatível, assim, todas as normas infraconstitucionais sobre a prisão civil do depositário infiel estão inaplicáveis.

Gabarito: Correto.

133. (CESPE/PGE-AL/2008) O STF ainda entende como possível a prisão do depositário judicial quando descumprida a obrigação civil.

Comentários:

Atualmente não é mais admitida no Brasil a prisão do depositário infiel devido ao status supralegal do Pacto de San Jose da Costa Rica que proíbe tal prisão.

Gabarito: Errado.

134. (ESAF/ATRFB/2009) Segundo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, a prisão civil por dívida pode ser determinada em caso de descumprimento voluntário e inescusável de prestação alimentícia e também na hipótese de depositário infiel.

Comentários:

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O Pacto de San José da Costa Rica - que dentre outras coisas, impede a prisão do depositário infiel - foi reconhecido pelo STF com status "supralegal" - inferior à Constituição, porém superior às leis - desta forma, embora não tenha revogado à Constituição, ele se impede que haja a prisão do depositário infiel no Brasil. Caso a questão pedisse "de acordo com a Constituição", a resposta seria outra (CF, art. 5º LXVII).

Gabarito: Errado.

135. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, a prisão civil por dívida é cabível em se tratando de depositário infiel.

Comentários:

Embora não se conceba mais no Brasil a prisão civil por dívida do depositário infiel, devido ao Pacto de San Jose da Costa Rica, o enunciado pediu expressamente que fosse dada a resposta "segundo a Constituição". Desta forma, está correta a afirmativa, já que o texto constitucional não foi alterado pelo pacto (CF, art. 5º LXVII).

Gabarito: Correto.

136. (ESAF/ANA/2009) Relativo ao tratamento dado pela jurisprudência que atualmente prevalece no STF, ao interpretar a Constituição Federal, relativa aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil: A legislação infraconstitucional anterior ou posterior ao ato de ratificação que com eles seja conflitante é inaplicável, tendo em vista o status normativo supralegal dos tratados internacionais sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil.

Comentários:

Isso aí.

Gabarito: Correto.

137. (ESAF/ATA-MF/2009) O Brasil admite a prisão civil por dívida.

Comentários:

É certo dizer que é admitida a prisão por dívida, embora atualmente só seja possível tal prisão no caso de inadimplência voluntária e inescusável (injustificável) de obrigação alimentícia, nos termos da CF, art. 5º LXVII, combinado com a súmula vinculante 25 do STF. Esta súmula impediu a prisão civil por dívida do depositário infiel para atender ao Pacto de San Jose da Costa Rica - tratado internacional

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assinado pelo Brasil, e que foi recepcionado com status de "supralegalidade".

Gabarito: Correto.

138. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A ordem constitucional proíbe toda prisão civil.

Comentários:

A regra é ser vedade a prisão civil por dívida, porém será admitida nos termos da CF, art. 5º LXVII, no caso de inadimplência voluntária e inescusável (injustificável) de obrigação alimentícia ou no caso de depositário infiel. Porém, devido ao Supremo reconhecer o Pacto de San Jose da Costa Rica - tratado internacional assinado pelo Brasil - com status de "supralegalidade" todos as normas infraconstitucionais que preveem a prisão do depositário infiel estão inaplicáveis, assim, atualmente ocorrerá prisão por dívida apenas no caso de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia. Ainda assim, a questão encontra-se incorreta.

Gabarito: Errado.

Remédios constitucionais

Os remédios constitucionais recebem esse nome, pois são ações constitucionais que funcionam como verdadeiros "remédios" contra os abusos cometidos. Por exemplo, se alguém sofrer abuso ao seu direito de locomoção, esse mal será remediado com um habeas corpus, se o abuso for relativo ao direito de informação, será usado um habeas data. Os principais remédios constitucionais serão vistos agora: habeas corpus, habeas data, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção e Ação Popular.

Alguns autores ainda incluem neste grupo outras medidas como o direito de petição e direito de obter certidões, presentes no inciso XXXIV.

139. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) Os chamados "remédios constitucionais" previstos no art. 5º, da C.F., constituem-se como normas de eficácia limitada, pois exigem normatividade processual que lhes desenvolva a aplicabilidade.

Comentários:

Em que pese a existência de doutrina em contrário, segundo a jurisprudência do STF, os remédios constitucionais possuem aplicabilidade imediata, podendo ser invocados independentemente de estarem regulamentados ou não por diploma infraconstitucional.

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Gabarito: Errado.

Habeas corpus

LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;

Organizando:

• Motivo: violência ou coação da liberdade de locomoção; (Abuso contra o direito que todos possuem de ir, vir, permanecer, estar, passar e etc.)

• Quem pode usar: qualquer pessoa;

• Quem pode sofrer a ação: qualquer um que use de ilegalidade ou abuso de poder.

• Modos de HC:

� Preventivo: Caso haja ameaça de sofrer a coação;

� Repressivo: Caso esteja sofrendo a coação.

• Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de “habeas-corpus”;

Segundo o Código de Processo Penal (CPP), no art. 648, a coação será considerada ilegal:

I – quando não houver justa causa;

II – quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;

III – quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

IV – quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V – quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;

VI – quando o processo for manifestamente nulo;

VII – quando extinta a punibilidade.

CPP, art. 654 → O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.

STF – Súmula nº 693 → Não cabe HC contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em que a pena pecuniária seja a única cominada. (Isso porque Habeas Corpus é para discutir a

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liberdade de alguém. Não serve para discutir multa e penas em dinheiro).

STF – Súmula nº 695 → Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. (Se a pena que privava a pessoa da liberdade já foi extinta. Para que se quer um habeas corpus?).

STF - Súmula nº 606 (com adaptação de outros precedentes ) → Não cabe impetração de "habeas corpus" para o plenário contra decisão colegiada de qualquer das Turmas (ou do próprio Pleno) do STF, ainda que resultante do julgamento de outros processos de "habeas corpus" ou proferida em sede de recursos em geral, inclusive aqueles de natureza penal.

CF, Art. 142 § 2º → Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

Embora a CF expresse que não cabe HC contra punições disciplinares, o STF tem flexibilizado a situação quando a punição privativa de liberdade foi imposta de forma ilegal. Assim, decidiu o Supremo (RHC 88543/SP - São Paulo - 03/04/2007): a legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense (afeto ao regime militar), pode ser discutida por meio de habeas corpus.

O habeas corpus pode ser concedido de ofício por juiz ou tribunal, sem que isso implique ofensa ao princípio da inércia da jurisdição (hipótese cobrada pelo CESPE em 2007).

É cabível habeas corpus inclusive quando a liberdade de locomoção puder ser afetada indiretamente, por exemplo, contra a quebra de sigilo bancário, caso dela possa resultar processo penal que leve à sentença de prisão.

140. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, será concedido

a) mandado de injunção.

b) habeas corpus.

c) habeas data.

d) ação popular.

e) mandado de segurança.

Comentários:

O remédio constitucional usado para assegurar liberdade de “ir e vir” é o habeas corpus.

Desta forma, vemos que o correto seria assinalar a letra B!

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141. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) Rômulo se acha ameaçado de sofrer coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade e abuso de poder. A Constituição Federal prevê como Direito Individual para garantir a sua liberdade, o manejo do mandado de segurança.

Comentários:

Neste caso, o correto seria o uso do habeas corpus, remédio constitucional previsto no art. 5º, LXVIII da Constituição. Lembrando que, segundo o art. 5º, LXVIX, não poderá ser impetrado mandado de segurança quando for possível impetrar habeas corpus ou habeas data.

Gabarito: Errado.

142. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção.

Comentários:

Diferentemente do Mandado de Segurança que só pode ser impetrado quando alguém estiver se valendo de sua prerrogativa de "direito público", o habeas corpus pode ser impetrado contra qualquer pessoa que estiver coagindo alguém de sua liberdade de locomoção (ir, vir, permanecer e etc...).

Gabarito: Correto.

143. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Conceder-se-á mandado de segurança sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

Comentários:

Neste caso o remédio aplicável será o habeas corpus.

Gabarito: Errado.

144. (CESPE/AJAJ-STF/2008) A CF exige que o habeas corpus seja cabível apenas contra ato de autoridade pública.

Comentários:

Pelo art. 5º LXVIII, depreende-se que pode sofrer a ação qualquer um que use de ilegalidade ou abuso de poder.

Gabarito: Errado.

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145. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O habeas corpus constitui, segundo o STF, medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal.

Comentários:

Na jurisprudência do Supremo, o habeas corpus pode ser usado contra qualquer ato ilegal, ou com abuso de poder que possa levar o indivíduo a ter a sua liberdade de locomoção, cerceada, ainda que não diretamente. É o caso da questão, a quebra de sigilo, embora não seja medida que diretamente se oponha à liberdade de locomoção, pode indiretamente contribuir para o constrangimento a tal direito.

Gabarito: Correto.

146. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, os aspectos relativos à legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, podem ser discutidos por meio de habeas corpus.

Comentários:

O procedimento "castrense" é aquele afeto ao regime militar. A possibilidade de habeas corpus é discutível nestes casos já que a Constituição Federal foi expressa ao dizer em seu art. 142 § 2º: Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. No entanto, a jurisprudência tem se flexibilizado em relação a tal situação quando a punição privativa de liberdade foi imposta de forma ilegal. Assim, decidiu o STF (RHC 88543 / SP - SÃO PAULO - 03/04/2007): a legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, pode ser discutida por meio de habeas corpus.

Gabarito: Correto.

147. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) O habeas corpus não é medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo bancário em procedimento criminal, já que não há, na hipótese, risco direto e imediato de constrangimento ao direito de liberdade.

Comentários:

Segundo a jurisprudência e doutrina, sempre que de um ilegalidade ou abuso possa derivar algo que levará alguém à prisão (ainda que indiretamente) será cabível habeas corpus.

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Gabarito: Errado.

148. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa.

Comentários:

Habeas Corpus é um remédio constitucional que garante a "liberdade" de alguém. Se a pena não foi privativa de liberdade, não há o que se falar em habeas corpus.

Gabarito: Errado.

149. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível habeas corpus contra a imposição da pena de perda da função pública.

Comentários:

Habeas Corpus é um remédio constitucional que garante a "liberdade" de alguém. Se a pena não foi privativa de liberdade, não há o que se falar em habeas corpus.

Gabarito: Errado.

150. (ESAF/ANA/2009) A mera instauração de inquérito, ainda quando evidente a atipicidade da conduta, não constitui meio hábil a impor violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade humana.

Comentários:

A instauração irregular do inquérito é uma violação que inclusive pode motivar a impetração de habeas corpus, já que segundo a jurisprudência e doutrina, sempre que de um ilegalidade possa derivar algo que levará alguém à prisão, será cabível habeas corpus. Desta forma, na jurisprudência do Supremo, a simples instauração irregular de inquérito já é suficiente para trazer transtornos a vida particular do individuo, ofendendo a sua dignidade.

Gabarito: Errado.

151. (FGV/Juiz Substituto – TJ-PA/2008) cabe habeas corpus contra qualquer decisão condenatória, seja condenação a pena de multa ou a pena privativa de liberdade. Cabe, ainda, contra decisão relativa a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada, dada a relevância desse instituto.

Comentários:

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O habeas corpus é remédio contra a coação de liberdade, não sendo cabível quando a sanção imposta não se refira a uma privação desta liberdade do indivíduo, sendo tão somente pecuniária.

Gabarito: Errado.

Mandado de segurança

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

Atualmente o mandado de segurança, tanto individual quanto coletivo, é regulamentado pela lei 12016/09.

Embora não esteja expresso na CF, o mandado de segurança também pode ser preventivo ou repressivo como o habeas corpus.

Organizando:

• Motivo: proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD.

• Quem pode usar: qualquer pessoa (PF, PJ ou até mesmo órgão público – independente ou autônomo) seja na forma preventiva ou repressiva.

• Quem pode sofrer a ação: autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do poder público que use de ilegalidade ou abuso de poder. Segundo a lei 12016/09, equiparam-se às autoridades:

� Os representantes ou órgãos de partidos políticos;

� Os administradores de entidades autárquicas;

� Os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

• Modos de MS:

� Individual: impetrado em nome de uma única pessoa;

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� Coletivo: impetrado por:

a) Partido político com representação no CN;

b) Organização sindical;

c) Entidade de classe; ou

d) Associação, desde que esta esteja legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Observação:

O requisito de "legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano" para impetrar MS coletivo, segundo o STF, deve ser aplicável apenas às "associações", não sendo um requisito essencial para a impetração por partes dos demais legitimados relacionados.

Cabimento:

Segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra:

� Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

� Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;

� Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

� Decisão judicial transitada em julgado.

STF – Súmula nº 625 → Controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão de mandado de segurança (veja que a matéria de fato alegada deve ser incontroversa, líquida e certa. Porém, nada impede que o direito em que este fato esteja se baseando seja controverso, complexo, por exemplo, uma lei que esteja sendo objeto de impugnação).

STF – Súmula nº 429 → A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade (a palavra principal desta súmula é a

Em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial (lei 12016).

Na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária (lei 12016).

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"omissão", ou seja, de que adiantaria um recurso suspensivo se a autoridade não está agindo e sim se omitindo em agir?).

STF – Súmula nº 266 → Não cabe mandado de segurança contra lei em tese. (Não se pode usar o MS para impugnar diretamente uma lei, pois isto é privativo da ação direta de inconstitucionalidade)

STF – Súmula nº 267 → Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recursos ou correição.

STF - Súmula nº 268 → Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.

STF - Súmula nº 629 →A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização destes (veja que diferentemente do que ocorre na representação processual, em se tratando de MS coletivo - substituição processual - basta autorização genérica, o que se dá com o simples ato de filiação, prescindindo-se que a entidade esteja expressamente autorizada para tal).

STF - Súmula nº 630 → A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.

Prazo

Artigo 23 da Lei 12016/09 → O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 dias (prazo decadencial) contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

Obs.: Este prazo de 120 dias não se aplica, obviamente, ao MS preventivo, pois se a lesão ainda nem ocorreu, como poderíamos começar a contagem do prazo?

STF – Súmula nº 430 → Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.

STF – Súmula nº 623 → É constitucional a lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança (120 dias).

Competências

STF – Súmula nº 624 → Não compete ao STF conhecer originariamente o mandado se segurança contra atos de outros tribunais (a competência para apreciar o mandado de segurança contra atos e omissões de tribunais é do próprio tribunal).

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152. (FCC/Oficial -DPE-SP/2010) Dentre os requisitos constitucionalmente estabelecidos para o cabimento do mandado de segurança inclui-se:

a) ameaça à liberdade de locomoção.

b) ausência de norma regulamentadora de direitos e liberdades constitucionais.

c) recusa de fornecimento de informações constantes de bancos de dados do governo relativas ao lesado.

d) ato lesivo, desde que, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

e) ofensa a direito líquido e certo do lesado, não amparado por habeas corpus ou habeas data.

Comentários:

No caso da letra A, o remédio seria o habeas corpus. No caso da letra B seria o mandado de injunção. Na letra C, seria um habeas data e na letra D seria uma ação popular.

A única que está correta é a letra E, já que o mandado de segurança será concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data".

Gabarito: Letra E.

153. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Segundo a Constituição Federal, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação:

a) no mínimo em dez Municípios localizados num único Estado.

b) na Câmara de Vereadores do Município onde está localizada sua sede.

c) na Assembleia Legislativa do Estado onde está localizada sua sede.

d) no mínimo com três Assembleias Legislativas de três Estados.

e) no Congresso Nacional.

Comentário:

Essa é a típica questão pra ninguém tirar zero na prova. O partido político tem que ter representação no Congresso!

Gabarito: Letra E.

154. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Está legitimada a impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus

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associados, a associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos

a) dez meses.

b) seis meses.

c) um ano.

d) quatro meses.

e) nove meses.

Comentários:

Mais uma questão feita para ninguém zerar.

A associação, segundo o art. 5º, LXX da Constituição, para que possa impetrar um MS coletivo, precisa estar legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Gabarito: Letra C.

155. (FCC/TJAA-TRF 2ª/2007) mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por

a) organização sindical legalmente constituída e em funcionamento há no mínimo dez meses, em defesa dos interesses de seus membros.

b) partido político com ou sem representação no Congresso Nacional.

c) associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus associados.

d) entidade de classe legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos seis meses, em defesa dos interesses de seus membros.

e) um grupo de dez deputados federais e dez senadores, em nome do Congresso Nacional.

Comentários:

Letra A e D - Erradas. 2 erros. O requisito de estar legalmente constituída e em funcionamento é pelo prazo de pelo menos 1 ano, e tal requisito é aplicável somente às associações, e não à organização sindical, nem às entidades de classes.

Letra B - Errado. O partido tem que ter representação no CN.

Letra C - Correto.

Letra E - Viajooooou.... não chegou nem perto de nenhuma disposição constitucional.

Gabarito: Letra C.

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156. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, amparado por "habeas corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública.

Comentários:

O correto seria "não" amparado por habeas corpus ou habeas data (CF, art. 5º, LXIX).

Gabarito: Errado.

157. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) São legitimados para a propositura do mandado de segurança coletivo os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, as entidades de classe, as associações e as organizações sindicais em funcionamento há pelo menos um ano, na defesa dos interesses coletivos e dos interesses individuais homogêneos.

Comentários:

O requisito de "legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano" para impetrar MS coletivo, segundo o STF, deve ser aplicável apenas às "associações", não sendo um requisito essencial para a impetração por partes dos demais legitimados relacionados.

Gabarito: Errado.

158. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

Comentários:

Segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução. Pois a ofensa ao direito líquido e certo pode ser cessada na esfera administrativa, mediante o recurso.

Gabarito: Errado.

159. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe legalmente constituídas, mas não por partidos políticos.

Comentários:

Os partidos políticos, desde que tenham representação no Congresso, podem impetrar mandado de segurança coletivo na defesa de seus

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interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária.

Gabarito: Errado.

160. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.

Comentários:

Neste caso o remédio aplicável seria o mandado de segurança.

Gabarito: Errado.

161. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança se presta a impugnar lei em tese.

Comentários:

Trata-se da súmula nº 266 do STF: "Não cabe mandado de segurança contra lei em tese". Isto porque o mandado de segurança é uma ação para tutelar direitos subjetivos líquidos e certos. Impugnar uma lei em tese, é impugnar a propositura de uma lei, de forma objetiva, sem olhar para casos concretos (problemas subjetivos) trazidos por ela. Impugnar objetivamente uma lei é papel da ação direta de inconstitucionalidade e não do mandado de segurança.

Gabarito: Errado.

162. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.

Comentários:

Trata-se da súmula nº 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.

Gabarito: Errado.

163. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

Comentários:

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Neste caso o remédio utilizado deverá ser o habeas data, logo, não se poderá usar o Mandado de Segurança, já que a Constituição veda o uso do MS quando o objeto for de habeas corpus ou habeas data.

Gabarito: Errado.

164. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político, mesmo quando não tenha representação no Congresso Nacional.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 5º LXX, que o mandado de segurança coletivo só poderá ser impetrado por:

• partido político com representação no CN;

• organização sindical;

• entidade de classe; ou

• associação, desde que esta esteja legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Gabarito: Errado.

165. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo.

Comentários:

O mandado de segurança não pode ser utilizado para impugnar lei em tese (súmula nº 266 do STF). Isto porque o mandado de segurança é uma ação para tutelar direitos subjetivos líquidos e certos. Impugnar uma lei em tese, é impugnar a propositura de uma lei, de forma objetiva, sem olhar para casos concretos (problemas subjetivos) trazidos por ela. Impugnar objetivamente uma lei é papel da ação direta de inconstitucionalidade e não do mandado de segurança.

Gabarito: Correto.

166. (CESPE/FINEP/2009) Será cabível, em qualquer circunstância, manejo de mandado de segurança para proteger direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.

Comentários:

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O art. 5º, LXIX da Constituição dispõe que será concedido mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

Desta forma, não se pode dizer que será em "qualquer circunstância" já que, não poderá o direito estar amparado pelo uso de habeas corpus ou habeas data.

Gabarito: Errado.

167. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direito líquido e certo.

Comentários:

Este partido político deverá ter representação no Congresso Nacional (CF, art. 5º, LXX).

Gabarito: Errado.

168. (CESPE/MMA/2009) Para que um partido político tenha representação no Congresso Nacional, é suficiente que o partido tenha um só parlamentar em qualquer uma das Casas do Congresso.

Comentários:

Essa é a interpretação que pode ser alcançada pela leitura da Constituição em vigor, de início o CESPE havia adotado errado como o gabarito preliminar, porém, sensatamente alterou para correto.

Gabarito: Correto.

169. (CESPE/TCE-AC/2009) A conduta omissiva do administrador público impede a fluência de prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança, quando a lei fixa prazo para a prática do ato.

Comentários:

Se a lei fixa prazo para prática de um ato, e durante este prazo o administrador não o faz. Começa a correr o prazo decadencial de 120 dias para que se impetre um mandado de segurança contra esta omissão.

Gabarito: Errado.

170. (ESAF/AFRFB/2009) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de concessionárias de serviço público.

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Comentários:

Segundo a lei 12016/09, não cabe mandado de segurança contra:

• Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público;

• Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;

• Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

• Decisão judicial transitada em julgado.

Gabarito: Correto.

171. (ESAF/ATRFB/2009) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político que não tenha representação no Congresso Nacional, desde que, no entanto, tenha representação em Assembléia Legislativa Estadual ou em Câmara de Vereadores Municipal. Comentários:

Questão simples mas que serve para chamar a atenção para os legitimados:

• Partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária; ou

• Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano (esses requisitos são apenas para as associações), em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

Gabarito: Errado.

172. (ESAF/ATRFB/2009) A impetração do mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados depende da autorização destes.

Comentários:

Contraria a súmula 629 do STF e também o que vimos na lei 12016/09: a impetração do mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização especial destes, pois se trata, no caso, do instituto da

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substituição processual. Assim, o Supremo diz que basta haver uma "autorização genérica" que é concedida pelo simples ato de filiação à entidade.

Gabarito: Errado.

173. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Sempre que um grupo de indivíduos sofre uma mesma lesão a direito individual pode buscar reparação por meio de mandado de segurança coletivo por ele mesmo impetrado.

Comentários:

O mandado de segurança coletivo só poderá ser impetrado por aqueles legitimados do art. 5º, LXX da Constituição, quais sejam:

• partido político com representação no CN;

• organização sindical;

• entidade de classe; ou

• associação, desde que esta esteja legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Gabarito: Errado.

174. (ESAF/Técnico Administrativo - MPU/2004) A organização sindical, para impetrar mandado de segurança coletivo, deverá estar legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, devendo a matéria do mandado de segurança ter pertinência temática com os interesses de seus associados.

Comentários:

Segundo a orientação firmada pelo STF, tal disposição se aplicaria apenas às associações e não às entidades sindicais.

Gabarito: Errado.

175. (ESAF/CGU/2004) Segundo a jurisprudência dos Tribunais, a interposição de Mandado de Segurança Coletivo por sindicatos ou associações legitimadas não dispensa a juntada de procuração individual por parte dos integrantes da coletividade, unida pelo vínculo jurídico comum.

Comentários:

Segundo a jurisprudência do Supremo, a filiação ao sindicato já é suficiente para autorizar a impetração de MS coletivo, já que não se trata de representação processual e sim substituição processual, e somente naquela é que demandaria uma autorização expressa.

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Gabarito: Errado.

176. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) O remédio constitucional do mandado de segurança visa a "proteger direito líquido e certo, não amparado por habeascorpus ou habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público". Essa definição constitucional faz a distinção quanto à oponibilidade do mandado de segurança contra (i) qualquer autoridade pública, ou (ii) agentes de pessoas jurídicas no exercício de atribuições do Poder Público. No primeiro grupo encontram-se os:

a) concessionários de obras públicas.

b) permissionários de serviços públicos.

c) oficiais de registros públicos.

d) exercentes de atividades sujeitas à autorização do Poder Público.

e) agentes públicos classificados como agentes políticos.

Comentários:

Esta questão na verdade seria atinente mais ao Direito Administrativo. Bastava o candidato saber a classificação de agentes públicos. Assim, sempre que se falar em institutos como "concessão", "permissão" ou "autorização", estará se falando de agentes que tiveram a delegação para prestar um serviço, e desta forma se enquadram no item (ii) agentes de pessoas jurídicas no exercício de atribuições do Poder Público.

Oficiais de registros públicos, da mesma forma, prestam serviços em colaboração com a Administração Pública, sendo delegados para tal.

A única resposta possível então seria a letra E, já que os agentes políticos pertencem à própria administração pública.

Desta forma, o gabarito da questão é a letra E.

177. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea e Controle de Tráfego - MD/2009) Sobre as ações constitucionais de habeas corpus e mandado de segurança, é correto afirmar que:

(A) a controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, pois não haveria direito líquido e certo a ser assegurado.

(B) o prazo decadencial de 120 dias para se impetrar mandado de segurança é inconstitucional, segundo jurisprudência do STF há tempos consolidada, pois não cabe à lei ordinária cercear o exercício de um direito irrestritamente assegurado no patamar constitucional.

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(C) o mandado de segurança pode ser impetrado para assegurar o exercício de qualquer direito, desde que seja líquido e certo.

(D) o habeas corpus não pode ser impetrado por pessoa jurídica.

(E) o habeas corpus contra punição disciplinar militar pode ser impetrado quando se pretende impugnar os pressupostos da legalidade da punição, e não o seu mérito.

Comentários:

Letra A - Errado. Existem 2 tipos de coisas que devem ser analisadas:

Matéria de direito - É o respaldo legal do direito da pessoa. Se esta lei (matéria de direito) estiver sendo impugnada, o cidadão não tem nada haver com isso. A lei está em vigor e ampara o direito dele!

Matéria de fato - É o direito de fato que o cidadão diz que possui. Este direito que ele pleiteia (matéria de fato) tem que ser líquido e certo, não pode ser controverso. Assim, controvérsia sobre matéria de fato impede o uso do MS!

O STF então editou uma súmula para deixar isso bem claro: Súmula SÚMULA Nº 625: "Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança".

Letra B - Errado. O prazo é legítimo e isto foi afirmado pela súmula 632 do STF.

Letra C - Errado. Não cabe Mandado de Segurança contra direito amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data. Assim, é errado falar "qualquer direito".

Letra D - Errado. A Pessoa Jurídica pode "impetrar" habeas corpus, não em favor de si mesmo, mas em favor de terceiros.

Letra E - Correto. A Constituição expressa (CF, Art. 142 § 2º) que não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

Embora a Constituição diga que não cabe HC contra punições disciplinares, o STF tem flexibilizado a situação quando a punição privativa de liberdade foi imposta de forma ilegal. Assim, decidiu o Supremo (RHC 88543/SP - São Paulo - 03/04/2007): a legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense (afeto ao regime militar), pode ser discutida por meio de habeas corpus.

Gabarito: Letra E.

178. (CESGRANRIO/Advogado-Detran-AC/2009) Considere as afirmativas abaixo, relativas a mandado de segurança.

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I – A controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, pois não haveria direito líquido e certo a ser assegurado.

II – O mandado de segurança pode ser repressivo (em caso de ilegalidade ou abuso de poder cometido pela autoridade coatora) ou preventivo (apenas em caso de ilegalidade cometida pela autoridade coatora).

III – O prazo decadencial de 120 dias para se impetrar mandado de segurança não impede que, ultrapassado este prazo, o direito (subjetivo) seja amparado por qualquer outro meio ordinário de tutela jurisdicional.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

(A) III.

(B) II e III.

(C) II.

(D) I e II.

(E) I.

Comentários:

Item I - Errado. A matéria de direito controversa não impede o uso do Mandado de Segurança, é a Súmula 675 do STF. Assim, mesmo que a lei na qual uma pessoa esteja baseando o seu direito esteja sendo alvo de impugnação no Judiciário. A pessoa não tem nada haver com isso e poderá se basear neste lei para impetrar o MS. Agora, a matéria de fato, ou seja, o direito de fato que o cidadão diz que possui, deve ser líquido e certo, não pode ser controverso.

Item II – Errado. O que diz se o MS é preventivo ou repressivo é o fato de ele ser impetrado antes ou depois do ato ilegal ou de abuso de poder. Ambas as formas de MS são admitidas e ambas servem para o mesmo tipo de direito: direito liquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando uma autoridade pública esteja usando de ilegalidade ou abuso de poder.

Item III - Correto. Segundo a lei 12016/09, o mandado de segurança se sujeita a um prazo decadencial de impetração de 120 dias. Após este prazo, não se poderá mais pleitear o direito através de mandado de segurança. O Mandado de Segurança é um remédio constitucional célere, pois ampara direito liquido e certo, dispensando a chamada fase de "dilação probatória" onde cabe ao autor provar que possui o direito pleiteado.

Caso o prazo de 120 dias seja ultrapassado, a pessoa não perderá o seu direito, mas apenas pederderá o direito de impetrar mandado de segurança. Assim, nada impede que ela busque amparo por qualquer outro meio ordinário de ação, mas será um caminho mais "torto".

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Gabarito: Letra A.

179. (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Direito líquido e certo, em tema de mandado de segurança, é aquele:

a) fundado em fatos que não demandam exame jurídico de grande complexidade.

b) fundado em fatos passíveis de prova na etapa processual dilatória.

c) fundado em fatos comprovados de plano.

d) fundado em fatos que independem de prova testemunhal.

e) fundado em fatos economicamente apreciáveis.

Comentários:

Quando a Constituição diz que o mandado de segurança irá proteger direito líquido e certo, está dizendo que se trata de uma ação célere que não abre a possibilidade de “dilação probatória”, ou seja, não cabe pela via de mandado de segurança a proteção de direitos que não consigam ser prontamente comprovados. Desta forma, responde corretamente à questão a alternativa C, ao dizer que direito líquido e certo é aquele fundado em fatos comprovados de plano.

Gabarito: Letra C

180. (FGV/Advogado-BESC/2004) Podem impetrar mandado de segurança coletivo:

a) partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe de âmbito nacional ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos dois anos, em defesa dos interesses dos seus associados.

b) partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.

c) partido político legalmente constituído, organização sindical de primeiro grau, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros.

d) partido político, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.

e) partido político com representação em 3/4 das câmaras estaduais, organização sindical, entidade de classe de âmbito nacional ou

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associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos dois anos, em defesa dos interesses dos seus associados.

Comentários:

Questão muito cobrada em concursos e que retira seu fundamento da Constituição Federal, art. 5.º, LXX. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

• Partido político com representação no Congresso Nacional;

• Organização sindical;

• Entidade de classe; ou

• Associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial.

Gabarito: Letra B.

181. (FGV/Juiz Substituto – TJ-PA/2008) A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor de associados depende da autorização destes.

Comentários:

O mandado de segurança coletivo é caso de substituição processual, e não de representação processual. Assim, quando a entidade de classe, associação ou partido político impetra o mandado em favor de seus membros, a própria filiação já pressupõe a autorização para essa substituição. Diferentemente ocorre nos casos em que as associações representam em juízo associados específicos. Neste caso, precisam estar munidas de procuração expressa do representado.

Gabarito: Errado.

Mandado de Injunção

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Organizando:

• Motivo: Falta de norma regulamentadora tornando inviável o exercício:

� dos direitos e liberdades constitucionais;

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� das prerrogativas inerentes à:

♦ nacionalidade;

♦ soberania; e

♦ cidadania.

• Quem pode usar: Qualquer pessoa.

• Quem pode sofrer a ação: A autoridade competente para editar a norma em questão.

• Modos de MI:

� individual: impetrado em nome de uma única pessoa;

� coletivo: não está previsto na Constituição. Mas é admitido, devendo cumprir os mesmos requisitos do MS Coletivo.

MI em omissões totais e parciais:

• Embora com posicionamentos divergentes, prevalece o entendimento de que as omissões que viabilizam o uso do mandado de injunção podem ser totais ou parciais10;

Espécies de “normas frustradas” que podem ser usadas para embasar um MI:

• Embora o mandado de injunção possa ser usado para suprir omissões totais ou parciais do poder público, somente pode ser impetrado o mandado quando essas omissões estiverem frustrando o alcance de objetivos que estão expostos em normas de status constitucional, e que sejam revestidas sob a forma de normas de eficácia limitada – sejam de princípio institutivo ou programático -, já que são essas categorias de normas constitucionais que dependem de normatização para que alcancem suas finalidades.

• Baseado, no exposto, o STF já decidiu não haver possibilidade de ingressar mandado de injunção contra a falta de normas para efetivar mandamentos da Convenção Americana de Direitos Humanos11.

Espécies de “normas faltantes” para embasar um MI:

• Embora o direito tutelado deva estar previsto necessariamente em uma norma constitucional e de eficácia limitada. A "norma

10

MI 107/DF 11

MS 22483-5/DF

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faltante", que esteja frustrando o exercício de direitos constitucionais, pode ser tanto uma lei (maioria dos casos) como qualquer outro ato normativo cuja falta impeça a concretização dos efeitos da norma constitucional, como uma portaria, decreto, e etc.

Liminar em mandado de injunção:

• Segundo a doutrina e o posicionamento do STF, não cabe liminar em mandado de injunção, pois a decisão liminar acabaria por se confundir com o próprio mérito da demanda (assegurar o exercício do direito ou garantia que esteja sendo frustrado)12.

Teoria concretista X teoria não-concretista:

Até meados de 2007, o efeito das decisões de MI emanadas pelos tribunais se limitavam a declarar a mora do legislador, pelo princípio da independência dos poderes, não havia como obrigar tal autoridade a legislar e nem mesmo poderia o Judiciário agir como legislador e sanar a mora existente. Essa situação era o que chamamos de posição não concretista do Poder Judiciário.

Porém, ao julgar os Mandados de Injunção 670, 708 e 712, sobre a falta de norma regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, o STF abandonou sua antiga posição e declarou: “enquanto não editada a lei especifica sobre o direito de greve dos servidores públicos, estes devem adotar a norma aplicável aos trabalhadores da iniciativa privada”. Assim, o STF passou a adotar a teoria concretista, pois sanou a mora existente e “ressuscitou” aquele que era chamado de “o remédio constitucional mais ineficaz”.

Vamos esquematizar este importante assunto:

12

STF - AC 124 AgR / PR – PARANÁ – Julgamento: 23/09/2004

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Posição

Não-concretista

O Judiciário se limita a declarar a mora do legislador

Posição Concretista

Geral O judiário desde já faz com que o direito possa ser exercido e de forma erga omnes

Individual

O judiciário decide de forma inter partes

Intermediária

O Judiciário assenta um prazo para que o Legislativo edite a norma faltante – quando usado foi de 120 dias

Direta

O Judiciário desde logo faz com que a parte pedinte possa exercer o seu direito, geralmente usando-se de analogia a outras normas

182. (FCC/AJAA-TRE-PE/2011) De acordo com a Constituição Federal brasileira, conceder-se-á mandado de injunção:

a) para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública.

b) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

c) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

d) para assegurar o conhecimento de informações rela- 0tivas à terceira pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

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e) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Comentários:

Trata-se do remédio constitucional previsto no art. 5º, LXXI da Constituição. Vejamos: conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Gabarito: Letra E.

183. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) O instrumento de controle jurisdicional da Administração que se caracteriza por ser a medida hábil contra a inércia do Poder Público em expedir regras necessárias e indispensáveis ao exercício de direitos e liberdades constitucionais é o:

a) mandado de injunção.

b) habeas corpus.

c) habeas data.

d) ação popular.

e) ação civil pública.

Comentários:

A questão fala literalmente de um remédio previsto na Constituição que será usado "contra a inércia do Poder Público em expedir regras necessárias e indispensáveis ao exercício de direitos e liberdades constitucionais". Que remédio seria esse? Mandado de Injunção.

Gabarito: Letra A.

184. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) Caso um determinado indivíduo se considere prejudicado pela falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais, de qual medida judicial de controle de ato administrativo (remédio constitucional) deverá este fazer uso para assegurar o exercício de seu direito?

a) Habeas data

b) Habeas corpus

c) Ação civil pública

d) Mandado de injunção

e) Mandado de segurança coletivo

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Comentários:

Questão simples, de pura literalidade - CF, art. 5º, LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

Gabarito: Letra D.

185. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de injunção tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de alguma forma, afete direitos constitucionalmente assegurados, sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ( STF ), que ele só é cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial.

Comentários:

O erro foi dizer que só é cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial. Embora com posicionamentos divergentes, prevalece o entendimento de que as omissões que viabilizam o uso do mandado de injunção podem ser totais ou parciais.

Gabarito: Errado.

186. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de injunção não é instrumento adequado à determinação de edição de portaria por órgão da administração direta.

Comentários:

O mandado de injunção é utilizado sempre que uma norma regulamentadora esteja faltando, e esta falta esteja impedindo que a pessoa possa exercer os direitos e liberdades constitucionais e suas prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. A Constituição ao dispor sobre este mandado, falou em "norma regulamentadora", não importando, então, qual a natureza de tal norma.

Gabarito: Errado.

187. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O STF passou a admitir a adoção de soluções normativas para a decisão judicial como alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado de injunção.

Comentários:

Atualmente (a partir de 2007) o STF vem adotando a posição concretista do mandado de injunção, ou seja, quando se entra em

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juízo com um mandado de injunção, a autoridade julgadora deverá decidir o caso concreto, fazendo com que desde já o impetrante consiga exercer o direito que está sendo impedido pela omissão normativa. O meio que mais tem sido utilizado para a solução dos problemas tem sido a adoção de diplomas normativos que regulam áreas similares para que "por analogia" regulamentem provisoriamente o tema.

Gabarito: Correto.

188. (CESPE/Procurador Municipal Natal/2008) Considerando a atual jurisprudência do STF quanto à decisão e aos efeitos do mandado de injunção, notadamente nos casos em que se discuta o direito de greve dos servidores públicos, é correto afirmar que, na decisão de um mandado de injunção, compete ao Poder Judiciário

a) elaborar a norma regulamentadora faltante.

b) proferir simples declaração de inconstitucionalidade por omissão, dando conhecimento ao órgão competente para a adoção das providências cabíveis.

c) garantir o imediato exercício do direito fundamental afetado pela omissão do poder público.

d) fixar prazo razoável para que o ente omisso supra a lacuna legislativa ou regulamentar, sob pena de responsabilização.

Comentários:

Letra A - Errado. Judiciário não é legislador, ele deve julgar, não legislar. Em que pese a sua atribuição atípica de poder legislar, fazer seus regimentos e regulamentos, não poderá nunca elaborar uma norma cuja competência está estabelecida no âmbito do Poder Legislativo ou Executivo.

Letra B - Errado, pois assim seria a não-concretista.

Letra C- Perfeito, trata-se da concretista, sem entrar no mérito de ser geral ou individual.

Letra D - Errado. Assim seria a posição concretista individual intermediária, que era adotada minoritariamente no supremo, onde o Min. Néri da Silveira defendia que se determinasse um prazo de 120 dias para a regulamentação.

Gabarito: Letra C.

189. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes.

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Comentários:

Como vimos, atualmente (a partir de 2007) o STF vem adotando a posição concretista do mandado de injunção, ou seja, quando se entra em juízo com um mandado de injunção, a autoridade julgadora deverá decidir o caso concreto, fazendo com que desde já o impetrante consiga exercer o direito que está sendo impedido pela omissão normativa.

Gabarito: Errado.

190. (CESPE/Procurador - Pref. Boa Vista/2010) A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência.

Comentários:

É isso aí, essa questão foge do tema "direitos individuais" mas coloquei aqui pois é um exemplo de adoção da teoria concretista pelo STF. O STF julgou diversos mandados de injunção nos quais servidores públicos pleiteavam o seu direito constitucional à aposentadoria especial.

No julgamento, o STF adotou teoria concretista e conferiu o direito dos servidores usarem a analogia das regras do RGPS, aplicáveis aos trabalhadores celetistas.

Gabarito: Correto.

191. (ESAF/ ATRFB /2012) Conceder-se-á mandado de injunção para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

Comentários:

O examinador tentou confundir o candidato utilizando mandado de injunção ao invés de mandado de segurança.

Gabarito: Errado.

192. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial dominante, o Supremo Tribunal Federal adotou a posição não

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concretista quanto aos efeitos da decisão judicial no mandado de injunção.

Comentários:

Atualmente a posição do Supremo é concretista (a decisão do julgado faz com que o direito frustrado possa ser exercido, desde já) "tendendo" para ser geral (eficácia erga omnes). Mas, já foi usada a individual direta em alguns julgados, onde somente os impetrantes do mandado estariam aptos a exercer o direito frustrado.

Gabarito: Errado.

193. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal decidiu pela autoaplicabilidade do mandado de injunção, cabendo ao Plenário decidir sobre as medidas liminares propostas.

Comentários:

O erro da questão é que não cabe liminar em mandado de injunção, pois a decisão liminar acabaria por se confundir com o próprio mérito da demanda.

A primeira parte estaria correta, já que a posição do STF é de ser a norma do mandado de injunção realmente auto-aplicável não estando dependente de lei regulamentadora. Importante é salientar que, diferentemente do mandado de injunção, existe liminar no caso de ADI por omissão, mas nesta, a liminar não irá resolver o mérito, mas fazer com que sejam suspensos os processos que estejam dependentes da norma ou no caso de omissão parcial, irá se suspender a aplicação da norma ou ato (veremos isso na aula sobre controle de constitucionalidade).

Gabarito: Errado.

194. (ESAF/AFT/2010) A Constituição da República previu a chamada Tutela Constitucional das Liberdades. Assinale a assertiva que traz características corretas em relação aos instrumentos abaixo.

a) Habeas corpus – trata-se de um recurso, estando, por isso, regulamentado no capítulo a eles destinados no Código de Processo Penal.

b) Mandado de segurança – a natureza civil da ação impede o ajuizamento de mandado de segurança em matéria criminal, inclusive contra ato de juiz criminal, praticado no processo penal.

c) Mandado de injunção – as normas constitucionais que permitem o ajuizamento do mandado de injunção não decorrem de todas as espécies de omissões do Poder Público, mas tão-só em relação às normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de caráter impositivo e das normas programáticas vinculadas ao

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princípio da legalidade, por dependerem de atuação normativa ulterior para garantir sua aplicabilidade.

d) Mandado de injunção – em razão da ausência constitucional, não é possível o mandado de injunção coletivo, não tendo sido, por isso, atribuída a legitimidade para as associações de classe, ainda que devidamente constituída.

e) Mandado de segurança – o mandado de segurança coletivo não poderá ter por objeto a defesa dos mesmos direitos que podem ser objeto do mandado de segurança individual.

Comentários:

Letra A - Errado. HC é um remédio constitucional não um recurso.

Letra B - Errado. MS serve para amparar qualquer direito líquido e certo, desde que não objeto de HC ou HD.

Letra C - Correto. A Constituição é clara ao dizer que conceder-se-á o MI para casos onde a omissão constitucional esteja frustrando o exercício das prerrogativas inerentes a soberania, cidadania, ou nacionalidade. Ou seja, omissões na regulamentação de normas de eficácia limitada cujas omissões de regulamentação impeçam o usufruto de direitos pelo cidadão.

Letra D - Errado. Embora não expresso na CF, a doutrina admite o MI coletivo.

Letra E - Errado. Seja individual ou coletivo, irão direitos subjetivos líquidos e certos.

Gabarito: Letra C.

195. (IADES/Analista Jurídico - CFA/2010) Assinale a alternativa que não representa remédio constitucional expressamente previsto na Constituição Federal de 1988.

(A) A ação popular.

(B) O habeas data.

(C) O mandado de segurança coletivo.

(D) O mandado de injunção coletivo.

Comentários:

Todos os remédios constitucionais citados pela questão existem, porém, o mandado de injunção coletivo não é expresso na Constituição, a qual previu tão somente a sua forma individual.

Gabarito: Letra D.

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196. (FGV/Advogado-BESC/2004) O remédio constitucional para garantia do exercício de liberdades constitucionais não aplicáveis em razão da falta de norma regulamentadora é:

a) a ação popular.

b) a ação civil pública.

c) o mandado de segurança coletivo.

d) a ação direta de inconstitucionalidade.

e) o mandado de injunção.

Comentários:

Questão direta:

LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Gabarito: Letra E.

Habeas data

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

Organizando:

• Motivos:

a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido negado);

b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente.

• Quem pode usar: qualquer pessoa.

• Quem pode sofrer a ação: qualquer entidade governamental ou ainda não-governamental, mas que possua registros ou bancos de dados de caráter público.

• Custas: (LXXVII) são gratuitas as ações de “habeas-data”;

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Obs. 1 - A lei 9507/97 que regulamenta o "habeas data" dispõe logo em seu art. 1º parágrafo único: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.

Deve-se ter muita atenção, pois as bancas constantemente tentam confundir o candidato com este remédio constitucional. O habeas data é usado para se requerer informações sobre a

pessoa do impetrante que constam em banco de dados públicos, são aquelas informações pessoais. Primeiro deve-se pedir admi-nistrativamente e, se negado, impetra-se o HD.

Não confunda com o caso de se negarem o direito líquido e certo de receber informações em órgãos públicos, assegurado pelo art. 5º, XXXIII, quando as informações não forem pessoais ao impetrante, nem com o indeferimento do direito de petição ou de obter certidões – art. 5º, XXXIV.

197. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A empresa pública federal Y inscreveu os dados de Tício no órgão de proteção ao crédito governamental, sendo que ele, ao ter acesso às informações no banco de dados, notou que estavam incorretas. Para retificar as informações restritivas Tício terá que

a) impetrar mandado de injunção.

b) impetrar habeas data.

c) impetrar mandado de segurança repressivo.

d) impetrar mandado de segurança preventivo.

e) propor ação popular.

Comentários:

O correto seria impetrar o habeas data, já que este é o remédio constitucional que tem por objeto:

a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido negado);

b) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente.

Lembrando que a questão foi falha. Ele não "terá" que impetrar um HD, mas sim pedir que retifiquem administrativamente. Somente caso se neguem a retificar seus dados é que ele poderá ajuizar o referido remédio constitucional.

Gabarito: Letra B.

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198. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Um cidadão pretende ter assegurado o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de registros de determinada entidade governamental. Para isso, a Constituição Federal garante a ele a impetração de habeas data.

Comentários:

Neste caso, o remédio a ser utilizado é realmente o habeas data, já que a Constituição prevê, em seu art. 5º, LXXII, que conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Lembrando que ainda pode ser usado no caso de retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. É importante ressaltar, que segundo a jurisprudência, só poderá ser ajuizado o habeas data depois de haver uma negativa de fornecimento das informações por parte da administração.

Gabarito: Correto.

199. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pessoais constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, desde que geridas por servidores do Estado.

Comentários:

Estava correta até dizer: desde que geridas por servidores do Estado. A lei 9507/97 que regulamenta o "habeas data" dispõe logo em seu art. 1º parágrafo único: Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações.

Gabarito: Errado.

200. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

Comentários:

Não pode ser informações referentes a terceiros, somente relativas a própria pessoa.

Gabarito: Errado.

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201. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

Comentários:

Neste caso o remédio utilizado deverá ser o habeas data, logo, não se poderá usar o Mandado de Segurança.

Gabarito: Errado.

202. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) O habeas data é o instrumento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de liberdade.

Comentários:

O remédio constitucional que se presta para este fim é o habeas corpus.

Gabarito: Errado.

203. (ESAF/MDIC/2012) A respeito da tutela constitucional das liberdades, é correto afirmar que

a) o habeas corpus poderá ser utilizado para a correção de qualquer inidoneidade, mesmo que não implique coação ou iminência direta de coação à liberdade de ir e vir.

b) será possível à pessoa jurídica figurar como paciente na impetração de habeas corpus.

c) o entendimento pacificado nos Tribunais Superiores é o de que não se concederá habeas data caso não tenha havido uma negativa do pedido no âmbito administrativo.

d) o cabimento do mandado de segurança ocorrerá mesmo quando existir decisão judicial da qual caiba recurso suspensivo.

e) os processos de habeas data terão prioridade sobre qualquer outro processo.

Comentários:

Letra A – Errado. O habeas corpus é remédio ligado à liberdade de locomoção (direito de “ir e vir”). Pela sua importância, o habeas corpus tem o seu escopo bem ampliado e não necessita de muitas formalidades, no entanto, é errado dizer que se prestará a corrigir “qualquer inidoneidade”, isso é um exagero, pois o habeas corpus

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deve ter estrita ligação com a liberdade, ainda que essa coação não seja direta.

Letra B – Errado. Embora a pessoa jurídica possa figurar como coatora (coagindo a liberdade de alguém) em uma ação de habeas corpus, ela não pode figurar como paciente (estando coagida em sua liberdade de locomoção) já que pessoas jurídicas (empresas, órgãos, instituições...) não existem fisicamente de forma a possuírem o “direito de ir e vir”.

Letra C – Correto. Segundo a jurisprudência, o habeas data é uma exceção ao princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, só podendo ser usado para obter dados pessoais quando a pessoa não conseguir obtê-los administrativamente, por negativa ou inércia da administração.

Letra D – Errado. O efeito suspensivo ocorre quando algum recurso impede que os efeitos da decisão se operem, ou seja, suspende a eficácia da decisão, não permitindo que ela produza efeitos, perpetuem, restando-se suspensos. Se os efeitos que geram a coação estão suspensos, não haveria a necessidade de se impetrar um mandado de segurança. Assim, a lei 12.016/09. expressamente estabeleceu que não caberá mandado de segurança contra ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

Letra E – Errado. Mesmo que o candidato não tivesse conhecimento sobre direito processual, não é razoável imaginar que um habeas data, que é usado para obter dados pessoais que não conseguiu administrativamente tenha precedência sobre, por exemplo, um habeas corpus, que é usado para fazer cessar o constrangimento à liberdade de alguém.

Gabarito: Letra C.

204. (ESAF/TRT 7ª/2005) Suponha que três indivíduos tenham sido denunciados perante órgãos da Administração Pública. Por conta das denúncias, eles podem até vir a ser processados criminalmente. Os três indivíduos desejam conhecer a identidade do seu denunciante, mas isso lhes é negado pelos mesmos órgãos da Administração Pública. Assim, ação constitucional de que podem se valer para exigir a revelação da identidade do denunciante, seria o habeas data.

Comentários:

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Errado, pois embora seja uma informação de interesse do impetrante, ela não é uma informação sobre a sua pessoa, logo, o remédio a ser usado seria o mandado de segurança e não o habeas data.

Gabarito: Errado.

205. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial predominante, não se exige negativa da via administrativa para justificar o ajuizamento do habeas data.

Comentários:

O habeas data é uma exceção ao princípio da "inafastabilidade do Judiciário". Em se tratando de Habeas Data, só será admitida a propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2)

Gabarito: Errado.

206. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) De acordo com a jurisprudência sedimentada dos Tribunais Superiores, o habeas data é uma ação constitucional:

a) de caráter criminal.

b) de conteúdo e rito ordinário, com ampla dilação probatória.

c) cujo manejo é vedado à mera retificação de dados pessoais.

d) que exige prova do prévio requerimento administrativo das informações pretendidas, evidenciando a negativa ou a omissão da Administração em atendê-lo.

e) que pode ser manejada para postular informações pessoais de terceiros, ainda vivos, constantes de registros ou bancos de dados de entidades públicas.

Comentários:

A resposta dessa questão é fácil. Sabemos que o habeas data é uma exceção ao princípio da "inafastabilidade do Judiciário". Assim, só será admitida a propositura deste remédio depois de negado o pedido pela autoridade administrativa. (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2). Dessa forma, é a letra D a resposta.

Agora, vamos comentar as demais:

O remédio constitucional do habeas data pode ter por objeto:

a) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante;

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b) retificação dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente.

Assim, claramente percebe-se que não é uma ação de caráter criminal - letra A está errada.

Na letra B fala-se em rito ordinário. O rito ordinário não se aplica ao habeas data. Rito ordinário é aquele procedimento comum no Judiciário, que pode haver contestações, recursos, e etc. e se leva anos para dar em alguma coisa. O habeas data tem o seu processo bem mais rápido, a lei 9507/97 - que regulamenta o habeas data - diz que após ouvir o Ministério Público, o Juiz deve decidir em 5 dias, e não tem aquele monte de recursos, exceções, contestação, dilação probatória e etc...

Letra C - Errado. Um dos objetos do habeas data é a retificação dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso adminis-trativamente ou judicialmente.

Letra E - Errado. Veja que o objeto do habeas data é conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante. Assim, por ser um direito que se diz "personalíssimo", não poderá ser usado por terceiros. No entanto, cabe destacar que os Tribunais já reconhecem a possibilidade dos herdeiros legítimos e do cônjuge supérstite impetrarem habeas data em favor do falecido.

Gabarito: Letra D.

207. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) Conceder-se-á habeas data:

a) para assegurar a integridade moral do cidadão.

b) quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública.

c) para proteger o direito líquido e certo não amparado por habeas corpus.

d) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

e) quando o responsável pela ilegalidade for agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público.

Comentários:

Questão direta:

LXXII - conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;

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b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;

Gabarito: Letra D.

Ação popular

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Organizando:

• Quem pode propor: qualquer cidadão, ou seja, somente aquele nacional que estiver em gozo de seus direitos políticos.

• Motivo: anular ato lesivo:

� ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe;

� à moralidade administrativa;

� ao meio ambiente;

� ao patrimônio histórico e cultural.

• Custas judiciais: Fica o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Não é qualquer pessoa que pode propor, mas, apenas o cidadão, ou seja, quem está em gozo de seus direitos civis e políticos.

Existe outra ferramenta para se proteger os interesses da sociedade: a ação civil pública, que deve ser interposta para proteção de interesses sociais difusos e coletivos (Lei nº 7.347/85). Diferentemente da ação penal pública, a ação civil publica não é privativa do Ministério Público, podendo ser, além do Ministério Pú-blico, intentada por:

� qualquer ente federativo ( União, Estados, Municípios e DF);

� autarquia, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública;

� defensoria Pública;

� associação constituída há pelo menos um ano e que possua como finalidade a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio histórico etc.

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208. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Cassio tomou conhecimento que a praça pública próxima à sua residência será fechada por interesses escusos, posto que no terreno, cuja propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, será erguido um complexo de edifícios de alto padrão, que beneficiará o Prefeito Municipal com um apartamento. Segundo a Constituição Federal, visando anular o ato lesivo que teve notícia, Cassio poderá propor

a) ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental.

b) mandado de injunção.

c) mandado de segurança.

d) habeas data.

e) ação popular.

Comentário:

Trata-se daquele remédio constitucional que serve para anular ato lesivo:

� ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe;

� à moralidade administrativa;

� ao meio ambiente;

� ao patrimônio histórico e cultural.

Qual é ele?

Isso aí... ação popular.

Gabarito: Letra E.

209. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) O cidadão que pretenda questionar ato considerado lesivo à moralidade administrativa, praticado pelo Prefeito do Município em que reside, pleiteando sua anulação, tem legitimidade para propor ação popular, ficando isento de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

Comentários:

É o remédio constitucional previsto no art. 5º, LXXIII da Constituição. Este remédio só pode ser interposto pelo cidadão que está em pleno gozo de seus direitos políticos.

Gabarito: Correto.

210. (FCC/Técnico- TRT 16ª/2009) Nos termos da Constituição Federal é garantido a aquele que se achar ameaçado de sofrer coação

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em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder e a qualquer cidadão que vise anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade, entre outros, respectivamente, o mandado de segurança e o habeas corpus.

Comentários:

Errado. O remédio que garante a liberadade de locomoção é o habeas corpus (CF, art. 5º, LXVIII) e o que pode ser interposto pelo cidadão para anular ato lesivo ao patrimônio público e à moralidade é a ação popular (CF, art. 5º, LXXIII).

211. (CESPE/MPS/2010) A nacionalidade brasileira é condição necessária e suficiente para propor ação popular visando à declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural.

Comentários:

A nacionalidade brasileira é condição necessária mas não suficiente para se propor ação popular. Além da nacionalidade brasileira, necessita-se que a pessoa seja um cidadão, no sentido estrito da palavra, ou seja, aquele nacional que está em gozo dos seus direitos políticos (seus direitos políticos não estão suspensos ou perdidos). E essa condição de cidadão deve ser comprovada por ocasião da propositura da ação.

Gabarito: Errado.

212. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A ação popular pode ser acionada por cidadãos que pretendam questionar violações ao princípio da moralidade administrativa perante o Poder Judiciário.

Comentários:

O legitimado para ação popular é realmente o cidadão, e servirá para anular ato lesivo:

� Ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe;

� À moralidade administrativa;

� Ao meio ambiente;

� Ao patrimônio histórico e cultural.

Gabarito: Correto.

213. (CESPE/MMA/2009) Um promotor de justiça, no uso de suas atribuições, poderá ingressar com ação popular.

Comentários:

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O legitimado ativo da ação popular é o cidadão, para o exercício da cidadania, assim, o promotor poderá impetrar ação popular como cidadão brasileiro e não usando as suas atribuições de promotor de justiça.

Gabarito: Errado.

214. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) Para propositura de ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitos políticos.

Comentários:

A ação popular é a ação cujo legitimado ativo é o cidadão. Na jurisprudência dos tribunais, ser "cidadão" significa ser brasileiro em pleno gozo de seus direitos políticos, plenitude esta que deve ser comprovada para fins da propositura.

Gabarito: Correto.

215. (CESPE/FINEP/2009) Somente o brasileiro nato possui legitimação constitucional para propositura de ação popular, desde que esteja em dia com seus deveres políticos.

Comentários:

O requisito que a Constituição exige é apenas ser "cidadão", ou seja, brasileiro em pleno gozo de direitos políticos, para isso, independe de a pessoa ser um brasileiro nato ou naturalizado.

Gabarito: Errado.

216. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) A ação popular ajuizada, originariamente, no STF contra ato da mesa da Câmara dos Deputados deve ter a negativa de seguimento reconhecida, pois não existe foro por prerrogativa de função em relação ao referido remédio constitucional.

Comentários:

A competência para julgar a ação popular é sempre do órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato impugnado. Ou seja, a competência será do juiz estadual se o ato for de qualquer autoridade estadual ou municipal. Ou então será do juiz federal se o ato for praticado por qualquer autoridade vinculada à União ou às suas autarquias, empresas públicas e fundações públicas.

Gabarito: Correto.

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217. (CESPE/TCE-AC/2009) A ação civil pública não é o instrumento adequado ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

Comentários:

Ação civil pública, segundo a lei 7.347/85, deve ser interposta para proteção de interesses sociais difusos e coletivos. Grosso modo, os coletivos são os direitos pertencentes a um certo grupo de indivíduos, e os difusos são aqueles pertencentes a toda coletividade, entre esses direitos achamos a proteção ao meio ambiente.

Gabarito: Errado.

218. (CESPE/TCE-AC/2009) É vedado ao condenado por improbidade administrativa com a perda de direitos políticos, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, a propositura de ação popular.

Comentários:

O condenado por improbidade terá seus direitos políticos suspensos, assim, não poderá propor ação popular, já que esta é privativa do cidadão que esteja em pleno gozo de seus direitos políticos.

Gabarito: Correto.

219. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) A ação popular deve ser proposta pelo órgão do MP.

Comentários:

A ação popular pode ser proposta por qualquer cidadão, ou seja, qualquer pessoa em gozo de seus direitos políticos.

Gabarito: Errado.

220. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Comentários:

O legitimado é apenas o cidadão, entendido como sendo o brasileiro que esteja em pleno gozo dos seus direitos políticos.

Gabarito: Errado.

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221. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) De acordo com a CF, nas ações populares, somente será devido o pagamento de custas se houver comprovada má-fé do autor da ação.

Comentários:

A Constituição estabelece no seu art. 5º, LXXIII que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência, a não ser que seja comprovado que ele agiu de má-fé.

Gabarito: Correto.

222. (ESAF/ATRFB/2009) Qualquer pessoa física é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Comentários:

A ação popular somente pode ser impetrada pelo cidadão (em sentido estrito), ou seja, aquele brasileiro em pleno gozo de seus direitos políticos. (CF, art. 5°, LXXIII)

Gabarito: Errado.

223. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Todo brasileiro está legitimado para propor ação popular em defesa do patrimônio público contra lesões provenientes de atos ilegítimos dos poderes públicos.

Comentários:

Somente os cidadãos, estritamente falando, ou seja, os brasileiros em pleno gozo de seus direitos políticos (CF, art. 5º, LXXIII).

Gabarito: Errado.

224. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008) Em relação às ações constitucionais (também conhecidas como writs constitucionais ), é correto afirmar que

a) é necessário que haja recusa na prestação de informações por parte da entidade (pública ou de caráter público) que as detém, para que seja impetrado habeas data.

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b) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista.

c) as ações populares ajuizadas contra o Presidente da República serão processadas e julgadas originariamente pelo STF.

d) o mandado de segurança, concebido como uma ação destinada à tutela do indivíduo contra o Estado, não pode ser impetrado por órgãos públicos.

e) Qualquer pessoa, desde que tenha a nacionalidade brasileira, pode ajuizar a ação popular.

Comentários:

Letra A - Correta. Vimos que que segundo o entendimento do STF (HD 22/DF, entre outros) e STJ (Súmula nº2):"Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa." Assim, o enunciado está correto.

Letra B - Errado. Trata-se da súmula 333 do STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.

Letra C - Errado. Não existe prerrogativa de foro em se tratando de ação popular. A competência para julgar a ação popular é sempre do órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato impugnado. Ou seja, a competência será do juiz estadual se o ato for de qualquer autoridade estadual ou municipal. Ou então será do juiz federal se o ato for praticado por qualquer autoridade vinculada à União ou às suas autarquias, empresas públicas e fundações públicas. Assim, o enunciado encontra-se incorreto.

Letra D - Errado. A jurisprudência adminte que em se tratando de órgãos independentes e de órgãos autônomos poderá ser impetrado mandado de segurança, adquirindo temporariamente capcidade processual.

Letra E- Não basta ter nacionalidade brasileira. Deve ser "cidadão" em sentido estrito, ou seja, um brasileiro em pleno gozo de direitos políticos. Gabarito: Errado.

Gabarito: Letra A.

225. (CESGRANRIO/Advogado-EPE/2010) Sobre as ações constitucionais, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) NÃO pode figurar no polo:

(A) ativo de um mandado de segurança.

(B) ativo de uma ação popular.

(C) passivo de uma ação popular.

(D) passivo de um mandado de segurança.

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(E) passivo de um mandado de segurança coletivo.

Comentários:

Questão simples. Polo ativo é o impetrante da ação. Polo passivo é quem sofre a ação.

Sabemos que somente o cidadão (pessoa de nacionalidade brasileira em gozo dos direitos políticos) pode impetrar e assim ser o polo ativo de uma ação popular.

Logo, a EPE não poderá impetrar tal ação, embora possa ser o polo passivo de uma, caso esteja praticando algum ato lesivo:

� Ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe;

� À moralidade administrativa;

� Ao meio ambiente;

� Ao patrimônio histórico e cultural.

Gabarito: Letra B.

226. (CESGRANRIO/Analista BACEN/2010) Na hipótese de o Banco Central vir a praticar ato manifestamente ilegal e lesivo ao patrimônio público, um cidadão brasileiro, indignado com o ocorrido e com o propósito de anular o referido ato, pode ajuizar

a) ação popular.

b) ação civil pública.

c) mandado de segurança coletivo.

d) mandado de injunção coletivo.

e) habeas data.

Comentários:

Agora tá fácil né?! Precisa comentar essa?

Gabarito: Letra A.

227. (CESGRANRIO/Técnico BACEN/2010) Francisco, cidadão brasileiro, leu no jornal uma notícia sobre determinado ato praticado por uma autarquia federal e, considerando-o ilegal e lesivo ao patrimônio público, decidiu mover uma ação popular visando à anulação deste ato, conforme o art. 5o, LXXIII da Constituição de 1988. Por qual órgão do Poder Judiciário brasileiro será julgada esta ação judicial, movida contra essa autarquia?

(A) Tribunal de Contas da União.

(B) Supremo Tribunal Federal.

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(C) Juiz Federal.

(D) Senado Federal.

(E) Conselho Nacional de Justiça.

Comentários:

Sabemos que não existe prerrogativa de foro em se tratando de ação popular.

Desta forma, a competência para julgar a ação popular é sempre do órgão judiciário de primeiro grau conforme a origem do ato impugnado. Ou seja, a competência será do juiz estadual se o ato for de qualquer autoridade estadual ou municipal. Ou então será do juiz federal se o ato for praticado por qualquer autoridade vinculada à União ou às suas autarquias, empresas públicas e fundações públicas. Como a questão se refere a uma autarquia federal, o responsável pelo julgamento deverá ser um Juiz Federal.

Gabarito: Letra C.

Assistência jurídica estatal

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

Pela literalidade, veja que não precisa ser reconhecidamente pobre, basta comprovar não ter recursos suficientes para a demanda.

Indenização por erro judiciário

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;

228. (CESPE/PGE–ES/2008 - Adaptada) A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantia fundamental e será apurada com base na teoria objetiva.

Comentários:

Sobre a teoria objetiva, vide o art. 37, § 6º.

Gabarito: Correto.

229. (CESPE/PGE–ES/2008 - Adaptada) A mera prisão cautelar indevida, nos termos da atual jurisprudência do STF, já é suficiente para gerar o direito à indenização.

Comentários:

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A mera prisão cautelar não se enquadraria, segundo o STF, no caso de erro judiciário, pois constitui apenas uma “prevenção”.

Gabarito: Errado.

Demais isenções e gratuidades

LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

Organizando as gratuidades e imunidades do art. 5º

Direito de petição e de obter certidões → Isento do pagamento de taxas;

Ação Popular → Isenta de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

Habeas Corpus e Habeas Data → Gratuitos.

Atos necessários ao exercício da cidadania → Gratuitos, na forma da lei.

Registro de nascimento e certidão de óbito → Gratuitos aos reconhecidamente pobres

Assistência Jurídica integral pelo Estado → Gratuita a quem comprove insuficiência de recursos.

230. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre outras, são gratuitas as ações de habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

Comentários:

Trata-se da disposição do art. 5º, LXXVII da Constituição Federal. É importante observar o seguinte detalhe:

• habeas corpus e habeas data → Gratuitos.

• Atos necessários ao exercício da cidadania → Gratuitos, na forma da lei.

Gabarito: Correto.

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231. (ESAF/ATRFB/2012) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança.

Comentários:

Segundo o art. 5º, LXXVI, a gratuidade não abrange, a princípio o mandado de segurança.

Gabarito: Errado,

232. (CESPE/MPS/2010) Para aqueles que são, nos termos da lei, reconhecidamente pobres, o Estado deve prover gratuitamente a certidão do registro civil de nascimento, de casamento e de óbito.

Comentários:

A Constituição assegura em seu art. 5º, LXXVI a gratuidade, para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, para o registro civil de nascimento e a certidão de óbito. Não há previsão para a certidão de casamento gratuita.

Vale lembrar que nos termos do art. 226 § 1º, o casamento é civil e gratuita a celebração. A gratuidade, nos termos da Constituição, se faz quanto à celebração mas não há previsão para a expedição gratuita da certidão.

Gabarito: Errado.

233. (CESPE/FINEP/2009) As ações de habeas corpus e habeas data são gratuitas.

Comentários:

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 5º, LXXVII que são gratuitas:

� As ações de "habeas-corpus" e "habeas-data"; e

� Na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

Gabarito: Correto.

234. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) A Constituição Federal assegura que são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e casamento e a certidão de óbito.

Comentários:

Segundo o art. 5º, LXXVI da Constituição, não se inclui o casamento neste rol.

Gabarito: Errado.

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Razoável duração do processo e celeridade

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela EC 45/04)

Questões Gerais e de Revisão:

• Questões da ESAF:

235. (ESAF/MDIC/2012) A Constituição Federal estabelece em seu art. 5º os direitos e garantias fundamentais do cidadão. A respeito do tema, é correto afirmar que

a) a Constituição proíbe a deportação e a expulsão de brasileiro. O envio compulsório de brasileiro para o exterior constitui banimento, que é pena excepcional e também vedada pela Constituição.

b) no Brasil é terminantemente proibida a pena de morte pela Constituição, não havendo exceção de tempo ou lugar.

c) a interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

d) o habeas corpus deverá ser impetrado somente contra ato de autoridade, não sendo aplicável contra ato praticado por particular.

e) a finalidade lícita de que trata o direito à associação está ligada somente às normas de direito penal.

Comentários:

Letra A – Correto. Primeiro vamos falar do banimento, que como sabemos é pena inaplicável no Brasil, por força do art. 5º, XLVII, b da Constituição. Sobre a deportação e expulsão, elas são incompatíveis com a condição de brasileiro, já que são aplicáveis somente a estrangeiros, vejamos os conceitos:

Deportação – Ato compulsório de competência da Polícia Federal que ocorre quando algum estrangeiro entrou irregular no País ou nele permanece sem a devida autorização (os “vistos”). É um ato

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para coibir a clandestinidade. Se um deportado futuramente conseguir o visto poderá ingressar no território nacional.

Expulsão - A expulsão é um ato discricionário, mas ocorre quando um estrangeiro regularmente inserido no território nacional pratica um ato que torne sua permanência “inconveniente” ou por ter praticado algum delito ou infração prevista em lei que justifique tal medida. Segundo o “Estatuto do Estrangeiro”, compete ao chefe do Executivo Federal decretar a expulsão ou revogá-la segundo seus critérios de oportunidade e conveniência (art. 66).

Letra B – Errado. A pena de morte é, em regra, vedada pela Constituição, porém, o texto constitucional expressamente admite a sua ocorrência no caso de guerra externa declarada (vide CF, art. 5º, XLVII, a).

Letra C – Errado. A questão inicia-se de forma correta, mas erra ao final do enunciado, ao prever: “ou nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer” - essa parte não foi prevista pela Constituição (vide CF, art. 5º, XII).

Letra D – Errado. Diferente do mandado de segurança, que por expressa disposição constitucional só poderá ser impetrado contra autoridades públicas ou agentes de pessoas jurídicas no exercício de atribuições do poder público, o habeas corpus é um remédio mais amplo, que pode ser usado inclusive nas relações entre particulares. A Constituição prevê que “conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Veja que não há previsão de quem seria o polo passivo de sofrer a ação.

Letra E – Errado. A licitude se dá em termos amplos, até mesmo em relação a conceitos indeterminados como a moral e bons costumes.

Gabarito: Letra A.

• Questões da FGV:

236. (FGV/Advogado-Senado/2008) A respeito do catálogo de direitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta.

a) A Constituição assegura o direito de permanecer calado apenas ao preso, quando interrogado por autoridade policial.

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b) As provas obtidas por meios ilícitos são inadmissíveis apenas nos processos criminais, podendo ser utilizadas sem restrições nos processos judiciais cíveis e administrativos.

c) Por força do princípio da presunção da inocência, a prisão do réu decretada por juiz anteriormente à condenação transitada em julgado terá sempre natureza cautelar.

d) É possível a criação de tribunal de exceção para julgar crimes de terrorismo, na forma da lei.

e) O contraditório e a ampla defesa não são assegurados em procedimentos administrativos disciplinares se o servidor permanecer revel.

Comentários:

Letra A – Errada. Não só ao ser interrogado, como em qualquer fase do processo criminal, o acusado terá o direito ao silêncio, pois não é obrigado a produzir provas contra si. A Constituição elenca expressamente este direito no art. 5.º, LXIII: “o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado”.

Letra B – Errada. Com fundamento na Constituição Federal, art. 5.º, LVI – as provas obtidas por meios ilícitos serão inadmissíveis no processo. É errado dizer que se restringe aos processos criminais. Trata-se de entendimento amplo. Deste dispositivo, então, decorre o princípio dos “frutos da árvore envenenada” (fruits of the poisoned tree), o qual diz que a admissão no processo de uma prova ilícita irá contaminar, tornando igualmente nulo todos os atos processuais que decorrerem dela.

Letra C – Correta. A Constituição assegura que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória (CF, art. 5.º, LVII). Embora considerado inocente, a pessoa pode estar submetida à prisão, isso como forma assecuratória de que não venha a fugir ou atrapalhar as investigações.

Letra D – Errado. A disposição constitucional não admite ressalvas. Trata-se de imposição taxativa: não haverá juízo ou tribunal de exceção (CF, art. 5.º, XXXVII).

Letra E – Errada. Mais uma disposição constitucional que não alberga a ressalva feita pela assertiva. A Constituição é taxativa ao dizer: “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” (CF, art. 5.º, LV).

Gabarito: Letra C.

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237. (FGV/Técnico Legislativo – Senado Federal/2008) A respeito do catálogo de direitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir:

I. O princípio da legalidade estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

II. É inviolável a liberdade de crença. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa, salvo se a invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei.

III. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

IV. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

V. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

Assinale: a) se apenas as afirmativas I, IV e V estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I, III e V estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I – Correto. Está expresso no art. 5.º, II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

II – Correto. Trata-se do “Imperativo de Consciência”, que é encontrado na Constituição em seu art. 5.º, VIII, garantindo que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

III – Correto. A banca tenta extrair do candidato o conhecimento da Constituição, art. 5.º, XLV, que garante a personalização da pena, mas também permite que o dano seja reparado pelo patrimônio transferido por sucessão, limitando-se o perdimento dos bens ao limite do patrimônio transferido.

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IV – Correto. A Constituição estabeleceu como regra a não extradição para os brasileiros, mas permite excepcionalmente a extradição do brasileiro, desde que seja naturalizado, e por motivos de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

V– Correto. Trata-se de um dos direitos do preso, este é o previsto na Constituição, art. 5.º, LXII.

Gabarito: Letra E.

238. (FGV/Técnico-TRE-PA/2011) No banheiro masculino da empresa Delta, foi instalada uma câmara de vídeo. Esse fato caracteriza ofensa à:

a) cidadania.

b) liberdade de ir e vir.

c) intimidade.

d) autodeterminação pessoal.

e) imagem da pessoa.

Comentários:

É até complicado comentar uma questão como essa... Se alguém achar que fere algum outro direito fundamental que não seja a “intimidade”, por favor me fale! Para mim, as assertivas A, B, D e E são absurdas.

Gabarito: Letra C.

239. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) A CRFB/88, expressamente, assegura em seu art. 5º:

I. o direito à moradia e à herança;

II. ao preso, o direito à identificação dos responsáveis por sua prisão;

III. a inviolabilidade de domicílio, salvo por determinação judicial;

IV. a liberdade para o exercício de qualquer trabalho, vedadas as exigências sobre qualificação profissional.

Analise os itens acima e assinale

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se apenas os itens I e II estiverem corretos.

c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.

d) se apenas os itens I, II e III estiverem corretos.

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e) se apenas os itens II, III e IV estiverem corretos.

Comentários:

I – Correto. O direito à moradia (propriedade) está previsto nos incisos XXII e nos seguintes. E a herança está prevista no inciso XXX.

II – Correto. Inciso LXIV.

III – Correto. Inciso XI. Muita gente acha estranho o fato de a banca ter considerado isso correto, já que existem outras hipóteses de violação do domicílio, constitucionalmente autorizadas. Porém, vocês tem que pensar o seguinte, em questões como essa – façam a pergunta de outra maneira:

A Constituição prevê a inviolabilidade de domicílio?

Sim! Óbvio!

A Constituição prevê que essa inviolabilidade possa ser restringida por ordem judicial?

Também...

Logo, o item está correto, pois traz uma previsão constitucional, embora seja apenas uma parte de um dispositivo.

IV – Errado. A Constituição permite, no seu art. 5º, XIII que a lei estabeleça exigências no que tange a qualificação profissional.

Gabarito: Letra D.

240. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Com relação ao tema Direitos e Garantias Fundamentais analise as afirmativas a seguir:

I. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

II. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

III. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

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d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I – Correto. Trata-se do imperativo de Consciência, previsto no art. 5º, VIII.

II- Correto. É a requisição administrativa prevista no art. 5º, XXV.

III – Correto. A Constituição estabeleceu como regra a não extradição para os brasileiros, mas permite excepcionalmente a extradição do brasileiro, desde que seja naturalizado, e por motivos de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Gabarito: Letra E.

241. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente aos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a afirmativa incorreta.

a) É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.

b) É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

c) é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

d) É livre a criação de associações e a de cooperativas, na forma da lei, sujeitas à prévia autorização estatal, sendo porém vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

e) as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.

Comentários:

Letra A – Correto. Literalidade do art. 5º, XV da Constituição.

Letra B – Correto. Literalidade do art. 5º, XIV da Constituição.

Letra C – Correto. Literalidade do art. 5º, IX da Constituição.

Letra D – Errado. O Estado não pode interferir no seu funcionamento, nem mesmo exigir autorização para sua criação, conforme dispõe a CF, art. 5º, XVIII.

Letra E – Correto. Literalidade do art. 5º, XIX da Constituição.

Gabarito: Letra D.

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242. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ /2010.1) Em relação aos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal assinale a afirmativa incorreta.

a) Os direitos e garantias fundamentais visam, entre outros, a proteger o direito à vida, o direito à segurança, os direitos sociais, mas não o direito à propriedade.

b) A Constituição Federal admite a pena de morte em circunstâncias excepcionais.

c) O Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI).

d) Os brasileiros naturalizados não têm a mesma proteção conferida aos brasileiros natos.

e) Atribui-se à lei a regulamentação do direito à greve.

Comentários:

Letra A – Errado. O direito à propriedade está previsto no caput do art. 5º, e nos incisos XXII e seguintes do art. 5º da Constituição.

Letra B – Correto. É permitida a pena de morte no caso excepcional de guerra externa declarada.

Letra C – Correto. É a previsão do art. 5º, §4º da Constituição.

Letra D – Correto. Em que pese o fato de a lei não poder fazer distinção entre o nato e o naturalizado, existem casos constitucionalmente admitidos onde o naturalizado é menos protegido como, por exemplo, na extradição. O brasileiro nato nunca poderá ser extraditado do Brasil, mas o naturalizado pode, no caso de:

� Crime comum, praticado antes da naturalização; ou

� Comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Letra E – Correto. Trata-se da previsão do art. 9º §1º que será estudado em “Direitos Sociais”.

Gabarito: Letra A.

243. (FGV/Fiscal-SEAD-AP/2011) Assinale a alternativa que reproduz uma garantia constitucional que pertence ao rol de direitos e garantias individuais constante do art. 5º da Constituição.

a) "É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho".

b) "Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição".

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c) "O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos".

d) "É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os preceitos previstos no art. 17, da Constituição".

e) "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

Comentários:

Para acertar essa questão, o candidato deveria saber que:

Letra A – É um direito que está previsto no capítulo II dos Direitos Fundamentais, que tratam dos “Direitos SOCIAIS”. CF, art. 8º, VI.

Letra B – É um direito da nacionalidade e não um direito individual. CF, art. 12, §1º.

Letra C – É um direito político e não um direito individual. CF, art. 14, §1º.

Letra D – É um direito relativo aos partidos políticos, e não um direito individual. CF, art. 17.

Letra E – É o único caso que está previsto no art. 5º, como direito individual, mas precisamente no inciso X.

Gabarito: Letra E.

244. (FGV/Advogado - BADESC/2010) Considerando o direito fundamental de privacidade assegurado no art. 5o da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

(A) A quebra de sigilo de movimentações financeiras do indivíduo pode ser decretada por ordem judicial, por deliberação das comissões parlamentares de inquérito e pelo ministério público, nas investigações de sua competência.

(B) A interceptação das comunicações telefônicas pode ser decretada por ordem judicial em processo de natureza penal, civil ou administrativa, na forma da lei.

(C) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador. É vedado o ingresso durante a noite, salvo no cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão, na forma da lei.

(D) A Constituição só permite a interceptação das comunicações telefônicas nos casos de investigação de crimes de terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública, por ordem judicial, na forma de lei complementar.

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(E) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

Comentários:

A letra A traz uma generalização que não se mostra correta. O sigilo bancário poderá realmente ser quebrado por ordem judicial e pela CPI, mas no caso do Ministério Público a regra é que não poderá acontecer. O Ministério Público segundo o STF não tem competência para determinar a quebra de sigilo bancário, a não ser na excepcional hipótese de um processo envolvendo aplicação indevida de verbas públicas, quando então deverá prevalecer o princípio da publicidade sobre o princípio da privacidade.

A letra B tem conteúdo incorreto, pois conforme visto, o art. 5º, XII da Constituição só permite quebra das comunicações telefônicas em se tratando de ordem judicial emanada para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.

A letra C é errada, já que somente se poderá ingressar no domicílio de alguém nos seguintes casos:

• Se tiver o consentimento do morador;

• Ainda que sem o consentimento do morador, se o motivo for:

� Flagrante delito;

� Desastre;

� Prestar Socorro;

� Ordem judicial, mas neste caso, somente durante o dia.

A letra D é errada, pois a possibilidade de quebra ocorre sempre que o Juiz assim decidir, desde que tenha a finalidade de uma investigação criminal ou uma instrução processual penal.

A letra E é a resposta da questão e está perfeitamente de acordo com o que vimos na letra C.

Gabarito: Letra E.

Pontos importantes a serem fixados:

• Direitos - liberdades positivas. Bens e vantagens conferidos pela norma. Faculdade de agir, exercer, fazer ou deixar de fazer algo.

• Garantias - liberdades negativas. instrumentos pelos quais se asseguram o exercício e o gozo dos direitos (bens e vantagens).

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• Direitos Fundamentais são de 5 espécies (1- Direitos e deveres individuais e coletivos; 2- Direitos Sociais; 3- Direitos da Nacionalidade; 4- Direitos Políticos; e 5- Direitos relativos à existência e funcionamento dos partidos político).

• Os direitos fudamentais expressos não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte, ou seja, estão dispostos em um "rol aberto".

• Principais características dos direitos fundamentais:

� historicidade e mutabilidade;

� inalienabilidade;

� imprescritibilidade;

� irrenunciabilidade;

� universalidade;

� relatividade ou limitabilidade;

• Os direitos fundamentais não se restringem a particulares, podendo, alguns, ser garantidos também a pessoas jurídicas, até mesmo de direito público, como, por exemplo, o direito de propriedade.

• Eficácia vertical dos Direitos Fundamentais - Proteção do particular em face do Estado.

X

• Eficácia horizontal dos Direitos Fundamentais - Proteção do particular em face de outro particular.

• Dimensões dos direitos fundamentais:

1ª dimensão - Liberdade: Direitos civis e políticos.

2ª dimensão - Igualdade: Direitos Sociais, Econômicos e Culturais.

3ª dimensão - Solidariedade (fraternidade): Direitos coletivos e difusos.

4ª dimensão - democracia direta / biotecnologia e patrimônio genético.

5ª dimensão - direito à paz (universal) / direitos “virtuais” ou “cibernéticos”.

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• Se dois direitos fundamentais se chocarem = usamos o princípio da harmonização (ou concordância prática, ou ainda ponderação de interesses) para dizer qual deles irá prevalecer. Um direito prevalece sobre o outro, mas não o nega totalmente, deve respeitar o seu núcleo existencial.

• Teoria Absoluta do Núcleo Existencial - Independente do caso concreto, o núcleo existencial, ou seja, o limite imposto será sempre o mesmo, fixo.

• Teoria Relativa do Núcleo Existencial - Deve-se observar o caso concreto para só então verificar qual será o limite de restrição.

• A Constituição pode expressamente (ou implicitamente) autorizar a restrição de uma norma através de uma lei, surge assim os conceitos de reserva legal e de legalidade.

Reserva legal - Termo mais específico. Necessariamente uma lei formal;

X

Legalidade - Termo mais genérico. Pode ser atendida tanto com o uso de leis formais, quanto pelo uso de atos infralegais emanados nos limites da lei.

Reserva legal simples - a Constituição se limita a autorizar a restrição.

X

Reserva legal qualificada - além de autorizar a restrição, a Constituição estabelece o que a lei fará (Ex. estabelecer para quais fins a lei poderá permitir a interceptação telefônica).

Reserva legal absoluta - Será a própria lei que irá atender o mandamento ("a lei estabelecerá", "a lei regulará", " a lei disporá"...).

X

Reserva legal relativa - Não é a lei que irá, diretamente, atender ao comando constitucional, mas estabelecerá os limites, ou os termos, dentro dos quais um ato infralegal irá atuar.

• As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

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• Tratados e convenções internacionais:

Regra: Status de lei ordinária. Caso seja um tratado que não verse sobre direitos humanos.

Exceção 1: Status Supralegal. Caso seja um tratado sobre direitos humanos não votado pelo rito de emendas constitucionais, mas pelo rito ordinário;

Exceção 2: Status constitucional. Caso seja um tratado sobre direitos humanos votado pelo rito de emendas constitucionais (3/5 dos votos, em 2 turnos de votação em cada Casa). Essa possibilidade só passou a existir com a EC 45/04.

• O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

• Os direitos individuais são uma cláusula pétrea de nossa Constituição, e eles não estão somente no art. 5º, mas também estão espalhados ao longo do texto constitucional;

• Os direitos individuais são de 5 grandes grupos: direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. E são garantidos aos brasileiros e estrangeiros residentes no país (termo que deve ser entendido em sentido amplo, abrangendo todos os estrangeiros em solo brasileiro, sob as leis brasileiras);

• Isonomia formal: Todos poderão igualmente buscar os direitos expressos na lei.

X

• Isonomia material: Tratar desigualmente os desiguais para reduzir as desigualdades.

• Igualdade perante a lei - Direciona o aplicador da lei para que a aplique sem fazer distinções (isonomia formal).

X

• Igualdade na lei -Direciona o legislador a não fazer distinções entre as pessoas no momento de se elaborar uma lei.

• Prismas de observação do princípio da legalidade:

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� Para o cidadão - O particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíba;

� Para o administrador público - O administrador público só pode fazer aquilo que a lei autorize ou permita.

• É livre a manifestação do pensamento, mas o anonimato é VEDADO;

• Sigilo bancário e fiscal - só podem ser relativizados, com a devida fundamentação, por:

� decisão judicial;

� CPI;

(Obs - Também pode o Ministério Público, mas somente se o caso envolver verbas públicas).

• Sigilo das comunicações telefônicas - Pode ser quebrado por ORDEM JUDICIAL, mas apenas se for para:

� Investigação CRIMINAL;

� Instrução processual PENAL.

• A quebra dos demais sigilos previstos pela Constituição - sigilo de correspondência e comunicações telegráficas e o sigilo de dados - não encontra previsão constitucional expressa no art. 5º, logo, em princípio, não podem ser quebrados, porém o STF admite a quebra quando for necessária para proteger outro interesse de igual ou maior relevância, ou quando estiver sendo usada para acobertar ilícitos (nenhum direito pode ser invocado para acobertar ilícitos);

• Se a quebra de sigilos for feita irregularmente - será uma prova ilícita no processo, e as provas ilícitas contaminam, tornando nula, toda a parte do processo que decorrer dela (não contamina o processo todo, mas só a parte decorrente da ilicitude);

• Só se pode entrar na casa de alguém se:

� Tiver o consentimento do morador; ou

� Em caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro; ou

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� Se o Juiz determinar, mas neste caso só poderá entrar durante o DIA.

• Direito de reunião, requisitos:

� pacificamente;

� sem armas;

� não frustre outra reunião anteriormente convocada para o local;

� avise a autoridade competente.

Atenção: dispensa autorização, basta simples aviso;

• Direito de associação:

1. Somente para fins LÍCITOS, sendo vedada a paramilitar;

2. É vedada a interferência estatal em seu funcionamento e nem mesmo precisa-se de autorização para criá-las;

3. Ninguém pode ser compelido a associar-se ou permanecer associado;

4. Paralisação compulsória (independente da vontade dos sócios) das atividades:

� Para que tenham suas atividades SUSPENSAS ��� Só por decisão judicial ("simples")

� Para serem DISSOLVIDAS ��� Só por decisão judicial TRANSITADA EM JULGADO

5. Podem, desde que EXPRESSAMENTE autorizadas, representar seus associados:

� Judicialmente; ou

� Extrajudicialmente.

• Desapropriação na CF/88:

1- Necessidade ou utilidade pública ou interesse social:

� Indenização: Justa, prévia e em dinheiro;

2- Solo URBANO, não edificado ou sub-utilizado:

� Pelo poder MUNICIPAL;

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� Precisa de lei específica municipal nos termos de lei federal;

� Indenização: Títulos da divida pública com prazo de resgate de até 10 anos.

3- Interesse social para fins de REFORMA AGRÁRIA:

� Pela UNIÃO ;

� Indenização justa, prévia em títulos da divida agrária resgatáveis em até 20 anos;

OBS. Se houver benfeitorias ÚTEIS ou NECESSÁRIAS, estas devem se indenizadas em dinheiro;

4- Cultivo ilegal de plantas psicotrópicas:

� Expropriação sem direito a qualquer indenização;

� Finalidade: As “glebas” serão especificamente destinadas ao assentamento de colonos para cultivem produtos ALIMENTÍCIOS ou MEDICAMENTOSOS.

• Requisição Administrativa da Propriedade:

� Caso de iminente perigo público;

� Indenização: ULTERIOR (após), mas, só se HOUVER DANO à propriedade.

• Pequena Propriedade rural: Caberá à lei dispor sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento e:

� Se trabalhada pela família � Não pode ser objeto de penhora para o pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva;

� Se o proprietário não possuir outra:

o Será Imune ao ITR (imposto territorial rural);

o Não pode ser desapropriada para fins de reforma agrária (bem como também não poderá a MÉDIA propriedade).

• Propriedade Industrial: É um privilégio temporário;

X

• Direito Autoral: É um privilégio vitalício e ainda vai poder ser transmitido aos herdeiros, pelo tempo que a lei fixar;

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Direito de Petição: Aos poderes públicos:

� Em defesa de direitos; ou

� Contra ilegalidade; ou

� Contra abuso de poder.

Direito de obter certidões: Em repartições públicas:

� Para defesa de direitos; e

� Para esclarecimentos de interesse pessoal.

Observações sobre o direito de petição:

1. Não precisa de lei regulamentadora;

2. Independe do pagamento de quaisquer taxas, e não possui caráter restritivo, ou seja, todos são isentos, e não apenas os pobres ou com insuficiência de recursos. Até as pessoas jurídicas poderão fazer uso e receber a imunidade.

3. No direito de petição, a denúncia ou o pedido poderão ser feitos em nome próprio ou da coletividade.

4. É um direito fundamental perfeitamente extensível aos estrangeiros que estejam sob a tutela das leis brasileiras.

5. Estes direitos, se negados, poderão dar motivo à impetração de Mandado de Segurança.

Exceções à inafastabilidade do Judiciário:

� Ações relativas à disciplina e às competições desportivas (CF, art. 217 §1º).

� Habeas Data (entendimento do STF - HD 22/DF, entre outros - e STJ - Súmula nº2).

Prerrogativas do Juri:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Independente do pagamento de TAXAS.

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Crimes inafiançáveis expressamente previstos na Constituição:

• ação de grupos armados contra o Estado – imprescritível;

• racismo – imprescritível e sujeito a reclusão (R – racismo X R – reclusão);

• 3TH (tortura/tráfico/terrorismo/hediondo) – insuscetível de graça ou anistia (“H” – “A–GA”– lembrar de “Graça” ).

Prisão:

Para prender alguém, precisa de:

� Flagrante delito; ou

� Ordem, escrita e fundamentada de juiz competente para tal.

A pena pode ser de:

� Privação ou restrição da liberdade;

� Perda de bens;

� Multa;

� Prestação social alternativa;

� Suspensão ou interdição de direitos.

A pena NÃO pode ser de:

� Morte, salvo guerra externa declarada;

� Caráter perpétuo;

� Trabalhos forçados;

� Banimento

� Cruéis

Extradição passiva de brasileiro:

• nato → nunca;

• naturalizado → pode, se cometer:

� crime comum antes da naturalização;

� tráfico ilícito a qualquer tempo, na forma da lei.

Extradição passiva de estrangeiro: pode ser extraditado, salvo se o motivo for crime político ou de opinião;

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Prisão civil por dívida:

Segundo a Constituição - Não pode prisão civil, salvo se decorrente de:

� Inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia; e

� caso de depositário infiel.

Segundo o STF (vide Súmula Vinculante 25) - Não pode prisão civil, nem mesmo no caso de depositário infiel. Poderá haver prisão civil apenas no caso de inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia; e

Habeas corpus

• Motivo: violência ou coação da liberdade de locomoção; (Abuso contra o direito que todos possuem de ir, vir, permanecer, estar, passar e etc.)

• Quem pode usar: qualquer pessoa;

• Quem pode sofrer a ação: qualquer um que use de ilegalidade ou abuso de poder.

• Modos de HC:

� Preventivo: Caso haja ameaça de sofrer a coação;

� Repressivo: Caso esteja sofrendo a coação.

• Custas: (LXXVII) São gratuitas as ações de “habeas-corpus”;

CF, Art. 142 § 2º → Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.

Mandado de segurança

• Motivo: proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD.

• Quem pode usar: qualquer pessoa (PF, PJ ou até mesmo órgão público – independente ou autônomo) seja na forma preventiva ou repressiva.

• Quem pode sofrer a ação: autoridade pública ou agente de PJ no exercício de atribuições do poder público que use de ilegalidade ou abuso de poder. Segundo a lei 12016/09, equiparam-se às autoridades:

� Os representantes ou órgãos de partidos políticos;

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� Os administradores de entidades autárquicas;

� Os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições.

• Modos de MS:

� Individual: impetrado em nome de uma única pessoa;

� Coletivo: impetrado por:

e) Partido político com representação no CN;

f) Organização sindical;

g) Entidade de classe; ou

h) Associação, desde que esta esteja legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano.

Não cabe mandado de segurança contra:

� Os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

� Ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução;

� Decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

� Decisão judicial transitada em julgado.

Súmulas sobre cabimento de MS:

� STF – Súmula nº 625 → Controvérsia sobre matéria de direito não impede a concessão de mandado de segurança;

� STF – Súmula nº 429 → A existência de recurso administrativo com efeito suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão da autoridade;

� STF – Súmula nº 266 → Não cabe mandado de segurança contra lei em tese;

Em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial (lei 12016).

Na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária (lei 12016).

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� STF – Súmula nº 267 → Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recursos ou correição.

� STF - Súmula nº 268 → Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial com trânsito em julgado.

� STF - Súmula nº 629 →A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados independe da autorização;

� STF - Súmula nº 630 → A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria.

Prazo para impetração de MS:

� Artigo 23 da Lei 12016/09 → O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 dias (prazo decadencial) contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado.

� STF – Súmula nº 430 → Pedido de reconsideração na via administrativa não interrompe o prazo para o mandado de segurança.

� STF – Súmula nº 623 → É constitucional a lei que fixa o prazo de decadência para a impetração de mandado de segurança (120 dias).

Mandado de Injunção

• Motivo: Falta de norma regulamentadora tornando inviável o exercício:

� dos direitos e liberdades constitucionais;

� das prerrogativas inerentes à:

♦ nacionalidade;

♦ soberania; e

♦ cidadania.

• Quem pode usar: Qualquer pessoa.

• Quem pode sofrer a ação: A autoridade competente para editar a norma em questão.

• Modos de MI:

� individual: impetrado em nome de uma única pessoa;

� coletivo: não está previsto na Constituição. Mas é admitido, devendo cumprir os mesmos requisitos do MS Coletivo.

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Habeas data:

• Motivos:

c) conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante (após ter pedido administrativamente e ter sido negado);

d) retificar dados, caso não prefira fazer isto por meio sigiloso administrativamente ou judicialmente.

• Quem pode usar: qualquer pessoa.

• Quem pode sofrer a ação: qualquer entidade governamental ou ainda não-governamental, mas que possua registros ou bancos de dados de caráter público.

• Custas: (LXXVII) são gratuitas as ações de “habeas-data”;

Ação popular

• Quem pode propor: qualquer cidadão, ou seja, somente aquele nacional que estiver em gozo de seus direitos políticos.

• Motivo: anular ato lesivo:

� ao patrimônio público ou de entidade a qual o Estado participe;

� à moralidade administrativa;

� ao meio ambiente;

� ao patrimônio histórico e cultural.

• Custas judiciais: Fica o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

Organizando as gratuidades e imunidades do art. 5º :

� Direito de petição e de obter certidões → Isento do pagamento de taxas;

� Ação Popular → Isenta de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

� Habeas Corpus e Habeas Data → Gratuitos.

� Atos necessários ao exercício da cidadania → Gratuitos, na forma da lei.

� Registro de nascimento e certidão de óbito → Gratuitos aos reconhecidamente pobres

� Assistência Jurídica integral pelo Estado → Gratuita a quem comprove insuficiência de recursos.

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LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

1. (ESAF/Procurador PGFN/2012) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

2. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

3. (FGV/Advogado-Senado/2008) Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

4. (FCC/AJAA - TRT 4ª/2009) O Direito de Petição previsto na Constituição Federal é:

a) exercido tão somente no âmbito do Poder Judiciário.

b) assegurado aos brasileiros natos, maiores de vinte e um anos.

c) extensivo a todos, nacionais ou estrangeiros, mediante o pagamento de taxas.

d) destinado ao cidadão em face dos Poderes Públicos e exercido judicialmente apenas por advogado constituído.

e) garantido a todos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

5. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder.

6. (CESPE/Analista Administrativo - PREVIC/2011) Independentemente do pagamento de taxas, é assegurada a todos, para a defesa e esclarecimento de situações de interesse pessoal e de terceiro, a obtenção de certidões em repartições públicas.

7. (ESAF/Procurador PGFN/2012) São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, a obtenção de certidões

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em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.

8. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) O direito de petição garante a todo indivíduo, independentemente de ser advogado, a defesa, por si mesmo, de qualquer interesse seu em juízo.

9. (FGV/Analista de Controle Interno – SAD – PE/2009) São a todos assegurados, condicionado ao pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

10. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) O direito de petição assegurado na Constituição Federal:

a) exige a edição de lei ordinária para ser aplicado.

b) é garantido aos nacionais e, também, aos estrangeiros.

c) demanda o endereçamento da petição ao órgão competente para tomada de providências.

d) pode estar vinculado ao pagamento de taxas, para custear a atividade necessária ao seu atendimento.

e) tem aplicação restrita aos órgãos do Poder Executivo, em todas as suas instâncias e esferas federativas.

11. (CESGRANRIO/Advogado Junior/2008) Observe as afirmativas abaixo, sobre o direito de petição previsto na Constituição Federal.

I - Aplica-se às pessoas físicas e pessoas jurídicas.

II - Cabe aos nacionais e aos estrangeiros.

III - Pode ser dirigida a qualquer autoridade do Legislativo, Executivo ou Judiciário.

IV - A Constituição prevê sanção à falta de resposta e pronunciamento da autoridade.

a) I e III, apenas.

b) I, II e III, apenas.

c) I, II e IV, apenas.

d) II, III e IV, apenas.

e) I, II, III e IV.

12. (CESGRANRIO/Oficial de Justiça-TJ/RO/2008) Caso uma determinada autoridade administrativa se recusar-se (ilegalmente) a fornecer certidão de tempo de serviço, requerida por funcionário

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público que dela necessitasse, a fim de solicitar sua aposentadoria, seria cabível ajuizar

(A) Habeas Data.

(B) Ação Civil Pública.

(C) Ação Popular.

(D) Mandado de Injunção.

(E) Mandado de Segurança.

13. (CESGRANRIO/Técnico - BACEN/2010) Juan, cidadão argentino residente no Brasil, dirigiu-se ao Banco Central a fim de encaminhar uma petição dirigida a determinada autoridade, reclamando sobre a conduta abusiva de um funcionário. Nesse caso, a Constituição:

(A) condiciona o exercício deste direito ao pagamento de taxa correspondente ao serviço.

(B) permite a Juan exercer tal direito.

(C) assegura esse direito apenas aos brasileiros (natos ou naturalizados).

(D) assegura esse direito apenas aos brasileiros no gozo dos direitos políticos.

(E) não assegura tal direito.

14. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.

15. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da apreciação do Poder Judiciário as decisões administrativas, enquanto não forem esgotadas as instâncias administrativas.

16. (FCC/Procurador - Recife/2008) Estão excluídas da apreciação do Poder Judiciário as ações relativas à disciplina e às competições desportivas enquanto não se esgotarem as instâncias da justiça desportiva.

17. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não poderá excluir da aprecição do Judiciário lesão ou ameça de direito, mas a própria Constituição pode fazê-lo.

18. (ESAF/Agente de Fazenda-SMF-RJ/2010) A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito, mas pode condicionar tal acesso ao prévio esgotamento das instâncias administrativas.

19. (CESGRANRIO/Advogado Jr - EPE/2007) Está INCORRETO afirmar, sobre o princípio constitucional do controle judiciário, também conhecido por princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, que:

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a) é fundamentado no princípio da separação de poderes.

b) possibilita o ingresso em juízo para assegurar direitos simplesmente ameaçados.

c) constitui princípio constitucional expresso.

d) garante o acesso ao Judiciário contra lesões a direitos coletivos.

e) não ampara direitos de pessoa jurídica.

20. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) Em relação ao princípio constitucional da separação dos poderes, está correto afirmar que ele serve de fundamento para o:

a) direito de greve.

b) direito de liberdade.

c) princípio da legalidade.

d) princípio da impessoalidade.

e) princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional.

21. (FGV/Advogado-Senado/2008) A apreciação pelo Poder Judiciário de lesão ou ameaça a direito será assegurada na forma e observados os limites previstos em lei complementar.

22. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) Em situações excepcionais justificadas pela relevância e urgência, a lei poderá limitar a apreciação do Poder Judiciário no que tange a lesão ou ameaça ao direito.

23. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada.

24. (FCC/AJEM-TRT 20/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, o direito adquirido

a) é a expectativa de direito.

b) é a situação fática consumada independentemente de previsão na legislação.

c) emana diretamente da lei em favor de um titular.

d) é o direito que já se integrou ao patrimônio e que já foi exercido.

e) é o ato jurídico stricto sensu.

25. (CESPE/Advogado - Petrobrás/2007) No ordenamento jurídico vigente, a legislação infraconstitucional, ainda quando de ordem pública, não pode retroagir para alcançar ato jurídico perfeito.

26. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Suponha que Maria, viúva de servidor público estadual, estivesse recebendo, com base em lei estadual, pensão de 100% do valor da remuneração do cargo efetivo do falecido marido e que lei estadual superveniente tenha reduzido esse percentual para 50% do valor da remuneração

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do cargo. Nessa situação hipotética, a redução legal alcança o benefício recebido por Maria, já que não há direito adquirido a regime jurídico.

27. (ESAF/ATRFB/2009) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no texto constitucional, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

28. (ESAF/APO-MPOG/2010) É constitucional a redução de percentual de gratificação paga a servidor público, respeitada a irredutibilidade de vencimentos, porque não há direito adquirido a regime jurídico.

29. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Uma lei nova, desde que seja de ordem pública, pode incidir sobre prestações futuras de um contrato preexistente, admitindo-se, portanto, que assuma caráter retroativo.

30. (FGV/Juiz Substituto – TJ-MS/2008 – Adaptada) A garantia da irretroatividade da lei, prevista no artigo 5.º, XXXVI, da Constituição Federal de 1988, não é invocável pela entidade estatal que a tenha editado.

31. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) Não haverá juízo ou tribunal de exceção.

32. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Admitir-se-á, nos termos da lei, juízo ou tribunal de exceção.

33. (CESPE/TJAA-STM/2011) A imparcialidade do Poder Judiciário e a segurança do povo contra o arbítrio estatal são garantidas pelo princípio do juiz natural, que é assegurado a todo e qualquer indivíduo, brasileiro e estrangeiro, abrangendo, inclusive, pessoas jurídicas.

34. (ESAF/Auditor Fiscal do Trabalho - MTE/ 2010) O princípio do juiz natural deve ser interpretado buscando não só evitar a criação de tribunais de exceção, mas também de respeito absoluto às regras objetivas de determinação de competência, para que não sejam afetadas a independência e imparcialidade do órgão julgador.

35. (CESPE/Analista Adm.- MPU/2010) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da garantia da inamovibilidade dos membros da instituição.

36. (ESAF/PGFN/2007) O princípio do promotor natural decorre explicitamente do princípio institucional da indivisibilidade.

37. (FCC/Técnico-TJ-PI/2009) É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, NÃO havendo

a) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. b) a plenitude de defesa.

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c) o sigilo das votações.

d) a soberania dos vereditos.

e) o juízo ou o tribunal de exceção.

38. (FCC/AJAA - Contabilidade - TRE-AM/2010) é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados a plenitude de defesa, o sigilo das votações, a soberania dos veredictos e a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

39. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O julgamento dos crimes dolosos contra a vida é de competência do tribunal do júri, mas a CF não impede que outros crimes sejam igualmente julgados por esse órgão.

40. (ESAF/ENAP/2006) A Constituição Federal reconhece a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurando a imutabilidade dos seus veredictos.

41. (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A Constituição Federal reconhece expressamente a instituição do júri popular, com a organização que lhe der a lei, não assegurando

a) a plenitude de defesa.

b) o sigilo das votações.

c) a soberania dos veredictos.

d) a irrecorribilidade de suas decisões.

e) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.

42. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.

43. (FCC/Técnico - informática - TRF 5ª/2008) A lei penal somente retroagirá em prejuízo do réu.

44. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) É correto afirmar que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

45. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal pode retroagir para beneficiar ou prejudicar o réu.

46. (ESAF/ATRFB/2009) A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.

47. (CESPE/ANAC/2009) É imprescritível a ação tendente a reparar violação dos direitos humanos ou dos direitos fundamentais da pessoa humana.

48. (FCC/Técnico - TRT 8º/2010) Segundo a Constituição Federal, constitui crime imprescritível a prática de:

a) tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.

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b) tortura.

c) racismo.

d) latrocínio.

e) terrorismo.

49. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e prescritível, sujeito às penas de reclusão, detenção ou multa.

50. (CESPE/Advogado OAB–SP/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível:

a) a prática da tortura

b) a prática do racismo

c) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins

d) o definido em lei como hediondo

51. (CESPE/MEC/2009) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

52. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Todos os crimes estão sujeitos a prescrição.

53. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) São inafiançáveis os crimes de ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático, de racismo, de prática da tortura, de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, de terrorismo e os definidos como crimes hediondos.

54. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a Constituição de 1988, constitui crime inafiançável e imprescritível a prática da tortura.

55. (CESPE/OAB-SP exame nº 135/2008) Segundo a Constituição de 1988 a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeitando o infrator à pena de detenção.

56. (FCC/MPE–RS/2008) Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

57. (ESAF/CGU/2008) A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

58. (CESPE/Agente - ABIN/2008) Um romancista famoso publicou, no Brasil, um livro no qual defende a tese de que as pessoas que seguem determinada religião seriam menos evoluídas do que as que seguem outra religião. Nessa situação, tal afirmação

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poderia ser enquadrada como racismo, embora, tecnicamente, religião não constitua raça.

59. (FUNIVERSA/Delegado - PC-DF/2009 - Adaptada) O antissemitismo pode ser considerado como crime de racismo.

60. (FJG/Estágio Forense - PM - RJ/2009 - Adaptada) A Constituição da República qualifica a prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. O conceito de racismo deve ser amplo, alcançando qualquer discriminação, baseada não apenas em características físicas, mas também em origem étnica e traços culturais.

61. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, sendo permitida a instituição de tribunais excepcionais para o julgamento desses crimes.

62. (FGV/Analista Legislativo – Senado Federal/2008) São imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra o Estado, tortura e terrorismo.

63. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Pitágoras foi condenado a reparar os danos morais que causou à Libero por racismo. Porém, Pitágoras faleceu sem pagar a dívida, o que motivou Libero a pleitear de Tibério, filho do falecido, o pagamento. No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos previstos na Constituição Federal, tal cobrança em face de Tibério é

a) possível, desde que Pitágoras tenha deixado bens, ressalvando que a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

b) impossível, porque a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens jamais serão estendidas aos sucessores e contra eles executadas, mesmo se o falecido deixou bens.

c) impossível, porque a Constituição Federal veda expressamente.

d) possível, porque por força da Constituição Federal, mesmo não tendo praticado o racismo, é responsável solidário da obrigação de reparar o dano pelo simples fato de ser filho do condenado, sendo irrelevante se Pitágoras faleceu ou não e se deixou ou não bens.

e) impossível, porque a sentença de mérito que condenou Pitágoras à reparar os danos morais não condenou seu sucessor, Tibério, como responsável subsidiário da obrigação, mesmo havendo bens deixados pelo falecido à titulo de herança.

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64. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, extinguindo-se com sua morte a obrigação de reparar danos e a decretação do perdimento de bens.

65. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

66. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, estando, porém, os seus sucessores obrigados a reparar o dano do crime, sendo-lhes aplicada a decretação do perdimento de bens até o limite do patrimônio do criminoso que tiver sido transferido àqueles.

67. (FCC/TJAA - TRE-AM/2010) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, é correto afirmar que:

a) a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as penas de privação ou restrição da liberdade, perda de bens, multa, prestação social alternativa e suspensão ou interdição de direitos.

b) a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de detenção, nos termos da lei.

c) a lei considerará crime inafiançável e suscetível de graça ou anistia a prática da tortura.

d) constitui crime inafiançável e prescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. e) nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, independentemente do valor do patrimônio transferido.

68. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Constituição proíbe a instituição de pena de:

a) morte, sem exceção

b) caráter perpétuo, salvo em caso de guerra declarada.

c) trabalhos forçados.

d) restrição de liberdade.

e) restrição de direitos.

69. (FCC/TJAA-TRT 7ª/2009) Nos termos da Constituição Federal, não haverá pena de

a) banimento.

b) perda de bens.

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c) suspensão de direitos.

d) prestação social alternativa.

e) multa.

70. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) É proibida a instituição de pena de morte no Brasil por força de mandamento constitucional.

71. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A pena de trabalhos forçados em estabelecimentos prisionais de segurança máxima depende de regulamentação por meio de lei complementar para ser implementada no ordenamento jurídico brasileiro.

72. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2012) A Constituição Federal de 1988 admite a aplicação da pena de banimento.

73. (ESAF/Analista-SUSEP/2010) Para a Constituição, a sobrevivência da nacionalidade é valor mais importante que a vida individual de quem porventura venha a trair a pátria em momentos cruciais.

74. (ESAF/ATRFB/2009) A Constituição Federal proíbe a aplicação de pena de morte em caso de guerra declarada.

75. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) Somente em casos de guerra declarada pelo Congresso Nacional a Constituição admite a tortura, como meio de obtenção de informações relevantes.

76. (CESGRANRIO/Analista-DNPM/2006) A Constituição prevê, entre os direitos e garantias fundamentais, que a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:

I - perda de bens;

II - interdição de direitos;

III - trabalhos forçados;

IV - banimento.

Estão corretas:

(A) I e II, apenas.

(B) I e IV, apenas.

(C) II e III, apenas.

(D) I, III e IV, apenas.

(E) II, III e IV, apenas.

77. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, privação ou restrição da liberdade, a perda de bens, a prestação social alternativa, a suspensão ou interdição de direitos e o banimento.

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78. (FGV/Técnico Legislativo – Senado Federal/2008) A Constituição Federal proíbe a pena de morte no Brasil, exceto na hipótese de:

a) condenação por crime de terrorismo.

b) em caso de decretação de estado de sítio.

c) condenação por crimes hediondos, na forma da lei.

d) condenação por crime de tortura.

e) em caso de guerra declarada.

79. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) O ato de entregar o estrangeiro a outro Estado por delito nele praticado é denominado deportação.

80. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A espécie de extradição requerida por um Estado soberano estrangeiro ao Brasil é classificada de:

a) bilateral.

b) unilateral.

c) objetiva.

d) fundamental.

e) passiva.

81. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Será, em qualquer hipótese, concedida a extradição de estrangeiro por crime político.

82. (FCC/Técnico Judiciário TRE-AC/2003) Considere:

I. Modo de entregar o estrangeiro a outro Estado, a partir de requerimento deste, em razão de delito lá praticado.

II. Devolução de estrangeiro ao exterior, por meio de medida compulsória adotada pelo Brasil, quando o estrangeiro entra ou permanece irregularmente no nosso território.

Tais situações dizem respeito, respectivamente, a

a) extradição e deportação.

b) deportação e extradição.

c) expulsão e extradição.

d) deportação e repatriação.

e) repatriação e expulsão.

83. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Homero obteve a cidadania brasileira, após processo de naturalização, porém seu país de origem, Jamaica, requereu ao Brasil sua extradição por crime comum. Segundo a Constituição Federal, sua extradição só será concedida no caso

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a) de crime de opinião praticado antes do processo de naturalização.

b) de crime político praticado antes do processo de naturalização.

c) do delito ter sido praticado antes da naturalização.

d) de crime político praticado depois do processo de naturalização.

e) de crime de opinião praticado depois do processo de naturalização.

84. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A pessoa que tiver cometido um ato no exterior considerado como crime pelo Estado estrangeiro e como contravenção penal pelo ordenamento jurídico do Brasil

a) não será extraditada em respeito ao princípio da autodeterminação dos povos.

b) não será extraditada em respeito ao principio da presunção de inocência.

c) não será extraditada, porém permanecerá presa no Brasil, onde responderá pelo ato praticado no exterior em respeito ao princípio da cooperação mútua.

d) será extraditada em respeito ao princípio da cooperação mútua.

e) não será extraditada, face ao não preenchimento do requisito da dupla tipicidade.

85. (FCC/Procurador - Recife/2008) A Constituição da República prevê que o brasileiro naturalizado poderá ser extraditado na hipótese de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

86. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) Dentre outras hipóteses, será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

87. (CESPE/AJAA-TJES/2011) O brasileiro nato não poderá ser extraditado para outro país em nenhuma hipótese.

88. (CESPE/MMA/2009) Se um brasileiro nato viajar a outro país estrangeiro, lá cometer algum crime, envolvendo tráfico ilícito de entorpecentes, e voltar ao seu país de origem, caso aquele país requeira a extradição desse indivíduo, o Brasil poderá extraditá-lo.

89. (CESPE/FINEP/2009) Dispõe a CF que nenhum brasileiro pode ser extraditado, nem concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

90. (CESPE/TRT-17ª/2009) No Brasil, não há deportação nem expulsão de brasileiro.

91. (OAB/OAB-DF/2006) A expulsão é a entrega de uma pessoa por um Estado em favor de outro, no qual aquela já está condenada ou é acusada de ter praticado algum delito.

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92. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Somente após decisão do STF, a expulsão ou a extradição de pessoa do território nacional poderá ser efetivada.

93. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A CF não admite a extradição de brasileiro.

94. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de crime político por estrangeiro radicado no Brasil enseja a concessão de extradição solicitada por Estado estrangeiro, desde que os efeitos penais ainda estejam ocorrendo.

95. (CESPE/ABIN/2008) Pedro, filho de João e Maria, nasceu em um país da América Latina onde seu pai exercia o cargo de embaixador do Brasil e trabalha, atualmente, em outro país da América Latina como humorista, onde critica o governo local. Sentindo-se perseguido nesse país, Pedro veio para o Brasil. Nessa situação, Pedro poderá ser preso e extraditado, pois a injúria caracteriza-se como crime comum, caso em que é permitida a extradição.

96. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) Os crimes de opinião praticados por estrangeiros são passíveis de extradição, desde que cometidos contra a integridade nacional.

97. (ESAF/ATRFB/2012) A extradição será deferida pelo STF no caso de fatos delituosos puníveis com prisão perpétua, não sendo necessário que o Estado requerente assuma o compromisso de comutá-la em pena não superior à duração máxima admitida na lei penal do Brasil.

98. (ESAF/ATRFB/2009) Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes ou depois da naturalização.

99. (ESAF/AFRFB/2009) Nos termos da Constituição Federal de 1988, nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo, praticado antes da naturalização.

100. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível a extradição de estrangeiro por crime político.

101. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político, salvo se esse crime político tiver sido tipificado em tratado internacional.

102. (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A pena de banimento refere-se à expulsão de estrangeiro do país, nas situações em que cometer infração que atente contra a segurança nacional, a ordem política e social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular.

103. (FGV/Analista de Gestão Administrativa – SAD – PE/2009) O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado sempre

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que tiver sido comprovada a prática de crime grave após a naturalização.

104. (FGV/Analista Legislativo – Senado Federal/2008) Relativamente aos direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas a seguir:

I. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

II. São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

III. São imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra o Estado, tortura e terrorismo.

IV. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo praticado após a naturalização.

Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

105. (CESPE/TFCE-TCU/2012) O princípio da proporcionalidade ou da razoabilidade é um princípio constitucional não positivado.

106. (CESPE/OAB/2009.1) O duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, não consubstancia garantia constitucional.

107. (ESAF/MPOG/2002) O duplo grau de jurisdição não foi erigido pelo constituinte de 1988 ao nível de direito individual fundamental.

108. (TRT 14º/Juiz do Trabalho Substituto/2008) O princípio do duplo grau de jurisdição, no âmbito da recorribilidade ordinária, constitui uma garantia constitucional irrestrita.

109. (CESPE/AGU/2009) Segundo o STF, a falta de defesa técnica por advogado, no âmbito de processo administrativo disciplinar, não ofende a CF. Da mesma forma, não há ilegalidade na ampliação da acusação a servidor público, se, durante o processo administrativo, forem apurados fatos novos que constituam infração disciplinar, desde que rigorosamente observados os princípios do contraditório e

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da ampla defesa. O referido tribunal entende, também, que a autoridade julgadora não está vinculada às conclusões da comissão de processo administrativo disciplinar.

110. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) São de observância obrigatória os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, configurando cerceamento de defesa a ausência de defesa técnica, por advogado, em tal hipótese.

111. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Considere que Paulo tenha respondido a processo administrativo disciplinar e optado por nomear como seu defensor um colega de trabalho que não era nem advogado nem bacharel em direito. Nessa situação hipotética, caracteriza-se violação ao princípio da ampla defesa.

112. (ESAF/ATRFB/2009) O defensor do indiciado não tem acesso aos elementos de prova já documentados em procedimento investigatório realizado pela polícia judiciária.

113. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2009) São assegurados o contraditório e a ampla defesa:

a) apenas aos litigantes em processos judiciais.

b) aos acusados em geral e aos litigantes, tanto em processos judiciais como em administrativos.

c) apenas aos acusados em processos criminais.

d) aos litigantes e acusados apenas em processos judiciais.

e) aos acusados em processos judiciais e administrativos, quando demonstrarem necessidade financeira.

114. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2009) Com relação ao art. 5.º, inc. LV, da Constituição Federal, segundo o qual “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa”, assinale a alternativa correta.

a) O administrado tem o direito de mentir no processo administrativo.

b) A aplicação de sanção “por verdade sabida” é legítima.

c) A falta de participação de advogado na apresentação de defesa do acusado é fator de invalidação de processo administrativo.

d) É inválida a exigência legal de depósito prévio do valor da multa como condição de admissibilidade de recurso administrativo.

e) O interessado tem sempre o direito à participação em processo meramente preparatório de processo administrativo.

115. (FGV/Juiz Substituto – TJ-MS/2008) Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem limite sobre o valor da causa (Certo/Errado).

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116. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) Decorre da presunção de inocência, consagrada no art. 5º, da Constituição Federal, a impossibilidade de exigência de produção, por parte da defesa, de provas referentes a fatos negativos.

117. (ESAF/ATA-MF/2009) O civilmente identificado pode ser submetido à identificação criminal, nos termos da lei.

118. (FUNIVERSA/Analista-APEX/2006 - Adaptada) Jamais o civilmente identificado será submetido à identificação criminal.

119. (ESAF/ATA-MF/2009) Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.

120. (ESAF/ENAP/2006) Em razão da titularidade da ação penal, conferida pela Constituição Federal ao Ministério Público, não há possibilidade de ser proposta ação privada nos crimes de ação pública.

121. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) A publicidade dos atos processuais não pode ser restringida pela lei.

122. (ESAF/ATA-MF/2009) A lei não poderá restringir a publicidade dos atos processuais.

123. (FCC/TJAA-TRF1ª/2011) Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo, além de outra hipótese, no caso de

a) tráfico de drogas.

b) tortura.

c) racismo.

d) terrorismo.

e) transgressão militar, definida em lei.

124. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Bernardino foi preso, porém os policiais que o prenderam estavam encapuzados sendo impossível identificá-los. Segundo a Constituição Federal, Bernardino

a) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, porque no caso prevalece a segurança dos policiais.

b) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão.

c) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão apenas no ato do seu interrogatório em juízo e desde que a tenha requisitado à autoridade judiciária, sob pena de preclusão, medida essa preventiva à segurança dos policiais e para evitar a prescrição penal.

d) não tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão porque a Constituição Federal confere aos policiais o direito de sigilo independentemente do motivo.

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e) tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão, desde que no seu depoimento pessoal prestado à autoridade policial, a tenha requisitado, sob pena de preclusão, porque é irrelevante saber quem o prendeu com o fim de evitar a ocorrência da prescrição penal.

125. (FCC/AJAA-TRT-23ª/2011) No tocante aos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, conforme prevê o artigo 5º da Constituição Federal,

a) não poderá ser restringida a publicidade dos atos processuais, inexistindo exceções.

b) será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal.

c) nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei, o militar só será preso em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente.

d) a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre não serão comunicados imediatamente à família do preso ou à pessoa por ele indicada, cuja comunicação só será realizada após o preso prestar depoimento perante a autoridade policial.

e) o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada apenas a assistência de advogado, vedada à da família.

126. (CESPE/AJAJ-STF/2008) O preso tem direito à identificação dos responsáveis pelo seu interrogatório policial.

127. (FCC/MPE–RS/2008 - Adaptada) Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.

128. (CESPE/ANAC/2009 - Adaptada) É vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel.

129. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) Consoante entendimento do STF, a norma constitucional segundo a qual não há prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel, não é de eficácia restringível.

130. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O STF considera lícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.

131. (CESPE/ANAC/2009) Embora seja possível a restrição da liberdade de locomoção dos indivíduos nos casos de prática de crimes, é vedada a prisão civil por dívida, salvo, conforme

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entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), quando se tratar de obrigação alimentícia ou de depositário infiel.

132. (CESPE/PGE-AL/2008) Ao analisar a constitucionalidade da legislação brasileira acerca da prisão do depositário que não adimpliu obrigação contratual, o STF, recentemente, concluiu no sentido da derrogação das normas estritamente legais definidoras da custódia do depositário infiel, prevalecendo, dessa forma, a tese do status de supralegalidade do Pacto de San José da Costa Rica.

133. (CESPE/PGE-AL/2008) O STF ainda entende como possível a prisão do depositário judicial quando descumprida a obrigação civil.

134. (ESAF/ATRFB/2009) Segundo entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, a prisão civil por dívida pode ser determinada em caso de descumprimento voluntário e inescusável de prestação alimentícia e também na hipótese de depositário infiel.

135. (ESAF/AFRFB/2009) Segundo a Constituição de 1988, a prisão civil por dívida é cabível em se tratando de depositário infiel.

136. (ESAF/ANA/2009) Relativo ao tratamento dado pela jurisprudência que atualmente prevalece no STF, ao interpretar a Constituição Federal, relativa aos tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos ratificados pelo Brasil: A legislação infraconstitucional anterior ou posterior ao ato de ratificação que com eles seja conflitante é inaplicável, tendo em vista o status normativo supralegal dos tratados internacionais sobre direitos humanos subscritos pelo Brasil.

137. (ESAF/ATA-MF/2009) O Brasil admite a prisão civil por dívida.

138. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A ordem constitucional proíbe toda prisão civil.

139. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) Os chamados "remédios constitucionais" previstos no art. 5º, da C.F., constituem-se como normas de eficácia limitada, pois exigem normatividade processual que lhes desenvolva a aplicabilidade.

140. (FCC/Técnico-TCE-GO/2009) Sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, será concedido

a) mandado de injunção.

b) habeas corpus.

c) habeas data.

d) ação popular.

e) mandado de segurança.

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141. (FCC/Técnico- TRT 15ª/2009) Rômulo se acha ameaçado de sofrer coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade e abuso de poder. A Constituição Federal prevê como Direito Individual para garantir a sua liberdade, o manejo do mandado de segurança.

142. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas corpus pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção.

143. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Conceder-se-á mandado de segurança sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.

144. (CESPE/AJAJ-STF/2008) A CF exige que o habeas corpus seja cabível apenas contra ato de autoridade pública.

145. (CESPE/Procurador-AGU/2010) O habeas corpus constitui, segundo o STF, medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilos fiscal e bancário em procedimento criminal.

146. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, os aspectos relativos à legalidade da imposição de punição constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, podem ser discutidos por meio de habeas corpus.

147. (CESPE/Analista - TRT 9ª/2007) O habeas corpus não é medida idônea para impugnar decisão judicial que autoriza a quebra de sigilo bancário em procedimento criminal, já que não há, na hipótese, risco direto e imediato de constrangimento ao direito de liberdade.

148. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa.

149. (ESAF/ATRFB/2009) É cabível habeas corpus contra a imposição da pena de perda da função pública.

150. (ESAF/ANA/2009) A mera instauração de inquérito, ainda quando evidente a atipicidade da conduta, não constitui meio hábil a impor violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade humana.

151. (FGV/Juiz Substituto – TJ-PA/2008) cabe habeas corpus contra qualquer decisão condenatória, seja condenação a pena de multa ou a pena privativa de liberdade. Cabe, ainda, contra decisão relativa a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada, dada a relevância desse instituto.

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152. (FCC/Oficial -DPE-SP/2010) Dentre os requisitos constitucionalmente estabelecidos para o cabimento do mandado de segurança inclui-se:

a) ameaça à liberdade de locomoção.

b) ausência de norma regulamentadora de direitos e liberdades constitucionais.

c) recusa de fornecimento de informações constantes de bancos de dados do governo relativas ao lesado.

d) ato lesivo, desde que, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural.

e) ofensa a direito líquido e certo do lesado, não amparado por habeas corpus ou habeas data.

153. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Segundo a Constituição Federal, o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação:

a) no mínimo em dez Municípios localizados num único Estado.

b) na Câmara de Vereadores do Município onde está localizada sua sede.

c) na Assembleia Legislativa do Estado onde está localizada sua sede.

d) no mínimo com três Assembleias Legislativas de três Estados.

e) no Congresso Nacional.

154. (FCC/AJAJ-TRE-AP/2011) Está legitimada a impetrar mandado de segurança coletivo em defesa dos interesses de seus associados, a associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos

a) dez meses.

b) seis meses.

c) um ano.

d) quatro meses.

e) nove meses.

155. (FCC/TJAA-TRF 2ª/2007) mandado de segurança coletivo poderá ser impetrado por

a) organização sindical legalmente constituída e em funcionamento há no mínimo dez meses, em defesa dos interesses de seus membros.

b) partido político com ou sem representação no Congresso Nacional.

c) associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus associados.

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d) entidade de classe legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos seis meses, em defesa dos interesses de seus membros.

e) um grupo de dez deputados federais e dez senadores, em nome do Congresso Nacional.

156. (FCC/Secretário-MPE-RS/2008) Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, amparado por "habeas corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública.

157. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) São legitimados para a propositura do mandado de segurança coletivo os partidos políticos com representação no Congresso Nacional, as entidades de classe, as associações e as organizações sindicais em funcionamento há pelo menos um ano, na defesa dos interesses coletivos e dos interesses individuais homogêneos.

158. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução.

159. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas ou privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe legalmente constituídas, mas não por partidos políticos.

160. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Conceder-se-á habeas corpus para proteger direito líquido e certo, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.

161. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança se presta a impugnar lei em tese.

162. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) O mandado de segurança não constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.

163. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

164. (CESPE/Técnico - TCE-TO/2008) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político, mesmo quando não tenha representação no Congresso Nacional.

165. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) Os partidos políticos não estão autorizados a valer-se do mandado de segurança coletivo para, substituindo todos os cidadãos na defesa de interesses individuais, impugnar majoração de tributo.

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166. (CESPE/FINEP/2009) Será cabível, em qualquer circunstância, manejo de mandado de segurança para proteger direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do poder público.

167. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para proteção de direito líquido e certo.

168. (CESPE/MMA/2009) Para que um partido político tenha representação no Congresso Nacional, é suficiente que o partido tenha um só parlamentar em qualquer uma das Casas do Congresso.

169. (CESPE/TCE-AC/2009) A conduta omissiva do administrador público impede a fluência de prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança, quando a lei fixa prazo para a prática do ato.

170. (ESAF/AFRFB/2009) Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de concessionárias de serviço público.

171. (ESAF/ATRFB/2009) O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político que não tenha representação no Congresso Nacional, desde que, no entanto, tenha representação em Assembléia Legislativa Estadual ou em Câmara de Vereadores Municipal.

172. (ESAF/ATRFB/2009) A impetração do mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados depende da autorização destes.

173. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Sempre que um grupo de indivíduos sofre uma mesma lesão a direito individual pode buscar reparação por meio de mandado de segurança coletivo por ele mesmo impetrado.

174. (ESAF/Técnico Administrativo - MPU/2004) A organização sindical, para impetrar mandado de segurança coletivo, deverá estar legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, devendo a matéria do mandado de segurança ter pertinência temática com os interesses de seus associados.

175. (ESAF/CGU/2004) Segundo a jurisprudência dos Tribunais, a interposição de Mandado de Segurança Coletivo por sindicatos ou associações legitimadas não dispensa a juntada de procuração individual por parte dos integrantes da coletividade, unida pelo vínculo jurídico comum.

176. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea - MD/2006) O remédio constitucional do mandado de segurança visa a "proteger direito líquido e certo, não amparado por habeascorpus ou habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for

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autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público". Essa definição constitucional faz a distinção quanto à oponibilidade do mandado de segurança contra (i) qualquer autoridade pública, ou (ii) agentes de pessoas jurídicas no exercício de atribuições do Poder Público. No primeiro grupo encontram-se os:

a) concessionários de obras públicas.

b) permissionários de serviços públicos.

c) oficiais de registros públicos.

d) exercentes de atividades sujeitas à autorização do Poder Público.

e) agentes públicos classificados como agentes políticos.

177. (CESGRANRIO/Técnico de Defesa Aérea e Controle de Tráfego - MD/2009) Sobre as ações constitucionais de habeas corpus e mandado de segurança, é correto afirmar que:

(A) a controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, pois não haveria direito líquido e certo a ser assegurado.

(B) o prazo decadencial de 120 dias para se impetrar mandado de segurança é inconstitucional, segundo jurisprudência do STF há tempos consolidada, pois não cabe à lei ordinária cercear o exercício de um direito irrestritamente assegurado no patamar constitucional.

(C) o mandado de segurança pode ser impetrado para assegurar o exercício de qualquer direito, desde que seja líquido e certo.

(D) o habeas corpus não pode ser impetrado por pessoa jurídica.

(E) o habeas corpus contra punição disciplinar militar pode ser impetrado quando se pretende impugnar os pressupostos da legalidade da punição, e não o seu mérito.

178. (CESGRANRIO/Advogado-Detran-AC/2009) Considere as afirmativas abaixo, relativas a mandado de segurança.

I – A controvérsia sobre matéria de direito impede a concessão de mandado de segurança, pois não haveria direito líquido e certo a ser assegurado.

II – O mandado de segurança pode ser repressivo (em caso de ilegalidade ou abuso de poder cometido pela autoridade coatora) ou preventivo (apenas em caso de ilegalidade cometida pela autoridade coatora).

III – O prazo decadencial de 120 dias para se impetrar mandado de segurança não impede que, ultrapassado este prazo, o direito (subjetivo) seja amparado por qualquer outro meio ordinário de tutela jurisdicional.

Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)

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(A) III.

(B) II e III.

(C) II.

(D) I e II.

(E) I.

179. (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Direito líquido e certo, em tema de mandado de segurança, é aquele:

a) fundado em fatos que não demandam exame jurídico de grande complexidade.

b) fundado em fatos passíveis de prova na etapa processual dilatória.

c) fundado em fatos comprovados de plano.

d) fundado em fatos que independem de prova testemunhal.

e) fundado em fatos economicamente apreciáveis.

180. (FGV/Advogado-BESC/2004) Podem impetrar mandado de segurança coletivo:

a) partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe de âmbito nacional ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos dois anos, em defesa dos interesses dos seus associados.

b) partido político com representação no Congresso Nacional, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.

c) partido político legalmente constituído, organização sindical de primeiro grau, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros.

d) partido político, organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.

e) partido político com representação em 3/4 das câmaras estaduais, organização sindical, entidade de classe de âmbito nacional ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos dois anos, em defesa dos interesses dos seus associados.

181. (FGV/Juiz Substituto – TJ-PA/2008) A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor de associados depende da autorização destes.

182. (FCC/AJAA-TRE-PE/2011) De acordo com a Constituição Federal brasileira, conceder-se-á mandado de injunção:

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a) para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública.

b) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

c) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

d) para assegurar o conhecimento de informações rela- 0tivas à terceira pessoa, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

e) sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania.

183. (CESGRANRIO/Técnico de Nivel Superior -Jurídico - EPE/2007) O instrumento de controle jurisdicional da Administração que se caracteriza por ser a medida hábil contra a inércia do Poder Público em expedir regras necessárias e indispensáveis ao exercício de direitos e liberdades constitucionais é o:

a) mandado de injunção.

b) habeas corpus.

c) habeas data.

d) ação popular.

e) ação civil pública.

184. (CESGRANRIO/Advogado - Petrobrás/2008) Caso um determinado indivíduo se considere prejudicado pela falta de norma regulamentadora que torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais, de qual medida judicial de controle de ato administrativo (remédio constitucional) deverá este fazer uso para assegurar o exercício de seu direito?

a) Habeas data

b) Habeas corpus

c) Ação civil pública

d) Mandado de injunção

e) Mandado de segurança coletivo

185. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O mandado de injunção tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional de legislar que, de alguma forma, afete direitos constitucionalmente assegurados, sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal

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Federal ( STF ), que ele só é cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial.

186. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de injunção não é instrumento adequado à determinação de edição de portaria por órgão da administração direta.

187. (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O STF passou a admitir a adoção de soluções normativas para a decisão judicial como alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado de injunção.

188. (CESPE/Procurador Municipal Natal/2008) Considerando a atual jurisprudência do STF quanto à decisão e aos efeitos do mandado de injunção, notadamente nos casos em que se discuta o direito de greve dos servidores públicos, é correto afirmar que, na decisão de um mandado de injunção, compete ao Poder Judiciário

a) elaborar a norma regulamentadora faltante.

b) proferir simples declaração de inconstitucionalidade por omissão, dando conhecimento ao órgão competente para a adoção das providências cabíveis.

c) garantir o imediato exercício do direito fundamental afetado pela omissão do poder público.

d) fixar prazo razoável para que o ente omisso supra a lacuna legislativa ou regulamentar, sob pena de responsabilização.

189. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob pena de violação ao princípio da separação dos poderes.

190. (CESPE/Procurador - Pref. Boa Vista/2010) A previsão constitucional de regras diferenciadas de aposentadoria para quem exerça atividades sob condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física carece de regulamentação infraconstitucional. Por essa razão, caso a regulamentação não seja produzida, os servidores que exerçam atividades nocivas podem solicitar a aplicação, por analogia, das regras do regime geral de previdência.

191. (ESAF/ ATRFB /2012) Conceder-se-á mandado de injunção para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

192. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial dominante, o Supremo Tribunal Federal adotou a posição não concretista quanto aos efeitos da decisão judicial no mandado de injunção.

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193. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal decidiu pela autoaplicabilidade do mandado de injunção, cabendo ao Plenário decidir sobre as medidas liminares propostas.

194. (ESAF/AFT/2010) A Constituição da República previu a chamada Tutela Constitucional das Liberdades. Assinale a assertiva que traz características corretas em relação aos instrumentos abaixo.

a) Habeas corpus – trata-se de um recurso, estando, por isso, regulamentado no capítulo a eles destinados no Código de Processo Penal.

b) Mandado de segurança – a natureza civil da ação impede o ajuizamento de mandado de segurança em matéria criminal, inclusive contra ato de juiz criminal, praticado no processo penal.

c) Mandado de injunção – as normas constitucionais que permitem o ajuizamento do mandado de injunção não decorrem de todas as espécies de omissões do Poder Público, mas tão-só em relação às normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de caráter impositivo e das normas programáticas vinculadas ao princípio da legalidade, por dependerem de atuação normativa ulterior para garantir sua aplicabilidade.

d) Mandado de injunção – em razão da ausência constitucional, não é possível o mandado de injunção coletivo, não tendo sido, por isso, atribuída a legitimidade para as associações de classe, ainda que devidamente constituída.

e) Mandado de segurança – o mandado de segurança coletivo não poderá ter por objeto a defesa dos mesmos direitos que podem ser objeto do mandado de segurança individual.

195. (IADES/Analista Jurídico - CFA/2010) Assinale a alternativa que não representa remédio constitucional expressamente previsto na Constituição Federal de 1988.

(A) A ação popular.

(B) O habeas data.

(C) O mandado de segurança coletivo.

(D) O mandado de injunção coletivo.

196. (FGV/Advogado-BESC/2004) O remédio constitucional para garantia do exercício de liberdades constitucionais não aplicáveis em razão da falta de norma regulamentadora é:

a) a ação popular.

b) a ação civil pública.

c) o mandado de segurança coletivo.

d) a ação direta de inconstitucionalidade.

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e) o mandado de injunção.

197. (FCC/AJEM - TRT 8º/2010) A empresa pública federal Y inscreveu os dados de Tício no órgão de proteção ao crédito governamental, sendo que ele, ao ter acesso às informações no banco de dados, notou que estavam incorretas. Para retificar as informações restritivas Tício terá que

a) impetrar mandado de injunção.

b) impetrar habeas data.

c) impetrar mandado de segurança repressivo.

d) impetrar mandado de segurança preventivo.

e) propor ação popular.

198. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Um cidadão pretende ter assegurado o conhecimento de informações relativas à sua pessoa, constantes de registros de determinada entidade governamental. Para isso, a Constituição Federal garante a ele a impetração de habeas data.

199. (CESPE/Analista - TRE-MT/2010) O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pessoais constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, desde que geridas por servidores do Estado.

200. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público.

201. (CESPE/TCE-AC/2009) O mandado de segurança é o meio correto para determinar à administração a retificação de dados relativos ao impetrante nos arquivos da repartição pública.

202. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) O habeas data é o instrumento adequado para afastar ilegalidade de privação do direito de liberdade.

203. (ESAF/MDIC/2012) A respeito da tutela constitucional das liberdades, é correto afirmar que

a) o habeas corpus poderá ser utilizado para a correção de qualquer inidoneidade, mesmo que não implique coação ou iminência direta de coação à liberdade de ir e vir.

b) será possível à pessoa jurídica figurar como paciente na impetração de habeas corpus.

c) o entendimento pacificado nos Tribunais Superiores é o de que não se concederá habeas data caso não tenha havido uma negativa do pedido no âmbito administrativo.

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d) o cabimento do mandado de segurança ocorrerá mesmo quando existir decisão judicial da qual caiba recurso suspensivo.

e) os processos de habeas data terão prioridade sobre qualquer outro processo.

204. (ESAF/TRT 7ª/2005) Suponha que três indivíduos tenham sido denunciados perante órgãos da Administração Pública. Por conta das denúncias, eles podem até vir a ser processados criminalmente. Os três indivíduos desejam conhecer a identidade do seu denunciante, mas isso lhes é negado pelos mesmos órgãos da Administração Pública. Assim, ação constitucional de que podem se valer para exigir a revelação da identidade do denunciante, seria o habeas data.

205. (ESAF/AFRFB/2009) Consoante entendimento jurisprudencial predominante, não se exige negativa da via administrativa para justificar o ajuizamento do habeas data.

206. (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) De acordo com a jurisprudência sedimentada dos Tribunais Superiores, o habeas data é uma ação constitucional:

a) de caráter criminal.

b) de conteúdo e rito ordinário, com ampla dilação probatória.

c) cujo manejo é vedado à mera retificação de dados pessoais.

d) que exige prova do prévio requerimento administrativo das informações pretendidas, evidenciando a negativa ou a omissão da Administração em atendê-lo.

e) que pode ser manejada para postular informações pessoais de terceiros, ainda vivos, constantes de registros ou bancos de dados de entidades públicas.

207. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) Conceder-se-á habeas data:

a) para assegurar a integridade moral do cidadão.

b) quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública.

c) para proteger o direito líquido e certo não amparado por habeas corpus.

d) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

e) quando o responsável pela ilegalidade for agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições de Poder Público.

208. (FCC/AJEM-TRT-23ª/2011) Cassio tomou conhecimento que a praça pública próxima à sua residência será fechada por interesses

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escusos, posto que no terreno, cuja propriedade foi transferida ilegalmente para o particular, será erguido um complexo de edifícios de alto padrão, que beneficiará o Prefeito Municipal com um apartamento. Segundo a Constituição Federal, visando anular o ato lesivo que teve notícia, Cassio poderá propor

a) ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental.

b) mandado de injunção.

c) mandado de segurança.

d) habeas data.

e) ação popular.

209. (FCC/Analista - MPE-SE/2009) O cidadão que pretenda questionar ato considerado lesivo à moralidade administrativa, praticado pelo Prefeito do Município em que reside, pleiteando sua anulação, tem legitimidade para propor ação popular, ficando isento de custas judiciais e ônus da sucumbência, salvo comprovada má-fé.

210. (FCC/Técnico- TRT 16ª/2009) Nos termos da Constituição Federal é garantido a aquele que se achar ameaçado de sofrer coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder e a qualquer cidadão que vise anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade, entre outros, respectivamente, o mandado de segurança e o habeas corpus.

211. (CESPE/MPS/2010) A nacionalidade brasileira é condição necessária e suficiente para propor ação popular visando à declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural.

212. (CESPE/SEJUS-ES/2009) A ação popular pode ser acionada por cidadãos que pretendam questionar violações ao princípio da moralidade administrativa perante o Poder Judiciário.

213. (CESPE/MMA/2009) Um promotor de justiça, no uso de suas atribuições, poderá ingressar com ação popular.

214. (CESPE/TJAA - TRT 5ª/2009) Para propositura de ação popular, o autor deve demonstrar a plenitude do exercício de seus direitos políticos.

215. (CESPE/FINEP/2009) Somente o brasileiro nato possui legitimação constitucional para propositura de ação popular, desde que esteja em dia com seus deveres políticos.

216. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) A ação popular ajuizada, originariamente, no STF contra ato da mesa da Câmara dos Deputados deve ter a negativa de seguimento reconhecida, pois não existe foro por prerrogativa de função em relação ao referido remédio constitucional.

217. (CESPE/TCE-AC/2009) A ação civil pública não é o instrumento adequado ao controle de atos lesivos ao meio ambiente.

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218. (CESPE/TCE-AC/2009) É vedado ao condenado por improbidade administrativa com a perda de direitos políticos, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, a propositura de ação popular.

219. (CESPE/SEFAZ-AC/2009) A ação popular deve ser proposta pelo órgão do MP.

220. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

221. (CESPE/OAB-SP exame nº 136/2008) De acordo com a CF, nas ações populares, somente será devido o pagamento de custas se houver comprovada má-fé do autor da ação.

222. (ESAF/ATRFB/2009) Qualquer pessoa física é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.

223. (ESAF/Analista Administrativo - ANEEL/2006) Todo brasileiro está legitimado para propor ação popular em defesa do patrimônio público contra lesões provenientes de atos ilegítimos dos poderes públicos.

224. (CESGRANRIO/Investigador - Polícia Civil do RJ/2008) Em relação às ações constitucionais (também conhecidas como writs constitucionais ), é correto afirmar que

a) é necessário que haja recusa na prestação de informações por parte da entidade (pública ou de caráter público) que as detém, para que seja impetrado habeas data.

b) não cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista.

c) as ações populares ajuizadas contra o Presidente da República serão processadas e julgadas originariamente pelo STF.

d) o mandado de segurança, concebido como uma ação destinada à tutela do indivíduo contra o Estado, não pode ser impetrado por órgãos públicos.

e) Qualquer pessoa, desde que tenha a nacionalidade brasileira, pode ajuizar a ação popular.

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225. (CESGRANRIO/Advogado-EPE/2010) Sobre as ações constitucionais, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) NÃO pode figurar no polo:

(A) ativo de um mandado de segurança.

(B) ativo de uma ação popular.

(C) passivo de uma ação popular.

(D) passivo de um mandado de segurança.

(E) passivo de um mandado de segurança coletivo.

226. (CESGRANRIO/Analista BACEN/2010) Na hipótese de o Banco Central vir a praticar ato manifestamente ilegal e lesivo ao patrimônio público, um cidadão brasileiro, indignado com o ocorrido e com o propósito de anular o referido ato, pode ajuizar

a) ação popular.

b) ação civil pública.

c) mandado de segurança coletivo.

d) mandado de injunção coletivo.

e) habeas data.

227. (CESGRANRIO/Técnico BACEN/2010) Francisco, cidadão brasileiro, leu no jornal uma notícia sobre determinado ato praticado por uma autarquia federal e, considerando-o ilegal e lesivo ao patrimônio público, decidiu mover uma ação popular visando à anulação deste ato, conforme o art. 5o, LXXIII da Constituição de 1988. Por qual órgão do Poder Judiciário brasileiro será julgada esta ação judicial, movida contra essa autarquia?

(A) Tribunal de Contas da União.

(B) Supremo Tribunal Federal.

(C) Juiz Federal.

(D) Senado Federal.

(E) Conselho Nacional de Justiça.

228. (CESPE/PGE–ES/2008 - Adaptada) A responsabilidade civil pelo erro judiciário constitui garantia fundamental e será apurada com base na teoria objetiva.

229. (CESPE/PGE–ES/2008 - Adaptada) A mera prisão cautelar indevida, nos termos da atual jurisprudência do STF, já é suficiente para gerar o direito à indenização.

230. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Dentre outras, são gratuitas as ações de habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.

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231. (ESAF/ATRFB/2012) São gratuitas as ações de habeas corpus, habeas data e mandado de segurança.

232. (CESPE/MPS/2010) Para aqueles que são, nos termos da lei, reconhecidamente pobres, o Estado deve prover gratuitamente a certidão do registro civil de nascimento, de casamento e de óbito.

233. (CESPE/FINEP/2009) As ações de habeas corpus e habeas data são gratuitas.

234. (ESAF/Auditor-Fiscal do Trabalho/2006) A Constituição Federal assegura que são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei, o registro civil de nascimento e casamento e a certidão de óbito.

235. (ESAF/MDIC/2012) A Constituição Federal estabelece em seu art. 5º os direitos e garantias fundamentais do cidadão. A respeito do tema, é correto afirmar que

a) a Constituição proíbe a deportação e a expulsão de brasileiro. O envio compulsório de brasileiro para o exterior constitui banimento, que é pena excepcional e também vedada pela Constituição.

b) no Brasil é terminantemente proibida a pena de morte pela Constituição, não havendo exceção de tempo ou lugar.

c) a interceptação telefônica tem exceção criada pela Constituição para a violação das comunicações telefônicas, quais sejam, ordem judicial, finalidade de investigação criminal e instrução processual penal ou nas hipóteses e na forma que a lei complementar estabelecer.

d) o habeas corpus deverá ser impetrado somente contra ato de autoridade, não sendo aplicável contra ato praticado por particular.

e) a finalidade lícita de que trata o direito à associação está ligada somente às normas de direito penal.

236. (FGV/Advogado-Senado/2008) A respeito do catálogo de direitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, assinale a afirmativa correta.

a) A Constituição assegura o direito de permanecer calado apenas ao preso, quando interrogado por autoridade policial.

b) As provas obtidas por meios ilícitos são inadmissíveis apenas nos processos criminais, podendo ser utilizadas sem restrições nos processos judiciais cíveis e administrativos.

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c) Por força do princípio da presunção da inocência, a prisão do réu decretada por juiz anteriormente à condenação transitada em julgado terá sempre natureza cautelar.

d) É possível a criação de tribunal de exceção para julgar crimes de terrorismo, na forma da lei.

e) O contraditório e a ampla defesa não são assegurados em procedimentos administrativos disciplinares se o servidor permanecer revel.

237. (FGV/Técnico Legislativo – Senado Federal/2008) A respeito do catálogo de direitos fundamentais da Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir:

I. O princípio da legalidade estabelece que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.

II. É inviolável a liberdade de crença. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa, salvo se a invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa fixada em lei.

III. Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido.

IV. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

V. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

Assinale: a) se apenas as afirmativas I, IV e V estiverem corretas.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas as afirmativas I, III e V estiverem corretas.

d) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

238. (FGV/Técnico-TRE-PA/2011) No banheiro masculino da empresa Delta, foi instalada uma câmara de vídeo. Esse fato caracteriza ofensa à:

a) cidadania.

b) liberdade de ir e vir.

c) intimidade.

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d) autodeterminação pessoal.

e) imagem da pessoa.

239. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) A CRFB/88, expressamente, assegura em seu art. 5º:

I. o direito à moradia e à herança;

II. ao preso, o direito à identificação dos responsáveis por sua prisão;

III. a inviolabilidade de domicílio, salvo por determinação judicial;

IV. a liberdade para o exercício de qualquer trabalho, vedadas as exigências sobre qualificação profissional.

Analise os itens acima e assinale

a) se todos os itens estiverem corretos.

b) se apenas os itens I e II estiverem corretos.

c) se apenas os itens I e III estiverem corretos.

d) se apenas os itens I, II e III estiverem corretos.

e) se apenas os itens II, III e IV estiverem corretos.

240. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Com relação ao tema Direitos e Garantias Fundamentais analise as afirmativas a seguir:

I. Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.

II. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

III. Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

241. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente aos Direitos e Garantias Fundamentais, assinale a afirmativa incorreta.

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a) É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.

b) É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

c) é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.

d) É livre a criação de associações e a de cooperativas, na forma da lei, sujeitas à prévia autorização estatal, sendo porém vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

e) as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado.

242. (FGV/Fiscal - SEFAZ-RJ /2010.1) Em relação aos direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal assinale a afirmativa incorreta.

a) Os direitos e garantias fundamentais visam, entre outros, a proteger o direito à vida, o direito à segurança, os direitos sociais, mas não o direito à propriedade.

b) A Constituição Federal admite a pena de morte em circunstâncias excepcionais.

c) O Brasil se submete à jurisdição do Tribunal Penal Internacional (TPI).

d) Os brasileiros naturalizados não têm a mesma proteção conferida aos brasileiros natos.

e) Atribui-se à lei a regulamentação do direito à greve.

243. (FGV/Fiscal-SEAD-AP/2011) Assinale a alternativa que reproduz uma garantia constitucional que pertence ao rol de direitos e garantias individuais constante do art. 5º da Constituição.

a) "É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho".

b) "Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição".

c) "O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos".

d) "É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os preceitos previstos no art. 17, da Constituição".

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e) "São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

244. (FGV/Advogado - BADESC/2010) Considerando o direito fundamental de privacidade assegurado no art. 5o da Constituição Federal de 1988, assinale a alternativa correta.

(A) A quebra de sigilo de movimentações financeiras do indivíduo pode ser decretada por ordem judicial, por deliberação das comissões parlamentares de inquérito e pelo ministério público, nas investigações de sua competência.

(B) A interceptação das comunicações telefônicas pode ser decretada por ordem judicial em processo de natureza penal, civil ou administrativa, na forma da lei.

(C) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador. É vedado o ingresso durante a noite, salvo no cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão, na forma da lei.

(D) A Constituição só permite a interceptação das comunicações telefônicas nos casos de investigação de crimes de terrorismo, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública, por ordem judicial, na forma de lei complementar.

(E) A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

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GABARITO:

1 Correto 42 Correto 83 C 124 B 165 Correto 206 D 2 Correto 43 Errado 84 E 125 B 166 Errado 207 D 3 Correto 44 Correto 85 Correto 126 Correto 167 Errado 208 E 4 E 45 Errado 86 Errado 127 Errado 168 Correto 209 Correto 5 Correto 46 Correto 87 Correto 128 Errado 169 Errado 210 Errado 6 Errado 47 Correto 88 Errado 129 Errado 170 Correto 211 Errado 7 Correto 48 C 89 Errado 130 Errado 171 Errado 212 Correto 8 Errado 49 Errado 90 Correto 131 Errado 172 Errado 213 Errado 9 Errado 50 B 91 Errado 132 Correto 173 Errado 214 Correto

10 B 51 Correto 92 Errado 133 Errado 174 Errado 215 Errado 11 B 52 Errado 93 Errado 134 Errado 175 Errado 216 Correto 12 E 53 Correto 94 Errado 135 Correto 176 E 217 Errado 13 B 54 Errado 95 Errado 136 Correto 177 E 218 Correto 14 Correto 55 Errado 96 Errado 137 Correto 178 A 219 Errado 15 Errado 56 Correto 97 Errado 138 Errado 179 C 220 Errado 16 Correto 57 Correto 98 Errado 139 Errado 180 B 221 Errado 17 Correto 58 Correto 99 Errado 140 B 181 Errado 222 Errado 18 Errado 59 Correto 100 Errado 141 Errado 182 E 223 Errado 19 E 60 Correto 101 Errado 142 Correto 183 A 224 A 20 E 61 Errado 102 Errado 143 Errado 184 D 225 B 21 Errado 62 Errado 103 Errado 144 Errado 185 Errado 226 A 22 Errado 63 A 104 A 145 Correto 186 Errado 227 C 23 Correto 64 Errado 105 Correto 146 Correto 187 Correto 228 Correto 24 C 65 Correto 106 Correto 147 Errado 188 C 229 Errado 25 Correto 66 Correto 107 Correto 148 Errado 189 Errado 230 Correto 26 Errado 67 A 108 Errado 149 Errado 190 Correto 231 Errado 27 Correto 68 C 109 Correto 150 Errado 191 Errado 232 Errado 28 Correto 69 A 110 Errado 151 Errado 192 Errado 233 Correto 29 Errado 70 Errado 111 Errado 152 E 193 Errado 234 Errado 30 Correto 71 Errado 112 Errado 153 E 194 C 235 A 31 Correto 72 Errado 113 B 154 C 195 D 236 C 32 Errado 73 Correto 114 D 155 C 196 E 237 E 33 Correto 74 Errado 115 Correto 156 Errado 197 B 238 C 34 Correto 75 Errado 116 Correto 157 Errado 198 Correto 239 D 35 Correto 76 A 117 Correto 158 Errado 199 Errado 240 E 36 Errado 77 Errado 118 Errado 159 Errado 200 Errado 241 D 37 E 78 E 119 Correto 160 Errado 201 Errado 242 A 38 Correto 79 Errado 120 Errado 161 Errado 202 Errado 243 E 39 Correto 80 E 121 Errado 162 Errado 203 C 244 E 40 Errado 81 Errado 122 Errado 163 Errado 204 Errado 41 D 82 A 123 E 164 Errado 205 Errado