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Noções de Administração p/ Técnico Adm. da ANS Teoria e exercícios comentados Prof. Rodrigo Rennó – Aula 05 Prof. Rodrigo Rennó www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 59 Aula 5: Administração de Recursos Materiais Olá pessoal, tudo bem? Chegamos ao final do nosso curso. Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico: Noções de administração de recursos materiais. Irei trabalhar com muitas questões do Cespe, ok? Espero que gostem da aula!

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Aula 5: Administração de Recursos Materiais

Olá pessoal, tudo bem?

Chegamos ao final do nosso curso. Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tópico:

� Noções de administração de recursos materiais.

Irei trabalhar com muitas questões do Cespe, ok? Espero que gostem da aula!

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Sumário

Administração de Materiais. ...................................................................... 3

Administração de Estoques ..................................................................... 4

Previsão para os estoques .................................................................... 5

Custos dos Estoques ......................................................................... 8

Níveis de Estoque .......................................................................... 10

Classificação ABC ......................................................................... 15

Avaliação de Estoques ..................................................................... 16

Just-in-time ................................................................................. 18

Administração de Compras ................................................................... 20

Estratégias do Setor de Compras .......................................................... 22

Etapas no procedimento de compras ...................................................... 25

Compras no Setor Público - Licitações ...................................................... 26

Licitações ................................................................................... 26

Vedação de licitação ....................................................................... 30

Tipos de Licitação .......................................................................... 30

Modalidades de Licitação .................................................................. 31

Almoxarifado ................................................................................. 38

Identificação do Material .................................................................. 40

Picking ...................................................................................... 40

Inventários .................................................................................. 42

Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 53

Gabaritos. ........................................................................................ 58

Bibliografia ...................................................................................... 58

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Administração de Materiais.

Uma empresa, para um bom funcionamento, precisa administrar diversos tipos de recursos. Por exemplo, temos recursos materiais, financeiros, humanos, mercadológicos, etc.

Os recursos materiais englobam todos os meios físicos de que dispõe uma organização, indo desde aqueles relacionados à sua infraestrutura (um prédio, por exemplo) até mesmo aos materiais auxiliares (papel A4, por exemplo)1.

Assim, a gestão de materiais consistiria em todo o ciclo de manutenção dos recursos materiais utilizados, iniciando com o planejamento e finalizando com o controle das ações que manterão a continuidade das atividades de abastecimento da organização.

A importância da Administração de Materiais vem do fato de ser de extrema necessidade se saber a quantidade de certos materiais que deverá ser reposta em um determinado período, conforme a demanda dos usuários finais.

Portanto, a Administração de Materiais controla o fluxo de materiais da empresa, com a finalidade não deixar de fornecer o produto ao comprador final, podendo, inclusive, contribuir para o aumento dos lucros da organização.

Vale destacar que “A Administração de Materiais tecnicamente bem aparelhada é, sem dúvida, uma das condições fundamentais para o equilíbrio econômico e financeiro de uma empresa. Tratar adequadamente do abastecimento, do planejamento e do reaproveitamento de materiais contribui para a melhoria do resultado de qualquer organização2”.

Vale ressaltar que, na esfera pública, normalmente, o volume a ser adquirido é muito grande, o que torna a aquisição bastante onerosa. Por isso, é de extrema importância que não se permita a utilização de recursos desnecessários.

Portanto, devem-se evitar superfaturamentos nos valores de materiais adquiridos, além de ser indispensável o controle no estoque para impedir desvios e roubos.

O campo de atuação da Administração de Materiais é amplo. Passa pela gestão de compras, almoxarifado, gestão de estoques, planejamento e transporte.

1 (Fenili, 2011) 2 (Francischini & Gurgel, 2004)

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Vamos passar então para o estudo dos principais campos de atuação da Administração de Materiais?

Administração de Estoques

A gestão de estoques é essencial em qualquer organização pelo fato de envolver vários setores, como o de vendas, o financeiro, o produtivo.

Além do mais, um negócio para alcançar êxito, com obtenção de lucros, terá que priorizar objetivos como um bom atendimento ao consumidor, redução dos custos e, finalmente, mínimo investimento nos estoques.

Dessa forma, o estoque é fundamental para que uma empresa possa atender plenamente a procura de produtos dos seus clientes, já que não se consegue saber quando haverá procura pelos materiais e não se conseguirá repor de forma rápida um item faltante caso um cliente demande.

Para não deixar de vender e até perder o cliente para a concorrência, faz-se necessário ter o mínimo de estoque.

Mas porque o estoque deve ser o menor possível?

Pessoal, falamos em um estoque mínimo porque os custos em manutenção de produtos em estoque são altos. Grandes estoques oneram bastante as empresas, pois demandam investimentos em espaços para armazenagem.

Além disso, este capital poderia ser aplicado em outras áreas, ampliando a capacidade e a lucratividade da empresa. Ou seja, investindo demasiadamente em estoque, a organização deixará de investir em outros setores.

Por isso o setor financeiro de uma organização preza a existência de um nível de estoque mínimo - para ter mais recursos disponíveis. Em contrapartida, outros setores da empresa preferem que o estoque seja maior, como o setor de vendas e o de produção.

Ora pessoal, a lógica é simples: quem não quer perder uma venda não quer nem sonhar que falte produto demandado pelo cliente no estoque, não é verdade?

Da mesma forma, quem trabalha na linha de produção não quer que seu trabalho fique prejudicado por faltar insumo necessário no estoque.

Com isso, nota-se que, dentro da organização, existe um antagonismo de interesse entre os mais variados setores.

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A definição de estoque se enquadraria no seguinte: “Materiais, mercadorias ou produtos acumulados para utilização posterior, de modo a permitir o atendimento regular das necessidades dos usuários para a continuidade da empresa, sendo o estoque gerado, consequentemente, pela impossibilidade de prever-se a demanda com exatidão3.”

A classificação de materiais pode-se dar da seguinte forma:

Figura 1. Classificação de materiais

Previsão para os estoques

Um bom planejamento sobre a previsão de utilização de materiais em estoques é essencial para uma perfeita administração desses estoques em uma empresa.

Portanto, devem-se prever as necessidades de tipos de materiais que serão utilizados, as quantidades, como deverão ser estocados etc.

3 (Viana, 2000) apud (Teixeira, 2010)

•Insumos empregados na produção;

•Exemplo: fábrica de vidro, utiliza como matéria-prima a areia. Matérias-primas

•Produtos aproveitados na elaboração do produto final da empresaProdutos em

processo

•Produtos finalizados, podendo ser comercializados

Produtos acabados

•Materias essenciais para a manutenção da empresa e não utilizados no processo de fabricação do produto final

•Exemplo: materiais de limpeza

Materiais auxiliares e de manutenção

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A previsão de consumo pode-se dar por diversas regras, como: a projeção, a explicação e a predileção.

Na projeção, o pensamento utilizado é o de que a quantidade consumida no passado permanecerá constantemente. Logo, se, durante doze meses, o consumo aumentou 20% (vinte por cento), deve-se aumentar a quantidade de materiais, para o período seguinte, em 20% (vinte por cento).

Na explicação, acumulam-se fatores diversos ao consumo do período, como a variação do Produto Interno Bruto. Para realizar esse acúmulo, são aplicada técnicas de correlação e de regressão.

Finalmente, na predileção, se observa a previsão de consumo de forma mais subjetiva (ou qualitativa). Nessa regra, os funcionários especialistas, os analistas do mercado consumidor são ouvidos. Eles expõem suas percepções sobre a inclinação do consumo nos negócios.

Quando os valores puderem ser quantificados, utilizam-se as técnicas quantitativas. As técnicas mais relevantes são: método do último período, método da média móvel, método da média móvel ponderada. Vamos ver cada uma delas agora?

Figura 2. Principais técnicas quantitativas

Método do Último Período

Esse método é o mais fácil de compreender. Ora, pessoal, quando o valor de referência quantitativo para se realizar as compras no período

Técnicas Quantitativas

Método do Último Período

Método da Média Móvel

Método da Média Móvel

Ponderada

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seguinte for o mesmo que se consumiu no período anterior, estaremos utilizando o Método do Último Período.

Logo, se uma organização consumiu, no mês de junho, 500 (quinhentas) unidades de um determinado produto, ela irá comprar, para o mês de julho, 500 (quinhentas) unidades desse produto, e assim por diante.

Método da Média Móvel

O método da média móvel nada mais é do que a média aritmética do período solicitado. Esse método também é muito simples, pois basta que se calcule o somatório da quantidade de um período de “n” meses e divida pela quantidade “n” de períodos.

Entretanto, essa média possui um defeito que é a possibilidade de ser distorcida em casos de valores extremos. E também coloca todos os períodos no mesmo patamar de importância, logo os primeiros meses possuem o mesmo peso que os últimos meses.

Vejamos como pode ser cobrado em provas de concurso:

Figura 3. Média móvel

Caso, na questão da prova, solicite que você calcule a média móvel dos três últimos meses de consumo, você deverá somar os valores dos consumos dos três últimos meses e dividir pelo número de meses, senão vejamos:

(300+200+400)3

=300

A questão então teria como gabarito o número 300. Sem maiores dificuldades, não é mesmo?

Meses Janeiro Fevereiro Março Abril

Quantidade 100 300 200 400

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Método da Média Móvel Ponderada

Como todos sabem, na matemática a média ponderada seria a média aritmética acrescida de pesos. Dessa forma, a média móvel ponderada também será a média móvel com a aplicação de pesos.

Logo, o cálculo se daria pelo somatório das quantidades mensais (multiplicadas pelo peso) e dividido pelo total de meses solicitado na questão também multiplicado pelo peso dado a eles.

Vale ressaltar que as organizações preferem dar maior importância ao período mais recente, atribuindo-lhes maiores pesos. Vejamos como se resolveria o problema anterior pela média móvel ponderada.

Figura 4. Média Móvel Ponderada

Os meses mais recentes receberão pesos maiores, logo o mês de abril terá peso 3 (três), o mês de março, peso 2(dois), e o mês de fevereiro, peso 1 (um). Notem agora como a questão seria resolvida:

��300×1�+�200×2�+(400×3)�1+2+3

=300+400+1200

6=1650,00

Só um último lembrete. Caso seja indivisível, devemos arredondar o valor final pra cima, ok?

Custos dos Estoques

Vamos estudar agora o custos de estoques. Sabe-se que, para manter um estoque em ótimo estado de conservação, de utilização, de

Meses Janeiro Fevereiro Março Abril

Quantidade 100 300 200 400

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manutenção, a organização deverá arcar com alguns gastos, não é verdade?

Veremos agora os custos predominantes ligados aos estoques.

Figura 5. Custos dos Estoques

Custos de Armazenamento

Cada tipo de produto ou insumo utilizado em uma organização tem uma forma de ser guardado de modo que não se deteriore por falta de cuidado na armazenagem.

O ambiente de armazenagem deve ser bem estruturado, com iluminação, umidade, ventilação, espaço adequados para todo o estoque.

Também se deve lembrar que funcionários que cuidarão desse local devem ser bem treinados para evitar qualquer erro que traga aumentos nos custos ou desperdício provocado por perda de produtos devido ao mau armazenamento.

Normalmente, esses custos de armazenamento são fixos. Inserem-se a eles os valores pagos para seguradoras, para o aluguel (caso o local seja alugado), bem como os materiais utilizados na armazenagem, como caixas, sacos de papel ou plásticos, etc.

Além dos custos citados, há ainda outros custos relacionados ao armazenamento, com depreciação, juros, produtos obsoletos, entre outros.

Custos de Pedido

Esse tipo de custo é considerado como inversamente proporcional à quantidade média de estoque. Isto é, o custo de pedido aumenta à medida que decresce a quantidade média em estoque.

Custo de Armazenamento

Custos de Pedido

Custos de Falta de Estoque

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Vocês devem estar se perguntando o que seriam esses custos de pedido. Bom, eles são nada mais que os custos realizados na ocasião em que é feito o pedido de compra. Assim sendo, englobam todos os gastos envolvidos nesse procedimento.

São exemplos de custos de pedidos:

� a) gastos com telefone; � b) mão de obra; � c) material de escritório; � d) energia elétrica, etc.

Custos de Falta de Estoque

Esse tipo de custo, normalmente, não conseguimos medir facilmente. Quando falta estoque em uma organização, algum prejuízo acaba ocorrendo. Perdemos vendas, perdemos clientes, perdemos até uma imagem positiva perante nossa clientela.

Assim, estas faltas podem estar relacionadas a uma tentativa arriscada da organização em diminuir os custos de estocagem, tendo o mínimo de produtos em estoque.

Portanto, o risco existe da empresa não ter o produto a ser entregue ao consumidor na data marcada, recaindo penalidades por não respeitarem o prazo de entrega. Ainda pior, a empresa ficará com uma má “fama” no mercado, não é verdade?

O custo de falta de estoque é considerado como um custo qualitativo, e não quantitativo, como os anteriores. Isso porque muitas vezes não conseguimos prever ou calcular qual o tipo de prejuízo a organização sofrerá caso ele venha acontecer.

Entretanto, mesmo sendo complicada a medição, devemos levar em consideração o custo por falta de estoque.

Níveis de Estoque

Variados fatores contribuem para se planejar de forma satisfatória os níveis dos estoques de uma organização. Dentre eles, temos:

a) quantidade do estoque disponível atualmente;

b) tempo necessário para realizar a entrega de um material;

c) tendência de consumo no mercado.

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Veremos agora alguns gráficos que demonstram circunstâncias prováveis de níveis de estoque em uma empresa. Primeiramente, temos o estoque inicial de um produto.

Na medida em que ele vai sendo consumido, a quantidade vai se reduzindo até chegar ao ponto em que o estoque chega a um nível baixo. Neste ponto, a empresa enviará um pedido ao fornecedor daquele produto, que encaminhará uma nova entrega, repondo o estoque.

A partir daí, o ciclo recomeça. Como isso, o gráfico corresponde a um “dente de serra”, como vemos abaixo:

Figura 6 - Gráfico "dente de serra"

Vale lembrar que o fornecedor poderá não ser tão pontual em repor o estoque no instante em que ele zerar, logo o gráfico, na prática, pode não ser exatamente como o de cima. Outro fator que pode distorcer um pouco o gráfico seria o fato de o consumo do produto em estoque não ser linear.

Por causa dessas distorções, a empresa deve se assegurar de que a linha de produção dela não pare por faltar algum produto no estoque. Para isso, ela deve conservar um estoque mínimo, também conhecido como “estoque de segurança”.

Abaixo, podemos visualizar um gráfico com a presença do estoque de segurança em uma empresa. Percebam que a organização mantém uma quantidade de 300 unidades que espera não precisar utilizar.

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Se algo ocorrer de errado, como um atraso na entrega pelo fornecedor, o seu ritmo de produção estará seguro (por algum tempo) até seu estoque ser reposto.

Figura 7 - Estoque de Segurança

Portanto, o estoque mínimo tem a finalidade de ser a “poupança forçada” que será mexida apenas quando houver necessidade para tal.

E qual a quantidade que a empresa deve manter de estoque de segurança? Para responder esse questionamento, a empresa calcula o tempo necessário para que o estoque consiga ser reposto.

Esse tempo é denominado de “tempo de ressuprimento”. O cálculo do tempo de ressuprimento se faz medindo o tempo total que leva para a empresa fazer o pedido até a entrega e distribuição do produto pelo fornecedor à organização.

Existem outros dados que devem ser levados em consideração. Seriam o consumo médio e o ponto de pedido.

� Consumo médio é a velocidade de consumo do material em estoque;

� Ponto de pedido é aquele instante que a empresa envia o pedido ao seu fornecedor, evitando “cair” no estoque mínimo.

O cálculo do consumo médio se dá, mais uma vez, por meio da média aritmética dos últimos meses. Com o valor do consumo médio, é possível obter o ponto de pedido.

Atenção para a fórmula para o cálculo do ponto de pedido (PP):

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PP=�Consumo Médio ×TR�+ Estoque Segurança.

Exemplificando:

Em uma empresa, o tempo de ressuprimento é de 60 (sessenta) dias (2 meses); O estoque de segurança é de 45 (quarenta e cinco) unidades; O consumo médio é de 300 (trezentas) unidades por mês. Pede-se para calcular o Ponto de Pedido da empresa.

Nosso Ponto de Pedido seria:

PP=�300 ×2�+45=645

Sendo assim, a empresa deverá fazer um pedido aos fornecedores quando o seu estoque estiver com 645 unidades.

Uma organização se utiliza também de mais um indicador: o giro de estoque. Este indicador é “uma medida conveniente para saber se os estoques estão sendo utilizados com eficiência4”.

“O giro de estoque, ou rotatividade, é uma relação existente entre o consumo anual e o estoque médio do produto5”. Esse conceito que acabamos de transcrever, nos remete a formula para o cálculo do giro de estoque de uma empresa.

Giro de Estoque=Consumo anualEstoque médio

Como podemos perceber, o giro de estoque de uma empresa é a quantidade de vezes em que um produto é reposto no estoque dentro de um determinado tempo. Portanto, quanto maior a rotatividade, maior a quantidade de vendas de um produto utilizando um mesmo investimento inicial.

Exemplificando:

Calcule o giro de estoque de um produto que fora consumido pela empresa durante um ano. O consumo total foi de 3000 (três mil) unidades e o estoque médio no período foi de 400 unidades.

4 (Arnold, 1999) 5 (Dias M. A., 2009)

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Giro de Estoque=3000400

=7,5

Dessa forma, o estoque teve um giro de 7,5 vezes dentro do período de um ano.

Vamos ver como este tema já foi cobrado?

1 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010)Com base nos seguintes dados sobre o consumo de um material qualquer, assinale a opção que indica, corretamente, o ponto de pedido (P) e a quantidade (Q) a ser adquirida em cada pedido:

- consumo mensal: 50 unidades.

- tempo de reposição: 1,5 mês.

- estoque mínimo: 2,0 meses de consumo.

a) P = 175 // Q = 75

b) P = 100 // Q = 50

c) P = 150 // Q = 75

d) P = 175 // Q = 50

e) P = 150 // Q = 50

“A quantidade em estoque que, quando atingida, deve acionar um novo processo de compra ou fabricação é chamada de ponto de pedido.6” O cálculo, portanto, será feito seguindo a fórmula que vimos anteriormente, senão vejamos:

PP=�C Médio ×TR�+ Estoque Seg.

PP=�50×1,5�+ (2x50) = (75) + (100) = 175

Agora, a quantidade a ser adquirida em cada pedido se dá por meio da seguinte fórmula:

QP=�Consumo x TR�

QP=�50 x 1,5� � 75

6 (Francischini & Gurgel, 2004)

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Dessa forma, o gabarito é letra A, pois o PP é de 175 unidades e o total da quantidade a ser comprada será de 75 unidades.

Classificação ABC

A curva ABC “permite identificar aqueles itens que justificam uma atenção e um tratamento mais atento pelo gestor. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa7”.

A curva ABC busca identificar quais são os itens mais relevantes do estoque, ou seja, aqueles que causam o maior impacto na operação da empresa.

O método utilizado na curva ABC segue o Princípio de Pareto, que demonstra que, normalmente, 20% dos fatores geram cerca de 80% dos efeitos. Assim sendo, estes itens devem ser monitorados de perto para que não faltem.

A Classificação ABC possui três classes, conforme podemos observar no gráfico abaixo:

Figura 8. Classificação ABC

7 (Dias M. A., 2009)

•Itens mais importantes. Cabe à organização dispor maior cautela a esses itens, já que afetam consideravelmente seu resultado.

•Geralmente estão em menor percentual, em torno de 20% da totalidade;

Classe A

•Seguindo a lógica, essa classe possui itens de relevância média dentro da empresa. No entanto, não são considerados insignificantes;Classe B

•Estes itens são aqueles em maior quantidade dentro do estoque da organização. Mesmo assim, não possuem o poder de influenciar, como os anteriores.

•Mesmo sendo de baixa relevância, devem ter um controle e um acompanhamento efetivo.

Classe C

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Para entendermos melhor, vamos a um exemplo. Suponha uma grande rede de venda de móveis. No estoque dela, o que terá maior relevância seriam itens como sofás, por exemplo. São os itens mais vendidos na loja.

Esse produto, logicamente, impactará de forma mais relevante no resultado da organização, não é verdade? Ora, por causa da relevância, esse produto terá uma monitoração mais cuidadosa.

Seguindo o raciocínio, essa rede de lojas de móveis também possui em seu estoque itens como parafusos. Pessoal, tal produto não causa tanto impacto como um sofá dentro do estoque, concordam? Mesmo que vendam constantemente, os valores vendidos não somarão um montante grande.

Diante disso, conclui-se que itens, como parafusos, nesse tipo de empresa, podem ter um monitoramento por amostragem, isto é, não precisam ser acompanhados de tão perto.

A curva ABC apresenta, conforme a maioria dos autores, a seguinte característica:

Figura 9 - Curva ABC. Fonte: http://www.sobreadministracao.com/o-que-e-e-como-funciona-a-curva-abc-analise-de-pareto-regra-80-20/

Avaliação de Estoques

Muitas vezes devemos saber quanto temos em estoque em um determinado momento.

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“A Administração de Materiais não se resume apenas a controlar a quantidade de materiais em estoque à disposição dos setores produtivos e administrativos da empresa, mas refere-se também à sua valoração, ou seja, fornecer o volume financeiro pelo qual esse material está sendo estocado e utilizado nos produtos finais fabricados8”.

Para se medir o valor dos produtos inclusos no estoque, uma empresa pode utilizar três métodos distintos:

� Custo Médio: Resultado da divisão entre o valor do custo total de certo item estocado e a quantidade desse item em estoque. O item que sair do estoque sairá com o valor do custo médio. Este método tem a característica de reduzir as variações do custo;

� PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair): Este método privilegia a sequencia temporal das entradas do item no estoque. Dessa forma, o primeiro item que entrou no estoque, será o primeiro a sair. O item que sair do estoque sairá com valor unitário dele. Este método tem a característica de preservar a atualização do valor do estoque;

� UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair): Este método é o contrário do anterior. Nele, o último item que entrar no estoque, será o primeiro a sair, sendo o seu valor aquele que será utilizado para se alcançar o total do custo. Uma desvantagem desse método é que os preços dos itens estocados muitas vezes não estarão atualizados.

Vejamos como esse assunto já foi cobrado em prova de concurso.

2 - (FCC – MPE-SE – ANALISTA – 2009) No processo de avaliação de estoque, quando a saída do estoque é feita pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado o método de avaliação utilizado denomina-se:

a) custo ajustado.

b) UEPS ou LIFO.

c) PEPS ou FIFO.

d) custo médio.

e) custo de reposição.

8 (Francischini & Gurgel, 2004)

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Observem que a saída do estoque é feita com base no preço do último lote. Já vimos que isso segue o método UEPS (Último a entrar, Primeiro a Sair).

Este método também pode ser denominado de LIFO (Last In, First Out). Dessa forma, o gabarito é letra B.

Just-in-time

A filosofia Just-in-time (JIT) é uma política utilizada por uma organização em manutenção de estoques. De acordo com essa filosofia, a produção, em uma empresa, deve evitar qualquer tipo de estrago ou perda no processo. Para isso, ela deveria manter o sistema produtivo em melhoria constante.

Dessa forma, a organização manterá o estoque mínimo possível, produzindo, necessariamente, o que for demandado pelo consumidor. Para se alcançar êxito com essa filosofia, tanto quem vende, quanto quem compra, devem colaborar entre si, e não competir.

A empresa deve ter um relacionamento de parceira com seus fornecedores. Esta parceria envolve contratos de prazo mais longo e maior troca de informação. Isto é, eles devem confiar um no outro.

A empresa fornecedora deve ter garantias de que será a escolhida sempre que a empresa compradora necessitar de seus produtos e matérias primas. Além disso, esta fornecedora deve ter dados precisos sobre o consumo da cliente, para que possa programar suas entregas.

Por outro lado, a empresa fornecedora deve garantir a entrega dos produtos em um prazo muito curto, muitas vezes menor do que um dia (24 horas).

Assim, o sistema JIT “puxa” a produção conforme a demanda do produto. “Um sistema de “puxar” estoques significa que qualquer movimento de produção somente é liberado na medida da necessidade sinalizada pelo usuário da peça ou componente em fabricação9”.

Isso permite evitar gastos grandes ao ter que manter estoque. Como objetivos do JIT, têm-se:

9 (Dias M. A., 2009)

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Figura 10. Alguns elementos da filosofia JIT

Vamos ver mais uma questão?

3 - (CESGRANRIO – TERMOAÇU – ADMINISTRADOR JR – 2008) Qual é uma das principais características da programação Just in Time de suprimentos?

(A) Relações privilegiadas com poucos fornecedores.

(B) Garantia de produtos aos consumidores com grandes estoques.

(C) Aumento do tempo de suprimento entre o fornecedor e a empresa.

(D) Aumento do tempo e dos custos associados, que permite alcançar boas soluções.

(E) Uso da informação eficiente para gerar estoques e atender aos consumidores.

Na filosofia JIT, uma organização se relacionará com uma quantidade baixa de fornecedores. No entanto, estes fornecedores devem dar a garantia de que lhes venderá sempre que a empresa necessitar. Com isso, está certa a letra A.

A finalidade de se utilizar o JIT é exatamente o contrário do que está exposto na letra B, pois o que se busca é ter o menor estoque possível e não grandes estoques. Portanto, a letra B está incorreta.

O tempo de ressuprimento entre o fornecedor e a empresa deve ser diminuído, por isso a letra C está errada. A letra D também está

Flexibilização no processo produtivo

Envolvimento dos empregados

Menor tempo para produzir

Maior parceria com o fornecedores de insumos e peças

Fluxo de produção contínuo

"Puxar" estoques

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incorreta, pois além de conter o mesmo erro da letra C, ele apresenta outro defeito. Os custos devem ser reduzidos, uma vez que a ideia é manter o estoque o mínimo possível.

E, por último, a letra E também está errada. O uso da informação eficiente não serve para gerar estoques. Ela deve ser aproveitada para diminuí-los o máximo possível. O gabarito, portanto, é a letra A.

Administração de Compras

Para que tenhamos estoques nas nossas organizações, devemos primeiro compra-las. Este processo de compras é o responsável para que a empresa consiga receber seus itens necessários em um prazo adequado, com a qualidade desejada e a um preço competitivo.

É nesse setor onde se inicia todo o processo para o alcance do êxito de uma organização, pois a aquisição de bens e serviços essenciais para a elaboração do produto final deve possuir uma tática diferenciada com o objetivo de diminuir os custos, sem prejudicar na qualidade e no prazo final de entrega.

Um grande cuidado que um setor de compras deve ter é no prazo de entrega dos insumos pelos seus fornecedores. Caso o prazo não seja obedecido e o estoque da empresa fique comprometido, a organização poderá ter perdas na entrega do produto final ao cliente.

Além dos problemas já mencionados, pode, inclusive, reduzir a confiança do consumidor o qual poderá migrar para a organização concorrente, reduzindo a fatia do mercado, gerando quedas nos lucros.

Imagine, por exemplo, o prejuízo que uma organização teria ao faltar um insumo essencial na produção de seu produto final ou ao utilizar um produto com qualidade questionável. Com tudo isso, portanto, percebe-se que a empresa deve possuir uma gestão de compras eficaz para alcanças as metas traçadas anteriormente pelos gestores responsáveis.

O setor de compras de uma organização deve ser “dirigido” por pessoas capacitadas, com conhecimento atualizado dos produtos que serão adquiridos, além de conhecimento de produtos alternativos que permitam uma permuta em caso de falta daqueles, sem nenhuma queda na qualidade.

Os profissionais dessa área devem ser técnicos especializados, além de saber distinguir cada fornecedor, tendo habilidade para negociar e garantir uma compra com a qualidade desejada ao mais baixo custo, dentro de um prazo de entrega considerado adequado para o abastecimento do estoque da empresa.

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O comprador atual deixou de ser um “tirador” de pedidos para exercer os papeis de pesquisador, consultor, e analista de valor (custo x benefício) (...), procurando agregar serviços que levem ao aumento da lucratividade10.

A doutrina divide a relação entre os compradores e fornecedores de duas formas: visão ganha-perde e visão ganha-ganha.

Na visão ganha-perde, a área responsável pelas compras da organização procura sempre obter maiores vantagens nas negociações. Ela acredita que, para alcançar êxito, deverá sempre tirar o maior proveito no processo negocial, em detrimento da outra parte.

Na visão ganha-ganha, o relacionamento comprador-vendedor deve ser proveitoso para ambos os lados. Dessa forma, o comprador não visualiza o fornecedor como seu adversário. Pelo contrário, ele busca obter uma parceria com alcance de vantagens para os dois.

Dessa forma, ele enxerga esse relacionamento como fundamental para o desenvolvimento da empresa ao longo prazo. Estará, assim, construindo um relacionamento positivo o qual firma uma parceria de confiança, gerando proveito para todos, além de um relacionamento mais duradouro.

Os objetivos da função de compras podem ser sintetizados da seguinte forma11:

� Obter mercadorias e serviços na quantidade e qualidade necessárias. Para isso, deve determinar as especificações de

compra: qualidade certa, quantidade certa e entrega certa

(tempo e lugar).

� Obter mercadorias e serviços a menor custo. Para isso,

deve selecionar o fornecedor (fonte certa);

� Garantir o melhor serviço possível e pronta entrega por parte do fornecedor. Para isso deve negociar os termos e as

condições de compras;

� Desenvolver e manter boas relações com os fornecedores e desenvolver com os fornecedores potenciais. Para isso, deve emitir e administrar pedidos de

compra.

Outros objetivos da função de compras detectados na doutrina seriam garantir as compras de produtos com maior rapidez; conservar um

10 (Monte Alto, Pinheiro, & Alves, 2009) 11 (Arnold, 1999)

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cadastro de vendedores; criação de meios para o alcance de administração adequada dos procedimentos de aquisição.

Por fim, vale ressaltar que o setor de compras deve ser o mais transparente possível, uma vez que administra uma soma alta de recursos na organização. Dessa forma, garante os princípios morais exigidos nesse tipo de atividade.

O setor de compras realiza várias ações. Dentre as primordiais, teríamos as seguintes12:

Figura 11 - Principais atividades do Setor de Compras. Adaptado de: (Fenili, 2011)

Estratégias do Setor de Compras

A função de compras em uma organização segue certas estratégias, como: centralização, descentralização; horizontalização, verticalização. Veremos a seguir um pouco de cada uma delas.

Centralização

Quando se discute como o setor competente pela organização das compras de uma empresa deve atuar, está se tratando da funcionalidade dessa área específica.

12 (Fenili, 2011)

Manutenção do Cadastro de Fornecedores

Emissão de Pedidos de Compras

Pesquisa de Preços

Seleção dos Fornecedores

Follow-up ou diligenciamento do produto / fornecedor

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A responsabilidade pelo ciclo de compras de uma empresa pode ficar sob a guarda de um único setor. Quando isso ocorre, fala-se em centralização do setor de compras.

Na centralização, todo o processo de aquisição é centralizado em apenas um setor da empresa. As principais vantagens dessa centralização são:

� Concentração das compras em apenas um setor; � Redução de possibilidade de aquisição do mesmo produto em

quantidades superiores às reais necessidades; � Controle mais eficiente das compras pela organização; � O setor tem a possibilidade de alcançar melhores preços na

compras já que irá adquirir maiores quantidades do fornecedor, podendo ampliar seu poder de negociação;

� Impede a compra do mesmo produto com variedade de preços, já que não serão adquiridos por compradores distintos.

Descentralização

Quando a responsabilidade pelas compras de uma empresa ficar a cargo de vários órgãos da mesma organização, dizemos que ocorre uma descentralização no regime de compras da empresa.

Se determinada empresa possuir diversas unidades espalhadas fisicamente por vários lugares, dentro da cidade, ou em estados diferentes, ou até em outros países, recomenda-se que o regime de compras se dê de maneira descentralizada.

Dentre as principais vantagens desse tipo da descentralização de compras, têm-se:

� As demandas dos clientes são rapidamente atendidas devido a uma maior celeridade no processo de compra;

� Maior poder de barganha com os fornecedores regionais, alcançando preços menores em algumas regiões;

� O produto comprado chegar a tempo mais curto do que se tivesse que distribuir por um maior número de unidades;

� Adaptação às exigências de cada região de forma mais fácil.

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Verticalização

Se uma empresa quiser realizar o mínimo de compras em sua empresa, ela deverá produzir os insumos que utilizará na fabricação do produto final, não é verdade?

Dessa forma, quando a empresa opta em elaborar ela própria os produtos que seriam adquiridos pelo setor de compras, estará colocando em prática a estratégia de verticalização.

O benefício da verticalização seria, principalmente, a autonomia da organização frente ao mercado. Outro proveito dessa estratégia seria o controle da técnica de produção e, consequentemente, de todo o setor produtivo, designando a quantidade de produtos a serem produzidos e determinando a real necessidade sobre a elaboração desses insumos.

Todavia, o inconveniente dessa técnica seria a necessidade de manutenção de uma mega disposição de pessoal e de espaço físico, com maquinário específico. Tudo isso torna o processo mais oneroso.

O investimento, portanto, é alto e esse numerário poderia ser utilizado em setores mais estratégico da empresa para obtenção de maiores lucros.

Com isso, fica fácil de perceber porque a verticalização não é o meio mais utilizado pelas empresas.

Horizontalização

No outro extremo do processo de compras, encontra-se a horizontalização. Enquanto que, na verticalização, a empresa evita ao máximo comprar produtos de fornecedores, produzindo ela própria o que for utilizar no seu processo produtivo, na horizontalização, o gestor da organização tentará produzir o mínimo e comprará o que for ao seu alcance no mercado.

O objetivo da horizontalização é estreitar o vínculo com aqueles que os abastecem, de modo a garantir segurança na aquisição de produtos com qualidade e com preços justos.

De um lado, essa estratégia é proveitosa para a empresa, pois os gastos que teriam com a manutenção de espaço físico, de equipamentos e de pessoal especializado seriam transferidos aos procedimentos fundamentais da organização, como o alcance do produto final.

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Entretanto, o vínculo buscado com os fornecedores pela empresa pode ser quebrado por parte dos primeiros. Isso torna um pouco frágil essa estratégia, pois tal sujeição faz com que a organização não controle as técnicas de produção de seus insumos.

Mesmo assim, ainda é considerada a melhor estratégia pelas empresas.

Vamos ver como este tema já foi cobrado?

4 – (CESPE – ANTAQ – TÉCNICO – 2009) Uma vantagem de se adotar a centralização do processo de compras é a obtenção de maior controle de materiais em estoque.

Perfeito. Quando a empresa centraliza o processo de compras em um único setor – como em uma central de compras – a empresa ganha um controle maior de todo o sistema, pois todas as compras são feitas pelo mesmo setor. Isto possibilita também um ganho de escala e um maior poder de barganha dos compradores. O gabarito é mesmo questão correta.

Etapas no procedimento de compras

As compras de uma organização seguem uma sequencia de fatos que vai desde o planejamento da futura aquisição até o recebimento do produto seguido do efetivo pagamento ao fornecedor.

Vamos tentar agora organizar esse ciclo com a finalidade de ajudar na memorização das etapas, ok?

O ciclo de compras consiste nos seguintes passos13:

� Receber e analisar as requisições de compras; � Selecionar Fornecedores. Encontrar fornecedores potenciais,

emitir solicitações para cotações, receber e analisar cotações, selecionar o fornecedor certo;

� Determinar o preço correto; � Emitir pedidos de compra; � Fazer um acompanhamento para garantir que os prazos de

entrega sejam cumpridos; � Receber e aceitar mercadorias;

13 (Arnold, 1999)

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� Aprovar a fatura para pagamento do fornecedor.

O recebimento e a analise das requisições de compras ocorre no início do processo, onde nos organizaremos para o acolhimento da documentação necessária para constituir os autos.

Nesse momento, portanto, identifica-se o pedido do material requisitado, com quantidade, data de entrega, entre outros.

Selecionar fornecedores, como o próprio título sugere, é o momento em que se apontam os possíveis fornecedores daquele material que será comprado. Podem-se buscar nomes em um cadastro pré-aprovado ou em uma lista pública de fornecedores para aquele produto.

Na solicitação de cotações, far-se-á uma consulta de preços aos prováveis fornecedores. Esse é o momento em que se avalia o custo-benefício das propostas. Já a determinação de preço correto é o momento no qual o setor responsável pelas compras tentará alcançar o melhor preço possível entre os fornecedores.

Na fase “emitir pedidos de compra” realiza-se a assinatura do contrato de compra e venda com o fornecedor selecionado. A fase seguinte é de fácil compreensão, não é verdade?

Tanto quem compra quanto quem vende deverão controlar os prazos de entrega para que os mesmos sejam respeitados. Caso haja algum motivo de atraso, as partes deverão se ajustar para que não decorra nenhum prejuízo para ninguém.

Na etapa do recebimento e da aceitação das mercadorias, o fornecedor fará a entrega do pedido ao comprador. Este deverá verificar se o material entregue está conforme o pedido feito e descrito no contrato.

No final, se tudo estiver ok, o comprador dará o aceite e finalizará o processo de compra. Caso contrário, o pedido continuará em aberto e o material retornará ao fornecedor para que resolva o que estiver pendente.

Por fim, a fase “aprovar a fatura” é última, em que o setor de compras aprova o “aceite do recebimento da mercadoria” e encaminha a fatura do fornecedor ao setor responsável pelo pagamento.

Compras no Setor Público - Licitações

Licitações

A Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, em várias passagens, remete-nos à importância e à necessidade de se utilizar

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o processo licitatório previamente à celebração de contratos administrativos pela Administração Pública.

Primeiramente, observamos, no artigo 22, inciso XXVII, que as normas gerais de licitação, em qualquer modalidade, tanto para a administração pública direta, quanto para a indireta de todas as esferas de governo, são de competência privativa da União.

Em seguida, a Carta Magna, no artigo 37, inciso XXI, aborda o assunto ressaltando que a administração pública, direta ou indireta, deverá executar obras, serviços, compras e alienações por meio de processo licitatório, garantindo igualdade a todos os licitantes, ressalvando alguns casos específicos encontrados na legislação.

Mais à frente, no inciso III, do § 1º, do artigo 173, da CF/88, lê-se que licitações e contratações de obras, serviços, compras e alienações pelas empresas públicas, sociedades de economia mista, que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens e prestação de serviços, deverão ser estabelecidos por lei.

Finalmente, no artigo 175 da Carta Política, nota-se a incumbência de o Poder Público, por meio da Administração Pública, conforme lei, prestar serviços públicos na forma do regime de concessão ou permissão.

Pessoal, ressaltei essas passagens da nossa Constituição para mostrar a todos a preocupação que o constituinte teve de frisar a necessidade de uma lei específica que trate sobre o assunto de licitações e contratos.

Cabe à União, como já vimos, a competência privativa para legislar sobre normas gerais para contratação de obras, serviços, compras e alienações pela Administração Pública.

Portanto, obedecendo aos preceitos constitucionais, o legislador, em 1993, publicou a Lei 8.666, que, entre outras providências, regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal e versa sobre normas gerais para licitações e contratos da Administração Pública.

O artigo 3° da Lei 8.666/93 estabelece os princípios básicos que devem ser obedecidos nas licitações. Antes de listá-los, cabe ressaltar que a Administração Pública deve atentar também para os princípios constitucionais (o famoso LIMPE: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência).

A licitação, portanto, veio para certificar que a isonomia será respeitada no momento da contratação pela Administração, selecionando a proposta mais vantajosa e promovendo o desenvolvimento nacional sustentável.

Vejamos agora os princípios constantes na Lei.

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Figura 12. Princípios

Pessoal, a Administração Pública não pode adquirir bens ou prestar serviços a qualquer fornecedor. Conforme vimos, devem-se realizar licitações e seguir os princípios que as norteiam para poder alcançar condições de igualdade no momento da contratação.

No entanto, a Lei das Licitações, ao mesmo tempo em que dispõe sobre a obrigatoriedade de realizar esse procedimento prévio, também “abre brechas” e permite algumas exceções.

Dentre tais exceções, observa-se a possibilidade de dispensa da licitação ou simplesmente a sua inexigibilidade.

Primeiramente, devemos ressaltar que, para qualquer um desses casos que vamos abordar agora, a Administração deve motivar o ato administrativo que venha a dispensar ou tornar inexigível a licitação.

Outra coisa que não podemos esquecer é a de que os casos em que se enquadrarão a dispensa ou a inexigibilidade devem estar previstos em lei. Isto quer dizer o seguinte:

� Casos em que a licitação é dispensada: a lei diretamente dispensa uma possível licitação que seria viável em determinada situação. Isto é, há possibilidade de haver concorrência entre os fornecedores, no entanto, a lei a dispensa. Neste caso, a Administração Pública não licita.

� Casos em que a licitação é dispensável: a lei dá a discricionariedade para a Administração dispensar ou não

PrincípiosLegalidade;

Impessoalidade;

Moralidade;

Igualdade; Publicidade;

Probidade administrativa;

Vinculação ao instrumento

convocatório;

Julgamento objetivo

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determinada licitação. Nesse caso, há uma faculdade da Administração, de acordo com o exame de conveniência e oportunidade.

Já na inexigibilidade, a lei dispõe que fica inviável qualquer competição que justifique uma licitação, como nos casos de:

• Compra de materiais, equipamentos, ou gêneros fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo;

• Contratação de serviços técnicos de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização ou;

• Contratação de profissional de qualquer setor artístico, consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.

Uma observação antes de continuarmos. A inexigibilidade não é cabível quando a contratação de serviços técnicos de natureza singular for referente a serviços de publicidade e divulgação.

Finalmente, a Lei retrata um caso em que tanto o fornecedor ou prestador de serviço público, quanto o agente público responsável, respondem solidariamente, sem prejuízo legal de outras sanções cabíveis. Seria a situação de superfaturamento, causando dano à Fazenda Pública.

•Alienação de bens imóveis em caso de dação em pagamento; permuta por outro imóvel cujas finalidades (como as instalações) sejam indispensáveis à Administração; alienação de bens móveis como bens produzidos por órgãos, observando as suas finalidades; permuta bens móveis entre órgãos ou entidades da Administração Pública.

Dispensada

•Obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00; outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00; casos de guerra ou grave perturbação de ordem; casos de emergência ou de calamidade pública; casos de licitação deserta.

Dispensável

•Materiais e Produtos exclusivos, vedada a preferência de marca; contratação de serviços técnicos de natureza singular; contratação de profissional artístico consagrado

Inexigível

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Vedação de licitação

Vou abrir um parênteses aqui para abordar um pouco sobre um assunto que não está disposto na Lei das Licitações, no entanto, grande parte da doutrina versa sobre mais um tipo de não uso desse instrumento competitivo. Então, vamos falar sobre vedação de licitação.

Conforme Mazza14, na obra Manual de Direito Administrativo, o conceito de Vedação de Licitação indica:

“Situações excepcionais, (...), em que a realização do certame licitatório violaria o interesse público em razão da extrema urgência em obter certos bens ou serviços. (...) Administração Pública é obrigada a adotar decisão vinculada de realizar a contratação direta pelo fato de a proteção do interesse público ser incompatível com o período de tempo necessário para concluir o procedimento licitatório. Exemplo: compra de vacinas durante epidemia.”

Tipos de Licitação

De acordo com o artigo n° 45 da Lei 8666/93, o julgamento das propostas de um procedimento licitatório pela comissão de licitação ou pelo responsável pelo convite deverá ser objetivo. Os critérios de julgamento serão, portanto, considerados como tipos de licitação.

Dentre os tipos de licitação temos:

Figura 13 - Tipos de Licitação

14 (Mazza, 2011)

Menor Preço

Melhor Técnica

Melhor Técnica e Preço

Maior Lance

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O inciso I do §1° do artigo 45 da Lei 8.666/93 traz o primeiro tipo de licitação: aquela de menor preço. Nesse tipo, o licitante vencedor será aquele que, apresentando a proposta em conformidade com o qualificado no edital ou convite, ofertar o menor preço. É um tipo bastante utilizado no setor público.

Os incisos II e II, do mesmo parágrafo, relatam que o segundo e o terceiro tipos de licitação seriam o de melhor técnica e o de melhor técnica e preço.

Conforme o §2° do artigo 46 da Lei, a diferença básica entre esses dois tipo de licitação é que, no de melhor técnica e preço, a classificação far-se-á conforme a média ponderada das valorizações das propostas técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabelecidos no instrumento convocatório.

Pessoal, no caput do artigo 46 da Lei nota-se a exigência de onde se utilizar os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço". Fala-se em uso exclusivo em serviços de natureza predominantemente intelectual, como: desenvolvimento de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

No entanto, o mesmo artigo 46 retrata uma exceção quanto ao tipo “técnica e preço”. Seria no caso de contratação de bens e serviços de informática. Esse tipo seria enquadrado no critério de “melhor técnica e preço”, entretanto, pode ser utilizado outro tipo de licitação conforme indicação em decreto do Poder Executivo.

Por fim, tem-se o tipo maior lance. Esse tipo julgamento objetivo ocorre em casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

Modalidades de Licitação

As modalidades de licitações descritas na Lei 8.666/93 e na Lei 10.520/02 têm relação com o valor total que será licitado e/ou do tipo de objeto a ser contratado.

Concorrência

Segundo o parágrafo primeiro do artigo 22 da Lei 8.666/93, o conceito de concorrência seria:

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“Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.”

A fase de habilitação, nesta modalidade, é prévia, isto é, a análise dos documentos dos concorrentes ocorre anteriormente à análise de suas propostas. Dessa forma, a concorrência é a modalidade mais demorada de ocorrer, uma vez que a sua execução obedece a uma sequência temporal de fatos.

A concorrência é a mais completa modalidade de licitação, sendo sua utilização possível para a celebração de contratos de qualquer valor. É também a modalidade em que se verificam a maior competitividade e publicidade possíveis.15

No entanto, a concorrência não é a modalidade mais apreciada pelos gestores públicos, uma vez que o rito dela é de maior duração.

Conforme a Lei das Licitações, a concorrência pode ser realizada para compra de bens e serviços de qualquer valor, devendo, obrigatoriamente ser utilizada quando a contratação for:

“Art. 23.

(...)

I - para obras e serviços de engenharia:

(...)

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

(...)

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).”

Tomada de Preços

O parágrafo segundo do artigo 22 da Lei 8.666/93 define a segunda modalidade de licitação da seguinte forma:

“Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou

15 (Alexandrino & Paulo, 2009)

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que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação”.

A habilitação, que corresponde ao próprio cadastramento, é prévia à abertura do procedimento16.

Aqueles que não conseguirem se cadastrar podem fazê-lo em até 3 (três) dias antes do início da data de recebimento das propostas. Para isso, devem possuir os requisitos qualificatórios necessários para o cadastramento.

De acordo com a Lei em questão, essa modalidade de licitação destina-se à assinatura de contratos de compras, serviços e obras com valores menores do que aqueles já vistos na concorrência, sendo, portanto obrigatório nos seguintes casos:

“I - para obras e serviços de engenharia:

(...)

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

(...)

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

(...)

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).”

Por fim, vocês devem levar pra prova que a tomada de preços pode ser utilizada em casos de licitações internacionais. Para isso, o órgão ou entidade, que realizará a licitação, deve possuir um cadastro internacional de fornecedores, além de respeitar ao limites de valor transcritos acima exigidos nessa modalidade.

Convite

Pessoal, a definição dessa modalidade de licitação está expressa no parágrafo terceiro do artigo 22 da Lei 8.666/93, senão, vejamos:

“Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em

16 (Alexandrino & Paulo, 2009)

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número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.”

A carta-convite é a ferramenta por meio da qual se requisita a participação dos interessados, que podem estar cadastrados ou não. Aqueles que não forem cadastrados, poderão se manifestar em até 24 (vinte e quatro) horas antes do início do prazo de apresentação das propostas.

Vale lembrar que, em casos de licitações internacionais, pode-se utilizar a modalidade convite, desde que: não haja fornecedor no Brasil e que o valor esteja dentro do limite legal.

Os limites para esta modalidades estão previstos na Lei das Licitações, como se pode observar abaixo:

“Art. 23.

(...)

I - para obras e serviços de engenharia:

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais);

(...)

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).”

Concurso

A lei 8.666/93, no parágrafo quarto do artigo 22, conceitua a modalidade concurso da seguinte forma:

“Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.”

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Dessa forma, nota-se que o valor do contrato não é razão para utilizar, ou não, esta modalidade de licitação. O que define o uso do concurso é a natureza do objeto a ser licitado.

No concurso, o licitante ganhador receberá um prêmio, que pode ser um objeto ou em dinheiro. Isto pode ser confirmado ao ler o § 1º do artigo 13 da Lei 8.666/93:

“Art. 13.

(...)

§ 1º Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração”.

É fundamental não confundir essa modalidade de licitação com o concurso para provimento de cargo, que também é um procedimento administrativo seletivo, mas sem natureza licitatória17.

Leilão

O parágrafo quinto do artigo 22 da Lei 8.666/93 tratou da modalidade de licitação denominada de Leilão que foi conceituado como:

“Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, (...) a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação”.

Um pouco antes, no parágrafo 6o do artigo 17, o legislador impôs que, para a venda de bens móveis, a Administração utilizará a modalidade leilão dentro do limite de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais).

Se vier a ultrapassar esse valor, a venda deverá ocorrer por meio da modalidade concorrência. Resumindo, o ilustre autor Alexandre Mazza18 dispôs que:

17 (Mazza, 2011) 18 (Mazza, 2011)

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“O leilão é utilizado para a venda de bens:

1) móveis inservíveis;

2) móveis de valor módico;

3)imóveis oriundos de procedimentos judiciais ou dação, caso em que a Administração pode optar entre leilão e concorrência.”

Pregão

A Medida Provisória n. 2.182-18, de 2001, convertida na Lei 10.520, de 2002, instituiu a modalidade de licitação denominada pregão para a aquisição de bens e serviços comuns.

O parágrafo único do artigo 1o desta Lei conceituou bens e serviços comuns como sendo “aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado”.

Dessa forma, o valor da compra ou serviço a ser contratado não tem relevância no pregão, como nas outras modalidades estudadas anteriormente.

O que importa, nesse caso, é a qualidade, ou seja, que as especificações do objeto sejam precisas, suficientes e claras com a finalidade de garantir a ampla competitividade, com o alcance do menor preço.

A habilitação dos licitantes é posterior à abertura das propostas de preços, logo, esta modalidade é mais célere. Dessa forma, a Administração abre o envelope de documentação apenas da empresa que melhor apresentou a proposta de preço dentro dos requisitos solicitados no edital do objeto a ser contratado.

Com isso, o pregoeiro só analisa a documentação da proposta mais vantajosa (menor preço). Caso a papelada daquele esteja em desacordo, o pregoeiro seguirá para o segundo classificado, e assim sucessivamente.

A modalidade de licitação estudada pode ser aplicada tanto no âmbito federal, quanto no estadual e municipal.

O pregão pode-se apresentar de duas formas. A primeira seria a presencial (ou convencional). Neste, a sessão pública é realizada com o comparecimento dos licitantes (ou representantes) e do pregoeiro, em dia, lugar e horário previamente marcados.

A segunda forma seria a eletrônica. Nesta, em sessão pública, também previamente marcada, é realizada por meio da internet, à

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distância, em que o pregoeiro monitora e organiza a oferta de lances dada pelos concorrentes.

Pessoal, o pregão eletrônico foi regulamentado pelo Decreto n. 5.450/05. Neste, o legislador impôs o uso dessa forma de pregão na esfera federal. O pregão presencial só seria aceito quando fosse inviável o uso do eletrônico, desde que devidamente justificado pelo gestor competente.

Por fim, no pregão, é vedada a exigência de garantia, de aquisição do edital como condição para se participar da licitação e do pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica19.

Consulta

A Lei 9.472, de 1997, que criou a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), instituiu a modalidade de licitação denominada Consulta.

A consulta é a modalidade prevista para a aquisição de bens e serviços (que não sejam considerados como comuns) pelas agências reguladoras. Como exceção a essa regra, têm-se a contratação de serviços de engenharia civil.

Na consulta, as propostas são apreciadas por uma comissão conforme avaliação objetiva, observando custo e benefício.

Abaixo podemos ver todas as modalidades de licitação:

19 (Rennó, 2013)

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Figura 14 - Modalidades de Licitação

Vamos ver mais uma questão?

5 - (CESPE – ANEEL – TÉCNICO – 2010) Convite, leilão, concurso e compra direta são modalidades de licitações públicas.

Pessoal, as modalidades de licitação são: concorrência, tomada de preços, convite, leilão, concurso, consulta, pregão. A questão fala em compra direta como modalidade. Isto não é verdade, o que torna o gabarito questão errada.

Almoxarifado

Os materiais de uma organização precisam ser guardados em um ambiente adequado para o perfeito acondicionamento, visando à preservação de sua natureza.

O local, dentro da empresa, que possui essa finalidade chama-se almoxarifado. Segundo Viana20, o conceito de almoxarifado seria:

“O local destinado à fiel guarda e conservação de materiais, em recinto coberto ou não, adequado a sua natureza, tendo a função de destinar espaços onde permanecerá cada item aguardando a

20 (Viana, 2010)

Modalidades de LicitaçãoConcorrência

Tomada de Preços

Convite

Pregão

Concurso

Leilão

Consulta

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necessidade de seu uso, ficando sua localização, equipamentos e disposição interna condicionados à política geral de estoques da empresa”.

O almoxarifado, portanto, visa à estocagem temporária de produtos de uma empresa para que sejam distribuídos mais à frente.

Vale ressaltar que o conjunto de ações realizadas com a finalidade de abrigar adequadamente os materiais de um estoque de uma empresa denomina-se Administração de Almoxarifados.

Tais ações têm o intuito de reduzir os custos operacionais, além de garantir que os produtos permaneçam com qualidade e agilizar a execução dos trabalhos na empresa.

Para que a administração de um almoxarifado cumpra suas finalidades, ela deverá ter capacidade de aproveitamento máximo de seu espaço, com uma perfeita organização deste; deverá preservar que os espaços percorridos com o material, dentro do ambiente, seja o menor possível; além de adequar cada produto às instalações exigidas para um bom acondicionamento (luminosidade, umidade, temperatura...).

Para que a administração de materiais obtenha êxito, o gestor deve utilizar seus recursos humanos e seu maquinário com a finalidade de prevenir contra perdas de produtos.

Outro aspecto importante no almoxarifado é ter um eficiente sistema de localização de produtos. Para isso, “deverá ser utilizada uma simbologia (codificação) normalmente alfanumérica representativa de cada local de estocagem, abrangendo até o menor espaço de uma unidade de estocagem21”.

Por isso, o arranjo físico, ou layout, de um almoxarifado deve ser bem organizado, com espaços adequados para um rápido escoamento dos produtos. Os corredores, as estantes, as prateleiras deverão ser codificados para agilizar a localização do produto.

De acordo com Viana22, a armazenagem dos produtos no almoxarifado compreende as seguintes fases:

� Verificação das condições pelas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem;

� Identificação dos materiais; � Guarda na localização adequada; � Informação da localização física da guarda ao controle; � Verificação periódica das condições de proteção e

armazenamento;

21 (Dias M. A., 2009) 22 (Viana, 2010)

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� Separação para distribuição.

A movimentação dos materiais constantes no almoxarifado é favorecida se o local tiver um arranjo físico eficiente. Essa movimentação deve ser cuidadosa, uma vez que se algo falhar, por menor que seja, poderá acarretar prejuízos significantes.

Para o manuseio de materiais, alguns instrumentos são buscados, entre eles temos23:

� Manual: manuseio simples, efetuado pelo esforço físico dos funcionários;

� Carrinhos manuais: manuseio feito por carrinhos impulsionados manualmente;

� Empilhadeiras: trata-se de um método mecanizado, assim como os feitos por tratores;

� Paleteiras: tipo de empilhadeira manual, como manuseios horizontais. Pode ser mecânica, hidráulica ou elétrica;

� Pontes rolantes; � Guindastes.

Identificação do Material

Pessoal, se um estoque estiver muito bem catalogado, com a identificação dos produtos claramente, a localização e a retirada no material buscado serão bem mais rápidas.

Pois bem, esta identificação sofreu evoluções ao longo do tempo. Antes, fichavam os materiais por meio de coloração e sinalização. Era uma identificação muito mais visual.

Hoje, o processo de identificação é mais ágil, uma vez que utilizam códigos de barras, além de leitores óticos. Estes códigos de barras possuem dados sobre o estoque da empresa, como localização dos materiais e como devem ser manuseados, por exemplo.

Picking

Quando um cliente (seja interno ou externo) chega a uma empresa e demanda determinado produto, alguém deverá se “movimentar” para

23 (Viana, 2010)

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buscar este material que se encontra guardado no almoxarifado, não é verdade?

Essa “movimentação” de buscar o produto no almoxarifado denomina-se picking, o qual varia conforme o dimensionamento que a empresa possui.

Portanto, quanto maior for a organização, o planejamento em cima do picking deverá ser adaptado para se adequar, como a quantidade de pessoas envolvidas, quantidades de produtos separados, divisão dos pedidos recebidos, entre outros.

Os tipos de picking24 existentes são:

Figura 15. Tipos de picking

24 (Lima, 2002) apud (Barros, 2005)

Picking por lote

• Aqui, o responsável acumula os pedidos de um determinado material. Visando o crescimento da produtividade, e após juntar todos os pedidos, o responsável segue ao estoque e coleta o que foi pedido. Se houver volume e variedade reduzidos de pedidos, a produtividade do operador tende a crescer. No entanto, se os pedidos forem complexos, correm riscos de cair em falhas na busca deles.

Picking por zona

• Neste tipo de picking, a separação dos materiais de um pedido pode envolver mais de um operador. Com isso, diminui o deslocamento dos responsáveis, pois cada um fica responsável por cada ambiente. O ambiente de armazenagem é separado por zonas, conforme o tipo de produto. Cada operador cuida de uma zona específica, onde separará o o pedido e depositará em um espaço comum para que o pedido seja organizado e completado conforme deva ser.

Picking discreto

• Esse tipo tem a característica de causar poucos erros, uma vez que ele é iniciado e completado por um mesmo operador. O pedido é muito fácil de ser atendido, uma vez que cada produto é coletado de uma vez. Entretanto, como perde muito tempo com o deslocamento do operador, a produtividade fica prejudicada.

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Inventários

Se, por algum motivo, a organização tiver que realizar a contagem do material do almoxarifado para confirmar o disposto no sistema contábil ou financeiro, ela deverá elaborar um inventário.

Dessa maneira, todo o material constante no estoque da empresa é conferido para certificar se o estoque reproduz o que informa nos sistemas da empresa.

Geralmente o inventário se faz com dois grupos, em que um realiza a contagem inicial e o outro revisa e confirma aquela contagem. Desse modo, observa-se, no inventário, um controle dual.

Conforme a Instrução Normativa n° 205, de 1988, “inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade”.

O processo do inventário pode se dar tanto na esfera privada, quanto na pública. No entanto, nesta última, o procedimento é obrigatório para os bens imóveis e bens móveis.

Vale salientar que o arrolamento na esfera pública deverá ser analítico, separado por cada unidade administrativa. Os administradores públicos terão responsabilidade sobre os bens públicos localizados em seu ambiente de trabalho, respondendo se houver danos ou perdas desses materiais.

Vejamos agora quais os princípios que regem o inventário:

� Integridade: a partir do momento em que se determinar o escopo do inventário, todo e qualquer item constante será objeto do levantamento.

� Oportunidade: o tempo de levantamento dos dados deve ser o mais baixo possível.

� Instantaneidade: dispõe sobre o exato momento de realização do levantamento do inventário.

� Homogeneidade: um denominador comum é escolhido para explanar o valor dos itens. Normalmente, o denominador escolhido é a moeda corrente.

� Especificação: dispõe sobre como os itens serão especificados, particularizados e juntados na mesma espécie.

� Uniformidade: determina as normas gerais e estruturais para preparação dos inventários anuais de uma organização, visando futuras comparações.

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Fases do Inventário

Conforme ensinamentos de Santos et al25, o inventário possui as respectivas fases:

Figura 16. Fases do inventário

Tipos de Inventário

Os inventários são divididos nos seguintes tipos: Anual ou Rotativo.

� Inventário Anual: Feito ao terminar o ano, no qual todos os exemplares são contados ao mesmo tempo. Como a contagem é na mesma data, o processo é bem mais demorado.

25 (Santos, Oliveira, Melo, Caregnatto, & Oliveira, 2008)

Levantamento – coleta de dados sobre o patrimônio, podendo ser denominado levantamento físico (feito diretamente na identificação e na contagem dos componentes materiais) ou contábil (feito através dos elementos registrados nos livros e nas fichas de escrituração);

Arrolamento – registro das características e das quantidades levantadas anteriormente. Estes podem ser feitos de forma resumida (sintética) ou de maneira individual (analítica);

Avaliação – atribuição de uma unidade de valor ao bem, de acordo com seu custo. Sem esta fase, só faríamos o controle físico dos bens, sem poder avaliar o impacto econômico.

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� Inventários Rotativos: Contagem de itens por mais de uma vez durante o ano. Normalmente, conta-se ao realizar uma compra ou uma venda.

Figura 17 - Tipos de inventários

Vamos ver mais uma questão?

6 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) O "picking" discreto, diferente do "picking" por zona, está associado a:

( ) separação de produtos de uma família de produtos.

( ) separação de produtos realizadas por um operador isoladamente.

( ) separação de produtos a serem auditados pelas organizações, especialmente as públicas.

A) FVF

B) VFV

C) VVF

D) VFF

E) FFV

O primeiro quesito refere-se ao picking por zona, e não ao picking discreto, logo está errado. O segundo quesito está correto. No picking discreto, a separação dos produtos é feita por um operador isoladamente, onde cada produto é coletado de cada vez.

Inventários Anuais

Checam a totalidade do estoque uma vez por ano.

Realizado para contagem de produtos de baixo valor, como papel, caneta,

parafuso.

Confronta o estoque físico com o que está registrado nos sistemas da empresa.

Inventários Rotativos

Elaborados conforme necessidade.

Realizado para contagem de produtos de alto valor, como carros.

Realizado para itens considerados críticos, cuja falta acarretaria prejuízos.

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Por fim, o terceiro quesito está errado, pois o picking refere-se às remoções de itens de um almoxarifado, sem nenhuma relação com o processo de auditoria. O gabarito, portanto, é letra A.

Avaliação dos Bens no Inventário

Vejamos, finalmente, como os produtos presentes em um inventário são classificados26:

Figura 18. Classificação dos bens em um inventário

Vamos ver agora algumas questões?

26 (Dias A. F., 2006)

Reversível: é o bem móvel ou imóvel

indispensável à prestação do serviço

público;

Alienável: é o bem móvel ou imóvel

inservível ao ente público;

Inservível: é o bem considerado

ocioso, cuja recuperação é

antieconômica, não sendo, portanto,

mais viável sua utilização;

Alienável ocioso: é o bem que se

encontra em perfeitas condições de

uso, mas não está sendo utilizado;

Alienável de recuperação

antieconômico: é o bem que

apresenta desgaste prematuro ou

obsolescência e possui rendimento

precário, cuja recuperação seria

onerosa, salvo aquele de valor

histórico que poderá ser aproveitado

pelo ente público; e

Irrecuperável: é o bem que não pode

mais ser utilizado para o fim a que se

destina devido à perda de suas

características.

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7 - (CESPE – MPU / ANAL. ADMINISTRATIVO – 2010) A rotatividade de um estoque é determinada pelo número de vezes que os itens armazenados são renovados em determinado período de tempo.

A rotatividade de um estoque ou giro é o resultado da divisão do consumo médio anual pelo estoque médio do período. A eficiência em gerir o estoque de uma organização é mais notória quanto maior for a rotatividade. O gabarito, portanto, é questão correta.

8 - (CESPE – AGU - ADMINISTRADOR – 2010) Os inventários rotativos são efetuados no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a totalidade dos itens de estoque de uma só vez.

Os inventários que são efetuados uma vez por ano são os inventários anuais, não os rotativos. Estes são efetuados sempre que necessário. O gabarito é questão errada.

9 - (CESPE – FUNDAC - ADMINISTRADOR – 2008) A armazenagem de materiais perigosos deve ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.

Claro que a armazenagem de materiais perigosos não pode ser feita em almoxarifado comum. Esse tipo de material deve ser acondicionado de modo especial, visando proteção dos responsáveis pela mercadoria, assim como das instalações do local. Desse modo, o gabarito é questão errada.

10 - (CESPE - ANP – ANALISTA ADMINISTRATIVO– 2013) O just in time, metodologia de gestão com base nos princípios de qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e compromisso, cria um trade off entre a economia em estoques e o investimento na gestão do relacionamento com fornecedores.

Esses princípios citados no comando da questão são respeitados na metodologia just in time, pois a finalidade é só comprar ou produzir no momento certo, com o intuito de diminuir custos com estoques.

Ao dispor que o just in time cria um trade off entre a economia em estoques e o investimento na gestão do relacionamento com os investidores, o examinador quer expressar que respeitando os princípios,

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restará um conflito entre se economizar com os estoques ou investir na gestão do relacionamento com os fornecedores.

Deverá ser feita, neste caso, uma escolha. O gabarito, portanto, é questão correta.

11 - (CESPE - PRF – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 2012) A filosofia just in time fundamenta-se na eliminação do desperdício na superprodução, na espera, no transporte, no processamento, no movimento, na produção defeituosa e nos estoques.

Assim como as características citadas no comando da questão, o just in time possui vários benefícios, como a busca pela redução de gastos desnecessários, maior planejamento e eficiência na produção, aperfeiçoamento do processo produtivo, visando queda nas perdas inúteis. Dessa forma, o gabarito é questão correta.

12 - (CESPE - PRF – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR– 2012) Entre os equipamentos de movimentação classificados como transportadores incluem-se os tratores, os trailers e os veículos especiais para transporte a granel.

A questão exemplificou os veículos industriais, que realizam transportes externos, como: carrinhos de todos os tipos, veículos especiais para transporte a granel, trailers e tratores.

Os equipamentos de movimentação seriam aqueles que realizam a movimentação interna de materiais, como: talha, empilhadeira, elevadores, carrinhos de carga e ponte rolante.

O gabarito, portanto, é questão errada.

13 - (CESPE – AGU - ADMINISTRADOR – 2010) Considerando que certa empresa utilize o sistema de ponto de pedido para atingir a máxima eficiência das reposições de seu estoque; que o consumo diário de determinado item nessa empresa seja de 120 unidades; que o período de reabastecimento do item seja de 2 dias e que o estoque de segurança do item corresponda ao consumo de 1 dia, é correto afirmar que o ponto de pedido do item em questão é de 360 unidades.

Para se calcular o que a banca pede, o ponto de pedido, devemos utilizar a seguinte fórmula:

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PP=�C Médio ×TR�+ Estoque Seg.

Substituindo os dados informados no comando da questão na fórmula acima, teremos:

PP=�120 ×2�+ 120=360

Dessa forma, o ponto de pedido do item em questão é realmente 360, o que torna o gabarito ser questão correta.

14 - (CESPE – ANEEL – TÉCNICO – 2010) O pregão constitui modalidade de licitação para aquisição de serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação.

Pessoal, o pregão é a modalidade de licitação cujo objetivo é adquirir produtos e serviços comuns. Para isso, o pregão não exige limite de valor do que será contratado. Dessa forma, o gabarito é questão correta.

15 - (CESPE – TRT/RN – ANALISTA – 2010) É vedada a combinação das modalidades de licitação previstas em lei, mas, nos casos em que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

A legislação realmente proíbe que se combinem modalidades de licitação. A questão também fala que nos casos em que couber convite, a administração poderá usar uma modalidade que exige valor mais alto, como a tomada de preço ou a concorrência.

Vale ressaltar que o contrário não é permitido, isto é, se o valor exigir a modalidade concorrência, não se poderá utilizar a tomada de preço e, muito menos, o convite. Dessa forma, o gabarito é questão correta.

16 - (CESPE – MPU / ANAL. ADMINISTRATIVO – 2010) Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, além de apresentarem formulação excessivamente complexa, constituem procedimento que prioriza os dados mais recentes em detrimento dos mais antigos.

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A questão está toda errada. O método da média móvel não é complexo, muito pelo contrário. É um método de simples montagem. Além disso, tem como defeito exatamente o fato de não dar mais importância aos meses mais recentes. O gabarito é questão errada.

17 - (CESPE – ABIN / OFICIAL TÉCNICO – 2010) O estoque de segurança é criado a partir da antecipação de uma demanda futura conhecida.

Se soubéssemos qual seria a demanda, não necessitaríamos de um estoque de segurança, não é mesmo? Este estoque serve exatamente para as ocorrências que não temos como prever com exatidão, é um “seguro” contra os imprevistos. O gabarito é questão errada.

18 – (CESPE – MEC – ANALISTA – 2009) Quando adota uma administração de materiais em estoque que privilegia a saída dos materiais que deram entrada mais recentemente, o encarregado de material utiliza o método UEPS.

De acordo com o método UEPS, os últimos itens comprados são retirados do estoque antes. Assim, os itens mais “recentes” serão levados em consideração. Desta forma, o gabarito é questão correta.

19 - (CESPE – ANAC – ANALISTA – 2009) Sistemas de produção embasados no método Just in Time são intensivos em utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de mercadorias a serem vendidas pela organização.

É exatamente o contrário! Estes sistemas devem reduzir a necessidade de estocagem e o espaço destinado para este fim. O gabarito é questão errada.

20 - (CESPE – ABIN / OFICIAL TÉCNICO – 2010) Durante o processo de inventário, é imprescindível que se proceda a uma segunda contagem dos itens para a conferência da primeira contagem, ainda que por amostragem.

Esta segunda checagem é importante para que a organização se assegure que não ocorreram erros manuais na primeira contagem. O gabarito é questão correta.

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21 - (CESPE – TCU – TÉCNICO – 2007) O estudo das licitações deve ter por base a Lei n.º 8.666/1993, a qual estabelece, minuciosamente, as normas sobre licitações e contratos da administração pública.

Esta questão levou muitos candidatos à duvida. O termo “minuciosamente” foi questionado, mas, de qualquer forma, está correto. A Lei 8666/93 descreve em detalhes as normas sobre licitações e contratos no poder público. O gabarito é questão correta.

22 - (UFBA – UFBA – ASSISTENTE ADM. – 2006) A licitação destina-se a garantir a observância do Princípio Constitucional da Isonomia.

Perfeito. Além de buscar a melhor oferta para a Administração Pública, o processo licitatório serve para cumprir o princípio da isonomia. O gabarito é questão correta.

23 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA – 2013) A técnica de programação de materiais e patrimônio denominada just-in-time apresenta muitas vantagens para empresas com foco no cliente. Uma característica deste método que pode se tornar uma desvantagem é que

a) os baixos estoques de segurança expõem a empresa a falhas na entrega dos produtos.

b) a necessidade de prever com precisão o nível de estoque necessário exige técnicas sofisticadas de planejamento.

c) a empresa se torna independente de seus diversos fornecedores.

d) os altos níveis de exigência de eficiência na gestão dos estoques impõem custos altos de treinamento dos colaboradores.

e) a pressa em realizar as entregas pode resultar em baixa qualidade dos produtos.

A letra A está correta e é o nosso gabarito. Como o Just in Time prevê um nível muito baixo de estoques, qualquer problema na produção do nosso fornecedor ou na entrega pode causar falhas e prejuízos.

Já a letra B está equivocada, pois não temos necessidade de prever com precisão a demanda futura, com instrumentos complexos. A ideia é

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que os dados sejam disponibilizados em tempo real aos fornecedores, que terão condição de saber instantaneamente como a demanda está se comportando.

A letra C é absurda e dispensa maiores comentários. O mesmo pode ser dito da letra D, pois isto não é uma desvantagem do Just in Time. Finalmente, a letra E não deve ocorrer.

O fornecedor não fabrica na “pressa”, pois tem todos os dados de consumo da empresa nas mãos. Na verdade, o fornecedor mantém sempre um estoque para que a entrega não tenha interrupções. O gabarito é mesmo a letra A.

24 - (FCC – TRT/RS – ANALISTA – 2011) Em uma economia de preços decrescentes, a avaliação de estoques pelo critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros critérios de atribuição de preços aos estoques, tende a gerar valores de

a) custo de mercadorias vendidas maiores.

b) estoque final menores.

c) saídas maiores.

d) estoques finais maiores.

e) custo de compras maiores.

Se os preços estão decrescentes, ou seja, estão caindo, os estoques estarão com um custo mais alto (visto que a metodologia é a UEPS). Os itens que entram com preço mais baixo são os primeiros a serem retirados do estoque, deixando somente os de custo mais alto.

Com isso, os estoques finais serão maiores. O gabarito é mesmo a letra D.

25 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA – 2013) Uma vantagem considerável da técnica de inventário rotativo para empresas que trabalham com estoque grande e variado é

a) a possibilidade de realizar a contagem da cada item independentemente do respectivo código de inventário.

b) o estabelecimento de intervalo variável para a contagem de todo o estoque de uma só vez, mantendo o almoxarifado em funcionamento.

c) a determinação de intervalo fixo para a contagem dos itens sem que seja preciso classificar o material.

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d) a facilidade de contagem contínua do material, além da definição variável do intervalo para cada tipo de material.

e) a contagem realizada em períodos curtos, já que o almoxarifado tem de ficar fechado.

Ao contrário do inventário periódico, o rotativo pode ser feito durante a operação normal da empresa, sem que ela interrompa suas atividades (o conhecido “fechado para balanço”).

Assim, podemos continuamente contar o estoque da empresa, sempre que necessário. O gabarito é, portanto, a letra D.

26 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O consumo médio anual de um determinado item é de 6.000 unidades. O seu estoque médio mensal é de 600 unidades. O índice de rotatividade desse item é igual a

(A) 5.

(B) 10.

(C) 15.

(D) 20.

(E) 30.

Já vimo que o índice de rotatividade é o mesmo que giro de estoques. Logo, a fórmula que devemos usar nesta questão é:

Giro de Estoque=Consumo anualEstoque médio

Assim, substituindo os dados na fórmula, a equação ficaria:

Giro de Estoque=6000600

=10

Deste modo, o giro de estoque é de 10 vezes. O gabarito, portanto, é a letra B.

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Lista de Questões Trabalhadas na Aula.

1 - (ESAF – SUSEP / ADM FINANCEIRA – 2010)Com base nos seguintes dados sobre o consumo de um material qualquer, assinale a opção que indica, corretamente, o ponto de pedido (P) e a quantidade (Q) a ser adquirida em cada pedido:

- consumo mensal: 50 unidades.

- tempo de reposição: 1,5 mês.

- estoque mínimo: 2,0 meses de consumo.

a) P = 175 // Q = 75

b) P = 100 // Q = 50

c) P = 150 // Q = 75

d) P = 175 // Q = 50

e) P = 150 // Q = 50

2 - (FCC – MPE-SE – ANALISTA – 2009) No processo de avaliação de estoque, quando a saída do estoque é feita pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado o método de avaliação utilizado denomina-se:

a) custo ajustado.

b) UEPS ou LIFO.

c) PEPS ou FIFO.

d) custo médio.

e) custo de reposição.

3 - (CESGRANRIO – TERMOAÇU – ADMINISTRADOR JR – 2008) Qual é uma das principais características da programação Just in Time de suprimentos?

(A) Relações privilegiadas com poucos fornecedores.

(B) Garantia de produtos aos consumidores com grandes estoques.

(C) Aumento do tempo de suprimento entre o fornecedor e a empresa.

(D) Aumento do tempo e dos custos associados, que permite alcançar boas soluções.

(E) Uso da informação eficiente para gerar estoques e atender aos consumidores.

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4 – (CESPE – ANTAQ – TÉCNICO – 2009) Uma vantagem de se adotar a centralização do processo de compras é a obtenção de maior controle de materiais em estoque.

5 - (CESPE – ANEEL – TÉCNICO – 2010) Convite, leilão, concurso e compra direta são modalidades de licitações públicas.

6 - (FMP – TCE-RS – AUDITOR – 2011) O "picking" discreto, diferente do "picking" por zona, está associado a:

( ) separação de produtos de uma família de produtos.

( ) separação de produtos realizadas por um operador isoladamente.

( ) separação de produtos a serem auditados pelas organizações, especialmente as públicas.

A) FVF

B) VFV

C) VVF

D) VFF

E) FFV

7 - (CESPE – MPU / ANAL. ADMINISTRATIVO – 2010) A rotatividade de um estoque é determinada pelo número de vezes que os itens armazenados são renovados em determinado período de tempo.

8 - (CESPE – AGU - ADMINISTRADOR – 2010) Os inventários rotativos são efetuados no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a totalidade dos itens de estoque de uma só vez.

9 - (CESPE – FUNDAC - ADMINISTRADOR – 2008) A armazenagem de materiais perigosos deve ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial.

10 - (CESPE - ANP – ANALISTA ADMINISTRATIVO– 2013) O just in time, metodologia de gestão com base nos princípios de qualidade, velocidade, confiabilidade, flexibilidade e compromisso, cria um trade off entre a economia em estoques e o investimento na gestão do relacionamento com fornecedores.

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11 - (CESPE - PRF – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 2012) A filosofia just in time fundamenta-se na eliminação do desperdício na superprodução, na espera, no transporte, no processamento, no movimento, na produção defeituosa e nos estoques.

12 - (CESPE - PRF – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR– 2012) Entre os equipamentos de movimentação classificados como transportadores incluem-se os tratores, os trailers e os veículos especiais para transporte a granel.

13 - (CESPE – AGU - ADMINISTRADOR – 2010) Considerando que certa empresa utilize o sistema de ponto de pedido para atingir a máxima eficiência das reposições de seu estoque; que o consumo diário de determinado item nessa empresa seja de 120 unidades; que o período de reabastecimento do item seja de 2 dias e que o estoque de segurança do item corresponda ao consumo de 1 dia, é correto afirmar que o ponto de pedido do item em questão é de 360 unidades.

14 - (CESPE – ANEEL – TÉCNICO – 2010) O pregão constitui modalidade de licitação para aquisição de serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado da contratação.

15 - (CESPE – TRT/RN – ANALISTA – 2010) É vedada a combinação das modalidades de licitação previstas em lei, mas, nos casos em que couber convite, a administração poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a concorrência.

16 - (CESPE – MPU / ANAL. ADMINISTRATIVO – 2010) Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, além de apresentarem formulação excessivamente complexa, constituem procedimento que prioriza os dados mais recentes em detrimento dos mais antigos.

17 - (CESPE – ABIN / OFICIAL TÉCNICO – 2010) O estoque de segurança é criado a partir da antecipação de uma demanda futura conhecida.

18 – (CESPE – MEC – ANALISTA – 2009) Quando adota uma administração de materiais em estoque que privilegia a saída dos materiais que deram entrada mais recentemente, o encarregado de material utiliza o método UEPS.

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19 - (CESPE – ANAC – ANALISTA – 2009) Sistemas de produção embasados no método Just in Time são intensivos em utilização de espaço físico para estocagem de matéria-prima ou de mercadorias a serem vendidas pela organização.

20 - (CESPE – ABIN / OFICIAL TÉCNICO – 2010) Durante o processo de inventário, é imprescindível que se proceda a uma segunda contagem dos itens para a conferência da primeira contagem, ainda que por amostragem.

21 - (CESPE – TCU – TÉCNICO – 2007) O estudo das licitações deve ter por base a Lei n.º 8.666/1993, a qual estabelece, minuciosamente, as normas sobre licitações e contratos da administração pública.

22 - (UFBA – UFBA – ASSISTENTE ADM. – 2006) A licitação destina-se a garantir a observância do Princípio Constitucional da Isonomia.

23 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA – 2013) A técnica de programação de materiais e patrimônio denominada just-in-time apresenta muitas vantagens para empresas com foco no cliente. Uma característica deste método que pode se tornar uma desvantagem é que

a) os baixos estoques de segurança expõem a empresa a falhas na entrega dos produtos.

b) a necessidade de prever com precisão o nível de estoque necessário exige técnicas sofisticadas de planejamento.

c) a empresa se torna independente de seus diversos fornecedores.

d) os altos níveis de exigência de eficiência na gestão dos estoques impõem custos altos de treinamento dos colaboradores.

e) a pressa em realizar as entregas pode resultar em baixa qualidade dos produtos.

24 - (FCC – TRT/RS – ANALISTA – 2011) Em uma economia de preços decrescentes, a avaliação de estoques pelo critério Último que Entra é o Primeiro que Sai (UEPS), em relação a outros critérios de atribuição de preços aos estoques, tende a gerar valores de

a) custo de mercadorias vendidas maiores.

b) estoque final menores.

c) saídas maiores.

d) estoques finais maiores.

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e) custo de compras maiores.

25 - (FCC – TRT/PR – ANALISTA – 2013) Uma vantagem considerável da técnica de inventário rotativo para empresas que trabalham com estoque grande e variado é

a) a possibilidade de realizar a contagem da cada item independentemente do respectivo código de inventário.

b) o estabelecimento de intervalo variável para a contagem de todo o estoque de uma só vez, mantendo o almoxarifado em funcionamento.

c) a determinação de intervalo fixo para a contagem dos itens sem que seja preciso classificar o material.

d) a facilidade de contagem contínua do material, além da definição variável do intervalo para cada tipo de material.

e) a contagem realizada em períodos curtos, já que o almoxarifado tem de ficar fechado.

26 - (FCC – MP/SE – ADMINISTRADOR – 2009) O consumo médio anual de um determinado item é de 6.000 unidades. O seu estoque médio mensal é de 600 unidades. O índice de rotatividade desse item é igual a

(A) 5.

(B) 10.

(C) 15.

(D) 20.

(E) 30.

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Gabaritos.

1. A

2. B

3. A

4. C

5. E

6. A

7. C

8. E

9. E

10. C

11. C

12. E

13. C

14. C

15. C

16. E

17. E

18. C

19. E

20. C

21. C

22. C

23. A

24. D

25. D

26. B

Bibliografia

Alexandrino, M., & Paulo, V. (2009). Direito administrativo descomplicado. São Paulo: Forense.

Arnold, T. J. (1999). Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas.

Barros, M. C. (2005). Warehouse management system (WMS): conceitos teóricos e implementação em um centro de distribuição. Dissertação de Mestrado - Dpto de Engenharia Industrial . Rio de Janeiro: PUC-Rio .

Dias, A. F. (Novembro de 2006). Gestão Patrimonial da Administração Pública Estadual. Florianópolis: GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA.

Dias, M. A. (2009). Administração de Materiais (6° Ed. ed.). São Paulo: Atlas.

Fenili, R. (2011). Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais para Concursos. Rio de Janeiro: Método.

Francischini, P., & Gurgel, F. d. (2004). Administração de Materiais e do Patrimônio. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.

Mazza, A. (2011). Manual de direito administrativo (1° Ed. ed.). São Paulo: Saraiva.

Monte Alto, C., Pinheiro, A., & Alves, P. (2009). Técnicas de Compras. Rio de Janeiro: FGV.

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Santos, E. A., Oliveira, L. S., Melo, M., Caregnatto, P., & Oliveira, R. M. (junho de 2008). Inventário Público. Curso de Pós-Graduação em Auditoria e Perícia . Porto Alegre: Faculdades Porto-Alegrense.

Teixeira, C. (2010). Administração de recursos materiais para concursos: teoria e exercícios do Cespe comentados. São Paulo: Método.

Viana, J. J. (2010). Administração de Materiais: um enfoque prático. São Paulo: Atlas.

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