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DIREITO PROCESSUAL CIVIL TUTELA COLETIVA AULA 04 AÇÃO CIVIL PÚBLICA – Cont. 5. COMPETÊNCIA Nos termos do art. 2º, Lei 7.347/85 e Art. 93, CDC, Art. 2º. As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde ocorrer o dano , cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a causa. A intenção do legislador foi criar uma situação de competência territorial absoluta , ao contrário da regra geral, no local da ocorrência do dano. Entretanto esta competência absoluta pode ser modificada em caso de prevenção, conforme art. 2º, parágrafo único, Lei 7.347/85, devido à conexão. Parágrafo único. A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto . O art. 93, CDC regulou a competência para as ações coletivas lato sensu, nos seguintes termos: Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal , é competente para a causa a justiça local: I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local;

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Resumão de aula para quem está estudando pra concursos

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DIREITO PROCESSUAL CIVILTUTELA COLETIVAAULA 04AO CIVIL PBLICA Cont.5. COMPETNCIA Nos termos do art. 2, Lei 7.347/85 e Art. 93, CDC,Art. 2. As aes previstas nesta Lei sero propostas no foro do local onde ocorrer o dano, cujo juzo ter competncia funcional para processar e julgar a causa.A inteno do legislador foi criar uma situao de competncia territorial absoluta, ao contrrio da regra geral, no local da ocorrncia do dano.Entretanto esta competncia absoluta pode ser modificada em caso de preveno, conforme art. 2, pargrafo nico, Lei 7.347/85, devido conexo.Pargrafo nico. A propositura da ao prevenir a jurisdio do juzo para todas as aes posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.O art. 93, CDC regulou a competncia para as aes coletivas lato sensu, nos seguintes termos:Art. 93. Ressalvada a competncia da Justia Federal, competente para a causa a justia local:I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de mbito local;II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de mbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Cdigo de Processo Civil aos casos de competncia concorrente. Segundo este dispositivo, se o dano for local, no repercutindo fora de um municpio, a competncia local. Se o dano repercute em dois municpios ou mais, contudo sem repercutir numa regio, resolve-se a competncia pela preveno. Se o dano alcanar determinada regio do Estado, a competncia da capital deste. Se repercutir em um ou mais estados, sem alcanar o mbito nacional, resolve a questo pela preveno. se o dano tiver repercusso em todo territrio nacional, a competncia de qualquer capital de Estado ou Distrito Federal.6. SENTENA Art. 3. A ao civil poder ter por objeto a condenao em dinheiro ou o cumprimento de obrigao de fazer ou no fazer.Segundo o dispositivo em destaque, outrora se tinha a ideia de que da ao civil pblica advinha sentena somente condenatria, por isso a previso do art. 3, LACP.Ocorre que o Cdigo de Defesa do Consumidor, que serve para regular todo o sistema das tutelas coletivas, ampliou o espectro das decises coletivas, passando a admitir que todas as espcies de aes tm capacidade de tutelar interesses coletivos, inclusive as de natureza declaratria.Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este cdigo so admissveis todas as espcies de aes capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela.7. COISA JULGADAArt. 16. A sentena civil far coisa julgada erga omnes, nos limites da competncia territorial do rgo prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao com idntico fundamento, valendo-se de nova prova.Embora este dispositivo no imponha diferenas aos efeitos decorrentes das espcies de aes de tutela coletiva, o art. 103, CDC assim o fez.Art. 103. Nas aes coletivas de que trata este cdigo, a sentena far coisa julgada:I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficincia de provas, hiptese em que qualquer legitimado poder intentar outra ao, com idntico fundamento valendo-se de nova prova, na hiptese do inciso I (direitos difusos) do pargrafo nico do art. 81;II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedncia por insuficincia de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hiptese prevista no inciso II (direitos coletivos em sentido estrito) do pargrafo nico do art. 81;III - erga omnes, apenas no caso de procedncia do pedido, para beneficiar todas as vtimas e seus sucessores, na hiptese do inciso III (direitos individuais homogneos) do pargrafo nico do art. 81.Assim, no caso de interesses difusos, a sentena produzir efeitos ERGA OMNES. Se for interesse coletivo em sentido estrito, produzir efeitos ULTRA PARTES, no limite do grupo tutelado. Por fim, se for interesse individual homogneo, embora o dispositivo fale em efeito erga omnes, trata-se de efeito ULTRA PARTES, LIMITADO S VTIMAS E SEUS SUCESSORES.O art. 16, em 1994, foi alterado para inserir o a limitao do alcance da coisa julgada.nos limites da competncia territorial do rgo prolatorO dispositivo muito criticado, pois se vinculou coisa julgada competncia, embora aquele instituto seja intimamente ligado jurisdio, que, ao contrrio da competncia, una, nacional, indivisvel.A norma passou a reconhecer situaes um tanto esdrxulas, tais como:1) Sentena produzindo efeitos em somente um lugar, podendo a mesma ao ser proposta em Estado diverso;2) Quanto maior fosse a hierarquia do rgo competente para julgar o recurso, maior seria o alcance da coisa julgada, sem que ningum tenha pedido isso no processo;3) Possibilidade, em caso do ru possuir vrios domiclios em locais diversos, de demandas em vrios locais diferentes, produzindo cada estado deciso diversa; dentre outras. claro que o propsito da norma era restringir os efeitos da sentena e no a coisa julgada.H quem entenda que o dispositivo somente se aplica s aes pautadas em direitos individuais homogneos.A jurisprudncia tem agido da seguinte forma quanto ao tema: REsp 1377400/SC PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ART. 535 DO CPC. VIOLAO. AUSNCIA. AO CIVIL PBLICA. EFICCIA SUBJETIVA. INCIDNCIA DO CDC. EFEITOS ERGA OMNES. ART. 94 DO CDC. AUSNCIA DE PUBLICAO DE EDITAL INEXISTNCIA DE NULIDADE.3. No que se prende abrangncia da sentena prolatada em ao civil pblica relativa a direitos individuais homogneos, a Corte Especial decidiu, em sede de recurso repetitivo, que "os efeitos e a eficcia da sentena no esto circunscritos a lindes geogrficos, mas aos limites objetivos e subjetivos do que foi decidido, levando-se em conta, para tanto, sempre a extenso do dano e a qualidade dos interesses metaindividuais postos em juzo (arts. 468, 472 e 474, CPC e 93 e 103, CDC)" (REsp 1243887/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomo, Corte Especial, julgado sob a sistemtica prevista no art. 543-C do CPC, DJ 12/12/2011).

EDcl no REsp 1329647/DF, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA TURMA, julgado em 05/12/2013, DJe 12/12/2013PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DECLARATRIOS NO RECURSO ESPECIAL. RECEBIMENTO COMO AGRAVO REGIMENTAL. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE. EXECUO INDIVIDUAL DE SENTENA COLETIVA. EXPURGOS INFLACIONRIOS EM CADERNETA DE POUPANA. LIMITES SUBJETIVOS DA SENTENA. ABRANGNCIA NACIONAL DA DEMANDA. COISA JULGADA. REGULARIDADE DO TTULO. PROSSEGUIMENTO DA EXECUO. DECISO MANTIDA.1. Os fundamentos do acrdo recorrido foram devidamente impugnados pelo recurso especial. No incidncia da Smula n. 283/STJ.4. Conforme a orientao jurisprudencial fixada pelo STJ, a abrangncia nacional expressamente declarada na Ao Civil Pblica n. 1998.01.1.016798-9 no pode ser alterada na fase de execuo, sob pena de ofensa coisa julgada, sendo, portanto, aplicvel a todos os beneficirios, independentemente de sua residncia ou domiclio no Distrito Federal.

EDcl no REsp 1338484/DF, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/06/2013, DJe 24/06/2013EMBARGOS DE DECLARAO NO RECURSO ESPECIAL. EMBARGOS DE DECLARAO CONHECIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. EXECUO INDIVIDUAL DE SENTENA COLETIVA. SENTENA GENRICA. CONDENAO DO BANCO DO BRASIL AO PAGAMENTO DE EXPURGOS INFLACIONRIOS DO PLANO VERO PARA CADERNETAS DE POUPANA COM VENCIMENTO EM JANEIRO DE 1989. EXEQUENTES NO DOMICILIADOS NO DISTRITO FEDERAL. ABRANGNCIA NACIONAL DA DEMANDA. COISA JULGADA. REGULARIDADE DO TTULO EXECUTIVO. PROSSEGUIMENTO DA EXECUO INDIVIDUAL.1. Acrdo recorrido que manteve a extino da execuo individual de sentena coletiva, por ausncia de ttulo executivo, por entender que a sentena genrica, que condenara o Banco do Brasil ao pagamento de expurgos inflacionrios decorrentes do Plano Vero para detentores de caderneta de poupana com vencimento em janeiro de 1989, teve sua abrangncia restrita aos poupadores domiciliados no Distrito Federal, por fora do art. 16 da Lei n. 7.347/85.3. Embora a abrangncia nacional no tenha constado do dispositivo da sentena, fez coisa julgada, porquanto no configura mero motivo da deciso, mas o prprio alcance subjetivo da demanda.5. Sentena proferida na ao civil pblica em questo que se aplica indistintamente a todos os detentores de caderneta de poupana com vencimento em janeiro de 1989, independentemente de sua residncia ou domiclio no Distrito Federal.O professor Alexandre Cmara entende que este dispositivo inconstitucional, pois fere o princpio da razoabilidade, alm disso avilta o art. 5, XXXVI, CRFB e art. 6, LINDB. XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;Art. 6. A Lei em vigor ter efeito imediato e geral, respeitados o ato jurdico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada.Nas palavras do mestre fluminense, os artigos no alcanam somente regras de anterioridade, mas toda e qualquer situao que viole a coisa julgada, o ato jurdico perfeito e o direito adquirido. Tanto que o art. 6 fala em efeito geral, no podendo a lei restringi-lo.Ada Pellegrini Grinover entende que, sendo constitucional ou no, a limitao no acarreta qualquer incidncia, pois, se inconstitucional, no se aplica; mas se constitucional, primeiramente, o art. 103, CDC, aplicvel a todo o sistema de tutela coletiva, no fez qualquer restrio; ademais, o art. 93, CDC previu os efeitos da coisa julgada em relao ao mbito do dano.Portanto as aes coletivas pautadas em direito difuso acarretam coisa julgada erga omnes e as orientadas por direitos coletivos ultra partes, SALVO SE IMPROCEDENTE POR AUSNCIA DE PROVAS.Esta ausncia de provas pode se dar s claras ou no. Se na sentena o juiz decidir pela improcedncia do pedido, com fundamento expresso na ausncia de provas, cabe nova ao coletiva, desde que escoltada com novas provas.Entretanto, existem situaes em que a deciso julgada improcedente com base nas provas, pois, poca, somente aquelas provas poderiam ser produzidas. Neste caso, se novas tecnologias permitirem a produo de provas capazes de modificar o mrito da ao, a deciso no formar coisa julgada, viabilizando nova ao coletiva.Observao! O caso apontado acima no se confunde com as recentes decises do STF no sentido de relativizar a coisa julgada em caso de novas tecnologias, pois neste caso ocorre relativizao da COISA JULGADA e no desconsiderao dela.RE 363889, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 02/06/2011, ACRDO ELETRNICO REPERCUSSO GERAL - MRITO DJe-238 DIVULG 15-12-2011 PUBLIC 16-12-2011EMENTA RECURSO EXTRAORDINRIO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSTITUCIONAL. REPERCUSSO GERAL RECONHECIDA. AO DE INVESTIGAO DE PATERNIDADE DECLARADA EXTINTA, COM FUNDAMENTO EM COISA JULGADA, EM RAZO DA EXISTNCIA DE ANTERIOR DEMANDA EM QUE NO FOI POSSVEL A REALIZAO DE EXAME DE DNA, POR SER O AUTOR BENEFICRIO DA JUSTIA GRATUITA E POR NO TER O ESTADO PROVIDENCIADO A SUA REALIZAO. REPROPOSITURA DA AO. POSSIBILIDADE, EM RESPEITO PREVALNCIA DO DIREITO FUNDAMENTAL BUSCA DA IDENTIDADE GENTICA DO SER, COMO EMANAO DE SEU DIREITO DE PERSONALIDADE. 1. dotada de repercusso geral a matria atinente possibilidade da repropositura de ao de investigao de paternidade, quando anterior demanda idntica, entre as mesmas partes, foi julgada improcedente, por falta de provas, em razo da parte interessada no dispor de condies econmicas para realizar o exame de DNA e o Estado no ter custeado a produo dessa prova.Portanto, nos casos de coisa julgada em ao coletiva julgada improcedente por ausncia de provas, esta SECUNDUM EVENTUS LITIS (conforme o resultado do processo), que alguns chamam de SECUNDUM EVENTUM PROBATIONEM.J nas aes que tutelam interesses individuais homogneos, s h coisa julgada para todas as vtimas e seus sucessores se for de procedncia, no prejudicando se for de improcedncia. Neste caso, a coisa julgada ganha extenso IN UTILIBUS (no que for til).8. LIQUIDAO DE SENTENAQuanto a interesses difusos e coletivos, como as condenaes no so individualizadas, beneficiando fundos criados pela lei 7347/85, no h maiores problemas para a liquidao da sentena.Contudo, nas demandas de tutela de interesses individuais homogneas, situao na qual os direitos so divisveis, cada um com seu quantum debeatur, deve-se aplicar o art. 95, c/c art. 97, todos do CDC.Art. 95. Em caso de procedncia do pedido, a condenao ser genrica, fixando a responsabilidade do ru pelos danos causados.Art. 97. A liquidao e a execuo de sentena podero ser promovidas pela vtima e seus sucessores, assim como pelos legitimados de que trata o art. 82.O art. 98 prev a possibilidade dos legitimados efetuarem a execuo aps cada indivduo efetuar sua liquidao em separado, dando, ao final, a cada um o que seu.Art. 98. A execuo poder ser coletiva, sendo promovida pelos legitimados de que trata o art. 82, abrangendo as vtimas cujas indenizaes j tiveram sido fixadas em sentena de liquidao, sem prejuzo do ajuizamento de outras execues.O art. 100, CDC prev a possibilidade de algum legitimado efetuar a execuo, em casos que nenhum legitimado individual se proponha a faz-lo.Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem habilitao de interessados em nmero compatvel com a gravidade do dano, podero os legitimados do art. 82 promover a liquidao e execuo da indenizao devida.Este caso ocorre, na maioria das vezes, quando o dano individual irrisrio, no restando interesse individual aos lesados. Para que o dano no fique sem responsabilizao, legitima-se a execuo do valor total, dirigindo-o ao fundo criado pela lei 7347/85. a chamada reparao difusa (FLUID RECOVERY)9. INQURITO CIVIL (Art. 8, 1, Lei 7347/85) 1. O Ministrio Pblico poder instaurar, sob sua presidncia, inqurito civil, ou requisitar, de qualquer organismo pblico ou particular, certides, informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder ser inferior a 10 (dez) dias teis.A legitimidade exclusiva do Ministrio Pblico, o que no importa dizer que os demais legitimados no possam criar seus procedimentos prprios. Entretanto estes procedimentos no lhe conferem os poderes conferidos pelo inqurito civil, tal como requisitar documentos.A finalidade do IC reunir elementos de prova capazes de viabilizar uma eventual ao civil pblica.O procedimento facultativo.Se houver vontade do rgo ministerial em arquivar o inqurito, no h controle judicial, mas sim por parte do prprio parquet, por meio do Conselho Superior do Ministrio Pblico. Este, se entender que no caso de arquivamento, pode designar outro promotor para faz-lo, lembrando que deve ser o seu substituto, sob pena de violao ao princpio do Promotor natural.11. TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTATodos os legitimados pblicos podem fazer TAC. Inclusive podem incidir mais de um TAC quanto ao mesmo ru, desde que sobre objetos diversos.O TAC s pode ser realizado antes da propositura da ao, pois este instrumento tem natureza de ttulo executivo extrajudicial.12. NOVO CPCNo novo CPC, h previso da possiblidade de converso de aes individuais em aes coletivas, desde que haja requerimento do Ministrio Pblico ou Defensoria Pblica.Este procedimento no poder ser adotado nas aes de interesse individuais homogneos.Os legitimados, caso seja aceita a converso, sero intimados para adequar a inicial tutela coletiva e ato contnuo o ru tambm ser chamado a fazer o mesmo.O autor primitivo figurar como assistente.O MP, nas causas em que ele no for o requerente, dever ser ouvido.13. HONORRIOSREsp 1344505/PR, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, Rel. p/ Acrdo Ministro ARI PARGENDLER, PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/12/2013, DJe 19/02/2014PROCESSO CIVIL. AO CIVIL PBLICA. HONORRIOS DE ADVOGADO.Acrdo que vinculou a verba honorria na ao civil pblica aos valores apurados nas aes individuais de cumprimento da sentena (sic); quer dizer, estabeleceu uma relao de prejudicialidade entre os valores apurados nas aes individuais de cumprimento da sentena e a base de clculo da verba honorria na ao civil pblica.14. PRESCRIOAplica-se o prazo prescricional de 5 anos previsto no art. 21, lei 4717/65 a todas as aes que compem o microssistema da tutela coletiva, salvo se determinada ao possuir prazo prprio, consoante se d na lei do mandado de segurana, que prev prazo decadencial de 120 dias.AGRAVOS REGIMENTAIS NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AO CIVIL PBLICA. EXECUO. PRAZO PRESCRICIONAL. SUSPENSO DO JULGAMENTO DO FEITO PARA AGUARDAR DECISO FINAL EM RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVRSIA. NO CABIMENTO. APLICAO DO ART. 557 DO CPC. NULIDADE. NO OCORRNCIA. DESNECESSIDADE DO TRNSITO EM JULGADO DO ACRDO QUE FIRMOU O ENTENDIMENTO NESTA CORTE A RESPEITO DA MATRIA. SENTENA PROFERIDA EM AO COLETIVA. PRESCRIO QUINQUENAL DA PRETENSO EXECUTIVA. OFENSA COISA JULGADA. INEXISTNCIA.3. No se faz necessrio tenha ocorrido o trnsito em julgado do acrdo proferido no precedente que traou o entendimento uniformizador no qual se lastreou a deciso do relator.4. Perfilhando a orientao traada pela Segunda Seo no julgamento do Recurso Especial 1.070.896/SC, Relator o em. Ministro Luis Felipe Salomo, DJe de 4/8/2010, no qual ficou assentada a tese de que quinquenal o prazo prescricional para o ajuizamento de ao civil pblica, precedentes desta Corte consolidaram a compreenso de que o mesmo prazo prescricional de cinco anos deve ser aplicado em relao execuo individual da sentena proferida na ao coletiva, entendimento que foi confirmado no julgamento do Recurso Especial n 1.273.643/PR, Segunda Seo, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJe de 4/4/2013, submetido ao rito dos recursos representativos da controvrsia (CPC, art. 543-C).(AgRg no AREsp 100.292/PR, Rel. Ministro RAUL ARAJO, QUARTA TURMA, julgado em 06/08/2013, DJe 21/08/2013)