aula 02 administracao pf

Upload: beto-soares

Post on 04-Apr-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    1/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 1

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Noes de Administrao

    Mdulo II

    2. Administrao Financeira e Oramentria

    2.1. Oramento Pblico

    O Oramento Pblico se constitui num instrumento do Governo, no sentido domesmo elaborar seu plano de trabalho, anunciar sociedade as aes que sero

    realizadas, controlar a execuo dessas aes e avaliar o grau de sucesso nas suasoperaes.

    Portanto, o oramento um plano de trabalho do Governo. um documentoque contm propostas, para o perodo de um ano. um documento produzido peloPoder Executivo e apreciado pelo Poder Legislativo, que pode inclusive alter-lo emalguns aspectos.

    Vejamos algumas definies j consagradas sobre o Oramento Pblico:

    uma lei de iniciativa do poder executivo, e aprovada pelo poder

    legislativo, que estima a receita e fixa a despesa da administraogovernamental. Essa lei deve ser elaborada por todas as esferas degoverno em um exerccio para, depois de devidamente aprovada, vigorarno exerccio seguinte (ABOP Associao Brasileira de OramentoPblico, Glossrio de termos oramentrios e afins).

    A Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa deforma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa detrabalho do Governo, obedecidos os princpios de unidade, universalidadee anualidade(Art. 2o. da Lei no4.320/64).

    o ato pelo qual o Poder Executivo prev e o Poder Legislativo lheautoriza, por certo perodo, e em pormenor, a execuo das despesasdestinadas ao funcionamento dos servios pblicos e outros fins adotadospela poltica econmica ou geral do pas, assim com a arrecadao dasreceitas j criadas em lei (Aliomar Baleeiro).

    Assim, observe as caractersticas fundamentais do oramento pblico:

    Documento legal, elaborado pelo Poder Executivo e autorizado pelo PoderLegislativo, que pode fazer alteraes no mesmo (emendas ao oramento);

    Compreende um determinado perodo de tempo (doze meses, o chamadoano fiscal) e tem sua vigncia limitada a este perodo;

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    2/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 2

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Constitui-se num plano de trabalho do Governo nesse mesmo perodo detempo, descrevendo as aes que sero executadas;

    Contm uma previso das diversas receitas a serem arrecadadas pelo PoderPblico;

    Contm uma autorizao para as diversas despesas a serem realizadas, narealizao das aes previstas.

    Ateno para este ponto: no tocante s despesas, o oramento apenas fixa seulimite mximo. Assim, diz-se que o oramento autorizativo.

    Por exemplo, se a despesa orada para um determinado municpio for igual a R$ 4milhes no ano de 2006, isso no quer dizer que o prefeito vai gastar exatamenteessa valor, pois esta cifra somente um limite. O poder executivo est autorizado,pela lei oramentria (aprovada pelo Poder Legislativo), a gastar no mximo R$ 4milhes, mas pode gastar menos que isso.

    Se o prefeito fosse obrigado, pela lei oramentria, a realizar todas as despesasprevistas, estaramos diante do chamado oramento impositivo.

    No Brasil o oramento pblico eminentemente autorizativo, pois estima as receitase fixa limites mximos para as despesas.

    Tipos de Oramento

    Como instrumento legal do Estado, o Oramento Pblico vem passando portransformaes ao longo da histria. Sua evoluo no tempo pode ser descrita emdois momentos bem marcantes: o do oramento tradicional e o do oramentomoderno.

    a) Oramento Tradicional

    Enquanto instrumento formal, o oramento surgiu na Inglaterra, por volta do ano de1822, em pleno desenvolvimento do Liberalismo Econmico. Sua principal funo eraa de controle poltico, na medida em que foi uma forma pela qual o Parlamentopde limitar os poderes do Rei, no tocante criao de novos impostos.

    Assim, o Estado Liberal que surgia naquela poca passava a contar com ummecanismo de disciplina e controle das aes do poder executivo, visando manter oequilbrio financeiro nas contas pblicas, limitando o crescimento exagerado dosgastos e reduzindo a possibilidade de aumentos excessivos da carga tributria.

    No oramento tradicional, o aspecto econmico tinha posio menos importante doque o aspecto poltico. O oramento no era visto como um plano de trabalho doGoverno, mas, sobretudo, como um limitador sua ao. As finanas pblicas

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    3/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 3

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    tinham um carter neutro sobre a vida econmica. Era preciso somente mant-lassobre controle, para evitar que o Estado afetasse a economia de modo indesejvel.

    Nesse contexto, o oramento se resumia a uma relao de valores previstosdiscriminados pelas diversas unidades administrativas que compunham o Estado, eidentificados tambm de acordo com os diversos itens de receita e de despesa.

    b) Oramento Moderno

    No final do sculo XIX, o Estado abandonou a posio neutra da poca doLiberalismo, passando a atuar cada vez mais na vida econmica, inclusive comoprovedor de bens e servios. As finanas pblicas perderam seu carter neutro,uma vez que passaram a ser usadas para corrigir as distores no sistemaeconmico.

    Tal tendncia veio a se consolidar principalmente aps a grande crise de 1929, emque o Estado passou a ter um papel muito mais ativo na conduo da economia,como forma de combate s crises cclicas do capitalismo. Nos anos 30 as idias doeconomista ingls John Maynard Keynes passaram a predominar, defendendo anecessidade da interveno estatal no panorama econmico.

    O oramento pblico at ento era concebido como um mero demonstrativo deautorizaes legislativas, e dessa forma no mais atendia s necessidades dosexecutivos governamentais, cujas atribuies e encargos eram cada vez maiores.Nesse sentido o oramento moderno se tornou um instrumento de

    administrao das finanas governamentais.

    Assim, o oramento pblico passou a ser uma ferramenta de gesto,auxiliando o Governo nas diversas atividades do processoadministrativo: programao, execuo e controle. Notadamente a partirda segunda guerra mundial o oramento pblico passou a apresentaruma feio de plano de trabalho, com cronogramas de execuo epreviso dos meios de financiamento das aes.

    Nos anos 50, nos Estados Unidos, surgiu o Oramento de Desempenho, sendo

    aquele que representava os propsitos e objetivos para os quais os valoresoramentrios eram fixados, os custos dos programas propostos para atingir taisobjetivos, e os dados quantitativos que permitissem a mensurao das realizaes eo trabalho realizado em cada programa.

    Nos anos 60 a governo americano criou o PPBS Planning, Programming andBudgeting System, traduzido no Brasil como SPPO Sistema de Planejamento,Programao e Oramento. Trata-se de nova concepo do oramento, integrando omesmo ao planejamento e gesto governamental, dando origem posteriormente aooramento-programa.

    No oramento-Programa, as despesas so relacionadas no apenas de acordocom as unidades administrativas que as realizaro e de acordo com os diversositens de gastos (tais como pessoal, material de consumo, combustveis, etc). As

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    4/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 4

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    despesas passam a ser relacionadas tambm aos diversos programas quecompem a agenda do Governo para o exerccio oramentrio. No interessa maissaber somente quem gasta e em que se gasta, mas, sobretudo, como e paraque se gasta.

    Assim, podemos concluir que os elementos essenciais do oramento-programa soos seguintes:

    a) Objetivos e propsitos perseguidos pelo ente pblico, e para cujaconsecuo so empregados os recursos oramentrios;

    b) Programas, isto , instrumentos de integrao dos esforos governamentaisno sentido da concretizao dos objetivos pretendidos;

    c) Custos dos programas, mensurados atravs da identificao dos meios ouinsumos (pessoal, material de consumo, equipamentos, servios de terceiros,etc) necessrios para a obteno dos resultados;

    d) Medidas de desempenho com a finalidade de permitir a avaliao dasrealizaes (produto final obtido) e os esforos despendidos na execuo dosdiversos programas de governo;

    e)A integrao com o planejamento das atividades, na medida em que ooramento deixa de ser apenas um controle contbil e passa a funcionartambm como instrumento de gesto.

    O quadro a seguir ilustra as diferenas entre dois modelos bem distintos: oOramento Tradicional e o Oramento-Programa:

    Oramento Tradicional Oramento-Programa

    1. O processo oramentrio dissociado dosprocessos de planejamento e de gesto.

    1. O oramento se torna o elo entre o planejamento e agesto das vrias funes da organizao.

    2. A definio das dotaes oramentrias de cadargo tem por objetivo viabilizar a aquisio derecursos.

    2. A definio das dotaes oramentrias dprioridade aos custos de realizao dos programas,visando o alcance de metas e de resultados.

    3. A estrutura do oramento d nfase aos aspectoscontbeis da gestoquem gasta e o que se gasta.

    3. A estrutura do oramento est voltada para os

    aspectos administrativos e de planejamentocomo segasta e para que se gasta.

    4. Os principais critrios para classificao de receitase despesas so determinados em funo das unidadesadministrativas e da natureza de cada item de receita edespesa.

    4. Os principais critrios de classificao enfatizam aestrutura dos programas e as diversas funesdesempenhadas pelo Governo.

    5. No h uma preocupao com sistemas deacompanhamento e medio do trabalho, bem comodos resultados.

    5. Ocorre uma utilizao sistemtica de indicadores epadres de medio do trabalho e dos resultadosalcanados.

    6. O controle feito para verificar sobretudo alegalidade no cumprimento do oramento, ou seja, a

    adequao da aplicao dos recursos s normasvigentes.

    6. O controle enfatiza a avaliao da eficincia, da

    eficcia e da efetividade das aes governamentais.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    5/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 5

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Um comentrio adicional precisa ser feito acerca do chamado Oramento BaseZero ou Oramento por Estratgia. Trata-se de uma tcnica que pode ser usadapara a elaborao do oramento, e que consiste basicamente no seguinte:

    A cada exerccio, ao invs do gestor ou administrador de um determinadorgo se basear no seu histrico de despesas, para apurar as necessidades doprximo ano, ele dever justificar detalhamente todos os recursos solicitadosao rgo central de planjamento e oramento.

    Assim, a cada novo exerccio, o gestor deve sempre justificar os recursossolicitados, sem se basear na execuo oramentria de perodos anteriores da o nome base zero; o gestor no pode argumentar que necessita de certomontante de recursos apenas porque no ano passado foi este o montantegasto.

    Todos os gastos efetuados no passado devem passar por um processo crticode reviso, dando origem a uma nova estimativa de gastos, os quais seroalocados numa escala de prioridades, de acordo com os objetivos e dosprogramas a serem implementados no exerccio seguinte.

    Em suma, a tcnica do Oramento Base Zero pretende eliminar uma memria degastos trazida do passado, uma vez que muito comum os gestores formularemsuas necessidades de recursos atravs de mtodos simplistas, tais como apenasrepetir o montante gasto no ano anterior, acrescentado de certa expectativa deinflao, aumento de tarifas, reajustes contratuais, etc.

    2.2. Princpios Oramentrios

    Alguns princpios oramentrios so usados como referncia, orientando o gestorpblico nos processos de elaborao, execuo e controle dos oramentos. Trata-sede diretrizes para facilitar o processo oramentrio, no se constituindo em dogmasrgidos. So contribuies doutrinrias, resultantes da experincia internacional

    acumulada no mbito do Direito Financeiro, no qual se inserem as matrias relativass Finanas Pblicas. No entanto, no caso brasileiro, a prpria legislao citadaanteriormente tornou obrigatria a observncia de alguns desses princpios, comoveremos a seguir.

    a) Princpio da Anualidade ou Periodicidade

    Refere-se necessidade da limitao temporal, em geral, de um ano, para aestimativa das receitas e autorizao das despesas. Esse perodo limitado de temporelativo vigncia do oramento denominado de exerccio financeiro.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    6/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 6

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Portanto, o oramento tem sua vigncia limitada no tempo, durante um ano. NoBrasil o exerccio financeiro se inicia em 1o de janeiro e termina em 31 de dezembro,coincidindo com o ano civil. Assim, o oramento s vlido para aquele anoespecfico para o qual o mesmo foi elaborado e aprovado.

    A periodicidade do oramento apresenta interesse sob os seguintes aspectos:

    Aspecto Poltico: d a oportunidade ao Poder Legislativo de exercer uma desuas principais funes, intervindo periodicamente na atividade financeira doEstado;

    Aspecto Econmico: permite ajustar as finanas pblicas s variaescclicas da conjuntura econmica, levando o Governo a atuar em situaes derecesso ou de expanso da renda nacional, ou seja, serve como uminstrumento de gerenciamento macroeconmico.

    b) Princpio da Universalidade

    De acordo com este princpio, o oramento deve conter a totalidade das receitas doEstado, sejam elas provenientes de tributos, rendas diversas, etc. Igualmente deveconter a totalidade das despesas a cargo da administrao pblica.

    O princpio da universalidade recomenda, portanto, que todas as receitas e

    despesas dos trs Poderes, seus rgos, fundos e entidades da AdministraoIndireta, devem constar no Oramento uno. Essa regra considerada, pelosestudiosos das finanas pblicas, como indispensvel para o controle parlamentarsobre as finanas pblicas, uma vez que:

    Permite ao Poder Legislativo conhecer todas as receitas e despesas, dandopreviamente a autorizao para a respectiva realizao; assim como o totaldas despesas e a correspondente necessidade de tributos para atend-las;

    Impede o Poder Executivo de executar despesa sem a prvia autorizao doPoder Legislativo.

    A base legal o art. 165, 5, da Constituio Federal e os artigos 2, 3 e 4 daLei 4.320/64.

    c) Princpio do Oramento Bruto

    Junto ao princpio da universalidade surgiu o do oramento bruto, com o mesmo

    objetivo de facilitar o controle financeiro pelo Legislativo. A Lei 4.320/64, em seu art.6, dispe sobre este princpio nos seguintes termos "todas as receitas e despesasconstaro da Lei de Oramento pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues".

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    7/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 7

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    No 1 do mesmo artigo temos um esclarecimento sobre a aplicao do princpio:"as cotas de receita que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o,como despesa, no oramento da entidade obrigada transferncia e, como receita,no oramento da que as deva receber".

    d) Princpio da Unidade

    O oramento pblico uno, pois engloba todasas instituies e atividades decada um dos trs poderes: Executivo, Legislativo e Judicirio. Para cada entidade dafederao (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) deve existir um nicooramento para o exerccio financeiro correspondente.

    Este princpio preconiza a existncia de um s documento oramentrio, englobandotodas as receitas e despesas do ente poltico, o que permite o confronto dos totaisglobais das receitas e despesas, para determinar a existncia de equilbrio, dficit ousupervit oramentrio.

    Alm disso, ao Poder Legislativo, permite uma viso global, possibilitando-lhe ummelhor controle das operaes financeiras do Governo como um todo.

    e) Princpio da Exclusividade

    As normas constantes da lei oramentria no devem conter matria estranhaao prprio oramento, ou seja, outros assuntos que extrapolem a esfera da execuooramentria: a previso das receitas e autorizao das despesas.

    Segundo Giacomoni, a adoo desse princpio, na reforma constitucional de 1926,teve por objetivo acabar com as "caudas oramentrias" ou, segundo Rui Barbosachamava, "oramentos rabilongos", que eram incluses, na lei oramentria, dedispositivos estranhos matria ou a questes financeiras.

    Na Constituio Federal de 1988, tal princpio encontra-se estabelecido no art. 165, 8: "a lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa", excetuando-se da proibio, nos termos da lei, aautorizao para:

    Abertura de crditos suplementares;

    Contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de receitaoramentria (ARO).

    O assunto , tambm, tratado no art. 7o

    da Lei 4.320/64. A abertura de crditossuplementares dever estar autorizada previamente na Lei Oramentria Anual, bemcomo a autorizao para o ente pblico contratar operaes de ARO junto ao sistema

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    8/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 8

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    bancrio, para atender a eventuais situaes de insuficincia de caixa, frente aosseus compromissos financeiros.

    f) Princpio da Especificao, Discriminao ou Especializao

    As despesas devem ser classificadas de forma detalhada, para facilitar sua anlise ecompreenso. A especificao se refere no somente identificao dos recursos edos gastos, mas tambm localizao desses dentro dos rgos da administraopblica, nos programas, subprogramas, atividades ou projetos, e setorizados deacordo com a situao geogrfica ou regional. Indicam-se as fontes de receita, oselementos de despesa e os bens e servios que sero adquiridos e colocados disposio da coletividade.

    Assim, este princpio determina que as receitas e despesas sejam apresentadas deforma detalhada nos oramentos, possibilitando o conhecimento das origens dosrecursos e de sua correspondente aplicao. A finalidade, alm da clareza ecompreenso do oramento, facilitar a anlise e a ao fiscalizadora do Legislativosobre as finanas pblicas.

    A especificao das contas das receitas e despesas na atualidade deve considerar asexigncias do controle externo e interno, do planejamento administrativo, daavaliao econmica do impacto do gasto pblico sobre a economia, dos critrios dosregistros contbeis, etc.

    A Lei 4.320/64, no seu art. 5, dispe que "a lei oramentria no consignardotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras".

    No seu art. 15, estabelece que "na lei oramentria a discriminao da despesa far-se-, no mnimo, por elementos", entendidos estes, como "pessoal, material, serviose obras e outros meios que se serve a administrao pblica para a consecuo deseus fins".

    E no seu art. 20 e pargrafo nico, determina que os investimentos sero

    discriminados segundo os projetos de obras e outras aplicaes, fazendo exceopara os programas especiais de trabalho cujas despesas podero ser custeadas pordotaes globais.

    g) Princpio da Flexibilizao

    No seria possvel operacionalizar o oramento sem a flexibilizao da sua execuo,

    mediante ajustes que se faam necessrios para atender aos objetivos do Governo. aconselhvel que o oramento, sempre quando necessrio, possa ser modificadoquanto sua despesa e orientado pela vontade de quem o aprovou.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    9/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 9

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    O prprio mecanismo dos crditos adicionais (suplementares, especiais eextraordinrios) cumpre a finalidade de adequar o nvel de despesas s necessidadesimprevistas ou subdimensionadas, alm de permitir a adaptao do oramento asituaes supervenientes, tais como calamidade pblica, guerra, etc.

    h) Princpio da Clareza

    O documento oramentrio deve ser elaborado de maneira bem ordenada ecompleta em todas as suas etapas, assegurando resultados positivos na execuodas metas estabelecidas, para que seja um instrumento eficiente e adequado ao atode governar, administrar e executar programas e planos de desenvolvimento scio-econmico.

    Esse princpio complementa o da publicidade, uma vez que dita que o oramentodeve ter uma linguagem clara e compreensvel, no s aos tcnicos, mas a todas aspessoas que precisam consult-lo.

    Nos tempos atuais, ganha cada vez mais fora a idia da Transparncia nas contaspblicas, no sentido de que o poder pblico deve buscar cada vez mais dar acesso populao s informaes pertinentes ao montante de receitas arrecadadas e a suarespectiva aplicao nas despesas pblicas distribudas nos diversos programas dooramento.

    A Transparncia est fortemente ligada idia da Prestao de Contas, mecanismopelo qual a sociedade tem como cobrar resultados dos seus governantes, na gestodos recursos pblicos. Sendo assim, o princpio da clareza nas expresses constantesda Lei Oramentria e nos seus diversos demonstrativos se coaduna com as novasexigncias da sociedade contempornea.

    i) Princpio do Equilbrio Financeiro

    O oramento deve manter um equilbrio do ponto de vista financeiro o montanteda despesa autorizada no deve ultrapassar a receita prevista para o perodo.Procura-se consolidar uma poltica econmico-financeira que produza a igualdadeentre os valores de receita e despesa, evitando dessa forma eventuais dficits queobriguem a constituio de dvidas.

    Busca-se impedir o ciclo vicioso do endividamento pblico:

    Sucessivos dficits exigem um aumento contnuo da dvida pblica para o seufinanciamento;

    O aumento da dvida acarreta maiores gastos com juros e demais encargos;

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    10/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 10

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    O que, por sua vez, gera presses deficitrias ainda maiores, e assim pordiante.

    A Lei Complementar no. 101/2000 Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) prev umasrie de mecanismos que objetivam trazer para a prpria elaborao e execuo dooramento a busca pelo equilbrio nas contas pblicas, impondo limites para asdespesas diante das receitas, e sanes para os entes pblicos que desrespeitaremtais limites.

    j) Princpio da Publicidade

    Esse princpio determina que o contedo do oramento deve ser divulgado porveculos oficiais de comunicao para conhecimento da sociedade e para eficcia de

    sua validade. No caso especfico do Governo Federal, a divulgao feita atravsdo Dirio Oficial da Unio. Note-se que este princpio extensivo a todos os atosoficiais da administrao pblica.

    Sendo assim, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Oramentrias e a LeiOramentria Anual devem ser divulgadas por veculos oficiais de comunicao,como o Dirio Oficial. O mesmo princpio vale tambm para Estados e Municpios,atravs de veculos prprios.

    Atualmente, a publicidade do oramento envolve tambm as suas fases deelaborao, discusso legislativa, execuo e controle, utilizando meios e linguagem

    que facilitem a participao da sociedade.Diversos entes pblicos tm procurado implantar o chamado oramentoparticipativo, no qual o processo de elaborao da proposta oramentria, ou seja,dos valores previstos para receita e despesa, pode contar com a participaopopular. Os cidados so chamados a opinar sobre programas e aes que gostariamque constassem da Lei Oramentria Anual, propondo sugestes e manifestando asdemandas de sua comunidade.

    l) Princpio da Legalidade (ou da Reserva Legal)

    Esse princpio tem fundamento no princpio da legalidade geral, segundo o qual aAdministrao Pblica se subordina aos ditames da lei, bem como de assegurar oexame e aprovao do Poder Legislativo de todos os atos relacionados ao interesseda sociedade.

    A Constituio Federal contm vrios dispositivos que mencionam a obrigatoriedadedo plano plurianual, das diretrizes oramentrias e dos oramentos serem

    estabelecidos por lei, bem como da prvia autorizao legislativa para que sejammodificados.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    11/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 11

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    A Constituio estabelece ainda que so da exclusiva iniciativa do PoderExecutivo as leis que estabelecero o plano plurianual, as diretrizes oramentrias eos oramentos anuais (art. 165).

    m) Princpio da No-afetao das Receitas

    Esse princpio postula que as receitas pblicas, em geral, no podero ser reservadasou comprometidas para atender a determinados rgos, objetivos ou gastos.

    A exigncia de que as receitas no sofram vinculaes mais uma questo de bom-senso administrativo, pois a princpio elas sempre so destinadas a atender sdespesas conforme as necessidades e prioridades da coletividade. Na prtica a suaobservncia foi sempre complicada, quer pela sua relao direta com a prestao decertos servios, a exemplo das taxas, quer devido a presses de determinadosgrupos de interesse.

    A Constituio Federal de 1988 estabelece, em seu art. 167, IV, que so vedados "avinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas:

    A repartio da arrecadao dos impostos (arts. 158 e 159);

    A destinao de recursos para aes e servios pblicos de sade (art. 198, 2); EC 29/00;

    A destinao de recursos para a manuteno e o desenvolvimento do ensino(art. 212);

    Os recursos para realizao de atividades da administrao tributria (art. 37,III) EC 42/03;

    A prestao de garantias s operaes de ARO (art. 165, 8);

    A prestao de garantias ou contragarantia Unio e para pagamento dedbitos com esta (art. 167, 4);

    n) Princpio da Programao

    Esse princpio decorrente da evoluo das funes do oramento pblico: deinstrumento de autorizao e controle parlamentar para o de auxiliar s funes deadministrao, planejamento e gerncia da ao governamental.

    O oramento tradicional, com nfase nos "meios", tinha como papel principal servirpara a autorizao e fiscalizao legislativa. Na atualidade, ele vai alm, na medidaem que expressa os objetivos, programas, metas e respectivos custos.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    12/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 12

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Uma vez que o oramento-programa se concentra no atendimento de demandas dacoletividade, as restries fiscais, decorrentes de limites socialmente aceitos para ocrescimento da carga tributria, leva a administrao pblica a procurar se tornarcada vez mais eficiente no uso dos recursos escassos de que dispe, frente screscentes demandas sociais.

    2.3. Diretrizes Oramentrias

    No Brasil, as principais normas jurdicas relativas ao Oramento Pblico encontram-se contidas nos seguintes dispositivos legais:

    Constituio Federal da Repblica, de 1988, nos seus artigos 163 a 169(Captulo II Das Finanas Pblicas);

    Lei Federal no 4.320/64 Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro paraelaborao e controle dos oramentos e balanos da Unio, dos Estados, dosMunicpios e do Distrito Federal;

    Lei Complementar no 101/2000 Lei de Responsabilidade FiscalLRFEstabelece Normas de Finanas Pblicas voltadas para a responsabilidade nagesto fiscal e d outras providncias;

    Portaria no 42/99 do Ministrio do Planejamento, Oramento e Gesto

    Atualiza a discriminao da despesa por funes de que trata a Lei 4.320/64,estabelece os conceitos de funo, subfuno, programa, projeto, atividade,operaes especiais, e d outras providncias;

    Portaria Interministerial no 163/2001 da Secretaria do Tesouro Nacional STN e Secretaria de Oramento Federal SOF, consolidada com as Portarias212/2001, 325/2001 e 519/2001.

    A Constituio Federal de 1988 trata das funes de planejamento e oramento emvrios dos seus dispositivos, mais especificamente nos arts. 165 a 169, instituindotrs instrumentos bsicos a serem estabelecidos por leis de iniciativa do Poder

    Executivo da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Art 165 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:

    I - o plano plurianual;

    II - as diretrizes oramentrias;

    III - os oramentos anuais.

    Ao instituir estes trs instrumentos, a CF/88 prev claramente a necessidade de

    integrao entre as funes de planejamento e oramento, exigindo acompatibilizao e a consonncia com o plano plurianual dos planos gerais, setoriaise regionais de desenvolvimento econmico e social. A novidade, na norma

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    13/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 13

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    constitucional, a criao da LDO, com a finalidade, dentre outras, de destacar, daprogramao plurianual, as prioridades e metas a serem contempladas nosoramentos anuais, e orientar a sua elaborao.

    Quanto aos planos, a Constituio Federal concebe duas modalidades: o planoplurianual que estabelece as diretrizes, objetivos e programas governamentais para operodo de quatro anos, orientando as programaes oramentrias anuais, e osplanos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento cujo contedo deve estsempre em consonncia com o plano plurianual.

    O Plano Plurianual PPA

    O Plano Plurianual o instrumento da ao governamental que estabelece, de formaregionalizada, as diretrizes, os objetivos e as metas da administrao pblica e asdespesas de capital e outras delas decorrentes e relativas aos programas de duraocontinuada.

    Disposies Constitucionais:

    Os oramentos fiscal e de investimentos das empresas devem sercompatibilizados com o PPA;

    O incio de qualquer investimento, cuja execuo ultrapasse um exercciofinanceiro, depender de sua prvia incluso no PPA, sob pena de crime deresponsabilidade;

    Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais sero elaborados emconsonncia com o PPA e aprovados pelo Congresso Nacional ou AssembliaLegislativa.

    O prazo para envio do projeto de Lei do PPA ao Poder Legislativo o dia 31 deagosto do primeiro exerccio do mandato do Chefe do Poder Executivo.

    Aprovado, o PPA vigora do segundo exerccio do mandato governamental at oprimeiro exerccio do mandato subseqente.

    O Decreto Federal n 2.829/98 estabelece normas para a elaborao e execuo doPPA e dos Oramentos da Unio, a partir do exerccio de 2000, tendo comopressuposto bsico a produo de mudanas na Administrao Pblica peloplanejamento, com foco em aspectos tais como: viso estratgica, programas,gerenciamento, informao, avaliao e integrao.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    14/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 14

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    A Lei de Diretrizes Oramentrias - LDO

    A LDO, devidamente compatibilizada com o PPA, dever conter:

    As metas e prioridades da Administrao Pblica, incluindo as despesas decapital, para o exerccio seguinte;

    Orientaes para a elaborao da Lei Oramentria Anual;

    Disposies sobre alteraes na Legislao Tributria;

    A poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento;

    Autorizao especfica para a concesso de qualquer vantagem ou aumentode remunerao, criao de cargos ou alterao de estrutura de carreiras,

    bem como admisso de pessoal, a qualquer ttulo, pelos rgos e entidadesda administrao direta ou indireta, inclusive fundaes institudas e mantidaspelo Poder Pblico, ressalvadas as empresas pblicas e as sociedades deeconomia mista;

    Os limites para elaborao da proposta oramentria dos Poderes Judicirio eLegislativo.

    Na Unio, o prazo para envio do projeto de Lei da LDO pelo Executivo ao Legislativo at o dia 15 de abril do exerccio anterior ao da Lei Oramentria Anual. A sessolegislativa ordinria no ser interrompida at que o projeto de Lei da LDO sejaaprovado. Vale lembrar que, conforme a Emenda Constitucional n 50, de14/02/2006, a sesso legislativa vai do perodo de 02 de fevereiro a 17 de julho, e de1. de agosto a 22 de dezembro.

    A Lei Oramentria Anual - LOA

    A composio da Lei Oramentria Anual est prevista na CF/88, art. 165, 5:

    Oramento fiscal, incluindo todas as receitas e despesas, referentes aosPoderes do Estado, seus fundos, rgos da administrao direta, autarquias,fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico;

    Oramento de investimento das empresas em que o Estado, direta ouindiretamente, detenha a maioria do capital com direito a voto;

    Oramento da seguridade social, abrangendo todos os rgos e entidadesda administrao direta ou autrquica, bem como os fundos e fundaes

    institudas pelo Poder Pblico, vinculados sade, previdncia e assistnciasocial.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    15/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 15

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Constitui matria exclusiva da lei oramentria a previso da receita e a fixao dadespesa, podendo conter, ainda segundo a norma constitucional:

    Autorizao para abertura de crditos suplementares;

    Autorizao para contratao de operaes de crdito, inclusive por

    antecipao de receita oramentria (ARO) na forma da lei.

    Os oramentos fiscal e de investimentos sero compatibilizados com o PPA; tero afuno de reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo critrios de populao erenda per capita.

    As emendas ao projeto de LOA ou aos projetos que o modifiquem tero que sercompatveis com o PPA e com a LDO, para serem aprovadas. O prazo para envio doprojeto da LOA ao Poder Legislativo at 31 de agosto.

    No prazo de trinta dias aps o encerramento de cada bimestre, o Poder Executivopublicar relatrio resumido da execuo oramentria.

    Ciclo do Oramento Anual

    Uma vez que a cada exerccio ser preciso uma nova Lei Oramentria Anual,verifica-se que o processo oramentrio se d na forma de um verdadeiro ciclo, comquatro fases bem distintas:

    a) Elaborao da Proposta Oramentria

    Trata-se do momento em que cada um dos diversos rgos e entidades quecompem a Administrao Pblica fazem o levantamento das suas necessidades derecursos para o exerccio seguinte, levando em considerao os programas doGoverno e os objetivos de desenvolvimento econmico e social do pas.

    O rgo central de planejamento recebe todas estas demandas e as consolida numnico documento, compatibilizando-o com a estimativa das receitas esperadas para oprximo ano. Em seguida, redistribui a previso de gastos de acordo com osparmetros macroeconmicos, estabelecendo as quotas finais de recursos para cada

    rgo.Finalmente, produzido o texto do projeto da Lei Oramentria Anual, juntamentecom os diversos anexos que iro detalhar todas as receitas e despesas, de acordocom classificao oramentria prpria. O projeto da LOA ento remetido ao PoderLegislativo, junto com mensagem do chefe do Poder Executivo, para aprovao.

    b) Discusso e Aprovao da Lei Oramentria

    Ao chegar no Poder Legislativo, o projeto da LOA ser apreciado pelos congressistas,que podero propor emendas ao texto inicial, dando origem a um texto substitutivo.O projeto da LOA cumprir um rito semelhante ao das demais leis que tramitam pelo

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    16/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 16

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Congresso Nacional, sendo exigido apenas maioria simples para sua aprovao.

    Aps a devida aprovao da LOA, com ou sem emendas, o Poder Legislativo devolvepara o Poder Executivo, para sano ou veto. Sendo sancionada pelo Presidente daRepblica, a LOA agora ser promulgada, e com sua publicao no Dirio Oficial daUnio, estar produzindo os seus devidos efeitos legais.

    c) Execuo Oramentria

    Esta fase transcorre durante todo o exerccio financeiro, pois consiste na efetivaarrecadao, por parte do Governo, das diversas receitas previstas, bem como arealizao das despesas programadas para o perodo. Veremos mais adiante asdiversas fases que as receitas e as despesas pblicas iro atravessar durante suaexecuo.

    d) Controle e Avaliao.

    O controle se inicia junto com a execuo do oramento, uma vez que o prprioGoverno, atravs dos seus rgos de controle interno ou de controle externo, iniciama fiscalizao sobre os gestores pblicos, com relao legalidade dosprocedimentos executados.

    No tocante avaliao, trata-se de preocupao especfica com os resultados

    efetivos dos programas realizados durante o ano, em termos de benefcios geradospara a populao.

    Crditos Oramentrios

    Expresso utilizada para designar o montante de recursos disponveis numa dotaooramentria seja ela consignada na Lei Oramentria ou num crdito adicional, paraaplicao por uma unidade oramentria na finalidade e natureza das despesasindicadas atravs das respectivas classificaes.

    Crditos Adicionais: Conceito, Classificao e Vigncia

    Crditos Adicionais so as autorizaes para despesas no computadas ouinsuficientemente dotadas na Lei Oramentria Anual, visando atender:

    Insuficincia de dotaes ou recursos alocados nos oramentos;

    Necessidade de atender a situaes que no foram previstas, inclusive porserem imprevisveis, nos oramentos.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    17/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 17

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Os crditos adicionais, portanto, constituem-se em procedimentos previstos naConstituio e na Lei 4.320/64 para corrigir ou amenizar situaes que surgem,durante a execuo oramentria, por razes de fatos de ordem econmica ouimprevisveis. Os crditos adicionais so incorporados aos oramentos em execuo.

    Modalidades de Crditos Adicionais

    a) Crditos Suplementares

    So destinados ao reforo de dotaes oramentrias existentes, dessa forma, elesaumentam as despesas fixadas no oramento. Quanto forma processual, eles soautorizados previamente por lei, podendo essa autorizao legislativa constar daprpria lei oramentria, e abertos por decreto do Poder Executivo. A vigncia docrdito suplementar restrita ao exerccio financeiro referente ao oramento emexecuo.

    b) Crditos Especiais

    So destinados a autorizao de despesas no previstas ou fixadas nos oramentosaprovados. Sendo assim, o crdito especial cria um novo projeto ou atividade, o umacategoria econmica ou grupo de despesa inexistente em projeto ou atividade

    integrante do oramento vigente.Os crditos especiais so sempre autorizados por lei especfica e abertos por decretodo Executivo. A sua vigncia no exerccio em que forem autorizados, salvo se o atoautorizativo for promulgado nos ltimos quatro meses (setembro a dezembro) doreferido exerccio, caso em que, facultada sua reabertura no exerccio subseqente,nos limites dos respectivos saldos, sendo incorporados ao oramento do exercciofinanceiro subseqente (CF, art. 167, 2).

    c) Crditos Extraordinrios

    So destinados para atender a despesas imprevisveis e urgentes, como asdecorrentes de guerra, comoo interna ou calamidade pblica (CF. art. 167, 3).

    Os crditos extraordinrios, quanto forma procedimental, so abertos por Decretodo Poder Executivo, que encaminha para conhecimento do Poder Legislativo,devendo ser convertido em lei no prazo de trinta dias.

    Com relao vigncia, os crditos extraordinrios vigoram dentro do exercciofinanceiro em que foram abertos, salvo se o ato da autorizao ocorrer nos ltimos

    quatro meses (setembro a dezembro) daquele exerccio, hiptese pela qual poderoser reabertos, nos limites dos seus saldos, incorporando-se ao oramento doexerccio seguinte.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    18/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 18

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Recursos para financiamento dos Crditos Adicionais

    Os recursos financeiros disponveis para abertura de crditos suplementares e

    especiais esto listados no art. 43 da Lei n 4.320/64, no art. 91 do Decreto-Lei n200/67 e no 8 do art. 166 da Constituio Federal:

    O supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccioanterior, sendo a diferena positiva entre o ativo financeiro e o passivofinanceiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos crditos adicionais reabertosou transferidos, no exerccio da apurao, e as operaes de crditos a elesvinculadas.

    O excesso de arrecadao, constitudo pelo saldo positivo das diferenas,acumuladas ms a ms, entre a arrecadao prevista e a realizada,

    considerando-se, ainda, a tendncia do exerccio. Do referido saldo serdeduzida a importncia dos crditos extraordinrios abertos no exerccio.

    A anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditosadicionais autorizados em lei, adicionando quelas consideradas insuficientes.Neste tipo, inclui-se a anulao da reserva de contingncia, conceituadacomo a dotao global no destinada especificamente a rgo, unidadeoramentria ou categoria econmica e natureza da despesa;

    O produto das operaes de crdito, desde que haja condies jurdicaspara sua realizao pelo Poder Executivo.

    Os recursos que, em decorrncia de veto, emenda ou rejeio do projeto delei oramentria anual, ficarem sem despesas correspondentes poderoser utilizados, conforme o caso, mediante crditos especiais ousuplementares, com prvia e especfica autorizao legislativa. (CF, art. 166, 8).

    O ato que abrir crdito adicional indicar a importncia, a sua espcie e aclassificao da despesa.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    19/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 19

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    3. Receita pblica: categorias, fontes, estgios e dvida ativa.

    Receita Pblica, em sentido amplo, compreende todos os ingressos financeiros aopatrimnio pblico. Portanto, abrange o fluxo de recebimentos auferidos pelo Estado.

    Em sentido estrito, a Receita Pblica equivale a todos os ingressos de carter nodevolutivo auferidos pelo Poder Pblico, compreendendo qualquer ente daFederao ou suas entidades, para atender as despesas pblicas. Nesse conceito,equivale Receita Pblica Oramentria.

    Essa distino importante pelo fato de que alguns ingressos financeiros no caixa doPoder Pblico tm um carter transitrio, extemporneo, no podendo serutilizadas pelo Estado na sua programao normal de despesas. Exemplos socaues, depsitos, etc... Equivalem esses ingressos chamada Receita PblicaExtra-oramentria.

    Vejamos a seguir as diversas classificaes doutrinrias e legais das ReceitasPblicas.

    a) Classificao quanto Origem: Originrias X Derivadas

    Receitas Originrias (Patrimoniais, de Economia Privada, de DireitoPrivado)

    So aquelas provenientes da explorao do patrimnio da pessoa jurdica de direitopblico, ou seja, o Estado coloca parte do seu patrimnio a disposio de pessoasfsicas ou jurdicas, que podero se beneficiar de bens ou de servios, mediantepagamento de um preo estipulado.

    Elas independem de autorizao legal e podem ocorrer a qualquer momento, e so

    oriundas da explorao do patrimnio mobilirio ou imobilirio, ou do exerccio deatividade econmica, industrial, comercial ou de servios, pelo Estado ou suasentidades. Exemplos:

    Rendas provenientes da venda de bens e de empresas comerciais ouindustriais;

    Rendas obtidas sobre os bens sujeitos sua propriedade (aluguis,dividendos, aplicaes financeiras);

    Rendas do exerccio de atividades econmicas, ou seja, industriais, comerciais

    ou de servios.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    20/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 20

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Receitas Derivadas (No-patrimoniais, de Economia Pblica, de DireitoPblico)

    So aquelas cobradas pelo Estado, por fora do seu poder de imprio, sobre asrelaes econmicas praticadas pelos particulares, pessoas fsicas ou jurdicas, ousobre seus bens.

    Na atualidade, constitui-se na instituio de tributos, que sero exigidos dapopulao, para financiar os gastos da administrao pblica em geral, ou para ocusteio de servios pblicos especficos prestados ou colocados a disposio dacomunidade.

    So exemplos mais significativos das receitas derivadas os tributos que se encontramestabelecidos na Constituio Federal nos termos do art. 145:

    Art. 145 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios poderoinstituir os seguintes tributos:

    I - impostos;II - taxas, em razo do exerccio de polcia ou pela utilizao,

    efetiva ou potencial, de servios pblicos especficos e divisveis,prestados ao contribuinte ou postos a sua disposio;III - contribuio de melhoria, decorrente de obras pblicas"

    Quanto ao poder de tributar, seus limites so estabelecidos na Norma Constitucionalnos seguintes termos:

    Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre:I - importao de produtos estrangeiros:II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou

    nacionalizados;III - renda e proventos de qualquer natureza;IV - produtos industrializados;

    V - operaes de crditos, cmbio e seguro, ou relativas a titulosou valores mobilirios;VI - propriedade territorial rural;VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar;

    10o. facultado ao Poder Executivo, atendidas as condies e os limitesestabelecidos em lei, alterar as alquotas dos impostos enumerados nosincisos I, lI, IV e V.

    Art. 154. A Unio poder instituir:I - mediante lei complementar, impostos no previstos no artigo

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    21/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 21

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    anterior, desde que sejam no-cumulativos e no tenham fato geradorou base de clculo prprio dos discriminados nesta Constituio;

    II - na iminncia ou no caso de guerra externa impostosextraordinrios, compreendidos ou no em sua competncia tributria,os quais sero suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua

    criao.

    Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostossobre:

    I - transmisso causa mortis e doao de quaisquer bens oudireitos;II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre

    prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipale de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes seiniciem no exterior;

    III - propriedade de veiculos automotores;

    Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:I - propriedade predial e territorial urbana;II - transmisso inter vivos, a qualquer titulo, por ato oneroso, de

    bens imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos sua aquisio;III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no art.

    155, lI, definidos em lei complementar;

    b) Quanto Natureza: Receitas Oramentrias X Receitas Extra-Oramentrias

    Receitas Oramentrias

    So todos os ingressos financeiros de carter no transitrio auferidos pelo Poder

    Pblico. Se subdivide ainda nas seguintes categorias econmicas: receitas correntese receitas de capital.

    Receitas Extra-Orcamentrias

    Correspondem aos valores provenientes de toda e qualquer arrecadao que nofiguram no oramento pblico, por no pertencerem de fato ao Governo. So osrecebimentos transitrios de recursos, a exemplo de caues, depsitos, retenes,etc.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    22/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 22

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    c) Quanto Repercusso Patrimonial: Efetivas X No-efetivas

    Efetivas

    So aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos no foram

    precedidos de registro de reconhecimento do direito e no constituem obrigaescorrespondentes. Por isso, aumentam a situao lquida patrimonial. Exemplos:Receita Tributria, Receita Patrimonial, Receita de Servios, etc.

    No-Efetivas

    So aquelas em que os ingressos de disponibilidades de recursos foram precedidosde registro de reconhecimento do direito. Por isso, no alteram a situao lquidapatrimonial. Exemplos: alienao de bens, operaes de crdito, amortizao deemprstimo concedido no passado, cobrana de dvida ativa, etc.

    d) Quanto Regularidade: Ordinrias X Extraordinrias

    Receitas Ordinrias

    Apresentam certa regularidade na sua arrecadao, sendo normatizadas pelaConstituio ou por leis especficas. Exemplos: arrecadao de impostos,transferncias recebidas do Fundo de Participao dos Estados e do Distrito Federal,etc.

    Receitas Extraordinrias

    So aquelas que representam ingressos acidentais, transitrios e, as vezes, at decarter excepcional, como os impostos por motivo de guerra, heranas, etc.

    e) Quanto forma de sua realizao: Receitas Prprias, de Transferncias

    e de Financiamentos

    Prprias

    Quando seu ingresso promovido pela prpria entidade, diretamente, ou atravs deagentes arrecadadores autorizados. Exemplo: tributos, aluguis, rendimentos deaplicaes financeiras, multas e juros de mora, alienao de bens, etc.

    De Transferncias

    Quando a sua arrecadao se processa atravs de outras entidades, em virtude dedispositivos constitucionais ou legais, ou ainda, mediante celebrao de acordos ou

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    23/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 23

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    convnios. Exemplo: cota-parte de Tributos Federais aos Estados e Municpios (FPE eFPM ), Cota-Parte de Tributos Estaduais aos Municpios (ICMS e IPV A), convnios,etc.

    Financiamentos

    So as operaes de crdito realizadas com destinao especfica, vinculadas comprovao da aplicao dos recursos. So exemplos os financiamentos paraimplantao de parques industriais, aquisio de bens de consumo durvel, obras desaneamento bsico, etc.

    f) Segundo a Categoria Econmica: Receitas Correntes X Receitas deCapital

    Receitas Correntes

    So destinadas a financiar as Despesas Correntes. Classificam-se em:

    Receitas Tributrias - as provenientes da cobrana de impostos, taxas econtribuies de melhoria.

    Receitas de Contribuies - as provenientes da arrecadao decontribuies sociais e econmicas; por exemplo: contribuies para oPIS/PASEP, contribuies para fundo de sade de servidores pblicos, etc.

    Receita Patrimonial - proveniente do resultado financeiro da fruio dopatrimnio, decorrente da propriedade de bens mobilirios ou imobilirios; porexemplo: aluguis, dividendos, receita oriunda de aplicao financeira, etc.

    Receita Agropecuria - proveniente da explorao das atividadesagropecurias; por exemplo: receita da produo vegetal, receita da produoanimal e derivados.

    Receita Industrial proveniente das atividades ligadas indstria de

    transformao. Exemplos: indstria editorial e grfica, reciclagem de lixo, etc.Receitas de Servios - provenientes de atividades caracterizadas pelaprestao se servios por rgos do Estado; por exemplo: servios comerciais(compra e venda de mercadorias ), etc.

    Transferencias Correntes - recursos recebidos de outras pessoas de direitopblico ou privado, destinados ao atendimento de despesas correntes.

    Outras Receitas Correntes - grupo que compreende as Receitas de Multase Juros de Mora, Indenizaes e Restituies, Receita da Dvida Ativa, etc.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    24/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 24

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Receitas de Capital

    So destinadas ao atendimento das Despesas de Capital. Dividem-se em:

    Operaes de Crdito - financiamentos obtidos dentro e fora do Pas;recursos captados de terceiros para financiar obras e servios pblicos.

    Exemplos: colocao de ttulos pblicos, contratao de emprstimos efinanciamentos, etc;

    Alienao de Bens - provenientes da venda de bens mveis e imveis;

    Amortizao de Emprstimos - provenientes do recebimento do principalmais correo monetria, de emprstimos efetuados a terceiros;

    Transferncia de Capital - recursos recebidos de outras entidades paraaplicao em despesas de capital. O recebimento desses recursos no geranenhuma contraprestao direta em bens e servios;

    Outras Receitas de Capital - envolvem as receitas de capital noclassificveis nas anteriores.

    Codificao e Detalhamento da Receita Oramentria

    Os cdigos utilizados pela Unio, extensivo aos demais entes (Estados, DF eMunicpios) podem ser vistos na relao a seguir:

    SECRETARIA DE ORAMENTO FEDERAL SOF

    RESUMO DA CLASSIFICAO DA RECEITA PBLICA

    DISCRIMINAO DA RECEITA DA UNIO

    1000.00.00 RECEITAS CORRENTES1100.00.00 RECEITA TRIBUTRIA

    1110.00.00 Impostos

    1111.00.00 Impostos sobre o Comrcio Exterior

    1111.01.00 Imposto sobre a Importao

    1111.02.00 Imposto sobre a Exportao

    1112.00.00 Impostos sobre o Patrimnio e a Renda

    1112.01.00 Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

    1112.02.00 Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana

    1112.04.00 Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza

    1112.05.00 Imposto sobre a Propriedade de Veculos Automotores

    1112.07.00 Imposto sobre Transmisso "Causa Mortis" e Doao de Bens e Direitos

    1112.08.00 Imposto sobre Transmisso Inter Vivos de Bens Imveis e de Direitos Reais sobre Imveis

    1113.00.00 Impostos sobre a Produo e a Circulao

    1113.01.00 Imposto sobre Produtos Industrializados

    1113.02.00 Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes deServios de Transporte Interestadual e Intermuncipal e de Comunicaes

    1113.03.00 Imposto sobre Operaes de Crdito, Cmbio e Seguro, ou Relativas a Ttulos ou ValoresMobilirios

    1113.05.00 Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    25/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 25

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    1115.00.00 Impostos Extraordinrios

    1120.00.00 Taxas

    1121.00.00 Taxas pelo Exerccio do Poder de Polcia

    1122.00.00 Taxas pela Prestao de Servios Pblicos

    1130.00.00 Contribuies de Melhoria

    1200.00.00 RECEITA DE CONTRIBUIES1210.00.00 Contribuies Sociais

    1210.01.00 Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social

    1210.02.00 Contribuio para o Salrio-Educao

    1210.07.00 Contribuio para o Fundo de Sade

    1210.13.00 Contribuio Provisria sobre Movimentao ou Transmisso de Valores e de Crditos eDireitos de Natureza Financeira

    1210.16.00 Renda Liquida da Loteria Federal Instantnea

    1210.17.00 Contribuio sobre a Receita de Concursos de Prognsticos para o Fundo de Defesa dosDireitos Difusos

    1210.29.00 Contribuio para o Plano de Seguridade Social do Servidor

    1210.30.00 Contribuies dos Empregadores e dos Trabalhadores para a Seguridade Social

    1210.30.99 Outras Contribuies Previdencirias1220.00.00 Contribuies Econmicas

    1220.22.31 Royalties pela Produo de Petrleo ou Gs Natural em Terra

    1220.22.32 Royalties pela Produo de Petrleo ou Gs Natural em Plataforma

    1300.00.00 RECEITA PATRlMONIAL

    1310.00.00 Receitas Imobilirias

    1311.00.00 Aluguis

    1312.00.00 Arrendamentos

    1313.00.00 Foros

    13 14.00.00 Laudmios

    1319.00.00 Outras Receitas Imobilirias1320.00.00 Receitas de Valores Mobilirios

    1321.00.00 Juros de Ttulos de Renda

    1322.00.00 Dividendos

    1323.00.00 Participaes

    1400.00.00 RECEITA AGROPECURiA

    1410.00.00 Receita da Produo Vegetal

    1420.00.00 Receita da Produo Animal e Derivados

    1490.00.00 Outras Receitas Agropecurias

    1500.00.00 RECEITA INDUSTRIAL1510.00.00 Receita da Indstria Extrativa Mineral

    1520.00.00 Receita da Indstria de Transformao

    1520.12.00 Receita da Indstria Mecnica

    1520.14.00 Receita da Indstria de Material de Transporte

    1520.20.00 Receita da Indstria Quimica

    1530.00.00 Receita da Indstria de Construo

    1600.00.00 RECEITA DE SERVIOS

    1600.01.00 Servios Comerciais

    1600.02.00 Servios Financeiros

    1600.02.01 Juros de Emprstimos1600.02.02 Taxa pela Concesso de Aval do Tesouro Nacional

    1600.03.00 Servios de Transporte

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    26/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 26

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    1600.04.00 Servios de Comunicao

    1600.05.00 Servios de Sade

    1600.06.00 Servios Porturios

    1600.07.00 Servios de Armazenagem

    1600.08.00 Servios de Processamento de Dados

    1600.30.00 Tarifa de Utilizao de Faris

    1600.31.00 Tarifa e Adicional sobre Tarifa Aeroporturia1600.99.00 Outros Servios

    1700.00.00 TRANSFERNClAS CORRENTES

    1720.00.00 Transferncias Intergovernamentais

    1721.00.00 Transferncias da Unio

    1721.01.00 Participao na Receita da Unio

    1721.09.00 Outras Transferncias do Unio

    1722.00.00 Transferncias dos Estados

    1723.00.00 Transferncias dos Municpios

    1730.00.00 Transferncias de Instituies Privadas

    1740.00.00 Transferncias do Exterior1750.00.00 Transferncias de Pessoas

    1760.00.00 Transferncias de Convnios

    1900.00.00 0UTRAS RECEITAS CORRENTES

    1910.00.00 MuItas e Juros de Mora

    1911.00.00 MuItas e Juros de Mora dos Tributos

    1912.00.00 MuItas e Juros de Mora das Contribuies

    1918.00.00 Multas e Juros de Mora de Outras Receitas

    1919.00.00 Multas de Outras Origens

    1920.00.00 Indenizaes e Restituies

    1921.00.00 Indenizaes

    1922.00.00 Restituies

    1930.00.00 Receita da Dvida Ativa

    1931.00.00 Receita da Divida Ativa Tributria

    1932.00.00 Receita da Divida Ativa No-Tributria

    1990.00.00 Receitas Diversas

    1990.99.00 Outras Receitas

    2000.00.00 RECEITAS DE CAPITAL2100.00.00 0PERAES DE CRDITO

    2110.00.00 Operaes de Crdito Internas

    2111.00.00 Titulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional

    2111.01.00 Ttulos de Responsabilidade do Tesouro Nacional - Refinanciamento da Divida Pblica Federal2113.00.00 Emprstimos Compulsrios

    2120.00.00 Operaes de Crdito Externas

    2129.00.00 Outras Operaes de Crdito Externas

    2200.00.00 ALIENAO DE BENS

    2210.00.00 Alienao de Bens Mveis

    2211.00.00 Alienao de Titulos Mobilirios

    2212.00.00 Alienao de Estoques

    2219.00.00 Alienao de Outros Bens Mveis

    2220.00.00 Alienao de Bens Imveis2221.00.00 Alienao de Imveis Rurais para Colonizao e Reforma Agrria

    2223.00.00 Alienao de Embarcaes

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    27/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 27

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    2224.00.00 Alienao de Imveis Rurais

    2229.00.00 Alienao de Outros Bens Imveis

    2300.00.00 AMORTIZAO DE EMPRSTIMOS

    2300.30.00 Amortizao de Emprstimos - Estados e Municpios

    2300.40.00 Amortizao de Emprstimos - Refinanciamento de Dividas de Mdio e Longo Prazo

    2300.70.00 Outras Amortizaes de Emprstimos2300.80.00 Amortizao de Financiamentos

    2400.00.00 TRANSFERNCIAS DE CAPITAL

    2420.00.00 Transferncias Intergovernamentais

    2421.00.00 Transferncias da Unio

    2422.00.00 Transferncias dos Estados

    2423.00.00 Transferncias dos Municpios

    2430.00.00 Transferncias de Instituies Privadas

    2440.00.00 Transferncias do Exterior

    2450.00.00 Transferncias de Pessoas

    2470.00.00 Transferncias de Convnios

    2500.00.00 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL

    2520.00.00 Integralizao do Capital Social

    2530.00.00 Resultado do Banco Central do Brasil

    2540.00.00 Remunerao das Disponibilidades do Tesouro Nacional

    2580.00.00 Saldos de Exerccios Anteriores

    2590.00.00 Outras Receitas

    Estgios ou Fases da Receita Pblica

    A realizao da receita pblica se d mediante uma seqncia de atividades, cujoresultado o recebimento de recursos financeiros pelos cofres pblicos. Os estgiosso os seguintes:

    a) Previso

    Compreende a estimativa das receitas para compor a proposta oramentria e

    aprovao do oramento pblico pelo legislativo, transformando-o em LeiOramentria.

    Na previso de receita devem ser observadas as normas tcnicas e legais,considerados os efeitos das alteraes na legislao, da variao do ndice de preos,do crescimento econmico ou de qualquer outro fator relevante, sendoacompanhada de demonstrativo de sua evoluo nos trs ltimos anos, da projeopara os dois seguintes quele a que se referir a estimativa, e da metodologia declculo e premissas utilizadas, segundo dispe o art. 12 da LRF.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    28/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 28

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    b) Lanamento (aplicvel s receitas tributrias)

    o ato da repartio competente que verifica a procedncia do crdito fiscal,identifica a pessoa que devedora e inscreve o dbito desta. Compreende osprocedimentos determinao da matria tributvel, clculo do imposto, identificaodo sujeito passivo e notificao.

    As importncias relativas a tributos, multas e outros crditos da Fazenda Pblica,lanadas mas no cobradas ou no recolhidas no exerccio de origem, constituemDvida Ativa a partir da sua inscrio pela repartio competente.

    c) Arrecadao

    o ato pelo qual o Estado recebe os tributos, multas e demais crditos, sendodistinguida em;

    Direta, a que realizada pelo prprio Estado ou seus servidores e;Indireta, a que efetuada sob a responsabilidade de terceiros credenciadospelo Estado.

    Os agentes da arrecadao so devidamente autorizados para receberem os recursose entregarem ao Tesouro Pblico, sendo divididos em dois grupos:

    Agentes pblicos (coletorias, tesourarias, delegacias, postos fiscais, etc);

    Agentes privados (bancos autorizados).

    d) Recolhimento

    Consiste na entrega do numerrio, pelos agentes arrecadadores, pblicos ouprivados, diretamente ao Tesouro Pblico ou ao banco oficial. O recolhimento detodas as receitas deve ser feito com a observncia da princpio de unidade detesouraria, vedada qualquer fragmentao para a criao de caixas especiais. (art.56 da Lei 4.320/64).

    Os recursos de caixa do Tesouro Nacional sero mantidos no Banco do Brasil S/A,

    somente sendo permitidos saques para o pagamento de despesas formalmenteprocessadas e dentro dos limites estabelecidos na programao financeira;

    A conta nica do Tesouro Nacional mantida no Banco Central, mas o agentefinanceiro o Banco do Brasil, que deve receber as importncias provenientes daarrecadao de tributos ou rendas federais e realizar os pagamentos e suprimentosnecessrios execuo do Oramento Geral da Unio.

    Dvida Ativa ou Receitas a Receber

    A Dvida Ativa constitui-se nos crditos da Fazenda Pblica, tributrios ou no, que,no pagos no vencimento, so inscritos em registro prprio, aps apurada a sualiquidez e certeza, de acordo com a legislao especifica. A Dvida Ativa da Unio

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    29/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 29

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    deve ser apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional, e as Dividas dosEstados, DF e Municpios nos seus rgos correspondentes.

    A DvidaAtiva compe Ativo Permanente, no Balano Patrimonial da Unio, Estados,DF, Municpios, so crditos a receber de terceiros. A Dvida Passiva constitui oPassivo, sendo obrigaes com terceiros.

    A inscrio, perante o Tesouro, na Procuradoria, condio necessria para seuencaminhamento cobrana judicial, execuo. comum, ser concedidos trintadias ao devedor, a partir do vencimento da obrigao, (cobrana amigvel); da,seriam concedidos mais trinta dias para cobrana judicial.

    Uma observao adicional: segundo a Lei 4.320/64:

    pertencem ao exerccio financeiro as receitas nele arrecadadas, portanto

    vale para as Receitas Pblicas o Regime de Caixa;

    pertencem ao exerccio financeiro as despesas nele legalmente empenhadas,ou seja, para as Despesas Pblica vale o RegimedeCompetncia.

    Por isto se diz que a Contabilidade Pblica adota o Regime Misto: de caixapara as receitas e de competncias para as despesas.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    30/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 30

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Questes de Concursos

    01. (Analista de Finanas e Controle - SFC) As metas e prioridades da AdministraoPblica Federal e a orientao sobre a elaborao oramentria constaro:

    a) Do oramento fiscal

    b) Do oramento de investimento das empresas estatais

    c) Do plano plurianual

    d) Da lei de diretrizes oramentrias

    e) Do oramento da seguridade social

    02. (Analista de Finanas e Controle-SFC) Assinale a opo correta:

    a) Os planos plurianuais so leis de iniciativa do Poder Legislativo.

    b) Na lei de diretrizes oramentrias incluem-se as despesas correntes e de capitalpara o exerccio financeiro subseqente.

    c) Uma lei oramentria anual no contm dispositivo estranho fixao da receita e previso da despesa.

    d) As condies necessrias instituio e ao funcionamento de fundos soestabelecidas em lei complementar.

    e) Os crditos especiais so abertos para o atendimento de despesas imprevisveis eurgentes, tais como as decorrentes de calamidade pblica.

    03. (Analista de Finanas e Controle-SFC) As despesas e receitas dos trs Poderes da

    Unio, as dotaes relativas aos investimentos das empresas federais e o oramento dasentidades e rgos do sistema de seguridade social fazem parte do (a):

    a) Plano plurianual

    b) Lei de diretrizes oramentrias

    c) Lei oramentria anual

    d) Oramento fiscal da Unio

    e) Plano nacional de investimentos

    04. (PFN / ESAF) Sob pena de crime de responsabilidade, nenhum investimento cujaexecuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso:

    a) Na lei de diretrizes oramentriasb) No plano plurianual

    c) Na lei oramentria anual

    d) Em crdito especial para a poca do pagamento

    e) No Caixa nico da Unio

    05. (TCU-ESAF) O Poder Legislativo no poder aprovar emendas ao projeto de lei dediretrizes oramentrias, seno quando:

    a) Aprovadas por maioria absoluta dos congressistas.

    b) Compatveis com a programao plurianual.

    c) Tiverem parecer favorvel da Comisso Tcnica competente.d) Indicarem recursos provenientes da anulao de despesas.

    e) Tiverem parecer favorvel emitido pela Comisso Mista do Congresso.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    31/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 31

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    06. (AGU-ESAF) A prescrio legal de que a lei oramentria deve conter todas as receitas,inclusive as de operaes de crdito autorizadas, em lei, consubstancia o princpiooramentrio da:

    a) Universalidade

    b) Unidade

    c) Especializao

    d) Uniformidade

    e) Anualidade

    07. (AFCE/TCU-93) Quando se diz que as receitas e despesas devem constar na lei deoramento, sem quaisquer dedues, isto decorre da aplicao do princpio:

    a) Da universalidade;

    b) Da exclusividade;

    c) Do oramento bruto;

    d) Da exatido;e) Da totalidade.

    08. (ESAF-DF) So princpios gerais da Lei de Oramento:

    a) Especificao, evidenciao e uniformidade.

    b) Abrangncia, centralizao e anuidade.

    c) Autorizao, universalidade e controle.

    d) Discriminao, uniformidade e centralizao.

    e) Unidade, universalidade e anualidade.

    09. (AFC-ESAF) As alteraes na legislao tributria, a poltica de aplicao das agnciasfinanceiras oficiais de fomento e as despesas de capital para o exerccio financeirosubseqente constaro, a cada ano:

    a) Da lei de diretrizes oramentrias

    b) Da lei oramentria anual

    c) Do oramento fiscal da Unio

    d) Do oramento de investimento das empresas estatais

    e) Da lei sobre gesto financeira e patrimonial da Unio

    10. (Analista Oramento/MARE/1999) - Independem geralmente de autorizao legislativa

    especfica, os crditos.a) suplementares, apenas.

    b) especiais, apenas.

    c) extraordinrios, apenas.

    d) suplementares e especiais

    e) suplementares e extraordinrios

    11. As previses de receitas e fixao das despesas sempre se referem a um perodolimitado de tempo. Esse enunciado definido pelo princpio da:

    a) Universalidade

    b) Anualidade

    c) Especificao

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    32/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 32

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    d) Exclusividade

    e) n.d.a.

    12. As despesas so classificadas, como um nvel de desdobramento tal que facilite aanlise por parte das pessoas. Esse enunciado relativo ao princpio da:

    a) Universalidadeb) Anualidade

    c) Especificao

    d) Exclusividade

    e) n.d.a.

    13. O Oramento aprovado deve conter todas as receitas e despesas relativas aos Poderesda Unio, Estados e Municpios, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta eindireta, inclusive as fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico. Esse enunciado defendido pelo princpio da:

    a) Universalidade

    b) Anualidade

    c) Especificao

    d) Exclusividade

    e) n.d.a.

    14. O Princpio do equilbrio aquele em que:

    a) Todas as receitas e despesas devem estar previstas no Oramento

    b) Todas as receitas e despesas devem ser detalhadas para que as pessoas possam

    entender o Oramentoc) Todas as receitas e despesas sejam previstas para um determinado perodo de

    tempo e que esse perodo seja igual ao ano civil

    d) O montante da despesa fixada no pode ultrapassar ao montante da receita prevista

    e) n.d.a.

    15. (Analista de Finanas e Controle-SFC) - As despesas e receitas dos trs Poderes daUnio e as dotaes relativas aos investimentos das empresas federais e o oramento dasentidades e rgos do sistema de seguridade social fazem parte do(a):

    a) PPA

    b) LDOc) LOA

    d) Oramento fiscal da Unio

    e) Plano nacional de investimentos

    16. (Auditor-TCE-ES/ESAF/2001) - Os crditos adicionais destinados a despesas para asquais no haja dotao oramentria so chamados de:

    a) Suplementares

    b) Especiais

    c) Extraordinrios

    d) Complementarese) Ilimitados

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    33/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 33

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    17.(Auditor-TCE-ES/ESAF/2001)- Compreender as metas e prioridades da administraopblica, dispor sobre as alteraes da legislao tributria, e estabelecer a poltica deaplicao das agncias financeiras oficiais de fomento:

    a) plano plurianual

    b) oramento fiscal

    c) lei de diretrizes oramentrias

    d) oramento de investimento das empresas estatais

    e) oramento da seguridade social

    18. (Fiscal SEFAZ / DF / 2001- FCC) - A Lei n 4.320/64, ao estabelecer que em caso dedficit, a Lei do Oramento indicar as fontes de recursos que o Poder Executivo ficaautorizado a utilizar para atender a sua cobertura, teve em conta o princpio:

    a) da anualidade

    b) do oramento bruto

    c) do equilbrio

    d) da unio

    e) da discriminao ou especializao

    19. (Contador UNEB / BA) Um rgo governamental foi criado e como suas despesasno estavam previstas foi preciso usar mo de:

    a) Crditos adicionais de complementao

    b) Crditos adicionais especiais

    c) Crditos adicionais do tesouro nacional

    d) Crditos adicionais extraordinrios

    e) Crditos adicionais suplementares

    20. (Contador UNEB / BA) So abertos por decreto do Executivo, com remessa aoLegislativo os:

    a) Crditos adicionais suplementares

    b) Crditos adicionais do tesouro nacional

    c) Crditos adicionais de complementao

    d) Crditos adicionais extraordinrios

    e) Crditos adicionais especiais

    21. (Contador UNEB / BA) Por causa de uma calamidade pblica, houve necessidade de

    despesas urgentes e imprevistas, que podem ser solucionadas atravs de:a) Crditos especiais do tesouro nacional.

    b) Crditos especiais

    c) Crditos adicionais extraordinrios

    d) Crditos adicionais suplementares

    e) Crditos adicionais de complementao

    22. (ESAF - DF) Os crditos adicionais classificam-se em:

    a) ordinrios, oramentrios e especiais.

    b) extraordinrios, especiais e essenciais.

    c) disponveis, extra-oramentrios e complementares.

    d) simples, essenciais e suplementares.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    34/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 34

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    e) suplementares, especiais e extraordinrios.

    23. (ESAF-DF) So Receitas de Capital, entre outras, as:

    a) receitas tributria e patrimonial

    b) receitas patrimonial e industrialc) operaes de crdito e amortizao de emprstimos

    d) receitas tributria e industrial

    e) nenhuma das anteriores

    24. (ESAF-DF) A importncia recebida em dinheiro pelo Estado, relativa ao valor de cauoou garantia recolhida por empresa, em virtude de exigncia contratual, proporciona receitadenominada

    a) Oramentria

    b) Extra-Oramentria

    c) Complementard) Contratual

    e) Empresarial

    25. (ESAF-DF) A receita oramentria compreende os recursos auferidos na gesto aserem computados na apurao do resultado do exercido e desdobrados em receitascorrentes e de capital. Assinale a opo em que todos os itens correspondam a receitas decapital.

    a) tributria, alienao de bens, patrimonial

    b) imobiliria, valores mobilirios, agropecuria

    c) servios, patrimonial, industriald) contribuies rural, industrial, operao de crdito, alienao de bens

    e) operao de crdito, alienao de bens, transferncias de capital

    26. (AGU-ESAF) As receitas de multas e de indenizaes so:

    a) Receitas patrimoniais

    b) Receitas tributrias

    c) Receitas industriais

    d) Receitas correntes

    e) Receitas de capital

    27. (ESAF-DF) A receita oramentria classifica-se nas categorias econmicas:

    a) receita pblica e receita privada

    b) receitas correntes e receitas de capital

    c) receitas de impostos e receitas de taxas

    d) receitas patrimoniais e receitas tributrias

    e) receitas diversas e receitas derivadas

    28. (PFN-ESAF) Conforme classificao legalmente estabelecida, figuram entre as receitas

    correntes as provenientes de:a) Converso, em espcie, de bens e direitos

    b) Tributos

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    35/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 35

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    c) Operaes de crdito

    d) Amortizao de emprstimos

    e) Alienao de bens

    29. (Analista Judicirio/TRF 4a Regio/2001/Fundao Carlos Chagas) - receita extra-

    oramentria:a) doao recebida em dinheiro

    b) impostos arrecadados relativos a exerccios anteriores

    c) emprstimo tomado para atender insuficincia de tesouraria

    d) receita de servios no prevista no oramento

    e) venda de sucata

    30. (Perito/PF) - Assinale a alternativa que indique uma receita de capital:

    a) Receita patrimonial

    b) Receita industrial

    c) Supervit do oramento corrented) Transferncias intergovernamentais para despesas correntes

    e) Receita de dvida ativa

    31. (Perito/PF) - Quanto categoria econmica, a receita pblica oramentria pode serclassificada em receitas correntes e de capital. A respeito dessas receitas, julgue os itensseguintes.

    a) So exemplos de receitas correntes: impostos, aluguis de mquinas, equipamentosou veculos, dividendos, servios de comercializao de produtos agropecurios ereceitas da dvida ativa no-tributria.

    b) A receita corrente tributria composta de impostos, taxas, contribuies sociais,contribuies econmicas e contribuies de melhoria.

    c) Juros de emprstimos uma receita corrente de servio resultante das taxas dejuros aplicadas a emprstimos concedidos, dierenciando-se dos juros classificadosna receita corrente patrimonial, por se tratar de receita operacional das instituiesfinanceiras.

    d) A venda de bens mveis uma receita pblica oramentria, representando umacaracterstica das receitas de capital, mas tambm pode ser encontrada entre asreceitas correntes.

    e) As operaes de crditos e a amortizao de emprstimos so itens da receitapblica oramentria de capital, e em ambas as transaes o governo assume a

    posio de devedor

    32. (Analista de Finanas e Controle/2000) So consideradas receitas extra-oramentrias:

    a) alugueis

    b) emprstimos obtidos

    c) recebimento da dvida ativa

    d) caues em dinheiro efetuadas por prestadores de servios

    e) as decorrentes da alienao de bens inservveis

    33. (Analista-Contador/RF/2001) - receita extra-oramentria:a) doao recebida em dinheiro

    b) impostos arrecadados relativos a exerccios anteriores

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    36/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 36

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    c) emprstimo tomado para atender insuficincia de tesouraria

    d) receita de servios no prevista no oramento

    e) venda de sucata

    34. No ttulo receitas de capital so classificados os seguintes tipos de receitas:

    a) Investimento, material de consumo, alienao de bens, operaes de crdito eoutras

    b) Investimentos, outros servios de terceiros, operaes de crdito, alienao de bens,amortizaes, transferncias de capital e outras

    c) Operaes de crdito, alienaes de bens, amortizaes, transferncia de capital eoutras

    d) Operaes de Crditos, alienaes de bens, transferncias de capital e gneroalimentcios

    e) n.d.a

    35. (AFC/STN/2001) - A Lei n 4.320, de 17/03/1964, que estatui as normas gerais doDireito Financeiro, classifica as receitas pblicas em receitas correntes e receitas de capital.Indique, entre as opes abaixo, aquela que representa corretamente as receitas de capital.

    a) Receitas tributrias, receitas dos contribuintes, receitas patrimoniais, transfernciasde capital e outras receitas de capital.

    b) Operaes de crdito, alienao de bens, amortizao de emprstimos,transferncias de capital e outras receitas de capital

    c) Operaes de crdito, alienao de bens, receitas patrimoniais, receitasagropecurias e receitas industriais. Receitas tributrias, receitas de servios,amortizaes de emprstimos, transferncias de capital e outras receitas de capital

    d) Operaes de crdito, receitas tributrias, receitas patrimoniais, transferncias decapital e outras receitas de capital

    36. (TCE/RN) - No que diz respeito receita pblica, pode-se afirmar que:

    a) as multas integram tanto a receita tributria quanto a de contribuies

    b) os recursos provenientes de endividamento e da privatizao de estatais constituemreceitas de capital

    c) receitas originrias so as que provm da capacidade impositiva do Estado

    d) as receitas extra-oramentrias constituem excesso de arrecadao, a ser utilizadona programao das despesas

    e) as dotaes oramentrias podem ser utilizadas independentemente da existentesde recursos nas respectivas fontes

    37. (PFN) - Conforme classificao legalmente estabelecida, figuram entre as receitascorrentes.

    a) converso, em espcie, de bens e direito

    b) tributos

    c) operaes de crdito

    d) amortizao de emprstimos

    e) alienao de bens

    38. (AGU) - A vinculao da receita de impostos, a rgo, fundo ou despesa:

    a) absolutamente vedada, sem qualquer ressalva

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    37/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 37

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    b) permitida nos casos expressamente previstos em lei complementar.

    c) pode ser excepcionalmente na lei oramentria anual

    d) vedada, salvo as hipteses includas na CF

    e) depende de previso na LDO

    39. (Auditor CE/ES/ESAF/2001) - Acerca da classificao oramentria da receita pblica, incorreto afirmar que:

    a) os ingressos oriundos de concesses e privatizaes constituem receitaoramentria

    b) supervit do oramento corrente constitui receita oramentria

    c) as contribuies de melhoria destinadas a obras constituem receitas de capital

    d) as caues e fianas no executadas constituem receitas extra-oramentrias

    e) as rendas auferidas pela Imprensa Nacional constituem receita corrente industrial

    40. (TRT- 4R) - No direito financeiro ptrio, a estimativa da receita oramentria se baseia na:

    a) Arrecadao havida no exerccio anterior.b) Receita executada nos dois ltimos exerccios.

    c) Arrecadao dos trs ltimos exerccios.

    d) Projeo de receita para o exerccio em que se executar a lei de oramento.

    e) Receita corrente apenas, pois a de capital imprevisvel.

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    38/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 38

    Prof. Carlos Ramos Junho - 2008

    Gabarito

    01 D 02 D 03 C 04 B

    05 B 06 A 07 C 08 E

    09 A 10 E 11 B 12 C

    13 A 14 D 15 C 16 B

    17 C 18 C 19 B 20 D

    21 C 22 E 23 C 24 B

    25 E 26 D 27 B 28 B

    29 C 30 C 31 V, F, V, V, F 32 D

    33 C 34 C 35 B 36 B

    37 B 38 D 39 C 40 C

  • 7/29/2019 Aula 02 Administracao PF

    39/39

    Rede de Ensino LFGCurso Preparatrio para Agente da Polcia Federal -Noes de Administrao 39

    Bibliografia Complementar

    BEZERRA FILHO, Joo Eudes. Contabilidade Pblica. Ed. Campus.

    BRASIL. Constituio (1988). Constituio da Repblica Federativa do Brasil.

    BRASIL. Lei n. 4.320, de 17 de maro de 1964. Estatui Normas Gerais de DireitoFinanceiro para elaborao e controle dos oramentos e balanos daUnio, dos Estados, dos Municpios e do Distrito Federal.

    BRASIL. Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas definanas pblicas voltadas para a responsabilidade na gesto fiscal e doutras providencias.

    BRASIL. Portaria Interministerial STN/SOF n. 163, de 4 de maio de 2001. Dispesobre as normas gerais de consolidao das Contas Pblicas no mbitoda Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, e d outrasprovidncias.

    BRASIL. Decreto n. 93.872, de 23 de dezembro de 1986. Dispe sobre aunificao dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza econsolida a legislao pertinente e d outras providncias.

    CARVALHO, Deusvaldo. Oramento e Contabilidade Pblica. Ed. Campus.

    CRUZ, Flvio. Comentrios Lei no. 4.320. Ed. Atlas.

    GIACOMONI, James. Oramento Pblico. Ed. Atlas

    JUND, Srgio. Administrao Financeira e Oramentria. Ed. Campus.

    SOUZA, Lino Martins. Contabilidade Pblica: Um enfoque governamental. Ed.Atlas.

    PISCITELLI, Roberto B. Contabilidade Pblica: Uma abordagem da AdministraoFinanceira Pblica. Ed. Atlas.