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Legislação aduaneira voltada para concursos públicos. Material bastante completo e aprofundado com questões comentadas por ótimos professores.

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Legislação Aduaneira p / RFB - 2015Teoria e Questões

Prof. Ricardo Vale- Aula 01

AULA 01: LEGISLAÇÃO ADUANEIRA

SUMÁRIO PÁGINA1-Palavras Iniciais 12- Tributação sobre o Comércio Exterior 2 - 103- Imposto de Importação 10 - 684- Questões Comentadas 69 - 975- Lista de Questões e Gabarito 98 - 121

Olá, amigos (as), tudo bem?

Estou muito feliz por estarmos juntos nessa caminhada! Tenho certeza de que você está correndo a passos largos rumo à aprovação. Eume lembro exatamente de quando eu estava aí do o utro lado! Era uma ansiedade muito grande pela prova! Estudava em ritmo alucinante! © Não tem outro jeito! Como sempre gosto de dizer: no final da jornada, vale muito a pena! Aprendi no meu querido Exército Brasileiro (EB) durante o tempo em que lá estive: a dor passa, o orgulho fica!

Hoje começamos a estudar acerca da tributação no comércio exterior, falando tudo sobre o imposto de importação! Vamos dominar o assunto!

Trata-se de assunto extenso e bastante técnico. Por várias vezes, teremos que recorrer a conhecimentos de Direito Tributário para entender determinados assuntos! Outras vezes, teremos que nos apegar à literalidade da legislação. É claro, tudo explicado nos mínimos detalhes e com a atenção que o assunto merece!

Grande abraço a todos,

Ricardo Vale

[email protected]://twitter.com/#!/RicardoVale01http://www.facebook.com/rvale01

P.S: Estejam à vontade para serem meus amigos no Facebook! Quero depois ter o direito de cobrar um chopp quando você tiver sido aprovado! ©

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1- TRIBUTAÇÃO SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR:

I . 1-Regramento Constitucional e Legislação Específica:

A primeira pergunta que nos cabe fazer é a seguinte: quais são os tributos que incidem sobre uma operação de importação?

São vários. Em uma importação, incidem o Imposto de Importação (I.I), o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as contribuições PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação, o ICMS e o AFRMM (Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante). Há, ainda, outras taxas incidentes, como, por exemplo, a Taxa de Utilização do SISCOMEX. Dependendo da operação, também há incidência de contribuições de intervenção sobre o domínio econômico, como a CIDE-Combustíveis.

A tributação sobre o comércio exterior encontra previsão constitucional. O art. 153 da CF/88 prevê que a União poderá instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros e sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. São eles o Imposto de Importação (I.I) e o Imposto de Exportação (I.E).

Também é a União o ente federativo responsável pela instituição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) (art. 153, inciso IV), das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação e de contribuições para intervenção no domínio econômico. Quanto a esse último ponto, destaque-se que o art. 149 da CF/88 dispõe que "compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econôm icasMais à frente, a CF/88, ainda estabelece que as contribuições sociais e de intervenção sobre o domínio econômico incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou serviços (art. 149, § 2°, incisoII, da CF/88). Na órbita dos Estados, está a competência para instituir o ICMS, tributo que incide sobre a circulação de mercadorias, ainda que as operações se iniciem no exterior (art. 155, inciso II, da CF/88).

E quais são os tributos que incidem sobre as operações de exportação?

Aqui a história é diferente! A resposta é que, sobre as operações de exportação, irá incidir somente o imposto de exportação (I.E). A CF/88, em perfeita consonância com os objetivos de política comercial do país, estabeleceu várias regras de não-incidência tributária sobre operações de exportação. Com efeito, a política comercial brasileira busca incentivar as exportações como forma de obter o desenvolvimento econômico nacional. Destaque-se que todas as hipóteses de não-incidência previstas na CF/88 são imunidades tributárias. A propósito, imunidade é uma hipótese de não- incidência constitucionalmente qualificada.

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Nesse sentido, pode-se verificar que a CF/88 dispõe que o IPI não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153, inciso III). Por sua vez, a CF/88 determina que o ICMS não incidirá sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior. Por último, o art. 149, § 2°, inciso I, da CF/88 dispõe que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. Assim, podemos dizer que, na exportação, temos: i) imunidade de IPI; ii) imunidade de ICMS e; iii) imunidade de contribuições sociais e de contribuições de intervenção no domínio econômico.

1) Tributos incidentes sobre o comércio exterior:- Imposto de Importação (I.I)- Imposto de Exportação (I.E)- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)- PIS/PASEP-Importação- COFINS-Importação-Contribuições de intervenção no domínio econômico- ICMS

2) Imunidades na Exportação:- Imunidade do ICMS- Imunidade do IPI-Imunidade das contribuições sociais e de contribuições de intervenção no domínio econômico

A tributação sobre o comércio exterior, como se pode perceber, não tem finalidade arrecadatória, mas sim extrafiscal. O governo a utiliza como forma de regulação econômica. Assim, alguns princípios constitucionais tributários não se aplicam aos tributos incidentes sobre o comércio exterior.

Fazemos menção, nesse momento, aos princípios da legalidade, da anterioridade e da noventena. O que são cada um desses princípios?

Recordemo-nos das aulas de Direito Tributário! ©

O princípio da legalidade está previsto no art. 150, inciso I, da CF/88, que dispõe que é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Em outras palavras, a norma competente para instituir e aumentar a alíquota de um tributo é a lei.

O princípio da anterioridade, por sua vez, está insculpido no art. 150, inciso III, alínea b, da CF/88. Segundo esse princípio, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Assim, se uma lei majora um tributo em agosto de 2014, este

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somente poderá ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1° de janeiro de 2015.

O princípio da noventena, também chamado de anterioridade nonagesimal, encontra previsão no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88. Ele veda que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios cobrem tributos antes de decorridos 90 (noventa) dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Destaque-se que os princípios da anterioridade e da noventena devem ser observados em conjunto.

Suponha que uma lei majore um tributo em 1° de novembro de 2014. Pelo princípio da anterioridade, este poderia ser recolhido pela alíquota maior a partir de 1° de janeiro de 2015. No entanto, há que se observar também a noventena, eis que o tributo somente poderá ser recolhido 90 dias após 1° de novembro de 2014, ou seja, em 1° de fevereiro de 2015.

Agora que já recordamos esses princípios constitucionais tributários, vejamos como eles são excepcionados em relação aos tributos incidentes sobre o comércio exterior:

a) Imposto de Importação (I.I):

- Não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas, o que quer dizer que não há necessidade de lei para alterar a alíquota do imposto de importação. Hoje, a alteração de alíquotas do imposto de importação compete à Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), que o faz mediante Resolução.

- Não obedece ao princípio da anterioridade e ao princípio da noventena. Assim, a alteração de alíquotas gera efeitos imediatos.

b) Imposto de Exportação (I.E):

- Da mesma forma que q imposto de importação, o imposto de exportação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. A fixação da alíquota do imposto de exportação também compete à CAMEX.

- O imposto de exportação também não obedece aos princípios da anterioridade e da noventena.

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A CAMEX tem competência para fixar a alíquota do imposto de importação e do imposto de exportação.

Se uma questão disser que a CAMEX fixa a alíquota dos tributos incidentes sobre o comércio exterior, ela estará errada. Por quê?

Porque sobre o comércio exterior há incidência de vários outros tributos além do imposto de importação e do imposto de exportação.______________________________________

c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI):

- O IPI não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração dealíquotas.

- O IPI não obedece também ao princípio da anterioridade.

- Cuidado! O IPI obedece ao princípio da noventena. Assim, embora não seja necessário esperar pelo próximo exercício, faz-se mister aguardar o período mínimo de 90 dias.

d) PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação:

- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação obedecem ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas.

- O PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação não obedecem ao princípio da anterioridade, mas obedecem ao princípio da noventena(anterioridade nonagesimal). Isso é o que prevê o art. 195, § 6°, da CF/88.

1.2-Produtos, Bens e Mercadorias:

Qual a diferença entre produtos, bens e mercadorias?1

Bens são coisas, corpóreas e incorpóreas, possuidoras de utilidade econômica e que representam riqueza incorporada ao patrimônio epassível de avaliação pecuniária (avaliação em dinheiro). São exemplos de bens: os imóveis (casas, prédios), veículos, televisões, notebooks, ipads, etc.

1Os conceitos apresentados a seguir foram extraídos do seguinte artigo:MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103­106.

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Produto, por sua vez, é o nome que se atribui a toda e qualquer coisa ou utilidade que foi extraída de outra. Trata-se de um conceito abrangente, mais amplo, inclusive, que o de bem. Isso porque a palavra "produtos" abrange até mesmo coisas que não sejam passíveis de avaliação econômica. Existem produtos agrícolas, produtos industrializados, minerais, intelectuais, etc.

Mercadorias, por fim, são coisas que servem como objeto de operações comerciais. Toda mercadoria é um bem, mas nem todo bem é mercadoria. Apenas são mercadorias os bens móveis destinados à realização de operações mercantis. A título de exemplo, a bagagem de viajantes não pode ser considerada mercadoria, mas apenas um bem.

O Código Aduaneiro do Mercosul, embora ainda não esteja em vigor, nos traz o conceito aduaneiro de "mercadoria".

Segundo o referido diploma, "mercadoria é todo bem suscetível de um destino aduaneiro".

W S FIQUE^patento!

E quais são os destinos aduaneiros possíveis?

São quatro os destinos aduaneiros:

1) inclusão (admissão) em um regime aduaneiro especial;

2) retorno ao exterior;

3) abandono;

4) destruição.

Tais conceitos (bens, produtos e mercadorias) são importantes para interpretarmos a incidência do imposto de importação e do imposto de exportação. Vejamos o que nos informa a CF/88:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:I - importação de produtos estrangeiros;II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ounacionalizados;

Como se percebe da leitura do art. 153, o legislador constituinte autorizou a União a instituir o imposto de importação e o imposto de exportação, os quais podem incidir sobre produtos, conceito este que já vimos que é mais amplo do que o de mercadorias e que o de bens.

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Vamos agora dar uma olhada no que nos informa o Regulamento Aduaneiro, cujos dispositivos advém do Decreto-Lei n° 37/66! 2

Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.

Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.

Analisando esses artigos, verifica-se que foi feita menção ao termo "mercadoria". Mas será que a incidência do imposto de importação e do imposto de exportação é mesmo tão restrita assim? Como vimos, "mercadoria" engloba apenas os bens móveis objeto de operações comerciais.

Segundo Liziane Angelotti, à primeira vista, pode parecer que o legislador exerceu apenas parcela restrita de sua competência, afinal a Constituição autorizou a incidência do I.I e I.E sobre produtos, cujo conceito é bem mais amplo que o de mercadorias.

Entretanto, analisando os outros dispositivos da legislação, percebe- se que não é essa a interpretação adequada. Como estudaremos detalhadamente mais à frente, há previsão normativa para que o imposto de importação também incida sobre bagagem de viajantes (que não são mercadorias, mas bens!). Ou, ainda, que há incidência do imposto de importação em relação a outras operações comerciais em que não há transferência de propriedade (aluguel, arrendamento operacional, etc.). Outro exemplo é a incidência do imposto de importação na hipótese de doação.

Conclui-se, a partir desse debate, que não se pode afirmar, a partir de uma interpretação sistemática do ordenamento jurídico nacional, que o imposto de importação e o imposto de exportação incidam apenas sobre mercadorias. O imposto de importação e o imposto de exportação incidem sobre bens. 3 2 3

2Várias normas do Regulamento Aduaneiro vêm desse Decreto-Lei que, pasmem, é de 1966. As normas de comércio exterior precisam, urgentemente, ser reformadas e adequadas à nova realidade internacional.3 MEIRA, Liziane Angelotti. Imposto sobre a Importação. In: Temas Atuais de Direito Aduaneiro, Coord: Rosaldo Trevisan. São Paulo: Lex Editora, 2008, pp. 103­106.

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1) Na prova, você deve marcar como correta uma assertiva que traga a literalidade dos art. 69 e art.212 do R/A:

Art. 69. O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira.

Art. 212. O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.

2) Se a questão adentrar em debates doutrinários, você poderá afirmar que o imposto de importação incide sobre bens estrangeiros e que o imposto de exportação incide sobre bens nacionais ou nacionalizados.

3) Lembre-se, por último, de que a literalidade da CF/88 prevê que a União está autorizada institua imposto sobre a importação de produtos estrangeiros e imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados.

1.3-Produtos Estrangeiros, Produtos Nacionais, Nacionalizados e Desnacionalizados

Vamos entender esses conceitos, que serão muito importantes para entendermos a tributação no comércio exterior.

a) Produtos Nacionais: são os produtos fabricados no Brasil ou que sofreram uma transformação substancial em território nacional. 4

b) Produtos Estrangeiros: são os produtos originários do exterior, observadas as regras de origem. Um carro fabricado na Alemanha, por exemplo, é um produto estrangeiro.

c) Produtos Nacionalizados: É um produto estrangeiro que é importado com ânimo de definitividade. É importante destacar que quando um bem entra no país admitido em um regime aduaneiro especial, como, por exemplo, a admissão temporária, ele não está se nacionalizando brasileiro. Veja: nesse caso, o bem não ingressou em território nacional com ânimo de definitividade. Sua entrada está, desde já, condicionada ao retorno para o exterior. O retorno de uma admissão temporária é denominado reexportação.

4 Para determinar se um produto é ou não nacional, devem ser observadas as regras de origem.

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A ESAF considera que a nacionalização ocorre quando a mercadoria é importada a título definitivo, independentemente de despacho para consumo. Nesse caso, a mercadoria considera-se nacionalizada na data do embarque no exterior._______________

d) Produtos Desnacionalizados: É o produto nacional ounacionalizado exportado com ânimo de definitividade. A exportação temporária não tem como conseqüência a desnacionalização do produto, uma vez que a saída deste já está condicionada ao retorno ao Brasil. Destaque-se que o retorno de uma exportação temporária é denominado reimportação.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

HORA DE

praticar!

1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens estrangeiros.

Comentários:

A CF/88 dispõe que compete à União instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros. Questão errada.

2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior.

Comentários:

O IPI não incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior, uma vez que há imunidade de IPI nas exportações. Questão errada. 3

3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito Federal a competência para exonerar os contribuintes do Imposto de Exportação.

Comentários:

O imposto de exportação é tributo da competência da União, não tendo sido atribuída pela CF/88 qualquer competência aos Estados e DF no que diz respeito a esse imposto. Questão errada.

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4. (Questão Inédita) Um bem exportado temporariamente não se desnacionaliza.

Comentários:

Quando é realizada uma exportação temporária, não há ânimo de definitividade e, portanto, não há que se falar em desnacionalização. Um bem exportado temporariamente continua sendo um bem nacional. Questão correta.

2- IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (arts. 69 a 211-A do R/A)

2.1- Introdução:

O imposto de importação é um tributo de caráter eminentemente extrafiscal, isto é, visa permitir que o governo exerça a função de regulação econômica por meio do controle das importações. Assim, não se pode dizer que o imposto de importação possui finalidade arrecadatória, embora a arrecadação de recursos para os cofres públicos seja um efeito da imposição desse tributo. Nos últimos anos, o imposto de importação tem representado apenas algo em torno de 5% do total da arrecadação tributária brasileira.

Mas como assim o governo exerce controle das importações?

Simples. Ao aumentar o imposto de importação, o governo confere proteção à indústria nacional em detrimento de bens estrangeiros. Ao reduzir o imposto de importação, por outro lado, o governo estimula a entrada de bens estrangeiros no território nacional. Assim, se a indústria nacional de têxteis está enfrentando forte concorrência externa e, em razão disso, acumulando prejuízos, o governo poderá aumentar a alíquota do I.I para produtos têxteis. Por outro lado, o governo pode reduzir a alíquota do I.I incidente sobre um determinado tipo de máquina / equipamento que não possua produção nacional, estimulando, assim, os investimentos produtivos no país. Da mesma forma, diante de uma crise de desabastecimento interno, é interesse do governo estimular a entrada de produtos, o que é feito por meio da redução da alíquota do imposto de importação.

Diante de todas essas hipóteses, é fácil perceber que o governo brasileiro precisaria de flexibilidade para poder alterar as alíquotas do imposto de importação de forma rápida. Com base nessa ideia, a CF/88 determinou, em seu art. 153, § 1°, que, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, é facultado ao Poder Executivo alterar as alíquotas do imposto de importação. Em outras palavras, a CF/88 estabelece que o imposto de importação não obedece ao princípio da legalidade quanto à alteração de alíquotas. Atualmente, a alteração das alíquotas do imposto

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de importação compete à CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que o faz mediante Resolução.

Cabe destacar, todavia, que a alteração das alíquotas do imposto de importação deve observar os compromissos internacionais assumidos pela República Federativa do Brasil, sob pena de responsabilidade internacional. Nesse sentido, há limites tarifários máximos para o imposto de importação acordados pelo Brasil na OMC, os quais só podem ser ultrapassados caso realizada renegociação multilateral.5 Ademais, os membros do MERCOSUL definem em conjunto as alíquotas do imposto de importação, salvo nas hipóteses de exceção à TEC.6 7

O imposto de importação também representa uma exceção aos princípios da anterioridade e da noventena7. Dessa forma, a alteração de alíquotas do imposto de importação gera efeitos imediatos. O objetivo do legislador constituinte foi, de fato, conferir maior agilidade às decisões governamentais no que diz respeito à regulação do comércio exterior.

2.2- Lançamento:

Segundo o art. 142 do Código Tributário Nacional, lançamento é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso,

5 O art. II do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) estabelece que nenhum membro da OMC poderá conceder, aos produtos de outros membros, tratamento menos favorável do que o previsto em sua Lista de Concessões. A Lista de Concessões representa, assim, o limite máximo do imposto de importação que cada Estado- membro se comprometeu a observar.

6 O MERCOSUL, por tratar-se de uma união aduaneira, aplica uma Tarifa Externa Comum em relação às importações de terceiros países. As alíquotas da TEC são definidas em conjunto pelos Estados-membros do MERCOSUL. No MERCOSUL, todavia, existem diversas exceções à TEC (produtos em relação aos quais não se aplica a alíquota da TEC), o que nos permite dizer que esse bloco regional trata-se de uma união aduaneira imperfeita.

7 O princípio da anterioridade está previsto no art. 150, inciso III, alínea b, da CF/88, que veda aos entes federativos cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Por sua vez, o princípio da noventena (anterioridade nonagesimal) está previsto no art. 150, inciso III, alínea c, da CF/88, vedando aos entes federativos cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Os dois princípios são verdadeiras limitações constitucionais ao poder de tributar e são, em regra, exigidos cumulativamente. Destaque-se que o imposto de importação não precisa obedecer a nenhum desses princípios.

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propor a aplicação da penalidade cabível. A partir dessa definição, é possível verificar que é o crédito tributário é constituído pelo lançamento.

Como você deve ter estudado em Direito Tributário, existem três modalidades de lançamento: i) lançamento de ofício ou direto; ii) lançamento por declaração ou misto e; iii) lançamento por homologação ("autolançamento").

Cabe-nos perguntar o seguinte: qual o tipo de lançamento se aplica ao imposto de importação?

À primeira vista, você pode me dizer: "Ah, o lançamento do imposto de importação é por declaração! Afinal existe uma Declaração de Importação!"

Isso está absolutamente errado. Em regra, o imposto de importação é objeto de lançamento por homologação. É o importador que elabora a Declaração de Importação (DI), registrando-a no SISCOMEX, antecipando o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. Registrada a DI, os tributos são automaticamente debitados da conta do importador. Caberá à autoridade aduaneira, a posteriori, fazer a homologação do lançamento realizado pelo contribuinte. Somente com a homologação é que o crédito tributário considera-se definitivamente extinto.

A homologação poderá ser expressa ou tácita. A homologação será expressa quando, por meio de ato administrativo, a autoridade declarar a concordância com a atividade realizada pelo sujeito passivo. Por outro lado, a homologação será tácita quando for ultrapassado o prazo legal para a homologação expressa sem que a autoridade administrativa se posicione. Nesse sentido, o art. 150, § 4°, do CTN, dispõe que se a lei não fixar prazo para a homologação, será ele de 5 (cinco) anos, a contar da ocorrência do fato gerador. Uma vez expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública tenha se pronunciado, o lançamento considera-se homologado e o crédito tributário definitivamente extinto, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Segundo a doutrina tributarista majoritária, o fim do prazo para homologação (5 anos), além de implicar em homologação tácita, opera a decadência do direito de a Administração Tributária constituir o crédito tributário, lançando de ofício eventuais diferenças apuradas. Portanto, pode- se afirmar que, em regra, o imposto de importação irá decair em 5 (cinco) anos a contar da data da ocorrência do fato gerador. 8

8 Segundo o Prof. Ricardo Alexandre, na sistemática do lançamento por homologação, tem-se o único caso em que o prazo decadencial é contado exatamente da data da ocorrência do fato gerador. Peço, então, que você tenha muito cuidado com o art. 752, inciso I do R/A, que não pode se aplicar ao imposto de importação, que

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2.3- Base de Cálculo:

A base de cálculo do imposto de importação é definida pelo art. 75 do Regulamento Aduaneiro, conforme transcrito a seguir:

Art. 75. A base de cálculo do imposto é:I - quando a alíquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio - GATT 1994; eII - quando a alíquota for específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida.

Conforme se pode observar ao ler o dispositivo supracitado, há duas situações diferentes:

- se a alíquota do imposto for ad valorem, a base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro. As regras para a determinação do valor aduaneiro estão previstas no Acordo sobre a Implementação do art. VII do GATT, que, por ter sido regularmente internalizado no ordenamento jurídico interno, possui status de lei ordinária. Em aula posterior, nós estudaremos sobre a valoração aduaneira.

Como estudaremos em aula futura, o valor aduaneiro não é exatamente o valor CIF(valor da mercadoria somado ao frete e seguro internacionais). Entretanto, as principais parcelas que compõem o valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro internacionais. Assim, podemos afirmar o seguinte:

1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação toma-se como base o valor CIF.

2) A bake de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro.

- se a alíquota do imposto for específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. A título de exemplo, imaginemos que a alíquota do imposto de importação incidente sobre soja seja de US$ 2,00 / kg. Se forem importados

está sujeito a lançamento por homologação. O art. 752, inciso I do R/A determina que o direito de exigir o tributo extingue-se em cinco anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que poderia ter sido lançado.

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2000 kg de soja, essa quantidade (2000 kg) será exatamente a base de cálculo do imposto de importação.

O cálculo do imposto de importação será feito, então, pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a base de cálculo determinada conforme as regras anteriores.9 Isso não se aplica às remessas postais internacionais (quando sujeitas ao regime de tributação simplificada), aos bens enquadrados como bagagem de viajante procedente do exterior (quando sujeitos ao regime de tributação especial) e às mercadorias procedentes da República do Paraguai, importadas por via terrestre, quando aplicado o Regime de Tributação Unificada (RTU).

A alíquota aplicável é aquela que estiver em vigor na data da ocorrência do fato gerador. Segundo o art. 97 do R/A, para efeitos de cálculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira deverão ser convertidos em moeda nacional à taxa de câmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador. Com a entrada em vigor da Decisão CMC n° 13/2007, em 03/06/2012, a taxa de câmbio aplicável passou a ser a taxa diária estabelecida pelo banco central ou autoridade monetária central de cada Estado Parte, tomando-se a taxa vigente no fechamento do dia anterior ao da data da numeração do despacho de importação. 9 10

2.4- Pagamento do Imposto:

O imposto de importação é pago na data do registro da Declaração de Importação (DI). No ato do registro da DI, é feito o débito do valor referente ao imposto de importação. O Ministro da Fazenda poderá, em casos especiais, fixar outros momentos para o pagamento do imposto.

A importância a pagar será o resultado da apuração do total do imposto, na declaração de importação ou em documento de efeito equivalente. O depósito para garantia de qualquer natureza será feito na Caixa Econômica Federal (CEF), na forma da legislação específica.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

HORA DE

praticar!

9 Não podemos nos esquecer de que existem as exceções à TEC. Os produtos relacionados como exceções à TEC não se sujeitam às alíquotas previstas na TEC, mas sim às alíquotas do I.I discricionariamente definidas pela CAMEX.10 Para fins de concurso público, o candidato pode considerar como correta tanto a literalidade do art. 97 quanto a regra insculpida na Decisão CMC n° 13/2007.

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5. (AFRFB-2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando aalíquota for específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).

Comentários:

Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estabelecida. A base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro quando a alíquota for ad valorem. Questão errada.

6. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota for específica.

Comentários:

De fato, quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria na unidade de medida estabelecida. Questão correta.

7. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos à alíquota zero de imposto de importação implicam a adoção de alíquota zero no imposto de produtos industrializados.

Comentários:

Não há relação entre a alíquota do imposto de importação e a alíquota de qualquer tributo. Assim, se a alíquota do imposto de importação for zero, não há obrigatoriedade de que a alíquota do IPI também seja zero. Questão errada.

8. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja "ad valorem", o imposto de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.

Comentários:

Se a alíquota for ad valorem, o imposto de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na TEC sobre o valor aduaneiro. Questão errada.

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2.5- Fato Gerador:

O imposto de importação é tributo de competência da União que tem como fato gerador a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. O Regulamento Aduaneiro dispõe exatamente nesse sentido no art. 72, estabelecendo que "o fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território a d u a n e iro A entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro é considerada pela doutrina o elemento espacial (geográfico) do fato gerador. Uma mercadoria, ao cruzar os limites territoriais (geográficos) do País, entrando no território aduaneiro pela zona primária, dá ensejo à ocorrência do fato gerador do imposto de importação.

Mas aí cabe fazer a pergunta: em que momento exato se considera que uma mercadoria estrangeira entrou no território aduaneiro?

A definição do momento temporal exato em que ocorre o fato gerador do imposto de importação é muito importante, uma vez que o cálculo do tributo deverá ser realizado levando-se em consideração a alíquota vigente no momento da ocorrência do fato gerador. Mas não pense você que é fácil definir esse momento temporal... Imagine se tivéssemos que saber exatamente quando um avião entrou no espaço aéreo brasileiro! Ou, então, o momento exato em que um navio entrou nas águas territoriais do país!

Em virtude dessas complicações, dispõe o art. 73 do R/A que considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo. Segundo entendimento do STJ, embora o fato gerador do imposto de importação ocorra com a entrada da mercadoria estrangeira no território nacional, este apenas se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação no regime comum (REsp 362.910/PR).

Na prova, você deve considerar corretas as seguintes assertivas:

1) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro (território nacional).

2) O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação.

Mas não pensem que é tão simples assim não! Vejamos o que diz o inteiro teor do art. 73 do R/A:

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Art. 73. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador:I - na data do registro da declaração de importação demercadoria submetida a despacho para consumo;II - no dia do lançamento do correspondente crédito tributário,quando se tratar de:a) bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum;b) bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada;c) mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; oud) mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada;III - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese a que se refere o inciso XXI do art. 689IV - na data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômicaParágrafo único. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação, e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.

O Regulamento Aduaneiro define outros momentos temporais para que se considere como ocorrido o fato gerador do imposto de importação. Cada um deles se refere a uma situação específica. Vejamos:

1) O art. 73, inciso I nós já estudamos. Quando uma mercadoria é despachada para consumo11, ou seja, quando é importada a título definitivo, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação.

2) O art. 73, inciso II estabelece as situações em que a data da ocorrência do fato gerador é o dia do lançamento do crédito tributário. Trata-se de situações em que não se faz registro de Declaração de Importação.

11 Existem três tipos de despacho aduaneiro: i) despacho para consumo: aplicável às mercadorias importadas a título definitivo (mercadorias nacionalizadas); ii) despacho para admissão: aplicável às mercadorias que ingressam no país ao amparo de regimes aduaneiros especiais (estudaremos esses regimes em aulas futuras) e; iii) despacho para internação: aplicável as mercadorias que saem da Zona Franca de Manaus ou Áreas de Livre Comércio em direção ao restante do território nacional.

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a) A alínea "a" se refere aos bens contidos em remessa postal Internacional não sujeitos ao regime de importação comum. Quanto a esse ponto, cabe destacar que há dois regimes de tributação possíveis para as remessas postais internacionais: o regime de tributação simplificada e o regime de tributação comum.

O regime de tributação simplificada se aplica às importações de bens pelos correios, companhias aéreas, empresas de courier, presentes recebidos do exterior e compras pela Internet. O valor máximo dos bens importados ao amparo desse regime é US$ 3.000,00 e a alíquota do imposto de importação incidente será de 60%. Ressalte-se que as remessas no valor total de até US$ 50,00 estão isentas de impostos, com a condição de que sejam transportadas pelo serviço postal e que remetente e destinatário sejam pessoas físicas. Alguns bens não se submetem ao regime de tributação simplificada: bebidas alcoólicas, fumo e produtos de tabacaria.

O regime de tributação comum, por sua vez, se aplica às importações de remessas postais internacionais cujo valor supere os US$ 3.000,00 ou caso o produto seja bebida alcoólica ou produto de tabacaria. Nesse caso, haverá necessidade de registro da Declaração de Importação.

Voltando à questão do momento do fato gerador, verificamos que:

- No caso de remessas postais internacionais importadas ao amparo do regime de tributação simplificada, não há registro da D.I, logo o fato gerador considera-se ocorrido no dia do lançamento.

- No caso de remessas postais internacionais importadas ao amparo do regime de tributação comum, haverá registro de DI e, portanto, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro de D.I.

b) A alínea "b" diz respeito aos bens enquadrados no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada. Bagagem acompanhada é o conjuntos de bens que o viajante tra z consigo no mesmo meio de transporte em que realiza a viagem, os quais não estão amparados por conhecimento de embarque ou documento de mesma finalidade. Bagagem desacompanhada é o conjunto de bens que chega ao país ou vai para exterior em decorrência da viagem do indivíduo. Tais bens estão amparados por conhecimento de embarque (conhecimento de carga).

Há, fundamentalmente, quatro tratamentos distintos para os bens trazidos ao país por viajantes, conforme previsto na IN RFB n°1059/2010. São eles: i) isenção; ii) regime de tributação especial; iii) regime de importação comum e; iv) perdimento.

A isenção será concedida aos seguintes bens integrantes de bagagem acompanhada:

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- livros, folhetos e periódicos;

-bens de uso ou consumo pessoal (abrangem uma máquina fotográfica, um relógio de pulso e um telefone celular, desde que em compatibilidade com as circunstâncias da viagem)

- outros bens, observado o limite de US$ 500,00 (no caso de ingresso no país por via marítima ou aérea) e de US$ 300,00 (no caso de ingresso no país por via terrestre, fluvial ou lacustre.

Há ainda limites quantitativos para a isenção, como, por exemplo, para bebidas alcoólicas (12 litros), cigarros (10 maços), charutos ou cigarrilhas (25 unidades) e fumo (250 gramas)

O regime de tributação especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem com a exigência apenas do imposto de importação, a uma alíquota de 50%. Aplica-se aos bens que não se enquadrarem nos limites de isenção. Por exemplo, se for importado um notebook cujo valor é US$ 2000,00, incidirá a alíquota de 50% do I.I sobre o que exceder o limite de isenção. Considerando que o limite de isenção é US$ 500,00 (ingresso por via aérea), a alíquota de 50% do I.I incidirá sobre US$ 1500,00.

No caso de bens trazidos por viajante aos quais se aplique o regime de tributação especial não haverá registro de DI, mas sim lançamento do crédito tributário. Daí dizer-se que o fato gerador ocorre no momento em que é realizado o lançamento no caso de bens compreendidos no conceito de bagagem.

O regime de importação comum, por sua vez, se aplica aos bens que não possam ser enquadrados como bagagem ou que excedam os limites quantitativos. Considera-se bagagem, nos termos da IN RFB n° 1059/2010, "os bens novos ou usados que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, puder destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que, pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitirem presumir importação ou exportação com fins comerciais ou in d u s tr ia isEstão excluídos do conceito de bagagem veículos automotores em geral, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares, casas rodantes (motor homes), aeronaves e embarcações de todo tipo.

Para os bens importados ao amparo do regime de importação comum, o imposto de importação incidirá com a alíquota prevista na TEC, devendo ser registrada uma Declaração de Importação pelo importador. Nesse caso, o fato gerador considera-se ocorrido na data de registro da DI.

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Por fim, o perdimento se aplica aos bens que não podem ser trazidos pelo viajante ao país. Citamos, como exemplo, mercadorias cuja produção tenha violado direito autoral e cigarros e bebidas fabricados no Brasil, destinados à venda exclusivamente no exterior.

c) A alínea "c" se refere a mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. Perceba que, mesmo nessa situação (extravio de mercadoria), haverá fato gerador do imposto de importação. A situação não é simples, pois a mercadoria extraviada pode nem sequer ter entrado no território nacional.

Para resolver esse problema e evitar discussões, o art. 72, §1°, do R/A, dispõe que, para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira. Presume-se que a mercadoria extraviada entrou no território aduaneiro, daí dizer-se que essa situação configura fato gerador presumido do imposto de importação.

As diferenças percentuais de mercadoria a granel extraviadas não serão consideradas, para fins de exigência do imposto de importação, quando forem inferiores a 1% (um por cento). Em outras palavras, admite-se o extravio de 1% de mercadorias a granel sem que seja exigido o imposto de importação em relação a estas. Se o extravio for superior a 1%, o imposto de importação será exigido em relação à integralidade das mercadorias extraviadas.

Registre-se que, no caso de extravio, quem pagará o imposto de importação será o responsável (transportador ou depositário), e não o importador. Ao contrário, por já ter feito o recolhimento do imposto de importação no momento do registro da Declaração de Importação (DI), o importador fará jus à restituição dos valores relativos a esse imposto.

Também é importante conhecermos o tratamento tributário dado à avaria de mercadoria. De início, é preciso ter em mente que, no caso de avaria, apesar de a mercadoria ter sofrido algum dano, ela entrou no território aduaneiro.

A avaria da mercadoria terá como efeito a redução do montante tributável (base de cálculo) do imposto de importação, proporcionalmente ao prejuízo. O importador, tendo recolhido o imposto de importação sobre o valor total da mercadoria (sem considerar o prejuízo), fará jus à restituição do que foi pago a maior (montante do imposto relativo ao prejuízo). A Receita Federal irá cobrar do responsável (transportador ou depositário) o imposto de importação incidente sobre o valor do prejuízo.

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Até a edição da Lei n° 12.350/2010, a apuração da responsabilidade pela avaria ou extravio de mercadoria era realizada por meio de um processo administrativo denominado de vistoria aduaneira. A Lei n° 12.350/2010 colocou um fim à vistoria aduaneira, o que foi confirmado com a edição do Decreto n° 8.010/2013. Hoje, a autoridade aduaneira, ao verificar a ocorrência de avaria ou extravio de mercadoria, irá proceder ao lançamento de ofício, formalizado por meio de auto de infração. Portanto, nesse caso, o fato gerador considera-se ocorrido no momento do lançamento do crédito tributário.

Antes da edição do Decreto n° 8.010/2013, o art. 72, § 1°, do R/A, dispunha o seguinte:

"Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera- se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido apurado pela autoridade aduaneira."

Com a edição do Decreto n° 8.010/2013, o art. 72, § 1°, do R/A, passou a dispor da seguinte forma:

"Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera- se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira."

A razão dessa pequena mudança foi o fim do processo de vistoria aduaneira. A vistoria aduaneira era o processo administrativo cujo objetivo era apurar avaria ou extravio de mercadoria. Com o fim da vistoria aduaneira, a autoridade aduaneira, uma vez constatada a avaria ou extravio de mercadoria, irá simplesmente lavrar um auto de infração, efetuando o lançamento de ofício. Assim, atualmente, não há mais que se falar em "apuração" de avaria/extravio (que pressupõe a existência de um processo administrativo), mas somente em "verificação".

d) A alínea "d" diz respeito a mercadoria estrangeira que não haja sido objeto de declaração de importação, na hipótese em que tenha sido consumida ou revendida, ou não seja localizada.

Aqui temos o caso de uma mercadoria que foi importada sem DI,ou seja, que entrou no país de forma irregular. Se essa mercadoria for encontrada, a Receita Federal irá apreendê-la, aplicando a pena de perdimento. Se a RFB aplicar a pena de perdimento, não haverá incidência do imposto de importação. Em sentido contrário, caso a RFB não encontre a

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mercadoria, em virtude de esta já ter sido consumida ou revendida, não há que se falar em pena de perdimento, havendo a incidência do imposto de importação. A autoridade aduaneira fará, então, o lançamento do crédito tributário, momento em que se considera ocorrido o fato gerador do imposto de importação.

3) O art. 73, inciso III estabelece uma situação em que o momento da ocorrência do fato gerador será a data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Esse será o momento temporal do fato gerador se for iniciado o despacho aduaneiro de importação antes de aplicada a pena de perdimento na hipótese de abandono de mercadoria em recinto alfandegado.

Vamos entender esse negócio! ©

Uma mercadoria é considerada abandonada nas hipóteses previstas no art. 642 do R/A. Uma vez que a mercadoria tenha sido considerada abandonada, a autoridade aduaneira dará início ao processo administrativo para aplicação da pena de perdimento. Vejamos as hipóteses em que uma mercadoria é considerada abandonada:

Art. 642. Considera-se abandonada a mercadoria que permanecer em recinto alfandegado sem que o seu despacho de importação seja iniciado no decurso dos seguintes prazosI - noventa dias:a) da sua descarga; eb) do recebimento do aviso de chegada da remessa postal internacional sujeita ao regime de importação comum;II - quarenta e cinco dias:a) após esgotar-se o prazo de sua permanência em regime de entreposto aduaneiro;b) após esgotar-se o prazo de sua permanência em recinto alfandegado de zona secundária; ec) da sua chegada ao País, trazida do exterior como bagagem, acompanhada ou desacompanhada; eIII - sessenta dias da nptificação a que se refere o art. 640.§ 1o Considera-se também abandonada a mercadoria que permaneça em recinto alfandegado, e cujo despacho de importação:I - não seja iniciado ou retomado no prazo de trinta dias da ciênciaa) da relevação da pena de perdimento aplicada; oub) do reconhecimento do direito de iniciar ou de retomar o despacho; ouII - tenha seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão do importador§ 2o O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso II do caput é de setenta e cinco dias, contados da data de entrada da mercadoria no recinto.§ 3o Na hipótese em que a mercadoria a que se refere a alínea "c" do inciso II do caput que não se enquadre no conceito de bagagem,

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aplicam-se os prazos referidos na alínea "a" do inciso I do caput ou na alínea "b" do inciso II do caput, conforme o caso.§ 4o No caso de bagagem de viajante saindo da Zona Franca de Manaus para qualquer outro ponto do território aduaneiro, o prazo estabelecido na alínea "c" do inciso II do caput será contado da data de embarque do viajante.Art. 643. Nas hipóteses a que se refere o art. 642, o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, poderá iniciar o respectivo despacho de importação, mediante o cumprimento das formalidades exigíveis e o pagamento dos tributos incidentes na importação, acrescidos de juros e de multa de mora, e das despesas decorrentes da permanência da mercadoria em recinto alfandegado Parágrafo único. A Secretaria da Receita Federal do Brasil expedirá os atos necessários à aplicação do disposto no caput

Nos termos do art. 643, é possível que o importador, antes de aplicada a pena de perdimento, dê início ao despacho de importação.Assim, ele evita que seja declarado o perdimento da mercadoria considerada abandonada. Nesse caso, ocorrerá o fato gerador do imposto de importação na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado. Perceba que, nesse caso, embora tenhamos o registro de uma DI, o fato gerador se considera ocorrido em momento anterior (data do vencimento do prazo de permanência em recinto alfandegado)

4) O art. 74, inciso IV estabelece como momento da ocorrência do fato gerador do I.I a data do registro da declaração de admissão temporária para utilização econômica. Mais à frente em nosso curso, nós estudaremos os regimes aduaneiros especiais, oportunidade em que falaremos sobre a admissão temporária para utilização econômica.

Por ora, no entanto, precisamos saber que esse regime aduaneiro especial é aplicável aos bens que ingressam a título temporário no país a fim de serem empregados em atividade econômica. Tais bens são importados com suspensão parcial de tributos. Logo, por haver recolhimento tributário parcial, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na hipótese de bens que entram no país ao ampSro do regime aduaneiro especial de admissão temporária para utilização econômica. E o momento temporal da ocorrência do fato gerador será o registro da declaração para admissão no regime.

A contrario sensu, pode-se interpretar que a entrada de bens no país ao amparo de outros regimes aduaneiros especiais suspensivos de tributação não é fato gerador do imposto de importação. Esse foi, inclusive, o entendimento adotado pela ESAF no último concurso de Auditor da RFB 2009,

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na prova de Direito Tributário. Entretanto, cabe destacar que há grande controvérsia doutrinária e jurisprudencial quanto a esse tema. 12

2.6-Não-ocorrência do fato gerador:

O art. 74 do Decreto n° 6759/2009 relaciona duas hipóteses em que não ocorre o fato gerador do imposto de importação.

A primeira delas diz respeito ao retorno ao país de mercadoria que tenha sido exportada temporariamente. Nesse caso, como a saída da mercadoria não se revestiu do caráter de definitividade, não podemos considerar que ela foi desnacionalizada. O retorno ao país de mercadoria exportada temporariamente é denominado de reimportação. Podemos dizer, então, que na reimportação, não há fato gerador do imposto de importação.

A segunda situação diz respeito ao pescado capturado fora das águas territoriais brasileiras, por empresa localizada no seu território, desde que observadas as normas da atividade pesqueira. Vejamos o que prevê o art. 74 do R/A:

Art. 74. Não constitui fato gerador do imposto a entrada no território aduaneiro:I - do pescado capturado fora das águas territoriais do País, por empresa localizada no seu território, desde que satisfeitas as exigências que regulam a atividade pesqueira; eII - de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária, ainda que descumprido o regime.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

HORA DE

praticar!

9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Comentários:

12 A própria ESAF já se posicionou de forma diversa em concursos anteriores. Nas aulas sobre regimes aduaneiros especiais, nos aprofundaremos melhor nesse assunto: ocorre fato gerador do imposto de importação na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais?

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No caso de mercadorias submetidas a despacho para consumo, o fato gerador do I.I considera-se ocorrido na data do registro da DI. (art. 73, incisoI, do R/A). Questão correta.

10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.

Comentários:

No caso de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, haverá registro de DI, motivo pelo qual esse será o momento da ocorrência do fato gerador. A data do registro da DI também será o momento do fato gerador no caso de despacho para consumo de mercadoria submetida a regime suspensivo de tributação. Questão correta.

I I . (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

Comentários:

O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. No caso de bens compreendidos no conceito de bagagem (acompanhada ou desacompanhada), o fato gerador se considera ocorrido na data do lançamento do crédito tributário. Questão correta.

12. (Questão Inédita) O fato derador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira.

Comentários:

O fato gerador do I.I é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para fins de incidência do I.I, considera-se que a mercadoria extraviada ingressou no território aduaneiro. Questão correta.

13. (Questão Inédita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente

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crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de tributação especial.

Comentários:

Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito tributário bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum. O regime de tributação especial se aplica a bagagem de viajantes, e não a bens contidos em remessa postal internacional. Questão errada.

14. (Questão Inédita) O retorno de mercadoria exportada temporariamente, quando descumprido o regime, é fato gerador do imposto de importação.

Comentários:

O retorno de exportação temporária, mesmo quando este é descumprido, é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação. Questão errada.

15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo com a alíquota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.

Comentários:

A alíquota aplicada é a vigente na data da ocorrência do fato gerador do imposto de importação. O fato gerador considera-se ocorrido na data do registro da DI (e não na data da entrada da mercadoria!). Suponha, por exemplo, que uma mercadoria ingresso no país no dia de hoje, mas o registro da DI ocorra apenas daqui a 40 dias. A alíquota aplicável não será a vigente no dia de hoje (data da entra da no país), mas sim aquela que estiver em vigor na data do registro da DI. Questão errada.

2.7- Hipóteses de não-incidência:

Segundo o art. 69 do R/A, o imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira. A contrario sensu, estão excluídas do campo de incidência do I.I as mercadorias nacionais.

Mas qual o conceito de mercadoria estrangeira?

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Mercadoria estrangeira, nos termos da legislação aduaneira, não é apenas a mercadoria produzida no exterior. Também é considerada estrangeira a mercadoria nacional ou nacionalizada que foi exportada para o exterior. Dizemos que, quando uma mercadoria sai do país com o ânimo de definitividade, ela se desnacionaliza, tornando-se estrangeira.

Logo, incidirá o imposto de importação sobre o retorno de mercadoria nacional ou nacionalizada anteriormente exportada. Comefeito, se ela foi exportada em definitivo, podemos considerá-la estrangeira.

Tenham cuidado!

1) O retorno de uma exportação temporária não é fato gerador do imposto de importação. A mercadoria não saiu do país com ânimo de definitividade, logo, ela não se desnacionalizou.

2) O retorno de uma exportação é, sim, fato gerador do imposto de importação. Se a exportação foi definitiva, a mercadoria se desnacionalizou. Ela se tornou estrangeira e entra no campo de incidência do imposto de importação.

Esse é o entendimento que se pode ter a partir da leitura do caput doart. 70:

Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se:I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado;II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição;III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador;IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ouV - por outros fatores alheios à vontade do exportador.Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País

A leitura do art. 70 como um todo nos permite observar que há situações em que uma mercadoria foi exportada, mas, em seu retorno, não é considerada estrangeira. São elas:

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a) Mercadoria enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado. A exportação em consignação é uma modalidade especial de exportação regulamentada e administrada pela SECEX que permite que uma mercadoria seja exportada e, caso não seja vendida dentro de 720 dias contados do embarque, possa regressar ao País. Pois bem, se uma mercadoria é exportada em consignação e não é vendida dentro de 720 dias, ela deverá retornar ao país. No retorno, essa mercadoria é considerada não-estrangeira.

b) Mercadoria devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição. Imagine que uma empresa brasileira exportou um equipamento de raio-X para um hospital mexicano. Entretanto, uma peça desse equipamento deu defeito e terá que retornar ao Brasil para ser consertada (a empresa presta assistência técnica!). Essa peça do equipamento de raio-X é considerada não-estrangeira, não havendo a incidência do imposto de importação.

c) Mercadoria que retorne por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador. Imagine que uma empresa brasileira exporte brinquedos para a Argentina. Ela está acostumada a fazer isso sem problema algum! No entanto, dessa vez, ao exportar os brinquedos para a Argentina, estes são barrados na Alfândega dos nossos "hermanos". Mudou a sistemática de importação na Argentina. Os brinquedos precisam, por exemplo, ser inspecionados no país de origem e receber um selo de qualidade. Ixi!! Eles vão ter que retornar ao Brasil. Nesse retorno, serão considerados não-estrangeiros, não havendo incidência do imposto de importação.

d) Mercadorias que retorne por motivo de guerra ou de calamidade pública. Aqui é o caso de uma empresa brasileira que estava exportando café para a Líbia. Certo dia, eclode a guerra civil naquele país... A mercadoria vai ter que retornar ao Brasil. No retorno, é considerada não- estrangeira.

e) Mercadoria que retorne por outros fatores alheios à vontade do exportador. O retorno da mercadoria por qualquer fator que seja alheio à vontade do exportador brasileiro faz com que esta não seja considerada estrangeira. Assim, não haverá incidência do I.I.

Em todas as situações listadas acima não ocorreu a incidência do imposto de importação, uma vez que as mercadorias não eram estrangeiras. E, como vimos, o imposto de importação incide apenas sobre mercadorias estrangeiras.

Por último, o art. 70, parágrafo único, trouxe regra que, em nosso entendimento, não traz grandes inovações. Ele trata de hipótese em que uma máquina é fabricada no Brasil, adquirida por empresa nacional de engenharia e, em seguida, exportada para o exterior a fim de ser utilizada na execução de obras. Ora, se a máquina foi exportada (não estamos falando de exportação

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temporária, mas sim definitivas!), ela se desnacionalizou. No retorno, ela será, então, considerada estrangeira. Haverá incidência do imposto de importação.

O art. 71 do R/A, todavia, especifica situações em que não há incidência do imposto de importação sobre a importação de mercadorias estrangeiras. Vejamos o que prevê o referido dispositivo:

Art. 71. O imposto não incide sobre:I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;II - mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida;IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda;V - embarcações construídas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegação para subsidiária integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem;VI - mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.; eVII - mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Vamos tentar entender cada uma dessas hipóteses:

a) O inciso I se refere à situação em que uma mercadoria estrangeira chega ao Brasil por erro inequívoco ou comprovado de expedição. Mandaram-na para o País equivocadamente. Ela deveria ter sido enviada para outro lugar, conforme previsto nos documentos de transporte. Nesse caso, ela será redestinada (enviada ao país para onde deveria ter sido expedida) ou devolvida ao exterior, não havendo incidência tributária.

b) O inciso II diz respeito à hipótese de substituição de mercadorias. Suponha que uma empresa realize a importação de um equipamento de informática e que, após o despacho aduaneiro, este se revele defeituoso ou imprestável para o fim ao qual se destina. Nesse caso, ela vai querer substituir a mercadoria que deu defeito, não é mesmo? Muitas vezes há, inclusive, um contrato de garantia celebrado entre a empresa e o fornecedor estrangeiro. O equipamento de informática é, então, devolvido ao

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exterior e, em seu lugar, vem um novo em substituição. Sobre esse equipamento novo que substitui o imprestável / defeituoso, não irá incidir o imposto de importação.

c) O inciso III se refere à situação em que é aplicada a pena de perdimento em virtude de uma mercadoria ter entrado irregularmente no país. Nesse caso, não haverá incidência do imposto de importação. Relembre- se que, caso a mercadoria tenha entrado no Brasil irregularmente e não tenha sido encontrada ou tenha sido vendida, haverá incidência do imposto de importação, considerando-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento.

d) O inciso IV trata da hipótese em que uma mercadoria é devolvida ao exterior antes de registrada a DI. Ora, se não houve registro da DI, o fato gerador do imposto de importação não se aperfeiçoou. O R/A considera, portanto, que não incidirá o imposto de importação.

e) O inciso V versa sobre o retorno de embarcações ao registro brasileiro. Nesse caso, a embarcação foi construída no Brasil e transferida por uma empresa brasileira de navegação a uma subsidiária no exterior. A embarcação, posteriormente, retorna ao Brasil, não sofrendo a incidência do imposto de importação. Para isso, ela deverá retornar como propriedade da mesma empresa nacional de origem.

f) O inciso VI trata de situação em que a mercadoria é destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada. 13 Veja que, nessa situação, a mercadoria não precisa ter sido avariada ou ter se revelado imprestável para o fim ao qual se destinava; para que não haja incidência do imposto de importação, basta que ela seja destruída sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional e antes do desembaraço. Destaque-se, entretanto, que a autoridade aduaneira poderá indeferir (negar) o pleito de destruição da mercadoria, com base no que dispuser legislação específica.

g) O inciso VII trata da destruição acidental de mercadoria submetida ao regime de trânsito aduaneiro de passagem. O trânsito aduaneiro é um regime aduaneiro especial que permite o transporte de mercadoria pelo território nacional com suspensão de tributos. Na modalidade de passagem, a mercadoria estrangeira passa pelo território nacional com destino ao exterior (mercadoria vem da Inglaterra e tem como destino final o Paraguai!) Se a mercadoria for destruída nesse percurso, a responsabilidade pelo crédito tributário caberá ao transportador. Por outro lado, caso a destruição seja acidental, não haverá incidência do imposto de importação.

13 Desembaraço aduaneiro, conforme estudaremos em aula futura, é o ato final do despacho aduaneiro. É o momento em que a mercadoria é liberada pela RFB e está livre para ingressar no território nacional.

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2.8- Sujeito Ativo:

Segundo o art. 119 do Código Tributário Nacional, o sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público titular da competência para exigir o seu cumprimento. É o ente que tem a titularidade do direito subjetivo de exigir a prestação jurídico-tributário. No caso do imposto de importação, o sujeito ativo é a União, competência que lhe é atribuída pelo art. 153, inciso I, da CF/88.

2.9- Sujeito Passivo: contribuintes e responsáveis:

Segundo o art. 121 do Código Tributário Nacional, o sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo pode ser classificado em duas categorias: contribuinte e responsável. Nos termos do art. 121, contribuinte é aquele que possui uma relação pessoal e direta com a situação que constitua o fato gerador do tributo; responsável é aquele que, sem revestir-se da condição de contribuinte, possua obrigação decorrente de expressa disposição em lei.

No caso do imposto de importação, os contribuintes (que possuem relação pessoal e direta, portanto, com o fato gerador) estão relacionados no art. 104 do R/A:

Art. 104. É contribuinte do imposto:I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; eIII - o adquirente de mercadoria entrepostada.

O inciso I afirma que o importador é contribuinte do imposto de importação. Trata-se de afirmação que consideramos intuitiva e que não suscita grandes dúvidas. Cabe ressaltar que o dispositivo define importador como a pessoa que promove a entrada de mercadoria estrangeira em território aduaneiro. Em outras palavras, importador é a pessoa em nome da qual foi registrada a Declaração de Importação.

O inciso II estabelece que o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo remetente é contribuinte do imposto de importação. É isso mesmo, meu amigo! Se o seu tio que mora no exterior te enviar um presente, você será contribuinte do imposto de importação! ©

O inciso III, por último, relaciona o "adquirente de mercadoria entrepostada" como contribuinte do imposto de importação. Trata-se da situação em que uma mercadoria é importada em consignação, ficando

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armazenada em recinto alfandegado, com os tributos suspensos, até que alguém decida nacionalizá-la, comprando-a em caráter definitivo. No momento da compra, é realizado o recolhimento integral dos tributos suspensos. Quem irá recolher esses tributos será o adquirente.

E os responsáveis? Quem a legislação aduaneira relaciona como responsáveis pelo imposto de importação?

Art. 105. É responsável pelo imposto:I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso internoII - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

Art. 106. É responsável solidário:I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.II - o representante, no País, do transportador estrangeiro.III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora.IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora.V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal.VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; eVII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar.

É importante sabermos a diferença entre responsável e responsávelsolidário!

Responsável é aquele que, em virtude da ocorrência de um determinado evento, passa a figurar, sozinho, no pólo passivo da obrigação tributário. No caso do imposto de importação, são responsáveis o transportador e o depositário. Se ocorrer extravio ou avaria de mercadoria que esteja sob a tutela destes, o imposto de importação lhes será exigido.

Responsável solidário é aquele que, em conjunto com outra pessoa, figura no pólo passivo da obrigação tributária. Todos os agentes relacionados no art. 106 do R/A, portanto, dividem com outrem a responsabilidade pelo pagamento de tributos e eventuais penalidade cabíveis. É o caso, por exemplo, de uma pessoa que adquira mercadoria estrangeira por meio de outra pessoa jurídica importadora, realizando o que se chama de importação por conta e ordem. Nessa situação, o contribuinte será a pessoa jurídica importadora, que figura no pólo passivo da relação tributária em conjunto com o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem.

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Vale a pena destacar que a responsabilidade é solidária (e nãosubsidiária!).

É importante memorizar os sujeitos passivos do imposto de importação. Eu uso a seguinte tabela para isso! ©

ContribuintesImportador

Destinatário de Remessa postal internacionalAdquirente de mercadoria entrepostada

ResponsáveisTransportador

DeposítárioResponsáveis

solidários Outros casos, relacionados no art. 106, do R/A.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

16. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação, toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.

Comentários:

Nem todas as mercadorias nacionais ou nacionalizadas exportadas que retornem ao País serão consideradas estrangeiras. Há diversas exceções a essa regra, as quais estão relacionadas no art. 70, do Regulamento Aduaneiro. Questão errada.

17. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.

Comentários:

Segundo o art. 71, inciso III, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida. Questão errada.

18. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Comentários:

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Segundo o art. 71, inciso VII, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. Questão correta.

19. (ATRFB-2012) São contribuintes do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.

Comentários:

O art. 104, do R/A, relaciona os contribuintes do imposto de importação: i) importador; ii) destinatário de remessa postal internacional e; iii) adquirente de mercadoria entrepostada. Questão correta.

20. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto de importação.

Comentários:

O art. 106, do R/A, estabelece que o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável solidário pelo imposto de importação. Questão errada.

21. (Exame Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de importação.

Comentários:

As mercadorias objeto da pena de perdimento não estão sujeitas à incidência do imposto de importação. Questão errada.

22. (Exame Despachante Aduns iro-2012) O depositário incumbido da custódia de mercadorias sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de importação.

Comentários:

O depositário incumbido da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro é responsável (e não responsável solidário!) pelo imposto de importação. Questão errada.

23. (Exame Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo imposto de importação o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem.

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Comentários:

Segundo o art. 106, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, é responsável solidário pelo imposto de importação. Questão correta.

24. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de importação.

Comentários:

Segundo o art. 104, inciso III, do R/A, o adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de importação. Questão correta.

25. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de importação.

Comentários:

De acordo com o art. 105, inciso I, do R/A, o transportador é responsável pelo imposto de importação. Questão errada.

26. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.

Comentários:

Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário é responsável pelo imposto de importação. Questão errada.

27. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.

Comentários:

Segundo o art.104, inciso II, do R/A, o destinatário de remessa postal internacional é contribuinte do imposto de importação. Questão errada.

28. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do imposto de importação.

Comentários:

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Segundo o art. 106, inciso V, do R/A, expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são responsáveis solidários pelo imposto de importação. Questão errada.

29. (Exame Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.

Comentários:

Exatamente o que prevê o art. 71, inciso I, do R/A. Não há incidência do imposto de importação sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior. Questão correta.

30. (Questão Inédita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

Comentários:

Trata-se de hipótese de não-incidência do imposto de importação (art. 71, inciso I, do R/A). Perceba que a mercadoria é estrangeira; a tributação é afastada em razão de outra condição (mercadoria chegou ao país em razão de um erro de expedição). Questão errada.

31. (Questão Inédita) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Comentários:

O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída (art. 71, inciso VII, do R/A). Questão errada.

32. (Questão Inédita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo autorizado será considerada estrangeira para fins de incidência do imposto de importação.

Comentários:

A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo autorizado será considerada não-estrangeira. Questão errada.

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2.10- Tributação de Mercadorias não-identificadas:

A pergunta que se faz aqui é a seguinte: como se procede à tributação de mercadorias não-identificadas?

Antes de respondê-la, precisamos entender o que seria uma mercadoria não-identificada. Mercadoria não-identificada é aquela que foi extraviada ou consumida e que, adicionalmente, tinha descrição genéricanos documentos comerciais e de transportes disponíveis. Ora, a RFB não consegue ver a mercadoria (já que ela foi extraviada ou consumida) e, ainda, não tem como fazer a classificação fiscal desta com base em sua descrição (uma vez que a descrição nos documentos é genérica).

Diante dessa situação, a mercadoria é considerada não-identificada. A conseqüência, em termos de tributação, é a aplicação de alíquota de 50% para o Imposto de Importação e de alíquota de 50% para o Imposto sobre Produtos Industrializados.

E qual será a base de cálculo?

A base de cálculo do imposto de importação (sobre a qual incidirá a alíquota de 50%) será arbitrada em valor equivalente à média dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre anterior, incluídos os custos do transporte e do seguro internacionais, acrescidas de duas vezes o correspondente desvio padrão estatístico.

Que redação complicada, não é mesmo? Vamos tentar entender!

A mercadoria não-identificada tem um peso (digamos que seja 30 kg). Aí a RFB vê as estatísticas: qual a média de valor por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo no último semestre? Ah: a média é a de que cada quilograma de mercadoria importada no último semestre valia R$ 5,00. Ora, se a mercadoria tem 3 0 kg, a base de cálculo será R$ 150,00 (30 kg x R$ 5,00).

Destaque-se que, na falta de informação sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte. Esse peso líquido é o quanto o contêiner (unidade de carga) consegue carregar.

2.11- Regime de Tributação Simplificada:

Nos termos do art. 99 do R/A, o Regime de Tributação Simplificada (RTS) é o regime de tributação que permite a classificação

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genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

A redação do R/A acerca do RTS é bem genérica, deixando margem para regulamentação. Como você pode verificar, nada se falou sobre qual será alíquota do imposto de importação incidente, tampouco sobre quais os requisitos para a concessão do regime. A regulamentação desses aspectos cabe ao Ministério da Fazenda.

Com efeito, compete ao Ministério da Fazenda:

- estabelecer os requisitos e as condições a serem observados na aplicação do regime de tributação simplificada; e

- definir a classificação genérica dos bens e as alíquotas correspondentes.

Algumas considerações importantes:

a) O Regime de Tributação Simplicada (RTS) aplica-se a bens integrantes de remessa postal internacional. Destaque-se, entretanto, que o Regulamento Aduaneiro não estabeleceu os requisitos e condições a serem observados na aplicação do regime. Isso é tarefa que coube à Portaria MF n° 156/99.

b) Segundo a Portaria MF n° 156/99, o RTS poderá ser utilizado no despacho aduaneiro de importação de bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional no valor de até US$ 3,000.00 ou o equivalente em outra moeda, destinada a pessoa física ou jurídica.

c) O RTS prevê a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação. Hoje, a alíquota do imposto de importação incidente sobre bens submetidos ao RTS é 60%, independentemente da classificação fiscal dos bens que compõem a remessa ou encomenda.

d) Os bens integrantes de remessa postal internacional submetidos ao RTS recebem isenção de IPI, PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação.

Há que se destacar, pela importância da regra, que os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$50.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

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Agora eu pergunto: e os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor seja superior a US$ 3.000,00? Qual será o regime de tributação a eles aplicável?

O RTS é que não será! © Para os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor ultrapasse US$ 3.000,00, será aplicado o regime comum de importação. Logo, os tributos incidirão normalmente, levando-se em consideração a classificação fiscal do bem.

2.12- Regime de Tributação Especial:

O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Destaque-se que o Regime de Tributação Especial se aplica aos bens enquadrados como bagagem, mas que não possam usufruir da isenção de tributos.

Vamos entender melhor!

a) O viajante que chega ao Brasil tem direito à isenção de tributos sobre os bens que trouxer do exterior, desde que estejam compreendidos no conceito de bagagem e cumpram certas condições. Estudaremos detalhadamente sobre o tratamento tributário da bagagem em aula futura.

b) Um dos requisitos para a concessão de isenção tributária para bagagem é o limite de valor. Se o ingresso do viajante for por via aérea ou marítima, ele fará jus à isenção referente a bens cujo valor global seja de até US$ 500,00. Se o ingresso for por via terrestre, fluvial ou lacustre, olimite para isenção será de até US$ 300,00.

c) O Regime de Tributação Especial se aplica aos bens compreendidos no conceito de bagagpm, no montante que exceder o limite global ao qual se aplica a isenção. Ex: Você viajou ao exterior e trouxe um notebook cujo valor é de US$ 3.000,00. Considerando que o limite de isenção é US$ 500,00, seu notebook será tributado a uma alíquota de 50% sobre o que exceder US$ 500,00 (US$ 3.000,00- US$500,00). Ou seja, você pagará, a título de tributos, 50% de US$ 2.500,00.

d) O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção. Destaque-se que o passageiro em viagem internacional terá direito à isenção de US$ 500,00 em compras realizadas em lojas francas de chegada.

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2.13- Regime de Tributação Unificada:

O que vem a ser "Regime de Tributação Unificada (RTU)"?

Trata-se de regime de tributação instituído pela Lei n° 11.898/2009, com o objetivo de racionalizar o comércio por via terrestre na fronteira Foz do Iguaçu / Ciudad Del Este, simplificando a tributação e o controle aduaneiro e incentivando o fluxo lícito demercadorias na região fronteiriça.14

Como todo mundo sabe, o fluxo ilícito de mercadorias que entram no Brasil provenientes do Paraguai é enorme. É justamente isso que o RTU busca evitar, regulamentando e simplificando esse tipo de operação.

Segundo o art. 102-A, do Regulamento Aduaneiro, o regime de tributação unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificadodo imposto de importação, do IPI e das contribuições para o PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação, observado o limite máximo de valor por habilitado.

A Lei n° 11.898/2009, que criou o RTU, estabelece que o Poder Executivo é responsável por fixar um limite máximo de valor para a importação de mercadorias por habilitado. Atualmente, estes valores estão previstos no art. 3°, do Decreto n° 6.956/2009: i) R$ 18.000,00 (dezoito mil reais), para o primeiro e segundo trimestres-calendário; ii) R$ 37.000,00 (trinta e sete mil reais), para o terceiro e quarto trimestres-calendário; e iii) R$ 110.000,00 (cento e dez mil reais) por ano calendário. Assim, pelas regras vigentes, uma empresa não pode importar, ao amparo do RTU, mercadorias que superem esses valores. Também há previsão para que o Poder Executivo fixe limites quantitativos, por tipo de mercadoria, para as importações.

É claro, não é qualquer um que faz jus ao regime. É necessário se habilitar junto à Receita Federal do Brasil. Somente poderão se habilitar ao regime as microempresas impnrtadoras varejistas optantes pelo SIMPLES. Nos termos do art. 11 do Decreto n° 6.956/2009, os impostos e contribuições federais serão calculados pela aplicação da alíquota única de 25% sobre o preço de aquisição das mercadorias importadas, à vista da fatura comercial ou documento de efeito equivalente. A alíquota de 25% corresponde a: i) 7,88% de I.I; ii) 7,87% de IPI; iii) 7,60% de COFINS-Importação e; iv) 1,65% de PIS/PASEP-Importação.

14 Fonte: Cartilha da Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) sobre o Regime de Tributação Unificada.

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Segundo o art. 9°, § 3°, da Lei n° 11.898/2009, o RTU poderá incluir o ICMS devido pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao Regime mediante convênio.

No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro. Somente poderão ser importadas ao amparo do RTU as mercadorias relacionadas em ato normativo específico. Trata-se de uma lista positiva de mercadorias, hoje relacionada em Anexo ao Decreto n° 6.956/2009.

Há também algumas restrições ao tipo de mercadoria que poderá ser admitida no RTU. Segundo o art. 102-A, § 2°, é vedada a inclusão no regime de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, assim como as seguintes: i) armas e munições; ii) fogos de artifício; iii) bebidas, inclusive as alcoólicas; iv) cigarros; v) veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo (inclusive partes e peças); vi) medicamentos; vii) pneus; viii) bens usados e bens com importação suspensa ou proibida.

O habilitado ao RTU não fará jus a qualquer benefício fiscal de isenção ou de redução dos impostos e contribuições incidentes, bemcomo de redução de alíquotas ou bases de cálculo.

Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

HORA DE

praticar!

33. (AFRFB - 2014) No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.

Comentários:

Segundo o art. 102-A, § 2°, é vedada a inclusão no regime de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, assim como as seguintes: i) armas e munições; ii) fogos de artifício; iii) bebidas, inclusive as alcoólicas; cigarros; veículos automotores em geral e embarcações

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de todo tipo (inclusive partes e peças); vi) medicamentos; vii) pneus; viii) bens usados e bens com importação suspensa ou proibida. Questão correta.

34. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Especial permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, dos bens por ele abarcados, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

Comentários:

O Regime de Tributação Especial aplica-se no despacho de bens integrantes de bagagem. Haverá a cobrança de uma alíquota de 50% relativa ao imposto de importação e isenção de IPI, PIS/PASEP- Importação e COFINS-Importação. Não há, portanto, que se falar em alíquotas diferenciadas para esses tributos. Questão errada.

35. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem.

Comentários:

O Regime de Tributação Simplificada se aplica a bens contidos em remessa postal internacional. Ao despacho de bens integrantes de bagagem aplica-se o Regime de Tributação Especial. Questão errada.

36. (ATRFB - 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

Comentários:

É exatamente o que dispõe o art. 102-A, § 2o, do R/A. É vedada a inclusão no RTU de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil. Questão correta.

37. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, portipo de mercadoria, para as importações ao amparo do RTU.

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Comentários:

Conforme se depreende da leitura do art. 102-A, do R/A, há um limite máximo de valor a ser importado pelos habilitados ao RTU, o qual é fixado por ato do Poder Executivo. Questão correta.

38. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante peloRegime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.

Comentários:

Somente poderão se habilitar ao RTU as microempresas importadoras varejistas optantes pelo SIMPLES. Questão errada.

39. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.

Comentários:

É o que prevê o art. 809, inciso II-A, do R/A, combinado com o art. 809, inciso IV, do R/A.

Art. 809. Poderá representar o importador, o exportador ou outro interessado, no exercício das atividades referidas no art. 808, bem assim em outras operações de comércio exterior.

II-A - o empresário, o sócio da sociedade empresária ou pessoa física nomeada pelo habilitado, nos casos de importações ao amparo do regime de que trata o art. 102-A.

IV - o despachante aduaneiro, em qualquer caso.

Por tudo o que comentamos, a questão está correta.

40. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos seguintes impostos e contribuições federais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados; Contribuição para o PIS/ PASEP-Importação e COFINS-Importação.

Comentários:

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O RTU permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de tributos federais. Questão correta.

41. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.

Comentários:

De acordo com o art. 10, § 3°, do Decreto n° 6.956/2009, o RTU poderá incluir o ICMS devido pelo optante, desde que o Estado ou o Distrito Federal venha a aderir ao RTU mediante convênio. Questão correta.

42. (Questão Inédita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 50% para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.

Comentários:

A tributação de mercadorias não-identificadas é feita pela aplicação da alíquota de 50% de I.I e 50% de IPI. Questão correta.

43. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.

Comentários:

O Regime de Tributação Especial é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Questão errada.

44. (Questão Inédita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.

Comentários:

O Regime de Tributação Simplificada se aplica aos bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não exceda US$ 3.000,00. Aos

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bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção, aplica-se o Regime de Tributação Especial. Questão errada.

2.14- Isenções e Reduções do Imposto de Importação:

2.14.1- Generalidades:

Passamos agora ao estudo das isenções e reduções do impostode importação. O conteúdo é bastante extenso, encontrando previsão nos arts. 114 a 189 do R/A.

De início, vale a pena destacar que a norma que concede isenção do imposto de importação não é o Regulamento Aduaneiro. Com efeito, um decreto não é instrumento hábil para a concessão de isenções tributárias, que devem estar previstas em lei. Segundo o art. 115 do R/A, a isenção ou a redução do imposto somente será reconhecida quando decorrente de lei ou de ato internacional. Assim, o R/A não estabelece isenções, mas apenas faz a compilação de isenções tributárias previstas em diversas leis. Destaque-se que a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção ou redução do imposto de importação deve ser interpretada literalmente.

Os bens objeto de isenção ou de redução do imposto, em decorrência de acordos internacionais firmados pelo Brasil, terão o tratamento tributário neles previsto. O tratamento tributário decorrente de ato internacional aplica-se exclusivamente à mercadoria originária do país beneficiário. 15 16

O art.118 estabelece duas condições que, em regra, devem ser respeitadas para a concessão de isenções do imposto de importação. Segundo o mencionado dispositivo, a isenção ou a redução do imposto somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira.16 Destaque-se pue a maneira correta de interpretar essa regra não é obrigando que a mercadoria seja transportada por um navio de bandeira brasileira para que receba a isenção. Nada impede que ela receba a isenção tendo chegado ao Brasil pela via aérea ou rodoviária. Mas se ela vier de navio, este terá que ser de bandeira brasileira.

15 País de origem da mercadoria é aquele onde houver sido produzida ou, no caso de mercadoria resultante de material ou de mão-de-obra de mais de um país, aquele onde houver recebido transformação substancial. Entende-se por processo de transformação substancial o que conferir nova individualidade à mercadoria.

16 Mais à frente estudaremos sobre o exame de similaridade, que é o procedimento tendente a apurar a existência de similar nacional, a fim de reconhecer a isenção do imposto de importação.

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A concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao imposto de importação ficam, ainda, condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Assim, para usufruir de isenção do I.I, o contribuinte deverá apresentar a CND (Certidão Negativa de Débitos).

A quem cabe o reconhecimento da isenção ou da redução do imposto de importação?

O reconhecimento da isenção ou da redução do imposto será efetivado, em cada caso, pela autoridade aduaneira. Para isso, o interessado deverá providenciar requerimento no qual comprove o preenchimento dos requisitos necessários para a concessão do benefício fiscal. A isenção poderá ser requerida na própria declaração de importação. É importante ter em mente que o reconhecimento da isenção não gera direito adquirido, podendo ser revogado de ofício caso se apure que o beneficiário não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições para a concessão do benefício.

O art. 136 do R/A enumera as diversas isenções do imposto de importação. Vejamos:

Art. 136. São concedidas isenções ou reduções do imposto de importação:I - às importações realizadas:a) pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territórios, pelos Municípios e pelas respectivas autarquias.b) pelos partidos políticos e pelas instituições de educação ou de assistência socialc) pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantesd) pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantese) pelas instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadoresII - aos casos de:a) (revogada)b) amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercialc) remessas postais e encomendas aéreas internacionais, destinadas a pessoa físicad) bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manause) bens adquiridos em loja franca, no Paísf) bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestresg) ;ob o regime aduaneiro especial de drawback, na modalidade de isençãoh) gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias-primas para sua produção no País, importados ao amparo do

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art. 4- da Lei no3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7- do Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966i) partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e de embarcaçõesj) medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquiridal) bens importados pelas áreas de livre comérciom) importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia Ocidentaln) mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas estrangeiras sediadas no Paíso) mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhadosp) objetos de arte recebidos em doação, por museusq) partes, peças e componentes, importados, destinados ao emprego na conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiror) bens destinados a coletores eletrônicos de votoss) bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no Paíst) bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do eventou) equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan- americanos, parapan-americanos e mundiais.

O custo-benefício de você decorar as hipóteses de isenção previstas no art. 136, do R/A, é muito baixo. Mas vale a pena dar uma lida, pois a ESAF já cobrou algumas questões de prova sobre o tema.

Há, fundamentalmente, 2 (dois) tipos de isenção do imposto de importação: i) isenções subjetivas e; ii) isenções objetivas.

As isenções subjetivas são aquelas concedidas em razão da natureza da pessoa importadora. A título de exemplo, as importações realizadas por missões diplomáticas farão jus ao imposto de importação. Ou, ainda, terão direito ao benefício fiscal da isenção as importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas. Veja: nesses dois exemplos, a isenção está vinculada à qualidade do importador.

As isenções objetivas, por sua vez, são as reconhecidas em virtude da natureza da mercadoria que está sendo importada, pouco importando qual a pessoa importadora. Exemplificando, as amostras e remessas postas

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internacionais terão direito à isenção do imposto de importação. Ou, ainda, os bens adquiridos em loja franca farão jus à isenção do I.I. Nesses dois casos, o fator determinante para o reconhecimento da isenção não foi a natureza do importador, mas as características da mercadoria. Trata-se de isenção vinculada à destinação dos bens.

Podemos, ainda, assumir que existem isenções que estão vinculadas, ao mesmo tempo, à qualidade do importador e à destinação dos bens. São isenções caracterizadas, simultaneamente como isenções objetivas e isenções subjetivas. Um exemplo seria a isenção concedida a objetos de arte recebidos em doação, por museus. Veja: nesse caso, a isençâo é outorgada em razão da natureza da pessoa importadora (museu) e da natureza da mercadoria (objetos de arte).

2.14.2- Isenções subjetivas:

O art. 124 do R/A versa sobre as isenções subjetivas.

Art. 124. Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos bens transferidos ou cedidos:

I - a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributário, mediante prévia decisão da autoridade aduaneira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 11, parágrafo único, inciso I);

II - após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de importação, no caso de bens objeto da isenção a que se referem as alíneas "c" e "d" do inciso I do art. 136 ; e

III - após o decurso do prazo de cinco anos, contados da data do registro da declaração de importação, nos demais casos

Interpretando-se o referido dispositivo, verificamos o seguinte:

a) Se foi concedida uma isenção subjetiva (vinculada à qualidade do importador) e, em seguida, ocorreu a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, será necessário o préviopagamento do imposto. Suponha, por exemplo, que uma instituição científica e tecnológica realize a importação de um equipamento com isenção (art. 136, inciso I, alínea "e"). Em seguida, ela cede esse equipamento a uma escola privada. Ora, a escola privada não faz jus à isenção do imposto de importação! Assim, antes da cessão, será necessário o recolhimento tributário dos tributos que haviam sido dispensados por ocasião da importação.

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Na transferência de propriedade ou na cessão de uso de bens objeto de isenção ou de redução, o imposto será reduzido proporcionalmente à depreciação do valor dos bens em função do tempo decorrido, contado da data do registro da declaração de importação (art. 126 R/A).

b) Não haverá obrigatoriedade do recolhimento tributário antes da cessão ou transferência de propriedade nos casos listados nos incisos I, II eIII.

O inciso I ilustra a hipótese em que a pessoa que recebe a transferência também faz jus à isenção subjetiva. Aproveitando o exemplo que demos anteriormente, seria o caso em que a instituição científica e tecnológica importadora cede o equipamento para outra instituição científica e tecnológica.

O inciso II estabelece um lapso temporal (3 anos contados da data de registro da DI) a partir do qual a transferência ou cessão pode ser feita sem que haja recolhimento tributário prévio. Esse inciso se aplica apenas às importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes e; pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.

O inciso III define um lapso temporal (5 anos contados da datade registro da DI) a partir do qual a transferência ou cessão pode ser feita a qualquer pessoa sem que haja recolhimento tributário prévio. Esse inciso se aplica a todas as outras situações de isenção subjetiva.

A estrutura do art. 136 do R/A sugere que as hipóteses relacionadas no inciso I são os casos de isenção subjetiva (vinculadas à qualidade doimportador). São elas:

a) Importações realizadas pela União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios e suas respectivas autarquias

b) Importações realizadas pelos partidos políticos.

c) Importações realizadas pelas instituições de educação ou de assistência social.

d) Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes.

e) Importações realizadas pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.

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f) Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores.

ISENÇÕESSUBJETIVAS

-Importações realizadas pela União, Federal, Territórios, Municípios e autarquias

Estados, Distrito suas respectivas

- Importações realizadas pelos partidos políticos.

-Importações realizadas pelas instituições de educação ou de assistência social.

- Importações realizadas pelas missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e pelos respectivos integrantes.

- Importações realizadas pelas representações de organismos internacionais de caráter permanente, inclusive os de âmbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.

- Importações realizadas por instituições científicas e tecnológicas e por cientistas e pesquisadores.

2.14.3- Isenções objetivas:

Isenções objetivas, conforme já comentamos, são aquelas que não dependem da natureza da pessoa importadora, mas sim da natureza da mercadoria que está sendo importada. São isenções vinculadas à destinação dos bens.

O art. 132 do R/A estabelece que a isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos bens, ficará

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condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão. Quem deixar de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concessão da isenção, perderá o direito à essa isenção. Nesse caso, o imposto será exigido retroativamente, a partir da data do registro da correspondente Declaração de Importação (DI). Se os bens deixarem de ser utilizados nas finalidades que motivaram a concessão, em virtude de terem sido danificados por incêndio ou por qualquer outro sinistro, o imposto será reduzido proporcionalmente ao valor do prejuízo.

Vamos a um exemplo!

Suponha que foram importados, com isenção do I.I, equipamentos e materiais destinados a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos (art. 136, inciso II, alínea "u"). No entanto, esses equipamentos não foram utilizados nessa finalidade (eles foram importados para serem revendidos!). Se a RFB descobrir, vai dar problema! O imposto de importação será exigido retroativamente, a partir da data de registro da DI.

Será que pode ser transferida a propriedade ou cedido o uso dos bens objeto de isenção objetiva?

Sim. Você deve se lembrar que, em regra, a transferência ou cessão de bens objeto de isenção subjetiva era motivo para tornar exigível o imposto de importação, retroativamente à data de registro da DI. Isso não se aplica no caso das isenções objetivas! Em outras palavras, a transferência da propriedade ou a cessão do uso dos bens objeto de isenção objetiva poderá ser feita sem recolhimento tributário, desde que mantidas as finalidades que motivaram a concessão da isenção e mediante prévia decisão da autoridade aduaneira. A lógica dessa regra é simples! Se a isenção foi concedida em razão da natureza da mercadoria (vinculada à destinação dos bens), pouco importa quem é pessoa que terá sua posse.

A estrutura do art. 136 do R/A nos indica que as hipóteses relacionadas no inciso II são casos de isenção objetiva (vinculadas à destinação dos bens!). São elas:

a) Importação de amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial.

b) Importação de remessas postais e encomendas aéreas internacionais (a isenção para bens integrantes de remessa postal internacional está limitada a US$50.00, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas)

c) Bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus (estudaremos detalhadamente, em aula futura, sobre o tratamento tributário concedido à bagagem de viajantes)

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d) Bens adquiridos em loja franca, no País (as aquisições com isenção em lojas francas de chegada estão limitadas a US$500,00)

e) Bens trazidos do exterior, no comércio característico das cidades situadas nas fronteiras terrestres.

f) Bens importados sob o regime aduaneiro especial de drawback17, na modalidade isenção.

g) Gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou na pecuária, bem como matérias- primas para sua produção no País, importados ao amparo do art. 4° da Lei n° 3.244, de 1957, com a redação dada pelo art. 7° do Decreto-Lei n° 63, de 21 de novembro de 1966.

h) Partes, peças e componentes, destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e de embarcações.

i) Medicamentos destinados ao tratamento de aidéticos, e instrumental científico destinado à pesquisa da síndrome da deficiência imunológica adquirida.

j) Bens importados pelas Áreas de Livre Comércio (as Áreas de Livre Comércio são regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais, sobre os quais estudaremos mais à frente em nosso curso).

l) Importações efetuadas para a Zona Franca de Manaus e para a Amazônia Ocidental (a ZFM e a Amazônia Ocidental também são regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais)

m) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentes em feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doação de representações diplomáticas estrangeiras sediadas no País.

n) Mercadorias destinadas a consumo no recinto de congressos, de feiras, de exposições internacionais e de outros eventos internacionais assemelhados.

o) Objetos de arte recebidos em doação, por museus.

17 O drawback é um regime aduaneiro especial que consiste em incentivo à exportação. Existem três modalidades de drawback: i) drawback suspensão; ii) drawback isenção e; iii) drawback restituição. A lógica do drawback é a desoneração da importação de bens utilizados no processo produtivo de bens exportados ou a exportar.

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P) s e componentes, importados, destinados ao empregona conservação, modernização e conversão de embarcações registradas no Registro Especial Brasileiro.

q) Bens destinados a coletores eletrônicos de votos (urnas eletrônicas)

r) Bens recebidos como premiação em evento cultural, científico ou esportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo oficial realizado no País.

s) Bens importados por desportistas, desde que tenham sido utilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doação de entidade de prática desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadora do evento

t) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, a treinamento e preparação de atletas e equipes brasileiras para competições desportivas em jogos olímpicos, paraolímpicos, pan-americanos, parapan- americanos e mundiais.

O art. 137 do R/A traz, ainda, outra hipótese de isenção objetiva, aplicável às partes, peças e componentes utilizados na industrialização, revisão e manutenção dos bens de uso militar classificados nos códigos 8710.00.00, 8906.10.00, 8802, 8803 e 8805 da NCM. Naverdade, a importação desses bens é feita com suspensão do pagamento do imposto de importação. Só depois, com a utilização desses bens na industrialização, revisão e manutenção de bens de uso militar, é que essa suspensão se converte em isenção.

2.14.4-Ex-Tarifários:

Com o objetivo de estimular o investimento produtivo, foipublicada no dia 03 de abril de 2012 a Resolução CAMEX no 17/2012, que trata dos ex-tarifários. Os ex-tarifários podem ser considerados uma redução objetiva do imposto de importação que beneficia unicamente bens de capital (BK) e bens de informática e de telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional, conforme especifica o art. 1° da Resolução CAMEX no 17/2012:

Art. 1° A redução da alíquota do Imposto de Importação de bens de capital, de informática e de telecomunicações, bem como de suas partes, peças e c omponentes, sem produção nacional equivalente, assinalados na Tarifa Externa Comum (TEC) como BK ou BIT, poderá ser concedida na condição de Ex -tarifário, em conformidade com os requisitos e procedimentos estabelecidos nesta Resolução.

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O ex-tarifário consiste, assim, em importante instrumento de política industrial adotado pelo governo brasileiro, estimulando investimentos no país. Com efeito, após o regular processo administrativo, os bens de capital, de informática e telecomunicações que não tenham similar nacional entrarão no país pagando uma alíquota reduzida do imposto de importação.

Os pleitos de concessão de ex-tarifários são direcionados à Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) do MDIC. A SDP, após análise preliminar, encaminha o pleito à RFB para o exame de classificação tarifária e de adequação da nomenclatura. A análise dos pleitos de ex- tarifários compete ao CAEx (Comitê de Análise de Ex-Tarifários), que irá encaminhar à CAMEX as recomendações quanto aos pleitos de ex-tarifários. O exame do CAEx consiste, fundamentalmente, em verificar se a indústria nacional produz bem similar àquele objeto do pleito de ex-tarifário. Destaque-se que é a CAMEX quem terá a palavra final, concedendo ou não o ex-tarifário.

Considerando-se que o ex-tarifário é uma redução objetiva do imposto de importação, após ter sido concedido, qualquer importador que traga ao País um bem idêntico àquele contemplado com ex-tarifário, fará jus à alíquota reduzida. Assim, o exame de similaridade somente é realizado antes da concessão do ex-tarifário. Uma vez concedido, o ex-tarifário terá vigência de 2 (dois) anos. Nesse período, qualquer um poderá importar com a alíquota reduzida um bem idêntico àquele contemplado com ex-tarifário. Não será necessário realizar novo exame de similaridade no momento da importação.

Por último, cabe destacar que o ex-tarifário é uma exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL, encontrando previsão na Decisão CMC n° 57/2010. O objetivo é criar um "Regime Comum de Importação de Bens de Capital não-produzidos no MERCOSUL" e um "Regime Comum para a Importação de Bens de Informática e Telecomunicações". Atualmente, cada membro do MERCOSUL desenvolve sua própria política para bens de capital e bens de informática e telecomunicações e, portanto, concede individualmente ex-tarifários.

2.15- Imunidades do Imposto de Importação e controle exercido pela SRFB:

Ao analisarmos o Regulamento Aduaneiro (Decreto n° 6759/2009), é possível perceber que está prevista apenas uma hipótese de imunidade do imposto de importação. Trata-se do caso de importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão.

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Art. 211-A. E concedida imunidade do imposto de importação às importações de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão:Art. 211-B. Deve manter registro especial na Secretaria da Receita Federal do Brasil a pessoa jurídica que:I -exercer as atividades de comercialização e importação de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, a que se refere o art. 211-A; eII - adquirir o papel a que se refere o art. 211-A para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos.§ 1o A transferência do papel a detentores do registro especial de que

trata o caput faz prova da regularidade da sua destinação, sem prejuízo da responsabilidade, pelos tributos devidos, da pessoa jurídica que, tendo adquirido o papel beneficiado com imunidade, desviar sua finalidade constitucional§ 2o Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil:I - expedir normas complementares relativas ao registro especial e ao cumprimento das exigências a que estão sujeitas as pessoas jurídicas para sua concessão; eII - estabelecer a periodicidade e a forma de comprovação da correta destinação do papel beneficiado com imunidade, inclusive mediante a instituição de obrigação acessória destinada ao controle da sua comercialização e importação.

A imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão tem sede constitucional, mais especificamente no art. 150, inciso VI, alínea d, da CF/88. O referido comando constitucional dispõe que é vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

O controle exercido pela Receita Federal do Brasil (RFB) é feito conforme prevê o art. 211-B. A pessoa jurídica que exercer as atividades de comercialização e importação de papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos e que adquirir o papel para a utilização na impressão de livros, jornais e periódicos deverá manter registro especial junto à Receita Federal do Brasil.

Em que pese o Regulamento Aduaneiro tratar apenas dessa hipótese de imunidade do imposto de importação, vale ressaltar que há outras situações consideradas pela doutrina e pela jurisprudência como hipóteses de imunidade. 18

Como já sabemos, imunidades são hipóteses de não-incidência constitucionalmente qualificadas. Nesse sentido, observemos o que nos informa a CF/88:

18 O edital da RFB trata de imunidades ("no plural") do imposto de importação, o que nos leva a crer que há espaço para o estudo mais amplo do que a m e ra l ite ra lid a d e do Regulamento Aduaneiro.

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- Art. 150, inciso VI, alínea "a": É vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. Trata-se da conhecida imunidade tributária recíproca.

- Art. 150, inciso VI, alínea "c": É vedado aos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.

- Art. 150, § 2°: A imunidade tributária recíproca é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público,no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

E aí, meus amigos, essas hipóteses seriam ou não imunidades do imposto de importação?

Do ponto de vista da literalidade do Regulamento Aduaneiro,essas seriam hipóteses de isenção do imposto de importação. Basta dar uma olhada nos arts. 136, inciso I, alíneas "a" e "b" do R/A, os quais decorrem de previsão da Lei n° 8.032/90. Essa tese se apóia no argumento de que o imposto de importação não seria um imposto sobre o patrimônio, renda ou serviços, mas sim um imposto sobre o comércio exterior.19

Entretanto, jurisprudência do STF entende que a imunidade tributária alcança os impostos em geral, não estando limitada à classificação prevista no CTN. Destacamos, a seguir, algumas decisões do STF nesse sentido:

"A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição aplica-se às operações de importação de bens realizadas por mnunicípios, quando o ente público for o importador do bem (identidade entre o "contribuinte de direito" e o "contribuinte de fato").Compete ao ente tributante provar que as operações de importação desoneradas estão influindo negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-iniciativa e à concorrência." (AI 518405 AgR/RS, de 06/04/2010).

"A imunidade das entidades de assistência social, sem fins lucrativos, prevista no art. 150, inciso VI, alínea c, da Carta Política de 1988, inclui o Imposto de Importação e o Imposto

19 Na estrutura do CTN, o Capítulo II classifica o imposto de importação e o imposto de exportação como "impostos sobre o comércio exterior".

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sobre Produtos Industrializados, pressupondo tão-somente o cumprimento dos requisitos previstos nos incisos I a III do art. 14 do Código Tributário Nacional, bem como que o bem adquirido integre o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade e seja utilizado na realização de seus objetivos institucionais" (RE 626293/RS, de 13/10/2010)

"Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade." (AI 481586 AgR/MG, de 13/12/2005).

Viram como o assunto é polêmico? Já tive oportunidade de tratar bem diretamente desse assunto aqui no DECEX20 e posso dizer: o tema está longe de um consenso. Analisando centenas de importações (aqui no DECEX nós vemos importações de todo o país!), é notório que, mesmo dentro da Receita Federal, há interpretações divergentes. Dependendo do local por onde você for fazer a importação, um Auditor Fiscal entende de uma forma; dependendo do local, outro Auditor Fiscal entende de outra maneira. Quando vocês estiverem lá dentro da RFB, por favor, tentem uniformizar o entendimento! © 21

Para fins de concurso, estejam atentos!

1) Se a questão cobrar a literalidade da norma, você deve seguir o art. 136, inciso I, alíneas "a" e "b", do R/A, que trata das importações realizadas pelos entes federativos e suas autarquias, partidos políticos e instituições de educação ou de assistência social como hipóteses de isenção do imposto de importação.

2) Se a questão cobrar um entendimento jurisprudencial ou doutrinário, você pode assumir que trata-se de hipóteses de imunidade do imposto de importação.

3) O edital da RFB falou em "imunidades (no plural) do imposto de importação", o que nos leva a crer que ele

20 DECEX (Departamento de Operações de Comércio Exterior): É o local onde exerço minhas funções como Analista de Comércio Exterior21 No DECEX, já existe o entendimento de que essas operações estão abrangidas por imunidade. Posso dizer que tive a grata satisfação de ser diretamente responsável pelos estudos que chegaram a essa conclusão.

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pede um entendimento mais amplo do que a mera literalidade do Regulamento Aduaneiro. Se ele falasse em imunidade (no singular) do imposto de importação, restaria claro que a referência seria apenas à imunidade na importação de livros, jornais e periódicos e do papel destinado a sua impressão (única imunidade prevista na literalidade do R/A)__________

2.16- Exame de Similaridade:

Segundo o art. 118 do Decreto n° 6759/2009 (Regulamento Aduaneiro), a isenção do imposto de importação, como regra geral, somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira. Dessa forma, o exame de similaridade é condição sine qua non para a fruição de benefício fiscal, relativamente ao imposto de importação.

O exame de similaridade tem como objetivo conferir proteção à indústria nacional diante de importações desoneradas, dando concretude à regra que dispõe que as entidades de direito público e as pessoas de direito privado beneficiadas com a isenção de tributos são obrigadas a dar preferência nas suas compras aos materiais de fabricação nacional. (art. 205 do R/A).

O exame de similaridade é de competência da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), que o realiza previamente à importação. Na análise de similaridade, a SECEX leva em consideração três requisitos: preço, prazo e qualidade (especificações técnicas). É feita uma comparação do produto nacional vis a vis o produto importado.

Art. 190. Considera-se similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de substituir o importado, observadas as seguintes normas básicas:I - qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se destine;II - preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço Cost, Insurance and Freight - CIF, acrescido dos tributos que incidem sobre a importação e de outros encargos de efeito equivalente; eIII - prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de mercadoria.

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O controle da SECEX é realizado por meio do mecanismo de licenciamento de importação (LI). A anotação de inexistência de similar nacional no documento ou no registro informatizado de importação condição indispensável para o despacho aduaneiro com isenção ou redução do imposto. O art. 201 do R/A relaciona os bens dispensados do exame de similaridade:

Art. 201. São dispensados da apuração de similaridade:I - bagagem de viajantes ;II - importações efetuadas por missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e por seus integrantes;III - importações efetuadas por representações de organismos internacionais de caráter permanente de que o Brasil seja membro, e por seus funcionários, peritos, técnicos e consultores, estrangeiros;IV - amostras e bens contidos em remessas postais internacionais, sem valor comercial;V - partes, peças e componentes destinados a reparo, revisão e manutenção de aeronaves ou embarcações, estrangeiras;VI - gêneros alimentícios de primeira necessidade, fertilizantes e defensivos para aplicação na agricultura ou pecuária, e matérias- primas para sua produção no País, quando sujeitos a contingenciamento;VII - partes, peças, acessórios, ferramentas e utensílios:a) que, em quantidade normal, acompanham o aparelho, instrumento, máquina ou equipamento, importado com isenção do imposto; eb) importados pelo usuário, na quantidade necessária e destinados, exclusivamente, ao reparo ou manutenção do aparelho, instrumento, máquina ou equipamento de procedência estrangeira, instalado ou em funcionamento no País;VIII - bens doados a entidades sem fins lucrativos, destinados a fins culturais, científicos e assistenciais;IX - bens adquiridos em loja franca;X - bens destinados a coletores eletrônicos de votos;XI - bens destinados a pesquisa científica e tecnológica, até o limite global anual a que se refere o art. 148; e

Vejamos como esses assunto s podem ser cobrados em prova!

45. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bensimportados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados às suas pesquisas.

Comentários:

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Segundo o art. 147, caput, do R/A, a isenção do imposto aos bens importados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados às suas pesquisas. Questão correta.

46. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

Comentários:

Essa era uma questão bastante difícil, que exigia conhecimentos de detalhes do art. 183, do R/A:

Art. 183. A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de:I - troféus, medalhas, placas, estatuetas, distintivos, flâmulas, bandeiras e outros objetos comemorativos recebidos em evento cultural, científico ou esportivo oficial realizado no exterior ou para serem distribuídos gratuitamente como premiação em evento esportivo realizado no País;II - bens dos tipos e em quantidades normalmente consumidos em evento esportivo oficial; eIII - material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

Por tudo o que comentamos, a questão está correta.

47. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.

Comentários:

Segundo o art. 119, caput, do R/A, a concessão e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefício fiscal relativo ao imposto ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais. Questão correta.

48. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de importação somente será reconhecida quando decorrente de lei ou ato internacional.

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Comentários:

É o que prevê o art. 115, do R/A. A isenção do I.I somente será reconhecida quando decorrer de lei ou ato internacional. Questão correta.

49. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas pelas missões diplomáticas.

Comentários:

De fato, há concessão de isenção do imposto de importação para as importações realizadas pelas missões diplomáticas. Questão correta.

50. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção do imposto de importação.

Comentários:

De acordo com o art. 114, do R/A, a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção ou redução do imposto de importação deve ser interpretada literalmente. Questão correta.

51. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.

Comentários:

Existe isenção para os objetos de arte recebidos em doação por museus. Questão errada.

52. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na va aquaviária, em todos os casos.

Comentários:

Para que uma mercadoria receba isenção do imposto de importação, ela deve ter sido transportada em navio de bandeira brasileira. Esse dispositivo não pode ser, no entanto, interpretado restritivamente. Não se pode dizer que, para usufruir a isenção, a mercadoria deve ter sido obrigatoriamente transportada por navio de bandeira brasileira. Se ela veio de navio, precisará ter sido transportada em navio de bandeira brasileira; já se ela veio por via rodoviária ou aérea, esse requisito será dispensado. Questão errada.

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53. (Questão Inédita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e que possua similar nacional.

Comentários:

A isenção/redução do I.I somente beneficia mercadoria que não possua similar nacional. Questão errada.

2.17- Restituição e Compensação do Imposto de Importação:

2.17.1- Restituição:

A restituição do imposto de importação poderá ser total ou parcial, sendo cabível sempre que houve pagamento indevido, a maior, desse tributo. O contribuinte será ressarcido em razão de ter pagado um montante tributário a mais do que era necessário. O objetivo é evitar o enriquecimento sem causa da União.

A restituição pode ser operacionalizada de três maneiras diferentes:

a) de ofício: nesse caso, a Receita Federal, por sua própria iniciativa, irá restituir ao contribuinte o valor pago a maior.

b) a requerimento: aqui, o contribuinte dará início a um processo administrativo visando a restituição do imposto pago indevidamente.

c) mediante utilização do crédito na compensação de débitos do importador. Essa é a situação que b contribuinte tenha uma dívida anterior com o Fisco (débitos anteriores). Ele vai usar os valores que lhe seriam restituídos para saldar essa dívida. É a compensação.

E quais são as hipóteses de restituição?

Elas estão elencadas no art. 110, do Regulamento Aduaneiro.

Art. 110. Caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, nos seguintes casos:I - diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erroa) de cálculo;b) na aplicação de alíquota; e

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c) nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria;II - verificação de extravio ou de avaria;III - verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de isenção ou de redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis para concessão de isenção ou de redução de caráter especial; eIV - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória;

a) Na hipótese do inciso I , a Receita Federal, em ato de fiscalização aduaneira, constata que o contribuinte pagou mais do que deveria em relação ao imposto de importação. Suponha, por exemplo, que o importador tenha classificado a mercadoria em um código da NCM cuja alíquota correspondente seja 15%; no entanto, a RFB constata que a classificação fiscal correta é em outro código, cuja alíquota é 10%. O contribuinte fará jus à restituição.

b) O inciso II trata da verificação de extravio ou avaria. No momento em que o importador registra a Declaração de Importação (DI),o valor do imposto de importação é automaticamente debitado de sua conta bancária. Já sabemos disso. Aí, depois de esse valor do I.I ter sido debitado, verifica-se a ocorrência de extravio ou avaria. O que acontece?

Em ambos os casos, a Receita Federal exigirá o imposto de importação do responsável (pela avaria ou pelo extravio). Se a mercadoria foi extraviada, o importador fará jus à restituição do valor total do I.I que sobre ela incidiu. No caso de avaria, a restituição a que o importador faz jus é apenas parcial.

Explico. Na hipótese de avaria, haverá uma redução do valor aduaneiro proporcional ao prejuízo. Se o prejuízo foi de 50%, o valor aduaneiro se reduzirá em 50%. O importador estará obrigado a pagar, nessa situação, somente metade do valor do imposto de importação; a outra metade, caberá ao responsável pela avaria.

O importador fará jus à restituição independentemente de o responsável pela avaria ou extravio ter indenizado a Fazenda Nacional. Assim, a restituição do imposto de importação não está condicionada a que o responsável (transportador ou depositário) faça qualquer recolhimento aos cofres públicos.

Cabe destacar que, nos termos do art. 112, parágrafo único, o protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidadede mercadoria, ou quando ocorrer avaria, deverá ser apresentado antes da saída desta do recinto alfandegado, salvo quando, a critério da autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado.

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Em outras palavras, o importador somente precisa levar o problema (por exemplo, a avaria) à RFB antes de a mercadoria ter saído do recinto alfandegado. Isso é até bastante lógico. Se o importador tira a mercadoria do recinto alfandegado e, depois disso, diz que a mercadoria foi avariada, a RFB vai ficar sem saber quando a avaria ocorreu. A exceção (em que o protesto poderá ocorrer depois que a mercadoria tiver saído do recinto alfandegado) fica por conta da situação em que há inequívoca demonstração do alegado.

c) O inciso III ilustra uma situação em que o contribuinte tinha direito a receber isenção ou redução, mas não a recebe por ocasião da importação. Assim, ele não precisava ter recolhido o imposto de importação, mas o fez. Terá, claramente, direito a ser restituído.

d) O inciso IV trata da reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Suponha que uma decisão administrativa tenha imputado ao contribuinte o dever de pagar imposto de importação a maior do que ele havia recolhido (como exemplo, conclui que o valor aduaneiro foi declarado a menor pelo importador). O contribuinte faz o recolhimento, mas leva o caso ao Poder Judiciário, que anula a decisão administrativa do Fisco. Ele terá, então, direito à restituição dos valores pagos indevidamente.

e) Existe, ainda, outra hipótese de restituição, prevista no art. 110, § 2°, do Regulamento Aduaneiro.

§ 2° Caberá, ainda, restituição do imposto pago, relativamente ao período em que o regime de admissão temporária para utilização econômica, referido no art. 373, houver sido concedido e não gozado, em razão do retorno antecipado dos bens.

Suponha que um bem ingresse no país ao amparo do regime de admissão temporária para utilização econômica. Nesse regime, o bem ingressa no país para aqui permanecer temporariamente e, depois, regressar ao exterior. Durante o período que aqui permanece, ele é utilizado economicamente. Seria o caso, por exemplo, de um guindaste admitido temporariamente para ser utilizado em uma obra de construção civil. Ao ser admitido nesse regime, o bem ingressa no país com suspensão parcial do imposto de importação. Haverá recolhimento do imposto de importação apenas na ordem de 1% daquilo que seria devido em caso de recolhimento integral.

Imagine que o guindaste tenha o valor aduaneiro de R$ 100.000,00 e a alíquota do I.I sobre ele incidente seja de 20%. Ele entra no Brasil temporariamente para aqui permanecer durante 10 meses. Haverá, então, suspensão parcial do I.I. O importador deverá recolher 10% (1% por mês de permanência) daquilo que seria devido em caso de recolhimento integral (20% de R$ 100.000,00= R$ 20.000,00). Assim, deverão ser recolhidos R$ 2.000,00. Os outros R$ 18.000,00 ficam suspensos.

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Agora, imagine que, ao contrário do inicialmente previsto, o guindaste permaneça apenas 5 meses no Brasil, regressando ao exterior. Ora, foi recolhido um valor referente a 10 meses (R$ 2.000,). O importador fará jus à restituição da metade desse valor (o bem permaneceu apenas metade do tempo aqui no Brasil). Perceba que foi concedida restituição referente a um período em que o regime de admissão temporária para utilização econômica foi concedido, mas não gozado.

Os juros de mora e multas são calculados em cima do montante dos tributos devidos. Por consequência, se um tributo é cobrado indevidamente (a maior), isso também irá resultar na cobrança de juros e multas em montante superior ao que deveria ser pago.

Segundo o art. 111, R/A, a restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no imposto anteriormente pago.

Cuidado para não ser surpreendido na prova! O art. 111 não faz menção às multas por infração à legislação aduaneira, mas apenas às multas de mora, que são aquelas decorrentes do pagamento em atraso.

2.17. 2- Compensação:

A compensação é uma hipótese de extinção do crédito tributário,aplicável quando duas pessoas são, ao mesmo tempo, credor e devedor uma da outra. Em matéria tributária, ocorrerá quando o contribuinte for, ao mesmo tempo, credor e devedor de um ente federativo.

O art. 113, do Regulamento Aduaneiro, trata da possibilidade de compensação de crédito relativo ao imposto de importação. Vejamos o referido dispositivo:

Art. 113. O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.§ 1° O crédito apurado pelo importador, nos termos do caput, não poderá ser utilizado para compensar crédito tributário, relativo a tributos ou contribuições, devido no momento do registro da declaração de importação.

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§ 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto neste artigo.

Suponha que o importador tenha direito à restituição de imposto de importação pago indevidamente. Ao invés de solicitar a restituição, ele poderá utilizar esse crédito na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela SRFB. Cuidado: o importador não pode utilizar esse crédito para compensar débitos de terceiros.

O crédito apurado pelo importador não poderá ser utilizado para compensar crédito tributário, relativo a tributos ou contribuições, devido no momento do registro da D I .

Imagine que o importador tenha um crédito de R$ 10.000,00 relativo a Imposto de Importação pago a maior (lembre-se de que o IPI é tributo administrado pela RFB!). Esse valor não poderá ser compensado com tributos devidos no momento de registro de DI. Ao registrar uma DI, os tributos devidos serão automaticamente debitados de sua conta corrente, não podendo ser objeto de compensação.

Vejamos como isso já foi cobrado em concursos anteriores!

54. (Questão Inédita) Assinale a alternativa incorreta sobre a restituição do imposto de importação:

a) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de isenção ou de redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis para concessão de isenção ou de redução de caráter especial.

b) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erro de cálculo, na aplicação de alíquota e nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria.

c) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

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d) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de verificação de extravio ou acréscimo de mercadoria constatado em conferência final de manifesto.

e) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de verificação de extravio ou avaria de mercadoria.

Comentários:

Letra A: correta. Exatamente o que dispõe o art. 110, III, R/A.

Letra B: correta. Conforme o art. 110, I, R/A.

Letra C: correta. É o que dispõe o art. 110, IV, R/A.

Letra D: errada. A conferência final de manifesto é o procedimento por meio do qual se compara o manifesto de cargo com os registros de descarga ou de armazenamento, com vistas a constatar o extravio ou acréscimo de mercadoria. Não há qualquer relação entre a conferência final de manifesto e a restituição do imposto de importação.

Letra E: correta. Exatamente o que prevê o art. 110, II, R/A.

55. (Questão Inédita) Avalie a correção das afirmações abaixo. Assinale com a letra V as verdadeiras e com a letra F as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a sequência correta:

( ) Na hipótese de verificação de extravio ou avaria, será devida restituição do imposto de importação. Nesse caso, será necessária prévia indenização à Fazenda Nacional pelo responsável pelo extravio ou avaria, que poderá ser o transportador ou o depositário.

( ) A restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no mposto anteriormente pago.

( ) O protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou quando ocorrer avaria, poderá ser apresentado após a saída desta do recinto alfandegado, desde que, a critério da autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado

( ) O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo gera, para o importador, o direito a obter restituição do imposto de importação.

( ) O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível derestituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos

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próprios e de terceiros relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Assinale a alternativa correta:

a) VVVFF

b) VFVFF

c) FVFVF

d) FVVFF

e) FVVFV

Comentários:

A primeira assertiva está errada. A restituição será devida na hipótese de extravio ou avaria, independentemente de qualquer indenização à Fazenda Nacional pelo responsável.

A segunda assertiva está correta. Quando houver restituição do imposto de importação, também serão restituídos, na mesma proporção, os juros e as penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no imposto anteriormente pago.

A terceira assertiva está correta. Foi uma pegadinha! A regra geral é a de que o protesto do importador deverá ser apresentado antes da saída da mercadoria do recinto alfandegado. Todavia, é possível que, havendo inequívoca demonstração do alegado pelo importador, o protesto ocorra após a saída da mercadoria do recinto alfandegado.

A quarta assertiva está errada. O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão temporária para utilização econômica é que gera o direito à restituição do imposto de importaçg o.

A quinta assertiva está errada. O importador poderá compensar créditos do imposto de importação com débitos próprios (jamais com débitos de terceiros!) relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela RFB.

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QUESTÕES COMENTADAS

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1. (AFRFB - 2014) Sobre o Imposto de Importação, é incorretoafirm ar:

a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador.

b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador nodia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada oudesacompanhada.

d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual poderá ser processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de avaria.

Comentários:

Letra A: correta. É o que dispõe o art. 70, inciso III, do Regulamento Aduaneiro. A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada e que retorna ao País em virtude de modificações na sistemática de importação do país importada é tratada como não-estrangeira e, portanto, não haverá incidência do imposto de importação.

Letra B: correta. É o que dispõe o art. 71, inciso VI, do Regulamento Aduaneiro. A mercadoria estrangeira que é destruída sob controle aduaneiro, antes de desembaraçada e sem ônus da Fazenda Nacional não é alvo de incidência do imposto de importação.

Letra C: correta. Quando se tratar de bens enquadrados com bagagem, o fato gerador se considera ocorrido na data do lançamento do crédito tributário.

Letra D: errada. No caso de extravio, o fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento (e não na data do registro da DI). É o que dispõe o art. 73, II, alínea "c".

Letra E: correta. No caso de avaria ou extravio, será devida restituição ao importador (art. 110, II). A restituição poderá ser processada de ofício ou

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mediante pleito do importador.

2. (Analista Tributário RFB - 2012) São tributos incidentes sobre o comércio exterior, exceto:

a) Imposto de Importação.

b) Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - Combustíveis.

e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.

Comentários:

O ICMS não incide sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, uma vez que a CF/88 concede imunidade de ICMS na exportação. Logo, a resposta é a letra E.

3. (AFRF-2002.2) O imposto de importação tem como elementos que o caracterizam, na essência:

a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade o incremento da arrecadação federal.

b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio internacional como base de cálculo.

c) incidência inclusive sobre as merda dorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício.

d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira.

e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.

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Comentários:

Letra A: errada. O lançamento do imposto de importação é feito por homologação. A base de cálculo, quando a alíquota for ad valorem, é o valor aduaneiro. O imposto de importação tem natureza extrafiscal, ou seja, não tem por finalidade incrementar a arrecadação federal.

Letra B: errada. A alíquota pode ser ad valorem ou específica. O lançamento é por homologação. A base de cálculo é o valor aduaneiro.

Letra C: errada. As mercadorias contrabandeadas estão sujeitas a perdimento, que é uma das hipóteses de não-incidência do imposto de importação (art. 71, inciso III, do R/A). Não há cobrança do I.I no leilão de mercadorias importadas. O lançamento do imposto de importação é por homologação.

Letra D: errada. As alíquotas mais favoráveis ao importador irão prevalecer. São contribuintes do imposto de importação o importador, o destinatário de remessa postal internacional e o adquirente de mercadoria entrepostada. O depositário não é contribuinte, mas sim responsável pelo imposto de importação.

Letra E: correta. Todas as afirmações estão corretas! O lançamento do imposto de importação é feito por homologação. O prazo de decadência do crédito tributário é de 5 (cinco) anos contados da data do registro da DI. A base de cálculo do I.I será o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira apenas quando a alíquota for ad valorem. Quando a alíquota do I.I for específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.

4. (AFRF-2002.2) A im portação de m ercadoria estrange ira idêntica,em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra anterio rm ente im portada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defe ituosa ou im prestável para o fim a que se destinava, desde que satis fe itas as cond ições estabe lec idas pelo M in istro da Fazenda, con figura re lativam ente ao im posto de im portação uma h ipótese de:

a) isenção condicionada.

b) regime suspensivo até o implemento das condições.

c) não-incidência.

d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.

e) isenção de natureza objetiva.

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Comentários:

Conforme art. 71, inciso II, do R/A, a assertiva descreve uma hipótese de não-incidência do imposto de importação. Portanto, a resposta é a letra C.

5. (AFRF-2002.2) No sistema aduaneiro brasileiro a nacionalizaçãode uma mercadoria:

a) é condicionada ao seu despacho para consumo.

b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.

c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de sua dispensa pela autoridade aduaneira.

d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho para consumo.

e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

Comentários:

Letra A: errada. A nacionalização independe de despacho paraconsumo.

Letra B: errada. A nacionalização somente ocorre quando uma mercadoria é importada a título definitivo.

Letra C: errada. A nacionalização independe de despacho para consumo. Basta que a operação tenha o ânimo da definitividade.

Letra D: correta. Exatamente o que comentamos na aula! A nacionalização acontece quando a mercadoria é importada em caráter definitivo, independente de despacho para consumo.

Letra E: errada. As mercadorias que ingressam no país ao amparo de regimes aduaneiros especiais não são consideradas nacionalizadas.

6. (ACE-1998) Além do Imposto de Importação, sobre o produtoimportado incidem também:

a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

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b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

c) IPI e ICMS

d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

e) ICMS e ISS

Comentários:

Além do imposto de importação, também incidem sobre os produtos importados o IPI, o ICMS e as contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação. Logo, o gabarito é a letra C.

7. (ACE-2002) No Brasil, a definição da alíquota do Imposto deImportação, quando da incidência deste, é feita com base no(a):

a) Tarifa Aduaneira Brasileira

b) Preferência Tarifária Regional

c) Sistema Geral de Preferências (SGP)

d) Tarifa Externa Comum do Mercosul

e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)

Comentários:

Mais uma questão bem direta! A definição da alíquota do imposto de importação, quando de sua incidência, é feita com base na Tarifa Externa Comum (TEC) do MERCOSUL. A resposta é a letra D.

8. (AFRF-2000) De uma maneira geral, com as exceções previstasna legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de inexistência de similar nacional em de transporte obrigatório em navio de bandeira brasileira devem ser observados nas importações:

a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito aduaneiro e exportação temporária

b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos Internacionais (preferências tarifárias)

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c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)

d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação

e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação

Comentários:

De acordo com o art. 118 do R/A, a inexistência de similar nacional e a obrigatoriedade de transporte em navio de bandeira brasileira são requisitos essenciais para a concessão de isenção ou redução do imposto de importação. Portanto, a resposta é a letra E.

9. (AFRF-2000) Determinado importador, após adquirir umamercadoria e pagá-la ao exportador no exterior, por razões comerciais, concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior, mediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:

a) redestinação

b) importação vinculada à exportação

c) reexportação

d) exportação

e) devolução

Comentários:

Vamos entender exatamente o que aconteceu! O importador adquiriu uma mercadoria, ou seja, ele trouxe a mercadoria a título definitivo para o País. Logo, a mercadoria se nacionalizou. Depois, ele revende a mesma mercadoria ao exterior. A venda dp uma mercadoria nacionalizada para o exterior configura uma exportação. A resposta é, portanto, a letra D.

Reexportação seria o retorno ao exterior de mercadoria admitida temporariamente no Brasil. A devolução não seria uma revenda, mas sim uma operação sem transferência de divisas (sem cobertura cambial).

10. (AFTN-1996) O momento de incidência do Imposto deImportação sobre uma mercadoria estrangeira associa-se à (ao):

a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou marítima.

b) Registro da Declaração de Importação

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c) Emissão do Conhecimento de Embarque

d) Liquidação do Contrato de Câmbio

e) Expedição da Guia de Importação

Comentários:

Segundo o art. 73 do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do registro da Declaração de Importação (DI). Logo, a resposta é a letra B.

11. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o imposto de importação, no caso brasileiro, é correto afirma-se que:

a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo

b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB (Free on Board) fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)

c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse efetivamente no território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.

d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na transação e que será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na TEC (Tarifa Externa Comum).

e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum) correspondente à mercadoria em questão.

Comentários:

Letra A: errada. Não há um prazo limite para a vigência das alíquotas do imposto de importação. Elas vigoram enquanto não forem alteradas. Destaque-se que a alteração das alíquotas do imposto de importação gera efeitos imediatos, pois esse imposto não obedece ao princípio da anterioridade, tampouco ao princípio da noventena.

Letra B: errada. Apenas quando a alíquota do I.I for específica, a base de cálculo será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística. Nesse caso, o valor da mercadoria é irrelevante para determinar-se a base de cálculo.

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Letra C: errada. Há diversas situações em que uma mercadoria estrangeira ingressa no território nacional sem que haja incidência do imposto de importação. Essas situações estão previstas no art. 71 do R/A.

Letra D: errada. A Tarifa Externa Comum relaciona as alíquotas do imposto de importação. Ela não fixa taxas de câmbio.

Letra E: correta. Quando a alíquota do imposto de importação for ad valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro. Como estudaremos em aula futura, o valor aduaneiro não é exatamente o valor CIF (valor da mercadoria somado ao frete e seguro internacionais). Entretanto, as principais parcelas que compõem o valor aduaneiro são, de fato, o valor da mercadoria, o frete e o seguro internacionais. Assim, podemos afirmar o seguinte:

1) É razoável dizer que, no cálculo do imposto de importação toma-se como base o valor CIF.

2) A base de cálculo do imposto de importação é o valor aduaneiro.

12. (TRF-2002.1-adaptada) Caso se trate de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta for verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á como ocorrido o fato gerador:

a) no dia do registro do manifesto.

b) no dia do lançamento do crédito tributário.

c) no dia do registro da declaração de importação.

d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.

e) no dia da atracação do veículo transportador.

Comentários:

De acordo com o art. 73, inciso II, alínea "c", do Decreto n° 6759/2009, no caso de verificação, pela autoridade aduaneira, da falta de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do lançamento do crédito tributário. Logo, a resposta é a letra B.

13. (TRF-2002.1) A base de cálculo do Imposto de Importação é:

a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda.

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b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF), deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação.

c) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido numa venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.

d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e seguro internacionais.

e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

Comentários:

A ESAF adora perguntar acerca da base de cálculo do imposto de importação! Como eu gosto de dizer, isso não cai na prova! Despenca!!! ©

Letra A: errada. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida. Não há qualquer disposição no R/A sobre tarifa "baixada" pelo Ministério da Fazenda. Lembrando: quem fixa a alíquota do imposto de importação é a CAMEX.

Letra B, C e D: erradas. Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo será o valor aduaneiro.

Letra E: correta. O valor aduaneiro, determinado em conformidade com as regras do Acordo de Valoraç| o Aduaneira (AVA), também denominado Acordo sobre a Implementação do Artigo VII do GATT, será a base de cálculo do I.I quando a alíquota for ad valorem.

14. (TRF-2002.1) Constitui base de cálculo do Imposto deImportação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

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c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

Comentários:

Eu não disse que a ESAF adora perguntar sobre a base de cálculo do Imposto de Importação?!© A resposta, como você já está cansado de saber, é a letra D. Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo do I.I será o valor aduaneiro. Quando a alíquota for específica, a base de cálculo do I.I será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.

15. (TRF-2002.1) Consideram-se nacionalizadas:

a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de importação, somente após o regular despacho para consumo, tributadas, ou isentas do imposto de importação.

b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido despachadas para consumo.

c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo imposto de importação.

d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido pagas ao exportador estrangeiro.

e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, independentemente de serem despachadas para consumo.

Comentários:

Letra A: errada. São consideradas nacionalizadas as mercadorias importadas com ânimo de definitividade.

Letra B: errada. A nacionalização independe de despacho paraconsumo.

Letra C: errada. As doações possuem ânimo de definitividade, o que nos leva a afirmar que as mercadorias importadas a título de doação são nacionalizadas.

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Letra D: errada. A nacionalização independe de despacho paraconsumo.

Letra E: correta. A nacionalização de mercadorias fica configurada quando há ânimo de definitividade na importação. Ela independe de despacho para consumo. Nesse caso, considera-se que houve a nacionalização na data do embarque da mercadoria no exterior.

16. (TRF-2003) Não haverá incidência do Imposto de Importação nasseguintes situações, exceto:

a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.

b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de obra contratada no exterior.

c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo representante da cooperativa de artesãos.

d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.

e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira, corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

Comentários:

Letra A: correta. Segundo o art. 70, inciso II, do R/A, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada que retorne ao país devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição, é considerada não- estrangeira. Assim, não há incidência do imposto de importação

Letra B: errada. Ao ser exportado para execução de obra contratada no exterior, o veículo se desnacionalizou. Portanto, no seu retorno, haverá incidência do imposto de importação. Destaque-se que, caso o veículo tivesse sido exportado temporariamente, o seu retorno não seria fato gerador do imposto de importação.

Letra C: correta. Não haverá incidência do imposto de importação no retorno ao país de mercadoria nacional ou nacionalizada em virtude de fatores alheios à vontade do exportador. Tais mercadorias são consideradas não- estrangeiras; elas não chegaram a se desnacionalizar.

Letra D: correta. Segundo o art. 70, inciso I, do R/A, a mercadoria nacional ou nacionalizada enviada em consignação e não vendida no prazo

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autorizado, será considerada, ao retornar ao país, como não-estrangeira. Portanto, não haverá incidência do imposto de importação.

Letra E: correta. Segundo o art. 71, inciso I, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

17. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens abaixo em relação à bagagem. Atribua a letra S para as opções que se apliquem à tributação de bens conceituados como bagagem e N para as opções que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta.

V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.

X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação Simplificada.

Y) limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00.

Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para pessoas físicas.

a) VS XN YS ZN

b) VS XS YS ZN

c) VN XN YN ZS

d) VS XN YN ZN

e) VN XS YN ZN

Comentários:

(V) Imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial. O Regime de Tributação Especial se aplica aos bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem. Portanto, associamos ao "V" a letra "S". Temos VS .

(X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação Simplificada. O Regime de Tributação Simplificado se aplica às remessas postais internacionais cujo valor seja de até US$ 3.000,00. Portanto, associamos ao "X" a letra "N". Temos XN .

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(Y) Limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00. Sobre o tratamento tributário da bagagem acompanhada, o limite da isenção é de US$300,00 para bens trazidos por via terrestre, fluvial e lacustre e de US$ 500,00 para bens trazidos por via marítima e aérea. Portanto, associamos ao "Y" a letra "S". Temos YS .

(Z) Isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para pessoas físicas. Os bens integrantes de remessas postais internacionais cujo valor não ultrapasse US$ 50,00 farão jus à isenção do imposto de importação, desde que remetente e destinatário sejam pessoas físicas. Portanto, associamos ao "Z" a letra "N". Temos ZN .

A sequência é a seguinte: VS, XN, YS e ZN (Letra A)

18. (TTN-1997) O depositário incumbido da custódia de mercadoria de terceiros sob controle aduaneiro nos armazéns de zona primária ou secundária:

a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias sob sua guarda.

b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador.

c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens.

d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele consignadas.

e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho aduaneiro da mercadoria.

Comentários:

Segundo o art. 105, inciso II, do R/A, o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é responsável pelo imposto de importação. A resposta é a letra A.

19. (TTN-1997) Para se configurar o fato gerador do imposto de importação e o momento de sua ocorrência, para fins de cálculo do imposto, são condições cumulativas:

a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo órgão competente.

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b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.

c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação na repartição aduaneira jurisdicionante.

d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da declaração de importação para consumo.

e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer regime aduaneiro especial.

Comentários:

Letra A: errada. A entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro é fato gerador do imposto de importação. No entanto, é necessário, adicionalmente, o registro da DI.

Letra B: errada. O registro da mercadoria no manifesto de carga e a entrada desta nos recintos alfandegados de zona primária são fatores irrelevantes para configurar o fato gerador do I.I

Letra C: errada. Não basta que o veículo chegue ao porto e preste as informações. O fato gerador do I.I considera-se ocorrido na data de registro da DI.

Letra D: correta. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. No entanto, pode-se dizer que o fato gerador somente se aperfeiçoa com o registro da Declaração de Importação.

Letra E: errada. A assertiva nada falou sobre o registro da D.I

20. (TTN-1998) É contribuinte do Imposto de Importação:

a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.

b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim.

c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto, de procedência estrangeira.

d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional.

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e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento, ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.

Comentários:

A resposta para essa questão está no art. 104 do R/A, o qual transcrevemos a seguir:

Art. 104. É contribuinte do imposto:I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; eIII - o adquirente de mercadoria entrepostada.

A resposta é, como se pode ver, a letra D.

21. (TTN-1998) Com relação à m ercadoria estrange ira devo lv ida aoexterio r antes do reg istro da Declaração de Im portação, nos term os e cond ições estabe lec idos pelo M in istro da Fazenda,

a) incide apenas o IPI

b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador terá direito à restituição dos mesmos

c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País

d) não incidem o II e o IPI

e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da mercadoria ao destino

Com entários:

Segundo o art. 71, inciso IV, do R/A, o imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declaração de importação, observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda. O IPI também não irá incidir, uma vez que não houve desembaraço aduaneiro . Na próxima aula, falaremos sobre o IPI. Eu assumo: essa questão estava difícil para quem apenas estudou o I.I. Logo, a resposta é a letra D.

22. (TTN-1998) Para e fe ito de cá lcu lo do Im posto de Im portação,considera-se ocorrido o fa to gerador

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a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes aduaneiros especiais, exceto o de drawback.

b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária

c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for verificada pela autoridade aduaneira

d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.

e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira em ato de revisão.

Comentários:

Letra A: errada. Em aula futura, estudaremos sobre a problemática da ocorrência ou não do fato gerador do I.I na admissão de bens em regimes aduaneiros especiais. Por ora, basta sabermos que a hipótese descrita pela assertiva não está prevista no art. 73 do R/A, dispositivo que versa sobre o momento da ocorrência do fato gerador do I.I.

Letra B: errada. O fato gerador do imposto de importação é a data da entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro, assim considerada a data do registro da DI.

Letra C: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea "c", no caso de extravio ou avaria de mercadoria constante de manifesto de carga ou documento equivalente, o fato gerador considera-se ocorrido na data do lançamento.

Letra D: errada. O retorno de exportação temporária é hipótese de não-ocorrência do fato gerador do imposto de importação.

Letra E: errada. Quando houver extravio de mercadoria, não haverá registro da DI. O fato gerador, nesse caso, considera-se ocorrido na data do lançamento.

23. (AFRF-2002.2) É concedida isenção do imposto de importaçãoincidente sobre objetos de arte, constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do Capítulo 97 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM/SH) - atualmente a Nomenclatura Comum do Mercosul - e recebidos, em doação, por museus instituídos e mantidos pelo poder público e outras entidades culturais, reconhecidas como de utilidade

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pública. (Lei 8.961/94, art.1°). Em face do enunciado, assinale a opção correta.

a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos objetos de arte citados na norma.

b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.

c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada, ainda, a não cobertura cambial.

d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a outros objetos de arte.

e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

Comentários:

Letra A e B erradas. A isenção mencionada no enunciado da questão tem, ao mesmo tempo, caráter objetivo e subjetivo.

Letra C: correta. De fato, a isenção mencionada tem,cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo . O caráter objetivo se evidencia no fato de que a isenção é outorgada em razão da mercadoria (objetos de arte). Por sua vez, o caráter subjetivo fica nítido quando se observa que se trata de isençâo é outorgada em razão da natureza da pessoa importadora (museu). Destaque-se que a operação precisa, ainda, ser uma doção. Doação é uma operação sem cobertura cambial, isto é, não implica na transferência de divisas para o exterior.

Letra D: errada. Segundo o art. 114 do R/A, interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre a outorga de isenção ou de redução do imposto de impS rtação. Assim, não há que se falar em interpretação extensiva.

Letra E: errada. Como você deve estudado em Direito Tributário, isenção é hipótese de exclusão do crédito tributário (e não de suspensão!)

24. (AFRF-2000) A empresa Alfa Bética Indústria de ComponentesAutomotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar nacional, para emprego no seu processo produtivo de engrenagens cônicas para automóveis, cujo processo, apos exaustiva análise, culminou com o deferimento do pedido, passando a figurar na TEC como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou suas atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser

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utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para manutenção da referida redução de imposto. Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da Receita Federal:

a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade fiscal

b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia autorização do órgão fiscal.

c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária.

d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização

e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal.

Comentários:

Questão muito interessante! O candidato precisava compreender bem o assunto! Resumindo a história, o qm e aconteceu foi o seguinte:

1) A empresa Alfa Bética pleiteou a concessão de um ex-tarifário.

2) A CAMEX concedeu o ex-tarifário e, então, a empresa usufrui da redução do imposto na importação da máquina.

3) Passados 2 (dois) anos, a empresa Alfa Bética vendeu a máquina a outra empresa sem autorização da RFB.

E aí? Nessa situação, o Auditor Fiscal RFB vai ou não vai "encrespar"?

O ex-tarifário é uma redução objetiva do imposto de importação, logo não interessa quem é a pessoa importadora. Após a concessão do ex-

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tarifário, qualquer pessoa que vier a importar um bem idêntico àquele contemplado com o ex-tarifário fará jus à redução do imposto de importação. Portanto, a resposta correta é a letra C : "a Secretaria da Receita Federal considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária

Vale a pena destacar que isso não vale para as isenções ou reduções subjetivas. Segundo o art. 124 do R/A, quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto de importação.

25. (AFTN-1994-adaptada) - É contribuinte do imposto de importação:

a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente.

b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias estrangeiras depositadas.

c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a mercadoria se destine a permanecer no País apenas por um tempo determinado.

d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro.

e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador.

Comentários:

Letra A: correta. São contribuintes do imposto de importação: i) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional; ii) o destinatário de remessa postal internacional e; iii) o adquirente de mercadoria entrepostada.

Letra B: errada. O permissionário não está entre os contribuintes do imposto de importação.

Letra C: errada. O transportador e o depositário são responsáveis pelo imposto de importação (e não contribuintes!).

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Letra D: errada. O transportador de mercadoria procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro, é responsável pelo imposto de importação.

Letra E: errada. O adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador é responsável solidário pelo imposto de importação.

26. (TRF-2000) Constitui base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for ad-valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

Comentários:

Quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo do imposto de importação será o valor aduaneiro apurado segundo as regras do Acordo de Valoração Aduaneira. A resposta é, portanto, a letra D. Já quando a alíquota for específica, a base de cálculo do imposto de importação será a quantidade de mercadoria na unidade de medida estatística.

27. (AFTN-1989)-No caso de falta de mercadoria constante de documentos de carga ou equivalente, verificada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fato gerador:

a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito tributário correspondente.

b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo transportador no território aduaneiro.

c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato foi comunicado à repartição fiscal.

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d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.

e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria desembarcada do mesmo veículo transportador.

Comentários:

Segundo o art. 73, inciso II, alínea "c" do R/A, no caso de extravio ou avaria de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, considera-se ocorrido o fato gerador na data do lançamento do crédito tributário. A resposta é a letra A.

28. (TRF-2002.2)- A responsabilidade tributária pelas faltas ouextravios de volumes ou de mercadorias importadas pode ser do transportador ou do depositário, conforme normas contidas:

a) nos INCOTERMS

b) no Direito Comercial

c) nos acordos internacionais de transporte

d) na legislação tributária

e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.

Comentários:

De acordo com o art. 105 do R/A, são responsáveis pelo imposto de importação: o transportador, o depositário e qualquer outra pessoa que a lei assim designar. Como se vê, é a legislação aduaneira que atribui responsabilidade tributária pelas faltas ou extravios de volumes. A resposta é a letra D.

Apenas a título de esclarecimento, INCOTERMS são cláusulas contratuais por meio das quais são definidas as obrigações. Esse assunto está previsto apenas na disciplina de "Comércio Internacional".

29. (CODESP-2011) O fato gerador do imposto de importação é aentrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o seguinte fato gerador:

a) a data do desembarque da mercadoria.

b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

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c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro.

d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de mercadoria importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de permanência em recinto alfandegado.

e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.

Comentários:

Letra A: errada. Não há qualquer situação em que a data do desembarque seja considerada o momento da ocorrência do fato gerador do I.I.

Letra B: correta. Segundo o art. 73, inciso I, do R/A, para efeito de cálculo do imposto do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro da Declaração de Importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

Letra C: errada. O art. 73, inciso III, do R/A, considera-se ocorrido o fato gerador do I.I na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de a mercadoria ter sido considerada abandonada.

Letra D: errada. Se for aplicada a pena de perdimento, não há incidência do imposto de importação.

Letra E: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente não é fato gerador do imposto de importação.

30. (Exame Despachante Aduatieiro-2012) Quando a isenção ou a redução do imposto de importação for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto, exceto no caso de bens transferidos ou cedidos:

a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de prévia decisão da autoridade aduaneira.

b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de missões diplomáticas.

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c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos internacionais.

e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

Comentários:

Questão muito interessante, que versão sobre as isenções de caráter subjetivo.

Letra A: errada. O importador, tendo usufruído de isenção subjetiva, poderá transferir a propriedade ou ceder o uso dos bens a outra pessoa que goze de igual tratamento tributário sem prévio pagamento do imposto. No entanto, é necessária prévia decisão da autoridade aduaneira.

Letra B: correta. São necessários 3 anos, contados da data do registro da DI, para que o importador que usufruiu isenção subjetiva do imposto de importação possa transferir ou ceder o uso de bens, sem prévio pagamento do imposto, a missões diplomáticas e repartições consulares de caráter permanente e seus integrantes.

Letra C: errada. Os 3 anos são contados da data do registro da DI (e não da data de entrada da mercadoria!).

Letra D: errada. O prazo é de 3 anos.

Letra E: errada. O prazo é de 3 anos.

31. (Questão Inédita)- Acerca da incidência do imposto de importação, assinale a alternativa correta:

a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.

b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez que estas não estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.

c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo fixado, que retorne ao Brasil.

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d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda.

e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

Comentários:

Letra A: errada. O imposto de importação não incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.

Letra B: errada. O imposto de importação também incide sobre bagagem de viajantes, apesar de estas estarem fora do conceito de "mercadorias".

Letra C: errada. A mercadoria nacional ou nacionalizada exportação em consignação e não vendida no prazo fixado será considerada não- estrangeira ao retornar ao Brasil.

Letra D: correta. Não há incidência do imposto de importação na hipótese de substituição de mercadorias.

Letra E: errada. Se a mercadoria tiver sido acidentalmente destruída em trânsito aduaneiro de passagem, não haverá incidência do imposto de importação.

32. (Questão Inédita)- O fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido:

a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa poStal internacional sujeitos ao regime de importação comum.

b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se aplicada a pena de perdimento.

c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em remessas postais internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.

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e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

Comentários:

Letra A: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea "a", do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido no dia do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum.

Letra B: errada. Se aplicada a pena de perdimento, não haverá incidência do imposto de importação (art. 71, inciso III, do R/A)

Letra C: errada. Segundo o art. 73, inciso II, alínea "c", do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido no dia do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

Letra D: errada. Nos termos do art. 73, inciso II, alínea "a" do R/A, o fato gerador do imposto de importação considera-se ocorrido na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional não sujeitos ao regime de importação comum. Quando os bens contidos em remessa postal internacional estiverem sujeitos ao regime de importação comum , aí é que haverá registro da DI.

Letra E: correta. Segundo o art. 73, inciso II, alínea "b", do R/A, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de importação na data do lançamento do crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

33. (Questão Inédita)- Acerca do imposto de importação, assinale a alternativa correta:

a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.

b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando tenha sido descumprido o regime de exportação temporária.

c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação, ficam dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais resultar tributação mais favorável.

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e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do embarque da mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL.

Comentários:

Letra A: errada. O retorno de mercadoria exportada temporariamente não é fato gerador do imposto de importação.

Letra B: errada. A reimportação (retorno de exportação temporária) não será fato gerador do imposto de importação, ainda que o regime tiver sido descumprido (art. 74, inciso II, do R/A).

Letra C: errada. Os bens importados, inclusive com alíquota zero por cento do imposto de importação, estão sujeitos aos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

Letra D: correta. De fato, no conflito entre a tributação prevista na TEC e a prevista em outros acordos internacionais, prevalecerá a prevista no acordo. A exceção fica por conta de quando a aplicação das normas gerais (aplicação da TEC) resultar em tributação mais favorável (menos gravosa).

Letra E: errada. A alíquota aplicável é a prevista na TEC na data da ocorrência do fato gerador do imposto de importação.

34. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa correta sobre o imposto de importação:

a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação e de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto sobre produtos in« ustrializados.

b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$100.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS- Importação.

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d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de importação.

e) O Regime de Tributação Especial se aplica apenas aos bens compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$500,00.

Comentários:

Letra A: errada. Na tributação de mercadorias não-identificadas, as alíquotas do imposto de importação e do imposto sobre produtos industrializados serão de 50%.

Letra B: errada. Farão jus à isenção do I.I os bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não seja superior a US$50,00, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

Letra C: correta. Essa é a definição do Regime de Tributação Simplificada, aplicável aos bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor global não exceda US$ 3.000,00. Sobre esses bens incidirá uma alíquota diferenciada do I.I (60%). Além disso, farão jus à isenção de IPI e das contribuições para o PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação.

Letra D: errada. O imposto de importação será pago na data do registro da Declaração de Importação.

Letra E: errada. O Regime de Tributação Especial também se aplica aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante em que exceder o limite de isenção (US$ 500,00).

35. (Questão Inédita)-Assinale a alternativa incorreta:

a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria entrepostada.

c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.

d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno

e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.

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Comentários:

Pessoal, é fundamental que vocês saibam identificar os contribuintes e os responsáveis pelo imposto de importação. Isso me cheira a questão de prova!

Letra A: correta. Conforme o art. 104, inciso I, do R/A.

Letra B: correta. Conforme o art. 104, inciso III, do R/A.

Letra C: correta. Conforme o art. 105, inciso II, do R/A.

Letra D: correta. Conforme o art. 105, inciso I, do R/A.

Letra E: errada. O adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação é responsável solidário pelo imposto de importação (art. 106, inciso I).

36. (Questão Inédita)-Sobre as isenções e reduções do imposto de importação, assinale a alternativa incorreta:

a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão

b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da correspondente declaração de importação.

c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto.

d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira

e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela CAMEX a bens de capital e de informática e telecomunicações que não possuam similar nacional.

Comentários:

Letra A: correta. As isenções objetivas ficam condicionadas à comprovação posterior do efetivo emprego dos bens nas finalidades que motivaram a concessão.

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Letra B: correta. Se os bens que receberam isenção/redução deixarem de ser empregados nas finalidades que motivaram a concessão, o imposto se tornará exigível a partir da data do registro da DI.

Letra C: correta. Se a isenção/redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou cessão de uso dos bens implicará no prévio pagamento do imposto de importação (art.124 do R/A)

Letra D: correta. Os dois requisitos para a concessão de isenção ou redução do imposto de importação são: i) inexistência de similar nacional e; ii) transporte em navio de bandeira brasileira (art.118 do R/A).

Letra E: errada. O ex-tarifário não é hipótese de isenção do imposto de importação. Trata-se de uma redução objetiva do I.I aplicável a bens de capital (BK) e bens de informática e telecomunicações (BIT) que não possuam similar nacional.

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LISTA DE QUESTÕES N° 01

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1. (ATRFB-2012) Ao dispor sobre o Imposto de Importação, o art. 153, I, da Constituição Federal, reza que compete à União instituir impostos sobre importação de bens estrangeiros.

2. (ATRFB-2012) O Imposto sobre Produtos Industrializados incide sobre mercadorias industrializadas destinadas ao exterior.

3. (ATRFB-2012) Com o objetivo de fomentar as exportações, a Constituição Federal atribui, excepcionalmente, aos Estados e ao Distrito Federal a competência para exonerar os contribuintes do Imposto de Exportação.

4. (Questão Inéd ita) Um bem exportado temporariamente não se desnacionaliza.

5. (AFRFB-2012) A base de cálculo do Imposto de Importação, quando a alíquota for específica, é o valor aduaneiro apurado segundo as normas do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (GATT 1994).

6. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) A base de cálculo do imposto de importação é a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida, quando a alíquota for específica.

7. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) Bens sujeitos à alíquota zero de imposto de importação implicam a adoção de alíquota zero no imposto de produtos industrializados.

8. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) Caso a alíquota incidente seja "ad valorem", o imposto de importação será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a quantidade ou o peso da mercadoria importada.

9. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de cálculo lpo imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

10. (ATRFB-2012-adaptada) Sobre o Imposto de Importação, pode-se afirmar que para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.

11. (AFRFB-2012) O fato gerador do Imposto de Importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional. Este é o conceito que a doutrina chama de elemento geográfico ou espacial do fato gerador. Para

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efeito de cálculo, entre outras situações, considera-se ocorrido o fato gerador do Imposto de Importação no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

12. (Questão Inéd ita) O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro. Para efeito de ocorrência do fato gerador, considera-se entrada no território aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira.

13. (Questão Inéd ita) Para efeito de cálculo do imposto de importação, considera-se ocorrido o fato gerador no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de tributação especial.

14. (Questão Inéd ita) O retorno de mercadoria exportada temporariamente, quando descumprido o regime, é fato gerador do imposto de importação.

15. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) No caso de Declaração de Importação (DI) registrada no Siscomex, é calculado pelo sistema, de acordo com a alíquota vigente na data do fato gerador do imposto, ou seja, na data da entrada da mercadoria no país.

16. (AFRFB-2012) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do Imposto de Importação, toda mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País.

17. (AFRFB-2012) O Imposto de Importação incide sobre mercadoriaestrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.

18. (ATRFB-2012) O imposto de importação não incide sobre mercadoriaestrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

19. (ATRFB-2012) São contribuintes do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.

20. (ATRFB-2012) O representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto de importação.

21. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) As mercadorias que tenham sido objeto da pena de perdimento estão sujeitas à incidência do imposto de importação.

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22. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O depositário incumbido da custódia de mercadorias sob controle aduaneiro é solidariamente responsável pelo pagamento do imposto de importação.

23. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) É responsável solidário pelo imposto de importação o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem.

24. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O adquirente de mercadoria entrepostada é contribuinte do imposto de importação.

25. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, é responsável solidário pelo imposto de importação.

26. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro, é contribuinte do imposto de importação.

27. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente é responsável solidário pelo imposto de importação.

28. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal são contribuintes do imposto de importação.

29. (Exam e Despachante Aduneiro-2012) O imposto de importação não incide sobre a mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegue ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que seja redestinada ou devolvida para o exterior.

30. (Questão Inéd ita) Será considerada não-estrangeira a mercadoria que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao País por erro inequívoco ou comprovado de expedição, e que for redestinada ou devolvida para o exterior.

31. (Questão Inéd ita) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída. .

32. (Questão Inéd ita) A mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo autorizado será considerada estrangeira para fins de incidência do imposto de importação.

33. (AFRFB - 2014) No Regime de Tributação Unificada, é vedada a inclusão de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final.

34. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Especial permite a classificaçãogenérica, para fins de despacho de importação, dos bens por ele abarcados,

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mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do Imposto de Importação, e isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados, da Contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.

35. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Simplificada permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do Imposto de Importação, calculado pela aplicação da alíquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem.

36. (ATRFB - 2012) É vedada a inclusão no Regime de Tributação Unificada (RTU) de quaisquer mercadorias que não sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munições, fogos de artifícios, explosivos, bebidas, inclusive alcoólicas, cigarros, veículos automotores em geral e embarcações de todo tipo, inclusive suas partes e peças, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importação suspensa ou proibida no Brasil.

37. (ATRFB-2012) O Poder Executivo poderá fixar limites quantitativos, por tipo de mercadoria, para as importações ao amparo do RTU.

38. (ATRFB-2012) Não poderá optar pelo RTU a microempresa optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL, de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.

39. (ATRFB-2012) No RTU, a operação de importação e o despacho aduaneiro poderão ser realizados pelo empresário ou pelo sócio da sociedade empresária, por pessoa física nomeada pelo optante pelo Regime ou por despachante aduaneiro.

40. (AFRFB-2012) O Regime de Tributação Unificada é o que permite a importação, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado dos seguintes impostos e contribuições federais incidentes na importação: Imposto de Importação; Imposto sobre Produtos Industrializados; Contribuição para o PIS/ PASEP-Importação e COFINS-Importação.

41. (AFRFB-2012) Apesar de ser tributo de competência dos Estados e do Distrito Federal, o Regime de Tributação Unificada poderá incluir o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação devido pelo optante.

42. (Questão Inéd ita) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 50%

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para o cálculo do imposto de importação e de 50% para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.

43. (Questão Inéd ita) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigência tão somente do imposto de importação, calculado pela aplicação da alíquota de 50% sobre o valor do bem.

44. (Questão Inéd ita) O Regime de Tributação Simplificada aplica-se aos bens adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de isenção.

45. (AFRFB-2012) A isenção do Imposto de importação aos bens importados por instituições científicas e tecnológicas aplica-se a máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, e suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos intermediários, desde que destinados às suas pesquisas.

46. (AFRFB-2012) A isenção para bens a serem consumidos, distribuídos ou utilizados em evento esportivo, e para premiações e objetos comemorativos aplica-se na importação de material promocional, impressos, folhetos e outros bens com finalidade semelhante, a serem distribuídos gratuitamente ou utilizados em evento esportivo oficial.

47. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) A concessão e o reconhecimento da isenção do imposto de importação ficam condicionados à comprovação pelo contribuinte, pessoa física ou jurídica, da quitação de tributos e contribuições federais.

48. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) A isenção do imposto de importação somente será reconhecida quando decorrente de lei ou ato internacional.

49. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) São concedidas isenções do imposto de importação às importações realizadas pelas missões diplomáticas.

50. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que dispuser sobre outorga de isenção do imposto de importação.

51. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) É concedida isenção do imposto de importação incidente sobre objetos de arte comprados por museus ou entidades culturais.

52. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de isenção do Imposto de Importação (II), é obrigatório que o transporte da mercadoria seja em navio de bandeira brasileira, na via aquaviária, em todos os casos.

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53. (Questão Inéd ita) A isenção ou redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria transportada em navio de bandeira brasileira e que possua similar nacional.

54. (Questão Inéd ita) Ass ina le a a lternativa incorreta sobre a restitu ição do im posto de importação:

a) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de verificação de que o contribuinte, à época do fato gerador, era beneficiário de isenção ou de redução concedida em caráter geral, ou já havia preenchido as condições e os requisitos exigíveis para concessão de isenção ou de redução de caráter especial.

b) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de diferença, verificada em ato de fiscalização aduaneira, decorrente de erro de cálculo, na aplicação de alíquota e nas declarações quanto ao valor aduaneiro ou à quantidade de mercadoria.

c) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pagoindevidamente em razão de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.

d) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de verificação de extravio ou acréscimo de mercadoria constatado em conferência final de manifesto.

e) Cabe restituição total ou parcial do imposto de importação pago indevidamente em razão de verificação de extravio ou avaria de mercadoria.

55. (Questão Inéd ita) Ava lie a correção das a firm ações abaixo. A ss ina le com a letra V as verdade iras e com a letra F as fa lsas. Em seguida, m arque a opção que contenha a sequência correta:

( ) Na hipótese de verificação de extravio ou avaria, será devida restituição do imposto de importação. Nesse casro, será necessária prévia indenização à Fazenda Nacional pelo responsável pelo extravio ou avaria, que poderá ser o transportador ou o depositário.

( ) A restituição total ou parcial do imposto acarreta a restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, desde que estas tenham sido calculadas com base no imposto anteriormente pago.

( ) O protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou quando ocorrer avaria, poderá ser apresentado após a saída desta do recinto alfandegado, desde que, a critério da autoridade aduaneira, houver inequívoca demonstração do alegado

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( ) O retorno antecipado de bens submetidos ao regime de admissão temporária para aperfeiçoamento ativo gera, para o importador, o direito a obter restituição do imposto de importação.

( ) O importador que apurar crédito relativo ao imposto, passível derestituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios e de terceiros relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.

A ss ina le a a lternativa correta:

a) VVVFF

b) VFVFF

c) FVFVF

d) FVVFF

e) FVVFV

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LISTA DE QUESTÕES N° 02

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1. (AFRFB - 2014) Sobre o Im posto de Im portação, é incorreto afirmar:

a) não se considera estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador.

b) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira destruída, sob controle aduaneiro, sem ônus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraçada.

c) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador nodia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada oudesacompanhada.

d) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

e) caberá restituição total ou parcial do imposto pago indevidamente, a qual poderá ser processada de ofício, nos casos de verificação de extravio ou de avaria.

2. (Ana lista T ribu tário RFB - 2012) São tribu tos incidentes sobre o com ércio exterior, exceto:

a) Imposto de Importação.

b) Imposto sobre Produtos Industrializados.

c) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

d) Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - Combustíveis.

e) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação sobre operações que destinem mercadorias para o exterior.

3. (AFRF-2002.2) O im posto de im portação tem com o elem entos que o caracterizam , na essência:

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a) o lançamento por declaração; o valor da fatura como base de cálculo; tem por finalidade o incremento da arrecadação federal.

b) alíquota ad valorem; lançamento misto; o preço normal da mercadoria no comércio internacional como base de cálculo.

c) incidência inclusive sobre as mercadorias objeto de contrabando; a base de cálculo, para as mercadorias vendidas em leilão, é o valor da arrematação; lançamento de ofício.

d) as alíquotas previstas em acordos internacionais sempre prevalecem sobre as alíquotas da Tarifa Externa Comum; é contribuinte, além do importador, o adquirente, em licitação de mercadoria estrangeira; o depositário de mercadoria sob sua custódia é contribuinte relativamente à mercadoria cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira.

e) lançamento por homologação; decai após 5 (cinco) anos da data do registro da declaração de Importação no SISCOMEX; o valor de transação previsto no Acordo de Valoração Aduaneira não é aplicável quando a alíquota for específica.

4. (AFRF-2002.2) A im portação de m ercadoria estrange ira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine à reposição de outra anterio rm ente im portada que se tenha revelado, após o despacho aduaneiro, defe ituosa ou im prestável para o fim a que se destinava, desde que satis fe itas as cond ições estabe lec idas pelo M in istro da Fazenda, con figura re lativam ente ao im posto de im portação uma h ipótese de:

a) isenção condicionada.

b) regime suspensivo até o implemento das condições.

c) não-incidência.

d) reimportação com não ocorrência do fato gerador.

e) isenção de natureza objetiva.

5. (AFRF-2002.2) No sistem a aduaneiro brasile iro a naciona lização de uma m ercadoria:

a) é condicionada ao seu despacho para consumo.

b) ocorre quando se importa uma mercadoria a título definitivo ou não.

c) é condicionada ao prévio pagamento dos tributos ou ao reconhecimento de sua dispensa pela autoridade aduaneira.

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d) implica a sua importação a título definitivo independente de seu despacho para consumo.

e) ocorre para a mercadoria importada a título não-definitivo, no momento em que é submetida a despacho aduaneiro de admissão a um regime especial.

6. (ACE-1998) A lém do Im posto de Im portação, sobre o produtoim portado incidem também:

a) IOF - Imposto sobre Operações Financeiras e IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados

b) IOF e ICMS - Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

c) IPI e ICMS

d) IOF e ISS - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza

e) ICMS e ISS

7. (ACE-2002) No Brasil, a de fin ição da a líquota do Im posto de Im portação, quando da incidência deste, é fe ita com base no(a):

a) Tarifa Aduaneira Brasileira

b) Preferência Tarifária Regional

c) Sistema Geral de Preferências (SGP)

d) Tarifa Externa Comum do Mercosul

e) Sistema Geral de Preferências Globais (SGPG)

8. (AFRF-2000) De uma m aneira geral, com as exceções previstas na leg is lação específica, pode-se a firm ar que os requ is itos de inex istência de s im ila r nacional em de transporte obriga tório em navio de bandeira brasile ira devem ser observados nas importações:

a) às quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito aduaneiro e exportação temporária

b) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação vinculado à qualidade do importador, à destinação dos bens e as decorrentes de Acordos Internacionais (preferências tarifárias)

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c) beneficiadas com alíquota zero ou redução de alíquota do imposto de importação, constantes da Tarifa Externa Comum (TEC)

d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de importação

e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de importação

9. (AFRF-2000) Determ inado im portador, após adqu irir umam ercadoria e pagá-la ao exportador no exterior, por razões com ercia is, concordou em revendê-la ao próprio vendedor no exterior, m ediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura uma:

a) redestinação

b) importação vinculada à exportação

c) reexportação

d) exportação

e) devolução

10. (AFTN-1996) O m om ento de incidência do Im posto deIm portação sobre uma m ercadoria estrange ira associa-se à (ao):

a) Entrada da mercadoria no território nacional por via aérea, terrestre ou marítima.

b) Registro da Declaração de Importação

c) Emissão do Conhecimento de Embarque

d) Liquidação do Contrato de Câmbio

e) Expedição da Guia de Importação

11. (AFTN-1996-adaptada) Sobre o im posto de im portação, no caso brasile iro, é correto afirm a-se que:

a) Suas alíquotas vigem por um ano e devem ser fixadas antes do início de cada exercício fiscal, não podendo ser alteradas antes do término do mesmo

b) Seu cálculo toma por base a quantidade de mercadoria e o seu valor FOB (Free on Board) fixado na TEC (Tarifa Externa Comum)

c) Incide sobre toda e qualquer mercadoria estrangeira que ingresse efetivamente no território nacional, independentemente do regime aduaneiro previsto.

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d) Deve ser calculado sobre o valor em moeda estrangeira empregada na transação e que será posteriormente convertido pela taxa cambial fixada na TEC (Tarifa Externa Comum).

e) Seu cálculo toma por base o valor CIF (Cost, Insurance and Freight) da mercadoria e a alíquota ad valorem fixada na TEC (Tarifa Externa Comum) correspondente à mercadoria em questão.

12. (TRF-2002.1) Caso se trate de m ercadoria constante de m anifesto ou docum ento equiva lente, cuja fa lta fo r verificada pela autoridade aduaneira, reputar-se-á com o ocorrido o fa to gerador:

a) no dia do registro do manifesto.

b) no dia do lançamento do crédito tributário.

c) no dia do registro da declaração de importação.

d) no primeiro dia útil do mês subsequente à apuração da falta.

e) no dia da atracação do veículo transportador.

13. (TRF-2002.1) A base de cá lcu lo do Im posto de Im portação é:

a) em se tratando de alíquota específica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na Tarifa baixada pelo Ministro da Fazenda.

b) em se tratando de alíquota ad valorem, o preço pelo qual a mercadoria ou similar é normalmente oferecida a venda no mercado atacadista do país exportador, somado às despesas efetivamente pagas para sua colocação a bordo no porto de embarque para o Brasil, ao seguro e ao frete (CIF), deduzidos, quando for o caso, os impostos exigíveis para consumo interno e recuperáveis pela exportação.

c) em se tratando de alíquota ad-vahrem, o preço do produto adquirido numa venda internacional em condições de livre concorrência, e relativo ao custo da exportação acrescido das despesas incorridas para colocação no porto de embarque.

d) em se tratando de alíquota ad-valorem, o preço do produto adquirido em licitação pública, deduzidos os impostos internos exigíveis no mercado interno e acrescido do frete e seguro internacionais.

e) quando a alíquota for ad-valorem, o valor aduaneiro definido no Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT), no qual o Brasil é parte.

14. (TRF-2002.1) Constitu i base de cá lcu lo do Im posto de Im portação, quando a a líquota fo r ad-valorem, o valor:

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a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no porto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

15. (TRF-2002.1) Consideram -se nacionalizadas:

a) as mercadorias estrangeiras importadas a título não definitivo em regime comum de importação, somente após o regular despacho para consumo, tributadas, ou isentas do imposto de importação.

b) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, desde que tenham sido despachadas para consumo.

c) as mercadorias estrangeiras adquiridas no exterior, excluídas as doações, e tributadas pelo imposto de importação.

d) somente as mercadorias estrangeiras despachadas para consumo, tenham ou não sido pagas ao exportador estrangeiro.

e) as mercadorias estrangeiras importadas a título definitivo, independentemente de serem despachadas para consumo.

16. (TRF-2003) Não haverá incidência do Im posto de Im portação nas segu in tes situações, exceto:

a) devolução de dois aparelhos de ultrassonografia nacionalizados, por motivo de defeito técnico e que retornaram ao País para substituição.

b) retorno ao País de veículo de fabricação nacional, adquirido no mercado interno, por empresa nacional de engenharia e exportado para execução de obra contratada no exterior.

c) retorno ao Brasil de peças de artesanato, sob a alegação de que não correspondia à amostra apresentada ao importador estrangeiro pelo representante da cooperativa de artesãos.

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d) retorno ao País de produtos nacionais, enviados em consignação e não vendidos, imediatamente após o término do prazo autorizado.

e) redestinação ou devolução para o exterior de mercadoria estrangeira, corretamente descrita e cujo erro de expedição foi comprovado.

17. (TRF-2003-adaptada) Verifique a correção dos itens aba ixo em relação à bagagem. A tribua a letra S para as opções que se ap liquem à tribu tação de bens conce ituados com o bagagem e N para as opções que não se apliquem a essa tributação. Em seguida, m arque a opção que contenha a sequência correta.

V) imposto de importação calculado à alíquota de 50%, pelo Regime de Tributação Especial.

X) imposto de importação calculado à alíquota de 60%, pelo Regime de Tributação Simplificada.

Y) limite de isenção de US$300.00 ou de US$500.00.

Z) isenção para bens de até US$50.00, enviados, como presente, por pessoas físicas para pessoas físicas.

a) VS XN YS ZN

b) VS XS YS ZN

c) VN XN YN ZS

d) VS XN YN ZN

e) VN XS YN ZN

18. (TTN-1997) O depositá rio incum bido da custód ia de m ercadoriade terce iros sob contro le aduaner ro nos arm azéns de zona prim ária ou secundária:

a) é responsável pelo imposto de importação e multas cabíveis relativamente às mercadorias sob sua guarda.

b) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à qualidade do importador.

c) é solidariamente responsável com o importador com relação à mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto de importação vinculada à destinação dos bens.

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d) é contribuinte do imposto de importação relativamente às mercadorias a ele consignadas.

e) pode ser contribuinte do imposto de importação desde que providencie o despacho aduaneiro da mercadoria.

19. (TTN-1997) Para se con figu rar o fa to gerador do im posto deim portação e o m om ento de sua ocorrência, para fin s de cá lcu lo do im posto, são cond ições cum ulativas:

a) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o seu licenciamento pelo órgão competente.

b) a entrada da mercadoria estrangeira nos recintos alfandegados de zona primária e o seu registro no manifesto de carga do veículo transportador.

c) a chegada do veículo transportador ao porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado e a entrega dos documentos relativos à importação na repartição aduaneira jurisdicionante.

d) a entrada da mercadoria estrangeira no território aduaneiro e o registro no SISCOMEX da declaração de importação para consumo.

e) a entrada de mercadoria estrangeira na zona primária dos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados e o registro da mercadoria para qualquer regime aduaneiro especial.

20. (TTN-1998) É con tribu in te do Im posto de Im portação:

a) o adquirente, em licitação, de mercadoria estrangeira.

b) o estabelecimento que exerce o comércio de produtos importados em relação ao fato gerador decorrente da saída desses produtos para qualquer fim.

c) o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto, de procedência estrangeira.

d) o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional.

e) qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado em relação ao fato gerador da entrada de mercadoria importada do exterior no estabelecimento, ainda que se trate de bem destinado a consumo ou a ativo fixo do mesmo.

21. (TTN-1998) Com relação à m ercadoria estrange ira devo lv ida ao exterio r antes do reg istro da Declaração de Im portação, nos term os e cond ições estabe lec idos pelo M in is tro da Fazenda,

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a) incide apenas o IPI

b) ocorre o pagamento dos tributos e confirmada a devolução o importador terá direito à restituição dos mesmos

c) ocorre a suspensão do pagamento dos tributos até a sua efetiva saída do País

d) não incidem o II e o IPI

e) serão cobrados os tributos apenas na hipótese de não ser confirmada a chegada da mercadoria ao destino

22. (TTN-1998) Para e fe ito de cá lcu lo do Im posto de Im portação,considera-se ocorrido o fa to gerador

a) na data do registro da declaração de importação para admissão nos regimes aduaneiros especiais, exceto o de drawback.

b) na data da entrada da mercadoria no território nacional, assim considerada a da descarga dos volumes para os recintos alfandegados de zona primária

c) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente, cuja falta ou avaria for verificada pela autoridade aduaneira

d) no dia do lançamento respectivo, quando se tratar da entrada regular no território aduaneiro de mercadoria contida em remessa postal à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.

e) na data do registro da declaração de importação de mercadoria constante de manifesto ou documento equivalente cuja falta for apurada pela autoridade aduaneira em ato de revisão.

23. (AFRF-2002.2) É conced ida isenção do im posto de im portaçãoincidente sobre ob jetos de arte, constantes das posições 9701, 9702, 9703 e 9706 do Capítu lo 97 da Nom enclatura Brasile ira de Mercadorias (NBM /SH) - a tua lm ente a Nom enclatura Comum do Mercosu l - e recebidos, em doação, por m useus institu ídos e m antidos pelo poder púb lico e outras entidades cu ltura is, reconhecidas com o de u tilidade pública. (Lei 8 .961/94, art.1°). Em face do enunciado, assina le a opção correta.

a) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente objetivo já que direcionada aos objetos de arte citados na norma.

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b) A isenção concedida tem um caráter exclusivamente subjetivo já que direcionada aos museus mantidos pelo poder público e outras entidades culturais de utilidade pública.

c) A isenção concedida tem, cumulativamente, um caráter objetivo e subjetivo, condicionada, ainda, a não cobertura cambial.

d) A isenção concedida pode ser, por interpretação extensiva, estendida a outros objetos de arte.

e) A isenção concedida suspende a exigência de crédito tributário.

24. (AFRF-2000) A em presa A lfa Bética Indústria de Com ponentesAutom otivos Ltda. p le iteou jun to ao DECEX redução de a líquota do im posto de im portação para uma fresadora especia l, sem sim ilar nacional, para em prego no seu processo produtivo de engrenagens côn icas para autom óveis, cujo processo, apos exaustiva analise, cu lm inou com o deferim ento do pedido, passando a figu ra r na TEC com o "ex"- tarifá rio . Passados 2 (dois) anos a em presa encerrou suas ativ idades e a referida m áquina fo i vend ida a outra em presa para ser utilizada na produção de engrenagens he lico ida is para equ ipam entos navais, sem autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para m anutenção da referida redução de imposto. A to contínuo, em fisca lização na em presa, a Secretaria da Receita Federal:

a) exigirá a totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais alegando que a redução tributária foi vinculada à qualidade do importador, tanto que tal redução foi deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada prévia autorização da autoridade fiscal

b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na importação, com os acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi vinculada à destinação do bem e no caso houve transferência de propriedade para empresa que o utilizou para outra finalidade, além ld o que não houve prévia autorização do órgão fiscal.

c) considerou regulares as operações, deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal contra a empresa importadora e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução tributária.

d) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia autorização da fiscalização

e) exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em função do tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido

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vinculada à qualidade do importador e a transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal.

25. (AFTN-1994-adaptada) - É con tribu in te do im posto de importação:

a) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, bem como o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente.

b) o permissionário de entreposto aduaneiro relativamente às mercadorias estrangeiras depositadas.

c) qualquer pessoa que tenha relação com a entrada de mercadoria estrangeira no território nacional, inclusive o transportador e o depositário, mesmo que a mercadoria se destine a permanecer no País apenas por um tempo determinado.

d) qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira para consumo no território nacional, bem como o transportador de mercadoria procedente do exterior em percurso interno, sob controle aduaneiro.

e) o importador e o adquirente ou cessionário de mercadoria estrangeira beneficiada com isenção ou redução do imposto vinculado à qualidade do importador.

26. (TRF-2000) Constitu i base de cá lcu lo do Im posto de Im portação,quando a a líquota fo r ad-valorem, o valor:

a) do produto adquirido em licitação de mercadoria estrangeira que tenha sido objeto de pena de perdimento.

b) externo, entendido como o preço pelo qual a mercadoria é normalmente oferecida à venda no mercado atacadista do País exportador, somado às despesas para colocação a bordo no roorto de embarque, ao seguro e ao frete.

c) normal que a mercadoria tem numa venda efetuada em condições de livre concorrência, entre o vendedor no exterior e o importador no Brasil.

d) aduaneiro das mercadorias, conforme definido no Acordo de Valoração Aduaneira.

e) declarado pelo importador na Declaração de Importação devidamente registrada no SISCOMEX, incluído o frete interno no país de Importação.

27. (AFTN-1989)-No caso de fa lta de m ercadoria constante dedocum entos de carga ou equiva lente, verificada pela autoridade aduaneira, considera-se ocorrido o fa to gerador:

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a) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data do lançamento do crédito tributário correspondente.

b) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data da entrada do veículo transportador no território aduaneiro.

c) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que o fato foi comunicado à repartição fiscal.

d) na data em que a autoridade aduaneira tenha iniciado a apuração do fato, ficando a mercadoria sujeita aos tributos então vigentes.

e) ficando a mercadoria sujeita aos tributos vigorantes na data em que tenha ocorrido o primeiro registro de declaração de importação de mercadoria desembarcada do mesmo veículo transportador.

28. (TRF-2002.2)- A responsab ilidade tribu tária pelas fa ltas ou extrav ios de vo lum es ou de m ercadorias im portadas pode ser do transportador ou do depositá rio , conform e norm as contidas:

a) nos INCOTERMS

b) no Direito Comercial

c) nos acordos internacionais de transporte

d) na legislação tributária

e) nos contratos de transporte internacional e de armazenagem de carga.

29. (CODESP-2011) O fato gerador do im posto de im portação é a entrada de m ercadoria estrange ira no te rr itó rio aduaneiro. Para e fe ito de cá lcu lo do im posto, considera-se ocorrido o segu in te fato gerador:

a) a data do desembarque da mercaa oria.

b) a data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.

c) o dia útil seguinte à data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro.

d) a data de aplicação da pena de perdimento da mercadoria, na hipótese de mercadoria importada e que for considerada abandonada pelo decurso do prazo de permanência em recinto alfandegado.

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e) a data de entrada de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária.

30. (Exam e Despachante Aduaneiro-2012) Quando a isenção ou a redução do im posto de im portação fo r v incu lada à qua lidade do im portador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qua lquer títu lo , obriga ao prévio pagam ento do im posto, exceto no caso de bens transfe ridos ou cedidos:

a) a pessoa que goze de igual tratamento tributário, independentemente de prévia decisão da autoridade aduaneira.

b) após o decurso do prazo de três anos, contados da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de missões diplomáticas.

c) após o decurso do prazo de três anos, contados da data da entrada da mercadoria no território aduaneiro, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

d) após o decurso do prazo de dois anos, contados da data do desembaraço aduaneiro, no caso de bens importados por representações de organismos internacionais.

e) após o decurso do prazo de um ano, contado da data do registro da declaração de importação, no caso de bens importados por integrantes de repartições consulares.

31. (Questão Inéd ita)- Acerca da incidência do im posto de im portação, assina le a a lternativa correta:

a) O imposto de importação incidirá sobre mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimentS, exceto na hipótese em que não seja localizada, tenha sido consumida ou revendida.

b) O imposto de importação não incide sobre bagagens de viajantes, uma vez que estas não estão dentro do conceito de mercadorias estrangeiras.

c) Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto de importação, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada em consignação e não vendida no prazo fixado, que retorne ao Brasil.

d) O imposto de importação não incide sobre mercadoria estrangeira idêntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposição de outra anteriormente importada que se tenha revelado, após o desembaraço

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aduaneiro, defeituosa ou imprestável para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentação editada pelo Ministério da Fazenda.

e) O imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.

32. (Questão Inéd ita)- O fato gerador do im posto de im portação considera-se ocorrido:

a) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens contidos em remessa postal internacional sujeitos ao regime de importação comum.

b) na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado, se aplicada a pena de perdimento.

c) no data do registro da DI de mercadoria constante de manifesto ou de outras declarações de efeito equivalente, cujo extravio ou avaria tenha sido apurado pela autoridade aduaneira.

d) na data do registro da declaração de importação de bens contidos em remessas postais internacionais não-sujeitos ao regime de importação comum.

e) no dia do lançamento do correspondente crédito tributário, quando se tratar de bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada.

33. (Questão Inéd ita)- Acerca do im posto de im portação, assina le a a lternativa correta:

a) A entrada no território aduaneiro de mercadoria à qual tenha sido aplicado o regime de exportação temporária é fato gerador do imposto de importação.

b) A reimportação não é fato gerador do imposto de importação, salvo quando tenha sido descumprido o regime de Exportação temporária.

c) Os bens importados com alíquota zero por cento do imposto de importação, ficam dispensados dos tributos internos, nos termos das respectivas legislações.

d) Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado pelo Brasil, prevalecerá o tratamento nele previsto, salvo se da aplicação das normas gerais resultar tributação mais favorável.

e) A alíquota aplicável para o cálculo do imposto de importação é a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data do embarque da mercadoria no exterior, uma vez identificada sua classificação fiscal segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL.

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34. (Questão Inéd ita)-Ass ina le a a lternativa correta sobre o im posto de importação:

a) Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, serão aplicadas, para fins de determinação dos impostos e dos direitos incidentes, as alíquotas de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto de importação e de 60% (sessenta por cento) para o cálculo do imposto sobre produtos industrializados.

b) Os bens integrantes de remessa postal internacional de valor não superior a US$100.00 serão desembaraçados com isenção do Imposto de Importação, desde que o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas.

c) O Regime de Tributação Simplificada é o que permite a classificação genérica, para fins de despacho de importação, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicação de alíquotas diferenciadas do imposto de importação, e isenção do imposto sobre produtos industrializados, da contribuição para o PIS/PASEP-Importação e da COFINS- Importação.

d) O imposto de importação será pago na data do desembaraço aduaneiro de importação.

e) O Regime de Tributação Especial se aplica apenas aos bens compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o valor global de US$500,00.

35. (Questão Inéd ita)-Ass ina le a a lternativa incorreta:

a) É contribuinte do imposto de importação o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro.

b) É contribuinte do imposto de importação o adquirente de mercadoria entrepostada.

c) É responsável pelo imposto de importação o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.

d) É responsável pelo imposto de importação o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno

e) É responsável pelo imposto de importação o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto.

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36. (Questão Inéd ita)-Sobre as isenções e reduções do im posto de im portação, assina le a a lternativa incorreta:

a) A isenção ou a redução do imposto de importação, quando vinculada à destinação dos bens, ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concessão

b) Perderá o direito à isenção ou à redução quem deixar de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concessão, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da correspondente declaração de importação.

c) Quando a isenção ou a redução for vinculada à qualidade do importador, a transferência de propriedade ou a cessão de uso dos bens, a qualquer título, obriga ao prévio pagamento do imposto.

d) A isenção ou a redução do imposto de importação somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira

e) O ex-tarifário é isenção objetiva do imposto de importação concedida pela CAMEX a bens de capital e de informática e telecomunicações que não possuam similar nacional.

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GABARITO - LISTA DE QUESTÕES N° 01

1. E 12. C 23. C 34. E 45 C

2. E 13. E 24. C 35. E 46 C3. E 14. E 25. E 36. C 47 C4. C 15. E 26. E 37. C 48 C5. E 16. E 27. E u> CO E 49 C6. C 17. E 28. E 39. C 50 C7. E 18. C 29. C 40. C 51 E8. E 19. C 30. E 41. C 52 E9. C 20. E 31. E 42. C 53 E10. C 21. E 32. E 43. E 54. Letra D11. C 22. E 33. C 44. E 55. Letra D

GABARITO - LISTA DE QUESTÕES N° 02

1. Letra D 10. Letra B 19. Letra D 28. Letra D2. Letra E 11. Letra E 20. Letra D 29. Letra B3. Letra E 12. Letra B 21. Letra D 30. Letra B4. Letra C 13. Letra E 22. Letra C 31. Letra D5. Letra D 14. Letra D 23. Letra C 32. Letra E6. Letra C 15. Letra E 24. Letra C 33. Letra D7. Letra D 16. Letra B 25. Letra A 34. Letra C8. Letra E 17. Letra A 26. Letra D 35. Letra E9. Letra D 18. Letra A 27. Letra A 36. Letra E

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