aula 02 legislação aduaneira

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  • 7/23/2019 Aula 02 Legislao Aduaneira

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    Legislao Aduaneira p / RFB - 2015

    Teoria e Questes

    Prof. Ricardo Vale- Aula 02

    AULA 02: LEGISLAO ADUANEIRA

    SUMRIO PGINA1-Palavras Iniciais 12- Imposto de Exportao 2 - 93- Imposto sobre Produtos Industrializados 9 - 244- PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao 25 - 455- ICMS 45 - 566- CIDE-Combustveis 56 - 587- Adicional ao Frete para Renovao da MarinhaMercante (AFRMM)

    59 - 63

    8- Taxa de Utilizao do Mercante 63 - 659- Incentivos Fiscais Exportao 66 - 7710- Questes Comentadas 78 - 10011-Lista de Questes e Gabarito 101 - 121

    Ol, amigos (as), tudo bem?

    sempre uma enorme satisfao estar aqui com vocs!

    Na aula passada, ns estudamos tudo sobre o i m p o s t o d e im p o r t ao, tributo que sem dvida o grande responsvel pela regulao do

    comrcio exterior. Hoje, estudaremos o u t r o s t r i b u t o s q u e i n c i d em s o b r e o c om rc i o e x t e r i o r : IPI, PIS/PASEP-Importao, COFINS-Importao, CIDE-Combustveis, ICMS, AFRMM e Taxa Mercante. Tambm veremos tudo sobre osIncentivos Fiscais Exportao.

    Tenho a convico de que, ao final da aula de hoje, voc estar muitobem preparado para fazer qualquer prova, por mais difcil que ela seja. Sevoc errar uma nica questo na prova, ser por erro da banca examinadora!No se esqueam de acompanhar nossas aulas com o Regulamento Aduaneiroem mos. Em Legislao Aduaneira, a grande tendncia que seja cobrada a

    literalidade da norma.

    Grande abrao a todos,

    Ricardo Vale

    [email protected]://www.facebook.com/rvale01

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    mailto:[email protected]://www.facebook.com/rvale01http://www.estrategiaconcursos.com.br/http://www.estrategiaconcursos.com.br/http://www.facebook.com/rvale01mailto:[email protected]
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    1- Imposto de Exportao (IE): (art. 212 - art. 217)

    1.1-Introduo:

    Assim como o imposto de importao, o imposto de exportao tem

    f i n a l i d a d e em i n e n t e m e n t e e x t r a f i s ca l , servindo como mecanismo decontrole governamental sobre o comrcio exterior. No Brasil, a atual polticacomercial tem sido direcionada para o incentivo s exportaes, motivo peloqual estas so desoneradas de tributos, inclusive do imposto de exportao.Com efeito, o imposto de exportao possui alquota zero para a quasetotalidade da pauta exportadora brasileira.

    Para o analista mais desavisado, pode parecer um absurdo que ogoverno faa incidir o imposto de exportao sobre suas vendas ao exterior.No entanto, tal poltica pode prestar-se a objetivos diversos. Veja s! Imagine

    que o preo internacional de arroz tenha se elevado em virtude da escassez deoferta resultante de enchentes ocorridas no Sudeste Asitico. Ora, osexportadores brasileiros podero ficar tentados a vender todo o estoque dearroz, o que geraria um d e s ab a s t ec im e n t o in t e r n o . Para evitar tal situao,o governo poder impor um imposto de exportao sobre as vendas de arrozao exterior.

    Atualmente, no Brasil, alguns exemplos de produtos em relao aosquais o imposto de exportao possui alquotas diferentes de zero so certostipos de couro (couro w et b lue e couro salgado) e armamentos exportados

    para a Amrica do Sul e Caribe.

    Em razo de sua natureza extrafiscal, o art. 153, 1, da CF/88determina que facultado ao Poder Executivo, atendidas as condies e oslimites estabelecidos em lei, alterar as alquotas do imposto de exportao.Dessa forma, pode-se afirmar que o im p os t o d e ex po r t ao n o o be d eceao p r i n cp i o da l eg a l i da d e q u an t o a l t e r ao de a l q u o t a s . Atualmente, a CAMEX quem define as alquotas do imposto de exportao. Nos termos doRegulamento Aduaneiro, a CAMEX r e s p o n sv e l p o r r e l a c io n a r a s m e r c a d o r i a s s u j e i t a s a o i m p o s t o d e e x p o r t ao . Isso nos permite afirmarque o imposto de exportao e x c e p c i o n a l , pois somente os produtosrelacionados pela CAMEX estaro a ele sujeitos.

    A competncia da CAMEX para fixar as alquotas do imposto deimportao e do imposto de exportao j foi, inclusive, reconhecida peloSupremo Tribunal Federal no RE 570.680/RS.

    EMENTA: TRIBUTRIO. IMPOSTO DE EXPORTAO. ALTERAODE ALQUOTA. ART. 153 , 1 , DA CONSTITUIO FEDERAL .COMPETNCIA PRIVATIVA DO PRESIDENTRE DA REPBLICANO CONFIGURADA. ATRIBUIO DEFERIDA CAMEX.

    CONSTITUCIONALIDADE. FACULDADE DISCRICIONRIA CUJOS

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    LIMITES ENCONTRAM-SE ESTABELECIDOS EM LEI. RECURSOEXTRAORDINRIO DESPROVIDO.I- compatvel com a Carta Magna a norma infraconstitucional queatribui a rgo integrante do Poder Executivo da Unio a faculdade deestabelecer as alquotas do Imposto de Exportao.

    II - Competncia que no privativa do Presidente da Repblica.III - Inocorrncia de ofensa aos arts. 84, IV e pargrafo nico, e 153, 1, da Constituio Federal ou ao princpio de reserva legal.Precedentes.IV - Faculdade discricionria atribuda Cmara de Comrcio Exterior -CAMEX, que se circunscreve ao disposto no Decreto-Lei 1.578/1977 es demais normas regulamentares.V - Recurso extraordinrio conhecido e desprovido.

    Segundo o art. 215 do R/A, a alquota do imposto de exportao serde 30%, podendo ser aumentada ou reduzida pelo Poder Executivo.

    Entretanto, n a h ip t ese d e e le v ao d a a l q u o t a , essa n o po d er u l t r a p a s sa r 1 5 0% (alquota mxima do imposto de exportao). Trata-se delimite estabelecido em lei, que deve ser observado pela CAMEX ao manejar aalquota do imposto.

    O imposto de exportao tambm e x c e p c i o n a o s p r i n cp i o s d a a n t e r i o r i d a d e e d a n o v e n t e n a , resultando da que qualquer alterao dealquotas produzir efeitos imediatos. Destaque-se que o l a n am en t o d o i m po s t o de ex p o r t a o , semelhana do que ocorre para o imposto deimportao, feito p o r h om o l o g a o .

    1.2- Fato Gerador:

    O imposto de exportao tributo da competncia da Unio, cujof a t o g e r a d o r a s ad a d a m e r c a d o r i a d o t e r r i t r i o n a c i o n a l . Segundo oart. 212 do R/A, o imposto de exportao i n c id e so b r e m e r c a d o r i a n a c i o n a l o u n a c io n a l i z ad a d e s t in a d a a o e x t e r i o r . Destaque-se que consideradamercadoria nacionalizada aquela que foi importada a ttulo definitivo.

    Para efeito de clculo do imposto de exportao, considera-seocorrido o fato gerador na d a t a d o r e g i s t r o d e e x p o r t ao n o S I SCOMEX1.Assim, o tributo ser calculado com base na alquota vigente na data doregistro do RE, mesmo que, na data da efetiva sada da mercadoria doterritrio nacional, a alquota em vigor seja outra.

    1 Registro de Exportao o conjunto de informaes de natureza comercial,financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operao de exportao de uma

    mercadoria e definem o seu enquadramento. Trata-se de documento utilizado noc o n t r o l e a dm i n i s t r a t i v o d a s e x p o r t ae s . Recorde-se que o documento utilizadono controle administrativo das importaes a Licena de Importao.

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    O fato gerador do i m p o s t o de im po r t aoconsidera-se ocorrido n a d a t a d e r e g i s t r o d a D .I .

    O fato gerador do i m p o s t o de ex po r t a oconsidera-se ocorrido n a d a t a d e r e g i s t r o d o R .E

    (e no na data de registro da D.E, como poderiamosser induzidos a pensar!)

    1.3- Base de Clculo:

    O valor aduaneiro utilizado como base de clculo apenas para oimposto de importao. Segundo o art. 214 do R/A, a base de clculo do I. E o p r eo n o r m a l q u e a m e r c a d o r i a , o u s u a s im i l a r , a lc a na r i a , a o t em p o

    da ex po r t ao , em um a ven da em con d ies de l i v r e c on c o r rn c i a nom e r ca d o i n t e r n a c io n a l , observadas as normas expedidas pela Cmara deComrcio Exterior. Por ser esse um conceito muito subjetivo, a legislaoprev que o preo vista do produto, FOB ou p o s t o n a f r o n t e i r a , i n d i c a t i v o d o p r eo n o r m a l .2

    Se o preo da mercadoria for de d i f c i l a p u r ao o u fo r s u sc et v e ld e o s c i l ae s b r u s c a s n o m e r c a d o i n t e r n a c i o n a l , a CAMEX f i x a rc r i tr i o s esp ecf i c o s ou es t ab e l e ce r p au t a de v a l o r m n im o , paraapurao da base de clculo.

    Segundo o art. 214, 2o, do R/A, para efeito de determinao dabase de clculo do imposto, o preo de venda das mercadorias exportadas nop o d e r s e r i n f e r i o r ao seu cu s t o d e a q u i s io o u d e p r o d u o, a c r e s c i d o dos i m p o s t o s e d a s c o n t r i b u ie s i n c i d e n t e s e d a m a r g em d e l u c r o d e 1 5% (quinze por cento) sobre a soma dos custos, mais impostos econtribuies. Assim, se o custo de produo de uma mercadoria for R$ 850,00e os impostos e contribuies somarem R$ 150,00, o preo de venda damercadoria, para fins de apurao da base de clculo do IE, no poder serinferior a R$ 1.150,00 (custo de produo + impostos/contribuies + margemde lucro de 15%).

    Atualmente, essa regra pode parecer sem muita utilidade, uma vezque nossas exportaes so praticamente todas desoneradas do imposto deexportao (recebem alquota zero). No entanto, seu objetivo evitar osubfaturamento nas exportaes, caso estas sejam tributadas, por razesextrafiscais, pelo imposto de exportao.

    Conforme j comentamos, o R/A prev que a a lqu o t a d o im po s t o de ex po r t a o se r de 3 0 % , podendo a CAMEX reduzi-la ou aument-la.

    2 Valor FOB o preo da mercadoria a bordo do navio no porto de embarque. Emoutras palavras, o preo da mercadoria excludo o frete e o seguro internacional.

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    Entretanto, ao aumentar a alquota, a CAMEX dever observar o l i m i t e m x i m o d e 1 5 0 % .

    1.4- Sujeito ativo:

    Segundo o art. 153 da CF/88, compete Unio instituir impostosobre a exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.Portanto, o s u j e i t o a t i v o do im p os t o de e x po r t ao a Un io .

    1.5- Sujeito passivo: contribuinte

    O pagamento ser realizado na f o r m a e n o p r a z o f i x a d o s p e l o M i n i s t r o d a F a z e n d a que poder determinar sua exigibilidade antes daefetiva sada do territrio aduaneiro da mercadoria a ser exportada. possvelque, em funo do destino da mercadoria a ser exportada, s e j a d i s p e n s a d a a c ob r a n a d o im po s t o de e x p o r t a o . Assim, a CAMEX poder estabelecerque o imposto de exportao no ser cobrado quando a mercadoria tivercertos destinos.

    O c o n t r i b u i n t e d o im po s t o d e e x p o r t ao o e x p o r t a d o r , assimconsiderada qualquer pessoa que promova a sada de mercadoria do territrio

    aduaneiro.Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

    1. (ATRFB-2012) A Cmara de Comrcio Exterior, observada a legislao

    especfica, relacionar as mercadorias sujeitas ao Imposto de Exportao, masde acordo com o art. 153, 10 da Constituio Federal, a alterao dasalquotas do imposto de competncia privativa do Chefe do Poder Executivo.

    Comentrios:

    De fato, a CAMEX possui competncia para relacionar as mercadoriassujeitas ao imposto de exportao, o que nos leva a afirmar que esse umimposto excepcional (apenas incide sobre as mercadorias relacionadas pelaCAMEX). No entanto, a alterao de alquotas no de competncia privativado Chefe do Poder Executivo. Com efeito, a CAMEX o rgo que, atualmente,detm competncia para alterar as alquotas do imposto de exportao.Questo errada.

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    2. (ATRFB-2012) Mesmo considerando a funo regulatria do Imposto deExportao, suas alquotas no podero ser manejadas sem a observncia decondies e limites estabelecidos em lei em sentido estrito.

    Comentrios:

    H limites para a alterao das alquotas do imposto de exportao.Conforme estudamos, a alquota mxima do I.E 150%. Questo correta.

    3. (ATRFB-2012) Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, incompatvel com a Constituio Federal a norma infraconstitucional queatribui a rgo integrante do Poder Executivo da Unio a faculdade deestabelecer as alquotas do Imposto de Exportao.

    Comentrios:

    No incompatvel com a CF/88 norma infraconstitucional que atribuia rgo integrante do Poder Executivo da Unio a faculdade de estabelecer asalquotas do Imposto de Exportao. Isso perceptvel ao verificarmos que aCAMEX quem fixa as alquotas do imposto de exportao. Questo errada.

    4. (ATRFB-2012) O Imposto de Exportao incide sobre mercadorianacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-se nacionalizada amercadoria estrangeira importada a ttulo definitivo.

    Comentrios:

    Segundo o art. 212, do R/A, o imposto de exportao incide sobremercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior. Considera-senacionalizada a mercadoria estrangeira importada a ttulo definitivo. Questocorreta.

    5. (Questo Indita) O imposto de exportao incide sobre mercadoriaestrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-se ocorrido nadata do registro de exportao.

    Comentrios:

    O imposto de exportao incide sobre mercadoria nacional ounacionalizada destinada ao exterior. Questo errada.

    6. (Questo Indita) O imposto de exportao incide sobre mercadorianacional ou estrangeira destinada ao exterior. Seu fato gerador considera-seocorrido na data do registro de exportao.

    Comentrios:

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    O imposto de exportao no incide sobre mercadoria estrangeira.Questo errada.

    7. (Questo Indita) A base de clculo do imposto de exportao, quandoa alquota for ad va lo rem, ser o valor aduaneiro.

    Comentrios:

    A base de clculo do imposto de exportao o p r eo n o rm a l . Ovalor aduaneiro a base de clculo do imposto de importao, quando aalquota for ad va lo rem.Questo errada.

    8. (Questo Indita) A alquota mxima para o imposto de exportao de 150%.

    Comentrios:

    A alquota do I.E de 30%, podendo ser reduzida ou aumentada pelaCAMEX. No caso de aumento de alquota, esta no poder ultrapassar o limitemximo de 150%. Questo correta.

    9. (Questo Indita) O pagamento do imposto de exportao serrealizado na forma e no prazo fixados pela CAMEX.

    Comentrios:

    A forma e o prazo de pagamento do imposto de exportao serofixados pelo Ministro da Fazenda, Questo errada.

    10. (Questo Indita) O fato gerador do imposto de exportao considera-se ocorrido no momento do desembarao aduaneiro.

    Comentrios:

    O fato gerador do imposto de exportao considera-se ocorrido nadata do registro de exportao (RE). Questo errada.

    11. (Questo Indita) O imposto de exportao ser calculado pelaaplicao da alquota de 30% sobre a base de clculo. O Ministro da Fazendatem competncia para reduzir ou aumentar essa alquota, a fim de atender aosobjetivos da poltica cambial e de comrcio exterior.

    Comentrios:

    A competncia para reduzir ou aumentar a alquota do imposto deexportao da CAMEX. Questo errada.

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    12. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Para efeito de clculo doimposto de exportao, considera-se ocorrido o fato gerador na data da sadada mercadoria do territrio aduaneiro.

    Comentrios:

    Para efeito de clculo do imposto de exportao, considera-seocorrido o fato gerador na data do registro de exportao. Questo errada.

    13. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportaoincide somente sobre mercadoria nacionalizada destinada ao exterior.

    Comentrios:

    O imposto de exportao tambm incide sobre mercadoria nacional

    destinada ao exterior. Questo errada.

    14. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) O imposto de exportao temcomo fato gerador o desembarao aduaneiro da mercadoria exportada.

    Comentrios:

    O fato gerador do imposto de exportao a s ada de m e r c ad o r i a d o t e r r i t r i o n a c i o n a l , considerando-se ocorrido na d a t a d o r e g i s t r o d e e x p o r t ao . Questo errada.

    15. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em caso de elevao, aalquota do imposto de exportao no poder ser superior a cinquenta porcento.

    Comentrios:

    A alquota do imposto de exportao no poder ser superior a150%. Questo errada.

    16. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) Em determinadas situaes a

    Cmara de Comrcio Exterior - CAMEX - pode definir pauta de valor mnimopara a apurao da base de clculo do imposto de exportao.

    Comentrios:

    Se o preo da mercadoria for de difcil apurao ou for suscetvel deoscilaes bruscas no mercado internacional, a CAMEX poder estabelecercr i t r io s e sp e cf ic o s ou definir p a u t a d e v a l o r m n im o para apurao dabase de clculo do imposto de exportao. Questo correta.

    17. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) A base de clculo do impostode exportao o valor aduaneiro, segundo definio do art. VII do GATT.

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    Comentrios:

    A base de clculo do imposto de exportao o preo normal. O valoraduaneiro base de clculo do imposto de importao quando a alquota for adva lo rem.Questo errada.

    18. (Exame Despachante Aduaneiro-2012) contribuinte do imposto deexportao qualquer pessoa que promova a sada de mercadoria do territrioaduaneiro.

    Comentrios:

    O contribuinte do imposto de exportao o exportador, assimconsiderada qualquer pessoa que promova a sada de mercadoria do territrioaduaneiro. Questo correta.

    2-Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI): (art. 237 - art. 248)

    2.1- Introduo:

    O imposto sobre produtos industrializados (IPI) tem n a t u r e z a p r e d o m i n an t e m e n t e e x t r a f i sc a l , embora, nos ltimos anos, tenha ganhadorelevncia sua finalidade arrecadatria (fiscal). A extrafiscalidade do IPI restaevidente quando se percebe que este tem sido utilizado pelo governo brasileirocomo instrumento de poltica de comrcio exterior.

    Em funo de sua natureza extrafiscal, o I P I no o b e d e c e a o p r i n cp io da leg a l i d ad e q u an t o a l t e r ao d e a l q u o t as e ao p r i n cp iod a a n t e r i o r i d a d e . Assim, suas alquotas podem ser alteradas por ato doPoder Executivo, atendidas as condies e os limites estabelecidos em lei.Adicionalmente, no necessrio que a majorao da alquota do IPI espere oprximo exerccio financeiro para produzir seus efeitos.

    O IPI, todavia, o b e d e c e a o p r i n cp i o d a a n t e r i o r i e d a d e n o n a g e s im a l ( n o v en t e n a ) . Isso quer dizer que a majorao da alquotadesse tributo, apesar de no necessitar aguardar pelo prximo exercciofinanceiro para produzir seus efeitos, d e v e e sp e r a r 9 0 d i a s . O legisladorconstituinte conferiu ao contribuinte uma garantia, ainda que mnima, contra asurpresa de uma exao que lhe seja onerosa.

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    As alquotas do I.I e do I.E so alteradas pela CAMEX.

    As alquotas do IPI, todavia, so alteradas porDecreto do Presidente da Repblica.

    Assim, a p e s a r d e i n c i d i r s o b r e a s o p e r a es d e co m r c io ex t e r i o r , a s a lq u o t as d o I P I no soa l t e r a d a s p e l a CAMEX .

    2.2- Fato Gerador:

    O fato gerador do imposto sobre produtos industrializados, naimportao, o d e s em b a r ao a d u a n e i r o de produto de procedncia

    estrangeira. O desembarao aduaneiro, como iremos estudar em aula futura, o a t o f i n a l d o d e s p a c h o d e im po r t ao; o momento em que o AFRFBatesta a regularidade da importao, liberando a mercadoria para efetivoingresso no territrio aduaneiro.

    Embora o fato gerador do IPI ocorra somente por ocasio dodesembarao aduaneiro, o r e c o l h i m e n t o t r i b u t r i o feito no momento dor e g i s t r o da D ec l a r ao de I m po r t ao ( D I ) , que marca o incio dodespacho de importao. Assim, o recolhimento tributrio ser feito emmomento anterior ocorrncia do fato gerador do IPI vinculado importao,

    o que pode dar origem a algumas situaes inusitadas.

    Suponha por exemplo que, no dia 15/04/2013, um importadorregistre uma DI que ampara a importao de geladeiras. O desembaraoaduaneiro, no entanto, somente vem a ocorrer no dia 30/04/2013. Agora vemo problema! Na data do registro da DI (15/04/2013), a alquota do IPI era de30%; j na data do desembarao aduaneiro (30/04/2013), a alquota do IPIera de 10%. O recolhimento tributrio, nessa situao, foi feito com base naalquota vigente na data do registro da DI (30%). No entanto, como sabemosa partir de nossos estudos de Direito Tributrio, a alquota aplicvel deveria ser

    aquela vigente na data da ocorrncia do fato gerador (15%). Resta claro que,nessa situao, caber r e s t i t u io ao im p o r t a d o r do valor pago a maior. Oinverso tambm poderia acontecer, dando ensejo a uma co b r an ac o m p l e m e n t a r a ser efetuada pelo Fisco.

    Destaque-se que a possibilidade de o r e c o l h i m e n t o t r i b u tr i o s e r e f e t u a d o a n t e s d a o c o r rn c i a d o f a t o g e r a d o r tem amparo no art. 150, 7., da CF/88, que dispe o seguinte:

    Art. 150.............................................................................

    7. A lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigao tributria a

    condio de responsvel pelo pagamento de imposto ou contribuio,cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata

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    e preferencial restituio da quantia paga, caso no se realize o fatogerador presumido lei poder atribuir a sujeito passivo de obrigaotributria a condio de responsvel pelo pagamento de imposto oucontribuio, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,assegurada a imediata e preferencial restituio da quantia paga, caso

    no se realize o fato gerador presumido

    Trata-se do que a doutrina chama de f a t o g e r a d o r p r e s u m i d o . Nomomento do registro da Declarao de Importao (DI), o fato gerador do IPI(desembarao aduaneiro) ainda no ocorreu, mas, desde j, efetuado orecolhimento tributrio. P r e su m e - s e , nessa situao, que o desembaraoaduaneiro (fator gerador do IPI) ir ocorrer posteriormente.

    A legislao aduaneira prev, ainda, o u t r a h i p t e s e de fato geradorpresumido do IPI, de natureza diversa do art. 150, 7, da CF/88. Eleocorrer no caso de e x t r a v i o de mercadoria verificado pela autoridade fiscal, semelhana do que prev a legislao do imposto de importao.

    Segundo o art. 238, 1, do R/A, considera-se ocorrido o desembaraoaduaneiro de mercadoria que constar como importada e cujo e x t r a v i o f o r v e r i f ic ad o p e l a a u t o r i d a d e f i s ca l , inclusive na hiptese de mercadoria sobregime suspensivo de tributao. Suponha que o importador registre uma DIamparando a importao de 100 geladeiras. No curso do despacho aduaneiro,o AFRFB verifica que h apenas 80 geladeiras (as outras 20 foramextraviadas). O importador far jus restituio dos tributos que incidiramsobre as 20 geladeiras extraviadas, mas a a u t o r i d a d e a d u a n e i r a i r e x i g i - l o s d o r e s p o n sve l p e l o e x t r a v i o (transportador ou depositrio). Percebe-seque, nesse caso, p r e su m e - se que as mercadorias extraviadas sofreramdesembarao aduaneiro (o que, na prtica, no aconteceu em razo doextravio).

    Detalhe importante que a legislao prev acerca do e x t r a v i o d e m e r c ad o r i a s a g r a n e l . As diferenas percentuais dessas mercadorias,apuradas no curso do despacho aduaneiro, no sero consideradas para efeitosde exigncia do imposto, a to l i t n it e d e 1% . Na hiptese de diferenapercentual superior a esse limite, ser exigido o imposto somente em relao

    ao que exceder a 1%.

    O campo de incidncia do IPI abrange apenas os p r o d u t o s i n d u s t r i a l i z a d o s , assim considerados aqueles que resultem de operaodefinida como industrializao pelo Regulamento do IPI (RIPI), mesmo queincompleta, parcial ou intermediria. As o p er aes d e in d u s t r i a l i z aoesto previstas no art. 4 do RIPI, abaixo transcrito. Isso a vocs vo estudarem detalhes no curso de Legislao Tributria, com o Prof. Fbio Dutra!

    Art. 4o Caracteriza industrializao qualquer operao que modifique anatureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentao ou afinalidade do produto, ou o aperfeioe para consumo, tal como:

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    I - a que, exercida sobre matrias-primas ou produtos intermedirios,importe na obteno de espcie nova (transformao);II - a que importe em modificar, aperfeioar ou, de qualquer forma,alterar o funcionamento, a utilizao, o acabamento ou a aparncia doproduto (beneficiamento);

    III - a que consista na reunio de produtos, peas ou partes e de queresulte um novo produto ou unidade autnoma, ainda que sob amesma classificao fiscal (montagem);IV- a que importe em alterar a apresentao do produto, pelacolocao da embalagem, ainda que em substituio da original, salvoquando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte damercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento); ouV - a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente deproduto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto parautilizao (renovao ou recondicionamento).Pargrafo nico. So irrelevantes, para caracterizar a operao

    como industrializao, o processo utilizado para obteno do produto ea localizao e condies das instalaes ou equipamentosempregados.

    Vejamos, agora, situaes em que no o c o r r e o f a t o g e r a d o r doimposto sobre produtos industrializados!

    Art. 238. O fato gerador do imposto, na importao, odesembarao aduaneiro de produto de procedncia estrangeira 1o Para efeito do disposto no caput, considera-se ocorrido odesembarao aduaneiro da mercadoria que constar como importada e

    cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade fiscal, inclusive nahiptese de mercadoria sob regime suspensivo de tributao. 2o No constitui fato gerador do imposto o desembaraoaduaneiro de produtos nacionais que retornem ao Pas:I - nas hipteses previstas nos incisos I a V do art. 70; eII - aos quais tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial deexportao temporria, ainda que descumprido o regime.

    O art. 238, 2, inciso I, do R/A, faz meno ao art. 70 para tratardas s i t u ae s em q u e no o c o r r e o f a t o g e r a d o r d o i m p o s t o s o b r e p r o d u t o s i n d u s t r i a l iz a d o s . Recorde-se que o art. 70 do R/A relaciona as

    hipteses em que, para fins de incidncia do imposto de imposto deimportao, as mercadorias so consideradas no-estrangeiras. Vejamos o art.70 do R/A:

    Art. 70. Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do imposto,a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne aoPas, salvo se:I- enviada em consignao e no vendida no prazo autorizado;II- devolvida por motivo de defeito tcnico, para reparo ou parasubstituio;III - por motivo de modificaes na sistemtica de importao por parte

    do pas importador;IV - por motivo de guerra ou de calamidade pblica; ou

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    V - por outros fatores alheios vontade do exportador.Pargrafo nico. Sero ainda considerados estrangeiros, para os finsprevistos no caput, os equipamentos, as mquinas, os veculos, osaparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, osacessrios e os componentes, de fabricao nacional, adquiridos no

    mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, eexportados para a execuo de obras contratadas no exterior, nahiptese de retornarem ao Pas.

    importante tomar cuidado com a forma diferenciada pela qual oRegulamento Aduaneiro trata as situaes de "no - t r ib u t ao"do Imposto de Importao e as do Imposto sobre ProdutosIndustrializados!

    1) Para fins de incidncia do im po s t o d e im po r t a o , o art. 70relaciona situaes em que a mercadoria con s i de r ad a no -e s t r a n g e i r a .

    2) O mesmo art. 70, no que diz respeito a o i m p o s t o so b r e p r o d u t o s i n d u s t r i a l iz ad o s ( I P I ) , relaciona situaes de no -o c o r rn c i a d o f a t o g e r a d o r .

    As duas so situaes de no-tributao!

    No entanto, se o R/A dissesse que, para fins de IPI, as

    mercadorias do art.70 seriam consideradas no-estrangeiras,p o d e r i a h a v e r d v i d a s sobre a incidncia do IPI.

    Explico: o fato gerador do IPI, na importao, o desembaraoaduaneiro de mercadoria de procedncia estrangeira.Mercadoria procedente do exterior aquela que vem doexterior; no , necessariamente, uma mercadoria de origemestrangeira (produzida no exterior). Ora, se o IPI incide sobremercadorias de procedncia estrangeira, isso significa que bastaque ela venha do exterior para que ocorra a incidncia. Haveria

    incidncia at mesmo sobre uma mercadoria no-estrangeira(nacional) vindo do exterior!. Em razo disso, para evitarpolmicas, decidiu-se tratar as hipteses do art. 70, para fins deIPI, como situaes de no - o co r rn c i a d o f a t o g e r a d o r .

    O art. 238, 2, inciso II, do R/A, relaciona mais uma hiptese deno - o c o r r n c i a d o f a t o g e r a d o r d o I P I . Trata-se do r e t o r n o d e ex p o r t ao t em p o r r i a ( r e i m p o r t ao ), que tambm situao de no-ocorrncia do fato gerador do imposto de importao.

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    2.3- Incidncia:

    O imposto sobre produtos industrializados (IPI), na importao,i n c i d e s o b r e p r o d u t o s in d u s t r i a l iz a d o s d e p r o c e dn c i a e s t r a n g e i r a .

    Segundo o art. 2 do RIPI, o imposto incide sobre produtos industrializados,

    nacionais e estrangeiros, obedecidas as especificaes constantes da Tabela deIncidncia do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI. O c am p o d e i n c i dn c i a do I P I abrange t o d o s o s p r o d u t o s c om a lq u o t a , ainda quezero, relacionados na TIPI 3. Ficam excludos do campo de incidncia do IPIapenas os produtos que, na TIPI, possuem a notao NT (no-tributado). 4

    Vejamos, agora, as situaes de no - in c i dn ci a do imposto sobreprodutos industrializados!

    Art. 237- O imposto de que trata este Ttulo, na importao, incide

    sobre produtos industrializados de procedncia estrangeira.

    1o O imposto no incide sobre:

    I - os produtos chegados ao Pas nas hipteses previstas nos incisos Ie II do art. 71, que tenham sido desembaraados; e

    II - as embarcaes referidas no inciso V do art. 71

    Como possvel verificar, o art. 237, 1, do R/A, nos remeteu aoart. 71 para tratar das hipteses de no-incidncia. Ns j as estudamos na

    aula passada, quando vimos sobre a no-incidncia do imposto de importao.No custa relembrar, no mesmo?

    Art. 71. O imposto no incide sobre:

    I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentosde transporte, chegar ao Pas por erro inequvoco ou comprovado deexpedio, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;

    II- mercadoria estrangei ra idntica, em igual quantidade e valor, eque se destine a reposio de outra anteriormente importada que se

    tenha revelado, aps o desembarao aduaneiro, defeituosa ouimprestvel para o fim a que se destinava, desde que observada aregulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda;

    3A TIPI uma tabela semelhante Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), querelaciona produtos, seus cdigos numricos e respectivas alquotas.

    4 Os produtos que aparecem na TIPI com a notao NT esto fora do campo de

    incidncia do IPI. Veja: apesar de estarem na TIPI, esses produtos esto fora docampo de incidncia do IPI.

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    III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena deperdimento, exceto na hiptese em que no seja localizada, tenha sidoconsumida ou revendida;

    IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro

    da declarao de importao, observada a regulamentao editadapelo Ministrio da Fazenda;

    V - embarcaes construdas no Brasil e transferidas por matriz deempresa brasileira de navegao para subsidiria integral no exterior,que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesmaempresa nacional de origem;

    VI - mercadoria estrangeira destruda, sob controle aduaneiro, semnus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada; e

    VII - mercadoria estrangeira em trnsito aduaneiro de passagem,acidentalmente destruda.

    Fiz uma marcao acima nas trs h i p t e ses de n o - i n c i d n c i a doI P I !

    O i n c i s o I se refere situao em que a mercadoria estrangeira noestava prevista para vir ao Brasil, mas, por um erro inequvoco ou comprovadode expedio, acabou chegando ao Pas. Ela ser, ento, redestinada (enviadapara outro destino) ou devolvida, no havendo incidncia do IPI.

    O i n c i so I I , por sua vez, se aplica ao caso de su b s t i t u io d em e r ca d o r i a s . Nessa situao, foi importada uma mercadoria que, aps odesembarao, se revelou defeituosa ou imprestvel para o fim ao qual sedestinava. Esta , ento, devolvida ao exterior e, em seu lugar, vem umanova, sobre a qual no incidir o imposto de importao.

    O i n c i s o V , por ltimo, versa sobre o r e t o r n o d e em ba r c aes a o r e g i s t r o b r a s i l e i r o . Nesse caso, a embarcao foi construda no Brasil etransferida por uma empresa brasilfe ira de navegao a uma subsidiria noexterior. A embarcao, posteriormente, retorna ao Brasil, no sofrendo a

    incidncia do imposto de importao. Para isso, ela dever retornar comopropriedade da mesma empresa nacional de origem

    J sei o que vocs devem estar perguntando:

    "Ricardo, e qual o tratamento tributrio, em termos de IPI, paraas situaes dos incisos III, IV, VI e VII?"

    Excelente pergunta, meu amigo! Vejamos:

    a) A r t . 71 , i n ci so I I I : Uma mercadoria que entra no Pas e encontrada pela Aduana sofrer a aplicao da pena de perdimento. Em razo

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    de no ter se submetido ao desembarao aduaneiro, essa mercadoria objetoda pena de perdimento no so f r e r in c id n c ia do imposto sobre produtosindustrializados. Entretanto, se ela no f o r l o c a l i z a d a , tiver sido consumidaou revendida, a Aduana no ter como aplicar a pena de perdimento e, ento,ir c o b r a r o im p o s t o sobre produtos industrializados.

    b) A r t . 7 1 , i n c i so I V : A mercadoria estrangeira devolvida para oexterior antes do registro da DI no sofreu desembarao aduaneiro, logo noh ou v e i n c i dn c i a do imposto sobre produtos industrializados.

    c) A r t . 7 1 , i n c is o V I : A mercadoria estrangeira avariada ou que serevelou imprestvel para os fins aos quais se destinava destruda antes dodesembarao aduaneiro. Logo, se no h desembarao aduaneiro, no hi n c i d n c iado imposto sobre produtos industrializados.

    d) A r t . 7 1 , i n c is o V I I : O imposto sobre produtos industrializadosi n c i d i r sobre mercadoria estrangeira acidentalmente destruda em trnsitoaduaneiro de passagem. Com efeito, a mercadoria sofreu desembaraoaduaneiro e no h qualquer dispositivo legal excluindo a incidncia.

    2.4- Base de Clculo:

    A b a s e d e cl c u l o d o I P I , na importao, o v a l o r a d u a n e i r o

    a c r e s c id o d o m o n t a n t e r e f e r e n t e a o i m p o s t o d e i m p o r t ao e a o s e n c a r g o s ca m b i a i s . O imposto ser recolhido automaticamente quandoregistrada a Declarao de Importao.

    O clculo do imposto se faz mediante a p l i c ao d as a lq u o t a sc o n s t a n t e s d a T I P I (Tabela de Incidncia do Imposto sobre ProdutosIndustrializados).

    2.5- Sujeito Ativo / Sujeito Passivo:

    O s u j e i t o a t i v o do IPI a Un io , conforme art. 153, inciso IV, daCF/88, que atribui competncia a esse ente federativo para instituir impostosobre produtos industrializados. O c o n t r i b u i n t e do IPI vinculado importao o prprio importador.

    2.5- Isenes:

    O art. 245 do R/A trata das isenes, n a s im po r t aes , do impostosobre produtos industrializados.

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    Art. 245. So isentas do imposto as importaes:I- a que se refere o inciso I e as alneas "b" a "o" e "q" a "u" do incisoII do art. 136, desde que satisfeitos os requisitos e condies exigidospara a concesso do beneficio anlogo relativo ao imposto deimportao; e

    II - de bens a que se apliquem os regimes de tributao:a) simplificada, a que se refere o art. 99; eb) especial, a que se refere o art. 101.

    So muitos os casos de i s e n o do I P I n a im p o r t ao , os quaisrelacionamos abaixo (so m u i t o s , m a s no s e assuste!)

    1) Importaes realizadas pela Un io , pe l o s Es t a d o s , pe l o D i s t r i t o Fede r a l , p e l o s T e r r i t r i o s , p e l o s Mu n i cp i o s e pelas respectivasa u t a r q u i a s .

    2 ) Importaes realizadas pelos p a r t i d o s p o lt i c o s e pelasi n s t i t u ies d e ed u cao o u d e a ss i s t n c i a so c i a l .

    3) Importaes realizadas pelas m i s ses d i p l o m t i c a s er e p a r t ie s c o n s u l a r e s d e c a rt e r p e rm an e n t e e pelos respectivosintegrantes.

    4) Importaes realizadas pelas r e p r e s e n t ae s d e o r g a n i sm o s i n t e r n a c io n a i s d e c a rt e r p e r m a n e n t e , inclusive os de mbito regional, dosquais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes.

    5) Importaes realizadas pelas i n s t i t u ies c ie n t f i c as et e c n o l g i c a s .

    6) A m o s t r a s e r e m e s sa s p o s t a i s i n t e r n a c i o n a i s , sem valorcomercial.

    7) R em e s sa s p o s t a i s e e n c om en da s area s i n t e r n a c i o n a i s ,destinadas a pessoa fsica.

    8) B a g ag em d e v i a j a n t e s procedentes do exterior ou da ZonaFranca de Manaus.

    9)Bens adquiridos em l o j a f r a n c a ,no Pas.

    10)Bens trazidos do exterior, no comrcio caracterstico das cidadessituadas nas fronteiras terrestres.

    11) Bens importados sob o r e g i m e a d u a n e i r o e s p e c i a l d e d r a w b a ck , na modalidade iseno.

    12) Gneros alimentcios de primeira necessidade, fertilizantes edefensivos para aplicao na agricultura ou na pecuria, bem como matrias-

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    primas para sua produo no Pas, importados ao amparo do art. 4o da Lei no3.244, de 1957, com a redao dada pelo art. 7o do Decreto-Lei no 63, de 21de novembro de 1966

    13) Partes, peas e componentes, destinados ao reparo, reviso e

    manuteno de aeronaves e de embarcaes;

    14) Medicamentos destinados ao t r a t a m en t o d e a i dt i c o s , einstrumental cientfico destinado pesquisa da sndrome da deficinciaimunolgica adquirida.

    15)Bens importados pelasr e a s d e l i v r e c om r c i o

    16) Importaes efetuadas para a Z o n a Fr a n c a d e M a n a u s e paraa Am a zn i a O ci d e n t a l

    17) Mercadorias estrangeiras vendidas por entidades beneficentesem feiras, bazares e eventos semelhantes, desde que recebidas em doao derepresentaes diplomticas estrangeiras sediadas no Pas;

    18)Mercadorias destinadas a c o n s um o n o r e ci n t o d e co n g r e s s o s ,de feiras, de exposies internacionais e de outros eventos internacionaisassemelhados.

    19) Partes, peas e componentes, importados, destinados ao

    emprego na conservao, modernizao e converso de embarcaesregistradas no Registro Especial Brasileiro

    20)Bens destinados a coletores eletrnicos de votos

    21)Bens recebidos como premiao em evento cultural, cientfico ouesportivo oficial, realizado no exterior, ou para serem consumidos, distribudosou utilizados em evento esportivo oficial realizado no Pas.

    22) Bens importados poS desportistas, desde que tenham sidoutilizados por estes em evento esportivo oficial e recebidos em doao de

    entidade de prtica desportiva estrangeira ou da promotora ou patrocinadorado evento.

    23) Equipamentos e materiais destinados, exclusivamente, at r e i n am e n t o e p r e p a r ao d e a t l e t a s e e q u i p e s b r a s i l e ir a s p a r a c om pe t ie s d e s p o r t i v a s em jogos olmpicos, paraolmpicos, pan-americanos, parapan-americanos e mundiais

    H, ainda, duas outras situaes que merecem comentrios:

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    O Regulamento Aduaneiro relaciona apenas uma imunidade do IPI,prevista no art. 245-A. o caso da i m u n i d a d e cu l t u r a l , que probe os entesfederativos de instituir impostos sobre l i v r o s , j o r n a i s , p e r i d i co s e o p a p e l d es t i n ad o sua im p r e s so .

    Art. 245-A. So imunes do imposto as importaes de livros, jornais eperidicos e do papel destinado a sua impresso, observado o dispostono art. 211-B.

    Em que pese a literalidade do Regulamento Aduaneiro ter feitomeno a apenas esse caso de imunidade do IPI na importao, ns sabemosque, conforme e n t e n d i m e n t o d o u t r i nr i o e j u r i s p r u d e n c i a l , h outrassituaes em que cabvel falar-se em imunidade.

    - A r t . 1 50 , i n c i s o V I , a lne a " a " : vedado aos entes federativos

    (Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) instituir impostos sobre opatrimnio, renda ou servios, uns dos outros. Trata-se da conhecidai m u n i d a d e t r i b u tr i a r e cp r o c a .

    - A r t . 1 50 , i n c i s o V I , a ln ea " c " : vedado aos entes federativos(Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios) instituir impostos sobre opatrimnio, renda ou servios dos p a r t i d o s p o lt i c o s , inclusive suasfundaes, das e n t i d a d e s s in d i ca i s d o s t r a b a l h a d o r e s ,das i n s t i t u ies deed u c ao e d e as s i s t n c i a s o c i a l , s e m f i n s l u c r a t i v o s , atendidos osrequisitos da lei.

    - A r t . 1 5 0 , 2 : A imunidade tributria recproca extensiva sa u t a r q u i a s e s f u n d a es i n s t i t u da s e m an t i d a s p e l o Pod e r Pb l i c o ,

    no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suasfinalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    Vou dizer novamente o que eu disse na aula anterior!

    1) Se a questo cobrar a l i t e r a l id a d e d a n o r m a ,vocdeve dizer que as importaes realizadas pelos entesfederativos e suas autarquias, partidos polticos e

    instituies de educao ou de assistncia social soh ip t es es d e i se n odo imposto de importao

    2) Se a questo cobrar um e n t e n d i m e n t o j u r i s p r u d e n c i a l o u d o u t r i n r i o, voc pode assumirque trata-se de h i p t e s e s d e im u n i d a d e do impostode importao.

    3) O edital da RFB falou em "imunidades (no plural) doimposto sobre produtos industrializados", o que nos

    leva a crer que ele pede um entendimento mais amplodo que a me r a l i t e r a l i d a d e do Regulamento

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    Aduaneiro. Se ele falasse em imunidade (no singular)do imposto sobre produtos industrializados, restariaclaro que a referncia seria apenas imunidade naimportao de livros, jornais e peridicos e do papeldestinado a sua impresso (nica imunidade prevista

    na literalidade do R/A)__________________________

    2.7- Suspenso do pagamento do IPI:

    H situaes em que a importao realizada com su sp en so dop a g am e n t o do I P I .Elas esto previstas no art. 246 e art. 247 do R/A.

    O art. 246 do R/A teve como objetivo es t im u l a r a p r o du o

    n a c i o n a l d e e q u i p a m e n t o s a u t o p r o p u l sa d o s como tratores, bu l ldozers,mquinas e aparelhos de uso agrcola (colheitadeiras, semeadeiras), etc. Oscomponentes, chassis, acessrios, partes e peas desses equipamentos sodesembaraados com s u s p e n so do I P I , quando i m p o r t a d o s d ir e t a m e n t e p o r e st a b e l ec im e n t o i n d u s t r i a l . Destaque-se que esses produtosimportados com suspenso do IPI devero ser usados no processo produtivodos equipamentos autopropulsados em questo. A lgica : importar insumoscom suspenso do IPI para produzir, no Pas, esses equipamentos.

    Art. 246. Sero desembaraados com suspenso do pagamento doimposto os componentes, chassis, carroarias, acessrios, partes epeas dos produtos autopropulsados classificados nas posies 84.29,84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11, da Nomenclatura Comum doMercosul, quando importados diretamente por estabelecimentoindustrial. 1o A suspenso de que trata o caput condicionada a que o produtoseja destinado a emprego pelo estabelecimento industrial adquirenteI - na produo de componentes, chassis, carroarias, acessrios,partes ou peas dos produtos autopropulsados relacionados nosAnexos I e II da Lei no 10.485, de 2002; ouII - na montagem dos produtos autopropulsados classificados nasposies 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.03, 87.05, 87.06 e87.11, e nos cdigos 8704.10.00, 8704.2 e 8704.3, da NomenclaturaComum do Mercosul. 2 O disposto neste artigo aplica-se, tambm, empresa comercialatacadista adquirente dos produtos resultantes da industrializao porencomenda a que se refere o art. 427

    O art. 247, por sua vez, visa conceder in c e n t i v o s f i s ca i s a a l g u n s s e t o r e s e s p e cf i c o s ,quais sejam: i) setor exportador; ii) setor agropecurio;iii) fabricantes de mquinas e equipamentos autopropulsados (bens previstosno art.246); iv) fabricantes de partes e peas para aeronaves e aparelhos

    espaciais e; v) empresas que investem em atividades de tecnologia dainformao.

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    E como funciona esse incentivo fiscal?

    As p e s s o a s j u r d i c a s p r e p o n d e r a n t e m e n t e e x p o r t a d o r a s e asem p r e s a s f a b r i ca n t e s d o s e q u i p am e n t o s ac im a m e n c i o n a d o s poderoimportar insumos (matrias-primas, produtos intermedirios e materiais de

    embalagens) com s u s p e n so d o p a g am e n t o d o I P I .

    Art. 247. Sero desembaraados com suspenso do pagamento doimposto, ainda, as matrias-primas, os produtos intermedirios e osmateriais de embalagem, importados diretamente por pessoas

    jurdicas preponderantemente exportadoras ou por estabelecimentoindustrial fabricante preponderantemente:I - dos produtos classificados nos Captulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12,15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto cdigos 2309.10.00 e 2309.90.30 eEx-01 no cdigo 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, e nas posies21.01 a 2105.00, 2209.00.00 e 2501.00 da Nomenclatura Comum do

    Mercosul, inclusive daqueles a que corresponde a notao NT (no-tributados);II- dos bens referidos no art. 246;III - das partes e peas destinadas a estabelecimento industrialfabricante de produto classificado no Captulo 88 da NomenclaturaComum do Mercosul; eIV - dos bens de informtica e automao que gozem do benefcioreferido no art. 816.

    Por fim, ressalte-se que se for dado d e s t i n o d i v e r s o d o p r e v i s t o a o p r o d u t o b e n e f i c i a d o c om s u s p e n so , o responsvel estar sujeito aop a g am e n t o d o im p o s t o , d o s j u r o s d e m o r a e d a p e n a l i d a d e c a b v e l .

    Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

    HORA DE

    praticar!

    19. (AFRFB - 2014) O fato gerador do Imposto sobre ProdutosIndustrializados, na importao, o desembarao aduaneiro de produto deprocedncia estrangeira.

    Comentrios:

    isso mesmo! O fato gerador do IPI, na importao, odesembarao aduaneiro. Vale destacar que o desembarao aduaneiro o atofinal do despacho de importao. Questo correta.

    20. (AFRFB-2012) No constitui fato gerador do IPI-Importao o

    desembarao aduaneiro de produtos nacionais que retornem ao Pas aos quais

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    tenha sido aplicado o regime aduaneiro especial de exportao temporria,salvo se descumprido o regime.

    Comentrios:

    No constitui fato gerador do IPI vinculado importao o retorno aoPas de produtos nacionais aos quais tenha sido aplicado o regime deexportao temporria, ainda que descumprido o regime. Questo errada.

    21. (Questo Indita) O fato gerador do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI), na importao, o desembarao aduaneiro de produtode procedncia estrangeira. Logo, o recolhimento desse tributo ser procedidoem momento posterior ao do registro da Declarao de Importao (DI).

    Comentrios:

    Apesar de o fato gerador do IPI, na importao, ser o desembaraoaduaneiro, ele ser recolhido no momento do registro da DI. Questo errada.

    22. (Questo Indita) A base de clculo do imposto sobre produtosindustrializados (IPI) o valor aduaneiro acrescido do imposto de importao edo valor do prprio IPI.

    Comentrios:

    A base de clculo do IPI o valor aduaneiro acrescido do imposto deimportao e dos encargos cambiais. O IPI no integra sua prpria base declculo. Questo errada.

    23. (AFRFB-2012) Sero desembaraados com suspenso do pagamentodo IPI-Importao as matrias-primas, os produtos intermedirios e osmateriais de embalagem, importados diretamente por pessoas jurdicaspreponderantemente exportadoras ou por estabelecimento industrial fabricantepreponderantemente das partes e peas destinadas a estabelecimentoindustrial fabricante de produto classificado no Captulo 88 da NomenclaturaComum do Mercosul.

    Comentrios:

    Questo bastante difcil! Ela nos mostra dois incentivos fiscais relativosao IPI, os quais esto previstos no art. 247, capute inciso III do R/A:

    1) Suspenso de IPI na importao, por p e s so a j u r d i c ap r e p o n d e r a n t em e n t e e x p o r t a d o r a , de matrias-primas, produtosintermedirios e materiais de embalagem.

    2) Suspenso de IPI na importao de matrias-primas, produtosintermedirios e materiais de embalagem por estabelecimento industrial

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    aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, osacessrios e os componentes, de fabricao nacional, adquiridos nomercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, eexportados para a execuo de obras contratadas no exterior, nahiptese de retornarem ao Pas.

    O art. 71 do R/A, por sua vez, tambm se aplica ao imposto deimportao, definindo h i p t e s e s de n o - i n c i d n c i a do I . I s o b r e m e r c a d o r i a s e s t r a n g e i r a s . E, como se pode ver, ele tambm vale para oPIS/PASEP-Importao e a COFINS-Importao.

    Art. 71. O imposto no incide sobre:I - mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nosdocumentos de transporte, chegar ao Pas por erro inequvoco oucomprovado de expedio, e que for redestinada ou devolvidapara o exterior;

    II - mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade evalor, e que se destine a reposio de outra anteriormenteimportada que se tenha revelado, aps o desembarao aduaneiro,defeituosa ou imprestvel para o fim a que se destinava, desdeque observada a regulamentao editada pelo Ministrio daFazenda;III - mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena deperdimento, exceto na hiptese em que no seja localizada, tenhasido consumida ou revendida;IV - mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes doregistro da declarao de importao, observada a

    regulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda;V - embarcaes construdas no Brasil e transferidas por matrizde empresa brasileira de navegao para subsidiria integral noexterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedadeda mesma empresa nacional de origem;VI- mercadoria estrangeira destruda, sob controle aduaneiro,sem nus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada; eVII - mercadoria estrangeira em trnsito aduaneiro de passagem,acidentalmente destruda.

    Por ltimo, o art. 74 do R/A, que define hipteses de no-ocorrncia

    do fato gerador do imposto de importao, tambm se aplica ao PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao. No entanto, na inteligncia do RegulamentoAduaneiro, trata-se de h i p t e ses de no- i n c i d n c i a (e no situaes deno-ocorrncia do fato gerador!) do PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao. Aproveitemos para recordar o art. 74 do R/A:

    Art. 74. No constitui fato gerador do imposto a entrada no territrioaduaneiro:I - do pescado capturado fora das guas territoriais do Pas, porempresa localizada no seu territrio, desde que satisfeitas asexigncias que regulam a atividade pesqueira; eII - de mercadoria qual tenha sido aplicado o regime de exportaotemporria, ainda que descumprido o regime.

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    3.2- Fato Gerador:

    O fato gerador das contribuies para o PIS/PASEP-Importao eCOFINS-Importao a e n t r a d a d e b e n s e st r a n g e i r o s n o t e r r i t r io a d u a n e i r o . P r e sum e - s e a entrada no territrio aduaneiro e, portanto, a

    ocorrncia do fato gerador, para os bens que constem como tendo sidoimportados e cujo e x t r a v i o tenha sido verificado pela autoridade aduaneira.

    No se ap l i c a t a l r e g r a s malas /remessas postais internacionais e mercadoria importada a granel que, por sua natureza ou condies de manuseiona descarga, esteja sujeita a quebra ou a decrscimo, desde que o ex t ra v i o n os ej a s u p e r i o r a um p o r c e n t o . Na hiptese de quebra ou decrscimo empercentual superior a esse limite, sero exigidas a contribuio para oPIS/PASEP-Importao e a COFINS-Importao somente em relao ao queexceder a 1%.

    O m o m e n t o e x at o em que se considera que a mercadoria adentrouo territrio aduaneiro e, portanto, ocorreu o f a t o g e r a d o r das contribuiespara o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao definido pelo art. 252do R/A:

    Art. 252. Para efeito de clculo da contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao, considera-se ocorrido o fatogerador:I - na data do registro da declarao de importao de benssubmetidos a despacho para consumo;

    II -no dia do lanamento do correspondente crdito tributrio, quandose tratar de bens constantes de manifesto ou de outras declaraes deefeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridadeaduaneira; eIII - na data do vencimento do prazo de permanncia dos bens emrecinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antesde aplicada a pena de perdimento, na hiptese a que se refere o incisoXXI do art. 689.Pargrafo nico. O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no casode despacho para consumi o de bens importados sob regime suspensivode tributao do imposto de importao.

    No caso de b e n s n a c i o n a l i z a d o s (submetidos a despacho paraconsumo), o fato gerador considera-se ocorrido na d a t a d e r e g i s t r o d a D . I .No caso de e x t r a v i o d e m e r ca d o r i a verificado pela autoridade aduaneira, ofato gerador considera-se ocorrido na d a t a d o l a n am e n t o do crditotributrio. Por ltimo, o fato gerador pode considerar-se ocorrido na d a t a d o v e n c i m e n t o d o p r a z o d e p e r m a nn c i a em r e c i n t o a l f a n d e g a d o . Issoacontecer quando, antes de ser aplicada a pena de perdimento (em virtudede a mercadoria ter sido abandonada), o importador inicia o despachoaduaneiro de importao.

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    aduaneiro, extrapolando a norma do art. 149, 2, III, a, daConstituio Federal."

    Com o objetivo de conferir segurana jurdica s operaes deimportao e, ao mesmo tempo, ratificar o entendimento do STF, foi publicada,

    em 09 de outubro de 2013, a Lei n 12.865/2013, que a l t e r o u a b a s e d e clcu l o do P I S / PASEP- I m p o r t ao e COF I N S - I m p o r t ao . Agora no hmais dvida: a base de clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao o v a lo r a d u a n e i r o .

    O art. 253, do Regulamento Aduaneiro, foi revogado pela Lein 12.865/2013, de maneira que a sua literalidade dever serdesconsiderada para fins de prova.

    O entendimento do STF est, agora, plenamente compatvel

    com o que diz a lei. A base de clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao no in c l u i o I CMS ,t am p o u c o o v a l o r d e s sa s p r p r i a s c o n t r i b u ie s . A basede clculo do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao o v a lo r a d u a n e i r o .

    H previso para a r e d u o da b as e d e clc u lo do PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao em duas situaes:

    - Red u o d e 30 , 2 % , no caso de im po r t ao , pa r a r e v en da , de

    caminhes chassi com carga til igual ou superior a mil e oitocentosquilogramas e caminho monobloco com carga til igual ou superior a mil equinhentos quilogramas, classificados na posio 87.04 da TIPI, observadas asespecificaes estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e

    - Red u o de 4 8 , 1 0 % , no caso de im po r t ao , pa r a r e v en da ,demquinas e veculos classificados nos seguintes cdigos e posies da TIPI:84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5,87.01, 8702.10.00 Ex 02, 8702.90.9p Ex 02, 8704.10.00, 87.05 e 8706.00.10Ex 01 (somente os destinados aos produtos classificados nos Ex 02 dos

    cdigos 8702.10.00 e 8702.90.90).

    Em regra, as alquotas previstas em lei para o clculo dascontribuies para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao so,respectivamente, 1 ,6 5 % e 7 ,6 % . Detalhe: h vrias excees a essa regra,que fogem ao objetivo do nosso curso! Cabe ressaltar, por ltimo, que acontribuio para o PIS/PASEP-Importao e a COFINS-Importao serop ag as na d a t a do r eg i s t r o da d ec l a r ao d e im p o r t ao .

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    3.4- Sujeito Ativo:

    Segundo o art. 149, da CF/88, c om pe t e e x c l u s i v a m en t e Un ioinstituir c on t r i b u ies s o c i a i s , de interveno no domnio econmico e deinteresse das categorias profissionais ou econmicas, como instrumento de sua

    atuao nas respectivas reas.

    No exerccio de sua competncia tributria, foi editada a Lei n10.865/2004, que instituiu as contribuies sociais para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao.

    3.5- Sujeito Passivo:

    O art. 254 do R/A relaciona os c o n t r i b u i n t e s do PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao. Destaco a s em e l h an a entre essedispositivo e o que versa sobre os contribuintes do imposto de importao.

    Art. 254. contribuinte da contribuio para o PIS/PASEP-Importaoe da COFINS-Importao:I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova aentrada de bens estrangeiros no territrio aduaneiro;II - o destinatrio de remessa postal internacional indicado pelorespectivo remetente; eIII- o adquirente de mercadoria entrepostada.

    Alm desses contribuintes, chamo sua ateno para d u a s o u t r a s s i t u aes , no relacionadas no R/A, mas p r e v i s t a s n a L e i n1 0 .8 6 5 / 2 0 0 4 : i) a pessoa fsica ou jurdica contratante de servios deresidente ou domiciliado no exterior; ii) o beneficirio do servio, na hipteseem que o contratante tambm seja residente ou domiciliado no exterior.

    O art. 255 do R/A, por sua vez, faz meno aos responsveissolidrios pela PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao.

    Art. 255. So responsveis solidrios:I - o depositrio, assim considerada qualquer pessoa incumbida dacustdia de bem sob controle aduaneiro; eII- o transportador, quando transportar bens procedentes do exteriorou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;III- o representante, no Pas, do transportador estrangeiro;IV - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquersubcontratado para a realizao do transporte multimodal; eV - o adquirente de bens estrangeiros, no caso de importaorealizada por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdicaimportadora.

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    beneficiria do RECAP a pessoa jurdica preponderantementeexportadora, assim considerada, aquela cuja r e c e i t a b r u t a d e c o r r e n t e d e e x p o r t ao p a r a o e x t e r i o r , no ano-calendrio imediatamente anterior adeso ao regime, houver sido i g u a l o u su p e r i o r a 5 0% d e su a r e c ei t a b r u t a t o t a l d e v e n d a d e b e n s e s e r v io s no perodo e que assuma

    compromisso de manter esse percentual de exportao durante o perodo de 2anos.

    ~ \

    RECAPSuspenso de PIS/PASEP-ImportaoCOFINS-Importao.

    v

    Compromisso de exportao: 50% dareceita bruta de bens e servios

    e

    3.7.3- Pessoa Jurdica Preponderantemente Exportadora

    A p e s so a j u r d i c a p r e p o n d e r a n t e m e n t e e x p o r t a d o r a , assimconsiderada aquela cuja r e c e i t a b r u t a d e c o r r e n t e d e e x p o r t ao para oexterior, no ano-calendrio imediatamente anterior ao da aquisio, houversido i g u a l o u s u p e r i o r a 5 0% d e su a r e c ei t a b r u t a t o t a l d e v en d a d e be n s e s e r v ios no mesmo perodo, aps excludos os impostos econtribuies incidentes sobre a venda, poder importar com suspenso dopagamento da contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao m a tr i a s - p r i m a s , p r o d u t o s i n t e r m e d ir i o s e m a t e r i a i s d e e m b a l a g e m .

    Quando estudamos sobre o IPI, vimos que as pessoas jurdicaspreponderantemente exportadoras tambm fazem jus s u s pe n so d e I P I naimportao de m a tr i a s - p r i m a s , p r o d u t o s i n t e rm e d ir i o s e m a t e r i a i s d e e m b a l a g e m .

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    3.7.7-Acetona Destinada Elaborao de Defensivos Agropecurios

    A im p o r t ao d e ace t o n a classificada no cdigo 2914.11.00 daNomenclatura Comum do Mercosul ser efetuada com su sp en so dopagamento da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-

    Importao.

    3.7.8- Navegao de Cabotagem e de Apoio Porturio e Martimo

    Ser efetuada com s u s p e n so d o p a g am e n t o da Contribuio parao PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao, nos termos e condiesfixados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a importao de:

    i) leo combustvel, tipo bunke r , MF - Marine Fuel, classificado nocdigo 2710.19.22 da Nomenclatura Comum do Mercosul;

    ii) leo combustvel, tipo bunke r , MGO - Marine Gs Oil, classificadono cdigo 2710.19.21 da Nomenclatura Comum do Mercosul; e

    iii) leo combustvel, tipo bunke r , ODM - leo Diesel Martimo,classificado no cdigo 2710.19.21 da Nomenclatura Comum do Mercosul.

    A suspenso acima mencionada somente se aplica quando osprodutos forem importados por

    p e s s o a j u r d i c a p r e v i am e n t e h a b i l i t a d a e

    destinados n av eg ao d e c abo t a ge m e de apo i o po r t u r i o e m a r t im o .

    3.7.9- Zona Franca de Manaus:

    Mais frente em nosso curso, teremos a oportunidade de estudar emdetalhes sobre a Zona Franca de Manaus quando tratarmos dos regimesaduaneiros aplicados em reas especiais. Nesse momento, nos interessaapenas o t r a t am e n t o t r i b u tr i o r e l a t i v o a o P I S / P ASEP - I m p o r t ao e COF I NS - I m p o r t ao , que, no caso da ZFM, pode ser resumido em doispontos:

    a) Su sp en so do pagamento das contribuies para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao, na im p o r t ao d e b en s a se remem p r e g a d o s , pelo importador, na elaborao de matrias-primas, produtosintermedirios e materiais de embalagem destinados a emprego em processo deindustrializao por estabelecimentos ali instalados, consoante projeto aprovadopelo Conselho de Administrao da Superintendncia da Zona Franca de Manaus.

    b) Su sp en so do pagamento das contribuies para o PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao na im p o r t ao de m a tr i as - p r im as ,

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    p r o d u t o s i n t e rm e d ir i o s e m a t e r i a i s d e em b a l a g em para emprego emprocesso de industrializao por estabelecimentos industriais instalados naZona Franca de Manaus e consoante projetos aprovados pelo Conselho deAdministrao da Superintendncia da Zona Franca de Manaus.

    Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

    28. (AFRFB - 2014) O Regime Especial de Incentivo a Computadores paraUso Educacional - Reicomp permite a importao de matrias-primas eprodutos intermedirios destinados industrializao de equipamentos de

    informtica com iseno do pagamento da Contribuio para o PIS/ PASEP-Importao e da COFINS-Importao, alm de outros tributos, quandoimportados diretamente por pessoa jurdica habilitada ao regime. As operaesde importao efetuadas com os benefcios previstos no REICOMP dependemde anuncia prvia do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao.

    Comentrios:

    No REICOMP, h su sp en so (e no iseno!) de PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao. Questo errada.

    29. (AFRFB - 2014) O Regime Especial Tributrio para a Indstria deDefesa - RETID o que permite a importao de bens de defesa nacional comsuspenso da Contribuio do PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao, alm de outros tributos, quando a importao for efetuada porpessoa jurdica beneficiria do RETID. Como uma poltica de incentivo aodesenvolvimento das empresas brasileiras na rea, as pessoas jurdicasoptantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadao de Tributos eContribuies devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte -Simples Nacional, de que trata a Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro

    de 2006, podem habilitar-se ao RETID.

    Comentrios:

    As empresas optantes pelo SIMPLES-Nacional no p o d em serbeneficirias do RETIDI.

    30. (AFRFB-2012) A entrada de bens estrangeiros no territrio nacional fato gerador da Contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao. Consideram-se entrados no territrio nacional os bens queconstem como tendo sido importados e cujo extravio venha a ser apurado pelaadministrao aduaneira, exceto quanto s malas e s remessas postais

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    O beneficirio do RECAP tem direito a importar, com su sp en so dePIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao, mquinas, aparelhos,instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato normativoespecfico. Tais bens devero integrar o a t i v o i m o b i l i z a d o da empresabeneficiria do RECAP.

    Para ser beneficiria do RECAP, a pessoa jurdica ser enquadradacomo empresa preponderantemente exportadora, assim considerada aquelaque, no ano-calendrio anterior adeso ao regime, tenha obtido receitadecorrente de exportaes correspondente a 5 0% d e s u a r e ce i t a b r u t a t o t a l d e v e n d a d e b e n s e s e r v io s . A empresa dever, ainda, assumir ocompromisso de manter esse percentual de exportao durante 2 anos.

    At a a questo estava bem! O problema que o RECAP subsisteapenas pelo perodo de trs anos da adeso ao regime (e no 5 anos, como

    fala a questo!)). Questo errada.

    37. (AFRFB-2012) O Regime Especial de Incentivos para oDesenvolvimento da Infraestrutura - REIDI permite a importao demquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, e de materiais deconstruo, quando importados diretamente pelo beneficirio do regime parautilizao ou incorporao em obras de infraestrutura destinadas ao ativoimobilizado, com reduo a um por cento das alquotas da contribuio para oPIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao.

    Comentrios:

    O REIDI permite a importao de bens novos, com suspenso doPIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao, para utilizao ouincorporao em obras de infraestrutura destinadas ao ativo imobilizado dobeneficirio do regime. Questo errada.

    38. (AFRFB-2012) beneficiria do Regime Especial de Incentivos para oDesenvolvimento da Infraestrutura - REIDI somente a pessoa jurdica quetenha projeto aprovado para implSntao de obras de infraestrutura nossetores de transportes, portos, energia e irrigao.

    Comentrios:

    beneficiria do REIDI a pessoa jurdica que tenha projeto aprovadopara implantao de obras de infraestrutura nos setores de transportes,portos, energia, saneamento bsico e irrigao. Ao usar a palavra "somente", aquesto ficou errada.

    39. (Questo Indita) Segundo o STF, inconstitucional a incluso, nabase de clculo do PIS/PASEP-Importao e COFINS-Importao, do ICMS e

    dos valores relativos a essas contribuies.

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    Olha s que interessante! Eu havia dito que o ICMS somente incidiriasobre "mercadorias". Entretanto, a CF/88 dispe que, n o c a s o d e im p o r t ao, o ICMS incide sobre m e r c ad o r i a s e b e n s . Assim, naimportao, o ICMS no incide apenas sobre aqueles bens com finalidadecomercial (mercadorias), mas tambm sobre aqueles destinados ao ativo

    permanente da empresa.

    O art. 2, 1, inciso I, da LC n 87/96, ratifica esse entendimento,ao dispor que o I CMS in c i d e so b r e a e n t r a d a d e m e r c a d o r i a o u b em i m p o r t a d o s d o e x t e r i o r , por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no sejacontribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade. Oentendimento do STF no RE 439.796 foi exatamente nesse sentido:

    " co n s t i t u c i o n a l a t r ibu t ao d as op er aes de cir cul aoj u rd ica de b e n s am par adas pela im por t ao. A oper ao de

    im por t ao no desca r act er iza , to- som en t e po r si, a cl assi f icaodo bem impor tado como mercador ia . Em sent ido semelhante , aci r cunstnci a de o d es t i n a t r i o do be m no se r co n t r i b u i n t eh a b i t u a l do t r ibu to t ambm no a fe t a a c a r a c t er i z ao dao p e r ao d e c i r cu la o d e m e r ca d o r ia . Adem ais , a exo neraodas oper aes de im po r t ao pod e desequ il ib r ar as relaesper t i nen t es s oper aes int ern as com o m esm o t ipo de bem , demodo a afet ar os pr in cpi os da isonom ia e da livr e concor rncia. "

    O f a t o g e r a d o r d o I CM S vinculado importao c o n s i d e r a - s e

    o c o r r i d o n o m om e n t o d o d e s em b a r ao a d u a n e i r o de mercadorias ou bensimportados do exterior. Destacamos, nesse sentido, importante smula doSTF:

    STF- Smula n 661: " Na ent rada de m ercador ia im por t ada doext eri or , legt im a a cob rana do I CMS po r ocasio dodesem bar ao adua ne i r o. "

    Questo controversa a que diz respeito incidncia de ICMS nasoperaes de l e a s i n g i n t e r n a c i o n a l . O leasing, tambm chamado dearrendamento mercantil, pode ser classificado em leasingoperacional e leasingfinanceiro.

    No l e a s i n g o p e r a c i o n a l , uma empresa cede o direito de uso de umbem a outra pessoa durante um prazo fixado. Ao final desse prazo, oa r r e n d a tr i o p o d e r o p t a r p o r a d q u i r i r o b em . J no l e a si n g f i n a n c e i r o ,o bem arrendado durante um prazo fixado, masj f o i f e i t a a o po d ec om p r a p e l o a r r e n d a t r i o desde o momento da celebrao do contrato.Destaque-se que, no leasing financeiro, existe a intermediao de umainstituio financeira.

    Nas operaes de l e a s i n g interno, no h a incidncia do ICMS,exceto quando efetivada a venda do bem arrendado ao arrendatrio. Isso se

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    explica em razo de que somente haver incidncia do ICMS quando houverc i r c u l ao ju r d i c a da m e r cad o r i a (transferncia da propriedade).

    Nas operaes de l e a s i n g i n t e r n a c i o n a l , a questo maiscomplexa. que a CF/88 determina que haver a incidncia de ICMS na

    entrada de bem ou mercadoria importada do exterior "q u a l q u e r q u e s e j a s u a f i n a l i d a d e " . Assim, em tese, mesmo que a entrada do bem fosse ao amparode uma operao de leasing internacional, haveria a incidncia do ICMS.

    A jurisprudncia do STF caminhou exatamente nesse sentido. Emsetembro de 2005, STF decidiu, no RE n 206.069/SP, que i n c id i r i a I CMS n a s o p e r ae s d e l e a s i n g i n t e r n a c i o n a l . Esse , inclusive, o entendimento quedeve prevalecer em concursos caso a banca seja generalista, sem fazermeno a um tipo especfico de leasing (operacional ou financeiro).

    Entretanto, mais frente (agosto de 2007), foi examinado no STF oRE n 461.968, que tratava de controvrsia envolvendo o l e a s i n g i n t e r n a c i o n a l d e a e r o n a v e s . No caso, verificou-se que estvamos diante desituao de "l e a si n g o p e r a c i o n a l " , no tendo sido feita, portanto, a opo decompra no momento da celebrao do contrato. Ora, se no foi feita a opode compra, tnhamos algo semelhante a um "aluguel", no tendo ocorrido acirculao jurdica do bem. Assim, no h av e r i a i n c i dn c i a de I CMS nol e a s i n g i n t e r n a c io n a l d e a e r o n a v e s , em que, normalmente, no feita aopo de compra na celebrao do contrato.

    Entretanto, essa afirmao no pode ser feita de maneira inequvoca,pois, segundo a jurisprudncia do STF, resta clara a n e c e s s i d a d e d e se e x am i n a r a r e a l n a t u r e z a j u r d i c a d o n e g c io i n t e r n a c i o n a l para se saberse haver ou no a incidncia do ICMS. Se o contrato de leasing internacionalfor celebrado, desde o incio, sem meno opo de compra, no incidir oICMS, pois estaremos diante de um leasingoperacional. Por outro lado, se, nocontrato de leasing internacional for feita a opo de compra, desde o incio,incidir o ICMS, pois estaremos diante de um leasingfinanceiro.

    Em concursos pblicos, considere v e r d a d e i r a s assertivas que digam o seguinte:

    1) Nas operaes de leasing internacional em que not e n h a s i d o f e i t a a o po d e c om p r a na celebrao docontrato, no h av e r in c i d n c i a de I CM S.

    2) Em regra, no h in c id n c ia d o I CMSnas operaesde l ea s in g i n t e r n a c i o n a l d e a e r o n a v e s .

    3) Em regra, i n c id e I CMS nas operaes de l e a s i n g i n t e r n a c i o n a l . (Afirmativa generalista, que no fez

    meno ao tipo de leasing)

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    D i s t r i t o F e d e r a l .O objetivo do convnio o p a g am e n t o d o I CM S i n c i d e n t e so b re op e r aes d e im p o r t ao , mediante dbito automtico em contabancria indicada pelo contribuinte em declarao especfica apresenta noSISCOMEX. Entretanto, isso ainda no foi implementado, sendo umi m p o r t a n t e d e sa f i o para os prximos anos no mbito da Receita Federal.

    necessrio maior coordenao entre as Secretarias das Fazendas e aSecretaria da Receita Federal.

    Como feito, ento, o controle do pagamento do ICMS pela RFB?

    A resposta nos dada pela IN SRF n 680/20066, que dispe que,p a r a r e t i r a r a s m e r c ad o r i a s d o r e c i n t o a l f a n d e g a d o , o importador deverapresentar ao depositrio, dentre outros documentos, o co m p r o v a n t e d o r e c o l h i m e n t o d o I CMS in c i d e n t e n a i m p o r t ao .

    Segundo o art. 52, da IN SRF n 680/2006, o importador deverapresentar, por meio de transao prpria no SISCOMEX, d ec la r ao so b r e oI CMS d e v i d o no desembarao aduaneiro da mercadoria submetida adespacho de importao. A apresentao dessa declarao dever serefetivada a p s o r e g i s t r o d a D I e constitui co n d io p a r a a en t r e g a damercadoria ao importador. Caso ocorra qualquer tipo de ex o n er ao dop a g a m e n t o d o I CM S ,essa condio d e v e r s e r i n d i c a d a na declarao.

    O controle do pagamento de ICMS exercido pela Receita Federal ,assim, m e r am e n t e f o r m a l , no havendo qualquer apreciao de mrito.

    Assim, no ser o Fisco Federal responsvel por verificar se determinadaimportao se enquadra como situao de exigibilidade ou de dispensa depagamento de ICMS. A a p r e ci ao d o m r it oquanto exigibilidade de ICMScabe ao F i s c o E s t a d u a l , que detm a competncia para realizar aadministrao e fiscalizao desse tributo.

    Vejamos como esses assuntos podem ser cobrados em prova!

    HORA DE

    praticar!

    40. (AFRFB-2012) Por ocasio do desembarao aduaneiro, o Fisco Federaldever se pronunciar sobre a exigibilidade ou no do Imposto sobre OperaesRelativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes de Servios deTransporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao.

    Comentrios:

    6 Na prxima aula, quando tratarmos do despacho aduaneiro de importao,estudaremos os detalhes da IN SRF n 680/2006.

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    44. (AFRFB-2012) Quando do desembarao aduaneiro, o Fisco Federal noreconhecer como forma de comprovao do pagamento do Imposto sobreOperaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre Prestaes deServios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao,isenes, incentivos e benefcios fiscais que tenham sido concedidos sem a

    devida deliberao dos Estados e do Distrito Federal.

    Comentrios:

    O reconhecimento de isenes e benefcios fiscais relativos ao ICMSno competncia do Fisco Federal. Questo errada.

    45. (Questo Indita) O fato gerador do ICMS, na importao, odesembarao aduaneiro.

    Comentrios:

    exatamente isso! O fato gerador do ICMS, na importao,considera-se ocorrido no desembarao aduaneiro, semelhana do que ocorreem relao ao IPI. Questo correta.

    46. (Questo Indita) O ICMS incide sobre a entrada de bem oumercadoria importados do exterior por pessoa fsica ou jurdica, ainda que noseja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade,assim como sobre o servio prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado

    onde estiver situado o domiclio ou o estabelecimento do destinatrio damercadoria, bem ou servio.

    Comentrios:

    Isso exatamente o que prev o art. 155, 2, inciso IX, alnea "a",da CF/88. Questo correta.

    47. (Questo Indita) A base de clculo do ICMS vinculado importaoso as seguintes: o valor da mercadS ria ou bem constante dos documentos deimportao; o imposto de importao; o imposto sobre produtos

    industrializados; o imposto sobre operaes de cmbio; e quaisquer outrosimpostos, taxas, contribuies e despesas aduaneiras.

    Comentrios:

    Todas essas parcelas integram a base de clculo do ICMS naimportao, conforme previsto na Lei Complementar n 87/96. Chamo suaateno para o fato de que at mesmo o valor do ICMS integra a base declculo desse tributo na importao. Questo correta.

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    48. (Questo Indita) As isenes do ICMS sero concedidas ou revogadasnos termos de convnios celebrados e ratificados pelos Estados e pelo DistritoFederal.

    Comentrios:

    Com o objetivo de se evitar a "guerra fiscal", as isenes de ICMSno podem ser concedidas individualmente por cada estado. Elas seroconcedidas ou revogadas por meio de convnios do CONFAZ celebrados eratificados pelos estados. Questo correta.

    5- CIDE-Combustveis:

    5.1- Introduo:

    A CIDE-Combustveis uma co n t r i b u io d e