legislação aduaneira

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DECRETO Nº 6.759, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2009. Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, DECRETA: Art. 1 o A administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior serão exercidos em conformidade com o disposto neste Decreto. LIVRO I DA JURISDIÇÃO ADUANEIRA E DO CONTROLE ADUANEIRO DE VEÍCULOS TÍTULO I DA JURISDIÇÃO ADUANEIRA CAPÍTULO I DO TERRITÓRIO ADUANEIRO Art. 2 o O território aduaneiro compreende todo o território nacional. Art. 3 o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende- se por todo o território aduaneiro e abrange (Decreto-Lei n o 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput ): I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

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Regulamenta a administração das atividades aduaneiras, e a fiscalização, o controle e a tributação das operações de comércio exterior.

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DECRETO N 6.759, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2009.Regulamenta a administrao das atividades aduaneiras, e a fiscalizao, o controle e a tributao das operaes de comrcio exterior.

O PRESIDENTE DA REPBLICA, no uso da atribuio que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituio,DECRETA:Art.1oA administrao das atividades aduaneiras, e a fiscalizao, o controle e a tributao das operaes de comrcio exterior sero exercidos em conformidade com o disposto neste Decreto.LIVRO IDA JURISDIO ADUANEIRA E DO CONTROLE ADUANEIRO DE VECULOSTTULO IDA JURISDIO ADUANEIRACAPTULO IDO TERRITRIO ADUANEIROArt.2oO territrio aduaneiro compreende todo o territrio nacional.Art.3oA jurisdio dos servios aduaneiros estende-se por todo o territrio aduaneiro e abrange (Decreto-Lei no 37, de 18 de novembro de 1966, art. 33, caput):I-a zona primria, constituda pelas seguintes reas demarcadas pela autoridade aduaneira local:a)a rea terrestre ou aqutica, contnua ou descontnua, nos portos alfandegados;b)a rea terrestre, nos aeroportos alfandegados; ec)a rea terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; eII-a zona secundria, que compreende a parte restante do territrio aduaneiro, nela includas as guas territoriais e o espao areo.1oPara efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportao, referidas no art. 534, constituem zona primria (Lei no 11.508, de 20 de julho de 2007, art. 1o, pargrafo nico).2oPara a demarcao da zona primria, dever ser ouvido o rgo ou empresa a que esteja afeta a administrao do local a ser alfandegado.3oA autoridade aduaneira poder exigir que a zona primria, ou parte dela, seja protegida por obstculos que impeam o acesso indiscriminado de veculos, pessoas ou animais.4oA autoridade aduaneira poder estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restries entrada de pessoas que ali no exeram atividades profissionais, e a veculos no utilizados em servio.5oA jurisdio dos servios aduaneiros estende-se ainda s reas de Controle Integrado criadas em regies limtrofes dos pases integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial para a Facilitao do Comrcio no 5-Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo no 66, de 16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto no 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo-Acordo de Alcance Parcial de Promoo do Comrcio no 5 para a Facilitao do Comrcio, art. 3o, alnea a, internalizado pelo Decreto no 3.761, de 5 de maro de 2001).Art.4oO Ministro de Estado da Fazenda poder demarcar, na orla martima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilncia aduaneira, nas quais a permanncia de mercadorias ou a sua circulao e a de veculos, pessoas ou animais ficaro sujeitas s exigncias fiscais, proibies e restries que forem estabelecidas (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 33, pargrafo nico).1oO ato que demarcar a zona de vigilncia aduaneira poder:I-ser geral em relao orla martima ou faixa de fronteira, ou especfico em relao a determinados segmentos delas;II-estabelecer medidas especficas para determinado local; eIII-ter vigncia temporria.2oNa orla martima, a demarcao da zona de vigilncia aduaneira levar em conta, alm de outras circunstncias de interesse fiscal, a existncia de portos ou ancoradouros naturais, propcios realizao de operaes clandestinas de carga e descarga de mercadorias.3oCompreende-se na zona de vigilncia aduaneira a totalidade do Municpio atravessado pela linha de demarcao, ainda que parte dele fique fora da rea demarcada.CAPTULO IIDOS PORTOS, AEROPORTOS E PONTOS DE FRONTEIRA ALFANDEGADOSArt.5oOs portos, aeroportos e pontos de fronteira sero alfandegados por ato declaratrio da autoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro:I-estacionar ou transitar veculos procedentes do exterior ou a ele destinados;II-ser efetuadas operaes de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas; eIII-embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados.Art.6oO alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira ser precedido da respectiva habilitao ao trfego internacional pelas autoridades competentes em matria de transporte.Pargrafonico.Ao iniciar o processo de habilitao de que trata o caput, a autoridade competente notificar a Secretaria da Receita Federal do Brasil.Art.7oO ato que declarar o alfandegamento estabelecer as operaes aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condies para sua execuo.Art.8oSomente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poder efetuar-se a entrada ou a sada de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 34, incisos II e III).Pargrafonico. O disposto no caput no se aplica: (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)I - importao e exportao de mercadorias conduzidas por linhas de transmisso ou por dutos, ligados ao exterior, observadas as regras de controle estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil; e (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)II - a outros casos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)CAPTULO IIIDOS RECINTOS ALFANDEGADOSSeo IDas Disposies PreliminaresArt.9oOs recintos alfandegados sero assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primria ou na zona secundria, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentao, armazenagem e despacho aduaneiro de:I-mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial;II-bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; eIII-remessas postais internacionais.Pargrafonico.Podero ainda ser alfandegados, em zona primria, recintos destinados instalao de lojas francas.Art.10.A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder, no mbito de sua competncia, editar atos normativos para a implementao do disposto neste Captulo.Seo IIDos Portos SecosArt.11.Portos secos so recintos alfandegados de uso pblico nos quais so executadas operaes de movimentao, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.1oOs portos secos no podero ser instalados na zona primria de portos e aeroportos alfandegados.2oOs portos secos podero ser autorizados a operar com carga de importao, de exportao ou ambas, tendo em vista as necessidades e condies locais.Art.12.As operaes de movimentao e armazenagem de mercadorias sob controle aduaneiro, bem como a prestao de servios conexos, em porto seco, sujeitam-se ao regime de concesso ou de permisso (Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 1o, inciso VI).Pargrafonico.A execuo das operaes e a prestao dos servios referidos no caput sero efetivadas mediante o regime de permisso, salvo quando os servios devam ser prestados em porto seco instalado em imvel pertencente Unio, caso em que ser adotado o regime de concesso precedida da execuo de obra pblica.CAPTULO IVDO ALFANDEGAMENTOArt.13.O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poder ser efetivado:I-depois de atendidas as condies de instalao do rgo de fiscalizao aduaneira e de infra-estrutura indispensvel segurana fiscal;II-se atestada a regularidade fiscal do interessado;III-se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; eIV-se o interessado assumir a condio de fiel depositrio da mercadoria sob sua guarda.1oO disposto no caput aplica-se, no que couber, ao alfandegamento de recintos de zona primria e de zona secundria.2oEm se tratando de permisso ou concesso de servios pblicos, o alfandegamento poder ser efetivado somente aps a concluso do devido procedimento licitatrio pelo rgo competente, e o cumprimento das condies fixadas em contrato.3oO alfandegamento poder abranger a totalidade ou parte da rea dos portos e dos aeroportos.4oPodero, ainda, ser alfandegados silos ou tanques, para armazenamento de produtos a granel, localizados em reas contguas a porto organizado ou instalaes porturias, ligados a estes por tubulaes, esteiras rolantes ou similares, instaladas em carter permanente.5oO alfandegamento de que trata o 4o subordinado comprovao do direito de construo e de uso das tubulaes, esteiras rolantes ou similares, e ao cumprimento do disposto no caput.6oCompete Secretaria da Receita Federal do Brasil declarar o alfandegamento a que se refere este artigo e editar, no mbito de sua competncia, atos normativos para a implementao do disposto neste Captulo.Art. 13-A. Compete Secretaria da Receita Federal do Brasil definir os requisitos tcnicos e operacionais para o alfandegamento dos locais e recintos onde ocorram, sob controle aduaneiro, movimentao, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial, bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados, e remessas postais internacionais (Lei n 12.350, de 20 de dezembro de 2010, art. 34, caput). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013) 1 Na definio dos requisitos tcnicos e operacionais de que trata o caput, a Secretaria da Receita Federal do Brasil dever estabelecer (Lei n 12.350, de 2010, art. 34, 1): (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)I - segregao e proteo fsica da rea do local ou recinto, inclusive entre as reas de armazenagem de mercadorias ou bens para exportao, para importao ou para regime aduaneiro especial; (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)II - disponibilizao de edifcios e instalaes, aparelhos de informtica, mobilirio e materiais para o exerccio de suas atividades e, quando necessrio, de outros rgos ou agncias da administrao pblica federal; (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)III - disponibilizao e manuteno de balanas e outros instrumentos necessrios fiscalizao e ao controle aduaneiros; (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)IV - disponibilizao e manuteno de instrumentos e aparelhos de inspeo no invasiva de cargas e veculos, como os aparelhos de raios X ou gama; (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)V - disponibilizao de edifcios e instalaes, equipamentos, instrumentos e aparelhos especiais para a verificao de mercadorias frigorificadas, apresentadas em tanques ou recipientes que no devam ser abertos durante o transporte, produtos qumicos, txicos e outras mercadorias que exijam cuidados especiais para seu transporte, manipulao ou armazenagem; e (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)VI - disponibilizao de sistemas, com acesso remoto pela fiscalizao aduaneira, para: (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)a) vigilncia eletrnica do recinto; e (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)b) registro e controle: (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)1.de acesso de pessoas e veculos; e (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)2.das operaes realizadas com mercadorias, inclusive seus estoques. (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013) 2 A utilizao dos sistemas referidos no inciso VI do 1 dever ser supervisionada por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e acompanhada por ele por ocasio da realizao da conferncia aduaneira (Lei n 12.350, de 2010, art. 34, 2).(Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013) 3 A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder dispensar a implementao de requisito previsto no 1, considerando as caractersticas especficas do local ou recinto (Lei n 12.350, de 2010, art. 34, 3). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art. 13-B. A pessoa jurdica responsvel pela administrao do local ou recinto alfandegado, referido no art. 13-A, fica obrigada a observar os requisitos tcnicos e operacionais definidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei n 12.350, de 2010, art. 35). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art. 13-C. O disposto nos arts. 13-A e 13-B aplica-se tambm aos responsveis que j exerciam a administrao de locais e recintos alfandegados em 21 de dezembro de 2010 (Lei n 12.350, de 2010, art. 36, caput). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art. 13-D. A Secretaria da Receita Federal do Brasil, no mbito de sua competncia, disciplinar a aplicao do disposto nos arts. 13-A, 13-B, 13-C e 735-C (Lei n 12.350, de 2010, art. 39). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art.14.Nas cidades fronteirias, podero ser alfandegados pontos de fronteira para o trfego local e exclusivo de veculos matriculados nessas cidades.1oOs pontos de fronteira de que trata o caput sero alfandegados pela autoridade aduaneira regional, que poder fixar as restries que julgar convenientes.2oAs autoridades aduaneiras locais com jurisdio sobre as cidades fronteirias podero instituir, no interesse do controle aduaneiro, cadastros de pessoas que habitualmente cruzam a fronteira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 34, inciso I).CAPTULO VDA ADMINISTRAO ADUANEIRAArt.15.O exerccio da administrao aduaneira compreende a fiscalizao e o controle sobre o comrcio exterior, essenciais defesa dos interesses fazendrios nacionais, em todo o territrio aduaneiro (Constituio, art. 237).Pargrafo nico.As atividades de fiscalizao de tributos incidentes sobre as operaes de comrcio exterior sero supervisionadas e executadas por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (Lei no 5.172, de 1966, arts. 142, 194 e 196; Lei no 4.502, de 1964, art. 93; Lei no 10.593, de 6 de dezembro de 2002, art. 6o, com a redao dada pela Lei no 11.457, de 16 de maro de 2007, art. 9o). (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).Art.16.A fiscalizao aduaneira poder ser ininterrupta, em horrios determinados, ou eventual, nos portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 36, caput, com a redao dada pela Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, art. 77).1oA administrao aduaneira determinar os horrios e as condies de realizao dos servios aduaneiros, nos locais referidos no caput (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 36, 1, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).2oO atendimento em dias e horas fora do expediente normal da unidade aduaneira considerado servio extraordinrio, devendo os interessados, na forma estabelecida em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, ressarcir a administrao das despesas decorrentes dos servios a eles efetivamente prestados (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 36, 2, com a redao dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1o de setembro de 1988, art. 1o).Art.17.Nas reas de portos, aeroportos, pontos de fronteira e recintos alfandegados, bem como em outras reas nas quais se autorize carga e descarga de mercadorias, ou embarque e desembarque de viajante, procedentes do exterior ou a ele destinados, a autoridade aduaneira tem precedncia sobre as demais que ali exeram suas atribuies (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 35). (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).1oA precedncia de que trata o caput implica:I-a obrigao, por parte das demais autoridades, de prestar auxlio imediato, sempre que requisitado pela autoridade aduaneira, disponibilizando pessoas, equipamentos ou instalaes necessrios ao fiscal; e (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).II-a competncia da autoridade aduaneira, sem prejuzo das atribuies de outras autoridades, para disciplinar a entrada, a permanncia, a movimentao e a sada de pessoas, veculos, unidades de carga e mercadorias nos locais referidos no caput, no que interessar Fazenda Nacional.(Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).2oO disposto neste artigo aplica-se igualmente zona de vigilncia aduaneira, devendo as demais autoridades prestar autoridade aduaneira a colaborao que for solicitada. (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Art.18.O importador, o exportador ou o adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem tm a obrigao de manter, em boa guarda e ordem, os documentos relativos s transaes que realizarem, pelo prazo decadencial estabelecido na legislao tributria a que esto submetidos, e de apresent-los fiscalizao aduaneira quando exigidos (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, caput):1oOs documentos de que trata o caput compreendem os documentos de instruo das declaraes aduaneiras, a correspondncia comercial, includos os documentos de negociao e cotao de preos, os instrumentos de contrato comercial, financeiro e cambial, de transporte e seguro das mercadorias, os registros contbeis e os correspondentes documentos fiscais, bem como outros que a Secretaria da Receita Federal do Brasil venha a exigir em ato normativo (Lei no 10.833, de 2003, art. 70, 1o).2oNas hipteses de incndio, furto, roubo, extravio ou qualquer outro sinistro que provoque a perda ou deteriorao dos documentos a que se refere o caput, dever ser feita comunicao, por escrito, no prazo de quarenta e oito horas do sinistro, unidade de fiscalizao aduaneira da Secretaria da Receita Federal do Brasil que jurisdicione o domiclio matriz do sujeito passivo, instruda com os documentos que comprovem o registro da ocorrncia junto autoridade competente para apurar o fato (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, 2 e 4).3oNo caso de encerramento das atividades da pessoa jurdica, a guarda dos documentos referidos no caput ser atribuda pessoa responsvel pela guarda dos demais documentos fiscais, nos termos da legislao especfica (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, 5).4oO descumprimento de obrigao referida no caput implicar o no-reconhecimento de tratamento mais benfico de natureza tarifria, tributria ou aduaneira eventualmente concedido, com efeitos retroativos data da ocorrncia do fato gerador, caso no sejam apresentadas provas do regular cumprimento das condies previstas na legislao especfica para obt-lo (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, inciso I, alnea b).5oO disposto no caput aplica-se tambm ao despachante aduaneiro, ao transportador, ao agente de carga, ao depositrio e aos demais intervenientes em operao de comrcio exterior quanto aos documentos e registros relativos s transaes em que intervierem, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei n 10.833, de 2003, art. 71).Art.19.As pessoas fsicas ou jurdicas exibiro aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, sempre que exigidos, as mercadorias, livros das escritas fiscal e geral, documentos mantidos em arquivos magnticos ou assemelhados, e todos os documentos, em uso ou j arquivados, que forem julgados necessrios fiscalizao, e lhes franquearo os seus estabelecimentos, depsitos e dependncias, bem assim veculos, cofres e outros mveis, a qualquer hora do dia, ou da noite, se noite os estabelecimentos estiverem funcionando (Lei no 4.502, de 30 de novembro de 1964, art. 94 e pargrafo nico; e Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, art. 34).1oAs pessoas fsicas ou jurdicas, usurias de sistema de processamento de dados, devero manter documentao tcnica completa e atualizada do sistema, suficiente para possibilitar a sua auditoria, facultada a manuteno em meio magntico, sem prejuzo da sua emisso grfica, quando solicitada (Lei n 9.430, de 1996, art. 38).2oAs pessoas jurdicas que utilizarem sistemas de processamento eletrnico de dados para registrar negcios e atividades econmicas ou financeiras, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contbil ou fiscal ficam obrigadas a manter, disposio da Secretaria da Receita Federal do Brasil, os respectivos arquivos digitais e sistemas, pelo prazo decadencial previsto na legislao tributria (Lei no 8.218, de 29 de agosto de 1991, art. 11, caput, com a redao dada pela Medida Provisria no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001, art. 72).3oNa hiptese a que se refere o 2o, a Secretaria da Receita Federal do Brasil:I-poder estabelecer prazo inferior ao ali previsto, que poder ser diferenciado segundo o porte da pessoa jurdica (Lei n 8.218, de 1991, art. 11, 1, com a redao dada pela Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 72); eII-expedir ou designar a autoridade competente para expedir os atos necessrios ao estabelecimento da forma e do prazo em que os arquivos digitais e sistemas devero ser apresentados (Lei n 8.218, de 1991, art. 11, 3 e 4, com a redao dada pela Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 72).Art.20.Os documentos instrutivos de declarao aduaneira ou necessrios ao controle aduaneiro podem ser emitidos, transmitidos e recepcionados eletronicamente, na forma e nos prazos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei no 10.833, de 2003, art. 64, caput).1oA outorga de poderes a representante legal, inclusive quando residente no Brasil, para emitir e firmar os documentos referidos no caput, tambm pode ser realizada por documento emitido e assinado eletronicamente (Lei n 10.833, de 2003, art. 64, 1, com a redao dada pela Lei no 11.452, de 27 de fevereiro de 2007, art. 12).2oOs documentos eletrnicos referidos no caput so vlidos para os efeitos fiscais e de controle aduaneiro, observado o disposto na legislao sobre certificao digital e atendidos os requisitos estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei n 10.833, de 2003, art. 64, 2, com a redao dada pela Lei n 11.452, de 2007, art. 12).Art.21.Para os efeitos da legislao tributria, no tm aplicao quaisquer disposies legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papis de efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigao destes de exibi-los (Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966, art. 195, caput).Pargrafonico.Os livros obrigatrios de escriturao comercial e fiscal e os comprovantes dos lanamentos neles efetuados sero conservados at que ocorra a prescrio dos crditos tributrios decorrentes das operaes a que se refiram (Lei n 5.172, de 1966, art. 195, pargrafo nico).Art.22.Mediante intimao escrita, so obrigados a prestar autoridade fiscal todas as informaes de que disponham com relao aos bens, negcios ou atividades de terceiros (Lei n 5.172, de 1966, art. 197, caput):I-os tabelies, os escrives e demais serventurios de ofcio;II-os bancos, as casas bancrias, as caixas econmicas e demais instituies financeiras;III-as empresas de administrao de bens;IV-os corretores, os leiloeiros e os despachantes oficiais;V-os inventariantes;VI-os sndicos, os comissrios e os liquidatrios; eVII-quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razo de seu cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso.Pargrafonico.A obrigao prevista no caput no abrange a prestao de informaes quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razo de cargo, ofcio, funo, ministrio, atividade ou profisso, nos termos da legislao especfica (Lei n 5.172, de 1966, art. 197, pargrafo nico).Art.23.A autoridade aduaneira que proceder ou presidir a qualquer procedimento fiscal lavrar os termos necessrios para que se documente o incio do procedimento, na forma da legislao aplicvel, que fixar prazo mximo para a sua concluso (Lei n 5.172, de 1966, art. 196, caput).1oOs termos a que se refere o caput sero lavrados, sempre que possvel, em um dos livros fiscais exibidos pela pessoa sujeita fiscalizao (Lei n 5.172, de 1966, art. 196, pargrafo nico).2oQuando os termos forem lavrados em separado, deles se entregar, pessoa sujeita fiscalizao, cpia autenticada pela autoridade aduaneira (Lei n 5.172, de 1966, art. 196, pargrafo nico).Art.24.No exerccio de suas atribuies, a autoridade aduaneira ter livre acesso (Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, art. 36, 2o):I-a quaisquer dependncias do porto e s embarcaes, atracadas ou no; eII-aos locais onde se encontrem mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas.Pargrafonico.Para o desempenho das atribuies referidas no caput, a autoridade aduaneira poder requisitar papis, livros e outros documentos, bem como o apoio de fora pblica federal, estadual ou municipal, quando julgar necessrio (Lei n 8.630, de 1993, art. 36, 2).Art.25.A estrutura, competncia, denominao, sede e jurisdio das unidades da Secretaria da Receita Federal do Brasil que desempenham as atividades aduaneiras sero reguladas em ato do Ministro de Estado da Fazenda.TTULO IIDO CONTROLE ADUANEIRO DE VECULOSCAPTULO IDAS NORMAS GERAISSeo IDas Disposies PreliminaresArt.26.A entrada ou a sada de veculos procedentes do exterior ou a ele destinados s poder ocorrer em porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado.1oO controle aduaneiro do veculo ser exercido desde o seu ingresso no territrio aduaneiro at a sua efetiva sada, e ser estendido a mercadorias e a outros bens existentes a bordo, inclusive a bagagens de viajantes.2oO titular da unidade aduaneira jurisdicionante poder autorizar a entrada ou a sada de veculos por porto, aeroporto ou ponto de fronteira no alfandegado, em casos justificados, e sem prejuzo do disposto no 1o.Art.27. proibido ao condutor de veculo procedente do exterior ou a ele destinado:I-estacionar ou efetuar operaes de carga ou descarga de mercadoria, inclusive transbordo, fora de local habilitado;II-trafegar no territrio aduaneiro em situao ilegal quanto s normas reguladoras do transporte internacional correspondente sua espcie; eIII-desvi-lo da rota estabelecida pela autoridade aduaneira, sem motivo justificado.Art.28. proibido ao condutor do veculo coloc-lo nas proximidades de outro, sendo um deles procedente do exterior ou a ele destinado, de modo a tornar possvel o transbordo de pessoa ou mercadoria, sem observncia das normas de controle aduaneiro.Pargrafonico.Excetuam-se da proibio prevista no caput, os veculos:I-de guerra, salvo se utilizados no transporte comercial;II-das reparties pblicas, em servio;III-autorizados para utilizao em operaes porturias ou aeroporturias, inclusive de transporte de passageiros e tripulantes; eIV-que estejam prestando ou recebendo socorro.Art.29.O ingresso em veculo procedente do exterior ou a ele destinado ser permitido somente aos tripulantes e passageiros, s pessoas em servio, devidamente identificadas, e s pessoas expressamente autorizadas pela autoridade aduaneira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 38).Art.30.Quando conveniente aos interesses da Fazenda Nacional, poder ser determinado, pela autoridade aduaneira, o acompanhamento fiscal de veculo pelo territrio aduaneiro.Seo IIDa Prestao de Informaes pelo TransportadorArt.31.O transportador deve prestar Secretaria da Receita Federal do Brasil, na forma e no prazo por ela estabelecidos, as informaes sobre as cargas transportadas, bem como sobre a chegada de veculo procedente do exterior ou a ele destinado (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 37, caput, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).1oAo prestar as informaes, o transportador, se for o caso, comunicar a existncia, no veculo, de mercadorias ou de pequenos volumes de fcil extravio.2oO agente de carga, assim considerada qualquer pessoa que, em nome do importador ou do exportador, contrate o transporte de mercadoria, consolide ou desconsolide cargas e preste servios conexos, e o operador porturio tambm devem prestar as informaes sobre as operaes que executem e as respectivas cargas (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 37, 1, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).Art.32.Aps a prestao das informaes de que trata o art. 31, e a efetiva chegada do veculo ao Pas, ser emitido o respectivo termo de entrada, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.Pargrafonico.As operaes de carga, descarga ou transbordo em embarcaes procedentes do exterior somente podero ser executadas depois de prestadas as informaes referidas no art. 31 (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 37, 2, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).Art.33.As empresas de transporte internacional que operem em linha regular, por via area ou martima, devero prestar informaes sobre tripulantes e passageiros, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, art. 28, caput).Pargrafonico.O disposto no caput poder ser estendido a outras vias de transporte, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).Seo IIIDa Busca em VeculosArt.34.A autoridade aduaneira poder proceder a buscas em qualquer veculo para prevenir e reprimir a ocorrncia de infrao legislao aduaneira, inclusive em momento anterior prestao das informaes referidas no art. 31 (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 37, 4, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).1oA busca a que se refere o caput ser precedida de comunicao, verbal ou por escrito, ao responsvel pelo veculo.2oA Secretaria da Receita Federal do Brasil dispor sobre os casos excepcionais em que ser realizada a visita a embarcaes, prevista no art. 32 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966 (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 37, 3, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).Art.35.A autoridade aduaneira poder determinar a colocao de lacres nos compartimentos que contenham os volumes ou as mercadorias a que se refere o 1o do art. 31 e na situao de que trata o 1o do art. 37, podendo adotar outras medidas de controle fiscal.Art.36.Havendo indcios de falsa declarao de contedo, a autoridade aduaneira poder determinar a descarga de volume ou de unidade de carga, para a devida verificao, lavrando-se termo.Seo IVDo Controle dos Sobressalentes e das Provises de BordoArt.37.As mercadorias includas em listas de sobressalentes e provises de bordo devero corresponder, em quantidade e qualidade, s necessidades do servio de manuteno do veculo e de uso ou consumo de sua tripulao e dos passageiros.1oAs mercadorias mencionadas no caput, que durante a permanncia do veculo na zona primria no forem necessrias aos fins indicados, sero depositadas em compartimento fechado, o qual poder ser aberto somente na presena da autoridade aduaneira ou aps a sada do veculo do local.2oA critrio da autoridade aduaneira, poder ser dispensada a cautela prevista no 1o, se a permanncia do veculo na zona primria for de curta durao.Art.38.A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar o funcionamento de lojas, bares e instalaes semelhantes, em embarcaes, aeronaves e outros veculos empregados no transporte internacional, de modo a impedir a venda de produtos sem o atendimento ao disposto na legislao aduaneira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 40).Seo VDas Unidades de CargaArt.39. livre, no Pas, a entrada e a sada de unidades de carga e seus acessrios e equipamentos, de qualquer nacionalidade, bem como a sua utilizao no transporte domstico (Lei no 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, art. 26).1oAplica-se automaticamente o regime de admisso temporria ou de exportao temporria aos bens referidos no caput.2oPoder ser exigida a prestao de informaes para fins de controle aduaneiro sobre os bens referidos no caput, nos termos estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil.3oEntende-se por unidade de carga, para os efeitos deste artigo, qualquer equipamento adequado unitizao de mercadorias a serem transportadas, sujeitas a movimentao de forma indivisvel (Lei n 9.611, 1998, art. 24, caput).Seo VIDa Identificao de Volumes no Transporte de PassageirosArt.40.O transportador de passageiros, no caso de veculo em viagem internacional ou que transite por zona de vigilncia aduaneira, fica obrigado a identificar os volumes transportados como bagagem em compartimento isolado dos viajantes e seus respectivos proprietrios (Lei n 10.833, de 2003, art. 74, caput).1oNo caso de transporte terrestre de passageiros, a identificao referida no caput tambm se aplica aos volumes portados pelos passageiros no interior do veculo (Lei n 10.833, de 2003, art. 74, 1).2oAs mercadorias transportadas no compartimento comum de bagagens ou de carga do veculo, que no constituam bagagem identificada dos passageiros, devem estar acompanhadas do respectivo conhecimento de transporte (Lei n 10.833, de 2003, art. 74, 2).3oPresume-se de propriedade do transportador, para efeitos fiscais, a mercadoria transportada sem a identificao do respectivo proprietrio, nos termos deste artigo (Lei n 10.833, de 2003, art. 74, 3).4oCompete Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar os procedimentos necessrios para fins de cumprimento do disposto neste artigo (Lei n 10.833, de 2003, art. 74, 4).CAPTULO IIDO MANIFESTO DE CARGAArt.41.A mercadoria procedente do exterior, transportada por qualquer via, ser registrada em manifesto de carga ou em outras declaraes de efeito equivalente (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 39, caput).Art.42.O responsvel pelo veculo apresentar autoridade aduaneira, na forma e no momento estabelecidos em ato normativo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, o manifesto de carga, com cpia dos conhecimentos correspondentes, e a lista de sobressalentes e provises de bordo (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 39, caput).1oSe for o caso, o responsvel pelo veculo apresentar, em complemento aos documentos a que se refere o caput, relao das unidades de carga vazias existentes a bordo, declarao de acrscimo de volume ou mercadoria em relao ao manifesto e outras declaraes ou documentos de seu interesse.2oO conhecimento de carga dever identificar a unidade de carga em que a mercadoria por ele amparada esteja contida.Art.43.Para cada ponto de descarga no territrio aduaneiro, o veculo dever trazer tantos manifestos quantos forem os locais, no exterior, em que tiver recebido carga.Pargrafonico.A no-apresentao de manifesto ou declarao de efeito equivalente, em relao a qualquer ponto de escala no exterior, ser considerada declarao negativa de carga.Art.44.O manifesto de carga conter:I-a identificao do veculo e sua nacionalidade;II-o local de embarque e o de destino das cargas;III-o nmero de cada conhecimento;IV-a quantidade, a espcie, as marcas, o nmero e o peso dos volumes;V-a natureza das mercadorias;VI-o consignatrio de cada partida;VII-a data do seu encerramento; eVIII-o nome e a assinatura do responsvel pelo veculo.Art.45.A carga eventualmente embarcada aps o encerramento do manifesto ser includa em manifesto complementar, que dever conter as mesmas informaes previstas no art. 44.Art.46.Para efeitos fiscais, qualquer correo no conhecimento de carga dever ser feita por carta de correo dirigida pelo emitente do conhecimento autoridade aduaneira do local de descarga, a qual, se aceita, implicar correo do manifesto.1oA carta de correo dever estar acompanhada do conhecimento objeto da correo e ser apresentada antes do incio do despacho aduaneiro.2oA carta de correo apresentada aps o incio do despacho aduaneiro, at o desembarao da mercadoria, poder ainda ser apreciada, a critrio da autoridade aduaneira, e no implica denncia espontnea.3oO cumprimento do disposto nos 1o e 2o no elide o exame de mrito do pleito, para fins de aceitao da carta de correo pela autoridade aduaneira.Art.47.No caso de divergncia entre o manifesto e o conhecimento, prevalecer este, podendo a correo daquele ser feita de ofcio.Art.48.Se objeto de conhecimento regularmente emitido, a omisso de volume em manifesto de carga poder ser suprida mediante a apresentao da mercadoria sob declarao escrita do responsvel pelo veculo, anteriormente ao conhecimento da irregularidade pela autoridade aduaneira.Art.49.Para efeitos fiscais, no sero consideradas, no manifesto, ressalvas que visem a excluir a responsabilidade do transportador por extravios ou acrscimos.Art.50. obrigatria a assinatura do emitente nas averbaes, nas ressalvas, nas emendas ou nas entrelinhas lanadas nos conhecimentos e manifestos.Art.51.A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder estabelecer normas sobre a traduo do manifesto de carga e de outras declaraes de efeito equivalente, escritos em idioma estrangeiro.Art.52.A competncia para autorizar descarga de mercadoria em local diverso do indicado no manifesto da autoridade aduaneira do novo destino, que comunicar o fato unidade com jurisdio sobre o local para onde a mercadoria estava manifestada.Art.53.O manifesto ser submetido conferncia final para apurao da responsabilidade por eventuais diferenas quanto a extravio ou a acrscimo de mercadoria (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 39, 1).CAPTULO IIIDAS NORMAS ESPECFICASSeo IDos Veculos MartimosArt.54.Os transportadores, bem como os agentes autorizados de embarcaes procedentes do exterior, devero informar autoridade aduaneira dos portos de atracao, na forma e com a antecedncia mnima estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, a hora estimada de sua chegada, a sua procedncia, o seu destino e, se for o caso, a quantidade de passageiros.Art.55.O responsvel pelo veculo dever apresentar, alm dos documentos exigidos no art. 42, as declaraes de bagagens dos viajantes, se exigidas pelas normas especficas, e a lista dos pertences da tripulao, como tais entendidos os bens e objetos de uso pessoal componentes de sua bagagem.Pargrafonico.Nos portos seguintes ao primeiro de entrada, ser ainda exigido o passe de sada do porto da escala anterior.Seo IIDos Veculos AreosArt.56.Os agentes ou os representantes de empresas de transporte areo devero informar autoridade aduaneira dos aeroportos, com a antecedncia mnima estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, os horrios previstos para a chegada de aeronaves procedentes do exterior.Art.57.Os volumes transportados por via area sero identificados por etiqueta prpria, que conter o nome da empresa transportadora, o nmero do conhecimento de carga areo, a quantidade e a numerao dos volumes neste compreendidos, os aeroportos de procedncia e de destino e o nome do consignatrio.Art.58.As aeronaves procedentes do exterior que forem obrigadas a realizar pouso de emergncia fora de aeroporto alfandegado ficaro sujeitas ao controle da autoridade aduaneira com jurisdio sobre o local da aterrissagem, a quem o responsvel pelo veculo comunicar a ocorrncia.Pargrafonico.A bagagem dos viajantes e a carga ficaro sob a responsabilidade da empresa transportadora at que sejam satisfeitas as formalidades de desembarque e descarga ou tenha prosseguimento o vo.Art.59.As aeronaves de aviao geral ou no engajadas em servio areo regular, quando procedentes do exterior, ficam submetidas, no que couber, s normas desta Seo.Pargrafonico.Os responsveis por aeroportos so obrigados a comunicar autoridade aduaneira jurisdicionante a chegada das aeronaves a que se refere o caput, imediatamente aps a sua aterrissagem.Seo IIIDos Veculos TerrestresArt.60.Quando a mercadoria for destinada a local interior do territrio aduaneiro e deva para l ser conduzida no mesmo veculo procedente do exterior, a conferncia aduaneira dever, sempre que possvel, ser feita sem descarga.Pargrafonico.Aplica-se o disposto no caput mercadoria destinada ao exterior por via terrestre.Art.61.No caso de partida que constitua uma s importao e que no possa ser transportada num nico veculo, ser permitido o seu fracionamento em lotes, devendo cada veculo apresentar seu prprio manifesto e o conhecimento de carga do total da partida.1oA entrada, no territrio aduaneiro, dos lotes subsequentes ao primeiro dever ocorrer dentro de trinta dias contados do incio do despacho de importao. (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).2oA autoridade aduaneira local poder, em casos justificados, estabelecer prazo superior ao previsto no 1o.3oDescumprido o prazo de que trata o 1o ou o estabelecido com base no 2o, o clculo dos tributos correspondentes aos lotes subseqentes ser refeito com base na legislao vigente data da sua efetiva entrada.4oO conhecimento de que trata o caput ser apresentado por cpia, a partir do segundo lote, uma para cada um dos veculos, com averbao da quantidade de volumes ou de mercadorias de cada um dos lotes.5oCada manifesto ter sua conferncia realizada separadamente, sem prejuzo da apurao final de eventuais extravios ou acrscimos em relao quantidade submetida a despacho de importao.Art.62.A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder estabelecer procedimentos de controle aduaneiro para o trfego de veculos nas localidades fronteirias do Brasil com outros pases.CAPTULO IVDA DESCARGA E DA CUSTDIA DA MERCADORIAArt.63.A mercadoria descarregada de veculo procedente do exterior ser registrada pelo transportador, ou seu representante, e pelo depositrio, na forma e no prazo estabelecidos pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.1 O volume que, ao ser descarregado, apresentar-se quebrado, com diferena de peso, com indcios de violao ou de qualquer modo avariado, dever ser objeto de conserto e pesagem, fazendo-se, ato contnuo, a devida anotao no registro de descarga, pelo depositrio. (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)2 A autoridade aduaneira poder determinar a aplicao de cautelas fiscais e o isolamento dos volumes em local prprio do recinto alfandegado, inclusive nos casos de extravio ou avaria.(Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)CAPTULO VDAS DISPOSIES FINAISArt.64.O veculo ser tomado como garantia dos dbitos fiscais, inclusive os decorrentes de multas que sejam aplicadas ao transportador ou ao seu condutor (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 39, 2).1oEnquanto no concludos os procedimentos fiscais destinados a verificar a existncia de eventuais dbitos para com a Fazenda Nacional, a autoridade aduaneira poder permitir a sada do veculo, mediante termo de responsabilidade firmado pelo representante do transportador, no Pas (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 39, 3, com a redao dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 1o).2oA exigncia do crdito tributrio constitudo em termo de responsabilidade, na forma do 1o, ser feita de acordo com o disposto nos arts. 761 a 766.Art.65.A autoridade aduaneira poder impedir a sada, da zona primria, de qualquer veculo que no haja satisfeito s exigncias legais ou regulamentares (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 42).Pargrafonico.Poder ser vedado o acesso, a locais ou recintos alfandegados, de veculos cuja permanncia possa ser considerada inconveniente aos interesses da Fazenda Nacional.Art.66.O responsvel por embarcao de recreio, aeronave particular ou veculo de competio que entrar no Pas por seus prprios meios dever apresentar-se unidade aduaneira do local habilitado de entrada, no prazo de vinte e quatro horas, para a adoo dos procedimentos aduaneiros pertinentes.Art.67.O disposto neste Ttulo aplica-se tambm aos veculos militares, quando utilizados no transporte de mercadoria (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 43).Art.68.A Secretaria da Receita Federal do Brasil poder, no mbito de sua competncia, editar atos normativos para a implementao do disposto neste Ttulo.LIVRO IIDOS IMPOSTOS DE IMPORTAO E DE EXPORTAOTTULO IDO IMPOSTO DE IMPORTAOCAPTULO IDA INCIDNCIAArt.69.O imposto de importao incide sobre mercadoria estrangeira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, caput, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1).Pargrafonico.O imposto de importao incide, inclusive, sobre bagagem de viajante e sobre bens enviados como presente ou amostra, ou a ttulo gratuito (Decreto no 1.789, de 12 de janeiro de 1996, art. 62).Art.70.Considera-se estrangeira, para fins de incidncia do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao Pas, salvo se (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 1, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1):I-enviada em consignao e no vendida no prazo autorizado;II-devolvida por motivo de defeito tcnico, para reparo ou para substituio;III-por motivo de modificaes na sistemtica de importao por parte do pas importador;IV-por motivo de guerra ou de calamidade pblica; ouV-por outros fatores alheios vontade do exportador.Pargrafonico.Sero ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as mquinas, os veculos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peas, os acessrios e os componentes, de fabricao nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execuo de obras contratadas no exterior, na hiptese de retornarem ao Pas (Decreto-Lei no 1.418, de 3 de setembro de 1975, art. 2o, caput e 2).Art.71.O imposto no incide sobre:I-mercadoria estrangeira que, corretamente descrita nos documentos de transporte, chegar ao Pas por erro inequvoco ou comprovado de expedio, e que for redestinada ou devolvida para o exterior;II-mercadoria estrangeira idntica, em igual quantidade e valor, e que se destine a reposio de outra anteriormente importada que se tenha revelado, aps o desembarao aduaneiro, defeituosa ou imprestvel para o fim a que se destinava, desde que observada a regulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda;III-mercadoria estrangeira que tenha sido objeto da pena de perdimento, exceto na hiptese em que no seja localizada, tenha sido consumida ou revendida (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 4, inciso III, com a redao dada pela Lei no 10.833, de 2003, art. 77);IV-mercadoria estrangeira devolvida para o exterior antes do registro da declarao de importao, observada a regulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda;V-embarcaes construdas no Brasil e transferidas por matriz de empresa brasileira de navegao para subsidiria integral no exterior, que retornem ao registro brasileiro, como propriedade da mesma empresa nacional de origem (Lei no 9.432, de 8 de janeiro de 1997, art. 11, 10);VI-mercadoria estrangeira avariada ou que se revele imprestvel para os fins a que se destinava, desde que seja destruda sob controle aduaneiro, antes do desembarao aduaneiro, sem nus para a Fazenda Nacional (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 4, inciso I, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77); eVI-mercadoria estrangeira destruda, sob controle aduaneiro, sem nus para a Fazenda Nacional, antes de desembaraada (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 4, inciso I, com a redao dada pela Lei n 12.350, de 2010, art. 40); e (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)VII-mercadoria estrangeira em trnsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruda (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 4, inciso II, com a redao dada pela Lei n 10.833, de 2003, art. 77).1oNa hiptese do inciso I do caput:I-ser dispensada a verificao da correta descrio, quando se tratar de remessa postal internacional destinada indevidamente por erro do correio de procedncia; eII-considera-se erro inequvoco de expedio, aquele que, por sua evidncia, demonstre destinao incorreta da mercadoria.2oA mercadoria a que se refere o inciso I do caput poder ser redestinada ou devolvida ao exterior, inclusive aps o respectivo desembarao aduaneiro, observada a regulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda. 2-A. A autoridade aduaneira poder indeferir a solicitao da destruio a que se refere o inciso VI do caput, com base em legislao especfica. (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)3o Ser cancelado o eventual lanamento de crdito tributrio relativo a remessa postal internacional:I-destruda por deciso da autoridade aduaneira;II-liberada para devoluo ao correio de procedncia; ouIII-liberada para redestinao para o exterior.CAPTULO IIDO FATO GERADORArt.72.O fato gerador do imposto de importao a entrada de mercadoria estrangeira no territrio aduaneiro (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, caput, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1). 1 Para efeito de ocorrncia do fato gerador, considera-se entrada no territrio aduaneiro a mercadoria que conste como importada e cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 1, 2 com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1). (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)2oO disposto no 1o no se aplica s malas e s remessas postais internacionais.3oAs diferenas percentuais de mercadoria a granel, apuradas na verificao da mercadoria, no curso do despacho aduaneiro, no sero consideradas para efeitos de exigncia do imposto, at o limite de um por cento (Lei no 10.833, de 2003, art. 66).4 O disposto no 3 no se aplica hiptese de diferena percentual superior a um por cento. (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art.73. Para efeito de clculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 23, caput e pargrafo nico, este com a redao dada pela Lei n 12.350, de 2010, art. 40): (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)I-na data do registro da declarao de importao de mercadoria submetida a despacho para consumo;II-no dia do lanamento do correspondente crdito tributrio, quando se tratar de:a)bens contidos em remessa postal internacional no sujeitos ao regime de importao comum;b)bens compreendidos no conceito de bagagem, acompanhada ou desacompanhada;c)mercadoria constante de manifesto ou de outras declaraes de efeito equivalente, cujo extravio tenha sido verificado pela autoridade aduaneira; ou (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)d)mercadoria estrangeira que no haja sido objeto de declarao de importao, na hiptese em que tenha sido consumida ou revendida, ou no seja localizada; (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).III-na data do vencimento do prazo de permanncia da mercadoria em recinto alfandegado, se iniciado o respectivo despacho aduaneiro antes de aplicada a pena de perdimento da mercadoria, na hiptese a que se refere o inciso XXI do art. 689 (Lei no 9.779, de 19 de janeiro de 1999, art. 18, caput e pargrafo nico); ou (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).IV-na data do registro da declarao de admisso temporria para utilizao econmica (Lei no 9.430, de 1996, art. 79, caput). (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).Pargrafonico.O disposto no inciso I aplica-se, inclusive, no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributao, e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importao comum.Art.74.No constitui fato gerador do imposto a entrada no territrio aduaneiro:I-do pescado capturado fora das guas territoriais do Pas, por empresa localizada no seu territrio, desde que satisfeitas as exigncias que regulam a atividade pesqueira; eII-de mercadoria qual tenha sido aplicado o regime de exportao temporria, ainda que descumprido o regime (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 92, 4, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1).Pargrafonico.Na hiptese de descumprimento de que trata o inciso II, aplica-se a multa referida no art. 724.CAPTULO IIIDA BASE DE CLCULOSeo IDas Disposies PreliminaresArt.75.A base de clculo do imposto (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 2, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1, e Acordo sobre a Implementao do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio-GATT 1994-Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto no 1.355, de 30 de dezembro de 1994):I-quando a alquota for ad valorem, o valor aduaneiro apurado segundo as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio-GATT 1994; eII-quando a alquota for especfica, a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida estabelecida.Seo IIDo Valor AduaneiroArt.76.Toda mercadoria submetida a despacho de importao est sujeita ao controle do correspondente valor aduaneiro.Pargrafonico.O controle a que se refere o caput consiste na verificao da conformidade do valor aduaneiro declarado pelo importador com as regras estabelecidas no Acordo de Valorao Aduaneira.Art.77.Integram o valor aduaneiro, independentemente do mtodo de valorao utilizado (Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 8, pargrafos 1 e 2, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto no 1.355, de 1994; e Norma de Aplicao sobre a Valorao Aduaneira de Mercadorias, Artigo 7o, aprovado pela Deciso CMC no 13, de 2007, internalizada pelo Decreto no 6.870, de 4 de junho de 2009): (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).I-o custo de transporte da mercadoria importada at o porto ou o aeroporto alfandegado de descarga ou o ponto de fronteira alfandegado onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no territrio aduaneiro;II-os gastos relativos carga, descarga e ao manuseio, associados ao transporte da mercadoria importada, at a chegada aos locais referidos no inciso I; eIII-o custo do seguro da mercadoria durante as operaes referidas nos incisos I e II.Art.78.Quando a declarao de importao se referir a mercadorias classificadas em mais de um cdigo da Nomenclatura Comum do Mercosul:I-o custo do transporte de cada mercadoria ser obtido mediante a diviso do valor total do transporte proporcionalmente aos pesos lquidos das mercadorias; eII-o custo do seguro de cada mercadoria ser obtido mediante a diviso do valor total do seguro proporcionalmente aos valores das mercadorias, carregadas, no local de embarque.Art.79.No integram o valor aduaneiro, segundo o mtodo do valor de transao, desde que estejam destacados do preo efetivamente pago ou a pagar pela mercadoria importada, na respectiva documentao comprobatria (Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 8, pargrafo 2, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n 1.355, de 1994):I-os encargos relativos construo, instalao, montagem, manuteno ou assistncia tcnica, relacionados com a mercadoria importada, executados aps a importao; eII-os custos de transporte e seguro, bem como os gastos associados ao transporte, incorridos no territrio aduaneiro, a partir dos locais referidos no inciso I do art. 77.Art.80.Os juros devidos em razo de contrato de financiamento firmado pelo importador e relativos compra de mercadorias importadas no sero considerados como parte do valor aduaneiro, desde que (Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 18, pargrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n 1.355, de 1994; e Deciso 3.1 do Comit de Valorao Aduaneira, aprovada em 12 de maio de 1995):I-sejam destacados do preo efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias;II-o contrato de financiamento tenha sido firmado por escrito; eIII-o importador possa comprovar que:a)as mercadorias sejam vendidas ao preo declarado como o efetivamente pago ou por pagar; eb)a taxa de juros negociada no exceda o nvel usualmente praticado nesse tipo de transao no momento e no pas em que tenha sido concedido o financiamento.Pargrafonico.O disposto no caput aplica-se:I-independentemente de o financiamento ter sido concedido pelo vendedor, por uma instituio bancria ou por outra pessoa fsica ou jurdica; eII-ainda que a mercadoria seja valorada segundo um mtodo diverso daquele baseado no valor de transao.Art.81.O valor aduaneiro de suporte fsico que contenha dados ou instrues para equipamento de processamento de dados ser determinado considerando unicamente o custo ou valor do suporte propriamente dito (Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 18, pargrafo 1, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n 1.355, de 1994; e Deciso 4.1 do Comit de Valorao Aduaneira, aprovada em 12 de maio de 1995).1oPara efeitos do disposto no caput, o custo ou valor do suporte fsico ser obrigatoriamente destacado, no documento de sua aquisio, do custo ou valor dos dados ou instrues nele contidos.2oO suporte fsico referido no caput no compreende circuitos integrados, semicondutores e dispositivos similares, ou bens que contenham esses circuitos ou dispositivos.3oOs dados ou instrues referidos no caput no compreendem as gravaes de som, de cinema ou de vdeo.Art.82.A autoridade aduaneira poder decidir, com base em parecer fundamentado, pela impossibilidade da aplicao do mtodo do valor de transao quando (Acordo de Valorao Aduaneira, Artigo 17, aprovado pelo Decreto Legislativo no 30, de 1994, e promulgado pelo Decreto n 1.355, de 1994):I-houver motivos para duvidar da veracidade ou exatido dos dados ou documentos apresentados como prova de uma declarao de valor; eII-as explicaes, documentos ou provas complementares apresentados pelo importador, para justificar o valor declarado, no forem suficientes para esclarecer a dvida existente.Pargrafonico.Nos casos previstos no caput, a autoridade aduaneira poder solicitar informaes administrao aduaneira do pas exportador, inclusive o fornecimento do valor declarado na exportao da mercadoria.Art.83.Na apurao do valor aduaneiro, sero observadas as seguintes reservas, feitas aos pargrafos 4 e 5 do Protocolo Adicional ao Acordo sobre a Implementao do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comrcio, de 12 de abril de 1979 (Acordo sobre a Implementao do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comrcio, aprovado pelo Decreto Legislativo no 9, de 8 de maio de 1981, e promulgado pelo Decreto no 92.930, de 16 de julho de 1986):I-a inverso da ordem de aplicao dos mtodos previstos nos Artigos 5 e 6 do Acordo de Valorao Aduaneira somente ser aplicada com a aquiescncia da autoridade aduaneira; eII-as disposies do Artigo 5, pargrafo 2, do Acordo de Valorao Aduaneira, sero aplicadas de conformidade com a respectiva nota interpretativa, independentemente de solicitao do importador.Seo IIIDas Disposies FinaisArt.84.O valor aduaneiro ser apurado com base em mtodo substitutivo ao valor de transao, no caso de descumprimento de obrigao referida no caput do art. 18, se relativo aos documentos comprobatrios da relao comercial ou aos respectivos registros contbeis, quando houver dvida sobre o valor aduaneiro declarado (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, inciso I, alnea a).Art.85.Na apurao do valor aduaneiro, presume-se a vinculao entre as partes na transao comercial quando, em razo de legislao do pas do vendedor ou da prtica de artifcio tendente a ocultar informaes, no for possvel (Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 87):I-conhecer ou confirmar a composio societria do vendedor, de seus responsveis ou dirigentes; ouII-verificar a existncia, de fato, do vendedor.Art.86.A base de clculo dos tributos e demais direitos incidentes ser determinada mediante arbitramento do preo da mercadoria nas seguintes hipteses:I-fraude, sonegao ou conluio, quando no for possvel a apurao do preo efetivamente praticado na importao (Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 88, caput); eII-descumprimento de obrigao referida no caput do art. 18, se relativo aos documentos obrigatrios de instruo das declaraes aduaneiras, quando existir dvida sobre o preo efetivamente praticado (Lei n 10.833, de 2003, art. 70, inciso II, alnea a).Pargrafonico.O arbitramento de que trata o caput ser realizado com base em um dos seguintes critrios, observada a ordem seqencial (Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 88, caput; e Lei n 10.833, de 2003, art. 70, inciso II, alnea a):I-preo de exportao para o Pas, de mercadoria idntica ou similar; ouII-preo no mercado internacional, apurado:a)em cotao de bolsa de mercadoria ou em publicao especializada;b)mediante mtodo substitutivo ao do valor de transao, observado ainda o princpio da razoabilidade; ouc)mediante laudo expedido por entidade ou tcnico especializado.Art.87.Para fins de determinao do valor dos bens que integram a bagagem, ser considerado o valor de sua aquisio, vista da fatura ou documento de efeito equivalente (Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, Artigo 4o, inciso 1, aprovado pela Deciso CMC no 53, de 2008, internalizada pelo Decreto n 6.870, de 2009).(Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Pargrafonico.Na falta do valor mencionado no caput, por inexistncia ou por inexatido da fatura ou documento de efeito equivalente, ser considerado o valor que, em carter geral, estabelecer a autoridade aduaneira (Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, Artigo 4o, inciso 2, aprovado pela Deciso CMC no 53, de 2008, internalizada pelo Decreto no 6.870, de 2009). (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Art.88.Na apurao do valor tributvel da mercadoria importada por trfego postal, ser tambm considerado, como subsdio, o valor indicado pelo remetente na declarao prevista na legislao postal, para entrega unidade aduaneira.Art.89. No caso de avaria, o valor aduaneiro da mercadoria ser reduzido proporcionalmente ao prejuzo, para efeito de clculo do imposto, a pedido do interessado (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 25, caput, com a redao dada pela Lei n 12.350, de 2010, art. 40). (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)CAPTULO IVDO CLCULOSeo IDa Alquota do ImpostoArt.90.O imposto ser calculado pela aplicao das alquotas fixadas na Tarifa Externa Comum sobre a base de clculo de que trata o Captulo III deste Ttulo (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 22).Pargrafonico.O disposto no caput no se aplica:I-s remessas postais internacionais e encomendas areas internacionais, quando aplicado o regime de tributao simplificada de que tratam os arts. 99 e 100 (Decreto-Lei n 1.804, de 3 de setembro de 1980, art. 1, 2); (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)II-aos bens conceituados como bagagem de viajante procedente do exterior, ou adquiridos em lojas francas de chegada, quando aplicado o regime de tributao especial de que tratam os arts. 101 e 102 (Decreto-Lei n 2.120, de 14 de maio de 1984, art. 2); e (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)III -s mercadorias procedentes da Repblica do Paraguai, importadas por via terrestre, quando aplicado o regime de tributao unificada de que trata o art. 102-A (Lei n 11.898, de 8 de janeiro de 2009, art. 10). (Includo pelo Decreto n 8.010, de 2013)Art.91.O imposto poder ser calculado pela aplicao de alquota especfica, ou pela conjugao desta com a alquota ad valorem, conforme estabelecido em legislao prpria (Lei n 3.244, de 14 de agosto de de 1957, art. 2, caput, com a redao dada pelo Decreto-Lei no 2.434, de 19 de maio de 1988, art. 9o).Pargrafonico.A alquota especfica poder ser determinada em moeda nacional ou estrangeira (Lei n 3.244, de 1957, art. 2, pargrafo nico, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.434, de 1988, art. 9).Art.92.Compete Cmara de Comrcio Exterior alterar as alquotas do imposto de importao, observadas as condies e os limites estabelecidos em lei (Lei no 8.085, de 23 de outubro de 1990, art. 1o, caput e pargrafo nico, este com a redao dada pela Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 52).Art.93.Os bens importados, inclusive com alquota zero por cento do imposto de importao, esto sujeitos aos tributos internos, nos termos das respectivas legislaes (Lei no 8.032, de 12 de abril de 1990, art. 7o).Art.94.A alquota aplicvel para o clculo do imposto a correspondente ao posicionamento da mercadoria na Tarifa Externa Comum, na data da ocorrncia do fato gerador, uma vez identificada sua classificao fiscal segundo a Nomenclatura Comum do Mercosul.Pargrafonico.Para fins de classificao das mercadorias, a interpretao do contedo das posies e desdobramentos da Nomenclatura Comum do Mercosul ser feita com observncia das Regras Gerais para Interpretao, das Regras Gerais Complementares e das Notas Complementares e, subsidiariamente, das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Designao e de Codificao de Mercadorias, da Organizao Mundial das Aduanas (Decreto-Lei no 1.154, de 1o de maro de 1971, art. 3o, caput)Art.95.Quando se tratar de mercadoria importada ao amparo de acordo internacional firmado pelo Brasil, prevalecer o tratamento nele previsto, salvo se da aplicao das normas gerais resultar tributao mais favorvel.Art.96.As alquotas negociadas no Acordo Geral sobre Tarifas e Comrcio so extensivas s importaes de mercadorias originrias de pases da Associao Latino-Americana de Integrao, a menos que nesta tenham sido negociadas em nvel mais favorvel.Seo IIDa Taxa de CmbioArt.97.Para efeito de clculo do imposto, os valores expressos em moeda estrangeira devero ser convertidos em moeda nacional taxa de cmbio vigente na data em que se considerar ocorrido o fato gerador (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 24, caput).Pargrafonico.Compete ao Ministro de Estado da Fazenda alterar a forma de fixao da taxa de cmbio a que se refere o caput (Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, art. 106).Seo IIIDa Tributao das Mercadorias no IdentificadasArt.98.Na impossibilidade de identificao da mercadoria importada, em razo de seu extravio ou consumo, e de descrio genrica nos documentos comerciais e de transporte disponveis, sero aplicadas, para fins de determinao dos impostos e dos direitos incidentes, as alquotas de cinqenta por cento para o clculo do imposto de importao e de cinqenta por cento para o clculo do imposto sobre produtos industrializados (Lei no 10.833, de 2003, art. 67, caput).1oNa hiptese de que trata o caput, a base de clculo do imposto de importao ser arbitrada em valor equivalente mdia dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a ttulo definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declaraes registradas no semestre anterior, includos os custos do transporte e do seguro internacionais, acrescida de duas vezes o correspondente desvio padro estatstico (Lei n 10.833, de 2003, art. 67, 1).2oNa falta de informao sobre o peso da mercadoria, deve ser adotado o peso lquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte (Lei n 10.833, de 2003, art. 67, 2).Seo IVDo Regime de Tributao SimplificadaArt.99.O regime de tributao simplificada o que permite a classificao genrica, para fins de despacho de importao, de bens integrantes de remessa postal internacional, mediante a aplicao de alquotas diferenciadas do imposto de importao, e iseno do imposto sobre produtos industrializados, da contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao (Decreto-Lei n 1.804, de 1980, art. 1, caput e 2; e Lei no 10.865, de 30 de abril de 2004, art. 9o, inciso II, alnea c).Pargrafonico.Compete ao Ministrio da Fazenda:I-estabelecer os requisitos e as condies a serem observados na aplicao do regime de tributao simplificada (Decreto-Lei n 1.804, de 1980, art. 1, 4); eII-definir a classificao genrica dos bens e as alquotas correspondentes (Decreto-Lei n 1.804, de 1980, art. 1, 2).Art.100.O disposto nesta Seo poder ser estendido s encomendas areas internacionais transportadas ao amparo de conhecimento de carga, observada a regulamentao editada pelo Ministrio da Fazenda (Decreto-Lei n 1.804, de 1980, art. 2, pargrafo nico; e Lei n 10.865, de 2004, art. 9, inciso II, alnea c).Pargrafonico.Na hiptese de encomendas areas internacionais destinadas a pessoa fsica, haver iseno da contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao (Lei n 10.865, de 2004, art. 9, inciso II, alnea b).Seo VDo Regime de Tributao EspecialArt.101.O regime de tributao especial o que permite o despacho de bens integrantes de bagagem mediante a exigncia to somente do imposto de importao, calculado pela aplicao da alquota de cinquenta por cento sobre o valor do bem, apurado em conformidade com o disposto no art. 87 (Decreto-Lei no 2.120, de 1984, art. 2o, caput; Lei no 10.865, de 2004, art. 9o, inciso II, alnea c; e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, Artigos 12, inciso 1, e 13, aprovado pela Deciso CMC no 53, de 2008, internalizada pelo Decreto no 6.870, de 2009). (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Art.102.Aplica-se o regime de tributao especial aos bens:I-compreendidos no conceito de bagagem, no montante que exceder o limite de valor global a que se refere o inciso III do art. 157 (Decreto-Lei no 2.120, de 1984, art. 2o, caput; e Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, Artigo 13, aprovado pela Deciso CMC no 53, de 2008, internalizada pelo Decreto no 6.870, de 2009); e (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).II-adquiridos em lojas francas de chegada, no montante que exceder o limite de iseno a que se refere o art. 169 (Regime Aduaneiro de Bagagem no Mercosul, Artigo 14, aprovado pela Deciso CMC no 53, de 2008, internalizada pelo Decreto no 6.870, de 2009). (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Seo V-A Do Regime de Tributao Unificada(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).Art.102-A.O regime de tributao unificada o que permite a importao, por via terrestre, de mercadorias procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado do imposto de importao, do imposto sobre produtos industrializados, da contribuio para o PIS/PASEP-Importao e da COFINS-Importao, observado o limite mximo de valor por habilitado, conforme estabelecido em ato normativo especfico (Lei no 11.898, de 8 de janeiro de 2009, arts. 1o, 2o e 9o).(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).1oPodero ser importadas ao amparo do regime de que trata o caput somente as mercadorias relacionadas em ato normativo especfico (Lei no 11.898, de 2009, art. 3o, caput).(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).2o vedada a incluso no regime de que trata o caput de quaisquer mercadorias que no sejam destinadas ao consumidor final, bem como de armas e munies, fogos de artifcios, explosivos, bebidas, inclusive alcolicas, cigarros, veculos automotores em geral e embarcaes de todo tipo, inclusive suas partes e peas, medicamentos, pneus, bens usados e bens com importao suspensa ou proibida no Brasil (Lei no 11.898, de 2009, art. 3o, pargrafo nico).(Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).3oO habilitado no far jus a qualquer benefcio fiscal de iseno ou de reduo dos impostos e contribuies referidos no caput, bem como de reduo de alquotas ou bases de clculo (Lei no 11.898, de 2009, art. 9o, 2o). (Includo pelo Decreto n 7.213, de 2010).Seo VIDas Disposies FinaisArt.103.No caso dos bens a que se refere o pargrafo nico do art. 70, o imposto ser apurado com base no valor residual, calculado em conformidade com a escala de depreciao aplicada ao valor constante do registro de exportao ou de documento de efeito equivalente (Decreto-Lei n 1.418, de 1975, art. 2, 1, alnea c, e 2).Pargrafonico.Compete ao Ministro de Estado da Fazenda fixar os prazos e os percentuais da escala de depreciao, bem como estabelecer as normas para aplicao do disposto no caput (Decreto-Lei n 1.418, de 1975, art. 2, 2).CAPTULO VDOS CONTRIBUINTES E DOS RESPONSVEISArt.104. contribuinte do imposto (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 31, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1):I-o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no territrio aduaneiro;II-o destinatrio de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; eIII-o adquirente de mercadoria entrepostada.Art.105. responsvel pelo imposto:I-o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, caput, inciso I, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1);II-o depositrio, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custdia de mercadoria sob controle aduaneiro (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, caput, inciso II, com a redao dada pelo Decreto-Lei n 2.472, de 1988, art. 1); ouIII-qualquer outra pessoa que a lei assim designar.Art.106. responsvel solidrio:I-o adquirente ou o cessionrio de mercadoria beneficiada com iseno ou reduo do imposto (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, pargrafo nico, inciso I, com a redao dada pela Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 77);II-o representante, no Pas, do transportador estrangeiro (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, pargrafo nico, inciso II, com a redao dada pela Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 77);III-o adquirente de mercadoria de procedncia estrangeira, no caso de importao realizada por sua conta e ordem, por intermdio de pessoa jurdica importadora (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, pargrafo nico, alnea c, com a redao dada pela Lei n 11.281, de 20 de fevereiro de 2006, art. 12);IV-o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedncia estrangeira de pessoa jurdica importadora (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 32, pargrafo nico, alnea d, com a redao dada pela Lei n 11.281, de 2006, art. 12);V-o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realizao do transporte multimodal (Lei no 9.611, de 1998, art. 28, caput);VI-o beneficirio de regime aduaneiro suspensivo destinado industrializao para exportao, no caso de admisso de mercadoria no regime por outro beneficirio, mediante sua anuncia, com vistas execuo de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado (Lei no 10.833, de 2003, art. 59, caput); eVII-qualquer outra pessoa que a lei assim designar.1oA Secretaria da Receita Federal do Brasil poder (Medida Provisria n 2.158-35, de 2001, art. 80; e Lei no 11.281, de 2006, art. 11, 1o):I-estabelecer requisitos e condies para a atuao de pessoa jurdica importadora:a)por conta e ordem de terceiro; oub)que adquira mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado; eII-exigir prestao de garantia como condio para a entrega de mercadorias, quando o valor das importaes for incompatvel com o capital social ou o patrimnio lquido do importador, do adquirente ou do encomendante.2oA operao de comrcio exterior realizada mediante utilizao de recursos de terceiro presume-se por conta e ordem deste, para fins de aplicao do disposto no inciso III do caput e no 1o (Lei no 10.637, de 2002, art. 27).3oA importao promovida por pessoa jurdica importadora que adquire mercadorias no exterior para revenda a encomendante predeterminado no configura importao por conta e ordem de terceiros (Lei no 11.281, de 2006, art. 11, caput).4oConsidera-se promovida na forma do 3o a importao realizada com recursos prprios da pessoa jurdica importadora, participando ou no o encomendante das operaes comerciais relativas aquisio dos produtos no exterior (Lei no 11.281, de 2006, art. 11, 3o, com a redao dada pela Lei n 11.452, de 2007, art. 18).5oA operao de comrcio exterior realizada em desacordo com os requisitos e condies estabelecidos na forma da alnea b do inciso I do 1o presume-se por conta e ordem de terceiros (Lei no 11.281, de 2006, art. 11, 2o).6oA Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar a aplicao dos regimes aduaneiros suspensivos de que trata o inciso VI do caput e estabelecer os requisitos, as condies e a forma de admisso das mercadorias, nacionais ou importadas, no regime (Lei no 10.833, de 2003, art. 59, 2o).CAPTULO VIDO PAGAMENTO E DO DEPSITOArt.107.O imposto ser pago na data do registro da declarao de importao (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 27).Pargrafonico.O Ministro de Estado da Fazenda poder fixar, em casos especiais, outros momentos para o pagamento do imposto.Art.108.A importncia a pagar ser a resultante da apurao do total do imposto, na declarao de importao ou em documento de efeito equivalente.Art.109.O depsito para garantia de qualquer natureza ser feito na Caixa Econmica Federal, na forma da legislao especfica.CAPTULO VIIDA RESTITUIO E DA COMPENSAOSeo IDa RestituioArt.110.Caber restituio total ou parcial do imposto pago indevidamente, nos seguintes casos:I-diferena, verificada em ato de fiscalizao aduaneira, decorrente de erro (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 28, inciso I):a)de clculo;b)na aplicao de alquota; ec)nas declaraes quanto ao valor aduaneiro ou quantidade de mercadoria;II-verificao de extravio ou de avaria (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 28, caput, inciso II); (Redao dada pelo Decreto n 8.010, de 2013)III-verificao de que o contribuinte, poca do fato gerador, era beneficirio de iseno ou de reduo concedida em carter geral, ou j havia preenchido as condies e os requisitos exigveis para concesso de iseno ou de reduo de carter especial (Lei no 5.172, de 1966, art. 144, caput); eIV-reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria (Lei n 5.172, de 1966, art. 165, inciso III).1oNa hiptese de que trata o inciso II, a restituio independer de prvia indenizao, por parte do responsvel, da importncia devida Fazenda Nacional.2oCaber, ainda, restituio do imposto pago, relativamente ao perodo em que o regime de admisso temporria para utilizao econmica, referido no art. 373, houver sido concedido e no gozado, em razo do retorno antecipado dos bens (Lei no 5.172, de 1966, art. 165, inciso I; e Lei no 9.430, de 1996, art. 79, caput).Art.111.A restituio total ou parcial do imposto acarreta a restituio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, desde que estas tenham sido calculadas com base no imposto anteriormente pago (Lei no 5.172, de 1966, art. 167, caput).Art.112.A restituio do imposto pago indevidamente poder ser feita de ofcio, a requerimento, ou mediante utilizao do crdito na compensao de dbitos do importador, observado o disposto no art. 113, e atendidas as normas estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 28, 1; e Lei no 9.430, de 1996, art. 74, com a redao dada pela Lei n 10.637, de 2002, art. 49).Pargrafonico.O protesto do importador, quanto a erro sobre quantidade ou qualidade de mercadoria, ou quando ocorrer avaria, dever ser apresentado antes da sada desta do recinto alfandegado, salvo quando, a critrio da autoridade aduaneira, houver inequvoca demonstrao do alegado (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 28, 2o).Seo IIDa CompensaoArt.113.O importador que apurar crdito relativo ao imposto, passvel de restituio ou de ressarcimento, poder utiliz-lo na compensao de dbitos prprios relativos a quaisquer tributos e contribuies administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (Lei n 9.430, de 1996, art. 74, caput, com a redao dada pela Lei n 10.637, de 2002, art. 49).1oO crdito apurado pelo importador, nos termos do caput, no poder ser utilizado para compensar crdito tributrio, relativo a tributos ou contribuies, devido no momento do registro da declarao de importao (Lei n 9.430, de 1996, art. 74, 3, inciso II, com a redao dada pela Lei n 10.637, de 2002, art. 49).2oA Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar o disposto neste artigo (Lei n 9.430, de 1996, art. 74, 14, com a redao dada pela Lei n 11.051, de 29 de dezembro de 2004, art. 4).CAPTULO VIIIDAS ISENES E DAS REDUES DO IMPOSTOSeo IDas Disposies PreliminaresArt.114.Interpreta-se literalmente a legislao tributria que dispuser sobre a outorga de iseno ou de reduo do imposto de importao (Lei no 5.172, de 1966, art. 111, inciso II).Art.115.A iseno ou a reduo do imposto somente ser reconhecida quando decorrente de lei ou de ato internacional.Art.116.Os bens objeto de iseno ou de reduo do imposto, em decorrncia de acordos internacionais firmados pelo Brasil, tero o tratamento tributrio neles previsto (Lei no 8.032, de 1990, art. 6o).Art.117.O tratamento aduaneiro decorrente de ato internacional aplica-se exclusivamente mercadoria originria do pas beneficirio (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 8o).1oRespeitados os critrios decorrentes de ato internacional de que o Brasil seja parte, tem-se por pas de origem da mercadoria aquele onde houver sido produzida ou, no caso de mercadoria resultante de material ou de mo-de-obra de mais de um pas, aquele onde houver recebido transformao substancial (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 9).2oEntende-se por processo de transformao substancial o que conferir nova individualidade mercadoria.Art.118.Observadas as excees previstas em lei ou neste Decreto, a iseno ou a reduo do imposto somente beneficiar mercadoria sem similar nacional e transportada em navio de bandeira brasileira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 17; e Decreto-Lei no 666, de 2 de julho de 1969, art. 2o, caput).Art.119.A concesso e o reconhecimento de qualquer incentivo ou benefcio fiscal relativo ao imposto ficam condicionados comprovao pelo contribuinte, pessoa fsica ou jurdica, da quitao de tributos e contribuies federais (Lei no 9.069, de 29 de junho de 1995, art. 60).Pargrafonico.O disposto no caput no se aplica: (Redao dada pelo Decreto n 7.315, de 2010)I-s importaes efetuadas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territrios e pelos Municpios; e (Includo pelo Decreto n 7.315, de 2010)II-s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo poder pblico, relativamente s importaes vinculadas a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. (Includo pelo Decreto n 7.315, de 2010)Art.120.No caso de descumprimento dos requisitos e das condies para fruio das isenes ou das redues de que trata este Captulo, o beneficirio ficar sujeito ao pagamento dos tributos que deixarem de ser recolhidos na importao, com os acrscimos legais e penalidades cabveis, conforme o caso, calculados da data do registro da declarao de importao (Decreto-Lei no 37, de 1966, arts. 11 e 12; Lei no 4.502, de 1964, art. 9o, 1o, com a redao dada pela Lei no 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 37, inciso II; e Lei no 11.945, de 4 de junho de 2009, art. 22). (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).Seo IIDo Reconhecimento da Iseno ou da ReduoArt.121.O reconhecimento da iseno ou da reduo do imposto ser efetivado, em cada caso, pela autoridade aduaneira, com base em requerimento no qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou em contrato para sua concesso (Lei no 5.172, de 1966, art. 179, caput).1oO reconhecimento referido no caput no gera direito adquirido e ser revogado de ofcio, sempre que se apure que o beneficirio no satisfazia ou deixou de satisfazer as condies ou no cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concesso do benefcio, cobrando-se o crdito acrescido de juros de mora (Lei n 5.172, de 1966, arts. 155, caput, e 179, 2o):I-com imposio da penalidade cabvel, nos casos de dolo ou simulao do beneficiado, ou de terceiro em benefcio daquele; ouII-sem imposio de penalidade nos demais casos.2oA iseno ou a reduo poder ser requerida na prpria declarao de importao.3oO requerimento de benefcio fiscal incabvel no acarreta a perda de benefcio diverso.4oO Ministro de Estado da Fazenda disciplinar os casos em que se poder autorizar o desembarao aduaneiro, com suspenso do pagamento de tributos, de mercadoria objeto de iseno ou de reduo concedida por rgo governamental ou decorrente de acordo internacional, quando o benefcio estiver pendente de aprovao ou de publicao do respectivo ato regulamentador (Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 12).Art.122.Na hiptese de no ser concedido o benefcio fiscal pretendido, para a mercadoria declarada e apresentada a despacho aduaneiro, sero exigidos o imposto correspondente e os acrscimos legais cabveis.Art.123.As disposies desta Seo aplicam-se, no que couber, a toda importao beneficiada com iseno ou com reduo do imposto, salvo expressa disposio de lei em contrrio.Seo IIIDa Iseno ou da Reduo Vinculada Qualidade do ImportadorArt.124.Quando a iseno ou a reduo for vinculada qualidade do importador, a transferncia de propriedade ou a cesso de uso dos bens, a qualquer ttulo, obriga ao prvio pagamento do imposto (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 11, caput).Pargrafonico.O disposto no caput no se aplica aos bens transferidos ou cedidos:I-a pessoa ou a entidade que goze de igual tratamento tributrio, mediante prvia deciso da autoridade aduaneira (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 11, pargrafo nico, inciso I);II-aps o decurso do prazo de trs anos, contados da data do registro da declarao de importao, no caso de bens objeto da iseno a que se referem as alneas c e d do inciso I do art. 136 (Decreto-Lei n 1.559, de 29 de junho de 1977, art. 1); eIII-aps o decurso do prazo de cinco anos, contados da data do registro da declarao de importao, nos demais casos (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 11, pargrafo nico, inciso II).Art.125.A autoridade aduaneira poder, a qualquer tempo, promover as diligncias necessrias para assegurar o controle da transferncia dos bens objeto de iseno ou de reduo.Art.126.Na transferncia de propriedade ou na cesso de uso de bens objeto de iseno ou de reduo, o imposto ser reduzido proporcionalmente depreciao do valor dos bens em funo do tempo decorrido, contado da data do registro da declarao de importao (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 26).1oA depreciao do valor dos bens objeto da iseno a que se referem as alneas c e d do inciso I do art. 136, quando exigvel o pagamento do imposto, obedecer aos seguintes percentuais (Decreto-Lei n 1.559, de 1977, art. 1):I-de mais de doze e at vinte e quatro meses, trinta por cento; eII-de mais de vinte e quatro e at trinta e seis meses, setenta por cento.2oA depreciao para os demais bens, inclusive os automveis de que trata o art. 187, obedecer aos seguintes percentuais (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 26; e Decreto-Lei n 1.455, de 7 de abril de 1976, art. 2, 1 e 3):I-de mais de doze e at vinte e quatro meses, vinte e cinco por cento;II-de mais de vinte e quatro e at trinta e seis meses, cinqenta por cento;III-de mais de trinta e seis e at quarenta e oito meses, setenta e cinco por cento; eIV-de mais de quarenta e oito e at sessenta meses, noventa por cento.3oNo sero depreciados os bens que normalmente aumentam de valor com o tempo.Art.127.Se os bens objeto de iseno ou de reduo forem danificados por incndio ou por qualquer outro sinistro, o imposto ser reduzido proporcionalmente ao valor do prejuzo.1oPara habilitar-se reduo de que trata o caput, o interessado dever apresentar laudo pericial do rgo oficial competente, do qual devero constar as causas e os efeitos do sinistro.2oCaso no seja possvel quantificar o prejuzo com base no laudo de que trata o 1o, a autoridade aduaneira solicitar percia, nos termos do art. 813.Art.128.No ser concedida a reduo proporcional referida no art. 127 quando ficar comprovado que o sinistro:I-ocorreu por culpa ou dolo do proprietrio ou usurio dos bens; ouII-resultou de os bens haverem sido utilizados com infringncia ao disposto no art. 124 ou em finalidade diversa daquela que motivou a iseno ou a reduo do imposto.Art.129.No caso de transferncia de propriedade ou cesso de uso de bens que, antes de decorridos os prazos a que se referem os incisos II e III do pargrafo nico do art. 124, se tenham tornado inservveis, mas possuam ainda valor residual, o imposto ser calculado com base nesse valor, observado o disposto no 2o do art. 127.Art.130.Nos casos de transferncia de propriedade ou cesso de uso de bens objeto da iseno a que se referem as alneas c e d do inciso I do art. 136, nenhuma iseno ou reduo do imposto poder ser concedida em decorrncia de reciprocidade de tratamento.Art.131.Quando se tratar de venda ou de cesso de veculo automotor objeto de iseno do imposto, o registro da transferncia de propriedade, no rgo competente, s poder ser efetuado, pelo adquirente ou pelo cessionrio, vista de declarao da autoridade aduaneira de achar-se o veculo liberado, quer pelo pagamento do imposto devido, quer por fora do disposto no pargrafo nico do art. 124.Seo IVDa Iseno ou da Reduo Vinculada Destinao dos BensArt.132.A iseno ou a reduo do imposto, quando vinculada destinao dos bens, ficar condicionada comprovao posterior do seu efetivo emprego nas finalidades que motivaram a concesso (Decreto-Lei n 37, de 1966, art. 12).Art.133.A comprovao a que se refere o art. 132 ser feita, quando necessria, com percia, nos termos do art. 813.Art.134.Perder o direito iseno ou reduo quem deixar de empregar os bens nas finalidades que motivaram a concesso, exigindo-se o imposto a partir da data do registro da correspondente declarao de importao (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 12; Lei no 4.502, de 1964, art. 9o, 1o, com a redao dada pela Lei n 9.532, de 1997, art. 37, inciso II; e Lei no 10.865, de 2004, art. 11).Pargrafonico.Se os bens deixarem de ser utilizados nas finalidades que motivaram a concesso, em virtude de terem sido danificados por incndio ou por qualquer outro sinistro, o pagamento do imposto devido obedecer ao disposto no art. 127.Art.135.Desde que mantidas as finalidades que motivaram a concesso e mediante prvia deciso da autoridade aduaneira, poder ser transferida a propriedade ou cedido o uso dos bens antes de decorrido o prazo de cinco anos a que se refere o inciso III do pargrafo nico do art. 124, contados da data do registro da correspondente declarao de importao.Seo VDas Isenes e das Redues DiversasArt.136.So concedidas isenes ou redues do imposto de importao:I-s importaes realizadas:a)pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal, pelos Territrios, pelos Municpios e pelas respectivas autarquias (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso I, alnea a; e Lei n 8.402, de 8 de janeiro de 1992, art. 1, inciso IV);b)pelos partidos polticos e pelas instituies de educao ou de assistncia social (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso I, alnea b; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);c)pelas misses diplomticas e reparties consulares de carter permanente e pelos respectivos integrantes (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso I, alnea c; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);d)pelas representaes de organismos internacionais de carter permanente, inclusive os de mbito regional, dos quais o Brasil seja membro, e pelos respectivos integrantes (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso I, alnea d; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);e)pelas instituies cientficas e tecnolgicas e por cientistas e pesquisadores (Lei n 8.010, de 29 de maro de 1990, art. 1; Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso I, alnea e e f, esta com a redao dada pela Lei n 10.964, de 28 de outubro de 2004, art. 3; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV); ee)pelas instituies cientficas e tecnolgicas e por cientistas e pesquisadores (Lei no 8.010, de 29 de maro de 1990, art. 1o, com a redao dada pela Lei no 10.964, de 28 de outubro de 2004, art. 1; Lei no 8.032, de 1990, art. 2o, inciso I, alneas e e f, esta com a redao dada pela Lei no 10.964, de 2004, art. 3o; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso IV); (Redao dada pelo Decreto n 7.213, de 2010).II-aos casos de:a)importao de livros, jornais, peridicos e do papel destinado sua impresso (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso II, alnea a; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV); (Revogado pelo Decreto n 7.213, de 2010).b)amostras e remessas postais internacionais, sem valor comercial (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso II, alnea b; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);c)remessas postais e encomendas areas internacionais, destinadas a pessoa fsica (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso II, alnea c; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);d)bagagem de viajantes procedentes do exterior ou da Zona Franca de Manaus (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso II, alnea d; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);e)bens adquiridos em loja franca, no Pas (Lei n 8.032, de 1990, art. 2, inciso II, alnea e; e Lei n 8.402, de 1992, art. 1, inciso IV);f)bens trazidos do exterior, no comrcio caracterstico das cidades situadas nas frontei