aspectos da toxicologia

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A toxicologia insere-se na área da analítica, tendo como principal objetivo a detecção e quantificação de substâncias tóxicas. As atividades dos profissionais atuantes nos laboratórios de análises forenses é auxiliar nas causas processuais penais, obtendo através de seus conhecimentos científicos a veracidade da provas colhidas nas cenas dos crimes , mas também nos dias atuais pode ser feita em vivo, ou seja, em pessoas. E tem por finalidade rastrear e confirmar o estado de toxicodependência de indivíduos, com o objetivo de ajudar os órgãos públicos na fiscalização de uso de entorpecentes e no combate ao narcotráfico.As perícias toxicológicas auxiliam na busca pela verdade no âmbito judicial, existem diversos tipos de amostras que podem ser analisadas na toxicologia forense, tais como:órgãos, fluídos biológicos, produtos orgânicos e inorgânicos. A análise deve obter como resultado à detecção de substâncias químicas exógenas ( Xenobióticos ). Os métodos são formulados com rastreabilidade, quantificações e interpretações que passam por um rigoroso processo de triagem.As técnicas laboratórios que são aplicadas vão das mais clássicas e antigas, não instrumentais, como: volumétricas ou colorimétricas, até as de tecnologia avançada de hoje que utilizam a sofisticação dos aparelhos analíticos, tendo como exemplos: espectrometria de absorção molecular, infravermelho, IR ou de absorção. Cromatografia: gasosa e líquida. Imunoquímica com ELISA, radioimunoensaios e fluorescência polarizada. Os laudos finais das análises são apresentados em forma de relatório onde devem constar:

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Page 1: Aspectos Da Toxicologia

A toxicologia  insere-se na área da analítica, tendo como principal objetivo a

detecção e quantificação de substâncias tóxicas. As atividades dos

profissionais atuantes nos laboratórios de análises forenses é auxiliar nas

causas processuais penais, obtendo através de seus conhecimentos científicos

a veracidade da provas colhidas nas cenas dos crimes , mas também  nos dias

atuais pode ser feita em vivo, ou seja, em pessoas. E tem por finalidade

rastrear e confirmar o estado de toxicodependência de indivíduos, com o

objetivo de ajudar os órgãos públicos na fiscalização de uso de entorpecentes

e no combate ao narcotráfico.As perícias toxicológicas auxiliam na busca pela

verdade no âmbito judicial, existem diversos tipos de amostras que podem ser

analisadas na toxicologia forense, tais como:órgãos, fluídos biológicos,

produtos orgânicos e inorgânicos. A análise deve obter como resultado à

detecção de substâncias químicas exógenas ( Xenobióticos ). Os métodos são

formulados com rastreabilidade, quantificações e interpretações que passam

por um rigoroso processo de triagem.As técnicas laboratórios que são

aplicadas vão das mais clássicas e antigas, não instrumentais, como:

volumétricas ou colorimétricas, até as de tecnologia avançada de hoje que

utilizam a sofisticação dos aparelhos analíticos, tendo como exemplos:

espectrometria de absorção molecular, infravermelho, IR ou de absorção.

Cromatografia: gasosa e líquida. Imunoquímica com ELISA, radioimunoensaios

e fluorescência polarizada. Os laudos finais das análises são apresentados em

forma de relatório onde devem constar: informações de identificação do

processo, entidade requisitante, método analítico utilizado, parâmetros das

análises, datas de recepção da amostra, amostra analisada, estado da amostra

e conclusão dos exames. Após todo esse processo o relatório e enviado ao

perito médico que solicitou a perícia, consequentemente sendo remetido à

entidade requisitante. No laboratório do Instituto Geral de Perícias do Rio

Grande do Sul (IGP-RS), são analisadas cerca de três mil amostras a cada

mês. Viviane Fassina,  supervisora do setor de toxicologia forense, explica que

o trabalho está baseado nas questões que devem ser respondidas; por

exemplo: o delegado questiona alguns itens, a perícia é realizada e

consequentemente às dúvidas são esclarecidas quando não ocorre nenhum

problema técnico. O tempo de cada análise varia, as rotineiras como: THC e

Cocaína  por exemplo, são mais rápidas, demoram cerca de uma semana, já

Page 2: Aspectos Da Toxicologia

contando com à burocracia posterior. A sazonalidade se faz presente nesta

área, os períodos de pico são no verão, feriados e final do ano; onde entram

mais amostras do que o normal, álcool e psicotrópicos na urina, vísceras e

veneno demoram mais para serem detectadas e devem ser solicitadas por um

médico legista, pois são análises especiais. O curso de formação de perito

forense dura em média oito meses. Nesse período ele deve aprender a lidar

com o que vai encontrar diariamente, como: cadáveres em estado avançado de

decomposição, partes do corpo humano, psicotrópicos, substâncias ilícitas e

etc. Segundo José Almirall, PHD em química e coordenador do programa de

ciências forenses da universidade de Miami, explica que os requisitos básicos

para se tornar um profissional dessa área são: saber fazer uso das teorias

aprendidas para análises específicas e ter uma base química sólida, contudo

ser expert em química analítica não é o suficiente, no Brasil é preciso primeiro

passar por concurso público e as atividades são restritas às policias civil e

federal.A área da toxicologia forense conta com diversas ferramentas para

auxilia-lá, dentre elas podemos citar a Cadeia de Custódia (CC), que é um

processo utilizado para manter e documentar a história cronológica da

evidência, garante a idoneidade e o rastreamento das evidências utilizadas nos

processos judiciais. O principal objetivo e estabelecer um controle sobre todas

a fases do processo como: rastrear a posse e o manuseio das amostras à partir

do  preparo do recipiente, coletor, da coleta, do transporte, do recebimento e da

análise, portanto refere-se ao tempo em curso no qual a amostra está sendo

manuseada e inclui todas as pessoas que a manusearam. Este controle que é

utilizado para registrar informações de campo, de laboratório e das pessoas

que entram em contato com a amostra, é um trabalho de equipe que  envolve

todas as partes  internas e externas do laboratório de análises toxicológicas

forenses. Nesta área as amostras são na maiorias das vezes únicas e a perda

das mesmas significa um prejuízo, na medida que pode inviabilizar ou

prejudicar a análise. Como consequência. A (CC) permite minimizar a

possibilidade de extravios e danos das amostras, desde a sua coleta nos

pontos de amostragem até o ponto final da fase analítica. A implantação com

sucesso de um programa de (CC) depende de sua inclusão nas diretrizes

políticas da instituição, na medida que isto signifique seu total

comprometimento e consequente apoio para a continuidade do processo

Page 3: Aspectos Da Toxicologia

judicial. No Brasil o código processo penal descreve uma séries de

procedimentos neste sentido, que adequadamente empregados conferem

qualidades ao serviços. Entretanto existem outros fatores relacionados a

processualísticas penal que influenciam em sua qualidade, o que tornam

importante focos de estudo para a melhoria desse serviço. A revisão dos

artigos até o momento abordou toda parte estrutural e mostrou características

de perfil para um profissional em atuação no dia a dia de um laboratório de

análises forenses, seguindo o raciocínio veremos às análises e aplicações das

técnicas começando pelo método de extração de DNA, que tem por finalidade

identificar cadáveres, com esse método o que levaria três dias, agora é feito

em cinquenta segundos. Um farmacêutico e duas acadêmicas de farmácia são

personagens centrais desta história de inovação cientifica, que está trazendo

ganhos inestimáveis. Hemerson Bertassoni, perito do instituto de criminalística

do Paraná e coordenador do curso de farmácia da Universidade Positivo,

localizada em Curitiba - PR e suas alunas: Luiza Gobor e Daphne Manuela

Toledo pesquisaram um método de extração de DNA de ossos para identificar

cadáveres muito mais rápido, comparado com os que é utilizado no mundo

inteiro nos dias atuais. O resultado do trabalho dos três está dando uma incrível

agilidade à elucidação de crimes e a condução de inquéritos policiais, dotando

a justiça de meios para esclarecer a investigação policial rapidamente. A

extração de DNA de ossos humanos é uma atividade trabalhosa, complexa e

nem sempre possível, à avançada degradação das amostras de células pode

frustrar o trabalho do perito e dificultar a elucidação do crime. A pesquisa das

duas alunas de farmácia, supervisionadas por Bertassoni,utiliza um

equipamento francês denominado Precéles vinte e quatro, que foi criado para

colher o DNA de tecidos vegetais. Hemerson dirigiu o estudo baseado na

técnica de precessão, o que aconteceu graças ao equipamento. A precessão é

um fenômeno físico explicado pela mudança do eixo de rotação de um objeto,

ao aplicar o método o farmacêutico e suas alunas foram premidos com a

seguinte surpresa : sete amostras das oito analisadas deram positivas,

salientando que pelo antigo método clássico não apresentaram resultado

algum, ou seja, noventa por cento das amostras foram amplificadas pelo DNA,

com isso, foi possível a identificação dos corpos. Com a nova técnica além de

um índice de acerto infinitamente superior, a rapidez que se obtém na

Page 4: Aspectos Da Toxicologia

produção dos perfis genéticos que levam a identificação dos cadáveres é muito

grande, o reconhecimento do novo método é enorme, conquistou expressão

internacional e uma das maiores empresas européias de biotecnologia em

saúde: Bertin Technologies, já o utiliza. Outra técnica de  extração de DNA e a 

de leucócitos periféricos, é o meio de obtenção de DNA mais amplamente

utilizado. Entretanto, a coleta de células a partir de swab oral, geralmente

utilizada em medicina forense, é útil para obtenção de amostras de DNA de

recém-nascidos, crianças e de pacientes que vivem em locais onde a coleta e o

envio da amostra de sangue não é factível,.

Principais substâncias envolvidas na analítica forense.

Nesta etapa da revisão o trabalho mostrará como são feitas as análises das

drogas mais utilizadas  no cotidiano. A primeira será o opiáceo, uso desta

substância é descrito desde tempos pré-históricos, sendo encontradas

referências em documentos: egípcios, gregos e persas há mais de 6.000 anos,

o termo opióide é aplicado a qualquer substância, seja endógena ou sintética,

que apresenta  em graus variados  propriedades similares às da morfina,

derivada do ópio, muito utilizada desde a medicina na antiguidade como melhor

alternativa para combate das dores e que também e utilizada pelo narcotráfico,

onde os laboratórios clandestinos através de técnicas de acetilação de uma

hidroxila a convertem em heroína, droga ilícita utilizadas principalmente por

pessoas de classe média, atuando no centro respiratório podendo causar

severas depressões respiratórias e cardíacas, podendo levar até a morte. O

método de escolha para sua identificação é o colorimétrico, tanto do ópio,

morfina, heroína e codeína. Consiste em um deposto de uma pequena

quantidade da substância suspeita em uma placa de Apot, adicionando água

em quantidade suficiente para solubilizar a amostra e trituração se necessário,

adicionando uma gota de reagente de Marquis, solução contendo dez gotas de

formaldeído trinta e sete por cento em solução de dez mililitros de  ácido

acético glacial e a seguir uma gota de ácido sulfúrico concentrado. O resultado

é a formação de uma cor púrpura indicando a possível presença de opiáceo

Barbitúricos: Sintetizado por Johann Frederich Willeln e Adolf Von Baeyer,

que em 1864, desenvolveram um novo composto desprovido de ação

Page 5: Aspectos Da Toxicologia

farmacológica, a malonuluréia (ácido barbitúrico), mas que seria o precursor de

uma classe de medicamentos largamente utilizados nas primeiras décadas do

século vinte como sedativo-hipnótico, indutores anestésicos, amnésticos e

anticonvulsivante, conhecidos posteriormente como barbitúrico.            

Suicidas que haviam obviamente usado combinações de drogas

recomendadas pelo EXIT (Uma organização que advoga a liberdade dos

indivíduos de decidir sobre sua própria vida e a natureza de sua morte. Nos

suicidas do EXIT usualmente barbitúricos e anticolinérgicos foram utilizados

conjuntamente, o barbitúrico mais utilizado curiosamente foi aquele que havia

sido excluído do mercado.  A intoxicação, que lembra a embriagues por álcool,

é caracterizada inicialmente por fala empastada, ataxia, cefaléia, nistagmo e

confusão mental, com progressão há vários graus de coma, perda total do

reflexo; pode haver hipotermia, depressão respiratória e contratilidade

miocárdica, ocorrendo óbito por parada cardiorrespiratória. Métodos analíticos:

as forma farmacêuticas de barbitúricos comercializada no Brasil são as sólidas,

pós, comprimidos e soluções injetáveis. Os compostos podem apresentar-se

na forma “cito”, sendo  portanto, solúveis em solventes orgânicos ou com sal

sódico, solúveis em água, ou seja, os teste são basicamente de solubilidade

sendo sólidos cristalinos incolores, com ponto de fusão entre 96 e 205°C.

Benzodiazepínicos: Em meados de 1958 o químico polonês Leo Stembach

que através de suas pesquisas desenvolveu uma das classes de

medicamentos mais importantes e mais utilizadas no mundo, os

benzodiazepínicos. Utilizados no tratamento da ansiedade  e insônia, dotados

de uma maior margem de segurança e menos efeitos colaterais, ocuparam o

lugar dos barbitúricos. Estão associados a um terço dos casos de tentativas de

suicídios em algumas das regiões de nosso país. Em relação ao todo as

drogas psicotrópicas representam (78,7%) de todas as drogas utilizadas os

benzodiazepinicos foram os mais utilizados (38,9%), seguida pelos barbituratos

(16,6%) e antidepressivos (13,6%). Os benzodiazepínicos mais utilizados

foram: Flunitrazepam, Diazepam e Triazolam; em vinte e sete atestados de

óbitos os benzodiazepínicos foram citados como única droga utilizada para o

suicídio. Numa pesquisa retrospectiva da prevalência de benzodiazepínicos no

sangue na hora da morte. Das 2007 autopsias, analises químicas forenses

Page 6: Aspectos Da Toxicologia

foram realizadas em 1587 casos. Em 159 destes casos foi apontada a

presença de benzodiazepínicos. Destes 159 casos, 22 foram considerados

relacionados a causas naturais, e nas outras 115 mortes foram relacionadas a

causas externas como acidentes (16), suicídio (60), drogadição (29) ou

alcoolismo (10). O uso de múltiplas drogas benzodiazepínicas foi encontrado

em 37 casos. Em quatro casos a única causa de morte foi a overdose de

benzodiazepinicos. O estudo concluiu que alguns benzodiazepinicos

particularmente flunitrazepam, podem ser mais tóxicos do que é suposto

formalmente, os principais efeitos observados com o uso da droga são:

sedação, letargia, comprometimento do discernimento e diminuição da

capacidade motora. Método analíticos: os benzodiazepínicos são solúveis em

solventes orgânicos e não necessitam de procedimentos muito complexos para

sua extração os materiais analisados são: alimentos, conteúdo estomacal,

comprimidos previamente triturados e soluções injetáveis; todos suspendidos

em solvente orgânico, clorado preferencialmente; podendo também a

suspensão ser submetida a agitação mecânica por alguns minutos, cinco a dez

mais precisamente e em seguida filtrada. Após a extração a solução é

transferida para um recipiente previamente tarado e evapora-se o solvente da

solução orgânica e calculando a massa do material obtido, por último: diluições

são realizadas na amostra que por fim é colocada em cromatográfia  aquosa

acoplado como espectrofotômetro de massa.

Anfetaminas:grupo de substância compostas pela anfetamina e seus

derivados, quimicamente apresentam o esqueleto básico da B-fenetilamina e

atuam como aminas simpatomiméticas. A primeira anfetamina foi sintetizada

em 1887, mas somente à partir da década de 1920 foi largamente utilizada com

fins terapêuticos nos tratamentos da obesidade, narcolepsia (irresistível

tendência para o sono), hipotensão e síndrome de hiperatividade infantil. No

início da década de 1940 houve abuso do uso de anfetamina, a substância

encontrava-se presente em quantidades altas em inalantes comercializados

como descongestionantes nasais, durante a segunda guerra mundial foram

usadas pelos militares, nesta época, foram realizadas pesquisas para sinterizar

substâncias que pudessem retardar o aparecimento de fadiga nos soldados.

Anfetamina é o protótipo de uma série de drogas sintéticas,  que atuam sobre o

Page 7: Aspectos Da Toxicologia

sistema nervoso central, gerando aumento da atividade mental, euforia e

incremento da resistência à fadiga e da capacidade de concentração, além de

melhorar a disposição geral. Em conseqüência, é utilizada para tratar casos de

depressão e de narcolepsia, doença caracterizada por uma irresistível

tendência ao sono. Outros tratamento em que também se emprega a

anfetamina são os de desintoxicação de alcoólatras e, pela capacidade que

tem essa droga de eliminar o apetite  nas dietas de emagrecimento, possui

como caracteristicas físico químicas uma mistura racêmica apresentando-se

como liquido incolor, com odor fraco e sabor acre,  preparação mais usada é o

sulfato de anfetamina. O sulfato de dextroanfetamina é a mais ativa das duas

formas isoméricas, isto é, que têm a mesma composição química, mas uma

distribuição espacial diferente da anfetamina produzindo os mesmos efeitos

terapêuticos, apresenta a vantagem de provocar menor número de efeitos

secundários indesejáveis, hoje se encontra proibida : RDC n°51-06/10/2011. O

PerventinR ( metanfetamina) foi desenvolvido na Alemanha e usado pelos

pilotos de vôos noturno e por soldados durante longas marchas realizadas. No

pós guerra, as anfetaminas foram muito utilizadas no Japão e  EUA, este uso

se dava em alternância com barbitúricos; na década de 1960, passou a ser a

droga da moda de preferência de toda uma geração. Foi e é ainda comum o

seu uso entre jogadores de futebol americano e beisebol, corredores,

nadadores e jóqueis. O uso abusivo pode causar, distúrbios neurológicos,

cardiovasculares e respiratórios. O método analítico utilizados é o colorimétrico,

com reativos de Marquis, Silmon e por fim à cromatografia de camada delgada

(CCD) que por sua vez usa os eluentes compostos de: metanol, ciclohexano e

metiletilcetona. Reveladores: UV a 254nm, reativo de ninhedrina – 0,1% em

isopropanol; reativo de iodoplatinato e reativo de potássio preto.

Ecstasy: (MDMA)-metilenodioximetanfetamina, é comercializada ilegalmente

sob formas de comprimidos com cores, aspectos, dimensões e logotipos

variados. Foi patenteado em 1914 pela indústria farmacêutica Merk, sua

primeira aplicação foi para o tratamento da obesidade como potente inibidor de

apetite, embora nunca tenha sido comercializada em função de sua baixa

utilidade clínica; ficou por muito tempo esquecida e voltou a ser pesquisada na

década de 1950 durante a guerra fria para o uso militar, mas após foi

Page 8: Aspectos Da Toxicologia

descartada pelo alto potencial de toxicidade.No ano de 1965 o DEA ( Drug

Enforcement Administration), autorizou um farmacêutico americano: Alexander

Shulgin à estudar o MDMA e de seus experimentos surgiram evidências sobre

o potencial terapêutico da droga na psiquiatria. Na década de 1970 a droga

passou a ser fabricada para fins psicoterapêuticos, junto a esse emprego em

1980 já era utilizada para momentos recreativos ligada ao movimento

“cluber”, com festas de  músicas eletrônicas, denominadas raves. No Brasil, a

droga começou a circular na década de 1990 quando chegaram os primeiros

comprimidos de ecstasy em São Paulo. Os efeitos tóxicos são depressão,

esgotamento da função serotoninérgica, desequilíbrio hidroeletrolítico,

insuficiência hepática, renal, convulsões, acidente vascular cerebral e até à

morte provocada por parada respiratória. Os métodos analíticos são os

colorimétricos usados para anfetamínicos e também a cromatografia de

camada delgada. Hoje em dia a de camada gasosa (CFG) é empregada com o

equipamento Hewlett Packard 6890, à validação do método se deu pelo

estabelecimento de valores no limite de detecção, quantificação, linearidade,

precisão, intra, inter insaio e especificidade para MDMA. O método

desenvolvido e validado para determinação de MDMA por (CFG) com detector

de nitrogênio/fósforo demostrou ser simples, rápido e eficiente, podendo ser

aplicado em laboratórios de toxicologia forense que dispõem desta tecnologia.

Cocaína: alcalóide encontrado nas folhas do vegetal Erytroxulum coca L,

arbusto ramificado originário da zona tropical dos Andes que pode chegar a

medir cerca de dois a três metros de altura, que se desenvolve nas altitudes de

700 a 1700 em regiões de clima úmido. A cocaína e ilegal em vários países do

mundo, no entanto, atualmente à planta da coca é cultivada legalmente em

volumes controlados em alguns países na América do Sul como Bolívia,

Colômbia e Peru; apesar das folhas da coca serem legais nesses países, o

processo de refino é proibido. Os primeiros estudos científicos da cocaína

iniciaram-se com o pedagogo e químico alemão Fridrich Woehler (1800-1882),

que extraía à cocaína das folhas de coca juntamente com os alcalóides

presentes. Em 1860, outro químico alemão; Albert Niemam (1824-1884), isolou

e caracterizou a cocaína, que na época passou a ser conhecida como:”

pó Niemann”. No final do século XIX o psicanalista Signund Freud (1856-1939),

Page 9: Aspectos Da Toxicologia

receitava receitas da droga  para seus pacientes no tratamento da depressão e

dependência à morfina. As vias de administração mais comuns do cloridrato de

cocaína, um sal branco e cristalino, são as intravenosas, intranasal e mais

raramente por via oral, podendo ser fumada na forma de base livre conhecida

como crack. Os efeitos tóxicos são: hipertensão arterial, distúrbios

psiquiátricos, hiperglicemia, overdoses, arritimias cardíacas, convulsões

epiléticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia. A extração de

cocaína segue basicamente   os métodos de extração dos alcalóides. Obtém-

se a pasta de coca e a cocaína pura, através de etapas subsequentes de

purificação, inicada com solventes polares: ácidos diluídos  ou apolares:

solventes orgânicos em meio alcalino, dependendo muito das substâncias

acompanhantes. Os métodos analíticos são dos mais diversos como:

identificação botânica, química de via úmida, teste de Mayer, teste de

Tiocianato de Cobalto, Teste Scott, cromatografia em camada delgada (CCD),

análises de excipientes, adulterantes, instrumental com CGMS e HPLC.

Maconha: o tetrahidrocanabinol-THC e uma das substâncias mais utilizadas da

erva, principalmente por classes sociais de poder aquisitivo baixo, devido ao

valor e a acessibilidade da mesma, a planta que se chama Cannabis sativa L ;

foi  classificada botanicamente por Carl Von Linne em 1753, apesar de

inúmeros registros milenares de sua utilização, tanto recreacional quanto na

medicina. Nos dias atuais está droga está sob controle internacional, foi

introduzida no Brasil através dos escravos que aproveitavam-se das

propriedades hipnóticas da planta, o mercado ilícito é abastecido pelo tráfico

nacional, especialmente por estados do nordeste e internacional pelo Paraguai.

O THC é encontrado em maior teor na planta feminina, inflorescências e as

folhas superiores as melhores partes da erva, no entanto a raiz e os frutos

detêm as maiores concentrações deste canabinóide. As denominações e as

formas de usos são das mais diversas como: baseado, fininho, marijuana,

liamba, haxixe extraído das inflorescências, óleo de haxixe extraído da planta

ou de sua rezina ; Skunk ou super maconha cultivada com o objetivo de

aumentar o THC. As vias de administração são: oral ou inalatória. Os efeitos

tóxicos variam nos indivíduos que a utilizam podendo os mesmos apresentar:

taquicardia, comprometimento de equilíbrio, coordenação, hiperêmia das

Page 10: Aspectos Da Toxicologia

conjuntivas, ansiedade, confusão, paranóia, imunossupressão, infertilidade,

depressão, náuseas, problemas cardiovasculares e respiratórios. Métodos

analíticos: identificação botânica, ensaios colorimétricos, cromatografias de

camada delgada (CCD); liquida de alta eficiência (CLAE) e acoplada a

espectrofotometria de massa (CGAEM). Um método mais recente aplicado é o

de cromatografia liquida de alta resolução como espectrofotometria de massa

(CLAREN); esse método foi desenvolvido pela comunidade cientifica visando

maior agilidade na detecção da substância THC na urina principalmente , onde

o controle laboratorial e rodoviário aplicam a técnica, já na saliva a identificação

visa mostrar o tempo de utilização da droga , ou seja, se foi recentemente,

melhorando as alternativas em relação à analise da mesma no sangue.

Solventes ou inalantes: muito utilizados e são responsáveis por deprimir o

sistema nervoso central através de sua aspiração pelo nariz ou boca, por ser

uma substância volátil que evapora-se facilmente provocando seus efeitos de

forma muito rápida. São dos mais diversos tipos de compostos químicos

industrializados, vendidos de forma legal, por isso, muitos laboratórios

clandestinos se aproveitam para desenvolver a droga. Produtos comerciais

como: esmalte, cola, tinta, tíner, propelente, gasolina, removedor e verniz

dentre outros. Conhecido como lança perfume que é uma droga extremamente

nociva ao organismo, temos como um dos maiores exemplos, por ser um

composto de vários solventes pertencentes a grupos químicos chamados de

hidrocarbonetos derivados do petróleo, tais como: tolueno, xilol, n-hexano,

acetato de etila, tricloretileno e etc. No Brasil um problema crônico e o uso

abusivo de cola pelas crianças e adolescentes, principalmente moradores de

rua, que utilizam através de um saco plástico que diminui sua dispersão e

aumenta seus efeitos. Em São Paulo, a cola para sapatos “Cascola”; que

contêm o tolueno e o n-hexano como principais solventes , foi o principal

produto aprendido pelo Instituto Médico Legal nos últimos anos. Os principais

efeitos tóxicos além da depressão do sintema nervoso central são: sonolência,

confusão mental, cefaléia, depressão respiratória, problemas dermatológicos,

mucosas, tecido hematopoético,  fígado, rins, por fim pode levar ao coma e até

a morte

Page 11: Aspectos Da Toxicologia

LSD: Dietilamida do ácido Lisérgico , alcalóide natural isolado do Ergot

produzido pelo fungo Claviceps purpúrea L, que parasita os grãos de centeio,

sinteticamente produzido por laboratórios do narcotráfico é uma das drogas

mais utilizadas no Brasil por pessoas de classe média, média alta e

universitários. Foi descoberta acidentalmente pelo químico Albert Hoffman.

Comercializada em formatos de micropontos (selos), comprimidos, forma

líquida e preparados dissolvidos em confetes açucarados, às chamadas

balinhas. A droga provoca alterações no funcionamento do cérebro, seus

efeitos tóxicos fisiologicamente não são tão nocivos para o organismo, porém

com altas doses os indivíduos que fazem uso da mesma podem apresentar

sérias pertubações psíquicas, sendo levados a ignorar completamente a

realidade, comprometendo sua vida e as vidas dos que estão ao seu redor.Os

métodos analíticos para a identificação do LSD são: Cromatografia de camada

delgada(CCD), identificação preliminar por meio de ensaio colorimétrico e por

cromatografia líquida de alta eficiência (CLDE). Álcool: o uso do álcool é

antigo, datam desde o século II a.C, devido a facilidade de acesso da droga

lícita para maiores de 18, muitas pessoas abusam e acabam comprometendo

suas vidas de diversas maneiras. O consumo de álcool é um dos principais

responsáveis pela degradação humana no planeta, no Brasil é a segunda

causa de óbitos na população, onde vários fatores relacionados com o

exagerado  no uso da bebida levam os indivíduos a provocar: crimes, acidentes

de trânsito, agressões, afogamentos, queimaduras, dentre outros.  A primeira

substância a ser experimentada por adolescentes é o álcool, pelo fato de ser

conseguido facilmente devido a uma legislação que não cumpri com rigor a

proibição para menores de idade. Seus efeitos depressores: uma ação

euforizante que leva a desinibição comportamental, hilaridade, expressões

afetivas aumentadas e diminuição de autocritica são algumas das

características de uma pessoa que bebe. Os efeitos tóxicos do álcool podem

ser nocivos e letais dentre os quais podemos citar: arrefecia, atômia, midríase,

pulso lento, hipotensão, hipotermia, exaltação das funções digestivas, náuseas,

vômitos, prejuízo do sistema circulatório, sistema nervoso e morte causada por

parada respiratória. Métodos analíticos: amostras de ar exalado (Bafômetro);

absorção por infravermelho (IF), semicondutores, células eletroquímicas,

cromatografia a gás(CG), colorimétrico e duplo sensores.Todas essas  analises

Page 12: Aspectos Da Toxicologia

das drogas lícitas e ilícitas são de extrema importância na investigação forense,

pois são grandes ferramentas da justiça contra o combate do narcotráfico,

controle legislativo imposto sobre às drogas de controle especial, estatísticas e

prevenção de intoxicação. Mas não é só isso, hoje em dia essas análises

também podem contribuir para o auxílio da área clínica, medicina esportiva,

verificação da pureza nos fármacos que são copiados de forma ilegal,

favorecem o processo evolutivo de novas tecnologias para análises de sangue

e aplicam-se nos mais diversos ramos de atividades. Dando seguimento a

revisão dos artigos, a análise toxicológica sistemática e fenotipagem de

CYP2C19 do citocromo p450, que auxilia no monitoramento terapêutico da

amitriptilina que é um grande instrumento para os médicos e farmacêuticos,

esse tipo de medicamento tem um alto potencial de interação com álcool,

benzodiazepinicos, antipsicóticos, também simpatomiméticos e cimetidina,

tipos de interação que pode provocar até convulções por over dose.

                                                                                                                               

                                                         Os procedimentos de análise toxicológicas

sistemáticas podem ser úteis para avaliar a co-administração de fármacos, o

desenvolvimento de um sintema informatizado em cálculos de parâmetros

cromatográficos permite a identificação de substâncias de interesse  nas

intoxicações, um método novo foi  avaliado  para   HPLC-DAD para

determinação simultânea de amitriptilina, nortriptilina, desmetilnortriptilina, E-

10-hidroxi-amitriptilina, Z-10-hidroxi-nortriptilina e Z-10-hidroxi-amitriptilina, E-

10-hidroxi-nortriptilina e Z-10-hidroxi-nortriptilina. Num teste realizado em 5

voluntários com diferentes  fenótipos metabolizadores para CYP2C19 (1 ultra-

rápido, 3 extensivos e 1 pobre), receberam uma dose oral de 1mg-Kg de

amitriptilina, forneceram amostras de sangue nos tempos de: 1,2,3,4,5,7,24 e

48 horas pós dose, logo se realizou um cálculo de índice metabólico de

desmetilação à partir das concentrações de amitriptilina e nortriptilina, em uma

amostra coletada 3 horas após uma dose única ou após a primeira dose oral de

amitriptilina, pode ser utilizada para determinar o fenótipo metabolizador para

CYP2C19, permitindo o ajuste precoce da posologia. O maior objetivo desse

método é estabelecer novas estratégias visando menor índice de intoxicação e

maior segurança para os pacientes que utilizam o fármaco.O uso de fármacos

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combinados para o tratamento de patologias diversas em psiquiatria tem

aumentado progressivamente. Os antidepressivos estão envolvidos em

diversas interações farmacológicas clinicamente importantes, as análises

forenses podem contribuir muito para à saúde dos cidadãos. Toda essa base

analítica  é uma ferramenta para a criação de novas técnicas que são

descobertas por profissionais de extremo interesse nas novas perspectivas

para a comunidade ciêntifica. Nos dias atuais esses mecanismos de

investigação se fazem necessários, pois há uma vasta desordem em relação

às drogas que muitas das vezes são copiadas de uma forma ilegal, atualmente

há uma forte incidência de falsificação. Como exemplo podemos citar à

Sildenafila e à Tadalafila que são fármacos empregados no tratamento da

disfunção erétil masculina, por atuarem como inibidores seletivos da

fosfodiesterase tipo 5 (PDE-5). Após liberação de oxido nitrico, que ativa   a

enzima guanilil ciclase, causando aumento das concentrações teciduais de

monofosfato de  guanosina cíclico ( GMP cíclico), que produz relaxamento do

músculo liso do corpo  carvenoso, aumentando o fluxo sanguínio para o pênis.

São comercialmente chamados de Viagra e Revatio, ou seja, essas disfuções

podem ser definidas como a incapacidade consistente de atingir ou mesmo

manter ereção suficiente para a atividade sexual satisfatória. As analises de

falsificações desses medicamentos fundamentaram-se na comparação entre

produtos autênticos e questionados, vários elementos como: embalagens

primárias e se dárias, existência de tinta reativa que revela um texto ao ser

friccionada com objeto metálico, a existência de selos de segurança

holográficos, o layout de impressão de bulas em embalagens incluindo

tamanho, tipos de fontes, analises externas e internas da forma farmacêutica.

Mas o maior identificador foi a cromatografia de alta eficiência (CLAE) acoplada

a diferentes tipos de Sildenafila e Tadalafila, isoladas ou simultaneamente, à

partir de matrizes analíticas de natureza diversa. Em comparação com  a

cromatografia gasosa e líquida, mostrou-se vantajosa na execução dos exames

periciais solicitados, nesse caso foi  mais eficiente por contornar a labilidade

térmica do extrato de Sildenafila que se decompõem durante a fusão, a

189,4°C. Utilizar esse tipo de método e outros para a gama de fármacos é uma

necessidade extrema, infelizmente hoje em nosso país o comércio de todos os

tipos de medicamentos é muito forte, tentam nos empurrar diversos

Page 14: Aspectos Da Toxicologia

tratamentos a base de fármacos que muitas das vezes são pura enganação de

quem visa apenas o lucro, nessa questão somos prejudicados pois diversos

tipos de efeitos colaterais que podem se manifestar em nosso organismo, à

saúde pode ficar comprometida pelo simples fato de não procurarmos um

profissional habilitado que possa prescrever o que realmente precisamos para

o combate da patologia que nos assola. No presente momento, essa é a forma

correta , nunca devemos nos auto medicar, pois à um alto índice de falsificação

de fármacos. Um dos exemplos foi esse citado da Sildenafila e da Tadalafila,

os fármacos além de não ter a mesma qualidade do original, podem trazer

sérios prejuízos  não sendo efetivos nos tratamentos.As análises toxicológicas

são ótimas referências a nível de parâmetros que servem como ferramentas

investigativas para perícias médicas forenses, mais isso só é possível quando

temos um padrão adequado de amostras, onde estas devem estar em

condições apropriadas para sua análise, ou seja, em bom estado de

conservação. O armazenamento adequado é muito importante, pois os fatores

extrínsecos e intrínsecos podem comprometer todo trabalho do analista,

gastando tempo, material, dinheiro e muitas das vezes prejudicando  todo

andamento da pesquisa. A heparina  um exemplo que age como

anticoagulante no sangue que é um mucopolissacarídeo ácido que apresenta

carga negativa em pH fisiológico, aumenta a interação entre a antitrombina III e

a trombina nos fatores envolvidos na via íntrísecas da cascacata de

coagulação. Por conseguinte, inibe a ação da trombina na conversão do

fibrinogênio em Fibrina. Além disso, inibe a agregação plaquetária induzida

pela fibrina.   Amostras biológicas utilizadas em muitas analises forenses, as

mesmas podem se tornarinviáveis para propocionar resultados precisos com

sangue contendo essa substância, logo se fez necessárioa criação de um novo

método para viabilizar este tipo de amostra contendo heparina. A técnica inclui

às etapas de extração e purificação preliminar da fração de células

sanguíneas. Um atentado que ocorreu em Madri no ano de 2004, foi

considerado um dos maiores desta década, um caso complexo para

identificação dos terroristas devido a explosão  causar sérios danos a todos os

tipos de amostras, principalmente o sangue dos meliantes que estavam

totalmente coagulados, baseados em novas pesquisas os analistas forenses

usaram o 34Plex, validado para investigação em autossômico polimorfismo de

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nucleotídeo de ascendência nos marcadores informativos simples (AIM-SNP);

esse ensaio consiste em fazer um trabalho de ancestralidade de DNA à partir

das amostras colhidas naquela situação, incluindo um caso ímpar “hanprint” de

um saco contendo explosivos não detonados juntamente com itens pessoais

recuperados de vários lugares em Madri associados com os suspeitos. Os

resultados obtidos mostraram o benefício da adição dos marcadores

especializados nos conjuntos para proporcionar  maior alcance e poder de um

sistema já altamente eficaz de ADN para identificação forense, esse método já

é utilizado em várias partes do mundo e auxilia quando as amostras de sangue

estão coaguladas. A mídia que é um mecanismo de comunicação informativa

que se relaciona com muito vínculo aos assuntos analíticos relacionados a área

forense, hoje nos telejornais o que mais se configura são casos de dopagem

em atletas das mais diversas gamas esportivas. Em muitos casos os mesmos

tentem superar seus limites utilizando fármacos que são proibidos pelo comitê

olímpico internacional (COI), neste contexto é que entram os aspectos

analíticos da  toxicologia forense, são 128 substâncias de uso proibido segundo

o (COI), enfatiza também a proibição de similares em relação tanto a estrutura

química quanto aos efeitos farmacológicos.A análise de cabelo (AC) é bem

documentada na área da toxicologia forense, tem sido empregada para inferir

se o consumo de determinado fármaco é crônico ou esporádico, devido ao seu

uso histórico pode vir a ser utilizada a técnica nas análises de dopagem, desde

que algumas questões de ordem farmacológica e analíticas sejam bem

esclarecidas com base em dados científicos. Uma das vantagens da (AC) é

que se torna possível encontrar a presença de drogas após serem

administradas meses atrás, tais resultados podem der compatíveis com os

encontrados na urina. Vários tipos de fármacos já foram encontrados na (AC),

como: estimulantes, narcóticos, diuréticos, hormônios peptídicos, agentes

mascaradores e B-bloqueadores. A melanina foi investigada  em relação a sua

afinidade pelos fármacos, assim como a lipofilicidade e permeabilidade dos

mesmos na membrana capilar. Fármacos neutros: esteróides,

benzodiazepínicos, canabinóides, entre outros ou ácidos tem um baixa

incorporação capilar, ao contrário de fármacos básicos: cocaína  anfetaminas,

etc. Conclui-se então que como os esteróides são altamente lipofílicos e

neutros, a permeabilidade na membrana depende do gradiente de pH entre o

Page 16: Aspectos Da Toxicologia

sangue (pH7,4) e à matriz ácida do cabelo (pH5,0). Isto explicaria o porquê da

baixa concentração dos esteróides no cabelo.  O grande interesse na (AC) vem

do fato da possibilidade de estabelecer à história dos últimos meses de

exposição a um ou outro xenobiótico e da possível correlação

dose/concentração no cabelo, o que não é possível com a utilização de

amostras biológicas como o sangue, saliva e urina. Os fatores como a ligação

dos fármacos ao cabelo se dá através da melanina, tal fato explica porque o

teor é maior em cabelo escuro do que nos demais, estudos sugerem que

cabelos grosso e negros acumulam mais que finos e loiros, porém por um outro

lado a estabilidade do fármaco no cabelo pode ser influenciada por

procedimentos como permanentes, tinturas, branqueadores e exposição a

ultravioleta. A concentração de um fármaco no cabelo pode declinar entre 30 a

80% quando se compara ao valor observado antes com aqueles obtidos após

esses tratamentos, podendo levar a um resultado falso-negativo. Os atletas

muitas das vezes rapam o cabelo, em caso de não disponibilidade do cabelo

da cabeça, à coleta é feita de pelo pubianos ou de outra região. Nos dias atuais

é um grande método que auxilia o (COI) na captura de resultados irregulares

obtidos através de dopagem, no futuro bem próximo essas análises passaram

por processos evolutivos e ficaram cada vez mais precisas, eficazes e o

esporte ganhará muito com isso.N a esfera civil as analises forenses também

são muito utilizadas, uma das principais e a reação em cadeia da polimerase

( PCR); Um método laboratorial de amplificação de DNA, nos casos de filiação,

à identificação genética é atualmente muito importante para a medicina legal na

comprovação da paternidade. A investigação de paternidade atualmente é um

tipo de exame mais frequentemente  solicitado aos institutos de medicina legal,

onde se realizam mais de duzentas perícias do gênero por ano na

criminalística, o ensaio consiste no estudo dos vestígios e comparações das

suas características genéticas com as da vítima e do suspeito. Durante muitas

décadas usaram-se os marcadores genéticos convencionais como: antígenos

eritrocitários, enzimas eritrocitárias, proteínas séricas e antígenos HLA, na

resolução dos casos. A maior parte desse marcadores são proteínas que além

da sua escassa estabilidade, possuem um baixo polimorfismo, isto é,

apresentam poucas variedades alélicas, o que reduz o seu poder de

descriminação. A imporância de conceituar por meio de diferentes

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percepções.DNA forense, bem como caracterizar seu uso e aplicações  nas

técnicas forenses permitem identificar pessoas pela análises de suas

moléculas de DNA, podendo inclusive auxiliar à justiça na identificação de

criminosos, utilizando STRs e VNTRs, estas análises são feitas em laboratórios

de DNA e utilizam qualquer tipo de tecido ou fluído biológico que possam ser

utiliados como fonte de DNA, uma ver que são formadas por células.Hoje a

medina legal utiliza uma nova tecnologia que se baseia na variabilidade dos

ácidos nucleicos das células, polimorfismo do DNA, cuja importância 

fundamental reside no fato de se pesquisar a individualidade biológica

diretamente do código genético ao contrário das proteínas, cuja caracterização

depende da sua expressão em tecidos e fluídos biológicos. Nos casos de

estupro, métodos estão sendo desenvolvidos para a extração do DNA que

permitirá separar o mesmo de células espermáticas do suspeito, das células

vaginais da vítima ou manchas existentes em peças de vestuário. O estudo do

DNA é uma tecnologia admitida internacionalmente como prova pericial em

tribunais, permitindo a resolução de casos de filiação complexos como: casos

de paternidade onde o pai e a mãe faleceram, quando existe a possibilidade do

estudo de familiares próximos, restos de cadáveres, comparação das

características genéticas do sangue, nos casos de filiação onde si dispõe de

restos fetais resultantes de aborto ou infanticídio e também para identificar o

autor do crime. Neste século com certeza o futuro das análises forenses é

muito promissor, deixando o  individuo que comete o crime reflexivo em

cometer ou não o mesmo, pois poderá ser identificado por um análise de PCR,

os computadores estão cada vez mais avançados e integrados  no intuito  de

colaborar com a justiça forense a desvendar  crimes que outrora pareciam ser

impossíveis de obter uma conclusão final. Hoje a complexidade dos casos já

não é tão forte devido aos equipamentos bem sofisticados e os profissionais da

área que precisam estar sempre bem preparados  e atualizados  para as

mudanças tecnológicas

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toxicologia-forense/95085/#ixzz28IU6QojE